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TESTE DE

ESCOLA: DATA: / / AVALIAÇÃO 4


NOME: N.O: TURMA

GRUPO I

Lê o texto.

A Terra não é o centro do mundo!!!

A nossa estrela, o Sol, está no centro de um sistema planetário do qual o nosso querido
planeta faz parte. Durante muito tempo, os homens pensavam que a Terra se mantinha imó-
vel no centro de um Universo fixo. Esta visão parece-te estapafúrdia, não é? Fica sabendo, no
entanto, meu caro, que esta ideia ainda era aceite há apenas 500 anos! O grande astrónomo,
5 geógrafo, físico e matemático Cláudio Ptolomeu, que viveu aproximadamente do ano 100 ao
ano 170, pensava que em redor da Terra giravam a Lua, o Sol e os outros planetas. Fechado
numa enorme esfera, o Universo que tinha imaginado estava rodeado de estrelas imóveis...
Parece incrível, mas o grande tratado de astronomia escrito por Ptolomeu, O Almageste, foi
efetivamente a referência dos astrónomos durante 1500 anos!
10 Foi o astrónomo polaco Nicolau Copérnico que esteve na base da grande revolução as-
tronómica do século XVI. Em 1515, afirmou nada mais nada menos do que a Terra NÃO É o
centro do Universo! Segundo o cientista, o nosso planeta giraria em torno do Sol, como todos
os outros planetas do Sistema Solar. Não fazes ideia de como estas afirmações foram revolu-
cionárias para as pessoas da época, mas sobretudo enriquecedoras para o curso da História…
15 É claro que sabemos hoje que este pensador com ideias originais tinha razão... A Terra, à
semelhança dos outros sete planetas do Sistema Solar, gira, de facto, à volta da nossa estrela,
o Sol. Este desfile de astros compõe em grande parte o Sistema Solar.

Professor Genius, O meu álbum do universo, Sintra, Impala Editores, 2006, pp. 26-27 (texto adaptado)
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TESTE DE
AVALIAÇÃO 4
1. Classifica as seguintes afirmações relacionadas com Nicolau Copérnico como verdadeiras (V)
ou falsas (F), de acordo com o texto.

a) Nicolau Copérnico foi um astrónomo polaco.

b) Nicolau Copérnico viveu no século XVII.

c) Nicolau Copérnico afirmou que a Terra não é redonda.

d) Nicolau Copérnico afirmou que a Terra não é o centro do


Universo.

e) Nicolau Copérnico defendeu que a Terra girava à volta do Sol. Nicolau Copérnico

f) Nicolau Copérnico defendeu que a Terra era o único planeta que girava em volta do Sol.

g) Nicolau Copérnico revolucionou a astronomia.

h) Nicolau Copérnico foi importante a nível histórico.

2. Transcreve frases do texto que comprovem as afirmações seguintes.

2.1. Antigamente, considerava-se que a Terra não se movia e que era o centro do Universo.
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2.2. Cláudio Ptolomeu defendia que os planetas giravam à volta da Terra.


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2.3. Ptolomeu escreveu um tratado que, durante muitos anos, foi importante para os astró-
nomos.
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2.4. No século XVI, Nicolau Copérnico revolucionou as noções de astronomia existentes.


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2.5. As ideias de Copérnico continuam atuais.


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2.6. A Terra gira à volta do Sol.


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PORTUGUÊS 5.O ANO – TESTE DE AVALIAÇÃO 4

GRUPO II

Lê o conto que se segue, com muita atenção. Em caso de necessidade, consulta


o vocabulário.
Frei João Sem Cuidados

Frei João Sem Cuidados era um homem que com nada se afligia.
Corria-lhe a vida à maneira porque, como frade, não precisava de ganhar dinheiro para sustentar
mulher nem de ouvir a choradeira dos filhos. Ria-se de todos os homens casados porque não tinha
de aturar uma sogra. Dormia e comia à fartazana no convento. Passeava pelas ruas, conversando
5 com toda a gente e, quando estava cansado, sentava-se na frescura silenciosa da igreja, a rezar.

Dava conselhos com um sorriso, resolvia problemas num abrir e fechar de olhos.
Tanto o rei ouviu falar do frade, que pensou metê-lo em trabalhos.
– Ando eu para aqui a preocupar-me com os negócios do reino, sem saber como resolvê-los
e o felizardo com fama de não ter cuidados...
10 Mandou-o chamar à sua presença, falando-lhe com cara de poucos amigos:
– Dou-te vinte e quatro horas para responderes a três perguntas: Aonde fica o meio da
Terra? Quanta água há no mar? Em que estou eu a pensar? Se não acertares, mando-te cortar
a cabeça porque afinal não te serve para nada.
Pela primeira vez na vida, sentiu-se o frade preocupado.
15 Consultou os sábios do reino, folheou os poeirentos alfarrábios1 da biblioteca mas em parte
alguma achava resposta para aqueles enigmas.
Pediu ajuda aos santinhos dos altares mas os santos de pau carunchoso2 nem se dignaram
abrir a boca.
Sentou-se então numa pedra, desesperado.
20 Passou um moleiro que, ao ver o rio de lágrimas que lhe nascia dos olhos, quis saber o que
se passava.
Contou o frade a conversa do rei e logo o outro ali o consolou:
– Não se preocupe, Frei João Sem Cuidados. Empreste-me a sua fatiota que amanhã eu irei
ao palácio real em seu lugar. Somos da mesma altura, a minha barriga é tão grande como a sua...
25 – E se o rei manda cortar-te a cabeça?
O outro riu-se a bom rir enquanto trocavam de roupa.
No dia seguinte apresentou-se o moleiro na sala do trono, diante de toda a corte. Puxou
o capuz até ao nariz para não ser reconhecido.
– Ora vamos lá a saber onde fica o meio da Terra... – disse o soberano, trocista.
30 O moleiro nem hesitou:
– Não há pergunta mais fácil. Toda a gente sabe que a Terra é redonda como a laranja –
respondeu ele, tirando uma da algibeira. – Onde fica o meio deste fruto? Em qualquer parte,
porque é redondo.
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Sentiu-se o rei embatucado3 com aquela resposta mas não se deu por achado.
35 – Pois agora, diz-me, sem errares, quanta água há no mar.
O moleiro não tinha papas na língua.
– Qual a dificuldade? Facilmente se mede a água do mar. Basta Vossa Majestade mandar
tapar primeiro a foz de todos os rios para não se misturar a água doce com a salgada.
Ficou o rei perplexo com a esperteza do homem e calou-se pois não achava maneira de
40 barrar todos os rios.

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TESTE DE
AVALIAÇÃO 4
– Bem, finalmente vais adivinhar em que estou eu a pensar.
O falso frade, mais uma vez, não se atrapalhou.
– Pensa Vossa Majestade que está a falar com Frei João Sem Cuidados. Mas veja bem
quem eu sou... o Zé Moleiro!
45 Isto dizendo, destapou a cara.
– Pois enganaste-me bem enganado! – confessou o rei, meio engasgado. – Tenho de dar o
braço a torcer. Podes fazer-me um pedido, que bem o mereces. Queres uma bolsa de ouro?
Um burro para carregares farinha? Um moinho novo?
O espertalhão não demorou a falar.
50 – Quero que Vossa Majestade me diga onde é o lugar das cabeças.
– Em cima dos pescoços, está bem de ver.
– Pois então, deixe-as ficar no sítio delas, que é onde se sentem bem.
Parece que o rei seguiu o conselho e Frei João Sem Cuidados continua sem cuidados.
Luísa Ducla Soares, Contos para rir, Porto, Civilização Editora, 2003, pp. 53-58

Vocabulário: 1 alfarrábios – livros antigos e geralmente de grandes dimensões; 2 carunchoso – que está cheio
de caruncho, degradado, velho; 3 embatucado – sem capacidade para responder, atrapalhado.

1. Assinala com um X, de 1.1. a 1.3., a opção que completa corretamente cada frase, de acordo
com o sentido do texto.
1.1. Frei João Sem Cuidados
A. era um homem muito aflito.
B. era um homem sem preocupações.
C. não tinha cuidado com nada.
D. era um homem muito infeliz.
1.2. A vida de Frei João Sem Cuidados corria bem, porque
A. não precisava de sustentar ninguém.
B. tinha de aturar uma sogra.
C. dormia e comia o suficiente na aldeia.
D. passeava pela rua e nunca estava cansado.
1.3. O Frei João Sem Cuidados
A. rezava debaixo de árvores para sentir frescura.
B. não gostava de dar conselhos.
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C. sorria quando resolvia problemas.


D. resolvia problemas rapidamente.

2. “Tanto o rei ouviu falar do frade, que pensou metê-lo em trabalhos.” (linha 7)
2.1. Transcreve as questões colocadas pelo rei ao Frei João Sem Cuidados.
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PORTUGUÊS 5.O ANO – TESTE DE AVALIAÇÃO 4

3. O que aconteceria a Frei João Sem Cuidados se não desse as respostas corretas ao rei?
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4. Indica o sentimento do frade depois da conversa com o rei.


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5. Refere o que fez o Frei João Sem Cuidados para encontrar as respostas para dar ao rei.
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6. “Sentou-se então numa pedra, desesperado.” (linha 19)


6.1. Identifica a personagem que consolou o Frei João Sem Cuidados.
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7. Explica o motivo que levou o moleiro a disfarçar-se de Frei João Sem Cuidados.
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8. Consideras que o moleiro conseguiu atingir o seu objetivo? Justifica a tua resposta.
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9. Identifica o recurso expressivo presente em “a Terra é redonda como a laranja” (linha 31).
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GRUPO III

1. Identifica a classe e a subclasse da palavra sublinhada na seguinte frase.


“Pela primeira vez na vida, sentiu-se o frade preocupado.” (linha 14)
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2. Associa os elementos da coluna A às formas verbais sublinhadas na coluna B.

A B
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1. Diz, agora, quanta água há no mar.


A. Infinitivo
2. “vais adivinhar em que estou eu a pensar.” (linha 41)
B. Particípio
3. “– Ora vamos lá a saber onde fica o meio da Terra...” (linha 29)
C. Imperativo
4. O moleiro tinha enganado o rei.

A. B. C.

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AVALIAÇÃO 4
3. Lê a frase seguinte.
Toda a gente precisa de saber que a Terra é redonda como a laranja.
3.1. Transcreve da frase
a) uma forma verbal de um verbo pertencente à 1a. conjugação. _____________________
b) uma forma verbal de um verbo irregular. _____________________________________

4. Completa cada uma das frases seguintes com a forma do verbo apresentado entre parên-
teses, no tempo e modo indicados.
a) O Frei João Sem Cuidados ________________ (ficar, futuro do indicativo) sem cabeça se
não responder acertadamente.
b) O moleiro ________________ (falar, pretérito imperfeito do indicativo) enquanto desta-
pava a cara.
c) O lugar das cabeças ______________ (ser, presente do indicativo) em cima dos pescoços.
d) O rei ________________ (seguir, pretérito perfeito do indicativo) o conselho do moleiro.

5. Lê a frase seguinte.
A minha barriga é tão grande como a sua.

5.1. Identifica o grau em que se encontra o adjetivo presente na frase.


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5.2. Reescreve a frase com o adjetivo no grau
a) comparativo de superioridade.
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b) superlativo absoluto analítico.
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GRUPO IV

“Sentou-se então numa pedra, desesperado.


Passou um moleiro que, ao ver o rio de lágrimas que lhe nascia dos olhos, quis saber o
que se passava.” (linhas 19-21)
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Continua a narração do conto a partir do momento acima transcrito, imaginando um


desfecho diferente para esta história.
Para isso, deves:
• fazer um rascunho das ideias fundamentais do texto;
• escrever de forma coerente e correta;
• escrever um mínimo de 120 e um máximo de 180 palavras e, no final, rever o texto
e corrigir aquilo que achares necessário.

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