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Desenvolvimento Mediúnico

Modulo I
Doutrina Básica Umbandista Parte I

Médium
_____________________________________________________
Tutor
A fundação da Umbanda foi feita pelo médium Zélio Fernandino de Morais, que com
o Caboclo 7 Encruzilhadas, deu primeiros passos para a formação da religião.

A Fundação da Umbanda
O jovem Zélio Fernandino de Morais estava prestes a ingressar na Marinha, quando
passou a ter um comportamento estranho que a família avaliou como sendo “ataques”.

O jovem apresentava a postura de um velho dizendo coisas incompreensíveis, e em outros


momentos; se comportava como um felino.

Após ter sido examinado por um médico que não encontrou nenhum problema em Zélio,
ele foi levado a um centro espírita.

15 de novembro de 1908
Assim; no dia 15 de novembro de 1908, Zélio foi convidado à sessão na Federação
Espírita de Niterói.

Nessa sessão espírita, Zélio incorporou espíritos que se apresentavam como negros
escravos e índios.

Espíritos sem evolução espiritual


O diretor dos trabalhos da Federação Espírita, alertou sobre o suposto atraso espiritual de
tais espíritos, convidando-os a sair da sessão, quando uma força tomou conta de Zélio e
disse:

“Por que repelem a presença desses espíritos, se nem sequer se dignaram a ouvir suas
mensagens? Será por causa de suas origens sociais e da cor? ”

Caboclo das 7 Encruzilhadas


Ao ser indagado por um médium sobe quem era ele, foi respondido pelo espírito
incorporado em Zélio:

“Se querem um nome, que seja este: sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque para
mim não haverá caminhos fechados.

Padre Gabriel Malagrida


O que você vê em mim são restos de uma existência anterior. Fui padre e o meu nome
era Gabriel Malagrida.

Acusado de bruxaria, fui sacrificado na fogueira da Inquisição em Lisboa, no ano de 1761.

Mas em minha última existência física, Deus concedeu-me o privilégio de nascer


como Caboclo brasileiro.”

Missão na Umbanda
A respeito de sua missão, assim anunciou:
“ Se julgam atrasados esses espíritos dos negros e dos índios, devo dizer que amanhã
estarei na casa deste aparelho, para dar início a um culto, em que esses negros e esses
índios, poderão dar a sua mensagem e assim; cumprir a missão que o plano espiritual lhes
confiou.

Será uma religião que falará aos humildes, simbolizando a igualdade que deve existir entre
todos os irmãos, encarnados e desencarnados.

E se querem o meu nome, que seja este: Caboclo das Sete Encruzilhadas, porque não
haverá caminho fechado para mim.”

No dia seguinte, na residência da família de Zélio, reuniram-se os membros da Federação


Espírita, visando comprovar a veracidade do que havia sido declarado pelo jovem.

Fundação da Umbanda e suas normas


Novamente incorporou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, que declarou que os velhos
espíritos de negros escravos e índios de nossa terra, poderiam trabalhar em auxílio do
seus irmãos encarnados, não importando a cor, raça ou posição social.

Assim, neste dia fundou o primeiro Terreiro de Umbanda, chamado de Tenda Espírita
Nossa Senhora da Piedade.

O espírito estabeleceu normas como a prática de caridade, cuja base se fundamentaria


no Evangelho de Cristo e seu nome “Allabanda”, substituído por “Aumbanda”, e
posteriormente se popularizando como “Umbanda”.

Fonte: História da Umbanda


"SE A CURIOSIDADE AQUI TE CONDUZIU, BENDITA CURIOSIDADE, QUE TE FARÁ
UM DIA, UM OBREIRO DO SENHOR""

Dogmas, Crenças e Fundamentos

Dogma é o ponto fundamental de uma doutrina religiosa. A Umbanda também possui seus
dogmas, crenças e fundamentos.

1. Acreditamos em Deus eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, onisciente e


onipresente;
2. Cremos na existência dos Orixás, Espíritos de Plano Superior, que comandam as 7
linhas ou vibrações da Umbanda;
3. Temos a reencarnação como ponto pacífico, logo, indiscutível;
4. Cremos na existência de seres fora da matéria e na sobrevivência de nossa
própria alma após a morte do corpo físico, significando que o espírito não morre,
mas sobrevive ao homem, em caminho de evolução;
5. Há possibilidade de comunicação com espíritos desencarnados, através da
faculdade mediúnica;
6. Existe uma Lei de Causa e Efeito, pela qual colhemos tudo o que plantamos. Não
há acaso, tudo é consequência;
7. O progresso individual ou as situações na vida são produtos de seu livre arbítrio ou
escolha das provas antes da descida à matéria;
8. Amai-vos uns ao outros é o lema principal da Umbanda, manifestado na prática da
caridade , tanto na palavra como na ação;
9. Acreditamos a existência de ouros mundos habitados, não constituindo a Terra
exceção do universo. Há mundos mais adiantados e orbes mais atrasados. A terra
é um plano de expiação, aprendizado e de correção moral;
10. Não há espíritos voltados eternamente para o mal, mas seres em estágio de
aprendizado;
11. Todos temos guias espirituais que nos acompanham nos moldes dos anjos de
guarda, porém, com faculdade de se comunicarem conosco, através da
mediunidade;
12. Jesus Cristo foi o espírito de categoria mais elevada que já encarnou entre nós;
13. Adotamos a liberdade da prática religiosa, respeitadas, entretanto, as leis dos
poderes legalmente constituídos;
14. Todos somos iguais, porque somos filhos do mesmo Deus de justiça, Sabedoria e
Amor;
15. A afirmação de que todas as religiões constituem os diversos caminhos de
evolução espiritual que conduzem a Deus, significando que todas as religiões têm
uma única finalidade: Aperfeiçoar o homem e levá-lo para Deus. Daí o nosso
respeito a todas elas, pois cada um se afiniza com uma corrente religiosa que
esteja em correspondência ao seu grau de compreensão e evolução
Hino da Umbanda
Para entender a Música devemos saber que a mesma está ligada a história de seu autor:
José Manuel Alves…

Nascido em 05 de Agosto de 1907 em Monção, Portugal, este Leonino, já em sua terra


natal era ligado a Música, tendo dos 12 aos 22 anos tocado clarineta na Banda
Tangilense, em sua cidade natal. Com pouco mais de 20 anos, em 1929, vem para o
Brasil, indo residir no interior do estado de São Paulo. No mesmo ano, mudou-se para a
capital paulista, ingressando na Banda da Força Pública, onde ocupou vários postos,
aposentando-se como capitão.

Em paralelo a esta função exerceu a carreira de compositor de Músicas Populares e, ao


longo da mesma compôs dezenas de músicas as quais foram gravadas por famosos
intérpretes da época: Irmãs Galvão, Osni Silva, Ênio Santos, Grupo Piratininga, Carlos
Antunes e Carlos Gonzaga entre outros.

Suas composições mais famosas foram: Em 1955, Juanita Cavalcanti gravou a marcha
“Pombinha Branca” de sua autoria em parceria Reinaldo Santos; em 1956, Zaccarias e sua
Orquestra gravaram o dobrado “Quarto Centenário”, de sua parceria com Mário Zan.
Compôs ainda valsas, xotes, dobrados, baiões, maxixes e outros gêneros musicais. Em
1957, realizou sua única gravação no antigo disco de vinil, o “LP”, acompanhado de sua
banda, sendo a gravadora a RCA Victor.

Mas… e a Umbanda? Aonde entra? Para a Umbanda, e para vários Terreiros compôs
diversos pontos gravados por diversos intérpretes, como por exemplo, “Saravá Banda”
gravado em 1961 por Otávio de Barros, “Prece a Mamãe Oxum” gravado em 1962 pela
cantora Maria do Carmo. Além destes temos: “Pombinha branca” (com Reinaldo Santos),
“Ponto de Abertura” (com Terezinha de Souza e Vera Dias), “Ponto dos Caboclos”, “Prata
da Casa”, “Prece a Mamãe Oxum”, “Xangô Rolou a Pedra”, “Xangô, Rei da Pedreira”, “São
Jorge Guerreiro”, “Saravá Oxóssi”, “Homenagem à Mãe Menininha” (c/ Ariovaldo Pires),
Saudação aos Orixás, além do Hino da Umbanda.

Mas como foi estabelecida a sua ligação com a Umbanda? Cego de nascença, José
Manuel Alves foi, no início da década de 60, em busca de sua cura. Foi procurar a ajuda
do Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade do médium Zélio de Morais, fundadores
da Umbanda.

Embora não tenha conseguido sua cura porque, segundo consta, sua cegueira era de
origem cármica, José Manuel Alves ficou apaixonado pela religião e, ainda em 1960, fez
o Hino da Umbanda para mostrar que esta Luz Divina, que vem do Reino de Oxalá, não é
para ser vista com os olhos físicos, que voltarão ao pó, mas sim com olhos do espírito, no
encontro da mente com o coração …

O Hino foi apresentado ao Caboclo das Sete Encruzilhadas que gostou tanto do mesmo
que resolveu apresentá-lo como Hino da Umbanda no 2º Congresso de Umbanda em
1961, sendo oficializado na 1ª Convenção do CONDU - Conselho Nacional Deliberativo
de Umbanda em março de 1976.

Segundo Mestre Marne, membro fundador do CONDU, que participou em 1976 da


aprovação da obra de J.M.Alves como Hino Oficial da Umbanda, no Rio de Janeiro – Hotel
Glória, é de suma importância que o Hino da Umbanda seja cantado com a letra e melodia
correta, sem mudança alguma. Porque na hora da oficialização do Hino, foi perguntado ao
Sr. Jerônimo Vanzeloti, presidente da Convenção do CONDU, se o compositor J.M. Alves
iria cobrar direitos autorais de sua obra. Diante desse questionamento o Sr. Vanzeloti, foi
conversar com J.M. Alves e o mesmo mandou o seguinte recado a todos os presentes:
“Não vou cobrar nenhum tostão de direito autoral, só peço para manterem meu nome
como autor”, porém proibiu que a letras de sua obra fosse mudada em sequer uma vírgula
e que toda vez que forem cantar o Hino da Umbanda, a mão direita deverá ser colocada
sobre o coração. Por isso, é importante que todos pratiquem esse ato cívico de Umbanda,
como demonstração de fé e respeito, conforme o Sr. José Manuel Alves queria e pediu pra
ser.

Podemos observar nesta história que este hino é fruto de um Amor muito grande
pela Umbanda, Amor este oriundo de uma Fé profunda, daquelas obtidas com a
Humildade e a Resignação ante ao Conjunto de Leis do Pai Maior.

José Manuel Alves mostrou com este Hino que a Luz da Umbanda, esta Luz Divina,
atravessa todos os obstáculos e é capaz de iluminar a existência de cada um de nós!
Sarava Umbanda!

Refletiu a luz divina


com todo seu esplendor
é do reino de Oxalá
Onde há paz e amor
Luz que refletiu na terra
Luz que refletiu no mar
Luz que veio de Aruanda
Para tudo iluminar
Umbanda é paz e amor
Um mundo cheio de luz
É força que nos dá vida
e a grandeza nos conduz.
Avante filhos de fé,
Como a nossa lei não há,
Levando ao mundo inteiro
A Bandeira de Oxalá !

Pesquisa:
Pai João D’Ogum
Presidente do Centro Espírita Urubatan
Fontes consultadas:
www.dicionariompb.com.br
www.planetaumbanda.com.br
www.mestremarne.com.br
Ascendentes Históricos

Em 1500, quando os portugueses avistaram


o que para eles eram as Índias, em realidade Brasil, ao desembarcarem depararam-se
com uma terra de belezas deslumbrantes, e já habitada por nativos. Os lusitanos, por
imaginarem estar nas Índias, denominaram a estes aborígines de índios.

Os primeiros contatos entre os dois povos foram, na sua maioria, amistosos, pois os
nativos identificaram-se com alguns símbolos que os estrangeiros apresentavam. Porém, o
tempo e a convivência se encarregaram em mostrar aos habitantes de Pindorama (nome
indígena do Brasil) que os homens brancos estavam ali por motivos pouco nobres. O
relacionamento, até então pacífico, começa a se desmoronar.

Nossos nativos inescrupulosamente escravizados e forçados a trabalhar na lavoura.


Reagem, resistem, e muitos são ceifados de suas vidas em nome da liberdade.

Mais tarde, colonizador faz desembarcar na Bahia os primeiros negros escravos que, sob
a égide do chicote, são despejados também na lavoura. Como os índios, sofreram toda
espécie de castigos físicos e morais, e até a subtração da própria vida.
Desta forma, índios e negros, unidos pela dor, pelo sofrimento e pela ânsia de liberdade,
desencarnavam e encarnavam nas Terras de Santa Cruz., ora laborando no plano astral,
ora como encarnados, estes espíritos lutavam incessantemente para humanizar o coração
do homem branco, e fazer com que seus irmãos de raça se livrassem do rancor, do ódio, e
do sofrimento que lhes eram infligidos.

Muitas crianças índias e negras, foram mortas, quando nasciam com alguma debilidade,
pois não serviriam para o trabalho pesado, outras eram castigadas até a morte por terem
aprontado algumas travessuras de criança, perturbando assim os seus senhores.

Vítimas de revolta e vingança muitas crianças brancas também acabaram sendo mortas
por negros e índios.

Juntando-se então os espíritos das crianças, os dos negros e dos índios, o plano formou o
que hoje chamamos de: Trilogia da Umbanda "Caboclos, Pretos Velhos e Crianças".
Assim, hoje vemos esses espíritos trabalhando para reconduzir os algozes de outrora ao
caminho de Deus.

A igreja católica, preocupada com a expansão de seu domínio religioso, investiu pesado
para eliminar as religiosidades negra e índia. A necessidade de preservar a cultura e a
religiosidade, fez com que os negros associassem as imagens dos santos católicos aos
seus Orixás, como forma de burlar a opressão religiosa sofrida naquela época, e assim
continuar a praticar e difundir o culto aos Orixás, a esta associação, deu-se o nome de
"Sincretismo Religioso".
Em 1889 é assinada a "lei áurea". O quadro social dos ex-escravos é de total miséria. São
abandonados à própria sorte, sem um programa governamental de inserção social. Na
parte religiosa seus cultos são quase que direcionados ao mal, a vingança e a desgraça do
homem branco, reflexo do período escravocrata. No campo astral, os espíritos que tinham
tido encarnação como índios, caboclos (mamelucos), cafuzos e negros, não tinham campo
de atuação nos agrupamentos religiosos existentes.

O catolicismo, religião de predominância, repudiava a


comunicação com os mortos, o espiritismo (kardecismo) estava preocupado apenas em
reverenciar e aceitar como nobres as comunicações de espíritos com o rótulo de
"doutores" e o candomblé, por sua vez, não trabalha com eguns (espirito de pessoa
falecida). Os Espíritos Superiores, atentos ao cenário existente, estruturaram aquela que
seria uma Corrente Astral aberta a todos os espíritos de boa vontade, que quisessem
praticar a caridade, independentemente das origens terrenas de suas encarnações, e que
pudessem dar um freio ao radicalismo religioso existente no Brasil. Assim a Umbanda é
plasmada no Plano Astral e em 15 de novembro de 1908 é anunciada pelo Caboclo das
Sete Encruzilhadas, através do médium Zélio Fernandino de Moraes.
Doutrina Umbandista
Por Mãe Manuela de yemanjá
Sempre boto essa observação quando vou da aulas de
desenvolvimento:”O candomblé é dividido em nações e a umbanda em
vertentes.”

Cada casa tem seu seguimento,energia e guia chefe para comandar os


trabalhos do terreiro.

A umbanda e dividida em muitas vertentes mas o que deve ser essencial


é água,a essência tem que ser a mesma.E de que água estou
falando?CARIDADE.E como praticamos caridade na
umbanda?Primeiramente a umbanda é a prática do espirito para caridade
e eu entendo que esse espirito não é somente os guias que estão
desencarnados mas o médium que se doa para receber a energia deles.E
posso ainda ir além,os espíritos encarnados que são voluntários de
terreiros e os cargos que não tem a faculdade mediúnica de
incorporação,os combonos que auxiliam as entidades e assim por diante.

Somos soldados de zambi,todos no mesmo objetivo.Não importa sua


função e obrigação dentro do terreiro o importante é você abraçar com
amor e responsabilidade o que zambi lhe confiou.

Por meios de estudos e pesquisas irei citar abaixo algumas vertentes de


umbanda :

Umbanda Branca:
Tida como a Umbanda original, foi a vertente ou a Umbanda fundada pelo Caboclo das 7
Encruzilhadas por meio do médium Zélio Fernandino de Morais. Também é conhecida
como Umbanda Branca e de Demanda, mas em seu princípio o primeiro nome que tomou
foi de Alabanda ou Allabhanda. Alguns ainda usam o termo Umbanda Tradicional para se
referir a essa Umbanda, mas acho um termo incompleto, pois todas vertentes que seguem
uma tradição também levam esse nome. Cultua os Santos, sendo que os mesmos podem
ser sincretizados com os Orixás, mas compreendem que Orixá é um termo empregado
para designar um espírito elevado, como no caso do Orixá Mallet, falangeiro da linha de
Demanda. Suas 7 Linhas são distribuídas como: Linha de Oxalá, Linha de Ogum, Linha de
Euxosse, Linha de Xangô, Linha de Nhã Shan, Linha de Almanjar e Linha das Almas. As
entidades que mais se manifestam são caboclos e pretos-velhos. Não usam atabaques,
nem palmas e as velas sempre são de cor branca.

Aumbandã:
Conhecida também pelos nome de Umbanda Esotérica ou Umbanda Mirim, foi fundada
pelo Caboclo Mirim, por meio do médium Benjamin Gonçalves Figueiredo. Contam-se
histórias que o sr. Benjamin teria sido “feito” pelo próprio Caboclo das 7 Encruzilhadas.
Que o Caboclo incorporado em seu cavalo Zélio, teria levado o sr. Benjamim para o mar e
saído de lá com ele incorporado no Caboclo Mirim, já com a missão de montar sua Tenda,
a Tenda Espírita Mirim e dar continuidade no trabalho. Aqui vemos a primeira divergência
entre a estrutura do Zélio e a nova estrutura que surgia, sendo que o Caboclo Mirim,
mudou diversas práticas dentro da liturgia e também trouxe uma nova forma de se
compreender as 7 linhas de Umbanda, retirando os santos católicos e dando uma nova
visão a compreensão das linhas e dos Orixás, distanciando os mesmos dos Orixás
africanos e organizando-os assim em 7 linhas, como as que seguem: Oxalá, Ogum,
Oxóssi, Xangô, Iofá, Ibejis e Iemanjá. Apesar disto acreditam na presença de outros orixás
(reinterpretados) dentro da sua ritualística, sendo eles, além dos já citados: Obaluaiê,
Oxum, Iansã e Nanã. O Caboclo Mirim ainda instituiu uma forma de hierarquização para os
médiuns, dividindo-os em graus, que são: Cabeça de Bojá-Mirim (iniciantes), Cabeça de
Bojá (médiuns de banco, passistas), Cabeça de Bojáguaçu (médiuns que incorporam,
médiuns rodantes), Cabeça de Abaré-mirim (Sub-chefe de terreiro), Cabeça de Abaré
(Chefes de terreiro), Cabeça de Abaréguaçu (Sub-comandante chefe de terreiro), Cabeça
de Morubixaba (Comandante chefe de terreiro). Preferencialmente se manifestam
Caboclos e Pretos-Velhos. Não se utilizam de guias, velas, bebidas, atabaques e imagens
em suas sessões e cerimônias.

Aumbhandã:
Apesar do termo ser similar com o anterior, essa é uma escola ou vertente fundada pelo
médium Woodrow Wilson da Matta e Silva, conhecida também pelo termo (similar) de
Umbanda Esotérica ou Umbanda de Pai Guiné ou até mesmo de Raiz de Pai Guiné.
Alguns defendem que W.W. da Matta e Silva é o sucessor espiritual do Caboclo das 7
Encruzilhadas – o que não é defendido por este autor – porém, podemos encontrar
diversas divergências entre ambas as tradições. A vertente esotérica de Guiné preza mais
por um lado esotérico, indianista, com pontos riscados fluídos, lembrando o sânscrito (bem
de longe, mas é o defendido pelos seus adeptos) e também traz uma estrutura
diferenciada das 7 linhas de Umbanda, sendo a mesma formada por: Orixalá, Ogum,
Oxóssi, Xangô, Yemanjá, Yori e Yorimá. Não há culto ou a presença de santos católicos
ou de Orixás africanos, geralmente se representam as 7 linhas por meio dos pontos
riscados de cada uma das linhas. Trabalham com Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças,
preferencialmente. Os Exus trabalham paralelamente considerados como entidade
puramente de Quimbanda. Foi herdada por Rivas Neto, que fundou sua própria vertente, a
Umbanda Iniciática, mas é disputada por Roger Feraudy, que também criou sua vertente a
Aumpram. Em todas essas três vertentes encontramos algo em comum, que é a crença
que a Umbanda é um conhecimento milenar disponível para toda humanidade e que foi
reinterpretado com o passar das eras, sendo formado pelo povo da Raça Vermelha,
originais dos continentes míticos de Atlântida, Lemúria e Mu.

Umbanda Popular:
Também podendo ser conhecida como Umbanda Simples e Umbanda Tradicional.
Algumas pessoas confundem com as práticas de Umbandomblé, Candombanda, Cruzada
ou Umbanda Traçada/Trançada, porém não se trata da mesma. A Umbanda Popular são
as muitas umbandas formadas em uma única casa sem que essa se torne difundida como
na prática de franquias. Podemos considerar que a Umbanda Popular é a Umbanda do
povo e dos guias que trazem aquela forma de cultuar, podendo variar completamente de
casa para casa. Justamente por isso é difícil categorizar e acaba-se colocando todas as
Umbandas que não fazem parte das vertentes com mais de uma casa disponível, nessa
categoria. Cultuam-se tanto santos, quanto orixás, conforme as ordens de seus Guias-
Chefes e também acreditam em diversos Orixás ou linhas de trabalho, assim como a
formatação da linha é diferente. As entidades que trabalham nas Umbandas Populares são
os Caboclos, Pretos-Velhos, Crianças, Exus, Pombagira, Baianos, Marinheiro, Mineiros,
Boiadeiros, Malandros, etc. Encontramos a presença de atabaques, música, velas
coloridas, alguns praticam oferendas e entregas, uso de bebidas, fumo, etc. Porém,
depende mesmo de cada casa.

Umbanda Omolocô:
Umbanda criada pelo Tatá Tancredo (Tancredo da Silva Pinto), também conhecida como
Umbanda Traçada. Tem forte influência africana, sendo considerada a que mais se
aproxima de um candomblé. Usa-se abertamente do sincretismo dos Orixás com os santos
católicos, e encontramos diversas linhas de trabalho, também encontradas nas Umbandas
Populares. Pratica do sacrifício ritualístico e tem inclinação para o Candomblé Nagô /
Yorubá.

Umbanda de Almas e Angola:


Também derivada de um Candomblé, porém de nação Angolana, sendo que é a
derivação do Candomblé de Caboclo, que por sua vez é derivada do Candomblé de
Almas, este sendo derivado do Candomblé de Angola. Muito comum na região sul do
Brasil, considera como trabalhadores os caboclos de diversos orixás, pretos-velhos e as
crianças. Além, disso tem a forte presença do povo das águas e dos orixás, Iemanjá,
Oxum, Nanã e Iansã (para alguns) ligados a água. Iemanjá o Mar, Oxum os Rios, Nanã as
Lagas e Iansã a Tempestade.

Umbanda Sagrada:
Vertente criada por Rubens Saraceni em conformidade com as regras ditadas,
supostamente, por Pai Benedito de Aruanda e pelo seu Ogum pessoal, Ogum Megê Sete
Espadas (Seiman Hamiser Yê). Reestruturou a ideia das 7 linhas, criando pares vibratórios
e chamando-os de tronos, sendo que considera a seguinte formatação: Trono da Fé
(Oxalá e Logunan/Oyá Tempo), Trono do Amor (Oxum e Oxumaré), Trono do
Conhecimento (Oxóssi e Obá), Trono da Justiça (Xangô e Egunitá/Oro Iná), Trono da Lei
(Ogum e Iansã), Trono da Evolução (Obaluayê/Nanã Burukê) e Trono da Geração
(Iemanjá e Omulu). Tem seus próprios fundamentos, tem sua própria cosmogonia e
cosmovisão, sendo uma visão bem diferente das demais Umbandas. Focam em estruturas
deixadas por seu fundamentador Rubens Saraceni, baseados nos inúmeros cursos por ele
ministrados, seja de teologia de Umbanda, seja de desenvolvimento mediúnico, seja de
sacerdócio, como os milhares de graus de magia divina que ele instituiu. É, sem sombra
de dúvidas, a vertente mais difundida, devido a facilidade de encontrar sua literatura e
também pela facilidade como se formam “sacerdotes”, mesmo que isso não seja algo
significativo ou sinônimo de que é melhor que as demais. Trabalham com todas as linhas
de trabalho, não importando a vibração que cada Orixá emite, sendo considerado que há
caboclo e pretos-velhos, assim como demais entidades, para todas as vibrações e pares
energéticos, os chamados tronos.

Além dessas podemos encontrar a Umbanda Guaracyana, a Umbanda Batuque, a


Umbanda dos 7 Reinos, Umbanda dos 7 Raios, Umbanda Astrológica, etc. São vertentes e
mais vertentes e que nunca irão se findar, com a graça de Zambi, Tupã e Olodumaré.
O mais importante quando se diz sobre vertentes é identificar a sua condição e como ela
se encaixa naquela sociedade, naquele agrupamento de médiuns e consulentes e de
como suas práticas são feitas. A Umbanda não cobra por atendimentos com entidade(e
quando se cobra e a entidade do sacerdote da casa dependendo da linha que ele
trabalhe), tampouco por desenvolvimento mediúnico ou ensinamentos de suas práticas
ritualísticas básicas. Então desconfie, caso as coisas saiam desse eixo.

As literaturas consultadas para esse artigo foram as dos autores acima referenciados,
procure pelo nome dos fundamentadores ou até mesmo de Leal de Souza, que escreveu
sobre a Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade.

Vamos agora falar da nossa doutrina,a doutrina do Abassá de Yemanjá

Somos uma Umbanda de Almas e Angola

O ritual de Almas e Angola,seguindo os passos da Umbanda


Tradicional,possui uma Trindade Divina,formada por um Deus Maior
chamado de Zambi, criador do universo; por divindades denominadas
Orixás,que estão representados no panteão africano,e por entidades ou
guias,considerados espíritos de luz.

Na categoria de divindades,os Orixás estão divididos atualmente em nove


manifestações: Oxalá,Nanã,Xangô,yemanjá,Oxóssi,Oxum,Ogum,Inhasã e
obaluaê.

Esses são os principais pois louvamos a eles no cotidiano,mas temos


outros orixás no nosso conga como: Obá,Ossain e breve Logun ede
trazendo sua energia a nossa casa,não esquecendo de tempo nosso
patrono.

As entidades espirituais ou guias agrupam-se em: Erês,Caboclos,Pretos –


velhos,Exus,Pomba-giras,Exus e pombagiras
Mirins,Baianos,Malandros,Povo do Oriente e Marinheiros.

O povo do oriente não é muito comum no ritual de almas e


angola,depende muito do enredo do dirigente.

Vamos falar agora um pouco sobre os Orixás que cultuamos

OXALÁ
Oxalá é o maior Orixá da Umbanda, estando abaixo apenas de Olorum, Deus Supremo. Foi
criado a partir do ar, que havia no início dos tempos, e das primeiras águas, pelo mesmo
Deus Supremo, Olorum. Representado por uma estrela de cinco pontas, é sincretizado como
Jesus Cristo e representa a paz e a fé. Na umbanda, sua tarefa foi a de criação do ser
humano. Ele envia vibrações que estimulam a fé individual, assim como irradiações que
geram sentimentos de religiosidade. É aquele que determina o fim da vida de cada ser
humano, é o momento de partir em paz. Representa o amor, bondade, pureza espiritual, e
tudo aquilo que indica positividade.
Cores: branco e cristalino

Habitat: praia deserta ou colina

Data comemorativa:dezembro no natal e janeiro na lavagem do bonfim

Dia da semana: sexta-feira

Ervas: Camomila, Cravo, Coentro, Arruda, Erva Cidreira, dentre outr

Cores da Guia: contas brancas, leitosas ou de cristal

Saudação: Êpa Êpa Babá!

OXUM

Pedras Cachoeira Oxum é a Orixá que domina as mulheres, orixá da


fertilidade, do amor e do ouro. Protetora das gestantes e da juventude, é a senhora das
águas doces. Representa a beleza e a pureza, a moral e o modelo de mãe. Muitas vezes é
evocada em prol da limpeza fluídica dos seguidores e do ambiente dos templos. Segundo a
Umbanda, ela é o exemplo de mãe que nunca desampara seus filhos e ajuda a qualquer
pessoa.

Cores: amarelo ouro

Habitat: cachoeira, rios e lagos

Data comemorativa: 08 de dezembro e dia das mães

Dia da semana: sábado

Ervas: Camomila, Gengibre, Erva Cidreira, dentre outras

Cores da Guia: amarelo leitoso ou amarelo ouro vidrado

Saudação: Ora iêiê ô!

OGUM
Orixá guerreiro, Ogum é aquele que representa todas as batalhas da
vida. Representado por São Jorge, é o orixá protetor contra as guerras e contra diversas
demandas espirituais; Ogum é a força do movimento. É ele quem protege os seguidores da
Umbanda e as pessoas que sofrem perseguições espirituais ou materiais. Ogum também é o
senhor das estradas, é a jornada do dia a dia e sua responsabilidade é a manutenção da lei e
da ordem

Cores: vermelho e branco ou azul

Habitat: mata fechada

Data comemorativa: 13 de junho

Dia da semana: terça-feira

Ervas: Aroeira, Como Ninguém Pode, Espada de São Jorge, dentre outras

Cores da Guia: conta azul

Saudação: Ogunhê!

IEMANJÁ
Orixá mais popular do Brasil, a rainha do mar é a mãe de todos os Orixás, é o trono feminino
da geração, a protetora dos marinheiros, pescadores, das viagens pelo mar, e também sobre
toda a flora e fauna marinhas. E além disso, atua no amparo à maternidade, rege de forma
absoluta o lar e a família. Dona dos mares e oceanos, águas essas que, através de sua força,
tem o papel de devolver vibrações e trabalhos, pois creem que o mar devolve tudo que nele
for jogado e vibrado.

Cores: azul claro, branco e prata

Habitat: calunga grande (mar)

Data comemorativa: 2 de fevereiro

Dia da semana: sábado

Ervas: Trevo, Pata de Vaca, Erva Quaresma, dentre outras

Cores da Guia: transparentes

Saudação: Odoiá!

XANGÔ
Xangô é o Orixá da justiça e da sabedoria, simboliza a lei de causa e efeito, responsável a
dar a quem merece o devido castigo e a vitória aos que foram injustiçados. É quem dá
solução às pendências. A maioria dos seguidores que recorrem ao Xangô são os que sofrem
de injustiças, perseguições espirituais e materiais. Desse Orixá, emanam também o saber e
a autoridade, é o protetor de todos que tem contato com as práticas da lei.
Cores: marrome vermelho ou branco e vermelho

Habitat: pedreiras, grutas de pedras

Data comemorativa: 30 de setembro e mês de são joão

Dia da semana: quarta-feira

Ervas: Folhas de Mangueira, Erva Lírio, Folhas de Limoeira, Folhas de Café, dentre outras

Cores da Guia: branco e vermelho

Saudação: Kaô Cabecilê!

IANSÃ
Iansã é a Orixá dos ventos e das tempestades. Rainha dos raios, é responsável pelas
transformações e pelo combate à feitiçarias feitas aos seus seguidores. Guerreira, é
conhecida também como guardiã dos mortos, pois exerce domínio sobre os eguns. A força de
sua magia afasta todas as influências do mal e negativas, pois tem o poder de anular os
males e cargas de enfeitiçamento.

Cores: vermelho,branco,coral

Habitat: bambuzal

Data comemorativa: 04 de dezembro

Dia da semana: quarta-feira

Ervas: Erva de Santa Bárbara, Cordão de Frade, Açúcena, Folhas de Rosa Branca, dentre
outras

Cores da Guia: vermelha leitosa

Saudação: Eparrei Oyá!

OXOSSI
Oxossi é o Orixá conhecido como senhor dos caboclos e das matas. É o caçador de almas de
homens e dele emana altivez. Encoraja e dá segurança a todos seus seguidores; protetor
dos animais, é conhecido por aliar sua grande força com o bom senso. Assim como Ogum, é
um lutador, grande guerreiro, está sempre pronto para defender aqueles que se colocam sob
sua guarda.

Cores: verde

Habitat: mata fechada

Data comemorativa: 23 de abril

Dia da semana: quinta-feira

Ervas: Folhas de Aroeira, Folhas de Samambaia, Folhas de Palmeira, Erva Cidreira, Folhas de
Laranjeira, Folhas de Maracujá, Folhas de Abacateiro, dentre outras

Cores da Guia: contas verdes ou azul

Saudação: Okê Arô!

OMULÚ e Obaluaê
Orixá da saúde, atua sobre os doentes, hospitais e cemitérios.
Senhor da morte e das doenças, costuma ser muito temido, porém da mesma forma que
traz a doença, ele leva embora também. Muito respeitado, é um orixá exigente e grande
feiticeiro. Omulú é a manifestação idosa de Obaluaiê. Os médiuns ao manifestarem a
presença de Omulú, se curvam aproximando-se o máximo da terra, do chão. Representa a
transformação do ser, morrer para o pequeno e renascer para o grande

Cores: preto e branco(obaluae)vermelho,preto e branco(omolu)

Habitat: calunga pequena (cemitério)

Data comemorativa: 16 de agosto(obaluaê)17 de dezembro(omolu)são roque e são lazaro

Dia da semana: segunda-feira

Ervas: Alfazema, Babosa, Coentro, Jenipapo, Musgo, dentre outras

Cores da Guia: contas pretas e brancas(obaluaê)Omolu(preta,vermelha e branca)

Saudação: Atotô!

NANÃ
Orixá mais velho do panteão africano, que nenhuma pesquisa conseguiu identificar suas
origens. Dona da alma do fundo dos rios, lama esta que serviu para modelar os homens, é
misteriosa e também possui forte relação com a morte; pois é o nascimento, a vida e a
morte. Nanã é uma expressão que significa “Mãe” em diversos dialetos na África, portanto,
Nanã é a mãe do destino.

Cores: roxo

Habitat: calunga pequena (cemitério)

Data comemorativa: 26 de julho

Dia da semana: terça-feira

Ervas: Hortência, Folhas de Samambaia, dentre outras

Cores da Guia: contas roxas

Saudação: Saluba Nanã!

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Abassá de Yemanjá
Tenda de Umbanda da Preta Velha Maria Congá e Caboblo Sultão das
Matas

Rituais são práticas espirituais que tem como objetivo dar firmeza ao médium e
deixa-lo cada vez mais preparados para o trabalho espiritual.
Os rituais da casa são:

Vinculação:É o ritual feito pela guia chefe da casa,neste momento o médium


faz o juramento pra entrar na corrente da casa,ali por diante ele está
assumindo o compromisso com a egregora espiritual da casa e com seus guias
de trabalho.
Batizado: Ocorre sempre quando o médium, depois de um tempo de
aprendizado na casa decide dizer sim à espiritualidade assumindo-se como
Umbandista
Confirmação do Batismo:Feito nas águas de Oxum com objetivo mas forte do
seu compromisso,ali limpamos o filho se tem outros fundamentos que só quem
passar e viver saberá.
Amacis: Lavagem de cabeça para equilíbrio dos médiuns de corrente e
confirmação de orixá de coroa.
Camarinha:E o compromisso assumido entre o médium e seu guia chefe.E o
renascimento do médium de umbanda,um trabalho mas consciente com suas
entidades,neste momento o guia chefe e responsável pelo trabalho e pelo
médium.
Mão de Búzios: Somente para médiuns que tenham a missão de abrir casa,esse
médium passar primeiramente por um curso antes do ritual.
Coroação: Quando o médium tem o chamado do sacerdócio,a partir desse
momento ele escolhe permanecer ou não na sua casa de santo,sabendo se
permanecer ele é um sacerdote auxiliar não o de comando da casa,e quando
abrir sua casa e levar o nome do abassá de yemanjá terá que levar também
seus princípios e fundamentos.
Coroação de cargos:Quando aquele cargo está maduro pra assumir a missão ao
lado da sacerdotisa da casa,respeitando a casa e seus fundamentos.
Hierarquia da casa:
Mãe de santo(dona da casa)
Mãe pequena ou pai pequeno
Tata
Makota
Combono Chefe
Sacerdotes auxiliares

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