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Vida e Revelacoes de Santa Gert - Santa Gertrudes, A Grande
Vida e Revelacoes de Santa Gert - Santa Gertrudes, A Grande
Indice
Capa
Metade da pá gina de tı́tulo
Folha de rosto
Pá gina de direitos autorais
Oblaçã o
Carta da Direita Rev. Dr. Moriarty
Conteú do
Introduçã o
Propaganda
PARTE UM: A Vida de Santa Gertrudes
CAPITULO 1: Nascimento e ascendê ncia do Santo. Sua dedicaçã o
inicial a Deus. Dons intelectuais. Comunicaçõ es divinas a respeito
de sua santidade. Nosso Senhor declara que encontra descanso e
repouso em seu coraçã o. Deseja que uma pessoa santa o busque
ali.
CAPITULO 2: Santa Gertrudes prevê a eleiçã o de Adolphus de
Nassau. Acalma os medos das irmã s, que esperam sofrer uma
perda temporal. Sua eleiçã o como abadessa. Remoçã o para
Heldelfs. Revelaçõ es de sua santidade. Nosso Senhor aparece para
ela levando a casa da religiã o. Sua generosidade de espı́rito.
CAPITULO 3: O Santo obté m um clima favorá vel. Milagres
mencionados em seu escritó rio. Uniã o de sua vontade com a de
Deus. Aconselha outros. Nosso Senhor desejava que ela escrevesse
suas revelaçõ es. Sua santidade revelada a Sã o Mechtilde.
CAPITULO 4: Ela pede a St. Mechtilde para orar por ela. Nosso
Senhor está satisfeito com sua paciê ncia e brandura. Ele declara
que mora nela; e esconde suas imperfeiçõ es.
CAPITULO 5: A Santa como Abadessa. Ternura para com os
outros. Cuidar dos enfermos. Sua ú ltima doença. Valor do
sofrimento. Ela está proibida de renunciar ao cargo. Nosso Senhor
aceita como feito a Si mesmo o que é feito por ela. St. Lebuin.
CAPITULO 6: Suas ú ltimas palavras. Devoçã o ao Ofı́cio
Divino. Ternura para seus ilhos espirituais. Nosso Senhor aparece
para ela em sua agonia. Promete recebê -la como Ele recebeu Sua
Mã e Bendita. Os anjos a chamam para o paraı́so.
CAPITULO 7: Sua morte. De suas alegrias eternas. Nosso Senhor
consola suas religiosas. Revelaçõ es de sua santidade. Reza para
que seus religiosos sejam consolados em seu tú mulo. Suas
exé quias. Nosso Senhor abençoa seu tú mulo.
CAPITULO 8: Favores concedidos no sepultamento do
Santo. Almas liberadas por sua intercessã o. Como Nosso Senhor
juntou um lı́rio. De medo na ú ltima agonia. Purgató rio na
doença. E icá cia das oraçõ es pelos mortos.
CAPITULO 9: Feliz morte de outro religioso. Nosso Senhor
recompensa especialmente sua caridade para os
outros. Purgató rio na doença. Como Nosso Senhor puri icou um
religioso moribundo. E icá cia das oraçõ es pelos que partiram. Das
Missas pelos Mortos. Recompensa de fervor ao sofrer.
CAPITULO 10: Santa Gertrudes nã o canonizada
formalmente. Histó ria de seu culto. Bento XIV. Seu escritó rio
aprovado. Nome inserido no Martiroló gio. Lanspergius. Sua
histó ria. Prefá cio para Insinuationes. Apelo pelo sexo
feminino. Conclusã o.
PARTE DOIS: As Revelaçõ es de Santa Gertrudes
CAPITULO 1: A açã o de graças da Santa a Deus pela primeira graça
concedida a ela, pela qual sua mente foi retirada das coisas
terrenas e unida a Ele.
CAPITULO 2: Como a graça de Deus a iluminou interiormente.
CAPITULO 3: Do prazer que Deus teve em fazer morada na alma de
Gertrudes.
CAPITULO 4: Dos estigmas impressos no coraçã o de Gertrudes e
seus exercı́cios em homenagem à s Cinco Chagas.
CAPITULO 5: Da ferida do amor divino; e da maneira de banhar,
ungir e amarrar.
CAPITULO 6: Da uniã o ı́ntima do Menino Jesus com seu coraçã o.
CAPITULO 7: A Divindade está impressa na alma de Gertrudes
como um selo sobre cera.
CAPITULO 8: Da admirá vel uniã o de sua alma com Deus.
CAPITULO 9: De outra maneira admirá vel em que Santa Gertrudes
estava intimamente unida a Deus.
CAPITULO 10: Como o Senhor a obrigou a escrever essas coisas; e
como Ele a iluminou.
CAPITULO 11: Ela recebe o dom das lá grimas e é avisada das
armadilhas que o demô nio armou para ela.
CAPITULO 12: Com quanta bondade Deus carrega nossas faltas.
CAPITULO 13: Da necessidade de vigilâ ncia exata sobre os
sentidos e afeiçõ es.
CAPITULO 14: Diferentes exercı́cios pelos quais a alma é
puri icada.
CAPITULO 15: Quã o agradá veis as obras de caridade sã o para
Deus; e també m meditaçõ es sobre coisas sagradas.
CAPITULO 16: Da ternura inconcebı́vel que a Virgem mais gloriosa
tem por nó s.
CAPITULO 17: Das vestes com as quais devemos vestir Jesus e sua
mã e.
CAPITULO 18: Como Deus cuida de nossos defeitos. Instruçã o
sobre humildade.
CAPITULO 19: Como Deus se agrada em condescender com Suas
criaturas; e que gló ria Deus deriva daı́ dos bem-aventurados.
CAPITULO 20: De alguns privilé gios considerá veis que Deus
concedeu a esta virgem, e da graça que Ele prometeu a seus
clientes.
CAPITULO 21: Agradecimentos pela con irmaçã o dos favores
mencionados.
CAPITULO 22: Como Santa Gertrudes foi admitida à visã o de
Deus. Do beijo da paz e outros favores semelhantes.
CAPITULO 23: Recapitulaçã o dos dons já mencionados. A Santa
reclama de sua enfermidade e ingratidã o.
CAPITULO 24: Conclusã o deste livro.
PARTE TRES: As Revelaçõ es de Santa Gertrudes
CAPITULO 1: Nosso Senhor dá sua Mã e Santı́ssima a Santa
Gertrudes para ser sua mã e, para que ela possa recorrer a ela em
todas as suas a liçõ es.
CAPITULO 2: Adversidade é o anel espiritual com o qual a alma
está prometida a Deus.
CAPITULO 3: A consolaçã o humana enfraquece o que é Divino.
CAPITULO 4: Quã o vis e desprezı́veis sã o todos os prazeres
transitó rios.
CAPITULO 5: A renú ncia perfeita de Santa Gertrudes nas mã os de
Deus em todas as adversidades, e que mé rito ela adquiriu por
meio disso.
CAPITULO 6: A cooperaçã o da alma iel no Santo Sacrifı́cio. Cinco
favores sobre os quais o Santo desejava meditar, quando nã o podia
assisti-los.
CAPITULO 7: Com que con iança devemos recorrer a Deus em
todas as nossas necessidades e tentaçõ es.
CAPITULO 8: Da e icá cia das oraçõ es pelos outros.
CAPITULO 9: Dos admirá veis efeitos da Comunhã o, e que nã o
devemos nos abster levianamente, mesmo por nossa indignidade.
CAPITULO 10: A indulgê ncia que Nosso Senhor concedeu a Santa
Gertrudes. Seu desejo ardente de se conformar em todas as coisas
com a Vontade de Deus.
CAPITULO 11: Como a alma pode buscar a Deus e se trans igurar
Nele de quatro maneiras.
CAPITULO 12: Reparaçã o pela queda de uma Hó stia, que se temia
ter sido consagrada.
CAPITULO 13: Do valor e e icá cia da con issã o. Como devemos
vencer as di iculdades que sentimos ao nos aproximarmos do
Sacramento da Penitê ncia.
CAPITULO 14: Os diferentes efeitos da caridade sã o explicados
pela comparaçã o de uma á rvore coberta por folhas, lores e frutos.
CAPITULO 15: Como as a liçõ es unem a alma a Jesus Cristo; e do
efeito de uma excomunhã o injusta.
CAPITULO 16: Uma visã o em que Santa Gertrudes viu Nosso
Senhor comunicando [dando a Comunhã o à s] irmã s.
CAPITULO 17: Como devemos nos preparar para receber o Corpo
de Jesus Cristo. Diferentes exercı́cios de piedade que Santa
Gertrudes praticava para com este augusto sacramento.
CAPITULO 18: A devoçã o de Santa Gertrudes à Mã e de Deus. Ela é
ensinada a invocá -la como o lı́rio branco da adorá vel Trindade e a
rosa vermelha do cé u.
CAPITULO 19: Como os louvores oferecidos aos santos podem ser
encaminhados a Deus.
CAPITULO 20: Como Deus deseja ser procurado pela alma que O
ama; e como Ele nos ama quando sofremos.
CAPITULO 21: O Santo recebe uma tripla absolviçã o e bê nçã o da
Santı́ssima Trindade, pelos mé ritos de Jesus Cristo.
CAPITULO 22: Favores concedidos ao Santo durante a recitaçã o do
Ofı́cio Divino.
CAPITULO 23: Da virtude abundante que lui do Coraçã o de Jesus
para a alma iel.
CAPITULO 24: Do sepulcro de Jesus Cristo na alma iel, e como
fazer um claustro espiritual no Corpo e Coraçã o de Jesus.
CAPITULO 25: Da uniã o da alma com Jesus Cristo, e como ela está
preparada, pelos mé ritos dos Santos, para ser uma morada
agradá vel para seu Deus.
CAPITULO 26: Do mé rito de uma boa vontade, e instruçõ es sobre
algumas palavras do Ofı́cio Divino.
CAPITULO 27: Por que Deus se agrada das imagens de Jesus
cruci icado.
CAPITULO 28: Da sede espiritual de Deus e da utilidade dos
sofrimentos.
CAPITULO 29: Quã o insidiosas sã o as armadilhas do demô nio,
especialmente quando cantamos.
CAPITULO 30: Que nossas oraçõ es sã o certamente ouvidas,
embora nã o percebamos seu efeito; e como suprir nossa
indignidade ao nos aproximarmos da Sagrada Comunhã o pelos
mé ritos de Jesus Cristo e Seus Santos.
CAPITULO 31: Das vantagens da comunhã o frequente e de receber
o santo viá tico.
CAPITULO 32: Como Deus corrige as negligê ncias passadas de
uma alma que O ama e remedia aquelas que podem ocorrer no
futuro.
CAPITULO 33: Sobre o valor e a importâ ncia da Comunhã o
espiritual.
CAPITULO 34: Sobre a utilidade de meditar na Paixã o de Nosso
Senhor e como Ele se oferece ao Pai Eterno em satisfaçã o por
nossos pecados.
CAPITULO 35: Do feixe de mirra e como devemos praticar a
paciê ncia nas adversidades, segundo o exemplo de Cristo.
CAPITULO 36: Essa devoçã o à Paixã o de Nosso Senhor promove a
uniã o com Deus.
CAPITULO 37: Dos cravos de cheiro adocicado que o Santo,
movido pelo amor, meteu nas feridas do cruci ixo em vez dos
cravos de ferro, e da gratidã o que Nosso Senhor deu por isso.
CAPITULO 38: Como podemos recordar a Paixã o de Cristo e
proclamar os louvores da Virgem Mã e de Deus, na recitaçã o das
Sete Horas Canô nicas.
CAPITULO 39: Que devemos dar algum sinal de nosso amor a Deus
apó s ocupaçõ es exteriores.
CAPITULO 40: Dos efeitos da oraçã o na adversidade.
CAPITULO 41: Oraçã o composta pelo pró prio nosso Senhor Jesus
Cristo, que Ele prometeu ouvir favoravelmente.
CAPITULO 42: Como os justos se deleitam em Deus e como Deus
tem prazer neles, especialmente quando eles entregam todos os
seus bons desejos a ele.
CAPITULO 43: De duas pulsaçõ es do Coraçã o de Jesus.
CAPITULO 44: Da maneira como devemos pedir a Nosso Senhor
para descansar ou dormir.
CAPITULO 45: De perfeita resignaçã o de nó s mesmos à Vontade
Divina.
CAPITULO 46: Do prazer sensı́vel que a alma encontra em Deus.
CAPITULO 47: Do langor causado pelo amor divino.
CAPITULO 48: Que a alma iel deve abandonar-se à Vontade de
Deus, para a vida e a morte.
CAPITULO 49: Do benefı́cio que podemos derivar de nossas faltas.
CAPITULO 50: Da renovaçã o dos Sete Sacramentos em sua alma e
da caridade fraterna.
CAPITULO 51: Da idelidade que só devemos esperar encontrar em
Deus e da graça da paciê ncia.
CAPITULO 52: O valor de uma boa vontade.
CAPITULO 53: Como podemos lucrar com o mé rito dos outros.
CAPITULO 54: Oraçã o composta pelo Santo.
CAPITULO 55: Nosso Senhor mostra a ela Seu Coraçã o.
CAPITULO 56: De caridade para com um irmã o errante.
CAPITULO 57: Para que o cuidado dos assuntos temporais e
deveres exteriores sejam aceitá veis a Deus.
CAPITULO 58: Pelo mé rito da paciê ncia.
CAPITULO 59: Da aversã o que Deus tem pela impaciê ncia. E como
é agradá vel para Ele que devolvamos graças por Seus benefı́cios.
CAPITULO 60: Que Deus se agrada de nó s quando estamos
descontentes conosco.
CAPITULO 61: Do efeito das oraçõ es pelos outros.
CAPITULO 62: Instruçõ es para diferentes pessoas em diferentes
estados de vida.
CAPITULO 63: Que a Igreja é representada pelos membros de
Jesus Cristo. Como devemos agir em relaçã o aos membros que
estã o enfermos e em relaçã o ao nosso Superior.
CAPITULO 64: Sobre a participaçã o espiritual dos mé ritos.
CAPITULO 65: Da utilidade da tentaçã o.
CAPITULO 66: Essa comunhã o frequente é agradá vel a Deus.
CAPITULO 67: Da maneira correta de exercer zelo.
CAPITULO 68: Que nem sempre recebemos o fruto de nossas
oraçõ es imediatamente.
CAPITULO 69: O valor da obediê ncia exata.
CAPITULO 70: Instruçõ es sobre diferentes assuntos.
CAPITULO 71: Da perda de amigos; e como devemos oferecer
nossas provaçõ es a Deus.
CAPITULO 72: Instruçõ es sobre vá rios assuntos.
PARTE QUATRO: As Revelaçõ es de Santa Gertrudes
CAPITULO 1: Com que devoçã o devemos nos preparar para
festivais. Vantagens de nos recomendarmos à s oraçõ es dos
outros. Nosso desfrute de Deus corresponde aos nossos desejos e
à nossa capacidade de recebê -lo.
CAPITULO 2: Instruçõ es para celebrar a Festa da Natividade.
CAPITULO 3: Para a Festa da Natividade. Apariçã o do Menino Jesus
e de sua Mã e Santı́ssima.
CAPITULO 4: Suas virtudes e a maneira de imitar Sua pureza.
CAPITULO 5: Do santo nome de Jesus; e a renovaçã o das nossas
boas intençõ es no inı́cio do novo ano.
CAPITULO 6: Das oblaçõ es que sã o aceitá veis a Deus.
CAPITULO 7: Santa Gertrudes recebe a absolviçã o de Nosso Divino
Senhor. Instruçõ es para a Sagrada Comunhã o.
CAPITULO 8: Apariçã o de Santa Inê s. Virtude das palavras que ela
proferiu em sua morte.
CAPITULO 9: Para a Festa da Puri icaçã o.
CAPITULO 10: Instruçõ es sobre como receber e se abster da
Sagrada Comunhã o.
CAPITULO 11: Instruçõ es sobre a arca de Noé ; um dia mı́stico
nisso.
CAPITULO 12: Devoçõ es para a é poca do Carnaval. Do valor e da
e icá cia do sofrimento.
CAPITULO 13: Quã o aceitá veis sã o as boas obras para Nosso
Senhor durante os trê s dias do Carnaval [Mardi Gras]; e como tais
obras obtê m mé rito pela uniã o com a Paixã o de Cristo.
CAPITULO 14: Como a alma é puri icada e embelezada pelos
mé ritos de Jesus Cristo.
CAPITULO 15: Da verdadeira maneira de realizar espiritualmente
as obras corporais de misericó rdia.
CAPITULO 16: Da oblaçã o dos mé ritos de Jesus Cristo pelos
pecados da Igreja.
CAPITULO 17: Como podemos obter uma participaçã o nos mé ritos
da Vida de Jesus Cristo.
CAPITULO 18: O Santo é instruı́do sobre como expiar os pecados
da Igreja.
CAPITULO 19: Da gló ria e prerrogativas de Sã o Gregó rio, e da
recompensa reservada para este Doutor da Igreja.
CAPITULO 20: A bem-aventurança e a gló ria desta Santa mostrada
a Santa Gertrudes. A recompensa particular reservada para
aqueles que observam ielmente a disciplina regular.
CAPITULO 21: Exercı́cios de devoçã o à Santı́ssima Virgem.
CAPITULO 22: Exercı́cios de devoçã o para aquele dia.
CAPITULO 23: Da Comunhã o espiritual e outros exercı́cios para
este dia sagrado.
CAPITULO 24: Para a quarta-feira da Semana Santa.
CAPITULO 25: De oferecer os mé ritos de Jesus Cristo para obter o
perdã o dos pecados da Igreja. Do Seu amor no adorá vel
Sacramento do Altar.
CAPITULO 26: O Santo é favorecido com um
arrebatamento. Exercı́cios sobre a Paixã o de Nosso Senhor.
CAPITULO 27: Como as almas sã o libertadas de suas dores. De boa
vontade. Como louvar a Deus no Aleluia.
CAPITULO 28: Que Deus leva uma conta exata de nossos mé ritos; e
como eles sã o enriquecidos pelos mé ritos de Cristo.
CAPITULO 29: Da renovaçã o das esposas espirituais.
CAPITULO 30: Que nada podemos fazer de bom sem a ajuda
divina.
CAPITULO 31: De oferecer nossas açõ es a Deus.
CAPITULO 32: Como devemos nos dispor para receber o Espı́rito
Santo.
CAPITULO 33: Das ladainhas e invocaçã o dos santos.
CAPITULO 34: Da doce memó ria de St. John. Como as imperfeiçõ es
das quais nos esquecemos de nos acusar na con issã o sã o
perdoadas por Deus.
CAPITULO 35: A maneira de saudar as Cinco Chagas de Nosso
Senhor.
CAPITULO 36: Do mé rito da condescendê ncia e compaixã o pelos
enfermos. E como devemos desejar o desprezo.
CAPITULO 37: Como devemos orar pelos justos, pelos pecadores e
pelas almas do purgató rio.
CAPITULO 38: Da renú ncia de nossa pró pria vontade. E certos
exercı́cios de piedade para este Festival.
CAPITULO 39: Como preparar-nos dignamente para receber o
Espı́rito Santo.
CAPITULO 40: Dos dons do Espı́rito Santo. E outros exercı́cios para
este dia.
CAPITULO 41: Como a oblaçã o da Hó stia Sagrada supre nossas
de iciê ncias. Exercı́cios para o Agnus Dei.
CAPITULO 42: Como a Hó stia Sagrada supre todas as nossas
negligê ncias e como o Espı́rito Santo se une em Comunhã o à s
almas santas.
CAPITULO 43: Como podemos glori icar a Santı́ssima Trindade
por nosso Senhor Jesus Cristo. E que obstá culos os afetos humanos
colocam ao nosso progresso.
CAPITULO 44: Apariçã o do Santo. Efeitos de sua intercessã o.
CAPITULO 45: Como podemos alimentar as ovelhas de Cristo
espiritualmente. Da intercessã o dos Apó stolos. E o fruto da
Sagrada Comunhã o.
CAPITULO 46: A gló ria deste Santo, e da recompensa que Deus
reserva para a menor boa açã o.
CAPITULO 47: De verdadeira penitê ncia e boa vontade.
CAPITULO 48: Vantagens da peregrinaçã o a Compostela. E como
podemos honrar os santos pela comunhã o.
CAPITULO 49: Da maneira de honrar e saudar a Santı́ssima
Virgem.
CAPITULO 50: O mé rito e a gló ria deste Santo.
CAPITULO 51: Da gló ria e virtude deste Santo. Dos mé ritos de Sã o
Francisco e Sã o Domingos.
CAPITULO 52: Exercı́cios para celebrar esta festa com
devoçã o. Com que poder a Santı́ssima Virgem protege aqueles que
a invocam; e como podemos suprir nossas negligê ncias em seu
serviço.
CAPITULO 53: Da exaltaçã o da Cruz. Do amor aos inimigos. Da
observâ ncia do jejum regular. Das verdadeiras relı́quias de Jesus
Cristo.
CAPITULO 54: Do iel cuidado que os anjos tê m de nó s e como
devemos honrá -los.
CAPITULO 55: Dos frutos da açã o de graças. Que Deus requer que
fruti iquemos Seus dons. E da Resposta Regnum mundi.
CAPITULO 56: Das diferentes ordens da Igreja Militante. Como
homenagear os Santos com açõ es de graças, para que possamos
participar de seus mé ritos.
CAPITULO 57: Como é agradá vel para os santos que devemos
louvar a Deus por sua causa.
CAPITULO 58: Do mecenato e mé ritos desta Santa.
CAPITULO 59: Para a dedicaçã o de uma igreja.
CAPITULO 60: Da presença e graça de Deus nos lugares santos. E
como os anjos suprem nossa obrigaçã o de louvar a Deus.
CAPITULO 61: De uma visã o maravilhosa em que o Santo viu
Nosso Senhor celebrando a Missa.
PARTE CINCO: As Revelaçõ es de Santa Gertrudes
CAPITULO 1: Como Sã o Mechtilde se preparou para a morte e
recebeu a Extrema Unçã o.
CAPITULO 2: Da feliz morte de Sã o Mechtilde e sua recompensa no
cé u. Dos mé ritos e intercessã o dos Santos. E como oferecer as
Cinco Chagas de Cristo para suprir nossos defeitos.
CAPITULO 3: Da morte preciosa das Irmã s M. e L. Do exato relato
feito no Purgató rio de suas faltas, e da recompensa de seus
mé ritos.
CAPITULO 4: Como uma desobediê ncia foi expiada por uma
doença.
CAPITULO 5: Da feliz morte da Irmã M. A aprovaçã o dessas
Revelaçõ es. E os favores prometidos por seus mé ritos.
CAPITULO 6: Da agonia e morte de MB, e de sua alma
abençoada. Como é salutar ajudar as almas do Purgató rio.
CAPITULO 7: Como as almas de G. e B. foram puri icadas por
negligenciar a Con issã o e por terem prazer nas coisas terrenas.
CAPITULO 8: Da feliz preparaçã o da irmã G. para a morte. Seus
desejos fervorosos e sua gló ria.
CAPITULO 9: As recompensas que o irmã o S. recebeu por sua
idelidade e benevolê ncia.
CAPITULO 10: Como o irmã o Hermann sofreu por obstinaçã o. E da
ajuda que pode ser obtida na outra vida pelas oraçõ es dos santos e
dos ié is.
CAPITULO 11: Como o irmã o John foi recompensado por seus
labores e punido por suas faltas.
CAPITULO 12: Como a alma do irmã o The: (sic) foi liberada por
oraçõ es em homenagem à s Cinco Chagas.
CAPITULO 13: O que o irmã o F. sofreu por indolê ncia e falta de
submissã o. A e icá cia da oraçã o fervorosa.
CAPITULO 14: Aqueles que perseveraram por muito tempo no
pecado nã o sã o facilmente bene iciados pelas oraçõ es da Igreja e
sã o libertados com di iculdade.
CAPITULO 15: Da oblaçã o da Hó stia. E de oraçõ es pelas almas dos
pais falecidos.
CAPITULO 16: Sobre o efeito do Grande Salté rio. Do zelo de Cristo
pela salvaçã o das almas. E como Ele está disposto a ouvir as
oraçõ es daqueles que O amam.
CAPITULO 17: Dos sofrimentos severos de um soldado. E a e icá cia
do Grande Salté rio.
CAPITULO 18: Explicaçã o do Grande Salté rio e das Sete Missas de
Sã o Gregó rio.
CAPITULO 19: A recompensa de orar pelos mortos. E a puniçã o de
desobediê ncia e detraçõ es.
CAPITULO 20: Do ardente desejo de morte que Nosso Senhor
acendeu na alma de Gertrudes.
CAPITULO 21: Como Gertrude orou pela morte.
CAPITULO 22: Das feridas do amor divino com que o Santo foi
paralisado.
CAPITULO 23: Nossos preparativos para a morte nã o sã o
esquecidos diante de Deus.
CAPITULO 24: Exercı́cios de preparaçã o para a morte. E devoçã o à
Santı́ssima Virgem.
CAPITULO 25: Como nosso Senhor Jesus e todos os santos
consolam as almas dos justos em seus ú ltimos momentos. E com
que amor Nosso Senhor se comunica aos seus eleitos no
Sacramento do Altar.
CAPITULO 26: Do doce repouso que o Santo desfrutou; e como ela
se satisfez com suas negligê ncias.
CAPITULO 27: Como a Santa supriu suas negligê ncias no serviço
da Bem-aventurada Virgem Maria.
CAPITULO 28: Como Gertrudes se preparou para a morte.
CAPITULO 29: Como Nosso Senhor autorizou este trabalho.
CAPITULO 30: Oblaçã o desta obra à Gló ria Divina. Conclusã o.
Notas
Contracapa
Uma coleçã o de obras de arte clá ssicas
Uma Breve Vida de Cristo
Capa
Metade da pá gina de tı́tulo
Mapa
Folha de rosto
Pá gina de direitos autorais
Conteú do
Introdutó rio
A con iguraçã o
Nascimento de jesus
Infâ ncia em Nazaré
John The Bapist
Jesus começa seu ministé rio
Jornada à Galilé ia
O Reino e os Apó stolos
Manifestaçõ es do Poder Divino
Falando em pará bolas
Aumentando a popularidade
Morte de Joã o Batista
Milagres dos pã es
O pã o da vida
Peter the Rock
Treinamento dos Doze
Visita a Jerusalé m
Choque com os fariseus
Ministé rio da Judé ia
A Declaraçã o Suprema
Ressurreiçã o de Lá zaro
Ultimos Dias Missioná rios
Banquete em Betâ nia
Domingo de Ramos
Segunda Limpeza do Templo
Dia de perguntas
Judas o Traidor
A ú ltima Ceia
Prisã o e Julgamento
Morte no Calvá rio
Ressuscitado e ainda vivendo
Sã o Benedito
Contracapa
Tan Classics
Torne-se um Missioná rio Tan!
Compartilhe a fé com livros Tan!
Livros Tan
ISBN: 978-0-89555-699-8
TAN Books,
uma marca da Saint Benedict Press, LLC
Charlotte, Carolina do Norte,
2012
OBLAÇAO
eu
OFERECE a Ti esta obra, ó Senhor Jesus Cristo, Fonte de luz eterna, em
uniã o com aquela caridade inefá vel que Te moveu, o Unigê nito do Pai,
na plenitude da Divindade, a assumir sobre Ti a nossa natureza e a nos
tornar Cara. Eu ofereço a Ti da parte de todas as Tuas criaturas, porque
é Tua inefá vel ternura pela humanidade que Te fez derramar aquelas
graças doces e e icazes no coraçã o de Tua esposa escolhida, para
fruti icá -las, para atraı́-la para Ti mesmo, e para uni-la a Ti
eternamente.
Suplico-Te que leve esta obra para a Tua guarda Divina, para que
glori ique a onipotê ncia do Pai, a sabedoria do Filho e o amor do
Espı́rito Santo. Eu ofereço a Ti em fervorosa açã o de graças por todas as
graças que Tu comunicaste ou desejas comunicar por meio desta obra,
até o im dos tempos. E como sou uma criatura totalmente vil e indigna,
ofereço a Ti, em satisfaçã o por todas as minhas de iciê ncias e omissõ es,
minha cegueira e ignorâ ncia, Teu pró prio coraçã o mais doce, sempre
cheio de açã o de graças divina e beatitude eterna. Um homem.
- Capı́tulo 30 Oblaçã o desta obra à gló ria divina. Conclusã o.
CONTEUDO
INTRODUÇAO
PROPAGANDA
PARTE UM
A Vida de Santa Gertrudes
Baseado em vá rias fontes
CAPITULO 1
O nascimento e a linhagem do Santo. Sua dedicaçã o inicial a Deus. Dons
intelectuais. Comunicaçõ es divinas a respeito de sua
santidade. Nosso Senhor declara que encontra descanso e repouso
em seu coraçã o. Deseja que uma pessoa santa o busque ali.
CAPITULO 2
Santa Gertrudes prevê a eleiçã o de Adolphus de Nassau. Acalma os
medos das irmã s, que esperam sofrer uma perda temporal. Sua
eleiçã o como abadessa. Remoçã o para Heldelfs. Revelaçõ es de sua
santidade. Nosso Senhor aparece para ela levando a casa da
religiã o. Sua generosidade de espı́rito.
CAPITULO 3
O Santo obté m um clima favorá vel. Milagres mencionados em seu
escritó rio. Uniã o de sua vontade com a de Deus. Aconselha
outros. Nosso Senhor desejava que ela escrevesse suas
revelaçõ es. Sua santidade revelada a Sã o Mechtilde.
CAPITULO 4
Ela pede a Sã o Mechtilde que ore por ela. Nosso Senhor está satisfeito
com sua paciê ncia e brandura. Ele declara que mora nela; e esconde
suas imperfeiçõ es.
CAPITULO 5
A Santa como Abadessa. Ternura para com os outros. Cuidar dos
enfermos. Sua ú ltima doença. Valor do sofrimento. Ela está proibida
de renunciar ao cargo. Nosso Senhor aceita como feito a Si mesmo o
que é feito por ela. St. Lebuin.
CAPITULO 6
Suas ú ltimas palavras. Devoçã o ao Ofı́cio Divino. Ternura para seus
ilhos espirituais. Nosso Senhor aparece para ela em sua
agonia. Promete recebê -la como Ele recebeu Sua Mã e Bendita. Os
anjos a chamam para o paraı́so.
CAPITULO 7
A morte dela. De suas alegrias eternas. Nosso Senhor consola suas
religiosas. Revelaçõ es de sua santidade. Reza para que seus
religiosos sejam consolados em seu tú mulo. Suas exé quias. Nosso
Senhor abençoa seu tú mulo.
CAPITULO 8
Favores concedidos no sepultamento da Santa. Almas liberadas por sua
intercessã o. Como Nosso Senhor juntou um lı́rio. De medo na ú ltima
agonia. Purgató rio na doença. E icá cia das oraçõ es pelos mortos.
CAPITULO 9
Feliz morte de outro religioso. Nosso Senhor recompensa
especialmente sua caridade para os outros. Purgató rio na
doença. Como Nosso Senhor puri icou um religioso
moribundo. E icá cia das oraçõ es pelos que partiram. Das Missas
pelos Mortos. Recompensa de fervor ao sofrer.
CAPITULO 10
Santa Gertrudes nã o foi formalmente canonizada. Histó ria de
seu culto . Bento XIV. Seu escritó rio aprovado. Nome inserido no
Martiroló gio. Lanspergius. Sua histó ria. Prefá cio
para Insinuationes . Apelo pelo sexo feminino. Conclusã o.
- PARTE DOIS -
As Revelaçõ es de Santa Gertrudes
Escrito por ela mesma
CAPITULO 1
O agradecimento da Santa a Deus pela primeira graça que lhe foi
concedida, pela qual o seu espı́rito se afastou das coisas terrenas e se
uniu a Ele.
CAPITULO 2
Como a graça de Deus a iluminou interiormente.
CAPITULO 3
Do prazer que Deus teve em fazer morada na alma de Gertrudes.
CAPITULO 4
Dos estigmas impressos no coraçã o de Gertrudes, e seus exercı́cios em
homenagem à s Cinco Chagas.
CAPITULO 5
Da Ferida do Amor Divino; e da maneira de banhar, ungir e amarrar.
CAPITULO 6
Da ı́ntima uniã o do Menino Jesus com o seu coraçã o.
CAPITULO 7
A Divindade está impressa na alma de Gertrudes como um selo sobre
cera.
CAPITULO 8
Da admirá vel uniã o de sua alma com Deus.
CAPITULO 9
De outra maneira admirá vel em que Santa Gertrudes estava
intimamente ligada a Deus.
CAPITULO 10
Como o Senhor a obrigou a escrever essas coisas; e como Ele a
iluminou.
CAPITULO 11
Ela recebe o dom das lá grimas e é avisada das armadilhas que o
demô nio armou para ela.
CAPITULO 12
Com quanta bondade Deus carrega nossas faltas.
CAPITULO 13
Da necessidade de vigilâ ncia exata sobre os sentidos e afeiçõ es.
CAPITULO 14
Diferentes exercı́cios pelos quais a alma é puri icada.
CAPITULO 15
Quã o agradá veis as obras de caridade sã o para Deus; e també m
meditaçõ es sobre coisas sagradas.
CAPITULO 16
Da inconcebı́vel ternura que a mais gloriosa Virgem tem por nó s.
CAPITULO 17
Das vestes com as quais devemos vestir Jesus e sua mã e.
CAPITULO 18
Como Deus tolera nossos defeitos. Instruçã o sobre humildade.
CAPITULO 19
Como Deus se agrada em condescender com Suas criaturas; e que gló ria
Deus deriva daı́ dos bem-aventurados.
CAPITULO 20
De alguns privilé gios considerá veis que Deus concedeu a esta virgem, e
da graça que Ele prometeu a seus clientes.
CAPITULO 21
Agradecimentos pela con irmaçã o dos referidos favores.
CAPITULO 22
Como Santa Gertrudes foi admitida à visã o de Deus. Do beijo da paz e
outros favores semelhantes.
CAPITULO 23
Recapitulaçã o dos dons já mencionados. A Santa reclama de sua
enfermidade e ingratidã o.
CAPITULO 24
Conclusã o deste livro.
- PARTE TRES -
As Revelaçõ es de Santa Gertrudes
Compilado pelas religiosas de seu mosteiro
CAPITULO 1
Nosso Senhor dá sua Mã e Santı́ssima a Santa Gertrudes para ser sua
mã e, para que ela possa recorrer a ela em todas as suas a liçõ es.
CAPITULO 2
A adversidade é o anel espiritual com o qual a alma está comprometida
com Deus.
CAPITULO 3
A consolaçã o humana enfraquece o que é Divino.
CAPITULO 4
Quã o vis e desprezı́veis sã o todos os prazeres transitó rios.
CAPITULO 5
A renú ncia perfeita de Santa Gertrudes nas mã os de Deus em todas as
adversidades, e que mé rito ela adquiriu por meio disso.
CAPITULO 6
A cooperaçã o da alma iel no Santo Sacrifı́cio. Cinco favores sobre os
quais o Santo desejava meditar, quando nã o podia assisti-los.
CAPITULO 7
Com que con iança devemos recorrer a Deus em todas as nossas
necessidades e tentaçõ es!
CAPITULO 8
Da e icá cia das oraçõ es pelos outros.
CAPITULO 9
Dos admirá veis efeitos da Comunhã o, e que nã o devemos nos abster
levianamente, mesmo por nossa indignidade.
CAPITULO 10
A indulgê ncia que Nosso Senhor concedeu a Santa Gertrudes. Seu
desejo ardente de se conformar em todas as coisas com a Vontade de
Deus.
CAPITULO 11
Como a alma pode buscar a Deus e se trans igurar Nele de quatro
maneiras.
CAPITULO 12
Reparaçã o pela queda de uma Hó stia, que se temia ter sido consagrada.
CAPITULO 13
Do valor e e icá cia da Con issã o. Como devemos vencer as di iculdades
que sentimos ao nos aproximarmos do Sacramento da Penitê ncia.
CAPITULO 14
Os diferentes efeitos da caridade sã o explicados pela comparaçã o de
uma á rvore coberta de folhas, lores e frutos.
CAPITULO 15
Como as a liçõ es unem a alma a Jesus Cristo; e do efeito de uma
excomunhã o injusta.
CAPITULO 16
Uma visã o na qual Santa Gertrudes viu Nosso Senhor comunicando
[dando a Comunhã o à s] irmã s.
CAPITULO 17
Como devemos nos preparar para receber o Corpo de Jesus
Cristo. Diferentes exercı́cios de piedade que Santa Gertrudes
praticava para com este augusto sacramento.
CAPITULO 18
A devoçã o de Santa Gertrudes à Mã e de Deus. Ela é ensinada a invocá -la
como o lı́rio branco da adorá vel Trindade e a rosa vermelha do cé u.
CAPITULO 19
Como os louvores oferecidos aos santos podem ser encaminhados a
Deus.
CAPITULO 20
Como Deus deseja ser procurado pela alma que O ama; e como Ele nos
ama quando sofremos.
CAPITULO 21
O Santo recebe tripla absolviçã o e bê nçã o da Santı́ssima Trindade, pelos
mé ritos de Jesus Cristo.
CAPITULO 22
Favores concedidos ao Santo durante a recitaçã o do Ofı́cio Divino.
CAPITULO 23
Da virtude abundante que lui do Coraçã o de Jesus para a alma iel.
CAPITULO 24
Do sepulcro de Jesus Cristo na alma iel, e como fazer um claustro
espiritual no Corpo e Coraçã o de Jesus.
CAPITULO 25
Da uniã o da alma com Jesus Cristo, e como ela está preparada, pelos
mé ritos dos Santos, para ser uma morada agradá vel para seu Deus.
CAPITULO 26
Do mé rito de uma boa vontade, e instruçõ es sobre algumas palavras do
Ofı́cio Divino.
CAPITULO 27
Por que Deus se agrada das imagens de Jesus cruci icado.
CAPITULO 28
Da sede espiritual de Deus e da utilidade dos sofrimentos.
CAPITULO 29
Quã o insidiosas sã o as armadilhas do demô nio, especialmente quando
cantamos.
CAPITULO 30
Que nossas oraçõ es sã o certamente ouvidas, embora nã o percebamos
seu efeito; e como suprir nossa indignidade ao nos aproximarmos da
Sagrada Comunhã o pelos mé ritos de Jesus Cristo e Seus Santos.
CAPITULO 31
Das vantagens da comunhã o frequente e de receber o santo viá tico.
CAPITULO 32
Como Deus corrige as negligê ncias passadas de uma alma que O ama e
remedia aquelas que podem ocorrer no futuro.
CAPITULO 33
Do valor e da importâ ncia da Comunhã o espiritual.
CAPITULO 34
Da utilidade de meditar na Paixã o de Nosso Senhor, e de como Ele se
oferece ao Pai Eterno em satisfaçã o por nossos pecados.
CAPITULO 35
Do feixe de mirra, e como devemos praticar a paciê ncia nas
adversidades, segundo o exemplo de Cristo.
CAPITULO 36
Essa devoçã o à Paixã o de Nosso Senhor promove a uniã o com Deus.
CAPITULO 37
Dos cravos de cheiro adocicado que o Santo, movido pelo amor, meteu
nas feridas do cruci ixo em vez dos cravos de ferro, e da gratidã o que
por isso testemunhou Nosso Senhor.
CAPITULO 38
Como podemos recordar a Paixã o de Cristo e proclamar os louvores da
Virgem Mã e de Deus, na recitaçã o das Sete Horas Canó nicas.
CAPITULO 39
Que devemos dar algum sinal de nosso amor a Deus apó s ocupaçõ es
exteriores.
CAPITULO 40
Dos efeitos da oraçã o na adversidade.
CAPITULO 41
Oraçã o composta pelo pró prio nosso Senhor Jesus Cristo, que Ele
prometeu ouvir favoravelmente.
CAPITULO 42
Como os justos se deleitam em Deus, e como Deus tem prazer neles,
especialmente quando eles entregam todos os seus bons desejos a
ele.
CAPITULO 43
De duas pulsaçõ es do Coraçã o de Jesus.
CAPITULO 44
Da maneira como devemos pedir a Nosso Senhor descanso ou sono.
CAPITULO 45
De perfeita resignaçã o de nó s mesmos à Vontade Divina.
CAPITULO 46
Do prazer sensı́vel que a alma encontra em Deus.
CAPITULO 47
Do langor causado pelo amor divino.
CAPITULO 48
Que a alma iel deve abandonar-se à Vontade de Deus, para a vida e a
morte.
CAPITULO 49
Do benefı́cio que podemos derivar de nossas faltas.
CAPITULO 50
Da renovaçã o dos Sete Sacramentos na sua alma e da caridade fraterna.
CAPITULO 51
Da idelidade que só devemos esperar encontrar em Deus e da graça da
paciê ncia.
CAPITULO 52
O valor de uma boa vontade.
CAPITULO 53
Como podemos lucrar com o mé rito dos outros.
CAPITULO 54
Oraçã o composta pelo Santo.
CAPITULO 55
Nosso Senhor mostra a ela Seu Coraçã o.
CAPITULO 56
De caridade para com um irmã o errante.
CAPITULO 57
Para que o cuidado dos assuntos temporais e deveres exteriores sejam
aceitá veis a Deus.
CAPITULO 58
Do mé rito da paciê ncia.
CAPITULO 59
Da aversã o que Deus tem pela impaciê ncia. E como é agradá vel para Ele
que devolvamos graças por Seus benefı́cios.
CAPITULO 60
Que Deus se agrada de nó s quando estamos descontentes de nó s
mesmos.
CAPITULO 61
Do efeito das oraçõ es pelos outros.
CAPITULO 62
Instruçõ es para diferentes pessoas em diferentes estados de vida.
CAPITULO 63
Que a Igreja é representada pelos membros de Jesus Cristo. Como
devemos agir em relaçã o aos membros que estã o enfermos e em
relaçã o ao nosso Superior.
CAPITULO 64
Sobre a participaçã o espiritual dos mé ritos.
CAPITULO 65
Da utilidade da tentaçã o.
CAPITULO 66
Essa comunhã o frequente é agradá vel a Deus.
CAPITULO 67
Da maneira correta de exercer zelo.
CAPITULO 68
Que nem sempre recebemos o fruto de nossas oraçõ es imediatamente.
CAPITULO 69
O valor da obediê ncia exata.
CAPITULO 70
Instruçõ es sobre diferentes assuntos.
CAPITULO 71
Da perda de amigos; e como devemos oferecer nossas provaçõ es a
Deus.
CAPITULO 72
Instruçõ es sobre vá rios assuntos.
- PARTE QUATRO -
As Revelaçõ es de Santa Gertrudes
Compilado pelas religiosas de seu mosteiro
CAPITULO 1
Com quanta devoçã o devemos nos preparar para os festivais. Vantagens
de nos recomendarmos à s oraçõ es dos outros. Nosso desfrute de
Deus corresponde aos nossos desejos e à nossa capacidade de
recebê -lo.
CAPITULO 2
Instruçõ es para celebrar a Festa da Natividade.
CAPITULO 3
Para a Festa da Natividade. Apariçã o do Menino Jesus e de sua Mã e
Santı́ssima.
CAPITULO 4
Para a festa de São João Evangelista.
Suas virtudes e a maneira de imitar Sua pureza.
CAPITULO 5
Para a festa da circuncisão.
Do santo nome de Jesus; e a renovaçã o das nossas boas intençõ es no
inı́cio do novo ano.
CAPITULO 6
Para a Festa da Epifania.
Das oblaçõ es que sã o aceitá veis a Deus.
CAPITULO 7
Para o segundo domingo após a epifania.
Santa Gertrudes recebe a absolviçã o de Nosso Divino
Senhor. Instruçõ es para a Sagrada Comunhã o.
CAPITULO 8
Para a festa de Santa Inês, Virgem e Mártir.
Apariçã o de Santa Inê s. Virtude das palavras que ela proferiu em sua
morte.
CAPITULO 9
Para a Festa da Puri icação.
CAPITULO 10
Para Septuagesima domingo.
Instruçõ es sobre como receber e se abster da Sagrada Comunhã o.
CAPITULO 11
Para Sexagesima.
Instruçõ es sobre a arca de Noé ; um dia mı́stico nisso.
CAPITULO 12
Para o sábado antes da Quinquagesima.
Devoçõ es pela é poca do Carnaval. Do valor e da e icá cia do sofrimento.
CAPITULO 13
Para Quinquagesima (continuação).
Quã o aceitá veis sã o as boas obras para Nosso Senhor durante os trê s
dias do Carnaval [Mardi Gras]; e como tais obras obtê m mé rito pela
uniã o com a Paixã o de Cristo.
CAPITULO 14
Instrução para o primeiro domingo da Quaresma.
Como a alma é puri icada e embelezada pelos mé ritos de Jesus Cristo.
CAPITULO 15
Para a segunda-feira após o primeiro domingo da Quaresma.
Da verdadeira maneira de realizar espiritualmente as obras corporais
de misericó rdia.
CAPITULO 16
Para o segundo domingo da Quaresma.
Da oblaçã o dos mé ritos de Jesus Cristo pelos pecados da Igreja.
CAPITULO 17
Para o terceiro domingo da Quaresma.
Como podemos obter uma participaçã o nos mé ritos da Vida de Jesus
Cristo.
CAPITULO 18
Para o quarto domingo da Quaresma.
O Santo é instruı́do sobre como expiar os pecados da Igreja.
CAPITULO 19
Para a festa de São Gregório, Papa.
Da gló ria e prerrogativas de Sã o Gregó rio, e da recompensa reservada a
este Doutor da Igreja.
CAPITULO 20
Para a festa do glorioso São Bento.
A bem-aventurança e a gló ria desta Santa mostrada a Santa
Gertrudes. A recompensa particular reservada para aqueles que
observam ielmente a disciplina regular.
CAPITULO 21
Para a Vigília e Festa da Anunciação.
Exercı́cios de devoçã o à Santı́ssima Virgem.
CAPITULO 22
Para o Domingo da Paixão.
Exercı́cios de devoçã o para aquele dia.
CAPITULO 23
Para o Domingo de Ramos.
Da Comunhã o espiritual e outros exercı́cios para este dia sagrado.
CAPITULO 24
Para quarta-feira da Semana Santa.
CAPITULO 25
Para a Quinta-feira Santa.
De oferecer os mé ritos de Jesus Cristo para obter o perdã o dos pecados
da Igreja. Do Seu amor no adorá vel Sacramento do Altar.
CAPITULO 26
Para a Sexta-feira Santa.
O Santo é favorecido com um ê xtase. Exercı́cios sobre a Paixã o de Nosso
Senhor.
CAPITULO 27
Para o Domingo de Páscoa.
Como as almas se libertam de suas dores. De boa vontade. Como louvar
a Deus no Aleluia.
CAPITULO 28
Para a segunda-feira de Páscoa.
Que Deus leva exatamente em conta nossos mé ritos; e como eles sã o
enriquecidos pelos mé ritos de Cristo.
CAPITULO 29
Para a terça-feira de Páscoa.
Da renovaçã o das esposas espirituais.
CAPITULO 30
Para a quarta-feira de Páscoa.
Que nada podemos fazer de bom sem a ajuda divina.
CAPITULO 31
Para quinta-feira na semana de Páscoa.
De oferecer nossas açõ es a Deus.
CAPITULO 32
Para baixo domingo.
Como devemos nos preparar para receber o Espı́rito Santo.
CAPITULO 33
Para a Festa de São Marcos, Evangelista.
Das Litanias e da invocaçã o dos Santos.
CAPITULO 34
Para a Festa de São João antes do Portão Latino.
Da doce memó ria de Sã o Joã o. Como as imperfeiçõ es das quais nos
esquecemos de nos acusar na con issã o sã o perdoadas por Deus.
CAPITULO 35
Para a Ascensão.
A maneira de saudar as Cinco Chagas de Nosso Senhor.
CAPITULO 36
Para o domingo antes da quinta-feira da Ascensão.
Do mé rito da condescendê ncia e compaixã o pelos enfermos. E como
devemos desejar o desprezo.
CAPITULO 37
Para os Dias da Rogação.
Como devemos orar pelos justos, pelos pecadores e pelas almas do
purgató rio.
CAPITULO 38
Para o dia da Ascensão.
Da renú ncia à nossa pró pria vontade. E certos exercı́cios de piedade
para este Festival.
CAPITULO 39
Para o domingo após a Ascensão.
Como preparar-nos dignamente para receber o Espı́rito Santo.
CAPITULO 40
Para a Vigília e Festa de Pentecostes.
Dos dons do Espı́rito Santo. E outros exercı́cios para este dia.
CAPITULO 41
Para segunda-feira na semana de Pentecostes.
Como a oblaçã o da Hó stia Sagrada supre nossas de iciê ncias. Exercı́cios
para o Agnus Dei .
CAPITULO 42
Para a terça-feira na semana de Pentecostes.
Como a Hó stia Sagrada supre todas as nossas negligê ncias, e como o
Espı́rito Santo se une em comunhã o com as almas santas.
CAPITULO 43
Para a Festa da Santíssima Trindade.
Como podemos glori icar a Santı́ssima Trindade por nosso Senhor Jesus
Cristo. E que obstá culos os afetos humanos colocam ao nosso
progresso.
CAPITULO 44
Para a Festa de São João Batista.
Apariçã o do Santo. Efeitos de sua intercessã o.
CAPITULO 45
Para a Festa dos Santos Apóstolos Sts. Peter e Paul.
Como podemos alimentar as ovelhas de Cristo espiritualmente. Da
intercessã o dos Apó stolos. E o fruto da Sagrada Comunhã o.
CAPITULO 46
Para a Festa de Santa Margarida, Virgem e Mártir.
A gló ria deste Santo e da recompensa que Deus reserva para a menor
açã o boa.
CAPITULO 47
Para a festa de Santa Maria Madalena.
De verdadeira penitê ncia e boa vontade.
CAPITULO 48
Para a festa de São Tiago.
Vantagens da peregrinaçã o a Compostela. E como podemos honrar os
santos pela comunhã o.
CAPITULO 49
Para a Vigília e Festa da Assunção.
Da maneira de honrar e saudar a Santı́ssima Virgem.
CAPITULO 50
Para a Festa de São Bernardo.
O mé rito e a gló ria deste Santo.
CAPITULO 51
Para a festa de Santo Agostinho.
Da gló ria e virtude deste Santo. Dos mé ritos de Sã o Francisco e Sã o
Domingos.
CAPITULO 52
Para o Festival da Natividade da Santíssima Virgem.
Exercı́cios para celebrar esta festa com devoçã o. Com que poder a
Santı́ssima Virgem protege aqueles que a invocam; e como podemos
suprir nossas negligê ncias em seu serviço.
CAPITULO 53
Para a Festa da Exaltação da Cruz.
Da exaltaçã o da Cruz. Do amor aos inimigos. Da observâ ncia do jejum
regular. Das verdadeiras relı́quias de Jesus Cristo.
CAPITULO 54
Para a Festa de São Miguel.
Do iel cuidado que os Anjos tê m de nó s, e como devemos honrá -los.
CAPITULO 55
Para a festa das onze mil virgens.
Dos frutos da açã o de graças. Que Deus requer que fruti iquemos Seus
dons. E da Resposta Regnum mundi .
CAPITULO 56
Para a Festa de Todos os Santos.
Das diferentes ordens da Igreja Militante. Como homenagear os Santos
com açõ es de graças, para que possamos participar de seus mé ritos.
CAPITULO 57
Para a festa de Santa Isabel.
Como é agradá vel para os santos que devemos louvar a Deus por sua
causa.
CAPITULO 58
Para a festa de Santa Catarina.
Do mecenato e mé ritos desta Santa.
CAPITULO 59
Para a dedicação de uma igreja.
CAPITULO 60
Para a dedicação de uma capela.
Da presença e graça de Deus nos lugares santos. E como os anjos
suprem nossa obrigaçã o de louvar a Deus.
CAPITULO 61
De uma visã o maravilhosa em que o Santo viu Nosso Senhor celebrando
a Missa.
- PARTE CINCO -
As Revelaçõ es de Santa Gertrudes
Compilado pelas religiosas de seu mosteiro
CAPITULO 1
Como Sã o Mechtilde se preparou para a morte e recebeu a Extrema
Unçã o.
CAPITULO 2
Da feliz morte de Sã o Mechtilde e sua recompensa no cé u. Dos mé ritos e
intercessã o dos Santos. E como oferecer as Cinco Chagas de Cristo
para suprir nossos defeitos.
CAPITULO 3
Da preciosa morte das Irmã s M. e L. Do exato relato feito no Purgató rio
de suas faltas e da recompensa de seus mé ritos.
CAPITULO 4
Como uma desobediê ncia foi expiada por uma doença.
CAPITULO 5
Da feliz morte da Irmã M. A aprovaçã o dessas Revelaçõ es. E os favores
prometidos por seus mé ritos.
CAPITULO 6
Da agonia e morte de MB, e de sua alma abençoada. Como é salutar
ajudar as almas do Purgató rio.
CAPITULO 7
Como as almas de G. e B. foram puri icadas por negligenciar a Con issã o
e por terem prazer nas coisas terrenas.
CAPITULO 8
Da feliz preparaçã o da irmã G. para a morte. Seus desejos fervorosos e
sua gló ria.
CAPITULO 9
As recompensas que o irmã o S. recebeu por sua idelidade e
benevolê ncia.
CAPITULO 10
Como o irmã o Hermann sofreu por obstinaçã o. E da ajuda que pode ser
obtida na outra vida pelas oraçõ es dos santos e dos ié is.
CAPITULO 11
Como o irmã o John foi recompensado por seus labores e punido por
suas faltas.
CAPITULO 12
Como a alma do irmã o The: ( sic ) foi libertada por oraçõ es em
homenagem à s Cinco Chagas.
CAPITULO 13
O que o irmã o F. sofreu por indolê ncia e falta de submissã o. A e icá cia
da oraçã o fervorosa.
CAPITULO 14
Aqueles que perseveraram por muito tempo no pecado nã o sã o
facilmente bene iciados pelas oraçõ es da Igreja e sã o libertados com
di iculdade.
CAPITULO 15
Da oblaçã o da Hó stia. E de oraçõ es pelas almas dos pais falecidos.
CAPITULO 16
Do efeito do Grande Salté rio. Do zelo de Cristo pela salvaçã o das
almas. E como Ele está disposto a ouvir as oraçõ es daqueles que O
amam.
CAPITULO 17
Dos sofrimentos severos de um soldado. E a e icá cia do Grande Salté rio.
CAPITULO 18
Explicaçã o do Grande Salté rio e das Sete Missas de Sã o Gregó rio.
CAPITULO 19
A recompensa de orar pelos mortos. E a puniçã o de desobediê ncia e
detraçõ es.
CAPITULO 20
Do desejo ardente de morte que Nosso Senhor acendeu na alma de
Gertrudes.
CAPITULO 21
Como Gertrude orou pela morte.
CAPITULO 22
Das feridas do amor divino com que o Santo foi paralisado.
CAPITULO 23
Nossos preparativos para a morte nã o sã o esquecidos diante de Deus.
CAPITULO 24
Exercı́cios de preparaçã o para a morte. E devoçã o à Santı́ssima Virgem.
CAPITULO 25
Como nosso Senhor Jesus e todos os Santos consolam as almas dos
justos em seus ú ltimos momentos. E com que amor Nosso Senhor se
comunica aos seus eleitos no Sacramento do Altar.
CAPITULO 26
Do doce repouso de que gozava o Santo; e como ela se satisfez com suas
negligê ncias.
CAPITULO 27
Como a Santa supriu suas negligê ncias ao serviço da Bem-aventurada
Virgem Maria.
CAPITULO 28
Como Gertrudes se preparou para a morte.
CAPITULO 29
Como Nosso Senhor autorizou esta obra.
CAPITULO 30
Oblaçã o desta obra à Gló ria Divina. Conclusã o.
Uma coleção de obras de arte clássicas
Uma Breve Vida de Cristo
Introdutó rio
A con iguraçã o
Nascimento de jesus
Infâ ncia em Nazaré
John The Bapist
Jesus começa seu ministé rio
Jornada à Galilé ia
O Reino e os Apó stolos
Manifestaçõ es do Poder Divino
Falando em pará bolas
Aumentando a popularidade
Morte de Joã o Batista
Milagres dos pã es
O pã o da vida
Peter the Rock
Treinamento dos Doze
Visita a Jerusalé m
Choque com os fariseus
Ministé rio da Judé ia
A Declaraçã o Suprema
Ressurreiçã o de Lá zaro
Ultimos Dias Missioná rios
Banquete em Betâ nia
Domingo de Ramos
Segunda Limpeza do Templo
Dia de perguntas
Judas o Traidor
A ú ltima Ceia
Prisã o e Julgamento
Morte no Calvá rio
Ressuscitado e ainda vivendo
INTRODUÇAO
Um resumo da conhecida apologia de Lanspergius
T
AQUI talvez nã o haja nenhuma Ordem na Igreja que, ao mesmo tempo,
comande nossa admiraçã o e conquiste nosso amor como o da grande
Ordem de Sã o Bento. Até a heresia ofereceu seu pobre meed de elogios
na tentativa de transplantá -lo para um solo estrangeiro, e está disposto
a abrigar sua dé bil imitaçã o da vida religiosa sob o nome do grande
Patriarca do Ocidente, reivindicando um patrono na Igreja, porque
nenhum pode ser encontrado fora de seu campo. Ela se ergue, como
uma loresta primitiva, ao lado do grande rio Tempo - suas raı́zes se
estendem profundas e largas, e formando uma barreira inabalá vel para
as ondas sempre crescentes: seus galhos se estendendo por toda a
parte e alto, proporcionando abrigo e proteçã o nas tempestades mais
selvagens.
Paz e força sã o as caracterı́sticas essenciais de sua Regra e de seus
ilhos; oraçã o e amor, a fonte e o suporte destes, suas gló rias mais
manifestas. E deste espı́rito Santa Gertrudes é a realizaçã o
perfeita; uma Pax vobiscum é soprada na alma em cada revelaçã o e em
cada açã o do maior dos Santos. Sua força é a calma e a bela força da
paz; pois somente a paz perfeita pode existir onde a alma permanece
no Imutá vel e, portanto, nã o pode mais ser abalada pelas rajadas
transitó rias que perturbam o menos perfeito.
Este trabalho foi realizado com sentimentos de afeiçã o
incomum. Existem poucas Ordens na Igreja que nã o devam em algum
grau ao Beneditino, mas nenhuma mais profundamente do que a da
pobre de Assis, que encontrou nos Beneditinos seus primeiros e mais
bondosos apoiadores; e quando sua segunda Ordem foi estabelecida,
foram eles que deram um lar temporá rio e um santo exemplo para a
gentil Clare de Sce i e sua jovem irmã Agnes. Di icilmente podemos
virar uma pá gina da histó ria dos Frades menores ou das Clarissas sem
descobrir como essa bondade foi continuada e aumentada. Que esta
oferenda à grande Ordem de Sã o Bento seja acolhida pelos seus devotos
ilhos como uma humilde mas pobre retribuiçã o pelo seu amor
incansá vel!
Uma recente revisã o do Gertrudenbuch von P. Maurus Wolter , que é
atribuı́do a um Pai da Ordem, entra tã o completamente nos mé ritos
peculiares e na santidade de Santa Gertrudes, que nã o podemos tolerar
um extrato. Oxalá as suas palavras eloquentes e espirituais tivessem
encontrado lugar de descanso menos efé mero do que as pá ginas em
que se insere!
“St. Gertrudes, no sentido mais amplo, era ilha do
claustro. Of icium e sacri icium , as Escrituras e a Liturgia, sã o as duas
asas pelas quais as almas puras voam para Deus na vida moná stica. O
Missal e o Breviá rio sã o as duas fontes de devoçã o litú rgica de onde
podem tirar as á guas puras da vida. Essas á guas e essas asas foram bem
compreendidas e apreciadas na Idade Mé dia; e nos sessenta mil
conventos que enviaram louvores a Deus, sicut incensum in conspectu
ejus , durante a vida de Santa Gertrudes, nã o houve um ser que
compreendeu mais plenamente estes dois meios de perfeiçã o, ou os
transformou em maior vantagem, do que Nosso Santo. Por meio deles
ela se tornou a grosseira Aebtissinn ; por meio deles, dirigida pelo terno
e amoroso espı́rito da Regra, ela se tornou a mais perfeita e marcante
expoente do espírito de Sã o Bento que pode ser encontrado na vida dos
Santos de Deus ”.
Nem é menos eloqü ente ao falar das grandes restauraçõ es, ou
melhor, devemos dizer, avanços, de sua Ordem; de Sã o Martinho,
consagrada mais uma vez aos seus usos ancestrais, onde, pela piedade
da viú va Princesa Catarina de Hohenzollern, os ilhos de Sã o Bento,
com a bê nçã o especial da Santa Sé , levam uma vida de fervor incomum
e devoçã o, sob a orientaçã o de seu santo Prior Dom Wolter; onde a
antiga e milagrosa imagem da Mã e das Dores é venerada mais uma vez
por milhares de peregrinos devotos - e de Solesmes com seu Abade,
cuja fama europé ia pelo aprendizado só é igualada por sua fama
cloistral pela santidade; onde “sessenta monges louvadores de Deus
cantaram juntos o canto do coral gregoriano” na curiosa velha igreja do
mosteiro;1 “Onde a obediê ncia alegre, o amor fraterno e a atençã o
estudiosa para com o hó spede que nunca mais quer sã o lindamente
combinados com, e reforçados por, zelo genuı́no e ardente pela
disciplina eclesiá stica e autoridade, com uma devoçã o à literatura e
uma ansiedade por seu progresso, que pode di icilmente será
superado. ”
A histó ria dos trabalhos do Abade Gueranger quase exigiria um
volume. Talvez sua maior fama eterna e sua recompensa mais brilhante
sejam para o governo de seu mosteiro, as fundaçõ es que ele efetuou e
seus esforços perseverantes, em face da oposiçã o que teria esmagado
qualquer mente comum, ao implantar a Liturgia Romana na França , no
lugar daquilo que, pelo menos, trazia uma tintura de independê ncia da
Santa Sé e um traço de racionalismo.
Lemos no livro de Gê nesis que Adã o e Eva ouviram “a voz do Senhor
Deus caminhando no paraı́so no ar da tarde”. E di icilmente podemos
duvidar que se eles tivessem preservado sua inocê ncia original, o
Criador teria encontrado Seu prazer em conversar com a criatura, e
teria se comunicado contı́nua e familiarmente aos seres aos quais Ele
mesmo deu existê ncia. O pecado impediu a continuaçã o daquilo que
teria constituı́do a maior felicidade do homem; mas onde o pecado é
subjugado e banido da alma por aquela graça vitoriosa que triunfou
sobre a perversidade do homem e fez de sua queda uma ocasiã o de
misericó rdia, aı́ podemos razoavelmente esperar e esperar que tais
favores sejam novamente renovados. O artista adora contemplar a
criaçã o de seu gê nio; o poeta, para meditar sobre a prole de sua
fantasia; o iló sofo, para re letir sobre as descobertas de seu intelecto; o
artı́ ice, para admirar as obras de suas mã os; a mã e encontra sua
alegria nas simples afeiçõ es dos ilhos; a noiva, seu ú nico prazer nas
carı́cias de seu noivo. Cada um ama com uma afeiçã o especial aquilo
que emana de seu gê nio, ou que está tã o unido a ele por laços de
consanguinidade que faz parte de seu ser. E deve-se supor que o grande
Pai é menos amoroso do que Seus ilhos; que Aquele que escondeu
alguns, escolhido entre muitos, para serem Suas noivas, irá amá -los
menos, e encontrar menos prazer em conversar com eles, do que
aqueles em quem Ele mesmo implantou os sentimentos profundos e
ardentes do amor terreno?
Nó s sabemos quã o livremente nosso Divino Senhor conversou com
Seus discı́pulos quando na terra; e podemos encontrar uma semelhança
notá vel entre este inverso, conforme registrado nos santos Evangelhos,
e o que encontramos nas Revelaçõ es de Santa Gertrudes. Ele os instruiu
por pará bolas; e essas pará bolas eram notá veis por sua simplicidade e,
se podemos usar o termo, por sua simplicidade. O reino dos cé us é
comparado a um chefe de famı́lia: onde encontraremos uma
comparaçã o mais comum? E comparado ao fermento: o que é mais
familiar? E descrito como um tesouro escondido em um campo: o que é
mais simples? E, no entanto, essas comparaçõ es comuns, familiares e
simples sã o explicadas em palavras como comuns e simples. Veremos
isso nas Revelaçõ es deste Santo; e mesmo que as instruçõ es dadas aos
apó stolos nã o se destinassem exclusivamente a eles, també m nosso
amoroso Mestre permite que conheçamos e sejamos instruı́dos por
aquilo que Ele concedeu comunicar a um de Seus santos mais
abençoados.
Depois de Sua Ressurreiçã o, nã o encontramos nenhuma mudança
em Sua maneira de se dirigir aos discı́pulos, a menos que, de fato, haja
uma ternura mais profunda em Suas palavras e açõ es. Ele está ansioso
para que eles comam quando estiverem cansados de sua longa e
infrutı́fera labuta noturna, e Ele mesmo provê sua refeiçã o; porque
quando eles vê m para a terra, eles vê em "brasas acesas, e um peixe
colocado sobre ela, e pã o." Ah! Quem, a nã o ser Jesus, teria essas “brasas
quentes” prontas e fornecido nã o apenas o alimento necessá rio, mas
até mesmo o luxo do fogo? E assim descobrimos na vida desta querida
Santa, que ela també m é muitas vezes convidada para refeiçõ es
mı́sticas, onde nã o seu corpo, mas sua alma é alimentada, e nã o
somente sua alma, mas també m as almas de todos aqueles que sã o
privilegiados. para ler ou ouvir sobre esses misteriosos banquetes.
E, no entanto, ao ler a vida daqueles santos que foram favorecidos
com comunicaçõ es ı́ntimas de seu cô njuge, existem poucas pessoas
que nã o selecionam, com base nos princı́pios mais arbitrá rios - ou
melhor, sem nenhum princı́pio - certas circunstâ ncias que consideram
imprová veis, e certas comunicaçõ es que eles consideram imprová veis
ou mesmo irracionais; e estes eles rejeitam e condenam, enquanto eles
acreditam e aceitam o que parece possı́vel ou verdadeiro para seu
julgamento. Mas quem limitará a condescendê ncia de um Deus que
morreu de amor? Quem dirá que Ele pode condescender até agora com
Suas criaturas, mas nã o mais? Quem dirá que Ele pode se comunicar
desta maneira, mas nã o daquela? Quem se aventurará a estabelecer
regras para o Espı́rito, que "sopra onde quer?"2“Quem entre os homens
é aquele que pode conhecer o conselho de Deus? Ou quem pode pensar
qual é a Vontade de Deus? Pois os pensamentos dos homens mortais
sã o amedrontadores e nossos conselhos, incertos. Pois o corpo
corruptı́vel é um fardo sobre a alma, e a habitaçã o terrestre pressiona a
mente que medita sobre muitas coisas. E di icilmente adivinhamos as
coisas que estã o na terra: e com trabalho encontramos as coisas que
estã o diante de nó s. Mas as coisas que estã o no cé u, quem as
investigará ? E quem conhecerá o teu pensamento, se nã o deres
sabedoria e enviares o teu Espı́rito Santo do alto? ”3
Nã o, antes ouçamos com temor reverente quando Deus nos permite
o favor de ouvir essas benditas comunicaçõ es que Ele tem o prazer de
fazer à queles a quem admitiu ter esta intimidade singular com Ele
mesmo. Se temos o privilé gio de ter patronos que ocupam cargos
elevados na corte, aproveitemos com gratidã o sua condescendê ncia em
nos admitir na intimidade do Rei, em nos permitir o privilé gio de
sermos participantes de Seus conselhos mais ocultos e de saber, como
somente Seu amado pode, os segredos de Seu amor. E notá vel que
somente aqueles a quem Deus favoreceu com uma intimidade mais do
que comum foram invariavelmente distinguidos pela
simplicidade. Quer seja porque o Todo-Poderoso deseja confundir a
sabedoria dos sá bios, admitindo aqueles a quem eles possam desprezar,
a uma participaçã o em Seus mais notá veis favores, ou se é que esses sã o
mais peculiarmente adequados para serem recipientes de Sua graça,
nó s nem mesmo conjeturaria; no entanto, essa parece ser a regra
comum da vida espiritual.
Talvez poucos, se é que algum, foram tã o favorecidos com a
intimidade de Nosso Senhor como o Santo de quem escrevemos. A
ausê ncia dele foi um caso excepcional, a presença dele o prazer
comum. Os sussurros de Seu amor eram ouvidos igualmente na
quietude da noite, na salmodia do coro, nos deveres comuns da vida
religiosa e nos momentos menos aceitá veis e mais provadores passados
em conversa com estranhos. A pomba parecia sempre sussurrar em sua
alma; ou melhor, nã o poderı́amos dizer que ela sempre esteve no
Coraçã o Ferido de seu Esposo - o verdadeiro lar de Seus entes
queridos; e lá que outra fala poderia cair em seus ouvidos atentos,
exceto os acentos daquela voz, cujo murmú rio mais baixo arrebata o
pró prio Sera im em transe de louvor extá tico?
E quando Jesus se compromete a falar como amigo de seu amigo -
ou melhor, como esposa de sua noiva - por que devemos nos
surpreender que Sua conversa seja daquela natureza familiar e terna
que caracteriza o amor humano que Ele sancionou, e que se tornou
puro e santo desde que Ele, por meio de Sua Igreja, o elevou à dignidade
de um Sacramento? Nã o, muito antes dessa elevaçã o e dignidade serem
concedidas ao amor humano, tal relaçã o - mesmo em um volume
inspirado - é considerada uma tipi icaçã o daquilo que existe entre a
alma e Deus.
As palavras: "Meu amor, minha pomba, minha linda!" foram
dirigidos à noiva muito antes de o Noivo aparecer como o Deus
Encarnado. E por que, quando Ele concedeu se tornar homem, quando
Ele participou das dores humanas e santi icou as afeiçõ es humanas - oh,
por que Seu sotaque seria menos amoroso ou Sua voz soaria menos
doce aos ouvidos? Quando o dia amanhecer e as sombras passarem,
nã o deveremos nó s també m ouvir aqueles acentos, e contemplar aquele
rosto, e obter alguma parte desses favores, que mesmo aqui sã o
concedidos a almas mais puras e santas?
As Revelaçõ es de Santa Gertrudes de fato diferem, ou sã o
distinguidas acima, daquelas de outros santos, na familiaridade e
frequê ncia dessas comunicaçõ es celestiais. Nã o devemos ler sobre
milagres maravilhosos, voos extá ticos, arrebatamentos prolongados,
anú ncios profé ticos, embora tais eventos sejam registrados
ocasionalmente; a Santa - se nos é permitido a expressã o - vivia em casa
com o Esposo; e, portanto, sua vida foi uma sucessã o contı́nua e quase
ininterrupta dos mais elevados estados de vida espiritual.
Se fosse necessá rio um pedido de desculpas pelos termos familiares
em que essa relaçã o sexual é descrita por ela mesma no ú nico livro
precioso em que ela registra esses favores, ou por outros, na
continuaçã o do assunto por um de seus religiosos, poderı́amos
facilmente citar muitas passagens , mesmo da Escritura, onde tais
expressõ es sã o usadas e, portanto, sancionadas. Se for objetado que os
freqü entes abraços de amor que ela recebeu de seu esposo sã o um
sı́mbolo muito familiar de ternura de um Deus para com Sua criatura,
lembremo-nos de que Ele permitiu que Madalena beijasse Seus pé s, e o
amado Apó stolo se deitasse sobre Seus seio. Ele ainda nã o é Homem, e
Seu Coraçã o Humano ainda nã o nos ama com um amor humano? Por
que, entã o, a condescendê ncia que o Filho de Deus praticou quando na
terra nã o pode ser continuada por Ele quando no cé u? Por que, se Ele
estava satisfeito por Seus pé s serem beijados e ungidos por um pecador
arrependido, Ele nã o deveria aceitar o amor daqueles que realizam
espiritualmente uma devoçã o que nã o podem realizar
corporalmente? E por que deverı́amos supor que a Fonte do Amor
deveria ser menos amorosa do que os pobres pequenos canais pelos
quais Ele permite que a impetuosa torrente de Sua caridade lua -
canais que servem apenas para esfriar aquela fonte que em sua fonte
nunca cessou de arder?
Se nosso amor fosse puri icado - se nã o tivé ssemos mancha carnal
em nossas afeiçõ es - se a trilha viscosa da serpente nã o tivesse
manchado e escurecido dentro de nó s o dom mais precioso de Deus,
aquilo que Ele declara ser - nã o deverı́amos duvidar tã o facilmente ou
nã o gosto dessas manifestaçõ es maravilhosas de Sua mais maravilhosa
caridade. Por que nã o deveria a virgem Gertrudes repousar em ê xtase
mı́stico sobre o seio de Jesus, quando o pró prio Jesus a cada dia permite
que aqueles que sã o incomparavelmente menos dignos se recebam
dentro deles?
Mas chega disso. Antes, desculpemo-nos por nossa frieza em crer do
que pelo amor de Deus em doar; e vamos agradecê -Lo por ter
encontrado almas, mesmo na terra, que O permitirã o amar como Ele
deseja amar; que irá , tanto quanto as criaturas podem, amar como Ele
pede para ser amado.
“Gostaria que os homens pudessem ser persuadidos a estudar Santa
Gertrudes mais do que o fazem”, foi a exclamaçã o de algué m cuja
pró pria alma nã o queimava com nenhum amor comum. E por que ele
deseja isso? Por causa de seu espı́rito brilhante, livre e alegre; porque
ela amou a Deus tã o pura e inteiramente, que as estreitas descon ianças
daqueles que O amam menos nunca por um instante encontraram lugar
em sua alma abençoada. Um coraçã o amoroso sempre será um coraçã o
agradecido; e assim o incenso contı́nuo de açã o de graças que ascendeu
do coraçã o de Gertrudes diante do Trono Eterno era apenas o aroma
fragrante do amor que queimava cada dia mais profundo e mais
brilhante dentro dela.
PROPAGANDA
PARTE UM
A Vida de Santa Gertrudes
Com base em vá rias fontes
(conforme explicado no "Anú ncio" aqui)
CAPITULO 1
O nascimento e a linhagem do Santo. Sua dedicaçã o inicial a Deus. Dons
intelectuais. Comunicaçõ es divinas a respeito de sua santidade. Nosso Senhor
declara que encontra descanso e repouso em seu coraçã o. Deseja que uma
pessoa santa o busque ali.
O sé culo XIII foi marcante para o mundo e para a Igreja. Seu inı́cio
encontrou as grandes ordens de Sã o Domingos e Sã o Francisco
estabelecidas em quase todas as cidades da Europa, já conquistando as
coroas de má rtir, e contando seus trofé us conquistados para o Cordeiro
à s centenas e aos milhares. Santa Isabel da Hungria santi icou um
palá cio e edi icou uma naçã o com sua virtude heró ica e sua resignaçã o
mansa na adversidade. Sã o Tomá s de Aquino e o será ico Sã o
Boaventura haviam legado à Igreja tais tesouros que nunca antes
haviam sido con iados à sua guarda. Sã o Luı́s morreu vı́tima de seu
amor por Jesus cruci icado e de sua tristeza porque a terra onde seu
Senhor havia morrido fosse saqueada pelos pagã os e contaminada
pelos in ié is. Foi, na verdade, um sé culo de santos e de santos de nota
mais do que comum; no inal deste sé culo, como um presente de
coroaçã o, veio a grande e bela Santa Gertrudes, cuja histó ria foi muito
pouco conhecida entre nó s, enquanto o seu pró prio nome recebe uma
homenagem contı́nua de amor reverente.
A ilustre abadessa beneditina nasceu em Eisleben, pequena cidade
do condado de Mans ield, em 6 de janeiro de 1263;1e assim, como foi
felizmente observado, uma estrela de brilho incomum foi dada à Igreja
no dia em que aquela Igreja foi misticamente guiada por uma estrela ao
seu Deus Encarnado. Diz-se que a famı́lia dos Condes de Lachenborn
era quase parente da famı́lia imperial da Alemanha; mas qualquer que
seja sua posiçã o ou dignidade, todas as lembranças distintas dela há
muito já se foram, e só agora sã o lembrados como ilustres por causa da
santidade insuperá vel de seu ilho ilustre. Bucelinus, em seu Aquila
Imperii Benedictini , apresenta uma á rvore genealó gica da famı́lia dos
Condes de Hackeborn, começando com o pai do Santo e concluindo
com “ Fredericus, Dominus et Comes in Hackeborn, familiae suae
ultimus ”; mas nã o há data para determinar quando esse conde, o
“ú ltimo de sua famı́lia”, faleceu. Quando a Santa atingiu seu quinto ano,
foi colocada na famosa Abadia Beneditina de Rodersdorf, na diocese de
Halberstadt, onde logo se juntou a ela sua irmã mais nova, Mechtilde.2
Aqui, sob o cuidadoso treinamento das Damas Beneditinas - que
entã o, como agora, se devotaram com incansá vel solicitude e mais do
que habilidades intelectuais comuns, à educaçã o daqueles con iados a
seus cuidados - a jovem Condessa de Lachenborn avançou em
sabedoria e aprendizado , humano e divino.
Os elevados dons intelectuais com que Santa Gertrudes foi dotada
tiveram as mais amplas vantagens para o seu desenvolvimento. Em
tenra idade, ela era su icientemente familiarizada com a lı́ngua latina
para ler e conversar nessa lı́ngua; sua leitura era extensa para uma
é poca em que a literatura se limitava a manuscritos em pergaminho e
instruçõ es orais. Na verdade, sua devoçã o à s atividades literá rias -
embora fossem da melhor e mais pura espé cie, visto que as Escrituras,
os Padres e outras obras teoló gicas eram seu principal estudo - parecia,
a princı́pio, provavelmente um obstá culo para seu avanço espiritual. No
entanto, tudo foi dominado por in inito amor e in inita sabedoria. Seus
escritos deveriam ser o tesouro da Igreja em todas as é pocas, embora,
como estrelas em um cé u tempestuoso, sua luz possa icar por algum
tempo oculta dos homens, apenas por acaso para brilhar mais
gloriosamente quando eles tiverem emergido dessa obscuridade
passageira.
O aprendizado secular pode envolver a joia, mas nã o pode produzi-
la; ele poderia realçar a beleza do riacho puro e cintilante, desviando
seu curso por um canal mais cultivado, mas nã o poderia produzir o
pró prio riacho. E agora a Esposa das virgens começou a falar ao coraçã o
de Seu escolhido, e a retirá -la daquelas ocupaçõ es exteriores, nã o mais
necessá rias para o cultivo mental, para que ela pudesse ouvir sem
distraçã o ou impedimento aqueles sussurros de Seu amor que nó s
també m , apesar de nossa indignidade, temos permissã o para ouvir e
desfrutar.
A pró pria Santa nos informou quando e como a primeira dessas
comunicaçõ es celestiais foi concedida a ela. Foi na segunda-feira, 25 de
janeiro, “no inal do dia, a luz das luzes veio para dissipar a obscuridade
de suas trevas e iniciar sua conversã o”. E Jesus veio, como Ele vem
principalmente para Seus entes queridos, enquanto ela realizava um
ato de humildade e obediê ncia - recusando-se a um antigo religioso
para cumprir uma observâ ncia conventual e, sem dú vida, nã o por mero
costume habitual, mas com profunda e humilde reverê ncia por um
esposa de Cristo, a quem ela considerava incomparavelmente superior
em virtude e santidade.
Suas irmã s nã o demoraram a perceber que sua companheira era
especialmente favorecida pelo cé u. Uma religiosa, que há muito sofria
das mais dolorosas tentaçõ es, foi avisada em um sonho que pedisse
alı́vio a Gertrude e se recomendasse à s suas oraçõ es. No momento em
que ela obedeceu a essa injunçã o, a tentaçã o cessou. Outra, que temia
comunicar-se sob um julgamento semelhante e ainda mais urgente,
obteve um bocado de pano que tinha sido usado pela Santa e,
colocando-o perto do seu coraçã o, implorou a Nosso Senhor que a
libertasse pelos mé ritos de Gertrudes. O favor foi concedido, e a partir
daquele momento ela nunca mais sofreu da mesma tentaçã o. Parece, de
fato, que Gertrudes foi especialmente designada pela Providê ncia para
ajudar os outros, mesmo durante sua vida, por seus mé ritos e
intercessã o, bem como pelo dom de conselho com o qual ela foi
singularmente favorecida.
Uma pessoa cuja santidade havia se manifestado por muito tempo, e
que era especialmente favorecida pelas comunicaçõ es divinas, veio de
um paı́s distante ao mosteiro para obter uma entrevista com o
Santo. Como ela nã o conhecia nenhum religioso pessoalmente, ela orou
para que quem mais bene iciasse sua alma com a conversa fosse
enviado a ela. Foi-lhe entã o comunicado que quem viesse e ocupasse o
seu lugar ao lado dela seria realmente o mais amado de Deus e o mais
santo entre os religiosos. Em sua chegada, Santa Gertrudes veio a
ela; mas ela escondeu tã o bem qualquer aparê ncia de santidade, e
escondeu a luz sobrenatural com a qual ela foi favorecida, que o
estranho imaginou que ela tinha sido enganada e novamente orou como
ela havia feito antes. A mesma resposta foi mais uma vez concedida a
ela, e ela foi assegurada de que este era realmente o religioso tã o
querido por Deus. Pouco depois, o visitante teve uma longa entrevista
com Sã o Mechtilde, cuja conversa ela preferia muito e cuja santidade
era mais evidente. Novamente ela “inquiriu a Deus” e perguntou por
que Santa Gertrudes era preferida a sua irmã . Nosso Senhor respondeu
que Ele realmente operou grandes graças em Mechtilde, mas em
Gertrudes Ele operou, e ainda operaria, muito maiores.
Outra pessoa de grande santidade, que rezava pela Santa, sentiu por
ela um impulso singular de afeto, que ela considerou sobrenatural. “O
Amor Divino!” ela exclamou: "O que é que vê s nesta virgem que te
obriga a tê -la tanto em alta estima e a amá -la tanto?" Nosso Senhor
respondeu: “Só a minha bondade me obriga; visto que ela conté m e
aperfeiçoa em sua alma aquelas cinco virtudes que mais me agradam e
que eu coloquei nelas por uma liberalidade singular. Ela possui pureza,
por uma in luê ncia contı́nua da Minha graça; ela possui humildade, em
meio à grande diversidade de dons que eu lhe dei - pois quanto mais eu
a exerço, mais ela se rebaixa; ela possui uma verdadeira benignidade, o
que a faz desejar a salvaçã o do mundo inteiro para Minha maior
gló ria; ela possui uma verdadeira idelidade, espalhando no exterior,
sem reservas, todos os seus tesouros para o mesmo im. Finalmente, ela
possui uma caridade consumada; porque ela me ama com todo o seu
coraçã o, com toda a sua alma e com todas as suas forças; e por amor a
Mim, ela ama seu pró ximo como a si mesma. ”
Depois de Nosso Senhor ter falado assim a esta alma, Ele mostrou a
ela uma pedra preciosa em Seu coraçã o, na forma de um triâ ngulo, feito
de trevos, cuja beleza e brilho nã o podem ser descritos; e Ele disse a
ela: “Sempre uso esta joia como garantia do afeto que tenho por Meu
esposo. Eu iz desta forma, para que toda a corte celestial possa saber
pelo brilho da primeira folha que nã o há criatura na terra tã o querida
para Mim como Gertrudes, porque nã o há ningué m neste momento
entre a humanidade que esteja unida a Mim tã o intimamente quanto
ela é , seja por pureza de intençã o ou por retidã o de vontade. Eles verã o
pela segunda folha que nã o há alma ainda presa pelas correntes de
carne e sangue a quem estou disposto a enriquecer com Minhas graças
e favores. E verã o no esplendor da terceira folha que nã o há quem se
re ira apenas à Minha gló ria os dons recebidos de Mim com tanta
sinceridade e idelidade como Gertrudes, que, longe de querer
reivindicar o mı́nimo para si, mais deseja ardentemente que nada
jamais será atribuı́do a ela. ” Nosso Senhor concluiu esta revelaçã o
dizendo à pessoa santa a quem assim condescendeu em falar das
perfeiçõ es de nosso Santo: “Nã o me encontrareis em nenhum lugar em
que me agrade mais, ou que seja mais adequado para mim, do que em o
Sacramento do Altar, e depois, no coraçã o e na alma de Gertrudes,
Minha bem-amada; pois em relaçã o a ela todos os meus afetos e as
complacê ncias do meu amor divino se voltam de maneira singular. ”3
Em outra ocasiã o, um devoto que rezava pelo Santo ouviu estas
palavras: “Aquela por quem tu oras é minha pomba, que nã o tem dolo,
porque rejeita de coraçã o toda a astú cia e amargura do pecado. Ela é
Meu lı́rio escolhido, que amo levar em Minhas mã os, pois é Meu deleite
e Meu prazer repousar na pureza e inocê ncia desta alma casta. Ela é
Minha rosa, cujo cheiro é doce por causa de sua paciê ncia em todas as
adversidades e da açã o de graças que ela continuamente me oferece,
que sobe diante de Mim como os mais doces perfumes. Ela é aquela lor
primaveril que nunca murcha e que tenho prazer em contemplar,
porque guarda e manté m continuamente no seio um desejo ardente
nã o só por todas as virtudes, mas pela perfeiçã o má xima de todas as
virtudes. Ela é como uma doce melodia que arrebata os ouvidos dos
bem-aventurados; e esta melodia é composta de todos os sofrimentos
que ela suporta com tanta constâ ncia ”.
Um pouco antes da Quaresma, enquanto Gertrudes lia uma palestra
para a comunidade, segundo o costume da Ordem, ela repetiu duas
vezes estas palavras: “Amará s o Senhor teu Deus de todo o coraçã o, e de
toda a tua alma, e com toda a tua força. " ( Deuteronômio 6: 5). A Santa
vivia numa comunidade de santos, onde mais de uma alma favorecida
era concedida à comunhã o ı́ntima e frequente com o seu esposo. Uma
irmã , tocada pela devoçã o com que essas palavras foram pronunciadas,
orou para que Aquele que tanto amava Gertrudes e a ensinara a amá -lo
tanto, se dignasse transmitir a ela a mesma liçã o bendita. Nosso Senhor
respondeu: “Eu a carrego em Meus braços desde a infâ ncia. Eu a
preservei em sua pureza e inocê ncia batismal, até que ela, por sua
pró pria livre escolha e vontade, se entregou a Mim inteiramente e para
sempre; e como recompensa pela perfeiçã o de seus desejos, eu, em
troca, me entreguei inteiramente a ela. Tã o agradá vel é esta alma para
mim, que quando sou ofendido pelos homens, muitas vezes entro nela
para repousar e faço-a suportar algumas dores de corpo ou de mente,
que in lijo-lhe pelos pecados dos outros; e ao aceitar este sofrimento
com a mesma açã o de graças, humildade e paciê ncia com que recebe
tudo o que vem de mim, e oferece-o a mim em uniã o com os meus
sofrimentos, ela apazigua a minha ira e obriga a minha misericó rdia a
perdoar, por ela, um nú mero imenso de pecadores. ”
Em outra ocasiã o, tendo Gertrudes pedido humildemente as
oraçõ es de uma irmã , a religiosa acatou seu pedido, e enquanto rezava
pela Santa, ouviu estas palavras: “As faltas que aparecem em Gertrudes
podem antes ser chamadas de degraus de perfeiçã o, pois seria Seria
quase impossı́vel que a fraqueza humana pudesse ser preservada dos
sopros da vangló ria, em meio à abundâ ncia de graças que
continuamente opero nela, se suas virtudes nã o estivessem escondidas
de seus olhos sob os vé us e sombras de defeitos aparentes. Assim,
assim como a terra produz uma colheita mais rica e abundante na
proporçã o em que o trabalhador foi cuidadoso em adubá -la, a gratidã o
de Gertrudes Me dá frutos mais ricos, quanto mais a faço ver sua
pró pria fraqueza. E por isso que permito nela diferentes imperfeiçõ es,
pelas quais ela se encontra em estado de contı́nua humilhaçã o,
enviando-lhe uma graça particular para cada uma, com a qual ela as
apaga todas da Minha vista; e chegará o tempo em que transformarei
esses defeitos em tantas virtudes, para que sua alma brilhe diante de
mim como um sol glorioso ”.
Quais foram esses defeitos, nã o nos é dito. A paciê ncia do Santo na
doença e nas provaçõ es era inalterá vel; sua caridade para com as irmã s
abundava com cada necessidade de seu exercı́cio; e sua santidade era
evidente em cada açã o de sua vida santa. Um dom especial de profecia
ou presciê ncia capacitou-a a dar conselhos com prontidã o e a maior
sabedoria nas ocasiõ es mais importantes. Quando esses dons se
tornaram conhecidos, o mosteiro era freqü entemente visitado por
todas as classes de pessoas, que iam conversar com ela sobre assuntos
espirituais ou obter conselho nas di iculdades. Seu estudo profundo da
Sagrada Escritura e dos Padres agora deu frutos abundantes, e foi
observado que ela teve uma felicidade singular, e sem dú vida enviada
do Cé u, ao aplicar o que havia lido e guardado em sua memó ria à s
necessidades espirituais de aqueles com quem ela conversou.
Deus e a salvaçã o das almas - esse era o ú nico objetivo de sua vida, o
im de cada açã o. Por sua humildade, ela se convenceu totalmente de
que as graças maravilhosas que lhe foram concedidas foram dadas
apenas para os outros. Essa ilusã o sagrada serviu a dois ins
importantes - salvou-a de toda tentaçã o de complacê ncia espiritual e a
induziu a transmitir gratuitamente a outros o conhecimento das
revelaçõ es e outros favores que lhe foram concedidos. Ela era
simplesmente, de acordo com sua pró pria ideia, um canal da graça
divina para outros; e acreditando ser este o seu im, ela nã o poupou
tempo nem trabalho para a sua concretizaçã o. Freqü entemente, seu
descanso era encurtado e sua comida esquecida quando as almas
exigiam tempo ou pensamentos ansiosos. “Nã o satisfeita nem com isso,
muitas vezes ela se privava da doçura da contemplaçã o quando era
necessá rio socorrer o tentado, consolar o a lito, ou, o que ela desejava
acima de tudo, acender e aumentar o fogo do amor divino em qualquer
alma. Pois assim como o ferro, quando colocado no fogo, torna-se ele
mesmo como fogo, assim esta virgem, ardendo de amor, parecia ser
toda amor, tanto zelo tinha ela pela salvaçã o de todos ”.
Ela acreditava que Deus seria realmente glori icado assim, e que
Seus dons seriam assim multiplicados cem vezes; “Ela estava
absolutamente convencida de que nã o recebia nada para si mesma, mas
que tudo era para a salvaçã o dos outros. Ela nunca viu ningué m a quem
nã o considerasse melhor do que ela, e foi por isso que ela estava tã o
convencida de que Deus receberia mais gló ria pela comunicaçã o de
Suas graças a eles. Ela acreditava que eles mereciam mais por um ú nico
pensamento, por sua mera inocê ncia, até mesmo por sua pureza de
coraçã o, do que ela poderia fazer por todos os seus poderes mentais ou
dons espirituais. ” Podemos nos maravilhar que um vaso tã o vazio de si
mesmo tenha sido enchido até transbordar com Deus? - que o "perfume
do unguento" deveria ter permanecido por tantas centenas de anos na
casa de Deus, e que ainda oferece refrigé rio e consolo para suas esposas
escolhidas, e para as almas mais santas? Que este pobre esforço para
estender a doçura daquele perfume seja para Sua honra e gló ria, para
honra deste Santo Santo e para refresco dos pequeninos de Jesus!
CAPITULO 2
Santa Gertrudes prevê a eleiçã o de Adolphus de Nassau. Acalma os medos das
irmã s, que esperam sofrer uma perda temporal. Sua eleiçã o como
abadessa. Remoçã o para Heldelfs. Revelaçõ es de sua santidade. Nosso Senhor
aparece para ela levando a casa da religiã o. Sua generosidade de espı́rito.
eu
CAPITULO 4
Ela pede a Sã o Mechtilde que ore por ela. Nosso Senhor está satisfeito com sua
paciê ncia e brandura. Ele declara que mora nela; e esconde suas imperfeiçõ es.
CAPITULO 5
A Santa como Abadessa. Ternura para com os outros. Cuidar dos enfermos. Sua
ú ltima doença. Valor do sofrimento. Ela está proibida de renunciar ao
cargo. Nosso Senhor aceita como feito a Si mesmo o que é feito por ela. St.
Lebuin.
UMA
CAPITULO 6
Suas ú ltimas palavras. Devoçã o ao Ofı́cio Divino. Ternura para seus ilhos
espirituais. Nosso Senhor aparece para ela em sua agonia. Promete recebê -la
como Ele recebeu sua mã e abençoada. Os anjos a chamam para o paraı́so.
CAPITULO 7
A morte dela. De suas alegrias eternas. Nosso Senhor consola suas
religiosas. Revelaçõ es de sua santidade. Reza para que seus religiosos sejam
consolados em seu tú mulo. Suas exé quias. Nosso Senhor abençoa seu tú mulo.
CAPITULO 8
Favores concedidos no sepultamento da Santa. Almas liberadas por sua
intercessã o. Como Nosso Senhor juntou um lı́rio. De medo na ú ltima
agonia. Purgató rio na doença. E icá cia das oraçõ es pelos mortos.
UMA
CAPITULO 9
Feliz morte de outro religioso. Nosso Senhor recompensa especialmente sua
caridade para os outros. Purgató rio na doença. Como Nosso Senhor puri icou
um religioso moribundo. E icá cia das oraçõ es pelos que partiram. Das Missas
pelos Mortos. Recompensa de fervor ao sofrer.
UMA
Pouco depois morreu MAIS nenhum religioso, que desde a infâ ncia foi
especialmente devoto da Mã e de Deus. Depois de ter recebido os
ú ltimos sacramentos, e aparecendo quase morta, deu uma edi icaçã o
singular à religiosa pelo carinho e compunçã o com que beijou as feridas
de um cruci ixo que lhe foi apresentado, dirigindo-se a ele com as mais
ternas palavras. Depois de proferir as mais ardentes e fervorosas
exclamaçõ es de perdã o de seus pecados, para a proteçã o de seu esposo
em seus ú ltimos momentos, e para a ajuda da Santı́ssima Virgem, dos
Anjos e dos Santos, suas forças se esgotaram e ela passou como em um
sono tranquilo para sua recompensa eterna. Enquanto a comunidade
recitava as oraçõ es usuais pelo repouso de sua alma, Nosso Senhor
apareceu a uma religiosa com a falecida nos braços, dizendo-lhe
carinhosamente: "Você me conhece, minha ilha?" Entã o aquela que foi
favorecida com esta visã o orou para que Nosso Senhor recompensasse
especialmente aquela alma por sua caridade humilde e e icaz em tê -la
servido em muitas ocasiõ es, e por ter sido especialmente zeloso em
prestar serviço à queles religiosos que eram santos e devotados a Deus,
para que ela compartilhe de seus mé ritos e graças. Nosso Senhor,
portanto, apresentou Seu Coraçã o dei icado a ela, dizendo: “Beba
gratuitamente de Mim uma recompensa por tudo o que izeste na terra
pelos Meus eleitos”.
No dia seguinte, na Missa, a alma apareceu como se estivesse
sentada no seio de Nosso Senhor, e Sua Santı́ssima Mã e apareceu para
alegrar esta alma comunicando os seus mé ritos. Isto acontecia
especialmente enquanto a comunidade recitava para ela o Salté rio, com
a Ave Maria , de modo que a cada palavra a Mã e de Nosso Senhor
aparecia para fazer presentes a esta alma, que os recebia para
aumentar o seu mé rito perante Deus. Enquanto oravam assim, a
religiosa desejava muito saber quais as faltas que a defunta havia
cometido, das quais foi necessá rio puri icá -la antes de sua morte, e
rogou a Deus que lhe izesse isso conhecido. Como sua oraçã o foi o
resultado de uma inspiraçã o divina, e nã o de uma curiosidade ociosa,
ela foi ouvida; e Nosso Senhor respondeu: “Ela teve alguma
complacê ncia em seu pró prio julgamento; mas puri iquei-a disso,
fazendo-a morrer antes que a comunidade terminasse as oraçõ es que
estavam fazendo por ela. Isso a incomodava muito, porque ela temia
que fosse um obstá culo para sua felicidade, privando-a da ajuda que
esperava obter das oraçõ es de outros. ”
A isso os religiosos responderam: “Senhor, nã o poderia ela ter sido
puri icada disso pelos sentimentos de compunçã o que teve ao implorar
o perdã o por todos os seus pecados no ú ltimo momento de sua
vida?” Nosso Senhor respondeu: “Esta contriçã o geral nã o foi su iciente
porque ela ainda tinha alguma con iança em seu pró prio julgamento e
nã o era perfeitamente dó cil para aqueles que a instruı́am; e, portanto,
era necessá rio que ela fosse puri icada por este sofrimento. ” Ele
acrescentou: "Ela també m precisava de puri icaçã o por ter à s vezes
negligenciado a graça da Con issã o, mas Minha bondade remeteu essa
falha a ela por causa de algumas pessoas que honro com Minha
amizade, e de outros que estavam encarregados dela, e para o dor e
morti icaçã o que causei a ela, obrigando-a a se confessar contra sua
inclinaçã o no dia de sua morte; e entã o eu a perdoei por todas as
omissõ es pelas quais ela foi culpada neste assunto. ”
Na missa, quando cantaram no ofertó rio Hostias ac preces ,24Nosso
Senhor elevou a mã o direita e dela irradiou uma luz maravilhosa, que
iluminou todo o Cé u, mas especialmente esta alma, que estava no seio
de Nosso Senhor. Entã o os santos se aproximaram, cada um de acordo
com sua classe, e colocaram seus mé ritos como uma oferta no peito de
Jesus para suprir as de iciê ncias dessa alma. As religiosas sabiam que
agiam assim porque, quando aquela alma estava na terra, ela
costumava orar para que os santos dessem essa assistê ncia à s almas
dos falecidos. Os santos entã o testemunharam seu afeto por ela,
esforçando-se por aumentar sua felicidade, e as virgens a acariciaram
especialmente, como tendo, em comum com elas, a excelente graça da
virgindade.
Noutra ocasiã o, quando as religiosas rezavam por esta alma, com
poucas mas ardentes palavras, pareceu-lhe que todas as suas palavras
estavam gravadas no seio de Jesus, e ali formavam tantas janelinhas
que se abriam para o Coraçã o de Jesus. Entã o ela ouviu Nosso Senhor
dizer a esta alma: “Olhe atravé s do Cé u e veja se há alguma graça nos
Santos que você desejaria ter, e retire-a do Meu Coraçã o atravé s destas
pequenas aberturas”. A religiosa sabia, alé m disso, que cada oraçã o
feita com devoçã o por ela produzia o mesmo efeito. Na Elevaçã o da
Hó stia, Nosso Senhor apareceu para apresentar Seu corpo sagrado a
esta alma, sob a forma de um cordeiro imaculado; tendo abraçado com
devoçã o, ela mudou totalmente neste abraço porque ela obteve novas
alegrias e um conhecimento mais claro da Divindade. Em seguida, as
religiosas imploraram que ela orasse por aqueles que estavam sob sua
orientaçã o, e ela respondeu: “Eu orarei por eles, mas nã o posso desejar
nada, exceto o que vejo para estar em conformidade com a Vontade de
meu amado Senhor”. Os religiosos responderam: “Nã o é vantajoso para
eles ter esperança nas suas oraçõ es?” Ela respondeu: “Será de grande
valia para Nosso Senhor ver seu desejo sincero por nossa
intercessã o.” “Mas”, continuou o religioso, “você nã o pode orar
especialmente por seus amigos especiais, se eles nã o pediram suas
oraçõ es?” Ela respondeu: “Nosso Senhor, por Sua in inita caridade,
concede-lhes favores particulares por nossa causa”. “Sendo este o caso,
ore especialmente pelo sacerdote que se comunica por você ”. A alma
respondeu: “Ele me dará uma vantagem dupla, porque, como o Senhor
o recebe dele e o devolve para mim, assim Ele devolverá a ele o que eu
ganhei com isso, como o ouro parece ter maior vantagem quando
contrastado com as cores . ”25
“Pelo que você diz”, continuou a religiosa, “parece que é mais
salutar celebrar a missa pelos mortos do que por qualquer outra
intençã o?” Ela respondeu: “Quando isso é feito por caridade, é mais ú til
do que se a missa fosse celebrada apenas como um dever
sacerdotal”. "E como você sabe todas essas coisas?" perguntou o
religioso, "visto que você parecia saber tã o pouco quando estava na
terra?" A alma respondeu: “Eu o conheço da fonte de que fala Santo
Agostinho. Quando Deus olha para a alma, ela aprende todas as coisas.
”26
Certa vez, enquanto a religiosa contemplava essa alma vestida com
um manto escarlate e em alto grau de gló ria, ela perguntou a Nosso
Senhor como ela havia merecido tais favores. Ele respondeu: "Eu iz por
ela o que prometi atravé s de você , vestindo-a com Minha Paixã o para
recompensá -la por uma ocasiã o em que seu coraçã o estava muito
deprimido, e ainda assim ela nã o se isentou dos deveres normais da
ordem, e embora ela tivesse que fazer mais do que suas forças
permitiam, ela nã o se queixou muito disso. ” Ele acrescentou: “E pela
fraqueza e exaustã o que ela sofreu em sua doença, iz com que fosse
acompanhada pelos prı́ncipes de Meu reino, que a fazem encontrar uma
satisfaçã o especial na gló ria de que desfruta; e eu a recompensei tã o
abundantemente pelo que ela suportou, que ela deseja ter sofrido cem
vezes mais. ”
As religiosas també m viram muitas almas ajoelhadas diante dela
para testi icar sua gratidã o por sua libertaçã o do purgató rio, por meio
das oraçõ es que foram feitas por ela e das quais ela nã o precisava. Ela
perguntou se a comunidade obteria alguma vantagem com isso, e eles
responderam: “Certamente é muito vantajoso para você s, pois Nosso
Senhor derramará graça sobre você s para cada um”. Numa outra missa,
que nã o era para os mortos, as religiosas perguntavam a esta alma que
fruto ela poderia obter, já que nã o era para os mortos. A alma
respondeu: “E que parte tem uma rainha na posse do rei, seu
senhor? Saiba que estou tã o intimamente unido ao Rei meu Senhor e
minha amada Esposa, que compartilho de todos os Seus bens, como
uma rainha é admitida à mesa do rei; pelo qual, que o Rei dos reis seja
eternamente louvado e glori icado! ”
CAPITULO 10
Santa Gertrudes nã o foi formalmente canonizada. Histó ria de seu culto . Bento
XIV. Seu escritó rio aprovado. Nome inserido no Martiroló gio. Lanspergius. Sua
histó ria. Prefá cio para Insinuationes . Apelo pelo sexo feminino. Conclusã o.
S
PARTE DOIS
As revelaçõ es de Santa Gertrudes
Escrito por ela mesma
CAPITULO 1
O agradecimento da Santa a Deus pela primeira graça que lhe foi concedida,
pela qual o seu espı́rito se afastou das coisas terrenas e se uniu a Ele.
eu
CAPITULO 2
Como a graça de Deus a iluminou interiormente.
H
AIL, Salvaçã o e Luz da minha alma! Que tudo o que está no cé u, na terra
e no abismo retorne graças a Ti pela graça extraordiná ria que levou
minha alma a saber e considerar o que se passa em meu coraçã o, do
qual antes nã o tinha mais cuidado do que (se puder assim fale) do que
se passa em minhas mã os ou pé s. Mas depois da infusã o de Tua mais
doce luz, vi muitas coisas em meu coraçã o que ofenderam Tua pureza, e
até percebi que tudo dentro de mim estava em tal desordem e confusã o
que Tu nã o pudeste permanecer nisso.
No entanto, meu amado Jesus, nem todos esses defeitos, nem toda
minha indignidade, Te impediram de honrar-me com Tua presença
visı́vel quase todos os dias em que recebi o alimento vivi icante de Teu
Corpo e Teu Sangue, embora só Te visse indistintamente , como aquele
que vê ao amanhecer: Tu te esforçaste por esta doce submissã o para
atrair minha alma, para que ela pudesse estar inteiramente unida a Ti, e
que eu pudesse Te conhecer melhor e desfrutar de Ti mais
plenamente. E enquanto me dispus a trabalhar para obter estes favores
na Festa da Anunciaçã o de Tua Mã e, quando Tu te alias à nossa
natureza em seu ventre virginal - Tu que disseste: “Aqui estou antes de
Te chamar” - Tu antecipaste este dia derramando sobre mim, embora
eu seja indigno, na Vigı́lia da Festa, a doçura de Tua bê nçã o, no Capı́tulo,
que foi realizado apó s as Matinas, por causa do Domingo seguinte.
Mas, uma vez que nã o é possı́vel para mim descrever de que
maneira tu me visitaste, ó Oriente do alto, nas entranhas de Tua
misericó rdia e doçura, permite-me, ó Doador de presentes, imolar um
sacrifı́cio de Açã o de Graças a Ti em o altar do meu coraçã o, a im de
obter para mim e para todos os Teus eleitos a bem-aventurança de
experimentar freqü entemente esta uniã o de doçura e esta doçura de
uniã o, que até entã o era totalmente desconhecida para mim. Pois,
quando re lito sobre o tipo de vida que levei anteriormente e que tenho
levado desde entã o, protesto na verdade que é um puro efeito de Tua
graça, que me deste sem nenhum mé rito meu.
Tu me deste desde entã o um conhecimento mais claro de Ti, que foi
tal que a doçura de Teu amor me levou a corrigir minhas faltas muito
mais do que o medo dos castigos com os quais Tua justa raiva me
ameaçava. Mas nã o me lembro de ter gozado tã o grande felicidade em
qualquer outro momento como durante estes dias de que falo, em que
me convidaste para as delı́cias de Tua mesa real; e nã o sei ao certo se
foi Tua sá bia Providê ncia que me privou deles, ou se foi minha
negligê ncia que atraiu sobre mim este castigo.
CAPITULO 3
Do prazer que Deus teve em fazer morada na alma de Gertrudes.
HILST Tu agiste com tanto amor para comigo, e nã o deixaste de puxar
minha alma da vaidade e para Ti mesmo, aconteceu em um certo dia,
entre o Festival da Ressurreiçã o e da Ascensã o, que eu entrei no
tribunal antes do Primeiro e me sentei perto da fonte; e comecei a
considerar a beleza do lugar, que me encantou por causa do riacho
lı́mpido e luente, o verdor das á rvores que o cercavam e o vô o dos
pá ssaros, principalmente das pombas - sobretudo, o doce calma - alé m
de tudo, e considerando dentro de mim o que tornaria este lugar mais
ú til para mim, pensei que seria a amizade de um companheiro sá bio e
ı́ntimo, que iria adoçar minha solidã o ou torná -la ú til aos outros:
Quando Tu, meu Senhor e meu Deus, que é s uma torrente de
inestimá veis prazeres, depois de me haveres inspirado com o primeiro
impulso deste desejo, quiseste ser també m o im dele, inspirando-me
com o pensamento de que se por contı́nua gratidã o te retribuo graças a
Ti quando um riacho retorna à sua fonte; se, aumentando no amor à
virtude, eu produzo, como as á rvores, as lores das boas obras; alé m
disso, se, desprezando as coisas da terra, eu voar para cima, livremente,
como os pá ssaros, e assim libertar meus sentidos da distraçã o das
coisas exteriores, minha alma entã o estaria vazia e meu coraçã o seria
uma morada agradá vel para Ti.
Enquanto eu estava ocupado com a lembrança dessas coisas
durante o mesmo dia, tendo me ajoelhado apó s as Vé speras para minha
oraçã o da noite antes de me retirar para descansar, esta passagem do
Evangelho veio de repente à minha mente: “Se algué m Me ama, manterá
Minha palavra, e Meu Pai o amará , e viremos a ele e faremos nele
morada. ” ( João 14:23). Com essas palavras, meu coraçã o sem valor Te
percebeu, ó meu doce Deus e meu deleite, presente nelas. Oh, que todas
as á guas do mar se transformassem em sangue, para que eu pudesse
passá -las sobre minha cabeça e assim lavar minha extrema vileza, que
escolheste para tua morada! Ou que neste momento meu coraçã o seja
arrancado de meu corpo e lançado na fornalha, para que seja puri icado
de suas impurezas e tornado pelo menos menos indigno de Tua
presença! Pois Tu, meu Deus, desde aquela hora, trataste-me à s vezes
com doçura e à s vezes com severidade, conforme eu corrigisse ou fosse
negligente; embora, para falar a verdade, quando a emenda mais
perfeita que eu poderia obter, mesmo por um momento, deveria durar
toda a minha vida, nã o poderia merecer obter para mim a mais
insigni icante ou a menos condescendente das graças que tenho já
recebido de Ti, tã o grandes sã o meus crimes e pecados.
O excesso de Tua bondade me obriga a acreditar que ver minhas
faltas mais Te move a temer que me verá s perecer do que excitar Tua
ira, fazendo-me saber que Tua paciê ncia em suportar meus defeitos até
agora, com tanta bondade, é maior do que a doçura com que suportaste
o pé r ido Judas durante a tua vida mortal; e embora minha mente tenha
prazer em vagar depois e em se distrair com coisas perecı́veis, ainda
assim, depois de algumas horas, depois de alguns dias, e, infelizmente,
devo acrescentar, depois de semanas inteiras, quando eu retornar ao
meu coraçã o, eu Te encontro lá , de modo que nã o posso reclamar que
Tu me deixaste mesmo por um momento, desde aquela é poca até este
ano, que é o nono desde que recebi esta graça, exceto uma vez, quando
percebi que Tu me deixaste pelo espaço de onze dias , antes da Festa de
Sã o Joã o Batista - e me pareceu que isso aconteceu por conta de uma
conversa mundana na quinta-feira anterior, e Tua ausê ncia durou até a
Vigı́lia de Sã o Joã o, quando a Missa Ne timeas, Zacharia ,4é dito. Entã o,
Tua mais doce humanidade e Tua estupenda caridade levaram-Te a me
procurar, quando cheguei a tal ponto de loucura, que nã o pensei mais
na grandeza do tesouro que havia perdido e por cuja perda nã o me
lembro de nã o senti qualquer tristeza naquele momento, nem mesmo
por ter tido o desejo de recuperá -la.
Nã o posso agora icar su icientemente surpreso com a mania que se
apossou de minha alma, a menos que, de fato, fosse porque Tu desejas
que eu soubesse por experiê ncia pró pria o que Sã o Bernardo disse:
“Quando fugirmos de Ti, Tu nos persegues; quando viramos nossas
costas, Tu te apresentas diante de nó s; quando Te desprezamos, Tu nos
suplicas; e nã o há insulto nem desprezo que Te impeça de trabalhar
incansavelmente para nos levar à realizaçã o daquilo que o olho nã o viu,
nem o ouvido ouviu, e que o coraçã o do homem nã o pode compreender
”.
E como Tu me concedeste Tuas primeiras graças sem nenhum
mé rito de minha parte, agora que tive uma segunda recaı́da, que é pior
do que a primeira, e me torna ainda mais indigno de receber a Ti, Tu te
dignaste a dar-me a alegria da Tua presença sem interrupçã o, até esta
hora: pelo qual seja louvor e açã o de graças a Ti como a Fonte de todo
bem; e para que Te agrade como a Fonte de todo o bem, e para que Te
agrade preservar esta preciosa graça em mim, ofereço-Te aquela oraçã o
excelente que proferiste com tã o incrı́vel fervor quando suava sangue
em agonia, e que a amor ardente por Tua Divindade e Tua devoçã o pura
tornada tã o e icaz, rogando a Ti, em virtude desta oraçã o mais perfeita,
que me atraias e me unas inteiramente a Ti mesmo, para que eu possa
permanecer inseparavelmente ligado a Ti, mesmo quando sou obrigado
a atender deveres exteriores para o bem do meu pró ximo, e que depois
eu possa voltar novamente para buscar a Ti dentro de mim, quando eu
os tiver cumprido para Tua gló ria da maneira mais perfeita possı́vel,
assim como o vento, quando agitado por uma tempestade, retorna
novamente à sua calma anterior quando cessou; para que me
consideres tã o zeloso em trabalhar por Ti quanto foste assı́duo em me
ajudar; e que, por este meio, Tu possas me elevar ao mais alto grau de
perfeiçã o ao qual Tua justiça pode permitir que Tua misericó rdia eleve
uma criatura tã o carnal e rebelde, para que Tu possas receber minha
alma em Tuas mã os quando eu der meu ú ltimo suspiro , e conduzi-lo
com um beijo de paz onde Tu habitas, que reinas indivisı́vel e
eternamente com o Pai e o Espı́rito Santo por sé culos sem im. Um
homem.
CAPITULO 4
Dos estigmas impressos no coraçã o de Gertrudes, e seus exercı́cios em
homenagem à s Cinco Chagas.
eu
CAPITULO 5
Da Ferida do Amor Divino, e da maneira de banhar, ungir e amarrar.
S
CAPITULO 6
Da ı́ntima uniã o do Menino Jesus com o seu coraçã o.
CAPITULO 7
A Divindade está impressa na alma de Gertrudes como um selo sobre cera.
T
O dia da santı́ssima Puri icaçã o, pois iquei con inado à cama apó s uma
doença grave e com a mente perturbada pelo amanhecer, temendo que
minha enfermidade corporal me privasse da visita divina com a qual
tantas vezes fui consolado , no mesmo dia a augusta mediadora, a Mã e
de Deus, verdadeira Mediadora, consolou-me com estas palavras:
“Como nunca te lembras de ter suportado sofrimentos corporais mais
severos do que os causados pela tua doença, saiba també m que nunca
recebeste de meu Filho dons mais nobres do que aqueles que agora vos
serã o dados e para os quais os vossos sofrimentos vos prepararam ”.
Isso me consolou muito; e tendo recebido o Alimento que dá vida,
logo apó s a Procissã o, pensei apenas em Deus e em mim; e vi minha
alma, sob a semelhança de cera suavizada pelo fogo, impressa como um
selo no seio do Senhor; e imediatamente o vi cercando e parcialmente
atraı́do para este tesouro, onde a sempre pacı́ ica Trindade habita
corporalmente na plenitude da Divindade e resplandece com sua
gloriosa impressã o.
O fogo ardente do meu Deus, que conté m, produz e imprime aqueles
ardores vivos que atraem as á guas ú midas da minha alma e secam as
torrentes das delı́cias terrenas, e depois abrandam a minha dura
obstinaçã o que o tempo tanto endureceu! O fogo consumidor, que
mesmo em meio a chamas ardentes concede doçura e paz à alma! Em
Ti, e em nenhum outro, recebemos esta graça de sermos reformados à
imagem e semelhança nas quais fomos criados. O fornalha ardente, na
qual desfrutamos a verdadeira visã o da paz, que prova e puri ica o ouro
dos eleitos, e leva a alma a buscar avidamente o seu bem supremo,
mesmo a Ti, em Tua verdade eterna.
CAPITULO 8
Da admirá vel uniã o de sua alma com Deus.
CAPITULO 9
De outra maneira admirá vel em que Santa Gertrudes estava intimamente
ligada a Deus.
CAPITULO 10
Como o Senhor a obrigou a escrever essas coisas; e como Ele a iluminou.
eu
CONSIDERADO que seria tã o impró prio para mim publicar esses
escritos, que minha consciê ncia nã o consentiria em fazê -lo; portanto,
adiei fazê -lo até a Festa da Exaltaçã o da Santa Cruz.14Naquele dia,
tendo decidido antes da missa dedicar-me a outras ocupaçõ es, o
Senhor venceu a repugnâ ncia da minha razã o com estas palavras:
“Esteja certo de que nã o será s libertado da prisã o da carne enquanto
nã o pagares esta dı́vida que ainda liga você . ” E quando eu re leti que já
tinha empregado os dons de Deus para o progresso do meu pró ximo -
se nã o por minha escrita, pelo menos por minhas palavras - Ele
apresentou estas palavras que eu tinha ouvido serem usadas nas
Matinas anteriores: “Se o O Senhor desejou ensinar Sua doutrina
apenas para aqueles que estivessem presentes, Ele teria ensinado
apenas por palavra, nã o por escrito. Mas agora eles foram escritos para
a salvaçã o de muitos. ” Ele acrescentou ainda: “Desejo que seus
escritos sejam uma evidê ncia indiscutı́vel de Minha bondade divina
nestes ú ltimos tempos, nos quais pretendo fazer o bem a muitos”.
Tendo essas palavras me deprimido, comecei a considerar dentro
de mim o quã o difı́cil e até impossı́vel seria encontrar pensamentos e
palavras capazes de explicar essas coisas ao intelecto humano sem
escâ ndalo. Mas o Senhor me livrou dessa pusilanimidade derramando
sobre minha alma uma chuva abundante, cuja queda impetuosa me
pesou como uma planta jovem e tenra - criatura vil que sou! - em vez de
me regar suavemente, para fazer eu aumento em perfeiçã o; e nã o
consegui tirar proveito disso, exceto de algumas palavras pesadas, cujo
sentido eu era incapaz de compreender perfeitamente. Portanto,
encontrando-me ainda mais deprimido, perguntei qual seria a
vantagem desses escritos, e Tua bondade, meu Deus, consolou meu
problema com Tua doçura usual, refrescando minha alma com esta
resposta: "Visto que este dilú vio parece inú til para você , eis que agora
irei abordá -los ao Meu Divino Coraçã o, para que suas palavras sejam
gentis e doces, de acordo com as capacidades de sua mente. ” Que
promessa, meu Senhor e meu Deus, Tu cumpriste com a maior
idelidade. E durante quatro dias, em uma hora conveniente a cada
manhã , Tu sugeriste com tanta clareza e doçura o que eu compus, que
pude escrevê -lo sem di iculdade e sem re lexã o, mesmo como se
tivesse aprendido de cor muito antes - com esta limitaçã o, que depois
de ter escrito uma quantidade su iciente a cada dia, nã o foi possı́vel
para mim, embora eu tivesse aplicado minha mente a isso, encontrar
uma ú nica palavra para expressar as coisas que no dia seguinte eu
poderia escrever livremente: instruindo e contendo assim minha
impetuosidade, como a Escritura ensina:15“Que ningué m se aplique à
açã o a ponto de omitir a contemplaçã o.” Assim, tens ciú mes de meu
bem-estar e, embora me dê tempo para desfrutar dos abraços de
Raquel, nã o me permite ser privado da gloriosa fecundidade de Lia. Que
o Teu sá bio amor se digne realizar em mim essas duas coisas!
CAPITULO 11
Ela recebe o dom das lá grimas e é avisada das armadilhas que o demô nio
armou para ela.
CAPITULO 12
Com quanta bondade Deus carrega nossas faltas.
eu
RENDE-Te obrigado també m por outra revelaçã o, que nã o foi menos
vantajosa e aceitá vel para mim, pela qual me foi mostrado com que
paciê ncia benigna Tu suportas os nossos defeitos, para que, corrigindo-
nos assim, Tu pudesse assegurar a nossa felicidade. Por uma noite,
tendo-me permitido ceder à raiva, e na manhã seguinte, antes do raiar
do dia, encontrando-me disposto a orar, Tu te apresentaste a mim sob
uma forma tã o estranha, que me pareceu ao contemplar a Ti que Tu nã o
foste apenas privado de todo tipo de bem, mas até mesmo de
força. Entã o, minha consciê ncia sendo tocada por minha falha passada,
comecei a re letir com pesar quã o impró prio tinha sido para mim
incomodar o Autor Supremo de paz e pureza com minha paixã o mal
regulada. Achei que teria sido melhor que Tu estivesses ausente de mim
quando nã o consegui repelir Teu inimigo, enquanto ele me solicitava
que izesse o que era tã o contrá rio à Tua Vontade.
Tu aplicaste isto a mim: “Mesmo como um pobre invá lido que foi
trazido para desfrutar do sol com a ajuda de outros, com muita
di iculdade, quando vê uma tempestade a aproximar-se, nã o tem outro
consolo senã o a esperança de ver em breve bom tempo novamente -
assim, sob a in luê ncia de seu amor, pre iro morar com você em todas
as tempestades do vı́cio, esperando ver a calma de sua alteraçã o e vê -lo
entrar no porto da humildade ”.
Visto que minha lı́ngua é muito fraca para explicar a abundâ ncia das
graças que tu derramaste sobre mim durante os trê s dias inteiros em
que esta apariçã o durou, permite, ó meu Deus, que meu coraçã o possa
suprir sua fraqueza, e me ensine como para render um agradecimento
de gratidã o pela profundidade da humildade a que o Teu amor entã o se
rebaixou por esta caridade, tã o surpreendente e tã o terna, que Tu tens
por nó s.
CAPITULO 13
Da necessidade de vigilâ ncia exata sobre os sentidos e afeiçõ es.
eu
CAPITULO 14
Diferentes exercı́cios pelos quais a alma é puri icada.
T
CAPITULO 15
Quã o agradá veis as obras de caridade sã o para Deus; e també m meditaçõ es
sobre coisas sagradas.
CAPITULO 17
Das vestes com as quais devemos vestir Jesus e sua mã e.
eu
CAPITULO 18
Como Deus tolera nossos defeitos - instruçõ es sobre humildade.
NE dia, depois de ter lavado as mã os, e estava em volta da mesa com a
comunidade, perplexo na mente, considerando o brilho do sol, que
estava em toda a sua força, eu disse dentro de mim: “Se o Senhor, quem
tem criou o sol, e Cuja beleza é considerada a admiraçã o do sol e da lua
- se Ele, que é um fogo consumidor, está tã o verdadeiramente em mim
quanto se mostra freqü entemente diante de mim, como é possı́vel que
meu coraçã o continue assim gelo, e que eu levo uma vida tã o má ? "
Entã o Tu, cujas palavras, embora sempre doces, eram agora muito
mais doces e, portanto, as mais necessá rias para o meu coraçã o em seu
estado de agitaçã o - Tu, eu digo, respondeste assim para mim: "Em que
deveria minha onipotê ncia ser exaltada, se Eu nã o poderia Me conter
dentro de mim onde quer que estivesse, de modo que só sou sentido ou
visto como é mais adequado para o tempo, lugar e pessoa? Pois, desde a
criaçã o do Cé u e da terra, tenho trabalhado pela redençã o de todos,
mais pela sabedoria da Minha benignidade do que pelo poder da Minha
majestade. E esta benignidade da sabedoria brilha mais na Minha
tolerâ ncia para com o imperfeito, conduzindo-os, mesmo por sua
pró pria vontade, ao caminho da perfeiçã o. ” Vendo també m, em um
determinado dia de festa, que muitos que haviam se recomendado à s
minhas oraçõ es estavam indo para a Comunhã o, e que eu fui privado
dela por doença - ou melhor, impedido por causa de minha indignidade
- e re letindo em minha mente sobre o numerosos benefı́cios que recebi
de Deus, comecei a temer o vento da vangló ria, que poderia secar as
á guas da graça divina; e eu desejava ter alguma re lexã o em minha
mente que pudesse prevenir sua recorrê ncia. Entã o Tua bondade
paterna me instruiu assim: que eu deveria considerar Tua afeiçã o por
mim sob a semelhança de um pai de famı́lia, que, estando feliz em ver
tantos ilhos lindos recebendo admiraçã o de seus vizinhos e servos,
tinha, entre outros, um o pequenino que nã o era tã o belo como os seus
companheiros, a quem, no entanto, muitas vezes tomava no seio,
movido pela ternura paternal, e consolava-o com palavras gentis e
presentes amá veis; e Tu acrescentaste que, se eu tivesse essa humilde
estima de mim mesmo, a im de me acreditar o mais imperfeito de
todos, as torrentes de Tua doçura celestial nunca cessariam de luir em
minha alma.
Dou graças a Ti, Deus amoroso, Amante dos homens, pelo mé rito da
gratidã o recı́proca da adorá vel Trindade, por esta e por muitas outras
instruçõ es salutares pelas quais Tu instruiste minha ignorâ ncia tantas
vezes como o melhor dos mestres— Ofereço meus suspiros a Ti atravé s
da Paixã o amarga de Jesus Cristo Teu Filho; Ofereço a Ti Suas dores,
lá grimas e sofrimentos, em expiaçã o de todas as negligê ncias pelas
quais tantas vezes sufoquei o Espı́rito de Deus em meu coraçã o. Eu
imploro a Ti, em uniã o com a oraçã o e icaz deste Teu Filho amado, e
pela graça do Espı́rito Santo, para corrigir minha vida e suprir minhas
de iciê ncias. Suplico-Te que conceda com aquele amor que deteve Tua
ira quando Teu ú nico Filho, objeto de Tua complacê ncia, era
considerado um criminoso.
CAPITULO 19
Como Deus se agrada em condescender com Suas criaturas; e que gló ria Deus
deriva daı́ dos bem-aventurados.
eu
CAPITULO 20
De alguns privilé gios considerá veis que Deus concedeu a esta virgem, e da
graça que Ele prometeu a seus clientes.
M
AY meu coraçã o e minha alma, com toda a substâ ncia de minha carne,
todos os meus sentidos, e todos os poderes de meu corpo e minha
mente, com todas as criaturas, louvai a Ti e Te dai graças, O mais doce
Senhor, iel Amante da humanidade, por Tua notá vel misericó rdia, que
nã o apenas dissimulou a preparaçã o totalmente indigna com a qual nã o
temi me aproximar do banquete supercelestial de Teu corpo e sangue
mais sagrado, mas acrescentou este presente a mim, o mais totalmente
vil e perfeitamente inú til de Teu criaturas. Em primeiro lugar, por ter
sido assegurado por Tua graça que todos os que desejam se aproximar
deste Sacramento, e que sã o contidos pelo medo de uma consciê ncia
tı́mida, que vê m a mim, que sou o menor dos Teus servos, levados pela
humildade a buscar consolo - que Tua extrema misericó rdia os julgará
dignos, em recompensa por esta humildade, de receber este
Sacramento com fruto para a vida eterna. També m acrescentaste que
nã o permitirá s que ningué m a quem Tua justiça considere indigno se
rebaixe a pedir conselho de mim, ó Governante Supremo, Que, embora
habitas nas alturas, consideras os humildes. (Cf. Salmos 112: 5).
O que motivou Tua misericó rdia, quando Tu viste me aproximar
tantas vezes indignamente, para suspender Teu julgamento, e nã o
in ligir sobre mim o castigo que eu mereço? Tu desejas tornar os outros
dignos pela virtude da humildade; e embora Tu pudesses fazer isso de
forma mais e icaz sem minha ajuda, Teu amor, olhando para minha
misé ria, Te fez realizar isso atravé s de mim, para que assim eu possa ser
um participante dos mé ritos daqueles que, por meio de minhas
admoestaçõ es, desfrutam dos frutos de salvaçã o.
Mas, infelizmente, este nã o é o ú nico remé dio que minha
infelicidade requer; nem um ú nico remé dio satisfará a Tua
misericó rdia, ó bondoso Senhor! Pois [em segundo lugar] Tu
asseguraste a minha indignidade de que consideraria quem quer que
me expusesse seus defeitos, com um coraçã o contrito e humilde,
culpado ou inocente, como eu os havia declarado mais ou menos
culpados, e de agora em diante Tua graça o sustentaria eles nunca mais
deveriam estar em tal perigo por causa de suas faltas como estavam
antes. E assim Tu alivias a minha indigê ncia, que é tã o grande que
nunca me corrigi nem por um ú nico dia como deveria, e ainda assim Tu
me permites participar das vitó rias dos outros, quando Tu, meu bom
Deus, me condescendes para fazer uso de mim, como um instrumento
mais indigno, para dar a graça da vitó ria a Teus outros amigos mais
merecedores por meio de minhas palavras.
Em terceiro lugar. A abundante liberalidade de Tua graça
enriqueceu minha pobreza de mé rito por esta garantia - que sempre
que prometo um favor a algué m, ou o perdã o de qualquer falta, por
meio da con iança em Tua misericó rdia, Teu amor benigno rati icará
minhas palavras e executará minha promessa como ielmente como se
tivesse sido con irmado por um juramento da Verdade
Eterna. Acrescentaste ainda que, se algué m descobrir que os efeitos
salutares de minhas promessas foram adiados, deve continuamente
lembrar-te de que eu prometi esta graça de Ti. Assim Tu providenciaste
para a minha salvaçã o de acordo com as palavras do Evangelho: “Com
que medida você mede, será medido para você novamente.” ( Mat . 7:
2). E como eu, infelizmente, continuamente caio nas maiores faltas, Tu
desejas por este meio perdoar a puniçã o que eu mereço.
Em quarto lugar. Para consolar minhas misé rias, Tu me asseguraste,
entre outras coisas, que todo aquele que se recomenda humilde e
devotamente à s minhas oraçõ es certamente obterá todos os frutos que
eles esperavam obter pela intercessã o de qualquer outra pessoa: no
qual Tu providenciaste para minha negligê ncia, que me impede de
satisfazer, nã o só pelas oraçõ es que sã o feitas gratuitamente pela Igreja,
mas també m pelas de obrigaçã o; e Tu encontraste o meio de aplicar o
fruto deles a mim, de acordo com as palavras de Davi: “Minhas oraçõ es
se converterã o em meu seio”. ( Salmos 34:13); fazendo-me participar
dos mé ritos de Teus eleitos, que pedirã o essas graças de Ti em meu
intervalo, embora eu seja totalmente indigno disso, e concedendo-me
uma parte neles para suprir minha indigê ncia.
Em quinto lugar. Alé m disso, promoveste a minha salvaçã o ao
conferir-me estes favores especiais, para que todo aquele que, com boa
vontade, intençã o correta e humilde con iança, vier falar comigo sobre
o seu desenvolvimento espiritual, nunca me deixe sem ser edi icado ou
receber consolo espiritual. Nisto també m Tu supriste de maneira mais
adequada para minha indigê ncia; pois, infelizmente, desperdicei o
talento que Tu tã o generosamente me concedeste com minhas palavras
inú teis, mas agora posso ganhar algum mé rito pelo que con io a outros!
Em sexto lugar. Tua liberalidade, ó Senhor, concedeu-me este dom,
mais necessá rio do que todos - certi icando-me que quem, em sua
caridade, orará por mim - a mais vil das criaturas de Deus - ou realizará
quaisquer boas obras, seja pela emenda de minha vida, ou o perdã o dos
pecados de minha juventude, ou a correçã o de minha iniqü idade e
malı́cia, receberã o esta recompensa de Tua abundante liberalidade - ou
seja, que eles nã o morrerã o até que, por Tua graça, suas vidas tenham
se tornado agradá veis para ti; e que Tu habitará s em suas almas por
uma especial amizade e intimidade.
E isso Tu concedeste de Tua ternura paterna, para assistir minha
extrema indigê ncia, pois tu sabes quantas e quã o grandes correçõ es sã o
necessá rias para meus inú meros pecados e negligê ncias. Assim, como
Tua misericó rdia amorosa nã o permitirá que eu pereça, e, pelo
contrá rio, por razã o de Tua justiça, nã o permitirá que eu seja salvo com
todas as minhas imperfeiçõ es, Tu me proveste por meio dos ganhos e
mé ritos de outros.
Tu acrescentaste a todos esses favores, meu bom Deus, por uma
abundante liberalidade - que se algué m, apó s minha morte,
considerando quanta familiaridade Tu comunicaste com minha
indignidade nesta vida, recomende-se humildemente à s minhas
oraçõ es, Tu gostaria de ouvi-los tã o de bom grado como se invocassem
a intercessã o de qualquer outra pessoa, desde que tivessem a intençã o
de reparar suas faltas e negligê ncias, e que humildemente e
devotamente agradeceram a Ti por cinco benefı́cios especiais que Tu
me concedeste.
Primeiro. Pelo amor pelo qual Tu livremente me escolheste desde
toda a eternidade, e que eu declaro ser o maior de todos os benefı́cios
que Tu me concedeste: pois como Tu nã o ignoraste, ou melhor, previste,
a vida corrupta que Devo conduzir, o excesso de minha ingratidã o, e
como devo abusar de Teus dons, para que mereça ter nascido pagã o, e
nã o um ser humano iluminado - Tua misericó rdia, que ultrapassa
in initamente nossos crimes, me escolheu, em preferê ncia a muitos
outros cristã os, por ter o cará ter santo de um religioso.
Em segundo lugar. Porque abençoadamente me atraı́ste para ti; e
reconheço ser um efeito da clemê ncia e caridade que é natural para Ti,
que conquistaste, pelas atraçõ es de Tuas carı́cias, este coraçã o rebelde
e teimoso, que merece ser carregado com grilhõ es e correntes; e
parecia que Tu encontraste em mim a iel companheira de Teu amor, e
que Teu maior prazer era estar unido a mim.
Em terceiro lugar. Porque Tu me uniste tã o intimamente a Ti; e
declaro, como estou obrigado, que devo por isso apenas a Tua notá vel
liberalidade, como se o nú mero dos justos nã o fosse grande o su iciente
para receber a imensa abundâ ncia de Tuas misericó rdias, nã o que eu
tivesse melhores disposiçõ es do que outros, mas, pelo contrá rio, que
Tua caridade seja mais sinalizada em mim por isso.
Em quarto lugar. Que Tu tens tido prazer e deleite em habitar em
minha alma; e isto, se assim posso falar, procede do ardor de Teu amor,
que se dignou a testemunhar, mesmo por palavras, que é a alegria de
Tua sabedoria todo-poderosa rebaixar-se a algué m tã o diferente de Ti,
e tã o completamente ingrato.
Em quinto lugar. Que Te agradou realizar Tua obra com alegria em
mim; e é um favor que tenho esperado com humilde con iança da
ternura de Tua mais benigna caridade, e pelo qual Te adoro com
gratidã o, declarando, ó soberano, verdadeiro e ú nico tesouro de minha
alma, que nã o tenho em nenhum maneira contribuiu para isso por
meus mé ritos, mas que é um puro presente de Tua generosidade.
Todos esses benefı́cios vê m de Tua imensa caridade, e estando tã o
acima do meu nada, sou incapaz de agradecer por eles dignamente; mas
Tu ajudaste ainda mais a minha misé ria, estimulando os outros, pelas
mais condescendentes promessas, de render açõ es de graças a Ti, o
mé rito do qual pode suprir minhas de iciê ncias. Pelo que possam todas
as criaturas no Cé u, na terra e sob a terra, glori icar a Ti e agradecer a Ti
continuamente!
CAPITULO 21
Agradecimentos pela con irmaçã o dos referidos favores.
UMA
MONG outras coisas, aprouve a Ti, meu Senhor, na abundâ ncia da Tua
caridade inestimá vel, rati icar e con irmar estes favores. Certo dia,
enquanto meditava e comparava Tua misericó rdia e minha malı́cia,
enchi-me de extrema alegria, até mesmo com a presunçã o de reclamar
que Tu nã o me garantiste esses favores por contrato solene,23quando
Tua doce e afá vel caridade concordou em satisfazer minhas objeçõ es,
dizendo-me: “Nã o reclame disso; aproximar-se e receber a
con irmaçã o das Minhas promessas. ” E imediatamente abriste para
mim, com ambas as mã os, a arca de Teu amor divino e verdade
infalı́vel, a saber, Teu Coraçã o Dei icado; e ordenaste-me que
estendesse a minha mã o - eu, criatura perversa como sou, procurando
como os judeus um sinal; e entã o, puxando de volta Teu Sagrado
Coraçã o, com minha mã o envolvida nele, Tu disseste: “Eis que prometo
preservar inviolá veis os dons que te dei; no entanto, se eu suspender
seus efeitos por um tempo, a tı́tulo de dispensaçã o, me obrigo, pela
onipotê ncia, sabedoria e amor da Trindade, na qual vivo e reino o
verdadeiro Deus atravé s de todos os tempos, a recompensá -lo depois
triplo. ”
Depois dessas palavras tã o doces, quando retirei minha mã o,
percebi nela sete cı́rculos de ouro em forma de ané is,24um em cada
dedo e trê s no dedo do sinete; o que indicava que os sete privilé gios
foram con irmados para mim, como eu havia pedido. Em seguida, Tua
misericó rdia acrescentou estas palavras: “Cada vez que você reconhece
que nã o merece os Meus dons e con ia plenamente na Minha
misericó rdia, cada vez que você se livra das dı́vidas que Me deve por
esses benefı́cios.”
Oh, quã o engenhosa é Tua Paternidade em prover para Teus ilhos,
apesar de sua degeneraçã o vil e da maneira como eles tê m esbanjado
Tua substâ ncia, caindo da inocê ncia e privando-Te de Tua devida
adoraçã o! Ainda assim, Te dignaste a aceitar como oferenda a re lexã o
que faço sobre minhas misé rias. Faça Tu, o Doador de presentes, a
Fonte de todo o bem, sem o qual nada é bom e nada é santo - faça Tu,
para Tua gló ria e salvaçã o de minha alma, conceda-me a graça de saber
minha indignidade de todos os Teus presentes, se grande ou pequeno,
seja exterior ou interior, e em todas as coisas para ter a mais perfeita
con iança em Tua misericó rdia.
CAPITULO 22
Como Santa Gertrudes foi admitida à visã o de Deus. Do beijo da paz e outros
favores semelhantes.
eu
CAPITULO 24
Conclusã o deste livro.
PARTE TRES
As revelaçõ es de Santa Gertrudes
Compilado pelas religiosas de seu mosteiro
CAPITULO 1
Nosso Senhor dá sua Mã e Santı́ssima a Santa Gertrudes para ser sua mã e, para
que ela possa recorrer a ela em todas as suas a liçõ es.
CAPITULO 2
A adversidade é o anel espiritual com o qual a alma está comprometida com
Deus.
UMA
CAPITULO 3
A consolaçã o humana enfraquece o que é Divino.
CAPITULO 4
Quã o vis e desprezı́veis sã o todos os prazeres transitó rios.
UMA
CAPITULO 5
A renú ncia perfeita de Santa Gertrudes nas mã os de Deus em todas as
adversidades, e que mé rito ela adquiriu por meio disso.
CAPITULO 6
A cooperaçã o da alma iel no Santo Sacrifı́cio. Cinco favores sobre os quais o
Santo desejava meditar, quando nã o podia assisti-los.
CAPITULO 7
Com que con iança devemos recorrer a Deus em todas as nossas necessidades
e tentaçõ es!
UMA
CAPITULO 8
Da e icá cia das oraçõ es pelos outros.
CAPITULO 9
Dos admirá veis efeitos da Comunhã o, e que nã o devemos nos abster
levianamente, mesmo por nossa indignidade. *
O
NA Festa de Sã o Matias8Gertrude resolveu, por muitas razõ es, se abster
da Sagrada Comunhã o. Mas como sua mente estava ocupada com Deus
e ela mesma durante a primeira missa, Nosso Senhor se apresentou a
ela, com as marcas de afeto que um amigo pode manifestar a seu
amigo. No entanto, como a Santa estava acostumada a tais favores, ela
desejou ainda mais, e desejou passar inteiramente para o seu Amado,
para que pudesse ser totalmente unida a Ele e consumida no fogo do
Seu amor. Mas como ela nã o pô de obter isso, ela começou a se ocupar
com os louvores divinos, que era um de seus exercı́cios
ordiná rios. Primeiro, ela glori icou a bondade e misericó rdia da sempre
adorá vel Trindade por todas as graças que luı́ram de seu profundo
abismo para a salvaçã o de todos os eleitos; em segundo lugar, ela
agradeceu por todos os favores que foram concedidos à augusta Mã e de
Deus; em terceiro lugar, por todas as graças infundidas na sagrada
Humanidade de Jesus Cristo; implorando a todos os santos em geral, e
a cada um em particular, que oferecessem individualmente em
sacrifı́cio à refulgente e sempre pacı́ ica Trindade, em satisfaçã o por
sua negligê ncia, todas as disposiçõ es e zelo com que foram adornados
no dia de sua elevaçã o à gló ria , e a consumaçã o de sua perfeiçã o e de
sua recompensa eterna. Para este propó sito, ela recitou trê s vezes o
Salmo Laudate Dominum : primeiro, em honra de todos os Santos; em
segundo lugar, em honra da Santı́ssima Virgem; e em terceiro lugar, em
honra do Filho de Deus.
Nosso Senhor entã o disse a ela: “Como você recompensará Meus
Santos, que izeram tais ofertas a Mim por você , já que você pretende
omitir sua oferta usual de açã o de graças por eles?” O Santo nã o
respondeu. Na oblaçã o da Hó stia, ela desejava muito saber que
oferenda de louvor eterno ela poderia fazer a Deus Pai. “Se você se
preparar para se aproximar do sacramento vivi icante de Meu Corpo e
Sangue hoje”, disse Nosso Senhor, “você obterá este triplo favor que
desejou durante a Missa, ou seja, para desfrutar da doçura do Meu
amor, e para une-se a Mim pelo poder de Minha Divindade, assim como
o ouro se une à prata, e assim possuirá um amá lgama precioso, que será
digno de oferecer ao eterno louvor de Deus Pai, e absolver-se da
gratidã o que você devo a todos os santos. ”
Essas palavras acenderam nela um desejo tã o ardente de comunhã o
que, mesmo que tivesse que forçar o caminho por meio de espadas
desembainhadas, teria parecido pouco para ela. Depois, quando ela
recebeu o Corpo do Senhor, ao fazer seu agradecimento, este Amante
dos homens disse-lhe assim: “Você resolveu por sua pró pria vontade
servir-me hoje com os outros com tijolos, palha e restolho, mas eu
escolhi colocá -lo entre aqueles que sã o reabastecidos com as delı́cias da
Minha mesa real. ”
No mesmo dia, outra pessoa se absteve da comunhã o sem qualquer
motivo razoá vel. Ela disse ao seu Senhor: "Misericordioso Deus, por que
permitiste que ela fosse assim tentada?" "O que posso fazer por ela",
respondeu Ele, "visto que ela pró pria cobriu os olhos com o vé u de sua
indignidade que nã o pode ver a ternura do Meu Coraçã o paterno?"
CAPITULO 10
A indulgê ncia que Nosso Senhor concedeu a Santa Gertrudes. Seu desejo
ardente de se conformar em todas as coisas com a Vontade de Deus.
UMA
S THE Saint soube que uma indulgê ncia de muitos anos foi publicada na
condiçã o de ofertas habituais, ela disse, de todo o coraçã o: “Senhor, se
eu fosse rica, daria de boa vontade uma grande soma de ouro e prata,
que por este meio Posso ser absolvido por essas indulgê ncias para o
louvor e gló ria de Teu nome. ” A isso o Senhor respondeu
amorosamente, dizendo: “Eu te concedo, pela Minha autoridade, a
remissã o completa de todos os teus pecados e negligê ncias”; e no
mesmo momento ela viu sua alma sem mancha, e tã o branca como a
neve.
Mas algum tempo depois, entrando em si mesma e encontrando sua
alma ainda adornada com a mesma pureza, ela temeu que o que tinha
visto antes tivesse sido uma ilusã o, pois parecia impossı́vel que nã o
tivesse sido em algum grau manchado pelas negligê ncias e falhas em
que sua fraqueza a fez cair com tanta freqü ê ncia. Mas o Senhor
consolou sua a liçã o com estas palavras: “Você pensa que possuo menos
poder do que tenho concedido à s Minhas criaturas? Se eu dei ao sol
material tal virtude que se uma vestimenta descolorida for exposta aos
seus raios ela recuperará sua brancura anterior e até mesmo se tornará
mais brilhante do que antes, quanto mais eu, que sou o Criador do sol,
posso dirigir Meus olhares sobre um pecador, removem todas as suas
manchas, puri icando-o, pelo fogo do Meu amor, de todos os pontos? ”
Em outra ocasiã o, ela estava tã o desanimada por sua indignidade e
fraqueza, que parecia nã o ter poder para louvar a Deus, nem para
saborear a doçura da contemplaçã o. Mas o Senhor, por um puro efeito
de Sua misericó rdia, restaurou sua coragem, comunicando-lhe a
santı́ssima conversa de Jesus Cristo, que todos os seus desejos foram
satisfeitos, e ela parecia ser apresentada ao Rei dos reis, sua Esposa ,
com a mesma beleza que Ester foi apresentada a Assuero. Como ela
parecia tã o adornada, o Salvador, em amorosa condescendê ncia,
dirigiu-se a ela assim: "O que tu desejas, ó rainha?" “Suplico e imploro-
Te, Senhor”, respondeu ela, “de todo o coraçã o, para que Tua adorá vel e
Divina Vontade se cumpra em mim, de acordo com Tua boa
vontade”. Nosso Senhor entã o nomeou vá rias pessoas que se
recomendaram à s suas oraçõ es e perguntou o que ela desejava para
cada uma individualmente. "Senhor", respondeu ela, "só peço que a Tua
mais pacı́ ica Vontade seja perfeitamente realizada neles." Nosso
Senhor perguntou mais: "E o que você deseja que eu faça por
você ?" “Nã o tenho outra alegria”, respondeu ela, “do que desejar que
Tua Vontade amá vel e pacı́ ica seja sempre realizada em mim e em
todas as criaturas; e estou pronto, para este im, a oferecer cada
membro do meu corpo para ser exposto, um apó s o outro, ao mais
agudo sofrimento ”. Deus, que lhe concedeu a graça de falar estas
palavras, recompensou-a por elas depois, dizendo-lhe: “Visto que
desejaste com tanto ardor ver os desı́gnios de Minha Vontade
executados, eu te recompensarei com esta recompensa, que tu deve
parecer tã o agradá vel aos Meus olhos como se você nunca tivesse
violado Minha Vontade, mesmo nas questõ es mais insigni icantes. ”
CAPITULO 11
Como a alma pode buscar a Deus e se trans igurar Nele de quatro maneiras.
CAPITULO 12
Reparaçã o pela queda de uma hó stia, que se temia ter sido consagrada.
eu
ACONTECEU um dia que, na preparaçã o para a missa, uma hó stia caiu
de algum rebanho e todos icaram em dú vida se ela havia sido
consagrada ou nã o. O Santo recorreu a Deus; e sabendo que a hó stia
nã o havia sido consagrada, ela se alegrou muito por nenhuma
irreverê ncia ter sido cometida. Ainda assim, como todo o seu cuidado
era promover a gló ria de Deus, ela disse a Ele: “Embora Tua in inita
bondade nã o tenha permitido que Tu recebesses tã o grande ultraje
neste lugar e no Sacramento do Altar - nã o obstante, ó Senhor do
Universo, porque foste tratado com igual indignidade e irreverê ncia,
nã o só pelos Teus inimigos, os pagã os e os judeus, mas, ai, até pelos
Teus mais ié is amigos, que redimiste pelo preço do Teu Preciosı́ssimo
Sangue, e, choro ao dizê -lo, à s vezes até mesmo por sacerdotes e
religiosos, nã o vou tornar conhecido que esta hó stia nã o foi consagrada,
a im de que Tu nã o seja privado da satisfaçã o que será oferecida a Ti.
” Entã o ela acrescentou: “O Senhor meu Deus, faze-me saber qual é a
satisfaçã o mais agradá vel para Ti por cada ofensa que é cometida
contra Ti, porque tentarei cumpri-la por amor à Tua honra e gló ria,
mesmo se eu consumir minha toda a força em fazê -lo. ” Nosso Senhor
entã o deu a conhecer a ela que aceitaria a recitaçã o da Oraçã o do
Senhor duzentas e vinte e cinco vezes, em honra de Seus Membros
sagrados; e de tantos atos de caridade para com seu pró ximo, em açã o
de graças a Ele que disse: “Enquanto você fez isso a um destes meus
irmã os menores, você o fez a mim” ( Matt . 25), e em uniã o com aquele
amor que fez com que Deus se izesse Homem por nó s; e que ela
deveria se privar tantas vezes dos prazeres vã os e inú teis da terra, e
ocupar-se apenas com o zelo e os verdadeiros prazeres da Divindade.
Oh, quã o grande e inefá vel é a misericó rdia e bondade de nosso
Deus mais amoroso, que aceita e recompensa como ofertas pelo que
deverı́amos merecer o mais justo castigo se omitimos!
CAPITULO 13
Do valor e e icá cia da Con issã o. Como devemos vencer as di iculdades que
sentimos ao nos aproximarmos do Sacramento da Penitê ncia.
CAPITULO 14
Os diferentes efeitos da caridade sã o explicados pela comparaçã o de uma
á rvore coberta de folhas, lores e frutos.
CAPITULO 15
Como as a liçõ es unem a alma a Jesus Cristo; e do efeito de uma excomunhã o
injusta.
HILE a missa, Salve, Sancte Parens ,11foi dito em honra da Mã e de Deus,
sendo o ú ltimo dia em que se permitiu a celebraçã o do Santo Sacrifı́cio,
por conta de um interdito, Santa Gertrudes dirigiu-se a Deus assim:
“Como nos consolará s, amá vel Senhor, em nossa a liçã o atual? " Ele
respondeu: “Aumentarei Minhas alegrias em você ; pois, assim como o
cô njuge se diverte mais familiarmente com a noiva na aposentadoria
de sua casa do que em pú blico, terei o Meu prazer em seu retiro. Meu
amor aumentará em você , assim como um fogo que está fechado arde
com grande força; e o deleite que encontrarei em você , e o amor que
você terá por Mim, será como um oceano reprimido, que parece
aumentar pelos impedimentos colocados ao seu progresso, até que
inalmente irrompe impetuosamente. ” “Mas por quanto tempo esse
interdito vai continuar?” perguntou o Santo. O Senhor respondeu: “Os
favores que prometo a você durarã o enquanto durarem”. Ela
respondeu: “Parece uma degradaçã o para os grandes da Terra revelar
seus segredos aos que estã o abaixo deles; nã o é , entã o, indigno de Tua
Majestade, que é s o Rei dos reis, revelar os segredos de Tua Divina
Providê ncia a mim, que sou a vergonha e a repreensã o de todas as
criaturas? E por isso, sem dú vida, que Tu nã o me fazes saber quando
este interdito terminará , embora Tu sabes o im de todas as coisas
antes que elas tenham começado. ” “Nã o é assim”, respondeu o
Senhor; “Eu escondo o segredo de você para a promoçã o de seu bem-
estar espiritual; pois, se à s vezes te admito nos Meus segredos na
contemplaçã o, excluo-te deles també m para preservar a tua humildade,
para que, ao receber esta graça, possas saber o que é s em Mim; e por
ser privado dele, você pode saber o que você é de si mesmo. ”
No Ofertó rio da Missa, Recordare, Virgo Maria ,12ao se repetir as
palavras ut loquaris pro nobis bona [“falar boas coisas por nó s”], a Santa
elevou o coraçã o à Mã e de toda a graça, e o Senhor lhe disse: “Mesmo
que nã o haja quem fale boas coisas para você , já estou preparado para
favorecê -lo. ” Mas, enquanto Gertrudes re letia sobre a multidã o de
suas pró prias faltas e as de alguns outros, ela tinha dú vidas se estava
totalmente reconciliada com Deus; mas Ele disse a ela ternamente:
“Minha bondade natural me obriga a ter consideraçã o por aqueles
entre você s que sã o os mais perfeitos; e como todos estã o rodeados
pela Minha Divindade, as perfeiçõ es escondem a imperfeiçã o. ” “O
Senhor generoso!” perguntou Gertrude, "como podes dar graças tã o
cheias de consolo a algué m tã o indigno de recebê -las?" Ele respondeu:
“Meu amor me compele”. "Onde, entã o", ela perguntou, "estã o as
manchas que contraı́ ultimamente por minha impaciê ncia, e que
manifestei com minhas palavras?" “O fogo do Meu amor”, respondeu
Ele, “os consumiu inteiramente; pois apago todas as manchas que
encontro nas almas que visito por Minha graça e amorosa graça. ”
“O Deus de misericó rdia!” continuou Gertrude, "visto que tantas
vezes ajudaste a minha misé ria com Tuas graças, desejo saber se
minhas faltas, como minha impaciê ncia tardia e outras semelhantes,
serã o puri icadas em minha alma antes ou depois de minha
morte?" Entã o, como Nosso Senhor amorosamente fez como se Ele nã o
a ouvisse, ela acrescentou: “Se a Tua justiça assim o exigisse, eu
livremente e de bom grado desceria até o Inferno, para oferecer uma
satisfaçã o mais condigna a Ti. Mas se é mais glorioso para Tua bondade
e misericó rdia naturais consumir minhas imperfeiçõ es pelo fogo de Teu
amor, arriscarei Te implorar para que este mesmo amor possa apagar
todas as manchas de minha alma, e torná -la mais pura do que eu
poderia merecer . ” E isso pareceu agradá vel a Nosso Senhor em sua
bondade e ternura.
No dia seguinte, enquanto se celebrava a missa pelo povo da
paró quia, ela disse a Deus no momento da comunhã o: “Nã o te
compadies de nó s, carı́ssimo Pai, por estarmos privados, por causa
destes bens, deste bem precioso, o alimento sagrado do corpo e do
sangue? ” “Como posso sentir mais?” respondeu o Senhor; "Se eu
conduzir minha esposa a um banquete, e perceber, antes de ela entrar,
que seu traje está desarrumado, nã o a puxarei de lado para um lugar
retirado e o arranjarei com minhas pró prias mã os, para que possa
apresentá -la com honra ? ” “Mas, meu Deus,” ela perguntou, “como eles
podem ter esta graça que sofrem este mal atravé s de nó s?” Ele
respondeu: “Nã o pense neles; Vou resolver este assunto com eles. ”
Entã o, na oblaçã o da Hó stia, ao oferecê -la ao Senhor para Seu
eterno louvor e bem-estar de sua comunidade, o Senhor A recebeu nela,
comunicando-lhe sua vivi icante doçura e dizendo: “Eu os alimentarei
com este alimento divino. ” “Nã o queres te comunicar, meu Deus, a toda
a comunidade?” ela perguntou. “Nã o”, respondeu Ele: “apenas para
aqueles que desejam comunicar-se, ou desejam comunicar-se; mas para
o resto que pertence à comunidade, eles terã o a vantagem de se
sentirem excitados para compartilhar deste alimento celestial, assim
como as pessoas que nã o pensam em comer sã o atraı́das pelo odor de
alguma comida e começam a desejar comer disso. ”
Na festa da Assunçã o, ela ouviu Nosso Senhor dizer, na elevaçã o da
Hó stia: “Vou me imolar a Deus, meu Pai, pelos meus membros”. Ela
disse: “Amado Senhor, permitir-nos-á s, que nos separamos de Ti pelo
aná tema daqueles que querem tirar nossos bens, para nos unirmos a
eles?” O Senhor respondeu: “Se algué m pudesse tirar de você a uniã o
ı́ntima pela qual você está unido a Mim, entã o, de fato, você estaria
separado de Mim. Mas, quanto à excomunhã o que é in ligida a você , ela
nã o causará mais impressã o em você do que uma faca cega faria sobre
uma á rvore, que nã o poderia penetrar, e na melhor das hipó teses
poderia apenas marcar ligeiramente. ” Ela respondeu: “Meu Senhor e
meu Deus, que é s a verdade infalı́vel, izeste-me conhecer, embora
indigno de tal revelaçã o, que aumentarias Tuas consolaçõ es em nó s e
redobrará s Teu amor; e ainda há alguns entre nó s que reclamam que
sua caridade está esfriando. ” “Eu contenho todo o bem em mim
mesmo”, respondeu Nosso Senhor; “E distribuo a cada um na estaçã o o
que precisam”.
CAPITULO 16
Uma visã o na qual Santa Gertrudes viu Nosso Senhor comunicando [dando a
Comunhã o à s] irmã s.
CAPITULO 17
Como devemos nos preparar para receber o Corpo de Jesus Cristo. Diferentes
exercı́cios de piedade que Santa Gertrudes praticava para com este augusto
sacramento.
CAPITULO 18
A devoçã o de Santa Gertrudes à Mã e de Deus. Ela é ensinada a invocá -la como
o lı́rio branco da adorá vel Trindade e a rosa vermelha do cé u.
UMA
CAPITULO 19
Como os louvores oferecidos aos santos podem ser encaminhados a Deus.
UMA
S ST. GERTRUDE costumava referir tudo o que era doce e agradá vel ao
seu Amado quando ouvia ou lia os louvores da Santı́ssima Virgem ou
dos Santos, e icou mais comovida com isso, elevou seu coraçã o a Deus,
para que pensasse mais Dele do que do Santo cuja memó ria foi
homenageada; e ao ouvir um sermã o na festa da Anunciaçã o, no qual se
falava exclusivamente da Santı́ssima Virgem, e nenhuma mençã o à
Encarnaçã o do Filho de Deus, ela icou tã o entristecida que, ao passar
pelo altar do Santı́ssima Virgem, voltando do sermã o, nã o a saudou com
a devoçã o habitual, mas antes ofereceu a sua saudaçã o a Jesus, o fruto
bendito do seu ventre. Mas depois ela temeu ter desagradado aquela
augusta rainha, até que Nosso Senhor a consolou com estas palavras
amorosas: “Nã o temas, Gertrudes, minha amada; pois embora você
tenha referido a honra e o louvor que normalmente presta à Minha
querida Mã e exclusivamente para Mim, nã o será menos agradá vel para
ela. ”
CAPITULO 20
Como Deus deseja ser procurado pela alma que O ama; e como Ele nos ama
quando sofremos.
NUMA ocasiã o, quando a Santa foi impedida de assistir à s Vé speras, por
alguma enfermidade, ela exclamou: “Senhor, nã o serias mais honrado se
eu estivesse no coro com a comunidade, empenhado na oraçã o e
cumprindo os deveres de minha Regra , do que por estar aqui, passando
meu tempo inutilmente, em conseqü ê ncia desta doença? ” Nosso
Senhor respondeu: “Esteja certo de que o noivo tem mais prazer em
conversar com sua noiva familiarmente em sua casa do que quando a
exibe perante o mundo, adornada com seus mais ricos
ornamentos.” Por essas palavras ela entendeu que a alma aparece em
pú blico, e revestida de todo o seu estado, quando ela se ocupa em boas
obras para a gló ria de Deus; mas que ela repousa em segredo com seu
esposo, quando ela é impedida por qualquer enfermidade de assistir a
esses exercı́cios, pois neste estado ela é privada da satisfaçã o de agir de
acordo com sua pró pria inclinaçã o, e permanece inteiramente
abandonada à Vontade de Deus; e, portanto, é que Deus tem mais
prazer em nó s quando encontramos menos ocasiã o de nos agradar e
glori icar.
CAPITULO 21
O Santo recebe tripla absolviçã o e bê nçã o da Santı́ssima Trindade, pelos
mé ritos de Jesus Cristo.
UMA
S A Santa ouviu a missa um dia com o maior fervor, pareceu-lhe que seu
anjo da guarda a tomou nos braços como se ela fosse uma criança,
no Kyrie Eleison , e a apresentou a Deus Pai, para receber sua bê nçã o ,
dizendo: “Pai Eterno, abençoa Teu ilhinho.” E porque por um tempo Ele
nã o respondeu, como se fosse testemunhar com Seu silê ncio que uma
criatura tã o miserá vel era indigna desse favor, ela começou a entrar em
si mesma, e a considerar sua indignidade e nada com extrema
confusã o. Entã o o Filho de Deus se levantou e deu a ela os mé ritos de
Sua santı́ssima vida para suprir seus defeitos, de modo que ela
apareceu como se vestida com um manto rico e brilhante, e como se
tivesse atingido a idade e força de Jesus. Cristo.
Entã o o Pai Eterno se inclinou amorosamente para ela e deu-lhe Sua
absolviçã o trê s vezes, como um sinal da tripla remissã o de todos os
pecados que ela havia cometido contra Sua onipotê ncia em
pensamento, palavra ou açã o. O Santo ofereceu em açã o de graças a
adorá vel vida de Seu ú nico Filho; e ao mesmo tempo as pedras
preciosas com as quais suas vestes eram adornadas emitiam um
concerto harmonioso para a gló ria eterna de Deus, o que testi icava
quã o agradá vel é para Ele oferecer-Lhe a vida santa e perfeita de Seu
Filho. O mesmo Anjo entã o a apresentou a Deus Filho, dizendo:
“Bendita a tua irmã , ó Rei dos Cé us”; e tendo recebido Dele uma trı́plice
bê nçã o, para apagar todos os pecados que ela havia cometido contra a
Sabedoria Divina, ele entã o a apresentou ao Espı́rito Santo, com estas
palavras: “O amante dos homens, abençoa a tua esposa”; e ela recebeu
Dele també m uma trı́plice bê nçã o, na remissã o de todos os pecados que
ela havia cometido contra a Bondade Divina. Que aqueles que lerem isto
re litam sobre essas trê s bê nçã os no Kyrie Eleison .
CAPITULO 22
Favores concedidos ao Santo durante a recitaçã o do Ofı́cio Divino.
CAPITULO 23
Da virtude abundante que lui do Coraçã o de Jesus para a alma iel.
OME dias depois, enquanto a Santa re letia sobre este estupendo favor
com singular gratidã o, ela perguntou ansiosamente ao Senhor por
quanto tempo ele seria continuado com ela. Ele respondeu: “Enquanto
você desejar, icaria triste em privá -lo dele”. Ela respondeu: “Mas é
possı́vel que Teu Coraçã o Dei icado esteja suspenso como uma lâ mpada
no meio do meu, que é , infelizmente, tã o indigno de sua presença,
quando ao mesmo tempo tenho a alegria de encontrar em Ti mesmo
este mesmo fonte de todo prazer? ” “E mesmo assim”, respondeu o
Senhor; “Quando você deseja segurar alguma coisa, você estende sua
mã o e a retira novamente depois de segurá -la; assim també m o amor
que tenho por você faz com que Eu estenda Meu Coraçã o para atraı́-lo a
Mim, quando você se distrai com coisas exteriores; e entã o, quando
você se recompõ e, Eu retiro Meu Coraçã o, e você junto com ele, para
que você possa entrar em Mim; e assim eu faço você provar a doçura de
todas as virtudes. ”
Entã o, ao considerar, por um lado, com grande admiraçã o e
gratidã o, a grandeza da caridade que Deus tinha por ela, e, por outro
lado, sua pró pria nulidade e o grande nú mero de suas faltas, ela se
aposentou com profunda autocon iança. o desprezo no vale da
humildade, considerando-se indigna de qualquer graça; e tendo
permanecido ali escondido por algum tempo, Aquele que ama
derramar Seus dons sobre os humildes parecia fazer um tubo de
ouro18saı́am do Seu Coraçã o, que desceu sobre esta alma humilde em
forma de lâ mpada, fazendo um canal atravé s do qual Ele derramou
sobre ela a abundâ ncia de todas as suas maravilhas, de modo que
quando ela se humilhou com a lembrança de suas faltas, Nossa O
Senhor derramou sobre ela de Seu sagrado Coraçã o toda a virtude e
beleza de Sua perfeiçã o divina, que ocultou suas imperfeiçõ es dos
olhos da Bondade Divina. E, alé m disso, se ela desejava qualquer
ornamento novo, ou qualquer uma daquelas coisas que pareciam
atraentes e desejá veis ao coraçã o humano, era comunicado a ela, com
muito prazer e alegria, por este mesmo canal misterioso.
Quando ela experimentou a doçura dessas delı́cias sagradas por
algum tempo, e foi adornada com todas as virtudes - nã o as dela, mas
aquelas que Deus lhe deu - ela ouviu um som mais melodioso, como o
de um doce harpista tocando sua harpa, e estas palavras foram
cantadas a ela: “Vinde, ó Minha, a Mim: entra, ó Minha, em Mim: ica, ó
Minha, Comigo.”19E o pró prio Senhor lhe explicou o signi icado deste
câ ntico, dizendo: “Vem a mim, porque eu te amo e desejo que você
esteja sempre presente diante de mim, como minha esposa amada, e
por isso te chamo; e porque as minhas delı́cias estã o em você , desejo
que você entre em mim. Alé m disso, porque sou o Deus de amor, desejo
que permaneças indissoluvelmente unidos a Mim, assim como o corpo
está unido ao espı́rito, sem o qual nã o pode viver por um momento
”. Este arrebatamento durou uma hora, e a Santa foi atraı́da de maneira
milagrosa para o Coraçã o de Jesus, por este canal sagrado de que
falamos, de modo que se encontrou feliz repousando no seio de seu
Senhor e Esposo. O que ela sentiu, o que viu, o que ouviu, o que provou,
o que aprendeu com as palavras de vida, só ela pode saber, e eles que,
como ela, sã o dignos de serem admitidos nesta sublime uniã o com seu
Esposo Jesus , o verdadeiro amor de sua alma, Quem é Deus, bendito
para sempre. Um homem.
CAPITULO 24
Do sepulcro de Jesus Cristo na alma iel, e como fazer um claustro espiritual no
Corpo e Coraçã o de Jesus.
CAPITULO 25
Da uniã o da alma com Jesus Cristo, e como ela está preparada, pelos mé ritos
dos Santos, para ser uma morada agradá vel para seu Deus.
UMA
CAPITULO 26
Do mé rito de uma boa vontade, e instruçõ es sobre algumas palavras do Ofı́cio
Divino.
UMA
CAPITULO 27
Por que Deus se agrada das imagens de Jesus cruci icado.
CAPITULO 28
Da sede espiritual de Deus e da utilidade dos sofrimentos.
CAPITULO 29
Quã o insidiosas sã o as armadilhas do demô nio, especialmente quando
cantamos.
UMA
S GERTRUDE recitou suas horas sem muita atençã o, ela percebeu nosso
antigo inimigo zombando dela no Salmo Mirabilia ,37encurtando cada
palavra e exclamando: “Teu Criador, teu Salvador e teu Redentor
concedeu-te bem os dons da fala, pois podes recitar tã o luentemente
que mesmo num ú nico Salmo omitiste tantas letras, tantas sı́labas e
tantas palavras! ” Ela sabia disso, que se este inimigo traiçoeiro tivesse
contado tã o exatamente até mesmo a menor letra ou sı́laba do Salmo
que ela tivesse omitido ou pronunciado descuidadamente, que
acusaçõ es terrı́veis ele traria apó s a morte contra aqueles que tinham o
há bito de recitar seu Ofı́cio apressadamente, sem qualquer intençã o.
Em outra ocasiã o, enquanto a Santa se ocupava de iar lã , deixou
cair alguns tufos de tufos no chã o, pensando apenas em recomendar
com grande fervor a sua obra a Deus. Nesse ı́nterim, ela percebeu que o
demô nio estava muito ocupado em recolher os tufos, como se para um
testemunho de sua culpa; mas o Santo invocou a ajuda do Senhor, que
afugentou o espı́rito maligno com indignaçã o, por ousar interferir em
uma obra que havia sido recomendada a Deus em seu inı́cio.
CAPITULO 30
Que nossas oraçõ es sã o certamente ouvidas, embora nã o percebamos seu
efeito; e como suprir nossa indignidade ao nos aproximarmos da Sagrada
Comunhã o pelos mé ritos de Jesus Cristo e Seus Santos.
CAPITULO 31
Das vantagens da comunhã o frequente e de receber o Santo Viá tico.
O
CAPITULO 32
Como Deus corrige as negligê ncias passadas de uma alma que O ama e
remedia aquelas que podem ocorrer no futuro.
CAPITULO 33
Do valor e da importâ ncia da Comunhã o espiritual.
T
CAPITULO 34
Da utilidade de meditar na Paixã o de Nosso Senhor, e de como Ele se oferece
ao Pai Eterno em satisfaçã o por nossos pecados.
A noite, um cruci ixo que a Santa tinha perto de sua cama parecia
prostrar-se diante dela e ela exclamou: “O meu doce Jesus, por que
assim te rebaixas?” Ele respondeu: “O amor do Meu Divino Coraçã o me
atrai a você s”. Em seguida, ela pegou a imagem e colocou-a no coraçã o,
acariciando-a ternamente e dizendo: “Um feixe de mirra é o meu
amado para mim” ( Cânticos 1:12); ao que Nosso Senhor respondeu,
interrompendo-a: “Eu o carregarei no meu seio”; fazendo-a entender
com isso que devemos esconder em Sua adorá vel Paixã o todas as dores
que sofremos, sejam do corpo ou da mente, como colocarı́amos um
suporte40em um feixe de gravetos. Assim, os que sã o tentados à
impaciê ncia pela adversidade devem lembrar-se da adorá vel paciê ncia
do Filho de Deus, que foi conduzido como um cordeiro manso ao
matadouro para nossa salvaçã o, e nunca abriu a boca para proferir a
menor palavra de impaciê ncia. E quando algué m estiver disposto a
vingar o mal que lhe foi feito, por palavra ou por atos, deve se esforçar
para lembrar a si mesmo com que paz de coraçã o seu amado Jesus
sofreu, nã o retribuindo mal com mal, nem testemunhando o menor
ressentimento. por Suas palavras, mas, ao contrá rio, recompensando
aqueles que o izeram sofrer, redimindo-os com Seus sofrimentos e Sua
morte; e assim esforcemo-nos, segundo o exemplo de Nosso Senhor,
por fazer o bem com o mal. Assim també m, se algué m nutre um ó dio
mortal por aqueles que o ofenderam, ele deve se lembrar da grande
doçura com que o Filho de Deus orou por Seus algozes, mesmo quando
suportando os pró prios tormentos de Sua Paixã o e na agonia da morte
orando por Seus cruci icadores com estas palavras: “Pai, perdoa-lhes,”
etc. ( Lucas 23:34); e, em uniã o com este amor, oremos por nossos
inimigos. Nosso Senhor disse entã o: “Todo aquele que esconde seus
sofrimentos e adversidades no buquê da Minha Paixã o, e os une aos
Meus sofrimentos que mais parecem se assemelhar, verdadeiramente
repousa em Meu seio, e Eu o darei, para aumentar seus mé ritos, tudo o
que Minha caridade singular tem merecido por Minha paciê ncia e por
Minhas outras virtudes. ”
O Santo indagou: “Como, Senhor, recebes a devoçã o especial que
alguns tê m pela imagem da Tua Cruz?” Nosso Senhor respondeu: “E
muito aceitá vel para mim; no entanto, quando aqueles que tê m uma
devoçã o especial por estas representaçõ es de Minha Cruz nã o
conseguem imitar o exemplo de Minha Paixã o, sua conduta é como a de
uma mã e que, para se grati icar e para sua pró pria honra, adorna sua
ilha com diversos ornamentos, mas recusa duramente o que ela mais
deseja ter. Enquanto esta mã e priva seu ilho do que ela deseja, o ilho
pouco se importa com tudo o mais que é dado a ela, porque ela sabe
que é por orgulho, e nã o por afeto. Portanto, todos os testemunhos de
amor, respeito e reverê ncia que sã o oferecidos à imagem da Minha Cruz
nã o serã o perfeitamente aceitá veis para Mim, a menos que os exemplos
da Minha Paixã o també m sejam imitados. ”
CAPITULO 36
Essa devoçã o à Paixã o de Nosso Senhor promove a uniã o com Deus.
UMA
CAPITULO 37
Das unhas dos cravos cheirosos41 que o Santo, movido pelo amor, colocou nas
feridas do cruci ixo em vez dos cravos de ferro, e da gratidã o que Nosso Senhor
testemunhou por isso.
CAPITULO 38
Como podemos recordar a Paixã o de Cristo e proclamar os louvores da Virgem
Mã e de Deus, na recitaçã o das Sete Horas Canó nicas.
CAPITULO 39
Que devemos dar algum sinal de nosso amor a Deus apó s ocupaçõ es
exteriores.
eu
Foi sempre uma prova para a Santa ser obrigada, ainda que por algum
tempo, a ocupar-se das coisas exteriores; e muitas vezes, quando isso
acontecia, ela se levantava repentinamente no fervor de seu espı́rito e,
apressando-se ao lugar onde estava acostumada a orar, exclamava: “Eis,
Senhor, como estou cansada de criaturas! Eu nã o teria outra companhia
e nenhuma outra conversa exceto a Tua - eu os deixo todos para buscar
a Ti, ú nico e ú nico Bem, e deleite de meu coraçã o e alma. ” Entã o,
beijando as feridas de Cristo cinco vezes, ela dizia a cada vez: “Salve,
Jesus, meu amado Esposo! —Eu te abraço respeitosamente na alegria
da Divindade, com todo o universo, e com todo o carinho do qual eu sou
capaz; e eu Te abraço nas feridas do Teu amor. ” Assim ela derramou
todas as suas dores nas feridas do seu Senhor, e encontrou nelas todo o
seu consolo e toda a sua alegria.
Como ela freqü entemente agia assim, ela perguntou um dia a Nosso
Senhor se isso Lhe era agradá vel, porque isso a ocupou apenas por
alguns momentos. Nosso Senhor respondeu: “Cada vez que você se
voltar assim para Mim, eu aceito isso como um amigo aceitaria a
bondade de seu amigo, que freqü entemente durante o dia se esforçou
para mostrar-lhe a maior hospitalidade por palavras e atos. E mesmo
que tal pessoa considerasse como ele poderia retribuir essa gentileza
quando seu an itriã o viesse a sua casa, entã o eu re lito continuamente,
com o maior prazer, como eu devo retribuir e recompensar você em
gló ria, de acordo com a liberalidade real de Minha onipotê ncia, de
Minha sabedoria e de Minha misericó rdia, por testemunhos de caridade
e doçura multiplicados cem vezes, por cada oferta que me izestes na
terra ”.
CAPITULO 40
Dos efeitos da oraçã o na adversidade.
CAPITULO 41
Oraçã o composta pelo pró prio Nosso Senhor Jesus Cristo, que Ele prometeu
ouvir favoravelmente.
CAPITULO 42
Como os justos se deleitam em Deus, e como Deus tem prazer neles,
especialmente quando eles entregam todos os seus bons desejos a ele.
UMA
CAPITULO 44
Da maneira como devemos pedir a Nosso Senhor descanso ou sono.
eu
CAPITULO 45
De perfeita resignaçã o de nó s mesmos à Vontade Divina.
CAPITULO 46
Do prazer sensı́vel que a alma encontra em Deus.
UMA
CAPITULO 47
Do langor causado pelo amor divino.
CAPITULO 48
Que a alma iel deve abandonar-se à Vontade de Deus, para a vida e a morte.
UMA
S THE Saint ofereceu vá rios testemunhos de seu amor a Deus durante a
noite - perguntando-Lhe, entre outras coisas, como aconteceu que ela
nunca desejou saber se sua doença terminaria em vida ou morte,
embora tivesse durado tanto, e como era que ela se sentia igualmente
indiferente a qualquer um - Nosso Senhor respondeu-lhe assim:
“Quando um noivo conduz sua noiva a um jardim de rosas, para juntá -
las para um buquê , ela sente tanto prazer em sua doce conversa, que ela
nunca faz uma pausa para perguntar qual das rosas ele gostaria que ela
colhesse, mas ela pega qualquer lor que seu noivo lhe der e a coloca em
seu buquê . Assim també m a alma iel, cujo maior prazer é a realizaçã o
da Minha Vontade, e nela se deleita como num jardim de rosas, ica
indiferente se a restauro ou a retiro da vida presente, porque, sendo
cheio de con iança, ela se abandona inteiramente aos Meus cuidados
paternos. ”
També m uma noite, quando a Santa estava muito cansada dos
exercı́cios espirituais e da conversa interior que tivera com o seu
Senhor, tomou algumas uvas, com a intençã o de refrescar o seu Esposo
em si mesma. O Senhor os recebeu com muita gratidã o e disse-lhe: «Já
estou compensada pelo gole amargo que me foi oferecido numa
esponja, pendurado na Cruz por teu amor, porque agora experimento
no teu coraçã o uma doçura inefá vel; e quanto mais puramente você
recriar seu corpo por amor a Mim, mais doce é o refrigé rio que
encontro em sua alma. ”
Como ela havia jogado fora as cascas e pedras das uvas que tinha
em suas mã os, ela viu o diabo - o perseguidor de todo o bem - tentando
recolhê -los, como se para repreendê -la pela dispensa que sua
enfermidade havia dado sua tomada, comendo apó s as Matinas,
contrariando a Regra. Mas no momento em que tentou tocar uma das
peles, ele icou tã o chamuscado e queimado, como se devorando
chamas, que fugiu de casa, soltando gritos de medo e cuidando do
futuro como ele tocava em qualquer coisa que pudesse causar-lhe tais
tormentos terrı́veis.
CAPITULO 49
Do benefı́cio que podemos derivar de nossas faltas.
O
CAPITULO 50
Da renovaçã o 50 dos Sete Sacramentos em sua alma e da caridade fraterna.
UMA
CAPITULO 51
Da idelidade que só devemos esperar encontrar em Deus e da graça da
paciê ncia.
UMA
CAPITULO 52
O valor de uma boa vontade.
UMA
CAPITULO 53
Como podemos lucrar com o mé rito dos outros.
ERTRUDE foi solicitada por uma pessoa, quando ofereceu a Deus todos
os dons gratuitos com que Ele a tinha favorecido, para pedir que ela
tivesse uma parte no seu mé rito. Enquanto orava assim, ela percebeu
esta pessoa de pé diante do Senhor, que estava sentado em Seu trono de
gló ria, e segurava em Suas mã os um manto magni icamente adornado,
que Ele apresentou a ela, mas ainda sem vesti-la. O Santo, surpreso com
isso, disse-lhe: “Quando te iz uma oferta semelhante, alguns dias
depois, Tu imediatamente levaste a alma da pobre mulher por quem eu
rezei para as alegrias do paraı́so; e por que, amado Senhor, nã o vestes
agora esta pessoa com o manto que lhe mostraste e que ela tanto
deseja, pelos mé ritos das graças que me concedeste, embora tã o
indigno delas? ” Nosso Senhor respondeu: “Quando alguma coisa me é
oferecida pelos ié is que partiram, eu imediatamente uso para eles, de
acordo com Minha inclinaçã o natural para mostrar misericó rdia e
perdã o, seja para a remissã o de seus pecados para seu consolo, ou para
o aumento de sua felicidade eterna, de acordo com a condiçã o daqueles
por quem a oferta é feita. Mas quando uma oferta semelhante é feita
pelos vivos, eu a guardo para o benefı́cio deles, porque eles ainda
podem aumentar seu mé rito por suas boas obras, por seus bons desejos
e por sua boa vontade; e é razoá vel que se esforcem para adquirir por
seu trabalho o que desejam obter pela intercessã o de outros.
“Portanto, se aquela por quem você ora deseja ser vestida com seus
mé ritos, ela deve estudar estas trê s coisas: Primeiro, ela deve receber
este manto com humildade e gratidã o - isto é , ela deve reconhecer
humildemente que ela precisa de os mé ritos dos outros - e ela deve Me
render fervorosos agradecimentos por ter se dignado a suprir sua
pobreza com sua abundâ ncia; em segundo lugar, ela deve tomar este
manto com fé e esperança - isto é , esperando na Minha bondade, ela
deve acreditar que receberá assim uma grande ajuda para sua salvaçã o
eterna; em terceiro lugar, que ela se reveste da caridade, exercitando-se
nesta e em outras virtudes. Que todos aqueles que desejam uma parte
dos mé ritos e virtudes dos outros ajam da mesma maneira, se eles
quiserem lucrar com isso. ”
CAPITULO 54
Oraçã o composta pelo Santo.
Oração
“Tu é s a vida da minha alma! Que todos os desejos do meu coraçã o
sejam unidos a Ti por Teu amor ardente! Possam eles de inhar e
morrer sempre que se voltarem para qualquer objeto fora de Ti; pois
Tu é s a beleza de todas as cores, a doçura de todos os sabores, a
fragrâ ncia de todos os odores, a harmonia de todos os sons, o encanto
de todos os abraços! Em Ti está a volú pia do deleite; de Ti lui uma
torrente de amor; a Ti sã o todos atraı́dos por Tuas atraçõ es
poderosas; e por Ti todos recebem as doces in luê ncias do amor! Tu é s
o Abismo transbordante da Divindade! O rei, maior do que todos os
reis! Imperador Supremo, Prı́ncipe soberano, Governante pacı́ ico,
Protetor iel! Tu é s a joia vivi icante da nobreza humana com os
sentimentos mais nobres!57Tu é s um Operá rio cheio de habilidade, um
Mestre cheio de clemê ncia, um Conselheiro cheio de sabedoria, um
Defensor cheio de bondade, um Amigo muito iel! Tu é s o doce sabor de
todas as delı́cias! O gentil acariciador, cujo toque transmite cura! O
ardente Amante, doce e casta Esposa! Tu é s a lor da primavera de
beleza imutá vel! O amoroso irmã o, belo jovem, alegre companheiro,
an itriã o liberal, administrador cuidadoso! Eu pre iro a Ti a todas as
criaturas; por Ti eu renuncio a todos os prazeres; para Ti procuro todas
as adversidades; e em tudo isso desejo apenas a Tua gló ria. Meu
coraçã o e lá bios testi icam que Tu é s o vivi icador de todo o bem. Eu
uno, pelo mé rito de Teu amor, o fervor de minhas devoçõ es à virtude de
Tuas oraçõ es, para que pelo poder desta uniã o Divina eu possa ser
elevado à mais alta perfeiçã o, e todos os movimentos rebeldes possam
ser acalmados dentro de mim. ”
Todas essas frases pareciam tantas pedras brilhantes embutidas
separadamente no ouro deste colar. No domingo seguinte, enquanto
Gertrudes assistia à missa em que iria comunicar e recitava esta
oraçã o com muita devoçã o, percebeu que Nosso Senhor se agradava
dela e disse-lhe: “O Senhor amoroso, desde que eu percebe que essas
palavras sã o tã o agradá veis a Ti, eu aconselharei tantas pessoas quanto
eu puder a oferecê -lo a Ti com devoçã o, como um precioso colar de
pé rolas. ” Nosso Senhor respondeu: “Ningué m pode me dar o que é
meu;58mas quem o recitar com devoçã o sentirá aumentar seu
conhecimento de Mim e receberá luz de Minha Divindade, que será
derramada sobre ele pela e icá cia dessas palavras; da mesma forma
que aqueles que seguram uma placa de metal polido para o sol
contemplam nela o re lexo de sua luz. ” A Santa sentiu imediatamente o
efeito destas palavras, pois assim que recitou esta oraçã o percebeu que
a superfı́cie da sua alma59 tornou-se radiante com luz Divina, e ela
encontrou um aumento de doçura e prazer nas coisas Divinas.
CAPITULO 55
Nosso Senhor mostra a ela Seu Coraçã o.
J
Certa vez, ESUS Cristo apareceu à Santa e, mostrando-lhe o Seu
Coraçã o, disse-lhe: “Minha amada, dá -me o teu coraçã o”; e ao
apresentá -lo a Ele com profundo respeito, parecia-lhe que Ele o unia ao
Seu por um canal que ia até o solo, atravé s do qual derramava
abundantemente as efusõ es de Sua in inita graça, dizendo-lhe:
“Doravante eu usarei o teu coraçã o como um canal atravé s do qual
derramarei as impetuosas torrentes de misericó rdia e consolaçã o que
luem do Meu amoroso Coraçã o sobre todos aqueles que se dispuserem
a recebê -lo, recorrendo a ti com humildade e con iança. ”
CAPITULO 56
De caridade para com um irmã o errante.
UMA
S A Santa rezou um dia por algumas pessoas que antes haviam ferido
gravemente o convento com seus furtos, e estavam novamente
cometendo depredaçõ es, Nosso Senhor apareceu a ela como se sofresse
muitas dores em um de seus braços, que estava tã o puxado para trá s
que os nervos icaram gravemente feridos, e Ele disse a ela: “Considere
o tormento que ele me causaria, se Me golpeasse com a mã o fechada
[punho] neste braço sofredor; e re lita que estou indignado da mesma
maneira por todos aqueles que, sem compadecer-se do perigo a que
estã o expostas as almas que vos perseguem, nada mais fazem do que
falar maliciosamente dos seus pecados [dos perseguidores] e do que
eles [as vı́timas] tê m sofrido em conseqü ê ncia, sem re letir que essas
pessoas infelizes [os perseguidores] sã o membros do Meu
Corpo; enquanto todos aqueles que, tocados pela compaixã o, imploram
Minha misericó rdia por eles, para que Eu possa convertê -los, agem para
comigo como se eles aliviassem a dor do Meu braço com unguentos
curativos: e eu considero aqueles que, por seus conselhos e
advertê ncias caridosas, tente induzi-los a emendar suas vidas, como
mé dicos sá bios que se empenham em restaurar Meu braço na posiçã o
correta. ”
Entã o Gertrudes, admirando a bondade inefá vel de Deus, disse-lhe:
“Mas como, Senhor, esses indignos podem ser comparados ao Teu
braço?” Ele respondeu: “Porque eles sã o membros do corpo da Igreja,
da qual me glorio em ser o Cabeça”. “Mas, meu Deus”, exclamou
Gertrude, “eles estã o separados da Igreja pela excomunhã o, pois foram
publicamente anatematizados pela violê ncia que izeram a este
mosteiro”. “Nã o obstante”, respondeu o Senhor, “visto que podem ser
restaurados ao seio da Igreja por absolviçã o, Minha bondade natural
me obriga a cuidar deles e desejo com incrı́vel ardor que se convertam
e façam penitê ncia”.
A Santa entã o orou para que o mosteiro pudesse ser defendido de
suas armadilhas por Sua proteçã o paterna, e ela recebeu esta resposta:
“Se você s se humilharem sob Minha poderosa Mã o, e reconhecerem
perante Mim no segredo de seus coraçõ es que seus pecados merecem
isso castigo, Minha misericó rdia paterna o protegerá de todos os
esforços de seus inimigos; mas se te ergueres orgulhosamente contra os
que te perseguem, desejando-lhes mal com mal, entã o, pelo Meu justo
julgamento, permitirei que se tornem mais fortes do que tu e te a ligam
ainda mais. ”
CAPITULO 57
Para que o cuidado dos assuntos temporais e deveres exteriores sejam
aceitá veis a Deus.
O
CAPITULO 58
Do mé rito da paciê ncia.
eu
CAPITULO 59
Da aversã o que Deus tem pela impaciê ncia. E como é agradá vel para Ele que
devolvamos graças por Seus benefı́cios.
UMA
S A Santa rezou por uma pessoa por quem tinha grande compaixã o,
porque sabia que num momento de impaciê ncia havia perguntado por
que Deus havia permitido que ela fosse provada de uma forma que ela
pensava nã o ter merecido, Nosso Senhor disse-lhe : “Pergunte a esta
pessoa por que essas provaçõ es nã o sã o proporcionais a ela; e diga-lhe
que, visto que o reino dos cé us nã o pode ser obtido sem sofrimento, ela
deve escolher para si mesma qualquer sofrimento que julgar mais
adequado para ela; e quando acontecer com ela, deixe-a suportar com
paciê ncia. ” Ela entendeu com essas palavras que o tipo mais perigoso
de impaciê ncia é aquele em que as pessoas imaginam que seriam
pacientes sob outras provaçõ es, mas que nã o podem ser pacientes sob
o que Deus lhes envia; ao passo que, ao contrá rio, devem estar
irmemente persuadidos de que tudo o que vem de Deus é mais
vantajoso para eles e que, quando nã o o recebem com paciê ncia, devem
pelo menos fazer disso uma ocasiã o de humilhaçã o.
Nosso Senhor entã o se dirigiu a Sua iel esposa assim: “E o que você
acha da Minha conduta a seu respeito? Você acha que eu lhe enviei um
sofrimento que está alé m de suas forças? " “Certamente que nã o, meu
Deus”, respondeu ela; “Mas eu sinceramente confesso, e reconhecerei
até o meu ú ltimo suspiro, que Tua Providê ncia tem me governado, tanto
espiritual quanto materialmente, na prosperidade e na adversidade, de
uma maneira tã o prudente, que toda a sabedoria do mundo desde o seu
inı́cio até agora nã o poderia ter agido assim, e que somente Tu, meu
mais doce Senhor, que é s a Sabedoria Incriada, fosse capaz disso: 'Que
alcança poderosamente de ponta a ponta, e ordena todas as coisas
docemente.' ”(Cf. Sb 8: 1).
Entã o o Filho de Deus a conduziu até Seu Pai e perguntou-lhe o que
ela diria a ele. “Eu Te dou graças, Santo Padre”, ela exclamou, “com todas
as minhas forças, por Aquele que está assentado à Tua direita, por
todos os magnı́ icos dons que recebi de Tua generosidade, sabendo que
isso nã o poderia ser realizado por ningué m criatura, e só poderia ser
realizada por Tua onipotê ncia Divina, que faz com que todas as coisas
existam. ” Entã o Ele a conduziu ao Espı́rito Santo, para que ela pudesse
oferecer suas açõ es de graças a Ele por todos os Seus benefı́cios; e ela
disse: "Eu Te dou graças, ó Espı́rito Santo, o Consolador, pelo mé rito
daquele que, por Tua cooperaçã o, se fez Homem no ventre de uma
Virgem, por ter me impedido caridosamente em todas as coisas com a
bê nçã o gratuita de Tua doçura, embora eu seja tã o indigno; e estou
convencido de que somente Tua caridade inefá vel poderia ter
concedido tais benefı́cios a mim, na qual reside, da qual procede, e por
meio da qual recebemos, todo bem. ”
Entã o o Filho de Deus, dirigindo-se a ela com a maior ternura
possı́vel, disse-lhe: “Eu te coloco sob a Minha proteçã o mais
especialmente do que qualquer outra criatura; e terei mais cuidado de
você s do que devo a eles por direito de criaçã o, redençã o ou mesmo por
Minha pró pria escolha. ” Disto o Santo sabia que quando algué m dá
semelhante açã o de graças à Divina Bondade, e se abandona com
con iança e gratidã o à Sua Santa Providê ncia, o Senhor cuida dele de
modo particular, també m como Superior é obrigado a zelar
especialmente por aquele cujos votos ele recebeu.
CAPITULO 60
Que Deus se agrada de nó s quando estamos descontentes de nó s mesmos.
UMA
CAPITULO 61
Do efeito das oraçõ es pelos outros.
UMA
CAPITULO 62
Instruçõ es para diferentes pessoas em diferentes estados de vida.
UMA
CAPITULO 63
Que a Igreja é representada pelos membros de Jesus Cristo. Como devemos
agir em relaçã o aos membros que estã o enfermos e em relaçã o ao nosso
Superior.
UMA
S O Santo orou por outra pessoa, o Senhor Jesus, Rei da Gló ria,
apareceu-lhe, mostrando-lhe, sob a igura do Seu Corpo natural, o
Corpo mı́stico da Sua Igreja, da qual Ele é a Cabeça e Esposa. Ele parecia
ter o lado direito de Seu corpo magni icamente revestido com um
há bito real e divino, mas o esquerdo estava descoberto e parecia
coberto de ú lceras. O Santo foi instruı́do por isso, que o lado direito de
Nosso Senhor signi ica os eleitos que estã o em Sua Igreja, e que foram
impedidos por dons especiais da graça; o lado esquerdo representava o
imperfeito, que ainda está cheio de vı́cios e imperfeiçõ es. Os
ornamentos com que se adornava o lado direito de Nosso Senhor
representavam os benefı́cios e serviços que alguns tinham prestado
com um zelo singular à queles que sabiam ser mais avançados em
virtude do que outros e gozar de maior familiaridade com Deus,
porque, sempre que eles agiram assim, deram, por assim dizer, um novo
ornamento ao Senhor. Mas també m há aqueles que, embora prestem
serviço voluntá rio à s pessoas virtuosas pelo amor de Deus, repreendem
as faltas dos ı́mpios e imperfeitos com tal severidade que aumentam
essas feridas em vez de curá -las.
Nosso Senhor entã o falou assim a Gertrudes: “Que todos aprendam
com Meu exemplo neste assunto como eles devem curar as feridas da
Igreja, que é Meu Corpo mı́stico - isto é , como eles devem corrigir as
faltas de seus vizinhos. Primeiro, eles devem tocá -los gentilmente e se
esforçar, por meio de seus conselhos bondosos e caridosos, para afastá -
los de suas imperfeiçõ es. Quando eles vê em que esses meios sã o
ine icazes, entã o, com o decorrer do tempo, eles podem usar remé dios
mais fortes para efetuar sua cura. Aqueles que nã o ligam para as
Minhas palavras sã o aqueles que, embora conheçam as faltas dos
outros, se preocupam tã o pouco com eles, que nã o os corrigem, nem
mesmo com uma palavra, por medo de se darem o mı́nimo trabalho,
dizendo: com Caim, 'Sou eu o guardiã o do meu irmã o?' Eles se grudam
nas Minhas feridas que, em vez de tentar curá -las, arrancam-nas e
fazem com que se corrompam, permitindo que as imperfeiçõ es de seus
vizinhos continuem com seu silê ncio, quando poderiam curá -las com
suas palavras.
“Há outros que descobrem os defeitos de seus vizinhos, mas cedem
à raiva se nã o sã o corrigidos e castigados por eles no momento, de
acordo com sua fantasia; e tais pessoas resolvem em seus coraçõ es
nunca mais aconselhar ou repreender outra pessoa, imaginando que
seu conselho foi desconsiderado; e ainda assim eles pró prios
condenarã o outros severamente, até mesmo os ferindo por inverdades,
sem lhes dar uma palavra de conselho para sua emenda. E aqueles que
agem assim parecem como se tivessem colocado um gesso em Minhas
feridas exteriormente, enquanto interiormente as rasgam com ferros
em chamas.
“Aqueles que negligenciam corrigir as faltas dos outros mais por
negligê ncia do que por malı́cia, agem como se pisassem em Meus pé s. E
os que seguem os impulsos de sua pró pria vontade, sem se importar em
escandalizar Meus eleitos, de modo que satisfaçam suas inclinaçõ es,
parecem furar Minhas mã os com agulhas em brasa.
“Há outros, també m, que amam sinceramente, como devem, bons e
santos Superiores, e que lhes mostram todo o respeito por suas
palavras e açõ es, mas desprezam aqueles que parecem menos perfeitos
e condenam suas açõ es em suas pró prias mentes. rigorosamente; e
estes agem como se adornassem o lado direito da Minha cabeça com
pé rolas e pedras preciosas e, ao mesmo tempo, golpeavam o outro lado
com violê ncia e sem misericó rdia quando desejo colocá -lo sobre eles
para descansar. Há també m quem aplauda as açõ es mal reguladas dos
seus superiores, para se insinuar na sua amizade e assim poder seguir
mais facilmente a sua pró pria vontade; e estes agem como se
arrastassem Minha cabeça para trá s rudemente, insultando-Me em Meu
sofrimento e encontrando prazer em Minhas feridas ”.
CAPITULO 64
Sobre a participaçã o espiritual dos mé ritos.
UMA
S A Santa orou por outra pessoa que havia sido recomendada com
devoçã o para suas oraçõ es, ela começou pedindo a Deus que a deixasse
participar de todo o bem que ela pudesse realizar, embora indigno, por
suas vigı́lias, seus jejuns, suas oraçõ es e outros bens trabalho. Nosso
Senhor respondeu: “Eu lhe comunicarei todas as graças que a bondade
gratuita de Minha Divindade operou ou operará em você até o im”. O
Santo entã o perguntou: “Visto que a Tua santa e universal Igreja
participa de todo o bem que Tu operas em mim, por mim e por todos os
Teus eleitos, que vantagem particular esta pessoa receberá de Tua
generosidade, em conseqü ê ncia do meu desejo ardente para que ela
participe de todas as graças que me conferes? ” Nosso Senhor
respondeu por esta comparaçã o: "Mesmo como uma senhora de
posiçã o, que entende a arte de habilmente arranjar pé rolas e pedras
preciosas para se adornar e sua irmã honra sua casa e seus pais, e
embora ela que é assim há bil obtenha o maiores aplausos, ainda
aqueles que ela adorna sã o mais admirados do que aqueles que estã o
totalmente privados de tais joias; assim també m a Igreja compartilha o
que é concedido a cada indivı́duo; mas aqueles que os receberam, e
aqueles a quem desejam participar deles, recebem o maior lucro deles.
”
Entã o o Santo disse a Nosso Senhor que uma pessoa que tinha
atendido Dame Mechtilde em sua doença queixou-se de que ela nã o a
tinha atendido como ela desejava; acima de tudo, ela lamentou nã o ter
falado com ela sobre sua alma como ela desejava, temendo, se o izesse,
que ela pudesse incomodá -la. Nosso Senhor respondeu: “Ela Me serve
diariamente à Minha mesa, como um prı́ncipe faria ao seu imperador,
pela boa vontade com que tantas vezes serviu a Minha esposa com
tanto entusiasmo e liberalidade; pois tenho prazer em todos os serviços
que ela prestou a ela, seja servindo-a com comida e bebida, seja
acalmando seus sofrimentos com suas palavras ou açõ es. E quanto à
queixa que ela faz de nã o ter falado com ela com frequê ncia su iciente
de coisas espirituais, eu suprirei para este mesmo, como um esposo
caridoso, que, visto que sua noiva por respeito se absté m de pedir-lhe
algo que ela deseja ardentemente , concede o dobro à sua
modé stia. Alé m disso, por causa da alegria que ela sente por todos os
favores que tenho concedido a Meu esposo, sua alma receberá no cé u
um deleite inestimá vel por todas as graças que foram derramadas
sobre ela da fonte incompreensı́vel de luz. Pois assim como os raios do
sol, quando caem sobre a superfı́cie da á gua, re letem-se novamente em
alguma outra superfı́cie, assim també m o brilho da Minha graça, que
brilha nas almas daqueles que apresentei na terra com a doçura de
Minha bê nçã o lançará sua luz por toda a eternidade sobre as almas
daqueles que se regozijaram em sua felicidade, e formará uma imagem
mais brilhante do que a do espelho mais polido. ”
CAPITULO 65
Da utilidade da tentaçã o.
UMA
S GERTRUDE orou por uma pessoa que foi grandemente provada pela
tentaçã o, ela recebeu esta resposta: "Fui eu que enviei esta tentaçã o, e
eu a permiti, para que ela pudesse perceber e se arrepender de seus
defeitos, e apagar aqueles defeitos que ela nã o vê ; como geralmente
acontece que, quando os homens percebem qualquer mancha em suas
mã os, eles as lavam, e assim limpam completamente as manchas
menores, que eles nã o teriam percebido ou removido se nã o tivessem
visto uma maior.
CAPITULO 66
Essa comunhã o frequente é agradá vel a Deus.
UMA
CAPITULO 67
Da maneira correta de exercer zelo.
UMA
S GERTRUDE orou por uma pessoa cuja consciê ncia estava perturbada,
temendo ser culpada diante de Deus por nã o ter suportado com
paciê ncia su iciente a negligê ncia de algumas pessoas por cujo mau
exemplo ela temia que a disciplina religiosa fosse relaxada, Nosso
Senhor, que é o melhor de todos os mestres a instruı́ram assim: “Se
algué m deseja que seu zelo seja um sacrifı́cio aceitá vel para Mim e ú til
para sua pró pria alma, deve cuidar especialmente de trê s
coisas; primeiro, ela deve mostrar um semblante gentil e sereno para
com aqueles a quem deseja corrigir por suas faltas, e mesmo, quando a
oportunidade se oferece, ela deve manifestar sua caridade para com
eles por suas açõ es, bem como por suas palavras; em segundo lugar, ela
deve ter o cuidado de nã o publicar essas negligê ncias em lugares onde
nã o espera correçã o da pessoa corrigida, nem cautela dos ouvintes; em
terceiro lugar, quando sua consciê ncia a exorta a repreender qualquer
falta, nenhuma consideraçã o humana deve induzi-la a se calar, mas, por
um motivo puro de dar gló ria a Deus e bene iciar almas, que ela busque
uma oportunidade de corrigir essas imperfeiçõ es com proveito e
caridade . Entã o ela será recompensada de acordo com seu trabalho,
nã o de acordo com seu sucesso; pois se seu cuidado falhar
inteiramente, nã o será culpa dela, mas sim daqueles que se recusam a
ouvi-la. ”
Enquanto a Santa rezava novamente por duas pessoas que se
desentendiam verbalmente, uma ansiosa pela manutençã o da justiça e
a outra pela caridade, Nosso Senhor lhe disse: “Quando um pai que ama
seus ilhos os vê brincando juntos e se divertindo apenas por diversã o,
ele parece nã o notar; mas se ele perceber que um se levanta contra o
outro com muita severidade, ele imediatamente repreende
severamente aquele que está em falta. Assim també m eu, que sou o Pai
das misericó rdias, quando vejo duas pessoas discutindo com uma boa
intençã o, pareço nã o perceber, embora eu pre ira vê -las gozar de toda
uma paz de coraçã o; mas se um icar com raiva do outro, ela nã o
escapará da vara da Minha justiça paterna. ”
CAPITULO 68
Que nem sempre recebemos o fruto de nossas oraçõ es imediatamente.
UMA
OUTRA pessoa queixou-se de nã o ter recebido o fruto das oraçõ es que
lhe foram oferecidas, a Santa expô s o assunto perante Deus e recebeu a
seguinte resposta: “Pergunte a esta pessoa o que ela consideraria mais
vantajoso para um primo ou qualquer outro parente para quem ela
desejava ardentemente um benefı́cio - se o direito a isso lhe fosse
conferido quando criança, ou se ele també m recebesse os rendimentos
e pudesse usá -los como bem entendesse? Segundo a prudê ncia
humana, ela só poderia responder que seria mais vantajoso conferir a
ele o direito ao benefı́cio e à receita quando ele pudesse usá -la
adequadamente, do que quando pudesse esbanjá -la perdidamente. Que
ela, entã o, con ie em Minha sabedoria e Minha Divina misericó rdia, pois
sou seu Pai, seu Irmã o e seu Esposo, e obterei o que será vantajoso para
seu corpo e alma com muito mais cuidado e idelidade do que ela.
qualquer parente; e que ela acredite que Eu preservo cuidadosamente o
fruto de todas as oraçõ es e desejos que sã o dirigidos a Mim por ela, até
que o tempo adequado chegue para permitir que ela os desfrute; entã o
vou entregá -los inteiramente a ela, quando ningué m poderá corrompê -
los, ou privá -la deles por suas importunaçõ es. E que ela seja persuadida
de que isso é muito mais ú til para ela do que derramar em sua alma
alguma doçura que poderia, talvez, ser uma ocasiã o de vangló ria para
ela, ou ser manchada por seu orgulho; ou do que conceder-lhe alguma
prosperidade temporal, o que pode se provar uma ocasiã o de pecado. ”
CAPITULO 69
O valor da obediê ncia exata.
UMA
CAPITULO 70
Instruçõ es sobre diferentes assuntos.
UMA
NO OUTRA Hebdomadaria, que foi designada para ler o Salté rio, tendo-
se recomendado à s oraçõ es da Santa, ela começou a interceder por ela,
e viu em espı́rito o Filho de Deus elevando esta pessoa perante o trono
de Seu Pai Eterno, orando-Lhe para concede-lhe uma parte do zelo e da
idelidade com que Ele desejou a gló ria de Deus, seu Pai, e a salvaçã o do
gê nero humano. Depois de orar assim por essa pessoa, ela apareceu
vestida com ornamentos como os dele. Portanto, como se diz que o
Filho de Deus está diante de Seu Pai para torná -lo favorá vel à Sua Igreja,
essa pessoa, como outra Ester, estava com o Filho de Deus diante do Pai
Eterno orando por seu povo, isto é , para sua comunidade. E como ela
assim se cumpriu da obrigaçã o de recitar o Salté rio, o Pai celeste
recebeu suas palavras de duas maneiras diferentes, como um senhor
que recebe uma dı́vida da pessoa que entrou em iança para seus
devedores, e como uma quantia em dinheiro dada por seu mordomo
para distribuir entre seus amigos. Pareceu, també m, que Nosso Senhor
deu a esta pessoa tudo o que ela desejava obter com suas oraçõ es pela
comunidade, e que Ele havia concedido a eles tudo o que pediram.
§2. Por que Deus permite faltas em superiores.
Enquanto Santa Gertrudes orava a Deus para corrigir uma falha em
uma de suas superiores, ela recebeu esta resposta: “Você nã o sabe que
nã o só esta pessoa, mas també m todos os que estã o a cargo desta
Minha amada comunidade, tê m alguns defeitos, já que ningué m pode
icar totalmente livre deles nesta vida? E isso acontece por excesso de
misericó rdia, ternura e amor com que escolhi esta congregaçã o, para
que assim seu mé rito seja grandemente aumentado. Pois é muito mais
virtuoso se submeter a uma pessoa cujas falhas sã o aparentes do que a
algué m que sempre parece perfeito. ” A isso o Santo respondeu:
“Embora eu esteja cheio de alegria em perceber grandes mé ritos nos
inferiores, desejo ardentemente que os superiores estejam livres de
defeitos e temo que os contraiam por suas imperfeiçõ es”. Nosso Senhor
respondeu: “Eu, que conheço todas as suas fraquezas, à s vezes permito
que, na diversidade de seus empregos, sejam maculados por alguma
mancha, porque de outra forma eles nunca poderiam atingir um grau
tã o alto de humildade. Portanto, como o mé rito dos inferiores aumenta
tanto pelas perfeiçõ es quanto pelas imperfeiçõ es de seus superiores, o
mé rito dos superiores aumenta pelas perfeiçõ es e imperfeiçõ es dos
inferiores, mesmo que os diferentes membros do mesmo corpo
contribuam para o aumento mú tuo ”.
Dessas palavras, Gertrudes aprendeu a admirar a in inita sabedoria
de Deus, que organiza todas as coisas para a perfeiçã o de Seus eleitos
com tanto cuidado, que até usa seus defeitos para aumentá -los em
perfeiçã o; de modo que, se nã o houvesse outro assunto senã o este em
que a misericó rdia de Deus resplandecesse, as açõ es de graças unidas
de todas as Suas criaturas nã o seriam su icientes para louvá -Lo por
isso.
§3. Dos frutos da adversidade e como devemos corrigir nossas
falhas.
Enquanto a Santa orava por uma pessoa que estava em apuros, ela
recebeu esta resposta: “Nã o desa ie [sic] em Mim, pois Eu nunca
permitirei que Meus eleitos sejam provados alé m de suas forças; e
estou sempre com eles para moderar o peso de suas adversidades,
assim como uma mã e que deseja aquecer seu ilho pequeno sempre
manté m a mã o entre o fogo e seu ilho; entã o, quando sei que é
necessá rio puri icar Meus eleitos com sofrimentos, nã o os envio para
sua destruiçã o, mas para prová -los e contribuir para sua salvaçã o
”. Enquanto ela orava depois por uma pessoa que ela tinha visto
cometer uma falta, ela disse, no fervor de seus desejos: “Senhor, embora
eu seja a menor das Tuas criaturas, visto que o que peço por este
homem é para a Tua gló ria, por que Nã o me ouves, Tu que é s todo-
poderoso e podes fazer todas as coisas? ” O Senhor respondeu: “Assim
como Minha onipotê ncia pode fazer todas as coisas, assim també m
Minha sabedoria discerne todas as coisas; portanto, nã o faço nada que
nã o seja adequado. E como um monarca terreno que tinha o poder e a
vontade de limpar seus está bulos nã o o faria por si mesmo, porque
seria inadequado, entã o eu nã o retiro as pessoas do mal em que caı́ram
por sua pró pria vontade, se nã o o izerem. mudem sua vontade e se
tornem agradá veis aos Meus olhos e dignos do Meu amor ”.
§4. De evitar negligência e confusão no O ício Divino.
Enquanto a Santa observava uma pessoa que percorria o coro
durante as matinas para lembrar à s irmã s alguma observâ ncia que
havia sido esquecida e, portanto, causava alguma confusã o, ela
perguntou a Deus se essa açã o era agradá vel para ele. Ele respondeu:
“Todo aquele que se esforçar para evitar qualquer negligê ncia no Ofı́cio
Divino para Minha gló ria, e admoestar outros com o mesmo propó sito,
suprirei o que ele omitiu neste dever de piedade e devoçã o que é
obrigado a praticar”.
CAPITULO 71
Da perda de amigos; e como devemos oferecer nossas provaçõ es a Deus.
UMA
S THE Saint orou por uma pessoa que estava a lita com a doença de
uma amiga cuja morte ela esperava, ela recebeu esta instruçã o de Deus:
“Quando algué m perde, ou teme perder, um amigo iel em quem nã o
encontra apenas o consolo de amizade, mas també m de grande ajuda
para seu avanço na virtude, se eles Me oferecerem esta a liçã o, e
preferirem que Minha Vontade seja realizada do que que seu amigo
viva, eles podem estar certos, se eles formularem esse desejo em seus
coraçõ es até mesmo para uma ú nica hora, que preservarei sua oferta
na mesma beleza e frescor como foi apresentada a Mim; e todas as
a liçõ es que podem acontecer a eles posteriormente atravé s da
fraqueza humana contribuirã o para o avanço de sua salvaçã o de tal
maneira, que todos os pensamentos que podem entristecê -los - como,
por exemplo, quando eles se lembram de tal ou tal consolo que eles
possam encontraram nesta pessoa, e da qual estã o agora privados -
todas aquelas dores e inquietaçõ es que oprimem o homem pela
fraqueza de sua natureza humana - só servirã o para dar lugar em suas
almas para consolaçõ es Divinas, apó s a oferta de que tenho falado; pois
concederei a eles tantas consolaçõ es quantas tiverem sofrido
a liçõ es. E agirei para com eles até mesmo como um lapidá rio que é
obrigado a colocar em sua obra de ouro ou prata tantas pedras
preciosas quanto ele criou nichos para recebê -las. Agora, Minha
consolaçã o divina é como uma pedra preciosa, porque se diz que as
pedras preciosas tê m força;68 assim, o consolo divino que o homem
obté m ao suportar uma a liçã o passageira tem tal e icá cia, que nã o há
nada que possa ser renunciado nesta vida, por maior que seja, que nã o
seja restaurado cem vezes nesta vida e mil vezes na eternidade ”.
CAPITULO 72
Instruçõ es sobre vá rios assuntos.
UMA
S GERTRUDE orou uma vez por uma pessoa que desejava ardentemente
ter o mé rito da virgindade diante de Deus, mas que temia ter
manchado seu brilho por alguma fraqueza humana, ela apareceu nos
braços do Senhor, vestida modestamente com um manto branco como
a neve; e Ele deu esta instruçã o: “Quando a virgindade recebe uma leve
mancha pela fraqueza humana, e esta se torna a ocasiã o de exercer
uma verdadeira e só lida penitê ncia, faço com que essas manchas
apareçam como ornamentos na alma e a adornem como dobras
adornam um manto.69No entanto, como a Escritura, que nã o pode
estar errada, nos assegura 'que a incorrupçã o se aproxima de Deus'
( Sb 6:20), deve-se observar que se essas manchas fossem causadas
por grandes pecados, impediriam as efusõ es de Amor divino."
§2. De renunciar ao nosso próprio julgamento.
Enquanto rezava por outra pessoa que desejava a consolaçã o divina,
recebeu esta resposta: “Ela mesma é o obstá culo que a impede de
receber a doçura da Minha graça; pois quando atraio Meus eleitos para
Mim pelas atraçõ es interiores de Meu amor, aqueles que permanecem
obstinados no exercı́cio de seu pró prio julgamento colocam o mesmo
impedimento que algué m faria que fechasse as narinas com o manto
para evitar cheirar um delicioso perfume. Mas aquele que, por amor de
Mim, renuncia ao seu pró prio julgamento para seguir o de outrem,
adquire um mé rito ainda maior por agir contra a sua vontade, porque
nã o é apenas humilde, mas perfeitamente vitorioso; pois o apó stolo diz
que ningué m será coroado 'a menos que se esforce legalmente'. ”( 2
Tim. 2: 5).
§3. Que a vontade é considerada diante de Deus como um ato.
Enquanto a Santa rezava por uma pessoa que encontrava grande
di iculdade em um trabalho que lhe fora ordenado, Nosso Senhor a
instruı́a assim: “Se algué m deseja, por amor de Mim, empreender
qualquer trabalho penoso, pelo qual teme ser impedido de suas
devoçõ es, se ele prefere o cumprimento de Minha Vontade ao bem de
sua alma, estimo tanto a pureza de sua intençã o, a ponto de considerá -
la como se tivesse realmente sido realizada; e mesmo que nunca
comece o que empreendeu, nã o deixará de obter de Mim a mesma
recompensa como se o tivesse feito e nunca tivesse cometido a menor
negligê ncia no assunto.
§4. Que não devemos preferir as coisas exteriores às
interiores.
Em outra ocasiã o, quando a Santa rezou por uma pessoa que se
preocupava com algum assunto de que ela pró pria era a causa, recebeu
esta resposta: “Com estas dores puri ico a negligê ncia que ela contraiu,
preferindo, por motivos humanos, um utilidade exterior para seu
desenvolvimento interior. ” “Mas, uma vez que ela nã o pode viver sem
os bens exteriores”, respondeu a Santa, “que falta ela pode ter cometido
por esta previsã o, que é uma necessidade de seu ofı́cio?” Nosso Senhor
respondeu: “E uma honra e um ornamento para uma senhora de
posiçã o usar um manto forrado com peles; mas se ela o virasse do
avesso, o que era adequado para sua posiçã o se tornaria um assunto de
confusã o, de modo que sua mã e, para evitar tal exposiçã o, a cobrisse
com outro manto, para que ela nã o fosse considerada perdida. Assim,
Eu, que amo essa pessoa com ternura como Meu pró prio ilho, cubro
seus defeitos com diversos tipos de a liçõ es, e permito que aconteçam
com ela por esse motivo, sem culpa dela. Alé m disso, adornei-a com
paciê ncia como um ornamento especial; pois eu recomendei no
Evangelho que os homens deveriam buscar primeiro o reino de Deus e
Sua justiça - isto é , a perfeiçã o do homem interior - e entã o, nã o que
eles deveriam buscar as coisas exteriores, pois eu prometi que elas
seriam adicionadas para eles." Essas palavras devem ser
cuidadosamente consideradas por todos os religiosos que desejam ser
amigos de Deus.
PARTE QUATRO
As revelaçõ es de Santa Gertrudes
Compilado pelas religiosas de seu mosteiro
CAPITULO 1
Com quanta devoçã o devemos nos preparar para os festivais. Vantagens de nos
recomendarmos à s oraçõ es dos outros. Nosso desfrute de Deus corresponde
aos nossos desejos e à nossa capacidade de recebê -lo.
UMA
CAPITULO 2
Instruçõ es para celebrar a Festa da Natividade.
CAPITULO 3
Para a Festa da Natividade. Apariçã o do Menino Jesus e de sua Mã e Santı́ssima.
CAPITULO 5
Para a festa da circuncisão.
Do santo nome de Jesus; e a renovaçã o das nossas boas intençõ es no inı́cio do
novo ano.
CAPITULO 6
Para a festa da epifania.
Das oblaçõ es que sã o aceitá veis a Deus.
CAPITULO 8
Para a festa de Santa Inês, Virgem e Mártir.
Apariçã o de Santa Inê s. Virtude das palavras que ela proferiu em sua morte.
CAPITULO 9
Para a Festa da Puri icação.
O
NA Festa da Puri icaçã o da Santı́ssima Virgem, quando o Santo se
alegrou em espı́rito ao primeiro som do sino para as Matinas, e disse a
Nosso Senhor: “O meu coraçã o e a minha alma Te saú dam, ó amoroso
Salvador, ao som de o sino que anuncia a Festa da Puri icaçã o de Tua
Santı́ssima Mã e, ”Ele respondeu condescendentemente:“ E as entranhas
de Minha piedade batam à s portas da Divina Misericó rdia por você s,
para obter a remissã o completa de todos os seus pecados ”. Quando o
sino para as Matinas parou de tocar, Nosso Senhor desejou
recompensar sua saudaçã o mil vezes mais, e disse-lhe: “O alegria do
Meu Coraçã o, Minha Divindade te saú da; e Eu envio a você todos os
mé ritos da Minha sagrada Humanidade, para permitir que você passe
este festival de uma maneira que me agrade. ”
Alguns meses depois, enquanto desejava ouvir o que era entoado no
coro, e lamentava a enfermidade que a detinha na cama, ela disse
reclamando: "O Senhor, se a distâ ncia nã o me impedisse de ouvir, como
meu coraçã o se alegraria por cada um palavra cantada nas matinas!
” Mas Nosso Senhor respondeu: “Minha esposa, se você nã o sabe o que
é cantado no coro, volte-se para Mim e contemple com atençã o o que se
passa dentro de Mim e nã o deixará de encontrar o que te
satisfará ”. Entã o ela soube em espı́rito que o Senhor tomava para Si
todo o bem que as almas santas faziam na Igreja, e que, tendo
puri icado e aperfeiçoado em Si mesmo, Ele o oferecia em eterno louvor
à Santı́ssima Trindade; e que, atraindo para Seu Divino Coraçã o as boas
obras que foram feitas para a gló ria de Deus, Ele as enobreceu e
aperfeiçoou; e ela percebeu que, enquanto as obras unidas aos
membros de Jesus Cristo operavam na alma um bem de valor
inestimá vel, aquelas que Ele introduzia em Seu Coraçã o superavam as
demais em perfeiçã o e excelê ncia, assim como um homem vivo excede
em dignidade aquele que está morto.
Depois disso, ao ouvir a segunda Resposta, e triste por nã o ter
ouvido a primeira, que era Adorna thalamum , disse a Nosso Senhor:
“Ensina-me, imploro-Te, meu Amado, como posso adornar o leito do
meu coraçã o, para que Te agrade. ” Nosso Senhor respondeu: “Abra o
seu coraçã o para Mim, e deixe-Me ver nele as imagens que você sabe
que sã o mais agradá veis para Mim”. A partir disso, o Santo
compreendeu que Nosso Senhor se alegra muito quando abrimos
nossos coraçõ es, lembrando seus sofrimentos e agradecendo-lhe por
seus benefı́cios. Enquanto cantavam Post partum virgo , no segundo
Nocturn, com as palavras Intercede pro nobis ,35Santa Gertrudes viu a
Santı́ssima Virgem enxugando todas as manchas das religiosas do
convento; e escondendo-os em um canto, ela se colocava diante deles,
para ocultá -los dos olhos da justiça divina. Durante a Antı́fona Beata
mater , ao ouvir a palavra Intercede ela viu a Santı́ssima Virgem, elevada
e radiante de gló ria, oferecendo ao seu Filho, que é o Rei dos reis,
depois de um suave abraço, todas as devoçõ es das irmã s, em uniã o
com ela ter.
Mas como Gertrudes ainda reclamava dos obstá culos que eram
causados por suas enfermidades, Nosso Senhor disse a ela: "Se Simeã o
e Ana - quero dizer, os efeitos de sua enfermidade - ainda a impedem de
frequentar o Ofı́cio Divino, venha comigo no Monte Calvá rio, onde
encontrará s um jovem cheio de beleza e carinho para te colocar na cruz
”.
Ela, portanto, o seguiu em espı́rito, e a memó ria da Paixã o causou
um deleite maravilhoso em sua alma. Entã o ela passou por um portã o
no lado norte e entrou em um templo magnı́ ico, onde viu o abençoado
velho Simeã o em pé perto do altar e proferindo estas palavras
enquanto orava: “Quando Ele virá ? Quando devo contemplá -lo? Devo
viver até que Ele venha? " E ao repetir as mesmas e semelhantes
palavras, sentiu a alma estremecer dentro de si e, voltando-se
repentinamente, viu a Santı́ssima Virgem diante do altar, segurando nos
braços o Menino Jesus, o mais belo dos ilhos dos homens. Assim que O
viu, foi iluminado pelo Espı́rito Santo e reconheceu o Redentor do
mundo; e, tomando-o nos braços com grande alegria, exclamou: Nunc
dimittis servum tuum, Domine ; ao ouvir as palavras quia viderunt oculi
mei , ele o beijou com amor; e com as palavras quod parasti , ele o
ergueu diante da Arca, para oferecê -lo a Deus Pai como a salvaçã o de
Seu povo. A Arca entã o tornou-se brilhante com luz, e a imagem do
Menino Jesus apareceu nela resplandecente com beleza, o que
signi icava que Ele era a consumaçã o de todos os sacrifı́cios da velha e
da nova aliança. Entã o Simeã o exclamou, no fervor do seu amor: Lumen
ad revelationem gentium , e devolveu o Menino à Mã e, dizendo: Et tuum
ipsius animam pertransibit gladius . Em seguida, a Santı́ssima Virgem
ofereceu duas pombas jovens por seu Filho Divino, que indicavam a
vida inocente dos ié is, que, como pombas, respondem em doces
murmú rios a todos os males, e coletam grã os puros, isto é , se esforçam
para seguir o exemplo do Santos; e aqueles que agem assim redimem o
Senhor Jesus, quando preenchem e realizam o que Nosso Senhor lhes
deixou para fazer.
Na oitava Resposta, Ora pro nobis, etc., a Rainha das Virgens
ajoelhou-se diante de Deus como mediadora entre Ele e os religiosos,
orando por cada um individualmente; mas seu Divino Filho a ergueu
respeitosamente e a colocou perto Dele no trono de Sua gló ria,
concedendo-lhe plena autoridade para comandar o que quisesse. Entã o
ela desejou que o coro de Poderes cercasse o convento e o defendesse
poderosamente contra as astutas ciladas do antigo inimigo. Os anjos
obedeceram imediatamente à s ordens da Rainha do Cé u e, juntando os
seus escudos, cercaram o convento por todos os lados.
Entã o Santa Gertrudes disse à Santı́ssima Virgem: “O Mã e da
Misericó rdia, aqueles que nã o ajudaram no coro nã o participarã o desta
poderosa defesa?” A Santa Virgem respondeu: “Eles participarã o dela, e
també m todos aqueles que, aqui ou em outro lugar, preservam o
verdadeiro espı́rito da religiã o; mas se qualquer um falhar na
observâ ncia religiosa, e nã o estiver buscando sinceramente atingir a
perfeiçã o, nã o terá o mé rito de estar sob a proteçã o dos Anjos ”. A isso
Nosso Senhor acrescentou: “Que aqueles que desejam viver sob uma
proteçã o tã o poderosa façam escudos para si mesmos desta maneira:
estreito abaixo — isto é , em direçã o a si mesmo — por humildade, e
amplo acima — isto é , em direçã o a Mim — por um plena e perfeita
con iança na Minha bondade. ”
Quando o Versı́culo Ora pro nobis foi cantado na procissã o, a
Santı́ssima Virgem apareceu para colocar seu Filho suavemente sobre o
altar, e entã o, prostrando-se devotamente diante Dele, intercedeu por
toda a congregaçã o; e esta criança real inclinou-se para ela, para
signi icar que Ele nã o apenas ouvia suas oraçõ es, mas que també m
realizaria tudo o que sua amada mã e desejava.
CAPITULO 10
Para Septuagesima domingo.
Instruçõ es sobre como receber e se abster da Sagrada Comunhã o.
CAPITULO 11
Para Sexagesima.
Instruçõ es sobre a arca de Noé ; um dia mı́stico nisso.
CAPITULO 12
Para o sábado antes de Quinquagesima.
Devoçõ es pela é poca do Carnaval [Mardi Gras]. Do valor e da e icá cia do
sofrimento.
O
CAPITULO 15
Para a segunda-feira após o primeiro domingo da
Quaresma.
Da verdadeira maneira de realizar espiritualmente as obras corporais de
misericó rdia.
CAPITULO 16
Para o Segundo Domingo da Quaresma.
Da oblaçã o dos mé ritos de Jesus Cristo pelos pecados da Igreja.
CAPITULO 17
Para o terceiro domingo da Quaresma.
Como podemos obter uma participaçã o nos mé ritos da Vida de Jesus Cristo.
O
CAPITULO 18
Para o quarto domingo da Quaresma.
O Santo é instruı́do sobre como expiar os pecados da Igreja.
CAPITULO 19
Para a festa de São Gregório, Papa.
Da gló ria e prerrogativas de Sã o Gregó rio, e da recompensa reservada a este
Doutor da Igreja.
UMA
CAPITULO 20
Para a festa do glorioso São Bento.
A bem-aventurança e a gló ria desta Santa mostrada a Santa Gertrudes. A
recompensa particular reservada para aqueles que observam ielmente a
disciplina regular.
O
NA Festa do glorioso pai Sã o Bento,59Santa Gertrudes ajudava nas
matinas com especial devoçã o para homenagear um pai tã o
excelente; e ela o viu em espı́rito, de pé na presença da refulgente e
sempre pacı́ ica Trindade, radiante de gló ria. Seu semblante estava
cheio de majestade e beleza; seu há bito brilhava
insuperavelmente; enquanto rosas vivas e brilhantes pareciam brotar
de seus membros, cada rosa produzindo outra, e essas outras, a ú ltima
superando a primeira em fragrâ ncia e beleza, de modo que nosso santo
pai, abençoado tanto pela graça como pelo nome,60estando assim
adornado, deu o maior prazer à adorá vel Trindade e à corte celestial,
que se alegrou com ele por sua bem-aventurança. As rosas que assim
brotaram dele signi icaram os exercı́cios que ele usou para subjugar
sua carne ao seu espı́rito, e todas as açõ es sagradas que ele havia
realizado, e també m aquelas de todos que ele havia atraı́do por suas
persuasõ es ou induzido por seu exemplo deixar o mundo e viver sob
disciplina regular, aquele que, seguindo-o nesta estrada real, alcançou,
ou ainda chegará , ao porto do paı́s celestial e à vida eterna, cada um
dos quais é um assunto de particular gló ria para este grande
patriarca; e por isso todos os santos louvam a Deus e o felicitam
continuamente.
Sã o Bento també m carregava um cetro, que era maravilhosamente
decorado em cada lado com pedras preciosas de grande
brilho. Enquanto o segurava em sua mã o, o lado que estava voltado
para ele emitia uma luz gloriosa, que indicava a felicidade daqueles que
haviam abraçado sua Regra e corrigido suas vidas, e por conta deles
Deus o subjugou com uma alegria inconcebı́vel. Do lado que estava
voltado para Deus, brilhava a justiça divina que havia sido
engrandecida na condenaçã o daqueles que foram chamados a esta
sagrada Ordem, mas que se tornaram indignos dela, e portanto foram
condenados à s chamas eternas; pois é justo que aquele a quem Deus
chamou à mais sagrada das Ordens seja mais severamente punido se
viver uma vida má .
Agora, como Santa Gertrudes ofereceu ao bendito padre a recitaçã o
de todo o Salté rio em sua homenagem, por parte da comunidade, ele
parecia extremamente alegre, e ofereceu a verdura com a qual foi
adornado para o bem-estar daqueles que buscavam seu proteçã o com
coraçõ es puros, e caminhou em suas pegadas pela iel observâ ncia de
sua Regra.
Enquanto a Resposta, Grandi Pater iducia morte stetit
preciosa ,61foi entoado, Santa Gertrudes disse-lhe: “Santo Padre, que
recompensa especial recebeste pela tua morte gloriosa?” Ele
respondeu: “Por ter dado meu ú ltimo suspiro enquanto orava, agora
emito um sopro de tã o insuperá vel doçura, que os santos se deleitam
em estar perto de mim”. Entã o ela implorou a ele, por sua morte
gloriosa, que ajudasse cada religioso daquele mosteiro em sua ú ltima
hora. O venerá vel pai respondeu: “Todos os que me invocarem,
lembrando o im glorioso com que Deus me honrou, serã o assistidos
por mim em sua morte com tal idelidade, que me colocarei onde vejo o
inimigo mais disposto a atacá -los; assim, sendo fortalecidos pela
minha presença, eles escaparã o das armadilhas que ele lhes armar e
partirã o feliz e paci icamente para o gozo da bem-aventurança eterna ”.
CAPITULO 21
Para a Vigília e Festa da Anunciação.
Exercı́cios de devoçã o à Santı́ssima Virgem.
UMA
CAPITULO 22
Para o Domingo da Paixão.
Exercı́cios de devoçã o para aquele dia.
CAPITULO 24
Na quarta-feira da Semana Santa.
CAPITULO 25
Para a Quinta-feira Santa.
De oferecer os mé ritos de Jesus Cristo para obter o perdã o dos pecados da
Igreja. Do Seu amor no adorá vel Sacramento do Altar.
O
CAPITULO 26
Para a Sexta-feira Santa.
O Santo é favorecido com um ê xtase. Exercı́cios sobre a Paixã o de Nosso
Senhor.
UMA
CAPITULO 28
Para a segunda-feira de Páscoa.
Que Deus leva exatamente em conta nossos mé ritos; e como eles sã o
enriquecidos pelos mé ritos de Cristo.
CAPITULO 29
Para a terça-feira de Páscoa.
Da renovaçã o das esposas espirituais.
UMA
CAPITULO 30
Para a quarta-feira de Páscoa.
Que nada podemos fazer de bom sem a ajuda divina.
CAPITULO 31
Para quinta-feira na semana de Páscoa.
De oferecer nossas açõ es a Deus.
CAPITULO 32
Para Low Sunday.
Como devemos nos preparar para receber o Espı́rito Santo.
CAPITULO 33
Para a festa de São Marcos, Evangelista.
Das Litanias e da invocaçã o dos Santos.
CAPITULO 34
Para a festa de São João antes do Portão Latino.
Da doce memó ria de Sã o Joã o. Como as imperfeiçõ es das quais nos
esquecemos de nos acusar na con issã o sã o perdoadas por Deus.
CAPITULO 36
Para o domingo antes da Quinta-feira da Ascensão.
Do mé rito da condescendê ncia e compaixã o pelos enfermos. E como devemos
desejar o desprezo.
O
CAPITULO 37
Para os dias de Rogation.
Como devemos orar pelos justos, pelos pecadores e pelas almas do purgató rio.
CAPITULO 38
Para o dia da ascensão.
Da renú ncia à nossa pró pria vontade. E certos exercı́cios de piedade para este
Festival.
O
UMA
CAPITULO 40
Para a Vigília e Festa de Pentecostes.
Dos dons do Espı́rito Santo. E outros exercı́cios para este dia.
UMA
CAPITULO 41
Para segunda-feira na semana de Pentecostes.
Como a oblaçã o da Hó stia Sagrada supre nossas de iciê ncias. Exercı́cios para
o Agnus Dei .
O
N SEGUNDA-FEIRA, na Elevaçã o, Santa Gertrudes ofereceu a Hó stia
Sagrada como satisfaçã o pelas suas de iciê ncias em adquirir bens
espirituais, e mesmo para apagar a luz do Espı́rito Santo. Pareceu-lhe
que esta Hó stia Sagrada emitia vá rios ramos, que foram recolhidos pelo
Espı́rito Santo e colocados em forma de sebe em volta do trono da
Santı́ssima Trindade. Com isso ela entendeu que a excelê ncia e
dignidade deste grande Sacramento supria plenamente todas as suas
negligê ncias. Uma voz també m saiu do trono, que disse: “Que aquela
que deu lores tã o raras a seu esposo se aproxime de Seu divino leito
nupcial sem medo”. Com isso ela entendeu que Deus a considerava
perfeita nos há bitos de virtude, em consideraçã o à oblaçã o que ela Lhe
tinha feito deste Santı́ssimo Sacramento.
No primeiro Agnus Dei ela orou por toda a Igreja, como sempre,
suplicando a Deus que a governasse em todas as coisas como um
verdadeiro Pai. No segundo Agnus Dei, ela orou pelos ié is que partiram,
para que Ele pudesse ter misericó rdia deles e libertá -los de todas as
suas dores. No terceiro Agnus Dei ela pediu um aumento de mé rito para
todos os Santos e os eleitos que deveriam reinar com Ele no cé u. Com as
palavras Dona nobis pacem Nosso Senhor inclinou-se tã o
amorosamente para com ela que a doçura do seu abraço penetrou no
fundo do coraçã o de todos os Santos, e eles receberam assim um
aumento imenso de graça e mé rito.
Depois disso, ao se aproximar da Sagrada Comunhã o, os santos se
ergueram diante dela com honra e alegria, e ela viu que a luz de seus
mé ritos brilhava gloriosamente, assim como um escudo de ouro brilha
quando exposto aos raios do sol; e o re lexo dessa luz brilhou em sua
alma.
Santa Gertrudes entã o permaneceu na presença de Deus, como na
expectativa, porque ela ainda nã o havia obtido a graça de estar unida a
Ele. Por im, depois da Comunhã o, sua alma se uniu a este Divino
Esposo com tal plenitude, que desfrutou de Sua presença da maneira
mais perfeita possı́vel neste mundo. Entã o, os ramos de que já falamos,
com os quais o Espı́rito Santo havia cercado o trono da Santı́ssima
Trindade, começaram a brotar folhas e lores verdes, assim como uma
planta loresce apó s uma chuva abundante, para que o sempre pacı́ ico
Trinity encontrou um prazer inefá vel nisso, e todos os santos
experimentaram novos prazeres.
CAPITULO 42
Para a terça-feira na semana de Pentecostes.
Como a Hó stia Sagrada supre todas as nossas negligê ncias, e como o Espı́rito
Santo se une em comunhã o com as almas santas.
CAPITULO 43
Para a festa da Santíssima Trindade.
Como podemos glori icar a Santı́ssima Trindade por nosso Senhor Jesus
Cristo. E que obstá culos os afetos humanos colocam ao nosso progresso.
CAPITULO 44
Para a festa de São João Batista.
Apariçã o do Santo. Efeitos de sua intercessã o.
O
CAPITULO 46
Para a festa de Santa Margarida, Virgem e Mártir.
A gló ria deste Santo e da recompensa que Deus reserva para a menor açã o boa.
UMA
UMA
CAPITULO 48
Para a festa de São Tiago.
Vantagens da peregrinaçã o a Compostela. E como podemos honrar os santos
pela comunhã o.
O
UMA
UMA
CAPITULO 51
Para a festa de Santo Agostinho.
Da gló ria e virtude deste Santo. Dos mé ritos de Sã o Francisco e Sã o Domingos.
UMA
CAPITULO 52
Para o Festival da Natividade da Santíssima Virgem.
Exercı́cios para celebrar esta festa com devoçã o. Com que poder a Santı́ssima
Virgem protege aqueles que a invocam; e como podemos suprir nossas
negligê ncias em seu serviço.
O
CAPITULO 53
Para a Festa da Exaltação da Cruz.
Da Exaltaçã o da Cruz. Do amor aos inimigos. Da observâ ncia do jejum
regular. Das verdadeiras relı́quias de Jesus Cristo.
O
CAPITULO 54
Para a festa de São Miguel.
Do iel cuidado que os Anjos tê m de nó s, e como devemos honrá -los.
UMA
CAPITULO 55
Para a festa das onze mil virgens.
Dos frutos da açã o de graças. Que Deus requer que fruti iquemos Seus dons. E
da Resposta Regnum mundi .
UMA
S AS palavras, Ecce sponsus venit [Eis que vem o Noivo ”], foram
entoadas no Escritó rio das Onze Mil Virgens,148 Santa Gertrudes icou
profundamente comovida e disse a Nosso Senhor: “O esposa muito
desejá vel, ao ouvir essas palavras tã o freqü entemente repetidas, diga-
me como virá s, e o que fará s.149nó s?" Ele respondeu: “Agora vou
trabalhar com você e em você . Onde está sua lâ mpada? ” Ela respondeu:
“Eis, Senhor, eu Te darei meu coraçã o como lâ mpada”. Ele respondeu:
“Vou enchê -lo abundantemente com ó leo - isto é , com a graça do Meu
Coraçã o”. Ela respondeu: “Mas onde está o pavio150para acender?
" Nosso Senhor respondeu: “Sua pura intençã o de fazer tudo apenas
para Mim será um pavio, cuja luz será mais agradá vel para Mim.”
Na resposta Verus pudicitiae , e nas palavras Spes et corona
virginum ,151Santa Gertrudes retornou graças a Deus por aquelas
virgens que ela viu de pé diante de Seu trono: e Ele lançou tantos raios
de gló ria sobre eles quantos ela havia feito açõ es de graças por eles,
que foram entã o re letidos sobre ela; por isso ela entendeu que aqueles
que retornam graças a Deus pelos favores que Ele concedeu a qualquer
santo, compartilham dos mé ritos desse santo. Como a
resposta Regnum mundi152foi cantada, à s palavras Quem vidi, quem
amavi , ela se lembrou de uma pessoa que muitas vezes era
atormentada por um desejo ardente de ver Deus, e disse a Nosso
Senhor: “Quando a consolará s, para que ela possa cantar esta Resposta
com alegria ? ” Ele respondeu: “Me ver, me amar e acreditar em mim é
um desejo que ningué m pode nutrir sem frutos; portanto, quando
alguma alma tem este desejo, e nã o pode obtê -lo por causa da
fragilidade humana, Minha Humanidade imediatamente avança para
Minha Divindade como uma irmã , comprometendo-se a fazer este favor
como se por direito de herança, até que aquela pessoa tenha se livrado
de sua carne. afeiçõ es, e por si mesma é capaz de assumi-las e, assim,
alcançar alegrias eternas ”.
Em outra ocasiã o, quando foram entoadas as palavras Propter
amoram Domini mei , o Divino Coraçã o do nosso Irmã o153Jesus icou
tã o comovido com essas palavras que exclamou diante de Seu Pai e de
toda a corte do Cé u: “Sou um devedor aos Meus servos ié is pelo que
agora tê m feito por mim”. Ao ouvir a palavra Jesus , que signi ica
Salvador, Ele reconheceu que era o devedor deles pelo cumprimento
das promessas de salvaçã o que havia feito a eles desde a infâ ncia, cujo
cumprimento foi adiado por Sua providê ncia paterna até o tempo
determinado. A palavra Christi , que signi ica Ungido, Nosso Senhor
declarou-se obrigado a recompensar seus bons desejos. Nas
palavras Quem vidi, quem amavi , Ele garantiu a Seu Pai e a todos os
Santos que eles haviam prestado testemunho à Fé Cató lica por suas
boas obras; e nas palavras In quem credidi, quem dilexi , Ele declarou
que eles estavam unidos a Ele por sua fé irme e caridade perfeita.
Entã o Santa Gertrudes exclamou: "Ai, Senhor, o que fará s por
aqueles que nã o estã o no coro?" Ele respondeu: “Infundi devoçã o em
todos os que se deleitaram com esta Responsabilidade e beati iquei
todos os que estã o neste convento; e aqueles que tê m uma devoçã o
semelhante receberã o um benefı́cio semelhante. ” "Mas", ela perguntou,
"se eles podem obter tanta vantagem com tã o pouca devoçã o, que mal
pode sua negligê ncia fazer a eles, quando podem repará -la tã o
facilmente?" Nosso Senhor respondeu: “Quando um imperador concede
uma propriedade e vestes caras a um de seus nobres, por pouco que
pareça valorizá -los, o imperador nã o o priva por conta disso de sua
liberalidade; entã o, quando eu dou grandes favores em troca de um
pouco de devoçã o, aqueles a quem eu os concedo sã o obrigados a lucrar
com eles, e se eles deixarem de fazer isso, eles perderã o o fruto
disso; mas o ornamento da Minha bondade gratuita, ao concedê -los,
sempre aparecerá sobre eles para Meu louvor e gló ria ”. Entã o ela
perguntou: “Mas como podem aqueles que nunca foram favorecidos
com tais revelaçõ es exercitar-se em tais coisas?” Ele respondeu: “Eles
sã o obrigados a praticá -los e imitá -los, de acordo com a extensã o das
luzes com as quais sã o favorecidos. Eu esclareço a todos em tais
assuntos até certo ponto e, portanto, eles sã o obrigados a ser gratos e
cumprir essas obrigaçõ es. ”
Em outra ocasiã o, quando a mesma Resposta foi cantada, Santa
Gertrudes viu uma tropa de demô nios, que cercava os religiosos,
mostrando-lhes as pompas e vaidades do mundo. Mas com as
palavras, Regnum mundi ... contempsi , os demô nios fugiram
confusos. Com isso ela entendeu que quando algué m despreza o mundo
com grande fervor, e lança deles todas as tentaçõ es do Maligno, pelo
amor do Senhor Jesus, o diabo imediatamente foge, temendo tentá -los
novamente, quando ele encontrou resistê ncia tã o vigorosa.
CAPITULO 56
Para a Festa de Todos os Santos.
Das diferentes ordens da Igreja Militante. Como homenagear os Santos com
açõ es de graças, para que possamos participar de seus mé ritos.
CAPITULO 57
Para a festa de Santa Isabel.
Como é agradá vel para os santos que devemos louvar a Deus por sua causa.
CAPITULO 58
Para a festa de Santa Catarina.
Do mecenato e mé ritos desta Santa.
ENTAO Nosso Senhor explicou as palavras, Non est inventus similis illi , a
Santa Gertrudes, na festa de Santo Agostinho, Ele mostrou-lhe os
mé ritos de muitos Santos e, entre outros, os da gloriosa virgem
Catarina, a quem ela tinha foi singularmente devotada desde a
infâ ncia. Para satisfazer os seus desejos, Nosso Senhor mostrou-lhe esta
Santa sentada em um alto trono, e em estado de grande gló ria e
magni icê ncia, como se nã o houvesse rainha no cé u cuja gló ria se
igualasse à dela. Os cinquenta iló sofos que ela havia conquistado por
sua sabedoria e conhecimento apareceram diante dela, e cada um
segurou um cetro de ouro na mã o, com o qual ele tocou o manto do
Santo, para indicar que sua sabedoria teria sido inú til se esta virgem
nã o tivesse ensinado eles como empregá -lo para a honra e gló ria de seu
Criador. Ela observou també m que Nosso Senhor concedeu as mesmas
carı́cias a esta virgem como a Santa Inê s, e que Ele trouxe para o Seu
Coraçã o tudo o que foi dito ou feito em sua honra na terra, coroando-a
gloriosamente.
CAPITULO 59
Para a Dedicação de uma Igreja.
§1. De paciência sob calúnias, de oblação de nossos corações
na angústia e de caridade mútua.
UMA
PARTE CINCO
As revelaçõ es de Santa Gertrudes
Compilado pelas religiosas de seu mosteiro
CAPITULO 1
Como Sã o Mechtilde se preparou para a morte e recebeu a Extrema Unçã o.
C
HEN Dame1Mechtilde, de feliz memó ria, nossa capela, cheia de boas
obras, ou melhor, cheia de Deus, foi con inada ao leito em sua ú ltima
enfermidade, cerca de um mê s antes de sua morte, começou a pensar
no seu im e a re letir sobre algumas obras que ela havia escrito. Mas no
domingo, como uma pessoa orou por ela, pedindo que ela tivesse a
graça de uma morte feliz, sob a proteçã o da misericó rdia divina, para
que ela se entregasse a ela com humilde con iança ao receber o Corpo e
Sangue de Cristo. , ela sabia em espı́rito que Deus havia atraı́do essa
alma inteiramente para Si, e que Ele a havia restaurado apenas por um
breve espaço, para que pudesse habitar novamente nela. Entã o ela
disse ao Senhor: “Senhor, por que queres que ela continue na
terra?” Ele respondeu: “E para aperfeiçoar a obra que Minha
dispensaçã o Divina decretou; e ela contribuirá para isso de trê s
maneiras: pelo repouso da humildade, a mesa2 de paciê ncia e a
alegria3de virtude. Por exemplo: em tudo o que vê ou ouve dos outros,
humilhe-se sempre e se considere a mais indigna de todas. Assim, vou
me alegrar com o repouso de seu coraçã o e alma. Em segundo lugar:
que ela abrace a paciê ncia com alegria e sofra todas as suas provaçõ es
e doenças de boa vontade, por amor a Mim; assim ela me preparará
uma mesa de delı́cias suntuosas. Em terceiro lugar: ela Me oferecerá
um espetá culo de alegria se se exercitar em todo tipo de virtude ”.
Em outra ocasiã o, quando Sã o Mechtilde estava pronto para se
comunicar, esta pessoa perguntou a Nosso Senhor o que Ele estava
prestes a fazer nela. Ele respondeu: “Vou repousar com ela neste
sofá ”. Com isso ela entendeu que o leito em que Nosso Senhor
repousava com ela era a sua con iança perfeita, em todas as suas
a liçõ es, que Deus ordenaria a todos os que a concerniam com o maior
amor e misericó rdia para o avanço da sua salvaçã o; para que Lhe
oferecesse continuamente açõ es de graças, con iando inteiramente em
sua Providê ncia.
Quando ela estava perto do im, uma noite no tempo de Vesper, ela
foi subitamente tomada por uma dor tã o terrı́vel no coraçã o que as
irmã s que estavam ao seu redor nã o conseguiram conter as
lá grimas; mas ela os consolou, dizendo: “Nã o chorem por mim, meus
amados; pois estou tã o comovido com sua dor, que se fosse a Vontade
de meu querido Senhor, eu suportaria de bom grado essa mesma dor
por toda a minha vida, se eu pudesse assim obter consolo para você . ”
Em outra ocasiã o, quando a instaram a tomar algum remé dio que
esperavam que lhe desse algum alı́vio, ela cedeu ao pedido; mas
imediatamente depois seus sofrimentos aumentaram muito. No dia
seguinte, a pessoa antes mencionada rogou a Nosso Senhor que
recompensasse a sua humilde obediê ncia. Ele respondeu: “Do
sofrimento que Meu amado suportou naquela ocasiã o, confeccionei o
mais salutar remé dio, que usei para puri icar as almas de todos os
pecadores em todo o mundo”.
No domingo, Si iniquita ,4a Santa comunicou-se pela ú ltima vez
antes de sua morte; e essa pessoa orou para que pudesse ser inspirada
a se preparar para a Extrema Unçã o, e que Nosso Senhor guardasse sua
alma em Seu seio, para preservá -la de toda mancha, como um artista
cobre um quadro recé m-pintado para que nã o contraia poeira. Quando
ela disse isso a Sã o Mechtilde, que sempre foi perfeitamente submisso
aos seus superiores, ela se comprometeu humildemente com seu bom
prazer e com a Providê ncia Divina, que ela esperava nunca a
abandonaria. No entanto, a sua superiora tinha por ela tal veneraçã o,
que acreditou que Nosso Senhor lhe faria saber a hora da sua morte; e
como ela nã o pediu fervorosamente para receber este sacramento, ele
nã o foi administrado naquele dia.
Mas Nosso Senhor logo veri icou as palavras do Evangelho: “O cé u e
a terra passarã o, mas as minhas palavras nã o hã o de passar”
( Mt 24:35); e ele falhou em nã o cumprir o que havia prometido ao Seu
escolhido. Para na segunda-feira5A bem-aventurada Mechtilde icou
tã o doente, pouco antes das Matinas, que tememos que ela tivesse
caı́do em agonia, de modo que os sacerdotes foram imediatamente
chamados e ela recebeu a Extrema Unçã o. Assim, embora o Sacramento
nã o fosse administrado no domingo, ele era administrado na noite
daquele dia, pois ela o recebia antes do nascer do sol na segunda-feira.
Quando os olhos dela foram ungidos pelo sacerdote, a religiosa que
orou por ela compreendeu que nosso amado Senhor a olhou com
misericó rdia divina e, com um coraçã o cheio de ternura para com ela,
irradiou um raio de sua luz divina em sua alma. , transmitindo a ela, ao
mesmo tempo, uma participaçã o nos mé ritos que Ele havia obtido
quando na terra pelos olhares de Seus santos Olhos; e entã o ela viu os
olhos da Santa, como se transbordando com o ó leo da compaixã o
divina. Com isso ela entendeu que quem invocasse esta Santa com
con iança sentiria uma prova abundante da e icá cia de sua
intercessã o; e que ela havia merecido esse favor de Deus por sua
conduta gentil e amorosa para com os outros. Quando os outros
membros do corpo dela foram ungidos, Nosso Senhor aplicou os
mé ritos daquelas partes do Seu corpo mais sagrado també m a
ela. Quando seus lá bios foram ungidos, este amante zeloso6 de nossas
almas a honraram com marcas do mais terno amor, comunicando-lhe o
fruto de Seus santı́ssimos lá bios.
Quando as Litanias foram ditas, nas palavras Omnes sancti Seraphim
et Cherubim, orate pro ea ,7ela viu as hostes de Sera ins e Querubins
abrindo caminho para que sua alma passasse por suas ileiras, como se
para dar precedê ncia a algué m que havia levado uma vida tã o pura e
virginal na terra; que, como os Querubins, extraı́ram conhecimento
espiritual tã o copiosamente da verdadeira Fonte de toda a sabedoria; e,
como os Sera ins, foi aceso por Aquele que é um fogo consumidor
(cf. Hb 12:29).
Como os santos foram nomeados na Ladainha, eles ofereceram seus
mé ritos por ela com grande alegria, sob a forma de presentes, que
apresentaram a Nosso Senhor, que os colocou em Seu seio para Sua
amada. Por dois dias depois de ter recebido a Extrema Unçã o, ela
parecia viver apenas pela uniã o com seu Senhor, e receber todas as
graças de Seu Divino Coraçã o. Mas o momento feliz de sua partida
estava pró ximo, e na quarta-feira, que era a Vigı́lia de Santa Isabel, ela
caiu em agonia, depois de Nada. A comunidade, tendo se reunido para
ajudar sua amada irmã em Cristo com suas oraçõ es fervorosas por sua
feliz passagem para a eternidade, a pessoa antes mencionada viu sua
alma sob a forma de uma bela jovem, que colocou seus lá bios na Ferida
do lado de Nosso Senhor. , e tirou daı́ correntes de graça para toda a
Igreja, e especialmente para aqueles que estavam presentes. E ela
entendeu que tinha orado especialmente pelos vivos e pelos mortos e,
portanto, Nosso Senhor tinha concedido tantos favores a ela.
Quando recitaram o Salve Regina , com as palavras Eia ergo , Santa
Mechtilde rezou muito fervorosamente à Santı́ssima Virgem pelas
amadas irmã s que ela estava para partir, suplicando-lhe que tivesse um
cuidado especial por elas, como se ela, que durante sua vida tinha sido
tã o devotada à sua comunidade, tã o terna, prestativa e amorosa, que
desejava assegurar um advogado para eles depois de sua morte na
pessoa da Mã e da Misericó rdia. E esta bendita Rainha pegou na mã o da
religiosa moribunda, como se ela aceitasse dela o comando da
comunidade. Entã o, enquanto liam a oraçã o Ave Jesu Christe , nas
palavras via dulcis , ela viu o Senhor Jesus mostrando à Sua amada
esposa o caminho pelo qual Ele se propô s a atraı́-la docemente a Si
mesmo.
A Santa continuou o dia todo em agonia, sem dizer mais nada alé m
dessas, osso de Jesus! Jesu bone! como se para mostrar como Ele
habitava em seu coraçã o, visto que Seu doce Nome estava tã o
constantemente em seus lá bios nas agonias da morte. Entã o, enquanto
cada uma das irmã s se recomendava à s suas oraçõ es, suplicando-lhe
que intercedesse junto a Deus por suas necessidades, ela
imediatamente respondeu: "De boa vontade", embora mal conseguisse
falar, como se dissesse com que amor oraria por aqueles que estavam
comprometidos com seus cuidados. Santa Gertrudes sabia també m que
os grandes sofrimentos que sua irmã suportara com tanta paciê ncia
haviam contribuı́do muito para sua santi icaçã o; e ela viu um certo
vapor saindo das partes de seu corpo que mais sofreram; e isso tocou
sua alma, puri icando-a de suas manchas, santi icando-a e preparando-
a para a bem-aventurança eterna.
Ora, Gertrudes sabia todas essas coisas em espı́rito, mas temia
declará -las, para que nã o se suspeitasse que ela havia recebido essas
revelaçõ es; mas isso era contrá rio à vontade divina, cuja gló ria é
descobrir a verdade ( Tob. 12:11), e que ordenou aos seus apó stolos
que pregassem no alto das casas o que ouviram ao
ouvido. ( Mat. 10:27). Como disseram as Vé speras de Santa Isabel, a
agonia de Santa Mechtilde aumentou tã o evidentemente, que temeram
que ela estivesse prestes a morrer; as irmã s foram, portanto,
convocadas do coro, para que pudessem redobrar suas oraçõ es ao lado
de sua cama.8Como Santa Gertrudes ajudava com o resto da
comunidade, ela se viu incapaz de compreender ou atender a qualquer
coisa que fosse dita: isso a levou a ver sua falha em esconder o que
Deus havia revelado a ela. Mas quando ela prometeu a Nosso Senhor
tornar conhecidos esses favores para Sua honra e gló ria e para o bem
dos outros, o uso de suas faculdades foi imediatamente restaurado.
Depois das Completas, a freira moribunda entrou em sua terceira e
ú ltima agonia; e Santa Gertrudes foi arrebatada em espı́rito, e viu sua
alma novamente sob a forma de uma jovem, mas com novos
ornamentos, o fruto de sofrimentos renovados. Ela observou també m
que essa alma se aproximou de Nosso Senhor com intenso amor e
começou a separar de Suas feridas - como uma abelha das lores - o
doce mel das delı́cias divinas. Enquanto liam esta Resposta, entre
outras, Ave Sponsa , a Santı́ssima Virgem se aproximou da alma da freira
moribunda para prepará -la para desfrutar as delı́cias da
Divindade. Entã o Nosso Senhor Jesus –– por amor de Sua Mã e
Santı́ssima, a ú nica que merecia ser chamada e ser Virgem e Mã e ––
pegou um colar de maravilhosa beleza, adornado com joias radiantes, e
o colocou sobre o religioso , conferindo-lhe o privilé gio especial de ser
també m chamada de virgem e mã e, pelo fervor e devoçã o com que
conduziu os seus ilhos espirituais.
CAPITULO 2
Da feliz morte de Sã o Mechtilde e sua recompensa no cé u. Dos mé ritos e
intercessã o dos Santos. E como oferecer as Cinco Chagas de Cristo para suprir
nossos defeitos.
CAPITULO 3
Da preciosa morte das Irmã s M. e L. Do exato relato feito no Purgató rio de suas
faltas e da recompensa de seus mé ritos.
AS SENHORAS, mais ilustres por sua virtude do que por seu nascimento
distinto - irmã s na carne, mas ainda mais intimamente unidas no
espı́rito por sua igualdade em perfeiçã o - foram chamadas para as
nú pcias celestiais por seu esposo celestial, depois de terem vivido uma
vida santı́ssima desde a infâ ncia. A primeira morreu na gloriosa festa da
Assunçã o, que era també m o dia da sua pro issã o; a outra irmã morreu
trinta dias depois; mas suas mortes foram tã o edi icantes e abençoadas,
que estamos prestes a relatar algumas circunstâ ncias a respeito deles.
Enquanto Gertrudes orava pelo mais velho, que morreu na
Assunçã o, ela apareceu a ela, rodeada por uma luz gloriosa e
magni icamente adornada, de pé diante do trono de Jesus Cristo; mas
ela parecia envergonhada de erguer os olhos para Ele, ou de
contemplar Seu rosto majestoso. Quando a Santa percebeu isso, ela se
compadeceu e disse a Nosso Senhor: “Ai, amoroso Senhor! Por que Tu
permites que ela ique diante de Ti como uma estranha, sem manifestar
nenhum sinal de afeto por ela? " Nosso Senhor entã o estendeu a mã o
para ela, como se para atraı́-la para si; mas ela se afastou dele com
temor reverente.
Enquanto Gertrudes se maravilhava muito com isso, ela disse à
alma: “Por que você foge assim dos abraços de seu esposo?” Ela
respondeu: “Porque ainda nã o estou perfeitamente puri icada de meus
defeitos e nã o estou em condiçõ es de receber Seus favores. Mesmo se a
justiça divina nã o me restringisse, eu me privaria desses favores, dos
quais nã o sou digno ”. Gertrude entã o disse: “Como pode ser isso, se
agora eu te vejo diante de Deus em tamanha gló ria?” A alma respondeu:
“Embora todas as criaturas estejam presentes para Deus, as almas
aproximam-se Dele na proporçã o de sua perfeiçã o na caridade; mas
ningué m é digno desta bem-aventurança se nã o estiver perfeitamente
puri icado de todas as manchas que contraı́ram durante sua vida
mortal. ”
Um mê s depois, quando a segunda irmã estava em agonia, Santa
Gertrudes orou por ela muito fervorosamente. Apó s sua morte, ela
apareceu a ela, rodeada de luz, como uma jovem virgem, vestida com
um manto pú rpura, para que ela pudesse ser apresentada a seu
esposo. Ela també m viu Jesus Cristo, que estava perto dela, e que
causou um certo consolo para proceder de suas feridas, para refrescar e
fortalecer seus cinco sentidos, de modo que a alma foi extremamente
consolada por isso. Santa Gertrudes disse entã o a Nosso Senhor: “Visto
que Tu é s o Deus de toda a consolaçã o, por que permites que esta alma
pareça tã o triste, como se perturbada por alguma dor secreta?” Ele
respondeu; “Eu agora manifesto a ela Minha Humanidade, que nã o a
consola perfeitamente; pois assim recompenso o amor especial que ela
manifestou pela Minha Paixã o nos ú ltimos momentos da sua vida. Mas
quando ela estiver perfeitamente livre de todas as suas manchas,
manifestarei as alegrias da Minha Divindade a ela, e entã o ela terá tudo
o que deseja. ” “Mas, Senhor”, continuou a Santa, “como é que todas as
suas faltas nã o foram perfeitamente puri icadas pela caridade que ela
possuiu no ú ltimo momento de sua vida, visto que a Escritura ensina
que o homem deve ser julgado de acordo com o estado em que ele
morre?" O Senhor respondeu: “Quando um homem perde as forças, nã o
tem mais o poder de executar seus bons desı́gnios, embora tenha
vontade de fazê -lo. Quando, por Minha bondade gratuita, inspiro estes
desejos, e dou esta vontade, nem sempre apago assim as manchas de
negligê ncias passadas, que sem dú vida seriam realizadas se a pessoa
recuperasse a saú de e as forças, e entã o começasse a reformar sua vida
completamente." Ela respondeu: "Ai, Senhor, nã o pode Tua abundante
misericó rdia remir os pecados desta alma, que te amou tã o
ardentemente desde sua infâ ncia?" Ele respondeu: “De fato,
recompensarei abundantemente o amor dela; mas Minha justiça deve
primeiro ser satisfeita removendo suas manchas. ” Nosso Senhor entã o
voltou-se amorosamente para essa alma e disse-lhe: “Minha esposa
consentirá de bom grado no que Minha justiça requer; e quando ela
estiver puri icada, ela desfrutará de Minha gló ria e consolaçã o.
” Quando ela consentiu, Nosso Senhor parecia subir ao cé u e deixá -la
atrá s dEle onde estava; mas ela parecia como se desejasse
ardentemente segui-lo. A solidã o servia para puri icá -la das manchas
que contraı́ra por conversar muito livremente com o outro sexo; e os
esforços que ela fez para ascender a puri icaram de alguns defeitos de
indolê ncia.
Em outra ocasiã o, enquanto Santa Gertrudes rezava pela mesma
pessoa na Missa, ela disse, na Elevaçã o da Hó stia: “Santo Padre, eu
ofereço esta Hó stia a Ti por esta alma da parte de todos no Cé u, na
terra e profundamente"; e ela viu esta alma no ar, rodeada por uma
multidã o de pessoas, que seguravam representaçõ es da Hó stia em suas
mã os, que ofereciam de joelhos dobrados. A alma parecia receber
grande assistê ncia e alegria inestimá vel dessa devoçã o. Entã o a alma
disse: “Agora experimento a verdade do que é dito nas Escrituras, que
nenhuma boa açã o, por mais insigni icante que seja, deixará de ser
recompensada, e que nenhuma negligê ncia, por mais insigni icante que
seja, icará impune;15pois esta oferta do Sacramento do Altar
proporciona o maior consolo para mim, por causa de minha antiga
devoçã o em recebê -lo; e a ardente caridade que tive pelos outros
aumenta grandemente as oraçõ es que sã o feitas por mim; enquanto
por ambas as coisas receberei uma recompensa eterna. ”
A alma entã o apareceu como se elevada cada vez mais alto pelas
oraçõ es da Igreja; e quando sua puri icaçã o foi realizada, a Santa viu
Nosso Senhor vindo para ela para coroá -la como uma rainha, e conduzi-
la à s alegrias eternas.
CAPITULO 4
Como uma desobediê ncia foi expiada por uma doença.
UMA
S GERTRUDE recitou cinco Pater nosters para Dame S –––, a mais velha
da comunidade, que recebeu a Extrema Unçã o, e inalmente terminou
sua oraçã o na Ferida do Lado de Nosso Senhor - ela implorou a Ele para
puri icar esta alma com a á gua que luiu daı́, e para adorná -lo com os
mé ritos de Seu mais precioso sangue. Ela entã o viu essa alma, sob a
forma de uma jovem virgem, coroada com um diadema de ouro, e
amparada por nosso Divino Senhor, que concedeu as graças que ela
havia pedido à sua alma. Ela entendeu com isso que a irmã deve
permanecer mais tempo na terra para ser puri icada de uma
desobediê ncia da qual ela era culpada, ao conversar16mais do que
estava certo com um doente: e isso foi cumprido. Ela sofreu por cinco
meses de uma maneira que manifestou su icientemente a culpa da qual
ela estava sendo puri icada. No dia em que adoeceu, parecia muito
alegre, como se Nosso Senhor lhe tivesse concedido um grande favor; e
ela tentou relatar o que havia acontecido com ela; mas como ela nã o
tinha o uso perfeito de seus sentidos, ela foi incapaz de fazer isso. Mas,
ao ver Gertrude ao seu lado, com algumas das outras religiosas, ela a
chamou pelo nome e disse: “Você fala por mim, pois você sabe
tudo”. Santa Gertrudes começou a relatar o que lhe foi revelado, e a
invá lida pô de entã o continuar a recitar ela mesma. Quando os outros
faziam qualquer observaçã o, ela imediatamente refutava as suas
a irmaçõ es, declarando que Nosso Senhor havia perdoado seus
pecados e concedido muitos favores a ela.
No dia anterior à sua morte, Santa Gertrudes viu Nosso Senhor
preparando um lugar para ela em Seus braços divinos; mas a alma
apareceu à Sua esquerda e separada Dele por uma pequena nuvem. Ela
entã o disse: “Senhor, este lugar que preparaste nã o será adequado para
uma alma coberta por esta nuvem”. Ele respondeu: "Ela icará um pouco
mais na terra, para que possa se tornar apta para isso." E assim foi; pois
a religiosa continuou durante todo aquele dia e na noite seguinte em
sua agonia. Na manhã seguinte, ela viu Nosso Senhor vindo em direçã o
à freira moribunda com sinais da maior ternura; e ela parecia se
levantar, como se fosse encontrá -lo. Entã o Santa Gertrudes disse: “Nã o
vens agora para levar para ti esta alma desolada, como um Pai
misericordioso?” e Nosso Senhor indicou por um sinal que Ele tinha
essa intençã o.
Logo apó s sua morte, ela viu essa alma novamente, sob a forma de
uma jovem virgem, adornada com rosas, e avançando alegremente para
seu esposo; mas quando ela se aproximou Dele, ela caiu a Seus pé s
como se quase privada de vida, até que as palavras Tibi supplicatio
commendet Ecclesiae [“A sú plica da Igreja (a) a recomenda”] foram
repetidas, quando ela se levantou e lançou nos braços divinos, onde é
eternamente reabastecida com os tesouros da bem-aventurança.
CAPITULO 5
Da feliz morte da irmã 17M. A aprovaçã o dessas Revelaçõ es. E os favores
prometidos por seus mé ritos.
UMA
IRMA M., de feliz memó ria, aproximou-se do seu im, Santa Gertrudes
rezou por ela com outras pessoas, e disse ao Senhor: “Por que nã o
ouves as nossas oraçõ es por ela, ó Senhor amoroso?” Ele respondeu: "A
alma dela está em um estado tã o diferente das almas dos outros, que
ela nã o pode ser consolada por você de uma maneira humana." Ela
continuou: "Isso é um julgamento?" Ele respondeu: “Agora tenho o Meu
segredo nela, como antes tinha o Meu segredo com ela”.18Entã o,
enquanto Gertrudes procurava entender essas palavras misteriosas,
Nosso Senhor disse a ela: “Minha majestade se entronizará nela”. "Mas",
ela continuou, "como ela vai morrer?" Ele respondeu: “Ela será
absorvida pela Minha Divindade, como um raio de sol absorve uma
gota de orvalho”. Entã o ela perguntou por que a divagaçã o de seus
sentidos exteriores era permitida. Ele respondeu: "Para que você saiba
que estou trabalhando nela interiormente, nã o exteriormente." Ela
respondeu: “Nossos pró prios coraçõ es devem nos ensinar isso”. Ele
respondeu: “E como podem receber este favor que raramente, ou
nunca, entram em seu interior, onde somente a graça é derramada?”
Depois disso, Gertrudes rogou a Nosso Senhor que concedesse a
graça de fazer milagres à Irmã M. depois de sua morte, para a
con irmaçã o das revelaçõ es que ela havia recebido e para silenciar os
incré dulos. Nosso Senhor respondeu, segurando um livro em Suas
mã os: “Nã o posso ganhar uma vitó ria sem lutar?” Ele acrescentou:
“Quando é necessá rio, subjugarei reis e naçõ es por sinais e
maravilhas; mas agora a experiê ncia daqueles que experimentaram
algo dessas comunicaçõ es celestes é su iciente para obter cré dito por
elas. Por enquanto, eu tolero aqueles que os contradizem; mas,
inalmente, silenciarei suas calú nias ”. Santa Gertrudes aprendeu com
isso que Nosso Senhor está satisfeito com aqueles que acreditam que
Ele derrama as efusõ es de Sua graça, nã o por seu mé rito, mas pelo
amor abundante de Seu Divino Coraçã o.
Enquanto a Irmã M. era ungida, Santa Gertrudes viu Nosso Senhor
tocar sua mã o, dizendo: “Quando esta alma abençoada for libertada das
cadeias da carne, derramarei a abundâ ncia da Minha misericó rdia
sobre todos os presentes”. Enquanto continuava em sua agonia, e os
religiosos oravam por ela com ainda mais fervor, ela sabia que Nosso
Senhor lhes concederia trê s grandes favores: primeiro, realizando todos
os seus bons desejos; segundo, ajudando-os a superar suas faltas - e
esses dois favores seriam concedidos por sua intercessã o; o terceiro
benefı́cio foi que Ele estendeu Sua Mã o e concedeu Sua bê nçã o a todos
os presentes.
Enquanto Gertrude se ocupava em açõ es de graças fervorosas, ela
viu nosso Senhor Divino, o Rei da Gló ria, a quem os Anjos adoram, em
pé à frente da freira moribunda, cujo há lito parecia de uma cor
dourada, e tendia para o Coraçã o de sua Esposa. O Santo continuou a
contemplar esta visã o com grande alegria enquanto o Salmo Deus, Deus
meus e o Ad te levavi ,19foram recitados, durante os quais Nosso Senhor
manifestou o mais terno carinho para [os] religiosos. Depois disso, os
sufrá gios foram lidos, com a Antiphon Ut te simus , durante a qual ela
viu a Santı́ssima Virgem, vestida de pú rpura e adornada como uma
rainha. Ao icar ao lado de seu Divino Filho, ela colocou a cabeça desta
irmã para que sua respiraçã o pudesse chegar mais diretamente ao
Coraçã o de Jesus. Enquanto liam a curta oraçã o, Ave, Jesu - “Salve, Jesus,
meu Salvador, Palavra do Pai” - Nosso Senhor apareceu envolto em um
esplendor aumentado, como o do sol ao meio-dia. No inı́cio, o Santo
icou maravilhado com a magni icê ncia da visã o; mas, ao se recuperar
um pouco, avistou a refulgente rosa do cé u, Sua Virgem Mã e, que
apareceu para felicitá -lo por ter obtido uma nova esposa.
Com isso ela entendeu que essa uniã o feliz seria entã o consumada, e
a alma imersa para sempre no oceano da bem-aventurança eterna.
CAPITULO 6
Da agonia e morte de MB, e de sua alma abençoada. Como é salutar ajudar as
almas do Purgató rio.
HEN MB, de feliz memó ria, estava em agonia, Gertrude orou por ela
com toda a sinceridade, e obteve o conhecimento do que se passava ao
seu redor neste ú ltimo combate. Por uma hora inteira ela nã o viu nada,
mas a di iculdade que a alma suportava por ter à s vezes tido prazer
indevido nas coisas exteriores; tal como, por ter sobre a cama uma
colcha de pano colorido, bordado a ouro.20No dia de seu falecimento,
quando foi celebrada a missa, Gertrudes ofereceu a Hó stia por
ela; embora nã o a visse, sabia que estava presente e assim se dirigiu a
Nosso Senhor, como se a procurasse, dizendo: “O Senhor, onde está
ela?” Ele respondeu: “Ela virá a Mim pura e branca”. A partir disso, ela
compreendeu que as oraçõ es que eram oferecidas na caridade haviam
obtido grande graça para ela em seus ú ltimos momentos; e que
algumas pessoas, movidas por santo zelo, ofereceram suas boas obras
por ela, e se acusaram das penalidades devidas a ela.
Enquanto Gertrude rezava por ela novamente na missa que
precedeu seu enterro, ela a viu sentada a uma mesa festiva ao lado de
Nosso Senhor, onde as oraçõ es que foram oferecidas foram dadas a ela
sob a forma de diferentes tipos de comida. Na Elevaçã o, enquanto a
Santa oferecia o cá lice por ela, Nosso Senhor apareceu para apresentá -
lo a ela mesmo. Quando ela o provou, ela imediatamente foi penetrada
pela doçura Divina, e se levantou para orar por todos os que já a
feriram, seja por pensamento, palavra ou ato, regozijando-se pelo
mé rito que eles obtiveram para ela por meio disso. Entã o Gertrude
perguntou por que ela també m nã o orava por seus amigos; mas ela
respondeu: “Eu oro por eles de maneira mais e icaz, falando de coraçã o
a coraçã o ao meu Amado”.
Em outra ocasiã o, ao comentar que havia oferecido todos os seus
mé ritos pelo falecido, disse a Nosso Senhor:21“Eu espero, ó Senhor, que
Tu freqü entemente lanças os olhos de Tua misericó rdia sobre minha
indigê ncia.” Ele respondeu: “O que posso fazer mais por algué m que
assim se privou de todas as coisas pela caridade, do que cobri-la
imediatamente com a caridade?” Ela respondeu: "Faça o que izeres,
sempre aparecerei diante de Ti destituı́da de todo mé rito, pois
renunciei a tudo o que ganhei ou posso ganhar." Ele respondeu: “Você
nã o sabe que uma mã e permitiria que uma criança bem vestida se
sentasse a seus pé s, mas ela pegaria algué m que mal estava vestido em
seus braços e a cobriria com sua pró pria roupa?” Ele acrescentou: “E
agora, que vantagem você tem, que está sentado na costa de um
oceano, sobre aqueles que se sentam perto de um pequeno riacho?” Ou
seja, aqueles que guardam para si suas boas obras tê m o riacho; mas
quem os renuncia no amor e na humildade possui Deus, que é um
oceano inesgotá vel de bem-aventurança.
CAPITULO 7
Como as almas de G. e B. foram puri icadas por negligenciar a Con issã o e por
terem prazer nas coisas terrenas.
UMA
A ESCRITURA testi ica que “pelas coisas que o homem pecar, també m
pelas mesmas é punido” ( Sb 2,17 [sic; cf. 3:10]), e, pelo contrá rio, que
será recompensado na coisas nas quais ele sofreu ou fez o bem, damos
os seguintes exemplos para o benefı́cio de nossos leitores.
Tı́nhamos duas pessoas conosco, que estavam doentes ao mesmo
tempo; uma evidentemente sofria de uma forte afecçã o no peito e,
portanto, foi atendida com mais cuidado. O outro, cuja doença nã o era
conhecida e que parecia mais prová vel de viver, nã o recebeu tantos
cuidados; mas, como os homens muitas vezes sã o enganados, aquele
por quem menos temı́amos morreu primeiro, e o outro sobreviveu mais
um mê s. Quando a primeira se aproximou de seu im, ela foi fortalecida
na graça por grande paciê ncia e devoçã o, que puri icaram sua alma
excessivamente; pois o amor ardente que Nosso Senhor tinha por sua
esposa nã o permitiria que Ele permitisse que a menor mancha
permanecesse sobre ela. No entanto, ela ainda precisava de alguma
puri icaçã o por ter omitido a Con issã o com demasiada facilidade; pois
à s vezes, quando o padre vinha até ela, ela ingia estar dormindo, nã o
tendo nenhuma falta grave de que se acusar. A medida que se
aproximava a hora em que ela seria recebida nos abraços eternos de
seu esposo, Ele a puri icou dessa mancha. Pois quando ela pediu um
confessor, ela perdeu o poder de falar quando ele veio, e entã o ela
temeu excessivamente que ela sofreria por sua negligê ncia anterior
apó s a morte, e assim foi puri icada de sua culpa por esse medo
excessivo.
Assim, estando totalmente puri icada e livre de todas as manchas,
ela foi libertada da prisã o da carne e recebida na gló ria eterna. Muitas
revelaçõ es sobre isso foram feitas a Gertrude.
Uma delas foi que, quando ela foi levada ao trono de gló ria de Nosso
Senhor, Ele lhe conferiu este privilé gio, de parecer acalmá -la, como uma
mã e faria a um ilho quando desejava que ela tomasse algum remé dio
amargo; e Ele fez isso para consolá -la de alguma desatençã o que lhe
fora mostrada, pelo fato de os religiosos estarem tã o ocupados em
cuidar de seu companheiro, que acreditavam estar gravemente doente.
Nosso Senhor disse-lhe entã o: “Diga-me, minha ilha, o que gostaria
que Eu izesse pela alma de sua companheira; e que consolo você deseja
que Eu dê a ela. ” Ela respondeu: “Dê -lhe os mesmos presentes que me
concedeste, meu querido Senhor; pois nã o consigo imaginar nada mais
consolador. ” E Nosso Senhor prometeu atender ao seu pedido.
O outro religioso morreu um mê s depois. No dia seguinte à sua
morte, ela foi vista maravilhosamente adornada, como recompensa pela
extrema inocê ncia e simplicidade de sua vida, e sua exatidã o em
observar todas as austeridades de sua Ordem; mas ela tinha uma
mancha da qual precisava ser puri icada, e era a de ter recebido
consolos desnecessá rios em sua doença. Ela foi puri icada desta
maneira: Ela estava no portã o de um palá cio, onde Nosso Senhor estava
sentado em um trono de gló ria, com um semblante tã o cheio de doçura
e amor, que nenhum intelecto humano poderia descrever Sua
beleza. Ele parecia ansioso para receber Sua esposa; mas quando ela
tentou se aproximar, ela se viu presa por pregos, que prendiam suas
vestes ao chã o; e esses pregos eram as imperfeiçõ es que ela havia
cometido em sua doença. Mas Gertrudes, tocada de compaixã o, orou
por ela, e Nosso Senhor a libertou desse impedimento. Entã o o Santo
disse a Nosso Senhor: “Por que esta alma foi libertada pelas minhas
oraçõ es, e nã o restaurada pelas oraçõ es daqueles que tanto a amavam e
que rezavam por ela com tanto fervor e afeto?” Ele respondeu: “Suas
oraçõ es foram de grande utilidade para ela; mas eles nã o removeram o
impedimento que eu revelei a você , e do qual ela foi libertada por suas
oraçõ es. ” Ela continuou: “Como cumpriste Tua promessa de tratar esta
pessoa com a mesma bondade que manifestaste à quela que morreu
primeiro? Pois ela viveu mais na religiã o e parecia ter mais virtudes, e
ainda assim a outra apareceu imediatamente em Tua presença e em
maior gló ria. ” Ele respondeu: “A minha justiça é imutá vel, pois
recompenso a cada um segundo as suas obras. Aquela que menos
trabalhou nã o pode receber mais do que aquela que mais trabalhou, a
menos que tenha trabalhado com uma intençã o mais pura, uma
caridade mais fervorosa ou uma luta mais fervorosa; mas Minha
misericó rdia recompensa obras de superaçã o, como as oraçõ es dos
ié is; e, portanto, Minhas recompensas nem sempre sã o proporcionais
ao mé rito real da pessoa. ”
Conseqü entemente, podemos aprender com que cuidado devemos
evitar ter prazer em qualquer coisa terrestre, visto que essa alma
abençoada foi assim impedida de ser feliz por causa dessa
imperfeiçã o. Isso foi ainda mais plenamente manifestado a Santa
Gertrudes em outra visã o, na qual ela a viu diante do trono de Deus,
manifestando o mesmo ardor que ela havia feito no portã o; de fato nã o
desejando se aproximar, mas parecendo incapaz de se mover - e este foi
o segundo obstá culo para sua felicidade; e mesmo quando ela foi
libertada disso sua felicidade nã o foi perfeitamente completa, até que
Nosso Senhor colocou uma coroa magnı́ ica em sua cabeça, que Ele
segurou em Sua mã o, e que ela recebeu com grande alegria.
Quando Santa Gertrudes viu isso, ela disse a Nosso Senhor: “Por que
esta alma foi atormentada tã o dolorosamente, onde Tu é s todo-
poderoso?” Ele respondeu: “Ela nã o foi atormentada, mas esperou com
alegria pela consumaçã o de sua felicidade: assim como uma jovem
esperava por uma festa na qual seria adornada com os enfeites que sua
mã e havia preparado para ela. ”
Depois disso, a alma agradeceu à Santa pelas oraçõ es que ela fez por
ela; e Gertrude disse a ela: “Por que você nã o recebeu de bom grado
alguma admoestaçã o que eu lhe dei durante sua doença, embora você
sempre tenha parecido tã o apegada a mim?” A alma respondeu: “E por
isso que suas oraçõ es agora tê m mais força com Deus, visto que sã o
oferecidas mais puramente por caridade”.
CAPITULO 8
Da feliz preparaçã o da irmã G. para a morte. Seus desejos fervorosos e sua
gló ria.
UMA
CAPITULO 9
As recompensas que o irmã o S. recebeu por sua idelidade e benevolê ncia.
CAPITULO 10
Como o irmã o Hermann sofreu por obstinaçã o. E da ajuda que pode ser obtida
na outra vida pelas oraçõ es dos santos e dos ié is.
UMA
UMA
S ISSO é apenas que as almas devem ser puri icadas de suas manchas
antes de receberem a recompensa de suas boas obras, mas à s vezes
parece que a misericó rdia triunfa sobre a justiça, como no caso do
irmã o John, o procurador,25que trabalhou tã o ielmente e
laboriosamente para o bem do convento. Suas boas obras surgiram na
forma de degraus, pelos quais sua alma ascendeu, apó s sua separaçã o
do corpo, satisfazendo suas imperfeiçõ es com a dor que esse esforço
lhe custou; mas quanto mais alto ele ascendeu, menos di iculdade ele
experimentou. Poré m, como é difı́cil evitar todas as imperfeiçõ es nesta
vida, e como a justiça de Deus pune até a menor negligê ncia, quando ele
chegava a certos degraus foi tomado por um medo repentino, que o
deixou estupefato, como se esperasse que o o pró ximo passo cederia
sob ele.
A partir disso, Gertrudes entendeu que algumas de suas boas obras
haviam sido contaminadas por alguma in idelidade,26do qual ele foi
puri icado por esse medo. Quando outros membros da congregaçã o
oraram por ele, seja mental ou verbalmente, ela percebeu que ele foi
ajudado em sua ascensã o, como se eles tivessem estendido as mã os
para ajudá -lo a subir, e assim lhe proporcionou grande consolo.
També m foi revelado a ela, que aqueles que serviram a sua
comunidade, quando expiaram suas faltas apó s sua morte, foram
aliviados em consideraçã o aos serviços que eles haviam prestado a eles,
e que este privilé gio seria continuado enquanto o religioso continuou
no mesmo estado de fervor.
CAPITULO 12
Como a alma do irmã o The: [sic] foi libertada por oraçõ es em homenagem à s
Cinco Chagas.
CAPITULO 13
O que o irmã o F. sofreu por indolê ncia e falta de submissã o. A e icá cia da
oraçã o fervorosa.
UMA
CAPITULO 14
Aqueles que perseveraram por muito tempo no pecado nã o sã o facilmente
bene iciados pelas oraçõ es da Igreja e sã o libertados com di iculdade.
CAPITULO 15
Da oblaçã o da Hó stia. E de oraçõ es pelas almas dos pais falecidos.
CAPITULO 16
Do efeito do Grande Salté rio. Do zelo de Cristo pela salvaçã o das almas. E como
Ele está disposto a ouvir as oraçõ es daqueles que O amam.
UMA
CAPITULO 17
Dos sofrimentos severos de um soldado. E a e icá cia do Grande Salté rio.
O
EM OUTRA ocasiã o, quando Gertrudes orou pela partida dos ié is, ela
viu a alma de um certo soldado,33que, creio eu, estava morto há
quarenta anos e que aparecia em terrı́vel estado de sofrimento. Ele
sofreu como se estivesse exposto ao pró prio fogo do Inferno, e foi
incapaz de obter a menor ajuda das oraçõ es da Igreja. Enquanto a Santa
se maravilhava com esta horrı́vel apariçã o, ela foi instruı́da de que a
alma havia pecado excessivamente quando no mundo por orgulho e
arrogâ ncia. Os efeitos de seu pecado foram representados por chifres,
que cobriram seu corpo; e um leve apoio, que parecia impedi-lo de cair
no Inferno, indicava algum pequeno remorso que ele havia manifestado
por seus crimes, os quais, pela misericó rdia divina, acabaram levando
ao seu arrependimento e salvaçã o.
Como Gertrudes sentiu grande compaixã o por ele, ela começou a
recitar o Grande Salté rio, oferecendo-o para o repouso de sua alma; e
ela teve a satisfaçã o de saber que suas oraçõ es foram atendidas. A alma
apareceu para ela livre da forma horrı́vel em que ele havia sido
atormentado, e na forma de uma criança, ainda com algumas marcas de
sofrimento, mas tã o alegre como se tivesse sido libertado do Inferno e
levado para o cé u. Ele agora foi colocado com muitas outras almas, que
pareciam na mesma condiçã o. Ela aprendeu també m que neste lugar
ele poderia se bene iciar com os sufrá gios da Igreja, da qual ele havia
sido privado, até que Gertrudes obtivesse essa libertaçã o. As almas o
receberam com o mais terno carinho, e pareceram preparar um lugar
para ele entre si. Isso induziu o Santo a orar muito fervorosamente por
eles; e ela percebeu que Nosso Senhor os levou para um lugar de maior
refrigé rio, onde foram muito consolados.
Entã o ela disse ao Senhor: “Que vantagem nossa comunidade terá
ao recitar o Grande Salté rio?” Nosso Senhor respondeu: “Eles obterã o a
vantagem que o profeta declarou nestas palavras:“ A minha oraçã o se
converterá em meu seio ( Salmo 34:13); Minha liberalidade e
generosidade també m lhes concederã o o favor de participarem do
mé rito deste Salté rio, sempre que for dito, em todo o mundo ”.
Noutra ocasiã o disse a Nosso Senhor: “O Pai das Misericó rdias! Se
algué m quiser recitar este Salté rio e nã o puder dar a esmola habitual,
nem obter a celebraçã o das Missas que o devem acompanhar, que
oferta pode substituı́-lo? ” Ele respondeu: “Deve comunicar-se com a
freqü ê ncia necessá ria à missa e, para cada esmola, dizer um Pater
noster , com a oraçã o Deus, cui proprium est ,34pela conversã o dos
pecadores, fazendo um ato de bondade també m com o mesmo
propó sito. ” Entã o o Santo continuou assim: “Meu Deus, deixe-me falar
mais uma vez a Ti, e deixe-me perguntar se há alguma oraçã o mais
curta que você gostaria de receber em substituiçã o ao Grande
Salté rio?” Nosso Senhor respondeu: “O Salté rio pode ser dito
começando com uma oraçã o de perdã o com estas palavras: In unione
illius super coelestis laudis ,35e adicionando as palavras, Ave Jesu Christe
splendor , apó s cada verso. As palavras desta oraçã o devem ser ditas em
honra do amor pelo qual me tornei homem para resgatar
homens; entã o se ajoelhem em honra da Minha Paixã o, ao repetir as
palavras que a ela se referem, em uniã o com o amor com que Eu, o
Criador de todas as coisas, me submeti a ser julgado e a sofrer pelos
homens; entã o eles deveriam se levantar ao repetir as palavras que
comemoram Minha Ressurreiçã o e Ascensã o, em uniã o com aquele
poder onipotente pelo qual eu venci, me levantei vitoriosamente e subi
ao Cé u, para exaltar a natureza humana à destra de Meu Pai. Depois,
devem recitar a Antı́fona Salvator mundi , em uniã o com as açõ es de
graças com as quais todos os Santos se alegraram em Minha
Encarnaçã o, Paixã o e Ressurreiçã o. Por im, recebam o Sacramento do
Meu Corpo em cada Missa e, em cada esmola, recitem o Pater noster e a
Collect Deus cui , acrescentando um ato de caridade para com os
outros. E vou aceitar isso para o Grande Salté rio. ”
CAPITULO 18
Explicaçã o do Grande Salté rio e das Sete Missas de Sã o Gregó rio
UMA
S O Grande Salté rio nã o foi explicado nas pá ginas anteriores, nó s
incluı́mos uma explicaçã o dele, para o benefı́cio daqueles que podem
ler esta obra, tirada dos Exercícios de Santa Gertrudes .
Em primeiro lugar, devemos nos ajoelhar para pedir perdã o de
nossos pecados, dizendo: “O dulcı́ssimo Senhor Jesus, em uniã o com os
louvores celestes que a Santı́ssima Trindade entrega a Si mesma como a
ú nica digna de louvor, e que concede a Tua bem-aventurada
Humanidade, Tua gloriosa Mã e, Teus Anjos e Santos, e depois volta ao
abismo de Tua Divindade, de onde luiu, ofereço este Salté rio para Teu
louvor e gló ria. Eu Te adoro, Te louvo, Te abençoo e Te dou graças, pelo
amor de Tua Encarnaçã o, Teu Nascimento, a fome, sede, labores e
tristezas de Teus trinta e trê s anos na terra, e por Teu amor em dar Tu
mesmo a nó s nos Sacramentos do Altar; e eu suplico para unir o recital
desta Salté rio ao mé rito de tua santı́ssima vida e conversa, que eu
ofereço para os vivos e os mortos, pela alma de N . e de N .; e eu oro a Ti
para suprir e reparar tudo o que eles negligenciaram ou omitiram em
louvor, em açã o de graças, em oraçã o, em devoçã o, em boas obras, que
por Tua graça eles poderiam ter realizado, e nas quais falharam por sua
negligê ncia . ”
Em segundo lugar, tendo novamente implorado perdã o, repita esta
oraçã o: “O dulcı́ssimo Senhor Jesus Cristo, eu Te adoro e te bendigo,
dando graças a Ti por Teu amor em nos redimir por Teus sofrimentos
crué is, e porque Tu, o Criador do universo , foi feito prisioneiro,
amarrado, traı́do, difamado, lançado ao chã o, açoitado, coroado com
espinhos, condenado, cruci icado, morto cruelmente e trans ixado com
uma lança, por amor a nó s. Ofereço minhas petiçõ es em uniã o com o
amor com que suportaste esses ultrajes e indignidades; implorando a
Ti, pelo mé rito de Tua santı́ssima Paixã o e Morte, para perdoar os
pecados daqueles por quem eu oro, se eles ofenderam contra Ti por
pensamento, palavra ou açã o; e eu imploro a Ti para oferecer a Deus Pai
todas as Tuas dores e sofrimentos de corpo e alma, e o mé rito de cada
dor, por aqueles que ainda estã o em dı́vida com Tua justiça. ”
Em terceiro lugar, repita a seguinte oraçã o de pé : “Eu Te adoro, Te
louvo e Te bendigo, ó doce Senhor Jesus Cristo, dando-Te graças pelo
amor vitorioso pelo qual Tu elevaste a nossa natureza à destra de Deus
Pai , depois de levantá -lo vitoriosamente da tumba; e eu imploro que
conceda à s almas por quem oro uma participaçã o em Tua vitó ria e
triunfos. ”
Em quarto lugar, depois de implorar a misericó rdia de Deus, diga:
“Salvador do mundo, salva-nos a todos: Maria, Santa Mã e de Deus e
sempre Virgem, rogai por nó s. Suplicamos a Ti, pela intercessã o de
todos os Teus santos apó stolos, má rtires, confessores e santas virgens,
que nos proteja do mal e nos conduza à perfeiçã o de todo o bem. O
muito doce Senhor Jesus, eu Te adoro, Te louvo e Bendito por todos os
favores que conferiste a Tua bendita Mã e e a Teus eleitos, em uniã o com
aquela gratidã o com a qual Teus Santos se regozijam em Tua bendita
Encarnaçã o, Paixã o e Ressurreiçã o, suplicando a Ti, pelas oraçõ es de
Tua gloriosa Virgem Mã e e de todos os Santos, para suprir as
necessidades dessas almas ”.
Em quinto lugar, recite os cento e cinquenta Salmos do Salté rio
devota e consecutivamente, dizendo, apó s cada versı́culo: “Salve, Jesus
Cristo, Esplendor do Pai, Prı́ncipe da paz, Porta do Cé u, Pã o da vida,
Filho da Virgem, Vaso da Divindade! ” Na conclusã o de cada Salmo,
repita as seguintes palavras ajoelhando-se: “Dá -lhes o descanso eterno,
Senhor, e deixa brilhar sobre eles a luz perpé tua.” Em seguida, reze
cento e cinquenta missas, ou mande-as rezar, ou ofereça o mesmo
nú mero de comunhõ es, ou pelo menos cinquenta ou trinta. Dê esmola
també m cento e cinquenta vezes, ou, se isso for impossı́vel, diga
o Pate R noster e a Collect Deus cui , realizando o mesmo nú mero de
atos de caridade. Nestes atos de caridade pode ser incluı́da a menor
bondade feita a outra pessoa pelo amor de Deus - como uma palavra
bondosa, ou um ato bondoso, ou mesmo uma oraçã o fervorosa.
També m consideramos justo dizer algo das Sete Missas que,
segundo a nossa tradiçã o, foram divinamente reveladas a Sã o Gregó rio,
pois acreditamos que muito contribuirã o para o alı́vio das almas
sagradas, pelo mé rito e e icá cia do intercessã o de Cristo. Se possı́vel,
sete luzes devem ser acesas em cada missa, em homenagem à Paixã o
de Nosso Senhor, e a cada dia quinze36 Pater nosters e Ave
Marias devem ser recitados e sete esmolas dadas. O Ofı́cio dos Mortos
també m deve ser dito.
A primeira Missa é o Domine ne longe , com a Paixã o inteira, como
no Domingo de Ramos; e devemos suplicar a Nosso Senhor, pelos
desprezos que Ele livremente sofreu quando amarrado e traı́do nas
mã os dos pecadores, que Ele libertasse aquelas almas cativas que, por
sua pró pria vontade, se escravizaram.
A segunda missa deve ser Nos autem gloriari , como na terceira feria
depois do Domingo de Ramos (terça-feira da Semana Santa), na qual
devemos implorar a Nosso Senhor, com a sua injusta condenaçã o à
morte, que entregue as almas justamente condenadas ao castigo
pró prio. agir.
A terceira missa deve ser In nomine Domine , como na quarta feria
depois do Domingo de Ramos; e por isso devemos implorar a Nosso
Senhor, por Seu sofrimento inocente quando apegado à Cruz, que
liberte essas almas do castigo que merecem, apegando-se a prazeres
indignos.
A quarta missa será Nos autem gloriari , com a Paixã o Egressus est
Jesus , como na Sexta Feira Santa,37 quando devemos suplicar a Nosso
Senhor, pela Sua morte mais amarga e pela perfuraçã o do Seu Coraçã o,
que cure estas almas das feridas e castigos do pecado.
A quinta missa é o Réquiem , na qual devemos rezar a Nosso Senhor,
por Seu santo sepultamento e pela tumba em que Ele, o Senhor do cé u e
da terra, foi encerrado, para libertar essas almas do destino a que
condenaram por seus pecados.
Na sexta Missa, Resurrexi ,38 devemos orar para que as almas sejam
libertadas de toda mancha e tornadas dignas de participar de Sua
gló ria pelos mé ritos de Sua alegre Ressurreiçã o.
E na sé tima Missa, Gaudiamus , como na Assunçã o da Santı́ssima
Virgem, roguemos a Nosso Senhor e à Sua Santı́ssima Mã e, pela alegria
que ela sentiu no dia da sua Assunçã o, que pelos seus mé ritos e
mediaçã o estas almas possam ser libertado de qualquer restriçã o e
associado para sempre à companhia de seu esposo celestial.
Se você agir assim para com os outros, esteja certo de que sua
oraçã o retornará ao seu pró prio seio, com frutos abundantes, na hora
de sua morte. Mas será muito mais vantajoso para você realizar essa
devoçã o por si mesmo enquanto pode, do que con iar nos outros depois
de sua morte; e Deus, que é iel à s Suas promessas, vai mantê -lo para
você e devolvê -lo em seu tempo, pelas entranhas de Sua misericó rdia,
que nos visitou como Oriente desde o alto. ( Lucas 1:78).
CAPITULO 19
A recompensa de orar pelos mortos. E a puniçã o de desobediê ncia e detraçõ es.
NUMA ocasiã o, enquanto a missa era celebrada por uma pobre mulher
que havia morrido recentemente, Santa Gertrudes recitou cinco Pater
nosters , em homenagem à s Cinco Chagas de Nosso Senhor para o
repouso de sua alma; e, movida pela inspiraçã o divina, ofereceu todas
as suas boas obras para o aumento da bem-aventurança desta
pessoa. Quando ela fez esta oferta, ela imediatamente viu a alma no
Cé u, no lugar a ela destinado; e o trono preparado para ela foi elevado
muito acima do lugar onde ela havia estado, visto que o trono mais alto
dos Sera ins está acima do mais baixo Anjo. O Santo entã o perguntou a
Nosso Senhor como esta alma tinha sido digna de obter tal proveito de
suas oraçõ es, e Ele respondeu: “Ela mereceu esta graça de trê s
maneiras: primeiro, porque sempre teve uma vontade sincera e um
desejo perfeito de me servir em religiã o, se fosse possı́vel; em segundo
lugar, porque ela amou especialmente todos os religiosos e todas as
pessoas boas; em terceiro lugar, porque ela estava sempre pronta para
Me honrar prestando qualquer serviço que pudesse para eles. ” Ele
acrescentou: "Você pode julgar, pela categoria sublime a que ela foi
elevada, o quã o agradá veis essas prá ticas sã o para Mim."
Morreu um religioso que sempre se habituou a rezar com muito
fervor pelas almas dos ié is que partiam; mas ela falhou na perfeiçã o da
obediê ncia, preferindo sua pró pria vontade à de seu superior em seus
jejuns e vigı́lias. Depois de sua morte, ela apareceu adornada com ricos
ornamentos, mas tã o sobrecarregada por um pesado fardo, que era
obrigada a carregar, que nã o podia se aproximar de Deus, embora
muitas pessoas estivessem se esforçando para conduzi-la a Ele.
Enquanto Gertrude se maravilhava com essa visã o, ela aprendeu
que as pessoas que se esforçaram para conduzir a alma a Deus eram
aquelas a quem ela havia libertado por meio de suas oraçõ es; mas esse
fardo pesado indicava as faltas que ela havia cometido contra a
obediê ncia. Entã o Nosso Senhor disse: “Vede como aquelas almas
agradecidas se esforçam por libertá -la das exigê ncias da Minha justiça
e mostram estes ornamentos; no entanto, ela deve sofrer por suas
faltas de desobediê ncia e obstinaçã o. ” A Santa respondeu: “Mas,
Senhor, ela nã o se arrependeu quando admoestada dessas faltas antes
de sua morte? Ela nã o cumpriu penitê ncia por eles? E a Escritura nã o
diz: 'Quando o homem confessa, Deus perdoa?' ”39 Nosso Senhor
respondeu: “Se ela nã o tivesse agido assim, o fardo de suas faltas teria
sido tã o pesado, que ela di icilmente poderia ter vindo a Mim”.
Entã o a Santa viu seu ornamento, que parecia um vaso de á gua
fervente contendo uma pedra dura, que deveria ser completamente
dissolvida antes que ela pudesse obter alı́vio desse tormento; mas
nesses sofrimentos ela foi muito consolada e assistida por essas almas e
pelas oraçõ es dos ié is. Depois disso, Nosso Senhor mostrou a Santa
Gertrudes o caminho pelo qual as almas ascendem ao cé u. Parecia uma
prancha reta, um pouco inclinada, de forma que quem subia o fazia com
di iculdade. Eles foram assistidos e apoiados pelas mã os de cada lado, o
que indicava as oraçõ es oferecidas por eles. Os que foram auxiliados
pelos Anjos tiveram uma grande vantagem, pois repeliram os dragõ es
que voavam ao seu redor, esforçando-se para impedir suas oraçõ es. Os
religiosos que viveram sob a obediê ncia foram auxiliados por uma
espé cie de grade, colocada de cada lado dessa prancha, para que ambos
icassem amparados e protegidos de queda.
Em alguns lugares, essas grades foram removidas, como puniçã o
aos superiores que haviam falhado em governar seus sú ditos pelas
regras de obediê ncia. Mas todas as almas que foram verdadeiramente
obedientes foram assistidas e apoiadas pelos Anjos, que removeram
todos os obstá culos de seu caminho.
Uma religiosa, que tinha ouvido murmú rios e calú nias, apareceu à
Santa també m sob a forma humana, e foi punida com os ouvidos
tapados com uma substâ ncia dura, que só podia remover com grande
di iculdade e a passos lentos; sua boca també m foi coberta com uma
espé cie de ré dea, por ter proferido algumas detraçõ es, de forma que ela
nã o poderia saborear a doçura Divina. Foi revelado a Santa Gertrudes
que esta pessoa pecou por inadvertê ncia e ignorâ ncia, e se arrependeu
de sua culpa; mas aqueles que persistissem habitualmente neste
pecado seriam punidos muito mais severamente, e seus sofrimentos
seriam tã o intensos e horrı́veis que os tornariam objetos de aversã o aos
cidadã os do cé u.
"Ai, Senhor!" exclamou o Santo com lá grimas; “Antigamente Tu me
mostraste o mé rito dos santos e agora só vejo os castigos dessas
almas.” Ele respondeu: “Os homens eram entã o mais facilmente
conquistados pelos dons da graça; agora eles devem estar apavorados
com ameaças e julgamentos. ”
Agora relataremos como a misericó rdia divina preparou Gertrudes
para seu ú ltimo im.
CAPITULO 20
Do desejo ardente de morte que Nosso Senhor acendeu na alma de Gertrudes.
O
CAPITULO 21
Como Gertrude orou pela morte.
CAPITULO 22
Das feridas do amor divino com que o Santo foi paralisado.
ELE SAINT ouviu um irmã o que pregava na capela dizer, entre outras
coisas, que o amor era uma lecha de ouro, que alcançava tudo o que
tocava; e que foi um tolo quem usou esta lecha para caçar prazeres
terrenos, quando poderia usá -la para obter alegrias eternas. Entã o
Gertrudes exclamou, com um ardor de amor: “Oh, quã o feliz eu seria se
eu possuı́sse esta lecha dourada, pois eu Te trespassaria com ela, meu
Amado, para que eu pudesse Te possuir eternamente!” Ao dizer essas
palavras, ela viu Nosso Senhor segurando uma lecha de ouro na mã o e
disse-lhe: “Queres ferir-me; mas vou te perfurar, para que a tua ferida
nunca seja curada. ” Ao dizer isso, a lecha apareceu dobrada em trê s
lugares. Com isso ela entendeu que a lecha do amor divino fere de trê s
maneiras: primeiro, tornando todos os prazeres terrenos
desagradá veis, de modo que nada neste mundo pode proporcionar
prazer ou consolo à alma; em segundo lugar, ao despertar na alma um
desejo ardente de se unir a Deus, descobrindo que nã o pode respirar ou
viver separada Dele; em terceiro lugar, a alma está tã o paralisada que
quase se separa do corpo e é dominada pela torrente de delı́cias
divinas.
Depois desta revelaçã o, Santa Gertrudes desejou, com um desejo
meramente humano, morrer entã o na igreja onde este favor lhe fora
concedido, como se a santidade do lugar onde o corpo deixou de viver
tivesse aproveitado a alma. E como ela pediu repetidamente para obter
esta graça, Nosso Senhor disse-lhe: “Quando a tua alma sair do teu
corpo, vou escondê -la sob os Meus cuidados paternos, como uma mã e
cobriria e acariciaria seu ilho amado quando aterrorizada pelo medo
de naufrá gio. E como a mã e se regozijaria com a alegria de seu ilho
quando eles alcançassem a terra em segurança, eu també m me
regozijarei com sua alegria quando você estiver seguro no Paraı́so. ”
A Santa deu graças a Deus por todo o seu amor e renunciou aos seus
desejos anteriores, con iando-se inteiramente à Sua Divina Providê ncia.
CAPITULO 23
Nossos preparativos para a morte nã o sã o esquecidos diante de Deus.
CAPITULO 24
Exercı́cios de preparaçã o para a morte. E devoçã o à Santı́ssima Virgem.
CAPITULO 25
Como Nosso Senhor Jesus e todos os Santos consolam as almas dos justos nos
seus ú ltimos momentos. E com que amor Nosso Senhor se comunica aos seus
eleitos no Sacramento do Altar.
UMA
CAPITULO 26
Do doce repouso de que gozava o Santo; e como ela se satisfez com suas
negligê ncias.
OME tempo depois disso, Nosso Senhor apareceu a ela, e parecia como
se estivesse preparando um sofá no qual ela pudesse repousar; mas, em
vez de uma cama macia de penas, Ele exibiu diante dela, por assim
dizer, todos os sofrimentos que suportou na Cruz para a salvaçã o dos
homens, para que seu fruto salutar pudesse preparar sua alma para a
vida eterna. O travesseiro que Ele ofereceu para apoiar a cabeça dela foi
a dor do Seu mais doce Coraçã o quando Ele foi pendurado na Cruz, e
lembrou como todos os Seus sofrimentos seriam inú teis para tantas
almas. Como um colchã o para este sofá , Ele ofereceu a ela Seu
abandono e desprezo em Sua Paixã o, a in idelidade de Seus amigos para
Aquele que era de todos os amigos o mais iel, Sua amarraçã o cruel,
zombaria e desprezo. Por ú ltimo, ofereceu-lhe os mé ritos da sua morte
preciosı́ssima como manta, para que assim ela fosse santi icada,
segundo o beneplá cito da sua divina misericó rdia.
Enquanto Gertrude ali repousava docemente, o Coraçã o de Nosso
Senhor, no qual todos os tesouros estã o escondidos, apareceu para ela
como um jardim mı́stico de extrema beleza, no qual todos os desejos de
Sua sagrada Humanidade eram representados sob a igura de um
verdor primoroso, e todos os seus pensamentos como violetas e
lı́rios. As virtudes de nosso Divino Senhor foram representadas por
uma videira frutı́fera, como a de Engaddi, cujas uvas eram de uma
doçura tã o deliciosa. Esta videira estendeu os seus ramos e folhas à
volta da Santa, proporcionando-lhe a sombra e o refresco mais
agradá veis; e Nosso Senhor deu-lhe frutos, isto é , Suas virtudes, dos
diferentes ramos desta á rvore, fazendo-a beber també m o vinho
delicioso que ela produzia.
Entã o ela viu trê s fontes puras brotando do Coraçã o Divino, que se
esvaziaram milagrosamente uma na outra; e Nosso Senhor disse-lhe:
“Beberá s destes riachos tã o e icazmente na hora da tua morte, que a tua
alma alcançará uma saú de tã o perfeita e uma perfeiçã o tã o consumada
que nã o poderá s permanecer mais no corpo; entretanto, deixe esta
visã o encantadora servir para o seu adorno espiritual. ” Entã o ela
suplicou ao Pai Eterno que olhasse para ela em prol da santa
Humanidade de nosso Senhor Jesus Cristo, para puri icá -la de todo
pecado e adorná -la com Suas virtudes divinas; e ela sabia que suas
oraçõ es foram ouvidas. Depois disso, ela orou assim: “O Pai amoroso,
dá -me a Tua mais amorosa bê nçã o”; e o Senhor estendeu Sua mã o
onipotente e a abençoou com o sinal da cruz. Entã o essa bê nçã o
apareceu como uma tenda dourada, que cobria o leito já mencionado; e
ela també m viu muitos instrumentos musicais colocados nele, o que
signi icava as alegrias que ela obteve por meio da Paixã o de Jesus
Cristo.
Essas delı́cias celestiais transformaram seus sofrimentos em
alegria, e como ela agora se ocupava inteiramente com sua pró pria
perfeiçã o, ela começou a compor algumas oraçõ es curtas e fervorosas,
para suprir suas negligê ncias na recitaçã o das Horas Canô nicas, o Ofı́cio
da Santı́ssima Virgem e o Escritó rio dos Mortos. Ela també m desejava
suprir suas de iciê ncias em certas virtudes, como o amor a Deus e ao
pró ximo, humildade, castidade, obediê ncia, consideraçã o pelos outros,
agradecimento, alegria ou luto com os outros, etc. Entã o ela se esforçou
para suprir as negligê ncias de que se julgava culpada nos louvores
divinos, na açã o de graças, na oraçã o e na reparaçã o, nã o só por si
mesma, mas també m por toda a Igreja.
Nem ela icou satisfeita com esta reparaçã o; pois ela desejava para
cada falta, e para cada membro de seu corpo, recitar vinte e cinco
oraçõ es curtas, acrescentando ao inal de cada petiçã o o Pater
noster e Ave Maria , pelos quais ela tinha uma devoçã o especial; e essas
oraçõ es nã o apenas comoveram o coraçã o do homem, mas até tocaram
o pró prio Rei da Gló ria, que se alegrou muito com isso; e embora a
Santa tivesse a mais perfeita con iança nas promessas relatadas acima,
que nosso Divino Senhor tinha feito a ela, nã o obstante, sua humildade
a impeliu a trabalhar para seu cumprimento, por sua pró pria
cooperaçã o sincera com a graça divina. Ela també m leu sua sagrada
Regra com extrema diligê ncia, procurando suprir suas omissõ es em sua
observâ ncia por meio de suas oraçõ es, suspiros e lá grimas; de modo
que ela nã o apenas satisfez por qualquer falta que pudesse ter
cometido, mas també m obteve novos ornamentos e graças de Deus. Em
seguida, ela aplicou todos os poderes de sua alma e corpo para coisas
superiores, orando com fervor excessivo, desejando ardentemente uma
uniã o perfeita e eterna com seu Deus, unindo sua devoçã o ao amor
mú tuo e gratidã o inefá vel [isto é , parabé ns] do Eterno Santı́ssima
Trindade, e repetindo o versı́culo: “Quando virá s? minha alma tem sede
de Ti ”, com as palavras:“ O Pai amoroso ”. (As ú ltimas palavras que ela
aprendeu de uma maneira maravilhosa, e ela sabia que eram muito
aceitá veis a Deus.)
Ela repetia essas oraçõ es continuamente, a menos que sua fraqueza
corporal fosse tã o grande que pudesse impedi-la; e ela ofereceu a
reparaçã o també m, se sua alma nã o fosse atraı́da por uma oraçã o mais
sublime. As consolaçõ es que lhe foram concedidas foram tã o
abundantes, que foram transmitidas até mesmo aos que a atendiam, de
modo que muitos procuraram estar perto dela para obter suas
instruçõ es e aprender com ela essas oraçõ es. Conseqü entemente,
oraçõ es fervorosas foram feitas por sua recuperaçã o, ou mesmo para
que sua morte fosse retardada; e Deus, que ouve os desejos dos
humildes, concedeu este favor e poupou-a um pouco mais aos que a
amavam com tanto carinho, dando-lhe també m a oportunidade de
aumentar o seu mé rito.
O versı́culo acima mencionado é aqui anexado—
CAPITULO 27
Como a Santa supriu suas negligê ncias ao serviço da Bem-aventurada Virgem
Maria.
UMA
S A Santa se ocupou em fazer essas reparaçõ es, ela lamentou muito por
suas omissõ es na devoçã o à Santı́ssima Virgem e rogou a Nosso Senhor
que oferecesse suas oraçõ es a Sua Mã e Santı́ssima. Entã o o Rei da
Gló ria levantou-se e ofereceu-lhe o Seu Coraçã o dei icado, dizendo: “Eis,
minha amada Mã e, apresento-te o Meu Coraçã o, que abunda em toda a
bem-aventurança, e ofereço-te todos os afetos divinos pelos quais
predestinei, criei e santi iquei você desde toda a eternidade para ser
Minha Mã e; com o amor e a ternura que vos manifestei na terra, quando
me levastes no seio e me alimentastes com o vosso leite, e com a
idelidade com que me submeti a ti, como ilho a mã e; e especialmente
a minha ternura para convosco na hora da morte, quando vos dei um
guardiã o iel, esquecendo-me das Minhas pró prias dores. Ofereço-te a
gló ria e a honra com que te elevei no dia da tua Assunçã o ao Cé u,
quando foste exaltada acima de todos os coros dos Santos e Anjos, e
proclamada Rainha e Senhora do Cé u e da Terra. Apresento-te mais
uma vez todos estes sinais de Meu amor, como se os apresentasse de
novo a ti, em favor de Minha esposa, para que te esqueças das
negligê ncias dela a teu respeito e a auxilia na hora de sua morte com
toda a ternura. de uma mã e. ”
Entã o a Santı́ssima Virgem aceitou com o maior prazer este
encargo, dizendo: “Concede, meu Filho amado, quando eu receber Tua
esposa eleita, de acordo com Teu Divino bom prazer, que ela possa
receber algumas das delı́cias transbordantes de que eu desfruto”. A
bondade do Senhor para com ela comoveu Gertrude profundamente, e
ela exclamou: “Ai, meu amoroso Senhor! Lamento nã o ter satisfeito por
minhas negligê ncias em recitar as Horas Canô nicas da mesma maneira,
visto que Tua inconcebı́vel bondade recebe tã o graciosamente meus
mais pobres esforços ”. Nosso Senhor respondeu: “Nã o te a lijas, meus
amados; pois renovei todos os seus desejos, em uniã o com aquele amor
que levou Meu Divino Coraçã o a infundir em você essas nobres e
amorosas aspiraçõ es; e a ela uni a mais devota e pura intençã o que
qualquer coraçã o humano pode oferecer a Mim, apresentando-a a Meu
Pai com satisfaçã o por todas as vossas negligê ncias, para que a Sua
paternal bondade se incline para vó s com a mais terna afeiçã o. ”
CAPITULO 28
Como Gertrudes se preparou para a morte.
CAPITULO 29
Como Nosso Senhor autorizou esta obra.
UMA
APOS esta obra ter sido concluı́da, Nosso Senhor Jesus apareceu à quela
que a havia completado, segurando-a em Suas mã os; e pressionando-o
contra o Seu Coraçã o, Ele disse a ela: “Coloquei este livro assim sobre o
Meu Coraçã o, para que cada palavra nele contida seja penetrada com a
doçura Divina, assim como o mel penetra no pã o. Portanto, quem ler
este livro com devoçã o receberá grande lucro para sua salvaçã o. ” Entã o
ela suplicou a Nosso Senhor que preservasse este livro de todo erro
para Sua pró pria gló ria, e Ele estendeu Sua adorá vel Mã o, assinando-o
com o Sinal da Cruz, dizendo: “Eu consagro por Minha bê nçã o tudo o
que está escrito neste livro, que pode promover a salvaçã o daqueles
que o lê em com devoçã o humilde ”. Ele acrescentou: “O trabalho
daqueles que escreveram este livro é també m muito agradá vel para
Mim, particularmente em trê s coisas: primeiro, Eu provo nele a doçura
do Meu amor Divino, pelo qual tudo o que está relacionado nele foi
efetuado; segundo, estou extremamente satisfeito com a boa vontade
daqueles que o escreveram; terceiro, contemplo com singular prazer
Minha misericó rdia gratuita, que aparece em tudo o que está escrito
neste livro. Desejo, portanto, que este trabalho seja fruti icado por
Minha Santı́ssima Vida e Minhas Cinco Chagas; e os sete dons do
Espı́rito Santo serã o os sete selos da misericó rdia divina com os quais
será selado, para que ningué m possa tirá -lo da Minha Mã o. ”
Em outra ocasiã o, quando o compilador45deste livro comunicado,
ela o tinha escondido na manga do seu há bito, sob o seu manto, para o
oferecer a Nosso Senhor para Seu eterno louvor e gló ria. Ao prostrar-se
antes de receber o Corpo do Senhor, uma das religiosas viu Nosso
Senhor aproximar-se dela com grandes manifestaçõ es de alegria e
ternura; e Ele se dirigiu a ela assim: “Eu penetrarei com Minha doçura
Divina e fertilizarei cada palavra deste livro que você me ofereceu, e
que você escreveu pela direçã o do Meu Espı́rito: e Eu manifestarei a
quem ler este livro com humildade ame o que for mais ú til para ele e o
acolherá em Meu seio, soprando em sua alma vida e verdade. Mas se
algué m ler por vã curiosidade e desejo de bisbilhotar Meus segredos
para censurá -los e zombar deles, certamente o humilharei e o rejeitarei
vergonhosamente. ”
CAPITULO 30
Oblaçã o desta obra à gló ria divina. Conclusã o.
eu
Deo Gratias.
NOTAS
Introduçã o
1. Esta igreja antiga pitoresca e curiosa exigiria um volume pró prio. E
principalmente notá vel por está tuas de tamanho incomum, em grupos que
representam vá rios incidentes na vida de nosso Divino Senhor. Um desses
grupos representa Jesus Cristo dando a Sagrada Comunhã o à Sua Mã e
Santı́ssima. Um bom prior dos tempos medievais considerou isso uma
impiedade grave e, conseqü entemente, cortou as mã os de Nosso Senhor com
uma machadinha! O Santı́ssimo Sacramento é reservado aqui em uma pomba
dourada, de acordo com um antigo costume. Há uma inscriçã o muito curiosa e
muito antiga, em caracteres gregos antigos, que data do inal do sé culo II,
sobre o altar do Sagrado Coraçã o, HTORI SEMNOI, “Ao Coraçã o
magnâ nimo”. Foi encontrado por sua eminê ncia, o cardeal Petra, ex-monge de
Solesmes, em uma lá pide perto de Autun.
2. João 3: 8
3. Wis . 9: 13-17
Parte 1
Capı́tulo 1
1. Tem havido muita contrové rsia quanto ao ano preciso em que o Santo
nasceu, embora uma circunstâ ncia que será relatada a seguir ixe o perı́o do
com uma certeza tolerá vel. Na data, como també m na etimologia do seu
sobrenome, seguimos a opiniã o do erudito Abade de Solesmes. Na Casa da
Áustria de Coxe, ele menciona o casamento de Anne, irmã do conde Hohenberg,
com o famoso Rodolfo de Habsburgo. Beetham, em suas valiosas Genealogias ,
a chama de Anne de Hochberg. A semelhança do nome com o de Hackeborn
sugere a possibilidade de que a conexã o com a famı́lia imperial possa ter sido
por meio deste canal. A cidade de Eisleben ainda existe e tem, como será
lembrado, a notoriedade nada invejá vel de ser o local de nascimento de
Lutero. E a capital do condado de Mans ield: os tú mulos dos antigos Condes de
Mans ield ainda estã o preservados nas igrejas de St. Andrew e St. Ann. Tem
també m um castelo em ruı́nas, mas, infelizmente, nenhuma tradiçã o de sua
Santa, embora esta ruı́na já tenha sido possuı́da por sua nobre famı́lia.
2. Uma provisã o especial é feita na Regra de Sã o Bento, cap. lix. para regular
este assunto. A prá tica de oferecer crianças muito pequenas que eram
dedicadas por seus pais ao serviço de Deus na religiã o sagrada era geralmente
observada na Ordem, até que o costume foi abolido pela autoridade do Papa
Clemente III. També m é expressamente proibido pelo Concı́lio de Trento. (Ver
Helyot, Hist. Reg. Orders.) Quando Sã o Bento escreveu sua Regra, a Igreja nã o
tinha legislado para as ordens religiosas. Se esses regulamentos tivessem sido
promulgados durante sua vida, ele teria sido o primeiro a reconhecer sua
autoridade e exigir que seus ilhos espirituais se submetessem a eles.
3. Em geral, supõ e-se, mas sem autoridade su iciente, que essas palavras foram
dirigidas a Sã o Mechtilde. Ela pode ter sido a “pessoa sagrada” a quem a
revelaçã o foi feita, mas essa opiniã o é meramente conjectural.
Capı́tulo 2
4. Esta circunstâ ncia é tã o interessante e tã o bem autenticada que merece um
aviso passageiro. E mencionado por Feller, Moreri, na História da Áustria
de Heiss , lib ii. c. 22, e na Acta SS. Maii , tom. viii., onde um ato algo semelhante
de devoçã o, realizado por Carlos II da Espanha, é relatado detalhadamente. O
relato de Heiss é o seguinte: Em uma ocasiã o, quando Rodolph estava
engajado na caçada, começou a chover com tanta violê ncia que sujou a estrada
quando, por acaso, encontrou um pobre cura a pé , carregando a Hó stia para
um doente, ele icou tã o comovido ao ver aquele bom sacerdote trabalhando
na lama, que imediatamente desceu, dizendo: Nã o lhe convinha cavalgar
enquanto o sacerdote que carregava seu Senhor caminhava a pé . Ele entã o fez
o sacerdote montar em seu cavalo, acompanhou-o de cabeça descoberta até a
casa do doente e depois o conduziu para sua igreja, onde o sacerdote,
maravilhado com seu zelo, deu-lhe sua bê nçã o e, sendo inspirado pelo Espı́rito
Santo, profetizou que ele e seus descendentes se sentariam no trono imperial.
5. Adolfo, logo apó s sua eleiçã o, ofendeu o arcebispo de Mentz, a quem devia
sua elevaçã o, e alienou os eleitores por meio de esforços arbitrá rios para
engrandecer sua famı́lia. Albert, entretanto, ainda esperava por alguma chance
feliz de obter a coroa de seu pai. Em 1298, uma Dieta foi montada em
Mentz. Uma longa lista de queixas foi elaborada; Adolphus foi citado para
comparecer e, em sua recusa, foi deposto. Albert foi entã o elevado à dignidade
imperial. Uma guerra civil se seguiu. Os dois exé rcitos se encontraram em
Gellheim, entre Spires e Worms, em 2 de julho, e, sendo liderados pelos
soberanos rivais, lutaram com intrepidez incomum. Aqui, por meio de um
estratagema inteligente, os soldados de Albert perfuraram os guardas que
cercaram Adolphus e o desmontaram. Depois de uma longa defesa, ele atacou
seu rival mais uma vez, mas foi morto por ele com uma lança.
6. Na traduçã o francesa, isso é traduzido como maison de plaisance ; a ideia é
muito bonita, com certeza, mas entã o nã o está no original, onde o termo é
simplesmente domum . Há uma coincidê ncia notá vel entre esta visã o e a ordem
dada a Sã o Francisco de Assis para consertar a casa de Deus.
7. Sã o Mechtilde.
8. “ Sub umbra tranquillissimae consolationis suae .” aquelas que você deseja
fazer por si mesmo ou ver feitas por outros, embora nã o esteja em seu poder
realizá -las. O pró prio Jesus Cristo suprirá diante de Seu Pai as suas
necessidades e defeitos, e os dos outros por quem você é solı́cito; portanto,
nã o duvide de que Ele recompensará igualmente tudo o que você deseja fazer,
como se o tivesse realizado, e saiba que toda a corte do Cé u se regozija com o
seu avanço e retribui graças e louvores a Deus por amor a você . ”
9. “ Respondit Dominus: Libertas cordis ”; mas a palavra “liberdade” ou
“generosidade” parece dar a ideia mais corretamente em inglê s. Nesta
passagem també m a traduçã o francesa é vaga e incorreta. [Presumivelmente, o
autor desta nota de rodapé quis dizer que as palavras “liberdade” ou
“liberdade” dã o a ideia mais corretamente. A palavra latina “ libertas ” signi ica
“liberdade, liberdade”. - Editora , 2002.]
Capı́tulo 3
10. Este milagre é mencionado també m no Ofı́cio de sua festa. A resposta apó s
o vi. Liçã o, ii. A noite começa assim: “ Cum asperrimo gelu terra diu concreta ,”
etc. “Quando a terra, endurecida pela forte geada, nã o deu seus frutos, a
abençoada Gertrudes, tocada pela tristeza, orou a seu Esposo, quando de
repente o gelo derreteu, e uma primavera alegre se deu. ” A resposta apó s o
vii. A liçã o continua: “ Messis tempore ,” etc. “Na é poca da colheita, quando os
frutos da terra sofreram por causa da chuva contı́nua, Gertrudes derramou seu
coraçã o como á gua aos olhos do Senhor, e imediatamente houve uma grande
calma.”
Como o Breviá rio Beneditino difere em muitos detalhes do Romano, uma
breve explicaçã o de sua disposiçã o pode ser necessá ria, visto que será tã o
freqü entemente referido nesta obra. As matinas começam, como de costume,
com o Pater noster , Deus in adjutorium , etc .; em seguida, o Domine labia é
repetido trê s vezes. O Salmo Domine quid multiplicati sunt ( Salmo 3) é recitado
antes do Venite . Normalmente existem doze liçõ es. Essas disposiçõ es estã o
expressamente previstas na Regra de Sã o Bento, cap. viii a xviii.
11. Esta passagem foi totalmente omitida na traduçã o francesa.
Capı́tulo 4
12. “ Mansuetudo quae mihi in eâ placet nomen accipit a manendo .”
13. “ Patientia nomen acceptit a pace et scientiâ .”
14. Os ó culos de leitura tinham acabado de entrar em uso. Supõ e-se que foram
inventados por Alexandre de Spina, um monge de Florença, por volta de 1285.
O mé rito da descoberta també m é reivindicado por nosso pró prio Roger
Bacon.
capı́tulo 5
15. Ins . lib. v .: “ Tandem exacto anno xl. et die xi. Heu! heu! in irmitatem
incurrit , quae dicitur apoplexia minor . ” Os eruditos padres beneditinos de
Solesmes parecem preferir o raciocı́nio de Campacci; mas provavelmente nã o
há discrepâ ncia na declaraçã o, visto que ele inclui o tempo de sua doença com
o tempo de permanê ncia no cargo.
16. O capı́tulo 26 da Regra de Sã o Bento trata especialmente deste importante
dever; e o Abade nã o só deve “tomar todo o cuidado possı́vel para que nada
seja esquecido no serviço aos enfermos”, mas é responsabilizado pelas
de iciê ncias dos outros neste assunto: “Que o Abade, portanto, esteja vigilante
para que os enfermos nã o pode sofrer nada com a negligê ncia de procuradores
e servos, e lembre-se de que ele será responsá vel por todas as faltas de seus
irmã os. ” Vemos na vida de Santa Gertrudes que mesmo a sua pró pria doença
perigosa nã o lhe permitia esquecer os sofrimentos dos outros. Como, de fato,
uma verdadeira mã e espiritual poderia permitir que qualquer criança
morresse sozinha e abandonada?
17. Sã o Lebuin, Lebwin ou Liafwin, patrono de Daventer. Este santo era inglê s
de nascimento; depois de sua ordenaçã o, foi para a Alemanha, onde, sob a
direçã o de Sã o Gregó rio, construiu uma igreja e fundou uma missã o, perto de
Daventer, em 772. Ele nã o foi um má rtir, embora o termo seja usado
nas Insinuações . Butler diz: “Sendo negado o sacrifı́cio mais compendido de si
mesmo, ele terminou seu martı́rio com trabalhos e austeridades antes do inal
do sé culo VIII.” Sua festa é celebrada no dia 12 de novembro - a data ajuda a
ixar a da morte de Santa Gertrudes.
Capı́tulo 6
18. “ Spiritus meus .”
19. "E inclinando a cabeça, Ele entregou o fantasma." ( João 19).
20. Formiga. Mag ., Ii. Vé speras da sua festa: “ Apparuerunt coelestes spiritus de
coelo descendentes in terram , qui Gertrudem ad paradisi gaudia modulatis vocibus
invitabant : ' Veni , veni , veni , Domina , quia te expectant coeli
deliciae. Tudo. Tudo. '”
Capı́tulo 7
21. " Respice nunc , sicut ego respicio ."
22. Encontramos a seguinte passagem no Pè re Baron's Incendie , vol. ii, lib. iii,
c. 28: “St. Gertrudes, tendo feito uma doaçã o de todos os seus mé ritos e boas
obras à s almas do Purgató rio, o demô nio apareceu a ela no momento de sua
morte e zombou dela, dizendo: 'Quã o vaidosa é s! e quã o cruel você tem sido
consigo mesmo! Pois que orgulho pode haver maior do que desejar pagar as
dı́vidas dos outros sem pagar as pró prias? Agora - agora veremos o
resultado; quando estiveres morto, pagará s por ti mesmo no fogo do
Purgató rio, e eu rirei de tua loucura enquanto choras por teu orgulho. ' Entã o
ela viu seu Divino Esposo aproximar-se dela, que a consolou com estas
palavras: 'Para que você saiba quã o agradá vel tem sido sua caridade pelas
almas dos defuntos, eu remeto a você agora todas as dores do Purgató rio que
você pode ter sofrido; e como prometi devolver-te cem por um, aumentarei
ainda mais abundantemente a tua gló ria celestial, dando-te uma recompensa
especial pela caridade que tens exercido para com as Minhas amadas almas no
Purgató rio, renunciando a seu favor as tuas obras de satisfaçã o . '”
Capı́tulo 8
23. “O reino deste mundo e todos os seus ornamentos eu desprezo por amor
de meu Senhor Jesus Cristo.” Formiga. Com. Vid .
Capı́tulo 9
24. Do Ofertó rio, Missa Defu . “Nó s oferecemos a Ti, ó Senhor, sacrifı́cios e
oraçõ es: receba-os em nome daquelas almas que nó s homenageamos,” etc.
25. Esta passagem nã o é muito clara no original.
26. “ Deum semel inspexisse , est omnia didicisse .”
Capı́tulo 10
27. De serv. Dei pode. et beat ., lib. i., c.xli.
28. No Ofı́cio da Santa usado pelos Beneditinos do Santı́ssimo Sacramento,
lemos que ela foi feita abadessa de um mosteiro na cidade de Delfos, e por isso
é chamada de Gertrudes de Delfos: “ Deinde alterius in urbe Delphos , unde
Gertrude Delphica dicitur . ” vi. Liçã o,
29. Filha de Pepin, Duque de Brabant, AD 664.
30. E a observaçã o do padre Faber, Tudo por Jesus , p. 248 (TAN, ediçã o 1991),
uma coincidê ncia ou uma citaçã o?
Parte 2
Capı́tulo 1
1. “ Secunda feria ante, etc., qua fuit sexto kalendas Februarii .” A traduçã o
francesa tem: “ Lundi vingt-cinquième janvier ”; o italiano, “ Che fu alli 27 di
Genaio ”.
2. “ Em angulo .”
3. Uma alusã o ao Col . 2:14.
Capı́tulo 3
4. “Nã o temas, Zachary; tua oraçã o é ouvida ”, etc. (Introduçã o para a Missa,
Vigı́lia de Sã o Joã o Batista.)
capı́tulo 5
5. Introduçã o para o terceiro domingo do Advento.
6. Feria quartum . A Anunciaçã o é comemorada especialmente na quarta-feira
da terceira semana do Advento. Anteriormente, as festas que caı́am neste dia
eram transferidas; e nos mosteiros, o Abade fez uma homilia sobre o
Evangelho Missus est .
7. " Filum de stupâ ."
8. “ Tam regalem gemmam .”
9. As palavras “ Hic distulit scribere usque in Octobrem ” estã o no inal
do capı́tulo v . no original, em itá lico.
Capı́tulo 6
10. “ In eumdem colorem .”
Capı́tulo 8
11. Introduçã o da Missa para Quinquagesima Domingo.
12. Resposta, i. Nocturn.
Capı́tulo 9
13. Quaresma.
Capı́tulo 10
14. 14 de setembro. As palavras citadas na pá gina seguinte nã o estã o no
presente Escritó rio.
15. “ Sicut Scriptura docet .” As palavras exatas nã o estã o nas Escrituras.
Capı́tulo 13
16. Accipitribus ; lit., aves de rapina.
Capı́tulo 14
17. Introduçã o para Quinquagesima.
Capı́tulo 15
18. Botrus , uma palavra hebraica, traduzida como “a uva” ( Mich 7: 1); em
grego ßorpus ; e, portanto, botrus ou botrys latinizados . Usado també m
tropicamente para uma bebida ou medicamento.
19. Introduçã o, primeira missa ou missa da meia-noite no Natal.
20. Nã o está no cargo atual: Deus qui —Coleta, Missa para os Pais Falecidos.
Capı́tulo 16
21. “Quando Seus pais trouxeram o Menino Jesus”, etc., Versı́culo na Procissã o,
Festa da Puri icaçã o. Esta procissã o é muito antiga. E mencionado pelo Papa
Gelá sio I. Os sermõ es de Sã o Bernardo nessas ocasiõ es sã o cheios de unçã o e
doçura singulares. Ele diz: “A procissã o foi feita primeiro pela Virgem Mã e,
Simeã o e Ana, para depois ser realizada em todos os lugares e por todas as
naçõ es. A concordâ ncia de muitos em procissã o simboliza nossa uniã o e
caridade; nossa caminhada, avanço na virtude; as luzes que carregamos,
Cristo, a verdadeira Luz. ”
22. “Ela deu à luz seu ilho primogê nito,” etc. ( Lucas 2), Evangelho para a Missa
da Meia-Noite. O que se segue é omitido na traduçã o francesa.
Capı́tulo 21
23. “ Manu ad manum non irmasse .”
24. Este favor é comemorado pela Igreja em seu Ofı́cio, 3ª Ant. em Lauds ,
“ Annulis septem ,” etc; "Meu Senhor Jesus me desposou com sete ané is e me
coroou como noiva." Uma Antı́fona semelhante pode ser encontrada no Ofı́cio
de Santa Inê s, VM: “Meu Senhor Jesus Cristo me desposou com Seu anel”, etc.
(Vé speras, 3ª Ant.).
Capı́tulo 22
25. Loquebar Christus : “Cristo falou com Sua amada Gertrudes face a face, como
um homem fala em segredo com seu amigo.” (i. Ant. ii, Vé speras). Veja també m
x. Resposta, 3 Nocturn, Breviá rio Beneditino, Escritó rio para o Segundo
Domingo da Quaresma.
Capı́tulo 23
26. Cf. Ps . 15: 2.
27. “ Etiam uno gemitu .”
Parte 3
Capı́tulo 1
1. As traduçõ es francesas aqui tê m “ quelque disgrâce ”; o latim, “ adversitatis ”. A
passagem que se segue també m foi traduzida de forma muito livre, e duas
sentenças inseridas que nã o estã o no original.
Capı́tulo 4
2. 24 de agosto. Este santo foi martirizado na Armê nia. E relatado na Vida de
Santa Isabel da Hungria que quando a Santı́ssima Virgem apareceu a ela
durante a vigı́lia do Natal, ela mencionou o beato Bartolomeu, com Sã o Joã o e
Sã o Lourenço, como especiais “amantes de Jesus”. Ela acrescentou: “Se
consentires em ser privado de tudo o que te é caro, e mesmo de tua pró pria
vontade, obterei para ti a mesma recompensa que Bartolomeu recebeu quando
sua pele foi esfolada. Se suportar os insultos com paciê ncia, será como
Lawrence quando sofreu o martı́rio. Se você mantiver silê ncio quando for
censurado e ofendido, você merecerá como Joã o fez quando o ı́mpio procurou
envenená -lo. ”
3. Stella Maria maris ; provavelmente Ave maris stella .
capı́tulo 5
4. 21 de setembro.
Capı́tulo 6
5. 22 de setembro. Sã o Maurı́cio era comandante, senã o capitã o chefe, da
famosa legiã o cristã de Tebas, que foi primeiro dizimada e depois cruelmente
martirizada a sangue frio, pelo comando do imperador Maximiniano, por se
recusar a se juntar ao exé rcito em sacri icando aos deuses pelo sucesso de sua
expediçã o à Gá lia.
6. “ Conglutinação .”
Capı́tulo 7
7. Heb . 2: 17-18.
Capı́tulo 9
* E claro que isso se refere à indignidade de uma pessoa que cometeu pecados
veniais, nã o à indignidade do pecado mortal. - Editora , 2002.
8. 24 de fevereiro.
Capı́tulo 11
9. “Na minha cama, à noite, busquei Aquele a quem ama a minha alma” ( Cân .
3: 1); inı́cio de i. Liçã o, i. Noite, festa de Santa Maria Madalena, mas nã o usada
como antı́fona.
Capı́tulo 14
10. “ Ó dulcissime juvenis! ”
Capı́tulo 15
11. "Salve, santo Pai." Introduçã o da Missa da Santı́ssima Virgem da Puri icaçã o
ao Advento, composta por Sedulius.
12. “Esteja atenta, ó Virgem Maria.” Agora, o Ofertó rio da Missa das Sete Dores.
Capı́tulo 16
13. 10 de agosto.
14. “ Concivibus suis .”
Capı́tulo 17
15. “ Delicatam manum… inter hispidos peccatores .”
16. “ Quantitatem .”
Capı́tulo 22
17. “ Gazophylacium .”
Capı́tulo 23
18. “ Fistulam .”
19. “ Audivit quandam vocem dulcissimam, tanquam cytharistae suaviter
demulcenti melodiâ cytharizantis in cythara sua, haec verba: Veni mea ad me: Intra
meum in me: Mane meus mecum .” Teria ela ouvido entã o aquela cançã o inefá vel
que será a alegria e a consolaçã o eterna dos redimidos?
Capı́tulo 26
20. Introduçã o para o sá bado na semana de brasa, Advento, “Vem, Senhor, e
mostra-nos o teu rosto”, etc.
21. “ Flasconum, qui ad refectionem dominorum deferuntur .”
22. V. Resposta, ii. Noite, 2º domingo do Advento: “Eis que vem o Senhor nosso
Protetor, o Santo de Israel”.
23. Antı́fona em ii. Vé speras da Natividade, do primeiro Salmo à s Vé speras de
Domingos e Festivais. Essas revelaçõ es provavelmente foram feitas durante o
Advento, quando as profecias de Isaias sã o lidas nas Matinas.
24. Formiga. no Magni icat de ii. Vé speras, comum de um má rtir.
25. “ Verba iniquorum praevaluerunt super nos, ” Ps 2. nas Laudes, f eria quarta , e
no Ofı́cio dos Mortos.
26. Resposta apó s ii. Liçã o do comum de muitos má rtires.
27. "Este Santo tomou veneno sem causar dano." Nã o em nenhum dos
escritó rios de St. John; provavelmente de um hino.
28. “Vouchsafe, ó Senhor, para nos manter neste dia sem pecado,” no Prime, e
no Te Deum .
29. ix. Resposta, iii. Noite, Sexagesima domingo. Mas a palavra lá é Benedixit -
“Deus abençoou Noé e seus ilhos”, etc.
30. eu. Nocturn, ii. Liçã o, v. Feria apó s Septuagesima - “Onde está teu irmã o
Abel?”
31. “O Senhor me vestiu”, Comum das Virgens, xi. Resposta, iii. Nocturn.
32. “O Anjo do Senhor chamou Abraã o”, Quinquagesima Sunday, Response,
ii. Nocturn.
* Assim, no original, mas provavelmente deveria ser "dia de festa". - Editora ,
2002.
33. “ Amor facit placentiam .”
34. “ Cancellum .”
35. “ Respirabis ab omni molestia .”
Capı́tulo 28
36. Ps . 41 .; no Escritó rio dos Mortos, 3º Ps . em iii. Nocturn.
Capı́tulo 29
37. “Maravilhosos sã o os teus testemunhos”: a ú ltima parte do Salmo 118: 29,
que é recitado em Nenhum.
Capı́tulo 30
38. “ Domina Regina .”
39. “ Filium .”
Capı́tulo 35
40. “ Sudem .”
Capı́tulo 37
41. “ Gario ilis .”
42. " Vale dilecte mi, et habe bonam noctem ."
43. O hino Rex Christe pode ser encontrado na Monumenta veteris Liturgiae
Alemannicae de Gerbert . Foi composta por Sã o Gregó rio o Grande e
anteriormente era cantada em Tenebrae apó s o Benedictus . O verso cantado
neste canto é extremamente difı́cil de traduzir em inglê s:
“Quanto mais te amo, mais procuras este fogo ardente; Enquanto o teu
querido amor ainda é para mim Doçura, eu ainda desejo. ”
Capı́tulo 38
44. Nã o por obrigaçã o, mas recitado por alguns religiosos que nã o sã o
obrigados a recitar o Ofı́cio Divino, e també m por vá rias das Ordens
contemplativas, por uma questã o de devoçã o, depois de terem recitado seu
Ofı́cio de obrigaçã o.
Capı́tulo 40
45. “O luz bendita”: o inı́cio de um verso da Sequê ncia na Missa do Domingo de
Pentecostes.
Capı́tulo 41
46. “Todas as obras do Senhor, bendigam o Senhor”: Câ ntico dos Trê s Filhos,
rezado nas Laudes aos Domingos e Festas.
Capı́tulo 43
47. “ Binos pulsus .”
Capı́tulo 44
48. “ Et proba utrum inquietus amor meus te quiescere sinat .”
Capı́tulo 46
49. “ Paliis .”
Capı́tulo 50
50. “ Renovatione .”
Capı́tulo 51
51. “ Larvas .” Presumivelmente, o sobrescrito (ausente no original) deve
aparecer apó s a palavra "alarme". - Editora, 2002.
Capı́tulo 52
52. “ Bene venias mihi charissima .”
53. “ In libro tuo .”
54. Sb 4: 7.
55. “ In immarcessibili aeternitatis meae vernantia .”
Capı́tulo 54
56. “ Ante jejunium ” - provavelmente depois da Quaresma.
57. “ In vivi icans gemma humanae nobilitatis .”
58. “ Nemo mihi dat, quod meum est .”
59. “ Facies animae suae .”
Capı́tulo 57
60. “ Provisores claustri .”
61. “ Adaptata .”
Capı́tulo 62
62. “ Nobilis avis ”; provavelmente a á guia se destina.
63. “ Vox .”
64. “ Ne dum delectantur in via, obliviscantur eorum quae sunt in patria .”
65. “ In montem novi luminis .”
66. Esta passagem é difı́cil. Estamos felizes, no entanto, por podermos anexar
uma nota com a qual fomos favorecidos por um dos Padres Beneditinos de
Solesmes, a quem estamos profundamente gratos por uma valiosa ajuda. Em
resposta à nossa pergunta, ele escreve assim: “Quanto aos nomes, ' Petrus ', etc
.: Simã o, em hebraico, é o mesmo que ouvir, obedecer; pois scama signi ica
'ouvir, obedecer'; mas isso di icilmente concorda com a interpretaçã o dada
- isto é, ' Petrus itaque interpretatur agnoscens .' Tiago, do latim ' Jacobus ' , que
signi ica 'suplantador' ( Gênesis 27:36), porque ele segurou o pé de seu irmã o
( plantam ): Jacó , em hebraico, signi ica 'suplantador'. John, em latim
' Johannes ,' - isto é , ' Deus donavit, vel, Deus misertus est, aut, Dei donum gratia et
misericordia, ' - de ia (hebraico), uma contraçã o para Jeová (Deus)
e chanan - isto é , ' Misertus est , 'ou' donavit . ' ”
Capı́tulo 69
67. Capı́tulo 12 , a maneira de cantar Laudes: “A estes (os Salmos) será
adicionada uma liçã o do Apocalipse, que será recitada de memó ria,” etc. A
Hebdomadaria - a pessoa que o icia durante a semana.
Capı́tulo 71
68. " Dicuntur habere vires ."
Capı́tulo 72
69. “ Sicut plicae in vestiment o.”
Parte 4
Capı́tulo 1
1. Nã o fomos capazes de determinar onde essa Resposta ocorre; nã o está no
presente Breviá rio Beneditino.
Capı́tulo 2
2. Salmo. 3, pró prio dos Beneditinos, que o dizem no inı́cio das Matinas. Ver
Regra de Sã o Bento, cap. ix. Recorde-se que o Domine labia é repetido trê s
vezes pelos beneditinos.
3. Salmo. 94, dito no inı́cio das Matinas. Está dividido em cinco partes. Uma
Antı́fona chamada Invitató rio é dita depois de cada um, e antes e depois
da Gloria Patri , com a qual se conclui. O Invitató rio varia com o festival ou
feria, mas é sempre um convite para cantar os louvores Divinos. O Hodie
scietis - “Hoje sabereis que o Senhor virá e amanhã vereis a Sua gló ria” - é o
Invitató rio para a Vigı́lia de Natal, como acima.
4. “ Septem candalae accenderunt .” Nas igrejas moná sticas, antes havia sete
velas diante do altar. Ver Dom Martene, De Ant. Seg., Lib. v., ci
5. “ Diversorio .”
6. A leitura do “Martiroló gio de Natal” é uma cerimó nia de grande estado e
magni icê ncia nas casas moná sticas. Que honras poderiam ser su icientemente
grandes para o anú ncio do nascimento divino? A Comunidade geralmente
segue do coro para a casa capitular, ou sala, apó s o Prime, e aı́, quando a
bê nçã o é pedida da forma usual, o Martiroló gio é cantado solenemente, todos
prostrados em adoraçã o quando as palavras Jesus Christus Filius Dei vivi, em
Belém Juda nascitur [“Jesus Cristo, o Filho do Deus vivo, nasceu em Belé m da
Judé ia.”] sã o cantados.
7. “ Nexum .”
8. Na maioria das casas religiosas, o nome da irmã que o icializa a semana e
das que devem ler as liçõ es, servir, ler no refeitó rio, etc., sã o lidos no
Capı́tulo. Esta passagem alude ao costume, que estava evidentemente em uso
no tempo de Santa Gertrudes, e mostra como é cara uma pronta aceitaçã o da
vontade dos superiores, mesmo em questõ es insigni icantes, ao nosso bendito
Senhor.
9. As superioras de alguns mosteiros beneditinos sã o denominadas
abadessas; de outras prioresas. Quando há abadessa, a segunda superiora é
dita prioresa; e quando a superiora é prioresa, sua assistente é denominada
subprioresa. Conventos fundados por carta real sã o abadias; mas se o direito
de nomeaçã o está nas mã os do rei, as nomeaçõ es nem sempre sã o as
desejadas. Até onde pudemos averiguar, o Miserere nã o é dito agora no
Capı́tulo; mas o belo costume da prioresa de pedir perdã o à comunidade por
suas faltas para com eles ainda continua nas vé speras dos grandes festivais. A
comunidade entã o pede seu perdã o por suas faltas para com ela; e, inalmente,
pedem perdã o um ao outro por qualquer desedi icaçã o mú tua. Quando os
superiores se humilham assim por suas faltas, di icilmente deixam de receber
o amor e o respeito devido a essa verdadeira humildade cristã .
10. Ultima estrofe do hino para as Vé speras de Natal; a mesma terminaçã o é
usada até a Epifania para todos os hinos.
Capı́tulo 3
11. O Responsory, iv. Liçã o, i. Noite, Matinas para o Natal; “ Descendit de caelis
Deus verus, um Pater genitus, introivit in uterum Virginis, nobis ut appareret
visibilis, indutus carne humana protoparente edita: Et exivit per clausam portam,
Deus et homo, lux et vita, conditor munda ” —O verdadeiro Deus, nascido do Pai,
desceu do cé u e entrou no ventre da Virgem, para que pudesse aparecer
visivelmente para nó s, vestido com a carne dada aos nossos primeiros pais, e
saiu pela porta fechada Deus e homem, Luz e Vida, o criador do
mundo." Este clausam portam de Ezequiel é constantemente referido pelos
Padres à Santı́ssima Virgem. Sã o Bernardo, em seu sermã o sobre os Doze
Privilé gios da Bem-Aventurada Virgem Maria, diz que Maria é o portã o
oriental, pelo qual ningué m poderia passar, exceto um. Sã o Jerô nimo escreve:
“Ela (Maria) é a porta oriental da qual Ezequiel fala como sempre
fechada”. Santo Agostinho, no sermã o da Natividade: “A porta fechada é o
emblema da integridade da sua carne imaculada. Ela permaneceu inviolada
apó s o parto e tornou-se mais sagrada na concepçã o. ”
12. Responsory, xii. Liçã o, iii. Nocturn; segue-se o Te Deum e, na noite de Natal,
a Missa da Meia-Noite é celebrada, apó s o que as Laudes sã o iniciadas.
13. A introduçã o da primeira missa ou missa da meia-noite. Primogenitus
- provavelmente uma referê ncia ao Evangelho para aquela missa.
Capı́tulo 4
14. “O discı́pulo a quem Jesus amava.” “Este é o guardiã o da Virgem.”
15. O racional era o peitoral do sumo sacerdote (Ex. 25: 7). Calmet fala assim
sobre isso: “Esta denominaçã o foi dada a um bordado de cerca de dez
polegadas quadradas, que o sumo sacerdote usava em seu peito. Nele foram
colocadas quatro ileiras de pedras preciosas, em cada uma das quais o nome
de uma das tribos de Israel estava gravado. O racional foi duplicado e continha
dentro dele os mı́sticos Urim e Tumim. O nome 'racional' ou 'racional de
julgamento' foi dado a ele porque o julgamento e a Vontade de Deus foram
dados a conhecer, ou porque o sumo sacerdote o usava quando pronunciava o
julgamento sobre assuntos graves. ”
16. “ Et cum nullum habeas Apostolum ”.
17. [“Tu me invocaste na a liçã o e eu te ouvi.”] Isto nã o está no Ofı́cio do Santo
no presente Breviá rio Beneditino.
18. “Ela é o brilho da luz eterna e o espelho imaculado da majestade de
Deus.” ( Sb 7:26).
19. “Naquele dia sustentarei Meu servo e te colocarei como um selo diante de
Mim.” (Responsó rio, ix. Liçã o, iii. Noite, Matinas para a Festa de Sã o Joã o).
20. “ Omne malum quasi naturaliter abhorent .”
21. Responsó rio apó s a v. Liçã o, ii. Noite: “Aquele que vencer, farei dele uma
coluna no templo do meu Deus ... e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e
o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalé m.” ( Apoc. 3:12).
22. "Mulher, eis o teu ilho." Estas palavras nã o estã o no Escritó rio atual.
23. “Este é Joã o, que se encostou no peito do Senhor durante a ceia”; “Este é o
discı́pulo a quem Jesus amava.” Resposta apó s o iii. Liçã o, i. Nocturn e
Antiphon em Benedictus.
24. Cf. João 21:20.
capı́tulo 5
25. “ In superiori labio animae suae .”
26. “ Xenium .”
Capı́tulo 6
27. “ Qui vulgari lingua vocatur, ein Besant ” (o B de P). A etimologia desta
palavra nã o é clara. Amort, em seu comentá rio sobre esta passagem, observa
que nã o é o nome de uma gema ou pedra preciosa, mas mais provavelmente o
epı́teto de alguma pedra preciosa. Ele acrescenta que depois de buscar em
todos os dicioná rios e catá logos de pedras preciosas, nã o encontrou nenhuma
chamada pelo nome de Pesant (pesado). Talvez alguma pedra preciosa de
grande peso tivesse esse nome popular.
28. “ Electrum .”
29. " Marsupium ."
Capı́tulo 7
30. Omnis terra - a introduçã o para a missa, segundo domingo apó s a epifania,
no missal romano. A Missa do Santo Nome é agora, entretanto, geralmente
substituı́da por ela. A devoçã o à Santa Face, como todas as devoçõ es cató licas,
só se aprofundou com o passar dos anos, e os ié is ainda a veneram com tanto
amor e ardor como quando a grande Santa Gertrudes escreveu sobre ela. Ainda
é exibido em Roma, no mesmo dia mencionado pelo Santo. M. le Chanoine de
Montault, em seu Année liturgique à Rome, p. 25, diz: “Segundo domingo apó s a
Epifania, na Bası́lica do Vaticano, à s trê s e meia, procissã o da Confraria do
Espı́rito Santo e exposiçã o das grandes relı́quias da Paixã o; a Santa Lança, a
Madeira da Cruz e o Vé u de Santa Verô nica ”.
Dom Gué ranger, em seu Année liturgique , també m menciona uma
exposiçã o solene desta sagrada relı́quia, à qual o Papa assiste, no domingo de
Pá scoa, apó s a pó s-comunhã o. A devoçã o à Sagrada Face foi muito propagada
na França durante os ú ltimos anos e tem sido o meio de obter muitas graças e
curas milagrosas. E, de fato, uma devoçã o consoladora; pois seremos julgados
perante o rosto de Cristo, mas nã o mais o rosto sofredor. Se, entã o, temos sido
devotos a ele durante a vida, certamente podemos esperar que olhe para nó s
com misericó rdia e amor quando estivermos perante o tribunal.
31. “ Calcaveris, seu calamum .”
Capı́tulo 8
32. 21 de janeiro.
33. 26 de maio [sic].
34. As Liçõ es e Respostas para o Ofı́cio de Santa Inê s sã o cheias de beleza
singular e enriquecidas com as declaraçõ es de amor ardente que ela derramou
no momento da prova e da morte.
Capı́tulo 9
35. “Depois do parto, permaneceste virgem. Intercede por nó s, ó Mã e de Deus
”; v. Ant. ii. Nocturn. Beata mater é a Antı́fona do Magni icat no Pequeno
Escritó rio BVM
Capı́tulo 10
36. Dominica circumdederunt . “Os gemidos da morte me cercaram” etc. -
Introduçã o para a Septuagé sima domingo.
Capı́tulo 11
37. Esta resposta nã o está no presente Breviá rio Beneditino. O livro do Gê nesis
começa nas matinas do domingo da Septuagé sima. No Domingo Sexagesima as
Liçõ es referem-se ao Dilú vio, etc .; daı́ a aplicabilidade peculiar das seguintes
revelaçõ es ao tempo e à linha de pensamento sugerida pelo Escritó rio. Exurge -
“Levante-se! por que dormes, ó Senhor? ”- Introduçã o para Sexagesima
domingo.
38. " Eia, domina regina ."
39. “ Consignans .”
Capı́tulo 12
40. " Doutor amantissime ."
41. Isso provavelmente se refere ao Evangelho para o domingo de
Quinquagé sima ( Lucas 18: 32-33), no qual é notá vel que Nosso Senhor
menciona o açoite duas vezes : “Ele será escarnecido, açoitado e cuspido; etc. A
Epı́stola é 1 Coríntios. 13,1-13, que, devemos lembrar, é a grande liçã o de
caridade do Apó stolo. A referê ncia pode ser, entretanto, à s Matinas; e isso
parece mais prová vel, já que a missa é mencionada depois. O Evangelho lido no
inal das Matinas é o mesmo: In illo tempore: Assumpsit Jesus duodecim ; e o
Pequeno Capı́tulo nas Laudes é da Epı́stola: Fratres: Si linguis hominum
loquor, etc.
42. Introduçã o para Quinquagesima Domingo: Esto mihi in Deum protectorem, et
in locum refugii, etc. - “Sê tu para mim um Deus, um protetor e um lugar de
refú gio para me salvar,” etc.
Capı́tulo 13
43. “ Cartha ” em duas ediçõ es; evidentemente, um erro de impressã o para
" Charta ".
Capı́tulo 14
44. Invocabit : “Ele Me invocará , e Eu o ouvirei”, etc. - Introduçã o para o
Primeiro Domingo da Quaresma.
45. " Rima ."
46. As trê s vitó rias de nosso Senhor sobre Suas trê s tentaçõ es no deserto,
relatadas no Evangelho para o Primeiro Domingo da Quaresma, Matt. 4: 1-11; a
epı́stola é 2 Coríntios. 6: 1-10.
47. “ Ferculorum .”
48. “ Delectatione, consensu, et concupiscentia .”
49. “ Spiritus Sanctus est bona voluntas .”
Capı́tulo 15
50. Evangelho para a segunda-feira apó s o primeiro domingo da
Quaresma, Matt. 25: 31-46.
Capı́tulo 16
51. “Lembra-te, ó Senhor, de Tuas compaixõ es e Tuas misericó rdias,” etc. -
Introduçã o, Segundo Domingo da Quaresma.
52. “ Duos haedos optimos .”
53. “ Rationali, irrascibili, et concupiscibili .”
Capı́tulo 17
54. Oculi -Introit para o terceiro domingo da Quaresma.
55. As liçõ es do i. Nocturn para o terceiro domingo da Quaresma sã o retirados
do capı́tulo 37 do Gênesis , que detalha a histó ria de José vendido para o
Egito. Em uma traduçã o italiana de 1606, é “ trenta dinari ”; e em francê s,
“ trente deniers ”; duas ediçõ es latinas tê m “xxx. denariis ”també m -
provavelmente um erro de um transcritor, que foi perpetuado
impensadamente.
Capı́tulo 18
56. Evangelho para o quarto domingo da Quaresma, João 6: 1-15, que relata a
multiplicaçã o milagrosa dos cinco pã es e dos dois peixes, e assim torna a
oferta mı́stica dos cinco pã es dados ao Santo em peculiar harmonia com os
ofı́cios do dia.
Capı́tulo 19
57. Sã o Gregó rio nasceu em Roma por volta do ano 540. A naçã o inglesa tem
com ele uma dı́vida singular de gratidã o por seu zelo por sua conversã o. Ele
pró prio teria empreendido a missã o que tanto desejava; mas a pedido, ou
melhor, a pedido clamoroso de toda a cidade de Roma, ele foi chamado de
volta pelo Papa, entã o Bento I, quando em seu caminho para a Inglaterra. Sua
festa ocorre no dia 12 de março.
58. Nã o está no escritó rio atual.
Capı́tulo 20
59. A vida do grande Sã o Bento é muito conhecida para merecer um
comentá rio aqui. Ele fundou doze mosteiros durante sua vida; e desde sua feliz
morte, milhares de almas santas viveram e morreram sob sua sagrada Regra,
distinguidas por aquilo que poderia constituir seus verdadeiros ilhos - a iel
observâ ncia de sua Regra e a comunhã o com a Santa Igreja Cató lica, pela qual
sido sancionado, e o ú nico que poderia autorizar seu uso ou a pro issã o de
suas observâ ncias. Sua festa é celebrada no dia 21 de março.
60. “ Sanctissimus Pater, gratia et nomine Benedictus .”
61. Esta responsabilidade nã o está no escritó rio atual.
Capı́tulo 21
62. Na Vida da venerá vel Madre Ana de Sã o Bartolomeu, a especial amiga e
con idente de Santa Teresa, ela diz: “Quando a Santa (Teresa) celebrou o
Capı́tulo em Avila, vi Jesus Cristo ao seu lado, vestido de tal esplendor , que os
religiosos me pareciam bastante dei icados (' toutes divinisées '); e, na verdade,
eles deixaram o Capı́tulo com os coraçõ es transbordando e cheios de
consolaçã o inefá vel ”.
63. “ Kalendario .”
64. “ Olfactoriola .”
65. Cf. Ez . 44: 2: “A porta oriental, pela qual só o prı́ncipe poderia passar.” Esta
passagem nã o é mencionada no presente Ofı́cio da Anunciaçã o; mas é
mencionado em i. Formiga. II. Vé speras em Responsorialia et Antiphonaria S.
Gregorii Papae . Os Padres frequentemente referem esta passagem à Santı́ssima
Virgem, como a verdadeira porta oriental, que se abria apenas para o Rei, e
nunca admitia qualquer outra. Santo Agostinho, em seu sermã o sobre a
Natividade, diz: “A porta fechada indica a pureza e a integridade da carne
imaculada; nã o é contaminado pelo parto; torna-se mais sagrado pela
concepçã o. ” Sã o Bernardo diz: “Ela é pre igurada pelo portã o oriental na visã o
de Ezequiel, pelo qual apenas um poderia passar.”
66. Resposta apó s ii. Liçã o, i. Nocturn.
67. “ Potentissima post Patrem; sapientissima post Filium; et benignissima post
Spiritum Sanctum . ”
68. Do hino das Laudes no dia de Natal, A solis ortus cardine, que pode ter sido
entã o cantado també m no Natal da Santı́ssima Virgem.
69. Esta Antı́fona nã o está no atual Breviá rio Beneditino. O que agora é usado
começa com " Gabriel angelus locutus est Mariae ".
70. “Mostra-te uma mã e; Oferece-Lhe nossos suspiros, Quem por nó s
encarnado nã o desprezaste. ” Do hino Ave maris stella , nas Vé speras, Festas da
Santı́ssima Virgem.
71. Isso era cantado anteriormente na procissã o apó s as
Vé speras. Gerbert, Mon. Veterinario. Aceso. Allmannicae , p. ii. p. 231.
Capı́tulo 22
72. "Você tem um demô nio." João 13: 46-59.
Capı́tulo 23
73. “ Jumentum .”
74. "Salve, Cross, nossa ú nica esperança!" Do Hino Vexilla regis , que
provavelmente se dizia entã o em Terce. Antigamente o Hino em Terce variava,
agora é ixo, exceto no Domingo de Pentecostes [Pentecostes].
75. “Gló ria e louvor a Ti, bendito Redentor”; Hino apó s a procissã o no Domingo
de Ramos. Este Hino foi composto por Teodolphus, Bispo de Orleans. As
palavras fulgentibus palmis nã o ocorrem nele.
76. A procissã o era entã o, como agora, antes da Missa. A Paixã o segundo Sã o
Mateus é lida na Missa.
Capı́tulo 24
77. “Em nome de Jesus, que todos os joelhos se dobrem”, etc. - Introduçã o para
a quarta-feira da Semana Santa.
Capı́tulo 25
78. O hino Rex Christe , composto por Sã o Gregó rio, e o Kyrie Eleison , foram
cantados anteriormente em Tenebrae, depois do Benedictus . Gerbert, p. ii,
p. 232
79. “Ele foi oferecido porque Ele pró prio o desejou; e Ele mesmo carregou
nossos pecados ”. Formiga. nas Lauds para a Quinta-feira Santa.
80. “Ele começou a lavar os pé s dos discı́pulos.” Evangelho para a Quinta-feira
Santa ( João 13: 1-15).
81. “ Esset delicatae virginis delicatissimus ilius .”
82. “ O integritas substantiae meae ”: ver 1 Tes . 5:23: “Esse todo o
seu espı́rito ( inteiro ),” etc.
Capı́tulo 26
83. Sonitum tabulae . Como o uso de sinos é proibido desde a Gloria in
excelsis na Quinta-feira Santa até à Gloria in excelsis no Sá bado Santo, os
religiosos sã o convocados agora, como entã o, para o Ofı́cio e outros exercı́cios
conventuais por sonitum tabulae , ao som de badalos ou pedaços de madeira de
madeira batendo uns nos outros. Completas é a hora em que o sepultamento
de Nosso Senhor é especialmente comemorado.
84. “ Adumbratus .”
85. “ Aestimo .”
86. A Paixã o de Nosso Senhor segundo Sã o Joã o, que se lê na Sexta Feira Santa.
87. “ Discolis .”
88. Anteriormente, os ié is eram admitidos à comunhã o neste dia. Ver Année
Liturgique ( O Ano Litúrgico ) de Dom Gueranger , “ Temps de la Passion ”, p. 549 -
uma obra muito valiosa, que é muito pouco conhecida neste paı́s. Ver també m
Dom Martine, De Ant. Ec. Ritibus, tom. iii. O costume foi gradualmente abolido,
de forma que nenhum tempo exato pode ser especi icado para a mudança. Os
gregos celebram a “Missa do Presancti icado” todos os dias durante a
Quaresma, exceto aos sá bados, domingos e a festa da Anunciaçã o. O rito
milanê s, ou ambrosiano, prescreve a “Missa do Presancti icado” nas sextas-
feiras da Quaresma.
[A “Missa do Presancti icado” é celebrada agora apenas na Sexta Feira
Santa. Nã o é uma verdadeira Missa, mas antes um serviço de oraçã o e
distribuiçã o da Sagrada Comunhã o com as Hó stias consagradas no dia
anterior. - Editora , 2002.]
Capı́tulo 27
89. Isso parece referir-se à s almas do Purgató rio.
Capı́tulo 31
90. João 20: 11-18.
91. “ Omnia opera tua mihi perfectissimo modo placent .”
Capı́tulo 32
92. João 20: 19-31.
Capı́tulo 33
93. 25 de abril. A origem do costume de recitar a Ladainha dos Santos, ou
Grande Ladainha, neste dia é atribuı́da a Sã o Gregó rio Magno, que obteve
assim a extinçã o de uma pestilê ncia que assolou Roma no ano de 590. de abril
foi ixada para uma procissã o anual e canto de ladainhas antes de ser nomeada
para a festa de Sã o Marcos.
94. " Speculorum Lucidorum ."
Capı́tulo 34
95. 6 de maio. A festa é celebrada em comemoraçã o à libertaçã o milagrosa de
Sã o Joã o de um caldeirã o de ó leo fervente.
96. “ Multo plus defeceram viribus, et sensibus corporalibus quam tu .”
97. Nã o fomos capazes de veri icar esta sequê ncia.
Capı́tulo 36
98. Matt. 25:40.
99. “ Fusco .”
Capı́tulo 37
100. " Uncus ." Esta palavra é à s vezes usada poeticamente, por autores
clá ssicos, para uma â ncora.
101. “Salve, Jesus, bela Esposa! Eu te saú do e louvo em Tuas alegrias de
ascensã o. ”
Capı́tulo 38
102. Cf. Matt . 28:20.
103. “Ele ergueu Suas mã os e os abençoou e foi elevado ao cé u”,
iii. Formiga. em Vesper.
Capı́tulo 40
104. Recorde-se que o tipo de letra é abençoado tanto na vé spera de
Pentecostes como na vé spera da Pá scoa.
105. “Respirando trê s vezes na á gua, ele prossegue”, etc .; veja Bençã o da
Fonte, no Missal.
106. “Tu que é s chamado de Pará clito.” Entã o, no Breviá rio Beneditino.
107. “ Manus animae .”
Capı́tulo 42
108. “ Qui bonam voluntatem acceptat pro facto .”
Capı́tulo 43
109. [“Justamente eles Te louvam.” Cf. Não. ] Esta Antı́fona nã o está no Ofı́cio
atual, mas pode ser encontrada em um Ofı́cio da Santı́ssima Trindade, v.
Ant. em Lauds; Res. et Ant. São Gregorii .
Capı́tulo 44
110. 24 de junho.
Capı́tulo 45
111. “Se tu me amas, Simã o Pedro, apascenta as Minhas ovelhas. Senhor, tu
sabes que te amo e que daria a minha vida por ti ”; ii. Resposta, i. Nocturn.
112. Evangelho para a festa dos Santos. Pedro e Paulo ( Mt 16: 13-19), em que
Nosso Senhor se dirige especialmente a Sã o Pedro.
113. “ In Papali gloria sacerdotalibus indutus .”
Capı́tulo 46
114. A Festa de Santa Margarida, Virgem e Má rtir, ocorre no dia 20 de julho. Ela
obteve sua coroa em Antioquia na ú ltima perseguiçã o geral. Os cruzados
trouxeram para casa tradiçõ es brilhantes de sua pureza virgem, sua constâ ncia
heró ica e sua fé sublime; de modo que a devoçã o a ela foi amplamente
propagada na Inglaterra, França e Alemanha durante a Idade Mé dia. Suas
relı́quias estã o agora em Monte Fiascone, na Toscana. Nã o pudemos veri icar
as Antı́fonas, que nã o estã o no Escritó rio atual. O Sponisque reddens é do
hino Jesu, corona virginum ; Vé speras, Com. das virgens.
Capı́tulo 47
115. 22 de julho.
Capı́tulo 48
116. Deve ser lembrado que Sã o Tiago o Grande recebeu esta denominaçã o
para distingui-lo de Sã o Tiago Menor, Bispo de Jerusalé m. Ele foi martirizado
onze anos apó s a Ascensã o de Nosso Senhor em Jerusalé m. Seu corpo foi
levado para a Espanha, onde ele havia evangelizado antes de sua morte. Suas
relı́quias foram descobertas no sé culo IX e traduzidas para Compostela. O lugar
foi inicialmente chamado de “ Ad S. Jacobum Apostolum ,” ou Giacomo Postolo , e,
portanto, contratado em Compostela.
Capı́tulo 49
117. Recolha para a Missa da Assunçã o.
118. “Isso, defendido por sua proteçã o”, etc.
119. “ Diversi generis bestiolae .”
120. O escritó rio agora começa no Vesper.
121. “ Pavimentum .”
122. [“Quem é ela ...” —cf. Não. 6: 9]. 4. Formiga. nas Vé speras, mas com
palavras diferentes agora. As demais respostas també m se encontram no
presente Ofı́cio, e no hino Quem terra , etc.
123. “O Rainha de todo o coro virgem”; Hino nas Laudes.
124. 4. Resposta, i. Nocturn.
125. De Ecclus . 39:17. O primeiro dos trê s Câ nticos, iii. Nocturn, Ofı́cio da
Santı́ssima Virgem; mas começa, obaudite-me - “Ouve-me, descendê ncia divina,
e desabrocha como a rosa plantada junto aos ribeiros das á guas”.
126. “Traga folhas na graça.”
127. “Regozijar-me-ei muito no Senhor”; ii. Resposta, iii. Nocturn,
de Isaias 61:10.
128. "Nã o será s mais chamado de abandonado." ( Is. 62: 4, iii. Câ ntico). As
citaçõ es que se seguem nã o constam do presente Escritó rio. A citaçã o
“sexaginta” é do Cant . 6: 7-8: “Há sessenta rainhas, oitenta concubinas e moças
incontá veis. Uma é minha pomba, minha perfeita é apenas uma; ela é a ú nica de
sua mã e. ” A aplicabilidade da primeira parte desta citaçã o nã o é muito ó bvia.
129. x. Resposta, iii. Nocturn; e també m Ecce exaltata .
130. “O Sunamita segundo o coraçã o do Rei.” Provavelmente uma alusã o a 3
Reis 1: 3, onde Abisague, o sunamita, é trazido ao rei Davi por sua rara beleza,
para que possa ministrar a ele. Esta passagem nã o está no escritó rio.
131. O Te Deum é sempre entoado pelos beneditinos, a menos que o ofı́cio seja
ferial.
132. Vidi speciosam, i. Resposta, i. Noite, Festa da Assunçã o: “Eu te vi, formosa
como uma pomba, subindo acima dos rios das á guas; o odor de tuas vestes era
inefá vel, e foste rodeado de rosas e lı́rios. Quem é este que sobe do deserto
como uma nuvem perfumada com mirra e incenso? ”
133. Essas Antı́fonas nã o estã o no Escritó rio atual; mas a Antı́fona
do Magni icat é como a anterior: “Hoje a Virgem Maria sobe ao
cé u; regozijemo-nos, pois ela reina com Cristo por sé culos sem im ”.
Capı́tulo 50
134. 20 de agosto.
135. Do hino das Laudes pela Dedicaçã o de uma Igreja. Os hinos deste Ofı́cio
sã o muito bonitos. O hino para as Vé speras no Ofı́cio Romano difere do
Beneditino. O primeiro começa com “ Caelestis urbs ,” o ú ltimo, “ Urbs Jerusalém
beata ”; mas a mesma ideia está contida em cada um.
“Jerusalé m, cidade abençoada, Doce visã o de uma terra pacı́ ica!”
Capı́tulo 51
136. 28 de agosto. Esta Antı́fona é do Breviá rio das Ursulinas, v. Em Laudes.
137. “Nã o se achou semelhante a ele na gló ria” ( Ecclus. 44:20); eu. Ant., Lauds,
Com. de Conf. Pont.
138. A festa de Sã o Domingos ocorre no dia 4 de agosto; a de Sã o Francisco no
dia 4 de outubro. E notá vel que aqueles que estavam tã o unidos em vida
devessem ter aparecido juntos em gló ria a este grande santo.
Capı́tulo 52
139. 8 de setembro.
140. Deve ser lembrado que há quatro Liçõ es em cada Noite do Ofı́cio
Beneditino. A Gloria Patri é dita ao inal da quarta Resposta de cada Noite.
141. Dulcissimae genitrici.
142. Nã o fomos capazes de veri icar esta sequê ncia.
143. Antı́fona nas Vé speras do Domingo da Trindade até o Advento. Em geral,
acredita-se que Adelmar, bispo de Puy, compô s essa devoçã o comovente; as
ú ltimas palavras, “ó clemente”, etc., foram acrescentadas por Sã o
Bernardo. Adelmar viveu no sé culo XI, e o Salve Regina foi introduzido, por
volta dessa é poca, nos serviços da Igreja. Alguns autores atribuem isso a
Hermann Contractus, um monge beneditino da mesma data.
Capı́tulo 53
144. 14 de setembro. Este Festival, como devemos lembrar, foi instituı́do pela
primeira vez para celebrar o achado da Cruz por Santa Helena, apó s a visã o
milagrosa de Constantino. Foi mantido em Jerusalé m desde o ano 335, e por
gregos e latinos, já no sé culo V, sob o mesmo tı́tulo; mas desde o sé culo VIII, a
Festa da Descoberta ou Invençã o [do latim inventio , "achado"] da Cruz foi
transferida para 3 de maio, e este dia designado para a comemoraçã o da
recuperaçã o deste mais venerá vel e sempre abençoada relı́quia dos persas.
145. Ver Regra de Sã o Bento, cap. xli.
Capı́tulo 54
146. 29 de setembro.
147. “ Egregia .”
Capı́tulo 55
148. Santa Ursula e seus companheiros, má rtires: 21 de outubro. Acredita-se
que esses santos má rtires vieram originalmente da Grã -Bretanha e que Santa
Ursula foi seu maestro. Tem havido alguma dú vida quanto à exatidã o do
nú mero; mas as pesquisas modernas, neste como em muitos outros casos,
tendem a con irmar a verdade das antigas tradiçõ es - embora seja prová vel que
os má rtires nã o fossem todos virgens. Santa Ursula nã o foi a fundadora da
Ordem que leva seu nome: a humildade de Santa Angela, que instituiu a
congregaçã o, e uma visã o de Santa Ursula, que encorajou seu sagrado
empreendimento, levou-a a ocultar sua participaçã o imputada neste grande
trabalho sob o manto de outro. Quase se lamenta que o nome de Angelines nã o
tenha sido dado a uma Ordem à qual teria sido tã o singularmente apropriado
como os guardiã es da juventude.
149. “ Allaturus .”
150. "Papiro." Mechas para lâ mpadas eram feitas disso anteriormente.
151. “Esperança e coroa de virgens”.
152. O Regnum mundi é do x. Resposta, iii. Nocturn, Common of Widows: “Os
reinos deste mundo, e toda a sua pompa, eu desprezei por amor de meu
Senhor Jesus Cristo, a quem eu vi, a quem amei, em quem acreditei.”
153. " Frater noster ."
Capı́tulo 56
154. “ Sed sapore carens .”
155. Ps . 44:14.
Capı́tulo 57
156. Santa Isabel da Hungria; 19 de novembro. Esta Santa viveu no mesmo
sé culo que Santa Gertrudes. Ela nasceu em 1207, morreu em 1231 e foi
canonizada em 1235. A devoçã o ardente que sua santidade havia despertado
atingiu seu ponto má ximo de fervor no inal do sé culo, quando Santa Gertrudes
escreveu.
A citaçã o Eia mater - “O Mã e, agradeça-nos pelos teus ilhos” - é da
Prosa, Gaude, Sion, quod egressus , Missa de Santa Isabel, 19 de
novembro, Missale Brixinense.
Capı́tulo 59
157. De 3 Reis 10: 1-2: “A rainha de Sabá veio”, etc., “e trouxe pedras
preciosas”. Os Insinuationes, entretanto, tê m virtutum , como acima.
158. iii. Resposta, i. Noite: “Abençoe, ó Senhor, esta casa que construı́ em Teu
nome.”
159. “ Villam ”; talvez uma granja ou casa de fazenda pertencente ao mosteiro.
160. " Poma ."
161. xii. Resposta, iii. Nocturn.
162. “ Ascendentem de terra .” Esta passagem é parcialmente uma citaçã o
do Apoc . 21: 2.
Capı́tulo 60
163. “Vi a cidade santa, a nova Jerusalé m, que descia do cé u”; xii. Resposta,
iii. Nocturn.
164. “ Domus mea ” [“My House”] é provavelmente de uma Collect.
Capı́tulo 61
165. “ Iracibilem .”
166. “ Innuebatur .”
167. “ Reverabatur .”
168. Recolha para a Missa da Meia-Noite no Natal.
169. “ Vilitas .”
170. Gradual, Missa das Virgens; Audi ilia , Gradual de Santa Cecı́lia. Esta missa
parece ter sido composta de vá rias missas.
171. Epı́stola, Comum das Virgens. Nã o conseguimos veri icar a prosa.
172. “Eu te confesso, ó Pai, Senhor do cé u e da terra, porque escondeste estas
coisas dos sá bios e prudentes, e as revelaste aos pequeninos.” ( Mat .
11:25); Gospel, Com. dos má rtires.
173. Domine Deus ; Ofertó rio para dedicaçã o de uma igreja. A continuaçã o é
retirada do Of ice for Dedication.
174. “O padre, elevando os olhos para o cé u, etc…. faz o Sinal da Cruz sobre a
Hó stia e o Cá lice, enquanto diz: 'Vem, Santi icador,' ”etc. Ver Missal, Ordiná rio
da Missa.
175. Comunhã o, Com. de Conf. nã o Bishop; Mass Os Justi .
Parte 5
Capı́tulo 1
1. Domina . De acordo com Bucelinus, Aquila Imperii Benedictini , p. 210, St.
Mechtilde era o quarto e mais novo ilho do nobre conde de Hackeborn. Poucos
momentos depois de seu nascimento, ela parecia estar morrendo, e foi
imediatamente levada para a Igreja para receber o Santo Batismo. O sacerdote
que administrava o Sacramento era um “homem santo e justo”, que assim se
dirigia aos espectadores: “Por que você s temem? Esta criança viverá e se
tornará uma esposa devotada de Cristo; Deus fará muitos milagres por meio
dela; e ela terminará seus dias em uma boa velhice. ” Nosso Senhor
posteriormente revelou a ela que seu batismo foi assim apressado para que ela
pudesse se tornar imediatamente o templo de Deus e a possuidora de sua
graça. Ela mesma mencionou esse comovente incidente no primeiro capı́tulo
de suas Revelaçõ es, que nã o sã o de menor importâ ncia e interesse do que as
de sua santa irmã .
Aos sete anos foi consagrada a Deus no mosteiro de Rodersdorf, onde sua
irmã já havia se dedicado ao serviço divino, segundo o antigo costume da
ordem; que, no entanto, como observamos antes, foi abolido pela autoridade. E
prová vel que as duas irmã s tenham se mudado ao mesmo tempo para
Heldelfs. Aqui sua vida foi um exercı́cio contı́nuo de todas as virtudes. Apesar
de sua inocê ncia de vida, ela praticava as mais severas austeridades corporais,
como disciplina e uso de cabelo. Seu amor por Jesus Cristo a fez sofrer com os
pecados pelos quais os homens O ofendem continuamente, e uma devoçã o à
Sua Sagrada Paixã o e Morte era especialmente querida para ela. Tamanho era
seu fervor no Ofı́cio Divino, que muitas vezes ela era arrebatada ao ê xtase; e
tã o grande era a pureza de sua alma, que Nosso Senhor se dignou a conversar
familiarmente com ela, e lhe revelou Seus segredos celestiais. Ela també m
tinha um amor muito terno pelas almas do Purgató rio; pelos quais ela ofereceu
penitê ncias e morti icaçõ es, e procurou por todos os meios obter sua
libertaçã o. Santa Gertrudes, sua abadessa, frequentemente a consultava e
recebia seus conselhos como orá culo divino.
Embora muitas vezes visitada por doenças e sofrimentos, ela os suportou
com a mais edi icante paciê ncia e resignaçã o, mas ainda, como o Apó stolo,
com um santo anseio de ser libertada da prisã o da carne. Seus desejos
amorosos foram inalmente satisfeitos, e ela passou aos braços de seu esposo
no dia 19 de novembro. Era a festa de Santa Isabel da Hungria e as religiosas
interromperam as matinas para assistir à sua feliz morte. Os cronologistas nã o
concordam sobre a data de seu nascimento e morte, mas ela parece ter vivido
durante parte dos sé culos XIII e XIV.
Suas revelaçõ es sã o intituladas Liber gratiae spiritualis visionum et
Revelationum Beatae Mechtildis Virginis devotissimae e sã o divididas em cinco
partes. A primeira parte conté m instruçõ es para assistir à Missa e ao Ofı́cio
Divino em muitas festas do ano. Na verdade, o Ofı́cio Divino era a devoçã o
especial dessas santas irmã s, e uma devoçã o que parece ter sido
particularmente aceitá vel para seu esposo. Como verdadeiros ilhos de Sã o
Bento, nã o poderia ser diferente; pois ele disse em sua regra imortal: “Nada
seja preferido à obra de Deus” (cap. xliii); portanto, em proporçã o à santidade
de seus ilhos, será sua devoçã o à obra angelical de cantar os louvores a seu
rei. Conseqü entemente, onde encontramos a santidade mais exaltada,
encontramos també m a maior perfeiçã o e amor por esta obra; como em cada
Ordem na Igreja de Deus, a santidade de seus membros será caracterizada por
uma devoçã o especial ao im especial para o qual a Providê ncia instituiu sua
Regra e observâ ncia.
A segunda parte destas Revelaçõ es conté m muitos fatos relacionados a Sã o
Mechtilde e detalhes de suas comunicaçõ es com seu esposo celestial. A
terceira e quarta partes sã o sobre o louvor Divino e sobre a salvaçã o dos
homens. A quinta parte é dedicada à s almas do Purgató rio, com instruçõ es
sobre como podem ser assistidas pela Igreja Militante.
As revelaçõ es de Sã o Mechtilde estã o se tornando muito raras e
valiosas. As principais ediçõ es sã o as de Paris, 1513; Colô nia, 1536; Veneza,
1522, 1558 e 1589. Este Santo foi confundido com Sã o Mechtild de Spanheim e
Sã o Mechtild de Diessen por vá rios autores, entre outros por Alban Butler. Seu
nome nunca foi inserido no Martiroló gio Romano.
2. “ Mensam .”
3. " Lusum ."
4. “Se observares as iniqü idades, Senhor, Senhor, quem as suportará ?” Introit,
22º domingo apó s o Pentecostes. A data da morte de Sã o Mechtilde nã o admite
disputa. A Festa de Santa Isabel ocorre no dia 19 de novembro e, como se verá
mais adiante, foi a quinta feria (quinta-feira) apó s este domingo. O 22º
domingo apó s o Pentecostes, portanto, deve ter caı́do no dia 15 de novembro.
5. “ Feria secunda .”
6. “ Ardentissimus animae zelator .”
7. Nã o na atual Litania para os Moribundos.
8. O Ofı́cio Divino é o primeiro e mais solene dever de todas as ordens
religiosas, que estã o vinculadas ao seu recital. No entanto, agora, como no
tempo de Santa Gertrudes, esta grande e solene obrigaçã o dá lugar ao tempo
em que uma alma está atingindo o momento terrı́vel de sua passagem para a
eternidade. Verdadeiramente, pode-se dizer: “A caridade nunca desaparece”. As
“profecias” podem cessar e pode nã o haver Gertrudes agora escondida nas
casas enclausuradas de sua grande Ordem; as lı́nguas podem cessar, pois a
lı́ngua dos que vivem sob a mesma Regra pode nã o ser igual ou entendida em
muitos paı́ses; mas a caridade nunca desaparece: e quer seu exercı́cio seja
necessá rio ao leito de um religioso moribundo na India ou em Roma, na
Inglaterra ou na Amé rica, é dada com igual ternura e prontidã o. A religiosa
morre cercada por suas irmã s; suas oraçõ es por ela podem de fato ser
quebradas por soluços e interrompidas por lá grimas; mas nã o sã o as lá grimas
e os suspiros també m oraçõ es, e as mais comoventes oraçõ es ao Seu Coraçã o,
que chorou no tú mulo de Lá zaro? Na Ordem das Clarissas, de cujas
observâ ncias estamos mais familiarizados, exige-se que duas irmã s
permaneçam noite e dia com as religiosas, desde o momento em que haja o
menor receio de perigo. Um é encarregado de convocar toda a comunidade,
por mais engajada que seja, de dia ou de noite, no momento em que a agonia
começa; a outra irmã ica, para que o moribundo nã o ique só por um
momento. E quem pode descrever o que deve ser testemunhado para ser
compreendido? As vezes, o amoroso adeus a cada um; à s vezes, o humilde
reconhecimento das faltas e o fervoroso pedido de perdã o de qualquer
desedi icaçã o que possa ter sido concedida em uma vida que talvez tenha sido
uma das mais elevadas edi icaçõ es; as irmã s ajoelhadas, incansá veis em suas
oraçõ es por horas, mesmo muito depois de a alma tã o querida para elas ter
ouvido sua condenaçã o inal [isto é , seu julgamento]; e a mã e amorosa, que se
esqueceu de seu pró prio cansaço, ou pode ser sofrimento real, enquanto olha
dia e noite ao lado da cama de seu ilho, com um amor que só uma mã e pode
oferecer, e com consolos e ajudas como apenas um a mã e espiritual pode
dar; cuja ausê ncia, mesmo durante uma doença prolongada, é a exceçã o, e cuja
presença a regra. Na verdade, apenas aqueles que testemunharam tais leitos
de morte abençoados podem avaliar a graça de uma vocaçã o religiosa.
Capı́tulo 2
9. Este religioso foi provavelmente a pessoa que compilou as Revelações ; o
extremo cuidado em ocultar o seu nome e a forma abrupta com que é
mencionada sã o quase uma prova disso.
10. Essa resposta foi evidentemente adaptada da trigé sima quarta estrofe do
hino Laetare Germania , publicado em um Antifoná rio do sé culo XV. Funciona
assim:
“ O lampas Ecclesiae , Rivos profundens olei , Medicina gratiae , Nutrimentum
idei .”
A prosa Gaude Sion , e o hino Laetare Germania , sã o ambos em homenagem
a Santa Isabel.
11. “Deleite de Deus, oliveira frutı́fera, cuja pureza resplandece de longe, cujas
obras sã o gloriosas.”
12. Do elogio da alma que parte - uma das devoçõ es mais tocantes e belas que
a Igreja usa.
13. Introduçã o, Missa pelos Mortos.
14. v. Ant. Laudes, Ofı́cio da Santı́ssima Trindade; de Rom. 11.36: “Dele, e por
ele e nele estã o todas as coisas. Que para ele haja gló ria eterna. Um homem."
Capı́tulo 3
15. Matt. 10:42 e 12:36.
Capı́tulo 4
16. “ Comunicanos .”
capı́tulo 5
17. “ Sororis ”; o termo “ domina ” , no entanto, que traduzimos “dama”, é
geralmente usado.
18. “Secretum meum nunc habeo in ea, sicut olim habui cum eo.”
19. Salmos 62 e 122.
Capı́tulo 6
20. “ Quod lectus ipsius fuit depositus de picto panno ” etc. Isso, sem dú vida, foi
antes de os religiosos entrarem no mosteiro, pois a regra de pobreza de cada
casa religiosa proibia tal extravagâ ncia. A colcha ricamente bordada era um
toque de requinte luxuoso naquela é poca e, portanto, indicava um há bito de
auto-indulgê ncia ou gostos luxuosos, o que provavelmente causou o
sofrimento da alma por um ato que era apenas seu clı́max.
21. As traduçõ es francesas tê m, “ Elle resentit quelque espècs de tristesse ” - um
sentimento totalmente indigno de uma alma tã o generosa e nobre, que nã o
poderia se arrepender do que ela havia concedido tã o livre e
amorosamente; mas nã o está em nenhuma ediçã o latina que vimos.
Capı́tulo 8
22. " Magistra infermorum ."
23. Um cruci ixo é sempre colocado aos pé s da cama quando a religiosa recebe
os ú ltimos sacramentos, e nã o é removido antes de sua morte. Assim, é mais
prová vel que sua aparê ncia moribunda repouse naquele que morreu por ela.
24. “Quem é esta que sobe pelo deserto, como coluna de fumaça de especiarias
aromá ticas?” ( Cant. 3: 6).
Capı́tulo 11
25. “ Procurator curiae .”
26. “ Fraude Aliquam .”
Capı́tulo 12
27. [O Santo Deus, Santo Forte, Santo Imortal.] Das Repreensõ es entoado na
Adoraçã o da Cruz na Sexta-feira Santa.
28. “ Faceta de Venias .”
Capı́tulo 13
29. “ In specie bufonis .”
Capı́tulo 15
30. Em todas as casas conventuais, os pais de cada religioso sã o considerados
o encargo especial de todos. Missa, Comunhã o e Ofı́cio dos Mortos sã o
oferecidos regularmente para todos os pais falecidos em perı́o dos
determinados ao longo do ano. Ai, o que nã o perdem as pessoas infelizes, no
tempo e na eternidade, que impedem a consagraçã o de seus ilhos a Deus! E
que ganho tê m aqueles que, ao colocá -los em uma comunidade sagrada e
devotada, garantem as oraçõ es das almas mais santas por seu pró prio bem-
estar, tanto neste mundo como no pró ximo! Talvez só os internos do claustro
saibam com que ternura e fervorosa afeiçã o as relaçõ es de cada um sã o
rezadas por todos.
31. " Ego propinquissimus vester sum ."
Capı́tulo 16
32. O Grande Salté rio é explicado em um capı́tulo seguinte, e a devoçã o das
Sete Missas, que é atribuı́da a Sã o Gregó rio, o Grande. Ele també m foi o
instituidor do costume de celebrar a Missa por trinta dias apó s a morte ou
sepultamento dos ié is. A origem desta devoçã o piedosa é assim relatada pela
Mè re Blemer, em seu Annee Benedictine : “Um monge chamado Justin guardou
algum dinheiro sem permissã o. Em seu leito de morte, ele reconheceu a culpa
a um dos irmã os, que imediatamente informou a Sã o Gregó rio. O Abade
ordenou que apenas um dos irmã os o atendesse e que fosse sepultado sem
ritos sagrados. A severidade da sentença o convenceu de sua falta e ele morreu
sinceramente penitente. Por trinta dias apó s seu falecimento, nenhuma oraçã o
foi feita pelo repouso de sua alma; mas ao té rmino desse perı́o do, Gregó rio
desejou que a missa fosse celebrada para ele diariamente por trinta dias. No
ú ltimo dia Justino apareceu a seu irmã o, que nada sabia das oraçõ es que
haviam sido feitas por ele, e declarou que agora estava liberado do purgató rio,
depois de suportar intensos tormentos. Daı́ o costume de celebrar missa por
trinta dias para os partidá rios [= “uma missa gregoriana”] foi instituı́do por Sã o
Gregó rio.
Capı́tulo 17
33. O francê s tem “ un sure gentilhomme ”; mas isso é incorreto, pois a traduçã o
em latim é " militis ".
34. “O Deus, cuja propriedade é sempre para ter misericó rdia e sobra…”; Colete
primeiro apó s a Ladainha dos Santos.
35. Veja o pró ximo capı́tulo, cuja primeira oraçã o começa com estas palavras.
Capı́tulo 18
36. “ Quindecim .” As traduçõ es italianas també m tê m “ quindeci ”; mas o francê s
tem “sept”, embora de outra forma toleravelmente correto na traduçã o deste
capı́tulo.
37. Provavelmente a missa do pré -santi icado nã o foi rezada entã o. O Introit é
o que agora é usado na Quinta-feira Santa; mas a mesma Paixã o é lida na
Sexta-feira Santa.
38. Introduçã o ao Domingo de Pá scoa.
Capı́tulo 19
39. “ Cum homo agnoscit, Deus ignoscit .”
Capı́tulo 20
40. 11 de novembro. Provavelmente no ano anterior à morte do Santo. A
resposta é o vi. Resposta, ii. Nocturn.
Capı́tulo 24
41. “Como o cervo anseia pelas fontes de á gua, assim minha alma anseia por
Ti, ó Deus.” ( Salmos 41: 2).
42. “E Eliseu subiu e se deitou sobre a criança, e ele colocou sua boca sobre
sua boca, e seus olhos sobre seus olhos, e suas mã os sobre suas mã os”. ( 4
Reis 4:34).
Capı́tulo 25
43. “ Item .”
Capı́tulo 26
44. “ Milies desiderados, Mi Jesu, quando venies? Me laetam quando facies? De te me
quando saties?
“ Veni, veni, Rex optime!
Pater immensae gloriae,
Effulge clarè laetius,
Jam expectamus saepius.
“ Tua te cogat pietas,
Ut mala nostra superis
Parcendo: et vos compotos
Nos tuo vultu saties .”
Capı́tulo 29
45. “ Compilatriz .”
A OLLEÇAO DE
C LASSIC A RTWORK
Copyright © 1974 por TAN Books, uma editora de Saint Benedict Press, LLC.
Originalmente publicado por Fathers Rumble and Carty, Radio Replies Press,
Inc., St. Paul, Minn., EUA
Completo e integral.
ISBN: 978-0-89555-096-5
Livros TAN
Uma marca da Saint Benedict Press, LLC
Charlotte, Carolina do Norte
2012
C ONTEUDOS
Introdutó rio
A con iguraçã o
Nascimento de jesus
Infâ ncia em Nazaré
John The Bapist
Jesus começa seu ministé rio
Jornada à Galilé ia
O Reino e os Apó stolos
Manifestaçõ es do Poder Divino
Falando em pará bolas
Aumentando a popularidade
Morte de Joã o Batista
Milagres dos pã es
O pã o da vida
Peter the Rock
Treinamento dos Doze
Visita a Jerusalé m
Choque com os fariseus
Ministé rio da Judé ia
A Declaraçã o Suprema
Ressurreiçã o de Lá zaro
Ultimos Dias Missioná rios
Banquete em Betâ nia
Domingo de Ramos
Segunda Limpeza do Templo
Dia de perguntas
Judas o Traidor
A ú ltima Ceia
Prisã o e Julgamento
Morte no Calvá rio
Ressuscitado e ainda vivendo
INTRODUTÓRIO
Jesus Cristo, cujo primeiro nome signi ica “Salvador” e cujo segundo
nome signi ica “Ungido” ou “Consagrado”, nasceu, nã o quando nosso
calendá rio diz que Ele nasceu, mas cerca de seis anos antes.
Nosso calendá rio atual foi elaborado por Dionysius Exiguus no
sé culo 6 DC, e agora sabemos que ele estava há cerca de seis anos
atrasado em seus cá lculos.
O erro de Dionı́sio, é claro, nada tem a ver com o fato histó rico do
nascimento de Nosso Senhor. Signi ica apenas que o que pensamos
como, digamos, 1950 DC, era realmente mais parecido com 1956 DC
Para os fatos reais sobre Cristo, dependemos principalmente dos
quatro evangelhos. No entanto, estes foram submetidos a um exame
exaustivo, como nenhum outro documento teve de ser submetido, e sua
autenticidade como documento está alé m de qualquer disputa razoá vel.
Os autores estavam em posiçã o de escrever uma histó ria
inteiramente boa. Se os documentos tratassem de um homem comum e
tratassem apenas de declaraçõ es e eventos comuns, ningué m sonharia
em duvidar de sua con iabilidade.
E o que eles contê m que os incré dulos declaram incrı́vel; e isso,
somente quando os evangelhos mencionam coisas alé m do alcance da
experiê ncia humana normal. Quando tratam de tudo o que pertence à
esfera comum e natural, a pesquisa tem mostrado que eles pró prios sã o
acurados, seja em relaçã o a pessoas, lugares ou coisas.
E o puro preconceito contra qualquer revelaçã o religiosa de Deus e,
acima de tudo, contra a possibilidade de con irmar tal revelaçã o por
milagres, que faz os homens considerarem os evangelistas como tendo
perdido o juı́zo, ou entã o como tendo sido positivamente desonestos,
sempre que eles registrado como fato real qualquer coisa que tenha
sabor sobrenatural ou miraculoso. Esses incré dulos nã o abordaram os
evangelhos com a mente aberta, apesar de se gabarem de que izeram
exatamente isso.
Nã o há espaço neste livrinho para discutir a posiçã o deles. Nem há
necessidade de fazer isso. Bastará expor sucintamente a vida de Cristo
conforme retratada nos evangelhos, omitindo muito necessariamente
para ins de condensaçã o, mas tomando cuidado em tudo o que se diz
para permanecer estritamente iel aos fatos bá sicos registrados em
nossas fontes incontestá veis.
A CONFIGURAÇÃO
Jesus nasceu na pequena cidade de Belé m, na Palestina, um
pequeno paı́s de apenas 150 milhas de comprimento e de 80 a 80
milhas de largura, no extremo leste da costa do Mar Mediterrâ neo. A
Palestina, portanto, tem apenas cerca de metade do tamanho do Estado
de Indiana, na Amé rica.
Seu nome vem dos ilisteus, um povo pagã o que se estabeleceu na
costa deste paı́s mais ou menos na mesma é poca em que os hebreus ou
o povo de Israel conquistaram as montanhas, cerca de 1300 anos antes
do nascimento de Jesus.
Na é poca de Seu nascimento, o povo de Israel, chamado de judeus
em homenagem à tribo principal de Judá , havia sido conquistado pelos
romanos. E verdade que eles tinham um rei chamado Herodes, o
Grande; mas ele havia sido nomeado por Roma e estava sujeito ao
imperador romano.
Herodes, o Grande, morreu em 4 aC, cerca de dois anos depois do
nascimento de Jesus.
Entã o os romanos dividiram a Palestina em quatro partes. Um dos
ilhos de Herodes, Arquelau, governaria a Judé ia e Samaria, no
sul; outro, Filipe, recebeu Ituré ia no Norte; um terceiro ilho, Herodes
Antipas, governou a Galilé ia no Oriente Mé dio e a Peré ia no
sudeste; enquanto Roma governava diretamente sobre Decá polis, uma
á rea a leste do Jordã o.
Quando Jesus era um menino de cerca de doze anos, Arquelau foi
deposto pelos romanos por ser muito despó tico, e governadores
romanos foram nomeados para governar a Judé ia e Samaria.
Um desses governadores foi Pô ncio Pilatos, que esteve no cargo de
26 DC até 36 DC
Foi sob Pô ncio Pilatos que Jesus deveria morrer.
Os judeus eram um povo religioso. Todas as naçõ es ao redor deles
eram pagã s, mas eles adoravam o ú nico Deus verdadeiro, observando
cuidadosamente as leis dadas a eles por Moisé s. O principal centro de
sua adoraçã o era o grande Templo em Jerusalé m, capital da Judé ia. Nas
diferentes aldeias tinham sinagogas ou locais de encontro para oraçã o e
leitura das Escrituras; mas o sacrifı́cio só podia ser oferecido a Deus no
ú nico Templo de Jerusalé m. Por causa disso, em grandes festivais
religiosos milhares de judeus se reuniam para lá de todas as partes da
Palestina, e até mesmo de outros paı́ses do exterior.
Entre os judeus havia vá rios partidos, dois dos quais sã o
freqü entemente mencionados nos evangelhos, os fariseus e os
saduceus.
Os fariseus, ou “separados”, a irmavam observar a Lei mosaica
perfeitamente, muito melhor do que o restante dos judeus. Mas embora
fossem muito exatos externamente, a maioria deles era orgulhoso e
muito duro e pouco caridoso com os outros. Nem todos eram assim,
claro. Havia alguns homens realmente bons, sinceros e santos entre
eles.
Os Saduceus, ou “Descendentes de Sadoc” (“Sadoc” signi ica
“Justiça”), pertenciam à s classes mais ricas. Eles eram muito mundanos
e, embora nã o negassem que a Lei de Moisé s deveria ser observada,
eles nã o eram muito rı́gidos a respeito. Muitos deles negaram a
existê ncia de uma vida futura e outros ensinamentos ortodoxos. A
maioria dos sacerdotes judeus pertencia a esses saduceus.
Os judeus, em geral, nã o icavam muito contentes com o governo
dos romanos; e como sua religiã o os ensinou a olhar para a frente em
direçã o a um Messias ou Salvador enviado por Deus, a maioria deles
esperava que Ele fosse um grande lı́der polı́tico e militar que derrotaria
os romanos e se tornaria a maior naçã o do mundo.
Esse era o cená rio na Palestina quando Jesus nasceu em Belé m.
NASCIMENTO DE JESUS
A maioria das biogra ias de pessoas começa com um relato de seu
nascimento e, talvez, de sua histó ria familiar. Mas, embora a vida de
Jesus, nascido neste mundo, tenha começado em Belé m, nã o se pode
dizer que Ele pessoalmente começou a existir somente entã o. Antes da
Encarnaçã o, Ele sempre viveu no Cé u; e seria impossı́vel voltar ao inı́cio
de Sua vida ali, pois Ele é o Filho Eterno de Deus. Ser eterno é nã o ter
começo algum! Mas esse aspecto de Sua vida nos levaria alé m da
histó ria registrada como o mundo a conhece.
O evangelho de Sã o Joã o, entretanto, nos diz que um dia Ele fez este
mundo, e na verdade todo o universo, sé culos antes de Ele mesmo
entrar nele; e quando Ele entrou em nosso meio como Homem para nos
redimir e salvar, Ele nos disse que ainda pertencia ao Cé u; e sempre
falou disso como só poderia falar algué m que está perfeitamente
familiarizado com tudo ali. Encontraremos muitas dessas declaraçõ es
no curso de Sua vida na terra dentro da estrutura da histó ria, o aspecto
de Sua vida com o qual este livreto se refere.
Já dissemos que Herodes, o Grande, morreu no ano 4 aC, de acordo
com nosso calendá rio atual. Agora, cerca de trê s anos antes disso, vivia
em Nazaré , uma pequena cidade nas colinas da Galilé ia, uma jovem
judia chamada Maria. Na mesma cidade morava um carpinteiro
chamado José , de quem ela estava prometida e com quem logo se
comprometeria nas cerimô nias inais de casamento. Maria e José
pertenciam à tribo de Judá e eram descendentes do rei Davi, embora
estivessem em pé ssimas condiçõ es, assim como tantos outros da
linhagem de Davi.
Um dia, enquanto Maria estava sozinha em oraçã o, Deus enviou o
anjo Gabriel a ela com a tremenda notı́cia de que a grande Esperança de
Israel estava para ser inalmente cumprida, e que ela seria a Mã e do
Messias. “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco”, disse o anjo,
aparecendo perante ela. “O Espı́rito Santo virá sobre você , e o poder do
Altı́ssimo irá cobrir você . Portanto, o Santo que nascer de você será
chamado de Filho de Deus. ”
Maria respondeu: “Eis a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a
tua palavra. ” E naquele momento Jesus foi concebido milagrosamente
em seu ventre. O Filho Divino, gerado eternamente do Pai Divino no Cé u
sem uma mã e, deveria nascer na natureza humana de uma Mã e humana
sem a intervençã o de qualquer pai terreno.
Isso seria incrı́vel se fosse uma questã o de qualquer pessoa
comum. Mas Jesus, o ilho de Maria, nã o era uma pessoa comum. O
estudo de Seu cará ter e de Sua carreira subsequente neste mundo é
su iciente para mostrar isso, e que uma entrada milagrosa neste mundo
é a coisa mais adequada e natural que se pode esperar em Seu caso.
Nem temos apenas a palavra de Maria para o fato da concepçã o
milagrosa de Jesus. A verdade sobre isso foi revelada
independentemente a Joseph. “José , ilho de Davi”, disse um anjo a ele
també m, “nã o temas tomar Maria por esposa, pois foi pelo poder do
Espı́rito Santo que ela concebeu este ilho.
Assim, as formalidades do casamento foram cumpridas; e quando
sua hora chegasse. Tendo José a levado para Belé m, ela deu à luz seu
ilho lá , na aldeia conhecida como a cidade de Davi. Eles haviam ido
para lá em obediê ncia a um decreto de Cé sar Augusto, o imperador
romano, ordenando que todos izessem relató rios na é poca em suas
cidades natais para ins de censo.
A noti icaçã o divina da vinda do Messias já havia sido dada a Isabel,
prima de Maria; e agora que Ele tinha vindo, o fato foi revelado a um
pequeno grupo de pastores nas colinas pró ximas. Anjos apareceram a
eles, trazendo-lhes a notı́cia de que “este dia nasceu para você s um
Salvador”, e os deleitando com sua adorá vel cançã o de louvor e
consolaçã o: “Gló ria a Deus nas Alturas, e paz na terra aos homens de
boa vontade. ” Desnecessá rio dizer que os pastores foram
imediatamente com grande alegria visitá -Lo.
Os magos, ou homens sá bios do Oriente, també m vieram, sob a
orientaçã o celestial; mas a chegada deles alarmou o velho rei Herodes,
o Grande, que estava meio louco com suspeitas de possı́veis rivais em
seus ú ltimos dias de angú stia. Por precauçã o, ele ordenou o assassinato
de todas as crianças do sexo masculino com menos de dois anos de
idade em Belé m e arredores. Mas José havia sido divinamente avisado
para levar a criança e sua mã e para o Egito, a im de escapar da
matança.
INFÂNCIA EM NAZARÉ
Apó s a morte de Herodes em 4 aC, a pequena famı́lia voltou. José
pretendia se estabelecer em Belé m; mas como o brutal Arquelau, um
dos ilhos de Herodes, fora nomeado governante da Judé ia, ele achou
mais sensato voltar para Nazaré , na Galilé ia, que estava sob o controle
de outro dos ilhos de Herodes, Herodes Antipas.
Em Nazaré , Jesus foi criado como uma criança judia piedosa e era a
ú nica criança. Os chamados “irmã os e irmã s” nos evangelhos eram, no
má ximo, primos. Era costume entre os judeus chamar qualquer parente
da mesma tribo de "irmã os".
A partir dos seis ou sete anos, as crianças frequentavam a sinagoga
local, onde aprendiam sua religiã o e outras maté rias comuns, leitura,
escrita e aritmé tica simples. Jesus tornou-se profundamente versado
nas tradiçõ es judaicas e nas Escrituras. Em seus discursos posteriores,
podem ser encontradas citaçõ es de muitos livros do Antigo
Testamento. Devido à presença de tantos gentios na Galilé ia, Ele quase
certamente teria aprendido a falar grego; mas as idé ias ilosó icas e
religiosas gregas nã o contribuı́ram de forma alguma para a sua
educaçã o. Nã o há vestı́gios deles em suas declaraçõ es posteriores.
Nã o há necessidade de falar sobre a pura bondade e virtude que
reinava naquela pequena casa em Nazaré . Lá , Sã o Lucas nos diz: “Jesus
cresceu em sabedoria e graça com Deus e os homens”.
Apenas um incidente nos é relatado a respeito da infâ ncia de Jesus
em Nazaré . Todos os anos, José e Maria faziam a viagem de oitenta
milhas a Jerusalé m para a Festa da Pá scoa, uma grande festa religiosa
como a nossa Pá scoa, que celebra o “ê xodo” ou a libertaçã o dos judeus
por Moisé s da escravidã o no Egito por volta de 1300 aC
As crianças foram autorizadas a assistir à s cerimô nias a partir dos
doze anos; e somos informados de que naquela idade Jesus foi com José
e Maria a Jerusalé m para a festa. Lá Ele se separou deles nas imensas
multidõ es, e eles O procuraram por trê s dias antes de encontrá -lo no
Templo discutindo religiã o com os mestres judeus, a quem Ele havia
surpreendido por manifestar uma compreensã o das Escrituras muito
maior do que era natural para qualquer menino de doze anos. E ainda
mais caracteristicamente sobrenatural, se alguma coisa, foi a maneira
como Ele falou com Sua Mã e quando ela O encontrou.
Ela havia exclamado: “Meu ilho, por que você se comportou assim,
causando tanta ansiedade a seu pai e a mim?” Ao que Ele respondeu:
“Que necessidade tens de me procurar? Você nã o sabia que eu deveria
estar na casa de Meu Pai? ” Como Filho Eterno de Deus que veio a este
mundo, Ele enfatizou que Seu dever para com Seu Pai celestial era,
acima de tudo, lealdades menores; e essas primeiras palavras
registradas de Jesus foram uma declaraçã o velada de Sua Divindade,
cujas implicaçõ es nem mesmo José e Maria haviam compreendido
totalmente.
Ele imediatamente desceu a Nazaré com eles, poré m, e estava
sujeito a eles.
Nos dezoito anos seguintes, nada nos foi dito, exceto que Ele seguia
o ofı́cio de José , de modo que foi chamado de "o carpinteiro, ilho de
Maria". Em algum momento durante aqueles dezoito anos José morreu
e Jesus trabalhou, colocando um pouco para prover o futuro de Sua Mã e
contra o tempo em que Ele mesmo teria que deixá -la.
JOÃO BATISTA
Quando Jesus tinha cerca de trinta anos, no 15º ano do reinado do
imperador romano, Tibé rio Cé sar, um profeta que vivia como um
eremita no deserto chegou ao rio Jordã o algumas milhas a leste de
Jerusalé m e ao norte do Mar Morto . Lá ele começou a pregar ao povo,
batizando nas á guas do rio todos os que converteu.
Ele era conhecido como Joã o Batista, ilho de Zacarias e parente de
Maria, Isabel, e era, portanto, parente do pró prio Jesus.
Nã o sabemos nada sobre Joã o entre seu nascimento e seu sú bito
aparecimento nas margens do Jordã o. Seu pai, poré m, contou-lhe sobre
a revelaçã o em seu nascimento de que ele prepararia o caminho do
Senhor.
Naquela é poca, havia grande agitaçã o entre os judeus. Todos
estavam falando sobre o Messias prometido; e, embora os lı́deres nã o
ligassem para John, as pessoas comuns icaram profundamente
impressionadas com ele. Multidõ es cada vez maiores se aglomeravam
para ouvi-lo, e ele fez o possı́vel para levá -los a um arrependimento
sincero de seus pecados. Ele exigia humildade em vez de orgulho,
bondade genuı́na em vez de conversa iada sobre isso; e ele nã o poupou
a hipocrisia dos escribas e fariseus.
Constantemente, ele tinha que responder a perguntas que as
pessoas insistiam em fazer sobre ele. Ele era o profeta? Ele era o Cristo,
o Messias? Ele era o Grande, prometido no passado? Mas para todos
eles Joã o disse nã o, ele nã o era. Ele se descreveu como apenas uma voz
clamando no deserto. O Messias estava por vir, e muito em breve. Ele,
Joã o, era apenas um pobre mensageiro, preparando o caminho para ele.
O REINO E OS APÓSTOLOS
Sã o Lucas nos diz que Jesus, tendo “voltado na força do Espı́rito à
Galilé ia, sua fama se espalhou por todo o paı́s. E Ele ensinou nas
sinagogas e foi magni icado por todos. E Ele veio para Nazaré , onde foi
criado. ”
Aqui particularmente foi veri icada a declaraçã o no evangelho de
Sã o Joã o de que "Ele veio para os Seus, e os Seus nã o o receberam." Sua
a irmaçã o na sinagoga de Nazaré de ser Aquele cujo advento havia sido
predito pelo profeta Isaı́as foi rejeitada com a observaçã o desdenhosa
de que Ele era apenas o ilho de José , o carpinteiro; e, tristemente,
exclamando que “nenhum profeta é aceito em seu pró prio paı́s”, Ele
desceu para Cafarnaum, à s margens do lago, tornando aquela cidade a
sede de Seu ministé rio na Galilé ia.
No primeiro sá bado apó s sua chegada a Cafarnaum, Ele falou na
sinagoga e teve uma recepçã o muito diferente daquela que Lhe fora
dada em Nazaré . As pessoas estavam entusiasmadas com Seu ensino,
sentindo uma autoridade divina em Suas palavras muito alé m de
qualquer coisa que tivessem experimentado nas dos escribas e
fariseus. Alé m disso, no inal de seu discurso, Jesus com uma palavra
expulsou o espı́rito maligno de um homem possesso para que o povo,
maravilhado, espalhou por toda a parte a histó ria do incidente.
Saindo da sinagoga para a casa de Pedro e André , lá encontrou a
mã e da esposa de Pedro doente com febre, mas a curou imediatamente
e ela preparou uma refeiçã o para todos.
Naquela noite, multidõ es de enfermos foram trazidas a Ele e Ele
curou suas doenças, trabalhando até tarde da noite; no entanto,
cansado como deve ter estado, Ele se levantou antes do amanhecer e foi
para um lugar solitá rio nas colinas para orar, um há bito de Sua vida
toda.
De Cafarnaum, ele fez muitas viagens de pregaçã o pela Galilé ia,
tendo um sucesso cada vez maior.
Ele veio, no entanto, para estabelecer um Reino, como Ele pró prio
havia declarado, dizendo: “Devo pregar o Reino de Deus, pois para isso
fui enviado.” Embora este reino nã o fosse do mundo, era para ser neste
mundo e durar até o im dos tempos, muito depois de Ele mesmo ter
retornado ao cé u de onde veio. Para a fundaçã o deste Reino, Ele deveria
escolher entre Seus discı́pulos doze homens que Ele treinaria
pessoalmente antes de enviá -los para continuar Sua obra.
Uma noite, portanto, em preparaçã o para isso, Ele foi sozinho para
as montanhas e orou a noite toda. Na manhã seguinte, Ele reuniu Seus
discı́pulos e escolheu os doze, conferindo-lhes o tı́tulo de Apó stolos.
Os escolhidos foram Simã o
Pedro; Andrew; James; Joã o; Philip; Natanael, també m conhecido como
Bartolomeu; Mateus; Thomas; James, o ilho de Alpheus; Simon
Zelotes; Jude, irmã o de James; e Judas Iscariotes, que por im o trairia.
Este foi um dos maiores eventos da histó ria, o inı́cio da Igreja como
Reino de Deus na terra. E foi seguido por uma das declaraçõ es mais
importantes que já saı́ram de lá bios humanos. Pois imediatamente
depois, com Seus apó stolos recé m-escolhidos sobre Ele, Ele deu ao
povo o grande discurso conhecido como o “Sermã o da Montanha”.
Entã o Jesus, que veio, como disse, nã o para destruir a Lei e os
Profetas, mas para inaugurar seu cumprimento perfeito, lançou as
bases do "Reino de Deus" ou do "Reino dos Cé us" (Ele falou disso em
ambos caminhos) que Ele chamou de Sua Igreja.
MANIFESTAÇÕES DE PODER DIVINO
Mais ou menos nessa mesma é poca, Jesus fez uma breve visita a
Jerusalé m para um dos dias do festival. Enquanto estava lá , Ele curou no
sá bado um homem que estava aleijado por trinta e oito anos, para
escâ ndalo dos escribas e fariseus mais uma vez.
Em resposta à s reclamaçõ es deles, Ele a irmou que tinha todos os
direitos de Deus sobre o sá bado, que Ele era igualmente Deus com Seu
Pai e que algum dia, por Sua ordem, todos os homens se levantariam de
seus tú mulos e que Ele seria seu Juiz.
Isso encheu Seus crı́ticos com ainda mais raiva e fortaleceu sua
determinaçã o de encontrar maneiras e meios de matá -Lo.
Saindo de Jerusalé m, Ele voltou para a Galilé ia e continuou
pregando em vá rias sinagogas; mas os representantes dos escribas e
fariseus o seguiam aonde quer que fosse, espionando-o,
interrompendo-o, disputando com ele e reunindo todas as informaçõ es
que pensavam que poderiam mais tarde usar contra ele. Mas Jesus
continuou ensinando e fazendo o bem.
Um dia, ao entrar em uma aldeia, um pobre leproso encontrou-se
com Ele e gritou de modo lastimoso: “Senhor, se quiseres, podes tornar-
me limpo”. Jesus estendeu a mã o e tocou-o, dizendo: “Eu quero. Sê
puri icado. ” A lepra desapareceu imediatamente e o homem foi
convidado a ir e se apresentar ao sacerdote como curado.
A fama do milagre espalhou-se rapidamente e quando Jesus
inalmente chegou a Cafarnaum, as pessoas iam em tã o grande nú mero
à casa onde Ele estava que a sala transbordava, com multidõ es do lado
de fora tentando, mas nã o conseguiam entrar.
Enquanto Ele os estava ensinando, um homem paralı́tico foi trazido
por alguns amigos. Estes arrancaram as telhas do telhado, visto que nã o
havia outro meio de entrada, e deixaram o paciente descer por cordas
aos pé s de Jesus. Longe de icar zangado, Jesus icou profundamente
comovido e disse ao doente: “Perdoados estã o os teus pecados.” Os
escribas e fariseus apresentam o pensamento: “De qualquer forma, isso
é blasfê mia. Quem pode perdoar pecados, senã o Deus? ” Jesus, poré m,
lendo suas mentes, disse: “Você acha que eu nã o tenho esse
poder? Entã o veja isso! ” Virando-se para o paralı́tico, disse: “Pegue sua
cama e vá para casa”. O homem o fez imediatamente, para espanto de
todos. E por todos os lados as pessoas glori icavam a Deus, dizendo:
“Nunca vimos nada assim antes!”
Poucos dias depois, Ele curou o servo doente de um centuriã o
romano a pedido do povo judeu que insistia que, embora ele fosse um
pagã o, o centuriã o havia construı́do uma sinagoga para eles.
Na manhã seguinte, Ele partiu ao amanhecer para Naim, uma aldeia
a cerca de vinte e quatro milhas de distâ ncia. Ele chegou lá à noite -
é poca em que geralmente aconteciam os funerais - e encontrou o de um
menino morto, ilho ú nico de uma viú va pobre. “Nã o chore”, disse Ele à
mã e; e com uma palavra Ele restaurou seu ilho à vida, para seu grande
consolo e para a surpresa adicional de todos que viram ou ouviram
falar disso.
A notı́cia se espalhou como um incê ndio; a excitaçã o era intensa; a
popularidade de Jesus com o povo estava no auge.
FALANDO EM PARÁBOLAS
Com os Doze, Jesus viajou pelas cidades e vilas da Galilé ia, pregando
o Reino de Deus em todos os lugares.
Muito de Seu ensino Ele deu na forma de pará bolas ou histó rias, de
acordo com os costumes judaicos da é poca. E todos os tipos de assuntos
eram tratados dessa maneira.
Nã o é possı́vel discutir todas as pará bolas em qualquer extensã o
neste pequeno livro, nem tratá -las na ordem em que foram
dadas. Podemos apenas tocar brevemente em alguns dos muitos
aspectos de Seu ensino dados em diferentes ocasiõ es por esse meio,
referindo os leitores aos pró prios evangelhos para um estudo mais
extenso deles.
Na pará bola do “Semeador e da Semente” ( Marcos 4: 1-20), Ele
advertiu Seus ouvintes de que se Seu ensino nã o despertasse nenhuma
resposta neles, a falha estaria em suas pró prias má s disposiçõ es.
Devem arrepender-se dessas má s disposiçõ es, con iantes de que
Deus, de Sua parte, os acolherá com in inita misericó rdia. Um “pastor
em busca de uma ovelha perdida”, uma “mulher em busca de uma
moeda perdida”, um “pai” regozijando-se no retorno de um “ ilho
pró digo” ( Lucas 15: 1-32), sã o apenas imagens fracas da atitude de
Deus para com as almas arrependendo-se dos pecados que os separam
Dele.
Pense, implorou ele, no que está em jogo. Nã o é menos do que o
“Reino dos Cé us”, para o qual nenhum sacrifı́cio é grande
demais; mesmo quando um homem venderá tudo para comprar um
“Campo contendo um tesouro enterrado”, ou um comerciante para
ganhar uma “Pé rola de Grande Valor”. ( Mateus 13: 44-46).
Aquele Reino dos Cé us é colocado ao alcance deles por Sua Igreja,
pequena agora como uma “Semente de Mostarda”, mas para crescer e se
tornar uma á rvore imensa e ampla, proporcionando abrigo para todos
os que buscam descanso dentro dela. ( Mateus 13: 31-32). Escâ ndalos
surgirã o, sim; pois a Igreja estará em um mundo semelhante a um
“Campo semeado com bons grã os”, mas que os inimigos semearã o com
“berbigã o ou joio”. Será como uma “rede segurando peixes bons e
ruins”. ( Mateus 13: 24-50). No entanto, nã o há nada de errado com a
“Rede”, e a Igreja é de fato o Reino dos Cé us na terra.
Infelizmente, no entanto, Jesus advertiu os judeus de que seus
lı́deres o iciais e sua naçã o como um todo rejeitariam a graça que lhes
era oferecida, pois os "Convidados" deram todos os tipos de desculpas
para se recusarem a comparecer à "Grande Ceia". ( Lucas 14: 17-
24). Eles acabariam por matá -Lo, já que os “Lavradores Inı́quos” da
vinha planejavam assassinar o pró prio ilho do
proprietá rio. ( Marcos 12: 1-12).
Daqueles que vê m para o Reino, apesar dessa rejeiçã o nacional,
muito se espera.
Eles devem ser os inimigos do pecado, certi icando-se de que estã o
vestidos com as “vestes nupciais” da graça divina. ( Mateus 22: 11-
14). Assim como o “fermento” transforma o pã o, essa graça
transformará suas almas. ( Lucas 13:21).
Mas eles devem cooperar generosamente com essa graça, fazendo
bom uso de quaisquer “talentos” que Deus lhes deu. ( Mateus 25: 14-
30).
Acima de tudo, a caridade será exigida deles; perdoar os outros, em
vez de se comportar como o “Servo sem misericó rdia” ( Mateus 18: 23-
35); aliviar as necessidades dos pobres, nã o imitar a atitude do egoı́sta
“Rico” para com “Lá zaro, o Mendigo” ( Lucas 16: 19-31); ser um “Bom
Samaritano” para todos os que estã o em perigo, de qualquer
tipo. ( Lucas 10: 25-37).
Nem deve ser dado qualquer quarto ao orgulho do "fariseu" que se
considerava um modelo de virtude em comparaçã o com o
"publicano". ( Lucas 18: 9-14).
Certamente, eles deveriam ser tã o zelosos em se preparar para seu
destino eterno quanto o foi o "Mordomo Injusto" em olhar para seu
futuro meramente temporal ( Lucas 18: 1-8), e em tomar todo cuidado
para evitar o destino que se abateu sobre o "Rico Tolo . ” ( Lucas 12: 13-
21).
Deve-se sempre ter em mente o fato de que certamente haverá um
Juı́zo Final, quando os bons e os maus serã o divididos em “Ovelhas e os
Bodes” ( Mateus 25: 31-46); e que é essencial nã o serem encontradas
entã o como as “Virgens Loucas” que foram apanhadas de surpresa
apenas para nã o encontrarem ó leo em suas lâ mpadas. ( Mateus 25: 1-
13).
AUMENTO DA POPULARIDADE
Por quase um ano, Jesus havia ensinado, poderoso em palavras e
obras, por toda a Galilé ia, Sua popularidade aumentando a cada
dia. Cada vez mais se espalhava a convicçã o de que Ele era de fato um
grande profeta e até mesmo o Messias. Mas as pessoas logo
aprenderiam que Ele de initivamente nã o era o tipo de Messias que
esperavam.
O quã o duro Ele estava trabalhando neste momento pode ser
deduzido dos seguintes incidentes tı́picos.
Um dia, perto de Cafarnaum, Ele estava explicando Sua doutrina e
persuadindo o povo quase desde o amanhecer até o anoitecer; e, ao cair
da noite, vendo como a multidã o constantemente crescente havia se
tornado, Ele pediu aos discı́pulos que o levassem de barco atravé s do
lago.
Durante a viagem, uma forte tempestade surgiu de repente, as
ondas ameaçando inundar o pequeno navio, e os discı́pulos icaram
completamente assustados. Jesus, cansado, dormia na popa do navio, e
o despertaram, dizendo: “Mestre, nã o é para ti que morramos?” Jesus
respondeu: “Por que você está com medo? A sua fé ainda é tã o fraca?
” Entã o Ele ordenou que o vento parasse e o mar parasse, ambos
obedecendo imediatamente, de modo que uma grande calma
imediatamente prevaleceu. Apesar de todos os milagres anteriores que
haviam testemunhado, os discı́pulos mal conseguiam acreditar no que
entendiam e diziam uns aos outros: “Quem pode ser Ele? Até os ventos
e o mar Lhe obedecem! ”
Ao raiar do dia chegaram à margem oposta do lago, no que à s vezes
era conhecido como o paı́s dos gerasenos, à s vezes como o dos
gadarenos. Perto de onde eles pousaram havia um antigo cemité rio, e
imediatamente um pobre luná tico possuı́do por demô nios correu em
direçã o a eles de entre os tú mulos. Dirigindo-se a Jesus, caiu a Seus pé s,
gritando: “Por que você interfere comigo, Jesus, Filho do Deus
Altı́ssimo? Imploro que nã o me atormente. ” O pobre homem nã o era
responsá vel pelo que dizia. Os demô nios o impeliram a falar assim; e
Jesus os expulsou do homem para uma manada de porcos que se
alimentava na encosta da montanha. Estes, cheios de frenesi, lançaram-
se pelas encostas para o mar e morreram afogados.
Os homens que cuidavam dos animais correram para contar aos
outros o que havia acontecido, e logo muitos camponeses do distrito
chegaram e imploraram a Jesus que deixasse suas costas; eles estavam
com tanto medo do que Ele poderia fazer a seguir!
Para os discı́pulos, no entanto, a liçã o foi de grande
signi icado. Agindo como só Deus poderia fazer, Ele operou milagres
nunca antes ouvidos "desde o inı́cio do mundo", provando Seu domı́nio
sobre toda a criaçã o, nã o apenas sobre as coisas inanimadas, nã o
apenas sobre os mundos vegetal e animal, mas també m sobre aqueles
espı́ritos malignos de cujo poder Ele veio para libertar a humanidade.
Voltando para o barco, eles partiram para o outro lado do lago. Era
plena luz do dia e, como o povo de Cafarnaum pô de vê -los se
aproximando, uma grande multidã o se reuniu para recebê -los.
Entre os que esperavam ansiosamente para ver Jesus e falar com Ele
estava um funcioná rio da sinagoga chamado Jairo. Assim que Jesus
pousou, portanto, ele implorou que Ele viesse e curasse sua ilha
moribunda. Jesus partiu com ele para a casa, as pessoas se
aglomerando ao redor deles.
Uma mulher na multidã o, sofrendo de uma doença de doze anos,
aproximou-se dele, tocou a orla de Sua vestimenta e foi
instantaneamente curada. Divinamente consciente disso, Jesus
proclamou para o benefı́cio de todos os presentes tanto o fato de sua
cura quanto que foi seu grande espı́rito de fé que conquistou para ela
um favor tã o maravilhoso. Era uma fé que Ele estava pedindo a todos.
Tinha havido algum atraso e, antes de chegarem à casa de Jairo, um
servo veio dizer que sua ilha havia morrido e que agora era inú til Jesus
ir mais longe. Mas Jesus consolou o pobre pai, disse-lhe que ainda
acreditasse irmemente e que tudo icaria bem.
Em casa, Ele permitiu apenas que Pedro, Tiago e Joã o, juntamente
com o pai e a mã e, entrassem no quarto da menina morta com Ele. Na
presença deles, Ele simplesmente pegou a mã o dela e disse: “Talitha
cumi”. (“Menina, levante-se.”) Em seguida, pediu aos pais que
cuidassem dela para comer, acrescentando que nã o deveriam divulgar o
que Ele havia feito. A empolgaçã o da multidã o entusiasmada do lado de
fora poderia facilmente dar origem a acusaçõ es contra Ele de causar
tumulto. Essas acusaçõ es viriam em breve!
Entã o Jesus se entregou a todos os que precisavam Dele, e nã o só
pregou o evangelho de Seu novo Reino espiritual, con irmando Sua
missã o por sinais e milagres em aldeia apó s aldeia em todo o paı́s, mas
deu autoridade e poder també m aos Seus Apó stolos, enviando-os em
pares para fazer o mesmo.
O PÃO DA VIDA
Pois no dia seguinte, na sinagoga de Cafarnaum, tendo voltado à
cidade durante a noite, Jesus disse ao povo que o pã o com que
milagrosamente os alimentara no dia anterior nã o valia a pena ser
comparado com o que pretendia dar-lhes mais tarde sobre. Este outro
pã o seria Ele mesmo, e ao recebê -lo estariam comendo Sua pró pria
carne e bebendo Seu pró prio sangue. Alé m disso, esse alimento daria
vida eterna e nã o apenas os manteria vivos por um pouco mais de
tempo neste mundo, que é tudo o que a comida comum pode fazer.
A maioria dos presentes icou horrorizada com essas
palavras. Falando entre si, eles disseram que Ele estava indo longe
demais, tornando-se impossı́vel para eles aceitarem Seu ensino. E
muitos, que haviam sido Seus discı́pulos até entã o, o abandonaram
completamente.
Desnecessá rio dizer que os escribas e fariseus icaram
maravilhados com a direçã o que as coisas estavam tomando e
trabalharam entre as pessoas descontentes para torná -las inimigas
ativas de Jesus.
Isso marcou uma mudança crı́tica na vida de Jesus neste
mundo. Entre a Pá scoa que se aproximava e a do ano seguinte, que seria
a sua ú ltima, Ele nunca mais encontrou o entusiasmo de grandes
multidõ es como até entã o, exceto em uma ocasiã o isolada. Daı́ em
diante, voltado cada vez mais para os doze apó stolos, Ele se concentrou
em treiná -los para seu trabalho futuro.
Um encontro tempestuoso com escribas e fariseus que tinham
vindo de Jerusalé m marcou o encerramento de Seu ministé rio na
Galilé ia. Eles O atacaram por violar suas tradiçõ es, ao que Ele
denunciou sua hipocrisia e suas tradiçõ es feitas pelo homem,
declarando-os "lı́deres cegos de cegos".
Entã o, pegando os doze, Ele sacudiu a poeira da Galilé ia de Seus pé s
e foi para outro lugar.
VISITA A JERUSALÉM
Assim, as instruçõ es continuaram, entre os vá rios deveres do
ministé rio, até que em outubro daquele ano a Festa dos Taberná culos,
uma espé cie de Festival da Colheita, estava pró xima. Muitos estavam
acostumados a ir a Jerusalé m para as festividades, e Jesus decidiu ir
també m. Depois disso, ele pretendia trabalhar na Judé ia, em vez de na
Galilé ia.
Depois de sua jornada pela Fenı́cia e Decá polis, Ele retornou para
uma breve estada em Cafarnaum. Saindo dali ao longo da estrada em
direçã o a Nazaré , Ele chegou à s alturas de Magdala e parou naquele
ponto de observaçã o para dar uma ú ltima olhada no Mar da Galilé ia e
nas cidades ao longo de sua costa norte. Com o coraçã o triste, Ele
repreendeu as cidades por sua resistê ncia à graça divina, dizendo: “Ai
de ti, Corozain; ai de você , Betsaida; Ai de você , Cafarnaum. Se os
milagres feitos em você tivessem acontecido em Tiro e em Sidon, eles
teriam se arrependido. Se tivessem sido feitos até mesmo em Sodoma,
aquele lugar teria sido poupado. No dia do julgamento será mais fá cil
com essas cidades inı́quas do que com você s. ” Entã o ele se virou e
dirigiu Seu rosto resolutamente para Jerusalé m.
Sua jornada o levou por Samaria, e em um vilarejo, para o qual
Tiago e Joã o haviam ido na frente para preparar acomodaçã o, eles
tiveram sua hospitalidade negada com o fundamento de que o grupo
estava viajando para Jerusalé m tã o odiada pelos samaritanos. Os dois
apó stolos voltaram a Jesus cheios de indignaçã o e queriam lançar fogo
sobre a cidade como Elias izera com os insolentes aldeõ es. Mas Jesus
os reprovou em silê ncio, dizendo-lhes que certamente ainda nã o
tinham o espı́rito certo. Uma coisa era ele mesmo declarar qual seria o
julgamento justo de Deus sobre as cidades da Galilé ia que haviam
recusado a graça divina; mas nã o cabia a eles invocar desastres sobre os
aldeõ es que simplesmente recusaram hospitalidade a
estranhos. Pacientemente, portanto, Ele foi com eles para outra aldeia.
Chegando nas proximidades de Jerusalé m, Jesus icou na pequena
cidade de Betâ nia, a apenas cerca de trê s quilô metros da Cidade
Santa. Sã o Joã o diz simplesmente, em seu evangelho: “Jesus amava
Marta, e sua irmã Maria e Lá zaro”. Eram amigos em cuja casa Ele
sempre era bem-vindo; e aquela casa que Ele freqü entemente visitou
durante Seu ministé rio na Judé ia.
ENCONTRO COM OS FARISEUS
Durante esses dias da Festa dos Taberná culos, Ele pró prio era o
assunto principal da conversa. Muitos galileus já estavam lá antes de
Ele chegar, e as pessoas perguntavam se Ele també m viria. As opiniõ es
sobre ele eram muito divididas. Alguns disseram que Ele era um bom
homem; outros que Ele era uma fraude e um enganador.
De repente, um dia, Ele apareceu no pá tio do Templo e começou a
ensinar abertamente ao povo. Ele falou sobre Si mesmo com mais
clareza do que nunca e as pessoas icaram maravilhadas com Suas
declaraçõ es enquanto Ele respondia a tudo o que Seus inimigos diziam
contra Ele.
Nã o. Ele nã o havia estudado nas escolas rabı́nicas em
Jerusalé m. Mas entã o, Sua doutrina nã o era de homens; foi diretamente
de Deus. sim. Ele curou os enfermos no dia de sá bado. Mas a
circuncisã o foi realizada no dia de sá bado, e longe de quebrar a Lei de
Moisé s, foi realizada precisamente para guardar essa Lei; e Ele
certamente nã o estava quebrando a Lei ao dar a bê nçã o da saú de. Eles
conheciam Sua famı́lia e podiam apontar para Seus parentes,
talvez; mas nã o haviam feito concessõ es para Sua missã o celestial, da
qual Seus milagres eram a garantia.
Os escribas e fariseus presentes, incapazes de suportar isso,
discutiram a possibilidade de prendê -lo, mas mal sabiam como fazê -
lo. Muitas pessoas foram simpaticamente dispostas a ele. O Siné drio
enviou alguns o iciais para tentar, mas os o iciais voltaram de mã os
vazias, desculpando-se, dizendo: “Nunca um homem falou como este
homem”.
Evidentemente, a coisa a fazer era minar Sua posiçã o perante o
povo. No dia seguinte, portanto, quando Ele estava falando novamente
no pá tio do Templo, os escribas e fariseus pensaram em forçar a
questã o trazendo a Ele uma mulher apanhada em adulté rio.
Moisé s, eles disseram, ordenou que tal pessoa fosse apedrejada até
a morte. O que ele disse? Eles pensaram, diabolicamente, que se Ele
concordasse com a morte dela, perderia a simpatia do povo; se Ele a
soltasse, eles pró prios poderiam desa iá -Lo por ter desrespeitado
publicamente a Lei de Moisé s.
Mas toda Sua sabedoria divina estava à disposiçã o de Sua
misericó rdia. Sem negar a Lei de Moisé s, disse, com palavras cheias de
signi icado e autoridade: “Muito bem. Mas aquele que está sem pecado
entre você s atire a primeira pedra. ”
Sem palavras, eles se afastaram, começando pelo mais velho. Eles
tinham a sensaçã o de que Ele os estava lendo como um livro. Quanto à
pobre mulher, perdã o nã o signi icava desculpas. "Vá ", disse Ele, "e
agora, nã o peques mais."
Jesus continuou Seus discursos. Ele declarou ser a “Luz do
Mundo”. Enquanto outros eram apenas "da terra", Ele era "do cé u". Se as
pessoas querem liberdade, que O sigam; pois Seus discı́pulos
conheceriam aquela verdadeira liberdade que é a liberdade do pecado.
Isso foi demais para os fariseus, que clamavam que tinham essa
liberdade e já eram aceitá veis aos olhos de Deus como ilhos de
Abraã o. Mas Jesus rebateu dizendo que o pró prio Abraã o icou muito
feliz com a visã o de Seu advento.
"O quê ", eles responderam, "você ainda nã o tem cinquenta anos e
viu Abraã o?"
“Posso assegurar-lhe”, respondeu Ele, “antes que Abraã o existisse,
eu existia”. Esta era uma reivindicaçã o de compartilhar o mesmo nome
pelo qual Deus havia se descrito a Moisé s, e eles pegaram pedras do
pá tio do Templo para apedrejá -lo até a morte pela blasfê mia. Mas Jesus
os evitou e, misturando-se à multidã o, foi embora.
Fora do recinto do Templo, Ele encontrou um homem cego de
nascença a quem Ele curou. A notı́cia de tal milagre na superlotada
Jerusalé m se espalhou rapidamente, enchendo o povo de espanto e
admiraçã o. Os fariseus, poré m, icaram consternados. Mandaram
chamar o homem e, incapazes de abalar seu testemunho, abusaram
dele. O homem procurou Jesus para Lhe contar isso, e Jesus lhe disse, na
presença de alguns fariseus: “Eu vim a este mundo para que os que nã o
vê em vejam; e os que vê em podem icar cegos ”.
Os fariseus que O ouviram perguntaram: “Somos cegos?” Jesus
declarou que eles eram deliberadamente assim e, portanto, culpados
aos olhos de Deus.
MINISTÉRIO DE JUDEAN
Saindo de Jerusalé m, Ele foi para a casa de Seus amigos em
Betâ nia. Durante uma breve estada ali, Ele pregou ao povo do paı́s ao
redor e aos visitantes de Jerusalé m que por acaso estavam presentes.
Ele disse ao povo que era a porta para o verdadeiro redil. Somente
por meio dEle eles poderiam entrar no caminho que conduz à
salvaçã o. Ainda mais, Ele era o Bom Pastor que estava preparado para
dar a vida por Suas ovelhas. Na verdade, Ele o faria, e
voluntariamente; embora depois Ele ressuscitasse dos mortos.
Suas palavras foram levadas de volta a Jerusalé m, onde causaram
muita discussã o; e as opiniõ es a respeito dele estavam mais divididas
do que nunca.
Ele agora foi mais longe e, durante os dois meses seguintes, ensinou
em vá rias aldeias do interior da Judé ia e Peré ia. Ele també m escolheu e
enviou setenta e dois discı́pulos para ajudar na obra.
As doutrinas ensinadas diziam respeito ao Reino de Deus em geral,
mas mais especi icamente à paternidade de Deus, à necessidade da
oraçã o, ao cumprimento generoso dos deveres, à obrigaçã o da caridade
fraterna e ao juı́zo inal em que a recompensa da felicidade eterna ou o
o castigo da misé ria eterna será o destino de cada homem de acordo
com seus mé ritos.
Quando os discı́pulos voltaram a Ele cheios de entusiasmo e com
relatos do grande sucesso que acompanhou seus trabalhos, Ele disse:
“Bem-aventurados os olhos que vê em as coisas que você vê , e os
ouvidos que ouvem as coisas que você ouviu”.
A este perı́odo pertence a expressã o de Seu pró prio grande amor
pelos homens, quando proferiu aquelas palavras memorá veis: “Vinde a
Mim, todos vó s que estais cansados e cansados, e Eu vos
revigorarei. Tome Meu jugo sobre você e aprenda de Mim, pois sou
manso e humilde de coraçã o; e você s encontrarã o descanso para suas
almas. Pois Meu jugo é doce e Meu fardo é leve. ”
Durante todo o tempo, també m, Ele manifestou Seu constante
espı́rito de comunhã o com o Pai celestial que tanto amava, entregando-
se a uma oraçã o tã o prolongada e fervorosa que Seus apó stolos,
observando-O, sentiram que nunca haviam sabido o que realmente é
orar. Entã o, eles pediram a Ele que os ensinasse també m a orar.
Foi em resposta a este pedido que lhes ensinou a oraçã o, tã o
sublime como simples: “Pai nosso, que está s nos cé us, santi icado seja o
teu nome, venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra
como no cé u . O pã o nosso de cada dia nos dai hoje; e perdoa-nos as
nossas ofensas, como nó s perdoamos aos que nos ofenderam. E nã o nos
deixes cair em tentaçã o, mas livra-nos do mal. ”
A DECLARAÇÃO SUPREMA
No mê s de dezembro seguinte, Jesus voltou a Jerusalé m para a Festa
da Dedicaçã o, que comemorava a libertaçã o do Templo em 165 DC da
profanaçã o a que havia sido submetido por Antı́oco Epifâ nio cerca de
cinco anos antes. Antı́oco foi um tirano que tentou erradicar o judaı́smo
e impor ao povo seu pró prio paganismo grego.
Chegando pouco antes da festa, Jesus icou mais uma vez com seus
amigos Lá zaro, Marta e Maria, em Betâ nia, a trê s quilô metros da
cidade. Entã o, no pró prio dia do festival, Ele foi fazer Sua visita ao
Templo.
Assim que Ele apareceu lá , as pessoas imediatamente se reuniram
em torno dele. Mas os fariseus també m estavam lá ; e estavam
determinados a forçá -lo a dizer abertamente se a irmava ser o Messias
prometido ou nã o. Entã o, eles lançaram o desa io a Ele: “Por quanto
tempo você vai nos manter em suspense? Se você é o Messias, diga isso
sem rodeios. ”
Jesus respondeu que tudo o que Ele dissesse, eles nã o acreditariam
Nele, mas que os milagres que Ele havia operado em nome de Seu Pai
eram evidê ncia su iciente de Sua missã o divina. Em seguida, ele
acrescentou as palavras importantes: "Eu e o Pai somos um."
As implicaçõ es disso eram muito claras, e imediatamente os
fariseus pegaram pedras do pá tio para apedrejá -lo.
Mas Jesus os desa iou, dizendo que Ele havia feito muitas boas
obras que só Deus poderia fazer. “Por quais das Minhas boas obras”,
perguntou Ele, “me apedrejais?”
“Nã o por boas obras”, gritavam, “mas por blasfê mia, porque, sendo
homem, você se torna Deus”.
Soltando as pedras, eles correram em direçã o a Ele, com a intençã o
de prendê -lo; mas, mais uma vez, Ele escapou deles perdendo-se na
multidã o crescente, deixou o pá tio do Templo e a pró pria Jerusalé m,
partindo imediatamente, nã o de volta para Betâ nia, mas para o outro
lado do Jordã o, a cerca de trinta quilô metros de distâ ncia, perto do local
onde Joã o Batista iniciou sua missã o pela primeira vez.
Mas Ele chorou, dizendo: “Jerusalé m, Jerusalé m. Você mata os
profetas e apedreja os que lhe sã o enviados. Quantas vezes eu teria
reunido seus ilhos como a galinha seus frangos sob sua asa, e você nã o!
"
LEVANTAMENTO DE LAZARUS
Nos trê s meses seguintes, Jesus passou na Peré ia, ensinando,
sempre fazendo o bem e fazendo muitos convertidos.
Os fariseus, entretanto, constantemente seguiram Seus passos; e um
dia um grupo deles disse-lhe para sair da Peré ia porque Herodes
Antipas, que era governador da Peré ia e també m da Galilé ia, planejava
matá -lo.
Nenhum pensamento sobre Seu bem-estar fez com que os fariseus
O advertissem. Cheios de inveja e ó dio, pensaram que a ameaça poderia
pelo menos pô r im à sua obra atual, impelindo-O a ir para outro lugar.
Mas Ele apenas respondeu a eles: “Ide e dizei à quela raposa que
continuarei Meu trabalho até a hora de ir para Jerusalé m. Se um profeta
deve perecer, só pode ser naquela cidade. No entanto, quando eu for lá ,
encontrarei o grito de boas-vindas: Bendito o que vem em nome do
Senhor. ”
Por im, veio um chamado de caridade que Ele nã o pô de
recusar. Mensageiros vieram de Marta e Maria em Betâ nia para dizer
que seu irmã o Lá zaro estava gravemente doente. A mensagem enviada
pelas irmã s era apenas: “Senhor, aquele a quem amas está doente”. Eles
sabiam que nã o precisavam dizer mais nada.
Mas Jesus estava bem ciente de que, enquanto os mensageiros
faziam sua jornada de trinta quilô metros, Lá zaro havia morrido; e Ele
deliberadamente permitiu que mais dois dias se passassem antes de
dizer aos Seus apó stolos: “Vamos para a Judé ia novamente.” Eles o
lembravam das conspiraçõ es para matá -lo ali; mas foi em vã o, e vendo
Sua determinaçã o de ir, Tomé disse aos outros: “Vamos nó s també m, e
morramos com Ele.”
Lá zaro já estava quatro dias na sepultura quando eles se
aproximaram de Betâ nia, e Marta, ao saber de Sua vinda, foi ao Seu
encontro com as palavras chorosas: “Senhor, se tivesses estado aqui,
meu irmã o nã o teria morrido”. Sua irmã Maria també m veio, quando
disse que Jesus estava pedindo por ela, e disse praticamente as mesmas
palavras. As duas irmã s provavelmente haviam dito repetidamente uma
para a outra que, se Jesus estivesse lá , Ele nunca teria deixado seu
irmã o morrer.
A Seu pedido, eles O levaram para a caverna onde Lá zaro estava
sepultado, e Ele disse aos homens presentes que removessem a pedra
que cobria a entrada. Entã o, apó s uma oraçã o a Seu Pai, Ele ordenou a
Lá zaro que voltasse à vida e saı́sse da sepultura. Lá zaro o fez
imediatamente, para imensa emoçã o de todos os que testemunharam e
para a conversã o da maioria deles. Poré m, nã o de tudo. Alguns
correram para Jerusalé m e informaram os fariseus, que imediatamente
exigiram uma reuniã o do Siné drio ou Conselho Supremo dos Judeus.
A reuniã o do Siné drio foi realizada na casa de Caifá s, o sumo
sacerdote daquele ano. Todos concordaram que algo precisava ser
feito. Se Jesus pudesse continuar com essas con irmaçõ es
impressionantes de Seu ensino, todos eventualmente acreditariam
Nele. Os romanos podem até intervir e reduzi-los à escravidã o absoluta,
tirando todos os seus privilé gios atuais.
A discussã o continuou até que Caifá s a encerrou dizendo: “Só há
uma coisa a fazer. E melhor para Ele morrer do que toda a naçã o
perecer. ”
Jesus estava condenado. Mas eles nã o podiam colocar as mã os sobre
ele no momento. Ele havia deixado Betâ nia e ido para o paı́s deserto,
algumas milhas ao norte, perto de Efraim. O Siné drio só podia fazer
planos para a morte Dele, emitindo ordens para que qualquer pessoa
que soubesse onde Ele se encontrava deveria informá -los
imediatamente.
ÚLTIMOS DIAS MISSIONÁRIOS
Jesus nã o icou em Efraim. Ele passou cerca de trê s semanas
viajando por Samaria, Galilé ia e Peré ia. Seus movimentos foram
relatados aos membros do Siné drio, em Jerusalé m; mas Ele estava
sempre se movendo, e eles podiam esperar a hora certa.
Aonde quer que fosse, os fariseus estavam presentes e Ele tinha
muitas escaramuças com eles. Em certa ocasiã o, eles levantaram a
importante questã o do casamento e do divó rcio. Em resposta à sua
declaraçã o de que a Lei de Moisé s permitia que um homem repudiasse
sua esposa e se casasse com outra, Ele disse-lhes intransigentemente
que Moisé s nunca realmente pretendeu aprovar tal negligê ncia, mas
apenas tolerou a prá tica por causa de sua falta de disposiçõ es. Tal
frouxidã o, disse Ele, era totalmente contra as intençõ es originais de
Deus. Nem poderia ser tolerado de agora em diante. “De agora em
diante”, proclamou Ele, “se um homem repudiar sua esposa e se casar
com outra, comete adulté rio. E se a mulher repudiada se casar com
outra, ela comete adulté rio ”.
Isso soou severo até para os apó stolos, mas eles sabiam que se Ele
falasse assim, seria uma questã o de princı́pio. Eles tinham muitas
evidê ncias de Sua gentileza e misericó rdia para pensar de outra forma.
Assim, mais ou menos nessa é poca, Ele curou os dez leprosos que
clamavam a Ele de maneira tã o comovente: “Jesus, Mestre, tem piedade
de nó s”.
Da mesma forma, Ele abençoou as criancinhas que algumas
mulheres Lhe trouxeram, apesar dos esforços dos Apó stolos para
impedi-las de incomodá -Lo. “Deixai que as criancinhas venham a Mim e
nã o as impeçais”, disse Ele, “porque dos tais é o Reino de Deus”.
Um dia, ao se aproximarem de Jericó e cada vez mais perto de
Jerusalé m, Ele disse aos apó stolos o que Lhe aconteceria ali. Ele seria
preso, condenado, ridicularizado, cuspido e executado; mas no terceiro
dia Ele ressuscitaria. Ele os havia alertado tantas vezes sobre essas
coisas, mas mesmo assim eles nã o conseguiam entender tudo. Parecia
tã o irreal.
Dois deles, poré m, sentiam pelo menos que o clı́max se aproximava
e que o Reino para o qual Jesus os havia preparado por tanto tempo
estava pró ximo. Por isso, imploraram a Ele que lhes concedesse o
privilé gio de sentar-se, um à Sua direita e o outro à Sua esquerda,
quando o glorioso Reino inalmente seria Seu. Em resposta, Jesus
perguntou-lhes se estavam dispostos a participar nos Seus sofrimentos
e, ao receber a sua resposta a irmativa, disse: “Isso pelo menos vos
posso prometer, mas nã o mais. O que você pediu, nã o depende de Mim,
mas de Meu Pai Celestial ”. Entã o, para todos os doze Ele falou
seriamente sobre a necessidade de humildade.
Quando entraram em Jericó , Ele pediu hospitalidade ao publicano
Zaqueu, o icial da alfâ ndega local. Zaqueu, que nã o era muito alto, subiu
em uma á rvore para ver Jesus por cima da multidã o que se reunira para
a ocasiã o; e Jesus o escolheu como um homem sincero e honesto,
apesar do fato de que os fariseus o consideravam um pecador.
No dia seguinte, ao sair da cidade, foi abordado por Bartimeu, um
cego. Bartimeu foi informado de que o barulho da multidã o era porque
Jesus de Nazaré estava passando. Repetidamente, portanto, o cego
clamava: “Jesus, Filho de Davi, tem misericó rdia de mim”. Em vã o,
outros lhe disseram para icar quieto. Impressionado com a fé e
perseverança do homem, Jesus parou, ordenou que o homem fosse
levado a Ele, perguntou o que ele queria e concedeu-lhe o dom da visã o
que tanto desejava.
BANQUETE EM BETHANY
Era apenas cerca de trinta quilô metros de Jericó até Betâ nia, e
quando Jesus chegou à pequena cidade na tarde de sexta-feira, apenas
seis dias antes da Pá scoa, foi recebido por todos. Há apenas um mê s, Ele
ressuscitou Lá zaro, tã o conhecido e popular entre todos, dentre os
mortos.
Um cidadã o rico chamado Simã o até ofereceu um banquete para Ele
e Seus Apó stolos, convidando Lá zaro, Marta e Maria para estarem
presentes també m.
No decurso da noite, na presença de todo o grupo, Maria exprimiu a
sua reverê ncia, amor e gratidã o, derramando sobre a cabeça e os pé s de
Jesus o perfume mais caro e refrescante. Isso deixou Judas muito
angustiado, que protestou contra esse desperdı́cio, dizendo que o
precioso unguento poderia ter sido vendido por cerca de cinquenta ou
sessenta dó lares, e o dinheiro dado aos pobres. Mas Jesus a
defendeu. “Os pobres você sempre tem com você ,” Ele disse, “mas eu
nã o. Ela se saiu bem, preparando Meu corpo de antemã o para o
enterro. E eu digo a você que onde quer que o evangelho seja pregado
no mundo, o que ela fez será lembrado em sua memó ria. ”
Judas, entretanto, estava tudo menos apaziguado; Ele sentiu repulsa
pelo que viu. A perda do dinheiro irritou. Pensamentos de vender o
ungü ento precioso começaram a ceder lugar em sua mente aos
pensamentos de vender algo in initamente mais precioso, o pró prio
Jesus.
Durante esses dias, Jerusalé m fervilhava de excitaçã o. Caravanas de
peregrinos chegavam todos os dias de todos os lugares para a
Pá scoa. Nas encostas das colinas ao redor, tendas eram armadas, e
diariamente as multidõ es delas iam para a Cidade Santa. Muitos
galileus estavam entre eles. Toda a conversa era sobre Jesus e, acima de
tudo, sobre o milagre que Ele havia feito há um mê s, a ressurreiçã o de
Lá zaro dos mortos. Pessoas, indo e vindo, aglomeravam-se nas duas
milhas de estrada entre Jerusalé m e Betâ nia. Muitos deles queriam ver
Lá zaro com os pró prios olhos.
DOMINGO DE RAMOS
Foi em meio a toda essa agitaçã o que Jesus veio na sexta-feira de
sua chegada a Betâ nia, e decidiu seguir para Jerusalé m depois do
sá bado, no primeiro dia da semana. Mas, ao contrá rio das visitas
anteriores, esta deveria assumir a forma de uma entrada pú blica na
cidade. Ele, portanto, enviou dois de Seus discı́pulos a uma aldeia
pró xima para trazer de volta um potro de jumento que Ele disse que
eles encontrariam amarrado ali, e que o dono alegremente os deixaria
levar.
A notı́cia de que Ele estava vindo dessa forma espalhou-se
rapidamente, até mesmo para a pró pria Jerusalé m; e enquanto Ele
subia a encosta em direçã o à cidade, o povo veio ao encontro do fazedor
de milagres de Nazaré , acenando com as palmas e gritando: “Bem-
vindo. Hosana ao Filho de Davi. Bendito o que vem em nome do
Senhor. Hosana nas alturas!"
Foi em vã o que sacerdotes e fariseus irados mandaram o povo parar,
perguntando o que eles queriam dizer com isso. “Este é o Profeta Jesus,
de Nazaré na Galilé ia”, disseram eles, e continuaram com suas
demonstraçõ es de alegria. Os fariseus entã o se voltaram para
Jesus. “Cabe a você parar com tudo isso”, disseram eles. “Peça-lhes que
parem.” “Se eu izesse”, respondeu Ele, “as pró prias pedras clamariam”.
Quando uma curva repentina na estrada trouxe a cidade à vista,
Jesus começou a chorar. Aqui estava Ele, aceitando publicamente o
papel do Messias, mas sabendo que dentro de alguns dias seria
rejeitado enfaticamente. “Se você soubesse”, disse Ele, meio alto, “as
coisas que sã o para a sua paz. Mas agora eles estã o escondidos de
você . Nã o icará em ti pedra sobre pedra, porque nã o conheceste o
tempo da tua visitaçã o. ”
Entrando na cidade fervilhante, Ele visitou o Templo para se
entregar à oraçã o. Mas os sacerdotes e fariseus disseram uns aos outros
com raiva: “Nã o realizamos nada. O mundo inteiro parece ter ido atrá s
dele. ” Portanto, eles realizaram outra reuniã o para considerar o
pró ximo movimento que deveriam fazer.
Nenhum acontecimento posterior ocorreu naquele dia em
Jerusalé m; e, tendo olhado em volta para o que viu ali, Jesus voltou à
noite para Betâ nia. Era uma caminhada de pouco mais de meia hora.
JUDAS, O TRAIDOR
No dia seguinte, quarta-feira, Jesus se aposentou com Seus
apó stolos, possivelmente em Betâ nia, provavelmente nas colinas
pró ximas. Estas foram as ú ltimas horas de preparaçã o espiritual, e
durante elas disse-lhes claramente mais uma vez: “Faltam apenas dois
dias para a Pá scoa. Entã o serei entregue para ser cruci icado. ”
Um apó stolo, entretanto, esteve ausente por algumas horas naquele
dia. Ele tinha ido sozinho para Jerusalé m, onde o Siné drio estava
realizando uma reuniã o pela manhã , tentando decidir o que fazer com
Jesus. Os membros estavam preocupados com o nú mero de Seus
amigos que tinham vindo de á reas rurais. Mas, para seu deleite, Judas
veio até eles, perguntando o que lhe dariam se ele os informasse onde
poderiam encontrar Jesus longe da multidã o usual. Eles concordaram
em dar a ele trinta moedas de prata, possivelmente entre quinze e vinte
dó lares em nosso dinheiro. Deve ter parecido uma barganha bastante
pobre, mas Judas ainda a aceitou. Ele icou enojado com a maneira
como Jesus falhou repetidas vezes em se a irmar como o Messias-Rei
das aspiraçõ es nacionalistas judaicas quando as oportunidades se
apresentaram.
A ÚLTIMA CEIA
Na quinta-feira, Jesus enviou Pedro e Joã o à cidade para
providenciar o uso de um cená culo na casa de um amigo onde Ele
pudesse celebrar a refeiçã o pascal com Seus apó stolos naquela noite; e
no devido tempo todos vieram para a casa, incluindo Judas.
Antes do inı́cio da refeiçã o, tendo em mente as muitas vezes que os
apó stolos haviam discutido sobre "quem seria o maior", Ele deu-lhes
uma liçã o suprema de humildade, envolvendo-se com uma toalha e, em
seguida, tomando uma tigela de á gua, ajoelhando-se como um escravo
domé stico para lavar os pé s.
Depois disso, Ele prosseguiu com a ceia, durante a qual os avisou
que um deles estava prestes a traı́-lo. Judas foi embora, para dizer aos
guardas do Templo que estivessem prontos para o momento em que ele
os noti icasse. Seria em breve. Jesus estava jantando com Seus
apó stolos na casa de um amigo, ele disse a eles. Eles seriam capazes de
prendê -lo sem qualquer perturbaçã o pú blica depois que Ele tivesse
deixado o local.
Depois que Judas partiu - como parece mais provavelmente o caso -
Jesus passou a cumprir a promessa que havia feito um ano antes de dar
Sua carne para comer e Seu sangue para beber. Tomando pã o, Ele disse:
“Tomai e comei. Este é o Meu corpo que é dado por você . Faça isso em
homenagem a mim. ” Entã o, tomando o vinho: “Este é o Meu sangue da
Nova Aliança, que será derramado por muitos para a remissã o dos
pecados”.
Assim, Ele deu o sinal de Seu pró prio Sacerdó cio de acordo com a
ordem de Melquisedeque, que havia oferecido sacrifı́cio em pã o e
vinho; e també m tornou os apó stolos sacerdotes de acordo com a
mesma ordem. Assim, també m, Ele deixou para Sua Igreja o Sacrifı́cio
da Missa, sobre o qual Sã o Paulo escreveria mais tarde: “Sempre que
comerdes este pã o e beberdes o cá lice, mostrareis a morte do Senhor
até que Ele venha . ” ( 1 Coríntios 11:26).
Depois disso, Jesus falou por algumas horas aos seus apó stolos, até
quase meia-noite, consolando-os, prometendo-lhes o Espı́rito Santo
para seu trabalho futuro, dizendo-lhes que estariam unidos a Ele como
ramos vivos se unem a uma videira, e concluindo com uma oraçã o
sacerdotal pela unidade de sua Igreja, impressionando-os com as
maravilhosas relaçõ es de si mesmo com o Pai e de si mesmos com ele.
Seguiu-se um hino de açã o de graças, entã o Ele deixou a casa com
Seus apó stolos e partiu com eles de Jerusalé m ao longo da estrada de
Betâ nia para Seu Monte das Oliveiras favorito. Lá Ele foi a um jardim
chamado Getsê mani, onde se afastou dos Apó stolos, com exceçã o de
Pedro, Tiago e Joã o, que levou consigo. Estes trê s foram autorizados a
testemunhar, enquanto Ele se ajoelhava em oraçã o, algo da tristeza com
que Ele foi a ligido pelo peso dos pecados do mundo, cujo fardo O
arrancou muito de suor de sangue.
PRISÃO E JULGAMENTO
Foi no jardim do Getsê mani que Judas, vindo com os guardas do
Templo, O encontrou.
Os apó stolos fugiram.
Jesus, preso, foi levado primeiro a Aná s, um ex-sumo sacerdote, que
nã o tinha autoridade, mas queria examiná -lo a im de pensar na melhor
acusaçã o a fazer contra ele. Aná s entã o o enviou a seu genro, Caifá s, o
verdadeiro sumo sacerdote governante, que já havia decidido que era
melhor que Jesus morresse do que toda a naçã o.
Já era dia, na manhã de sexta-feira. O Siné drio se reuniu
rapidamente. Muitos informantes pro issionais foram chamados para
depor perante o tribunal judaico, mas suas acusaçõ es eram tã o
con litantes e tã o palpavelmente falsas que Caifá s as pô s de lado e
assumiu ele mesmo as coisas.
Ele fez uma pergunta direta a Jesus, pedindo-Lhe em nome do Deus
Vivo que dissesse se Ele a irmava ser ou nã o o Cristo, o Filho de
Deus. Jesus respondeu que sim e que um dia o veriam voltando nas
nuvens do cé u. Ficou claro que Ele estava se declarando igual a Deus, e
Caifá s voltou-se para seus companheiros do Siné drio. “Todos você s já
ouviram essa blasfê mia”, disse ele. “Nã o há necessidade de outras
evidê ncias. O que você disse?" Todos concordaram que a sentença de
morte deveria ser pronunciada.
Durante esses procedimentos, dois dos apó stolos, Pedro e Joã o,
criaram coragem su iciente para ir ao pá tio da casa do sumo
sacerdote; mas ali, quando reconhecido, Pedro icou apavorado e trê s
vezes negou, mesmo com um juramento, que conhecia Jesus. O canto de
um galo trouxe-lhe a prediçã o de Jesus de que faria isso; e ao sair
chorou amargamente. No momento ele nã o se lembrou, embora o
izesse mais tarde, que mesmo ao predizer sua queda, Jesus també m
disse: “Eu orei por você , Simã o, para que a sua fé nã o desfaleça; e
depois de sua conversã o, caberá a você fortalecer seus irmã os ”.
O Siné drio, proibido pelas autoridades romanas de in ligir eles
pró prios a pena de morte, levou Jesus a Pilatos, o governador da Judé ia,
acusando-o de aconselhar o povo a nã o pagar impostos a Cé sar, de se
proclamar rei e de incitar o povo à rebeliã o .
Pilatos nã o acreditou neles; tentou escapar da condenaçã o de Jesus,
enviando-o a Herodes Antipas, governador da Galilé ia, que por acaso
estava em Jerusalé m; e, quando esse expediente falhou, junto com todas
as medidas persuasivas para apaziguar os judeus, entregou-O a eles
para ser cruci icado.
Antes de fazer isso, poré m, ele lavou as mã os na presença deles,
declarando-se "inocente do sangue deste justo". Num frenesi de triunfo,
a turba, incitada pelos sacerdotes judeus, gritou: "O seu sangue caia
sobre nó s e sobre nossos ilhos."
Entã o, eles izeram Jesus carregar Sua pró pria cruz até o Calvá rio.
MORTE NO CALVÁRIO
Pregado na cruz, Jesus suportou por trê s horas as torturas
ignominiosas e agonizantes da cruci icaçã o, com um cartaz sobre a
cabeça, para a morti icaçã o dos judeus, mas na qual Pilatos insistiu,
proclamando-o como “Jesus de Nazaré , o Rei dos Judeus . ”
Sete de suas declaraçõ es na cruz foram preservadas para nó s. Ele
orou pelo perdã o de Seus perseguidores; prometeu o paraı́so ao ladrã o
arrependido que, junto com outro criminoso, foi cruci icado ao lado
dele; con iou Sua Mã e aos cuidados de Sã o Joã o; expressou Sua pró pria
angú stia mental e corporal no grito: “Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?” e nas palavras: “Tenho sede”; e entã o, depois de
declarar que tudo havia sido "realizado", Sua declaraçã o inal, forte e
con iante: "Pai, em Tuas mã os entrego Meu espı́rito."
Entã o, à s 3 da tarde, naquela sexta-feira à tarde, Jesus morreu.
A pró pria natureza pagou o tributo que Seu pró prio povo recusou. O
sol escureceu, enquanto a terra tremia, rasgando o Vé u do Templo e
abrindo as tumbas. Os judeus icaram apavorados e fugiram, batendo
no peito. Até o centuriã o romano exclamou: “Certamente este homem
era o Filho de Deus”.
Os sumos sacerdotes nã o icavam menos apavorados com essas
coisas do que os outros, mas estavam obcecados por outro e maior
medo. Jesus disse que ressuscitaria no terceiro dia. Eles nã o
acreditaram que fosse possı́vel; mas eles estavam determinados a
tomar precauçõ es contra qualquer remoçã o de Seu corpo por Seus
discı́pulos, com a subsequente alegaçã o de que a profecia havia se
cumprido.
Ao pô r do sol, o sá bado começaria. Eles devem fazer tudo até
entã o. A seu pedido, os soldados romanos apressaram a morte dos dois
ladrõ es quebrando suas pernas; mas quando eles foram até Jesus, eles
O encontraram já morto. Ainda assim, para ter certeza, um soldado
en iou uma lança em Seu lado. Os corpos foram retirados, e Pilatos
concedeu permissã o a José de Arimaté ia para dar um sepultamento
honroso ao de Jesus. Uma concessã o que ele fez aos sacerdotes
judeus. Eles poderiam selar a pedra na entrada da abó bada e fazer com
que os guardas romanos permanecessem de guarda até depois do
terceiro dia, evitando qualquer interferê ncia nela.
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A TAN Books foi fundada em 1967, em resposta ao rá pido declı́nio da fé
e da moral na sociedade e na Igreja. Desde a sua fundaçã o, a TAN Books
tem se comprometido com a preservaçã o e promoçã o das tradiçõ es
espirituais, teoló gicas e litú rgicas da Igreja Cató lica. Em 2008, a TAN
Books foi adquirida pela Saint Benedict Press. Desde entã o, a TAN
experimentou um crescimento e diversi icaçã o positivos ao cumprir sua
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