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Música, a Musa do Rei-Artista

Música,
A MUSA DO REI
\ 01 \ \ 02 \ \ 03 \ \ 04 \ \ 05 \ \ 06 \ \ 07 \ \ 08 \

ARTISTA \ 01 \ CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL


Construído em 1945 sob projeto do arquiteto Manuel
\ 03 \ PALÁCIO NACIONAL DE SINTRA
O Palácio Nacional de Sintra, também conhecido
\ 05 \ CHALET DA CONDESSA D'EDLA
O Chalet da Condessa d'Edla foi construído pelo rei
\ 07 \ SOCIEDADE RECREATIVA
E MUSICAL DE ALMOÇAGEME
Joaquim Norte Júnior, o então Cine-Teatro Carlos Manuel como Palácio da Vila, foi um dos palácios utilizados D. Fernando II e sua segunda mulher, Elise Hensler, Condessa Nasceu como Grémio Republicano Musical de Almoçageme
D. Fernando II (1816-1885), com origens alemãs e húngaras, foi, durante muitos anos, o único cinema de Sintra. Durante pela Família Real Portuguesa praticamente até ao final d'Edla, entre 1864 e 1869, segundo o modelo dos Chalets a 1 de janeiro de 1892, numa casa cedida por José Gomes da
foi um dos principais impulsionadores do movimento cerca de 40 anos fez parte do quotidiano da vida social da Monarquia, em 1910. Alpinos então em voga na Europa. Silva, o seu principal patrono e impulsionador e onde desde
e cultural Sintrense, encontrando-se fortemente enraizado De implantação urbana, a sua construção iniciou-se É um edifício com uma forte carga cénica caracterizado pela cedo se acolheram os convívios dançantes, as aulas
romântico em Portugal. na memória coletiva do município. no século XV, com traço de autor desconhecido. marcação horizontal do reboco exterior, pintado a imitar um de música e os primeiros ensaios da nova Filarmónica.
Ao longo dos 50 anos da sua vida em Portugal, Sintra Ao incêndio que, em 1985, destruiu grande parte do edifício, Apresenta características de arquitetura medieval, gótica, revestimento em pranchas de madeira, e pelo uso exaustivo Em 1922, fruto de desentendimentos, um grupo de dissidentes
seguiram-se alguns anos de abandono durante os quais manuelina, renascentista e romântica. da cortiça como elemento decorativo, forrando molduras formaria uma outra filarmónica, que passou a ser conhecida
foi o local de eleição daquele que veio a ser conhecido
eventos culturais temporários utilizam parcialmente É considerado um exemplo de arquitetura orgânica, de portas e janelas, beirados, varandas e troncos de árvore pela Amarela, por oposição à Branca, a inicial, tendo as
como o Rei-Artista, paisagem onde deixou uma marca os espaços ainda disponíveis. de conjunto de corpos aparentemente separados, adossados às fachadas para suporte de trepadeiras. rivalidades levado a que o presidente do Grémio (José Gomes
indelével no património e nos testemunhos da sua vivência. Reconhecendo não só o valor e representatividade do edifício, mas que fazem parte de um todo articulado entre si, através A localização do Chalet é notável pois, situado no extremo da Silva) tivesse, a expensas suas, mandado construir nova
Ao fim de dezasseis anos de viuvez, em 1869, D. Fernando II como a necessidade de uma nova sala de espetáculos, de pátios, escadas, corredores e galerias. Possui o maior oposto do parque em relação ao palácio, mantém com este sede para a Banda Branca, assim nascendo, a 1 de agosto
a Câmara Municipal decidiu adquirir o imóvel – o que se conjunto de azulejos mudéjares do país. uma importante relação visual que é acentuada pela de 1926 o Cine-Theatro.
casa pela segunda vez com Elise Hensler (1836-1929), concretizou em 1987 – e promover a sua reconversão É dominado por duas grandes chaminés geminadas proximidade de um dramático conjunto de blocos de granito, Com sala de espetáculos munida de palco e camarins, o nível
cantora de ópera, que recebeu o título de Condessa d’Edla, e reabilitação, tendo sido objeto de aprofundadas obras que coroam a cozinha e constituem o "ex-libris" de Sintra. as Pedras do Chalet, e por um vale que é sobranceiro. artístico das representações teatrais e musicais ganharia
também ela uma mulher sensível e criativa. Uma das marcas que o dotaram de dois auditórios, salas de ensaios e espaços Da varanda do Chalet avistava-se o mar, das pedras, outro incremento, com uma dinâmica que se mantém até
de apoio técnico, capazes de dar resposta às maiores \ 04 \ IGREJA PAROQUIAL DE COLARES as muralhas do Castelo dos Mouros recortando a serra aos dias de hoje e onde assumem preponderância
mais distintas do perfil de D. Fernando von Sachsen-Coburg
exigências técnicas. Com a sua inauguração em outubro de A igreja matriz de Colares foi, na sua origem, um templo e ao fundo, o palácio. O jardim envolvente integra miradouros as da Banda Filarmónica (que com o tempo reintegraria
und Gotha foi a sua ligação à música. O seu amor pela 2001, tornou-se um espaço de referência com uma quinhentista, do qual restam, no entanto, alguns elementos, com vistas para o palácio e exóticas coleções botânicas os outros músicos).
música levou-o não só a apaixonar-se por uma cantora programação variada e dirigida a diferentes públicos e palco como a pia de água benta, o púlpito de planta quadrada, ou provenientes de todo o mundo, como por exemplo os fetos
de ópera, com quem se veio a casar contra a vontade de acolhimento de iniciativas que marcam a agenda cultural. os dois medalhões de São Pedro arbóreos da Austrália e Nova Zelândia plantados no Vale. \ 08 \ SOCIEDADE FILARMÓNICA
da família real, como a manter durante toda a vida e São Paulo, que se encontram inscritos na parede exterior BOA UNIÃO MONTELAVARENSE
\ 02 \PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ da capela-mor. \ 06 \ SOCIEDADE FILARMÓNICA ASSAFORENSE Nos finais do século XIX, mais concretamente a 6 de outubro
uma proximidade permanente com o Teatro de São Carlos, Residência real de duas gerações de monarcas situada Todo o templo foi objeto de uma remodelação A ideia de criação de uma Banda de Música em Assafora de 1890, um grupo de Montelavarenses juntou-se, fundando
desde a primeira temporada que passou em Lisboa. O dia a cerca de 15 minutos de Lisboa, ao Palácio Nacional no decorrer do século XVII, devendo-se a sua iniciativa pertenceu a Manuel António Heleno e Alexandre José Frade, a coletividade que tem por nome “Sociedade Filarmónica
de aniversário de D. Fernando, 29 de Outubro, era o dia de Queluz estão intimamente ligadas importantes figuras a D. Dinis de Melo e Castro (doutor em Direito Canónico tal como consta na Acta número 1 da coletividade. Boa União Montelavarense”.
da história de Portugal. pela Universidade de Coimbra, Desembargador Esta intenção foi desde logo assumida por um grupo de Esta coletividade, filiada na Federação das Coletividades
de abertura da temporada de São Carlos, que realizava Constitui um conjunto patrimonial de referência da Relação do Porto, da Casa da Suplicação e do Paço, Assaforenses e veio a dar lugar, em 1 de dezembro de 1942, de Cultura, Recreio e Desporto do Distrito de Lisboa,
uma gala nesse dia. Muito relevante para a Música na arquitetura e no paisagismo portugueses e contém Bispo de Leiria, de Viseu, da Guarda e Regedor à fundação da Sociedade Filarmónica União Assaforense. foi em 30 de outubro de 1978 considerada “Pessoa Coletiva
Portuguesa foi o patrocínio real de D. Fernando um importante acervo que reflete o gosto da corte das Justiças) que, na primeira metade de Seiscentos O professor das primeiras aulas de iniciação musical foi de Utilidade Pública”.
nos séculos XVIII e XIX, percorrendo o Barroco, o Rococó desenvolveu um importante impulso mecenático na zona de Vasco Miguéis, que veio a ser o primeiro Regente da Banda. À data da sua fundação nasceu também a sua Banda
aos dois principais compositores pianistas do século XIX, e o Neoclássico. Colares, da qual era natural. Quando se exibiu pela primeira vez, a Banda tinha 26 Filarmónica, que conta já com 131 anos de existência.
Bomtempo e Vianna da Motta. A sobriedade das fachadas exteriores do palácio contrasta As paredes da capela-mor encontram-se revestidas Executantes, com idades compreendidas entre os 8 e os 35 Muitos foram os acontecimentos que marcaram a história
Assim, em homenagem à musa romântica de D. Fernando II surpreendentemente com as fachadas de aparato, voltadas por painéis de azulejo azul e branco, com a representação de anos, sendo de referir que um desses elementos ainda desta banda centenária, que sempre primou pela divulgação
para o interior, prolongadas por delicados parterres episódios da Vida da Virgem, atribuídos ao pintor lisboeta se mantém em atividade, numa Banda que conta agora com musical, tanto em território nacional como além-fronteiras.
– a música – a programação do 56º Festival de Sintra de broderie em buxo num enquadramento de dezasseis Manuel dos Santos. 80 executantes, com idades compreendidas entre os 13 Em 1992 foi-lhe atribuído, por Sua Exª O Presidente
é dedicada ao Rei-Artista e à música que o rodeava hectares de jardins. Os jardins desenvolvem-se ao longo O arco triunfal, muito alteado, é encimado por frontão e os 81 anos, a maior parte oriundos da Escola de Música. da República, o título de “Membro Honorário da Ordem
em Portugal – a música de ópera, a música de câmara de grandes eixos animados por jogos de água e pontuados de aletas, interrompido pelo nicho central, que termina em De salientar ainda a criação, em 1987, de uma Orquestra do Mérito”.
por estatuária inspirada na mitologia clássica. frontão triangular. Juvenil que veio dar lugar, em 1997, à criação da Orquestra Nos últimos 50 anos sucederam-se respetivamente
romântica, a música do instrumento-rei do romantismo, No interior destacam-se grandes salas de aparato, tais como Ligeira. na direção da Banda, os seguintes maestros: Modesto Alves
o piano –, e à música das suas origens centro-europeias. a Sala do Trono, a Sala da Música e a Sala dos Embaixadores, Em 2013, e como reconhecimento pelos serviços prestados Velho, Álvaro Sousa, Domingos Canhão, Agostinho Caineta,
os aposentos reais e a capela. nas atividades culturais, a S. F. U. Assaforense foi agraciada António Monteiro, Délio Gonçalves, Paulo Guia, Jaime Rêgo,
com a Medalha de Ouro de Mérito Municipal atribuída pela Marco Barroqueiro e João Panta Nunes. Atualmente a banda
Câmara Municipal de Sintra sendo Presidente da Câmara o é dirigida pelo Maestro Jorge Leiria.
Gabriela Canavilhas
Senhor Prof. Dr. Fernando Seara.
Diretora Artística

3) 25% para > 65 anos.


2) Crianças entre os 5 e os 12 anos: grátis.
de documento comprovativo.
do espetáculo, mediante apresentação
1) 25% para estudantes e profissionais da área
nas bilheteiras:
2022 com os seguintes descontos aplicáveis às aquisições
dos espetáculos condicionado às disponibilidades,
23 SET | 9 OUT e nos locais dos concertos uma hora antes do início
Bilhetes à venda na Ticketline, na bilheteira do CCOC
programa
atividades

21H00 28 SET | 21H00 21H00 17H00


CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL SOCIEDADE FILARMÓNICA PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ CHALET DA CONDESSA D’ EDLA*
CONCERTO INAUGURAL
BOA UNIÃO MONTELAVARENSE* CONFERÊNCIA-CONCERTO
29 SET | 21H00 RAÚL DA COSTA | piano
VESSELINA KASAROVA | mezzo soprano SOCIEDADE FILARMÓNICA D. FERNANDO II
Orquestra Gulbenkian UNIÃO ASSAFORENSE* QUARTETO DE CORDAS E ELISE HENSLER
Josep Caballé-Domenech | maestro DE MATOSINHOS
Obras de Gioachino Rossini, Francesco Cilea, QUINTETO DE JILL LAWSON Quintetos com piano
Luísa Cymbron | musicóloga | conferencista
Carla Caramujo | soprano
Gaetano Donizetti, Camille Saint-Saëns, … lembrando Olga Prats Intimidade e ímpeto – diálogos
Jules Massenet e Georges Bizet. João Paulo Santos | piano
Jill Lawson | piano do Romantismo centro-europeu NOTA: Serviço de autocarro disponível, com saída do Interface
Martín Sued | bandoneon da Portela pelas 16H00 e regresso.
Quinteto de Robert Schumann, op. 44
Vanessa Lima | contrabaixo Antes da conferência, haverá uma visita guiada ao Chalet e jardins em
Quinteto de Antonín Dvorák, op.81
Manuel Ferrer | violino colaboração com a Parques de Sintra – Monte da Lua.
João Carreiro | guitarra elétrica
Obras do Quinteto Novo Tango de Piazzolla e de compositores
brasileiros e portugueses e fados portugueses do século XIX.
24 SET | 21H00
PALÁCIO NACIONAL DE SINTRA
25 SET | 21H00 PALÁCIO DE MONSERRATE
SOCIEDADE RECREATIVA DE ALMOÇAGEME*
MASTERCLASSE DE CANTO
LES SOIRÉES MUSICALES Vesselina Kasarova
um serão musical no palácio 21H00 Inscrição e informações: festivaldesintra.pt
Rita Marques | soprano PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ
Cátia Moreso | mezzo
Marco Alves dos Santos | tenor JEFFREY SWANN | piano
Luís Rodrigues | barítono
João Paulo Santos | piano e direção
A Dança
Obras de Franz Liszt, Béla Bartok, Igor Stravinsky
01 Out
Seleção de canções de Les Soirées Musicales de Rossini 17H00
e Fryderyk Chopin.
e canções de Mercadante e de Donizetti. CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL*
APRESENTAÇÃO DO DOCUMENTÁRIO

O MEU ENCONTRO
COM VIANNA DA MOTTA
João Santa-Clara

01 OUT | 21H00 APRESENTAÇÃO DO LIVRO


21H00
CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL
PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ O ESSENCIAL SOBRE
02 OUT | 17H00
VIANNA DA MOTTA
DAVID FRAY & FRIENDS IGREJA PAROQUIAL DE COLARES*
Bruno Caseirão
Concertos para Tecla de J. S. Bach
SETE LÁGRIMAS Mesa-redonda moderada por Gabriela Canavilhas
David Fray, Audrey Vigoureux, com Elvira Archer, guionista, José Brandão,
Emmanuel Christien e Jacques Rouvier | pianos
Die Nacht / A Noite
neto do compositor e Bruno Caseirão,
Orquestra de Câmara Portuguesa Filipe Faria | voz autor do livro.
Concertos para 2 pianos e orquestra BWV 1060, 1061 e 1062 Sérgio Peixoto | voz
Concertos para 3 pianos e orquestra BWV 1063 Pedro Castro | flautas, oboé barroco e oboé clássico
Concertos para 4 pianos e orquestra BWV 1065 Tiago Matias | alaúde, guitarra barroca, DATA A ANUNCIAR
guitarra romântica e tiorba
Mário Franco | contrabaixo
Juan de la Fuente | percussão
08/09 Out CENTRO CULTURAL
OLGA CADAVAL*
21H00
APRESENTAÇÃO DO CD
Obras de D. Dinis, Josquin des Prez, Manuel Machado, CENTRO CULTURAL OLGA CADAVAL
Carlos Seixas, Giovanni Battista Martini, Manuel José Vidigal, MATTUTINO
Franz Schubert, entre outros. ÓPERA DE' MORTI
L’OCCASIONE FA IL LADRO (1812) DE BOMTEMPO
Gioachino Rossini
GRAVAÇÃO AO VIVO
PRODUÇÃO ORIGINAL DO FESTIVAL DE SINTRA 2022 DO FESTIVAL DE SINTRA
Carlos Antunes | encenação 2021
João Sebastião | Don Eusebio Inserido nas comemorações
21H00 Sandra Medeiros | Berenice do Bicentenário da Constituição
PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ Marco Alves dos Santos | Conte Alberto Portuguesa de 1822
e 200º aniversário da estreia
André Henriques | Don Parmenione
ALEXANDER GAVRYLYUK | piano Cecília Rodrigues | Ernestina
do Mattutino de' Morti (1822)

O piano romântico João Merino | Martino


Orquestra Municipal de Sintra – D. Fernando II
Obras de Ludwig van Beethoven, Fryderyk Chopin,
Franz Liszt e Sergei Rakhmaninov.
Pedro Carneiro | direção musical
Música, a Musa do Rei-Artista * Eventos com
entrada gratuita

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