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Retreinamento da respiração
O paciente pode ser instruído a respirar rapida e profundamente por um curto espaço
de tempo (máximo de um minuto e meio) para reproduzir a respiração na vivência de
um ataque de pânico. O próximo passo é pedir ao paciente para tentar respirar
lentamente até recobrar o controle normal sobre sua respiração.
É útil amenizar os temores catastróficos em relação a resultados possíveis, explicando
o que acontece fisiologicamente quando uma pessoa hiperventila.
Os terapeutas podem ajudar os pacientes a aprenderem a controlar sua respiração por
meio do ensino de métodos para desacelerar a respiração, como contar as inalações e
exalações, usar o ponteiro de um relógio para cronometrar as respirações e evocar
imagens mentais positivas para abrandar pensamentos ansiosos.
Exposição
Para combater o ciclo de reforço causado pela evitação, o paciente é auxiliado a
confrontar situações estressantes enquanto aplica os métodos de reestruturação
cognitiva e de relaxamento.
O desenvolvimento de uma hierarquia de estímulos temidos que é, então, usada para
organizar o protocolo de exposição gradual para superar a ansiedade em um passo de
cada vez.
Exposição no imaginário
Alguns dos pontos importantes a se ter em mente ao utilizar a exposição no imaginário
são os seguintes:
1. formular gatilhos ambientais para criar imagens vívidas dos estímulos temidos;
2. utilizar reestruturação cognitiva, relaxamento, parada de pensamentos ou outros
métodos da TCC para diminuir a ansiedade e dissipar a imagem negativa;
3. apresentar as imagens de maneira hierárquica, pedindo ao paciente para assumir a
liderança na escolha dos alvos específicos;
4. orientar o paciente nos modos de lidar com a ansiedade;
5. repetir a exposição no imaginário até que a ansiedade tenha se extinguido.
Exposição In Vivo
O terapeuta pode ou não participar dessa abordagem, vantagens:
1. modelar técnicas eficazes de controle da ansiedade;
2. encorajar o paciente a confrontar seus medos;
3. fornecer psicoeducação de maneira oportuna;
4. modificar cognições catastróficas;
5. dar feedback construtivo.
O paciente deve avaliar seu grau de ansiedade antes e depois do exercício de
exposição e manter um registro da quantidade de redução de ansiedade alcançada.
Cada experimento subseqüente deve ter como objetivo reduzir um pouco mais a
ansiedade, até que a situação não evoque mais o medo. Para agregar valor a essa
intervenção, peça ao paciente para fazer uma previsão do grau de ameaça que a
exposição terá e até que ponto ele acha que conseguirá lidar bem com ela. Estruture a
exposição como um experimento para testar essas previsões.
Peça-lhe para comparar suas previsões com o resultado real. Se a situação tiver sido
menos ameaçadora e melhor controlada do que o previsto, pergunte-lhe o que acha
que isso significa em relação a esforços futuros para enfrentar sua ansiedade. Se o
paciente achar que a situação foi mais difícil do que o previsto ou que lidou com ela
pior do que esperava, torne a próxima etapa mais fácil de realizar ou revise os
métodos utilizados para controlar o medo. Se o mais difícil foi aplicar as estratégias de
enfrentamento, pratique-as na sessão.
Prevenção de Resposta
Recompensas
Os pacientes também podem recompensar a si mesmos por suas realizações no
combate ao medo. As recompensas podem ser qualquer coisa que os pacientes achem
prazeroso ou positivo. O tamanho da recompensa deve estar de acordo com o
tamanho da realização.
Recompensas menores, como comidas (p. ex., tomar o sorvete preferido), podem ser
empregadas para etapas iniciais ou intermediárias de enfrentar o medo. Recompensas
maiores (p. ex., comprar algo especial, fazer uma viagem) podem ser planejadas por
vencer obstáculos mais difíceis.
RESUMINDO ...
É utilizado um processo de quatro etapas como modelo geral para intervenções
comportamentais para transtornos de ansiedade:
1. avaliação dos sintomas, dos desencadeadores da ansiedade e dos métodos de
enfrentamento;
2. identificação e priorização de alvos para a terapia;
3. treinamento de habilidades básicas para controle da ansiedade;
4. exposição aos estímulos estressores, até que a resposta de medo seja
significativamente reduzida ou eliminada.
Esses métodos são praticados primeiro nas sessões de terapia e depois são aplicados
como tarefas de casa para extrapolar os ganhos do tratamento para a vida diária do
paciente.