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Capítulo 9:

O império romano: ascensão e queda

Prof. Lenício Dutra Marinho Júnior


O império romano: ascensão e queda

1. O império romano – introdução;

2. Alto e baixo Império;

3. A força do poder espiritual;

4. A diversidade cultural e o legado romano;

5. Aspectos cotidianos do povo romano.


1. O império romano – introdução

• Otávio Augusto (o primeiro imperador)


- Aperfeiçoamento da administração das
províncias;
- Período de tranquilidade - pax romana (dois
primeiros séculos da era cristã – “século de
Auguto”)
- Apogeu – paz, prosperidade, estabilidade
político-social e grandes realizações
intelectuais;
- A política de “pão e circo”
"Muitos anfiteatros foram construídos ou adaptados para a luta de
gladiadores, parte do "pão e circo".
O “pão e circo” nos dias de hoje

Em Roma, a séculos atrás, já se entertia (e iludia) o povo com “pão


e circo”, panem et circenses, ações que garantiam alimentação e
diversão em detrimento da resolução dos reais problemas socias,
dentre eles a restrição à liberdade.
O império romano – introdução

• Da morte de Augusto (14 d.C.) até o ano 235


sucederam-se quatro dinastias de
imperadores: júlio-claudianos, os flávios, os
antoninos e os severos.

- Alto Império = período de prosperidade e


desenvolvimento cultural;

- Baixo Império = declínio de Roma (o lado


ocidental)
O Alto Império (séculos I a.C. – III d.C.)

- Centralização de poder no imperador e


diminuição do poder do Senado (o fim da
República);
- Profunda reforma política e administrativa =
Burocracia (sistema de hierarquias com
distribuição de funções);
- Nova classe privilegiada = comerciantes
enriquecidos;
- “Pão e circo” = funcionamento político de
Roma imperial;
O Alto Império (séculos I a.C. – III d.C.)
O Apogeu de Roma

Economia escravista Estabilidade política

Expansão
territorial

Ampliação comercial Intensa atividade


cultural
As estradas romanas foram responsáveis pela unificação do império romano.
A construção das estradas romanas devia-se à iniciativa das autoridades imperiais e estavam
sob a direção do exército, mas eram executadas à custa e com o trabalho das comunidades
tribais e locais por cujo território transitavam. Em primeiro lugar, era planificado o traçado, em
segundo lugar, era aberta a caixa da via e, a seguir, eram construídos os muros, parapeitos,
vaus e pontes e a fixação de marcos miliários em cada uma das milhas estabelecidas. Contudo,
não só era necessário construir, como também conservar as vias ano após ano, daí os
numerosos testemunhos dos vários imperadores romanos.
O Alto Império (séculos I a.C. – III d.C.)
• Ainda na dinastia júlio-claudianos, depois da
morte de Otávio, assumiram o governo Tibério
(crucificação de Jesus), Calígula, Cláudio e
Nero (“imperador maldito”?);
• Durante as dinastias dos Flávios (68 d.C. - 96
d.C.) e Antoninos (96 d.C. – 192 d.C.), Roma
retomou a expansão territorial. Destacaram-se
os imperadores:
- Trajano = que retomou a expansão romana;
- Marco Aurélio = “o imperador filósofo”;
Durante cinco dias os romanos assistiram impotentes sua cidade
arder em chamas. O grande incêndio que consumiu Roma em 64
d.C. espalhou-se de maneira ágil e selvagem. Depois que o
incêndio acabou, 70% da cidade havia sido destruída. "Dos 14
distritos de Roma, apenas quatro permaneceram intactos. Três
foram reduzidos a pó. Os outros sete foram reduzidos a ruínas
queimadas", escreveu o historiador contemporâneo romano
Tacitus. Nero encontraria os culpados: os cristãos.
O Baixo Império (séculos III d.C. – V d.C.)

• A partir do século III – sucessivas crises;


• Razões/Fatores/Motivos para a crise do
império:
- Esgotamento da expansão territorial;
- Dimensão territorial (fronteiras);
- Pressão dos povos dominados;
- Falta de mão de obra (sem guerra, sem
escravos);
- Custos elevados de manutenção das estruturas
políticas, administrativas e militares;
- O cristianismo;
O Baixo Império (séculos III d.C. – V d.C.)

• Diante da crise alguns imperadores passaram a intervir


cada vez mais na vida social e econômica da
população, eram as últimas tentativas de salvar o
império:
- Dicleciano (284-305): Edito Máximo = fixação de preços
e salários (conter a inflação);
- Constantino (306-337): em 313, firmou resolução
permitindo a liberdade de culto aos cristãos (Edito de
Milão;
- Teodósio (378-395): transformou o cristianismo em
religião oficial do império (Edito de Tessalônica, 391);
dividiu o império em duas partes: a ocidental e a
oriental (“dividir para governar”); e sofreu as primeiras
invasões bárbaras.
A força do poder espiritual: o cristianismo

Após a crucificação de Jesus, os apóstolos


difundiram a palavra cristã que rapidamente
se espalhou entre as camadas populares.
Durante 250 anos os cristãos sofreram
perseguições alternadas com momentos de
paz, até o Edito de Milão, 313.

Os cristãos eram condenados a


fogueira, e também lutavam nas
arenas contra gladiadores e feras.
A força do poder espiritual: o cristianismo

A nova religião passou a ter um caráter subversivo para a


estrutura política romana, pois era universal, contrária a
violência e rejeitava a divindade do imperador, bem como a
estrutura hierarquizada e militarizada do império. O cristianismo
atingia as camadas mais humildes da população que
identificavam na nova religião uma vida melhor após a morte.
Cultura e cotidiano em Roma

A pluralidade e a riqueza cultural romana


podem ser observadas em diversos aspectos,
principalmente:
- Construções públicas;
- Religião;
- Língua – idioma universal;
- Direito;
- Administração Pública;
- Teatro, literatura, música e escultura.
Os teatros e anfiteatros se espalharam
pelos domínios romanos. Peças
teatrais, apresentações artísticas e
musicais, jogos, lutas e grandes
eventos públicos eram realizados
nesses espaços que atraíam
multidões. Ao lado o teatro de
Antalya e abaixo o Anfiteatro de Flávio
(o Coliseu)
O crescimento urbano demandava um adequado suprimento de
água. Os romanos providenciaram um maravilhoso sistema de
águas para melhorar a qualidade de vida nas regiões que eles
governavam. Durante o reino de Augustus (27 A.C. - 14 D.C.), três
aquedutos foram construídos em Éfeso. A água dos aquedutos
corria de fontes ornamentais através das ruas da cidade, e supria
os moradores com uma confiável fonte de água para a vida diária.
As moradias da maioria dos romanos eram simples. Os mais pobres costumavam viver
em pequenos apartamentos em edifícios de até seis andares. Apenas uma minoria tinha
casas amplas e confortáveis que contavam com água encanada, rede de esgoto, sala de
banhos e luxuosa decoração interior.
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Imperio-Romano.gif

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