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IFSC / Funções de 1º e 2º Grau Prof.

Júlio César TOMIO

ESTUDO DAS FUNÇÕES ELEMENTARES [Parte 1]

Função Polinomial do 1º Grau [ou Função Linear]

Introdução e Conceitos Básicos

Vamos analisar os casos considerados abaixo:

[Caso 1] Certo encanador cobra pelo seu serviço da seguinte forma:


 Um valor fixo de R$ 50,00 [valor inicial] mais uma taxa de R$ 10,00 por hora trabalhada.

Assim, fazendo uma simulação de alguns trabalhos para termos uma noção melhor de valores, temos:

Valor cobrado por um encanador Valor Cobrado Parte Variável Parte Fixa [valor inicial]
em função do tempo de serviço

Tempo de Serviço “x” [h] Valor Cobrado “V” [R$]


0 50 → 50 = 10.(0) + 50
1 60 → 60 = 10.(1) + 50
2 70 → 70 = 10.(2) + 50
3 80 → 80 = 10.(3) + 50
4 90 → 90 = 10.(4) + 50

Observe na tabela acima que para cada tempo de serviço realizado temos um acréscimo de R$ 10 [no valor inicial] para cada
hora trabalhada. Dizemos assim que a função em questão tem uma taxa de variação constante de 10 reais/hora.
Observamos ainda que o valor “V”, cobrado pelo serviço, aumenta quando o número de horas trabalhadas “x” aumenta.
Para este comportamento, dizemos que V(x) é uma função crescente.

Portanto a função pode ser assim definida: V = 50 + 10x ou ainda V(x) = 10x + 50

[Caso 2] Um recipiente com água, à temperatura de 15ºC é levado a uma câmara frigorífica [controlada] e observa-se que,
a cada 1 minuto, a temperatura diminui 2ºC. De acordo com os dados, forneça a lei (fórmula) que representa a variação de
temperatura em função do tempo.
Variável Variável
Resolução: Tempo inicial [t0] : 0 min Temperatura inicial [T0] : 15ºC Dependente Independente

Tempo [min] Temperatura [ºC]


0 15 → 15 = 15 – 2.(0)
1 13 → 13 = 15 – 2.(1)
2 11 → 11 = 15 – 2.(2)
3 09 → 09 = 15 – 2.(3)

Perceba que cada temperatura da tabela acima é dada pela temperatura inicial menos um decréscimo de 2ºC por minuto.
Assim, podemos dizer que a taxa de variação da temperatura pelo tempo é constante e equivale a –2ºC/min. [O sinal
negativo na taxa indica que a temperatura “T” diminui quando o tempo “t” aumenta]. Desta forma, como a temperatura
decresce com o passar do tempo, dizemos que a temperatura é uma função decrescente do tempo. Por tudo isso,
concluímos que a lei que relaciona o aumento de temperatura em função do tempo é:

T(t) = 15 – 2t , sendo esta, a solução do problema em questão.

Observação:
As funções apresentadas nos casos acima são funções que têm taxa constante de crescimento ou decrescimento. Uma
função é dita do 1º grau (ou linear) se sua taxa de variação é a mesma em toda parte ou momento. O fato de a taxa
de variação ser constante faz com que a representação gráfica destas funções seja uma RETA*, com uma inclinação
única, que depende diretamente da taxa de variação.

Comentário:
Quando se conhece a função (fórmula matemática) de um determinado fenômeno, torna-se possível compreendê-lo melhor
e mais precisamente; construindo uma representação gráfica (caso não se tenha), fazendo estimativas futuras (dependendo
da situação) e entendendo a relação existente entre as variáveis envolvidas, como a taxa de variação, entre outras
informações.

[*] Dependendo do domínio da função do 1º grau, graficamente podemos ter: uma reta, um segmento de reta, uma semirreta, ou ainda,
um conjunto “discreto” [finito ou infinito] de pontos alinhados.

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Formalização dos Conceitos

Uma função cuja lei de associação é do tipo f(x) = mx + n [ou y = mx + n] com m  ℝ* e n  ℝ é chamada de
função polinomial do 1º grau, sendo “m” o coeficiente angular e “n” o coeficiente linear da reta que representa esta
função graficamente no sistema cartesiano ortogonal.

Veja os exemplos:
m = 2 m = −7
• f ( x) = 2 x − 5  • g ( x ) = −7 x 
n = −5 n = 0
m = − 1 
x  m = 5 − 4
• h( x ) = 14 −  3 • L ( x ) = ( 5 − 4 ) x + (3 + 2) 
3
n = 14 
n = 3 + 2

m = 1 m = 8
8 x + 12 
• y=x  • P( x) =  3
n = 0 3
n = 4

m = 1
m = 1 3  2
• T ( x ) = −1 + x  • x − 2y − = 0 
n = −1 4
n = − 3
 8

Geometricamente, a função polinomial do 1º grau é representada por uma linha reta oblíqua aos eixos coordenados,
cortando o eixo das ordenadas no ponto (0 , n).
Veja:

Se m > 0  f(x) é crescente Se m < 0  f(x) é decrescente

y y
f(x) f(x)

n n

f(x) = mx + n
x’ 0 x 0 x’ x

Raiz ou zero Raiz ou zero


da função da função

coeficiente angular coeficiente linear

ou ou

taxa de variação intercepto “y”


[constante]

Observações:

• O valor da abscissa onde o gráfico corta o eixo “x” denomina-se raiz ou zero da função e indicaremos por x’. A raiz da
função pode ser determinada algebricamente fazendo f(x) = 0. Observe que o ponto de encontro da reta com o eixo das
abscissas tem a forma (x’, 0) e por isso podemos chamar também a raiz x’ de “intercepto x”.

• O valor de n na função, denominado coeficiente linear, também é a ordenada do ponto (0 , n) onde o gráfico corta o
eixo “y” e por isso também podemos chamá-lo de “intercepto y”.

Veja: Substituindo x = 0 em f(x) = mx + n temos: f(0) = m(0) + n

f(0) = 0 + n  f(0) = n  (0,n)

• O gráfico de uma função polinomial do primeiro grau também pode ser representado por “variações” da reta, ou seja, por
uma semirreta, por um segmento de reta ou ainda por um conjunto finito [ou infinito] de pontos colineares. Essas
configurações gráficas dependerão do domínio associado à referida função, como já estudado anteriormente.

• Nos dois casos gráficos genéricos apresentados acima, temos que: D = ℝ e Im = ℝ.

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Exemplos:

1) Uma barra de aço que se encontrava inicialmente a 30ºC foi resfriada [num ambiente “controlado”] durante 7 minutos. A
função que descreve esse fenômeno linear é: f(x) = – 6x + 30. Abaixo, temos a sua representação gráfica, mostrando a
variação da temperatura da barra em função do tempo, durante o resfriamento.

Temperatura (ºC) Pergunta-se:


a) A cada minuto decorrido, quanto varia a temperatura da barra? (trata-se
da taxa de variação)

30 b) Depois de quanto tempo após o início do resfriamento, a temperatura da


barra atingiu 0º C?
c) Qual o domínio e o conjunto imagem de tal situação?

0 7

tempo (min)
–12

Resposta (c): Analisando o gráfico acima, podemos escrever:


D = { x  ℝ | 0  x  7 } e Im = { y  ℝ | –12  y  30 }

Note que a função do problema em questão é decrescente.


(observe que a taxa de variação [m] é negativa)

[O exemplo acima foi adaptado do livro: PAIVA, Manoel Rodrigues. Matemática: conceitos, linguagem e aplicações. v.1. 1.ed. São Paulo: Moderna, 2002]

2) Faça um “esboço” [representação simplificada] do gráfico das funções f : ℝ → ℝ, definidas por:

a) f(x) = 2x b) f(x) = 3x c) f(x) = 4x

y y y

x x x

d) f(x) = –2x e) f(x) = –2x + 3 f) f(x) = –2x – 3

y y y

x x x

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g) f(x) = x – 1 h) f(x) = 2x – 3 i) f(x) = 3x + 4

y y y

x x x

3) Construa o gráfico das funções f : D → ℝ, definidas por:

a) f(x) = 2x com D = ℝ
y

b) f(x) = 2x + 1 com D = ℝ

c) f(x) = –3x + 4 com D = ℝ [apresentando os interceptos “x” e “y”]

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d) f(x) = 3x + 6 com D = ℝ [apresentando os interceptos]

e) f(x) = 3x – 6 com D = ℝ [apresentando os interceptos]

f) f(x) = –2x – 6 com D = [ –1 , 2 [


y

–1 2
x f(x)
x
–1 –4

 
–4
2 –10

–10

Neste caso temos que: Im = ] –10 , – 4 ]

g) f(x) = –2x – 6 com D = [ –1 , +  [


y

–1 2
x f(x)
x
–1 –4

  –4
2 –10
 
–10

Neste caso temos que: Im = ] –  , – 4 ]

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h) f(x) = x com D = { –2 , 0 , 1 , 3 } y

x f(x) 3
–2 –2
0 0 1
1 1 –2
3 3 0 1 3 x

–2
Neste caso temos que: Im = { –2 , 0 , 1 , 3 }

Nota: A função f(x) = x é conhecida como Função Identidade.


Além disso, ela representa a “bissetriz dos quadrantes ímpares” do plano cartesiano ortogonal, quando D = ℝ.

Observações:

• As funções do 1º grau do tipo f(x) = mx + n são chamadas de funções afins. [m  0 e n  0]

• As funções do 1º grau do tipo f(x) = mx são chamadas de funções lineares. [m  0 e n = 0]

• Vale relembrar que, numa função f(x) = mx + n,


→ O coeficiente angular da reta “m” pode ser chamado de declividade da reta, ou ainda, de taxa de variação.
→ O coeficiente linear da reta “n” pode ser chamado de intercepto y.
→ A raiz (ou zero) da função também pode ser chamada de intercepto x.

Determinação da função do 1º grau a partir do seu gráfico

Inicialmente vamos relembrar algumas relações associadas ao coeficiente angular da reta.

Calculando o coeficiente angular “m” através do gráfico:

• Conhecendo o ângulo  [inclinação] formado entre a reta “r” e o eixo “x” [no sentido anti-horário], usa-se: m = tg 

ou
y yB − y A
• Conhecendo dois pontos A(xA , yA) e B(xB , yB) pertencentes à reta “r”, usa-se: m = tg  =  m=
x xB − x A
y

B
yB

y
A 
yA


x Observações:
x’ 0 xA xB
• Variação da inclinação da reta de uma função
r Raiz ou zero do 1º grau: 0    180 com   90º .
da função x
• Se  = 0  m = 0 tem-se neste caso uma
“função constante” [reta paralela ao eixo “x”].

Considerações Importantes:

Para escrevermos uma função do 1º grau [fórmula matemática] é necessário conhecer basicamente:
• dois pontos quaisquer da reta “r”, ou
• um ponto da reta “r” e o seu coeficiente angular (m), ou
• os coeficientes angular (m) e linear (n) da reta “r”.

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De forma mais detalhada, temos:

• Para determinarmos uma função do 1º grau, conhecendo dois pontos A(xA , yA) e B(xB , yB) pertencentes à reta que a
representa graficamente, podemos utilizar dois métodos:

# Substituir as coordenadas dos pontos A e B sucessivamente na expressão y = mx + n e encontrar os valores de “m” e “n”
resolvendo o sistema de equações assim gerado.

x y 1
# Substituir as coordenadas dos pontos A e B em xA yA 1 = 0 . Resolvendo esse determinante, teremos a função procurada.
xB yB 1

• Para determinarmos uma função do 1º grau, conhecendo um ponto P(xP , yP) e o coeficiente angular “m” da reta que a
representa graficamente, podemos utilizar:

y − y P = m( x − x P ) → Daí, substituindo as coordenadas de P e o valor de “m”, teremos então a função procurada.

• Para determinarmos uma função do 1º grau, conhecendo o coeficiente angular “m” e o coeficiente linear “n” da reta que
a representa graficamente, podemos simplesmente utilizar:
y = mx + n → Daí, substituindo os valores de “m” e “n” nessa expressão, teremos então a função procurada.

Posições relativas entre duas retas

Considerando duas funções representadas graficamente pelas retas r: y = mr x + nr e s: y = ms x + ns tem-se:

Retas Paralelas: Se r // s  mr = m s

Retas Concorrentes: Se rs  mr  m s

⊥ Observação: Retas Perpendiculares [Um Caso Particular de Retas Concorrentes]


1
Se r⊥s  mr = − ou ainda mr  m s = −1
ms

Exemplos:

1) Determine a função geradora do gráfico abaixo:

1
–2
0 3 x

–9

Notas:
Analisando o gráfico acima, podemos escrever: D = ℝ e Im = ℝ

A função do 1º grau em questão pode ser classificada como crescente (observe que a taxa de variação [m] é positiva).

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2) O valor de uma máquina hoje é de US$ 10.000,00 e estima-se que daqui a 6 anos seja US$ 1.000,00. Pergunta-se:
a) Qual a função (fórmula matemática) que representa o fenômeno em questão, sabendo que a desvalorização é linear?
b) Qual a taxa de depreciação (variação do valor “y” em relação ao tempo “x”) da referida máquina?
c) Qual o valor da máquina após 4 anos?
d) Qual o Domínio e o conjunto Imagem desta situação?

Valor y (US$)

10.000

1.000

0 6 tempo x (anos)

D={xℝ|0x6}
Resposta (d):
Im = { y  ℝ | 1.000  y  10.000 }

Observação:

A função do 1º grau em questão pode ser classificada como decrescente (observe que a taxa de variação [m] é negativa).

3) Sabe-se que uma reta, no sistema de coordenadas cartesianas, passa pelo ponto P (− 3 , 4 ) e tem inclinação de 150º.

a) Construa o gráfico desta função.


b) Determine o coeficiente angular da função.
c) Escreva a função [fórmula matemática] em questão.
d) Determine a raiz da função [intercepto “x”].

a) y

x
0

Nota:
n
• A raiz [ou zero] de uma função do 1º grau da forma y = mx + n também pode ser encontrada através da relação: x = − .
m

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4) Certo encanador A cobra por serviço feito um valor fixo de R$ 60,00 mais R$ 10,00 por hora de trabalho. Um outro
encanador B cobra um valor fixo de R$ 40,00 mais R$ 15,00 por hora de trabalho.
a) Construa o gráfico das duas funções (valor cobrado “y” em função do tempo “x”) num mesmo plano cartesiano.
b) Considerando o menor custo para a realização de um trabalho, analise as vantagens na contratação do serviço dos encanadores.

y (R$)

0 x (horas)

5) Sabendo que reta “r” passa pelo ponto P(2, –8) e é paralela à reta “s”, que tem equação s: 6x + 2y = 18, determine a
função que representa a reta “r”.
y

0 2
x

–8 P
s

[Lista 02A] EXERCÍCIOS – Função Polinomial do 1º grau

1) Construa, no sistema cartesiano ortogonal, os gráficos das funções dadas por:

1
a) y = − x + f) g ( x ) = −1 − x
2
x
b) f ( x ) = −2 x + 5 g) y = −
4
c) − x + 2 y + 3 = 0 h) y = −3 x com D = [ –2, +  [

9
d) F = C + 32 i) h ( x ) = 2 x + 2 com D = [ –1, 2 [
5
e) f ( x ) = x + 3 j) y = −1 + 3 x com D = { x  ℝ | x  0 }

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2) Construa, num mesmo sistema cartesiano ortogonal, os gráficos das funções dadas por f(x) = x e g(x) = – x.

3) Construa, num mesmo plano cartesiano, os gráficos de f ( x ) = x , g ( x ) = 2 x , h ( x ) = 3 x e j ( x) = 1 x considerando


2
para todos D = [–2 , 2] e ao final, observe o comportamento da posição das retas.

4) Construa, num mesmo plano, os gráficos das funções dadas por: f ( x ) = x , g ( x ) = x + 1 , h ( x ) = x + 2 e j ( x) = x − 1


considerando para todas D = ℝ e ao final, observe o comportamento da posição das retas.

5) Duas operadoras de telefonia celular apresentam planos similares para seus usuários. O plano da operadora “V” tem uma
mensalidade no valor de R$ 25,00 e uma tarifa de R$ 0,70 por minuto em ligações locais. O plano da operadora “T” tem
custo de R$ 0,50 por minuto para ligações locais e uma mensalidade no valor de R$ 30,00. Utilizando seus conhecimentos
sobre função polinomial do 1º grau e considerando somente ligações locais, conclui-se que:
a) O plano da operadora T é melhor, independentemente do tempo de uso do telefone em um mês;
b) O plano da operadora V é mais vantajoso somente para um uso mensal maior que 25 min;
c) Para um uso mensal acima de 25 min, os dois planos têm um mesmo custo;
d) O plano da operadora V é mais vantajoso somente para um uso mensal menor que 25 min
e) Se nenhuma ligação for realizada no período de um mês, o plano da operadora T tem custo mensal inferior ao plano da operadora V.

6) Determine a função geradora de cada um dos gráficos a seguir.

a) y b) y c) y d) y e) y

4● 6 ● 45º
30º
2 ●
● 1
2 0
● ● ● ●
–2 0 3 x 0 x 2 x 0 3 x –2 0 x

7) [GIOVANNI] Determine o valor de p de modo que o gráfico da função f(x) = 3x + p – 2 intercepte o eixo y no ponto de
ordenada 4.

8) Determine as funções do 1º grau que atendem as condições dadas:

a) Tem coeficiente angular igual a –2 e intercepto y igual a 4.

b) A reta é paralela à reta y = 4x – 2 e o seu intercepto y é 7.

c) A reta é paralela à reta 3x + 2y = 5 e passa pelo ponto (–1, 2).

⊥ d) A reta é perpendicular à y = 5x + 9 e o seu intercepto y é 6.

⊥ e) A reta é perpendicular à x – 4y = 7 e passa por (3 ,– 4).

f) A reta passa pelos pontos (2, 4) e (1, –7).

g) A reta passa por A(–3, 6) e por B(–2, 1). Observações:

• Note que a reta em “j” NÃO é uma


h) O intercepto y é 2 e o intercepto x é – 4. função.

i) A reta tem coeficiente angular 2 e a raiz da função é 3. • A reta em “k” é uma função que
chamamos de CONSTANTE.
j) A reta é paralela ao eixo y, passando pelo ponto (–2, –3).

k) A reta é perpendicular ao eixo y e passa pelo ponto (– 4, 1).

9) [GIOVANNI] Determine “m” de modo que o gráfico da função g(x) = –2x + 4m + 5 intercepte o eixo x no ponto de
abscissa 3.

10) [GIOVANNI] Sabendo que a função y = mx + n admite 3 como raiz e f(1) = – 8, calcule os valores de m e n.

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11) Dada as equações r: 2x – y – 1 = 0 e s: x – y = 2 , determine:


a) O ponto de intersecção das retas r e s;
b) Os pontos de encontro das retas com os eixos coordenados.
y
P
12) [GIOVANNI] Dadas as funções f(x) = ax + 4 e g(x) = bx + 1,
calcule os valores de “a” e “b” de modo que os gráficos dessas
2
funções se interceptem no ponto (1 , 6).
–4 1
2 x
13) Observando o gráfico ao lado, determine as equações das –2
f
retas (funções); as coordenadas do ponto P e os zeros das funções.

g
14) [GIOVANNI] Considerando as funções f(x) = 8 – x e g(x) = 3x, determine:
a) as raízes das funções “f” e “g” dadas;
b) as coordenadas do ponto P, que representa a interseção das retas em questão;
c) qual a classificação [crescente ou decrescente] para cada uma das funções.

Custo (R$)
15) O custo C(x) de produção de “x” litros de certa
substância é dado por uma função linear, cujo gráfico está
representado ao lado. Nestas condições, pergunta-se: 520
a) O custo de R$ 700,00 corresponde à produção de quantos 400
litros?
b) Qual a taxa de variação do custo em função da produção?
0 8 x (Litros)

16) O gráfico ao lado apresenta uma situação de


frenagem, onde a velocidade do veículo varia em função
v (m/s)
do tempo. Sendo assim, responda:
a) Qual a taxa de variação da velocidade em função do tempo? 20
b) Qual a velocidade do veículo no instante 3s?
c) O que acontece com o veículo após 5s de frenagem?
d) Qual o Domínio e o Conjunto Imagem do problema?

Nota: Para se ter uma melhor noção da velocidade (neste caso),


podemos convertê-la de m/s para km/h, que é a unidade mais
utilizada em nosso cotidiano. Para isto, basta multiplicar o valor 0 5 t (s)
da velocidade em m/s por 3,6 que teremos o resultado em km/h.

RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS

1a) 1b) 1c) 1d) 1e)


y y y F y

5● ● 32 ●
3
1/2 ●
1/2 5/2 0 3 –160/9
● ● ● ● ●
0 x 0 x x 0 C –3 0 x
–3/2 ●

1f) 1g) 1h) 1i) 1j) y

y y y y
6 –1 0
6
x
–1
2●
0 0 4 0
● ● ●
–1 x –1 ● x –2 x –1 2 x ● –4
● –1

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y f(x) y y
2) 3) 4)
3 ● 6 h h
2● g
f
45º 45º j
3 4 g 1● ●
x
–2 –1
● ● ● ●
2 f 1 x
–3 ●
g(x) 1 j ● –1
–2
2 x
5) j –1
R$
V f –2

42,50 ● T Observação [exercício 4]:


g –4
30,00 V(x) = 0,7x + 25 As retas f, g, h e j são paralelas, pois
têm o mesmo coeficiente angular.
25,00 T(x) = 0,5x + 30

Resposta: “d” h –6
0 25 min

2x 4 3x
6a) y = + 6b) y = –2x + 4 6c) y = 3x 6d) y = − + 3 → utilizando valores tabelados 6e) y = x + 3
5 5 3

3x 1 x
7) p = 6 8a) f(x) = –2x + 4 8b) f(x) = 4x + 7 8c) f(x) = − + 8d) f(x) = − + 6 8e) f(x) = – 4x + 8
2 2 5

x
8f) f(x) =11x – 18 8g) f(x) = – 5x – 9 8h) f(x) = + 2 8i) f(x) = 2x – 6 8j) x = – 2 [não é função, é apenas uma relação]
2

8k) f(x) = 1 [É uma função constante que pode ser considerada função do 1º grau] 9) m = ¼ 10) m = 4 e n = –12

11a) r  s = (–1, –3) 11b) r  eixo x = (1/2, 0) e r  eixo y = (0, –1) 12) a = 2 e b = 5
s  eixo x = (2 , 0) e s  eixo y = (0, –2)

1 3x 4
13) f(x) = x+2 e g(x) = −2 / P(4 , 4) / raiz de f(x): x = – 4, raiz de g(x): x =
2 2 3

14a) raiz de f(x): x = 8, raiz de g(x): x = 0 14b) P(2 , 6) 14c) f(x) é decrescente e g(x) é crescente.

15a) 20 litros 15b) +15 reais/Litro (que é o coeficiente angular da função) 16a) – 4 m/s2 (que é o coef. angular) 16b) 8 m/s

16c) Sua velocidade torna-se “zero”, ou seja, o veículo para. 16d) D = { t  ℝ | 0  t  5 } e Im = { v  ℝ | 0  v  20 }

Não corrigir nossas faltas é o mesmo que cometer novos erros. [Confúcio]

Função Constante

A função constante é um caso particular da função de 1º grau.

Vamos analisar os casos considerados abaixo:


v (km/h)
[Caso 1] Em diversas áreas do conhecimento humano, podemos
representar vários fenômenos graficamente. Na Física, temos como exemplo
o movimento uniforme (MU) que é o movimento caracterizado por manter
um móvel sempre com a mesma velocidade, ou seja, constante. No gráfico 30
(v x t) ao lado, temos a representação de um veículo em MU, num intervalo
de 5h e a uma velocidade constante de 30 km/h.
t (h)
Pode-se escrever então a função: v(t) = 30 ou f(x) = 30.
0 5
Matematicamente se tem: D = [0 , 5] e Im = { 30 }.

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[Caso 2] Em um determinado ano, uma empresa em expansão contratou 100 funcionários em março e 100 em outubro.
Em janeiro deste mesmo ano o número de funcionários era 200. Matematicamente, podemos equacionar esta situação como
sendo uma função f : D → ℕ com D = {meses do ano} definida por:

 200, se x  { janeiro , fevereiro }



f(x) =  300, se x  { março , abril , maio , junho , julho , agosto , setembro }
 400,
 se x  { outubro , novembro , dezembro }

Foi solicitada pelo setor de recursos humanos desta firma uma representação visual, de modo a relacionar os meses do ano
com o número de funcionários empregados (meses X funcionários).
Assim temos: Número de
Funcionários

400

300

200

J F M A M J J A S O N D Meses do ano (20XX)

[Caso 3] Vamos considerar que uma Litorina [Automotriz] fará


uma pequena viagem partindo de uma estação A até uma
estação B. Veja abaixo, a representação gráfica da velocidade
pelo tempo de viagem.

v (km/h)

55

A B

0 10 50 65 t (min)
No esquema ao lado, podemos trocar a palavra
velocidade por função, e assim identificamos as
três partes da função que compõem o gráfico:
Velocidade Constante
Para: 0  t  10 → a função é crescente
  Para: 10  t  50 → a função é constante
Velocidade Crescente Velocidade Decrescente Para: 50  t  65 → a função é decrescente

Apenas para complementar, no caso acima temos: D = { t  ℝ | 0  t  65 } e Im = { v  ℝ | 0  v  55 }

Agora observe: y
g(x) = 2x + 3 [ com m > 0 ]

3 f(x) = 0x + 3 [ com m = 0 ] e simplesmente escrevemos: f(x) = 3

0 x

h(x) = –2x + 3 [ com m < 0 ]

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Formalizando, temos:

Uma função f : ℝ → ℝ cuja lei de associação é do tipo f(x) = n , com n  ℝ é chamada de função constante, pois para
qualquer valor atribuído à variável “x”, sua imagem será sempre a mesma, de valor “n”. Podemos acrescentar ainda, que se
trata de uma função que não é crescente, nem decrescente, mas sim constante, pois o valor da função f(x) não cresce nem
decresce, permanecendo o mesmo, ou seja, sem variar [constante]. Lembre-se que: y = f(x).
Graficamente, tem-se uma reta paralela ao eixo das abscissas, cortando o eixo das ordenadas no ponto (0 , n).

Se n > 0: Se n = 0: Se n < 0:
y y y

0 x 0 x 0 x

Observações:
Se n = 0, a reta é coincidente com o eixo das abscissas (x), tem-se então que a lei fica sendo f(x) = 0 ou mesmo y = 0.
Vale reforçar que nos casos acima, tem-se que D = ℝ e o conjunto Imagem sempre será do tipo: Im = { n }.

Exemplos:
1) Construa o gráfico da função f(x) = 6 e determine o seu conjunto imagem. y

x f(x) f(x) = 0x + 6
 
–3 6 → f(–3) = 0(–3) + 6 = 0 + 6 = 6
  Desnecessário fazer!
0 6 → f(0) = 0(0) + 6 = 0 + 6 = 6 Apenas por motivos didáticos!

  x
2 6 → f(2) = 0(2) + 6 = 0 + 6 = 6
  Im = { 6 }

2) Represente graficamente as funções de Domínio Real, indicadas a seguir.

y y y

0 x 0 x 0 x

g(x) = 14 h(x) = –5 y = 7,2

3) Faça o gráfico de g(x) = – 3 com D = ] –1 , 5 ] e escreva o seu conjunto imagem. y

Calcule:
x
• g(0) =
• g(5) =

• g(–1) = Im = { –3 }

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 3x + 1 , se x  1 y
4) Construa o gráfico da função: f(x) = 
 − 2 , se x  1

Calcule:
x
• f(1) =

• f(5) =

• f(–3) =

Note que: D=ℝ e Im = { y  ℝ | y = – 2 ou y  4}

5) Uma linha de elevadores de carga é construída conforme as seguintes especificações técnicas:

• Quando o elevador tiver capacidade de carga (x) menor ou igual a 1000 kg, será utilizado um conjunto de cabos de aço
de 20 mm de diâmetro para a sua sustentação.

• Quando o elevador tiver capacidade de carga (x) maior que 1000 kg e menor que 3000 kg, será utilizado um conjunto
x
de cabos de aço com mm de diâmetro para a sua sustentação.
50

Assim, escreva a função D(x) que define o diâmetro dos D (mm)


cabos de aço em função da capacidade de carga “x” e
construa seu gráfico.

0 x (kg)

[O exemplo acima foi adaptado do livro: PAIVA, Manoel Rodrigues. Matemática: conceitos, linguagem e aplicações. v.1. 1.ed. São Paulo: Moderna, 2002]

[Lista 02B] EXERCÍCIOS – Função Constante

1) Construa os gráficos das funções dadas por:

a) f(x) = 4 e) y = 0 com D={x ℝ|–4<x 3}


40
b) g(x) = − com D = ℝ+ f) h(x) = 51
3
c) y =  com D=ℝ g) y = – 7 com D={xℝ|x<6}

d) y = – 3 com D = [–5 , 2 [

2) Determine o conjunto imagem para cada uma das funções do exercício anterior.

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3) [GIOVANNI] Em uma cidade, o departamento de água da prefeitura decidiu fazer uma experiência e passou a cobrar as
contas de água dos consumidores com preços fixos para intervalos de consumo. Assim, por exemplo, para qualquer consumo
inferior a 20m3, a conta será de R$ 18,50. Abaixo, você pode ver a lei de formação utilizada para determinar o valor “V” da
conta, em reais, em função do consumo “c”, em metros cúbicos.

 18,50 se 0  c  20

V(c) =  47,50 se 20  c  50 Obs.: O consumo é medido mensalmente.
 59,00
 se c  50

a) Construa o gráfico no plano cartesiano V x c (valor da conta por consumo) determinando o Domínio e o Conj. Imagem.
b) Quanto pagará um morador que consumir 20m3 de água em um mês? E se consumir 36,4m3 num mês?
c) Qual foi o consumo de uma casa cuja conta apresentou um valor de R$ 59,00?
d) Quanto pagou um morador que supostamente não consumiu nenhuma quantidade de água num mês?

4) [PUCCAMP / Adaptada] Ao lado, pode-se ver parte de um gráfico que R$


mostra o valor “y” a ser pago (em reais) pelo uso de um determinado
estacionamento por um período de “x” horas. Suponha que o padrão 6,5
observado no gráfico não se altere quando “x” cresce. Nestas condições,
pergunta-se: 5
a) Quanto deverá pagar uma pessoa, por utilizar o estacionamento durante
meia hora? E durante duas horas? 3,5
b) Quanto deverá pagar alguém que estacionar das 8h e 46min até às 11h
e 50min? 2
c) Quanto tempo ficou no estacionamento um carro se o proprietário pagou
R$ 8,00?
d) Quanto pagará um indivíduo que estacionar seu veículo das 22h de um
dia até às 8h e 30min do dia seguinte? 0 1 2 3 4 Horas

5) Construa, no sistema cartesiano ortogonal, os gráficos das funções dadas por:

x, se x  −2  2x, se x  0  10 , se x  0
a) f(x) =  b) g(x) =  c) y = 
− 2, se x  −2 − 1 , se x  0 − 10 , se x  0
 3 , se x  −2
 2x , se x  −1 
d) h(x) =  e) j(x) = 1 − x, se − 2  x  2
x + 3, se x  −1 − 4, se x  2

RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS

1a) y 1b) y 1c) y 1d) y

4

–5 0 2
0 x 0 x 0 x x

− 3
– 40/3

1e) y 1f) y 1g) y 2a) Im = { 4 }


2b) Im = { – 40/3 }
51 2c) Im = {  }

–4 3 2d) Im = { − 3 }
0 6
0 x 2e) Im = { 0 }
0 x x
2f) Im = { 51 }
–7
2g) Im = { –7 }

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3a) Valor conta (R$)


3a) D = { c ℝ| c  0} e
Im = { 18,50 ; 47,50 ; 59,00 }
59,00
3b) R$ 47,50 e R$ 47,50
47,50 3c) c  50 m3
3d) R$ 18,50

18,50 4a) R$ 2,00 e R$ 3,50


4b) R$ 6,50
4c) { x ℝ|4<x5}
0 20 50 Consumo (m3)
4d) R$ 17,00

5a) 5b) 5c)


y y
y

2
10
–3 –2 0

x 0 0

–2 1 x x
–1
–10
–3

5d) 5e) y
y

3
3
2
1
–2 1 2
–1 0 x –2 0 x
–1
–2

–4 –4

Para descontrair:

É costume de um tolo, quando erra, queixar-se dos outros. [Sócrates]

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Tópico Especial: Função do 1º Grau x Progressão Aritmética [PA]

Veja o comparativo:

f ( x ) = mx + n an = a1 + ( n − 1)  r

f ( x) = 2 x + 1 an = 1 + ( n − 1)  2

x=0 → f ( 0) = 2( 0) + 1 → f (0) = 1 n =1 → a1 = 1 + ( 1 − 1)  2 → a1 = 1
x =1 → f ( 1) = 2( 1) + 1 → f ( 1) = 3 n=2 → a2 = 1 + ( 2 − 1)  2 → a2 = 3
x=2 → f ( 2) = 2( 2) + 1 → f ( 2) = 5 n=3 → a3 = 1 + (3 − 1)  2 → a3 = 5
x=3 → f (3) = 2(3) + 1 → f (3) = 7 n=4 → a4 = 1 + ( 4 − 1)  2 → a4 = 7
x=4 → f ( 4) = 2( 4) + 1 → f ( 4) = 9 n=5 → a5 = 1 + (5 − 1)  2 → a5 = 9

Podemos observar que os valores obtidos são os mesmos [indicados pelas setas verdes]. A diferença está na defasagem dos
valores de x em relação aos valores de n , pois na PA o termo inicial é o “primeiro termo” [ n = 1 ].

Podemos dizer que uma Progressão Aritmética [PA] é uma Função do 1º Grau com Domínio Natural, ou seja, D = ℕ.

Graficamente, temos:

f ( x) = 2 x + 1 an = 1 + ( n − 1)  2

f(x) an

9 9

7 7

5 5

3 3

1 1

0 1 2 3 4 x 0 1 2 3 4 5 n

Observe que a Função do 1º Grau, além de contínua, pode apresentar valores negativos em seu Domínio, enquanto a
Progressão Aritmética sempre iniciará no “primeiro termo”.

Vale comentar ainda que quando quisermos usar o termo “linear” para indicar o crescimento [ou a variação] de uma
grandeza em determinado fenômeno, o termo “aritmético” é uma opção de sinônimo [apesar de não ser muito comum].

Veja os exemplos abaixo:

• ... a quantidade de peças fabricadas por mês está crescendo linearmente...

• ... a quantidade de peças fabricadas por mês está progredindo aritmeticamente...

O que não se busca de maneira correta não se encontra. [Pensamento retirado de um biscoito da sorte chinês]

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Função Polinomial do 2º Grau [Função Quadrática]


Introdução:

Veja a situação-problema abaixo:


Existem campeonatos de futebol onde cada clube joga 2 vezes com outro, em turno e returno. Assim, o número “P” de
partidas do campeonato é dado em função do número “x” de clubes participantes. Para efeito de planejamento da
competição, entre outros fatores, o número de partidas que serão realizadas é um dado muito importante. Desta forma,
quantos jogos teremos num campeonato deste tipo, com 24 clubes?

Variáveis envolvidas: Número de partidas → P Número de clubes → x

Por dedução, montamos a tabela: Através da análise da tabela, temos que: P = x(x – 1)
Número de clubes Número de partidas
Daí, podemos fazer: P = x2 – x ou P(x) = x2 – x
2 2(2 – 1) = 02
3 3(3 – 1) = 06 Então: P(x) = x2 – x
4 4(4 – 1) = 12
5 5(5 – 1) = 20 P(24) = (24)2 – 24

P(24) = 576 – 24  P(24) = 552


x x(x – 1) = P Logo, teremos 552 jogos numa competição desse formato.

Nota: Observe que a lei [fórmula matemática] que calcula a quantidade de jogos mediante o número de clubes
participantes é um polinômio de 2º grau, que chamaremos de Função Polinomial do 2º Grau ou Função Quadrática.

Definição:
Função Polinomial do 2º grau é toda função definida pela lei: f(x) = ax2 + bx + c , com a  ℝ*, b  ℝ e c  ℝ.
Exemplos:
2
• Na função f (x) = x − 4 x + 7 temos: a=1 , b=–4 e c = 7.
2
• Na função g( x ) = −2 x − 1 + 5x temos: a = –2 , b=5 e c = –1.
2
• Na função h( x ) = − x + 3 x temos: a = –1 , b=3 e c = 0.
2
• Na função P( x ) = x − 9 temos: a=1 , b=0 e c = –9.
2
• Na função y = x temos: a=1 , b=0 e c = 0.

 Graficamente a função quadrática, com D = ℝ, é representada por uma figura “aberta” e “infinita” denominada parábola.

A parábola pertence a uma família de figuras denominada CÔNICAS. Esta família é composta por figuras delineadas pela
intersecção de um cone [circular reto de duas folhas] por um plano que não passe pelo vértice, chamado de plano secante.
Fazem parte desta família, além da parábola, as figuras: Circunferência, Elipse e Hipérbole. Veja o esquema abaixo:

O fator que determina a diferença para se obter uma das seções cônicas é a inclinação com que o plano secciona o cone.

Nota: A função quadrática tem


inúmeras aplicações nas mais
variadas áreas do conhecimento
humano, tanto na sua forma
algébrica (fórmula matemática)
quanto na forma geométrica
(parábola).

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Curiosidade: A Excentricidade das Cônicas


Apenas como curiosidade, podemos dizer que, para algumas das cônicas [elipse e hipérbole], a excentricidade é um número
que mede o seu “achatamento”. Abaixo temos uma ilustração sobre a excentricidade como fator determinante do tipo de
cônica.

Como variam os valores de “f(x)” de uma Função Quadrática [a taxa de variação NÃO é constante]

Veja abaixo um (exemplo) comparativo com uma função do 1º grau:

g(x) = 2x + 1 f(x) = x2 + 1

x f(x)
x g(x)
–3 10

Decrescente
–2 –3
–2 5
–1 –1
–1 2
0 1
0 1
1 3 Crescente
1 2
2 5
2 5
3 7
3 10
4 17
• Taxa de Variação “Fixa”

Neste caso: m = 2
• Taxa de Variação “Muda” para cada alteração no valor de “x”.

Note que, para uma função quadrática com DOMÍNIO REAL, haverá um intervalo CRESCENTE e outro DECRESCENTE.

Particularidades:

• O gráfico de uma função de 2o grau é uma parábola com eixo de simetria paralelo ao eixo y.
• Se o coeficiente de x2 for positivo [a > 0], a parábola tem a concavidade voltada para cima.
• Se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo.
• A intersecção do eixo de simetria com a parábola determina um ponto chamado vértice [V].
• Se a parábola interceptar o eixo x, então a intersecção define as raízes x1 e x2 da função [para isto, faz-se f(x) = 0].
• A parábola intercepta o eixo das ordenadas [y] no ponto (0 , c) [para isto, faz-se: x = 0].

Neste último item, podemos destacar uma característica das funções polinomiais. O intercepto “y” sempre coincide com o
termo independente. Veja:

f(x) = ax2 + bx + c f(0) = a(0)2 + b(0) + c

f(0) = 0 + 0 + c

f(0) = c  ( 0 , c ) é o ponto em que o gráfico intercepta o eixo “y”.

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No esquema abaixo, caracterizamos as diversas possibilidades gráficas:

 = b2 – 4ac > 0  = b2 – 4ac = 0  = b2 – 4ac < 0


a parábola intercepta o a parábola intercepta o a parábola não intercepta
eixo x em dois pontos eixo x em um único ponto o eixo x
distintos

y y y

c c
c V
V
x x x
x1 x2 x1 = x2 = xV
a>0 V ∄ x1 , x2 ∈ ℝ

x1 + x 2
xV =
y 2 y y

∄ x1 , x2 ∈ ℝ
a<0 V
x1 x2 x1 = x2 = xV
x x x
V
V
c
c
c

As Coordenadas do Vértice da Parábola e o Conjunto Imagem da Função Quadrática:

• Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo: V(xV , yV).
O valor mínimo é o yV e seu conjunto Imagem é Im = { y  ℝ | y  yV }.

• Quando a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo: V(xV , yV).
O valor máximo é o yV e seu conjunto Imagem é Im = { y  ℝ | y  yV }.

Veja:

y a>0 y

V → [ponto de máximo]
valor máximo  yV

xV
x xV x

valor mínimo  yV
V → [ponto de mínimo]
a<0

b Δ
As coordenadas do vértice V são ( x V , y V ) , podendo ser calculadas através de: xV = − e yV = − .
2a 4a

Nota: Se temos o XV de uma função quadrática (conhecida), então podemos calcular o YV fazendo a substituição do valor
numérico do XV na função em questão. Algebricamente, temos a relação:

YV = a(XV)2 + b(XV) + c

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Sobre a “abertura” da concavidade de uma parábola

Observe as ilustrações a seguir e tire suas conclusões em relação ao coeficiente do termo com x2 da função quadrática.

Regra Prática para Construção “Otimizada” de Gráficos de Funções Quadráticas

Considere a função f(x) = ax2 + bx + c sabendo que o seu gráfico é uma parábola. Assim, é só seguir os passos:

1. Calcule as coordenadas do vértice da parábola → V(XV , YV).


b Δ 2
Tem-se que: XV = − e YV = − sendo Δ=b − 4ac Podemos usar também: YV = a(XV)2 + b(XV) + c
2a 4a

2. Calcule as raízes [x’ e x”] da função f(x) = ax2 + bx + c , fazendo f(x) = 0 [caso seja necessário].
−b Δ 2
Para calcular as raízes, usa-se: x= sendo Δ = b − 4ac [Fórmula de Bháskara]
2a
As raízes identificam o(s) ponto(s) de encontro da parábola com o eixo x. Na resolução da equação do 2º grau, pode-se observar que:
Se  > 0  existem 2 raízes reais diferentes. Assim sendo, a parábola “cortará” o eixo x em dois pontos: (x’, 0) e (x”, 0).
Se  = 0  existem 2 raízes reais iguais (raiz dupla). Assim, a parábola “encostará” no eixo x em apenas um ponto: (x’ , 0) que coincide com o vértice V.
Se  < 0  não existem raízes reais. Assim sendo, a parábola não “encontrará” o eixo x.

3. Identifique o ponto onde a parábola “corta” o eixo das ordenadas [eixo y].
Este ponto [pertencente ao eixo y] sempre terá o formato: (0 , c)

4. Identifique a direção da concavidade da parábola:

Concavidade para cima: a>0 Concavidade para baixo: a<0

5. Após marcar os pontos encontrados no plano cartesiano, trace então a parábola a partir do vértice.
Lembre-se que a parábola é uma figura simétrica, e que o vértice se encontra sobre o eixo de simetria, que sempre é paralelo ao eixo y.
V

V
Nota: com um pouco de prática, você conseguirá construir gráficos de funções quadráticas facilmente.

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Exemplos:
y
1) Construa o gráfico das funções abaixo, com D = ℝ.

a) y = x2 – 4

Obs.: ● Im = { y  ℝ | y  –4} ● Quando temos na função b = 0, a parábola é simétrica em relação ao eixo “y”.

b) f(x) = – x2 + 2x + 3 y

Note que: Im = { y  ℝ | y  4 }

c) g(x) = x2 + 6x + 9
y

x
Note que: Im = { y  ℝ | y  0}

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d) f(x) = x2 – 6x
y

Note que: Im = { y  ℝ | y  –9}

e) h(x) = – x2 – 4x – 9 y

Resolução:
–4 –2 0
 = (– 4)2 – 4.(–1).(–9) x
 = 16 – 36
 = – 20  não existem raízes reais [a parábola não “corta” o eixo x] V –5

− (−4) 4
xV = = = −2
2(−1) − 2 Ponto deduzido através do gráfico –9
 V(–2, –5)
− (−20) 20
yV = = = −5 Eixo de simetria da parábola
4(−1) −4

Note que: Im = { y  ℝ | y  – 5 }

2) Um pequeno foguete é lançado de uma base, como mostra o y


“esquema” ao lado, descrevendo uma trajetória parabólica de equação
y = – 3x2 + 60x [sendo x e y medidos em metros]. Determinar:
a) a altura máxima atingida pelo foguete;
b) o alcance do disparo;
c) a que distância do lançamento [na horizontal] o foguete atingiu a
sua altura máxima;
d) a que distância do lançamento, o foguete atingiu a altura máxima. 0 x

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3) Determine a função quadrática que graficamente passa pelos pontos M(–1, 0), N(4, 5) e P(0, –3).

Resolução:

Substituindo inicialmente o ponto P(0, –3) na expressão y = ax2 + bx + c temos:

–3 = a(0)2 + b(0) + c  c = –3

Agora, substituindo o ponto M(–1, 0) e o valor de c = –3 na expressão y = ax2 + bx + c temos:

0 = a(–1)2 + b(–1) – 3

0=a–b–3  a–b=3 [I]

Analogamente, substituindo N(4, 5) e c = –3 na expressão y = ax2 + bx + c encontramos:


5 = a(4)2 + b(4) – 3

5 = 16a + 4b – 3  16a + 4b = 8 [II]

Assim, montando um sistema com as equações I e II, temos:

a – b =3 a–b=3
 +
16a + 4b = 8 [ 4] 4a + b = 2

5a = 5  a=1

Finalmente, substituindo o valor de a = 1 na equação I, temos: a–b=3  (1) – b = 3  b = –2

Resposta: Logo, a função quadrática procurada é: f(x) = x2 – 2x – 3

4) [REBELLO] No desenho ao lado, temos a 80 m


representação esquemática do sistema de
sustentação de uma ponte pênsil. Assim, determine
[em metros] a altura do tirante “h”.
30 m
40 m

Resposta: A altura do tirante é h = 22,5 m.

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[Lista 02C] EXERCÍCIOS – Função Quadrática

1) Construa o gráfico das funções abaixo, determinando o valor máximo (ou mínimo), o ponto de máximo (ou de mínimo) e
o conjunto imagem para cada item.

c) h(x) = − x + x − 2
2 2 2
a) f(x) = x −9 b) g(x) = 2x − 5x + 2 9

2 2 2
d) y = 2x + 5x e) f(x) = −3x + 12x f) y = − x − 16

2 2 2
g) f(x) = x h) y = 2x i) g(x) = − x − 8x − 16

 x −1 , se x  −2 −4 , se x  −1
 x2 , se x  0   2
j) T(x) =  k) y = − x 2 + 4 , se − 2  x  2 l) y = x − x − 6 , se − 1  x 3
− 3 , se x  0  5 , se x2  2x − 1 , se x  3
 

2) Através de uma pesquisa estatística, visando um planejamento estratégico, estima-se que, daqui a x anos, o número de
pessoas que visitarão um determinado museu será dado pela lei N(x) = 30x2 – 120x + 3000, sendo que 0 ≤ x ≤ 20 anos.
Sabendo disso, responda as questões:
a) Atualmente, qual é o número de pessoas que visitam o museu?
b) Quantas pessoas visitarão o museu no 10o ano?
c) Daqui a quantos anos será registrado o menor número de visitantes?
d) Qual será o menor número de visitantes?
e) Faça uma representação gráfica do modelo matemático em questão.

3) O custo diário de produção de uma indústria de aparelhos telefônicos é dado por C(x) = x 2 – 86x + 2500, onde C(x) é o
custo em dólares e x é o número de unidades fabricadas. Quantos aparelhos devem ser produzidos diariamente para que o
custo seja mínimo?

4) Um corpo lançado verticalmente do solo para cima, tem as suas posições no decorrer do tempo, dadas pela função
horária S = 40t – 5t2 [“t” em segundos e “S” em metros]. Pergunta-se:
a) Qual o tempo gasto para atingir a altura máxima?
b) Qual a altura máxima atingida?

5) Sabe-se que o lucro total “L” de uma empresa é dado pela fórmula L = R – C , em que, “R” é a receita total e “C” é o
custo total da produção (em reais). Numa certa empresa que produziu “p” unidades em determinado período, verificou-se
que R(p) = 1000p – p2 e C(p) = 300 + 40p + p2. Nestas condições, determine:
a) a função L(p);
b) a produção “p” para que o lucro da empresa seja o máximo possível para esta situação;
c) o lucro máximo;
d) o lucro obtido para uma produção de 300 unidades.

Para a Resolução do Exercício 6: Você viu no exercício anterior que Lucro = Receita Total – Custo Total, ou seja, L = R – C.
Num contexto bem simples [onde tudo que é produzido é vendido], podemos dizer que a Receita Total [R] é determinada pela
multiplicação do Preço de Venda do produto [PV] pela quantidade de Unidades vendidas [U] desse produto. O Custo Total [C]
pode ser determinado multiplicando-se o Custo de uma unidade [C1] pela quantidade de produtos ou Unidades fabricadas [U].
Ou seja:
Lucro = [PV] U – [C1] U

6) Um pintor de quadros de uma feira de artesanato calculou que o custo total de uma tela pequena é de R$30,00. Ele
acredita que se vender cada tela por “x” reais, venderá, por mês, (90 – x) telas. [Considere que: 0 < x < 90].
a) O lucro L obtido pelo pintor é função do preço de venda x. Escreva a lei que define L(x).
b) Qual será o lucro mensal se o preço de venda de cada tela for de R$ 40,00?
c) Para que valor de x o pintor terá lucro máximo? Qual será esse lucro?

7) Determinar dois números cuja soma seja 70 e o produto seja o maior possível.

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8) Qual a área máxima que pode ter uma superfície retangular de perímetro igual a 40 cm?

9) Em uma fazenda, o seu proprietário precisa construir um galinheiro de forma retangular. Dispondo de apenas 30 metros
de tela, o homem decide aproveitar um velho muro como uma das laterais do galinheiro. Pergunta-se:
a) Qual será a área máxima desse cercado?
b) Quais as dimensões deste galinheiro de maior área?

10) [UFOP – MG] Certo dia, numa praia, a temperatura atingiu o seu valor máximo às 14 h. Suponhamos que, neste dia, a
temperatura f(t) em graus Celsius era uma função do tempo t, medido em horas, dada por f(t) = – t2 + bt – 160, quando
8  t  20. Obtenha:
a) o valor de b;
b) a temperatura máxima atingida nesse dia;
c) o gráfico de f.

11) O gráfico da função f(x) = 3x – 2 intercepta o gráfico da função g(x) = x2 em dois pontos. Quais são estes
pontos?

12) [VUNESP / Adaptada] Duas plantas de mesma Altura y


espécie A e B, que nasceram no mesmo dia, foram (cm)
tratadas desde o início com adubos diferentes. Um Planta A
botânico mediu todos os dias o crescimento (em
centímetros) destas plantas. Após 10 dias de
observação, ele notou que o gráfico que representa o Planta B
crescimento da planta A é uma reta e o que
representa o crescimento da planta B pode ser
24 x − x
2

descrito pela função y = . Um esquema


12 3
desta situação está apresentado ao lado. Calcule:

a) a “lei” que descreve o crescimento da planta A;


b) o dia em que as plantas A e B atingiram a mesma
altura e qual foi essa altura. 0 2 Tempo x (dias)

13) [GIOVANNI] Determine a função quadrática y = ax2 + bx + 5 correspondente ao gráfico abaixo:

V
9
b
Lembre-se que: x V = −
2a

2 x

14) Determine a função quadrática que passa pelos pontos A(0, 18), B(2, 10) e C(–3, 0).

15) Sabendo que f(1) = 4 e que a função f(x) = ax2 + bx + c passa pelos pontos (2, 0) e C(3, –2), determine o valor de
S = a.b.c.

40 m
16) [REBELLO] Para retificar um rio, foi construído
um canal de formato parabólico, conforme a figura
ao lado. Sabendo que a profundidade máxima do
canal é de 12 m, determine a largura do canal a cada
4 m de profundidade.

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17) [REBELLO] O centro de gravidade de um golfinho saltador


descreve uma trajetória parabólica, conforme a figura ao lado.
Considerando as medidas apresentadas no desenho, determine
a altura máxima atingida pelo golfinho na situação em questão.

18) [REBELLO] Um foguete experimental é disparado do topo


 de uma colina, toca a extremidade superior de uma árvore,
sem mudar sua trajetória e atinge o solo, conforme a figura a
seguir. Determine:
a) a altura máxima atingida;
b) a distância do ponto em que o foguete passa pela altura máxima até o
topo da árvore.

O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal,
mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer. [Albert Einstein]

RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS – RESPOSTAS

y
1a) f(x) = x2 – 9 1e) f(x) = –3x2 + 12x y

 = 36 0  = 144
V
x 12
–3 3
• Valor mínimo = –9
• Ponto de mínimo → (0, –9)
• Valor máximo = 12
• Im = { y  ℝ | y  –9 } V –9 • Ponto de máximo → (2, 12)
• Im = { y  ℝ | y  12 } 0 4
y
2 x
1b) f(x) = 2x2 – 5x + 2

=9
2 1f) y = –x2 – 16
y
• Valor mínimo = –9/8
• Ponto de mínimo → (5/4, –9/8)  = – 64 –1 1
0 5/4
• Im = { y  ℝ | y  –9/8 } x
½ 2 x
–9/8 • Valor máximo = –16
V
• Ponto de máximo → (0, –16) V
–16
2
1c) f(x) = –x + x – 2/9 • Im = { y  ℝ | y  –16 }
y –17

 = 1/9
V
1/36
• Valor máximo = 1/36
• Ponto de máximo → (1/2, 1/36) 1/3 ½ 2/3 x
–2/9
• Im = { y  ℝ | y  1/36 }
1g) f(x) = x2 y

y =0 4
1d) y = 2x2 + 5x

 = 25
–5/4 • Valor mínimo = 0
1
• Valor mínimo = –25/8 –5/2 0 x • Ponto de mínimo → (0, 0)
• Ponto de mínimo → (–5/4, –25/8) • Im = { y  ℝ | y  0 }
• Im = { y  ℝ | y  –25/8 } –25/8 –2 –1 1 2 x
V

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1h) y = 2x2 y
2a) 3000 pessoas 2e) Visitantes

Gráfico fora de proporção!


=0
8 2b) 4800 pessoas
12600

• Valor mínimo = 0 2c) Daqui a 2 anos


• Ponto de mínimo → (0, 0)
2d) 2880 visitantes
• Im = { y  ℝ | y  0 }
2

3000
–2 –1 1 2 x 2880

y 0 2 20 anos

1i) g(x) = – x2 – 8x – 16 –8 –4 0
=0 3) 43 aparelhos 4a) 4 s 4b) 80 m
V x

• Valor máximo = 0 5a) L(p) = – 2p2 + 960p – 300


• Ponto de máximo → (– 4, 0)
5b) p = 240 unidades (XV)
• Im = { y  ℝ | y  0 }
–16 5c) Lucro máximo = 114.900 reais (YV)
5d) L(300) = 107.700 reais

1j) • Ponto de mínimo → infinitos pontos: (x , –3) com x < 0 6a) L(x) = – x2 + 120x – 2700 6b) R$ 500,00
• Im = { y  ℝ | y  0 ou y = –3 }
y 6c) x = 60 reais e L(60) = 900 reais
• Valor mínimo = –3

4 7) 35 e 35 8) 100 cm2

9a) 112,5 m2 9b) 15 x 7,5 m

V 10a) b = 28 10b) temper. máxima = 36 ºC (YV)


0 2 x
10c)

–3
temperatura (ºC)

1k) • Valor máximo = 5 V


36
• Ponto de máximo → infinitos pontos: (x , 5) com x > 2
• Im = { y  ℝ | y < –3 ou 0  y  4 ou y = 5 }
y

5
V 4

0 8 14 20 tempo (h)

–3 0
–2 2 x
11) Os pontos são: (1, 1) e (2, 4)
–3
–4 3x
12a) y =
2

12b) Atingiram a mesma altura, de 9 cm, no 6º dia.


1l) • Im = { y  ℝ | –25/4  y < 0 ou y  5 }
• Ponto de mínimo → (1/2 , –25/4) y
13) y = – x2 + 4x + 5
• Valor mínimo = –25/4
5
14) f(x) = – 2x2 + 18 15) S = –70

–1 1/2 16) profundidade “zero” → largura do canal = 40 m


0 3 x profundidade 04 m → largura do canal  32,7 m
profundidade 08 m → largura do canal  23,1 m
–4 profundidade 12 m → largura do canal = “zero”
–6
–25/4
V 17) 3,2 m 18a)  29,3 m 18b)  28,9 m

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Curiosidade: A Catenária

Existem duas formas geométricas que são muito parecidas: a


parábola e a catenária. As curvas representadas nas figuras [1]
e [2] ao lado, têm a mesma longitude, no entanto, as primeiras
são catenárias e as segundas, parábolas.

A diferença é perceptível, embora sutil. Veja que na segunda


figura, as curvas são mais pontiagudas. Quando a curva não é
muito pronunciada, a única forma de distinguir uma catenária
de uma parábola é através das respectivas equações.

Assim, em situações digamos “simples”, podemos modelar um


problema matematicamente fazendo uso de uma parábola e não
de uma catenária, obviamente considerando uma aproximação
razoável. Faríamos isso, pois a catenária necessita de uma
função “transcendente” para representá-la analiticamente e a
parábola, na posição em que aparece na figura ao lado, pode
ser representada analiticamente por uma função quadrática,
como acabamos de estudar.

Matematicamente falando, a catenária descreve uma família de curvas planas semelhantes às que seriam geradas por uma
corda [ou cabo] suspensa pelas suas extremidades e sujeita à ação da gravidade. A palavra catena significa “corrente”.

A figura ao lado apresenta uma catenária [ou cabo


pendente] como um cabo telefônico [ou de tv, por
exemplo] estendido entre as duas torres, e pendendo
livremente devido ao seu peso. Note que a figura está
posicionada num sistema de coordeandas cartesianas.

Figura: THOMAS, George B. Cálculo. v.1. Pearson, 2009.

Agora, veja abaixo que a equação da curva catenária é dada por uma função hiperbólica:

x
y = a.cosh   [onde “cosh” é o cosseno hiperbólico]
a

Sendo que a sua equivalente forma exponencial é: y=


a
2
(
 ex/a + e− x/a ) [onde “e” é o número de Euler]

Abaixo temos catenárias para diferentes valores de “a”.

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Aspectos Históricos

O problema de descrever matematicamente a forma da curva formada por um fio suspenso entre dois pontos e sob a ação
exclusiva da gravidade foi proposto por Galileu Galilei, que propôs a conjectura de que a curva fosse uma parábola. Aos 17
anos de idade, Huygens mostrou em 1646 de que a conjectura era falsa. Em 1690, Johann Bernoulli relançou o problema à
comunidade científica. A resolução do problema foi publicada independentemente em 1691 por John Bernoulli, Leibniz e
Huygens.

Referências [acessadas em 17/08/2011]

• http://pt.wikipedia.org/wiki/Caten%C3%A1ria

• http://sosmatematica.com.sapo.pt/mundomatematico/catenaria.htm Interessou? Procure saber mais!

Tópico Extra: Soma e Produto das Raízes de uma Equação do 2º grau

Para toda equação quadrática do tipo: ax 2 + bx + c = 0 [ com a  ℝ* e b , c  ℝ ] podemos encontrar as suas


−b 
raízes x  e x  através da fórmula: x= [com  = b − 4ac ] conhecida no Brasil como Fórmula de Bhaskara.
2

2a

Entretanto, é fácil de encontrar duas relações existentes entre as raízes x  e x  [experimente!]. Elas são conhecidas como:

b c
SOMA das raízes: x + x = − e PRODUTO das raízes: x . x =
a a

Sabendo disso, podemos resolver mentalmente [“DKBÇA”] um grande número de equações do 2º grau, principalmente
aquelas em que as raízes são números inteiros.

Assim, vamos considerar SOMENTE as equações do 2º grau em que a = 1 . Desta forma, a equação fica: x 2 + bx + c = 0 .

Isso implica que a Soma [ S ] e o Produto [ P ] entre as raízes ficarão simplificados: x  + x  = −b e x  . x  = c

E assim, para facilitar o processo de resolução, podemos escrever a equação quadrática na forma: x 2 − Sx + P = 0

Vejamos alguns exemplos:

 x = 2  x = −2  x = 3  x = 0
x2 − 5x + 6 = 0  x 2 + 5x + 6 = 0  x 2 + 4 x − 21 = 0  x2 − 4x = 0 
 x = 3  x = −3  x = −7  x = 4

 x = 1  x = −1  x = 5  x = 3
x 2 + 5x − 6 = 0  x2 − 5x − 6 = 0  x 2 − 10 x + 25 = 0  x2 − 9 = 0 
 x = −6  x = 6  x = 5  x = −3

Agora, experimente você!

 x = ..........  x = ..........  x = ..........


x 2 − 7 x + 12 = 0  x 2 − x − 12 = 0  x 2 + 8 x + 12 = 0 
 x = ..........  x = ..........  x = ..........

Observações:

• Para resolver equações quadráticas pelo processo sugerido aqui [DKBÇA], obviamente se torna necessária uma “boa” prática.

• Caso você não consiga resolver mentalmente uma equação do 2º grau em menos de 20 segundos [aproximadamente], aplique a
Fórmula de Bhaskara, pois se lembre que as raízes podem não ser números inteiros [e podem ser até números complexos].

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Curiosidade: A Fórmula que utilizamos para encontrar as raízes de uma equação do 2º grau

Existem várias maneiras de deduzir a fórmula que conhecemos como “Fórmula de Bhaskara”.

Veja abaixo uma destas maneiras e veja se você é capaz de compreender cada um dos passos.

ax 2 + bx + c = 0

ax 2 + bx = − c

b c
x2 + x=−
a a

2 2
b  b  c  b 
x + x+  = − + 
2

a  2a  a  2a 

2
 b  c b2
x+  = − + 2
 2a  a 4a

2
 b  − 4ac + b 2
x+  =
 2a  4a 2

 b  b 2 − 4ac
x + =
 2a  4a 2

b b 2 − 4ac
x+ =
2a 4a 2

b b 2 − 4ac
x=− 
2a 2a

− b  b 2 − 4ac
x=
2a

Para descontrair, se puder.

Não é quem eu sou por dentro e sim, o que eu faço é que me define. [Do filme: Batman Begins]

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