Proposta de Concerto

Entre o etéreo e o êxtase; o pianismo de Alexander Scriabin

Recital de piano por João Casimiro Almeida, em memória

dos 150 anos do nascimento do compositor russo
Proposta de concerto – 150 anos do nascimento de Alexander Scriabin

Apresentação
Figura incontornável do piano e da música ocidental do século XIX e XX,
Alexander Scriabin trouxe várias inovações tanto na escrita pianística como em
termos musicais.

A riqueza harmónica, tímbrica e formal presente desde cedo nas suas obras vai
evoluindo progressivamente ao longo da sua vida enquanto compositor, sendo
clara a transformação quando ouvimos obras de diferentes períodos da sua
escrita.

Pretende-se com este recital explorar diferentes obras de diferentes períodos

de criação do compositor russo; uma primeira fase com uma textura e
sonoridades claramente associadas ao período romântico, (como os Prelúdios
op.16), uma fase posterior em que já se denota uma busca por algo inovador,
rompendo com as convenções harmónicas (Quinta Sonata op.53) e depois uma
última fase em que a música já evoluiu para uma escrita claramente moderna,
com poucos ou nenhuns traços do sistema tonal (“Vers la Flamme”).

Proposta de programa
Alexander Scriabin (1872-1915)

• Cinco Prelúdios op.16

• Sonata no.2 op.19
o Andante
o Presto
• Cinco Prelúdios op.74
• “Vers La Flamme”, op.72
• Sonata no.5, op.53

O recital teria uma duração aproximada de 50 minutos, podendo ter um intervalo

e/ou uma breve apresentação do programa antes ou durante a performance.
Proposta de concerto – 150 anos do nascimento de Alexander Scriabin

Biografia
Disse o jornal Público que “João Casimiro Almeida revela uma grande sensibilidade e
uma habilidade na construção musical”.

João Casimiro Almeida conta já com uma experiência musical vasta e reconhecida,
sendo presença regular nas mais importantes salas de concerto nacionais, bem como
uma agenda internacional recorrente.

Tem um repertório extenso e versátil, tocando frequentemente tanto a solo como em

música de câmara, desde a música do barroco até à contemporânea.

Iniciou os seus estudos musicais aos 11 anos, com Miguel Campinho e Ermelinda
Martins, e rapidamente mostrou sensibilidade e gosto pelo Piano e pela Música.
Completou a Licenciatura na ESMAE - Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo
no Porto, na classe de Madalena Soveral e o Mestrado em Performance no
Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, na classe dos
professores Michel Dalberto e Claire-Marie Le Guay.

Destacam-se das performances recentes recitais nos Festivais de Outono – Aveiro e

na Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa - com um programa dedicado a L.v.
Beethoven, Concertos com a Orquestra de Câmara de Tarnow e com a Orquestra
Clássica de Espinho, bem como um concerto em Oslo, Noruega, com o Ensemble Ars
ad Hoc.

João foi laureado com mais de uma dezena de prémios nacional e internacionais, de
onde se destacam um 1º Prémio no Concurso Internacional Cidade do Fundão, o Prémio
David Russell em Vigo, e também o 1º Prémio no Concurso Internacional Paços
Premium. Foi ainda Semifinalista do VIII Concurso Internacional Rosario Marciano, em
Viena.

Durante o seu percurso teve a oportunidade de trabalhar com diversos músicos que
contribuíram para o seu enriquecimento pianístico e musical, dos quais se destacam
os pianistas Guigla Katsarava, Maria Belooussova, Masahi Katayama, Prisca Benoit,
Pedro Burmester, Philippe Raskin e Vincent Larderet. Trabalhou com os maestros
Antonio Saiote, Pedro Neves e Peter Rundel, e com os compositores Beat Furrer,
Claude Abromont, Fréderic Durieux, Justina Repeckaite e Simon-Steen Anderson.

É o pianista do Ars Ad Hoc, ensemble da Arte no Tempo ligado à música de câmara e à

música contemporânea, que tem um papel fulcral na promoção e apresentação do
repertório dos dias de hoje. O ensemble tem uma agenda regular por todo o país e faz
importantes estreias a nível nacional e internacional de compositores como Gérard
Grisey, Beat Furrer, Morton Feldman ou Kristine Tjogersen.

Como próximos projectos no início de 2022, João conta com apresentações regulares
do Ensemble Ars ad Hoc, um recital de Arvo Pärt e Philip Glass com a violinista Mara
Alina Figueiredo e a gravação de um CD dedicado a Johannes Brahms com a clarinetista
Diana Sampaio e a violoncelista Ana Mafalda Monteiro.