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ISBN 978-85-7528-503-9
Editoração: Humberto G. Schwert
Prezado(a) aluno(a)
Após 20 anos lecionando a disciplina de Geometria Analítica e Álgebra linear nos
cursos presenciais da ULBRA – Canoas, fomos convidados para escrever um livro
sobre esta disciplina para ser usado nos cursos de Educação à Distância.
Procuramos então escrever um texto objetivo, didático e simples, mas sem fugir
dos aspectos formais da Matemática.
Geometria Analítica e Álgebra Linear é uma introdução ao estudo da Álgebra Linear
que ocorre no Curso de Matemática e é uma ferramenta fundamental aos cursos
de Engenharia, Física, Química e Computação, pela sua aplicação na solução de
problemas e principalmente quando se alia ao Cálculo.
A Geometria Analítica é o estudo da Geometria associando equações algébricas
aos entes geométricos, através do método cartesiano (no plano e no espaço).
É importante salientar que são necessários alguns conhecimentos de Álgebra,
Geometria Plana e Espacial como pré-requisitos.
O livro está dividido em 10 capítulos. O primeiro capítulo trata do estudo de
matrizes, envolvendo principalmente a sua construção e operações. No segundo
capítulo temos o estudo do determinante, que está associado às matrizes quadradas.
No terceiro capítulo o estudo de equações e sistemas de equações lineares.
Podemos dizer que estes três primeiros capítulos preparam o caminho para o
estudo dos vetores e sua aplicação na Geometria. No quarto capítulo definimos
vetor e as operações de uma forma mais geral. No capítulo cinco tem-se o estudo
da decomposição de vetores no plano, com a introdução da ideia de base do plano
e a representação do vetor como combinação linear e as operações com vetores.
No capítulo seis se estende o estudo dos vetores no espaço.
4
1 matrizes.. . ..............................................................................................................9
2 DETERMINANTE DE UMA MATRIZ...............................................................................29
3 sistemas lineares: classificação e resolução................................................43
4 GENERALIDADES SOBRE VETORES............................................................................73
5 decomposição de vetores no plano...................................................................85
6 decomposição de vetores no espaço.................................................................97
7 produtos entre vetores....................................................................................107
8 a reta....... . ..........................................................................................................119
9 o plano.... ............................................................................................................133
10 as cônicas.......................................................................................................... 141
1 matrizes
Magda Leysera
1,70 70 23
7,75 60 45
7,60 52 25
1,81 72 30
A partir dessa representação, podemos associar propriedades e características que
relacionem a altura, idade e peso de uma pessoa. Observe que, para um problema
Exemplo:
3 2 0 1
9 8 -3 4 2 9 -7 1
Na matriz A= -6 4 -8 0 tem-se 4 linhas e 4 colunas, entretanto B=
0,2 5 1 8
3 -8 3 -4
tem 2 linhas e 4 colunas.
Usa-se colocar a tabela entre parênteses ( ) ou entre colchetes [ ], como nos exemplos
acima. Na matriz A, temos 4 linhas e 4 colunas, dizemos que a matriz é de ordem
4x4. Já a matriz B é de ordem 2x4, pois possui 2 linhas e 4 colunas. A ordem ajuda
a determinar o número de entradas (posições) da matriz, no caso a matriz A tem
16 entradas, 4 vezes 4 e a matriz B tem 8 entradas, 8 vezes 2.
As matrizes são identificadas por letras maiúsculas e seus elementos (entradas)
pela mesma variável sendo que são acompanhadas de um par de números que
representam a posição na matriz. O primeiro número indica a linha e o segundo
número indica a coluna. Portanto a31 = -6 representa o elemento da terceira linha e
primeira coluna da matriz A. Já b13 = -7 representa o elemento da primeira linha
e terceira coluna da matriz B.
Assim o elemento aij representa o número que ocupa a posição da i-ésima linha
na j-ésima coluna.
Genericamente, em uma matriz 4x4 tem-se:
a11 a12 a13 a14
a21 a22 a23 a24
A=
a31 a32 a33 a34
a41 a42 a43 a44
A ordem da matriz A descrita acima é 4x4, pois ela possui 4 linhas e 4 colunas. Já
a matriz B possui tamanho 2x4, pois possui 2 linhas e 4 colunas. Tem-se algumas
situações particulares.
11
...
...
.
Onde o 1.º Índice de cada elemento indica a sua linha e o 2.º Índice de cada elemento
indica a sua coluna, assim o elemento a23 está localizado na 2.ª linha e 3.ª coluna.
Observação:
a11 a12
ULBRA – Educação a Distância
a21 a22
A= a31 a32
a41 a42
a51 a52
Observe que a ordem descrita na forma de 5x2 ajuda a determinar o número total
das 10 posições (entradas da matriz).
13
Seja B, uma matriz B=(bij)3x3 uma matriz de ordem 3x3, isto é de 3 linhas e 3 colunas
2.Tipos de Matrizes
ULBRA – Educação a Distância
MATRIZ RETANGULAR
É aquela em que o número de linhas é diferente do número de colunas, sua ordem
geral é do tipo mxn, com m linhas e n colunas.
MATRIZ QUADRADA
É aquela em que o número de linhas é igual ao número de colunas, sua ordem
geral é do tipo nxn, ou resumidamente, ordem n. As matrizes quadradas possuem
uma diagonal principal, que é formada pelas posições que possuem índices iguais.
No caso de uma matriz 4x4, a diagonal principal são os elementos a11 a22 a33 e a44 A
.
diagonal secundária é formada pelos elementos cuja soma dos índices é (n+1). No
caso de uma matriz 4x4, a diagonal secundária são os elementos a14 a23 a32 e a41.
MATRIZ DIAGONAL
É uma matriz quadrada cujos elementos que estão fora da diagonal principal são
zeros.
3 0 0
D= 0 -2 0
0 0 -8
MATRIZ NULA:
É uma matriz mxn, cujos elementos são todos zeros.
0 0 0
O= 0 0 0
0 0 0
3 2 4
A= 0 -2 7
0 0 -8
15
1 0 0
A= -3 10 0
4 2 -5
MATRIZ IDENTIDADE
É uma matriz quadrada cuja diagonal principal é constituída de todos os elementos
1 e os demais elementos são nulos.
1 0 0 0
0 1 0 0 =I
Exemplo: matriz identidade de ordem 4 é
0 0 1 0 4
0 0 0 1
MATRIZ TRANSPOSTA
A transposta de uma matriz A mxn, representada por AT, é a matriz nxm obtida
da permutação das linhas com as colunas de A, isto é, a primeira linha de A
transforma-se na primeira coluna de AT, a segunda linha de A transforma-se na
segunda coluna de AT.
Exemplo: 12 2
12 3 6 -1 3 11
A= e AT =
2 11 20 4 6 20
-1 4
2 -3 2 8
C= e CT =
8 5 -3 5
MATRIZ SIMÉTRICA
É uma matriz que é igual a sua transposta. Ou seja, A é simétrica se AT= A
Exemplo:
2 -3 2 8 2 -3
A matriz C=
8 5
não é simétrica pois CT=
-3 5
≠ 8 5
=C
2 -1 4 2 -1 4
Entretanto, a matriz D= -1 5 7 é simétrica pois DT= -1 5 7 = D
4 7 3 4 7 3
16
Sendo A uma matriz quadrada nxn, então o traço de A, denotado por tr(A), é
definido pela soma das entradas da diagonal principal de A . O traço de A não está
definido para os casos em que A não é matriz quadrada.
2 -3
Exemplo: o traço de C= temos que tr(C)= 2+5=7
8 5
3 2 0 1
9 8 -3 4
A=
-6 4 -8 0
3 -8 3 -4
tem-se tr(A) = 3+8+ (-8)+(-4)=-1
MATRIZ NORMAL
Dizemos que A é normal se AT x A = A x AT
6 -3
Exemplo: Verifique se a matriz A= é normal.
3 6
6 -3 6 3
A= e AT= e portanto:
3 6 -3 6
AxAT= 45 0
0 45
6 3 6 -3 6x6+(3)x(3) 6x(-3)+(3)x(6)
ATxA= x = =
-3 6 3 6 -3x6+(6)x(3) (-3)x(-3)+(6)x(6)
36+9 -18+18
=
-18+18 9+36
45 0
ATxA= Portanto, as matrizes são normais.
0 45
MATRIZ ORTOGONAL
Dizemos que A é ortogonal se ATxA = AxAT = In
6 -3 45 0 1 0
No caso de A=
3 6
a matriz não é ortogonal, pois ATxA =
0 45
≠ 0 1
= I2
17
12 3 6 -1 2 -3
seja a matriz A= e C=
2 11 20 4 3 6
2C = 2x 2 -3 = 2x2 2x(-3) = 4 -6
3 6 2x3 2x6 6 12
12 3 6 -1 2 9 -7 1
A= B=
2 11 20 4 0.2 5 1 8
14 12 -1 0
=
2.2 16 21 12
10 -6 13 -2
=
1.8 6 19 -4
A+C não está definida, pois as matrizes não possuem a mesma ordem. A é uma
matriz 2x4 e C é uma matriz 2x2.
18
Produto de matrizes
ULBRA – Educação a Distância
4 -1 2
12 3 6 -1 6 3 1
A= C=
2 11 20 4 4 5 40
10 3 7
4 -1 2
12 3 6 -1 6 3 1
AxC= x
2 11 20 4 4 5 40
10 3 7
80 24 260
=
194 143 843
O que pode ser representado na seguinte tabela onde nas linhas representamos as
linhas da matriz A e nas colunas representamos as colunas da matriz B.
4 -1 2
6 3 1
4 5 40
10 3 7
12 12x4+3x6+6x4+(-1)x10 12x(-1)+3x3+6x5+(-1)x3 12x2+3x1+6x40+(-1)x7
3
6
-1
2 2x4+11x6+20x4+4x10 2x(-1)+11x3+20x5+4x3 2x2+11x1+20x40+4x7
11
20
4
19
4 -1 2
6 3 1
4 5 40
10 3 7
12 3 6 -1 80 24 260
2 11 20 4 194 143 843
1 0 0 1 2 1
a) LxU = -3 1 0 x 0 1 5 é possível realizar a multiplicação, pois a matriz L tem
2 3 1 0 0 -16
ordem 3x3 e a matriz U tem ordem 3x3. Assim, o número de colunas da matriz L é
igual ao número de linhas da matriz U. Assim, o resultado da multiplicação é:
1 2 1 1 2 1
LxU = -3 -6+1 -3+5 = -3 -5 2
2 4+3 2+15-16 2 7 1
1 2 3 x1
b) AxX = 2 -1 1 x x2 é possível realizar a multiplicação, pois a matriz A tem
3 0 -1 x3
ordem 3x3 e a matriz X tem ordem 3x1. Assim, o número de colunas da matriz A
é igual ao número de linhas da matriz X. Assim o resultado da multiplicação é:
1 2 3 x1 1 x x1 + 2 x x2 + 3 x x3 x1 + 2x2 + 3 x3
AxX = 2 -1 1 x x2 = 2 x x1 + 1 x x2 + 1 x x3 = 2x1 - x2 + x3
3 0 -1 x3 3 x x1 + 0 x x2 + 1 x x3 3x1 - x3
20
4. Igualdade de matrizes
ULBRA – Educação a Distância
Duas matrizes A e B são ditas iguais se possuem a mesma ordem e suas entradas
correspondentes são iguais.
Exemplo:
2 -3 2 9 -7 1 2 -3
A= B= C=
6 5 0.2 5 1 8 8 5
Nas matrizes acima, A2x2 é diferente de C2x2, pois, apesar de serem matrizes de
mesma ordem, 2x2, elas têm alguma posição diferente, isto é: as matrizes não são
iguais pois a21 = 6 ≠ 5 = b21.
No caso, da matriz A2x2 não é igual a matriz B2x4, pois possuem ordens diferentes.
A é 2x2 e B é 2x4.
As duas matrizes são de ordem 2x3, pois têm 2 linhas e 3 colunas. Para satisfazer
a igualdade das matrizes temos que cada entrada da matriz deve ser igual.
Identificando as entradas onde aparecem as variáveis e observando que nas demais
entradas as matrizes têm os mesmos valores, teremos que:
A entrada da primeira linha e primeira coluna das duas matrizes devem ser
iguais, ou seja:
-3 -z = 9
-z = 9+3
-z = 12 (-1)
z = -12
A entrada da primeira linha e terceira coluna das duas matrizes devem ser iguais,
ou seja:
-3 + y = 18
y = 18 + 3
y = 21
A entrada da segunda linha e segunda coluna das duas matrizes devem ser iguais,
ou seja:
6 + x = 14 + 2x
6 - 14 = 2x - x
-8=x
x=-8
21
As duas matrizes são de ordem 2x2, pois têm 2 linhas e 2 colunas. Para satisfazer a
igualdade das matrizes temos que cada entrada da matriz deve ser igual, assim:
A entrada da primeira linha e primeiro coluna das duas matrizes devem ser
iguais, ou seja:
x=7
A entrada da segunda linha e primeiro coluna das duas matrizes devem ser
iguais, ou seja:
z=5
A entrada da primeira linha e segunda coluna das duas matrizes devem ser iguais,
ou seja:
2 + 2x = 16
2x = 16-2
2x = 14
x = 14
2
x=7
A entrada da segunda linha e segunda coluna das duas matrizes devem ser iguais,
ou seja: e já sabemos que z=5 daí:
4y + 2z = 8
4y + 2x5 = 8
4y + 10 = 8
4y = 8-10
y = -2
4
y = -0.5
22
0 1 -6 2
ULBRA – Educação a Distância
A-B+4X=0.
A partir da equação A-B+4X=0 vamos isolar o objeto que desejamos calcular no
caso, determinar quem é a matriz X. Assim,
A - B + 4X = 0
4X = 0 +B -A
X = B-A = 1 (B-A)
4 4
Assim, para determinarmos a matriz X precisamos calcular: X = 1 (B-A)
4
-6 1
1 1 -6 2 0 1 1 -6 1 4 = -1.5 0.25
X = (B - A) = - = = 4
4 4 7 -5 0 2 4 7 -7 7 -7 1.75 -1.75
4 4
6. Matriz inversa
Dada uma matriz quadrada A, nxn, chamaremos de inversa de A e representaremos
por A–1 a matriz de mesma ordem (tamanho) que produz
AxA-1=A-1xA=In
Nesse caso afirmaremos que A tem inversa ou é inversível. Se não é possível
encontrar a inversa de A diremos que A é não-inversível ou singular.
2 -5
Exemplo: Calcular se a matriz A = tem inversa.
-1 3
23
Iniciamos pela definição de que AxA-1=In Portanto, a matriz inversa da matriz A deve ser
a b
A-1 =
c d
2 -5 a b 1 0
x =
-1 3 c d 0 1
2a - 5c 2b - 5d 1 0
=
-a + 3c -b + 3d 0 1
3 b
A-1 =
1 d
24
2b - 5d = 0
-b + 3d = 1
3 5
A-1 =
1 2
Referências Bibliográficas
ANTON, H. Álgebra Linear com Aplicações. 4ª. edição. Porto Alegre: Bookman .2004.
BOLDRINI, J.L. et. al. Álgebra Linear. 3ª edição. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1980.
LEON, S.J. Álgebra Linear com Aplicações. 4ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
SANDOVAL JUNIOR, L. Álgebra Linear: para ciências econômicas, contábeis e da
administração. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
SANTOS, N. M. Vetores e matrizes : uma introdução à álgebra linear. 4ª edição. São
Paulo:Thompson. 2007
25
Atividades
-5 2 1 -2 4 10
0 1 1 0
A= B= 3 1 C= 1 0 2 D= 4 E= H = [2 2.5 -0.5 -2]
-3 2 0 1
5 4 1 3 5 7
Resposta: b
2. Qual das alternativas abaixo é a matriz A=(aij) de ordem 2x3 onde aij= (-2)i+j ?
1 -2 -8
a. ( ) A=
4 2 16
1 4
b. ( ) A= -2 8
8 16
-1 -4
c. ( ) A= -2 -8
-8 -16
4 -8 16
d. ( ) A=
-8 16 -32
4 8 16
e. ( ) A=
8 32 64
Resposta: d
26
-5 3 5
a. A+C 1. ( )
2 1 4
7 6
b. C-D 2. ( )
-1 2
-11 4
c. C-E 3. ( ) 0 13
-7 38
e. A x E 5. ( ) 9 0
-1 -6
f. Bt 6. ( ) 13 5 4.5
0 11 -13.5
1 2 5 -2 1 4 4 -2 1
A= B= C=
3 3 4 2 0 6 1 0 -1
1 -2 -8
a. ( ) X=
4 2 16
1 -2 -8
b. ( ) X=
4 2 16
6 2 -7
c. ( ) X=
-3 6 -15
27
0 -5 -5
d. ( ) X=
10 -10 -25
e. ( ) X=
-13 -6 -33
Resposta: c
2 1 x 1
x =
-1 3 y -4
a. ( ) x =
1
y 1
b. ( ) x =
1
y -1
c. ( ) x =
-1
y 1
d. ( ) -1
-1
e. ( ) x =
-1
y 0
Resposta: b
2 DETERMINANTE DE UMA MATRIZ
Magda Leysera
a a
det (A)= a11 a12 = a11 x a22 - a12 x a21
21 22
Exemplos:
ULBRA – Educação a Distância
3 4 3 4
A= 2 1 → det (A) = 2 1 = 3x1 - (4x2) = 3 - 8 = -5
4 6 4 6
B= 8 -3 → det (B) = 8 -3 = 4x(-3) - (6x8) = -12 - 48 = -60
det(A) = (a11 x a22 x a33) + (a12 x a23 x a31) + (a13 x a21 x a32) – (a12 x a21 x a33) – (a11 x a23 x a32) – (a13 x a22 x a31)
Uma alternativa é usar a Regra de Sarrus onde empregamos o seguinte procedimento:
3 2 4
A= 1 1 2 teremos det(A) melhor indicado o resultado quando reescrevemos
4 3 -2
o sela repetindo as duas primeiras colunas:
3 2 4 3 2
A= 1 1 2 1 1
4 3 -2 4 3
negativas positivos
3 4 -2 3 4 -2 3 4
x 2x + 1
Exemplo: Calcule o número real x que satisfaça a igualdade =0
1 3
x 2x + 1
= x x 3 - 1 x (2x + 1) = 3x - (2x + 1) = 3x - 2x -1 = x - 1
1 3
-1 x 2
ULBRA – Educação a Distância
x -1
Exemplo: Calcule o número real x que satisfaça a igualdade 2 x -4 =
1 3 x x 2
-1 x 2 -1 x
2 x -4 2 x = -x2 - 4x + 12 - 2x - 12 - 2x2 = - 3x2 - 6x
1 3 x 1 3
x -1 = x x 2 - (-1) x x = 2x + x = 3x
x 2
-1 x 2
x -1
Assim, 2 x -4 =
1 3 x x 2
...
...
.
Onde:
M11 é o determinante da submatriz da matriz A onde removemos a primeira linha
e a primeira coluna
M12 é o determinante da submatriz da matriz A onde removemos a primeira linha
e a segunda coluna
M13 é o determinante da submatriz da matriz A onde removemos a primeira linha
e a terceira coluna
M1n é o determinante da submatriz da matriz A onde removemos a primeira linha
e a n-ésima coluna
M21 é o determinante da submatriz da matriz A onde removemos a segunda linha
e a primeira coluna
M22 é o determinante da submatriz da matriz A onde removemos a segunda linha
e a segunda coluna
M23 é o determinante da submatriz da matriz A onde removemos a segunda linha
e a terceira coluna
Ou seja, genericamente:
Mij é o determinante da submatriz da matriz A onde removemos a linha i e a
coluna j, também chamada de matriz menor relativo ao elemento aij de A onde
removemos a linha i e a coluna j. Observe que o sinal que acompanha esse
determinante representado por Mij varia, conforme a linha escolhida, assim pode
generalizar as parcelas do determinante chamando-as de cofator ij e representá-lo
por cof aij = (-1)i+j Mij .
34
ULBRA – Educação a Distância
n
O determinante de uma matriz A nxn é dado por det(A)= S (-1)
j=1
i+j
aij Mij onde i é
3 2 0 1
Exemplo: Calcular o determinante das matriz 9 8 -3 4
-6 4 -8 0
3 -8 3 -4
8 -3 4
M11 = 4 -8 0 = 0
-8 3 -4
M11 = 8 x (-8) x (-4) + (-3) x 0 x (-8) + 4 x 4 x 3 - (-8) x (-8) x 4 - (3) x (0) x 8 - (-4) x 4 x (-3)
M11 = 256 + 0 + (48) - 256 - 0 - 48 = 0
M12 é o determinante da submatriz da matriz A onde removemos a primeira linha
e a segunda coluna
9 -3 4
M12 = -6 -8 0 = 384
3 3 -4
9 8 4
M13 = -6 4 0 = -192
3 -8 -4
9 8 -3
M14 = -6 4 -8 = -624
3 -8 3
M14 = 9 x 4 x 3 + 3 x (-8) x 8 + (-8) x (-6) x (-3) -3 x 4 x (-3) - (-8) x (-8) x 9 - (3) x (-6) x 8 =
M14 = 108 + (-192) + (-144) - (-36) - 576 + 144 = -624
3 5 0
Exemplo: Calcule por LAPLACE o determinante da matriz A = -2 1 6
4 2 2
1 6
M11 = = (2 - 12) = -10
2 2
-2 6
M12 = = (-4 -24) = -28
4 2
-2 1
M13 = = (-4 - 4) = -8
4 2
36
Assim,
ULBRA – Educação a Distância
det(A) = 3 x M11 + (-1) x 5 x M12 + 0 x M13 = 3 x (-10) - 5 x (-28) + 0 x (-8) = -30 + 140 = 110
Observação:
○○ Note que a ordem do Determinante fica reduzida, ou seja, para calcular
o determinante de uma matriz de ordem 4 teremos que calcular 4
determinantes de ordem 3.
○○ Note que fica mais fácil quando escolhemos uma fila com maior número
de zeros, pois nestas situações não precisaremos calcular o determinante
das respectivas matrizes menores, já que depois teremos que multiplicar
pelo elemento aij, que sabemos ser nula e, portanto, o resultado dessa
parcela será nula.
3 5 0 3 -2 4
A = -2 1 6 temos det(A)=58 e para a sua transposta At = 5 1 2 temos
4 2 2 2 6 -2
3 5 0
A = -2 1 6 temos det(A)=58
4 2 -2
1 -2 4
B = 1 0 2 temos det(B)=12
1 3 5
8 -6 22
A x B = 5 22 24 temos Det(AxB) = 58 x 12 = 696
4 -14 10
37
3 -2 4
A= 0 1 2 matriz triangular superior e calculando o seu determinante teremos:
0 0 -2
6 0 0 0
0 3 0 0 matriz triangular inferior de ordem 4x4. Usando Laplace e
B=
8 1 -1 0
6 -1 5 2
3 -2 4
det(B) = 6 x 0 1 2 - 0 x M12 - 0 x M13 - 0 x M14 = 6 x (3 x (-1) x 2 + 0 + 0 - 0 - 0 - 0) = -36
0 0 -2
3 2 0 1
A= 0 0 0 0
-6 4 -8 0
3 -8 3 -4
det(A) = 0
3 -2 4
A = 0 1 2 temos que
0 0 -2
det(A) = 3 x 1 x (-2) + (-2) x 2 x 0 +4 x 0 x 0 - 4 x 1 x 0 - 3 x 2 x 0 - (-2) x (-2) x 0 = -6
Nesta matriz, vamos permutar a primeira linha com a segunda linha. Teremos
uma nova matriz que denominaremos de B
0 1 2
B = 3 -2 4
0 0 -2
det(B) = 0 x (-2) x (-2) + 1 x 4 x 0 + 2 x 3 x 0 - 2 x (-2) x 0 - 0 x 4 x 0 - (1) x 3 x (-2) =
det(A) = 0 + 0 + 0 - 0 - (-6) = 6
3 5 0
A = 6 10 0 temos Det(A)=0, pois a linha 2 é o resultado do dobro da linha 1, ou
4 2 -2
seja, linha 2 = 2x(linha 1). Para confirmarmos a propriedade, podemos calcular o
determinante da matriz A.
3 5 0
A = -2 1 6 temos det(A)=58 definimos a matriz B onde multiplicamos por 2 os
4 2 -2
elementos da segunda linha da matriz A logo a matriz B é
3 5 0 3 5 0
B= 2x-2 2x1 2x6 = -4 2 12
4 2 -2 4 2 -2
3 5 0
-4 2 12 =det(B)=2xdet(A)=2x58=116. Para verificar a propriedade, vamos calcular
4 2 -2
o determinante da matriz B por Sarrus.
det(B) = 3 x 2 x (-2) + 5 x 12 x 4 + 0 x (-4) x 2 - 0 x 2 x 4 - 3 x 2 x 12 - 5 x (-4) x (-2) =
x (-2) = -12 + 240 + 0 - 0 - 72 - 40 = 116
3 5 0
A = -2 1 6 temos det(A)=0, pois observe que a terceira linha da matriz é
2 11 6
resultado da dois, multiplicando as posições da primeira linha e somando com a
respectiva posição da segunda linha, ou seja: 2xLinha 1 + Linha 2
3 5 0 3 5 0
A = -2 1 6 = -2 1 6
4 11 6 2 x 3 + (-2) 2 x 5 + 1 2 x 0 + 6
quadrada B, obtida a partir de A, onde trocamos uma das linhas (Li) de A pela
combinação linear de Li e outra linha Lj de A, então det(A)=det(B).
Combinação linear é multiplicar ou dividir todos os elementos de uma linha e
somar ou subtrair o resultado com as respectivas posições de outra linha da matriz;
por exemplo k número real.
Temos as possibilidades de criar combinação linear: Li é substituída por (kLi+Lj)
ou Li é substituída por (Li+kLj).
3 5 9
A= 6 8 20 podemos construir uma matriz B onde a L2 é substituída por
2 11 6
3 3 9 3 3 9
B= (-2 x 3) + 6 (-2 x 5) + 8 (-2 x 9) + 20 = -6 + 6 -10 + 8 -18 + 20
2 11 6 2 11 6
3 5 9
B= 0 -2 2
2 11 6
Propriedade 10: uma matriz quadrada A, cujo determinante é zero não tem inversa
e qualquer matriz que não tem inversa tem determinante nulo.
Referências Bibliográficas
ANTON, H. Álgebra Linear com Aplicações. 4ª. edição. Porto Alegre: Bookman .2004.
BOLDRINI, J.L. et. al. Álgebra Linear. 3ª edição. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1980.
LEON, S.J. Álgebra Linear com Aplicações. 4ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
SANDOVAL JUNIOR, L. Álgebra Linear: para ciências econômicas, contábeis e da
administração. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
SANTOS, N. M. Vetores e matrizes : uma introdução à álgebra linear. 4ª edição. São
Paulo:Thompson. 2007
41
Atividades
Resposta: a
2) Qual das alternativas abaixo é o valor correto para o número real x que satisfaça
x + 2 2x - 1 x -2
a equação =
3 4 8 3
a. ( ) x = 11/7
b. ( ) x = -3
c. ( ) x = -0.9
d. ( ) x = 2
e. ( ) x = -1
Resposta: e
1 0 1
2 1 0 2. ( ) det(A) = (-1)(1+1) x 3 x M11 + (-1)(1+2) x 3 x M21
b. 3 2 1
42
ULBRA – Educação a Distância
1 0 2
3. ( ) det(A) = (-1)1+1 x 8 x M11 + (-1)1+2 x 0 x M12 + (-1)1+3 x 0 x
2 1 0
M13 + (-1)1+4 x 0 x M14 + (-1)1+5 x 0 x M15
c. 3 0 1
3 0 0 0
1 4 1 2 4. ( ) det(A) = (-1)(3+1) x 3 x M31 + (-1)(3+2) x 0 x M32 + (-1)(3+3) x
2 0 7 3 1 x M33
d. 0 0 0 8
8 0 0 0 0
19 18 0 0 0
5. ( ) det(A) = (-1)(1+1) x 3 x M11 + (-1)(1+2) x 0 x M12 + (-1)(1+3) x
-6 2 -5 0 0
0 x M13 + (-1)(1+4) x 0 x M14
4 3 2 2
3
0
e. -2 3 4 7 1
4) Considerando a matriz A= (aij) de ordem 2x2 com aij = (i2 + ij) qual das alternativas
abaixo é correta:
a. ( ) A matriz A é a matriz identidade de ordem 2x2.
b. ( ) a21 = 7
c. ( ) det(A)=-2
d. ( ) A é matriz triangular superior.
e. ( ) det(A)=4
Resposta: c
Magda Leysera
x + y + z = 10
0,25x + 0,10y + 0,05z = 2
x y=30-4x z=40-5x-2y
1 26 -17
2 22 -14
3 18 -11
4 14 -8
5 10 -5
6 6 -2
7 2 1
8 -2 4
9 -6 7
Exemplos:
Observações:
1º) Quando o termo independente b for igual a zero, a equação linear denomina-se
equação linear homogênea. Por exemplo: 5x + y = 0.
2º) Uma equação linear não apresenta termos da forma x12, x1 x x2 , isto é, cada termo
da equação tem uma única incógnita, cujo expoente é sempre 1.
As equações 3x12+2x2 = -3 e 4x x y + z = 2 não são lineares.
3 x (-1) -2a = 5
x = -1
Resolução: (-1, a) ⇒ ⇒ -3 -2a = 5 Logo, a = -4
y = -1
-2a = 8 ⇔ a = -4
Exemplo: determine o número real m para que (x,y,z)=(-1,1,2) seja solução da
equação mx + y - 2z = 6
Para que (x,y,z)=(-1,1,2) seja solução da equação, substituiremos x=-1, y=1 e z=2
na equação obtendo:
46
mx + y - 2z = 6
ULBRA – Educação a Distância
m x (-1) + 1 - 2 x (2) = 6
-m + 1 - 4 = 6
-m – 3 = 6
-m = 6 + 3
-m = + 9 (-1)
m = -9
2. Sistema Linear
Denomina-se sistema linear de m equações nas n incógnitas todo sistema da
forma
2x + y - z = 0
x + y 4z = 0
5x - 2y + 3z = 0
x + 3y = -5
2x1 + 3x2 - x3 = 0
Exemplo: seja o sistema S1: x1 - 2x2 + x3 = 5
-x1 + x2 + x3 = -2
2x1 - x2 + x3 = 3
ULBRA – Educação a Distância
x1 + x2 + x3 = 6
x1 - x2 + 2x3 = 3
2 -1 1 x1 3
1 1 1 x x2 = 6
1 -1 2 x3 3
2 -1 1
onde a matriz 1 1 1 é chamada de matriz dos coeficientes das respectivas
1 -1 2
variáveis, a primeira coluna são os coeficientes da variável x1, a segunda coluna são
os coeficientes da variável x2 e a terceira coluna são os coeficientes da variável x3,
x1
onde a matriz x2 é chamada de matriz coluna das incógnitas (variáveis) e
x3
3
onde a matriz 6 é chamada de matriz coluna dos termos independentes.
3
2x1 + 5x2 - x3 = 0
a). 4x - 3x + 6x = -1
1 2 3
7x1 + x2 - 2x3 = 8
Pode ser representado por meio de matrizes, da seguinte forma:
2 5 -1 x1 0
4 -3 6 x x2 = -1
7 1 -2 x3 8
b) 2x - y = 5
x - 3y = 0
2 1
x x = 5
1 -3 y 0
49
2a + b + c = -1
2 1 1 a -1
1 0 1 x b = 0
-3 5 -1 c 2
DETERMINADO
POSSÍVEL OU COMPATÍVEL admite uma única solução
quando admite solução INDETERMINADO
SISTEMA admite infinitas soluções
LINEAR
IMPOSSÍVEL OU IMCOMPATÍVEL
quando não admite solução
Exemplo:
5x - 3y = 16
O sistema de equações lineares tem solução única (x,y)=(5,3), pois
-x + 6y = 13
somente esses valores de x e y satisfazem as duas equações.
50
2x + y = 3
ULBRA – Educação a Distância
(x,y)=(1,1). Outras soluções são (x,y)=(2,-1), também (3,-3), também é solução (-2,7).
Ou seja, todo o par ordenado onde (a, 3 - 2a) para a número real.
2x + y = 3
O sistema de equações lineares não tem solução, ou a solução é
2x + y = 2
impossível, isto é, não se encontra (x,y) para satisfazer as duas equações, pois,
verificando o que as equações estabelecem de igualdade, teríamos que, na primeira
equação, diz que 2x + y = 3, mas, na segunda equação, teríamos que 2x + y = 2.
Observe que o membro da esquerda das duas equações é igual, ou seja, poderíamos
escrever que 2 = 2x + y = 3, ou seja, teria que ser verdadeiro que 2 = 3.
5. Regra de Cramer
A regra de Cramer consiste num método para se resolver um sistema linear de
n-equações e n-incógnitas.
det Ax1
Pela regra de Cramer: x1=
det A
2x - y = 7
Resolver, pelo método de Cramer, o sistema .
x + 5y = -2
2 -1
x x = 7
1 5 y -2
52
A= 2 -1 ⇒ det A = 11
1 5
det Ax 33
Agora calcularemos a componente x da solução: x= = =3
det A 11
det Ay -11
E finalmente a componente y da solução: y= = = -1
det A 11
Ax= 5 1 ⇒ det Ax = -7
2 -1
Ay= 1 5 ⇒ det Ay = 7
-1 2
Portanto, a solução é
det Ax -7 det Ay 7
x= = impossível y= = impossível
det A 0 det A 0
2x + y = 3
ULBRA – Educação a Distância
2 1
x x = 3
4 2 y 6
A= 2 1 = 4 - 4 = 0
4 2
O determinante de Ax= 3 1 = 6 - 6 = 0
6 2
O determinante de Ay= 2 3 = 12 - 12 = 0
4 6
Portanto, a solução é
det Ax 0 det Ay 0
x= = é uma indeterminação y= = é uma indeterminação
det A 0 det A 0
1 2 -1 x1 0
3 -4 5 x x2 = 10
1 1 1 x3 1
1 2 -1
A= 3 -4 5 ⇒ det A= - 4 + 10 - 3 - 4 - 5 - 6 = -12
1 1 1
0 2 -1
A1= 10 -4 5 ⇒ det A1= 0 + 10 - 10 - 4 + 0 - 20 = -24
1 1 1
1 0 -1
A2= 3 10 5 ⇒ det A2= 10 + 0 - 3 + 10 - 5 + 0 = 12
1 1 1
1 2 0
A3= 3 -4 10 ⇒ det A3= - 4 + 20 + 0 + 0 - 10 - 6 = 0
1 1 1
56
det A1 -24
x1= = =2
det A -12
det A2 12
x2= = = -1
det A -12
det A3 0
x3= = =0
det A -12
ou impossível.
3x + my = 2
Vamos calcular o valor dos determinantes:
x-y=1
A = 3 m ⇒ det A = -3 -m
1 -1
Ax= 2 m ⇒ det Ax = -2 -m
1 -1
Ay= 3 2 ⇒ det Ay = 1
1 1
Fazendo: det A = 0 ⇒ -3 - m = 0 ⇒ m = -3
det Ax = 0 ⇒ -2 - m = 0 ⇒ m = -2
1 -1 0
ULBRA – Educação a Distância
A= 1 m 1 ⇒ det A = -m -1
-1 1 -1
2 -1 0
Ax= 0 m 1 ⇒ det Ax= -2m -6
4 1 1
1 2 0
Ay= 1 0 1 ⇒ det Ay= -4
-1 4 -1
1 -1 2
Az= 1 m 0 ⇒ det Az= 6m + 6
-1 1 4
Fazendo:
4 4
Para m = –1, teremos: x= - (impossível) y= - (impossível)
0 0
0
z= (indeterminado).
0
x - 2y + 5z = 7
3y + 2z = 1
2z = 8
59
Para obter um sistema linear escalonado que tem a mesma solução, iremos
x1 + 2x2 + x3 = 7
-3x1 - 5x2 + 2x3 = -8
2x1 + 7x2 + x3 = 21
x1 + 2x2 + x3 = 7
ULBRA – Educação a Distância
x2 + 5x3 = 13
2x1 + 7x2 + x3 = 21
x1 + 2x2 + x3 = 7
x2 + 5x3 = 13
3x2 - x3 = 7
x1 + 2x2 + x3 = 7
x2 + 5x3 = 13
- 16x3 = -32
x1 + 2x2 + 3x3 = 9
2x2 - x2 + x3 = 8
3x1 - x3 = 3
1 2 3
A= 2 -1 1 denomina-se matriz dos coeficientes do sela;
3 0 -1
→
x1
x= x2 denomina-se vetor solução do sela;
x3
→
9
b= 8 denomina-se vetor termo independente do sela.
3
62
1 2 3 x1 9
2 -1 1 x x2 = 8
3 0 -1 x3 3
1 2 3 9 1 2 3 9
-2E1+E2 substitui a atual E2
2 -1 1 8 -2 + 2 -4 + -1 -6 + 1 -18 + 8
-3E1+E3 substitui a atual E3
3 0 -1 3 -3 + 3 -6 + 0 -9 - 1 -27 + 3
1 2 3 9 1 2 3 9
0 -5 -5 -10 -6E2+5E3 substitui a atual E3 0 -5 -5 -10
0 -6 -10 -24 0 + 0 30 - 30 30 - 50 60 - 120
1 2 3 9 1 2 3 x1 9
Reescrevendo os símbolos
0 -5 -5 -10 0 -5 -5 x x2 = -10
omitidos teremos
0 0 -20 -60 0 0 -20 x3 -60
4x1 + 2x2 - x3 = 5
3x1 + 3x2 + 6x3 = 1
5x1 + x2 + 2x3 = -8
4 2 -1 5 4 2 -1 5
-3E1+4E2 substitui a atual E2
3 3 6 1 -12 + 12 -6 + 12 3 + 24 -15 + 4
-5E1+4E3 substitui a atual E3
5 1 2 -8 -20 + 20 -10 + 4 5 + 8 -25 - 32
4 2 -1 5 4 2 -1 5
0 6 27 -11 E2+E3 substitui a atual E3 0 6 27 -11
0 -6 13 -57 0 6 + -6 27 + 13 -11 + -57
40x3 = -68
-68 17
x3 = =-
40 10
17
6x2 + 27 x - = -11
10
459
6x2 - = -11
10
459
6x2 = -11 +
10
349
6x2 =
10
349
x2 =
60
4x1 + 2x2 - x3 = 5
349 17
4x1 + 2 x - - =5
60 10
349 17
4x1 + + =5
30 10
349 17
4x1 = 5 - -
30 10
250
4x1 = -
30
-250 -25
x1 = =
120 12
-25
Conclusão: o sistema de equações é determinado (tem solução única) x1 = , x2 =
12
349 -17 -25 349 -17
e x3 = , que também pode ser representado por (x1, x2, x3) = , , .
60 10 12 60 10
Exemplo: resolva o sistema de equações lineares (SELA) por escalonamento,
apresentando as combinações lineares usadas e classifique a solução das incógnitas
pelo sela escalonado equivalente.
65
3 2 0 1 3 3 2 0 1 3
9 8 -3 4 6 -3E1+E2 substitui a 9 - 3 *3 8 - 3 *2 - 3 - 3 *0 4 - 3 *1 6 - 3 *3
-6 4 -8 0 -16 atual E2 -6 4 -8 0 -16
3 -8 3 -4 18 3 -8 3 -4 18
3 2 0 1 3 3 2 0 1 3
0 2 -3 1 -3 E3+2E1 substitui a 0 2 -3 1 -3
-6 4 -8 0 -16 atual E3 -6 + 2 *3 4 + 2 *2 -8 + 2 *0 0 + 2 *1 -16 + 2 *3
3 -8 3 -4 18 3 -8 3 18
3 2 0 1 3 3 2 0 1 3
0 2 -3 1 -3 E4-E1 substitui a 0 2 -3 1 -3
0 8 -8 2 -10 atual E4 0 8 -8 2 -10
3 -8 3 -4 18 3 - 1 *3 -8 -1 *2 3 -1 *0 -4 -1 *1 18 -1 *3
3 2 0 1 3 3 2 0 1 3
0 2 -3 1 -3 E3-4E2 substitui a 0 2 -3 1 -3
0 8 -8 2 -10 atual E2 0 8 -4 *2 -8 -4 *(-3) 2 -4 *1 -10 -4 *(-3)
0 -10 3 -5 15 0 -10 3 -5 15
3 2 0 1 3 3 2 0 1 3
0 2 -3 1 -3 E4+5E2 substitui a 0 2 -3 1 -3
0 0 4 -2 2 atual E4 0 0 4 -2 2
0 -10 3 -5 15 0 -10 +5 *2 3 +5 *(-3) -5 +5 *1 15 +5 *(-3)
3 2 0 1 3 3 2 0 1 3
0 2 -3 1 -3 E4+3E3 substitui a 0 2 -3 1 -3
0 0 4 -2 2 atual E4 0 0 4 -2 2
0 0 -12 0 0 0 0 -12 +3 *4 0 +3 *(-2) 0 +3 *2
-6x4 = 6
ULBRA – Educação a Distância
x4 = -1
O valor será x3 calculado pela terceira equação do SELA, onde substituiremos o
valor conhecido de x4
4x3 -2x4 = 2
4x3 -2(-1) = 2
4x3 +2 = 2
4x3 = 2 - 2
0
x3 =
4
x3 = 0
O valor x2 será calculado pela segunda equação do SELA, onde substituiremos o
valor conhecido de x3 e x4
2x2 - 3x3 + x4 = -3
2x2 - 3(0) + (-1) = -3
2x2 + 0 - 1 = -3
-3+1
x2 =
2
x2 = -1
O valor x1 será calculado pela primeira equação do sistema de equações, onde
substituiremos o valor conhecido de x3 , x2 e x4
3x1 + 2x2 + x4 = 3
3x1 + 2(-1) + (-1) = 3
3x1 - 2 - 1 = 3
3+3
x1 =
3
x1 = 2
Conclusão: o sistema de equações é determinado (tem solução única) x1= 2, x2= -1,
x3= 0 e x4= -1, que também pode ser representado por (2, -1, 0, -1).
67
3x - 2y + z = -6
1ºcaso: o sistema terminar na forma de 4y - 2z = 0
5z = 10
2x - y + z - t = 2
Pode ocorrer que o sistema termine na forma de
2z + 3t = 1
68
Aqui, o sistema escalonado tem mais variáveis do que incógnitas, mas também se
ULBRA – Educação a Distância
1 2 1 5 1 2 1 5
-3E1+E2 substitui a atual E2
3 7 2 0 -3 + 3 -6 + 7 -3 + 2 -15 + 0
-2E1+E3 substitui a atual E3
2 -5 11 13 -2 + 2 -4 + (-5) -2 + 11 -10 + 13
1 2 1 5 1 2 1 5
0 1 -1 -15 9E2+E3 substitui a atual E3 0 1 -1 -15
0 -9 9 3 0 + 0 9 + (-9) -9 + 9 -135 + 3
1 1 2 1 1 1 2 1
-3E1+E2 substitui a atual E2
3 2 5 2 -3 + 3 -3 + 2 -6 + 5 -3 + 2
-4E1+E3 substitui a atual E3
4 3 7 3 -4 + 4 -4 + 3 -8 + 7 -4 + 3
1 1 1 1 1 1 2 1
0 -1 -1 -1 -E2+E3 substitui a atual E3 0 -1 -4 -1
0 -1 -1 -1 0 1 + (-1) 1 + (-1) 1 + (-1)
Referências Bibliográficas
ULBRA – Educação a Distância
ANTON, H. Álgebra Linear com Aplicações. 4ª. edição. Porto Alegre: Bookman .2004.
BOLDRINI, J.L. et. al. Álgebra Linear. 3ª edição. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1980.
ESPINOSA, I. C. O.N. Álgebra Linear para Computação. Rio de Janeiro: LTC, 2007.
LEON, S.J. Álgebra Linear com Aplicações. 4ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 1999.
SANDOVAL JUNIOR, L. Álgebra Linear: para ciências econômicas, contábeis e da
administração. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
SANTOS, N. M. Vetores e matrizes : uma introdução à álgebra linear. 4ª edição. São
Paulo:Thompson. 2007.
Atividades
2a - 3b - 4c = 3
1. Considere o sistema de equações -4a + b + c = -8. Qual das alternativas
2a - 4b + 3c = 11
abaixo é uma solução para esse sistema?
a.( ) a=2,b=-1 e c=1.
b.( ) a=0,b=-1 e c=0.
c.( ) a=0,b=-2 e c=1.
d.( ) a=-1,b=2 e c=1.
e.( ) a=1,b=-1 e c=2.
Resposta: a
2x - y = 9
2. Resolvendo o sistema de equações assinale com V as assertivas
2x - y = 18
verdadeiras e com F as assertivas falsas a respeito da solução através do método
de Cramer.
a. ( ) det A = 2 -1 = 0
2 1
b. ( ) det Ax = 9 -1 = 11
2 1
c. ( ) det Ay = 2 9 = 18
2 18
71
2 1 3 1 9 2 1 3 1 9
4 3 10 2 24
⇒ 0 1 4 0 6
2 4 17 3 25 0 3 14 2 16
1 5 -1 1 10 0 4.5 -2.5 0.5 5.5
Qual das alternativas abaixo identifica uma combinação linear correta para a
próxima etapa do escalonamento, mantendo a primeira coluna com os valores
já calculados?
a. ( ) -3E1+E3 substitui a E3
b. ( ) -3E2+E3 substitui a E3
c. ( ) -E1+E2 substitui a E3
d. ( ) -3E2-E3 substitui a E3
e. ( ) 3E2+E3 substitui a E3
Resposta: b
72
4. Marque apenas uma das alternativas abaixo que representa a matriz escalonada
ULBRA – Educação a Distância
do sela.
x + 2y + z = 5
2x + 2y + z = 12
4x + 6y - 3z = 6
x + 2y + z = 5
a. ( ) - 2y - 4z = 2
- 3z = -18
x + 2y + z = 5
b. ( ) - 2y - z = 2
3z = 0
- x - 2y - z = 5
c. ( ) - 2y - 3z = 20
- 6z = -18
x + 2y + z = 5
d. ( ) - 2y - z = 2
- 6z = -16
2x + 2y + 2z = 5
e. ( ) - 2y - z = 2
6z = -16
Resposta: d
4
Leomir Joel Schweig1
GENERALIDADES SOBRE VETORES
Introdução
Neste capítulo, é apresentado o vetor, que é um ente matemático importante,
utilizado no estudo da Física, no Cálculo, na Engenharia etc. Este ente é utilizado
para representar as grandezas vetoriais, que necessitam, além de um número e
unidade (módulo), também uma direção e um sentido, para ficarem perfeitamente
definidas. São exemplos de grandezas vetoriais: velocidade, aceleração, força,
quantidade de movimento, impulso etc. Outros tipos de grandezas necessárias
são as grandezas escalares. Estas, por sua vez, necessitam apenas de um número
com unidade para ficarem perfeitamente definidas. São exemplos de grandezas
escalares: tempo, massa, volume, área, comprimento, temperatura etc. Estes dois
tipos de grandezas – vetoriais e escalares – são chamadas de grandezas matemáticas
ou físicas. Normalmente, o número com unidade, ou módulo, destas grandezas é
determinado por um instrumento de medida.
No final do estudo deste capítulo, você deverá ser capaz de definir o vetor,
representar os vetores através de suas características e representar e calcular o
vetor resultante de um sistema de vetores.
B
A
B
A
4.8. Vetor
Dado um segmento orientado AB, chamamos de vetor o conjunto de todos os
segmentos orientados equipolentes ao segmento dado AB. Este segmento é um
representante do vetor. Ex.:
B r (reta suporte)
A
Vetor nulo é aquele onde a sua extremidade coincide com a sua origem. O vetor
nulo possui módulo igual a zero e é indicado por O .
V
V0 =
V
Ex.:
O
B
a
c
S
d
Este método é utilizado quando queremos representar o vetor soma entre dois
vetores.
O vetor soma dos dois vetores, cujas direções formam um ângulo qualquer entre
si, é representado por um vetor cuja direção é a diagonal do paralelogramo,
formado com os vetores dados e cuja origem coincide com a origem comum de
ambos, indicando assim seu sentido. Ex.: a seguir a representação do vetor soma
S = a+b
a S
S a 2 b 2 2.a .b . cos
D
a
b
D
a
–b
79
V W
60m
A D
a) Qual a distância percorrida desde o ponto A até o ponto B?
b) Qual a distância percorrida desde o ponto A até o ponto C?
80
c) O módulo do vetor D = U -V .
Resolução:
a) Abaixo a representação vetorial da situação:
V S
50º
2 2
Lei dos cossenos: S a b 2.a .b . cos
2 2
S = U 2 + V 2 + 2.U .V . cos 50º S = 50 + 30 + 2.50.30.0,64
U S V
s V 72,94 30
Lei dos senos: = =
sen 130° sen a 0,76 sen a
30.0,76
sen a = sen a @ 0,3126 a @ 18,22°
72,94
V S
50º
–V 130º D
S = 1480 S @ 38,47u
a) a e -b
b) -a e b
c) -a e -b
d) 3.a e 5.b
e) - 3.a e 5.b
83
2. ≅ 29,2o
3. 36,27o
Introdução
A partir da decomposição de vetores no plano, introduziremos a noção de base
do plano e, em especial, a base canônica, que será utilizada para representar os
vetores na forma vetorial e analítica.
No final do capítulo, você deverá ser capaz de representar vetores no plano
cartesiano, operar com vetores na forma analítica e vetorial, determinar vetores
definidos por dois pontos, calcular o módulo de um vetor e a distância entre dois
pontos e aplicações na geometria.
V2 V
V1
V2 V
v2
v1 V1
V2 k 2 .v2
V v2
V1 k1.v1 v1
{
Qualquer par de vetores não colineares v1 , v 2 }
é uma base no plano. Como
podemos formar infinitos pares de vetores não colineares, podemos dizer que
existem infinitas bases no plano.
Para nosso estudo, utilizaremos a base ortonormal, que é formada por um par de
vetores { v , v } ortogonais entre si e unitários. E, dentre as bases ortonormais,
1 2
4
ULBRA – Educação a Distância
1
j
0
-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
i
-1
-2
-3
Veja que o vetor i possui origem no ponto (0,0) e extremidade no ponto (1,0) e o
vetor j possui origem no ponto (0,0) e extremidade no ponto (0,1).
A figura a seguir mostra a representação de um vetor V no plano cartesiano.
P( x, y)
yj
V
j
O i xi
O vetor V pode ser escrito como uma combinação linear dos vetores i e j e pode
ser escrito na forma: V = xi + y j .
A partir da base, podemos verificar que cada vetor do plano pode ser associado
a um par ordenado (x, y) de números reais. Então, podemos dizer que um vetor
V no plano é um par ordenado (x, y) deste plano e podemos representar por:
V = ( x, y ) . Esta representação é chamada de expressão analítica do vetor. A
expressão V = xi + y j é a expressão vetorial do vetor.
Ex.:
U V
x – 4 = 3x + 8 2y + 3 = 7
x – 3x = 8 + 4 e 2y = 7 – 3
– 2x = 12 2y = 4
x=–6 y=2
o x
AB = OB - OA
Como OB = ( x2 y 2 ) - (0,0) = ( x2 , y2 )
e OA = ( x1 y1 ) - (0,0) = ( x1 , y1 )
y P(x,y)
o x x
V 2 = x2 + y2 V = x2 + y2 ou V = x2 + y2
Ex.:
Solução: V = (-3) 2 + 4 2
V = 9 + 16
V = 25
V =5
92
Solução: V = ( x2 - x1 ) 2 + ( y 2 - y1 ) 2
V = (5 - 4) 2 + (6 - 8) 2 = 12 + (-2) 2 = 1 + 4 = 5
Obs.: Observe que o módulo do vetor definido por dois pontos, calculado por
dois pontos.
V2 = (5,7) .
(5,3) = k1 .( 2,-3) + k 2 .( 5,7)
(5,3) = (2.k1 ,-3k1 ) + (5.k 2 ,7.k 2 )
(5,3) = (2.k1 + 5k 2 , - 3.k1 + 7.k 2 )
2k1 + 5k 2 = 5
Cuja solução é: k1 = 20 e k 2 = 21
- 3k1 + 7 k 2 = 3 29 29
Então, escrevemos o vetor V como combinação linear da seguinte forma:
V = 20 .v1 + 21 .v2
29 29
93
a) O vetor X = 2a + b - 3c
X = (14,6) + (-4,-1) - (15,-21)
X = (-5,26)
X = 212 ,- 7 ou X = 106 ,- 7
12 212 6 212
Solução: 4 X + 15a = 8b - 5c - 3 X
6
4 X + 3 X = 8b - 5c - 15a
7 X = 8b - 5c - 15a
94
ULBRA – Educação a Distância
X = 8b - 5c - 15a
7
8(-4,-1) - 5(5,-7) - 15(7,3)
X=
7
(-32,-8) - (25,-35) - (105,45)
X=
7
(-162,-18)
X=
7
X = - 162 ,- 18
7 7
Solução: d AB = V = ( x2 - x1 ) 2 + ( y 2 - y1 ) 2
d AB (2 4)2 [6 (5)]2
d AB = (-2) 2 + (11) 2
d AB = 4 + 121
d AB = 125 d AB @ 11,18
4. Calcule o perímetro do triângulo, cujos vértices são os pontos A (4, 3), B(-2, 5)
e C(1, –2)
B
Solução: A
C
95
d AB = (-6) 2 + (2) 2 = 36 + 4 = 40
d AC = (1 - 4) 2 + (-2 - 3) 2
d AC = (-3) 2 + (-5) 2 = 9 + 25 = 34
d BC = (1 - (-2)) 2 + (-2 - 5) 2
d BC = (3) 2 + (-7) 2 = 9 + 49 = 58
Logo, o perímetro é 40 + 34 + 58
e W = (4,3)
.
maneira que AP = 2 AB .
4. Determine as coordenadas do ponto do eixo das ordenadas que está à mesma
distância dos pontos A(3, -2) e B(6, 7).
5. Determine as coordenadas dos pontos do eixo das abscissas que estão a 5
unidades de distância do ponto A (3, 4).
Introdução
Neste capítulo, estenderemos a noção de base no plano para base no espaço,
definindo a base canônica no espaço, representando os vetores na forma vetorial
e analítica.
No final do capítulo, você deverá ser capaz de representar vetores no espaço,
através de três eixos ortogonais, dois a dois, operar com vetores na forma analítica
e vetorial, determinar vetores definidos por dois pontos, calcular o módulo de
um vetor, a distância entre dois pontos, determinar os ângulos diretores de um
vetor, aplicar a condição de paralelismo entre dois vetores e resolver exercícios
de geometria.
Base i j k
Componentes x y z
Projeções ortogonais
xi y j zk
Ângulos diretores a b g
Cossenos diretores cos a cos b cos g
V = AB = B - A = ( x2 - x1 , y 2 - y1 , z 2 - z1 )
V = x2 + y2 + z2
V = ( x2 - x1 ) 2 + ( y 2 - y1 ) 2 + ( z 2 - z1 ) 2
cos a = x
ULBRA – Educação a Distância
e x = V cos a
V
cos b = y e y = V cos b
V
cos c = z e z = V cos c
V
2 2 2 2 2
V .cos 2a+ V .cos2 b + V .cos2 c = V ÷V fica:
x1
kx2 = x1 k=
x2
y1 x1 y1 z1 Estas igualdades nos mostram que
ky2 = y1 k= = = dois vetores são paralelos quando
y2 x2 y 2 z 2
suas projeções são proporcionais.
z1
kz2 = z1 k=
z2
101
Solução:
b. Os módulos de AC e BC .
Solução:
V = ( x2 - x1 ) 2 + ( y 2 - y1 ) 2 + ( z 2 - z1 ) 2
AC = (C - A) = ( xC - x A ) 2 + ( yC - y A ) 2 + ( zC - z A ) 2
102
ULBRA – Educação a Distância
AC = (2 - 7) 2 + (1 + 3) 2 + (-4 - 5) 2
AC = (-5) 2 + (4) 2 + (-9) 2
AC = 25 + 16 + 81
AC = 122
AC @ 11,05
BC = (C - B) = ( xC - x B ) 2 + ( yC - y B ) 2 + ( zC - z B ) 2
BC = (2 + 6) 2 + (1 - 2) 2 + (-4 - 3) 2
BC = (8) 2 + (-1) 2 + (-7) 2
BC = 64 + 1 + 49
BC = 114
BC @ 10,68
c. Os vetores V = AB + CA , U = BA - CA e W = 3 AB - 2 BC + 5CA.
Solução:
V = ( B - A) + ( A - C )
V = [(-6, 2, 3) – (7, -3, 5)] + [(7, -3, 5) – (2, 1, -4)]
V = (-13, 5, -2) + (5, -4, 9)
V = (-8, 1, 7)
U = BA - CA
U = ( A - B) - ( A - C )
103
W = 3 AB - 2 BC + 5CA
W = 3( B - A) - 2(C - B) + 5( A - C )
d. O versor do vetor CA .
Solução:
V0 = V V0 = CA
V CA
CA = ( A - C ) = (5, -4, 9)
(5,-4,9)
V0 =
5 2 + (-4) 2 + 9 2
(5,-4,9)
V0 =
25 + 16 + 81
(5,-4,9)
V0 =
122
V0 = 5 ,- 4 , 9 ou V0 = (0,453,-0,362,0,815)
122 122 122
104
ULBRA – Educação a Distância
Solução:
3 X + 2 AB = 3 AC - CB
3 X = 3 AC - CB - 2 AB
X = 3 AC - CB - 2 AB
3
3(-5,4,-9) - (-8,1,7) - 2(-13,5,-2)
X=
3
(-15,12,-27) - (-8,1,7) - (-26,10,-4)
X=
3
(19,1,-30)
X=
3
XX=X= =19
19
,19
1, 1-, 1-10
10) )
-)10
33 3 3 3
3. Considere três pontos no espaço: A (2, -1, 5), B (4, 5, 2) e C (-3, 5, 4). Estes pontos
pertencem à uma mesma reta?
Solução: para resolver esta questão, utilizamos a condição de paralelismo
entre 2 vetores.
Se os pontos estão numa mesma reta, então quaisquer vetores definidos por
dois destes pontos são colineares (portanto, paralelos).
Vamos, então, determinar 2 vetores entre estes pontos.
AB = ( B - A) = (4, 5, 2) - (2, - 1, 5) = (2, 6, - 3)
x1 y z
= 1 = 1 Então, substituindo nesta igualdade, temos
x2 y 2 z 2
AP = ( P - A) = (-2,-1, z - 3) AP = 4 + 1 + ( z - 3) 2
BP = ( P - B ) = (4,-5, z + 3) BP = 16 + 25 + ( z + 3) 2
Fazendo AP = BP , temos
106
ULBRA – Educação a Distância
4 + 1 + ( z - 3) 2 = 16 + 25 + ( z + 3) 2
4 + 1 + z 2 - 6 z + 9 = 16 + 25 + z 2 + 6 z + 9
14 - 6 z = 50 + 6 z
- 6 z - 6 z = 50 - 14
- 12 z = 36
z = - 36
12
z = -3
2. Dados os pontos A (m, 2, -2) e B (3 , 2m, m), determinar o valor de m para que
o módulo do vetor AB seja igual a2 17 3 .
Introdução
Neste capítulo, serão estudados 3 produtos entre vetores: o produto escalar,
o produto vetorial e o produto misto. Estes produtos têm muita aplicação na
geometria e na Física, como por exemplo, o produto escalar, que é utilizado no
cálculo do trabalho realizado por uma força que age sobre um corpo que está se
deslocando. Ou no cálculo da área de figuras geométricas, com a utilização do
produto vetorial, ou no cálculo de volumes, com o produto misto.
No final do capítulo, você deverá ser capaz de diferenciar os três tipos de produtos
e saber aplicá-los na resolução de problemas da geometria e da Física.
2
I) u.u = u
v u –v
lembre que 0 ≤ q ≤ 180°
u
Pela lei dos cossenos, aplicada no triângulo acima, temos
2
2 2
u - v = u + v - 2. u . v . cos
cos q
2
2 2
u - v = u + v - 2.u.v
2 2
2 2
u + v - 2.u.v = u + v - 2. u . v .cos
cosq
u.v = u .v . cos
cosqq
109
Esta última expressão nos mostra que o produto escalar entre dois vetores é igual
Ex.:
Situação (1)
Situação (2)
Situação (3)
=90º
Retomando a igualdade,
u.v = u .v . cos
cosqq, e isolando-se cosq, temos
cosqq = u.v (que é a expressão para calcular o ângulo entre dois vetores).
cos
u .v
Ex.:
Calcule o ângulo entre os vetores V = (3, - 1, 2) e U = (2, 3, - 4) .
6-3-8
ULBRA – Educação a Distância
cosqq =
cos
9 + 1 + 4 . 4 + 9 + 16
cos qq =
-5
14. 29
cos
cosqq =
-5
406
cosqq @ - 0,248 q @ 104,36º
cos
1 = 16 - 32m + 16m 2
4 273 + 21m 2
4.(16 - 32m + 16m 2 ) = 1.(273 + 21m 2 )
u.v = u .v . cos
cosqq
u.v = u .v .0
u.v = 0 ou seja, dois vetores são ortogonais, quando o produto escalar entre eles
é nulo.
V1 X V2 V2
V2 X V1 V1
112
ULBRA – Educação a Distância
Observe que V1 X V2 = – V2 X V1
O vetor produto vetorial é calculado pelo seguinte determinante:
i j k
V = V1 X V2 = x1 y1 z1
x2 y2 z2
V2
h
V1
Área do paralelogramo = V1 .h
Portanto,
Área do paralelogramo = V = V1 X V2
Ex.:
e V2 = (2, 3, - 4) .
Solução:
i j k
V1 XV2= 3 -2 4 = 8i + 8 j + 9k + 4k + 12 j – 12i = – 4i + 20 j + 13k
2 3 -4
Logo: V1 XV2= –4i + 20 j + 13k
i j k
V1 XV2= 2 3 -4 = – 8i – 8 j – 9k – 4k – 12 j + 12i = 4i – 20 j – 13k
3 -2 4
Logo: V1 XV2= 4i – 20 j – 13k
2) Mostre que o vetor V1 XV2 calculado no exemplo anterior é ortogonal aos vetores
V1 e V2 .
Solução: para um vetor ser ortogonal a outro o produto escalar deve ser nulo,
ou seja,
V1 X V2 . V1 = 0. Então,
–4.3 + 20.(-2) + 13.4 = –12 – 40 + 52 = 0 (logo são ortogonais).
No caso V1 X V2 . V2 = 0, também, veja:
–4.2 + 20.3 + 13.(-4) = –8 + 60 –52 = 0 (também são ortogonais).
i j k
U XV = 3 4 -2 = 12i – 2 j – 6k – 4k – 9 j – 4i = 8i – 11 j – 10k
1 -2 3
U x V= 8i – 11 j – 10k
114
ULBRA – Educação a Distância
4) Calcule a área do triângulo cujos vértices são os pontos A (9, -4, 3), B (2, 5, 2) e
C (3, 8, 4).
Solução: considere o triângulo representado a seguir. Veja que a sua área é a
metade da área do paralelogramo cujos lados são os vetores AB e AC.
Logo, como no exemplo anterior, calculemos o módulo do produto vetorial
entre os vetores AB e AC e dividimos por dois.
A B
i j k
ABX AC = -7 9 -1 = 9i + 6 j – 84k + 54k + 7 j + 12i = 21i + 13 j – 30k
-6 12 1
38,86
38,86
Área do triângulo @ =@=19 ,43 unidades de área.
19,43
22
x1 y1 z1
N = (V1 X V 2 ).V 3 = x2 y2 z2
x3 y3 z3
Considerando N = (V1 X V 2 ).V 3 produto misto entre os três vetores nesta ordem,
então, se N = 0, então um dos vetores é nulo, ou dois deles são colineares ou os
três vetores são coplanares.
V1 X V2
V3
h
V2
V1
116
O volume de um paralelepípedo é
ULBRA – Educação a Distância
V = V . V3 .cosq
O produto escalar entre V e V3 é dado por
8. Calcule:
a) i X i b) i X j c) i X k d) j X J e) j X i f) j X k g) k X k
h) k X i i) k X j
Introdução
Neste capítulo, estudaremos a reta através de suas equações e suas posições no
espaço, suas posições em relação aos planos cartesianos e também às posições
relativas entre elas, utilizando o vetor como elemento fundamental para este
estudo.
No final do capítulo, você deverá diferenciar as diferentes formas de equações da
reta e resolver problemas que implicam as posições da reta no espaço.
z r
P
Logo, podemos dizer que um deles é igual ao produto de um escalar pelo outro.
Consideremos então um escalar t. Então,
AP = = t.v
ou (P – A) = t.v
ou P = A + t.v
ou (x, y, z) = (x1, y1, z1) + t.(a, b, c)
Todas estas equações são chamadas de equações vetoriais da reta.
O vetor v = ( a, b, c) é chamado vetor diretor da reta e t é chamado de
parâmetro.
Ex.:
1) Determine a equação vetorial da reta que passa pelo ponto A(2, 5, - 3) e que
possui vetor diretor v = (2, 3, 1) .
Solução: (x, y, z) = (2, 5, -3) + t.(2, 3, 1)
x = 2 + 2t
y = 5 + 3t
z = -3 + t
121
○○ Equações paramétricas:
x = -3 + 2t
y = -5 – 3t
z = 7 + 5t
○○ Equações simétricas
x+3
x = -3 + 2t t =
2
y+5 x+3 y+5 z–7
y = -5 – 3t t = = =
-3 2 -3 5
z–7
z = 7 + 5t t =
5
122
reta.
Solução: para um ponto pertencer ao gráfico de uma equação, suas coordenadas
devem satisfazer a equação, isto, ao substituirmos os valores do ponto nas
variáveis da equação a igualdade deve se tornar verdadeira.
○○ Ponto P(1, -11, 2). Vamos substituir nas equações simétricas (poderia
ser em qualquer uma das outras formas).
x+3 y+5 z–7
= =
2 -3 5
1 + 3 -11 + 5 2 – 7
= =
2 -3 5
4 -6 -5
= =
2 -3 5
Ex.:
A1 A2 = ( A2 - A1 ) = ( x2 - x1 , y 2 - y1 , z 2 - z1 ) e
A1 A3 = ( A3 - A1 ) = ( x3 - x1 , y3 - y1 , z 3 - z1 )
Então:
x2 - x1 y 2 - y1 z 2 - z1 (que é a condição de alinhamento de três
= =
x3 - x1 y3 - y1 z 3 - z1
pontos)
Ex.:
5) Verifique se os pontos A(1, 2, 7), B(-1, 6, 10) e C(3, -2, 4) estão alinhados.
x2 - x1 y 2 - y1 z 2 - z1 , temos - 2
Aplicando a condição = = = 4 = 3
x3 - x1 y3 - y1 z 3 - z1 2 -4 -3
– 1 = – 1 = – 1 (verdadeiro) logo os pontos estão alinhados.
124
Consideramos o ângulo q entre duas retas o menor ângulo entre elas, de modo que
0 ≤ q ≤ p . Como cada reta possui o seu vetor diretor, o ângulo entre as retas
2
será o menor ângulo entre os vetores diretores das retas. Portanto, utilizamos a
expressão que calcula o ângulo entre dois vetores para calcular o ângulo entre duas
retas. Considerando v1 e v2 os vetores diretores, temos
v1 .v2
cosq = o módulo no numerador é devido a 0 ≤ q ≤ p.
V1 . V3 2
Ex.:
x = -3 + 2t
x–2 y–5 z+3
r = y = -5 – 3t e s: = =
2 3 -3
z = 7 + 5t
v1 .v2
Aplicando a expressão: cosq = , temos
V1 . V2
x = 6 – 2t
x+4 y–1 z+2
r: y = 4t e s: = =
2 1 5
z=7
vr = (-2, 4, 0) e vs = (2, 1, 5)
a1 b1 c1
Paralelismo: = =
a 2 b2 c2
-2 = 4
–1 = 4 falso, logo não são paralelas.
2 1
Ortogonais: a1 .a 2 + b1 .b2 + c1 .c2 = 0
(–2).2 + 4.1 + 0.5 = 0
–4 + 4 + 0 = 0
y = mx + 2
r:
z = 3x
x = 4 – 3t
s: y = 2 + t
z = -9t
y–2 y–2 z
y = mx + 2 x = x= =
m m 3 vetor diretor: vr = (1, m, 3)
z
z = 3x x =
3
O vetor diretor da reta s sai direto: vs = (–3, 1, –9)
a) Para as retas serem paralelas, as projeções dos vetores diretores devem ser
a b c
proporcionais: 1 = 1 = 1 . Então,
a 2 b2 c2
1 =m= 3
-3 1 -9
m= 3
–9m = 3 m = - 1
1 -9 3 Como encontramos o mesmo
valor para m, as retas serão
1 =m= 3 paralelas quando m = - 1 .
3
-3 1 -9
1 =m –3m = 1 m = - 1
-3 1 3
-3 + m – 27 = 0
a1 b1 c1
N = (v1 X v 2 ). A1 A2 = a2 b2 c2 = 0
x2 - x1 y 2 - y1 z 2 - z1
Ex.:
9) Verifique se as retas a seguir são coplanares:
x=t
x+2 y–1 z–3
r: y = -3 – 2t e s: = =
3 4 -2
z = 9 + 3t
vr = (1, - 2, 3) e v s = (3, 4, - 2)
Os pontos das retas são, respectivamente, Ar (0, - 3, 9) e As (-2, 1, 3)
Determinamos o vetor Ar As = ( x 2 - x1 , y 2 - y1 , z 2 - z1 ) = (-2, 4, - 6)
Calculando o produto misto,
1 -2 3
N= 3 4 -2 =0
-2 4 -6
r
P
s
P = ponto de interseção
s r//s
r s
r//s
As retas reversas não estão num mesmo plano, portanto não possuem pontos
em comum.
r
s
129
x=t
x+2 y–1 z–3
r: y = -3 – 2t e s: = =
3 4 -2
z = 9 + 3t
Solução:
Como x = t , substituímos t por x nas outras equações de r:
y = - 3 - 2 x e z = 9 + 3x
Agora substituímos y na equação da reta s por y = - 3 - 2x :
x + 2 = y -1 x + 2 = - 3 - 2x -1 x + 2 = - 4 - 2x
3 4 3 4 3 4
4x + 8 = – 12 – 6x 10x = -20 x = -2
z
ULBRA – Educação a Distância
B
M
A
AM = MB
( M - A) = ( B - M )
( xM - x A , y M - y A , z M - z A ) = ( x B - xM , y B - y M , z B - z M )
xM - x A = x B - xM xM + xM = x A + x B 2 xM = x A + x B
x + xB
xM = A
2
yM - y A = yB - yM yM + yM = y A + yB 2 yM = y A + y B
y A + yB
yM =
2
zM - z A = zB - zM zM + zM = z A + zB 2 zM = z A + zB
z + zB
zM = A
2
v
A
x
A área do paralelogramo é calculada pelo produto da base pela altura, conforme
a figura
A = v .d
Mas vimos que o módulo do produto vetorial entre dois vetores calcula a área do
A = v X AP
v X AP
v .d = v X AP e d = que é a distância entre o ponto e a reta.
v
3. Uma reta r passa pelos pontos A (1, 0, -3) e B(5, 3, -2) e é paralela à reta
ULBRA – Educação a Distância
que passa pelos pontos C(1, 6, -4) e D(x, 8, z). Determine as coordenadas do
ponto D.
p
4. Calcule o valor de m para que o ângulo entre as retas a seguir seja igual a .
4
r: x - 1 =
y+2 z-4 e s: x + 3 =
y - 4 z +1 .
= =
1 -3 4 m -1 2
5. Determine as equações simétricas da reta que passa pelo ponto médio do
segmento de extremos A(1, 4, -2) e B(5, -2, 6) e pelo ponto P(-1, 4, 2).
1. y = 4 + t
z = 5 – 7t
2. q = p / 3
3. D(11/3, 8, –10/3)
4. m @ 3,26 ou m @ -1,43
x+1 y-4
=
5. 4 -3
z=2
9
Leomir Joel Schweig1
o plano
Introdução
Neste capítulo, estudaremos o plano através de suas equações e suas posições no
espaço, suas posições em relação aos planos cartesianos e também as posições
relativas entre eles, utilizando o vetor como elemento fundamental para este
estudo.
No final do capítulo, você deverá determinar a equação do plano e resolver
problemas que implicam as posições do plano no espaço.
P
A
a.( x - x A ) + b.( y - y A ) + c.( z - z A ) = 0 ou
ax - ax A + by - by A + cz - cz A = 0 ou
ax + by + cz - ax A - by A - cz A = 0
fazendo - ax A - by A - cz A = d ,
temos a equação geral do plano: ax + by + cz + d = 0
Ex.:
1) Determine a equação geral do plano que passa pelo ponto A(3, 2, -7) e que
possui vetor normal n = ( 2, - 5, 3) .
Solução:
ax + by + cz + d = 0
2 x - 5 y + 3z + d = 0
Como o ponto A pertence ao plano, suas coordenadas devem satisfazer a
equação. Então:
2 x - 5 y + 3z + d = 0
2.3 - 5.2 + 3.( -7) + d = 0
Daí calculamos d:
E a equação do plano é: 2 x - 5 y + 3 z + 25 = 0
2) Determinar a equação geral do plano que passa pelo ponto A(1, 3, -2) e é
paralelo ao plano a: x + 2 y - 3 z + 4 = 0 .
135
Solução:
x + 2 y - 3z + d = 0
Como A pertence ao plano,
1 + 2.3 - 3.( -2) + d = 0 1 + 6 + 6 + d = 0 d = -13
Logo, a equação do plano pedido é: x + 2 y - 3 z - 13 = 0
3) Determinar a equação geral do plano que passa pelo ponto A(3, -2, -3) e é
perpendicular à reta x + 2 =
y -1 z - 3 .
=
3 4 -2
Solução:
O vetor diretor v = (3, 4, - 2) é o próprio vetor normal do plano. Logo,
ax + by + cz + d = 0 3x + 4 y - 2 z + d = 0
3.3 + 4.( -2) - 2.( -3) + d = 0
9 - 8 + 6 + d = 0 d = -9 + 8 - 6 d = -7
Então, a equação do plano é: 3 x + 4 y - 2 z - 7 = 0
4) Determinar a equação do plano que passa pelos pontos A(2, -1, 2), B(1, 3, -2)
e C(3, 1, 2).
Solução:
Veja a figura a seguir: os três pontos pertencem ao plano. O vetor normal n é
o vetor resultante do produto vetorial entre os vetores AB e AC .
n
C
AB = ( B - A) = (-1, 4, - 4) e AC = (C - A) = (1, 2, 0)
136
ULBRA – Educação a Distância
i j k
n = -1 4 - 4 = -4 j - 2k - 4k + 8i = 8i - 4 j - 6k
1 2 0
O ângulo q entre os dois planos é o mesmo ângulo entre os vetores normais destes
planos, considerado o menor dos ângulos. Por isso,
n1 .n2
p
cosq = , com 0 ≤ q ≤
2
n1 . n2
a1 b1 c1
= =
a 2 b2 c2
137
a1 .a 2 + b1 .b2 + c1 .c2 = 0
Ex.:
5) Determine o ângulo entre os planos
pp11 : 2 x + y - 3 z + 4 = 0 e pp22 : x + 2 y + 3 z - 1 = 0
Das equações tiramos seus vetores normais: n1 = (2, 1, - 3) e n2 = (1, 2, 3) .
Substituindo na equação:
n1 .n2 2+ 2-9
2.1 + 1.2 + (-3).3
cosq = cosq
cosq == cosq =
cosq =
4 + 1 + 9. 1 + 4 + 9 14 . 14
n1 . n2
-5
cosq
cosq = cos
cosqq = 5 cosq @ 0,357 q @ 69,1°
196 14
m = n-2 = -3
1 2 3
138
Daí tiramos:
ULBRA – Educação a Distância
m = - 3 e n-2 = -3
1 3 2 3
3m = -3 3n - 6 = -6
m = -1 3n = -6 + 6 3n = 0 n = 0
3 p + 2 - 8 - 4 = 0 3 p = -2 + 8 + 4 3 p = 10 p = 10
3
O ângulo entre a reta e o plano é dado por a e o ângulo que a reta forma com o
3. Determine a equação do plano que passa pela origem e pelos pontos A(1, 1,
1) e B(4, 0, 0).
x=2+t
r: y = 4 – 3t e o planopp : x + 2 y - 3 z + 4 = 0
z = 3 + 2t
Introdução
Neste capítulo, serão estudadas as curvas chamadas cônicas, juntamente com
suas equações.
As cônicas têm este nome porque são curvas provenientes da interseção entre um
plano e dois cones com o mesmo vértice.
No final deste capítulo, você deverá identificar as cônicas através de suas equações
e de seus gráficos. Também deverá identificar e calcular o principais elementos
das cônicas.
10.1. A circunferência
Chamamos de circunferência o lugar geométrico dos pontos do plano equidistantes
de um ponto fixo deste plano, chamado centro.
A distância do centro C a qualquer ponto P da circunferência chama-se raio (r).
( x - x0 ) 2 + ( y - y 0 ) 2 = r 2
2 2
( x + 3) 2 + ( y - 5) 2 = 6 2 x + 6 x + 9 + y - 10 y + 25 - 36 = 0
x 2 + y 2 + 6 x - 10 y - 2 = 0
2) Determine o centro e o raio da circunferência cuja equação geral é
x 2 + y 2 - 4x - 6 y - 4 = 0
Solução:
Para resolver este problema, vamos fazer o caminho inverso que fizemos no
exemplo 1.
Vamos completar os trinômios quadrados perfeitos:
x 2 + y 2 - 4x - 6 y = 4
Juntando os termos com mesma variável:
x 2 - 4 x + ____ + y 2 - 6 y + _____ = 4
143
10.3. A parábola
Considere num plano p uma reta d e um ponto fixo F que não pertence à reta d.
Chamamos de parábola o lugar geométrico dos pontos do plano p equidistantes
da reta d e do ponto F.
Na figura acima, estão marcados sobre a curva (parábola) 11 pontos que são
equidistantes do ponto fixo F e da reta d.
Um ponto P(x,y) qualquer pertence à parábola se a sua distância ao ponto fixo F
for igual à sua distância à reta d.
144
ULBRA – Educação a Distância
Eixo da parábola: é a reta que passa pelo foco e pelo vértice, sendo
perpendicular á diretriz.
p p
Vértice V (0,0 ) Foco: F 0, Ponto A 0,- 2
2
145
1 x2
x 2 = 2 py ou y =
2p
Se p > 0 a parábola tem concavidade para cima e se p < 0 a parábola tem concavidade
para baixo.
p p
Vértice V (0,0 ) Foco: F ,0 Ponto A - ,0
2 2
p
Ponto qualquer da parábola P(x, y ) e Ponto P ' - , y
2
y 2 = 2 px ou x = 1 y 2
2p
10.4. A elipse
Chamamos de elipse o lugar geométrico dos pontos do plano cuja soma das
distâncias a dois pontos fixos deste plano é constante.
F1 P + F2 P = 2a
chegamos à equação reduzida da elipse com centro na origem dos eixos cartesianos
e eixo maior no eixo x:
2
x2 + y = 1
2 2
a b
148
F1 P + F2 P = 2a
chegamos à equação reduzida da elipse com centro na origem dos eixos cartesianos
e eixo maior no eixo y:
2
x2 + y = 1
2 2
b a
Compare as equações das elipses e veja que diferem na troca entre a e b.
10.5. A Hipérbole
Chamamos de hipérbole o lugar geométrico dos pontos do plano cuja diferença
entre as distâncias a dois pontos fixos deste plano, em módulo, é constante.
149
PF1 - PF2 = 2a
Centro: é o ponto O.
Vértices: são os pontos A1 e A2
Eixo real ou transverso: é o segmento A1 A2 , cujo comprimento é 2a.
Eixo imaginário ou conjugado: é o segmento B1 B2 cujo comprimento é 2b.
2 2 2
Obs.: na hipérbole, sempre vale a relação c = a + b (aplicação do teorema de
Pitágoras no triângulo B2OA2).
Excentricidade: é o número representado por e, dado por e = c .
a
Como c > a sempre teremos e > 1 .
Bibliografia