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FRANCIELI JORDÃO
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FRANCIELI JORDÃO
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Agradecimentos
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RESUMO
Este trabalho tem como objetivo apresentar uma perspectiva diferente para as aulas de
matemática principalmente para as relacionadas a matrizes, no contexto do ensino de
matemática nota-se que esta não é a disciplina preferida dos alunos, questionamentos tais
como “porque tenho que aprender isso?”, “para que isso serve?”, sempre ocorrem diante
de um novo conteúdo. Para a elaboração deste trabalho foi analisado a apostila dos
alunos, fornecida pelo Governo do Estado, percebemos que ela baseia-se nas aplicações e
deixa lacunas na teoria, em contraposto notamos que alguns livros didáticos não trazem as
aplicações, a teoria é seu enfoque principal. Sendo assim é proposto aqui uma junção de
teoria e aplicações, primeiramente apresentar a teoria com o seu rigor necessário para
assim tendo uma boa conceituação teórica entender as aplicações. Em seguida sanar os
questionamentos frequentes mostrando para que serve, onde são encontradas e como
podem ser aplicadas no nosso cotidiano. Portanto, o trabalho é composto por um
embasamento teórico, alguns dados históricos e aplicações.
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SUMÁRIO
Introdução .......................................................................................................... 7
Embasamento teórico ......................................................................................... 8
O que é uma matriz? ........................................................................................... 8
Alguns dados históricos sobre as matrizes........................................................... 12
Aplicações ........................................................................................................... 13
Sudoku ..................................................................................................... 13
Quadrado mágico ..................................................................................... 16
Resolução de imagens: os pixels .............................................................. 21
Computação gráfica: rotação, escala e translação .................................... 22
Computação gráfica: composição de transformações geométricas .......... 23
Considerações finais ............................................................................................. 24
Referências bibliográficas .................................................................................... 25
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INTRODUÇÃO
Renda
Perfil da população pobre*, por cor/raça autodeclarada no Brasil e por região, em 2011 (
em % )
7
Aluno \ Disciplina Química Inglês Literatura Espanhol
A 8 7 9 8
B 6 6 7 6
C 4 8 5 9
Em matemática, este tipo de tabela é denominado matriz, neste caso elas são
usadas para organizar dados como podemos ver nas tabelas acima. Essas tabelas foram
colocadas para exemplificar a ideia de matrizes.
Pensando nas dificuldades aqui relatadas, material didático e desinteresse por parte
dos alunos, entre outros que aqui não foram relatados mas que vem prejudicando o
ensino nos dias atuais é que foi elaborado esse trabalho.
Começamos com a teoria pois ela é muito importante e é a que dá a sustentação
para que permita ser compreendida as atividades propostas e principalmente as aplicações
que é outro ponto tratado neste trabalho e espera-se que seja um estímulo para os
alunos, aqui foi relatado dois jogos ( sudoku e quadrado mágico ), que traz ao aluno a
noção de posição dos números na matriz, e também como os alunos estão rodeados de
tecnologias podemos nos valer dela para levar o conteúdo que o aluno aprende na escola
até seu cotidiano, que aqui é tratado sob a forma de imagens ( pixels e computação
gráfica ).
Concluímos assim este trabalho verificando se é realmente vantajoso essa
abordagem em aula, se não o alcançarmos ao menos refletiremos sobre o assunto, e
também poderemos auxiliar aqueles que buscam as mesmas respostas.
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EMBASAMENTO TEÓRICO
aij =
Exemplo:
1 2 3
A =
4 5 6
2 3
A = 3 4
4 5
Matrizes Especiais:
Matriz linha: é uma matriz formada por uma única linha, A= a11 a12 a1n 1xn
b11
b 21
Matriz coluna: é uma matriz formada por uma única coluna, B= nx1
bn1
Matriz nula: é uma matriz cujos elementos são todos iguais a zero,
0 0 0 ... 0
0 0 0 ... 0
A= mxn
0 0 0 ... 0
Matriz quadrada: é uma matriz que possui o número de linhas igual ao número de
10
1 0 ... 0
0 1 ... 0
iguais a 1 e os demais elementos iguais a zero, A= nxn
0 0 ... 1
a11 0 0
0 a 22 0
diferentes de zero e os demais elementos iguais a zero, B= nxn
0 0 ann
a11 0 0
a 21 a 22 0
a zero, B= nxn
an1 an 2 ann
a soma de matrizes,
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a b e f a e b f
A+B= + =
c d g h c g d h
a b ka kb
k.A=k. =
c d kc kd
a multiplicação de matrizes,
a b e f ae bg af bh
A.B= . h ce dg cf dh
=
c d g
a b a b
A= ; -A= c d
c d
A - B = A + (-B), ou ainda,
a b e f a b e f a e b f
c d - g h c d g h c g d h
= + =
Para todas essas operações citadas acima deve-se levar em consideração as ordens
das matrizes. Para a adição e a subtração as matrizes devem ter necessariamente a
mesma ordem, já para a multiplicação deve-se seguir o esquema abaixo:
A(mxn) . B(nxp) = C(mxp), o número de colunas de A deve ser igual ao número de linhas de
B.
Sendo assim não existe a multiplicação: B(nxp) . A(mxn), ou seja a multiplicação pode
não ser comutativa.
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Alguns dados históricos sobre as matrizes
Pelos meados do século XIX os matemáticos alemães estavam acima dos de outras
nacionalidades no que se referia à análise e à geometria, com as universidades de Berlim
e Göttingen na liderança e com a publicação centrada no Journal de Crelle. A álgebra,
por outro lado, foi durante algum tempo quase um monopólio britânico com Trinity
College, Cambridge, à frente e a Cambridge Mathematical Journal como principal veículo
de publicação. George Peacock ( 1791-1858 ) e Augustus De Morgan ( 1806-1871 ) eram
ambos de Trinity, como também Arthur Cayley ( 1821-1895 ), que contribuiu fortemente
tanto para a álgebra quanto para a geometria, e que se graduara como senior wrangler.
Mencionamos a obra de Cayley em geometria analítica, especialmente quanto ao uso de
determinantes; mas Cayley foi também um dos primeiros a estudar matrizes, outro
exemplo da preocupação britânica com forma e estrutura em álgebra. Essa obra proveio
de uma memória de 1858 sobre a teoria das transformações.
Aplicações
1- Sudoku
Sem repercussão imediata, o passatempo foi levado para o Japão em 1984 pela
Nikoli ( uma espécie de Coquetel oriental ) e recebeu o nome de "suuji wa dokushin ni
kagiru", que significa "o número que deve aparecer uma só vez". O presidente da
companhia fez pequenas alterações e renomeou o jogo para Sudoku. Em japonês, "su"
quer dizer "número" e "doku" corresponde a "único".
Um juiz neozelandês aposentado em Hong Kong, Wayne Gould, teve contato com
a diversão em 1997 e dedicou seis anos para montar um programa de computador que
gerasse novos jogos rapidamente. Com o software em mãos, ele ofereceu a novidade aos
jornais britânicos e, em 12 de novembro de 2004, The Times deu o pontapé inicial à
mania.
A matemática do jogo
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2- Quadrado mágico
Sua origem não é bem definida, mas há registros de sua existência em épocas
anteriores a nossa era na China e na Índia. O quadrado de lado 3 foi encontrado pela
primeira vez num manuscrito árabe, no fim do Século VIII, e atribuído a Apolônio de
Tiana ( I Século ) por Marcellin Berthelot.
Na Idade Média os quadrados mágicos se tornaram muito populares pelo seu uso
em Pantáculos e Talismãs, onde eram associados a Planetas que atribuíam a esses o
poder de atrair o influxo astral para proteção de seus detentores.
Classificações
Existem certos modelos de quadrados mágicos que recebem uma classificação especial
devido a suas singularidades. São eles:
Imperfeito ou Defeituoso
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Exemplo de um quadrado imperfeito:
Nesse quadrado nota-se que a soma das linhas e das colunas são todas diferentes, mas a
das diagonais são iguais a 34
1 2 3 4
5 6 7 8
9 10 11 12
13 14 15 16
Hipermágico
O que tem certas propriedades adicionais, além de obedecer às regras básicas. Por
exemplo, um quadrado mágico onde, trocando-se duas colunas de lugar, forma-se um
outro quadrado mágico;
Nesses dois quadrados apenas foi permutada duas colunas e ele continua com a soma das
linhas, colunas e diagonais iguais a 15
4 9 2
3 5 7
8 1 6
2 9 4
7 5 3
18
6 1 8
Diabólico
16 3 2 13
5 10 11 8
9 6 7 12
4 15 14 1
Na linha inferior, nas duas casas centrais, estão lado a lado os números 15 e 14
formando 1514, data da confecção da obra.
A soma dos números dos dois quadrados contíguos à casa extrema esquerda em
cima com aqueles dos dois contíguos à casa extrema direita em baixo é 34
A soma dos números dos dois quadrados contíguos à casa extrema direita em
cima com aqueles dos dois contíguos à casa extrema esquerda em baixo é 34. (
ver abaixo estas 2 últimas somas )
Temos 3 + 5 + 12 + 14 = 34; e 2 + 8 + 9 + 15 = 34
16 3 (2) 13
5 10 11 (8)
(9) 6 7 12
4 (15) 14 1
Curiosidade: O quadrado de Dürer foi usado no livro de Dan Brown "O símbolo
perdido".
Na Astrologia
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Eis a relação entre as casas e os planetas:
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3- Resolução de imagens : os pixels
Não há dimensão fixa para um pixel, mas é possível inferir que, em uma mesma
área, quanto menor for um pixel, maior poderá ser a quantidade deles, implicando em
uma foto de melhor qualidade ou de maior resolução.
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Um pixel não precisa representar obrigatoriamente um pequeno quadrado. As
imagens mostram maneiras alternativas de se reconstruir uma imagem usando: um
conjunto de pixels, pontos, linhas e filtragem, respectivamente.
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Sx 0 x
y, é feita usando-se a matriz E= e a matriz P= de forma que P'=EP.
0 Sy y
cos sen 0 Sx 0 0 1 0 Tx
0 , E= 0 Sy 0 e T= 0 1 Ty .
R= sen cos
0 0 1 0 0 1 0 0 1
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o(s) ponto(s). Por exemplo, para rotacionar, escalar e transladar um ponto P, nessa ordem
obtém-se o ponto P' fazendo as seguintes multiplicações: P'=TERP.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
De acordo com o que foi relatado neste trabalho temos várias aplicações que
podem interessar aos alunos e deixar as aulas de matemática um pouco mais atrativa, e
como não fugimos a regra temos toda a teoria tratada com rigor.
Sabe-se que os alunos da atualidade estão rodeados por tecnologias e que é difícil
competir com tão poucas armas então foi pensando nisso que foi desenvolvido este
trabalho para as aulas terem um atrativo que chame a atenção dos alunos.
Para finalizar notamos que não dá para fugir totalmente das aulas expositivas mas,
dá para incrementá- las usando poucos recursos que podem trazer um benefício a mais aos
alunos.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BOYER, Carl B. História da matemática, 2ª ed, tradução: Elza F. Gomide, São Paulo:
Edgar Blücher, 1996
DANTE, Luiz R. Matemática: contexto e aplicações, vol único, São Paulo: Editora
Ática, 2007
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