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A MUSA DO REI
ARTISTA
56º Festival de Sintra
Música, a Musa do Rei-Artista
D. Fernando II (1816-1885), com origens alemãs e húngaras, foi um dos principais im-
pulsionadores do movimento romântico em Portugal. Ao longo dos 50 anos da sua
vida em Portugal, Sintra foi o local de eleição daquele que veio a ser conhecido como
o Rei Artista, paisagem onde deixou uma marca indelével no património e nos teste-
munhos da sua vivencia. Ao fim de dezasseis anos de viuvez, em 1869, D. Fernando II
casa pela segunda vez com Elise Hensler, (1836-1929), cantora de ópera, que recebeu
o título de Condessa d’Edla, também ela uma mulher sensível e criativa.
Uma das marcas mais distintas do perfil D. Fernando von Sachsen-Coburg-Koháry foi a
sua ligação à música. O seu amor pela música levou-o não só a apaixonar-se por uma
cantora de ópera, com quem se veio a casar contra a vontade da família real, como a
manter durante toda a vida uma proximidade permanente com o Teatro de São Carlos,
desde a primeira temporada que passou em Lisboa. O dia de aniversário de D. Fernan-
do, 29 de Outubro, era o dia de abertura da temporada de São Carlos, que realizava
uma gala nesse dia.
Muito relevante para a Música Portuguesa foi o patrocínio Real de D. Fernando aos
dois principais compositores pianistas do século XIX, Bomtempo e Vianna da Motta.
Gabriela Canavilhas
Diretora Artística
SINOPSE DO PROGRAMA
CONCERTO INAUGURAL
23 de setembro, 21.00, Centro Cultural Olga Cadaval
Vesselina Kasarova, mezzo-soprano
Josep Caballé-Domenech, maestro
Orquestra Gulbenkian
Com uma celebrada carreira internacional atrás de si, Kasarova impôs-se no mun-
do da ópera como uma das melhores meio-sopranos das últimas três décadas,
notabilizando-se num imenso repertório que se estende desde o século XVII ao
XX.
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CONFERENCIA-CONCERTO
D. FERNANDO II E ELISE HENSLER
24 setembro, 17.00, Chalet da Condessa D’Edla
Prof. Dra. Luisa Cymbron, conferencista
participação
Carla Caramujo soprano
João Paulo Santos, piano
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CONCERTO PARA 2, 3 e 4 PIANOS DE J. S. BACH
David Fray & Bach
25 de Setembro, 21.00, Centro Cultural Olga Cadaval
David Fray, Audrey Vigoureux, Emmanuel Christien e Jacques Rouvier, pianos
Orquestra de Câmara Portuguesa
Direção de David Fray
Pela primeira vez em Portugal, David Fray dirige (a partir do piano) os concertos
para 2, 3 e 4 pianos de J. S. Bach. De inspiração italiana, estes concertos ape-
lam a um extraordinário impulso de energia e de vitalidade. “São uma fonte de
alegria, quer para os pianistas, quer para o público” diz David Fray. Datados da
década de 30 do século XVIII e esquecidos após a morte de Bach (1750), seria
o romantismo que a redescobri-los graças a Felix Mendelssohn, que recuperou
para o mundo o génio da obra do mestre de Leipzig.
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A DANÇA
Jeffrey Swan, piano
30 de setembro, 21.00, Palácio de Queluz
Um tributo à arte da dança, tornada prática social burguesa no século XIX, num
programa ilustrado por repertório de dança, com enfoque em Franz Liszt, feito
Cavaleiro da Ordem de Cristo por D. Fernando II por ocasião da sua visita a Por-
tugal em 1845.
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SETE LÁGRIMAS
DIE NACHT \ A NOITE
1 de Outubro, 21.00, Palácio de Queluz
2 de Outubro, 17.00, Igreja de Colares
Filipe Faria, voz
Sérgio Peixoto, voz
Pedro Castro, flautas, oboé barroco e oboé clássico
Tiago Matias, alaúde, guitarra barroca, guitarra romântica e tiorba
Mário Franco, contrabaixo
Juan de la Fuente, percussão
Obras de D. Dinis, Josquin des Prez, Manuel Machado, Carlos Seixas, Giovanni
Battista Martini, Manuel José Vidigal, Franz Schubert, Vilancicos e Modinhas.
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ÓPERA
L’occasione fa il ladro, (1812), Gioachino Rossini
ossia Il cambio della valigia
“A ocasião faz o ladrão” é um título que nos remete para o conhecido ditado que,
aparentemente, seria tão popular em França no final do século XVIII como atual-
mente ainda continua a ser. Trata-se de uma estória típica do género cómico,
uma farsa de enganos e de disfarces, mas com um toque de elegância e graça
que a mestria musical de Rossini torna num deleite sucessivo para os sentidos.
ATIVIDADES PARALELAS
MASTERCLASS DE CANTO
Vesselina Kasarova
25, 26 27 setembro, Palácio de Monserrate
APRESENTAÇÃO DO CD
MATUTTINI DE’MORTE DE BOMTEMPO
Gravado ao vivo pelo Festival de Sintra 2021
nas Comemorações do bicentenário da Constituição Portuguesa de 1822 e
200º aniversário da estreia do Matuttini d’Morte (Bomtempo, 1822)
Gravado em 2021 no Centro Cultural Olga do Cadaval com o objetivo de colma-
tar a ausência de uma gravação desta obra marcante na musicologia histórica
portuguesa, foi também objetivo do Festival de Sintra fazer coincidir esta edição
discográfica com as comemorações do Bicentenário da Constituição Portugue-
sa de 1822, pelo perfil de cidadania ligado à causa liberal deste compositor e
pelo papel de D. Fernando II e D. Maria II no regime constitucional português.
Bomtempo foi um lutador incansável pela defesa da Carta Constitucional e pela
defesa de uma Constituição nos termos daquela que foi, finalmente, promulgada
em 1822.
Imprensa:
Joana Gonçalves
joana.goncalves@cm-sintra.pt
+351 924 050 619