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CABEAMENTO ESTRUTURADO

Unidade IV
7 ESPAÇOS EM SISTEMAS DE CABEAMENTO ESTRUTURADO

7.1 Área de trabalho

7.1.1 Introdução

Entrada de antena

Infraestutura do
edifício para cabos
Infraestutura do
edifício para cabos
Pavimento do edifício

Sala de
telecomunicações
Infraestutura do
edifício para cabos
Infraestutura do
edifício para cabos

Sala de
telecomunicações
Sala de
equipamentos
Infraestutura do
edifício para cabos

Entrada principal
Infraestutura de
entrada

Tomada de
Infraestutura para telecomunicações
rede de campus (TO)

Entrada alternativa Área de trabalho


(WA)

Figura 68

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Unidade IV

Os principais espaços em sistemas de cabeamento estruturado são as áreas de trabalho e os espaços


de telecomunicações. Os espaços de telecomunicações encontrados nas organizações são: sala de
telecomunicações, sala de equipamentos e infraestrutura de entrada. A figura anterior mostra os espaços
em sistemas de cabeamento estruturado.

A área de trabalho é muito conhecida pelo seu acrônimo em inglês WA, que significa Work Area.
Essas áreas são os espaços onde o usuário está situado no edifício comercial e também onde está
disponível a conectividade necessária para que as aplicações funcionem.

Sob o aspecto técnico, é considerado um espaço do sistema de cabeamento estruturado, porque é


lá que o usuário consegue utilizar o seu computador em rede ou fazer uma chamada de voz pelo seu
telefone.

A norma NBR 14565 (ABNT, 2013, p. 4) define a área de trabalho “como espaço do edifício no qual
seus ocupantes interagem com os serviços disponibilizados pelo cabeamento estruturado”.

O cabeamento que chega até a área de trabalho é normalmente oriundo do distribuidor de piso
situado na sala de telecomunicações. Conforme mencionado, esse cabeamento é conhecido por
horizontal, terminando em uma tomada de telecomunicações, conhecida pelo seu acrônimo em inglês
TO (Telecommunication Outlet).

Lembrete

O cabeamento estruturado é composto de dois subsistemas: subsistema


de cabeamento horizontal e subsistema de cabeamento de backbone.

A figura a seguir apresenta uma área de trabalho típica.


Área de trabalho
WA

TO
Cabos U/UTP, F/UTP categoria 5 e/ou superior

Cabeamento horizontal

Figura 69

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Uma tomada de telecomunicações normalmente obedece ao padrão RJ-45. A figura a seguir


apresenta a imagem de um conector fêmea RJ-45:

Figura 70

7.1.2 Especificações da área de trabalho

Como todo e qualquer espaço, ou subsistema do cabeamento estruturado, a área de trabalho


obedece a uma série de especificações estabelecidas pela norma NBR 14565, descritas na ABNT (2013).

A primeira especificação, que parece até um pouco controversa em comparação com o cabeamento
não estruturado, é a exigência de instalação de duas tomadas de telecomunicações por área de trabalho.
Essas tomadas, blindadas ou não, obrigatoriamente são terminadas em conectores RJ-45, onde é
conectado o cabo de par trançado categoria 5e ou superior.

Observação

Caso o subsistema de cabeamento horizontal seja provido por cabos


ópticos multimodo de 50/125 micrômetros ou 62,5/125 micrômetros, é
recomendável que apenas uma das tomadas seja terminada em conectores
ópticos. Dessa forma, conserva-se uma das tomadas provida por cabo de
par traçado.

Outra importante determinação diz respeito aos espelhos das tomadas de telecomunicações.
Eles devem ser no padrão 4 x 2” ou 4 x 4”, montados em caixas de piso, caixas de superfície ou
fixados no próprio mobiliário de escritório.

Uma área de trabalho deve ter pelo menos um tamanho de 5 m², podendo chegar a 10 m².
Não obstante, nada impede que, a partir do conhecimento do projeto físico e do layout da edificação, as
áreas de trabalho sejam menores que 5 m², atendendo, é claro, às necessidades do usuário.

O cabeamento horizontal deve ser encaminhado na área de trabalho pelo piso e/ou pelo teto,
utilizando também caminhos adequados na própria mobília presente na área de trabalho. Usando o
mobiliário como caminho de passagem do cabo, é necessária a percepção da importância das mudanças
no cabeamento estruturado quando ocorrerem mudanças de layout ou mobília no escritório.
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Uma regra de ouro na instalação de tomadas de telecomunicações em uma área de trabalho indica que
elas devem ser instaladas em locais de fácil acesso, sem descuidar da segurança. Um bom exemplo seria a
instalação de tomadas de telecomunicações em pisos frios. Tomadas de telecomunicações instaladas em
caixas diretamente implementadas em pisos frios estão sujeitas a problemas como eventuais lavagens
do piso e poeiras frequentes que podem danificar os contatos metálicos dos conectores RJ-45 fêmea.

Quando instaladas em quaisquer outros lugares sujeitos a ação de agentes químicos, limpeza,
poeira etc., recomenda-se que as tomadas de telecomunicações tenham protetores.

7.2 Espaços de telecomunicações

Os espaços de telecomunicações são definidos como aqueles destinados


a abrigar os distribuidores do sistema de cabeamento estruturado, bem
como equipamentos ativos de redes. Os espaços de telecomunicações
devem ser dedicados aos sistemas de telecomunicações e não podem
ser compartilhados com outros sistemas do edifício. Algumas normas
técnicas que se aplicam a encaminhamentos e espaços para sistemas
de cabeamento estruturado em edifícios comerciais utilizam uma
nomenclatura comum a todos os espaços de telecomunicações e outros
utilizam termos específicos para cada espaço (sala de telecomunicações,
sala de equipamentos etc.). Na prática, é comum encontrarmos
nomenclaturas específicas para cada espaço; isso ajuda a diferenciá-
los por funções específicas, bem como no sistema de gerenciamento da
infraestrutura de cabeamento (MARIN, 2013, p. 61).

7.2.1 Sala de telecomunicações

A sala de telecomunicações também é conhecida pelo seu acrônimo em inglês TR – Telecommunications


Room. Ela é um espaço de telecomunicações dentro do edifício comercial, destinado à interligação
do subsistema de cabeamento horizontal ao subsistema de cabeamento vertical por meio do
distribuidor de piso.

A norma NBR 14565 (ABNT, 2013) especifica que a sala de telecomunicações é o espaço que abriga o
distribuidor de piso e pode também abrigar o distribuidor de edifício e equipamentos de redes destinados
ao atendimento dos usuários do pavimento em que se situa a sala de telecomunicações.

Nas salas de telecomunicações, é importante que haja facilidade no espaço, alimentação elétrica,
controles do ambiente, dentre outros, destinados à instalação de componentes passivos.

As principais normas de cabeamento estruturado recomendam a implantação de uma sala de


telecomunicações por andar de um edifício comercial com a finalidade de atender a todas áreas de
trabalho daquele pavimento.

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A figura situa a sala de telecomunicações no sistema de cabeamento estruturado:

TR
TO

TR
TO
Cabeamento de
backbone

TR
TO

TR
TO

Cabeamento horizontal

ER

Figura 71

Observação

Quando não é possível a implementação de uma sala de telecomunicações


em um pavimento, as áreas de trabalho podem ser interligadas à sala de
telecomunicações de um pavimento adjacente.

Além norma NBR 14565, as normas ANSI/TIA-569-C, ISO/IEC 14763-2, ISO/IEC 18010 fazem uma
série de recomendações sobre as dimensões da sala de telecomunicações baseada no número de tomadas
de telecomunicações atendida pelo distribuidor de piso da sala.

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Unidade IV

A tabela a seguir apresenta o dimensionamento recomendado pela norma ANSI/TIA-569-C:

Tabela 11

Tomadas de Área aproximada da sala de Dimensões da sala (m)


telecomunicações (TO) telecomunicações (m²)
Até 200 15 3x5
Entre 201 e 800 36 6x6
Entre 801 e 1600 72 6 x 12
Entre 1601 e 2400 108 9 x 12

Fonte: Marin (2013, p. 55).

As normas ISO/IEC 14763-2 e ISO/IEC 18010 recomendam que a menor sala de telecomunicações
não tenha uma área inferior a 9,6 m² (com dimensões de 3 x 3,2 metros) para até 500 tomadas de
telecomunicações. A figura a seguir apresenta a sala de telecomunicações com essas dimensões:

3,0 m

1,6 m
3,2 m

Figura 72

As normas ISO/IEC 14763-2 e ISO/IEC 18010 também recomendam que até 1.000 tomadas
de telecomunicações sejam atendidas por uma sala de telecomunicações de área 14,72 m²
(com dimensões 3,2 x 4,6 metros). A figura a seguir apresenta a sala de telecomunicações com
essas dimensões:

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4,6 m

1,6 m 1,6 m
3,2 m

Figura 73

A partir de 1.000 tomadas de telecomunicações, o adicionamento de 500 tomadas de telecomunicações


aumenta uma de suas dimensões em 1,6 metros.

É comum também considerar a área do pavimento para a tomada de decisão sobre as dimensões da
sala de telecomunicações. Não obstante, a área do pavimento não pode ser a base para a definição das
dimensões da sala de telecomunicações.

A figura a seguir apresenta um exemplo de uma sala de telecomunicações:

Duto de ar Barramento
de terra Prancha de madeira
Shaft

Eletroduto

Luminárias

Eletroduto

Prancha de
madeira
Esteira para cabos

Luminárias
Eletroduto

Quadro
elétrico Duto de ar : Tomada elétrica

Figura 74

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Unidade IV

As normas ainda recomendam para a sala de telecomunicações:

• Caso haja equipamentos instalados, seja provida de um sistema de climatização 24 horas, 365
dias por ano, com temperaturas variando entre 18º e 24º C e uma umidade entre 30% e 55%.

• A iluminação deve possuir pelo menos 540 luxes, de forma que não haja problemas na
manutenção do cabeamento.

• O aterramento deve ser ligado ao sistema de aterramento do prédio.

• A porta de acesso da sala ter no mínimo 910 mm x 2.000 mm.

• Deve possuir um ambiente controlado, fechado e com acesso limitado para pessoas autorizadas.

• Esteja situada em uma área do pavimento cujo acesso não dependa do acesso a outros espaços.

• A distribuição do cabeamento seja aérea, evitando uso de teto falso.

Em edifícios e pavimentos onde não seja exequível a construção de uma sala com as
dimensões outrora especificadas, pode-se utilizar um espaço menor. A norma ANSI/TIA-569-C
recomenda que a menor sala de telecomunicações tenha dimensões mínimas de 1,3 m x 1,3 m.
Se nem esse espaço estiver disponível, é possível instalar um “armário de telecomunicações”
no shaft do edifício.

A figura a seguir apresenta um exemplo de um armário de telecomunicações em um shaft:


Componentes de conexão

Dutos (tubulações)

Portas

Figura 75

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7.2.2 Sala de equipamentos

A norma NBR 14565 (ABNT, 2013) define que a sala de equipamentos é o espaço de telecomunicações
destinado a abrigar os equipamentos de uso comum em toda a rede, a terminação de cabos e os
distribuidores do sistema de cabeamento estruturado.

A sala de equipamentos também é conhecida pelo seu acrônimo em inglês ER – Equipment


Room, atendendo um edifício inteiro ou todo um campus . Assim, a sala de equipamentos,
enquanto local mais importante do sistema de cabeamento estruturado, pode conter um
distribuidor de campus e/ou distribuidor de edifício, concentrando o cabeamento horizontal
e o cabeamento de backbone .

Na sala de equipamentos, podem ser instalados equipamentos ativos de redes, (switches,


roteadores, hubs e servidores), equipamentos de telefonia (central telefônica e outros equipamentos
de gerenciamento de sistemas de voz), equipamentos de telecomunicações (modems, rádios,
multiplexadores etc.) e demais equipamentos de informática.

Justamente pelo fato de a sala de equipamentos conter dispositivos tão cruciais para o
funcionamento das redes, há a necessidade de um controle de temperatura do ambiente (18 ºC a 24 ºC)
para não prejudicar a operação dos equipamentos. O controle de acesso e as questões de segurança
relacionadas à sala de equipamentos também precisam ser observados. A iluminação precisa ser
uniforme na faixa de 500 luxes, medidos a 1 metro do chão.

As funções da sala de telecomunicações podem ser absorvidas pela sala de equipamentos


quando as duas forem projetadas no mesmo pavimento. Assim, em um mesmo andar não há
necessidade das duas.

Lembrete

A sala de telecomunicações tem a finalidade de atender apenas um


pavimento. No máximo, pavimento adjacentes.

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Unidade IV

A figura a seguir apresenta a sala de equipamentos e os elementos de cabeamentos interligados


a ela.

TR
(FD)

TR
(FD)

Backbone de
edifício

TR
(FD)

TR
(FD)

ER Backbone de
CD/BD campus

TR: Sala de telecomunicações


ER: Sala de equipamentos
CD: Distribuidor de campus
BD: Distribuidor de edifício
FD: Distribuidor de piso

Figura 76

Em um edifício, é de grande importância determinar a localização da sala de equipamentos


no prédio, de forma a otimizar a interligação entre ela e os outros elementos do cabeamento
estruturado. Convém dizer que as normas não mencionam qual é o local de implementação da
sala de equipamentos.

As principais normas que mencionam especificações para a sala de equipamentos são:


ANSI/TIA-569-C e ISO/IEC 14763-2. Sobre o dimensionamento, essas normas seguem caminhos

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CABEAMENTO ESTRUTURADO

distintos. A ANSI/TIA-569-C aponta que a sala de equipamentos tem que ter um tamanho mínimo
de 10 m² (caso abrigue um distribuidor de edifício) e 12 m² (caso abrigue um distribuidor de
campus). Caso a área provida pelo distribuidor de campus seja 50.000 m², para cada 10.000 m²
aumenta-se o tamanho da sala de equipamentos em 1 m².

A ISO/IEC 14763-2 trata o tamanho da sala de equipamentos da mesma forma que trata a sala de
telecomunicações.

Lembrete

Até 1.000 tomadas de telecomunicações precisam ser atendidas


por uma sala de telecomunicações de área 14,72 m² (com dimensões
3,2 m x 4,6 m). A partir de 1.000 tomadas de telecomunicações, o
adicionamento de 500 tomadas de telecomunicações aumenta uma de
suas dimensões em 1,6 metros.

7.2.3 Infraestrutura de entrada

É conhecida pelo seu acrônimo EF – Entrance Facility. A norma NBR 14565 (ABNT, 2013) define que
a infraestrutura de entrada é o local de entrada de todos os serviços de telecomunicações do edifício e
inclui a interface de rede externa.

A infraestrutura de entrada é interligação do sistema de cabeamento estruturado com o mundo


externo.

Observação

O espaço de cabeamento estruturado é chamado popularmente de


“facilidades” ou “facilidade de entrada”.

É normalmente na infraestrutura de entrada que se encontra o demarc (também conhecido


como ponto de demarcação), que separa o cabeamento externo do cabeamento interno, ou seja,
quando se encerra a responsabilidade do provedor de serviços e se inicia a responsabilidade da
rede interna.

A figura a seguir situa a infraestrutura de entrada no sistema de cabeamento estruturado:

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Unidade IV

Área de trabalho (WA)

TR TO
Cabeamento
horizontal
TO

Área de trabalho (WA)

TR TO
Cabeamento
horizontal
TO

Área de trabalho (WA)

TR TO
Cabeamento
horizontal
TO

Área de trabalho (WA)

TR TO
Cabeamento
horizontal
TO

ER EF

Infraestrutura de entrada

Figura 77

Na infraestrutura de entrada, encontra-se o DG (Distribuidor Geral), o DID (Distribuidor Intermediário


Digital) e o DGO (Distribuidor Geral Óptico).

No DG, estão terminados os cabos de pares de telefonia oriundos da operadora de telefonia pública.
No DID, as conexões que utilizam cabos coaxiais em links E1 e T1. No DGO, temos as fibras ópticas
entregues pela operadora no demarc.

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CABEAMENTO ESTRUTURADO

A figura a seguir apresenta uma DG:

Figura 78

A localização da infraestrutura de entrada é um aspecto de grande importância. A ideia é implementar


esse espaço em local seco, livre de inundações e mais próximo possível da entrada de energia elétrica do
edifício, de forma a garantir uma agilidade na interligação do aterramento.

A norma ANSI/TIA-569-C especifica as dimensões da infraestrutura de entrada de modo similar à


sala de equipamentos que abriga um distribuidor de campus, de maneira que o espaço mínimo é restrito
a 12 m² para uma área de edifício de 50.000 m². Para cada 10.000 m², acrescenta-se 1 m² ao tamanho
do espaço da infraestrutura de entrada.

A norma ISO/IEC 14763-2 dá uma tratativa diferenciada no que tange as dimensões da infraestrutura.
Essa norma recomenda, para efeitos de dimensionamento, a infraestrutura de entrada como uma sala
de telecomunicações de baixa densidade.

Uma inovação na norma ANSI/TIA-569-C foi a criação do “espaço do provedor”, que é um


espaço adicional em edifícios monousuários (edifício de um mesmo cliente) dedicado à instalação de
equipamentos de provedores de serviços de telecomunicações.

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Unidade IV

A figura a seguir apresenta a ideia de espaço do provedor:


Sala de Sala de
equipamentos telecomunicações

ER TR

Espaço
do provedor

TR
EF TR

Infraestrutura Sala de
de entrada telecomunicações

Figura 79

A figura a seguir mostra o layout de um espaço do provedor:


Suprimento ou
retorno do ar
Prancha de
madeira

Tomada elétrica

Encaminhamentos Encaminhamentos da sala de


da EF ou provedor equipamento ou provedor

Luminárias

TGB (aterramento)

Rack de
gabinete
$

Interruptor
Portas de luz

Figura 80

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CABEAMENTO ESTRUTURADO

7.2.4 Requisitos importantes nos espaços de telecomunicações

A partir de um apanhado geral das normas para espaços de telecomunicações, destacam-se alguns
pontos primordiais de forma resumida para o perfeito funcionamento do sistema de cabeamento
estruturado. São eles:

• Requisito 1 – segurança: as normas reforçam a importância da segurança física das instalações,


de forma que o controle de acesso seja restrito a pessoal autorizado. Ainda nesse requisito, a
norma prescreve a existência de um plano de segurança do edifício.

• Requisito 2 – localização: é preciso valorizar os locais onde os espaços serão implementados,


destacando a possibilidade de expansão, facilidade de acesso, inclusive permitindo a locomoção
com grandes e pesados equipamentos.

• Requisito 3 – altura: as normas especificam que a altura entre o piso acabado e o teto do
espaço seja de pelo menos 2,4 metros, além do vão entre as lajes de pavimentos, que deve ser
de pelo menos 3 metros.

• Requisito 4 – piso/parede/teto: devem ser tratados de forma a acumular o mínimo possível


de poeira, além de ser claros e antiestéticos. Ainda nesse requisito, deve-se mencionar a
importância de não haver infiltrações.

• Requisito 5 – climatização: os espaços de telecomunicações precisam ter um controle de


temperatura e umidade, de forma a não prejudicar a operação dos dispositivos ativos de rede.

8 IMPLEMENTAÇÃO DO CABEAMENTO ESTRUTURADO

8.1 Testes e certificação do cabeamento estruturado

8.1.1 Testes do cabeamento de par metálico

Um sistema de cabeamento estruturado utiliza-se de diversas infraestruturas dos mais variados


fabricantes, provocando a necessidade de se atribuir importância aos testes feitos em todos os
subsistemas, seja ele horizontal ou de backbone. Os testes no cabeamento estruturado são conhecidos
como “certificação”.

A certificação do cabeamento é um termo utilizado para os conjuntos de testes executados no


cabeamento que visam assegurar garantia do sistema, sua completa aderência às normas e o desempenho
esperado pela categoria a que o cabo se propõe.

Especificamente o cabo de par metálico deve ser certificado e aprovado quando obtiver sucesso nos
testes a seguir:

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Unidade IV

• 1º teste: configuração de terminação (wiremap);

• 2º teste: comprimento;

• 3º teste: perda de inserção;

• 4º teste: diafonia;

• 5º teste: relação diafonia e atenuação;

• 6º teste: alien crosstalk;

• 7º teste: perda de retorno;

• 8º teste: atraso de propagação;

• 9º teste: delay skew.

8.1.2 Testes do cabeamento de par metálico: wiremap, comprimento e perda de inserção

O primeiro e mais fácil dos testes em cabos de pares balanceados é o wiremap, que verifica o mapa
de fios, bem como a continuidade e a conectorização (terminação) dos pares metálicos nas tomadas de
telecomunicações fio a fio.

A figura a seguir mostra as terminações no padrão T568A e T568B:


Par 2 Par 3
Par 3 Par 1 Par 4 Par 2 Par 1 Par 4

1 2 3 4 5 6 7 8 1 2 3 4 5 6 7 8

T568A T568B

Figura 81

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CABEAMENTO ESTRUTURADO

A figura a seguir mostra a configuração de terminação dos pares nas tomadas de telecomunicações:
1 1

2 2
3 3

6 6
4 4

5 5
7 7

8 8

Figura 82

O wiremap tem o objetivo de verificar a existência ou não de:

• continuidade pino a pino: demonstra se os pares estão íntegros e sem quaisquer descontinuidades
ou rompimentos;

• pares invertidos: demonstra se há uma inversão acidental dos fios de um determinado par;

• pares transpostos: apresenta quaisquer transposições de pares nas terminações;

• condutores abertos: verifica se há algum condutor que está rompido;

• condutores ou pares em curto-circuito: verifica se há condutores ou pares que, acidentalmente


decampados, estejam em curto-circuito;

• split-pair (pares divididos): verifica se um condutor de um par está invertido com o condutor
de outro par.

O segundo teste a ser apresentado é o teste de comprimento, que verifica se o lance de cabos de
pares metálicos atende às exigências da norma. O parâmetro comprimento é fortemente relacionado e
dependente do parâmetro velocidade de propagação nominal.

O terceiro teste é conhecido por perda de inserção, ou popularmente chamado de teste de atenuação
nos cabos. A atenuação representa o enfraquecimento da potência do sinal elétrico transportado no
meio físico, devido às características resistivas do material condutor e da capacitância mútua entre os
condutores e entre os condutores e a terra.

A perda de inserção é sempre medida em decibel, conhecido apenas por dB por unidade de
comprimento, normalmente o metro. Os cálculos com dB envolvem o logaritmo da base 10 da
125
Unidade IV

relação entre a potência de saída (recebida) e a potência de entrada (transmitida) em um meio.


A figura a seguir apresenta essa ideia:
Entrada Saída

Circuito ou canal
Sinal de de transmissão Sinal de
entrada saída

Figura 83

A fórmula a seguir é utilizada para calcular a atenuação:

 potência do sin al de entrada


A  10log  dB
 potência do sin al de entrada

A fim de fornecer uma ideia das variações em dB, verifique a tabela a seguir:

Tabela 12

Relação de potência dB
2 para 1 3
10 para 1 10
20 para 1 13
40 para 1 16
100 para 1 20
200 para 1 23
1.000 para 1 30

Fonte: Marin (2013, p. 91).

Observação
As perdas de inserção não têm uma variação linear e proporcional ao
lance de cabos. Isso porque existem outros fatores oriundos de componentes
que contribuem para o enfraquecimento do sinal.

8.1.3 Testes do cabeamento de par metálico: diafonia

O quarto teste é a diafonia, também conhecida como crosstalk ou linha cruzada, que ocorre a
partir dos mecanismos de acoplamento indutivo e capacitivo, limitando o desempenho do sistema
de comunicação. A diafonia pode ser também compreendida como interferência eletromagnética
propagada em diferentes pares de fios.

126
CABEAMENTO ESTRUTURADO

Os efeitos da diafonia são atenuados ou ampliados a partir dos seguintes fatores: bitola dos
condutores, trancamento dos pares, existência ou não de blindagem e isolante utilizado. Portanto, para
minimizar os seus efeitos, é possível tomar algumas ações, tais como:

• menor destrançamento possível dos pares ao conectorizá-los nas terminações;

• uso de cabos com blindagem individual e/ou geral;

• utilização exaustiva das normas vigentes de cabeamento estruturado.

A diafonia pode ser classificada, de forma geral, em dois modos: paradiafonia e telediafonia. A
paradiafonia é conhecida pelo acrônimo NEXT (Near End Crosstalk), sendo medida no par interferido que
está na mesma extremidade do par interferente (origem da interferência). A telediafonia é conhecida
pelo acrônimo FEXT (Far End Crosstalk), sendo medida no par interferido na extremidade oposta ao par
interferente (origem da interferência).

A figura a seguir apresenta as duas formas de diafonia:


Informação propagando-se pelo par do cabo

Par 1

Par 2

FEXT
NEXT Par 3

Par 4

Figura 84

Observação

Os testes de NEXT e FEXT são semelhantes sob o ponto vista elétrico.

Existem duas metodologias de teste de NEXT e FEXT conhecidas: NEXT (ou FEXT) par a par e powersum
NEXT (ou FEXT).

A primeira é conhecida como NEXT par a par e é obtida a partir da influência dos pares uns
nos outros de forma individual. A NEXT par a par foi a primeira metodologia utilizada em cabos
127
Unidade IV

de categoria 5, mostrando-se de grande eficiência no relato de interferências eletromagnéticas


devido ao fato de utilizar apenas dois pares de fios no processo de comunicação. As combinações
encontradas par a par são:

• P1  P2
• P1  P3
• P1  P4
• P2  P3
• P2  P4
• P3  P4

A figura a seguir mostra a interferência do par P1:

Sinal aplicado ao cabo

Par 1

NEXT 1-2 Par 2 FEXT 1-2

NEXT 1-3 Par 3 FEXT 1-3

NEXT 1-4 Par 4 FEXT 1-4

Figura 85

A figura a seguir mostra a interferência do par P2:


Sinal aplicado ao cabo
NEXT 2-1
Par 1 FEXT 2-1

Par 2

NEXT 2-3 Par 3 FEXT 2-3

NEXT 2-4 Par 4 FEXT 2-4

Figura 86

128
CABEAMENTO ESTRUTURADO

A figura a seguir mostra a interferência do par P3:


Sinal aplicado ao cabo

NEXT 3-1 Par 1 FEXT 3-1

NEXT 3-2
Par 2 FEXT 3-2

Par 3

NEXT 3-4 Par 4 FEXT 3-4

Figura 87

A figura a seguir mostra a interferência do par P4:


Sinal aplicado ao cabo

NEXT 4-1 Par 1 FEXT 4-1

NEXT 4-2
Par 2 FEXT 4-2

NEXT 4-4
Par 3 FEXT 4-4

Par 4

Figura 88

A segunda é conhecida como powersum NEXT, também chamada de PS-NEXT, que substituiu a NEXT
par a par e é utilizada nas categorias superiores à categoria 5, contabilizando o efeito de todos os pares
em um mesmo par. As combinações encontradas são as seguintes:

• P1  P2, P3, P4

• P2  P1, P3, P4

• P3  P1, P2, P4

• P4  P1, P2, P4

Para encontrar o PS-NEXT, os equipamentos encontram primeiro o NEXT par a par e somam os seus
efeitos. A figura a seguir apresenta os efeitos do PS-NEXT no par 4:

129
Unidade IV

Par 1

Par 2

Par 3

PS-NEXT, Par 4 Par 4 PS-FEXT, Par 4

Figura 89

A figura a seguir apresenta os efeitos do PS-NEXT no par 1:


PS-FEXT, Par 1

PS-NEXT, Par 1 Par 1

Par 2

Par 3

Par 4

Figura 90

A figura a seguir apresenta os efeitos do PS-NEXT no par 2:

Par 1

PS-FEXT, Par 2
PS-NEXT, Par 2
Par 2

Par 3

Par 4

Figura 91

130
CABEAMENTO ESTRUTURADO

A figura a seguir apresenta os efeitos do PS-NEXT no par 3:

Par 1

Par 2

PS-FEXT, Par 3
PS-NEXT, Par 3
Par 3

Par 4

Figura 92

8.1.4 Testes do cabeamento de par metálico: outros testes

O quinto teste utilizado em cabos de pares metálicos trata-se de uma relação entre a diafonia e a
atenuação, estabelecendo um parâmetro para certificação que reporte influências conjuntas desses dois
aspectos. Os dois métodos encontrados nesse teste são: ACRN (Attenuation to Crosstalk Ratio Near End)
e o ACRF (Attenuation to Crosstalk Ratio Far End).

Da mesma forma que ocorre com a diafonia, os testes de ACRN e ACRF também possuem as suas
variações, podendo ser medidos par a par e powersum. Assim, temos:

• ACRN par a par: diferença entre a resposta de atenuação par a par em um lance de cabos com
diferentes NEXT par a par.

• ACRF par a par: diferença entre a resposta de atenuação par a par em um lance de cabos com
diferentes FEXT par a par.

• PS-ACRN: diferença entre a resposta de atenuação de cada par em um lance de cabos com
diferentes combinações de PS-NEXT.

• PS-ACRF: diferença entre a resposta de atenuação de cada par em um lance de cabos com
diferentes combinações de PS-NEXT.

O alien crosstalk é o sexto teste feito em sistemas de cabeamento estruturado utilizando pares
metálicos. Esse teste tem o intuito de verificar a interferência dos pares de um cabo em pares de outros
cabos ou feixes de cabos. Ele é de grande importância em redes que utilizam aplicações em gigabit
ethernet ou 10 gigabit ethernet.

Da mesma forma que na diafonia, ACRN e ACRF, o alien crosstalk também pode ser medido par a par
e em powersum, em suas variações NEXT e FEXT.
131
Unidade IV

O sétimo teste a ser destacado é a perda de retorno, que representa a medida de todas as reflexões
causadas por descasamento de impedância característica em um lance de cabos. O descasamento de
impedância ocorre porque não há uma continuidade no canal (meio físico), que precisa ser conectorizado
em distribuidores, conectores, dentre outros, causando as reflexões.

A perda de retorno, também conhecida como relação de onda estacionária, varia com a frequência
do sinal. A unidade de medida da perda de retorno é o decibel (dB).

As normas ISO/IEC 11801 e NBR 14565 especificam valores para perda de retorno em cabeamento
estruturado que podem ser vistos na tabela a seguir:

Tabela 13

Escala de frequências Limite mínimo para perda de retorno


1 a 10 MHz 18 dB
10 a 16 MHz 15 dB
16 a 20 MHz 15 dB
20 a 100 MHz 10 dB

Fonte: ABNT (2013, p. 45).

A figura a seguir mostra como se dá uma perda de retorno:


Sinal transmitido
Sinal refletido por Sinal atenuado devido
causa da conexão à reflexão que segue
rumo ao receptor

TX RX

Conector

Figura 93

O oitavo teste é o atraso de propagação, como a medida de tempo utilizado por um sinal ao
propagar-se no lance de cabo entre a origem e o destino. A medida de atraso está fortemente
relacionada às características construtivas e elétricas do cabo, tais como resistência, indutância,
capacitância e condutância.

O delay skew é o nono teste, também conhecido como desvio do atraso de propagação. Ele expressa
a diferença no tempo entre atrasos de propagação de pares que têm maior velocidade e aqueles mais
lentos em um cabo de par metálico.

132
CABEAMENTO ESTRUTURADO

A tabela a seguir apresenta os valores referenciais de atraso de propagação e de delay skew para
cabos de categoria 5e e 6:

Tabela 14

Frequência (MHz) Atraso de propagação Velocidade de Delay skew máximo


máximo (ns/100 m) propagação mínima (%) (ns/100 m)
1 570 58,5 45
10 545 61,1 45
100 538 62 45
250 536 62,1 45

Fonte: Marin (2013, p. 91).

A figura a seguir apresenta o atraso de propagação e o desvio de atraso de propagação


( delay skew ):

490 ns

Par 1
505 ns
Par 2
Desvio de atraso de
propagação = 20 ns
500 ns (510 - 490)
Par 3

510 ns
Par 4

Figura 94

8.1.5 Testes de campo

O teste de campo é o trabalho de certificação propriamente dito em cabos de pares metálicos. Esses
testes podem ocorrer das seguintes formas: enlace permanente e canal.

No enlace permanente, são consideradas as partes fixas (permanentes) do sistema de cabeamento


estruturado, ou seja, do patch panel do distribuidor de piso até a tomada de telecomunicações.

133
Unidade IV

A figura a seguir mostra esse modelo de testes:

Ponto de Área de trabalho


Distribuidor de piso (WA)
(FD) Cabeamento consolidação (CP)
horizontal TO

A B

T T

90 m (máximo)

Equipamento Equipamento
teste teste

Cabos e cordões Componentes de conexão Comprimento máximo

Cordão de teste T Distribuidor de piso FD

Cabo horizontal A Ponto de consolidação CP A + B = 90 m (máx.)

Cabo ou CP B Tomada de telecomunicações TO

Figura 95

Observação

Para todo o enlace permanente, são permitidos no máximo 90 metros.

Lembrete

Em um subsistema de cabeamento horizontal só pode existir um ponto


de consolidação.

Para o teste de canal, são considerados os elementos permanentes e todos os cordões de manobra
e patch cords.

A figura a seguir apresenta a configuração de teste de canal:

134
CABEAMENTO ESTRUTURADO

Área de trabalho
Ponto de (WA)
Distribuidor de piso Cabeamento consolidação (CP)
horizontal TO

C D
B
E

100 m (máximo)

Cabos e cordões Componentes de conexão Comprimento máximo


Cordão de equipamento A Distribuidor de piso FD
Patch cord B C + D = 90 m (máx.)
Ponto de consolidação CP
Cabo horizontal C A + B + E = 10 m (máx.)
Cabo do CP (opcional) D
Tomada de telecomunicações TO
Cordão do usuário E

Figura 96

Observação

Para o teste de canal, são permitidos até 100 metros, respeitando o


tamanho de até 90 metros para o enlace permanente.

Encontram-se no mercado diversos equipamentos que efetuam os testes de certificação no


cabeamento estruturado. De posse desses equipamentos, é importante observar alguns procedimentos
relevantes para efetuar uma correta certificação. São eles:

• De posse do equipamento de testes, verificar se o software é o mais adequado e atualizado


para uso.

• Seguir todas as recomendações do fabricante do equipamento, respeitando as configurações e


conexões corretas.

• Efetuar sempre a calibragem, de acordo com as especificações e recomendações do fabricante.

• Configurar corretamente as opções de testes, a fim de atender às necessidades do usuário.

8.1.6 Testes do cabeamento óptico

Assim como ocorre com os cabos de pares metálicos, os cabos de fibra óptica precisam ser
adequadamente testados, com o objetivo de garantir eficiência e eficácia no uso desse meio físico no
sistema de cabeamento estruturado.
135
Unidade IV

Observação

Não utilizamos o termo certificação para cabos de fibras ópticas, e o


motivo é muito simples; nas fibras ópticas não se comparam os resultados
com padrões predeterminados.

Os dois parâmetros testados nas fibras ópticas são a atenuação e o comprimento. A atenuação,
como primeiro parâmetro, é normalmente função do comprimento de onda do sinal de luz transmitido.
O comprimento do enlace óptico, como parâmetro físico importante, influencia decisivamente o
desempenho do sistema de cabeamento estruturado.

Lembrete

A atenuação é o enfraquecimento da potência de um sinal transmitido


ao longo de um meio físico.

A atenuação nas fibras ópticas pode se dar a partir de diversos fatores, tais como:

• absorção do sinal propagado no núcleo da fibra devido às impurezas do próprio núcleo;

• espalhamento (oposto à absorção), quando o sinal de luz atinge partículas presentes no núcleo
e são refletidas e refratadas;

• qualidade das terminações e fusões ópticas.;

• raios de curvatura das fibras ópticas.

A tabela a seguir apresenta coeficientes de atenuação nas fibras ópticas:

Tabela 15

Comprimento de Coeficiente de Largura de banda modal


Tipo de cabo óptico onda (nm) atenuação (dB/km) (MHz.km)
Fibra multimodo 50/125 850 3,5 500
micrômetros
Fibra multimodo 50/125 1.300 1,5 500
micrômetros
Fibra multimodo 62,5/125 850 3,5 160
micrômetros
Fibra multimodo 62,5/125 1.300 1,5 500
micrômetros
Monomodo – cabos de 1.310 1,0 Não se aplica
uso interno

136
CABEAMENTO ESTRUTURADO

Monomodo – cabos de 1.550 1,0 Não se aplica


uso interno
Monomodo – cabos de 1.310 0,5 Não se aplica
uso externo
Monomodo – cabos de 1.550 0,5 Não se aplica
uso externo

Fonte: Marin (2013, p. 109).

Observação

A largura de banda modal, também conhecida como dispersão modal, é


a especificação da largura de banda das fibras ópticas multimodo.

As medições dos testes nos segmentos de cabos de fibra óptica são feitas por um instrumento
conhecimento pelo seu acrônimo OTDR (Optical Time Domain Reflectometer), que significa refletor
óptico no domínio do tempo. O OTDR injeta pulsos de sinais luminosos no núcleo da fibra óptica para
medir o seu comprimento utilizando o princípio da reflectometria no domínio no tempo. O pulso
gerado pelo OTDR é transmitido para o destino e refletido de volta, possibilitando a verificação do
cabeamento óptico.

Os OTDR conseguem localizar os pontos de falhas nos enlaces, porque cada vez que o pulso de
luz encontra quaisquer emendas, acompladores e até descontinuidades, o sinal é refletido de volta
para a origem.

Na medição de atenuação, é comum o uso de um método, descrito nas normas, chamado de jumper
de referência. A figura a seguir ilustra esse modelo de teste:

Jumper de teste 1 Power meter


(J1) Enlace óptico
sob teste
Fonte
óptica

Acoplador
Acoplador óptico Jumper de teste 2
óptico (J2)

Figura 97

A atenuação total em sistemas de cabeamento estruturado que utilizam fibras ópticas é a somatória
dos seguintes itens:

• atenuação das emendas;


• atenuação dos acopladores ópticos;
• atenuação do segmento de cabos.
137
Unidade IV

As normas especificam valores de referência para atenuação máxima na emenda óptica em 0,3 dB.
Para os acopladores ópticos, a atenuação máxima é de 0,75 dB.

Saiba mais
Para conhecer mais sobre testes no cabeamento estruturado, leia o
capítulo 6 de:
MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do
projeto à instalação. 4. ed. São Paulo: Erica, 2013.

8.2 Práticas de instalação e gerenciamento do cabeamento estruturado

8.2.1 Projetos em cabeamento estruturado

Para uma boa prática de instalação, é necessário o estabelecimento de um projeto de cabeamento


estruturado. Por isso, é preciso entender um pouco o que vem a ser um projeto.

Dinsmore e Barbosa (2009) afirmam que um projeto é como um empreendimento único temporário,
ou seja, com início e fim determinados, utilizando recursos e conduzido por pessoas, com a finalidade de
criar um produto ou serviço único.

Monteiro (2008) cita a definição de projeto dada pelo Conjunto de Conhecimento para Gestão
de Projetos (PMBOK – Project Management Body of Knowledge): um empreendimento de caráter
temporário com atividades relacionadas e executadas progressivamente para atingir uma meta definida,
com um produto ou serviço único.

Rabechine Junior et al. (2002) citam que projeto é um processo único, consistindo de um grupo de
atividades coordenadas e controladas com datas para início e término, composto de pessoas dedicadas
que visam atingir a um propósito ou objetivo específico.

Partindo das definições apontadas por esses autores, percebe-se pelo menos três características
inerentes à definição de projeto. São elas:

• Temporal: essa característica denota a limitação de tempo inerente a um projeto, ou seja, ele
tem “dia e hora” para iniciar e para acabar.
• Exclusividade: entregável, seja produto, seja serviço, produzido por um projeto é algo único,
exclusivo, diferente de qualquer outro produto ou serviço já visto.
• Objetiva: um projeto sempre tem uma meta/objetivo definido.

Em um projeto de cabeamento estruturado, observamos essas três características, porque normalmente


são estabelecidos prazos de início e fim de implantação dos sistemas e subsistemas. Também observamos que
138
CABEAMENTO ESTRUTURADO

os projetos de cabeamento não são iguais, cada um tem a sua particularidade. Sobre a característica objetivo,
é possível entender que o projeto de cabeamento estruturado sempre tem uma meta a cumprir.

As realidades que envolvem os projetos de forma geral (não somente em cabeamento estruturado)
envolvem pessoas, processos, ferramentas e práticas que sem as quais não é possível atingir os objetivos
ligados a eles.

Os autores Marques Junior e Plonski (2011) afirmam que os projetos têm papel preponderante na
estratégia organizacional, comportando-se como vetores de mudanças e inovações, trazendo vantagens
competitivas para as empresas.

Dinsmore e Barbosa (2009) afirmam ainda que o ciclo de vida de um projeto é composto de fases,
que são determinadas por características específicas e necessidades de cada projeto.

A quantidade de fases de um projeto depende da complexidade do projeto e da área, mas, de um


modo geral, as fases são quatro: concepção e início do projeto; planejamento e organização do trabalho
do projeto; execução do trabalho do projeto; encerramento e conclusão do projeto.

A figura a seguir mostra as etapas do ciclo de vida de um projeto:

3
Execução 4
Conclusão
1
Planejemento
1
Concepção/
Iniciação

Figura 98

A primeira etapa engloba a identificação de necessidades, problemas ou oportunidades que


podem resultar em um projeto. A segunda etapa envolve o desenvolvimento e o planejamento
da solução proposta para a necessidade e o problema outrora apresentados. A terceira etapa é a
execução do projeto, ou seja, a implementação da solução proposta. A quarta etapa é a final, em
que o projeto é encerrado.

Especificamente, a primeira etapa (iniciação) de um projeto de cabeamento estruturado ocorre


a partir de informações importantes, oriundas do cliente e de sua engenharia, que podem e devem
repassar as seguintes informações:

• Projeto de arquitetura do local onde o sistema de cabeamento estruturado será instalado, de


forma a identificar os espaços de telecomunicações e as áreas de trabalho.

139
Unidade IV

• Projeto de distribuição elétrica, ar-condicionado, segurança, circuito fechado de TV, automação


do edifício, dentre outros.

• Projeto de localidades apresentando requisitos e informações importantes sobre as áreas do


edifício.

• Aplicações a serem implementadas no subsistema de cabeamento estruturado.

• Fator de crescimento da rede de computadores.

Após a coleta das informações prestadas pela engenharia e pelo usuário, executa-se uma visita de campo,
a fim de confirmar os dados repassados anteriormente pela engenharia e pelo usuário. Esse trabalho contribui
para o estabelecimento de um escopo de atividades e integra a etapa de planejamento do projeto.

É ainda na etapa planejamento que são mapeadas as premissas e as restrições do projeto de


cabeamento estruturado. As premissas são suposições consideradas verdadeiras, certas e reais para
propósitos de planejamento, afetando diversos aspectos do projeto. Elas precisam ser validadas e
analisadas no intuito de descobrir os impactos que podem causar nos projetos, além de terem um
profundo envolvimento com a gestão de riscos de um projeto. As restrições são fatores limitantes para
a equipe de projeto e o gerente de projetos.

Na próxima etapa, chamada de execução, o cabeamento estruturado é implementado conforme


definido no plano de gerenciamento de projetos, utilizando as melhores práticas de instalação dos
subsistemas de cabeamento estruturado e espaço de telecomunicações e respeitando todas as normas.
Ainda na fase de execução, é efetuada uma constante verificação do desempenho, estabelecendo os
parâmetros de testes utilizados, bem como as certificações do cabeamento (caso sejam de pares metálicos).

Para a conclusão do projeto, são efetuadas todas as documentações do cabeamento estruturado


e armazenadas todas as lições aprendidas nesse projeto, a fim de que projetos futuros não tenham os
mesmos problemas.

Um projeto de cabeamento estruturado chega ao seu sucesso quando atende a pelo menos três
condições fundamentais: tempo (execução dentro do prazo estipulado); custo (execução dentro do
custo desenhado); escopo (com a qualidade planejada, de acordo com os requisitos de negócios e dentro
das expectativas dos clientes).

Esses fatores de sucesso são descritos por meio da restrição tripla, representada por um triângulo
que indica um perfeito equilíbrio entre três itens: prazo, custo e escopo.

Seja qual for a combinação das três restrições, sempre é preciso levar em consideração o adequado
equilíbrio, no intuito de alcançar a satisfação do cliente dentro da qualidade almejada por ele.

Essas três restrições podem impactar os objetivos e o sucesso dos projetos, e também cada uma
delas pode influenciar outras, uma vez que:

140
CABEAMENTO ESTRUTURADO

• Diminuindo-se o prazo do projeto, haverá um aumento de custo ou uma redução do escopo.

• Diminuindo-se o custo, haverá um aumento do prazo ou redução no escopo.

• Aumentando-se o escopo, haverá um aumento de prazo ou aumento de custo do projeto.

A figura a seguir mostra a restrição tripla:

Cu
op
Qualidade

sto
Esc
e satisfação
do cliente

Prazo

Figura 99

8.2.2 Metodologia para gerenciamento de projetos

Uma das metodologias mais utilizadas para gerenciamento de projetos é o PMBOK (Project
Management Body of Knowledge). Ele foi elaborado pelo Project Management Institute (PMI)
conjuntamente com diversos profissionais e especialistas filiados; há diversas versões e atualizações
publicadas desde a sua primeira versão em 1996.

O PMBOK fornece vocabulário comum aos gerentes de projetos, assim como um guia de processos,
ferramentas e técnicas que são extremamente úteis na condução dos projetos de uma organização.

O Guia PMBOK é o padrão para gerenciar a maioria dos projetos na


maior parte das vezes em vários tipos de setores econômicos. Descreve os
processos, ferramentas e técnicas de gerenciamento de projetos usados
até a obtenção de um resultado bem-sucedido. Esse padrão é exclusivo ao
campo de gerenciamento de projetos e tem relacionamento com outras
disciplinas de gerenciamento de projetos, como gerenciamento de programas
e gerenciamento de portfólios. Os padrões de gerenciamento de projetos
não abordam todos os detalhes de todos os tópicos. Esse padrão limita-se a
projetos individuais e aos processos de gerenciamento de projetos amplamente
reconhecidos como boa prática (PMI, 2008, p. 14).

Segundo Fernandes e Abreu (2012), o método do PMBOK pode ser utilizado nos mais variados
projetos possíveis, incluindo os de Tecnologia da Informação (TI).

A ênfase do modelo é sobre a gestão de projetos e não sobre a engenharia


do produto resultante do projeto. Por exemplo, podemos utilizar o modelo

141
Unidade IV

para a gestão de projetos de software e sistemas, mas não para o processo


metodológico do desenvolvimento do software. O PMBOK, para ser utilizado
de forma consistente em uma organização de TI, necessita de adaptações
em função dos tipos, portes e riscos dos projetos. Além do mais, deve ser
estabelecido um processo de gerenciamento de projetos que interligue,
de forma lógica e coerente, as boas práticas entre si. Adicionalmente,
formulários específicos devem ser elaborados para o uso do processo. O
modelo também pode ser aplicado em ferramentas de gerenciamento de
projetos existentes no mercado, sendo que algumas ferramentas podem
apoiar total ou parcialmente as boas práticas do modelo. Como toda
inovação, a implantação do gerenciamento de projetos na organização
também não é uma tarefa fácil. Necessita de forte comprometimento
das lideranças da organização e dos executivos e gerentes (FERNANDES;
ABREU, 2012, p. 365).

O PMBOK recomenda que os projetos sejam gerenciados em ciclos de vidas, que incluem um conjunto
de processos que necessitam ser seguidos para a boa administração do projeto. Esses processos se
dividem em cinco grandes grupos de gerenciamento de processos relacionados, que são:

• grupo de processos de iniciação;

• grupo de processos de planejamento;

• grupo de processos de execução;

• grupo de processos de monitoramento e controle;

• grupo de processos de encerramento.

O mapeamento dos grupos de processos do gerenciamento de projetos pode ser visto na figura a seguir:

Monitoramento
e controle
Planejamento

Iniciação Encerramento

Execução

Figura 100

142
CABEAMENTO ESTRUTURADO

O grupo de processos de iniciação reúne os processos de definição de um novo projeto ou nova fase
do projeto, incluindo as aprovações para comprometimento dos recursos organizacionais necessários ao
início de um projeto ou de uma fase específica.

O grupo de processos de planejamento inclui os processos que estabelecem o escopo total do esforço,
determinando um planejamento, bem como revisitando e refinando as metas e objetivos do projeto.
Essa é uma das fases mais importantes de um ciclo de vida de gerenciamento de projetos

O grupo de processos de execução é composto de processos que concretizam os planos de


projeto. Assegura, também, que a execução do processo permaneça sincronizada com os objetivos
e as metas definidas.

O grupo de processos de monitoramento e controle efetua as avaliações de desempenho e as analisa,


visando regular, rever e controlar o progresso do desempenho do projeto.

O grupo de processos de encerramento tem a responsabilidade de terminar formalmente


e ordenadamente as atividades de uma fase ou do projeto propriamente dito. Em muitas
situações, a esse grupo de processo é dispensada pouca atenção, o que prejudica o alinhamento
final do projeto.

A progressão pelos grupos de processos do gerenciamento de projetos


tem as mesmas características que a progressão pelas fases do projeto.
Isto é, os custos são mais baixos durante os processos de iniciação, e
poucos membros da equipe estão envolvidos. No grupo de processo de
execução, o custo e o número de pessoas participantes aumentam e
voltam a diminuir conforme o projeto se aproxima do encerramento. As
chances de sucesso são mínimas durante a iniciação e muito grandes
durante o encerramento. As chances de risco são maiores durante os
processos de iniciação, planejamento e execução, mas o impacto dos
riscos é maior durante os últimos processos. As partes interessadas têm
maior influência durante os processos de iniciação e planejamento e
veem essa influência diminuir ao longo dos processos de execução,
monitoramento e controle e encerramento (HELDMAN, 2009, p. 30).

Os processos dos grupos de processos interagem e se sobrepõem uns aos outros, de formas muitas
vezes iterativas, devendo ser revisitados várias vezes ao longo do ciclo de vida. Esses processos produzem
saídas que são entradas em outros processos, inclusive de grupos diferentes, conforme pode ser verificado
na figura a seguir:

143
Unidade IV

Iniciação

Planejamento

Execução

Monitoramento e
controle

Encerramento

Figura 101

Além dos grupos de processos, o modelo PMBOK é constituído por nove áreas de conhecimento
em gerenciamento de projetos: gerenciamento da integração do projeto; gerenciamento do escopo do
projeto; gerenciamento do tempo do projeto; gerenciamento dos custos do projeto; gerenciamento da
qualidade do projeto; gerenciamento dos recursos humanos do projeto; gerenciamento das comunicações
do projeto; gerenciamento dos riscos do projeto; gerenciamento das aquisições do projeto.

Do relacionamento entre as áreas de conhecimento e os grupos de processos, encontram-se os


processos de gerenciamento de projetos, conforme visto a seguir:

• Área de conhecimento: gerenciamento da integração do projeto:

— Processo de iniciação: desenvolver o termo de abertura do projeto.


— Processo de planejamento: desenvolver o plano de gerenciamento do projeto.
— Processo de execução: orientar e gerenciar a execução do projeto.
— Processos de monitoramento e controle: monitorar e controlar o trabalho do projeto; realizar
o controle integrado do projeto.
— Processo de encerramento: encerrar o projeto ou fase.

• Área de conhecimento: gerenciamento do escopo do projeto:

— Processos de planejamento: coletar requisito; definir escopo; criar EAP.


— Processos de monitoramento e controle: verificar escopo; controlar escopo.

• Área de conhecimento: gerenciamento do tempo do projeto:

— Processos de planejamento: definir atividades; sequenciar atividades; estimar os recursos das


atividades; estimar a duração das atividades; desenvolver o cronograma.
144
CABEAMENTO ESTRUTURADO

— Processo de monitoramento e controle: controlar o cronograma.

• Área de conhecimento: gerenciamento dos custos do projeto:

— Processos de planejamento: estimar os custos; determinar o orçamento.

— Processo de monitoramento e controle: controlar os custos.

• Área de conhecimento: gerenciamento da qualidade do projeto:

— Processo de planejamento: planejar a qualidade.

— Processo de execução: realizar a garantia da qualidade.

— Processo de monitoramento e controle: realizar o controle da qualidade

• Área de conhecimento: gerenciamento de recursos humanos do projeto:

— Processo de planejamento: desenvolver o plano de recursos humanos.

— Processos de execução: mobilizar a equipe do projeto; desenvolver a equipe do projeto;


gerenciar a equipe do projeto.

• Área de conhecimento: gerenciamento das comunicações do projeto:

— Processo de iniciação: identificar as partes interessadas.

— Processo de planejamento: planejar as comunicações.

— Processos de execução: distribuir informações; gerenciar as expectativas das partes interessadas.

— Processos de monitoramento e controle: reportar o desempenho.

• Área de conhecimento: gerenciamento dos riscos do projeto:

— Processos de planejamento: planejar o gerenciamento de riscos; identificar os riscos;


realizar a análise qualitativa dos riscos; realizar a análise quantitativa dos riscos; planejar
a resposta aos riscos.

— Processo de monitoramento e controle: monitorar e controlar os riscos.

• Área de conhecimento: gerenciamento de aquisições do projeto:

— Processo de planejamento: planejar as aquisições.

— Processo de execução: conduzir as aquisições.

145
Unidade IV

— Processo de monitoramento e controle: administrar as aquisições.


— Processo de encerramento: encerrar as aquisições.

8.2.3 Práticas de instalação do cabeamento estruturado com pares trançados

Com o objetivo de garantir o desempenho dos sistemas de cabeamento estruturado, várias


especificações de práticas de instalação dos subsistemas são aconselhadas na etapa de execução do
projeto. Essas práticas mencionam desde o uso do ferramental adequado até a forma de utilização e
implementação do cabeamento propriamente dito.

Recomenda-se na instalação do cabeamento estruturado a observação dos seguintes itens:

• observar a utilização dos forros falsos e dos pisos elevados;

• verificar os problemas de compatibilidade e interferência eletromagnética que podem surgir no


encaminhamento inadequado dos cabos em infraestrutura compartilhada com a rede elétrica;

• efetuar de forma adequada os processos de testes e certificação do cabeamento estruturado


antes da entrega do produto final ao cliente;

• garantir a inexistência de tradicionais problemas envolvendo o cabeamento de cobre e/ou


óptico, tais como: cabos com capas danificada; curvaturas excessivas; cabos estrangulados por
amarras e abraçadeiras; caixas de superfície soltas.

Na instalação do cabeamento de cobre, as normas recomendam envolver pouca tensão nas cintas
que organizam os cabos e desencorajam o uso de abraçadeiras plásticas, apresentando as fitas de velcro
como opção.

Outro importante detalhe, ainda no cabeamento de par metálico, é o raio de curvatura. Este é um
dos parâmetros mais críticos na instalação do cabeamento. A tabela a seguir apresenta a recomendação
de raios mínimos de curvatura:

Tabela 16

Raio mínimo de curvatura (em


Tipo de cabo repouso e instalado)
U/UTP 4 pares 4x o diâmetro externo
F/UTP e S/FTP 4 pares 8x o diâmetro externo
U/UTP multipares 10x o diâmetro externo
U/UTP patch cord 6 mm
F/UTP e S/FTP patch cord 50 mm

Fonte: Marin (2013, p. 71).

146
CABEAMENTO ESTRUTURADO

Observação
Caso o segmento de cabo seja dobrado além de suas especificações, seu
desempenho ficará comprometido.

As imagens a seguir apresentam raios de curvatura corretamente estabelecidos em um sistema de


cabeamento estruturado:

Figura 102

Sobre a tensão máxima de tração no puxamento dos cabos, os fabricantes e as normas apontam as
suas especificações, mas essa não é uma grande preocupação. A recomendação é sempre a utilização do
bom senso no emprego da força para puxar cabos.

O destrançamento é mais um critério que precisa ser observado para que o balanceamento elétrico
não seja afetado. Para cabos de categoria 3, recomenda-se o destrançamento na terminação no valor de
75 mm. Para os cabos de categoria 5e e superiores, a recomendação é destrançar 13 mm.

O cabo precisa ser decapado corretamente, bem como crimpado de forma adequada, com o
ferramental recomendado para as atividades que envolvem o cabeamento estruturado. A figura seguir
apresenta algumas dessas ferramentas:

Figura 103

147
Unidade IV

As normas também recomendam sobras de cabos tanto na área de trabalho (30 cm) quanto nos
espaços de telecomunicações (3 metros). Essas sobras são destinadas a manutenções necessárias no
sistema de cabeamento estruturado.

Sobre a construção de patch cords, as normas não recomendam sua construção pelo instalador. Não
obstante, há uma prática de mercado em que se autoriza esse procedimento quando todos os recursos
utilizados procedem do mesmo fabricante.

A qualidade das conexões é de grande importância para um sistema de cabeamento estruturado


de qualidade. Por isso, é fundamental que as ferramentas de inserção/conectorização (punch down e
alicate de crimpar) estejam em perfeito estado de uso. A figura a seguir ilustra essas ferramentas:

Figura 104

8.2.4 Práticas de instalação do cabeamento estruturado com fibras ópticas

Para a instalação de cabeamento estruturado envolvendo cabos e conectores ópticos, é importante


considerar que as fibras são instaladas aos pares (TX e RX), considerando sempre a ordem direta de
conexões, em ambas as extremidades. A figura a seguir apresenta essa ideia:
Distribuidor de edifício Distribuidor de piso
Vista frontal Conexão (vista lateral) Conexão (vista lateral) Vista frontal
1 1
B A
A B
2 2
3 3
B A
A B
4 4

N. ímpar N. par
B A
A B
N. par N. ímpar
Acopladores Numeração Numeração Acopladores
B para A consecutiva consecutiva A para B
Legenda
Conector SC simplex Posição A Fibras pares
Acoplador 568SC Posição B Fibras ímpares

Figura 105

148
CABEAMENTO ESTRUTURADO

A instalação pode ser feita dessa maneira porque os acopladores ópticos são instalados na ordem
inversa, conforme visto na figura anterior.

Os raios de curvatura nas fibras ópticas são ainda mais críticos. A tabela a seguir apresenta as
particularidades de raio de curvatura nas fibras ópticas:

Tabela 17

Raio mínimo de Raio mínimo de


Subsistema de Número de fibras curvatura em curvatura durante a
cabeamento no cabo repouso (cm) instalação (cm)
Backbone de edifício Até 12 10,5 7,0
Backbone de edifício Até 24 15,5 10,5
Backbone de edifício Até 84 22,5 15,0
Backbone de campus Até 48 26,5 17,5
Backbone de campus Até 72 30,5 20,5
Backbone de campus Acima de 200 29,5 19,0
Horizontal 2 6,5 4,5
Horizontal 4 7,2 4,8

Fonte: Marin (2013, p. 76).

Na implementação do cabeamento estruturado utilizando fibras ópticas, é necessária, em muitas


situações, a execução de emendas usando a técnica de fusão. Para compreender bem esse processo,
é bom recordar e aprofundar a construção de um cabo óptico. A figura a seguir resgata o conceito
construtivo e apresenta um pouco mais de detalhes:
Kevlar

Acrilato

Fibra
Buffer
Capa

Figura 106

Para executar esse processo, é necessária uma máquina de fusão de fibras ópticas de alta precisão,
que efetua a fusão em dois passos: alinhamento dos núcleos das fibras ópticas e geração do arco
voltaico capaz de fundir as fibras e soldá-las umas às outras.

As etapas a seguir precisam ser cumpridas no processo de fusão:

• Etapa 1: decapagem do cabo óptico: deve-se remover um metro da capa do cabo.


• Etapa 2: remoção de resíduos: deve-se remover todos os resíduos da fibra decapada, além de
retirar toda poeira, a fim de garantir que a fusão tenha alto grau de qualidade.
149
Unidade IV

• Etapa 3: remoção do buffer: deve-se remover 10 cm do buffer de cada fibra, individualmente,


e proceder com uma limpeza.

• Etapa 4: remoção da cobertura da fibra: deve-se remover 5 cm da cobertura da fibra óptica.

• Etapa 5: inserção do tubete: deve-se inserir um tubete com uma barra de reforço da fusão para
que ele cubra a emenda após a fusão. Esse tubete é um material termorretrátil que se molda à
fusão sob aquecimento. A barra metálica confere uma resistência maior à emenda. A figura a
seguir apresenta o tubete:
Tubete de proteção Fibra óptica

Fibra óptica
Emenda por fusão
Barra de reforço da fusão
a) Detalhe da instalação do tubete sobre a) Exemplo de um tubete para
a emenda para proteção mecânica proteção de emenda óptica

Figura 107

• Etapa 6: clivagem e limpeza da fibra: a fibra é clivada e limpada com um pano embebido de
álcool isopropílico e colocada na máquina de fusão.

• Etapa 7: fusão: as fibras são colocadas, juntamente com o tubete e sua barra de reforço, na
máquina de fusão, que efetua a emenda óptica.

Saiba mais

Para conhecer mais sobre o processo de fusão das fibras ópticas, leia o
capítulo 5 de:

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do


projeto à instalação. 4. ed. São Paulo: Erica, 2013.

8.2.5 Encaminhamento de cabos

As normas ANSI/TIA-569-C e ISO/IEC 18010 mencionam as recomendações necessárias ao


encaminhamento de cabos em edifícios comerciais, determinando a infraestrutura de calhas, canaletas,
dutos, dentre outros.

A figura a seguir mostra uma série de materiais utilizados no encaminhamento de cabos:

150
CABEAMENTO ESTRUTURADO

Figura 108

As normas indicam que os cabos precisam ser encaminhados em compartimentos somente a eles
dedicados, ou seja, sem quaisquer tipos de compartilhamentos. Os caminhos trilhados pelos cabos
devem estar adequados às características do ambiente, respeitando as proibições das normas.

Para a capacidade dos caminhos, é necessário observar as seguintes recomendações:

• Suportes tipo gancho ou anel devem ter a sua capacidade limitada para não gerar deformações
geométricas nos cabos. A figura a seguir mostra esse tipo de suporte:

Figura 109

151
Unidade IV

• Ocupação de apenas 50% da capacidade das eletrocalhas. A figura a seguir mostra


essa eletrocalha:

Figura 110

• Ocupação inicial de canaletas aparentes e de mobiliários em torno de 40% e com ocupação


final de 60%:

Figura 111

• Para eletrodutos fechados, a ocupação inicial será de 30% e a ocupação final de 50%,
observando o que dizem as normas e o que está descrito na tabela a seguir:

Tabela 18

Número máximo de cabos baseado na ocupação de 30%


Diâmetro do
eletroduto Diâmetro externo do cabo (mm)
em mm
3,3 4,5 5,6 6,1 7,4 7,9 9,4 13,5
16 (½ ) 1 1 0 0 0 0 0 0
21 ( ¾ ) 6 5 4 3 2 2 1 0
27 (1) 8 8 7 6 3 3 2 1
41 (1 ½ ) 20 18 16 15 7 6 4 2
53 (2) 30 26 22 20 14 12 7 4
63 (2 ½ ) 45 40 36 30 17 14 12 7
78 (3) 70 60 50 40 20 20 17 7
103 (4) 30 14

Fonte: Marin (2013, p. 85).

152
CABEAMENTO ESTRUTURADO

8.2.6 Administração do cabeamento estruturado

O objetivo principal da administração do cabeamento estruturado é fazer com que a organização de


todos os subsistemas e espaços de telecomunicações sejam conservados, tenham uma longa vida útil e
obedeçam sempre a padrões e normas nacionais e internacionais.

É possível utilizar uma série de boas práticas de gestão de infraestrutura de Tecnologia da Informação.
Não obstante, o cabeamento estruturado é dotado de algumas particularidades que precisam ser
consideradas para uma adequada gestão desse recurso.

Dentre essas considerações, convém destacar:

• utilização de identificações dos componentes do sistema de cabeamento estruturado, sejam


subsistemas, sejam espaços de telecomunicações;

• construção de registros e relatórios dos seus elementos;

• adoção de um plano de conservação dos ambientes de telecomunicações;

• estabelecimento de um plano de manutenção preventiva nos subsistemas de cabeamento


estruturado;

• especificação gráfica do sistema, envolvendo simbologias e topologias;

• plano de verificação das questões de cabeamento estruturado relacionadas às instalações elétricas.

As administrações do cabeamento estruturado, bem como as suas especificações, reconhecem


quatro classes de gerenciamento com as suas particularidades. São elas: classe I; classe II;
classe III; classe IV.

A classe I é caracterizada por ter espaços atendidos por uma única sala de equipamentos e não há
sala de telecomunicações, cabeamento de backbone ou sistemas de cabeamento de planta externa.
Devido à simplicidade da infraestrutura gerenciada, os encaminhamentos não precisam integrar o
sistema de gerenciamento.

A classe II é caracterizada por ter um único edifício com várias salas de telecomunicações, e os
encaminhamentos não fazem parte do sistema de gerenciamento do cabeamento estruturado.

A classe III é caracterizada por ter uma infraestrutura de campus dotada de uma planta externa
de cabeamento.

A classe IV é caracterizada por ter uma infraestrutura com vários campi em um único sistema
de gerenciamento.

153
Unidade IV

A tabela a seguir resume as identificações que precisam existir em cada classe de gerenciamento:

Tabela 19

Identificação Classe I Classe II Classe III Classe IV


Identificador dos espaços de telecomunicações X X X X
Identificadores de enlaces horizontais X X X X
Identificador do barramento de aterramento X X X X
principal de telecomunicações
Identificador do barramento de aterramento X X X X
de telecomunicações
Identificador do cabo de backbone X X X
de edifício
Identificador dos pares ou fibras ópticas do X X X
backbone de edifício
Identificador do sistema de proteção contra X X X
incêndio
Identificador dos edifícios X X
Identificador dos cabos de backbone X X
de campus
Identificador dos pares ou fibras ópticas do X X
backbone de campus
Identificador do campus ou localidade do X
edifício

Fonte: Lima Filho (2014, p. 154).

Resumo

Esta unidade teve como foco os espaços em sistemas de cabeamento


estruturado e a implementação do cabeamento estruturado, envolvendo
métodos e técnicas de instalação e gerenciamento.

Foram estudados os principais espaços em sistemas de cabeamento


estruturado, que são as áreas de trabalho e os espaços de telecomunicações.
Os espaços de telecomunicações encontrados nas organizações são: sala de
telecomunicações, sala de equipamentos e infraestrutura de entrada. Também
foram mencionadas as suas especificações, requisitos e diversas recomendações
feitas pelas normas vigentes para sistemas de cabeamento estruturado.

A partir da implementação do cabeamento estruturado, foram


analisados os testes mais utilizados nos cabos de pares metálicos e de fibra
óptica. Ainda, discutiu-se a prática de gestão de projetos em cabeamento
estruturado, mostrando um pouco da metodologia em gestão de projetos
de uma forma geral.

154
CABEAMENTO ESTRUTURADO

Para finalizar, contemplaram-se as práticas de instalação propriamente


dita e houve uma abordagem sobre a administração dos sistemas de
cabeamento estruturado.

Exercícios

Questão 1. A ISO/IEC 14763‑2 e ISO/IEC 18010 recomendam para a sala de telecomunicações:

I – Sistema de climatização 24 horas, 365 dias por ano, com temperaturas variando entre 18º e 24º
C e uma umidade entre 30% e 55%.

II – Iluminação com no mínimo 540 luxes.

III – Aterramento ligado ao sistema de aterramento do prédio.

IV – Distribuição do cabeamento aérea, evitando uso de teto falso.

Estão corretas as afirmativas:

A) I e IV, apenas.

B) II e III, apenas.

C) I, II e IV, apenas.

D) I, III e IV, apenas.

E) I, II, III e IV.

Resposta correta: alternativa E.

Análise das afirmativas

Justificativa geral: recomendações da ISO/IEC 14763‑2 e ISO/IEC 18010 para a sala de


telecomunicações são:

• Sistema de climatização 24 horas, 365 dias por ano, com temperaturas variando entre 18º e 24º C
e uma umidade entre 30% e 55%.

• Iluminação com pelo menos 540 luxes, de forma que não haja problemas na manutenção
do cabeamento.

• Aterramento ligado ao sistema de aterramento do prédio.


155
Unidade IV

• Porta de acesso da sala com, no mínimo, 910 mm por 2.000 mm.

• Ambiente controlado, fechado e com acesso limitado para pessoas autorizadas.

• Situada em uma área do pavimento cujo acesso seja independente do acesso a outros espaços.

• Distribuição do cabeamento aérea, de preferência sem o uso de teto falso.

Ao observar as afirmativas da questão, é possível verificar que as recomendações nelas contidas


pertencem ao rol de recomendações apontadas pelas ISO/IEC 14763‑2 e ISO/IEC 18010. Assim, todas as
afirmativas estão corretas.

Questão 2. Para ser certificado o cabo de par metálico deve ser aprovado em alguns testes. Assinale
a alternativa que apenas apresenta testes aos quais os cabos devem ser submetidos:

A) Diafonia; diâmetro de eletrocussão e relação diafonia/atenuação.

B) Alien crosstalk; perda de retorno e perda de envio.

C) Atraso de propagação; delay skew e delay wifi.

D) Wiremap; comprimento e perda de inserção.

E) Alien crosstalk; altura de jump e perda de envio.

Resolução desta questão na plataforma.

156
FIGURAS E ILUSTRAÇÕES

Figura 1

GUSSOW, M. Eletricidade básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. p. 13.

Figura 2

GUSSOW, M. Eletricidade básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. p. 16.

Figura 3

GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações elétricas prediais. Porto Alegre: Bookman, 2017. p. 12.

Figura 4

GUSSOW, M. Eletricidade básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. p. 21.

Figura 5

GUSSOW, M. Eletricidade básica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2009. p. 50.

Figura 6

FOWLER, R. Fundamentos de eletricidade: corrente contínua e eletromagnetismo. 7. ed. São Paulo:


McGraw-Hill, 2013. V. 1. p. 54.

Figura 7

FOWLER, R. Fundamentos de eletricidade: corrente contínua e eletromagnetismo. 7. ed. São Paulo:


McGraw-Hill, 2013. V. 1. p. 54.

Figura 8

FOWLER, R. Fundamentos de eletricidade: corrente contínua e eletromagnetismo. 7. ed. São Paulo:


McGraw-Hill, 2013. V. 1. p. 57.

Figura 9

SOUZA, L. B. Redes de computadores: guia total. São Paulo: Érica, 2011. Adaptada.

Figura 10

SOUZA, L. B. Redes de computadores: guia total. São Paulo: Érica, 2011. Adaptada.
157
Figura 11

SOUZA, L. B. Redes de computadores: guia total. São Paulo: Érica, 2011. Adaptada.

Figura 12

TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. J. Redes de computadores. 5. ed. Rio de Janeiro: Person Prentice Hall,
2011. p. 62.

Figura 13

TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. J. Redes de computadores. 5. ed. Rio de Janeiro: Person Prentice Hall,
2011. p. 63.

Figura 14

TANENBAUM, A. S.; WETHERALL, D. J. Redes de computadores. 5. ed. Rio de Janeiro: Person Prentice Hall,
2011. p. 64.

Figura 15

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São
Paulo: Erica, 2013. p. 179.

Figura 16

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São
Paulo: Erica, 2013. p. 179.

Figura 17

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São
Paulo: Erica, 2013. p. 185.

Figura 18

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São
Paulo: Erica, 2013. p. 175.

Figura 19

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São
Paulo: Erica, 2013. p. 186.

158
Figura 20

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São
Paulo: Erica, 2013. p. 187.

Figura 21

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São
Paulo: Erica, 2013. p. 191.

Figura 22

TORRES, G. Redes de computadores. Rev. e atual. 2. ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2016. p. 370.

Figura 23

SHIMONSKI, R. J.; STEINER R.; SHEEDY, S. Cabeamento de rede. Rio de Janeiro: LTC, 2014. p. 91.

Figura 24

SHIMONSKI, R. J.; STEINER R.; SHEEDY, S. Cabeamento de rede. Rio de Janeiro: LTC, 2014. p. 92.

Figura 25

SHIMONSKI, R. J.; STEINER R.; SHEEDY, S. Cabeamento de rede. Rio de Janeiro: LTC, 2014. p. 95.

Figura 26

SHIMONSKI, R. J.; STEINER R.; SHEEDY, S. Cabeamento de rede. Rio de Janeiro: LTC, 2014. p. 95

Figura 27

TORRES, G. Redes de computadores. Rev. e atual. 2. ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2016. p. 372.

Figura 28

TORRES, G. Redes de computadores. Rev. e atual. 2. ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2016. p. 373.

Figura 29

TORRES, G. Redes de computadores. Rev. e atual. 2. ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2016. p. 374.

Figura 30

SOUZA, L. B. Redes de computadores: guia total. São Paulo: Érica, 2011. Adaptada.
159
Figura 31

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 19.

Figura 32

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 19.

Figura 33

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 19.

Figura 34

TORRES, G. Redes de computadores. Rev. e atual. 2. ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2016. p. 388.

Figura 35

TORRES, G. Redes de computadores. Rev. e atual. 2. ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2016. p. 398.

Figura 36

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 22.

Figura 37

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 23.

Figura 38

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 24.

Figura 39

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 26.

160
Figura 40

AMAZONAS, J. R. A. Projetos de sistemas de comunicações ópticas. Barueri: Manole, 2005. p. 8.

Figura 41

AMAZONAS, J. R. A. Projetos de sistemas de comunicações ópticas. Barueri: Manole, 2005. p. 9.

Figura 42

MOSHARRAF, F.; FOROUZAN, B. A. Redes de computadores: uma abordagem top-down. Porto Alegre:
AMGH, 2013. p. 586.

Figura 43

KEISER, G. Comunicações em fibras ópticas. 4. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. p. 66.

Figura 44

MOSHARRAF, F.; FOROUZAN, B. A. Redes de computadores: uma abordagem top-down. Porto Alegre:
AMGH, 2013. p. 586.

Figura 45

MOSHARRAF, F.; FOROUZAN, B. A. Redes de computadores: uma abordagem top-down. Porto Alegre:
AMGH, 2013. p. 587.

Figura 46

MOSHARRAF, F.; FOROUZAN, B. A. Redes de computadores: uma abordagem top-down. Porto Alegre:
AMGH, 2013. p. 587.

Figura 47

TORRES, G. Redes de computadores. Rev. e atual. 2. ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2016. p. 424.

Figura 48

TORRES, G. Redes de computadores. Rev. e atual. 2. ed. Rio de Janeiro: Novaterra, 2016. p. 424.

Figura 49

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISSO/IEC 14565: Cabeamento
Estruturado para edifícios comerciais e data centers. Rio de Janeiro, 2013. p. 18.
161
Figura 50

PINHEIRO, J. M. S. Guia completo de cabeamento de redes. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. p. 12.

Figura 51

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISSO/IEC 14565: Cabeamento
Estruturado para edifícios comerciais e data centers. Rio de Janeiro, 2013. p. 22.

Figura 52

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 36.

Figura 53

LIMA FILHO, E. C. Fundamentos de redes e cabeamento estruturado. São Paulo: Pearson, 2014. p. 141.

Figura 54

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 36.

Figura 55

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 37.

Figura 56

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 44.

Figura 57

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 42.

Figura 58

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 43.

162
Figura 59

CAETANO, S. S. Cabeamento estruturado. São José-SC: Instituto Federal Santa Catarina, 2011. p. 56.

Figura 60

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 39.

Figura 61

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 47.

Figura 62

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 48.

Figura 63

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 49.

Figura 64

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 44.

Figura 65

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 44.

Figura 66

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 45.

Figura 67

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 46.

163
Figura 68

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 69

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 70

LIMA FILHO, E. C. Fundamentos de redes e cabeamento estruturado. São Paulo: Pearson, 2014. p. 142.

Figura 71

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 72

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 73

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 74

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 75

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 76

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 77

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 78

LIMA FILHO, E. C. Fundamentos de redes e cabeamento estruturado. São Paulo: Pearson, 2014. p. 136.

164
Figura 79

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 80

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 81

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 82

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 83

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 84

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 85

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 86

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 87

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 88

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 89

Grupo Unip-Objetivo.

165
Figura 90

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 91

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 92

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 93

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 94

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 95

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 96

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 97

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 98

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 99

MONTEIRO, A. Certificação PMP. Rio de Janeiro: Brasport, 2008. p. 13. Adaptada.

Figura 100

DINSMORE, P. C; BARBOSA, A. M. C. Como se tornar um profissional em gerenciamento de projetos:


livro-base de “Preparação para certificação PMP – Project Management Professional”. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2009. p. 28. Adaptada.
166
Figura 101

HELDMAN, K. Gerência de projetos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009. p. 32. Adaptada.

Figura 102

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 71.

Figura 103

LIMA FILHO, E. C. Fundamentos de redes e cabeamento estruturado. São Paulo: Pearson, 2014. p. 154.

Figura 104

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 73.

Figura 105

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 106

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 107

Grupo Unip-Objetivo.

Figura 108

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 86.

Figura 109

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 84.

Figura 110

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São Paulo:
Erica, 2013. p. 88.
167
Figura 111

MARIN, P. S. Cabeamento estruturado: desvendando cada passo: do projeto à instalação. 4. ed. São
Paulo: Erica, 2013. p. 85.

REFERÊNCIAS

Textuais

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISSO/IEC 14565: Cabeamento
Estruturado para edifícios comerciais e data centers. Rio de Janeiro, 2013.

AMAZONAS, J. R. A. Projetos de sistemas de comunicações ópticas. Barueri: Manole, 2005.

BERNAL, P. S. M. Voz sobre o protocolo IP: a nova realidade da telefonia. São Paulo: Erica, 2007.

CICCARELLI, P. et al. Princípios de redes. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

COTRIM, A. A. M. B. Instalações elétricas. 4. ed. São Paulo: Pearson, 2003.

DINSMORE, P. C; BARBOSA, A. M. C. Como se tornar um profissional em gerenciamento de projetos:


livro-base de “Preparação para certificação PMP – Project Management Professional”. Rio de Janeiro:
Qualitymark, 2009.

FERNANDES, A. A.; ABREU, V. F. Implantando a governança de TI. Rio de Janeiro: Brasport, 2012.

FILIPPETTI, M. A. CCNA 6.0: guia de estudo. Florianópolis: Visual Books, 2017.

FOWLER, R. Fundamentos de eletricidade: corrente contínua e eletromagnetismo. 7. ed. São Paulo:


McGraw-Hill, 2013. V. 1.

GEBRAN, A. P.; RIZZATO, F. A. P. Instalações elétricas prediais. Porto Alegre: Bookman, 2017.

GIDO, J; CLEMENTS, J. P. Gestão de projetos. São Paulo: Cengage Learning, 2011.

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