Você está na página 1de 16

Capítulo 12

O Conceito de Emergia e a
Certificação Agroecológica
com Visão Sistêmica

Enrique Ortega
Agroecologia: Princípios e Técnicas para uma Agricultura Orgânica Sustentável

258
O Conceito de Emergia e a Certificação Agroecológica com Visão Sistêmica

Introdução

Na economia capitalista atual, a forma de visualizar um sistema produtivo


– para fins de avaliação de seu desempenho – é excessivamente simplificada,
veja a Fig. 1.
Trabalho Infra-estrutura Serviços Subsídio
Insumos Potência humano produtiva públicos e para cobrir
químicos mecânica (externo) inicial privados déficit
$ $ $ $ $ $

Processo produtivo Produtos


$ vendas

Fig. 1. Sistema rural visualizado parcialmente.

A contabilidade empresarial considera apenas os insumos econômicos


e uma parte dos produtos, em termos monetários, sem discutir a justiça dos
preços. Como vemos na Fig. 2, essa contabilidade reduzida não leva em conta
o complexo processo produtivo da agricultura familiar ecológica e não
consegue abordar, cientificamente, as novas questões da sustentabilidade,
da biodiversidade e da eficiência sistêmica.
Trabalho Infra-estrutura Serviços Subsídio
Insumos Potência humano produtiva públicos e para cobrir
químicos mecânica (externo) inicial privados déficit
$ $ $ $ $ $
Energias
naturais

Biodiversidade

Família

Produtos
$ vendas
Processo produtivo
$ subsídios
Perdas
$ incentivos

Fig. 2. Sistema rural visualizado imtegralmente.

259
Agroecologia: Princípios e Técnicas para uma Agricultura Orgânica Sustentável

O uso da contabilidade econômica tradicional ocasiona diversos


problemas:
• Não se levam em conta as diversas contribuições da natureza.
• Não se considera o subsistema interno relativo ao trabalho familiar.
• Não se consideram os benefícios da biodiversidade na economia
familiar.
• Não se considera o acúmulo de biomassa das áreas dedicadas a reserva
legal, reserva permanente, terra em descanso (pousio), brejos, leiras
de plantas companheiras.
• Não se determina o grau de sustentabilidade, o saldo energético do
sistema, o impacto ambiental.
• Não se consideram os custos de doenças, tratamento médico, e mortes
por envenenamento.
• Não se consideram os custos de tratamento de efluentes contaminados.
• Não se incluem os custos sociais do desemprego gerado no meio
rural.
• Não se leva em conta o valor da pesquisa desenvolvida localmente.
• Não se estima o valor da biodiversidade preservada ou recuperada.
• Não se avalia a capacidade de suporte do agroecossistema.
• Em termos de dinheiro, o uso dos fluxos de insumos implica na
aceitação de preços fixados arbitrariamente pelo mercado. Esses
preços não representam devidamente os valores reais dos recursos
utilizados.
• Não se mede a relação do intercâmbio do sistema com o exterior.
• Não se qualifica a renovabilidade dos recursos empregados.
• Não se interpretam os laços do sistema com o exterior.
• Não permite estabelecer preços justos.
• Não discute apropriadamente a perversa economia de escala.
Assim, sugere-se a adoção da metodologia de análise sistêmica e
energética que avalia todas as contribuições ao processo produtivo em termos
de seu custo energético (emergia) que foi desenvolvida em várias décadas de
trabalho intenso pelo professor Howard T. Odum, da Universidade da Flórida,
Estados Unidos da América, e compilada em forma de livro, em 1996. Essa
proposta metodológica ganhou o apoio de diversos pesquisadores do mundo

260
O Conceito de Emergia e a Certificação Agroecológica com Visão Sistêmica

inteiro, os quais se reúnem a cada 2 anos, no Centro de Pesquisa das Terras


Úmidas da Universidade da Flórida, em Gainesville, nos Estados Unidos da
América.
A metodologia de análise ecossistêmica-energética tem sido aplicada
ao estudo de muitos e variados sistemas, entre eles os agrícolas. Contudo,
a maior parte dos casos estudados corresponde aos sistemas rurais dos
Estados Unidos da América e da União Européia, que são altamente intensivos
no uso de energias derivadas do petróleo e possuem pouca complexidade
biológica (biodiversidade).
No Brasil, vários pesquisadores (ORTEGA, 2003a, 2003b) empregaram
a metodologia emergética para descrever diversos sistemas rurais, incluindo
algumas fazendas agroecológicas. Tomando como base esse esforço, coloca-
se aqui a possibilidade de um desenvolvimento ainda maior dessa metodologia
para interpretar, corretamente, o complexo processo agroecológico e, depois
de divulgar e discutir suas vantagens, propor seu uso na certificação de
produtos rurais.

Bases para uma proposta


de certificação agroecológica
Os resultados de algumas pesquisas sobre a representação de agro-
ecossistemas com diagramas de fluxos de energias, as fórmulas de cálculo
emergético para o diagnóstico socioambiental e a certificação agroecológica
(ORTEGA et al., 2001, 2002a, 2002b; QUEIROZ et al. 2000) são mostrados e
discutidos a seguir.
Na Fig. 3, usamos a linguagem simbólica dos fluxos de energia para
representar um sistema que gera matérias-primas agrícolas e faz o beneficiamento
industrial das mesmas para produção de alimentos preservados, incluindo a
reciclagem de nutrientes e de materiais industriais, e o tratamento de efluentes.
A Fig. 3 mostra as relações entre a atividade agroindustrial e seu
ecossistema:
• Auto-suficiência e sustentabilidade.
• Qualidade das matérias-primas.
• Processo de beneficiamento.

261
Agroecologia: Princípios e Técnicas para uma Agricultura Orgânica Sustentável

Reciclagem de materiais (agrícolas, industriais e após o consumo familiar).


• Co-geração de energia.
• Tratamento de efluentes.

Fig. 3. Diagrama de um sistema agroecológico de administração familiar.

Os fluxos da natureza, mostrados na margem esquerda do diagrama,


determinam a sustentabilidade (renovabilidade) do empreendimento. Esses
fluxos dependem da existência de biodiversidade e não são remunerados
monetariamente.
Na economia convencional, o preço de um produto corresponde ao
somatório das despesas realizadas com insumos, mão-de-obra e alguns
serviços, mais a margem de lucro desejada. De certa forma e nem sempre
com justiça, o preço econômico representa o trabalho humano agregado.
Contudo, o preço econômico não considera diversas externalidades:
• A contribuição da natureza na produção e na absorção do impacto
ambiental decorrente da produção dos insumos industriais.

262
O Conceito de Emergia e a Certificação Agroecológica com Visão Sistêmica

• Os custos do tratamento médico de doenças provocadas pelo uso de


substâncias tóxicas na lavoura e no processamento industrial.
• Os custos da recuperação ou do tratamento de resíduos sólidos e
efluentes líquidos e gasosos.
• As despesas da exclusão social (demanda de serviços e geração de
trabalho urbano).
A metodologia emergética (ODUM, 1996) se propõe a medir todas as
contribuições (moeda, massa, energia, informação) em termos equivalentes
(emergia solar). Para tal, faz uso da Teoria de Sistemas, da Termodinâmica,
da Biologia e de novos princípios do funcionamento de sistemas abertos que
estão sendo propostos por diversos pesquisadores, entre eles o da hierarquia
universal de energia e o da auto-organização e da maximização do fluxo de
energia disponível no sistema, que se propõe ser uma propriedade
termodinâmica (ODUM, 2000, 2002).
Os fluxos de energia, insumos materiais e serviços podem estar expressos
em diversas unidades, por exemplo: J/ano; kg/ano; $/ano.
Para converter fluxos expressos em diferentes unidades para o mesmo
tipo de energia, a metodologia de análise ecossistêmica e energética usa um
fator de conversão de energia que nos diz quanta energia de um tipo é
necessária para produzir uma unidade de outro tipo de energia.
Os ecossistemas devem ser analisados energeticamente para
calcular a eficiência na produção de cada recurso. Como os valores da eficiência
ecossistêmica são muito pequenos, para reduzir erros, prefere-se, em vez de
eficiências, usar seus valores inversos: as transformidades.
Existe uma rede mundial de pesquisadores que calculam as transformidades
dos recursos produzidos nos ecossistemas naturais e antrópicos. Os resultados
deles são apresentados em livros e tabelas na Internet (ODUM, 1996; ORTEGA,
2002).
Conceito de eficiência ecossistêmica ou termodinâmica:

Eficiência ecossistêmica = Produto/despesas


Eficiência ecossistêmica = Energia produzida/energia incorporada
Eficiência ecossistêmica = (Energia produzida/emergia empregada).

263
Agroecologia: Princípios e Técnicas para uma Agricultura Orgânica Sustentável

A transformidade é o valor inverso da eficiência ecossistêmica:

Tr = Transformidade = Energia incorporada/energia produzida

Emergia

Em inglês, emergy, de embodied energy, seria a energia incorporada


no processo de produção ou custo energético do recurso gerado, ou seja,
“emergia é a energia necessária para se obter um produto”.
Um termo mais geral para o produto de um ecossistema é recurso
gerado, que pode ser expresso em termos da energia (J) ou de massa produzida
(kg) e, como é um fluxo, costuma ser referido a uma área de produção (ha) e
a um certo tempo de produção (ano). Por exemplo: 2000 kg de milho/ha/ano.
Para se produzir qualquer coisa, é necessário usar insumos. Essas
contribuições podem ser fornecidas pela natureza ou pelas atividades
econômicas. A contabilidade dos insumos apresenta um problema: os fluxos
estão em unidades diferentes.
A solução é converter todos os insumos em termos de energia
equivalente, no caso, a energia solar equivalente ou emergia.
Na metodologia emergética, usa-se como medida de referência, o custo
energético de produção de um recurso em joules (J) de energia solar. Para
medir a radiação solar direta, usamos o joule de energia solar. Para qualquer
outro recurso, devemos saber a quantidade equivalente de joules de energia
solar (sej) que é necessária para produzir o recurso.
Os fluxos de recursos podem ser convertidos em fluxos de energia solar
equivalente ou, dito de maneira mais simples, em fluxos de emergia. Para
conseguir essa transformação, usamos os fatores de conversão denominados
transformidades. Cada recurso demanda uma quantidade característica de
energia solar equivalente para sua produção, em outras palavras: cada recurso
possui uma transformidade específica. Esses valores estão disponíveis em
tabelas e fólios.
Após a conversão, todos os fluxos estarão expressos na mesma unidade
(sej). Isso nos permite somar e dividir fluxos. Podemos calcular a energia total
necessária para a produção do recurso; agregar fluxos de acordo com certas
características deles e obter indicadores valiosos (índices emergéticos).

264
O Conceito de Emergia e a Certificação Agroecológica com Visão Sistêmica

Para expressar as energias dos insumos em termos de uma mesma


energia, a metodologia emergética usa, como unidade de referência, a energia
solar (joules).
Observação: nas décadas de 1960 e de 1970, houve muita pesquisa
no campo de análise energética dos sistemas produtivos devido à crise do
petróleo. Na época, usava-se, como energia de referência, a energia necessária
para produzir o recurso em termos de barris de petróleo. Por exemplo: a
produção de 1000 kg de fertilizante nitrogenado demandava o uso de 500
barris de petróleo.

Exemplo de cálculo da
emergia de um produto

Para calcular a energia agregada num lápis, devemos considerar a


madeira, a tinta, o grafite, a mão-de-obra e outros serviços necessários na
sua produção pelo ecossistema. Os fluxos desses materiais geralmente se
expressam em unidades muito diversas: kg de madeira/lápis, kg de tinta/
lápis, J de grafite/lápis, J de trabalho/lápis, $ de serviços/lápis.
Primeiramente, devemos conhecer o processo de produção de um lápis,
para descobrir as quantidades empregadas de cada insumo (Fig. 4). Depois,
para converter o fluxo de cada recurso em termos de seu valor equivalente
em joules de energia solar (sej), usamos as transformidades cujos valores
estão disponíveis em livros, manuais e artigos da literatura científica. Nesse
caso, precisamos das transformidades da madeira, da tinta, do grafite, do
trabalho humano e do dinheiro dos serviços. Esses valores podem estar
expressos em: sej/J, sej/kg, sej/$.
Feitas as conversões, os fluxos podem ser somados, pois estão expressos
na mesma unidade. O somatório fornece o valor da energia solar necessária
para produzir o lápis, ou emergia do lápis, usando-se joules de energia solar
equivalentes como unidade (sej/lápis).

Índices emergéticos de um sistema

Quando a energia incorporada num processo é calculada em termos


de energia solar equivalente, obtemos a emergia solar total, que foi incorporada
no recurso (Y).

265
Agroecologia: Princípios e Técnicas para uma Agricultura Orgânica Sustentável

R3
Recursos N = Energia não-renovável F = Feedback da economia ou retro-
hídricos locais da natureza alimentação (pode ser não-renovável)
(gratuitos)
N F=M+S
Matéria orgânica Matérias, bens,
do solo perdido trabalho externo, serviços.
R2
por erosão Recursos hídricos
Elementos
químicos da regionais cobrados.
rocha e da Pagamentos
atmosfera

R1 $
Q $ Investimento.
Energia solar Estoques Dinheiro Custeio
acumulada: internos de
biodiversidade
emergia Principal e
regional
juros ou lucro
Interações
$ vendas
R0 Produto
Energia solar
Ep = Energia
direta: radiação, Ecossistema
do produto
vento, chuva agroindustrial

Energia renovável da natureza Energia degradada


R = R0 + R1 + R2 + R3
Emergia incorporada
Contribuição total da natureza Y=I+F
I=R+N

Fig. 4. Diagrama da agroindústria em forma resumida.

Como sabemos, o valor da energia (J) ou da massa (kg) do produto (no


caso, o lápis), podemos calcular sua transformidade (Tr) em diversas unidades:
sej/J, sej/kg, sej/$.

Tr em termos de energia: Emergia solar/Energia = sej/J


Tr por unidade de massa: Emergia solar/Massa = sej/kg
Tr por unidade monetária: Emergia solar/Dólar = sej/$

Na Fig. 4, as letras representam os seguintes fluxos:

R = Recursos renováveis da natureza


N = Recursos não-renováveis da natureza
I = R + N = Contribuição total da natureza
M = Materiais vindos das atividades humanas (economia urbana)

266
O Conceito de Emergia e a Certificação Agroecológica com Visão Sistêmica

S = Serviços da economia (atividades humanas urbanas)


F = M + S = Contribuição das atividades econômicas
Y = I + F = Emergia total incorporada pelo sistema
A seguir, apresentamos as fórmulas dos índices emergéticos.
Sobre a sustentabilidade do empreendimento:

% de Renovabilidade = (Emergias renováveis/Emergia total) x 100


%R = (R/Y) x 100

Medida da emergia líquida obtida da natureza pelo investimento


realizado:

Razão de emergia líquida = Emergia total/Emergia investida


EYR = Y/F = (F+ I) / F = 1.0 + (I/F)

Quanto de investimento econômico é necessário para realizar a


produção:

Razão de investimento = Emergia investida/Emergia capturada da


natureza
EIR = F/I

Se houver benefício ou perda no intercâmbio de emergia com o mercado:

Razão de intercâmbio = Emergia do produto/Emergia do dinheiro


EER = Y / [(kg/ha.ano).($/kg).(sej/$)]

Taxas de acumulação dos estoques internos:

DQ/DT = (Qf - Qi) / (Tf - Ti)


DQ/Q = (Qf - Qi) / Qi

267
Agroecologia: Princípios e Técnicas para uma Agricultura Orgânica Sustentável

Para avaliar a qualidade de vida no sistema:

Emergia / Pessoa
Emergia / Área
Pessoas / Área

Para quantificar a contribuição da mão-de-obra familiar (local):

LWR = Emergia da mão-de-obra local/ Emergia do trabalho humano

Índices socioeconômicos:

% de Rentabilidade = 100 x (Vendas – Custos) / Custos


Investimento / Emprego
Emprego / Área

Questões complementares
a serem consideradas
As atividades de beneficiamento, transporte, distribuição e consumo
de produtos rurais também causam impactos ambientais que precisam ser
levados em conta. Os novos índices considerarão o ciclo de vida do produto
e as externalidades. Veja as Fig. 5, 6 e 7.
Cabe destacar entre esses impactos, a necessidade de área preservada
(reservas florestais, terras em descanso, brejos) para que os ecossistemas
possam se recompor e transformar biológica e fisicamente os resíduos gerados
nas distintas etapas da cadeia de produção/consumo/reciclagem. Devem ser
feitas pesquisas para estimar os custos das externalidades negativas
(tratamento de efluentes, tratamento médico de trabalhadores intoxicados,
custo da invalidez, custo de recuperação do ecossistema) bem como os
benefícios das externalidades positivas ou multifuncionalidade (água infiltrada,
controle biológico, fixação de dióxido de carbono, etc).
Essa certificação agroecológica permitirá identificar o tipo de produtor
rural, seu impacto ambiental, o custo real da produção, e os lucros por unidade
de área e de unidade produtiva.

268
O Conceito de Emergia e a Certificação Agroecológica com Visão Sistêmica

N F=M+S
Recursos não- Materiais e
renováveis da serviços
natureza
R 123 Investimento
Outros recursos Pagamentos Custeio $
renováveis da Dinheiro
natureza
$
Q
Estoques Dinheiro
Principal
internos e juros ou lucro
R0 $
Energia solar vendas
Interações
direta: radiação,
vento, chuva
Ecossistema Produto Ep = Energia
agrícola agrícola do produto

F=M+S $
N

$
R123 Dinheiro
Q
Estoques
internos

R0 Interações

Sistema Q
urbano Residuos Er = Energia
consumidor do resíduo

F=M+S $
N

$
R 123 Dinheiro
Q
Estoques
internos
Biomassa
e
R0 interações resíduos
recicláveis

Ecossistema
de tratamento

Fig. 5. Impactos ambientais indiretos.

269
Agroecologia: Princípios e Técnicas para uma Agricultura Orgânica Sustentável

Materiais da ciclagem Materiais e serviços da economia humana


dióxido de carbono, minerais, etc (baseada em recursos não renováveis)

Recursos do Verba para recompor o sistema


desmatamento inicial fiscalização das reservas de biota
Recursos
não-
Pessoas renováveis
Custos de capacitação e
Biodiver- investimento para gerar
sidade Cidadãos
empregos e serviços
Desempregados qualificados
públicos urbanos
Recursos Ecossis- pela mecanização
renováveis temas Serviços
naturais Intoxicação por ambientais
agrotóxicos Trat. médico
Energia Trabalhador
solar rural da doença e
Trabalho humano recuperação
Técnicas ecológicas
Solo Fiscalização e
Erosão
aplicação da lei
Processa- Produto
Lavoura
mento

Tratamento Ecossistema para Efluentes


Poluição de efluentes absorver impacto tratados

Custos pagos pela empresa Custos pagos pela sociedade

Custo emergético total (F) : custo internalizado (F') e custo externo (F'')

Fig. 6. Custos das externalidades negativas.

Materiais da ciclagem biosférica


dióxido de carbono, minerais, etc Materiais e
serviços
Contribuições Retorno F1
da natureza $
econômico
não-renováveis (potencial) Despesas
$
N $
$
$
Perda do solo Multas F2
e da biota
Externalidades
negativas
R2
Capital $ Vendas
biológico $
R1 Ecossistemas Sociedade
Produtos vendidos
naturais e antrópicos
Contribuições Incentivos a
$ multifuncionalidade
da natureza
renováveis $
Sociedade
Serviços socioambientais
R = R1 + R2 F = F1 + F2 (externalidades positivas)
I =R+N Y =I+F

Fig. 7. Balanço integral das despesas e entradas.

270
O Conceito de Emergia e a Certificação Agroecológica com Visão Sistêmica

Referências
ODUM, H. T. Emergy accounting. Disponível em: <http://www.unicamp.br/fea/
ortega/htodum/emergyaccount.htm>. Acesso em: 31 jun. 2002.

ODUM, H. T. Emergy evaluation. Disponível em: <http://www.unicamp.br/fea/


ortega/agroecol/emergy.htm>. Acesso em: 01 jun. 2000.

ODUM, H. T. Environmental accounting: emergy and environmental decision


making. New York: John Wiley, 1996.

ORTEGA, E. Contabilidade e diagnóstico dos sistemas usando os valores dos


recursos expressos em emergia. Disponível em: <http://www.unicamp.br/fea/
ortega/extensao/resumo.pdf>. Acesso: 01 set. 2003a.

ORTEGA, E. Introdução aos diagramas de fluxo de energia em ecossistemas,


conceitos básicos de eficiência sistêmica e fórmulas de cálculo emergético.
Disponível em: <http://www.unicamp.br/fea/ortega/plan-disc/TA530-1a.htm>.
Acesso em: 15 abr. 2002.

ORTEGA, E. (Org.). Engenharia ecológica e agricultura sustentável. Disponível


em: <http://www.fea.unicamp.br/docentes/ortega/livro/index.htm> Acesso: 01 set.
2003b.

ORTEGA, E.; ANAMI, M.; DINIZ, G. Certification of food products using emergy
analysis. In: International Workshop “Advances in Energy Studies”, 3., 2002, Porto
Venere, Italy. Proceedings... Porto Venere, Italy, 2002b. In printing.

ORTEGA, E.; MILLER, M.; ANAMI, M.; BESKOW, P. From emergy analysis to public
policy: soybean in Brazil. Biennial Emergy Analysis Research Conference: “Energy
Quality and Transformities”, 2., 2002, Gainesville, Florida. Proceedings... Gainesville,
Flórida, 2002a. 18 p. In printing.

ORTEGA, E.; OMETTO A. R.; RAMOS P. A. R.; ANAMI, M. H.; LOMBARDI, G.; COELHO,
O. F. Emergy comparison of ethanol production in Brazil: traditional versus small
distillery with food and electricity production. In: Biennial Emergy Analysis Research
Conference: “Energy Quality and Transformities”, 2., 2001, Gainesville, Florida.
Proceedings... Gainesville, Flórida, 2002

QUEIROZ, J. F.; ORTEGA, E.; BOYD, C. E.; JOSÉ, M. G. F. Análise emergética da


produção de bagre do canal (Ictalurus punctatus). Revista Brasileira de Ecologia,
Rio Claro, v. 1-2, p. 61-70, 2000.

271

Você também pode gostar