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MOBILIDADE DE CARGAS: DEFINIÇÕES, TECNOLOGIAS, ESCOLHA MODAL

Ciclo logístico

Beneficiamento
Indústria

TRANSPORTES
Produtor
4423C-04
primário

Centro de
distribuição

Reciclagem

Cliente Varejo
Semestre: 2018/1 final
Prof. Rafael Roco de Araújo 1 Prof. Rafael Roco de Araújo 2

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Matriz modal brasileira → t.km em %


Importância do transporte como atividade na logística

2016
Modo
CNT
• Ligar os vários elementos que podem formam um canal
logístico; Aéreo 0,4

• Disponibilizar o produto no local, tempo e quantidades Aquaviário 13,6


requeridas pelo consumidor → Teoria da Utilidade do
Consumidor;
Dutoviário 4,2
• Alcançar mercados produtores/consumidores distantes →
Globalização. Ferroviário 20,7

Rodoviário 61,0

Total 100,0

Fonte: Revista CNT

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Processo de tomada de decisão na escolha modal


Transporte rodoviário
Características do produto
Locais de origem e destino
Prazos de entrega
Análise da demanda por transporte Quantidades
Orçamentos disponíveis para transporte Atributo Desempenho Motivo
Outros requisitos de qualidade
Aprimoramento técnico
efetuado pela indústria
Capacidade Boa
+ automobilística e de
implementos
Capacidade
Abrangência da malha viária,
Disponibilidade Confiabilidade Boa qualificação dos operadores
Confiabilidade
Frequência entre viagens
Análise da oferta de transporte Custos e/ou preço dos serviços
Abrangência da rede viária
Disponibilidade Muito boa
Porta-a-porta/transbordo
Viabilidade intermodal
Número de operadores que
Segurança oferecida
Freqüência Muito boa oferecem serviço no mercado

Aprimoramento técnico
Escolha da melhor alternativa Velocidade Boa efetuado pela indústria
automobilística

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Transporte rodoviário → pontos fortes e pontos fracos Transporte rodoviário → Segmentos de Cargas

• Transporte de carga geral completa


• Possibilidade de tempo em trânsito reduzido;
• Transporte de carga geral fracionada
• Permite serviço porta-a-porta;
• Transporte de granéis líquidos e gasosos
• Baixo investimento em veículos, equipamentos e instalações • Transporte de cargas perigosas
quando comparado aos demais modais; • Transporte de cargas unitizadas
• Facilidade de ajustar o tamanho da frota conforme a demanda; • Transporte de cargas indivisíveis com excesso de dimensões

• Fretes com valores competitivos; • Transporte de cargas especiais


• Transporte de encomendas
• Limitações gerenciais das empresas;
• Serviço de remoções
• Concorrência predatória em alguns segmentos;
• No Brasil há elevado risco de roubos para certos produtos;
• Problemas com congestionamentos e tendência a restrição à Que pode ocorrer em fluxos intra-estaduais, interestaduais e
circulação em áreas urbanas. internacionais.
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Transporte rodoviário → Classificação dos veículos de carga


Transporte rodoviário → Peso Bruto Total – PBT
(NBR 11453) (Parâmetro: Capacidade Máxima de Tração - CMT)

• Leves: CMT< 10,0 ton • Valor estabelecido pela legislação


• Médios: 10,0 ton <= CMT < 20,0 ton • Varia conforme a classificação do veículo (leve,
médio, ...)
• Semi-pesados: 20,0 ton <= CMT < 30,0 ton
• PBT = Peso veículo + Peso da carga
• Pesados: 30,0 ton <= CMT < 40,0 ton
• Extra-pesados: CMT >= 40,0 ton

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Transporte rodoviário → Configuração dos veículos


Transporte rodoviário → Configuração de eixos (Lei
da balança) • Veículo rígido: chassi + carroceria (compartimento de carga);
• Veículo articulado (carreta): veículo trator (cavalo mecânico) + semi-
• 2 eixos (rígido) → PBT até 17 ton reboque;
• 3 eixos (rígido) → PBT até 23 ton • Veículo bi-articulado (bitrem): veículo trator (cavalo mecânico) + 2 semi-
reboques;
• 4 eixos (rígido) → PBT até 29 ton
• Veículo tri-articulado (tritrem): veículo trator (cavalo mecânico + 3 semi-
• 3, 4, 5 ou 6 eixos (articulado c/ semi-reboque) → PBT de até 26, 33, 41,5
reboques;
e 48,5 ton respectivamente (eixos distanciados tem valores
diferenciados) • Veículo bi-articulado (rodotrem): veículo trator (cavalo mecânico) + semi-
reboque + dolly + semi-reboque;
• 4, 5, 6 ou 7 eixos (articulado c/ reboque) → PBT de até 36, 43, 50 e 57
ton respectivamente • Veículo articulado (Romeu e Julieta): veículo rígido + reboque
• 7 (bi-articulado c/ semi-reboque) → PBT até 57 ton • Veículo articulado (treminhão): veículo rígido + 2 reboques
• 9 eixos (bi-articulado com semi-reboque) → rodotrem com PBT = 74 Semi-reboque: unidade de carga que não tem tração própria; auto-
ton portante em um extremo (conjunto de eixos) e apoiado no outro (sobre a
• 9 eixos (tri-articulado c/ semi-reboque) → tritrem com PBT = 74 ton 5° roda do veículo trator ou de outro semi-reboque);
Reboque: unidade de carga que não tem tração própria; auto-portante nos
dois extremos.
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Transporte rodoviário → Configuração dos veículos (compartimento


de carga) Transporte rodoviário → Configuração dos veículos

• Carga seca (carroceria aberta)


• Graneleiro
• Carga seca (furgão)
• Sider
• Furgão isotérmico
• Furgão frigorífico
• Basculantes
• Tanques (líquidos e gases)
• Porta-container
• Tipos especiais Carga seca (carroceria aberta)
Veículo rígido (leve) c/ 2 eixos
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Transporte rodoviário → Configuração dos veículos Transporte rodoviário → Configuração dos veículos

Carga seca (carroceria aberta)


Veículo articulado (extra-pesado) c/ 5 eixos
Carga seca (carroceria aberta)
Veículo bi-articulado (extra-pesado) c/ 7 eixos
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Transporte rodoviário → Configuração dos veículos


Transporte rodoviário → Configuração dos veículos

Graneleiro Carga seca (furgão)

Veículo articulado (extra-pesado) c/ 5 eixos Veículo rígido (médio) c/ 2 eixos

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Transporte rodoviário → Configuração dos veículos Transporte rodoviário → Configuração dos veículos

Porta-container
Veículo articulado (extra-pesado) c/
5 eixos

Sider
Veículo articulado (extra-pesado) c/ 6 eixos

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Transporte rodoviário → Configuração dos veículos


Transporte rodoviário → Configuração dos veículos

Lateral Traseiro

Basculantes
Furgão Frigorífico
Veículo rígido (semipesado) c/ 3 eixos
Veículo rígido (semipesado) c/ 3 eixos
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Transporte rodoviário → Configuração dos veículos


Transporte rodoviário → Configuração dos veículos
Líquidos Gases

Líquidos

Bi-articulado (extra-pesado) c/ 7 eixos Veículo rígido (semi-pesado) c/ 3 eixos

Tanques
Veículo bi-articulado (extra-pesado) c/ 9 eixos
Tanques Veículo rígido (semi-
pesado) c/ 3 eixos

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Transporte rodoviário → Configuração dos veículos Transporte rodoviário → Configuração dos veículos

Cegonha Prancha

Tipos especiais Tipos especiais


Veículo articulado (extra-pesado) c/ 4 eixos Veículo articulado (extra-pesado) c/ múltiplos eixos
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Transporte rodoviário → Equipamentos complementares


Transporte rodoviário → Configuração dos veículos

Canavieiro Betoneira

Guindaste

Tipos especiais Tipos especiais


Treminhão Veículo rígido (pesado) c/ 3
eixos
Plataforma elevatória

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Transporte ferroviário → pontos fortes e pontos fracos


Transporte ferroviário

• Possibilidade de ganho em escala na quantidade transportada, o


que reduz o custo de transporte;
Atributo Desempenho Motivo
• Maior eficiência energética do que o modal rodoviário;
Capacidade de tração e tamanho
Capacidade Muito boa das composições (trens) • Bom nível de segurança (em relação a acidentes e roubos);
Atua em uma via segregada.
Melhoria nas condições • Em alguns casos pode efetuar transporte porta-a-porta;
Confiabilidade Boa operacionais incrementam o
desempenho deste atributo • Elevados investimentos em infraestrutura, material rodante,
Baixa densidade da rede viária instalações de apoio (pátio de manobras e oficinas) e sistemas de
Disponibilidade Baixa
informação e controle limitam o número de operadores no
Número reduzido de operadores mercado;
Freqüência Regular que oferecem serviço no mercado

Limitações técnicas da via ou • Tamanho das composições dependem do traçado da via.


Velocidade Regular grande tamanho das
composições

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Transporte ferroviário → tipos de vagões Transporte ferroviário → tipos de vagões

Vagão gôndola
Vagão plataforma

Vagão hopper fechado


Vagão silo

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Transporte ferroviário → tipos de vagões Transporte aquaviário

Atributo Desempenho Motivo


Vagão tanque
Capacidade das embarcações
Capacidade Muito boa
Atua em uma via natural.
Melhoria nas condições
Confiabilidade Boa operacionais incrementam o
desempenho deste atributo
Depende da rede hidrográfica
Disponibilidade Baixa navegável

Vagão carga geral Número reduzido de operadores


Freqüência Regular que oferecem serviço no mercado

Limitações técnicas das


Velocidade Baixa embarcações e condições
marítimas, fluviais ou lacustres

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Transporte aquaviário → pontos fortes e pontos fracos Transporte aquaviário → Tipos de navios

• Possibilidade de ganho em escala na quantidade


transportada, o que reduz o custo de transporte;
• Maior eficiência energética do que o modal ferroviário;
• Grande dependência de transporte complementar;

• Elevados investimentos em embarcações, infraestrutura Barcaças (nav. Interior)


portuária, dragagem, sinalização e sistemas de informação e
controle → necessidade de grandes investimentos públicos e
privados;

• A implantação da infraestrutura (dragagem, canais,


barragens, eclusas) pode gerar impacto ambiental significativo.

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Transporte aquaviário → Tipos de navios Transporte aquaviário → Tipos de navios

Comboio de barcaças
Navio-motor (de
navegação interior)

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Transporte aquaviário → Tipos de navios Transporte aquaviário → Tipos de navios

Porta-conteiner

Graneleiro

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Transporte aquaviário → Tipos de navios Transporte aquaviário → Tipos de navios

Roll on roll off

Navio tanque

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Transporte aéreo
Transporte aéreo → pontos fortes e pontos fracos

Atributo Desempenho Motivo • Elevado nível de segurança resultando nas menores taxas
Tamanho do compartimento de de seguro para carga de todos os modais;
Capacidade Baixa carga das aeronaves
• Sempre necessita de transporte complementar;
Atua em uma via natural. Melhoria
Confiabilidade Boa
nas condições operacionais • Tempo em trânsito total depende dos modais
incrementam o desempenho deste
atributo complementares (geralmente rodoviário);
Depende da existência de infra- • Alto custo do frete aéreo;
Disponibilidade Regular estrutura aeroportuária

Número razoável de operadores que


• Elevados investimentos em aeronaves, infraestrutura
Freqüência Boa oferecem serviço no mercado aeroportuária e sistemas de informação e controle →
necessidade de grandes investimentos públicos e privados.
Elevada potência das aeronaves
Velocidade Excelente operando em uma via natural

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Transporte dutoviário Transporte dutoviário → pontos fortes e pontos fracos

• Melhor meio de transporte para granéis líquidos e gases e


Atributo Desempenho Motivo alguns sólidos em suspensão;
Dimensionamento adequado dos dutos e
Capacidade Boa sistemas de bombeamento (vazão)
• Baixo custo de transporte;

Via totalmente segregada do meio externo


• Adequado para transferência direta entre indústrias;
Confiabilidade Excelente
• Elevados investimentos em dutos e sistemas de
Depende da existência de infraestrutura bombeamento → necessidade de grandes investimentos
Disponibilidade Regular dutoviária
públicos e privados;
Depende da aplicabilidade do produto
Freqüência Baixa transportado ao modal • Bom nível de segurança.
Necessidade de controle de pressão interna
Velocidade Baixa no duto

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Transporte dutoviário
Comparativo entre os modais
Tipo de Dutos em operação
Produtos movimentados
dutovia
Extensão
Quantidade
Função (km)

Petróleo Oleoduto Transferência


24 1.903 Atributo Modais
Derivados (gasolina, óleo diesel, óleo
combustível, querosene de aviação, GLP,
Oleoduto Transferência 192 743 Capacidade hidro > ferro > rodo > duto > aero
propeno, butano, lubrificantes, LGN, óleo 93 4.797
Transporte
tratado, resíduo, asfalto, nafta, óleos básicos, Confiabilidade duto > rodo > ferro > hidro > aero
GEP, LCO, n-parafina, propano, querosene
iluminante, extrato aromático, claros resíduos
Disponibilidade rodo > ferro > aero > hidro > duto
Freqüência duto > rodo > aero > ferro > hidro
Velocidade aero > rodo > ferro > hidro > duto

Gás Natural Gasoduto Transferência 57 2.213

Transporte 22 5.412

Polidutos Transferência 19 14
Outros (álcool anidro, álcool hidratado,
aguarrás, metanol e MEG) Transporte 4 16

Total 411 15.098

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Comparativo entre os modais Transporte Intermodal

Operação que envolve mais de um modo de transporte


Consumo de combustível (litro por 1000 ton/km)
durante uma única viagem sem interrupções. Um
transportador será responsável por cada trecho modal e
• Hidrovia: 4
emitirá o seu respectivo documento.
• Ferrovia: 6
• Rodovia: 15
• A intermodalidade implica em conexão de diferentes modos de transporte e/ou
transferência em instalações tais como aeroportos, terminais e estações. Tais
movimentos são planejados de modo a utilizar as vantagens de cada modo
Emissão de CO2 (grama por 1000 ton/km) objetivando tornar o processo de transporte tão eficiente e econômico quanto
possível
• Hidrovia: 74
• O transporte intermodal de cargas ocorre por rodovia, ferrovia, ar, água, e dutos
• Ferrovia: 104 através de terminais marítimos, rampas trem-caminhão, aeroportos, terminais de
dutos, etc ... . Neste locais, a carga deve ser transferida rápida e eficientemente
• Rodovia: 219
de um modo de transporte para outro

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Exercício 3 – Escolha modal

Uma cooperativa agrícola localizada em Ijuí recebe soja em grão e


Transporte Multimodal comercializa parte do produto para um cliente na Europa utilizando
containers de 20 pés (do tipo graneleiro) com capacidade para 25
toneladas. A cooperativa deve determinar qual a modalidade de
transporte que será utilizada para a transferência do produto entre Ijuí e
o porto de Rio Grande, onde ocorrerá o embarque para a Europa. Esta
Operação que também envolve mais de um modo de
transferência ocorrerá durante a vigência do contrato de fornecimento
transporte durante uma única viagem sem interrupções. que é de 1 ano. As opções modais são as seguintes:
Porém um único transportador será responsável pelo
operação de todos trechos modais e emitirá um documento • Opção 1: Rodoviário → transferência direta (porta-a-porta) entre Ijuí e Rio Grande;
único
• Opção 2: Intermodal (transporte principal ferroviário) → transferência entre a
cooperativa e a estação ferroviária de Ijuí em caminhão, transbordo do container
para o trem e deslocamento deste até Rio Grande. Pode ser caracterizada como
uma operação intermodal;

• Opção 3: Intermodal (transporte principal hidroviário) → transferência entre a


cooperativa e o Terminal Santa Clara (no Pólo Petroquímico de Triunfo) em
caminhão e transbordo do container para navio-motor que fará o deslocamento até
o Tecon de Rio Grande. Pode ser caracterizada como uma operação intermodal.
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Exercício 3 – continuação

• Para as 3 opções será necessário levar os containers vazios até o local de


estufagem através de caminhões;

• Um container carregado será enviado por semana ao porto, durante o


período de 1 ano;

• Como a transferência de propriedade da carga ocorre quando o container


chegar ao porto, a cooperativa terá também um custo de estoque em
trânsito, calculado por:

D × P × i × Tt
Cestoquetransito =
360
Onde:
D: demanda anual
P: valor unitário do produto
i: taxa de juros anual
Tt : tempo em trânsito

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Exercício 3 – continuação
Dados da operação (Parte I) Exercício 3 – continuação
Demanda anual (toneladas) 1.300

Valor unitário da soja (R$/ton) 1.150,00


Dados da operação (Parte II)
Taxa de juros anual (%) 11,0
Distância rodoviária entre a cooperativa (Ijuí) e Rio Grande (km) 526
Custo de estufagem do container na cooperativa (R$/ton) 4,5
Velocidade média do caminhão entre a cooperativa (Ijuí) e Rio Grande (km/h) 55
Alíquota de seguro da carga para todos os modais (%) 0,5
Distância rodoviária entre a cooperativa e a estação ferroviária em Ijuí (km) 10
Alíquota média de imposto sobre o frete para todos os modais (%) 8
Velocidade média do caminhão entre a cooperativa e a estação ferroviária em Ijuí (km/h) 45
Frete para entrega do container vazio no local de estufagem (R$/unid) 500
Distância ferroviária entre Ijuí e Rio Grande (km) 690
Frete rodoviário entre Ijuí e Rio Grande (R$/ton) 75,00
Velocidade média do trem entre Ijuí e Rio Grande (km/h) 30
Frete rodoviário entre a cooperativa e estação ferroviária (R$/ton) 15,50
Distância rodoviária entre a cooperativa (Ijuí) e Terminal Santa Clara (km) 369
Custo de transbordo na estação ferroviária (R$/ton) 6,50
Velocidade média do caminhão entre a cooperativa (Ijuí) e Terminal Santa Clara (km/h) 60
Frete rodoviário entre Ijuí e Terminal Santa Clara (R$/ton) 56,00

Custo de transbordo no Terminal Santa Clara (R$/ton) 8,50

Frete ferroviário entre Ijuí e Rio Grande (R$/ton) 51,00

Frete hidroviário entre Terminal Santa Clara e Rio Grande (R$/ton) 42,90

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Exercício 3 – continuação Exercício 3 – continuação


Opção 2 Tempos (horas)
Opção 1 Tempos (horas) Tempo de embarque do container no caminhão na cooperativa (Ijuí) 0,8

Tempo de embarque do container no caminhão na cooperativa (Ijuí) 0,8 Tempo de deslocamento do caminhão até a estação ferroviária
Tempo de deslocamento do caminhão entre Ijuí e Rio Grande Tempo de espera do caminhão na estação ferroviária 1

Tempo de espera do caminhão em Rio Grande 24 Tempo de descarga do caminhão na estação ferroviária 0,6

Tempo de descarga do caminhão em Rio Grande 1,3 Tempo de formação do trem 72

Tempo em trânsito total Tempo de deslocamento do trem até Rio Grande

Tempo de espera em Rio Grande 30

Tempo de descarga em Rio Grande 5

Tempo em trânsito total

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Exercício 3 – continuação Exercício 3 – continuação

Opção 3 Tempos (horas) Opção 1


Tempo de embarque do container no caminhão na cooperativa (Ijuí) 0,8
Itens de custo Valor total (R$/ano)
Tempo de deslocamento do caminhão entre Ijuí e o Terminal Santa Clara
Frete de entrega do container vazio
Tempo de espera do caminhão no Terminal Santa Clara 1,5
Estufagem do container
Tempo de descarga do caminhão no Terminal Santa Clara 0,3
Frete do container carregado
Tempo de espera pelo navio no Terminal Santa Clara 72
Imposto sobre frete (container vazio + container carregado)
Tempo de deslocamento do navio entre o Terminal Santa Clara e Rio Grande 24
Seguro da carga
Tempo de espera do navio para atracação em Rio Grande 8
Estoque em trânsito
Tempo de descarga do container em Rio Grande 1
Total geral (R$/ano)
Tempo em trânsito total

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Exercício 3 – continuação Exercício 3 – continuação

Opção 2 Opção 3
Itens de custo Valor total (R$/ano) Itens de custo Valor total (R$/ano)
Frete de entrega do container vazio Frete de entrega do container vazio
Estufagem do container Estufagem do container
Frete do container carregado (rodo + ferro) Frete do container carregado (rodo + hidro)
Imposto sobre frete (container vazio + container carregado) Imposto sobre frete (container vazio + container carregado)
Transbordo do container (caminhão – trem) Transbordo do container (caminhão – navio)
Seguro da carga Seguro da carga
Estoque em trânsito Estoque em trânsito
Total geral (R$/ano) Total geral (R$/ano)

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Referências

BALLOU, R. Gerenciamento da cadeia de suprimentos :


planejamento, organização e logística empresarial. 4.
ed. Porto Alegre: Bookman, 2001. 532 p.

BOWERSOX, D.; CLOSS, D. Gestão logística de cadeias de


suprimentos. Porto Alegre: Bookman, 2006. 528 p.

CAIXETA-FILHO, J. V.; MARTINS, R. S. Gestão Logística do


Transporte de Cargas. São Paulo: Ed. Atlas, 2001.

NOVAES, A. G. Logística e gerenciamento da cadeia de


distribuição : estratégia, operação e avaliação. Rio de Janeiro:
Campus, 2001. 409 p.

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