3 - TENHA CONSCIÊNCIA DOS HÁBITOS

“Você está no piloto automático”

O “piloto automático” é o resultado da nossa capacidade cerebral de transformar ações

repetidas em hábitos. Hábitos compreendem a nossa maneira usual e frequente de pensar,
sentir e agir. São os hábitos que moldam o nosso comportamento. E os nossos resultados
são gerados pelo nosso comportamento.

O “piloto automático” é o sistema que permite você fazer várias coisas ao mesmo tempo,
sem precisar pensar a respeito, por exemplo: é através desse mecanismo que uma pessoa
consegue dirigir até sua casa sem prestar atenção no caminho. É através dele que você
evolui na aprendizagem, tornando suas competências inconscientes, quando o que você
sabe passa a ser algo automático, um hábito.

Estudos apontam que apenas 60% das decisões que tomamos diariamente são de fato
decisões. Os outros 40% são hábitos. Isso significa que quase metade de nossas decisões
diárias funcionam numa espécie de "piloto automático", uma maneira que o cérebro encontra de
economizar energia e garantir nossa sobrevivência.

Para compreender melhor como funciona o “piloto automático” você vai aprender sobre dois
sistemas que estruturam o pensamento: O Sistema Analítico ou voluntário e o Sistema Automático
ou involuntário.

ANALÍTICO​ (voluntário) é o sistema responsável pelo pensamento CONSCIENTE. Esta

forma de pensar exige esforço e gasta muita energia. É mais lento, pois faz uma coisa de
cada vez e se cansa rapidamente. É dedutivo e RACIONAL. Utilizamos este sistema para
tomar decisões conscientes, fazemos isso através de perguntas.
AUTOMÁTICO (involuntário) é o sistema responsável por todo o pensamento INCONSCIENTE do
nosso cérebro. Ele é instintivo, intuitivo e IRRACIONAL. Não requer muito esforço, gasta pouca
energia e por isso é rápido. Ele consegue tomar várias decisões ao mesmo tempo, é o que
chamamos de “piloto automático”. Estima-se que o sistema automático seja o responsável por 95%
das nossas ações.

Todos os textos contidos no material disponibilizado à você foram criados por Maurílio Barboza e Egber para a Formação em Coaching
com PNL para Pastores e Líderes​. Você pode ter acesso ao conteúdo completo adquirindo o seu Manual no link:
https://ead.rededeempreendedores.com.br/
Nós incentivamos fortemente que você compartilhe este conteúdo com outras pessoas, com o intuito de ajudá-las. Essa é a nossa missão!
Porém, copiar textos e não citar suas fontes não é abençador!
O psicólogo Jonathan Heid criou uma ótima metáfora para explicar a diferença do sistema
automático e o sistema analítico do nosso cérebro. “Os dois sistemas funcionam como um grande
elefante com um minúsculo condutor sentado em suas costas. O sistema automático seria um
grande e poderoso elefante, que pesa cerca de seis toneladas, age sempre por instinto e de maneira
inconsciente. O sistema analítico seria o condutor, um homem frágil, que pesaria comparativamente,
algo como 60 quilos.
O condutor é um analista bem-intencionado, consciente e racional, que tenta desesperadamente
assumir o controle do elefante, que, por ser muito mais poderoso, ignora o condutor e faz o que quer,
na maior parte do tempo.”

As pesquisas em neurociências têm comprovado que as pessoas tomam maior parte de suas
decisões de maneira irracional baseadas em hábitos, crenças e emoções. Saber disso e aprender a
lidar com isso é fundamental para conquistar novos resultados.

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Mudança de Hábitos

A estratégia mais poderosa é a conscientização acerca dos hábitos negativos e que precisam ser
substituídos por hábitos positivos. Você pode reprogramar o seu piloto automático entendendo como
se formam hábitos.

No Coaching com PNL você vai aprender a fazer perguntas e promover reflexões que vão trazer para
o pensamento consciente os seus valores, experiências, suas crenças e seus comportamentos. Isso
vai gerar consciência sobre os seu hábitos, sobre as situações (gatilhos) que acionam as rotinas no
seu cérebro (resposta automática) e sobre quais são as recompensas que fazem com que a memória
rotina seja forte o suficiente para se repetir.

O nosso sistema nervoso pode ser treinado para adquirir novas habilidades e mudar
comportamentos, através do que hoje é conhecido como neuroplasticidade, que é a habilidade do
cérebro de se reorganizar a partir da formação de novas conexões neurais. Hoje em dia sabemos
que o cérebro humano pode evoluir em qualquer idade.

“Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para
que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
(Romanos 12:2)

“Conscientização sobre os hábitos permite perceber se algo é bom ou não. Você pode
substituir antigos hábitos por novos.”

4 - A VERDADE É INDIVIDUAL
“Cada pessoa tem sua própria verdade, que é subjetiva e individual”

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Ao dizermos que cada pessoa tem sua verdade individual e subjetiva não estamos nos referindo à
realidade ou que esta verdade individual deva ser aplicada a todos. Sabemos que Jesus é a Verdade
(João 14.6). Cada pessoa tem sua verdade individual e subjetiva no sentido de que cada um tem sua
própria representação e interpretação interior da realidade externa que ele acessa através de seus
sentidos e que acredita ser verdadeira, independente de que os demais tenham outra representação
e interpretação da mesma realidade.

Ao longo da vida nós construímos a nossa representação mental com base no que vivemos
e aprendemos. Em resumo são as nossas crenças e valores que determinam a forma como
pensamos.

No capítulo anterior você aprendeu como nós percebemos a realidade através dos nossos
sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar) e filtros (omissão, distorção e generalização,
crenças, valores, memórias e interesses). Agora você já está preparado para compreender a
pressuposição da PNL de que “o mapa não é o território”.

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“O mapa não é o território” significa que nós não sabemos com precisão qual é a realidade, somente
temos um mapa constituído por nossos sentidos, crenças e experiências passadas. Como não
conhecemos o território, achamos que o nosso mapa é o território, mas ele não é.

Cada pessoa tem o seu próprio mapa, a sua representação ou modelo mental, que é a sua
verdade subjetiva e individual. É individual e subjetiva pois essa “verdade” é baseada nas
experiências passadas, em suas crenças e sentidos.

Entender isso nos dá a base para praticar a empatia, para criar relacionamentos onde há
confiança e intimidade suficiente para lidar com questões pessoais, espirituais, familiares, ministeriais
e profissionais verdadeiramente importantes.

Saiba que as pessoas respondem às suas experiências, e não à realidade em si. Tudo o que uma
pessoa viveu, aprendeu, sentiu e acredita molda a forma como ela vê o mundo, os outros e a si
mesma.

Baseado no pressuposto de que cada pessoa tem seu mapa é fácil compreender que as pessoas
fazem a melhor escolha que podem no momento. Este é outro pressuposto da PNL que demonstra o
enorme valor que o coach entrega ao seu cliente quando o ajuda a ampliar suas possibilidades de
escolha. Uma pessoa com maiores possibilidades de escolha é mais livre e mais influente.

Você vai conhecer e se aproximar do mapa de outra pessoa na medida que consegue demonstrar
que realmente se importa com ela e descobre, através de perguntas e do ouvir com atenção, o que
ela pensa, ouve, vê, sente e faz a respeito de si, do mundo e dos outros.

“As pessoas respondem às suas experiências e não à realidade. Cada pessoa tem o seu
mapa”.

Posições Perceptuais

“O primeiro a apresentar a sua causa parece ter razão, até que outro venha à frente e o questione.”
(Provérbios 18.17)

A PNL nos proporciona entender essa questão da verdade individual de uma forma mais fácil,
através das posições perceptuais. Confira:
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Cada pessoa tem o seu ponto de vista, isso é algo que todos aprendemos muito cedo. É muito fácil
comprovar que cada um tem a sua forma de ver, sentir, ouvir e interpretar o mundo.
Em qualquer situação é possível adotar diferentes perspectivas, adotando mais de uma
compreensão mais ampla, pois não existe uma perspectiva “correta”, cada perspectiva oferece a
visão limitada a apenas um “lado” da situação.
A PNL nos oferece um modelo para compreender ao menos três perspectivas diferentes, através das
posições perceptuais, onde você pode analisar a primeira, a segunda e a terceira posição.

A primeira posição é a sua própria visão a respeito de qualquer situação, a sua verdade individual, o
modo que você percebe a realidade. A maestria é resultado de uma primeira posição forte, para isso
o autoconhecimento é fundamental.

A segunda posição é quando você consegue compreender a visão da outra pessoa a respeito da
situação. Quando você consegue se colocar nessa perspectiva, você compreende como pensa, vê e
sente o outro, essa é a base da empatia.

A terceira posição é quando você consegue se dissociar da sua visão pessoal e da perspectiva do
outro e analisa o relacionamento entre os diferentes pontos de vista. É a visão de um observador que
consegue ter uma compreensão imparcial e distanciada das duas outras posições.

“O rei disse: "Esta afirma: ‘Meu filho está vivo, e o seu filho está morto’, enquanto aquela diz: ‘Não!
Seu filho está morto, e o meu está vivo’ ".
Então o rei ordenou: "Tragam-me uma espada". Trouxeram-lhe.
Ele então ordenou: "Cortem a criança viva ao meio e dêem metade a uma e metade à outra".

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A mãe do filho que estava vivo, movida pela compaixão materna, clamou: "Por favor, meu senhor, dê
a criança viva a ela! Não a mate! " A outra, porém, disse: "Não será nem minha nem sua. Cortem-na
ao meio! "
Então o rei deu o seu veredicto: "Não matem a criança! Dêem-na à primeira mulher. Ela é a mãe".
Quando todo o Israel ouviu o veredicto do rei, passou a respeitá-lo profundamente, pois viu que a
sabedoria de Deus estava nele para fazer justiça.” (​1 Reis 3:23-28).

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