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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 1/316

Índice

Teoria 02

Exercicios de Equações com Variaveis Separaveis 09

Exercicios com Equações Homogeneas 12

Exercicios com Equações Exactas 28

Exercícios de Âmbito Geral aplicados ao dia a dia 44

Equações Lineares de 1ª Ordem

Coeficientes Constantes
Incompletas
Factor de Integração
Por Inspecção
MVC – Independente
MVC – Dependente

Completas
Factor de Integração
Por Inspecção
MVC – Independente
MVC – Dependente

Coeficientes Não Constantes


Incompletas
Factor de Integração
Por Inspecção
MVC – Independente
MVC – Dependente

Completas
Factor de Integração
Por Inspecção
MVC – Independente
MVC – Dependente

Metodo de Bernouille
Metodo de Riccati
Trajectorias Ortogonais
Euler
Pontos Singulares

2ª Ordem
Linearmente Independente
Sabendo uma solução Particular
Coeficiente Constante
Incompletas
Equação Caracteristica

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MVC - Independente
MVC - Dependente
Completas
Factor de Integração
Por Inspecção
MVC - Independente
MVC - Dependente
Coeficiente Não Constante
Incompletas
Factor de Integração
Por Inspecção
MVC - Independente
MVC - Dependente
Serie de Potencia
Completas
Factor de Integração
Por Inspecção
MVC - Independente
MVC - Dependente
Bernouille
Ricatti
Trajectorias Ortogonais
Euler
Regular
Pontos Singulares
Numeros Complexos
Teorema dos Residuos
Serie de Laurent
Serie de Taylor

Regência, Responsável pelas Pautas, Ensino teórico:


Prof. Dr. Margarida Maria Coelho Ribeiro de Faria

Ensino teórico-prático
Luís Elias Ribeiro Rodrigues

Ano 2008/2009

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 3
Quero uma solução para os pontos ( 0, 0 ) e para o ponto  ln ( 2 ) ,  .
 4

Para y = 0 → y= Be − x
Ae x +  ⇔ 0 = Ae0 + Be0 ⇔ 0 = A+ B ⇔ A = −B
y1 y2

1 x 1 −x
Assim a solução pedida é y= e − e = sh ( x )
2
 2

y1 y2

Solução Singular

 1  1
∫  y + 1  dy = ∫  x  dx, com y ≠ -1

Mas se c = 0 , então o -1 já faz parte do domínio. Se o -1 não pudesse fazer parte, e o “c” não me pudesse ajudar,
teria que procura uma solução singular.

Nota de equações não lineares: xy = 5 , é de grau 2, e sin ( x ) , é transcendente.

Mas x + y = 5 é linear em “x” e em “y”!

Diferenciável

M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy = 0

∂f ∂f
Se ∃ f ( x, y ) → df = dx + dy = Mdx + Ndy
∂x ∂y

df ( x, y ) = 0 , e só uma constante dá zero, logo f ( x, y ) é uma constante.

∂M ∂N ∂M ∂N
Se e , são duas funções continuas, então a equação é exacta se = , então posso afirmar que
∂y ∂x ∂y ∂x

∂f ∂f
∃ f : =M e =N
∂x ∂y

∂N ∂  ∂f  ∂ 2 f
Para a 2ª derivada também =  =
∂x ∂x  ∂y  ∂y∂x

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Equações com Variaveis Separadas

A equação diferencial do tipo


f ( y ) dy = g ( x ) dx

tem a designação de equação com variáveis separadas.

Equações Homogeneas

Definição 1: Se uma função f satisfaz


f ( tx, ty ) = t n . f ( x, y )

para algum número real n , então dizemos que f é uma Função Homogénea de grau n .

f ( x, y ) = x 2 − 3xy
2
f ( tx, ty ) = ( tx ) − 3 ( tx )( ty )
f ( tx, ty ) = t 2 x 2 − 3xyt 2
f ( tx, ty ) = t 2 ( x 2 − 3xy ) Logo posso concluir que é homogenea, e de grau 2

= f ( x, y )

f ( x, y ) = x 2 + y
2
f ( tx, ty ) = ( tx ) + ty
f ( tx, ty ) = t 2 x 2 + ty
f ( tx, ty ) = t ( tx 2 + y ) Logo posso concluir que NÃO é homogenea.
  
≠ f ( x, y)

O truque é ter a mesma potencia em TODOS os termos (tratar as diferentes variaveis como se fosse uma só )

Definição 2: Uma equação diferencial da forma

M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy = 0

é chamade uma Equação Diferencial Homogênea se ambos os coeficientes M e N são funções homogéneas do
mesmo grau.

Método de Solução: Introduzir uma nova variável u , tal que y = ux (com dy = ( u ) dx + ( x ) du )

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Equações Exactas

Definição 1: Uma forma diferencial do tipo M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy , diz-se exacta numa certa região se ela
corresponder à diferencial total de alguma função f .

Definição 2: Uma equação diferencial da forma M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy = 0 , é denominada por equação


diferencial exacta se o primeiro membro é uma forma diferencial exacta.

Teorema: Para que a equação M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy = 0

seja uma equação diferencial exacta é necessario e suficiente que, para quaisquer “x” e “y” pertencentes a um
certo dominio D, convexo, se verifique a igualdade

∂M ∂N
=
∂y ∂x

Observação – Em geral a equação M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy = 0 não é exacta. Eventualmente poderá existir uma


função I ( x, y ) tal que I ( x, y ) .  M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy  = 0 seja exacta. À função I ( x, y ) dá-se o nome de
Factor Integrante.

Existem pelo menos três situações em que se pode determinar I ( x, y ) .

( g ( x ) ) dx 1  ∂M ∂N  1  ∂M ∂N 
- I = e∫ se  −  é apenas uma função de x , com g ( x ) =  − 
N  ∂y ∂x  N  ∂y ∂x 

− ( h ( y ) ) dy 1  ∂M ∂N  1  ∂M ∂N 
- I =e ∫ se  −  é apenas uma função de y , com h ( y ) =  − 
M  ∂y ∂x  M  ∂y ∂x 

1
- I= se M ( x, y ) = yf ( xy ) e N ( x, y ) = xg ( xy )
xM ( x, y ) − yN ( x, y )

Equações Lineares de 1ª Ordem

Definição: Chama-se Equação Diferencial Linear de 1ª ordem a uma equação do tipo

y '+ p ( x ) y = q ( x )

onde p e q são funções continuas no dominio em que se pretende integrar a equação.

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Equações Lineares com Coeficientes Constantes

Definição – chama-se equação diferencial linear de ordem “n” com coeficientes constantes a uma equação
diferencial do tipo:

an y ( ) + an −1 y (
n −1)
+ ... + a2 y ( ) + a1 y ( ) + a0 y ( ) = f ( x )
n 2 1 0

Onde an ∈  \ {0} , an −1 ,..., a2 , a1 , a1 ∈  , e f uma função.

Notar a importancia do 1º termo não poder ser zero “ \ {0} ”!

Outra nota é a notação matematica, pois y (


n)
não é uma potencia, mas sim a ordem da derivada, como por
( 4)
exemplo y é derivada em ordem a 4 (em vez de por 4 palitos - y '''' )

Outra nota importante é “ … com Coeficientes Constantes ”, os coeficientes são SÓ os que afectam o “y”.

Equações de Bernoulli e de Riccati

Equação de Bernoulli

A Equação de Bernoulli tem a forma


y '+ p ( x ) y = q ( x ) y n

Com n ≠ 0 e n ≠ 1 .
Através da substituição da variavel z = y1− n a Equação de Bernoulli pode ser reduzida a uma Equação
Diferencial Linear de 1ª Ordem (e que depois já sei resolver).

Equação de Riccati

Uma Equação Diferencial Linear de Primeira Ordem com a forma

y '+ a ( x ) y 2 + b ( x ) y + c ( x ) = 0

Onde a ( x ) , b ( x ) e c ( x ) são funções conhecidas, chamadas de Equações de Riccati

Observação: se y1 = u ( x ) é solução particular de uma Equação de Riccati então, através da mudança de variavel
1
y = u ( x) + , a Equação de Riccati reduz-se a uma Equação Diferencial Linear de Primeira Ordem.
z

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Trajectorias Ortogonais

Uma equação da forma


f ( x, y ) = c

Onde “c” é uma constante, define uma familia de curvas. As trajectorias ortogonais são outra familia de curvas
que intersectam a primeira familia perpendicularmente: em cada ponto de uma das curvas da primeira familia
passa uma curva da segunda familia, formando um angulo de 90º.

Para encontrar a familia de trajectorias ortogonais às curvas f ( x, y ) = c , começamos por encontrar uma equação
diferencial cuja solução geral seja f ( x, y ) = c ; essa equação encontra-se derivando implicitamente a equação
anterior:
∂f
∂f ∂f ∂y ∂y
+ =0 ⇔ = − ∂x
∂x ∂y ∂x ∂x ∂f
∂y

∂y
A derivada representa em cada ponto o declive da curva que passa por esse ponto. O declive da curva
∂x
∂y ∂x
ortogonal será o simetrico do inverso de , isto é, − .
∂x ∂y

∂f
∂y
Assim, a solução geral da equação = − ∂x , representa a familia de trajectorias ortogonais.
∂x ∂f
∂y

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Exercicios de como se deve determinar a Solução Geral

1 – Determinar a solução geral das seguintes equações:

a) ( y ) ''− e x = 0 b) y ' = x2

2
c) ( y ) ''+ ( y ) ' +1 = 0

Resolução 1.a):

( y ) ''− e x = 0 , trata-se de uma equação de 2ª ordem (é a segunda derivada de “y”). Vou por isso integrar para a 1ª
derivada, e só depois integro para a primitiva.

⇔ ( y ) '' = e x ⇔ (
y)' = ∫ ( e x ) dx ⇔ ( y ) ' = ex c , com c ∈ 
+ ⇔
N ão
integrar para esquecer!
a 1ª derivada

Agora vou integrar para chegar a primitiva:

⇔ y = ∫ ( e x + c ) dx ⇔ y = e x + cx +
 K ⇔
Não esquecer!
É diferente
do primeiro

Assim sendo, a Solução Geral é y = e x + cx + k , com c, k ∈ 

Resolução 1.b): nota, apesar do “x” estar ao quadrado, este facto não interessa, pois a sua classificação está
dependente da derivada de maior ordem, o que neste exercício o seu grau é 1 (o “y” está com uma potencia de 1)
e Ordem 1 (Primeira Derivada).
x3
y ' = x2 ⇔ y = ∫ x 2 dx ⇔ y = +c( )
3

Também se poderia resolver deste modo:


dy
y ' = x2 = x2 dy = x 2 dx ∫ (1) dy = ∫ ( x ) dx
2
⇔ ⇔ ⇔
dx

x3
Assim sendo, a Solução Geral é y = + c, com c ∈ 
3

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Resolução 1.c): trata-se de uma equação quadrática de 2ª ordem, pois o seu grau é 2 (o “y” está com uma
potencia de 2, a primeira derivada) e Ordem 2 (pois temos uma segunda derivada).

2
( y ) ''+ ( y ) ' + 1 = 0 , tenho que ter cuidado, pois não tenho o “x”, logo não posso integrar.

Poderia se tivesse a seguinte equação: ( y ) '' = e x ⇔ ( y ) ' = ∫ ( e x ) dx

E também não posso fazer: ( y ) ''+ ( y ) '. ( y ) '+ 1 = 0

Só tenho uma solução, que é BAPTIZAR com novas variaveis:

z = ( y)' e ( z ) ' = ( y ) ''

2 2
Fica: ( z ) '+ ( z ) + 1 = 0 ⇔ (z)' = −(z) −1

Qual é a variavel indenpendente (este exercicio de se questionar sobre a dependencia é importante)?

dz
Não tenho! Só tenho a dependente. ⇔
dx
2
= − ( z ) −1 ⇔ ( 2
dz = − ( z ) − 1 dx ) ⇔

2
Agora vou ter que separar as variaveis, para depois poder integrar, dividindo TUDO por − ( z ) − 1 :

 1   1 
⇔   dz = (1) dx ⇔ ∫  − ( z )  dz = ∫ (1) dx
 − ( z ) −1 
2 2
− 1 
  

Pode não parecer, mas faz-me jeito multiplicar TUDO por ( −1) , para ter no denominador z 2 + 1 :

 1 
⇔ ∫  z 2  dz = − ∫ (1) dx ⇔ arctg ( z ) = − x + c, com c ∈ 
+1 

π π 
Ora também sei que arctg (1) = e a tg   = 1 , assim através desta analogia: z = tg ( − x + c )
4 4

Agora vou repor as variaveis iniciais: z = ( y ) ' e ( z ) ' = ( y ) '' , então ( y ) ' = tg ( − x + c )

Vou primitivar: y = ∫ tg ( − x + c ) dx

Agora uma atenção especial, pois facilita IMENSO os calculos se eu conseguir perceber que vale a pena fazer
isto:
sin ( − x + c )
y = ∫ tg ( − x + c ) dx ⇔ y=∫ dx ⇔
cos ( − x + c )

E antes de avançar, tenho que recordar que: sin ( −α ) = − sin (α ) ∧ cos ( −α ) = cos (α )

− sin ( x − c )
Prosseguindo: y = ∫ tg ( − x + c ) dx ⇔ y=∫ dx ⇔
cos ( x − c )

Assim sendo, a Solução Geral é y = ln cos ( x − c ) + k , com c, k ∈ 

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Exercicios de Equações com Variaveis Separaveis

1 - Resolva as seguintes equações diferenciais:

1.1 (1 + y ) dy = ( 2 cos ( x ) − 3x ) dx
2
1.2 y ' = 3x 2 − 4sin ( x )

1.3 (1 + y ) dx + ( xy ) dy = 0
2
1.4 x 1 + y 2 + yy ' 1 + x 2 = 0

Nota: tenho que ter o cuidado de não multiplicar o yy ' (exercicio 1.4), pois as variaveis são diferentes, enquanto
que a primeira é “y”, a segunda é a derivada de “y”.

Resolução - 1.1 (1 + y ) dy = ( 2 cos ( x ) − 3x ) dx


2
⇔ ∫ (1 + y ) dy = ∫ ( 2 cos ( x ) − 3x ) dx
2

y3 3x 2
y+ + c1 = 2sin ( x ) − + c2
3 2

Nota para não termos o "+ c1 " no primeiro membro, faço c1 + c2 = c , e assim fica:

y3 3x2
y+ = 2sin ( x ) − + c, com c ∈ 
3 2

Cuidado, pois o que se faz é derivar o seno e não integrar!

Resolução –

dy
1.2 y ' = 3 x 2 − 4 sin ( x ) ⇔ = 3 x 2 − 4sin ( x ) ⇔ dy = 3 x 2 − 4 sin ( x )  dx ⇔
dx

3 x3
∫ (1) dy = ∫ 3x − 4 sin ( x )  dx + 4 cos ( x ) y = x3 + 4 cos ( x ) + c, com c ∈ 
2
⇔ ⇔ y= ⇔
3

Resolução – 1.3 (1 + y ) dx + ( xy ) dy = 0
2
⇔ (1 + y ) dx = − ( xy ) dy
2

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Assim vou dividir por “x” e por "1 + y 2 " (cuidado pois é também com “1+…”), vou fazer um de cada vez:

 1 + y2 
⇔   dx = − ( y ) dy ⇔
 x 

1  y 
⇔   dx =  − 2  dy ⇔
x  1+ y 

Pronto, como já separei as variáveis, posso integrar:

1  y  1  2y  1
∫  x  dx = ∫  − 1 + y  dy ⇔ ln x = − ∫ 
2
⇔ 2  dy ⇔ ln x = − ln 1 + y + c ⇔
 2  1 + y2  2

1
B2 A
⇔ ln x = ln (1 + y 2 )

2 + ln ec ⇔ x2 = ⇔ y= − 1, com A ∈ 
( )
2
1+ y 2 x2

Resolução –

1.4 x 1 + y 2 + yy ' 1 + x 2 = 0 ⇔ x 1 + y 2 + y
dy
dx
1 + x2 = 0 ⇔ x 1 + y 2 + y 1 + x2
dy
dx
=0 ⇔ ( )
⇔ ( x 1 + y ) dx = ( − y 1 + x ) dy
2 2
⇔ x ( )
1 + y 2 dx = − y ( )
1 + x 2 dy ⇔

 x   y 
⇔   dx =  −  dy ⇔
 1+ x
2
  1+ y2 
 

Pronto, como já separei as variáveis, posso integrar:

 x     2 −2   2 −2 
1 1
y
⇔ ∫  1 + x 2  dx = ∫  −
 2
 dy

⇔ ∫
 x (1 + x )  dx = − ∫
 y (1 + y )  dy ⇔
  1+ y   

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n +1
u
∫ ( u '.u ) dx = n + 1
n
Recordar a formula da potencia:

1 1

(1 + x 2 ) 2 (1 + x )
− +1 2 2
 2 −2 
1
 2 2 
1

∫  (1 + x 2
) ' (1 + x )  dx =
1
⇔ ∫  ( 0 + 2 x ) (1 + x )  dx = 1

 − +1 
2 2

1 1
  1
∫  2x (1 + x )  dx = 2 (1 + x ) 2 , falta-me o “2”, logo acrescento .
2 2 2

 2

1 1
1  2 −  1  2 − 
⇔ ∫  2 x (1 + x ) 2  dx = − ∫  2 y (1 + y ) 2  dy ⇔
2   2  

1 1
1 1 
⇔ . 2 . (1 + x 2 ) 2 = −  . 2  . (1 + y 2 ) 2 + c ⇔ 1 + x 2 + 1 + y 2 = c, com c ∈ 
2 2 

( ) +( )
2 2
Cuidado pois , não posso fazer esta simplicação: 1 + x2 1+ y2 = c2 ⇔ y 2 = c2 − x2 − 2

2 - Calcule a solução particular da (1 + e x ) yy ' = e x que satisfaz a condição inicial y x = 0 = 1 . (y = 1 quando x =


0).
x = 0
y x =0 = 1 → 
y =1
Resolução:

(1 + e ) yy ' = e
x x
⇔ (1 + e ) y dy
dx
=ex x
⇔ (1 + e x ) y  dy = ( e x ) dx
  ⇔

 ex   ex 
⇔ ( y ) dy = 
x 
dx ⇔ ∫ ( y ) dy = ∫  x 
dx ⇔
 1 + e 
 1+ e 
as variáveis já estão separadas

y2
Solução Geral
2
2 2
( )
= ln 1 + e x + c ⇔ ln e y = ln (1 + e x ) + ln e d ⇔ e y = A (1 + e x )
2 2

Mas como é dito no enunciado que quando x = 0, y = 1, fica:

e
e1 = A (1 + e0 )
2 2
⇔ e = 4A ⇔ A=
4

Agora vou a solução geral e substituiu o valor de “c” pelo valor obtido:

2
2  1 + ex 
Solução Particular ey = e 
 2 

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Exercicios com Equações Homogeneas

1 – Verifique que as equações diferenciais são homogeneas e resolva-as:

1.1 xy ' = x 2 − y 2 + y

1.2 ( 4 x − 3 y ) dx + ( 2 y − 3x ) dy = 0

dy
Resolução 1.1 xy ' = x 2 − y 2 + y ⇔ x = x2 − y 2 + y ⇔
dx

⇔ ( x ) dy = ( )
x 2 − y 2 + y dx ⇔

Nota: se fosse uma Equações com Variaveis Separadas, não havia maneira de separar! Mas como não é isso que
é pedido, adiante:

⇔ y + y ) dx − ( x ) dy = 0
(x −
2 2


Grau 1

2 2
x −y é grau 1, pois apesar de estar elevado ao quadrado, tem a raiz quadrada.

Como TODOS os termos são de grau 1, posso afirmar de que se trata de uma Equação Homogenea de Grau 1.

Mas posso confirmar, utilizando a definição 1: f ( tx, ty ) = t n . f ( x, y )

M ( x, y ) = x 2 − y 2 + y

2 2
M ( tx, ty ) = ( tx ) − ( ty ) + ty ⇔ M ( tx, ty ) = t 2 x 2 − t 2 y 2 + ty ⇔

⇔ M ( tx, ty ) = t 2 ( x 2 − y 2 ) + ty ⇔ M ( tx, ty ) = t x 2 − y 2 + ty ⇔

⇔ M ( tx, ty ) = t (x −


y + y)
2


2
logo é homogenea e de grau 1
= M ( x, y )

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⇔ (x −
y + y ) dx − ( x ) dy = 0
2


2

Grau 1

Grau 1

homogenea e de grau 1
 
Equação Diferencial Homogenea

Como já identifiquei a equação, vou utilizar o metodo de resolução, que é a introduzir uma nova variável u , tal
que y = ux (com dy = ( u ) dx + ( x ) du ).

Ou seja se não conseguisse identificar que a equação era homogenea, poderia não conseguir resolver este
exercicio. Como consegui saber, e sei qual é o metodo de resolução, vou seguir em frente:

Vou começar por substituir a variavel “y”:

   
( )
x 2 − y 2 + y dx − ( x ) dy →  x 2 − ( ux )2 + ux  dx −  x ( ( u ) dx + ( x ) du ) 
   y
   
   
y2 dy

( x ) dy

Assim e após substituir:

 x 2 − ( ux ) 2 + ux  dx − x ( u ) dx + ( x ) du  = 0 ⇔
   

⇔ ( )
x 2 − u 2 x 2 + ux dx − ( xu ) dx − ( x 2 )  du = 0 ⇔

Cuidado que o sinal exterior afecta todos os termos do interior do parentesis.

⇔ ( )
x 2 (1 − u 2 ) + ux dx − ( xu ) dx − ( x 2 ) du = 0 ⇔

⇔ (
x 1 − u + ux ) dx − ( xu ) dx − ( x ) du = 0
2

 
2

Vou agrupar

⇔ ( x 1− u 2
)
+ux − xu dx − ( x 2 ) du = 0 ⇔ ( x 1 − u ) dx − ( x ) du = 0
2 2

⇔ ( x 1 − u ) dx = ( x ) du
2 2

Tenho aqui as variaveis SEPARADAS! Vou agrupa-las nos termos certos:

 x   1  1  1 
⇔  2  dx =   du ⇔   dx =   du ⇔
x   1− u
2
  x  1− u
2

1  1
⇔ ∫  x  dx = ∫   du ⇔ ln x = arcsin ( u ) + c ⇔
2
1− u 

⇔ arcsin ( u ) = ln x − c ⇔ arcsin ( u ) = ln x − ln ( e c ) ⇔

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 15/316

Ao fazer isto c = ln ( e c ) , tenho em vista a simplificação do calculo! (e é uma igualdade verdadeira).`


x ±x x
⇔ arcsin ( u ) = ln ⇔ arcsin ( u ) = ln ⇔ arcsin ( u ) = ln ⇔
ec ec ±ec

Vou criar uma nova constante, que é K = ±ec , e assim sendo, fica:

 x
⇔ arcsin ( u ) = ln   ⇔
K

π π 
Como sei que arcsin (1) = ∧ tg   = 1 , então ⇔ u = sin ( ln ( Kx ) ) ⇔
4 4

y y
E como u = , então = sin ( ln ( Kx ) )
x x

Solução Geral : y = x.sin ( ln ( Kx ) ) , com K ∈ 

Resolução 1.2 ( 4 x − 3 y ) dx + ( 2 y − 3x ) dy = 0
Como já identifiquei a equação, ela é homogenea, vou utilizar o metodo de resolução, que é a introduzir uma
nova variável u , tal que y = ux e dy = ( u ) dx + ( x ) du .

Substituindo: ( 4 x − 3 ( ux ) ) dx + ( 2 ( ux ) − 3x ) ( ( u ) dx + ( x ) du ) = 0 ⇔

⇔ ( 4 x − 3ux ) dx + ( 2ux − 3 x ) ( ( u ) dx + ( x ) du ) = 0 ⇔

⇔ ( 4 x − 3ux ) dx + ( 2ux − 3x )( u ) dx + ( 2ux − 3x )( x ) du = 0 ⇔

⇔ ( 4 x − 3ux ) dx + ( 2u 2 x − 3xu ) dx + ( 2ux 2 − 3x 2 ) du = 0 ⇔

⇔ ( 4 x − 3ux + 2u 2
x − 3 xu ) dx + ( 2ux 2 − 3 x 2 ) du = 0 ⇔

⇔ ( 4 x + 2u 2
x − 6 xu ) dx + x 2 ( 2u − 3) du = 0 ⇔

Vou criar condições para separar as variaveis, que é por em evidencia o que vou passar para o outro membro:

⇔ x ( 4 + 2u 2 − 6u ) dx + x 2 ( 2u − 3) du = 0 ⇔

 x   2u − 3   2u − 3   1
⇔  2  dx +  2  du = 0 ⇔  2  du =  −  dx ⇔
x   4 + 2u − 6u   4 + 2u − 6u   x

 2u − 3  1 1  2. ( 2u − 3)  1
⇔ ∫  4 + 2u 2  du = − ∫   dx
− 6u  x

2 ∫  2u 2 − 6u + 4 
  du = − ∫   dx
x

1
⇔ ln 2u 2 − 6u + 4 = − ( ln x + c ) ⇔ ln 2u 2 − 6u + 4 = 2 ( − ln x − c ) ⇔
2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 16/316

⇔ ln 2u 2 − 6u + 4 = −2 ln x − 2c ⇔

Vou organizar a equação de modo a facilitar a sua simplificação:


−2
−2 x
⇔ ln 2u 2 − 6u + 4 = ln x − ln e 2c ⇔ ln 2u 2 − 6u + 4 = ln ⇔
e2c
1 1 K
⇔ 2u 2 − 6u + 4 = 2c
. 2 ⇔ 2u 2 − 6u + 4 = , com K ∈ 
e x x2
K

y
Sei que u = ( y = ux )
x
2
 y  y K
⇔ 2  − 6  + 4 = 2 ⇔ (vou multiplicar por x 2 )
 x x x
K
⇔ 2 y 2 − 6 xy + 4 x 2 = K ⇔ y 2 − 3 xy + 2 x 2 = ⇔
2

A
2 2
y − 3 xy + 2 x = A, com A ∈ 

2 - Muitas das vezes as Equações Homogéneas resolvem-se utilizando o metodo que consiste n transformação em
coordenadas polares.

Resolva a equação ( 3 x 2 + y 2 ) y + ( y 2 − x 2 ) xy ' = 0 , usando coordenadas polares.

Resolução:
( 3x 2
+ y 2 ) y + ( y 2 − x 2 ) xy ' = 0
dy
⇔ ( 3x 2
+ y 2 ) y + ( y 2 − x 2 ) x 
dx
=0 ⇔

Vou multiplicar TUDO por dx

dy
( 3x 2 + y 2 ) y  .dx + ( y 2 − x 2 ) x 
⇔     dx . dx = 0 ⇔

⇔ ( 3x 2 + y 2 ) y  .dx + ( y 2 − x 2 ) x  dy = 0 ⇔
   

Vou começar por analisar o grau da equação.

Uma equação diferencial da forma


M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy = 0

é chamada homogênea se ambos os coeficientes M e N são funções homogéneas do mesmo grau


No 1º rermo é 3 e no 2º também é 3.
Como TODOS os termos são de grau 3, posso afirmar de que se trata de uma Equação Homogenea de Grau 3.

Mas neste exercicio não posso utilizar o metodo de resolução de uma Equação Homogenea, que é a introduzir
uma nova variável u , tal que y = ux e dy = ( u ) dx + ( x ) du , pois é-me pedido para resolver o exercicio pelas
coordenadas polares.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 17/316

 x = ρ cos (θ )  dx = cos (θ ) d ρ − ρ sin (θ ) dθ


Assim:  
 y = ρ sin (θ )  dy = sin (θ ) d ρ + ρ cos (θ ) dθ

 ( 2

 )  ( 2 2
)
⇔  3 ( ρ cos (θ ) ) + ( ρ sin (θ ) ) ρ sin (θ )  . ( cos (θ ) d ρ − ρ sin (θ ) dθ ) +  ( ρ sin (θ ) ) − ( ρ cos (θ ) ) ρ cos (θ )  . ( sin (θ ) d ρ + ρ cos (θ ) dθ ) = 0 ⇔
2



⇔ ( 3ρ 2 cos 2 (θ ) + ρ 2 sin 2 (θ ) ) ρ sin (θ )  . ( cos (θ ) d ρ − ρ sin (θ ) dθ ) + ( ρ 2 sin 2 (θ ) − ρ 2 cos 2 (θ ) ) ρ cos (θ )  . ( sin (θ ) d ρ + ρ cos (θ ) dθ ) = 0 ⇔

Vou dividir a equação ao meio para não se tornar confuso, e irei utilizar a designação de termo 1 e termo 2:

( )
Termo 1:  3ρ 2 cos 2 (θ ) + ρ 2 sin 2 (θ ) ρ sin (θ )  . ( cos (θ ) d ρ − ρ sin (θ ) dθ )

( )
Termo 2:  ρ 2 sin 2 (θ ) − ρ 2 cos 2 (θ ) ρ cos (θ )  . ( sin (θ ) d ρ + ρ cos (θ ) dθ )

Assim sendo, vou começar com o 1º termo:

 (  )
 3ρ 2 cos 2 (θ ) + ρ 2 sin 2 (θ ) ρ sin (θ )  . ( cos (θ ) d ρ − ρ sin (θ ) dθ ) ⇔

⇔ ( 3ρ 2 cos 2 (θ ) + ρ 2 sin 2 (θ ) ) ρ sin (θ ) cos (θ ) d ρ  − ( 3ρ 2 cos 2 (θ ) + ρ 2 sin 2 (θ ) ) ρ sin (θ ) ρ sin (θ ) dθ  ⇔


   

⇔ 3ρ 3 cos3 (θ ) sin (θ ) d ρ + ρ 3 sin 3 (θ ) cos (θ ) d ρ  − 3ρ 4 cos 2 (θ ) sin 2 (θ ) dθ + ρ 4 sin 2 (θ ) sin 2 (θ ) dθ  ⇔

⇔ ( 3ρ 3 cos3 (θ ) sin (θ ) + ρ 3 sin 3 (θ ) cos (θ ) ) d ρ  − ( 3ρ 4 cos 2 (θ ) sin 2 (θ ) + ρ 4 sin 2 (θ ) sin 2 (θ ) ) dθ  ⇔


   

⇔ (  ρ 3
) (
sin (θ ) cos (θ ) ( 3cos2 (θ ) + sin 2 (θ ) )  d ρ −  ρ 4 sin 2 (θ ) ( 3cos 2 (θ ) + sin 2 (θ ) )  dθ )

Agora com o 2º termo:

 (  )
 ρ 2 sin 2 (θ ) − ρ 2 cos 2 (θ ) ρ cos (θ )  . ( sin (θ ) d ρ + ρ cos (θ ) dθ ) ⇔

⇔  ρ 3 sin 2 (θ ) cos (θ ) − ρ 3 cos3 (θ )  . ( sin (θ ) d ρ + ρ cos (θ ) dθ ) ⇔

( ρ sin (θ ) cos (θ ) − ρ cos (θ ) ) sin (θ ) d ρ  +  ρ sin (θ ) cos (θ ) − ρ cos (θ )  ρ cos (θ ) dθ


⇔  3 2 3 3
  3 2 3 3
 ⇔

⇔ (ρ 3
sin 3 (θ ) cos (θ ) d ρ − ρ 3 cos3 (θ ) sin (θ ) d ρ ) + ( ρ 4 sin 2 (θ ) cos 2 (θ ) dθ − ρ 4 cos 4 (θ ) dθ ) ⇔

⇔ (  ρ 3
) (
sin 3 (θ ) cos (θ ) − ρ 3 cos3 (θ ) sin (θ )  d ρ +  ρ 4 sin 2 (θ ) cos 2 (θ ) − ρ 4 cos 4 (θ )  dθ ) ⇔

⇔ (  ρ 3
) (
cos (θ ) sin (θ ) ( sin 2 (θ ) − cos 2 (θ ) )  d ρ +  ρ 4 cos 2 (θ ) ( sin 2 (θ ) − cos 2 (θ ) )  dθ )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 18/316

Agora, tudo junto, mas só vou agrupar as da mesma ordem de derivada, vou começar por d ρ :

(  ρ sin (θ ) cos (θ ) (3cos (θ ) + sin (θ )) d ρ ) + (  ρ


3 2 2 3
cos (θ ) sin (θ ) ( sin 2 (θ ) − cos 2 (θ ) )  d ρ ) ⇔

⇔  ρ 3 sin (θ ) cos (θ ) ( 3cos 2 (θ ) + sin 2 (θ ) ) + ρ 3 cos (θ ) sin (θ ) ( sin 2 (θ ) − cos 2 (θ ) )  d ρ ⇔


 

⇔ ( ρ sin (θ ) cos (θ ) (3cos (θ ) + sin (θ ) + (sin (θ ) − cos (θ ))) ) d ρ


3 2 2 2 2

⇔ (ρ 3
sin (θ ) cos (θ ) ( 3cos 2 (θ ) + sin 2 (θ ) + sin 2 (θ ) − cos 2 (θ ) )  d ρ ) ⇔

⇔ ( ρ sin (θ ) cos (θ ) ( 2cos (θ ) + 2sin (θ )) ) d ρ


3 2 2

   
⇔  ρ 3 sin (θ ) cos (θ )  2  cos 2 (θ ) + sin 2 (θ )     d ρ ⇔
     
  =1  

⇔ ( 2.ρ 3
sin (θ ) cos (θ ) ) d ρ

Agora vou fazer par dθ :

( ) (
−  ρ 4 sin 2 (θ ) ( 3cos 2 (θ ) + sin 2 (θ ) )  dθ +  ρ 4 cos 2 (θ ) ( sin 2 (θ ) − cos2 (θ ) )  dθ ) ⇔

⇔  − ρ 4 sin 2 (θ ) ( 3cos 2 (θ ) + sin 2 (θ ) ) + ρ 4 cos 2 (θ ) ( sin 2 (θ ) − cos 2 (θ ) )  dθ ⇔


 

⇔  − ρ 4 ( 3sin 2 (θ ) cos 2 (θ ) + sin 2 (θ ) sin 2 (θ ) ) + ρ 4 ( sin 2 (θ ) cos 2 (θ ) − cos 2 (θ ) cos 2 (θ ) )  dθ ⇔


 

⇔ ( −ρ 4
3sin 2 (θ ) cos 2 (θ ) + sin 2 (θ ) sin 2 (θ ) + sin 2 (θ ) cos 2 (θ ) − cos 2 (θ ) cos 2 (θ )  . ( −1)  dθ
    ) ⇔

É . ( −1) , pois − ρ 4 só é negativo no 1º termo.

⇔ ( −ρ 4
3sin 2 (θ ) cos 2 (θ ) + sin 2 (θ ) sin 2 (θ ) − sin 2 (θ ) cos 2 (θ ) + cos 2 (θ ) cos 2 (θ )  dθ ) ⇔

⇔ ( −ρ 4
 2 sin 2 (θ ) cos 2 (θ ) + sin 4 (θ ) + cos 4 (θ )  dθ ) ⇔

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 19/316

Agora vou arrumar de modo a se perceber o passo que segue:

 − ρ 4 ( cos 4 (θ ) + 2sin 2 (θ ) cos 2 (θ ) sin 2 (θ ) + sin 4 (θ ) )  dθ


 

???

2
É mais simples perceber assim: a 2 + 2ab + b 2 = ( a + b ) , mas cuidado que aqui os termos “a” e “b” ficam ao
quadrado, pois o resultado é a quarta:
a 4 + 2a 2 b 2 + b 4 = ( a 2 + b 2 )
2

Assim fica:
   
2

⇔  − ρ 4  cos 2 (θ ) + sin 2 (θ )   dθ ⇔
     
  =1  

⇔ ( −ρ ) dθ
4

Agora já posso somar os dois termos (1 e 2) que separei para facilitar os calculos:

( 2.ρ 3
sin (θ ) cos (θ ) ) d ρ + ( − ρ 4 ) dθ = 0 (vou dividir TUDO por ρ 3 )

⇔ ( 2.sin (θ ) cos (θ ) ) d ρ − ( ρ ) dθ = 0 ⇔

⇔ ( 2.sin (θ ) cos (θ ) ) d ρ = ( ρ ) dθ ⇔

Agora deparo-me com outro problemas. As variaveis estão trocadas! Bem esta também é facil, basta dividir o
termo do qual não queremos a variavel.

2  1 
⇔   d ρ =   dθ ⇔
ρ  sin (θ ) cos (θ ) 

Nota: o 2 é uma constante, logo pode ficar em qualquer lado. Vou deixar no mesmo sitio.

Outra coisa que me vai dar jeito é a de saber a formula fundamental da trigonometria: cos 2 (θ ) + sin 2 (θ ) = 1 .
Só que aqui vou utilizar de modo inverso a que tenho o habito de utilizar, pois interresa-me ter no numerador
cos 2 (θ ) + sin 2 (θ ) .

2  cos 2 (θ ) + sin 2 (θ )  2  cos 2 (θ ) sin 2 (θ ) 


⇔   d ρ =   dθ ⇔   d ρ =  +  dθ ⇔
ρ  sin (θ ) cos (θ )  ρ  sin (θ ) cos (θ ) sin (θ ) cos (θ ) 
 

2  cos (θ ) sin (θ ) 


⇔   d ρ =  +  dθ ⇔
ρ  sin (θ ) cos (θ ) 

Agora é mais facil de ver que é um logaritmo.

2  cos (θ )   sin (θ ) 


⇔ ∫  ρ  d ρ = ∫  sin (θ )  dθ + ∫  cos (θ )  dθ ⇔
   

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 20/316

⇔ 2 ln ρ = − ln cos (θ ) + ln sin (θ ) + A ⇔

Cuidado com o sinal, pois a primitiva do sin (θ ) é o − cos (θ ) . Outra nota importante a não esquecer é a
constante, que aqui denominei de “A”.

Para poder “cortar” os “ln”, vou transforma o “A” numa solução equivalente. Não me posso esquecer de “retirar”
o 2 donde está, pois só tem validade precedido do “ln”.

sin (θ ) .e A
= − ln cos (θ ) + ln sin (θ ) + ln ( e A )
2 2
⇔ ln ρ ⇔ ln ρ = ln ⇔
cos (θ )

2 sin (θ ) .e A 2
⇔ ρ = ⇔ ρ = tg (θ ) .e A ⇔
cos (θ )

Posso retirar os modulos e subtituir as variaveis, pois sei que ρ 2 = x 2 + y 2 ρ = x2 + y 2 e tg (θ ) = ( ) y


x
 x
 =ρ − − − − − − − − − − −
 x = ρ cos (θ )  cos (θ )  
 ⇔ ⇔  y sin (θ ) ⇔  y
 y = ρ sin (θ )  y = x sin (θ )  x = cos (θ )  x = tg (θ )
 cos (θ )  

Assim fica:

( ) y A
2
2
ρ = tg (θ ) .e A ⇔ x2 + y 2 = . e ⇔ x 2 + y 2 = y.c, com c ∈ 
x C

Aqui, neste exercico temos que notar de maneira diferente de Calculo 2, que é:

x 2 + y 2 − cy = 0 , com c ∈ 

3 - Determine a solução da equação ( 3 y 3 − x 3 ) dx = ( 3 xy 2 ) dy , sabendo que quando x = 1 se tem y = 2 .

Se observar bem a equação vejo logo de que se trata de uma equação homogenea de grau 3. Em caso de duvidas
poderia sempre confirmar utilizando a definição: f ( tx, ty ) = t n . f ( x, y )

Nota: este calculo é feito termo a termo. Vou começar pelo lado esquerdo:

M ( x, y ) = 3 y3 − x3

M ( tx, ty ) = 3ty 3 − tx3 ⇔ M ( tx, ty ) = t ( 3 y 3 − x3 ) logo o termo é homogenea e de grau 3



M ( x, y )

N ( x, y ) = 3 xy 2

N ( tx, ty ) = 3txy 2 ⇔ N ( tx, ty ) = t ( 3xy 2 ) logo também este termo é homogenea e de grau 3

N ( x, y)

Então posso concluir que a EQUAÇÃO é homogenea de grau 3.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 21/316

Como já identifiquei a equação, vou utilizar o metodo de resolução, que é a introduzir uma nova variável u , tal
que y = ux e dy = ( u ) dx + ( x ) du .

Ou seja se não conseguisse identificar que a equação era homogenea, poderia não conseguir resolver este
exercicio. Como consegui saber, e sei qual é o metodo de resolução, vou seguir em frente:

Vou começar por substituir a variavel “y”:

   
(3 y 3
− x 3 ) dx = ( 3 xy 2 ) dy →  3 ( ux )3 − x 3  dx =  3 x ( ux ) 2  ( ( u ) dx + ( x ) du )
      

 y   y  dy

Assim e após substituir, vou igualar a zero e continuar com os calculos:

⇔ (3(ux ) − x ) dx − (3x (ux ) ) ((u ) dx + ( x ) du ) = 0


3 3 2

⇔ ( 3u x
3 3
− x3 ) dx − ( 3u 2 x3 ) ( ( u ) dx + ( x ) du ) = 0 ⇔ ( 3u x
3 3
− x3 ) dx − ( 3u 2 x3 ) ( u ) dx + ( 3u 2 x3 ) ( x ) du  = 0

⇔ ( 3u x
3 3
− x3 ) dx − ( 3u3 x3 ) dx + ( 3u 2 x4 ) du  = 0 ⇔ ( 3u x
3 3
− x3 ) dx − ( 3u3 x3 ) dx − ( 3u 2 x4 ) du = 0 ⇔

Agora vou agrupar pela mesma derivada, para DEPOIS ser mais facil separar as variaveis:

⇔ ( 3u x
3 3
− x3 − 3u 3 x3 ) dx = ( 3u 2 x 4 ) du ⇔ ( 3u x
3 3
)
− x3 −3u 3 x3 dx = ( 3u 2 x 4 ) du ⇔

Agora vou dividir TUDO por x 3


⇔ ( −1) dx = ( 3u 2 x ) du ⇔

Mesmo assim continuo com um problema, que é o de ter o “x” no membro onde está a derivada de du .

Pois assim sendo esse “x” é uma constante se permanecer nesse membro. Para isso vou dividir TUDO por x .
No fundo poderia ter dividido logo tudo de uma vez só, mas tornar-se-ia mais confuso, estaria a passar este
passo. Assim sendo:
 1  1
⇔ 2
 −  dx = 3u du
 x
⇔ ( ) ∫  −  dx = ∫ 3u du
 x
2
⇔ ( )

u3
⇔ − ln x = 3 + c, com c ∈  ⇔ − ln x = u 3 + c, com c ∈  ⇔
3
⇔ u 3 = − ln x − c, com c ∈ 
y
Ora sei que y = ux , logo u =
x
3
 y y3
  = − ln x − c, com c ∈  ⇔ = − ln x − c, com c ∈ 
x x3

No enunciado é-me dito que “sabendo que quando x = 1 se tem y = 2 ”, e não me posso esquecer que o ln
também tem variavel que é “x”, fica:

23
= − ln 1 − c, com c ∈  ⇔ 8 = −0 − c, com c ∈  ⇔ c = −8, com c ∈ 
13

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 22/316

Ou seja, ao me dizerem que quando x = 1 , y = 2 , ajudou-me a encontrar o valor da constante “c”. Agora já
posso escrever a Equação Geral para todos os “x”.

y3
Assim sendo a resposta a pergunta é = − ln x + 8 ⇔ y 3 = x3 ( − ln x + 8 ) .
x3

Outra nota importante é a de que o objectivo do exercicio é eliminar a derivação, integrando a equação.

4 - Resolva a equação ( 2 x − y − 4 ) dy = ( 2 y − x + 5 ) dx , efectuando uma mudança de variáveis do tipo:

x = X −a e y =Y −b

Não é uma Equação Homogenea, pois num dos membros tem “-4” e no outro tem “5”, em que o grau destes
termos é 0. Os outros dois termos de cada um dos membros tem grau 1. A regra diz que TUDO (tantos os termos
com os membros) tem que estar definidos pelo mesmo grau.

Pedem-me, no exercicio, para fazer a mudança de variavel (cuidado com a caligrafia para não trocar o “x” pelo
“X” e o “y” pelo “Y”:

E agora o que é que eu faço com dx e dy ?

Fica:
 dx = dX

 dy = dY

⇔ ( 2 ( X − a ) − (Y − b ) − 4 ) dY = ( 2 (Y − b ) − ( X − a ) + 5) dX ⇔
⇔ ( 2 X − 2a − Y + b − 4 ) dY = ( 2Y − 2b − X + a + 5) dX ⇔

Tenho que ter cuidado com os sinais! Pois afecta o interior das parentesis.

Agora vou fazer um arranjo par se perceber os passos que se seguem.

⇔ ( 2 X − Y − 2a + b − 4 ) dY = ( 2Y − X − 2b + a + 5) dX ⇔

Entre muitas coisas, também (ainda) não sei resolver esta equação. Se ela fosse uma Equação Homogenea, seria
facil pois sei resolver a equação, utilizando o Método de Solução que consiste em introduzir uma nova variável
u , tal que y = ux (com dy = ( u ) dx + ( x ) du ).

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 23/316

Então se existe uma possibilidade de resolver, optimo! O que tenho que fazer é fazer “desaparecer” a minha
dificuladade. Ou seja, fazer com que “ −2a + b − 4 ” e “ −2b + a + 5 ” sejam zero! Pois:

( 2 X − Y ) dY = ( 2Y − X ) dX é uma equação homogenea.

Nota que esta variaveis “a” e “b” não são as mesmas variaveis de integração, pois neste ambiente elas são é
constantes. Não sei é ainda o seu valor.

A diferença de terminologia é a de que a variavel “x”, conforme a equação da função, faz variar o “y”. “a” e “b”
uma vez descobertos, serão sempre o mesmo valor independentemente do valor que “x” venha a tomar.
Preciso então de fazer o seguinte calculo:

 −2a + b − 4 = 0 b = 2a + 4 b = 2a + 4 b = 2
 ⇔  ⇔  ⇔ 
 a − 2b + 5 = 0  a − 2 ( 2a + 4 ) + 5 = 0  a − 4a − 8 + 5 = 0  a = −1

Assim:
⇔ ( 2 X − Y ) dY = ( 2Y − X ) dX
a = −1
b=2

Agora que a equação é homogena, vou então utilizar o Método de Solução que consiste em introduzir uma nova
variável u , tal que Y = uX (com dY = ( u ) dX + ( X ) du ). Cuidado com a nova notação.

Y = uX

 dY = ( u ) dX + ( X ) du

⇔ ( 2 X − uX ) ( ( u ) dX + ( X ) du ) = ( 2 ( uX ) − X ) dX ⇔
a = −1
b=2

⇔ ( 2 X − uX )( u ) dX + ( 2 X − uX )( X ) du = ( 2uX − X ) dX ⇔
a = −1
b=2

⇔ uX ( 2 − u )  dX +  X 2 ( 2 − u )  du =  X ( 2u − 1)  dX ⇔
a = −1
b=2

Vou agrupar as derivadas:


 X ( 2 − u )  du =  X ( 2u − 1) − uX ( 2 − u )  dX
2
⇔ ⇔
a = −1
b=2

Vou agora dividir TUDO por “X”:

⇔  X ( 2 − u )  du =  2u − 1 − u ( 2 − u )  dX ⇔
a = −1
b=2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 24/316

⇔  X ( 2 − u )  du =  2u − 1 −2u + u 2  dX ⇔  X ( 2 − u )  du = u 2 − 1 dX ⇔


a = −1 a = −1
b=2 b=2

 2−u  1  2−u  1


⇔  2
 u − 1
 du =   dX
 X
⇔ ∫  u
2  du = ∫   dX
−1  X

a = −1 a = −1
b=2 b=2

Bom, o 2º membro não me oferece nenhuma dificuldade na sua integração. Mas quanto ao 1º, este não é
imediato. Vou fazer um pequeno arranjo:

 2−u  1
⇔ ∫  (u − 1)( u + 1)  du = ∫  X  dX ⇔
 
a = −1
b=2

Para poder integrar vou utilizar o metodo do coeficiente indeterminado (MCI) que é um dos metodos utilizado
quando a integração não é imediata.

2−u A B A ( u + 1) + B ( u − 1) Au + A + Bu − B
MCI: = + = =
( u − 1)( u + 1) ( u − 1).(u +1) ( u + 1).(u −1) ( u − 1)( u + 1) ( u − 1)( u + 1)

Sei que “A” e “B” tem a haver com o -2, e que “Au” e “Bu” tem a haver com “u”

Vou então fazer a respectiva equivalencia:

 3  1
A − B = 2  A = 2 + B A = 2 + B  A = 2 − 2  A = 2
 ⇔ ⇔ ⇔ ⇔
 A + B = −1 ( 2 + B ) + B = −1  2 B = −3 B = − 3 B = − 3
 2  2
 1 3 
 2 2  1 
⇔ ∫  u − 1 − u + 1  du = ∫  X  dX


 
 
a = −1
b=2

 1   3 
 2   2  1
⇔ ∫  u − 1  du + ∫  − u + 1  du = ∫  X  dX ⇔
   
   
a = −1
b=2

1  1  3  1  1
⇔ ∫   du − ∫ 
2  u −1 
 du = ∫   dX
2  u +1  X

a = −1
b=2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 25/316

1 3
⇔ ln u − 1 − ln u + 1 = ln X + c, com o c ∈  ⇔
2 2
a = −1
b=2

Antes de “apagar” os “ln” tenho ter cuidade de elevar o argumento a respectiva potencia:

1 3
= ln X + ln ( ec ) , com o c ∈ 

⇔ ln u − 1 2 + ln u + 1 2 ⇔
a = −1
b=2

1
⇔ u −1 + = X + ec , com o c ∈  ⇔
3
( u + 1)
a = −1
b=2

1
⇔ X = u −1 + + K , com o K ∈  ⇔
3
( u + 1)
a = −1
b=2

Ora vou resubstituir os valores de “u”, de “X” e de “Y”:

y+b 1
⇔ x−a = −1 + + K , com o K ∈  ⇔
x−a  y+b 
3

 + 1
 x−a 
a = −1
b=2

y+2 1
x +1 = −1 + + K , com o K ∈ 
x +1  y+2 
3

 + 1
 x +1 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 26/316

5 - Resolva a equação ( xy − 2 x 2 ) y '− 2 y 2 + 3 xy = 0 , e diga justificando, se a equação admite ou não solução


singular (não é solução única como a designação pode levar a entender, mas sim uma solução que saia do ambito
da solução geral):

Esta é mesmo dificil! Não me dá pistas nenhumas, por isso vou por tentativa e erro (pelo menos espero que
tenha solução). Nota: esta pergunta saiu numa frequencia!

Resolução da 5:
( xy − 2 x ) y '− 2 y
2 2
+ 3 xy = 0

( xy − 2 x ) dy
2

dx
2
− 2 y + 3 xy = 0

( xy − 2 x ) dy + ( −2 y + 3xy ) dx = 0
2 2

Já consigo perceber que a Equação é Homogenea.

Seja y = ux ∧ dy = ( x ) du + ( u ) dx

( ) (
Substituindo: x ( ux ) − 2 x 2 ( x ) du + ( u ) dx  + −2 ( ux ) + 3 x ( ux ) dx = 0
2
)
⇔ ( −2u 2
x 2 + 3 xux ) dx + ( xux − 2 x 2 ) ( x ) du + ( u ) dx  = 0 ⇔

⇔ ( −2u 2
x 2 + 3 x 2 u ) dx + ( x 2 u − 2 x 2 ) ( x ) du + ( u ) dx  = 0 ⇔

⇔ ( −2u x 2 2
+ 3x 2 u ) dx + ( x 2 u − 2 x 2 ) ( x ) du + ( x 2 u − 2 x 2 ) ( u ) dx  = 0 ⇔

⇔ ( −2u 2
x 2 + 3 x 2 u ) dx + ( x 3u − 2 x3 ) du + ( x 2 u 2 − 2 x 2 u ) dx = 0 ⇔

⇔ ( −2 x u 2 2
+ 3 x 2 u + x 2 u 2 − 2 x 2 u ) dx + ( x 3u − 2 x 3 ) du = 0 ⇔

⇔ ( x u − x u ) dx +  x (u − 2 ) du = 0
2 2 2 3
⇔ ( x ( u − u ) ) dx = −  x ( u − 2) du
2 2 3

 x2   u−2  1  u−2 


⇔ − 3  dx =  du ⇔   dx =  − du ⇔
2  
 x  u −u  x  u (1 − u ) 

1  u−2  1  u−2 


⇔   dx =   du ⇔ ∫  x  dx = ∫  u ( u − 1)  du ⇔
x  u ( u − 1)   

O 1º membro é facil de integrar, mas o 2º não é imediato. Vou ter que usar o metodo do coeficiente
indeterminado (MCI):

u−2 A B A ( u − 1) + bu Au − A + bu
MCI: = + = =
u ( u − 1) u u − 1 u ( u − 1) u ( u − 1)

A + B =1 B = 1 − 2  B = −1
 ⇔  ⇔ 
 − A = −2 A = 2 A = 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 27/316

Assim, agora já consigo integrar o 2º membro:

1 2 1  1 2  1 


∫  x  dx = ∫  u − u − 1  du ⇔ ∫  x  dx = ∫  u  du + ∫  − u − 1  du ⇔

1 1  1 
⇔ ∫  x  dx = 2∫  u  du + ∫  − u − 1  du ⇔ ln x + A = 2 ln u − ln u − 1 ⇔

   u2 
⇔ ln x + ln ( e ) = 2 ln u − ln u − 1
A
⇔ ln x . ( e ) = ln 
 A 
 ⇔
    u −1 
=A  =B   
u2 u2
⇔ x .B = ⇔ ± x.B = ⇔
u −1 u −1

u2
cx =
u −1

Como: y = ux ∧ dy = ( x ) du + ( u ) dx

2
 y y2 y2
  x y2
x
cx =  
2 2
⇔ ⇔ cx = x ⇔ cx = x ⇔ cx = ⇔
y y y−x x 2 ( y − x)
−1 −1
x x x

y2
Solução Geral da Equação dada: x2 =
c ( y − x)

A equação dada é ( xy − 2 x 2 ) y '− 2 y 2 + 3 xy = 0 , e é-me pedido uma Solução Singular. Ora uma Solução Singular
é aquela solução da equação que não pertence a Solução Geral.

Vou lá por tentativas:

Tentativa 1- se y = 1:
( x (1) − 2 x ) (1) '− 2 (1)
2 2
+ 3x (1) = 0 ⇔ ( x − 2 x ) .0 − 2 + 3x = 0
2
⇔ − 2 + 3x = 0

É impossivel, pois o 1º membro tem variavel e o 2º membro é uma constante, vou partir para outra tentativa.

Tentativa 2 - se y = 0 :
( x ( 0) − 2 x ) ( 0) '− 2 ( 0)
2 2
+ 3x ( 0 ) = 0 ⇔ ( 0 − 2 x ) .0 − 0 + 0 = 0
2
⇔ 0=0

É possivel, pois o 1º membro de facto é igual ao 2º, mas não é Solução Singular, pois advém da Solução Geral.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 28/316

Tentativa 3 - se y = A :

( x ( A) − 2 x ) ( A) '− 2 ( A)
2 2
+ 3x ( A ) = 0 ⇔ ( Ax − 2 x ) .0 − 2 A
2 2
+ 3 Ax = 0 ⇔ − 2 A2 + 3 Ax = 0

É impossivel, pois o 1º membro tem variaveis e o 2º membro é uma constante.

Tentativa 4 - se y = x :
( x ( x ) − 2 x ) ( x ) '− 2 ( x )
2 2
+ 3x ( x ) = 0 ⇔ (x 2
− 2 x 2 ) .1 − 2 x 2 + 3x 2 = 0 ⇔

⇔ − 4x2 + 4x2 = 0 ⇔ 0=0 p.v.

É Solução Singular, pois criou uma proposição verdadeira, e não pertence a Solução Geral.

Pode facilmente constatar que o 1º membro não tem variaveis, nem o segundo, e é uma igualdade.

Ou seja o que se pretente é que f ( x ) = g ( x ) .

Exercicios com Equações Exactas

1 – Determine a solução geral da seguinte equação diferencial x ( 2 x 2 + y 2 ) + y ( x 2 + 2 y 2 ) y ' = 0

Resolução:
x ( 2 x2 + y 2 ) + y ( x2 + 2 y2 ) y ' = 0

dy
⇔ x ( 2 x 2 + y 2 ) +  y ( x 2 + 2 y 2 )  =0 ⇔
dx

1º vou verificar se é uma Equação Diferencial Exacta, vou começar por Multiplicar por dx :

dy
⇔ x ( 2 x 2 + y 2 ) dx +  y ( x 2 + 2 y 2 )  dx = 0 ⇔
dx

 x ( 2 x + y )  dx +  y ( x + 2 y )  dy = 0
⇔  2 2
  2 2
 ⇔

⇔ (2x 3
+ xy 2 ) dx + ( x 2 y + 2 y 3 ) dy = 0 ⇔

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 29/316

Consigo ver de que se trata de uma Equação Homogenea. Mas não posso resolver o exercicio por este caminho,
pois este exercicio diz respeito a Equação Diferencial Exacta. Para isso vou renomear os termos:

⇔ (
2 x + xy ) dx + ( x y + 2 y ) dy = 0
3


2


2 3

M N

⇔ ( M ) dx + ( N ) dy = 0 ⇔

∂M ∂N
= 2 xy e = 2 xy
dy dx

No Calculo 2, vi que existiam mais condições a serem verificadas, mas no Calculo 3 não é preciso, pois dos 4
passos o que realmente interressa é este. Assim sendo posso afirmar de que a equação é uma Equação Diferencial
Exacta.

O que pretendo agora determinar é o “u” tal que du = ( 2 x3 + xy 2 ) dx + ( x 2 y + 2 y 3 ) dy

 ∂u   ∂u 
  dx +   dy = ( 2 x + xy ) dx + ( x y + 2 y ) dy
3 2 2 3

dx
  dy
 

 ∂u 3 2
 = 2 x + xy
 ∂x

 ∂u
 = x2 y + 2 y3
 ∂y

∂u
Vou começar com = 2 x 3 + xy 2 , pois pretendo determinar o “u”:
∂x

x4 x2 2
u = ∫ ( 2 x 3 + xy 2 ) ∂x ⇔ u=2 + y + f ( y) ⇔
4 2

1 4 1 2 2
u= x + x y + f ( y)
2 2

∂u 1 1 
Agora vou fazer o = x 2 y + 2 y 3 , mas aproveito e actualizo o ∂u por ∂  x 4 + x 2 y 2 + f ( y )  , ficando:
∂y 2 2
 
=u

1 1 
∂  x4 + x2 y 2 + f ( y )  '
 2 2  = x2 y + 2 y3 1 4 1 2 2 
 x + x y + f ( y) = x y + 2y
2 3
⇔ ⇔
∂y 2 2 y

2 2 '
⇔ 0+ x y + f ( y ) y = x2 y + 2 y3 ⇔
2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 30/316

Tenho que ter em atenção, que pela força do habito derrivo em ordem a “x”, mas aqui é em ordem a “y”:

' '
1  2 1  2 1
Correcto:  x 2 y 2  = x 2 y 2 −1 = x 2 y Incorrecto:  x 2 y 2  = x 2 −1 y 2 = xy 2 x 2 y 2
2 y 2 2 y 2 2

' '
Assim sendo: ⇔ x2 y + f ( y ) y = x2 y + 2 y3 ⇔ f ( y ) y = 2 y3 ⇔

y 3+1
Vou integrar: ⇔ f ( y ) = ∫ ( 2 y3 ) dy ⇔ f ( y) = 2 + c, com c ∈  ⇔
3 +1

y 3+1 1 4
⇔ f ( y) = 2 +c ⇔ f ( y) = y + c, com c ∈  ⇔
3 +1 2

1 4 1 2 2 1 4
Resposta ao exercicio, e como u = 0 : u= x + x y + y + c , com c ∈ 
2 2 2
 
f ( y)

Outra diferença em relação ao Calculo 2, é que agora a equação é = 0 .

1 3
2 – Qual a solução geral da equação ( 3x + 6 ) y 2
y '+ 2 y 2
− 2x = 0

Resolução 2 -
1 3
( 3x + 6 ) y 2
y '+ 2 y 2
− 2x = 0

Nota: o facto de não ser homogenea não implica que não seja Diferencial Exacta.

( 3x + 6 ) y 1 2  dy + 2 y 3 2 − 2 x = 0
  dx

  
( )
( 3x + 6 ) y 1 2  dy + 2 y 3 2 dx − ( 2 x ) dx = 0


Posso juntar este dois termos

( 3x + 6 ) y 1 2  dy +  2 y 3 2 − 2 x  dx = 0
   
  
N M

Outra nota importante: como este exercicios são “mecanicos”, convém por isso ordenar a equação, de forma a
não ser traido pela “mecanica”.

 2 y 3 2 − 2 x  dx + ( 3x + 6 ) y 1 2  dy = 0 ⇔ ( M ) dx + ( N ) dy = 0 ⇔
  

M N

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 31/316

∂M ∂N
Agora para poder ser uma Equação Diferencial Exacta, tem que se verificar a seguinte igualdade: = .
dy dx

 3 23 −1    1−1 1  
( )
  ( )( )
 2 y 3 2 + ( −2 x )  dy +  3xy 1 2 + 6 y 1 2  dx = 0

⇔  2 y  + ( 0 )  dy +  3x y 2  + ( 0 )  dx = 0
 2     

∂M 1 ∂N 1
= 3y 2 e = 3y 2
dy dx

∂M ∂N
Como = , posso afirmar de que a equação é uma Equação Diferencial Exacta.
dy dx

O que pretendo agora determinar é o “u” tal que


 
3
(
du = ( 3 x + 6 ) y 2  dy + 2 y 2 − 2 x dx
1
)
 ∂u 3

 = 2 y 2 − 2x
 ∂x
 ∂u   ∂u   1
2
3
  dx +   dy = ( 3x + 6 ) y  dy + 2 y − 2 x dx
 dx   dy 
2
( ) → 
 1
 ∂u = ( 3x + 6 ) y 2
 ∂y

3
∂u
Vou começar com = 2 y 2 − 2 x , pois pretendo determinar o “u”:
∂x
3
 3  3
u ' = 2 y 2 − 2x ⇔ u = ∫  2 y 2 − 2 x  ∂x ⇔ u = 2 xy 2 − x 2 + f ( y )
 

1
∂u  3 
Agora vou fazer o = ( 3 x + 6 ) y 2 , mas aproveito e actualizo o ∂u por ∂  2 y 2 x − x 2 + f ( y )  , ficando:
∂y 
=u

 3 
∂  2 y 2 x − x2 + f ( y )  '

1
 = 3x + 6 y 2  23  1

( ) ⇔  2 y x − x + f ( y )  = ( 3x + 6 ) y 2
2

∂y  y

3 12 '
1 1
⇔ 2. . y .x + f ( y ) y = 3 xy 2 + 6 y 2 ⇔
2

1
'
1 1
'
1
 1
⇔ 3xy 2 + f ( y ) y = 3 xy 2 + 6 y 2 ⇔ f ( y)y = 6 y 2 ⇔ f ( y ) = ∫  6 y 2  dy ⇔
 

1 3
+1 3
y2 y2
⇔ f ( y) = 6 ⇔ f ( y ) = 2.6 ⇔ f ( y) = 4y2 + c
1 3
+1
2

3 3
Reposta ao exercicio (Solução Geral da Equação): 2 xy 2 − x 2 + 4 y 2 + c = 0, com c ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 32/316

3 – Determine a solução geral da seguinte equação diferencial (3 y 2


+ x 2 + 1) y '+ 2 xy = 0, tal que y ( 0 ) = 1
(ou seja, quando x for zero, y é 1)

dy
Resolução - (3 y 2
+ x 2 + 1) y '+ 2 xy = 0 ⇔ (3 y 2
+ x 2 + 1)
dx
+ 2 xy = 0

dy
Vou multiplicar TUDO por dx → (3 y 2
+ x 2 + 1)
dx
dx + ( 2 xy ) dx = 0 ⇔ ( 3 y 2 + x 2 + 1) dy + ( 2 xy ) dx = 0
   
M N

Vou agora verificar se é uma equação diferencial exacta (vou verificar uma das 4 condições, a mais importante)

∂M ∂N
= 2x e = 2x
dy dx

∂M ∂N
Como = , então posso afirmar que é uma Equação Diferencial Exacta.
dy dx

O que pretendo agora determinar é o “u” tal que du = ( 2 xy ) dx + ( 3 y 2 + x 2 + 1) dy

 ∂u
 = 2 xy
∂x
 ∂u   ∂u  
  dx +   dy = ( 2 xy ) dx + ( 3 y + x + 1) dy
2 2
→ 
 dx   dy   ∂u
 = 3x 2 + x 2 + 1
 ∂y

∂u
Vou começar com = 2 xy , pois pretendo determinar o “u” : u = ∫ ( 2 xy ) ∂x ⇔ u = x2 y + f ( y )
∂x

∂u
Agora vou fazer o = 3x 2 + x 2 + 1 , mas aproveito e actualizo o ∂u por ∂ ( x 2 y + f ( y ) ) , ficando:
∂y   
=u

∂ ( x y + f ( y ))
2

(x y + f ( y ) ) = 3x 2 + x 2 + 1
'
= 3x 2 + x 2 + 1 ⇔ 2

∂y y

f ( y ) = ∫ ( 3x 2 + 1) dy
' '
⇔ x 2 + f ( y ) y = 3x 2 + x 2 + 1 ⇔ f ( y ) y = 3x 2 + 1 ⇔ ⇔

y3
⇔ f ( y) = 3 +y ⇔ f ( y ) = y3 + y + c
3

A Solução Geral da equação é x 2 y + y 3 + y + c = 0 , e como me dito no enunciado que quando x for zero, y é 1,
então fica:
2 3
( 0 ) (1) + (1) + (1) + c = 0 ⇔ 0 + 1 + 1 = −c ⇔ c = −2

Reposta ao exercicio (Solução Geral da Equação): x2 y + y3 + y − 2 = 0 ⇔ x2 y + y3 + y = 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 33/316

4 –Considere a seguinte equação diferencial (x 2


+ 2 y ) dx − ( x ) dy = 0

4.1 – Verifique que a equação dada não é exacta.


4.2 – Escolha “n” de modo que x n seja um factor integrante da equação dada.
4.3 – Determine a solução geral da equação.

Resolução 4.1 - (x


+ 2 y ) dx + ( − x ) dy = 0
2

 
M N

Vou agora verificar se é uma equação diferencial exacta (vou verificar uma das 4 condições, a mais importante)

∂M ∂N
=2 e = −1
dy dx

∂M ∂N
Como ≠ , então posso afirmar que não é uma equação diferencial exacta.
dy dx

Resolução 4.2 - vou multiplicar a equação dada por x n de modo a que a equação passa a ser uma uma equação
diferencial exacta:

( x + 2 y ) dx − ( x ) dy = 0  .x
 2  n ⇔ (x (x
n 2
)
+ 2 y ) dx + ( x n ( − x ) ) dy = 0 ⇔

(
x + 2 x y ) dx + ( − x ) dy = 0
n+2

  
n

 
n +1

M N

∂M ∂N
= 2 xn e = − ( n + 1) x n
dy dx

Como pretendo que seja uma equação diferencial exacta, então tenho que fazer respeitar a seguinte igualdade:

∂M ∂N
=
dy dx
Então faço:
2 x n = − ( n + 1) x n

Vou TUDO por x n :


2 = − ( n + 1) ⇔ 2 = −n − 1 ⇔ 2 + 1 = −n

Resposta da pergunta 4.2 é n = −3

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 34/316

Resolução 4.3 - Basta multiplicar a equação geral por x −3

( x 2 + 2 y ) dx − ( x ) dy = 0  .x −3 ⇔
  (x (x
−3 2
)
+ 2 y ) dx + ( x −3 ( − x ) ) dy = 0 ⇔ (x −1
+ 2 x −3 y ) dx + ( − x −2 ) dy = 0

Vou agora verificar se é uma equação diferencial exacta (vou verificar uma das 4 condições, a mais importante)

∂M ∂N
= 2 x −3 e = 2 x −3
dy dx

∂M ∂N
Como = , então posso afirmar que a equação ( x −1 + 2 x −3 y ) dx + ( − x −2 ) dy = 0 é uma equação diferencial
dy dx
exacta.

O que pretendo agora é determinar o “u” tal que du = ( x −1 + 2 x −3 y ) dx + ( − x −2 ) dy

 ∂u
 =M
∂x
 ∂u   ∂u  
  dx +   dy = (
x −1 + 2 x −3 y ) dx + ( − x −2 ) dy → 
dx
  dy
      ∂u
M N
 =N
 ∂y

∂u
Vou começar com = x −1 + 2 x −3 y , pois pretendo determinar o “u”:
∂x

 x −2 
u = ∫ ( x −1 + 2 x −3 y ) ∂x ⇔ u = ln x + 2 y  −  + f ( y) ⇔ u = ln x − x −2 y + f ( y )
 2 

∂u
Agora vou fazer o = − x −2 , mas aproveito e actualizo o ∂u por ∂ ( ln x − x −2 y + f ( y ) ) , ficando:
∂y 
=u

∂ ( ln x − x −2 y + f ( y ) )
= − x −2 ⇔
∂y

( ln x − x y + f ( y ) ) = − x −2
' '
⇔ −2
⇔ 0 − x −2 + f ( y ) y = − x −2 ⇔
y
Cuidado!

'
⇔ f ( y)y = 0 ⇔ f ( y ) = ∫ ( 0 ) dy ⇔ f ( y) = 0 + c

A Solução Geral da equação é ln x − x −2 y + c = 0, com c ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 35/316

Regra Geral: as perguntas não costumam ter pistas para a sua resolução como aconteceu com a pergunta 4, que
tem 3 perguntas associadas, em que a resposta da anterior ajuda a resolver a seguinte.
Vou repetir a pergunta 4, mas sem pistas. Só a pergunta, para me habituar ao estilo da professora:

4A – Determine a solução geral da equação (x 2


+ 2 y ) dx − ( x ) dy = 0

Resolução 4A - Será de consigo determinar a solução geral a partir da Equação Homogenea?

Não pois os termos são de grau diferente.

Vou ver se é uma Equação Diferencial Exacta → (x


2
+ 2 y ) dx + ( − x ) dy = 0
 
M N

Vou agora verificar se é uma equação diferencial exacta (vou verificar uma das 4 condições, a mais importante)

∂M ∂N
=2 e = −1
dy dx

∂M ∂N
Como ≠ , então posso afirmar que não é uma equação diferencial exacta.
dy dx

∂M ∂N
A minha esperança é que − = 2 − ( −1) = 3 3 → f ( x)
dy dx

Uma nota importante, se fosse uma equação do género:

⇔ (
2 x + xy ) dx + ( x y + 2 y ) dy = 0

3 2


2 3
⇔ ( M ) dx + ( N ) dy = 0 ⇔
M N

∂M ∂N
= 2 xy e = 2 xy
dy dx

Nada poderia fazer pois obtive duas variaveis, “x” e “y”.

Outra nota importante: neste exercício obtive um 3, que é uma constante! Sendo assim posso fazer depender ou
do “x” ou do “y”

Por opção, vou fazer depender do “x”.

Eventualmente poderá existir uma função I ( x, y ) tal que I ( x, y ) .  M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy  = 0 seja exacta.

À função I ( x, y ) dá-se o nome de Factor Integrante.

Existem pelo menos duas situações (mais utilizadas) em que se pode determinar I ( x, y ) .

( g ( x ) ) dx 1  ∂M ∂N  1  ∂M ∂N 
- I = e∫ se  −  é apenas uma função de x , com g ( x ) =  − 
N  ∂y ∂x  N  ∂y ∂x 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 36/316

− ( h ( y ) ) dy 1  ∂M ∂N  1  ∂M ∂N 
- I =e ∫ se  −  é apenas uma função de y , com h ( y ) =  − 
M  ∂y ∂x  M  ∂y ∂x 

∂ ln ( u ) ∂ ln ( u ) ∂M ∂N ∂ ln ( u )
N −M = − ⇔ −
x − ( x 2 + 2 y ) .0 = 3 ⇔
dx dy dy dx N dx
  
(x 2
)
+ 2 y .0 =3

∂ ln ( u ) 3  3 1
=− ⇔ ln ( u ) = ∫  −  dx ⇔ ln ( u ) = −3∫   dx ⇔
dx x  x x

−3
⇔ ln ( u ) = −3ln ( x ) ⇔ ln ( u ) = ln ( x ) ⇔ u = x −3

Basta agora multiplicar a equação geral por x −3 → ( x 2 + 2 y ) dx − ( x ) dy = 0  .x −3 ⇔


 

⇔ (x (x
−3 2
)
+ 2 y ) dx + ( x −3 ( − x ) ) dy = 0 ⇔ (x −1
+ 2 x −3 y ) dx + ( − x −2 ) dy = 0

Vou agora verificar se é uma equação diferencial exacta (vou verificar uma das 4 condições, a mais importante)

∂M ∂N
= 2 x −3 e = 2 x −3
dy dx

∂M ∂N
Como = , então posso afirmar que a equação ( x −1 + 2 x −3 y ) dx + ( − x −2 ) dy = 0 é uma Equação
dy dx
Diferencial Exacta.

O que pretendo agora determinar é o “u” tal que ∂u = ( x −1 + 2 x −3 y ) dx + ( − x −2 ) dy

 ∂u
 =M
∂x
 ∂u   ∂u  
  dx +   dy = (
x −1 + 2 x −3 y ) dx + ( − x −2 ) dy → 
 dx   dy      ∂u
M N
 =N
 ∂y

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 37/316

∂u
Vou começar com = x −1 + 2 x −3 y , pois pretendo determinar o “u”:
∂x

 x −2 
u = ∫ ( x −1 + 2 x −3 y ) ∂x ⇔ u = ln x + 2 y  −  + f ( y) ⇔ u = ln x − x −2 y + f ( y )
 2 

∂u
Agora vou fazer o = − x −2 , mas aproveito e actualizo o ∂u por ∂ ( ln x − x −2 y + f ( y ) ) , ficando:
∂y 
=u

∂ ( ln x − x −2 y + f ( y ) )
( ln x − x y + f ( y ) ) = − x −2
'
= − x −2 ⇔ −2

∂y y

'
⇔ 0 − x −2 + f ( y ) y = − x −2 ⇔
Cuidado!

'
⇔ f ( y)y = 0 ⇔ f ( y ) = ∫ ( 0 ) dy ⇔ f ( y) = 0 + c

A solução geral da equação é ln x − x −2 y + c = 0, com c ∈ 

5 – Resolva as seguintes equações diferenciais:

5.1 ( x + y ) dx − ( 2 xy ) dy = 0
2
5.2 ( 2 xy ln ( y ) ) dx + ( x 2
)
+ y 2 y 2 + 1 dy = 0

5.3 ( xy 2
+ y ) dx + ( x 3 y 2 − 2 x ) dy = 0 5.4 (1 − x 2 y ) dx + ( x 2 ( y − x ) ) dy = 0

Resolução 5.1 - Será que consigo determinar a solução geral a partir da Equação Homogenea?

Não pois os termos são de grau diferente.

Vou ver se é uma Equação Diferencial Exacta → (


x + y ) dx + ( −2 xy ) dy = 0
 
2

M N

Vou agora verificar se é uma equação diferencial exacta (vou verificar uma das 4 condições, a mais importante)

∂M ∂N
= 2y e = −2 y
dy dx

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 38/316

∂M ∂N
Como ≠ , então posso afirmar que não é uma equação diferencial exacta.
dy dx

Eventualmente poderá existir uma função I ( x, y ) tal que I ( x, y ) .  M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy  = 0 seja exacta.


À função I ( x, y ) dá-se o nome de Factor Integrante.

Existem pelo menos duas situações (mais utilizadas) em que se pode determinar I ( x, y ) .

( g ( x ) ) dx 1  ∂M ∂N  1  ∂M ∂N 
- I = e∫ se  −  é apenas uma função de x , com g ( x ) =  − 
N  ∂y ∂x  N  ∂y ∂x 

− ( h ( y ) ) dy 1  ∂M ∂N  1  ∂M ∂N 
- I =e ∫ se  −  é apenas uma função de y , com h ( y ) =  − 
M  ∂y ∂x  M  ∂y ∂x 

Vou então utilizar a 1ª possibilidade do Factor Integrante, que é:

( g ( x ) ) dx 1  ∂M ∂N  1  ∂M ∂N 
I = e∫ se  −  é apenas uma função de x , com g ( x ) =  − 
N  ∂y ∂x  N  ∂y ∂x 

1  ∂M ∂N  1  x + y 2  −2 xy   1 4 y 2
 − = 
N  ∂y ∂x  −2 xy  ∂y
−  = ( 2 y − ( −2 y ) ) = − = −
 ∂x   −2 xy 2x y x

2
− → g ( x)
x

Cuidado a ter nesta fase - se tivesse obtido qualquer coisa diferente, em que a variavel “x” não estivesse sozinha,
teria que avançar para o 2º passo.

Exemplo do que acabo de dizer:

2 y xy yx
− −
xy xz

Assim a 1ª fase está concluida,

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 39/316

 2 1
( g ( x ) ) dx ∫  − x  dx ∫
−2   dx 1
I = e∫
−2
−2ln ( x ) ln ( x ) −2
⇔ I =e ⇔ I =e x
⇔ I =e ⇔ I =e ⇔ I = ( x) ⇔ I=
x2

Este é o meu Factor Integrante.

Nota: quando primitivo (integro) é sempre necessário adicionar o “+c”. Mas neste caso não é preciso, pois é-me
pedido um e um só factor integrante.

Nota – poderia ter resolvido este passo desta maneira:

∂M ∂N
A minha esperança é que − = 2 y − ( −2 y ) = 4 y 4 y → f ( x)
dy dx

∂ ln ( u ) ∂ ln ( u ) ∂M ∂N ∂ ln ( u )
N −M = − ⇔ − 2
xy − ( x + y 2 ) .0 = 4 y ⇔
dx dy dy dx dx
   N

( x + y ).0
2 =4 y

∂ ln ( u ) ∂ ln ( u ) 4y
⇔ − 2
xy = 4y ⇔ =− ⇔
N
dx dx 2 xy

 4y   y  1
⇔ ln ( u ) = ∫  −  dx ⇔ ln ( u ) = −2 ∫   dx ⇔ ln ( u ) = −2 ∫   dx ⇔
 2 xy  xy  x
 

−2
⇔ ln ( u ) = −2 ln ( x ) ⇔ ln ( u ) = ln ( x ) ⇔ u = x −2

Basta agora multiplicar a equação geral por x −2 → ( x + y 2 ) dx − ( 2 xy ) dy = 0  .x −2 ⇔


 

⇔ ( x ( x + y ) ) dx + ( x
−2 2 −2
( −2 xy ) ) dy = 0 ⇔ (
x + x y ) dx + ( −2 x y ) dy = 0
−1

 
−2

 
2


−1

M* N*

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 40/316

Vou agora verificar se é uma equação diferencial exacta (vou verificar uma das 4 condições, a mais importante)

∂M * ∂N *
= 2 x −2 y e = 2 x −2 y
dy dx

( −2 x y )
'
Explicado passo a passo: −1
= −2 ( −1) x −1−1 y = 2 x −2 y
x

∂M * ∂N *
Como = , então posso afirmar que a equação ( x −1 + x −2 y 2 ) dx + ( −2 x −1 y ) dy = 0 é uma Equação
dy dx
Diferencial Exacta.

O que pretendo agora determinar é o “u” tal que ∂u = ( x −1 + x −2 y 2 ) dx + ( −2 x −1 y ) dy

 ∂u
 =M
∂x
 ∂u   ∂u  
  dx +   dy = (
x −1 + x −2 y 2 ) dx + ( −2 x −1 y ) dy → 
dx
  dy
        ∂u
M* N*
 =N
 ∂y

∂u
Vou começar com = x −1 + x −2 y 2 , pois pretendo determinar o “u” → u = ∫ ( M *) ∂x ⇔
∂x

x −2 +1
⇔ u = ∫ ( x − 1 + x − 2 y 2 ) ∂x ⇔ u = ln x + y 2 . + f ( y) ⇔ u = ln x − x −1 y 2 + f ( y )
−2 + 1

∂u
Agora vou fazer o = −2 x −1 y , mas aproveito e actualizo o ∂u por ∂ ( ln x − x −1 y 2 + f ( y ) ) , ficando:
∂y 
=u

∂ ( ln x − x −1 y 2 + f ( y ) )
( ln x − x y 2 + f ( y ) ) = −2 x −1 y
'
= −2 x −1 y ⇔ −1

∂y y

' '
⇔ 0 −2x −1 y + f ( y ) y = −2 x −1 y ⇔ f ( y )y = 0 ⇔ f ( y ) = ∫ ( 0 ) dy ⇔ f ( y) = 0 + c
Cuidado!

A Solução Geral da equação é ln x − x −1 y 2 + c = 0, com c ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 41/316

Resolução 5.2 ( 2 xy ln ( y ) ) dx + ( x 2
)
+ y 2 y 2 + 1 dy = 0

Será que consigo determinar a solução geral a partir da Equação Homogenea?

Não pois os termos são de grau diferente.

Vou ver se é uma Equação Diferencial Exacta 2 xy ln ( y ) ) dx + ( x


( 2
)
+ y 2 y 2 + 1 dy = 0

M N

Vou agora verificar se é uma equação diferencial exacta (vou verificar uma das 4 condições, a mais importante)

'
Cuidado antes de avançar:  2 xy ln ( y )  y , temos aqui um PRODUTO!

'
 
 2x y.ln ( y )  = ( Ky ) y .ln ( y ) + Ky. ( ln ( y ) ) y
' '

k y

Representei o 2x = K , porque é isso mesmo que o 2x é derivando em ordem a “y”.

∂M ∂M 1
= ( 2 xy ) y .ln ( y ) + 2 xy ( ln ( y ) ) y
' '
⇔ = 2 x.ln ( y ) + 2 x y ⇔
dy dy y

∂M ∂N
= 2 x.ln ( y ) + 2 x e = 2x
dy dx

∂M ∂N
Como ≠ , então posso afirmar que não é uma equação diferencial exacta.
dy dx

Eventualmente poderá existir uma função I ( x, y ) tal que I ( x, y ) .  M ( x, y ) dx + N ( x, y ) dy  = 0 seja exacta.


À função I ( x, y ) dá-se o nome de Factor Integrante.

Existem pelo menos duas situações (mais utilizadas) em que se pode determinar I ( x, y ) .

( g ( x ) ) dx 1  ∂M ∂N  1  ∂M ∂N 
- I = e∫ se  −  é apenas uma função de x , com g ( x ) =  − 
N  ∂y ∂x  N  ∂y ∂x 

− ( h ( y ) ) dy 1  ∂M ∂N  1  ∂M ∂N 
- I =e ∫ se  −  é apenas uma função de y , com h ( y ) =  − 
M  ∂y ∂x  M  ∂y ∂x 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 42/316

Vou então utilizar a 1ª possibilidade do Factor Integrante, que é:

( g ( x ) ) dx 1  ∂M ∂N  1  ∂M ∂N 
I = e∫ se  −  é apenas uma função de x , com g ( x ) =  − 
N  ∂y ∂x  N  ∂y ∂x 

 
1  ∂M ∂N  1   2 x ln ( y )
 − = .  2 x ln ( y ) +2 x − 
2x  =
N  ∂y ∂x  x 2 + y 2 y 2 + 1     ∂N  x2 + y2 y 2 + 1
   ∂M ∂x 
N  ∂y 

Não é uma função de “x”, pois tem também a variavel “y”. Sendo assim vou para o passo 2, que é:

− ( h ( y ) ) dy 1  ∂M ∂N  1  ∂M ∂N 
I =e ∫ se  −  é apenas uma função de y , com h ( y ) =  − 
M  ∂y ∂x  M  ∂y ∂x 

 
1  ∂M ∂N  1   2 x ln ( y ) 1
 − = .  2 x ln ( y ) +2 x − 
2x  = =
M  ∂y ∂x  2 xy ln ( y )     ∂N  2x y ln ( y ) y
   ∂M
∂x 
M  ∂y 

Assim cheguei ao fim da 2º passo.

1
− ∫   dy 1
( h ( y ) ) dy
I =e ∫
− −1
⇔ I = e ( ) ⇔ I = e ( ) ⇔ I = ( y)
− ln y ln x −1
⇔ I = e  y ⇔ I=
y

Este é o meu Factor Integrante.

Nota: quando primitivo (integro) é sempre necessário adicionar o “+c”. Mas neste caso não é preciso, pois é-me
pedido um e um só factor integrante.

Basta agora multiplicar a equação geral por y −1

 (  )
( 2 xy ln ( y ) ) dx + x 2 + y 2 y 2 + 1 dy = 0  . y −1 ⇔
(2x y y −1
) (
ln ( y ) dx + x 2 y −1 + y 2
y −1 )
y 2 + 1 dy = 0 ⇔

⇔ ( 2 x ln ( y ) ) dx + ( x 2
)
y −1 + y y 2 + 1 dy = 0 ⇔ x ln ( y ) ) dx + ( x
(2 
2 −1
y + y y 2 + 1 dy = 0
 
)
M* N*

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 43/316

Vou agora verificar se é uma equação diferencial exacta (vou verificar uma das 4 condições, a mais importante)

∂M * ∂N *
= 2 xy −1 e = 2 xy −1
dy dx

∂M * ∂N *
Como = , então posso afirmar que a equação ( x −1 + x −2 y 2 ) dx + ( −2 x −1 y ) dy = 0 é uma Equação
dy dx
Diferencial Exacta.

O que pretendo agora determinar é o “u” tal que


 (
∂u = ( 2 x ln ( y ) ) dx + x 2 y −1 + y y 2 + 1 dy
 
)
M* N*

 ∂u
 =M*
∂x
 ∂u  
 ∂u 
  dx +   dy = (
 dx   dy   
(
2 x ln ( y ) ) dx + x 2 y −1 + y y 2 + 1 dy

) → 
 ∂u
M* N*
 = N*
 ∂y

∂u
Vou começar com = 2 x ln ( y ) , pois pretendo determinar o “u”:
∂x

u = ∫ ( M * ) ∂x ⇔ u = ∫ ( 2 x ln ( y ) ) ∂x ⇔ u = x 2 ln ( y ) + f ( y )

∂u
Agora vou fazer o = x 2 y −1 + y y 2 + 1 , mas aproveito e actualizo o ∂u por ∂ ( x 2 ln ( y ) + f ( y ) ) , ficando:
∂y   
=u

∂ ( x 2 ln ( y ) + f ( y ) )
( x ln ( y ) + f ( y ) )
'
= x 2 y −1 + y y 2 + 1 ⇔ 2
= x 2 y −1 + y y 2 + 1 ⇔
∂y y


'
x 2 y −1 + f ( y ) y = x 2 y −1 + y y 2 + 1 ⇔
'
f ( y)y = y y2 +1 ⇔ ( )
f ( y ) = ∫ y y 2 + 1 dy ⇔

 2 1
+1 
  1
f ( y ) = ∫  y ( y 2 + 1)  dy ⇔
1   1
1  ( y + 1) 2

f ( y) =  2 y ( y + 1)  dy ⇔ f ( y) = ∫ 
2 ∫
2
⇔ 2 2
 dy ⇔
   2  1
 + 1 
 2 
3
1 2
f ( y) =
3
( y + 1) 2 + c

3
1 2
A Solução Geral da equação é x 2 ln ( y ) +
3
( y + 1) 2 + c = 0, com c ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 44/316

Exercícios de Âmbito Geral aplicados ao dia a dia

1 - Determine a equação da curva que passa pelo ponto (0, -2) e tal que o declive da tangente em qualquer dos
seus pontos seja igual à ordenada desse ponto, acrescida de três unidades.

dy dy
Resolução - ou seja m = e = y + 3 , em que o “y” é a ordenada.
dx dx

 1 
Assim sendo, fica: dy = ( y + 3 ) dx ⇔   dy = (1) dx ⇔
 y +3

 1 
⇔ ∫  y + 3  dy = ∫ (1) dx ⇔ ln y + 3 = x + c

x = 0
Como  , então ln −2 + 3 = 0 + c ⇔ ln 1 = c ⇔ c=0
 y = −2

A resposta é ln y + 3 = x ⇔ ln y + 3 = ln e x ⇔ y + 3 = ±e x ⇔ y = ± ( e x − 3)

2 - Uma bala penetra numa tábua com espessura h = 10cm à velocidade v = 200m / s e saí dela à velocidade de
80m / s . Sabendo que a força de resistência da tábua ao movimento da bala é proporcional ao quadrado da
velocidade, determine o tempo que a bala demora a atravessar a tábua.

Resolução - ora, é-me dito que é proporcional (logo é vezes “k”).

F = k .v 2 “a força de resistência ao movimento é proporcional ao quadrado da velocidade”.

Outra nota: é a resistência da tábua, logo é contrária a sentido da velocidade. Fica F = − k .v 2 , com k > 0 .

Sei também a 2ª Lei de Newton: F = m.a , e que a “a” é a = ( v ) ' - derivada da velocidade.

dv 1   k
⇔ m.a = −k .v 2 ⇔ m. = −k .v 2 ⇔  2  dv =  −  dt ⇔
dt v   m

 1   k 1 k
⇔ ∫  v
2 

dv = ∫  −  dt
m
⇔ −
v
= − .t + A, com A ∈ 
m
Constante

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 45/316

Agora vou saber o valor de A, que é uma constante, independentemente do valor de “t”. Assim faço t = 0.

Ora para t = 0, também sei o valor da velocidade, que é v = 200m / s .

t = 0 1 k 1
 ⇔ − = − .0 + A ⇔ A=−
v = 200m / s 200 m 200

1 k 1 1 k 1
Substituindo na Solução Geral → − = − .t − ⇔ = .t +
v m 200 v m 200

Ora também sei a velocidade de saída, que é v1 = 80m / s , posso por isso calcular o tempo que demora a
atravessar a tábua:

1 k 1 m  1 1  m  5 2  3m
⇔ = .t1 + ⇔ . −  = t1 ⇔ . −  = t1 ⇔ t1 =
80 m 200 k  80 200  k  400 400  400k

1 k 1 1 k 1 dt k 1
Por outro lado = .t + ⇔ = .t + ⇔ = .t + ⇔
v m 200 dx m 200 dx m 200
dt

 
k 1   1 
⇔ dt =  .t +  dx ⇔   dt = (1) dx ⇔
m 200   k .t + 1 
m 200 
 
 1 
Como já separei as variáveis, vou poder integrar → ∫  k  dt = ∫ (1) dx ⇔
1 
 .t + 
m 200 

 k 
m  m  m k 1 
k ∫ k
⇔ .   dt = x + B ⇔ .ln  .t +  = x + B, com B ∈ 
1  k m 200 
 .t + 
m 200 

Sei que se t = 0, então x = 0.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 46/316

m k 1  m  1 
t = 0: .ln  . ( 0 ) +  = ( 0) + B ⇔ B= .ln  
k  m 200  k  200 

m k 1  m  1  m  k 1   1 
Assim, x= .ln  .t +  − .ln   ⇔ x= . ln  .t +  − ln   ⇔
k m 200  k  200  k  m 200   200  

k 1 
.t +
m m 200  m  200k 
⇔ x = .ln   ⇔ x= .ln  .t + 1
k  1  k  m 
 200 

1 1 m  200k  1 m  200 k 3 m 
Para t = t1 , x = .m : {t = t1} → = .ln  .t1 + 1 ⇔ = .ln  . + 1 ⇔
10 10 k  m  10 k  m 400 k 

1 m  600  1 m 1 m
⇔ = .ln  + 1 ⇔ = .ln (1,5 + 1) ⇔ = .ln ( 2,5 ) ⇔
10 k  400  10 k 10 k

k m 1
⇔ = 10.ln ( 2, 5 ) ⇔ =
m k 10.ln ( 2, 5 )

3 m 3 1
Sei que ⇔ t1 = . , logo ⇔ t1 = .
400 k 400 10.ln ( 2, 5 )

3
Assim, a resposta ao exercício é: t1 = s
4.103.ln ( 2, 5 )

3 - De acordo com a lei de Newton, a taxa de arrefecimento (velocidade) de um certo corpo exposto ao ar é
proporcional à diferença entre a temperatura T do corpo e a temperatura To do ar. Sabendo que a temperatura do
ar é de 20° C e que o corpo arrefeceu em 20 minutos de 100º C para 60° C, ao fim de quanto tempo a sua
temperatura baixará para 30° C ?

Resolução:
dy
Nota: quando é taxa é , em que o “y” é a variável dependente e aqui é a Temperatura, e o “x” a variável
dx
independente que aqui é o tempo.

Ora, é-me dito que é proporcional (logo é vezes “k”).

dT
k . (
= − T − T0 ) “é proporcional à diferença entre a temperatura T do corpo e a temperatura T0 do ar”.
dt é propor  
-cional diferença de
temperatura

E a proporcionalidade é negativa, pois o corpo arrefece.

dT
= − k . (T − T0 ) ⇔ dT =  − k . (T − T0 )  dt
dt

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 47/316

Tenho que separar as variáveis, para isso vou dividir TUDO por T − T0 :

 1   1 
⇔   dT = ( −k ) dt ⇔ ∫  T − T  dT = ∫ ( −k ) dt
 T − T0  0 

 1 
Agora o que fazer com isto ∫  T − T0
 dT ?

 1 
Se fosse ∫  T − 1  dT , seria fácil, pois é dá um logaritmo!
 1 
∫  T − 1  dT = ln T − 1 + c
Ou seja a variável T0 está-me a dificultar a integração!

Mas acontece que T0 não é uma variável!

Apesar de não estar, na equação, um número mas sim uma “etiqueta”, na realidade é uma CONSTANTE e o seu
valor está no enunciado.
T0 = 20º C

 1 
Assim sendo, posso concluir que ∫   dT = ∫ ( −k ) dt são na realidade dois integrais imediatos:
 T − T0 

⇔ ln T − T0 = −kt + A, com A ∈ 
Vou eliminar o ln:
⇔ T − T0 = e − kt + A , com A ∈ 

⇔ T − T0 = e − kt .
e A , com A ∈ 
B

Nota explicativa: com e A criei outra constante, por isso em vez de trabalhar com a constante e A , vou baptizá-la
de “B”, para não confundir com a constante “A” já utilizada neste exercício.

⇔ T − T0 = e− kt .B, com B ∈  +

Porquê  + ? Simplesmente porque e A será sempre positivo.

Agora vou retirar o módulo, e como vou obter o sinal de ± , vou criar OUTRA variável para essa mesma
constante, pois em vez de ter ± B , vou passar a ter C .

⇔ T − T0 = ±
 B .e − kt , com B ∈  +
=C

⇔ T − T0 = C.e − kt , com C ∈  \ {0}

Porquê \ {0} ? Simplesmente porque ± e A será sempre positivo (ou negativo) mas nunca zero!

⇔ T = T0 + C.e − kt , com C ∈  \ {0}

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 48/316

É-me dito no enunciado que se t = 0s , então T = 100º C , por isso fica:

 !
Cuidado

( 0)
⇔ T = T0 + C.e − kt ⇔ 100 = 20 + C.e − k . ⇔ 100 − 20 = C.e0 ⇔ C = 80

Agora a duvida, 80 quê?

O que é o “C” ? É uma temperatura! C = 80º C .

Assim fica: T = 20 + 80.e − kt

Como no exercício me pedem ao fim de 20 minutos, agora é só substituir o tempo. Agora surge mais uma
dúvida: no sistema internacional (SI), o tempo é calculado ao segundo. No exercício dão-me em minutos. Será
que vale a pena (será que é obrigatório) passar de minutos para segundos?

Não! Pois no fim dos cálculos irei então obter o tempo em minutos que é mais fácil interpretar o tempo.

Assim sendo fica: T = 20 + 80.e − kt ⇔ 60 = 20 + 80.e −20 k ⇔ 40 = 80.e −20 k ⇔

40 1 1
1
⇔ = e−20 k ⇔ = e −20 k ⇔ e( ln ) 2 = e−20 k ⇔ ln   = −20k ⇔
80 2 2
⇔ − 20k = ln ( 2 −1 ) ⇔ − 20k = ( −1) ln ( 2 ) ⇔ − 20k = − ln ( 2 ) ⇔

ln ( 2 )
k=
20

Agora que já sei o valor do “k”, vou procurar a formula geral em que a temperatura apenas dependa do tempo.

ln ( 2 ) t

( )
− t −
T = 20 + 80.e 20
⇔ T = 20 + 80. eln ( 2) 20

t
ln ( 2 ) −
Ora, eu sei que e = 2 , assim sendo, fica ⇔ T = 20 + 80.2 20

Pronto, já tenho a solução geral. No exercício querem saber “ao fim de quanto tempo a sua temperatura baixará
para 30° C”, ou seja, é-me pedido uma solução particular:

t t t t
− − 1 −
−3

⇔ 30 = 20 + 80.2 20
⇔ 10 = 80.2 20
= 2 20 ⇔ ⇔ 2 = 2 20
8 ↓

Muito importante ter − se esta ginástica mental, pois facilita os cálculos!

t
Como a base é igual, igualamos apenas a potência: − 3 = − ⇔ t = 60 minutos.
20

4 - A taxa de desintegração (velocidade) do Rádio (elemento químico radioactivo de número atómico 88) é
directamente proporcional à sua massa.

4.1. Determine a lei de variação da massa do Rádio em função do tempo, sabendo que no instante inicial a sua
massa era m0 .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 49/316

4.2. Em que instante, em função da constante de proporcionalidade, é que a massa de Rádio fica reduzida à terça
parte da massa inicial?

Resolução 4.1 - ora, é-me dito que é proporcional (logo é vezes “k”).

dm
k . m
= −  “é directamente proporcional à sua massa”.
dt é propor a massa
-cional

E a proporcionalidade é negativa, pois o corpo perde massa - dm = ( −k .m ) dt

1
Tenho que separar as variáveis, por isso vou dividir por “m”:   dm = ( −k ) dt
m

1
Agora que já separei, posso integrar ⇔ ∫  m  dm = ∫ ( −k ) dt

⇔ ln ( m ) = −kt + A, com A ∈  ⇔ m = e − kt + A , com A ∈  ⇔

⇔ m = e − kt .
e A , com A ∈  ⇔ m = B.e − kt , com B ∈  +
B

Porquê  + ? Simplesmente porque e A será sempre positivo.

Ora para t = 0 (no inicio) a massa está completa, m = m0 .


− k .( 0 )
m0 = B.e , com B ∈  + ⇔ m0 = B.e0 , com B ∈  + ⇔

m0 = B, com B ∈  +

Assim sendo, a Solução Geral é: m = m0 .e − kt

Resolução 4.2, ora a constante de proporcionalidade é “k”, por isso o instante em que fica reduzida a uma terça
1
parte   é:
3
1
ln  
1 1  1  3
.m0 = m0 . e − kt ⇔ = e − kt ⇔ − kt = ln   ⇔ t=  
3 3 3 −k

ln ( 3−1 ) ( −1) ln ( 3) − ln ( 3) ln ( 3)
⇔ t= ⇔ t= ⇔ t= ⇔ t=
−k −k −k k

ln ( 3)
Solução Particular: t= segundos.
k

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 50/316

Equações Lineares de 1ª Ordem

Definição: Chama-se Equação Diferencial Linear de 1ª ordem a uma equação do tipo

y '+ p ( x ) y = q ( x )

onde p e q são funções continuas no dominio em que se pretende integrar a equação.

Exercicios

1 – Resolva as seguintes equações diferenciais:

1.1 y '+ 2 y = e − x 1.2 x 2 + xy ' = y

1.4 y 'cos ( x ) − y sin ( x ) = 2 x


2
1.3 y '+ 2 xy = e − x
Resolução 1.1:

Será que consigo determinar a Solução Geral a partir da Equação Homogenea?

Não pois os termos são de grau diferente.

Vou ver se é uma Equação Diferencial Exacta:


dy
y '+ 2 y = e − x ⇔ = e− x − 2 y ⇔ dy = ( e − x − 2 y ) dx
dx

Não é preciso avançar mais, já se consegue percerber que não é exacta.

Eu já sabia que estes ultimos processos não me resolveriam a minha equação. É só para se entender que existe
varios processo de resolver uma equação diferencial. O segredo é descobrir qual é o processo certo para a
resolver. Como estes exercicios são Equações Lineares de 1ª Ordem, logo é por aí que vou avançar.

Primeiro preciso saber o que é Equações Lineares de 1ª Ordem.

Equação Linear é toda a equação de grau 1, logo tem a potencia da derivada de maior ordem a um.

Exemplo de uma Equações Lineares y '+ 2 y = e − x (o “e” está a uma potencia variavel, mas não interressa)

Exemplo de uma Equações que não é Lineares (é uma parabola!) y '+ 2 y 2 = e − x

Uma Equações de 1ª Ordem é só a 1ª derivada.

Vou então prosseguir:

Regra : y '+ p ( x ) y = q ( x ) , o p ( x ) só pode ter variavel “x”

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 51/316

Por exemplo: p ( x ) = x 2 − y , não é função de “x”.

y '+ 2 y = e − x

p ( x ) = 2 e q ( x ) = e− x

Há varios metodos de resolver, vou por isso utilizar o Metodo do Factor Integrante – MFI (e este factor só tem
um preposito, o de servir para multiplicar a equação diferencial):

( p ( x ) ) dx
I ( x ) = e∫

Tenho que ter cuidado, pois é primitivar e não derivar!

I ( x ) = e∫
( 2 ) dx
⇔ I ( x ) = e2 x

 y '+ 2 y = e − x  .e 2 x
  
⇔ ( e ) y '+ 2 ( e ) y = ( e ) e
2x 2x 2x −x
⇔ e 2 x y '+ 2e 2 x y = e − x + 2 x ⇔
... para multiplicar

⇔ ( e2 x y ) ' = e x ⇔ e 2 x y = ∫ ( e x ) dx ⇔ e2 x y = e x + c ⇔

O objectivo de multiplicar
pelo MFI

c
Solução Geral: y = e − x + , com c ∈ 
e2 x

Resolução 1.2: Regra : y '+ p ( x ) y = q ( x ) , o p ( x ) só pode ter variavel “x”

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 52/316

x 2 + xy ' = y

Mas agora quais são os valores para p ( x ) = ?? e q ( x ) = ??

1º vou dividir por “x”, de modo a “retirar o “x” da derivada do “ xy ' ”:

x 2 + xy ' = y y
⇔ x + y' =
x x

Como ainda estou no inicio da materia, vou reorganizar os termos de modo a ter o aspecto da formula de
resolução:
1
y '+ p ( x ) y = q ( x ) ⇔ y '− y = −
x
x q( x)
p( x) y

1
Agora já sei os valores para p ( x ) = − e q ( x) = −x
x
Vou por isso utilizar o metodo do factor integrante – MFI (e este factor só tem um preposito, o de servir para
multiplicar a equação diferencial):
( p ( x ) ) dx
I ( x ) = e∫

Tenho que ter cuidado, pois é primitivar e não derivar!

 1
∫  − x  dx −1
I ( x) = e ⇔ I ( x ) = e− ln ( x ) ⇔ I ( x ) = eln ( x )

ln ( A)
Ora sei do 12º ano que e =A
1
⇔ I ( x ) = x −1 ⇔ I ( x) =
x

 1  1 1 1 1 1 1 1


 y '− x y = − x  . x ⇔   y '−   . y = −   x ⇔ y '− 2 y = −1 ⇔
   x x x x x x
... para multiplicar

'
1  1 1
 y  = −1 ⇔ y = ∫ ( −1) dx ⇔ y = − x + c, com c ∈ 
x  x x

Solução Geral: y = − x 2 + cx, com c ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 53/316

Resolução 1.3: Regra : y '+ p ( x ) y = q ( x ) , o p ( x ) só pode ter variavel “x”

2
y '+ 2 xy = e− x

Quais são os valores para p ( x ) = ?? e q ( x ) = ??

Este exercicio é directo, p ( x ) = 2 x e q ( x ) = e − x


2

Vou utilizar o metodo do factor integrante – MFI (e este factor só tem um preposito, o de servir para multiplicar a
equação diferencial):
( p ( x ) ) dx
I ( x ) = e∫

Tenho que ter cuidado, pois é primitivar e não derivar!

I ( x ) = e∫
( 2 x ) dx
I ( x) = ex
2

 y '+ 2 xy = e − x  .e x
  
2 2
⇔ ( e ) y '+ ( e ) 2 xy = ( e ) e
x2 x2 x2 − x2

2 2
e x y '+ 2e x xy = 1 ⇔
... para multiplicar

(e y ) = 1
'
x2
e x y = ∫ (1) dx
2 2
⇔ ⇔ e x y = x + c, com c ∈ 

x+c
Solução Geral: y = 2
, com c ∈ 
ex

Resolução 1.4: Regra : y '+ p ( x ) y = q ( x ) , o p ( x ) só pode ter variavel “x”

y 'cos ( x ) − y sin ( x ) = 2 x

Quais são os valores para p ( x ) = ?? e q ( x ) = ??

1º vou dividir por cos ( x ) , de modo a “retirar” o cos ( x ) da derivada do “y”:

sin ( x ) 2x
 y 'cos ( x ) − y sin ( x ) = 2 x  / cos ( x ) ⇔ y '− y =
cos ( x ) cos ( x )

Vou reorganizar os termos de modo a ter o aspecto da formula de resolução:

y '+ p ( x ) y = q ( x )

2x
y '− tg ( x ) y =
cos ( x )

2x
Agora já sei os valores para p ( x ) = −tg ( x ) e q ( x ) =
cos ( x )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 54/316

Vou por isso utilizar o metodo do factor integrante – MFI (e este factor só tem um preposito, o de servir para
multiplicar a equação diferencial):
( p ( x ) ) dx
I ( x ) = e∫

Tenho que ter cuidado, pois é primitivar e não derivar!

 sin ( x ) 
( − tg ( x ) ) dx ∫  − cos( x )  dx
I ( x ) = e∫ I ( x) = e (
ln cos ( x ) )
⇔ I ( x) = e ⇔

ln ( A)
Ora sei do 12º ano que e =A
I ( x ) = cos ( x )
 2x  2x
 y '− tg ( x ) y =  .cos ( x ) ⇔ cos ( x ) y '− cos ( x ) tg ( x ) y = cos ( x ) ⇔
 cos ( x )  cos ( x )
... para multiplicar

sin ( x )
⇔ cos ( x ) y '− cos ( x ) y = 2x ⇔ y 'cos ( x ) − y sin ( x ) = 2 x ⇔
cos ( x ) 
Voltei a estaca zero (ao inicio)!

( cos ( x ) y − sin ( x ) y )
'
= 2x ⇔ cos ( x ) y = ∫ ( 2 x ) dx ⇔ cos ( x ) y = x 2 + c, com c ∈ 

x2 + c
Solução Geral: y = , com c ∈ 
cos ( x )

2
2 – Resolva a equação diferenciais y '+ 2 xy − 2 xe − x = 0 , usando o Metodo da Variação da Constante (MVC).

Resolução 2:
2
y '+ 2 xy − 2 xe − x = 0

Este exercicio é a de uma Equações Lineares de 1ª Ordem, logo é por aí que vou avançar.

Mas desta vez vou ter que usar outro metodo, que é o Metodo da Variação da Constante (MVC).

1º passo – resolver a Equação Incompleta. TODOS os termos que não tenham a variavel “y” passam para o 2º
membro:
2
y '+ 2 xy = 2 xe − x → y '+ 2 xy = 0

Ou seja, faz-se “desaparecer” o 2º membro, mas não posso afirmar que é uma equação equivalente, daí a
termologia de Equação Incompleta

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 55/316

Assim:
dy 1 1
y '+ 2 xy = 0 ⇔ = −2 xy ⇔   dy = ( −2 x ) dx ⇔ ∫  y  dy = ∫ ( −2 x ) dx ⇔
dx  y

− x2 + K
ln y = ln ( e )
2
⇔ ln y = − x 2 + K ⇔ ⇔ y = e− x +K
, com K ∈  ⇔

2 2 2
⇔ y = e K e− x ⇔ y=±
 e K e− x ⇔ y = Ae − x , com A ∈ 
A

2º passo – Metodo da Variação da Constante (MVC). É o “A” que passa a variar:

y = A ( x ) e− x
2

( )
'
Para substituir na equação, preciso també da 1ª derivada: y ' = A ( x ) e − x
2

Regra da derivada do produto, e é em ordem a “x” e aproveito para notar a variavel constante de maneira mais
simples, retirando o ( x ) :

( )
'
( y )x = ( A ( x ) )x e− x
' '
⇔ y ' = A ' e − x +  −2 xA ( x ) e − x  ⇔
2
+ A ( x ) e− x
2 2 2

x  

y ' = A ' e − x − 2 xA ( x ) e − x
2 2

Agora vou subsituindo na equação dada, e não me posso esquecer do resultado obtido no 1º passo:

2 2 2 2 2
y '+ 2 xy = 2 xe− x ⇔ A ' e − x − 2 xAe − x + 2 x 
 Ae − x = 2 xe − x
y
( y )'x

2 2 2 2 2 2
A ' e− x −2 xAe − x +2 xAe − x = 2 xe− x ⇔ A ' e− x = 2 x e − x ⇔

⇔ A ' = 2x ⇔ A = ∫ ( 2 x ) dx ⇔ A ( x ) = x2 + c

y = A ( x ) e− x
2
Resposta, cuidado que a formula está no inicio do 2º passo:

( )
2
Solução Geral: y = x 2 + c e− x , com c ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 56/316

3 – Resolva a equação diferenciais 2 y '+ xy = x 3 , usando os dois metodo distintos:

3.1 – Usando o Metodo da Variação da Constante (MVC)


3.2 – Procurando uma solução particular da equação completa.

Resolução 3.1:
2 y '+ xy = x 3

Metodo da Variação da Constante (MVC). 1º passo – resolver a Equação Incompleta.

TODOS os termos que não tenham a variavel “y” passam para o 2º membro, e iguala-se o 2º membro a zero:

2 y '+ xy = x 3 → 2 y '+ xy = 0
  
Já estava!

Assim:

x2 A
x2 x2 A − +
⇔ 2ln y = − +A ⇔ ln y = − + ⇔ y =e 4 2
, com A ∈  ⇔
2 4 2

x2 x2 x2
− +B − −
⇔ y =e 4
, com B ∈  ⇔ y=±
 eB e 4
⇔ y = Ke 4
, com K ∈ 
K

x2

2º passo – Metodo da Variação da Constante (MVC). É o “K” que passa a variar: y = K ( x)e 4

'
 
2
x
' −
Agora vou derrivar, não me esquecendo de que se trata de um produto: ( y )x =  K ( x)e 4



 x

'
x2  −x 
2
x2 x 2
− − 1 −
y ' = K 'e 4
+ K e 4  ⇔ Y ' = K '.e 4
− .x.K .e 4
  2
 x

Agora vou subsituindo na equação dada, e não me posso esquecer do resultado obtido no 1º passo:

   −x 
2 2 2
x x
− 1 −
2 y '+ xy = x 3 ⇔ 2  K '.e 4 − .x.K .e 4  + x  Ke 4 =x
3

 2   
   

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 57/316

x2 x2 x2 1 
2 2
− − − x 3 x4 x
⇔ 2 K '.e 4
− x.K .e 4
+ x.Ke 4
= x3 ⇔ K ' = .e ⇔ K ( x ) = ∫  x3 .e 4  dx
2 2 
 

1
 x  1  x
2 2

Calculo Auxiliar:  e 4  =  x  .e 4
  2 
 x

1  1 1 
Ou seja, preciso de ter  x  , e tenho x 3 , por isso é só separar o “x”:  x  .x 2
2  2 2 

Isto foi um calculo auxiliar que visou ter uma ideia mais clara do caminho a tomar. Ou seja vou ter que obtar
por fazer uma integração utilizando o Metodo de Primitivação por Partes - MPP.

MPP:
2
x2
1 x
u=e 4
u ' = x.e 4
2

v = x2 v' = 2 x

 x   x 
2 2 2 2
x x
K = e 4 .x 2 − ∫  e 4 .2 x  dx ⇔ K = e 4 .x 2 − 2∫  e 4 .x  dx ⇔
   
   

 1  x  1 x 
2 2 2 2
x x
⇔ K = e 4 .x 2 − 2∫   2.  e 4 .x  dx ⇔ K = e 4 .x 2 − 2.2 ∫  e 4 .x  dx ⇔
 2    
  2 

x2 x2
K ( x ) = e .x − 4.e 4 2 4
+ c, com c ∈ 

x2  x 
2 2
x2 x
− −
Agora vou substituir K ( x ) em y = K ( x ) e 4
, que fica y = e 4
.  e 4 .x 2 − 4.e 4 + c  , com c ∈ 
 
 

x2 x2 x2 x2 x2
− − −
2
y= e 4
. e .x − 4. e
4 4
.e 4
+e 4
.c, com c ∈ 

x2

2
Solução Geral y = x − 4 + ce 4
, com c ∈ 

Resolução 3.2: Solução Particular


2 y '+ xy = x 3

1º passo – Resolver a Equação Associada (também designado de Equação Incompleta)

2 y '+ xy = x 3

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 58/316

O termo sem “y” vai para o 2º membro (já está) e iguala-se o resto a zero:
dy 2
2 y '+ xy = 0 ⇔ ( 2 ) = − xy ⇔ ( 2 ) dy = ( − xy ) dx ⇔   dy = ( − x ) dx ⇔
dx  y

1  x 1  x x2
⇔   dy =  −  dx
y
   2
⇔ ∫  y  dy = ∫  − 2  dx ⇔ ln y = −
4
+ A, com A ∈  ⇔

x2 x2
− +A −
⇔ ln y = ln ( e ) 4 , com A ∈  ⇔ y=±
 e e A 4
, com A ∈  ⇔
K

x2

y = Ke 4
, com K ∈ 

x2

Nova notação para o “y” da associada: ya , assim sendo a resposta da Equação Associada é ya = Ke 4

2º passo – Resolver a Equação Particular, e esta só lá vou por tentativas!

Então vou seguir um procedimento gradual, que consiste em começar de um “y” ser igual a qualquer coisa, mas
de grau 0. Depois salto para um de grau 1, e assim por diante.

Agora esse qualquer o que será?

Grau 0: y = ax 0 ⇔ y=a
Grau 1: 1
y = ax + bx 0
⇔ y = ax + b
Grau 2: 2
y = ax + bx + c 1

Assim sendo, vou começar pela 1ª tentativa com y = a, com a ∈  .

Ora sei que se derivar y, fica ( y ) ' = ( a ) ' ⇔ y' = 0

Agora vou substituir o “y”, 2 y '+ xy = x3 → 2 ( 0 ) + ax = x3 ⇔ ax = x 3 , é uma proposição falsa (pf)


Ver explicação do porquê ser falsa na pagina 34.
2ª tentativa com y = ax + b, com a ∈  .

Ora sei que se derivar y, fica ( y ) ' = ( ax + b ) ' ⇔ y' = a

Agora vou substituir o “y”, 2 y '+ xy = x3 → 2 ( a ) + ( ax + b ) x = x 3 ⇔

2a + ax 2 + bx = x 3 , é uma proposição falsa (pf)

3ª tentativa com y = ax 2 + bx + c, com a ∈  :

Ora sei que se derivar y, fica ( y ) ' = ( ax 2 + bx + c ) ' ⇔ y ' = 2ax + b

Agora vou substituir o “y”, 2 y '+ xy = x 3 → 2 ( 2ax + b ) + ( ax 2 + bx + c ) x = x 3 ⇔

4ax + 2b + ax3 + bx 2 + cx = x 3

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 59/316

Apesar de ainda não ser a solução, esta equação permite-me fazer algo mais, que possa tornar a equação numa
preposição verdadeira!

Então vou continuar:

4ax1 = 0
 0
2bx = 0
a =1 ∧  2
bx = 0
cx1 = 0

Isto está ERRADO! Pois o que eu devo de fazer é agrupar pelo mesmo grau e tirar os “x”!

 4a + c = 0

Assim sendo, fica:  2b = 0
b = 0

Nota muito importante: como se separa por graus e se retira o “x”, não devo de confundir depois as mesmas
variaveis que ficam “despidas” do “x”.

Por exemplo, o “ 2bx 0 = 0 ” não fica junto com o “ bx 2 = 0 ”. Mas o “ 4ax1 = 0 ” e o “ cx1 = 0 ” já ficam juntos
pois são do mesmo grau.

 4a + c = 0  c = −4
 2b = 0 b = 0  c = −4
  
 ⇔  ⇔ b = 0
b = 0 b = 0 a = 1

 a = 1  a = 1

Assim sendo a minha solução particular é y = ax 2 + bx + c ⇔ y = (1) x 2 + ( 0 ) x − 4

y = x2 − 4

Nova notação para o “y” é da particular: y p e assim sendo a resposta é y p = x 2 − 4

x2

A resposta a pergunta 3.2 é y = ya + y p → y = Ke 4
+ x 2 − 4, com K ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 60/316

4 – Seja (x 3
− x ) y ' + (1 − 2 x 2 ) y + 1 = 0

Verifique que a equação admite uma solução polinomial de segundo grau e determine a Solução Geral.

Resolução 4:
(x 3
− x ) y ' + (1 − 2 x 2 ) y + 1 = 0 ⇔ (x 3
− x ) y ' + (1 − 2 x 2 ) y = −1

1º passo – Resolver a Equação Associada (também designado de Equação Incompleta)

O termo sem “y” vai para o 2º membro:


(x 3
− x ) y ' + (1 − 2 x 2 ) y = −1

dy
Iguala-se o 1º membro a zero → (x 3
− x ) y ' + (1 − 2 x 2 ) y = 0 ⇔ (x 3
− x)
dx
= y ( 2 x 2 − 1) ⇔

1  2 x2 − 1  1  2 x2 − 1 
⇔ (x 3
− x ) dy =  y ( 2 x 2 − 1)  dx ⇔   dy =  3  dx ⇔ ∫  y  dy = ∫  x 3  dx
 y  x −x  −x 

O 1º membro é facil de integrar, pois é imediato, quanto ao 2º membro, vou ter que utilizar o Método dos
Coeficientes Indeterminados (MCI):

2 x2 − 1 2 x2 − 1 2 x2 − 1 A B C A ( x − 1)( x + 1) + Bx ( x + 1) + Cx ( x − 1)
MCI: = = = + + = =
x − x x ( x − 1) x ( x − 1)( x + 1) x x − 1 x + 1
3 2
x ( x − 1)( x + 1)

A ( x 2 − 1) + B ( x 2 + x ) + C ( x 2 − x ) Ax 2 − A + Bx 2 + Bx + Cx 2 − Cx
= = =
x ( x − 1)( x + 1) x ( x − 1)( x + 1)

 1
C = 2
A + B + C = 0 1 + C + C = 0 
   1
B − C = 0 ⇔ B = C ⇔ B =
 − A = −1 A =1  2
  A = 1

 1 1   1   1 
1 1 2 2  1 1  2   2 
∫  y  dy = ∫  x + x − 1 + x + 1  dx ⇔ ∫  y  dy = ∫  x  dx + ∫  x − 1  dx + ∫  x + 1  dx ⇔
     
     

1 1 1  1  1  1 
∫  y  dy = ∫  x  dx + 2 ∫  x − 1  dx + 2 ∫  x + 1  dx

1 1 1 1
A
ln y = ln x + ln x − 1 + ln x + 1 + A, com A ∈  ⇔ ln y = ln x + ln x − 1 2 + ln x + 1 2 + ln ( e ) ⇔
2 2
1 1
⇔ y = x ( x − 1) 2 ( x + 1) 2 eA , com A ∈  ⇔ y = Cx x − 1 x + 1, com C ∈  ⇔
c

⇔ y 2 = x ( x + 2 ) + c, com c ∈  ⇔ y = x ( x + 2 ) + c , com c ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 61/316

Nova notação para o “y” da associada: ya

Assim sendo a resposta da Equação Associada é ya = x ( x + 2 ) + c , com c ∈ 

2º passo – Resolver a Equação Particular, e esta só lá vou por tentativas!

Então vou seguir um procedimento gradual, que consiste em começar de um “y” ser igual a qualquer coisa, mas
de grau 0. Depois salto para um de grau 1, e assim por diante.

Agora esse qualquer o que será?

Grau 0: y = ax 0 ⇔ y=a
Grau 1: 1
y = ax + bx 0
⇔ y = ax + b
Grau 2: 2 1
y = ax + bx + c

Assim sendo, vou começar pela 1ª tentativa com y = a, com a ∈  :

Ora sei que se derivar y, fica ( y ) ' = ( a ) ' ⇔ y' = 0

Agora vou substituir o “y”, ( x 3 − x ) y ' + (1 − 2 x 2 ) y = −1 → (x 3


− x ) ( 0 ) + (1 − 2 x 2 ) a = −1

a − 2ax 2 = −1 , é uma proposição falsa (pf)

2ª tentativa com y = ax + b, com a ∈  :

Ora sei que se derivar y, fica ( y ) ' = ( ax + b ) ' ⇔ y' = a


Agora vou substituir o “y”, ( x 3 − x ) y ' + (1 − 2 x 2 ) y = −1 → (x 3
− x ) ( a ) + (1 − 2 x 2 ) ( ax + b ) = −1

⇔ ax 3 −ax + ax + b − 2 x 2 ax − 2 x 2 b = −1 ⇔

ax3 + b − 2 x 2 ax − 2 x 2b = −1 , é uma proposição falsa (pf)

3ª tentativa com y = ax 2 + bx + c, com a ∈  :

Ora sei que se derivar y, fica ( y ) ' = ( ax 2 + bx + c ) ' ⇔ y ' = 2ax + b

Agora vou substituir o “y”, ( x 3 − x ) y ' + (1 − 2 x 2 ) y = −1 → (x 3


− x ) ( 2ax + b ) + (1 − 2 x 2 )( ax 2 + bx + c ) = −1

⇔ ( 2axx 3
− 2axx + bx 3 − bx ) + ( ax 2 + bx + c − 2 x 2 ax 2 − 2 x 2 bx − 2 x 2 c ) = −1 ⇔

⇔ 2ax 4 − ax 2 −bx +bx + c −2ax 4 − bx3 − 2cx 2 = −1 ⇔

− ax 2 + c − bx 3 − 2cx 2 = −1 , é uma proposição falsa (pf)

Apesar de ainda não nenhuma solução, esta equação permite-me fazer algo mais, que possa tornar a equação
numa preposição verdadeira!
Nota importante é acautelar-me de que o grau do “-1” é o mesmo do “c”.

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 62/316

Fica
 −b = 0  −b = 0 b = 0
  
 − a − 2c = 0 ⇔  − a − 2 ( −1) = 0 ⇔ a = 2
 c = −1  c = −1 c = −1
  

Assim sendo a minha Solução Particular é → y = ax 2 + bx + c ⇔ y = ( 2 ) x 2 + ( 0 ) x − 1 y = 2 x2 − 1

Nova notação para o “y” é da particular: y p

Assim sendo a resposta é y p = 2 x 2 − 1

A resposta a pergunta 4 é y = ya + y p → y = x ( x + 2 ) + c + 2 x 2 − 1, com c ∈ 

5 – Resolva a equação (x 2
+ 1) y '' − 2 y = 0

Usando a mudança de variavel independente ϕ = arctg ( x ) .

Resolução 5:

Nota: a variavel independente é o “x”, pois não depende de nada, o “y” é que é uma variavel dependente, pois
estará sempre dependente do valor de “x” e da função.

Regra geral, a variavel dependente é sempre o “y”.

Tenho que ter em atenção o metodo solicitado: “Usando a mudança de variavel…”

dy
Bem, sei que y ' = (esta é a 1ª derivada)
dx
dy dϕ
Neste tipo de exercicio, tenho que usar a regra da cadeia: y ' = .
dϕ dx
1 dϕ dy dϕ
Posso usar uma anologia que me ajuda a perceber: y ' = dy. . =
dx dϕ dϕ dx
Assim sendo:
dy d dy 1
y' =
dϕ dx
( arctg ( x ) ) = .
dϕ 1 + x 2

Como no meu exercico tenho a 2ª derivada do “y” ( y '' ) , vou agora derivar a 1ª derivada:

d 2 y  dy d  d  dy 1 
y '' = 2
= ( arctg ( x ) )  =  . 2 
dx  dx dx  dx  d ϕ 1 + x 

'
d 2 y  dy '   dy 1 
Nota, que poderia ter notado da seguinte maneira: y = 2 =  ( arctg ( x ) ) x  = 
''
. 2 
. Mas este modo
dx  dx   dϕ 1 + x  x
não se usa pois torna a parte que segue mais confusa.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 63/316

 dy   1 
d  d 2 
d  dy  1 dy d  1  d ϕ 1 dy 1+ x 
y '' =  . 2
+ .   ⇔ y '' =  . + . ⇔
dx  dϕ  1 + x dϕ dx  1 + x 2  dx 1 + x 2 dϕ dx

 dy 
d  
dϕ  1 dy  2x
⇔ y '' =  . + . −  ⇔
dx 1 + x 2 dϕ  (1 + x 2 ) 2 
 

Vou voltar a usar a regra da cadeia (vou fazer de modo infantil, mas facilita os raciocinio):

 dy 
  d   
 dy  dϕ 1
⇔ y '' = d  . . .
1
+  − 2x  dy ⇔ y '' =  dϕ  . d arctg ( x ) . 1 +  − 2 x  dy ⇔
   dϕ 1 + x 2  (1 + x 2 )2  dϕ
 (1 + x )
2 2 2
 d ϕ  d ϕ dx 1 + x dϕ dx
  

   
d2y 1 1  − 2x  dy d2 y 1  − 2x  dy
⇔ y '' = . . + ⇔ y '' = . +
d ϕ 1 + x 1 + x  (1 + x 2 ) 2
2 2 2
 dϕ d ϕ (1 + x )  (1 + x 2 ) 2
2 2 2
 dϕ
   

Agora que já sei o valor de y '' , vou então a equação dada e substituir: (x 2
+ 1) y '' − 2 y = 0

 2   
d y 1  − 2x  dy  − 2 y = 0
⇔ (x 2
+ 1)  2 . +
 dϕ 1 + x 2 2  1 + x 2 2  dϕ 

 ( )  ( )  

 2   dy 
d y . 1 2x
⇔ . ( x 2 + 1) +  − . ( x 2 + 1)   − 2y = 0 ⇔
 dϕ 2 (1 + x 2 ) 2  (1 + x 2 ) 2  dϕ 
   
d2y 1  2 x  dy
⇔ . +−  − 2y = 0 ⇔
dϕ (1 + x )  (1 + x 2 )  dϕ
2 2
 

Vou multiplicar TUDO por ( x 2 + 1)

 
d2y 1  − 2 x . x 2 + 1  dy − 2 y x 2 + 1 = 0
⇔ .
dϕ 2 (1 + x 2 )
. ( x 2
+ 1) +
 ( )  dϕ ( ) ⇔
 (1 + x 2 ) 
 

d2y dy d2y  dy 
⇔ + ( −2 x ) − 2 y ( x 2 + 1) = 0 ⇔ + ( −2 )  x + y ( x 2 + 1)  = 0 ⇔
dϕ 2 dϕ dϕ 2  d ϕ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 64/316

Ora como sei que ϕ = arctg ( x ) , logo posso afirmar que tg (ϕ ) = x , então tg 2 (ϕ ) = x 2

1
, e também sei que: sin 2 (ϕ ) + cos 2 (ϕ ) = 1 ⇔ tg 2 (ϕ ) + 1 = , então:
cos (ϕ )
2

1 1
⇔ tg 2 (ϕ ) + 1 = ⇔ x2 + 1 =
cos 2 (ϕ ) cos 2 (ϕ )

d2y  dy  1 
⇔ + ( −2 ) ( tg (ϕ ) ) + y   = 0 ⇔

 cos (ϕ )  
2 2
dϕ  dϕ

Quando chegar a esta fase, a da substituição, tenho que ter em atenção, que tenho sempre uma derivada de um
produto.

d2y d d2y d

dϕ 2
− 2.

( tg (ϕ ) . y ) = 0 ⇔ −
dϕ 2 dϕ
( 2.tg (ϕ ) . y ) = 0 ⇔

d dy d d  dy 
⇔ −
dϕ d ϕ d ϕ
( 2.tg (ϕ ) . y ) = 0 ⇔ 
dϕ  dϕ
− ( 2.tg (ϕ ) . y )  = 0 ⇔
 
=K

dy
Para que a derivada de − ( 2.tg (ϕ ) . y ) dê zero, tem que ser uma constante.

dy
− ( 2.tg (ϕ ) . y ) = K , com K ∈ 

Nota – poderia ter feito assim, que talvez seja menos confuso:

Calculando a 1ª derivada:

dy d dy 1 dy 1 dy 1
y' =
d ϕ dx
( arctg ( x ) ) = .
dϕ 1 + x 2
= . 2
=
d ϕ 1 + tg (ϕ ) d ϕ
.
1
=

cos 2 (ϕ )

Porquê?

1 1 1 1
Bem porque = = , logo posso afirmar que = cos 2 (ϕ ) .
1 + tg (ϕ ) cos (ϕ ) + sin (ϕ )
2 2 2
1 1 + x2
cos 2 (ϕ ) cos 2 (ϕ )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 65/316

dy 1 dy
y' = . = .cos 2 (ϕ )
dϕ 1 dϕ
cos 2 (ϕ )

Calculando a 2ª derivada (pagina 67):

d 2 y d  dy  d dϕ  dy  d  dy  dϕ d  dy  d ( arctg ( x ) )
y '' = 2
=  =  .cos2 (ϕ )  =  .cos 2 (ϕ )  =  .cos 2 (ϕ )  =
dx dx  dx  dϕ dx  dϕ  dϕ  dϕ  dx dϕ  dϕ  dx

  dy  
d   d  cos (ϕ )  
2

y '' =
d  dy  1
.cos 2 (ϕ )  . =   dϕ  .cos 2 (ϕ ) +  dy    . cos 2 (ϕ ) =
 2
 dϕ   
dϕ  dϕ  1+ x  dϕ  dϕ
 
 

d2y dy 
y '' =  2 .cos 2 (ϕ ) +
d ϕ d ϕ
( −2cos (ϕ ) sin (ϕ ) ) .cos2 (ϕ ) =
 

d2 y dy
y '' =
dϕ 2
.cos2 (ϕ ) .cos 2 (ϕ ) −

( 2 cos (ϕ ) sin (ϕ ) ) . cos2 (ϕ ) =

Agora que já sei o valor de y '' , vou então a equação dada e substituir: (x 2
+ 1) y '' − 2 y = 0

 1  d2y dy 
 
  2 .cos (ϕ ) . cos (ϕ ) −
2 2
( 2 cos (ϕ ) sin (ϕ ) ) . cos 2 (ϕ )  − 2 y = 0
 cos (ϕ )   d ϕ
2
dϕ 

d2y dy
.cos 2 (ϕ ) − ( 2cos (ϕ ) sin (ϕ ) ) − 2y = 0
dϕ 2 dϕ

1
Agora MULTIPLICAR tudo por
cos 2 (ϕ )

d2y 1  1  dy 1
.cos 2 (ϕ ) . 2 −  2cos (ϕ ) sin (ϕ ) .  − 2 y. =0
dϕ 2
cos (ϕ )  cos (ϕ )  dϕ
2
cos (ϕ )
2

d2 y dy 2y
− ( 2tg (ϕ ) ) − =0
dϕ 2
dϕ cos 2 (ϕ )

d2y  dy y 
− 2 ( tg (ϕ ) ) + =0
dϕ 2
 dϕ cos (ϕ ) 
2

d2y d d2y d

dϕ 2
− 2.

( tg (ϕ ) . y ) = 0 ⇔ −
dϕ 2 dϕ
( 2.tg (ϕ ) . y ) = 0 ⇔

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 66/316

d dy d d  dy 
⇔ −
dϕ d ϕ d ϕ
( 2.tg (ϕ ) . y ) = 0 ⇔ 
dϕ  dϕ
− ( 2.tg (ϕ ) . y )  = 0 ⇔
 
=K

dy
Para que a derivada de − ( 2.tg (ϕ ) . y ) dê zero, tem que ser uma constante.

dy
− ( 2.tg (ϕ ) . y ) = K , com K ∈ 

A partir daqui é igual…

Como se trata de uma Equações Lineares de 1ª Ordem, tenho 3 metodos para resolver está equação:

- Metodo do factor integrante


- Metodo da Variação da Constante (MVC)
- Procurando a solução particular

Como é que eu sei de que se trata de uma Equações Lineares de 1ª Ordem? Ver a pagina 58.

Definição: Chama-se Equação Diferencial Linear de 1ª ordem a uma equação do tipo

y '+ p ( x ) y = q ( x )

onde p e q são funções continuas no dominio em que se pretende integrar a equação.

O meu p ( x ) = −2tg (ϕ ) e q ( x) = K

Vou utilizar o metodo do factor integrante. Este resultado depois será para utilizar na MULTIPLICAÇÃO da
equação.
 sin (ϕ ) 
( p (ϕ ) ) d ϕ ( −2 tg (ϕ ) ) dϕ ∫
2 −
 cos (ϕ ) 

Assim, fica: I (ϕ ) = e ∫ ⇔ I (ϕ ) = e ∫ ⇔ I (ϕ ) = e  

I (ϕ ) = e (
2 ln cos (ϕ ) )
I (ϕ ) = e (
ln cos (ϕ ) )
⇔ ⇔ ⇔ I (ϕ ) = cos 2 (ϕ )

O meu factor integrante é cos2 (ϕ )

 dy 
Assim, e voltanto a minha equação, fica:  − ( 2.tg (ϕ ) . y ) = K , com K ∈   .cos (ϕ )
2

 dϕ 

dy
cos 2 (ϕ ) − ( 2.tg (ϕ ) . y ) .cos2 (ϕ ) = K .cos 2 (ϕ ) , com K ∈ 

Quando chegar a esta fase, a da multiplicação, tenho que ter em atenção, que tenho sempre uma derivada de um
produto (alias, essa foi a razão calculei o factor integrante).

d
 cos 2 (ϕ ) . y  = K .cos 2 (ϕ ) , com K ∈ 
dϕ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 67/316

O exercicio ainda não acabou! Pois começou com “x” e “y”, logo só acaba quando chegar a fase de já não ter
derivadas, nem (ϕ ) .
d
cos 2 (ϕ ) . y = ∫  K .cos2 (ϕ ) 

1 + cos ( 2ϕ )
Ora sei que cos 2 (ϕ ) = , fica:
2

  1 + cos ( 2ϕ )   d K d
cos 2 (ϕ ) . y = ∫  K .  cos 2 (ϕ ) . y = 1 + cos ( 2ϕ ) 
2 ∫
⇔  ⇔ ⇔
  2   dϕ dϕ

K 1  K ϕ 1 sin (ϕ ) .cos (ϕ ) c 
⇔ cos 2 (ϕ ) . y =  ϕ + .2.sin (ϕ ) .cos (ϕ ) + c  ⇔ y =  + .2. +  ⇔
2 2  2  cos (ϕ ) 2
2
cos (ϕ )
2 2 
cos (ϕ ) 

 ϕ c 
y = A + tg (ϕ ) + 
 cos 2 (ϕ ) cos (ϕ ) 
2

1 1
Agora vou substituir a variavel ϕ = arctg ( x ) , tg (ϕ ) = x , x 2 + 1 = ⇔ cos 2 (ϕ ) = 2
cos 2 (ϕ ) x +1

 
 arctg ( x ) c 
⇔ y = A + x+  ⇔
 1 1 

 1 + x2 1 + x2 
Pronto, já só tenho “x” e “y”, já está resolvido, vou só dar um pequeno arranjo:

⇔ (
y = A (1 + x 2 ) arctg ( x ) + x + (1 + x 2 ) c ) ⇔

y = A  arctg ( x ) (1 + x 2 ) + x  + c (1 + x 2 ) , com A,c∈ 

1
 1
6 – Considere a equação x2 y' − y = x2 − x + 1 e a primitiva F ( x ) = ∫  1 −  e x dx .
 x

6.1 – Use o Metodo da Variação da Constante (MVC) para calcular a Solução Geral da equação dada e exprima o
resultado em termos de F ( x ) (que não deve calcular).

6.2 – Determine outra vez a Solução Geral da equação, mas agora sabendo que esta equação admite uma Solução
Particular sob a forma de um polinómio de primeiro grau.

6.3 – Deduza das alineas anteriores a expressão de F ( x ) .

Resolução 6.1: 1º ler bem as perguntas. A 6.1, por exemplo, salienta que não é preciso calcular o F ( x ) ,
apenas se deve de representar na Solução Geral.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 68/316

1º passo – Resolver a Equação Associada (também designado de Equação Incompleta)

Resolve-se a equação, esquecendo-se do 2º membro, respeitando esta formula y' + p ( x ) y = q ( x ) .


 
1º Membro 2º Membro

x2 y' − y = 2
x −+1
x
=0

dy
x2 y' − y = 0 ⇔ x2
dx
=y ⇔ ( x ) dy = ( y ) dx
2

Como as variaveis estão separadas, vou dividir ambos os memebros de modo a resolver esta situação:

1  1  1  1  1
⇔   dy =  2
y
  x
 dx

⇔ ∫  y  dy = ∫  x 2 

dx ⇔ ln y = − + c
x

 − 1 +c  −
1

1
⇔ ln y = ln  e x  ⇔ y = ec .e x
⇔ y=±
 ec .e x

  =K
1

ya = K .e x

Fim do 1º passo.
2º passo – utilizando a equação do 1º passo, vou calcular a sua derivada, em ordem a “x” (aqui estou a utilizar
outro metodo, que é da varição da constante, por isso não vou obter a equação particular neste 2º passo).

'
 − 
1
y ' =  K .e x 
 

Cuidado, por distração, não se nota que é a derivada de um produto!


1
 −1  −
1
 1 −
1

1

1
y ' = K 'e x
+ K e x ' ⇔ y ' = K 'e x
+ K  −  'e x ⇔ y ' = K 'e x
+ Kx −2 e x

   x

Cuidado, pois como é pelo Metodo da Variação da Constante (MVC), o “K” é uma função de “x”.

Vou substituir na equação dada: x2 y' − y = x2 − x + 1

 −
1
− 
1

1
 −
1
− 
1

1
x 2  K ' e x + Kx −2 e x  − Ke x = x 2 − x + 1 ⇔  K ' x 2 e x + K x −2 x 2 e x  − Ke x = x 2 − x + 1 ⇔
   
1 1 1 1
− − − − x2 − x + 1
⇔ K ' x2e x
+ Ke x
− Ke x
= x2 − x + 1 ⇔ K ' x2 e x
= x2 − x + 1 ⇔ K ' = 1


x2 e x

1
' − ' x2 − x + 1 ' x2 x 1
⇔ ( K ) .e x
.x 2 = x 2 − x + 1 ⇔ (K ) =

1
⇔ (K ) =

1


1
+

1

2 2 2 2
x .e x
x .e x
x .e x
x .e x

1
'  1 1  1 '  1 1 
⇔ (K ) = 1 − + 2  . 1 ⇔ (K ) = 1 − + 2  .e x
 x x  −x  x x 
e

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 69/316

1
 1
No exercicio, é-me dito “…e a primitiva F ( x ) = ∫  1 −  e x dx ”, e não me pedem para resolver, fica:
 x

 1 1  1 
K = ∫  1 − + 2  .e x  dx
 x x  

Então fica:

 1  1   1 1  1 1 1
K = ∫ 1 −  .e x  dx + ∫  2 .e x  dx ⇔ K = F ( x ) + ∫  2 .e x  dx ⇔ K = F ( x ) − e x + A, com A,c∈ 
 x   x  x 

1

3º Passo – Solução Geral, é obtida substituindo o valor do “K” do 1º passo - ya = K .e x

 1
 −1
y =  F ( x ) − e x + A  .e x , com A ∈ 
 

Resolução 6.2: o 1º passo é igual ao 1º passo do exercício 6.1, pois o que pretendo é a equação associada.

1º passo – Resolver a Equação Associada (também designado de Equação Incompleta)


Resolve-se a equação, esquecendo-se do 2º membro, respeitando esta formula y ' + p ( x ) y = q ( x ) .
 
1º Membro 2º Membro
2 ' 2
x y −y=
x−+1
x
=0

dy
x2 y' − y = 0 ⇔ x2
dx
=y ⇔ ( x ) dy = ( y ) dx
2

Como as variaveis estão separadas, vou dividir ambos os memebros de modo a resolver esta situação:

1  1  1  1  1
⇔   dy =  2
 y x
 dx

⇔ ∫  y  dy = ∫  x 2 

dx ⇔ ln y = − + c
x

 − 1 +c  −
1

1

1
⇔ ln y = ln  e x  ⇔ y = ec .e x
⇔ y=±
 ec .e x
⇔ ya = K .e x

  =K

Fim do 1º passo.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 70/316

2º Passo – Sabe-se que existe um “a” e um “b”, tal que ( ∃ a, b ) y = ax + b que é solução da equação dada.

E assim sendo: y' = a

Substituindo na equação dada x2 y' − y = x2 − x + 1 , fica: x 2 a − ( ax + b ) = x 2 − x + 1

x 2 a − ax − b = x 2 − x + 1

Como é uma igualdade entre membros, posso afirmar o seguinte:

a = 1
 a = 1
x 2 a − ax − b = x 2 (1) − (1) x + ( −1)1 ⇔  −a = −1 ⇔ 
 −b = 1 b = −1

Assim já sei Equação Particluar: ( ∃ a, b ) y p = ax + b ⇔ yp = x −1

1

3º Passo – Solução Geral: y = ya + y p ⇔ y = K .e x
+ x −1

Resolução 6.3: Os Exercício 6.1 e 6.2 são duas maneiras diferentes de calcular a equação

x2 y' − y = x2 − x + 1

E é me pedido para calcular o F ( x ) , vou então igualar as expressões de ambas as Soluções Gerais:
 1
 − 1x −
1

 F ( x ) − e x
+ A  .e = K
.e x
 −1
+ x
   Solução Geral 6.2
Solução Geral 6.1

1

1 1

1

1

1
F ( x) ex A K
F ( x ) .e x
− e .e
x x
+ A.e x
= K .e x
+ x −1 ⇔ 1
− 1
+ 1
= 1
+ x −1 ⇔
e x
e x
e x
ex

F ( x) A K F ( x) K A K 1 1
A 1
⇔ 1
−1 + 1
= 1
+ x −1 ⇔ 1
= 1
+ x− 1
⇔ F ( x) = . e x + x.e x − .ex ⇔
1 1
ex ex ex ex ex ex e x
e x

1 1 1
⇔ F ( x ) = K + x.e x − A ⇔ F ( x ) = x.e x + 
K−A ⇔ F ( x ) = e x .x + c, com c ∈ 
=C

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 71/316

Equações de Bernoulli e de Riccati

(esta materia não tem muita importancia, só vou fazer uma para cada situação)

A Equação de Bernoulli tem a forma

y '+ p ( x ) y = q ( x ) y n

Com n ≠ 0 e n ≠ 1 .
Através da substituição da variavel z = y1− n a Equação de Bernoulli pode ser reduzida a uma Equação
Diferencial Linear de 1ª Ordem (e que depois já sei resolver).

Uma Equação Diferencial Linear de Primeira Ordem com a forma

y '+ a ( x ) y 2 + b ( x ) y + c ( x ) = 0

Onde a ( x ) , b ( x ) e c ( x ) são funções conhecidas, chamadas de Equações de Riccati

Observação: se y1 = u ( x ) é solução particular de uma Equação de Riccati então, através da mudança de variavel
1
y = u ( x) + , a Equação de Riccati reduz-se a uma Equação Diferencial Linear de Primeira Ordem.
z

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 72/316

Exercicios

1 a) - Resolva a seguinte equação diferencial:

xy '+ y = y 2 ln ( x )

Resolução - como a Equação de Bernoulli tem a forma y '+ p ( x ) y = q ( x ) y n , com n ≠ 0 e n ≠ 1

1º vou dividir tudo por “x”, de forma a ficar com y ' no 1º termo:

1 ln ( x ) 2
y '+ y= y
x x

Já tenho a Equação de Bernoulli, sendo o n = 2 .

Ora sei que através da substituição da variavel z = y1− n a Equação de Bernoulli pode ser reduzida a uma Equação
Diferencial Linear de Primeira Ordem:

1 1
z = y1− n → z = y1− 2 ⇔ z = y −1 ⇔ z= ⇔ y=
y z

1'.z − 1.z ' 0− z' z'


y' = ⇔ y' = ⇔ y' = −
z2 z2 z2

1 z' 1 ln ( x ) 2
Como já sei y = e y ' = − 2 , vou substituir os valores na equação y '+ y = y :
z z x x

 z '  1  1  ln ( x )  1 
2

− 2 +   =  
 z  xz x z

Como pretendo o z ' isolado, vou multiplicar TUDO por z 2 :

 z '  1  1  ln ( x )  1  2  1 ln ( x )
   .( − z )
2
 − 2  +   = ⇔ z '− z=−
 z  x  z  x  z   x x

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 73/316

1 ln ( x )
Já tenho a Equação Diferencial Linear de Primeira Ordem, em que p ( x ) = − e q ( x) = −
x x

Vou por isso utilizar o metodo do factor integrante – MFI (e este factor só tem um preposito, o de servir para
multiplicar a equação diferencial):
( p ( x ) ) dx
I ( x ) = e∫

Tenho que ter cuidado, pois é primitivar e não derivar!

 1
∫  − x  dx −1
I ( x) = e ⇔ I ( x ) = e− ln ( x ) ⇔ I ( x ) = eln ( x )

ln ( A)
Ora sei do 12º ano que e =A
1
⇔ I ( x ) = x −1 ⇔ I ( x) =
x

Agora que já sei qual é o factor de integração, vou multiplicar a minha equação por este factor:

 1 ln ( x )  1 1 1 1  1   ln ( x )  1 1 ln ( x )
 z '− z = − . ⇔   z '−   . z =    −  ⇔ z '− 2 z = − 2
x
 x  x x
  x
  x  x  x  x x x

... para multiplicar

Ora o objectivo de multiplicar pelo factor integrante era a de que os dois termos do 1º membro fossem a derivada
de TODO o 1º termo:

1 1 ln ( x ) 1  ln ( x ) 1  ln ( x ) 
⇔ z '− 2 z = − 2 ⇔  z' = − 2 ⇔ z = ∫  − 2  dx ⇔
x 
 x x x  x x  x 
1 
 z'
x 

1  1 
⇔ z = ∫  − 2 .ln ( x )  dx ⇔
x  x 
Ora chegando aqui, noto que não consigo fazer uma integração imediata, vou por isso utilizar um dos metodos de
integração não imediata, que será a de Método de integração por partes:

u ' v = u.v − ∫ u.v ' 


 Utilizar uma ou outra, a regra não é rigida
uv ' = u.v − ∫ u ' .v 

Assim sendo, vou fazer primeiro a caixa auxiliar: 1 1


u= u' = −
x x2

'
Formula: u v = u.v − u.v ∫
'
v = ln ( x ) v' =
1
x

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 74/316

1 1 1 1 1 1 1
⇔ z = .ln ( x ) − ∫  .  dx ⇔ z = .ln ( x ) + + c, com c ∈ R ⇔
x x  x x x x x

Como pretendo o “z” sozinho, vou multiplicar TUDO por “x”:

1 1 1 
 x z = x .ln ( x ) + x + c  .x ⇔ z = ln ( x ) + 1 + cx
 

1 1
Sei também o valor de “z”, que é z = ⇔ y= :
y z

1
y= , com c ∈ R
ln ( x ) + 1 + cx

1 b) - Resolva a seguinte equação diferencial:


y '− 2 ye x = 2 ye x

Resolução - como a Equação de Bernoulli tem a forma y '+ p ( x ) y = q ( x ) y n , com n ≠ 0 e n ≠ 1

Vou reescrever a equação para ela ser mais semelhante a formula das equações de Bernoulli

1
y '+ ( −2e x ) y = 2ex y 2
 q( x)
p( x)

Ora sei que através da substituição da variavel z = y1− n a Equação de Bernoulli pode ser reduzida a uma Equação
Diferencial Linear de Primeira Ordem:

1 1
1− 1 − 12
z = y1− n → z=y 2
⇔ z = y2 → z' = y y'
2

1
Como já sei y = z 2 e y ' = 2 y 2 z ' , vou substituir os valores na equação y '− 2 ye x = 2 ye x :

1 1
2 y 2 z '− 2 ( z 2 ) e x = 2 z 2 e x ⇔ 2 ( z 2 ) 2 z '− 2 ( z 2 ) e x = 2 z 2 e x ⇔

⇔ 2 zz '− 2 z 2 e x = 2 ze x ⇔ vou dividir TUDO por 2z

z '− e x z = e x

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 75/316

Já tenho a Equação Diferencial Linear de Primeira Ordem, em que p ( x ) = e x e q ( x ) = e x

1º passo, solução geral da equação incompleta z '− e x z = 0

1 1
 
⇔ z ' = ex z ⇔ dz = ( e x z ) dx ⇔   dz = ( e ) dx
x
⇔ ∫  z  dz = ∫ ( e ) dx
x

z
 

x x
⇔ ln z = ln ee + ln ec ⇔ z = Aee

2º passo, vou utilizar o metodo da variação da constante.


x
z = Ae e

z ' = ( A ) ' ee + A ee '


x

( ) x
⇔ z ' = A ' ee + A ( e x ) ' ee
x x

x
z ' = A ' e e + Ae x ee
x

Agora vou substituir na equação dada: z '− e x z = e x

( A'e ex x

) (
+ Ae x e e − e x Ae e
x

)=e x

x
A ' e e + Ae x ee − Ae x ee = e x
x x

x
A ' ee = e x ⇔

⇔ A ' = e x e−e
x
⇔ (
A = ∫ e x e − e dx
x

) ⇔ só me falta o sinal de menos para ser imediato!

x
A = −e − e + c

Assim, substituindo
z = Ae e
x
⇔ ( x
z = −e − e + c e e ) x

x x
z = −e − e e e + e e c
x

x
z = −1 + ee c

1 c) - Resolva a seguinte equação diferencial:


3 xy 2 y '− 2 y 3 = x 3

Resolução - como a Equação de Bernoulli tem a forma y '+ p ( x ) y = q ( x ) y n , com n ≠ 0 e n ≠ 1

Vou reescrever a equação para ela ser mais semelhante a formula das equações de Bernoulli

2 y3 x3 2 x 2 −2
y '− = ⇔ y '− y= y
3 xy 2 3 xy 2 3x 3

 2   x2 
y '−   y =   y −2
3x 
 3 
p( x) q( x)

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 76/316

Como n = −2 , e é preciso cuidado, pois a potencia é 1 − n ⇔ 1 − ( −2 ) fica

1−( −2 )
z = y1− n ⇔ z=y ⇔ z = y3

Ora sei que através da substituição da variavel z = y1− n a Equação de Bernoulli pode ser reduzida a uma Equação
Diferencial Linear de Primeira Ordem:
z' 2 x 2 −2
Como já sei z = y 3 e z ' = 3 y 2 y ' ⇔ y ' = 2 , vou substituir os valores na equação y '− y= y :
3y 3x 3

 z'  2 x 2 −2
 2 − y= y
 3 y  3x 3

Vou multiplicar tudo por y 2 , porque sei o valor de y 3 , que é “z”.

 z '  2 x 2 −2  2 z ' 2 3 x2 2
 2  − y = y y = − y = = z '− z = x2
 3 y  3x 3  3 3x 3 x

2
Já tenho a Equação Diferencial Linear de Primeira Ordem, em que p ( x ) = − e q ( x ) = x2
x

2
1º passo, solução geral da equação incompleta z '− z=0
x

2 1 2 1 2


⇔ z' =
x
z ⇔   dz =   dx
z
  x
⇔ ∫  z  dz = ∫  x  dx ⇔ ln x = 2ln x + k ⇔

⇔ ln x = ln x 2 + ln e k ⇔ z = Ax 2

2º passo, vou utilizar o metodo da variação da constante.

z = Ax 2

z ' = ( A) ' x2 + A ( x2 ) ' ⇔ z ' = A ' x 2 + 2 Ax

2
Agora vou substituir na equação dada: z '− z = x2
x

2 2 Ax 2
( A' x 2
+ 2 Ax ) −
x
( Ax2 ) = x2 ⇔ A ' x 2 + 2 Ax −
x
= x2 ⇔

⇔ A' = 1 ⇔ A= x+c

Assim, substituindo
z = Ax 2 ⇔ z = ( x + c ) x2 ⇔ z = x 3 + cx 2

y 3 = x3 + cx 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 77/316

x +1
2 – Integre a seguinte equação de Riccati x 4 y ' = 1 − x 4 y 2 , sendo dado a sua solução particular y1 =
x2

Resolução – vou dividir TUDO por x 4


1 1
y' = − y2 ⇔ y '+ y 2 − =0
x4 x4

1
Obtive a Equação de Riccati em que a ( n ) = 1 , b ( n ) = 0 , c ( n ) = −
x4

A observação diz-me que se y1 = u ( x ) é solução particular de uma Equação de Riccati então, através da mudança
1
de variavel y = u ( x ) + , a Equação de Riccati reduz-se a uma Equação Diferencial Linear de Primeira Ordem.
z

x +1
Para este exercicio, y1 = é solução particular da Equação de Riccati então, através da mudança de variavel
x2
x +1 1
y= + , a Equação de Riccati reduz-se a Equação Diferencial Linear de Primeira Ordem seguinte:
x2 z
x +1 1 x 1 1 1 1 1
y= 2 + ⇔ y= 2 + 2 + ⇔ y= + 2 +
x z x x z x x z

' ' ' '


1 1 1 1  1  1 1 2 z'
y'=  + 2 +  ⇔ y' =   + 2  +  ⇔ y' = − − −
x x z x x  z x 2 x3 z 2

Substituindo, fica:
2
2 1  1 2 z'   1 1 1  1
⇔ y '+ y − 4 = 0 ⇔  − 2 − 3 − 2  +  + 2 +  − 4 = 0 ⇔
x  x x z   x x z  x

 1 2 z '   1 1 1  1 1 1  1
⇔  − 2 − 3 − 2  +  + 2 +  + 2 +  − 4 = 0 ⇔
 x x z  x x z  x x z x

 1 2 z'   1 1 1 1 1 1   1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
⇔ − 2 − 3 − 2 + + 2
+ + 2 + 2 2 + 2 + + + − =0 ⇔
 x x z  x x x x x z x x x x x z   z x z x2 z z  x4

 1 2 z'   1 1 1   1 1 1   1 1 1  1
⇔ − 2 − 3 − 2 + 2 + 3 + + 3 + 4 + 2 + + 2 + 2 − 4 = 0 ⇔
 x x z  x x xz   x x x z   xz x z z  x

1 2 z' 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
⇔ − 2
− 3
− 2
+ 2 + 3 + + 3 + 4 + 2 + + 2 + 2 − 4 =0 ⇔
x x z x x xz x x x z xz x z z x

1 2 z' 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
⇔ − − − + 2 + + + 3 + 4 + 2 + + + − 4 =0 ⇔
x2 x3 z2 x x3 xz x x x z xz x 2 z z 2 x

z' 2 2 1
⇔ − + + + =0 ⇔
z 2 xz x 2 z z 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 78/316

Para ter o z ' isolado, vou multiplicar TUDO por − z 2 :

2 2
⇔ z' − z − 2 z −1 = 0 ⇔
x x

 2 2 
⇔ z' +  − − 2  z =1 ⇔
 x x 

2 2
Já tenho a Equação Diferencial Linear de 1ª Ordem, em que p ( x ) = − − 2 e q ( x ) = 1
x x

Vou por isso utilizar o metodo do factor integrante – MFI (e este factor só tem um preposito, o de servir para
multiplicar a equação diferencial):
( p ( x ) ) dx
I ( x ) = e∫

Tenho que ter cuidado, pois é primitivar e não derivar!

 2 2  2 2
∫  − x − x2  dx −2 ln ( x ) + −2
I ( x) = e ⇔ I ( x) = e x
⇔ I ( x ) = eln ( x ) e x

ln ( A)
Ora sei do 12º ano que e =A
2 2
1
⇔ I ( x ) = x −2 .e x ⇔ I ( x) = ex .
x2

Agora que já sei qual é o factor de integração, vou multiplicar a minha equação por este factor:

 '  2 2   2x 1  2x 1  '  2 1  2 2  2
1
 z +  − x − x 2  z = 1 .e . x 2 ⇔ e . 2
x
 z + ex . 2  − − 2  z = ex . 2
x x x x


         
... para multiplicar
2 2
2
ex ex  2 2  1
⇔ 2
z '+ 2 − − 2  z = e x
. 2
x x  x x  x

Ora o objectivo de multiplicar pelo factor integrante era a de que os dois termos do 1º membro fossem a derivada
de TODO o 1º termo:

'
2 2
 2x  2
ex ex  2 2  2
1 e
2
1 ex  2x 1 
⇔ 2
z '+ 2 
− − 2 
z = e x
. 2 ⇔  x2 z  = e x . 2 ⇔ z = ∫  e . x 2  dx ⇔
x
 x
 x x   x   x x2 
'  
 2 
 ex 
 2 z
 x 
 

2 2
ex 1  2 2x  ex 1 2x
2 ∫  x2 
⇔ z = −  − e  dx ⇔ z = − e +c ⇔
x2 x2 2

x2
Como pretendo o “z” sozinho, vou multiplicar TUDO por 2
:
e x

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 79/316

 2x 2  2 2
 e z = − 1 e x + c . x ⇔
1 −
z = − x 2 + c.e x .x 2
 x2 2  2 2
  e x

Calculo Auxiliar:

x +1 1 x +1 1 1 x 1 1 1 1
y= + ⇔ y− = ⇔ = y− 2 − 2 ⇔ = y− − 2
x2 z x2 z z x x z x x

2
1 − 1 1
Ora como sei que z = − x 2 + c.e x .x 2 ⇔ = 2
2 z 1 −
− x 2 + c.e x .x 2
2

Substituindo fica
 
 
 
1 1 1 1 1 1 1 1 1
= y− − 2 ⇔ = y− − ⇔ y = 1 + + .
z x x 1 −
2
x x2    x x
− x 2 + c.e .x 2
x
 − 1 + c  .x 
2   2 2
 
  ex  

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 80/316

Trajectorias Ortogonais

Uma equação da forma


f ( x, y ) = c

Onde “c” é uma constante, define uma familia de curvas. As trajectorias ortogonais são outra familia de curvas
que intersectam a primeira familia perpendicularmente: em cada ponto de uma das curvas da primeira familia
passa uma curva da segunda familia, formando um angulo de 90º.

Para encontrar a familia de trajectorias ortogonais às curvas f ( x, y ) = c , começamos por encontrar uma equação
diferencial cuja solução geral seja f ( x, y ) = c ; essa equação encontra-se derivando implicitamente a equação
anterior:

∂f
∂f ∂f ∂y ∂y
+ =0 ⇔ = − ∂x
∂x ∂y ∂x ∂x ∂f
∂y

∂y
A derivada representa em cada ponto o declive da curva que passa por esse ponto. O declive da curva
∂x
∂y ∂x
ortogonal será o simetrico do inverso de , isto é, − .
∂x ∂y

∂f
∂y
Assim, a solução geral da equação = − ∂x , representa a familia de trajectorias ortogonais.
∂x ∂f
∂y

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 81/316

Exercicios

2 – Determine as trajectorias ortogonais das seguintes familias de curvas:

2.1 y 2 + 2ax = 0, a > 0 2.2 y = kx

2.3 x 2 + y 2 = 2ay 2.4 cos ( y ) = ae − x

1 1 2
2.5 x2 − y 2 = a2 2.6 y = x−a
3 4

Resolução 2.1 –

(y + 2ax ) = ( 0 )
' '
1º passo y 2 + 2ax = 0 ⇔ 2

Derivada em ordem a “n”: 2 y 2 −1 y '+ 2a = 0 ⇔ 2 yy '+ 2a = 0 ⇔ yy '+ a = 0


  
:2

 1
2º passo – resolver a equação: yy '+ a = 0 ⇔ y− + a = 0 ⇔
 y'

y y dy
⇔ − +a =0 ⇔ =a ⇔ y = ay ' ⇔ y=a ⇔
y' y' dx

a a
⇔ ( y ) dx = ( a ) dy ⇔ (1) dx =   dy ⇔ ∫ (1) dx = ∫  y  dy ⇔
 y

1 x+c x c
⇔ ∫ (1) dx = a ∫  y  dy ⇔ x + c = a ln y ⇔ ln y =
a
⇔ ln y = +
a a

 x+c  x c
+
x c 0 x
⇔ ln y = ln  e a a  ⇔ y = ea a
⇔ y = e a .e a ⇔ y=±
 e a .e a ⇔
  K

x
y = K .e a , com c ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 82/316

Equações Lineares de 2ª Ordem

Definição: Chama-se Equação Diferencial Linear de 2ª ordem a uma equação do tipo

y ''+ p ( x ) y '+ q ( x ) y = r ( x )

onde p , q e r são funções continuas no dominio em que se pretende integrar a equação.

Exercicios

1 – Considere a equação diferencial y ''− 2 y '+ y = 0 . Sem nunca resolvê-la:

1.1 – Mostre que y1 = e x e y2 = 2 xe x são soluções linearmente independentes.


1.2 – Indique a solução geral da equação dada.

Resolução 1.1:

Teorema:

y y2 
Se  1  ≠ 0 , então as funções y1 e y2 são linearmente independentes (Wronskiano)
 y '1 y '2 

y1 = e x → y1 ' = e x

y2 ' = ( 2 x ) e x + 2 x ( e x )
' '
y2 = 2 xe x → ⇔ y2 ' = 2e x + 2 xe x ⇔ y2 ' = 2e x (1 + x )

y y2   e x 2 xe x 
W = 1  = 2e (1 + x ) − 2 xe = 2e (1 + x − x ) = 2e ( ≠ 0)
2x 2x 2x 2x
=
 y '1 y '2   e x 2e (1 + x ) 
x

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 83/316

Assim as funções y1 e y2 são linearmente independentes.

y1 = e x , é a solução da equação y ''− 2 y '+ y = 0 porque e x − 2e x + e x = 0 ⇔ 0 = 0 (p.v.)

( 2 xe ) − 2 ( 2 xe x ) + ( 2 xe x ) = 0
x x '
y2 = 2 xe x , é a solução da equação y ''− 2 y '+ y = 0 porque ⇔

( 2e (1 + x ) ) − 2 ( 2e (1 + x ) + 2e x ) = 0
'
x x x
⇔ 2e x (1 + x ) + 2e x − 4e x (1 + x ) + 2e x x = 0 ⇔

⇔ 2e x +2e x x +2e x −4e x −4e x x +2e x x = 0 ⇔

⇔ 2e x +2e x x +2e x −4e x −4e x x +2e x x = 0 ⇔

⇔ 0 = 0 (p.v.)

Assim as funções y1 e y2 são soluções da equação e são linearmente independentes.

Resolução 1.2:

Observação:

Se f ( x ) e g ( x ) são soluções linearmente independentes da equação y ''+ p ( x ) y '+ q ( x ) y = 0 , então

y = A. f ( x ) + B.g ( x ) é a sua solução geral , com A e B ∈ 

Resposta a pergunta 1.2 é y = A.e x + B.2 xe x , com A e B ∈ 

2 – Considere a seguinte equação x 2 y ''− 6 y = 0


1
2.1 – Mostre que y1 = x 3 e y2 = são soluções lineares independentes da equação.
x2
2.2 – Indique a sua solução geral.

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 84/316

Resolução 2.1 - 1º vou classifica-la:

É uma Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem, Incompleta e de Coeficientes Não Constantes.

Vou definir esta classificação:

Equação Diferencial, não há duvidas, pois o “y” está derivado.

“… Linear”, porque o “y” e só o “y” não está elevado a nenhuma potencia (de facto está, mas a potencia de 1).
Linear ou Grau 1.

“… de 2ª Ordem”, pois o “y” está derivado duas vezes.

“… Homogenea”, porque o 2º membro é zero. Nota que no 1º membro SÓ posso ter termos com “y”, seja de que
maneira for (ou vezes uma constante, uma variavel ou uma derivada).

“… de Coeficientes não Constantes”, porque antes de cada “y” tenho coeficientes, e fica-se pelo pior.

Ou seja no 1º termo tenho: x 2


No 2º termo tenho: −6
Ora o −6 é um coeficiente constante, mas o x 2 é um coeficiente variavel.

Nota 1:
Se uma Equação é Linear e Incompleta = Equação Associada.
Mas se ela for Homogenea n ão significa que seja Linear Incompleta.

Nota 2:
Cuidado com as funções trigonometricas, pois enganam na sua interpretação de linearidade. Pois apesar de não
estarem elevadas a nenhuma potencia, elas não são linares.
Exemplo: sin ( y ) − 3 y ' = 0 , não é linear.

Então vou verificar se realmente uma e outra são soluções da equação: y1 = x 3

Tenho o valor de “y”, mas preciso também da 2ª derivada de “y” (pois a minha equação é x 2 y ''− 6 y = 0 ).

Assim sendo
y1 = x 3 ( y1 ) ' = 3x 2 ( y1 ) '' = 6 x

Substituindo x 2 y ''− 6 y = 0 ⇔ x 2 ( 6 x ) − 6 ( x3 ) = 0 ⇔ 6 x3 − 6 x3 = 0 ⇔ 0 = 0 (proposição verdadeira)

Posso por isso afirmar que y1 é solução particular da equação dada.


Vou agora verificar a 2ª, assim sendo:

1 2 6
y2 = = x −2 ( y2 ) ' = −2 x −3 = − ( y2 ) '' = 6 x −4 =
x2 x3 x4

 6 
x 
( )
Substituindo x 2 y ''− 6 y = 0 ⇔ x 2  4  − 6 x −2 = 0 ⇔ 6 x −2 − 6 x −2 = 0 ⇔ 0 = 0 (p. v.)

Posso por isso afirmar que y2 é solução particular da equação dada.

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 85/316

Serão as duas soluções independentes? Vou utilizar o seguinte teorema para fazer a verificação:

Teorema:

y y2 
Se  1  ≠ 0 , então as funções y1 e y2 são linearmente independentes (Wronskiano)
 y '1 y '2 

 x3 x −2 
y y2     3 2
W = 1 2  =  x . − 3  − ( 3x .x ) = −2 − 3 = −5 ( ≠ 0)
2 −2
=
 y '1 y '2   3x 2 − 3  x 
 x 

Posso por isso concluir que y1 e y2 são Linearmente Independentes. Se obtivesse zero, nada poderia concluir.

Exemplo de duas soluções particulares em que estas não são linearmente independente: y1 = x 3 e y2 = 2 x 3 ,
pois na realidade é y = Cx 3

Resolução 2.2 – y = c1 __ + c2 __, com c1 e c2 ∈ 

y = c1 y1 + c2 y2 , com c1 e c2 ∈ 

1
y = c1 x 3 + c2 , com c1 e c2 ∈ 
x2

1
y = c1 x3 + c2 , com c1 e c2 ∈ 
x2

3 – A função y1 = x 2 é uma solução da equação x 2 y ''− 3 xy '+ 4 y = 0 . Encontre a solução geral da equação.

Resolução 3 – nota, regra geral, uma Equação Diferencial Linear de Segunda ordem não se consegue resolver.

Em teoria, para conseguir chegar a solução geral, preciso de das duas soluções paticulares. Mas de facto o que se
faz é procurar a solução geral, que depois obtenho a 2ª solução particular.

Seja y1 = x 2 , fica y = x 2 z
Agora as suas respectivas derivadas (cuidado que é um produto):

y = x2 z

( y ) ' = 2 xz + x 2 z '

( y ) '' = ( 2 xz ) '+ ( x 2 z ') ' = 2 2 xz


z + ' + 2 + x 2
xz ' z '' ⇔ ( y ) '' = 2 z + 4 xz '+ x 2 z ''
( 2 xz ) ' ( x z ') '
2

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 86/316

Agora substituindo na equação:

x 2 y ''− 3 xy '+ 4 y = 0 ⇔ x 2 ( 2 z + 4 xz '+ x 2 z '' ) − 3 x ( 2 xz + x 2 z ') + 4 ( x 2 z ) = 0

⇔ 2x 2 z +4 x3 z ' + x 4 z '' −6 x 2 z −3 x3 z ' +4 x 2 z = 0 ⇔ x 4 z ''+ x 3 z ' = 0 ⇔

Vou agora dividir TUDO por x 4 , de modo a isolar a variavel “z” com maior ordem de derivada, que neste caso é
2ª ordem.
⇔ ( x 4 z ''+ x3 z ' = 0 ) / x 4 ⇔ z ''+ 1x z ' = 0 ⇔
Vou agora batizar o z ' = w → z '' = w '

1 1 dw 1 1  1
⇔ w '+ w = 0 ⇔ w' = − w ⇔ =− w ⇔   dw =  −  dx ⇔
x x dx x  w  x

1  1 −1
⇔ ∫  w  dw = ∫  − x  dx ⇔ ln w = − ln x + c ⇔ ln w = ln x + ln ec


K

1 K K A
⇔ ln w = ln + ln K ⇔ ln w = ln ⇔ w= ⇔ w= , com A ∈ 
x x x x

A
Como z ' = w → z' = ⇔ z = A∫ ( x ) dx ⇔ z = A.ln x + B
x

Como y = x 2 z ⇔ y = x 2 ( A.ln x + B ) ⇔ y = A.x 2 .ln x + B.x 2

Como interpretar este resultado?

Sei que uma solução particular é y1 = x 2 , se olhar para a solução geral, é o 2º termo. Então a 2ª solução particular
está no 1º termo y2 = x 2 .ln x .

As constantes “A” e “B” são as linearmente Dependentes.

Ou seja, eu sei que a equação x 2 y ''− 3 xy '+ 4 y = 0 tem uma infinidade de soluções, mas as duas linearmente
independentes são y1 = x 2 e y2 = x 2 .ln x .

4 – Sabendo que y1 = x é uma solução da equação x 2 y ''− x ( x + 2 ) y '+ ( x + 2 ) y = 0 . Determine a solução


geral da equação.

Resolução 4 – nota, regra geral, uma Equação Diferencial Linear de Segunda ordem não se consegue resolver.

Apesar de não me ser pedido, vou treinar a sua classificação:

É uma Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem Homogenea de Coeficientes não Constantes.

Em teoria, para conseguir chegar a solução geral, preciso de das duas soluções paticulares. Mas de facto o que se
faz é procurar a solução geral, que depois obtenho a 2ª solução particular.

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 87/316

Seja y1 = x , fica y = xz

Agora as suas respectivas derivadas (cuidado que é um produto):

y = xz

( y ) ' = z + xz '

( y ) '' = z '+ z '+ x ( z ') ' = 2 z '+ xz ''


Agora substituindo na equação:

x 2 y ''− x ( x + 2 ) y '+ ( x + 2 ) y = 0 ⇔ x 2 ( 2 z '+ xz '') − x ( x + 2 )( z + xz ') + ( x + 2 )( xz ) = 0


⇔ 2 x 2 z '+ x 3 z ''− ( x 2 + 2 x ) ( z + xz ') + x 2 z + 2 xz = 0 ⇔
⇔ 2 x 2 z '+ x 3 z ''− ( x 2 z + x3 z '+ 2 xz + 2 x 2 z ') + x 2 z + 2 xz = 0 ⇔

⇔ 2 x 2 z ' + x 3 z '' − x 2 z − x3 z ' −2xz −2 x 2 z ' + x 2 z +2 xz = 0 ⇔


⇔ 2 x 2 z ' + x3 z '' − x 2 z − x 3 z ' −2 xz −2 x 2 z ' + x 2 z +2xz = 0 ⇔
⇔ x 3 z ''− x3 z ' = 0 ⇔  x 3 ( z ''− z ') = 0 : x3 ⇔ z ''− z ' = 0 ⇔

3
Dividir TUDO por x

Vou criar mais uma variavel: w = z ' → w ' = z ''

dw 1 1
w '− w = 0 ⇔ =w ⇔   dw = (1) dx ⇔ ∫  w  dw = ∫ (1) dx ⇔
dx  w

⇔ ln w = x + c ⇔ ln w = ln ( e x + c ) ⇔ w = ec e x ⇔ w=±
 ec e x ⇔
K

w = K .e x
Como sei que w = z ' → w ' = z '' , então fica w = K .e x → z ' = K .e x

⇔ z = ∫ ( K .e x ) dx ⇔ z = ∫ ( K .e x ) dx ⇔ z = K .e x + A

Como y = xz , fica y = x ( K .e x + A ) ⇔ y = K .e x x + Ax, com A e K ∈ 

Nota a saber
y= K .e x x
 + Ax , com A e K ∈ 
Uma Solução Particular A outra Solução Particular

Além das Soluções Gerais, existe sempre duas Particulares

Neste exercicio, foi me dado o que está no segundo membro!


- o “A” é apenas um multiplo da Solução Particular.

5 – Resolva as seguintes Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem Incompletas de Coeficientes Constantes:

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 88/316

5.1 y ''− 4 y ' = 0 5.2 y ''− 5 y '+ 6 y = 0 5.3 y ''+ 6 y '+ 9 y = 0

5.4 y ''− 10 y '+ 25 y = 0 5.5 y ''+ 4 y = 0 5.6 y ''+ 4 y '+ 13 y = 0

Nota: como todos com COEFICIENTES CONSTANTES, utilizo sempre a Equação Característica.

Resolução 5.1 - y ''− 4 y ' = 0

– 1º passo, resolver a equação característica (os coeficientes são um e -4):

r 2 − 4r 1 = 0 ⇔ r 2 − 4r = 0 ⇔ r ( r − 4) = 0 ⇔

r=0 ∨ r=4

– 2º passo, Solução Geral (o método é SEMPRE este, as raízes vão para a potencia):

y = C1e ? x + C2 e ? x ⇔ y = C1e 0 x + C2 e 4 x ⇔ y = C1e0 + C2 e 4 x ⇔

y = C1 + C 2 e 4 x , com C1 e C2 ∈ 

Resolução 5.2 - y ''− 5 y '+ 6 y = 0

– 1º passo, resolver a equação característica (os coeficientes são um, -5 e 6):


−b ± b 2 − 4ac
r 2 − 5r 1 + 6r 0 = 0 ⇔ r 2 − 5r + 6 = 0 ⇔ ⇔
2a

r=2 ∨ r =3

– 2º passo, Solução Geral (o método é SEMPRE este, as raízes vão para a potencia):

y = C1e ? x + C2 e ? x ⇔ y = C1e 2 x + C2 e 3 x ⇔

y = C1e 2 x + C2 e3 x , com C1 e C2 ∈ 

Resolução 5.3 - y ''+ 6 y '+ 9 y = 0 y ''− 4 y ' = 0

– 1º passo, resolver a equação característica (os coeficientes são um, 6 e 9):

r 2 + 6r1 + 9r 0 = 0 ⇔ r 2 + 6r + 9 = 0 ⇔

r = −3 ∨ r = −3
Raízes duplas! O 2º passo é preciso ter cuidado.

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 89/316

– 2º passo, Solução Geral (o método é SEMPRE este, as raízes vão para a potencia, mas como são duplas,
acrescento um “x” ao 2º termo):
y = C1e ? x + C2 e ? x ⇔ y = C1e −3 x + C2 xe −3 x ⇔

y = C1e −3 x + C2 xe −3 x , com C1 e C2 ∈ 

Resolução 5.4 - y ''− 10 y '+ 25 y = 0

– 1º passo, resolver a equação característica (os coeficientes são um, -10 e 25):

−b ± b 2 − 4ac
r 2 − 10r1 + 25r 0 = 0 ⇔ r 2 − 10r + 25 = 0 ⇔ ⇔
2a

r =5 ∨ r =5

Raízes duplas! O 2º passo é preciso ter cuidado.

– 2º passo, Solução Geral (o método é SEMPRE este, as raízes vão para a potencia, mas como são duplas,
acrescento um “x” ao 2º termo):

y = C1e ? x + C2 xe ? x ⇔ y = C1e5 x + C2 xe5 x ⇔

y = C1e5 x + C2 xe5 x , com C1 e C2 ∈ 

Nota 1, se fosse uma equação de grau maior e obtivesse mais do que duas raízes duplas, faria SEMPRE deste
modo:
r =6 ∨ r=6 ∨ r =6 ∨ r=6 ∨ r =6 ∨ r =6

y = C1e 6 x + C2 xe 6 x + C3 x 2 e 6 x + C4 x 3 e 6 x + C5 x 4 e 6 x + C6 x 5 e 6 x , com C1 , C2 , C3 , C4 , C5 e C6 ∈ 

Nota 2, se fosse uma equação de grau maior e obtivesse mais do que duas raízes duplas mas de dois grupos, faria
SEMPRE deste modo:

r =7 ∨ r =7 ∨ r=7 ∨ r=7 ∨ r=2 ∨ r=2

y = C1e 7 x + C2 xe 7 x + C3 x 2 e 7 x + C4 x 3 e 7 x + C5 e 7 x + C6 xe 7 x , com C1 , C2 , C3 , C4 , C5 e C6 ∈ 

Resolução 5.5 - y ''+ 4 y = 0

– 1º passo, resolver a equação característica (os coeficientes são um e 4):

−b ± b 2 − 4ac
r 2 + 4r 0 = 0 ⇔ r2 + 4 = 0 ⇔ ⇔
2a

r = ± −4 ⇔ r = ±2i
Números Complexos

– 2º passo, Solução Geral (o método é SEMPRE este, usar as funções trigonométricas):

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 90/316

y = C1 cos ( 2 x ) + C2 sin ( 2 x ) , com C1 e C2 ∈ 

Nota explicativa:
r = 2i ∨ r = −2i
y = C1e ?x
+ C2 e ?x
⇔ y = C1e 2i x + C2 e −2i x ⇔

y = C1e 2ix + C2 e −2ix , com C1 e C2 ∈ 

Mas a formula é:
 z  z
y = C1e (
i 2 x)
+ C2 e (
i −2 x )
eiz = cos ( z ) + i sin ( z ) , com C1 e C2 ∈  ⇔ , com C1 e C2 ∈ 

y = C1 cos ( 2 x ) + i sin ( 2 x ) + C2 cos ( −2 x ) + i sin ( −2 x ) , com C1 e C2 ∈ 

y = C1 cos ( 2 x ) + iC1 sin ( 2 x ) + C2 cos ( 2 x ) − iC2 sin ( 2 x ) , com C1 e C2 ∈ 

y = ( C1 + C2 ) cos ( 2 x )  + ( iC1 − iC2 ) sin ( 2 x )  , com C1 e C2 ∈ 

y = A cos ( 2 x ) + B sin ( 2 x ) , com C1 e C2 ∈ 

Resolução 5.6 - y ''+ 4 y '+ 13 y = 0

– 1º passo, resolver a equação característica (os coeficientes são um, 4 e 13):

−b ± b 2 − 4ac
r 2 + 4r1 + 13r 0 = 0 ⇔ r 2 + 4r + 13 ⇔ ⇔
2a

r = −2 ± 3i

Situação nova. Vou ter que desdobrar o ±3i

– 2º passo, Solução Geral:


( ( )
y = e −2 x A cos ? + B sin ? ( )) ⇔ ( ( )
y = e −2 x A cos 3 x + B sin 3x ( )) ⇔

( ( )
y = e −2 x A cos 3 x + B sin 3 x ( )) , com A e B ∈

Nota 1, se houvesse varias raízes complexas, faria SEMPRE deste modo:

r = −2 ± 3i ∨ r = 5±i ∨ r = −4
y=e −2 x
(
 
( ) 
( )) ( ( )
Ee −4 x , com A, B, C , D e E ∈  `
A cos 3 x + B sin 3x + e C cos x + D sin x + 
 r =−4
5x
( ))
r =−2 ± 3i r =5±i

Resolução 5.7 - y ''+ 2 y '+ y = −2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 91/316

– 1º passo, resolver a equação característica (pois também o coeficiente é constante):

r = −1 (nota é raiz DUPLA)

y = Ae − x + Bxe − x

– 2º passo, Solução Particular. Vou lá por inspecção. Como a incompleta, os coeficentes são constantes, tenho
que olhar para o 2º membro. Aí vejo de que se trata de um polinómio de grau zero. E como não obtive raiz zero,
não é preciso multiplicar por “x”.

Assim um polinómio de grau zero, tem este aspecto: y = a → y' = 0 → y '' = 0

Substituindo y ''+ 2 y '+ y = −2 , fica ( 0 ) + 2 ( 0 ) + ( a ) = −2 ⇔ a = −2

3º passo y = Ae − x + Bxe − x + a ⇔ y = Ae− x + Bxe − x − 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 92/316

Tabela que me irá ajudar a fazer boas opções na tentativa da resolução da Solução Particular
.
Formas de Solução Particulares

Formas de Solução
Caso Segundo Membro Raízes da Equação Característica Particular

1. O número zero não é raiz da Equação


Característica. Pm ( x )

1 Pm ( x )
2. O número zero não é raiz da Equação
Característica com multiplicidade “s”. x s Pm ( x )

1. O número α não é raiz da Equação


Característica. Pm ( x ) eα x

2 Pm ( x ) eα x
2. O número α é raiz da Equação
Característica com multiplicidade “s”. x s Pm ( x ) eα x

Pk ( x ) cos ( β x ) +
1. Os números ±i β não são raízes da
+Q ( x ) sin ( β x )
k
Equação Característica.
Nota : k = max ( n, m )

3 Pn ( x ) cos ( β x ) +
+Qm ( x ) sin ( β x )
(
x s Pk ( x ) cos ( β x ) +
Os números ±i β são raízes da Equação
2.
Característica com multiplicidade “s”.
+Q k ( x ) sin ( β x ) )
Nota : k = max ( n, m )

( P ( x ) cos ( β x ) +
k

Os números α ± i β não são raízes da


+Q ( x ) sin ( β x ) ) e
1. αx
k
Equação Característica.
Nota : k = max ( n, m )
e  Pn ( x ) cos ( β x ) +
αx
4
+Qm ( x ) sin ( β x ) 
(
x s Pk ( x ) cos ( β x ) +
Os números α ± i β são raízes da Equação
2.
Característica com multiplicidade “s”.
+Q k ( x ) sin ( β x ) eα x )
Nota : k = max ( n, m )

Os primeiros três tipos de segundos membros são casos particulares do tipo IV.

Nota: Pm ( x ) → Lê-se “é um Polinómio de Grau “m”. Exemplo 5 x1 − 3 = Pm ( x ) = P1 ( x )

Assim y = P1 ( x ) = ax1 + b ( x 0 ) = ax + b ( Nota : x ( ax + b ))


s

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 93/316

6 – Resolva as seguintes Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem Completas de Coeficientes Constantes:

Nota: como todos com COEFICIENTES CONSTANTES, utilizo sempre a Equação Característica.

Os exercícios seguintes são com equações Completas, logo preciso de fazer mais um passo que é calcular a
solução particular. Essa solução tanto pode ser feita por inspecção ou pela utilização de uma mudança de
variável.

De modo a evitar confusões com as homogéneas, vou designar por Equações Incompletas as equações que tem o
2º membro igual a zero, apesar de haver livros que falem em Equações Homogéneas.

6.1 y ''− 5 y '+ 4 y = 3 x 2

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes.(os coeficientes são um, -5 e 4):

y ''− 5 y '+ 4 y = 0

−b ± b 2 − 4ac
r 2 − 5r 1 + 4 r 0 = 0 ⇔ r 2 − 5r + 4 = 0 ⇔ ⇔ r =1 ∨ r=4
2a

yLHA = Ae 1 x + Be 4 x ⇔ yLHA = Ae x + Be 4 x , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação dada (recorrendo a tabela dada no inicio do exercício):

Sei que 3x 2 , é um polinomio de grau 2, por isso fica:

y = ax 2 + bx + c → y ' = 2ax + b → y '' = 2a

Agora substituindo na fórmula y ''− 5 y '+ 4 y = 3 x 2 , fica: 2a − 5 ( 2ax + b ) + 4 ( ax 2 + bx + c ) = 3 x 2 ⇔

⇔ 2a − 10ax − 5b + 4ax 2 + 4bx + 4c = 3 x 2 ( +0 x1 + 0 x 0 )

Acrescentei ( +0 x1 + 0 x 0 ) , pois apesar de não estar na equação, de facto existe! E vai-me ajudar no passo
seguinte.

Vou resolver o sistema, e se este tiver uma solução possivel, então posso resolver a Solução Geral.

 3  3
a = a =
 x2 → 4a = 3  4  4
 1  3  15
x → − 10a + 4b = 0 ⇔  −10   + 4b = 0 ⇔ b = ⇔
 0  4  8
x → 2a − 5b + 4c = 0  3   3   15 
 2   − 5b + 4c = 0  2   − 5   + 4c = 0
 4  4  8 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 94/316

 3
a = 4

 15 3 2 15 63
b = → yP = x + x+
 8 4 8 32
 63
c = 32

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

3 2 15 63
y = Ae x + Be 4 x + x + x + , com A e B ∈ 
4 8 32

6.2 y ''+ y '− 6 y = −3x + 4

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes.(os coeficientes são um e -6):

y ''+ y '− 6 y = 0
−b ± b 2 − 4ac
r 2 + r1 − 6r 0 = 0 ⇔ r2 + r − 6 = 0 ⇔ ⇔
2a
r = −3 ∨ r=2
−3 x 2x
yLHA = Ae + Be ⇔ yLHA = Ae −3 x + Be 2 x , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação dada (é um polinomio de grau 1), por isso fica:

y = ax + b → y'= a → y '' = 0

Agora substituindo na formula y ''+ y '− 6 y = −3x + 4 , fica: 0 + a − 6 ( ax + b ) = −3x + 4 ⇔

⇔ a − 6ax − 6b = −3 x + 4 ( x 0 )

Acrescentei ( x 0 ) , pois apesar de não estar na equação, de facto existe! E vai-me ajudar no passo seguinte.

Vou resolver o sistema, e se este tiver uma solução possivel, então posso resolver a Solução Geral.

 1
a=
 x1 → − 6a = −3  2 1 2
 0 ⇔  → yP = x−
 x → − 6b = 4 b = − 2 2 3
 3

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

1 2
y = Ae −3 x + Be 2 x + x − , com A e B ∈ 
2 3

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 95/316

6.3 2 y ''− 6 y ' = 5 x − 3

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes.(os coeficientes são dois e -6):

2 y ''− 6 y ' = 0

2r 2 − 6r1 = 0 ⇔ 2r 2 − 6r = 0 ⇔ r ( 2r − 6 ) = 0 ⇔ r=0 ∨ r =3

yLHA = Ae 0 x + Be 3 x ⇔ yLHA = A + Be3 x , com A e B ∈ 

Situação nova r = 0 , que olhando para a tabela é o caso 1, 2ª opção e com um zero (multiplicidade de 1, s = 1).

No entanto, vou resolver como se não tivesse a tabela, para se perceber, que numa situação de não nos
recordarmos da tabela, consegue-se resolver na mesma, mas será só através de tentativas, e as vezes o tempo é
escasso para resolver os exames.

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação dada (é um polinomio de grau 1), por isso fica:

1ª Tentativa:
y = ax + b → y'= a → y '' = 0

Agora substituindo na fórmula 2 y ''− 6 y ' = 5 x − 3 , fica:

2.0 − 6a = 5 x − 3

− 6a = 5 x − 3 ( x 0 )

Acrescentei ( x 0 ) , pois apesar de não estar na equação, de facto existe! E vai-me ajudar no passo seguinte.

Vou resolver o sistema, e se este tiver uma solução possivel, então posso resolver a Solução Geral.

 x1 → − 6a = −3
 0 ⇔ 5=0 → É IMPOSSIVEL!
 x → 5=0

2ª Tentativa vou multiplicar o polinómio de 1º grau por “x”:

y = x ( ax + b ) → y = ax 2 + bx → y ' = 2ax + b → y '' = 2a

Agora substituindo na formula 2 y ''− 6 y ' = 5 x − 3 , fica: 2. ( 2a ) − 6 ( 2ax + b ) = 5 x − 3 ⇔

⇔ 4a − 12ax − 6b = 5 x − 3 ( x 0 )

Acrescentei ( x 0 ) , pois apesar de não estar na equação, de facto existe! E vai-me ajudar no passo seguinte.
Vou resolver o sistema, e se este tiver uma solução possivel, então posso resolver a Solução Geral.

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 96/316

 5
 x1 → 4a − 6b = −3 a = − 12 5 2 2
 0 ⇔  → yP = − x + x
 x → − 12a = 5 b = 2 12 9
 9

Se tivesse ido logo pela tabela dada (opção 1.2, com s = 1), saltaria de imediato para a 2ª tentativa → x s Pm ( x )

A 2ª tentativa resultou, posso por isso passar para o passo seguinte.

5 2 2
3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA : y = A + Be3 x − x + x, com A e B ∈ 
12 9

6.4 y ''− 9 y = 5e 2 x

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes.(os coeficientes são um e -9):

y ''− 9 y = 0

r 2 − 9r 0 = 0 ⇔ r2 − 9 = 0 ⇔ r =3 ∨ r = −3

yLHA = Ae −3 x + Be −3 x ⇔ yLHA = Ae3 x + Be−3 x , com A e B ∈ 

Cuidado, pois 3 ≠ −3 (obviamente), mas as vezes são estes pequenos erros que me leva a “ruina”, assim sendo
não posso fazer:

y LHA = Ae3 x + Bxe −3 x , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação dada (é um polinomio de grau zero: 5e2 x x 0 ), por isso fica:

y = ae 2 x → y ' = 2ae 2 x → y '' = 4ae 2 x


Agora substituindo na fórmula y ''− 9 y = 5e 2 x , fica:

4ae 2 x − 9ae 2 x = 5e 2 x ⇔ ( 4ae 2x


− 9ae2 x = 5e2 x ) / e 2 x ⇔ 4a − 9a = 5 ⇔ − 5a = 5 ⇔

a = −1 → yP = ae 2 x ⇔ yP = −e 2 x

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA : y = Ae −3 x + Be3 x − e 2 x , com A e B ∈ 

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 97/316

6.5 y ''+ 5 y '+ 6 y = ( 5 x − 3) e −2 x

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes.(os coeficientes são um, 5 e 6):

y ''+ 5 y '+ 6 y = 0

r 2 + 5r 1 + 6 r 0 = 0 ⇔ r 2 + 5r + 6 = 0 ⇔ r = −2 ∨ r = −3

yLHA = Ae −2 x + Be −3 x ⇔ yLHA = Ae −2 x + Be −3 x , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação (da tabela dada é o caso 2.2 - x s Pm ( x ) eα x ), por isso fica:

y = x ( ax + b ) e −2 x ⇔ y = ( ax 2 + bx ) e −2 x

y ' = ( 2ax + b ) e −2 x − 2 ( ax 2 + bx ) e −2 x ⇔ y ' = ( 2ax + b − 2ax 2 − 2bx ) e −2 x

y '' = ( 2a − 4ax − 2b ) e −2 x − 2 ( 2ax + b − 2ax 2 − 2bx ) e−2 x ⇔

(
y '' = 2a −4ax −2b −4ax −2b + 4ax 2 + 4bx e−2 x ) ⇔ y '' = ( 2a − 8ax − 4b + 4ax 2 + 4bx ) e−2 x

Agora substituindo na fórmula y ''+ 5 y '+ 6 y = ( 5 x − 3) e −2 x , fica:

( 2a − 8ax − 4b + 4ax 2
( ) ( )
+ 4bx ) e −2 x + 5 ( 2ax + b − 2ax 2 − 2bx ) e −2 x + 6 ( ax 2 + bx ) e−2 x = ( 5 x − 3) e−2 x

( ) ( )
( 2a − 8ax − 4b + 4ax 2 + 4bx ) e −2 x + 5 ( 2ax + b − 2ax 2 − 2bx ) e −2 x + 6 ( ax 2 + bx ) e −2 x = ( 5 x − 3) e −2 x  / e 2 x
 

( 2a − 8ax − 4b + 4ax 2
+ 4bx ) + 5 ( 2ax + b − 2ax 2 − 2bx ) + 6 ( ax 2 + bx ) = 5 x − 3

2a − 8ax − 4b + 4ax 2 + 4bx + 10ax + 5b − 10ax 2 − 10bx + 6ax 2 + 6bx = 5 x − 3

2a + 2ax + b = 5 x − 3

b = − 8
 x
1
→ 2 a + b = −3  5 
 0 ⇔  5 → y P =  x 2 − 8 x  e −2 x
 x → 2a = 5 a = 2 2 

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

5 
y = Ae −2 x + Be −3 x +  x 2 − 8 x  e −2 x , com A e B ∈ 
 2 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 98/316

6.6 y ''− 2 y '− 15 y = cos ( 3 x )

 
y ''− 2 y '− 15 y = (1.) cos ( 3 x )  + 0.
 P( x ) ( ) 
Nota: de facto o que eu tenho é sin 3 x  ⇔

P0 ( x )  0 

y ''− 2 y '− 15 y = .1cos ( 3x ) + 0.sin ( 3x )

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes.(os coeficientes são um, -2 e -15):

y ''− 2 y '− 15 y = 0

r 2 − 2r1 − 15r 0 = 0 ⇔ r 2 − 2r − 15 = 0 ⇔ r = −3 ∨ r =5

⇔ yLHA = Ae −3 x + Be 5 x ⇔ yLHA = Ae −3 x + Be5 x , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação.

- da tabela dada é o caso 3.1 - Pk ( x ) cos ( β x ) + Q k ( x ) sin ( β x ) ), por isso fica:

y = a cos ( 3x ) + b sin ( 3x ) ∧ y ' = −3a sin ( 3x ) + 3b cos ( 3x ) ∧ y '' = −9a cos ( 3 x ) − 9b sin ( 3x )

Agora substituindo na formula y ''− 2 y '− 15 y = cos ( 3 x ) + sin ( 3x ) , fica:


 
=0

( −9a cos ( 3x ) − 9b sin ( 3x ) ) − 2 ( −3a sin ( 3x ) + 3b cos ( 3x ) ) − 15 ( a cos ( 3x ) + b sin ( 3x ) ) = cos ( 3x ) +
sin ( 3 x )
 
=0

−9a cos ( 3x ) − 9b sin ( 3x ) + 6a sin ( 3x ) − 6b cos ( 3x ) − 15a cos ( 3x ) − 15b sin ( 3x ) = cos ( 3 x ) + sin ( 3x )
 
=0

−24a cos ( 3x ) − 24b sin ( 3x ) + 6a sin ( 3x ) − 6b cos ( 3x ) = cos ( 3 x ) + sin ( 3x )


 
=0

 1
cos ( 3 x ) → − 24a − 6b = 1 b=−
 102 2 1
 ⇔  → yP = − cos ( 3 x ) − sin ( 3 x )
sin ( 3 x ) → − 24b + 6a = 0 a = − 2 51 102
 51

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

2 1
y = Ae −3 x + Be5 x − cos ( 3 x ) − sin ( 3 x ) , com A e B ∈ 
51 102

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 99/316

6.7 y ''+ y = 5sin ( 2 x ) − cos ( 2 x )

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes (os coeficientes são um):

y ''+ y = 0

r2 + r0 = 0 ⇔ r2 +1 = 0 ⇔ r = ±i

Errado!
yLHA = Ae ? x + Be ? x ⇔ yLHA = Ae −i x + Be i x ⇔

y LHA = Ae − ix + Beix , com A e B ∈ 

Pelo facto de ter um numero complexo!

Fica sim: yLHA = A cos ( x ) + B sin ( x ) , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação.

- da tabela dada é o caso 3.1 - Pk ( x ) cos ( β x ) + Q k ( x ) sin ( β x ) ), por isso fica:

y = a cos ( 2 x ) + b sin ( 2 x ) → y ' = −2a sin ( 2 x ) + 2b cos ( 2 x ) → y '' = −4a cos ( 2 x ) − 4b sin ( 2 x )
Agora substituindo na fórmula y ''+ y = 5sin ( 2 x ) − cos ( 2 x ) , fica:

−4a cos ( 2 x ) − 4b sin ( 2 x ) + a cos ( 2 x ) + b sin ( 2 x ) = 5sin ( 2 x ) − cos ( 2 x )

−3a cos ( 2 x ) − 3b sin ( 2 x ) = 5sin ( 2 x ) − cos ( 2 x )

 5
cos ( 2 x ) → − 3a = −1 b = − 3 1 5
 ⇔  → yP = cos ( 2 x ) − sin ( 2 x )
sin ( 2 x ) → − 3b = 5 a = 1 3 3
 3

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

1 5
y = A cos ( x ) + B sin ( x ) + cos ( 2 x ) − sin ( 2 x ) , com A e B ∈ 
3 3

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 100/316

6.8 y ''+ 9 y = 2sin ( 3x )

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes (os coeficientes são um e +9):

y ''+ 9 y = 0

r 2 + 9r 0 = 0 ⇔ r2 + 9 = 0 ⇔ r = ±3i

yLHA = A cos ( 3x ) + B sin ( 3 x ) , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação.

- da tabela dada é o caso 3.1 - Pk ( x ) cos ( β x ) + Q k ( x ) sin ( β x ) ), por isso fica:

Cuidado, ver na tabela o caso 3.2: y = x  a cos ( 3 x ) + b sin ( 3 x )  , tive que multiplicar TUDO por “x”.

Agora na derivada tenho que ter o devido cuidado, pois agora tenho um PRODUTO:

y ' = a cos ( 3 x ) + b sin ( 3 x ) + x  −3a sin ( 3 x ) + 3b cos ( 3 x )  ⇔

y ' = ( a + 3bx ) cos ( 3x ) + ( b − 3ax ) sin ( 3x ) ⇔

y ' = a cos ( 3x ) + 3bx cos ( 3 x ) + b sin ( 3x ) − 3ax sin ( 3x )


'
 
 
y '' =  a cos ( 3 x ) + 3
bx cos ( 3x ) + b sin ( 3x ) − 3
ax sin ( 3x )  ⇔
 1
  1
 
  2
 2

 Produto! Produto! x

y '' = a ( 3 x ) x ( − sin ( 3x ) ) + ( 3bx ) x cos ( 3x ) + 3bx ( cos ( 3x ) ) x  + b ( 3 x ) x cos ( 3x ) − ( 3ax ) x sin ( 3x ) + 3ax ( sin ( 3x ) ) x 
' ' ' ' ' '

   

y '' = 3a ( − sin ( 3x ) ) + 3b cos ( 3x ) − 9bx sin ( 3x )  + 3b cos ( 3x ) − 3a sin ( 3x ) + 9ax cos ( 3x )  ⇔

y '' = −3a sin ( 3x ) +3b cos ( 3x ) − 9bx sin ( 3x ) +3b cos ( 3x ) −3a sin ( 3x ) − 9ax cos ( 3x ) ⇔

y '' = −6a sin ( 3 x ) + 6b cos ( 3 x ) − 9bx sin ( 3 x ) − 9ax cos ( 3 x )

Agora substituindo na fórmula y ''+ 9 y = 2sin ( 3x ) , fica:

−6a sin ( 3 x ) + 6b cos ( 3 x ) − 9bx sin ( 3 x ) − 9ax cos ( 3 x ) + 9  ax cos ( 3 x ) + bx sin ( 3 x )  = 2 sin ( 3 x )

−6a sin ( 3 x ) + 6b cos ( 3 x ) −9bx sin ( 3 x ) −9ax cos ( 3 x ) +9ax cos ( 3 x ) +9bx sin ( 3 x ) = 2 sin ( 3x )

6b cos ( 3x ) − 6a sin ( 3x ) = 2sin ( 3x )

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 101/316

cos ( 3 x ) → 6b = 0 b = 0
  1 
 ⇔  1 → yP = x  − cos ( 3 x ) 
 sin ( 3 x ) → − 6 a = 2  a = −  3 
3

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

1
y = A cos ( 3 x ) + B sin ( 3 x ) − x cos ( 3 x ) , com A e B ∈ 
3

6.9 y ''+ 3 y ' = e 2 x cos ( 3 x )

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes (os coeficientes são um e +3):

y ''+ 3 y ' = 0 ⇔ r 2 + 3r 1 = 0 ⇔ r 2 + 3r = 0 ⇔ r=0 ∨ r = −3

y LHA = Ae 0 x + Be −3 x ⇔ yLHA = A + Be −3 x , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação.

Muito importante, pois 1º tenho que acrescentar +be 2 x sin ( x )


Por isso fica: y = ae 2 x cos ( x ) + be 2 x sin ( x )

y = e 2 x ( a cos ( x ) + b sin ( x ) )

y ' = 2e2 x ( a cos ( x ) + b sin ( x ) ) + e2 x ( − a sin ( x ) + b cos ( x ) )


y ' = e 2 x  2a cos ( x ) + 2b sin ( x ) − a sin ( x ) + b cos ( x ) 
y ' = e 2 x ( 2a + b ) cos ( x ) + ( 2b − a ) sin ( x ) 

y '' = 2e 2 x ( 2a + b ) cos ( x ) + ( 2b − a ) sin ( x )  + e 2 x  − ( 2a + b ) sin ( x ) + ( 2b − a ) cos ( x ) 

y '' = 2e 2 x  2a cos ( x ) + b cos ( x ) + 2b sin ( x ) − a sin ( x )  + e2 x  −2a sin ( x ) − b sin ( x ) + 2b cos ( x ) − a cos ( x ) 

y '' = e 2 x  4a cos ( x ) +2b cos ( x ) +4b sin ( x ) −2a sin ( x ) −2a sin ( x ) −b sin ( x ) +2b cos ( x ) −a cos ( x ) 
 

y '' = e 2 x  3a cos ( x ) +4b cos ( x ) +3b sin ( x ) −4a sin ( x ) 


 

y '' = e2 x 3a cos ( x ) + 4b cos ( x ) + 3b sin ( x ) − 4a sin ( x ) 

y '' = e 2 x ( 3a + 4b ) cos ( x ) + ( 3b − 4a ) sin ( x ) 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 102/316

Agora substituindo na fórmula y ''+ 3 y ' = e 2 x cos ( 3 x ) , fica:

(e 2x
)
( 3a + 4b ) cos ( x ) + ( 3b − 4a ) sin ( x )  + 3  e2 x ( 2a + b ) cos ( x ) + ( 2b − a ) sin ( x )  = e 2 x cos ( 3x )
 

( 3a + 4b ) cos ( x ) + ( 3b − 4a ) sin ( x ) + ( 6a + 3b ) cos ( x ) + ( 6b − 3a ) sin ( x ) = cos ( 3x )

( 3a + 6a + 4b + 3b ) cos ( x ) + ( 3b + 6b − 4a − 3a ) sin ( x ) = cos ( 3x )

( 9a + 7b ) cos ( x ) + ( 9b − 7a ) sin ( x ) = cos ( 3x )


( 9a + 7b ) cos ( x ) + ( 9b − 7a ) sin ( x ) = cos ( 3x )

cos ( 3x ) → 9a + 7b = 1
 ⇔ Ver o Truque!
sin ( 3 x ) → − 7a + 9b = 0

Truque:

Para o Quociente faz-se do seguinte modo (mas 1º tenho que ordenar do modo do exemplo):

Para o Valor de “x” é do seguinte modo:

Para o Valor de “y” é do seguinte modo:

Assim adaptado ao exercício, fica:


 (1X 9 ) − ( 7 X 0 )  9
a =
 ( 9 X 9 ) − ( −7 X 7 )  a = 130
cos ( 3 x ) → 9a + 7b = 1  
 ⇔  ⇔ 
sin ( 3x ) → − 7 a + 9b = 0  
b = (1X ( −7 ) ) − ( 9 X 0 )
7
b =
 ( 9 X 9 ) − ( −7 X 7 )  130

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 103/316

 9 7 
yP = e 2 x  cos ( x ) + sin ( x ) 
 130 130 

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

 9 7 
y = A + Be −3 x + e 2 x  cos ( x ) + sin ( x )  , com A e B ∈ 
 130 130 

6.10 y ''− 7 y '+ 10 y = x + e2 x + sin ( 2 x )

Nota importante!

O 2º membro tem 3 termos, logo vou ter 3 equações particulares (ou seja vou ter que fazer o passo 2 três vezes).

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes (os coeficientes são um, -7 e 10):

y ''− 7 y '+ 10 y = 0

r 2 − 7 r 1 + 10r 0 = 0 ⇔ r 2 − 7 r + 10 = 0 ⇔ r=2 ∨ r =5

y LHA = Ae 2 x + Be 5 x , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação (aqui vou ter que executar 3 vezes!):

i) 1º para a situação: y ''− 7 y '+ 10 y = x

yP1 → y = ax + b → y' = a → y '' = 0

Agora substituindo na fórmula y ''− 7 y '+ 10 y = x , fica: ( 0 ) − 7 ( a ) + 10 ( ax + b ) = x ⇔

− 7a + 10ax + 10b = x

 (1X10 ) − ( 0 X 0 )  10  1
a =
X 10 ) − ( 0 X ( −7 ) )
(10  a=  a=
 a → 10a + 0b = 1   100  10
 ⇔  ⇔  ⇔ 
b → − 7 a + 10b = 0  (1X ( −7 ) ) − ( 0 X 10 ) b = − 7 b = − 7
b = (10 X10 ) − 0 X ( −7 )  
 ( ) 100 100

1 7
yP1 = ax + b ⇔ yP1 = x−
10 100

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 104/316

ii) 2º para a situação: y ''− 7 y '+ 10 y = e 2 x

yP 2 → y = axe 2 x

yP 2 → y ' = ae 2 x + 2axe 2 x ⇔ y ' = e 2 x ( a + 2ax )

y '' = ( ae2 x ) (1 + 2 x ) + ae 2 x (1 + 2 x ) x
' '
yP 2 → ⇔
x

y '' = 2ae2 x (1 + 2 x ) + 2ae 2 x ⇔ y '' = 2ae 2 x (1 + 2 x ) + 1 ⇔

y '' = 2ae 2 x ( 2 + 2 x ) ⇔ y '' = e 2 x ( 4ax + 4a )

Agora substituindo na fórmula y ''− 7 y '+ 10 y = e 2 x , fica:

( ) (
 e 2x ( 4ax + 4a )  − 7 e 2 x ( a + 2ax ) + 10 ax e 2 x = e 2 x
  ) ⇔

⇔ 4ax + 4a − 7 a −14ax +10ax = 1 ⇔

1
⇔ − 3a = 1 ⇔ a=−
3
1
yP 2 = axe 2 x ⇔ yP 2 = − xe 2 x
3

iii) 3º e ultima, para a situação: y ''− 7 y '+ 10 y = sin ( 2 x )

yP 3 → y = a cos ( 2 x ) + b sin ( 2 x )

yP 3 → y ' = −2a sin ( 2 x ) + 2b cos ( 2 x )

yP 3 → y '' = −4a cos ( 2 x ) − 4b sin ( 2 x )

Agora substituindo na fórmula y ''− 7 y '+ 10 y = sin ( 2 x ) , fica:

 −4a cos ( 2 x ) − 4b sin ( 2 x )  − 7 ( −2a sin ( 2 x ) + 2b cos ( 2 x ) ) + 10 ( a cos ( 2 x ) + b sin ( 2 x ) ) = sin ( 3 x )

−4a cos ( 2 x ) −4b sin ( 2 x ) + 14a sin ( 2 x ) − 14b cos ( 2 x ) +10a cos ( 2 x ) +10b sin ( 2 x ) = sin ( 3x )

6a cos ( 2 x ) + 6b sin ( 2 x ) + 14a sin ( 2 x ) − 14b cos ( 2 x ) = sin ( 3x )

6a cos ( 2 x ) + 6b sin ( 2 x ) + 14a sin ( 2 x ) − 14b cos ( 2 x ) = sin ( 3x )

( 6a − 14b ) cos ( 2 x ) + ( 6b + 14a ) sin ( 2 x ) = sin ( 3x )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 105/316

 ( 0 X 6 ) − (1X ( −14 ) )  14  7
a = a=
 ( − 14 X 14 ) − ( 6 X 6 )  −232 a = − 116
cos ( 2 x ) → 6a − 14b = 0   
 ⇔  ⇔  ⇔ 
sin ( 2 x ) → 14a + 6b = 1   
b = ( 0 X14 ) − (1X 6 )
−6 3
b = b =

 ( −14 X14 ) − ( 6 X 6 )  −232  116

7 3
yP 3 = a cos ( 2 x ) + b sin ( 2 x ) ⇔ yP 3 = − cos ( 2 x ) + sin ( 2 x )
116 116

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

1 7 1 2x 7 3
Ae 2 x + Be5 x +
y =  x− − xe − cos ( 2 x ) + sin ( 2 x ) , com A e B ∈ 
yLHA 10 100
  3
 116
  116 
yP1 yP 2 yP 3

6.11 y ''− 5 y '+ 6 y = x 2 − 3

Resolução – classificação, Equação Linear, de 2ª Ordem, Completo, e de Coeficiente Constante.

O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes.

r 2 − 5r + 6 = 0 ⇔ r=2 r =3

A solução geral da equação incompleta é y = Ae 2 x + Be3 x

2º passo, vou lá por inspecção ou pela mudança da variável (mais trabalhoso mas certo).

Mas aqui vou lá por inspecção, pois não me parece difícil. O que é que me leva a pensar assim? Bem os
coeficientes são constantes logo é dos mais acessíveis. Vou olhar para o 2º membro, pois é daí que vai sair a
particular. É um polinómio do 2º grau. E eu sei (do 12º ano) que um polinómio do 2º grau escreve-se da seguinte
forma: ax 2 + bx + c

Então vou começar por aqui, pois nada me garante que estou no caminho certo, pois por inspecção só se lá vai
por tentativas. Mas quando assim é, é bom seguir-se uma certa lógica, pois evita muitos erros desnecessários.
Outra coisa que eu sei, é que pelo facto de não me ter dado nenhuma raiz zero, pois obtive r = 2, r = 3 também
me dá uma orientação. Pois se tivesse obtido uma raiz zero, teria que calcular um polinómio com o seguinte
aspecto
x ( ax 2 + bx + c )

Pois é, teria que multiplicar por um “x”. Mas vamos por partes. Vou calcular as possíveis 1ª e 2ª derivadas.

y P = ax 2 + bx + c → y P ' = 2ax + b → y P '' = 2a

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 106/316

Substituindo na equação dada y ''− 5 y '+ 6 y = x 2 − 3


( 2a ) − 5 ( 2ax + b ) + 6 ( ax 2 + bx + c ) = x 2 − 3
2 a − 10 ax − 5b + 6 ax 2 + 6bx + 6c = x 2 + 0 x − 3

Agora tenho que fazer um sistema de modo a obter uma preposição verdadeira, que é a de igualar o 1º membro
ao 2º.

 1
a =
 6
 Grau Zero = 1 6 a = 1
   1
 1º Grau = 0  −10a + 6b = 0 ⇔ −10   + 6b = 0 ⇔
 2º Grau = -3  2a − 5b + 6c = −3  6
   1
2   − 5b + 6c = −3
 6
 1  1  1
a = 6 a =
6 a = 6
  
 10  5  5
⇔ 6b = ⇔ b = ⇔ b = ⇔
 6  18  18
1 1  5   6 25 54
 3 − 5b + 6c = −3  − 5   + 6c = −3 18 − 18 + 6c = − 18
  3  18  

 1  1
a = 6 a = 6
 
 5  5
⇔ b = ⇔ b =
 18  18
 35  35
6c = − 18 c = − 108
 

3º passo, A Solução Geral da Equação Completa é

1 2 5 35
y = Ae 2 x + Be3 x + ax 2 + bx + c ⇔ y = Ae2 x + Be3 x + x + x−
6 18 108

7 – Considere a equação (e x
+ e2 x ) y '+ ( 2e x + e2 x ) y = 2 (I )

E a sua derivada y ''+ 3 y '+ 2 y = 0 ( II )

Resolva a equação ( I ) .

'
Resolução 7 – (e x
+ e 2 x ) y '+ ( 2e x + e 2 x ) y = 2 ⇒ ( e x + e 2 x ) y '+ ( 2e x + e 2 x ) y  = 2 '
 

Nota do sinal de implicação, pois só posso respeitar este sentido! Porque de facto falta o “ +c ”.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 107/316

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes (os coeficientes são um, 3 e 2):

y ''+ 3 y '+ 2 y = 0

r 2 + 3r 1 + 2r 0 = 0 ⇔ r 2 + 3r + 2 = 0 ⇔ r = −2 ∨ r = −1

y LHA = Ae −2 x + Be − x , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação: y ' = −2 Ae −2 x − Be − x , com A e B ∈ 

Agora substituindo na fórmula (e x


+ e2 x ) y '+ ( 2e x + e2 x ) y = 2 , fica:

(e x
+ e 2 x )( −2 Ae −2 x − Be − x ) + ( 2e x + e 2 x )( Ae −2 x + Be − x ) = 2

−2 Ae −2 x ( e x + e2 x ) − Be− x ( e x + e2 x ) + Ae −2 x ( 2e x + e 2 x ) + Be − x ( 2e x + e 2 x ) = 2

−2 Ae −2 x e x − 2 Ae −2 x e 2 x − Be − x e x − Be − x e 2 x + 2e x Ae −2 x + e 2 x Ae −2 x + 2e x Be − x + e 2 x Be− x = 2

−2 Ae( −2 +1) x − 2 A e −2 x e2 x − B e − x e x − Be( 2 −1) x + 2 Ae(1− 2) x + e 2 x A e−2x + 2 e x B e− x + e( 2 −1) x B = 2

−2 Ae− x − 2 A − B − Bex + 2 Ae− x + A + 2B + ex B = 2 ⇔ −2 Ae− x −2 A −B −Bex +2 Ae− x + A +2B + Bex = 2


− A +B = 2 ⇔ B− A= 2 ⇔ B = A+ 2

Assim: y LHA = Ae −2 x + Be − x , com A e B ∈  , e é a Solução Geral da Equação I

yLHA = Ae −2 x + ( A + 2 ) e − x , com A ∈ 

B = A+ 2
−2 x −x
y LHA = Ae + Ae + 2e − x , com A ∈ 

yLHA = A ( e −2 x + e − x ) + 2e − x , com A ∈

8 – Considere a equação xy '− ( x − 1) y = 0 (I )

E a sua derivada xy ''+ ( 2 − x ) y '− y = 0 ( II )

Resolva a equação ( II ) .

'
Resolução 8 – xy '− ( x − 1) y = 0 ⇒
  xy '− ( x − 1) y  = 0 '
Cuidado

xy '− ( x − 1) y = ∫ ( 0 ) dx

xy '− ( x − 1) y = c

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 108/316

dy 1 ( x − 1)
– 1º passo, xy '− ( x − 1) y = 0 ⇔ x = ( x − 1) y ⇔   dy = dx ⇔
dx y
  x

1  1
⇔ ∫  y  dy = ∫ (1) dx + ∫  − x  dx ⇔ ln y = x − ln x + c ⇔

   ex 
⇔ ln y = ln ( e x ) − ln x + ln  ec  ⇔ ln y = ln   + ln ( A ) ⇔
 =A   x

 ex  ex
ln y = ln  A  ⇔ y=A , com A ∈ 
 x x

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação: xy '− ( x − 1) y = c

Vou utilizar o Metodo da Variação da Cosntante (MVC), e tenho que ter cuidado que agora o “A” é A ( x ) , logo
a sua derivada não dá zero!:

ex
Como y=A , com A ∈  , então :
x
'  ( e x ) ' x − e x ( x )' 
ex  ex  ex
y ' = ( A ( x )) y ' = ( A ( x )) + A( x) 
' '
+ A( x)  ⇔ ⇔
x  x x  x2 
 
ex  ex x − ex  ex e x ( x − 1)
y ' = ( A ( x )) y ' = ( A ( x))
' '
+ A( x)  2  ⇔ + A( x) , com A ∈ 
x  x  x x2

Agora substituindo na fórmula xy '− ( x − 1) y = c , fica:

Não me posso esquecer que “A” é A ( x ) .

 ' e
x
e x ( x − 1)   ex 
x ( A ( x ) ) + A( x) 2  − ( x − 1)  A ( x )  = c
 x x   x

 ' e
x
e x ( x − 1)   ex ex 
( A ( x ) ) x x + A ( x ) x  −  A( x) x − A( x) =c
 x2   x x 

 x ( x − 1)   x 1 c
( A ( x ) ) e + A ( x ) e
'
 −  A( x) e − A( x) e
x x
= x
 x   x e

Cuidado aqui, não me posso esquecer de dividir o “c” por e x !

1 1 c
( A( x)) + A( x ) − A( x ) x − A( x) + A ( x) x = e
'
x


( x −1)
= A( x )
x

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 109/316

1 1 c
( A( x))
'
+ A( x) − A( x) − A( x) + A( x) = x
x x e

( A( x )) A ( x ) = ∫ ( ce − x ) dx
'
= ce − x ⇔ ⇔ A ( x ) = −ce − x + D

Também aqui, não me posso esquecer do “D”.

3º passo – Solução Geral de ( II ) é y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

ex ex
y=A ⇔ y = ( −ce − x + D ) , com C , D ∈ 
x x

1
9 – Resolva a equação y ''+ y = , usando o metodo da variação das constantes.
cos ( x )

Resolução 9 –

Esta situação não está na tabela! Por isso é que a única solução é a de utilizar o método da variação das
constantes (logo nem sequer era preciso dizer no enunciado).

Ou seja da Tabela, poderia resolver se a equação fosse assim (Método da Solução Particular):

1º Caso y ''+ y = x 2 − 3 x

2º Caso y ''+ y = e x

2º Caso y ''+ y = ( x 2 − 4 x + 1) e5 x

3º Caso y ''+ y = cos ( x )

4º Caso y ''+ y = cos ( x ) e 2 x

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes (os coeficientes são um):

y ''+ y = 0 ⇔ r 2 + 1r 0 = 0 ⇔ r2 +1 = 0 ⇔ r = ±i

yLHA = A cos ( x ) + B sin ( x ) , com A e B ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 110/316

Nota: como é ±i , é 1 vezes “x”.

Se fosse ±2i , seria 2 vezes “x”, ou seja yLHA = A cos ( 2 x ) + B sin ( 2 x ) , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a equação utilizando o Método de Variação da Constante (MVC).

- São duas variáveis, “A” e “B”, que passa a A ( x ) e a B ( x ) .

Ora se yLHA = A ( x ) cos ( x ) + B ( x ) sin ( x )

'
Então y ' =  A ( x ) cos ( x ) + B ( x ) sin ( x ) 

Cuidado, pois agora estas constantes não dão zero! E é PRODUTO.

' '
y ' = A ( x ) cos ( x ) + A ( x )  − sin ( x )  + B ( x ) sin ( x ) + B ( x ) cos ( x )

Agora vou impor uma condição, pois como existem infidaveis de soluções possiveis:

' '
A ( x ) cos ( x ) + B ( x ) sin ( x ) = 0

Sendo assim, fica: y ' = − A ( x ) sin ( x ) + B ( x ) cos ( x )

' '
e y '' = − A ( x ) sin ( x ) − A cos ( x ) + B ( x ) cos ( x ) − B ( x ) sin ( x )

1
Agora substituindo na fórmula y ''+ y = , fica:
cos ( x )

( − A ( x ) sin ( x ) − A cos ( x ) + B ( x ) cos ( x ) − B ( x ) sin ( x )) + ( A ( x ) cos ( x ) + B ( x ) sin ( x )) = cos1( x )


' '

' ' 1
− A ( x ) sin ( x ) − A cos ( x ) + B ( x ) cos ( x ) − B ( x ) sin ( x ) + A ( x ) cos ( x ) + B ( x ) sin ( x ) =
cos ( x )
' ' 1
− A ( x ) sin ( x ) + B ( x ) cos ( x ) =
cos ( x )

Pronto, agora já posso resolver os sistema:

 ' ' 1  ' ' 1


 − A ( x ) sin ( x ) + B ( x ) cos ( x ) =  − A ( x ) sin ( x ) + B ( x ) cos ( x ) =
cos ( x )  cos ( x)
 
 ⇔ 
 
 A ( x )' = − B ( x )' sin ( x )
' '
 A ( x ) cos ( x ) + B ( x ) sin ( x ) = 0

 Condição Imposta!  cos ( x )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 111/316

  ' sin ( x )   ' sin ( x )


2
' 1 1
−  − B ( x )  sin ( x ) + B ( x ) cos ( x ) = cos ( x )
'
B ( x ) + B ( x ) cos ( x ) =
  cos ( x )   cos ( )
x cos ( x)
 
⇔  ⇔ 
 
 A ( x )' = − B ( x )' sin ( x )  A ( x )' = − B ( x )' sin ( x )
 cos ( x )  cos ( x )

 '  sin ( x )   '  sin ( x ) + cos ( x ) 


2 2 2
1 1
B ( x )  + cos ( x )  = B ( x )  =
  cos ( x )  cos ( x)   cos ( x )  cos ( x)
 
⇔  ⇔ 
 
 A ( x )' = − B ( x )' sin ( x )  A ( x )' = − B ( x )' sin ( x )
 cos ( x )  cos ( x )
 

  1 
 '  sin ( x ) 
2
1 ' 1
B ( x )  + cos ( x )  = B ( x) =
 cos ( x )  cos ( x )
  cos ( x )  cos ( x )   
 
⇔  ⇔ 
 
 A ( x )' = − B ( x )' sin ( x )  A ( x )' = −B ( x )
' sin ( x )
 cos ( x )  cos ( x )
 

 '
B ( x) = 1



 A ( x )' = sin ( x )
 cos ( x )

Agora vou primitivar:


 B x = (1) dx
( ) ∫
  B( x ) = x + D
  sin ( x )  ⇔ 
 A( x ) = − ∫  
dx  A( x ) = − ln ( cos ( x ) ) + C
  cos ( x ) 

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

yLHA = A cos ( x ) + B sin ( x ) , com A e B ∈ 

( )
Substituindo, fica y = ln cos ( x ) + C cos ( x ) + ( x + D ) sin ( x ) , com C e D ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 112/316

10 – Considere a equação diferencial linear de coeficiente constantes

d2y dy
− 10 + 29 y = 0
dx 2 dx

10.1 – Escreva a sua solução geral e, utilizando o metodo da variação das constantes arbitrarias, determine a
solução geral de
d2y dy
− 10 + 29 y = 2e5 x
dx 2 dx

1
10.2 – Utilzando a substituição x → t , definida por t= , determine a solução geral de
x

1
d2y 2 dy
t4
dt 2
+ ( 2t 3
+ 10t ) dt
+ 29 y = 2e t

Resolução 10.1 – vou 1º reescrever numa notação mais apelativa:

d2y dy
− 10 + 29 y = 0 ⇔ y ''− 10 y '+ 29 y = 0
dx 2 dx

d2y dy
− 10 + 29 y = 2e5 x ⇔ y ''− 10 y '+ 29 y = 2e5 x
dx 2 dx

– O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes (os coeficientes são um, -10 e 29):

y ''− 10 y '+ 29 y = 0

r 2 − 10r1 + 29r 0 = 0 ⇔ r 2 − 10r + 29 = 0 ⇔ r = 5 ± 2i

ya = e5 x C cos ( 2 x ) + D sin ( 2 x )  , com C e D ∈ 

Nota: como posso confirmar se o resuldado da raíz está correcto:

5 +2i + 5 −2i = 10 (b)


2
( 5 + 2i )( 5 − 2i ) = 25 −10i +10i + (−
4i ) = 25 + 4 = 29

(c)
Positivo

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 113/316

– 2º passo, resolver a equação utilizando o Método de Variação da Constante (MVC).

- São duas variáveis, “C” e “D”, que passa a C ( x ) e a D ( x ) .

Ora se y = e5 x C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x ) 

( )
'
Então y ' = e5 x C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x ) 

Cuidado, pois agora estas constantes não dão zero! E é PRODUTO.

y ' = ( e5 x ) C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x ( C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x ) )


' '

y ' = ( 5 x ) e5 x ln ( e )  C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x ( C ( x ) cos ( 2 x ) ) + ( D ( x ) sin ( 2 x ) ) 


' ' '

   

y ' = 5e5 x C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x ( C ( x ) ) cos ( 2 x ) + C ( x ) ( cos ( 2 x ) ) + ( D ( x ) ) sin ( 2 x ) + D ( x ) ( sin ( 2 x ) ) 
' ' ' '

 

y ' = e5 x 5C ( x ) cos ( 2 x ) + 5D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x ( C ( x ) ) cos ( 2 x ) + C ( x ) ( −2sin ( 2 x ) ) + ( D ( x ) ) sin ( 2 x ) + D ( x ) ( 2cos ( 2 x ) ) 


' '

 

y ' = e5 x 5C ( x ) cos ( 2 x ) + 5D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x ( C ( x ) ) cos ( 2 x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x ) + ( D ( x ) ) sin ( 2 x ) + 2 D ( x ) ( cos ( 2 x ) ) 


' '

 

Ora como vou impor uma condição, pois como existem infidaveis de soluções possiveis:

' '
C ( x ) cos ( x ) + D ( x ) sin ( x ) = 0

y ' = e5 x 5C ( x ) cos ( 2 x ) + 5D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x ( C ( x ) ) cos ( 2 x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x ) + ( D ( x ) ) sin ( 2 x ) + 2 D ( x ) ( cos ( 2 x ) ) 


' '

 

y ' = e5 x 5C ( x ) cos ( 2 x ) + 5 D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x  2 D ( x ) cos ( 2 x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x )  ⇔

y ' = e5 x 5C ( x ) cos ( 2 x ) + 5 D ( x ) sin ( 2 x ) + 2 D ( x ) cos ( 2 x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x )  ⇔

y ' = e5 x ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) ⇔

( )
'
e y '' = e5 x ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) 

(
y '' = ( e5 x ) ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x )  + e5 x ( 5C ( x ) + 2D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) )
' '

y '' = 5e5 x ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x )  + ...

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 114/316

(
... + e5 x ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5 D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) + ( 5 D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x )
' ' ' '
)
y '' = e5 x ( 25C ( x ) + 10 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 25D ( x ) − 10C ( x ) ) sin ( 2 x )  + ...

(( ) (
... + e5 x 5C ( x ) + 2 D ( x ) cos ( 2 x ) + ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) ( −2 ) sin ( 2 x ) + 5 D ( x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) 2cos ( 2 x )
' ' ' '
) )
y '' = e5 x ( 25C ( x ) + 10 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 25D ( x ) − 10C ( x ) ) sin ( 2 x )  + ...

(( ' '
) (
... + e5 x 5C ( x ) + 2 D ( x ) + 10 D ( x ) − 4C ( x ) cos ( 2 x ) + −10C ( x ) − 4 D ( x ) + 5 D ( x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x )
' '
) )
(
y '' = e5 x  25C ( x ) + 10 D ( x ) + 5C ( x ) + 2 D ( x ) + 10 D ( x ) − 4C ( x ) cos ( 2 x ) + ...

' '
)
(
... + 25 D ( x ) − 10C ( x ) − 10C ( x ) − 4 D ( x ) + 5 D ( x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x ) 
' '

 )
(
' '
) (
y '' = e5 x  21C ( x ) + 20 D ( x ) + 5C ( x ) + 2 D ( x ) cos ( 2 x ) + 21D ( x ) − 20C ( x ) + 5D ( x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x ) 

' '
)

Agora substituindo na fórmula y ''− 10 y '+ 29 y = 2e 5 x , fica:

( 21C ( x ) + 20D ( x ) + 5C ( x ) + 2D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 21D ( x ) − 20C ( x ) + 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) − ...


' ' ' '

( )
... − 10 ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5 D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) + 29 ( C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x ) ) = 2

( 21C ( x ) + 20D ( x ) + 5C ( x ) + 2D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 21D ( x ) − 20C ( x ) + 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) − ...


' ' ' '

... ( −50C ( x ) − 20 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( −50 D ( x ) + 20C ( x ) ) sin ( 2 x ) + 29C ( x ) cos ( 2 x ) + 29 D ( x ) sin ( 2 x ) = 2

( 21C ( x ) + 20D ( x ) + 5C ( x ) + 2D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 21D ( x ) − 20C ( x ) + 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) − ...


' ' ' '

... ( −50C ( x ) − 20 D ( x ) + 29C ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( −50 D ( x ) + 20C ( x ) + 29 D ( x ) ) sin ( 2 x ) = 2

( 21C ( x ) ' '


+20D ( x ) + 5C ( x ) + 2 D ( x ) −50C ( x ) −20D ( x ) +29C ( x ) cos ( 2 x ) + ... )
( '
... + 21D ( x ) −20C ( x ) + 5 D ( x ) − 2C ( x ) −50 D ( x ) +20C ( x ) +29D ( x ) sin ( 2 x ) = 2
'
)
( ) (
 5C ( x )' + 2 D ( x )' cos ( 2 x )  +  5D ( x )' − 2C ( x )'  sin ( 2 x ) = 2
    )

Pronto, agora já posso resolver os sistema:



  (   )  (
 5C ( x )' + 2 D ( x )' cos ( 2 x )  +  5 D ( x )' − 2C ( x )'  sin ( 2 x ) = 2 )
 ⇔
 ' '
 C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x ) = 0

 Condição Imposta!

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 115/316

   ' sin ( 2 x )  '


  '  ' sin ( 2 x )  

  5  − D ( x )  + 2 D ( x )  cos ( 2 x )  +  5 D ( x ) − 2  − D ( x )    sin ( 2 x ) = 2
   cos ( 2 x )  


   cos ( 2 x )   

 ⇔

C ( x )' = − D ( x )' sin ( 2 x )
 cos ( 2 x )


  sin ( 2 x ) cos ( 2 x )    sin 2 ( 2 x )  


  −5 D ( x )'  + 2 D ( x )' cos ( 2 x )  +  5 D ( x )' sin ( 2 x ) + 2 D ( x )'  = 2
  cos ( 2x )    cos ( 2 x )  
    

 ⇔

C ( x )' = − D ( x )' sin ( 2 x )
 cos ( 2 x )


 ' sin ( 2 x )
2
' ' '
 −5D ( x ) sin ( 2 x ) + 2 D ( x ) cos ( 2 x ) +5 D ( x ) sin ( 2 x ) + 2 D ( x ) =2
 cos ( 2 x )

 ⇔

C ( x )' = − D ( x )' sin ( 2 x )

 cos ( 2 x )

' sin ( 2 x )
 '  cos ( 2 x ) + sin ( 2 x ) 
2 2
 2
'
 2 D ( x ) cos ( 2 x ) + 2 D ( x ) =2  2 D ( ) 
x  = 2
 cos ( 2 x )   cos ( 2 x ) 
 
 ⇔  ⇔
 
C ( x )' = − D ( x )' sin ( 2 x ) C ( x )' = − D ( x )' sin ( 2 x )
 cos ( 2 x )  cos ( 2 x )

 ' 1  
 D ( x )   = 1 
  cos ( )
2 x
'
 D ( x ) = cos ( 2 x )
 
 ⇔  ⇔
 
C ( x )' = − D ( x )' sin ( 2 x ) C ( x )' = − D ( x )' sin ( 2 x )
 cos ( 2 x )  cos ( 2 x )


 '
 D ( x ) = cos ( 2 x )  D ( x )' = cos ( 2 x )
 
 ⇔ 
 
C ( x )' = − cos ( 2 x ) sin ( 2 x )
'
C ( x ) = − sin ( 2 x )
 cos ( 2 x )

 1
 D ( x ) = ( cos ( 2 x ) ) dx
∫  D ( x ) = 2 sin ( 2 x ) + E
 
Agora vou primitivar:  ⇔ 
 
C ( x ) = ∫ ( − sin ( 2 x ) ) dx
1
C ( x ) = cos ( 2 x ) + F
 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 116/316

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

y = e5 x C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x )  , com C e D ∈ 

 1  1  
y = e5 x  cos ( 2 x ) + F  cos ( 2 x ) +  sin ( 2 x ) + E  sin ( 2 x )  , com E e F ∈ 
 2  2  

1
d2y 2 dy
Resolução 10.2 – t4
dt 2
+ ( 2t 3
+ 10t ) dt
+ 29 y = 2e t

1 1
Vou então fazer uma de mudança variavel - t= ⇔ x=
x t

dy dy dx dy  1 
Agora vou aplicar a regra da cadeia - = . = = . − =
dt 
dx dt dx  t 2
 
y' y'

1 1
Como x' = − ⇔ x' = − ⇔ x ' = − x2
t2 1
x2

 
dy dy  dx  dy  1   1  2
=   = −  = y ' − 1  = y'x
dt dx  dt  dt  t 2 
 − 2 
 x 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 117/316

Agora, fazendo dá mesma maneira, vou calcular a 2ª derivada y ''

d 2 y d  dy  d  dy  dx
= .  = .  . =
dt 2 dt  dt  dx  dt  dt

d 2 y d  dy  d  dy  dx d ( − x y ' )  1 
2
'  1
2
=  =   = .  − 2  = ( − x2 y ') .  − 2 
dt dt  dt  dt  dx  dt dx  t  x
 t 

Cuidado, pois é um produto e com o sinal!

d2y
= ( − x 2 ) ' y '+ ( − x 2 ) ( y ') ' . ( − x 2 )
dt 2 

d2y
= ( −2 xy '− x 2 y '' )( − x 2 )
dt 2

d2y
= x3 ( 2 y '+ xy '')
dt 2

Substituindo na equação:

1
d2y 2 dy d2y dy
t4
dt 2
+ ( 2t 3
+ 10t ) dt
+ 29 y = 2 e t

dx 2
− 10 + 29 y = 2e5 x
dx

1
4
 1 3
1
2

x 3 ( 2 y '+ xy '' )  +  2   + 10  
  .   ( − y ' x ) + 29 y = 2e
2 5x

x    x   x    


2
d y
 dy
dt 2 dt

1  2 10 
.  x 3 ( 2 y '+ xy '')  +  3 + 2  ( − y ' x 2 ) + 29
4  y = 2e5 x
x
 
 x x   29 y 2 e5 x
d2y dy
−10
dx 2 dx

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 118/316

Parece igual mas não, tenho que ter o devido cuidado com as variaveis que estou a usar em cada uma das
equações.
1  2 10 
.  x3 ( 2 y '+ xy '')  +  3 + 2  − y ' x 2 + 29 y = 2e5 x
x4  x x 
( )

1  3  2 10 
x
. x ( 2 y '+ xy '' )  +  3 +
4   x
 x 2 

2
(
 − y ' x + 29 y = 2e
5x
)
1 2 
. ( 2 y '+ xy '' )  +  + 10  ( − y ') + 29 y = 2e5 x
x x 

 1 1  2
 2 y' + x y ''  − y ' − 10 y '+ 29 y = 2e5 x
 x x  x

y ''− 10 y '+ 29 y = 2e5 x

O 1º passo consiste em transformar a equação dada numa Equação Associada (também designada de
Incompleta), depois para poder fazer o calculo, e uma vez que é uma Equação Linear com Coeficientes
Constantes, vou utilizar a Equação Caracteristicas para determinar as raízes (os coeficientes são um, -10 e 29):

y ''− 10 y '+ 29 y = 0 ⇔ r 2 − 10r 1 + 29r 0 = 0 ⇔ r 2 − 10r + 29 = 0 ⇔ r = 5 ± 2i

yLHA = e5 x C cos ( 2 x ) + D sin ( 2 x )  , com C e D ∈ 

Nota: como posso confirmar se o resuldado da raíz está correcto:

5 +2i + 5 −2i = 10 (b)


2
( 5 + 2i )( 5 − 2i ) = 25 −10i +10i + (−
4i ) = 25 + 4 = 29

(c)
Positivo

– 2º passo, resolver a equação utilizando o Método de Variação da Constante (MVC).

- São duas variáveis, “C” e “D”, que passa a C ( x ) e a D ( x ) .

( )
'
Ora se y = e5 x C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x )  , então y ' = e5 x C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x ) 

Cuidado, pois agora estas constantes não dão zero! E é PRODUTO.

y ' = ( e5 x ) C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x ( C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x ) )


' '

y ' = ( 5 x ) e5 x ln ( e )  C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x ( C ( x ) cos ( 2 x ) ) + ( D ( x ) sin ( 2 x ) ) 


' ' '

   

y ' = 5e5 x C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x ( C ( x ) ) cos ( 2 x ) + C ( x ) ( cos ( 2 x ) ) + ( D ( x ) ) sin ( 2 x ) + D ( x ) ( sin ( 2 x ) ) 
' ' ' '

 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 119/316

y ' = e5 x 5C ( x ) cos ( 2 x ) + 5D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x ( C ( x ) ) cos ( 2 x ) + C ( x ) ( −2sin ( 2 x ) ) + ( D ( x ) ) sin ( 2 x ) + D ( x ) ( 2cos ( 2 x ) ) 


' '

 

y ' = e5 x 5C ( x ) cos ( 2 x ) + 5D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x ( C ( x ) ) cos ( 2 x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x ) + ( D ( x ) ) sin ( 2 x ) + 2 D ( x ) ( cos ( 2 x ) ) 


' '

 

Ora como vou impor uma condição, pois como existem infidaveis de soluções possiveis:

' '
C ( x ) cos ( x ) + D ( x ) sin ( x ) = 0

y ' = e5 x 5C ( x ) cos ( 2 x ) + 5D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x ( C ( x ) ) cos ( 2 x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x ) + ( D ( x ) ) sin ( 2 x ) + 2 D ( x ) ( cos ( 2 x ) ) 


' '

 

y ' = e5 x 5C ( x ) cos ( 2 x ) + 5 D ( x ) sin ( 2 x )  + e5 x  2 D ( x ) cos ( 2 x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x )  ⇔

y ' = e5 x 5C ( x ) cos ( 2 x ) + 5 D ( x ) sin ( 2 x ) + 2 D ( x ) cos ( 2 x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x )  ⇔

y ' = e5 x ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) ⇔

( )
'
e y '' = e5 x ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) 

(
y '' = ( e5 x ) ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x )  + e5 x ( 5C ( x ) + 2D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) )
' '

y '' = 5e5 x ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x )  + ...

(
... + e5 x ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5 D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) + ( 5 D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x )
' ' ' '
)

y '' = e5 x ( 25C ( x ) + 10 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 25D ( x ) − 10C ( x ) ) sin ( 2 x )  + ...

(( ) ( )
... + e5 x 5C ( x ) + 2 D ( x ) cos ( 2 x ) + ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) ( −2 ) sin ( 2 x ) + 5 D ( x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) 2cos ( 2 x )
' ' ' '
)
y '' = e5 x ( 25C ( x ) + 10 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 25D ( x ) − 10C ( x ) ) sin ( 2 x )  + ...

(( ' '
) (
... + e5 x 5C ( x ) + 2 D ( x ) + 10 D ( x ) − 4C ( x ) cos ( 2 x ) + −10C ( x ) − 4 D ( x ) + 5 D ( x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x )
' '
) )

(
' '
)
y '' = e5 x  25C ( x ) + 10 D ( x ) + 5C ( x ) + 2 D ( x ) + 10 D ( x ) − 4C ( x ) cos ( 2 x ) + ...

( ' '
)
... + 25 D ( x ) − 10C ( x ) − 10C ( x ) − 4 D ( x ) + 5 D ( x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x ) 

(
' '
) (
y '' = e5 x  21C ( x ) + 20 D ( x ) + 5C ( x ) + 2 D ( x ) cos ( 2 x ) + 21D ( x ) − 20C ( x ) + 5D ( x ) − 2C ( x ) sin ( 2 x ) 
' '

 )

Agora substituindo na fórmula y ''− 10 y '+ 29 y = 2e 5 x , fica:

( 21C ( x ) + 20D ( x ) + 5C ( x ) + 2D ( x ) ) cos ( 2x ) + ( 21D ( x ) − 20C ( x ) + 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2x ) − ...


' ' ' '

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 120/316

( )
... − 10 ( 5C ( x ) + 2 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2 x ) + 29 ( C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x ) ) = 2

( 21C ( x ) + 20D ( x ) + 5C ( x ) + 2D ( x ) ) cos ( 2x ) + ( 21D ( x ) − 20C ( x ) + 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2x ) − ...


' ' ' '

... ( −50C ( x ) − 20 D ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( −50 D ( x ) + 20C ( x ) ) sin ( 2 x ) + 29C ( x ) cos ( 2 x ) + 29 D ( x ) sin ( 2 x ) = 2

( 21C ( x ) + 20D ( x ) + 5C ( x ) + 2D ( x ) ) cos ( 2x ) + ( 21D ( x ) − 20C ( x ) + 5D ( x ) − 2C ( x ) ) sin ( 2x ) − ...


' ' ' '

... ( −50C ( x ) − 20 D ( x ) + 29C ( x ) ) cos ( 2 x ) + ( −50 D ( x ) + 20C ( x ) + 29 D ( x ) ) sin ( 2 x ) = 2

( 21C ( x ) ' '


+20 D ( x ) + 5C ( x ) + 2 D ( x ) −50C ( x ) −20 D ( x ) +29C ( x ) cos ( 2 x ) + ... )
( ' '
... + 21D ( x ) −20C ( x ) + 5 D ( x ) − 2C ( x ) −50 D ( x ) +20C ( x ) +29 D ( x ) sin ( 2 x ) = 2 )
( ) ( )
 5C ( x )' + 2 D ( x )' cos ( 2 x )  +  5D ( x )' − 2C ( x )'  sin ( 2 x ) = 2
   

Pronto, agora já posso resolver os sistema:



 ( )   (  )
 5C ( x )' + 2 D ( x )' cos ( 2 x )  +  5D ( x )' − 2C ( x )'  sin ( 2 x ) = 2

 ⇔
 ' '
 C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x ) = 0

 Condição Imposta!

   ' sin ( 2 x )  '


  '  ' sin ( 2 x )  

  5  − D ( x )  + 2 D ( x )  cos ( 2 x )  +  5D ( x ) − 2  − D ( x )    sin ( 2 x ) = 2
   cos ( 2 x )  


   cos ( 2 x )   

 ⇔

C ( x )' = − D ( x )' sin ( 2 x )
 cos ( 2 x )


  sin ( 2 x ) cos ( 2 x )    sin 2 ( 2 x )  


  −5 D ( x )'  + 2 D ( x )' cos ( 2 x )  +  5 D ( x )' sin ( 2 x ) + 2 D ( x )'  = 2
  cos ( 2x )    cos ( 2 x )  
    

 ⇔

C ( x )' = − D ( x )' sin ( 2 x )
 cos ( 2 x )


 ' sin ( 2 x )
2
' ' '
 −5D ( x ) sin ( 2 x ) + 2 D ( x ) cos ( 2 x ) +5 D ( x ) sin ( 2 x ) + 2 D ( x ) =2
 cos ( 2 x )

 ⇔

C ( x )' = − D ( x )' sin ( 2 x )

 cos ( 2 x )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 121/316

' sin ( 2x )
 '  cos ( 2x ) + sin ( 2x )   ' 1 
2 2
 2

 2 D ( x)  D ( x) 
'
2D ( x) cos ( 2x) + 2D ( x ) =2 
=2
 = 1
 cos ( 2x)   cos ( 2x)    cos ( 2x) 
  
 ⇔   ⇔
  
C ( x)' = −D ( x)' sin ( 2x) C ( x )' = −D ( x)' sin ( 2x) C ( x)' = −D ( x)' sin ( 2x)
 cos ( 2x )  cos ( 2x)  cos ( 2x)
 

 
 
' '
 D ( x )' = cos ( 2 x )
 D ( x ) = cos ( 2 x )  D ( x ) = cos ( 2 x )
  
⇔  ⇔ ⇔ 
  
C ( x )' = − D ( x )' sin ( 2 x ) C ( x )' = − cos ( 2 x ) sin ( 2 x )
'
C ( x ) = − sin ( 2 x )
 cos ( 2 x )  cos ( 2 x )

Agora vou primitivar:


 1
 D ( x ) = ( cos ( 2 x ) ) dx
∫  D ( x ) = 2 sin ( 2 x ) + E
 
 ⇔ 
 
C ( x ) = ∫ ( − sin ( 2 x ) ) dx
1
C ( x ) = cos ( 2 x ) + F
 2

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

y = e5 x C ( x ) cos ( 2 x ) + D ( x ) sin ( 2 x )  , com C e D ∈ 

 1  1  
y = e5 x  cos ( 2 x ) + F  cos ( 2 x ) +  sin ( 2 x ) + E  sin ( 2 x )  , com E e F ∈ 
 2  2  

1 
y = e5 x  + K1 cos ( 2 x ) + K 2 sin ( 2 x ) 
 2 

1
Como x =
t

Fica:

5
1 2  2 
y = e t  + K1 cos   + K 2 sin    , com K1 , K 2 ∈ 
2 t  t 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 122/316

11 – Determine a solução geral da equação x 3 y ''+ xy '− y = 1

Resolução 11 - ( x y ''+ xy '− y ) ' = (1) '


3

( x y '') '+ ( xy ') '+ ( − y ) ' = 0


3

(
x ) ' y ''+ x ( y '') ' + ( x ) ' y '+ x ( y ') ' + ( − y ) ' = 0
3


3

  
( x y '') ' −
3
PRODUTO ! ( xy ') ' − PRODUTO !

( 3x 2
y ''+ x3 y ''' ) + y ' + xy '' − y ' = 0

3 x 2 y ''+ x 3 y '''+ xy '' = 0

E agora, o que é que eu faço com isto?

É muito simples, posso usar uma variavel de substituição que me simplifica as (confusão) constas sem alterar o
valor logico da resolução. Assim sendo faço:

Z = y '' e logo, por consequencia fica Z ' = y '''

Agora é só substituir:
3x 2 Z + x3 Z '+ xZ = 0

Vou agora agrupar para ser mais facil depois separar as variaveis:

dZ dZ
⇔ x3 Z '+ ( 3 x 2 Z + xZ ) = 0 ⇔ x3 + Z ( 3x 2 + x ) = 0 ⇔ x3 + Z ( 3x 2 + x ) = 0 ⇔
dx dx

1 x ( 3x + 1) 1 3x + 1
⇔ ( x ) dZ = −Z ( 3x
3 2
+ x ) dx ⇔   dZ = −
Z  x x2
dx ⇔   dZ = − 2 dx
Z  x

1  3  1   1
⇔ ∫  Z  dZ = ∫  − x  dx + ∫  − x 2 

dx ⇔ ln Z = −3ln x +  − ln  + c

   x

↓  

Cuidado, que o sinal vem para fora!

1
−3 1 1x 1 1x
⇔ ln Z = ln x + ln e x + ln ec ⇔ ln Z = ln .e .K ⇔ Z = K. .e
 x3 x3
K

1 1x 1 1x
Agora vou substituir o valor de Z = y '' por Z = K . .e , e fica y '' = K . .e
x3 x3

Tenho que ter o cuidado, de que estou perante um PRODUTO.

 1 1 1 1 1 
y ' = ∫  K . 3 .e x  dx ⇔ y ' = K ∫  . 2 .e x  dx ⇔
 x  x x 

Esta separação é só para me faciclitar o proximo passo, que é a de poder fazer a primitivação utilizando o metodo
de substituição por partes (MSPP).

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 123/316

 1 
1 1 x 
y ' = K ∫  . 2 .e  dx
 x 
x 
v u' 

u ' v = u.v − ∫ u.v ' 


 Utilizar uma ou outra, a regra não é rigida
uv ' = u.v − ∫ u ' .v 

1
1 1x
u = −e x u' = .e
Fazer a caixa auxiliar: x2

Formula: u 'v = u.v − ∫ u.v ' 1 1


v= v' = −
x x2

 1   1   1 1   1  1 1  1
Fica: uv ' =  −e x  .   − ∫   2 .e x  .    dx ⇔ uv ' = − e x −  −e x 
 
   x   x   x  x  

 1 1 1

y ' = K  − ex + ex + A
 x 
Não me posso esquecer do “+A”.

Agora para a ultima derivada:

 1 1 1
 1
y = ∫ K  − e x + e x + A  dx ⇔ y = Kxe x + Ax + B, com A, B e K ∈ 
 x 

Agora vou substituir na equação dada, uma vez que já tenho todas as derivadas:

x 3 y ''+ xy '− y = 1

 1 1   1 1 1
  1

x 3  K . 3 .e x  + x  K  − e x + e x + A   −  Kxe x + Ax + B  = 1
 
 x    x   

1 1
 1 1 1
 1
K . x3 . .e x + K .x  − e x + e x + A  − Kxe x − Ax − B = 1
x3  x 
1
1 1x 1 1
K .e x − K . x e + K .xe x + K .xA − Kxe x − Ax − B = 1
x
1 1
⇔ K .e x − K .e x + K .xA − Ax − B = 1 ⇔ K .xA − Ax − B = 1 ⇔

⇔ Ax ( K − 1) − B = 1 ⇔
B = −1

1
A solução da equação dada é: y = Axe x + Bx − 1, com A, B ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 124/316

12 – As equações lineares de 2ª ordem com a forma ax 2 y ''+ bxy '+ cy = f ( x ) , com a, b, c ∈  , é designada
por equação de Euler de 2ª ordem. Por meio da substituição da variavel independente x = et , estas equações
podem ser reduzidas a equações lineares de 2ª ordem de coeficientes constantes.

Resolva as seguintes equações de Euler:

12.1 x 2 y ''+ 2 xy '− 6 y = 0 12.2 x 2 y ''− 2 y = sin ( ln ( x ) )

Resolução 12.1 x 2 y ''+ 2 xy '− 6 y = 0

Vou 1º confirmar se estou perante uma equação de Euler:

x 2 y ''+ 2 xy '− 6 y = 0

Nota a forma de um polinómio de grau 2 é y = ax 2 + bx + c , e para ser incompleto tem que ter a seguinte forma:

y = ax 2

O mesmo se passa com os outros termos, em que o 2º termo é um polinómio de grau um, que tem a forma
y = bx + c , sendo o seu polinómio incompleto y = bx .

E o 3º termo é um polinómio de grau zero, que tem a forma y = c .

Exemplos de equações não sendo Euler:

(x 2
+ 1) y ''+ ( 3 x − 1) y '− 6 y = 0 , pois mesmo o 1º termo não seja completo, no entanto tem o “+c”.

2
( x + 1) y ''+ ( 3 x − 1) y '− 6 y = 0 , pois o 1º termo é de facto x 2 + 2 x + 1 , sendo um polinomio completo.

2
Mas este ultimo tem um truque! Pois se igual t = ( x + 1) , fica t 2 , e agora já é uma Equação de Euler.
Paciencia, pois mais adiante vou praticar este tipo de malabarismos.

Agora que já confirmei que é uma Equação de Euler, vou continuar:

x 2 y ''+ 2 xy '− 6 y = 0

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 125/316

Seja x = e t , que é a regra para a resolução de Equação de Euler, fica t = ln ( x )

Vou utilizar a Regra da Cadeia para poder resolver o exercicio. Este passo que segue é sempre a mesma coisa:

dy dy dt dy 1 dy 1
y' = ⇔ y' = . ⇔ y' = . ⇔ y' = .
dx dt dx dt x dt et

d2y d dy d  dy  dt d  dy 1 1
y '' = 2
⇔ y '' = . ⇔ y '' = .   . ⇔ y '' = . . t  ⇔
dx dx dx dt  dx  dx dt  dt e x

d  dy  1 dy d  1  1  d 2 y 1 dy  1
⇔ y '' = .  . t + . . t  . t ⇔ y '' =  2 . t + .( −e− t )  . t ⇔
dt  dt  e dt dt  e  e  dt e dt  e

d2y 1 1 dy
y '' = . −
dt 2 e2 t e 2 t dt

Agora é só substituir:
 d2y 1 1 dy   dy 1 
x 2 y ''+ 2 xy '− 6 y = 0 ⇔ x 2  2 . 2t − 2t  + 2x  . t  − 6y = 0
 dt e e dt   dt e 

Também tenho que substituir o “x”!

 d2y 1 1 dy  t  dy 1  d 2 y 2t 1 1 dy dy 2et
et 2  2 . 2 t − 2 t  + 2e  . t  − 6y = 0 ⇔ . e − e t2
+ . t − 6y = 0 ⇔
 dt e e dt   dt e  dt 2 e2t e 2t dt dt e

d 2 y dy dy d 2 y dy
⇔ − +2 − 6y = 0 ⇔ − − 6y = 0
dt 2 dt dt dt 2 dt

Agora vou resolver a Equação Característica (os coeficientes são um, -1 e -6):

−b ± b 2 − 4ac
y ''− y '− 6 y = 0 r 2 + r1 − 6r 0 = 0 ⇔ r2 + r − 6 = 0 ⇔ ⇔
2a
r = −3 ∨ r=2

yLHA = Ae −3 t + Be 2 t ⇔ yLHA = Ae −3t + Be 2t , com A e B ∈ 

Agora substituindo o “t” pelo “x”, fica:

yLHA = Ae ( ) + Be ( )
−3 2
−3 ln ( x ) 2 ln ( x ) ln ( x ) ln ( x )
⇔ yLHA = Ae + Be ⇔

y LHA = Ax −3 + Bx 2 , com A e B ∈ 

Como o 2º membro é zero, não tenho que fazer o 2º e 3º passo!

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 126/316

Resolução 12.2 x 2 y ''− 2 y = sin ( ln ( x ) )

Vou 1º confirmar se estou perante uma equação de Euler - x 2 y ''− 2 y = sin ( ln ( x ) )

Nota a forma de um polinómio de grau 2 é y = ax 2 + bx + c , e para ser incompleto tem que ter a seguinte forma:

y = ax 2

O mesmo se passa com os outros termos, em que o 2º termo é um polinómio de grau um, que tem a forma
y = bx + c , sendo o seu polinómio incompleto y = bx .

E o 3º termo é um polinómio de grau zero, que tem a forma y = c .

Quanto ao 2º membro, não há problema pois trata-se de uma função f ( x )

Agora que já confirmei que é uma Equação de Euler, vou continuar:

x 2 y ''− 2 y = sin ( ln ( x ) )

Seja x = e t , que é a regra para a resolução de Equação de Euler, fica t = ln ( x )

Vou utilizar a Regra da Cadeia para poder resolver o exercicio. Este passo que segue é sempre a mesma coisa:

dy dy dt dy 1 dy 1
y' = ⇔ y' = . ⇔ y' = . ⇔ y' = .
dx dt dx dt x dt et

d2y d dy d  dy  dt d  dy 1  1
y '' = ⇔ y '' = . ⇔ y '' = .   . ⇔ y '' = . . t  ⇔
dx 2 dx dx dt  dx  dx dt  dt e  x

d  dy  1 dy d  1  1  d 2 y 1 dy −t  1
⇔ y '' = .  . + . .   . t ⇔ y '' =  2 . t + .( −e )  . t ⇔
dt  dt  et dt dt  et  e  dt e dt  e

 d 2 y dy 
y '' = e −2t  2 − 
 dt dt 

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 127/316

Agora é só substituir:
 d 2 y dy 
x 2 y ''− 2 y = sin ( ln ( x ) ) ⇔ x 2e −2t  2 −  − 2 y = sin ( ln ( x ) )
 dt dt 

Também tenho que substituir o “x”!


 d 2 y dy 
e 2t e −2t  2 −  − 2 y = sin ln ( et )
 dt dt 
( ) ⇔

d 2 y dy
− − 2 y = sin ( t )
dt 2 dt

Agora vou resolver a Equação Característica (os coeficientes são um, -1 e -2):

y ''− y '− 2 y = 0

−b ± b 2 − 4ac
r 2 − r 1 − 2r 0 = 0 ⇔ r2 − r − 2 = 0 ⇔ ⇔
2a

r = −1 ∨ r=2
−1 t 2t
yLHA = Ae + Be ⇔ yLHA = Ae 2t + Be− t , com A e B ∈ 

Como o 2º membro não é zero, vou ter que calcular o 2º e 3º passo!

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação:

y ''− y '− 2 y = sin ( ln ( x ) )

y ''− y '− 2 y = sin ( t )


yP → y = a cos ( t ) + b sin ( t )

yP → y ' = −a sin ( t ) + b cos ( t )

yP → y '' = −a cos ( t ) − b sin ( t )

Agora substituindo na fórmula y ''− y '− 2 y = sin ( t ) , fica:

( −a cos ( t ) − b sin ( t ) ) − ( −a sin ( t ) + b cos ( t ) ) − 2 ( a cos ( t ) + b sin ( t ) ) = sin ( t )


− a cos ( t ) − b sin ( t ) + a sin ( t ) − b cos ( t ) − 2a cos ( t ) − 2b sin ( t ) = sin ( t )

−a cos ( t ) −b sin ( t ) + a sin ( t ) −b cos ( t ) −2a cos ( t ) −2b sin ( t ) = sin ( t )

( − a − b − 2a ) cos ( t ) + ( −b + a − 2b ) sin ( t ) = sin ( t )

( −3a − b ) cos ( t ) + ( −3b + a ) sin ( t ) = sin ( t )

Vou 1º ordenar, para poder prosseguir: ( −3a − b ) cos ( t ) + ( a − 3b ) sin ( t ) = sin ( t )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 128/316

 ( 0 X ( −3) ) − ( −1X1)  1  1
a =
 ( −3X ( −3) ) − ( −1X1) a = 9 + 1  a = 10
cos ( t ) → − 3a − b = 0   
 ⇔  ⇔  ⇔ 
sin ( t ) → a − 3b = 1   
b = (1X ( −3) ) ( 0 X1)
−3 3
b = b = −
 ( −3X ( −3) ) − ( −1X1)  9 +1  10

1 3
yP = a cos ( t ) + b sin ( t ) ⇔ yP = cos ( t ) − sin ( t )
10 10

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

1 3
y = Ae 2t + Be − t + cos ( t ) − sin ( t ) , com A e B ∈ 
10 10

Agora substituindo o “t” pelo “x”, fica:

1 3
y = Ae ( ) + Be ( ) + cos ( ln ( x ) ) − sin ( ln ( x ) ) , com A e B ∈ 
2 ln ( x ) − ln ( x )

10 10

1 3
y = Aex 2 + Bex −1 + cos ( ln ( x ) ) − sin ( ln ( x ) ) , com A e B ∈ 
10 10

13 – Resolva a equação (x 2
+ 1) y ''+ xy '− a 2 y = 0 , com a ∈  \ {0} , usando a mudança de variavel

x = sh ( t )
Resolução 13 -

Seja x = sh ( t ) , então posso afirmar que t = arg sh ( x )

Por outro lado sei que (1ºdia aula de Calculo II, com a Profª Drª Maribel Gomes Gonçalves Gordon):

ch 2 ( t ) − sh 2 ( t ) = 1

ch 2 ( t ) = 1 + sh 2 ( t )

Vou utilizar a Regra da Cadeia para poder resolver o exercicio. Este passo que segue é sempre a mesma coisa:

dy dy dt dy 1 dy 1
y' = ⇔ y' = . ⇔ y' = . ⇔ y' = . ⇔
dx dt dx dt 1 + x 2 dt 1 + sh 2 ( t )

dy 1
y' = .
dt ch ( t )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 129/316

d2y d dy d  dy  dt d  dy 1  1
y '' = ⇔ y '' = . ⇔ y '' = .   . ⇔ y '' = .  .  ⇔
dx 2
dx dx dt  dx  dx dt  dt ch ( t )  ch ( t )

d  dy  1  dy 1  1 d2y 1 dy sh ( t )  1
⇔ y '' = .  .  +  .  ⇔ y '' =  2 . − . 2 . ⇔
dt  dt  dt  dt ch ( t )  ch ( t )  d t ch ( t ) dt ch ( t )  ch ( t )

 d 2 y sh ( t ) dy  1
y '' =  2 − . .
 dt ch ( t ) dt  ch 2 ( t )

Recordar:

Agora é só substituir:
(x 2
+ 1) y ''+ xy '− a 2 y = 0

(( sh (t )) + 1)  ddt y ch 1(t ) − chsh ((tt )) . dydt ch 1(t )  + dydt . ch1(t ) sh (t ) − a y = 0
2  2
 2
2 2 2

Tenho que ter cuidado aqui, pois se observar bem, posso aplicar aqui um truque. Este truque só fica na cabeça
com a devida pratica diaria (para quem não tiver mais nada para fazer!):

ch 2 ( t ) − sh 2 ( t ) = 1 ⇔ ch 2 ( t ) = sh 2 ( t ) + 1

Assim a minha equação vai-se tornar muito mais simples!

d2y 1 sh ( t ) dy 1  dy 1
ch 2 ( t )  2 2 − . + . sh ( t ) − a 2 y = 0
 dt ch ()
t ch ( t ) dt ch 2 ( t )  dt ch ( t )

 d 2 y ch 2 ( t ) sh ( t ) dy ch 2 ( t )  dy sh ( t ) d 2 y dy sh ( t ) dy sh ( t )
⇔  2 2 − . + . − a2 y = 0 ⇔ − . + . − a2 y = 0 ⇔
 dt ch ( t ) ch ( t ) dt ch ( t )  dt ch ( t ) dt 2 dt ch ( t ) dt ch ( t )
2

d2y
− a2 y = 0
dt 2

Agora vou resolver a Equação Característica y ''− a 2 y = 0


r 2 − a2r 0 = 0 ⇔ r 2 − a2 = 0 ⇔ r = ±a

− a .arg sh ( x ) a .arg sh ( x )
yLHA = Ae − a t + Be a t ⇔ yLHA = Ae + Be , com A e B ∈ 

Como o 2º membro é zero, não tenho que fazer o 2º e 3º passo!

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 130/316

14 – Determine a solução geral da equação y ''+ 2 y '+ y = ch ( x )

Resolução 14 - Esta situação não está contemplada nos 4 casos da tabela da pagina 100. Por isso posso ir pelo
metodo da variação da cosntante.

e x + e− x
Mas antes de “arranca” para metodo, posso também fazer o seguinte: ch ( x ) =
2

Também foi dado no 1ºdia aula de Calculo II, com a Profª Drª Maribel Gomes Gonçalves Gordon.

e x e− x
Assim y ''+ 2 y '+ y = +
2 2

Agora já me posso socorrer da tabela da pagina 100! É ir pelo Metodo da Variação da Constante (MVC) é mais
trabalhoso e mais dificil, apesar de ser a formula geral. Mas se poder simplificar, é por aí que eu vou.

– 1º passo, resolver a Equação Diferencial Linear Completa, que consiste em torna-la Incompleta, e só depois a
Equação Característica (os coeficientes são um, e 2):

y ''+ 2 y '+ y = 0

r 2 + 2r 1 + r 0 = 0 ⇔ r 2 + 2r + 1 = 0 ⇔ r = −1 ∨ r = −1

y LHA = Ae − x + Bxe − x , com C e D ∈ 

– 2º passo, solução particular da equação dada:

Nota como tenho 2 termos no 2º membro, tenho que calcular 2 soluções particulares, um para cada termo.

i) y P1 = ae x

( y ) 'P1 = aex (por coincidencia o valor é igual!)

( y ) ''P1 = ae x (também por coincidencia o valor é igual!)

ex  e− x 
Agora substituindo na equação dada y ''+ 2 y '+ y = + 
2  2 

yP 2

x
1 1
( ae ) + 2 ( ae ) + ( ae ) = e2
x x x
⇔ 4a =
2
⇔ a=
8

Agora, como se comentem erros basicos, no caso de não se praticar, pois a tendencia é fazer isto:

ii) y P 2 = bxe − x

( y ) 'P 2 = be− x − bxe− x ⇔ ( y ) 'P 2 = e− x ( b − bx )

( y ) ''P 2 = −e− x ( b − bx ) + e− x ( −b ) ⇔

( y ) ''P 2 = e− x ( −b + bx − b ) ⇔ ( y ) ''P 2 = e− x ( bx − 2b )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 131/316

e− x
Agora substituindo na equação dada y ''+ 2 y '+ y =
2
−x
e− x
( e ( bx − 2b ) ) + 2 ( e ( b − bx ) ) + ( bxe ) = e2
−x −x −x
⇔ e − x bx − 2e− x b + 2e − x b − 2e − x bx + bxe− x =
2

e− x e− x
⇔ e− x bx −2e − x b +2e − x b −2e− x bx + e− x bx = ⇔ 0=
2 2

Quando dá para cortar tudo, é porque me enganei no passo y P 2 = bxe − x ! Porquê?

Simplesmente, como é raiz DUPLA (igual), tenho que elevar o “x” ao quadrado: y P 2 = bx 2 e − x

Agora vou fazer correcto:

ii) y P 2 = bx 2 e − x
, o dois é devido a raiz ser dupla.

( y ) 'P 2 = 2be− x − bx 2 e− x ⇔ ( y ) 'P 2 = e − x ( 2bx − bx 2 )

( y ) ''P 2 = −e − x ( 2bx − bx 2 ) + e − x ( 2b − 2bx ) ⇔


( y ) ''P 2 = e − x ( −2bx + bx 2 + 2b − 2bx ) ⇔ ( y ) ''P 2 = e − x b ( x 2 − 4 x + 2 )

e− x
Agora substituindo na equação dada y ''+ 2 y '+ y =
2
e− x
(e b ( x
−x 2
) ( )
− 4 x + 2 ) + 2 e − x ( 2bx − bx 2 ) + ( bx 2 e − x ) =
2

e− x
⇔ e − x bx 2 −4e − x bx + 2e − x b +4e − x bx −2e − x bx 2 + e− x bx 2 = ⇔
2

e− x 1
⇔ 2 e− x b = ⇔ b=
2 4
Assim sendo, fica:

1 1 2 −x
yP1 = ae x ⇔ y P1 = e x e yP 2 = bx 2 e − x ⇔ yP 2 = xe
8 4

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p1 + y p 2 , é de notar que ya = yLHA :

1 1
y = Ae − x + Bxe − x + e x + x 2 e − x , com A e B ∈ 
8 4

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 132/316

2
15 – Resolva a equação y ''+ 2 ( y ' ) tg ( y ) + sin ( y ) cos ( y ) = 0 , utilizando a mudança de função incognita

z = tg ( y )
Resolução 15 – Seja z = tg ( y ) , então:

y = arctg ( z )

Muito cuidado, pois para a 1ª derivada não posso fazer isto:


z' 1
y ' = arctg ( z ) = =
1+ z2 1+ z2

Pois é com mudança de variavel dependente. Por isso fica:


z'
y' =
1+ z2

Na 2ª derivada também enho a mesma restrição. Por isso cuidado, tanto no 1º como no 2º termo.

z '' (1 + z 2 ) − z ' (1 + z 2 ) ' z '' (1 + z 2 ) − 2 zz ' z ' z '' (1 + z 2 ) − 2 z ( z ' )


2

y '' = ⇔ y '' = ⇔ y '' =


(1 + z ) 2 2
(1 + z )2 2
(1 + z ) 2 2

Agora as funções trigonometricas:

1 1
Sei que sin 2 ( y ) + cos 2 ( y ) = 1 ⇔ tg 2 ( y ) + 1 =
cos 2 ( y )
⇔ (z 2
+ 1) =
cos 2 ( y )

Não me posso esquecr que z = tg ( y )

1 1 1 2 1
1º Vou multiplicar TUDO por : y ''+ 2 ( y ') tg ( y ) + sin ( y ) cos ( y ) =0
cos 2 ( y ) cos 2
( y) cos 2
( y) cos 2
( y)

1 2 2 sin ( y )
y ''+ ( y ') tg ( y ) + =0
cos 2
( y) cos 2
( y) cos ( y )

1 2 2
y ''+ ( y ') tg ( y ) + tg ( y ) = 0
cos 2 ( y ) cos 2 ( y )

Agora substituir os “y” e o (1 + z 2 ) :


 z '' (1 + z 2 ) − 2 z ( z ' )2  2

(1 + z ) 
2  + 2 (1 + z 2 )  z '  tg ( y ) + tg ( y ) = 0
  
(1 + z 2 )
2 2
1+ z 
 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 133/316

 z '' (1 + z 2 )(1 + z 2 ) − 2 z (1 + z 2 ) ( z ' )2   2 


  + 2 1+ z  ( z ' )2 tg ( y ) + tg ( y ) = 0 `
   1+ z2 2 
(1 + z 2 ) ( )  
2

   z = tg ( y ) z = tg ( y )

Nota: condição do exercicio tg ( y )



z = tg ( y )

2z 2 2z 2
z '' − ( z ') + 2 ( z ' ) + z = 0
1+ z2 1+ z

z ''+ z = 0

Agora vou resolver a Equação Característica (os coeficientes são um):

z ''+ z = 0

r2 + r0 = 0 ⇔ r2 +1 = 0 ⇔ r = ±i

z = A cos ( x ) + B sin ( x ) , com A e B ∈ 

Como z = tg ( y ) , fica:
tg ( y ) = A cos ( x ) + B sin ( x ) , com A e B ∈ 

y = arctg  A cos ( x ) + B sin ( x )  , com A e B ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 134/316

16 – Resolva a equação y ''+ y = sec2 ( x )

1
Resolução 16 – função trigonometrica: y ''+ y = sec 2 ( x ) ⇔ y ''+ y =
cos 2 ( x )

– 1º passo, vou resolver a Equação Característica (os coeficientes são um):

y ''+ y = 0

r2 + r0 = 0 ⇔ r2 +1 = 0 ⇔ r = ±i

y = A cos ( x ) + B sin ( x ) , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a equação utilizando o Método de Variação da Constante (MVC).

- São duas variáveis, “A” e “B”, que passa a A ( x ) e a B ( x ) .

Ora se y = A ( x ) cos ( x ) + B ( x ) sin ( x ) , com A e B ∈ 

Então y ' = ( A ( x ) ) 'cos ( x ) + A ( x ) ( cos ( x ) ) ' + ( B ( x ) ) 'sin ( x ) + B ( x ) ( sin ( x ) ) '

Cuidado, pois agora estas constantes não dão zero! E é PRODUTO.

y ' = ( A ( x ) ) 'cos ( x ) − A ( x ) sin ( x )  + ( B ( x ) ) 'sin ( x ) + B ( x ) cos ( x ) 

Agora vou impor uma condição - ( A ( x ) ) 'cos ( x ) + ( B ( x ) ) 'sin ( x ) = f ( x )

Em que o f ( x ) = 0 , passando assim a ser ( A ( x ) ) 'cos ( x ) + ( B ( x ) ) 'sin ( x ) = 0 .

y '' =  f ( x ) − A ( x ) sin ( x ) + B ( x ) cos ( x )  '

Cuidado, pois agora estas constantes não dão zero! E é PRODUTO.

y '' =  f ( x ) '− A ( x ) 'sin ( x ) − A ( x ) cos ( x ) + B ( x ) 'cos ( x ) − B ( x ) sin ( x )  '

1
Agora vou substituir na equação - y ''+ y =
cos 2 ( x )

1
( f ( x ) '− A 'sin ( x ) − A cos ( x ) + B ' cos ( x ) − B sin ( x ) ) + ( A cos ( x ) + B sin ( x ) ) = cos 2
( x)

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1
f ( x ) '− A 'sin ( x ) − A cos ( x ) + B 'cos ( x ) − B sin ( x ) + A cos ( x ) + B sin ( x ) =
cos 2 ( x )

1
f ( x ) '− A 'sin ( x ) + B 'cos ( x ) =
cos 2 ( x )

1
− A 'sin ( x ) + B 'cos ( x ) = f ( x ) '+
cos 2 ( x )

Ora tenho duas variáveis e duas igualdades, uma que eu impus e outra obtida agora:

Condição imposta ( A ( x ) ) 'cos ( x ) + ( B ( x )) 'sin ( x ) = f ( x )


1
Obtida agora − A 'sin ( x ) + B 'cos ( x ) = f ( x ) '+
cos 2 ( x )

Fica

 A 'cos ( x ) + B 'sin ( x ) = f ( x )

 1
 − A 'sin ( x ) + B 'cos ( x ) = f ( x ) '+ cos 2 ( x )

Agora vou utilizar a regra de Krmaer, mas para isso vou 1º recordar a regra

A regra de Kramer é um teorema em álgebra linear, que dá a solução de um sistema de equações lineares em
termos de determinantes.
Gabriel Kramer - matemático suíço - 1704/1752.

A chamada “Regra de Kramer” nos dá uma fórmula para resolver sistemas lineares do tipo

em termos de determinantes. A regra nos fornece instruções precisas para o cálculo das incógnitas em função

dos coeficientes e dos termos .

Observe que o sistema acima consiste de equações lineares com incógnitas . Assim, o
número de equações é igual ao número de incógnitas. A fórmula de Kramer só se aplica a sistemas lineares dessa
espécie.

Uma maneira de apresentar a Regra de Kramer, comum em textos antigos, é a seguinte:

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Nesta notação arcaica, é o determinante do sistema (1), isto é, o determinante da matriz dos coeficientes:

Os numeradores em (2) também são determinantes, os quais se relacionam com da seguinte maneira:
Para cada de a , é o determinante que se obtém de substituindo-se a sua -ésima coluna pela

coluna dos termos constantes.

Os termos constantes do sistema (1) são ; eles não dependem das incógnitas. De acordo com o
parágrafo precedente, devemos ter:

Nas páginas que se seguem, usaremos ocasionalmente o termo “determinantes de Kramer” para nos referirmos a
em geral. Em breve daremos dois exemplos concretos de aplicação da regra.

Nos textos actuais, a notação matricial tem um papel maior. Houve época em que se falava em “teoria dos
determinantes” (na tradição de Laplace, Cauchy e Gauss); as matrizes não eram mencionadas. Hoje já não se fala
mais em “determinante”, mas em “determinante de uma matriz”. As matrizes estão no centro das atenções. O
determinante é apenas uma função de matrizes: para cada matriz quadrada (de números reais) , temos o
número real

o determinante de . Além desta notação com barras, usaremos também

A função leva matrizes em números reais.

Em termos de matrizes, o sistema (1) pode ser escrito como

onde

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 137/316

Neste contexto, tornou-se comum apresentar as igualdades (2) assim:

onde é a matriz que se obtém de colocando (os elementos de) em sua -ésima coluna.

Há mais um detalhe importante sobre a Regra de Kramer: ela só se aplica a sistemas para os quais
, isto é

Esta restrição torna-se evidente a partir da própria regra tal como apresentada em (2) ou em (6). Como as
incógnitas são expressas por fracções nas quais o determinante do sistema figura nos denominadores, é
necessário supor que esse determinante seja não-nulo uma vez que a divisão por zero é impossível.

Em resumo, a Regra de Kramer nos diz que para toda matriz quadrada tal que , o sistema
(seja qual for ) tem solução única, e esta solução é dada por

2 x − 3 y = 4
Exemplo: 
5 x + 5 y = 10

Resolução - Tenho que dividir em 3 partes, D, Dx, Dy

2 −3
D= = 2.5 − ( −3) .5 = 25
5 5

4 −3
Dx = = 4.5 − ( −3) .10 = 50
10 5

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2 4
Dy = = 2.10 − 4.5 = 0
5 10

 Dx 50
2 x − 3 y = 4  x = D = 25 = 2
 ⇔  S = {( x = 2, y = 0 )} S = {( 2,0 )}
5 x + 5 y = 10  y = Dy = 0 = 0
 D 25

Voltando ao exercício:

cos ( x ) sin ( x )
D= = −1
sin ( x ) − cos ( x )

f ( x) sin ( x )
sin ( x )
DA ' = 1 = − f ( x ) cos ( x ) − f ( x ) 'sin ( x ) + =0
f ( x ) '− − cos ( x ) cos 2 ( x )
cos 2 ( x )

cos ( x ) f ( x)
1
DB ' = 1 = f ( x ) 'cos ( x ) − − f ( x ) sin ( x ) = 0
sin ( x ) f ( x ) '− cos ( x)
cos ( x )
2

f ( x) = 0 e f ( x)' = 0

 sin ( x )

 A' = DA ' cos 2 ( x ) sin ( x )
= =−
 A' = 4  D −1 cos 2 ( x )
 ⇔ 
 B ' = 10  −
1
 DB ' cos ( x ) 1
B ' = = =
 D −1 cos ( x )

Agora vou integrar:

  sin ( x ) 
 A = ∫  −  dx = ∫ ( − sin ( x ) cos ( x ) ) dx =
−2

  cos 2
( x ) 

  1 
 B = ∫  cos x  dx =
  ( )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 139/316

Agora o A é fácil, mas o B, não é nada fácil!

Vou recordar uma igualdade, pois é através dessa igualdade vou tornar compreensível a integração.

Ora aqui vai : sei que sin ( 2α ) = 2sin (α ) cos (α )

Agora vou realizar uma igualdade, que é a de utilizar os ângulos complementares, pode parecer mais confuso,
mas tem um objectivo:
   
π   π x   π x  π x 
sin  − x  = sin  2  −   = 2sin  −  cos  − 
2   4 2  
 4 2   4 2
 2α   
  α
 2 sin (α ) cos (α )
sin ( 2α )

Outra nota importante numa integração –

Numa situação em que não se domina bem o calculo, para não se parar, ou devido aos nervos, não bloquear, usar
o seguinte truque: aquilo de que não se sabe o que vai dar, notamos g ( x )

Exemplo do que foi dito:

  sin ( x ) 
 A = ∫  −  dx = ∫ ( − sin ( x ) cos ( x ) ) dx
−2
 cos −2 +1 ( x )
 cos ( x )   A = ∫ ( ( cos ) 'cos ( x ) ) dx =
2 −2
 1
 ⇔  −2 + 1 = − +C
  1  B = g ( x ) + D cos ( x)
 B = ∫  cos x  dx = 
  ( )

Mas como sei resolver (!), vou passar ao passo seguinte:

 1 
Calculo Auxiliar de B = ∫   dx
 cos ( x ) 
   
 1     
1 1
B = ∫ dx ⇔ B = ∫  dx ⇔ B = ∫  dx ⇔
 cos ( x )   π    π x   
  sin − x  sin  2  −   
  
 2     4 2 

 
 1 
⇔ B = ∫  dx ⇔
 π x  π x  
 2sin −
 4 2  cos −
 4 2  
 

π x 
Agora vou dividir TUDO por cos  − 
 4 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 140/316

 1 
 x π 
 cos  −  
 2 4 
⇔ B = ∫ dx ⇔
 x π  
 2tg  −  .1 
 2 4  
 
 

Agora vou trocar o SINAL, e passar a constante para fora:

 1 
  x π
 cos  −  
1  2 4   dx
⇔ B = − ∫ ⇔
2  x π  
 tg  −  
 2 4  
 
 

1
x π  2
Sei que se u = tg  −  → u' =
2 4  2 x π
cos  − 
2 4 

 1 
 2 
 
 cos 2  x − π  
  
 2 4   dx x π
Assim B = −∫  ⇔ B = − ln tg  − 
x π 
 tg  −  
 2 4
 2 4  
 
 
 

Agora que já calculei o B, vou continuar com tudo junto:

  sin ( x )  1
 A = ∫  −  dx = ∫ ( − sin ( x ) cos ( x ) ) dx =
−2
− +C
  cos 2
( x )  cos ( x )

  1 
  2 
  
  cos 2  x − π  
  1    2 4   x π
 B = ∫  cos x  dx = − ∫  x π 
dx = − ln tg  −  + D
  ( )  tg  −  
 2 4
  2 4  
  
  
  

 1   x π 
 cos ( x ) +  − ln tg  2 − 4  + D  sin ( x ) , com C, D ∈ 
Assim a resposta ao exercício é: y =  c −
 cos ( x )   

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2 1
17 – Resolva a equação x 4 yy ''− 2 x 4 ( y ' ) + 2 x 3 yy '+ y 2 ( y − 1) = 0 , utilizando como função incognita z = ,
y
1
e como variavel independente t = .
x

Resolução 17 – a nivel de dificuldade esta está no Red Line. Tem DUAS mudança de variaveis, “t” e “z”. O
exercicio tem que acabar com “x” e “y”!.

Aqui vai.

 1  1
 z = y 
y=
z
Sejam  ⇔ 
t = 1 x = 1
 x  t

Agora a variavel independente é o “t”, e a dependente é o “z”.

dy dy dt 1'.z − z '.1  1  z' t2z '


Sei que y ' = = . = .  − 2  = − 2 . ( −t 2 ) =
dx dt dx z2  x  z z2

Cuidado pois ( −t 2 ) , o quadrado não afecta o sinal, só se o quadrado estivesse no parentesis.

d 2 y d dy d  t 2 z '  d  t 2 z '  dt ( t z ') '.z  − ( t z ') . ( z ) '  1 


2 2 2 2

Ora, então y '' = = . = .   =   = . − 2  `


( z2 )
2
dx 2 dx dx dx  z 2  dt  z 2  dx x 
   dt
d  t2 z '  dx
 
dt  z 2 

 
( t 2 z ' ) '.z 2  − t 2 z '.( z 2 ) '  1 
y '' =    . − (  )
( t 2 ) '.z '+ t 2 .( z ' ) ' .z 2 − ( t 2 z '.2 z.z ') 
. −
1


 2=   1 2 
( )
z 2 2
 x  ( )z 2 2
   
 t 

y '' =
( 2t.z '+ t .z '' .z ) − ( t z '.2 z.z ') .( −t ) = 2t.( −t ).z '.z
2 2 2
2
2 2
+ t 2 .( −t 2 ) .z ''.z 2 − t 2 .( −t 2 ) ( z ' ) .2 z
2

(z )
2 2
(z )2 2

2
2t 3 .z ' t 4 .z '' 2t . ( z ')
4
−2t 3 .z '.z − t 4 .z ''.z + 2t 4 .z '
y '' = 3
=− 2 − 2 +
z z z z3

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 142/316

2 1 1
Agora substituindo: x 4 yy ''− 2 x 4 ( y ' ) + 2 x 3 yy '+ y 2 ( y − 1) = 0 , e tambem sei que y = e que x =
z t

2
 1   1   2t .z ' t .z '' 2t . ( z ' )
2
4 3 4 4  4
1  t z ' 
2 3 2
1  1  t z '   1   1  
2

    − 2 − 2 +  − 2    2  + 2      2  +      − 1 = 0
 t   z  z z z3  t   z   t   z  z   z   z  

2
1 1  2t 3 .z ' t 4 .z '' 2t . ( z ' )
2
4  1  t2z '  1 1  t2z '  1  1 
 − 2 − 2 +  − 2 4  2  + 2 3  2  + 2  − 1 = 0
t 4 z  z z z3 
 t  z  t z z  z z 

( t 2 z ') + 2 t 2 z ' + 1 − 1 = 0
2 2
2t 3 .z ' t 4 .z '' 2t . ( z ')
4

− 4 3 − 4 3 + − 2
t z t z t 4 z4 t4 z4 t 3 z3 z3 z 2

2 2
2 t 3 .z ' t 4 .z '' 2 t 4 .( z ') t 4 ( z ') t2 z ' 1 1
− − + −2 +2 + − =0
t z 4 3 4
t z 3 4
t z 4 4
t z 4 3
t z 3
z3 z 2

2 2
2.z ' z '' ( z ') ( z ') z' 1 1  z '' 1 1  3
− − 3 +2 4 −2 4 + 2 3 + 3 − 2 = 0 ⇔  − z 3 + z 3 − z 2 = 0  .z ⇔
tz 3 z z z tz z z  

z 3 z '' z 3 z 3
⇔ − + 3 − 2 =0 ⇔ − z ''+ 1 − z = 0 ⇔ − z ''− z = −1 ⇔ z ''+ z = 1
z3 z z

– 1º passo, vou resolver a Equação Característica (os coeficientes são um):

z ''+ z = 0 ⇔ r2 + r0 = 0 ⇔ r2 +1 = 0 ⇔ r = ±i

z = A cos ( t ) + B sin ( t ) , com A e B ∈ 

Cuidado aqui, pois há a tendencia de notar z = A cos ( x ) + B sin ( x ) , com A e B ∈ 

– 2º passo, calcular a solução particular, 1ª tentativa, grau zero, z = a , logo tenho z ' = 0 e z '' = 0 :

Substituindo z ''+ z = 0 ⇔ 0+ a =1 ⇔ a =1

Então z = 1 , é solução particular da equação dada.

- 3º passo, a solução geral é z = A cos ( t ) + B sin ( t ) + 1, com A e B ∈ 


  
Solução Associada

1 1 1
Como sei que y = e x = , então y= , com A e B ∈ 
z t 1 1
A cos   + B sin   + 1
x x

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 143/316

18 – Mostre que existem dois polinomios P e Q tais que o lad esquerdo da equação (1+ x ) y ''+ 4xy '+ 2 y = 0 é,
2

para todo o x ∈  , a derivada de P ( x ) y '+ Q ( x ) y . Deduza então a solução geral da equação dada.

Resolução 18 – o que me é dito é que ( P ( x ) y '+ Q ( x ) y ) ' = (1 + x ) y ''+ 4 xy '+ 2 y = 0 .


2

P ( x ) y ' ) '+ ( Q ( x ) y ) ' = (1 + x ) y ''+ 4 xy '+ 2 y = 0


( 2

2 Produtos!

( P ( x ) ) ' y '+ P ( x )( y ') '+ ( Q ( x ) ) ' y + Q ( x )( y ) ' = (1 + x ) y ''+ 4 xy '+ 2 y = 0


2

Agora tenho que fazer estas associações:

( P ( x ) ) ' y '+ P ( x ) y ''+ ( Q ( x ) ) ' y + Q ( x )( y ) ' = (1 + x 2 ) y ''+ 4 xy '+ 2 y = 0

( P ( x ) ) ' y ' + P ( x ) y ''+ ( Q ( x ) ) ' y + Q ( x )( y ) ' = (1 + x ) y ''+ 4 x y ' + 2 y = 0


2

( P ( x ) ) ' y '+ P ( x ) y '' + ( Q ( x ) ) ' y + Q ( x )( y ) ' = (1 + x ) y '' + 4 xy '+ 2 y = 0


2

Agora vou fazer as equivalencias:

P ( x ) = 1 + x2 P ( x ) = 1 + x2 P ( x ) = 1 + x2
   P ( x ) = 1 + x
2

( P ( x ) ) '+ Q ( x ) = 4 x ⇔ 2 x + Q ( x ) = 4 x ⇔ Q ( x ) = 4 x − 2 x ⇔ 
   Q ( x ) = 2 x
( Q ( x ) ) ' = 2 ( Q ( x ) ) ' = 2 Q ( x ) = 2 x

Assim sendo, existe um P ( x ) e um Q ( x ) tal que:  P ( x ) y '+ Q ( x ) y  ' = (1 + x 2 ) y ''+ 4 xy '+ 2 y .

Então como (1 + x 2 ) y ''+ 4 xy '+ 2 y = 0 , fica  P ( x ) y '+ Q ( x ) y  ' = (1 + x 2 ) y '+ 2 xy  '

(1 + x ) y '+ 2 xy = K
2

– 1º passo, resolver a Equação Diferencial Linear Incompleta, que consiste em torna-la homogénea:

(1 + x ) y '+ 2 xy = 0
2

(1 + x ) y '+ 2 xy = 0
2
⇔ (1 + x ) dy
2

dx
= −2 xy ⇔ (1 + x ) dy = ( −2 xy ) dx
2

1  2x  1  2x 
⇔   dy =  −
y
  
 dx
1 + x2 
⇔ ∫  y  dy = ∫  − 1 + x 2 

dx ⇔ ln y = − ln 1 + x 2 + c ⇔

−1 −1 B
⇔ ln y = ln 1 + x 2 + ln ec ⇔ ln y = ln 1 + x 2 +B ⇔ ln y = ln ⇔
1 + x2
A
y=
1 + x2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 144/316

– 2º passo, vou calcular a equação particular, utilizando o método da variação da constante (MVC):

A  A  ( A) ' (1 + x 2 ) − A (1 + x 2 ) ' A ' (1 + x 2 ) − 2 Ax


Como y = , então y ' =  2 
' ⇔ y' = ⇔ y' =
1 + x2 1+ x  (1 + x )
2 2
(1 + x )2 2

Agora vou substituir na equação, (1 + x 2 ) y '+ 2 xy = K (cuidado que não é igual a zero, pois isso já calculei):

 A ' (1 + x 2 ) − 2 Ax 
(1 + x ) 
2  + 2 x  A  = K
 (1 + x )
2 2 

2
1+ x 

A ' (1 + x 2 ) − 2 Ax A A ' (1 + x 2 ) 2 Ax 2 Ax
⇔ + 2x =K ⇔ − + =K ⇔
1 + x2 1 + x2 1 + x2 1 + x2 1 + x 2

⇔ A' = K ⇔ A = ∫ ( K ) dx ⇔ A = Kx + D

3º passo – Solução Geral, y = ya + y p , é de notar que ya = yLHA :

A Kx + D
y= ⇔ y= , com D e K ∈ 
1 + x2 1 + x2

19.1 – Considere a equação diferencial: ( )


x2 ( ln ( x ) − 1) y ''+ ( y ') − xy '+ 1 = 0
2

Fazendo a mudança de função incognita z = e y obtém uma nova equação em “z” e “x” que admite como solução
particular um polinomio de 1º grau. Determine então a solução geral da equação dada.

Resolução 19.1
( )
x2 ( ln ( x ) − 1) y ''+ ( y ') − xy '+ 1 = 0
2

( z)' z ''.z − z '.z '


É-me dito que que z = e y , logo y = ln ( z ) e assim sendo y ' = e y '' =
z z2

  z ''.z − z '.z '   ( z ) ' 2   ( z ) ' 


Agora substituindo x2 ( ln ( x ) −1)   +   − x  +1 = 0
 z2   z    z 

 z '' .z ( z ')2 ( z ')2 


x2 ( ln ( x ) −1)  − 2 + 2  − x  z '  + 1 = 0
 z2 z z  z
 

z '' z'
x2 ( ln ( x ) −1) − x +1 = 0
z z

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 145/316

Agora vou multiplicar TUDO por “z”:

 2 z '' z' 
 x ( ln ( x ) −1) z − x z + 1 = 0 .z
 

x 2 ( ln ( x ) − 1) z ''− xz '+ z = 0

Agora vou lá por tentativa, começando pelo grau zero.

z=a → z'= 0 → z '' = 0

Substituindo x 2 ( ln ( x ) − 1) z ''− xz '+ z = 0

→ x 2 ( ln ( x ) − 1) ( 0 ) − x ( 0 ) + a = 0 ⇔ a = 0 , ora se a = 0 , não é solução!

2ª tentativa, agora pelo grau um.

z = ax + b → z'= a → z '' = 0

Substituindo x 2 ( ln ( x ) − 1) z ''− xz '+ z = 0

→ x 2 ( ln ( x ) − 1) ( 0 ) − x ( a ) + ( ax + b ) = 0 ⇔ x 2 ( ln ( x ) − 1) ( 0 ) − ax + ax + b = 0 ⇔ b = 0

Assim z = ax + b ⇔ z = ( a ) x + 0 → z=x

Posso assim afirmar que z = x , é solução da equação x 2 ( ln ( x ) − 1) z ''− xz '+ z = 0

Cuidado agora, pois a partir deste ponto requer mais atenção/conhecimento.

2ª Mudança de Variavel - z = xw , e assim sendo z ' = w + xw ' e z '' = w '+ w '+ xw '' = 2w '+ xw ''

Substituindo - x 2 ( ln ( x ) − 1) z ''− xz '+ z = 0

x 2 ( ln ( x ) − 1) ( 2 w '+ xw '') − x ( w + xw ') + xw = 0

2 x 2 ( ln ( x ) − 1) w '+ x 3 ( ln ( x ) − 1) w ''− xw − x 2 w '+ xw = 0

2 ln ( x ) x 2 w '− 2 x 2 w '+ ln ( x ) x 3 w ''− x 3 w '' − xw − x 2 w ' + xw = 0

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 146/316

Vou dividir TUDO por x 2 :


2 ln ( x ) w '− 2 w '+ ln ( x ) xw ''− xw ''− w ' = 0

Vou “arrumar” e agrupar:


( ln ( x ) x − x ) w ''+ ( 2 ln ( x ) − 3) w ' = 0

Como tenho uma 3ª e 2ª derivada, e NÃO tenho uma 1ª derivada, vou voltar a utilizar uma nova mudança de
variavel.

3ª Mudança de Variavel - u = w ' , e assim sendo u ' = w ''

Substituindo - ( ln ( x ) x − x ) w ''+ ( 2 ln ( x ) − 3) w ' = 0


du
( ln ( x ) x − x ) u '+ ( 2 ln ( x ) − 3) u = 0 ⇔ ( ln ( x ) x − x ) dx = − ( 2 ln ( x ) − 3) u ⇔

1  2 ln ( x ) − 3 
⇔ ( ln ( x ) x − x ) du =  − ( 2 ln ( x ) − 3) u  dx ⇔   du =  −  dx ⇔
u  ln ( x ) x − x 
1  2 ln ( x ) − 3   2 ln ( x ) − 3 
⇔ ∫  u  du = − ∫  ln ( x ) x − x  dx ⇔ ln u = − ∫   dx ⇔
 x ( ln ( x ) − 1) 
 
 

e2 x + 2e3 x
Vou recordar, por isso vou calcular ∫ 1 − ex
dx , que é assim:

(e )
x 2
+ 2 (ex )
3

1º vou tentar escrever com a mesma potencia: ∫ 1 − ex


dx ,

2º vou procurar pelo valor de x : e x = t ⇔ x =? ⇔ x = log ( t )

'

3º derivar em ordem a x : ( x ) = ( log ( t ) )


' ' ' (t ) ' 1
⇔ ( x) = ⇔ ( x) =
t t

dx 1 1
4º substituir o dx, por dt: = ⇔ dx = dt
dt t t

3 →2
(t ) 2 + 2 (t ) 1 t + 2t 2
5º reescrever o integral: ∫ 1− t t
dt = ∫
1− t
dt =

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 147/316

Sempre que tiver um polinómio do numerador, superior ao do divisor, posso fazer a divisão:

t2 t 2 +t −t + 1
Algoritmo da Divisão:
1− t − 2t − 3
−2t 2 + 2t
+ 3t
− 3t + 3
+3

t + 2t 2 3 3
=∫ dt = ∫ −2t − 3 + dt = ∫ −2t dt + ∫ −3 dt + ∫ dt =
1− t 1− t 1− t

1
− ∫ 2t dt − 3∫ 1 dt + 3∫ dt = −t 2 − 3t − 3log (1 − t )
1− t

Agora, vou substituir o “t” por e x , e fica: −e 2 x − 3e x − 3log (1 − e x ) + c, c ∈  .

Voltando ao meu exercício fica ln ( u ) = t ⇔ u = et

dx
= et ⇔ dx = ( et ) dt ⇔ dx = ( et ) dt
dt

 2 ln ( x ) − 3   2t − 3 t 
Fica: ⇔ ln u = − ∫   dx ⇔ ln u = − ∫  e  dt ⇔
 ln ( x ) x − x   e t ( t − 1) 
 

 2t − 3 
⇔ ln u = − ∫   dt ⇔
 t −1 

Calculo auxiliar:

2t − 3 2t − 3 t −1
Algoritmo da Divisão:
t −1 2
−2t + 2
−1

 1 
⇔ ln u = − ∫  2 −  dt ⇔ ln u = −2t + ln t − 1 + c ⇔
 t − 1

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 148/316

Agora vou voltar para a equação antes da integração por substituição ln ( u ) = t ⇔ u = et

ln u = −2 ln ( x ) + ln ln ( x ) − 1 + ln ( e c ) ⇔ ln u = ln ( x −2 ) + ln ln ( x ) − 1 + ln ( e c ) ⇔

=A

( ln ( x ) − 1) .B
⇔ (
ln u = ln x −2 . ln ( x ) − 1 . A ) ⇔ ln u = ln ( ) ⇔ u=
x2

B ( ln ( x ) − 1)  B ( ln ( x ) − 1) 
Então e como w ' = u , w ' = ⇔ w = ∫  dx ⇔
x 2  x2 
 

 1 
w = B ∫  2 ( ln ( x ) − 1)  dx
x 

Vou utilizar, na integração, o metodo de substituição por partes (MSPP):

1 1
m=− m' =
x x2

n = ln ( x ) − 1 1
n' =
x

 1  1  1  
w = B  m.n − ∫ ( m.n ') dx  ⇔ w = B  − . ( ln ( x ) − 1) − ∫   −  .  dx  ⇔
 
 x  x  x  

 1  1  1    1 1 1 
⇔ w = B  − . ( ln ( x ) − 1) − ∫   −  .  dx  ⇔ w = B  − . ( ln ( x ) − 1) + ∫  .  dx  ⇔
 x  x  x    x x x 

 1  1    1 1 
⇔ w = B  − . ( ln ( x ) − 1) + ∫  2  dx  ⇔ w = B  − ln ( x ) + + ∫ ( x −2 ) dx  ⇔
 x x    x x 

 1 1 x −2 +1   1 1 1
⇔ w = B  − ln ( x ) + + +D ⇔ w = B  − ln ( x ) + −  + D ⇔
 x x −2 + 1   x x x

B ln ( x ) K ln ( x )
⇔ w=− +D ⇔ w= +D ⇔ xw = K ln ( x ) + Dx ⇔
x x

Z = K ln ( x ) + Dx

Assim sendo, ln ( Z ) = ln ( K ln ( x ) + Dx ) ⇔ y = ln ( K ln ( x ) + Dx )

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 149/316

19.2 – Calcular (1 − x ) y ''+ xy´− y = 0

Resolução – classificação, Equação Linear, de 2ª Ordem, Incompleto, e de Coeficiente Não Constante.

1º passo, como não me é dado pistas, vou lá por inspecção (é um método, é mais fácil do que pela variação da
constante). O objectivo é baixar um grau, como a ED é de 2ª ordem, vou tentar “transpô-la” para de 1ª ordem.

Tentativa 1 - y = ax 2 + bx + c , logo a sua primeira derivada é y ' = 2a + b e a 2ª é y '' = a . Agora vou substituir
na equação dada.

(1 − x )( a ) + x ( 2a + b ) − ( ax 2 + bx + c ) = 0 ⇔ a − ax + 2ax +bx − ax 2 −bx − c = 0 ⇔

a + ax − ax 2 − c = 0 (p.f.)

Como (1 − x ) é um polinómio do 1º grau, de certeza que tenho solução por aqui. Vou então fazer uma 2ª
tentativa com um polinómio do 2º grau.

Tentativa 2 - y = ax + b , logo a sua primeira derivada é y ' = a e a 2ª é y '' = 0 . Agora vou substituir na equação
dada.
(1 − x )( 0 ) + x ( a ) − ( ax + b ) = 0 ⇔ ax − ax − b = 0 ⇔ b=0 (p.v.)

Logo yP = ax + 0 ⇔ y P = ax

Obtive uma infinidade de soluções, mas só pretendo uma, vou igualar a = 1

Assim a minha solução particular, obtida por inspecção, é y1 = x

Agora tornou-se fácil, pois se sei uma solução particular é fácil calcular a segunda, é só multiplicar essa mesma
solução por uma função qualquer. Nota que não poderia escolher um valor de “a” qualquer, e multiplicar por “x”,
pois teria a mesma solução. Ou seja esta nova solução não seria linearmente independente, o que é uma condição
da 2ª solução face a 1ª. Vou então utilizar a mudança da variável dependente.

Assim, seja y = f ( z ) x , mas tornar mais fácil o desenvolvimento dos cálculos, representa-se por y = zx .

Tenho que ter o devido cuidado de que este “z” não é bem uma constante, é uma função.

Assim a sua primeira derivada é (cuidado que é um produto) y ' = z ' x + zx ' ⇔ y' = z'x+ z

E a 2ª derivada é ⇔ y '' = ( z ' x + z ) ' ⇔ y '' = ( z ' x ) '+ ( z ) ' ⇔

⇔ y '' = z '' x + z '+ z ' ⇔ y '' = z '' x + 2 z '

Agora vou substituir, (1 − x ) y ''+ xy´− y = 0

(1 − x )( z '' x + 2 z ') + x ( z ' x + z ) − ( zx ) = 0 ⇔ xz ''+ 2 z '− x 2 z ''− 2 xz '+ z ' x 2 + zx − zx = 0 ⇔

Vou agrupar:
⇔ ( x − x ) z ''+ ( 2 − 2 x + x ) z ' = 0
2 2

Agora vou simplificar, pois vou utilizar uma mudança de variável para “transportar” a equação para uma
Equação Linear de 1ª Ordem.

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 150/316

Assim w = z ' , logo w ' = z '' , e substituindo na equação ( x − x ) z ''+ ( 2 − 2 x + x ) z ' = 0


2 2
, fica:

( x − x ) w '+ ( 2 − 2 x + x ) w = 0
2 2
⇔ ( x − x ) dw
2

dx
+ (2 − 2x + x ) w = 0
2

O que me permite fazer por separação de variáveis:

⇔ ( x − x ) dw
2

dx
+ (2 − 2x + x ) w = 0
2
⇔ ( x − x ) dw = ( − ( 2 − 2 x + x ) w ) dx
2 2

1  2 − 2 x + x2  1  2 − 2x + x2 
⇔  
w
dw = −
 x − x2 
 dx ⇔ ∫  w  dw = − ∫  x − x 2  dx
 ⇔

Antes de tentar integrar o 2º membro, tenho que ter o cuidado de notar que a potência do numerador é igual ao
denominador, por isso vou ter que 1º executar a regra de Ruffini (se a potencia do numerador fosse maior,
também teria que utilizar esta regra).

Só não posso utilizar a regra de Ruffini para números complexos!

Mais uma nota, pode parecer fútil e estúpido, mas garanto que não o é, pois vai facilitar. O sinal menos que está
fora do integral, vou voltar a pô-lo dentro, mas no DENOMINADOR!

2 − 2 x + x2 x2 − 2 x + 2
Assim, fica ⇔
x2 − x x2 − x

Regra de Ruffini:

1  2 − 2 x + x2  1  −x + 2 
⇔ ∫  w  dw = ∫  x2 − x
 dx

⇔ ∫  w  dw = ∫ (1) dx + ∫  x
2
−x
 dx ⇔

O 2º termo do 2º membro não é imediato, por isso vou lá utilizando o método de integração dos coeficientes
indeterminados.
−x + 2 −x + 2 A B A ( x − 1) + Bx Ax − A + Bx
→ → + ⇔ ⇔
2
x −x x ( x − 1) x x −1 x ( x − 1) x ( x − 1)

A + B =1 B = 1
 ⇔ 
− A = 2  A = −2

Agora já consigo integrar todos os termos:

1  −x + 2  1  2  1 
⇔ ∫  w  dw = ∫ (1) dx + ∫  x 2
−x
 dx ⇔ ∫  w  dw = ∫ (1) dx + ∫  − x  dx + ∫  x − 1  dx ⇔

e x ( x − 1)
⇔ ln w = ln e x − 2 ln x + ln x − 1 + ln e c ⇔ w= A
x2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 151/316

Agora não me posso esquecer que tenho que devolver o resultado em ordem a “x” e “y”, pois foi assim que me
foi apresentado. A variável que fui utilizando para progredir no cálculo tem que ser anuladas, tanto o “w” como o
“z”.

Assim vou começar por anular o w, ora sei que w = z ' , então fica:

e x ( x − 1)  e x ( x − 1) 
z' = A ⇔ z = ∫A  dx ⇔
x2  x2 

Muito cuidado aqui, pois se não se conseguir perceber este pequeno truque, torna-se muito difícil a sua
integração. É simples, mas muito eficaz, que é o de multiplicar o e x com o ( x − 1) , e com isto vou criar mais
dois termos para integrar em vez de um.

 ex x − ex    ex x   ex     ex   ex  
⇔ z = A∫  2  dx ⇔ z = A  ∫  x2 
 dx + ∫  x 2  
− dx  ⇔ z = A ∫ x 
 dx + ∫ − x 2  dx 
 x         

Agora é uma questão de sorte, pois apesar de nenhum dos dois termos obtidos serem de integração imediata, ao
escolhermos um deles e utilizando o método de integração por partes, temos uma solução que nos permite cortar
o 2º termo. Qual deles? Aqui só se lá vai por experiencia. É o 1º termo que tenho que integrar.

Não é uma integração imediata, vou ter que utilizar o método de substituição por partes (MPP).

u ' v = u.v − ∫ u.v ' 


 Utilizar uma ou outra, a regra não é rigida
uv ' = u.v − ∫ u ' .v 

u = ex u' = ex
Fazer a caixa auxiliar:

Formula: u 'v = u.v − ∫ u.v ' 1 1


v= v' = −
x x2

1   1  ex  ex 
Fica (só o 1º termo): uv ' = ( e x ) .   − ∫  ( e x ) .  − 2   dx ⇔ uv ' = + ∫  2  dx
x   x  x x 

Agora integrando o 1º termo, fica:


 
  ex   x 
 ex   e  e x
  e x

⇔ z = A  ∫   dx + ∫  − 2  dx  ⇔ z = A  + ∫  2  dx + ∫  − 2  dx + B  ⇔
  x  x    x x   x  
  
 Milagre! 

A x
z= e +B
x

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 152/316

3º passo, ora como sei que y = zx , então fica

A 
y =  ex + B  x ⇔ y = Ae x + Bx
x 

Confirmação - ora eu sei que uma Equação Linear de 2ª Ordem tem duas soluções particulares. Como descobri,
por inspecção a 1ª, que é y1 = x , onde é que ela está?

É o segundo termo!, pois se B = 1 , tenho com y1 = x . Logo também consigo saber o valor de y 2 , pois basta-me
igualar o B = 0 e o A = 1 , e fica y2 = e x .

2
19.3 – Calcular 2 yy '+ xyy ''− x ( y ' ) + 4 xy 2 ln ( y ) = 0

Resolução – classificação, Equação Linear, de 2ª Ordem, Incompleto, e de Coeficiente Não Constante.

1º passo, agora em vez de ir pela inspecção vou por uma caminho mais complexo, mas seguro, pois pela
mudança de variável dependente, nunca falha.

z
 z
 z
z
z ' x − z xz
y = ex → ( y)' = ex ' ⇔ y ' =  'ex ⇔ y' = .e
  x x2

 z'x − z z
  z'x − z  x z'x − z  x 
z z
→ ( y ') ' =  2
.e x  ' ⇔ y '' =  2  '.e + 2
. e  '
 x   x  x  

z
 z'x z  z ' x − z  z  xz  z ' x   z z
  x z'x − z  z'x− z  x
z
⇔ y '' =  2 − 2  '.e x + .  ' e ⇔ y '' =  2  '+  − 2 '
 .e + .   e ⇔
 x x  x2  x   x   x  x2  x2 

 z '' x − z ' z ' x 2 − 2 xz  zx  z ' x − z  xz


2
  z '' x z ' z ' x 2 2 x z   z ' x z  2  z
⇔ y '' =  −  .e +   e ⇔ y '' =   − 2− +  +  2 − 2  ex ⇔
 x
2
x4  x
2
  2 x x4 x 4   x x  
   x

  z '' z ' z ' 2 z   z ' x 2 2 z ' xz  z 2  z


⇔ y '' =   − 2 − 2 + 3  +  2  − 4 +  2   e x ⇔
 x x x x   x  x  x  

 z '' z ' z ' 2 z ( z ')2 x 2 2 zz ' z 2  z  z '' 2 z ' 2 z ( z ') 2 2 zz ' z 2  z


⇔ y '' =  − 2 − 2 − 3 + − 3 + 4 ex ⇔ y '' =  − 2 + 3 + 2 − 3 + 4  e x ⇔
 x x x x x x   x 
 x x x x x
4
 x 

2
Substituindo 2 yy '+ xyy ''− x ( y ' ) + 4 xy 2 ln ( y ) = 0 , fica:

 zx    z '' 2 z ' 2 z ( z ') 2 zz ' z 2  xz   z ' x − z xz 


2 2 2
 xz  z ' x − z xz   xz   xz 
2  e  .e  + x  e    − 2 + 3 + 2 − 3 + 4  e  − x  .e  + 4 x  e  ln  e  = 0
    x x x    x 2
2
  x  x x x
     
2
   z '' 2 z ' 2 z ( z ') 2 2 zz ' z 2  z   z'x− z z 2
 z  z ' x − z z   z   z  z
2 ex  .ex  + x ex  − 2 + 3 + 2 − 3 + 4  ex  − x . ex  + 4 x  e x  ln  e x  = 0
   x2    x x x x x x    x2     
       

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 153/316

 z'x− z   z '' 2 z ' 2 z ( z ')2 2 zz ' z 2   z ' x − z  2  z


2  + x  − 2 + 3 + 2 − 3 + 4  − x  + 4 x ln  e x  = 0
 x
2
 x   x 2
  x x x x x   

 z z
Ora como sei que ln  e x  =
  x

2
 z ' x − z   xz '' 2 xz ' 2 xz x ( z ') 2 xzz ' xz 2 
2
 z'x − z   z
2  +  − 2 + 3 + − 3 + 4  − x  + 4 x ln  e x  = 0
 x
2
  x x x x 2
x x   x
2
  

2 2
 z ' x − z   z ' x − xz 
2
Cuidado, pois não posso multiplicar tudo por “x”, x  2  ≠  , pois está elevado ao quadrado!
 x   x2 

2
 z ' x − z   x z '' 2 x z ' 2 x z x ( z ')  2
2 x zz ' x z 2  z'x − z  z
2 +
  − + + − +  − x  +4x =0
 x
2
  x x 2
x 3
x 2
x3 x4   x 2
 x

2
2 z ' 2z ( z ') 2 zz ' z 2
2
2 z ' 2z  z'x− z 
− 2 + z '' − + 2 + − 2 + 3 − x 2  + 4z = 0
x x x x x x x  x 

2
( z ') 2 zz ' z 2  z'x − z 
2

z ''+ − 2
+ 3 − x 2  + 4z = 0
x x x  x 

Calculo auxiliar:

O segredo está aqui


( z ') 2 zz ' z 2
− + 3 , vou começar por por tudo com o mesmo denominador:
x x2 x

2 2
( z ') 2 zz ' z 2 x ( z ' ) − 2 x zz '+ z
3 3 2

− + = = agora multiplico TUDO por “x”


x x2 x3 x3

2
x 4 ( z ') − 2 x 4 zz '+ xz 2  x 3 z ' 2 − 2 x 3 zz '+ z 2 
( )  z'x − z 
2

= = x = x 
 
x4 ( x2 )
2 2
 x 
 

Agora, volto ao exercício, e substitui,

2
( z ') 2 zz ' z 2  z'x− z 
2
 z'x − z 
2
 z'x − z 
2

z ''+ − 2
+ 3 − x 2  + 4z = 0 ⇔ z '' + x  2  −x 2  + 4z = 0
x x x  x   x   x 

z ''+ 4 z = 0

Como tem coeficientes constantes, poso resolver pela equação característica:

r2 + 4 = 0 ⇔ r = ±2i

Solução Geral da equação dada: z = A cos(2 x) + B sin ( 2 x )

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 154/316

z
 z z
E como sei que y = e x ⇔ ln ( y ) = ln  e x  ⇔ ln ( y ) = ⇔ z = ln ( y ) .x
  x

Então, e substituindo, fica ln ( y ) .x = A cos(2 x) + B sin ( 2 x )

19.4 – Calcular xy ''− ( 2 + 15 x 3 ) y '+ 54 x 5 y = 0 , utilizando a mudança de variável t = x3

Resolução – classificação, Equação Linear, de 2ª Ordem, Incompleto, e de Coeficiente Não Constante.

1º passo, aqui muito cuidado! Pois no exercício dois, era a variável dependente, mas aqui é a variável
INDEPENDENTE. Aqui a chamada de atenção deve ao facto de que agora vou tratar de “t” como se fosse uma
função e não uma constante. Logo não pode ir a zero. Vou ter que usar a regra da cadeia. O problema surge na 2ª
derivada, pois começa a complicar, por isso vou fazer “devagarinho”.

1
Como sei que t = x3 , então também sei que x = t 3 . Vou calcular as respectivas derivadas (1ª e 2ª), de “y”, para
poder substituir na equação dada.

dy
Assim sendo fica y ' = , mas como não tenho mais a variável independente “x”, mas sim “t”, tenho que
dx
dt
multiplicar por .
dt

dy dy dt dy dy dt
y' = = . , e agora vou fazer com que seja possível derivar “y” com a nova variável “t”. y ' = = .
dx dx dt dx dt dx

dt
= ( x 3 ) = 3 x 2 . Assim fica
'
Agora, com sei que t = x3 , posso derivar em ordem a “t”, e fica ( t ) ' =
dx x

dy dy dt dy 2
y' = = . = .3 x
dx dt dx dt

Agora tenho aqui um passo importante, que é o de substituir o “x” pelo “t”. Quanto ao 3, como é uma constante
pode vir para o inicio.
2
dy dy dt dy 2 dy  1  dy 2
y' = = . = .3x = 3 .  t 3  = 3 .t 3
dx dt dx dt dt   dt

Já está. Este passo era o mais fácil. O passo que requer mais atenção é o próximo, pois é a 2ª derivada.

Nota, não devo de começar pelo valor da 1ª derivada, pois como se está no inicio, poderá não se perceber as
trocas de variável. Por isso vou começar desde do inicio, na certeza porém, que as regras são as mesmas.

d 2 y d  dy 
y '' = =  
dx 2 dx  dx 

d 2 y d  dy  d  dy 23 
y '' = =   =  3 .t 
dx 2 dx  dx  dx  dt 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 155/316

d 2 y d  dy  d  dy 23  dt d  dy 23  dt
y '' = =   =  3 .t  . =  3 .t  .
dx 2 dx  dx  dx  dt  dt dt  dt  dx

dt
é fácil de calcular, pois é ( x3 ) = 3 x 2 .
'
Ora como sei que t = x3 , então o valor de
dx x

Então também já posso substituir este termo, e fica

d 2 y d  dy  d  dy 32  dt d  dy 23  dt d  dy 23 
y '' = 2
=   =  3 .t  . =  3 .t  . =  3 .t  . ( 3 x 2 )
dx dx  dx  dx  dt  dt dt  dt  dx dt  dt 

Agora para tornar mais apresentável vou por as constantes cá fora.

d  dy 23  2
y '' = 9  .t  . ( x )
dt  dt 

Aqui faço a mesma observação que fiz na 1ª derivada, que é a de fazer “desaparecer” o “x”, pois a minha
variável é “t”.

2
d  dy 2   1  d  dy 2  2
y '' = 9  .t 3  .  t 3  = 9  .t 3  .t 3 =
dt  dt    dt  dt 

d  dy 23 
Agora vou derivar  .t  , mas tenho que ter cuidado pois é um produto! É aqui que se dá o engano (e não
dt  dt 
só). Nestes passos é preciso ter-se muito cuidado, pois aparecem muitos termos repetidos, e é necessário trocar-se
de “t” por “x”, e no fim de “x” por “t”. Mas como é mecânico, basta fazer uns três ou quatro exercícios, e depois
é sempre a mesma coisa.

d  dy 23  d  dy  23 dy  d 23   d 2 y  23 dy  d 32 
 .t  =   .t +  t  =  2  .t +  t 
dt  dt  dt  dt  dt  dt   dt  dt  dt 

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 156/316

d 2
O termo a ter cuidado é este  t 3  , pois essencialmente, se eu notar de outra forma matematicamente fica
 dt 
mais visualmente atraente de resolver.
'
 d 32   23  2 23 −1 2 − 13
 t  = t  = t = t
 dt   t 3 3

d  dy 23  d  dy  23 dy  d 23   d 2 y  23 dy  d 32 
Pronto, agora vou substituir na fórmula  .t  =   .t +  t  =  2  .t +  t 
dt  dt  dt  dt  dt  dt   dt  dt  dt 

d  dy 23  d  dy  23 dy  d 23   d 2 y  23 dy  2 − 13 
E fica  .t  =   .t +  t  =  2  .t +  t 
dt  dt  dt  dt  dt  dt   dt  dt  3 

2
d  dy 32   13  d  dy 23  23
Agora vou substituir na fórmula anterior y '' = 9  .t . t
  = 9  .t  .t
dt  dt    dt  dt 

2
d  dy 2   1   d 2 y  2 dy  2 − 1   2
y '' = 9  .t 3  .  t 3  = 9  2  .t 3 +  t 3   .t 3
dt  dt     dt  dt  3  

2
 d2y  2 2
dy  2 − 13 
y '' = 9t 3  2  .t 3 + 9t 3  t 
 dt  dt  3 

Vou juntar as constantes


 d2y  4 dy  1 
y '' = 9  2  t 3 + 6  t 3 
 dt  dt  

Agora com uma apresentação mais “limpa”, pois é aquela que estou habituado a ver as equações diferenciais
(apesar de a notação não ser relevante, mas ajuda).
4
 1
y '' = 9 y '' t 3 + 6 y '  t 3 
 
Agora muito cuidado!

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 157/316

A notação mais correcta até é


4
 1

( y )(x ) = 9 ( y )(t ) t 3 + 6 ( y )(t )  t 3 
2 2 1

 

Finalmente cheguei ao fim das derivadas. Mas o exercício ainda não acabou. Mas a partir daqui já é fácil, pois é
só substituir.
xy ''− ( 2 + 15 x 3 ) y '+ 54 x 5 y = 0

 13   4
( 2) 3 (1)  3  
1   13    dy 23 
3
 13 
5

 t   9 ( y )t t + 6 ( y )t  t   −  2 + 15  t    3 .t  + 54  t  y = 0
          dt   

Não posso substituir y , por não sei o seu valor, uma vez que o que eu substitui no inicio do exercício foi a
variável independente e não a dependente.

 13  13    2 
3 5
 4 1 2
  13     13 
 3 
 9 y '' t t + 6 y '  t  t  − 2  3 y ' t  + 15  t   3 y ' t  + 54  t  y = 0
3 3 3

             

 5 2
  2
  5
 5

 9 y '' t 3 + 6 y ' t 3  −  6 y ' t 3  − 45  y ' t 3  + 54t 3 y = 0


     

5 2 2 5 5
9 y '' t 3 +6 y ' t 3 −6 y ' t 3 − 45 y ' t 3 + 54t 3 y = 0

2
Vou dividir TUDO por t 3
dy
9 y ''− 45 + 54 y = 0
dt
Vou dividir TUDO por 9
y ''− 5 y '+ 6 y = 0

Tem os coeficientes constantes, posso ir pela equação característica:

r 2 − 5r + 6 = 0 ⇔ r=2 ∨ r =3
2t 3t
Solução Geral y = Ae + Be

Mas ainda não é bem a geral, pois tem a variável “t” associada a equação, e eu sei que se recebo a equação com
as variáveis “x” e “y”, é com estas variáveis que termino o exercício. Como sei o valor de “t”, é só substituir.

t = x3

3 3
Fica para a Solução Geral y = Ae 2 x + Be3 x

Uma nota: quando se utilizou a mudança de variável, só tinha um objectivo, que era a de chegar a uma equação
em que poderia utilizar a equação característica, essa sim é de fácil resolução.

Terminou!

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 158/316

1
19.5 – Calcular t 4 y ''+ ( 2t 3 + 10t 2 ) y '+ 29 y = 0 , utilizando a mudança de variável t =
x

Resolução – classificação, Equação Linear, de 2ª Ordem, Incompleto, e de Coeficiente Não Constante.

1º passo, aqui muito cuidado! Pois é igual ao exercício três, é com mudança de variável INDEPENDENTE.
Aqui a chamada de atenção deve ao facto de que agora vou tratar de “x” como se fosse uma função e não uma
constante. Logo não pode ir a zero. Vou ter que usar a regra da cadeia. O problema surge na 2ª derivada, pois
começa a complicar. Outra das dificuldades é o fingir que se troca de uma variável independente de “t” para “x”.

É apenas uma pequena ilusão que visa baralhar o pensamento, pois está-se habituado a fazer do modo do
exercício três. Mas não há que recear. Temos é de ter em atenção a mecanização, pois aí é que se comete o
engano.

Vou calcular as respectivas derivadas (1ª e 2ª), de “y”, para poder substituir na equação dada.

dy
Assim sendo fica y ' = , mas como não tenho mais a variável independente “t”, mas sim “x”, tenho que
dt
dx
multiplicar por.
dx
dy dy dx dy dy dx
y' = = . , e agora vou fazer com que seja possível derivar “y” com a nova variável “t” y ' = = .
dt dt dx dt dx dt

'
1 dx  1  1
Agora, com sei que x = , posso derivar em ordem a “x”, e fica ( x ) ' = =   = − 2 . Assim fica
t dt  t t t

dy dy dx dy  1 
y'= = . = . − 
dt dx dt dx  t 2 

Agora tenho aqui um passo importante, que é o de substituir o “t” pelo “x”.

 
 
dy dy dx dy  1  dy  1 
y' = = . = . − 2  = −

dt dx dt dx  t  dx  1 2 
   
 x 

dy dy dx dy dx dy dx dy  1  dy
y' = = = .
dt dt dx dx dt
= ⇔ = .
dx dt
= . − 2 
dx  t 
⇔ y' =
dx
( −x2 )

Já está. Este passo era o mais fácil. O passo que requer mais atenção é o próximo, pois é a 2ª derivada.

Nota, não devo de começar pelo valor da 1ª derivada, pois como se está no inicio, poderá não se perceber as
trocas de variável. Por isso vou começar desde do inicio, na certeza porém, que as regras são as mesmas.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 159/316

d 2 y d  dy 
y '' = =  
dt 2 dt  dt 

d 2 y d  dy  d  dy  dx d  dy  dx
y '' =
=  =   =   =
dt 2 dt  dt  dt  dt  dx dx  dt  dt
dy dx
Já sei , e também consigo saber = − x 2 . Agora é só substituir.
dt dt

Cálculo Auxiliar:

d  dy 2 
Agora vou derivar  ( − x )  , mas tenho que ter cuidado pois é um produto! É aqui que se dá o engano (e
dx  dx 
não só). Nestes passos é preciso ter-se muito cuidado, pois aparecem muitos termos repetidos, e é necessário
trocar-se de “x” por “t”, e no fim de “t” por “x”. Mas como é mecânico, basta fazer uns três ou quatro exercícios,
e depois é sempre a mesma coisa.

d  dy 2  d  dy  dy  d 2   d2y  dy
 ( − x )  =   ( − x ) +  ( − x )  =  2  ( − x ) + ( −2 x ) =
2 2

dx  dx  dx  dx  dx  dx   dx  dx

Para simplificar, vou multiplicar por “-1”.

2d y
2
d  dy 2  dy
 (−x )  = x  2  + 2x
dx  dx   dx  dx

Pronto, agora vou substituir na fórmula

d 2 y d  dy  d  dy  dx d  dy  dx  2  d 2 y  dy  dx
y '' = 2
=  =   =   =  x  2  + 2 x  =
dt dt  dt  dt  dt  dx dx  dt  dt   dx  dx dt

Foi o cálculo auxiliar que fiz!

dx
Como também sei o valor de = x 2 , valor que foi calculado aquando da 1ª derivada, fica
dt

  d2y  dy    d2y  dy 
y '' =  x 2  2  + 2 x  x 2 = ⇔ y '' =  x  2  + 2  x 3
  dx  dx    dx  dx 

Agora vou substituir na formula anterior t 4 y ''+ ( 2t 3 + 10t 2 ) y '+ 29 y = 0


  d2 y  dy    dy 
t 4   x  2  + 2  x 3  + ( 2t 3 + 10t 2 )  ( − x 2 )  + 29 y = 0
  dx  dx   d x 
  

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 160/316

1
Também sei o valor de “t” que é t =
x
1
4
  d2 y  dy     1 
3
 1    dy
2

    x  2  + 2  x 3  +  2   + 10     ( − x 2 )  + 29 y = 0
x   dx  dx      x x
   dx 
1   d2y  dy  3  1 1   dy 2 
 x  2  + 2  x +  2 3 + 10 2   ( − x )  + 29 y = 0
x4   dx  dx   x x   dx 
 x.x 3  d 2 y  2 x 3 dy   1 dy 1 dy 
 4  2  + 4  +  2 3 ( − x 2 ) + 10 2 ( − x 2 )  + 29 y = 0
 x  dx  x dx   x dx x dx 
 x  d y  2 x dy   1 dy
4 2 3
1 dy 



4  2 
+
x  dx  x dx   x dx
4
 +  2 3
 (
− x 2 + 10 )
x dx
2 

( )
− x 2  + 29 y = 0

 d 2 y  2 dy 2 dy dy
 2 + − − 10 + 29 y = 0
 dx  x dx x dx dx

y ''− 10 y '+ 29 y = 0

Tem os coeficientes constantes, posso ir pela equação característica:

r 2 − 10r + 29 = 0 ⇔ r = 5 ± 2i

Solução Geral y = e5 x ( A cos ( 2 x ) + B sin ( 2 x ) )

Mas ainda não é bem a geral, pois tem a variável “x” associada a equação, e eu sei que se recebo a equação com
as variáveis “t” e “y”, é com estas variáveis que termino o exercício. Como sei o valor de “x”, é só substituir.
1
x=
t
 2  2 
Fica para a Solução Geral y = e5 x  A cos   + B sin    (não esquecer de multiplicar por 2.
 t  t 
Uma nota: quando se utilizou a mudança de variável, só tinha um objectivo, que era a de chegar a uma equação
em que poderia utilizar a equação característica, essa sim é de fácil resolução.

Terminou!

20 – Sabendo que a equação diferencial y ''+ 4 xy '+ Q ( x ) y = 0 admite duas soluções da forma y1 = u e
y2 = xu , onde u ( 0 ) = 1 , determine a solução geral da equação.

Resolução 20 - Ora se y2 = xu , então y2 ' = x ' u + xu ' (cuidado com as confusões pois é em ordem a “x”).

Assim, y2 ' = x ' u + xu ' = u + xu ' e a 2ª derivada é y2 '' = u '+ u '+ xu '' = 2u '+ xu ''

Substituindo na formula y ''+ 4 xy '+ Q ( x ) y = 0

⇔ ( 2u '+ xu '') + 4 x ( u + xu ') + Q ( x )( xu ) = 0 ⇔ 2u '+ xu ''+ 4 xu + 4 x 2 u '+ Q ( x ) xu = 0 ⇔

⇔ 2u '+ xu ''+ 4 xu + 4 x 2 u '+ Q ( x ) xu = 0 ⇔

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 161/316

Agora vou dar uma arrumação, para se ter uma melhor visibilidade daquilo que pretendo fazer a seguir:

⇔ xu ''+ 4 x 2 u '+ Q ( x ) xu + 2u '+ 4 xu = 0 ⇔

⇔ x ( u ''+ 4 xu '+ Q ( x ) u ) + 2u '+ 4 xu = 0 ⇔

Aqui é preciso ter muito cuidado, por este agrupamento não é feito ao acaso, pois secorri-me da equação dada,
que é
y ''+ 4 xy '+ Q ( x ) y = 0

⇔ x ( u ''+ 4 xu '+ Q ( x ) u ) + 2u '+ 4 xu = 0 ⇔ x ( 0 ) + 2u '+ 4 xu = 0 ⇔ 2u '+ 4 xu = 0 ⇔


 
=0

du 1
⇔ 2 = −4 xu ⇔ ( 2 ) du = ( −4 xu ) dx ⇔   du = ( −2 x ) dx ⇔
dx u

1
∫  u  du = ∫ ( −2 x ) dx
2
⇔ ⇔ ln u = − x 2 + c ⇔ ln u = ln e − x +c

2 2 2
⇔ ln u = ln e − x ec ⇔ u = ± De − x ⇔ u = Ke − x
=D

2
−( 0)
Como no enunciado me é dito que u ( 0 ) = 1 , → Ke = 1 ⇔ K .1 = 1 ⇔ K =1

2 2
Se K = 1 , então → u = Ke − x ⇔ u = e− x

2 2
Substituindo na equação dada, fica y = y1 + y2 = Au + Bxu = Ae − x + Bxe − x , com A e B ∈  .

Nota: y1 + y2 são as duas soluções particulares independentes que me são dadas no enunciado.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 162/316

21 – Determine a solução geral da equação x 2 y ''+ xy '− y = 0 , sabendo que se u ( x ) é uma solução então
1
também é solução (é de notar de que se trata de uma equação de Euler).
u ( x)

1 1'.u − 1.u ' u'


Resolução 21 - Sei que se y = , então y ' = =− 2 .
u u2 u

1
Cuidado aqui! Pois há a tendencia de fazer − , mas derivada não é em ordem a “u” mas sim em ordem a “x”.
u2

2 2
−u ''.u 2 − 2uu ' ( −u ' ) −u ''.u 2 + 2u ( u ') −u ''.u + 2 ( u ' )
A 2ª derivada é y '' = = = .
(u )2 2 u4 u3

Substituindo na equação dada, fica x 2 y ''+ xy '− y = 0

2
 −u ''.u + 2 ( u ' )2   u'   1 x 2 .u '' 2.x . ( u ')
2
x.u ' 1
2

x   + x − 2  −  = 0 ⇔ − 2 + − 2 − =0 ⇔
 u3   u  u u u 3
u u
 

Agora vou multiplicar TUDO por u 3

 x 2 .u '' 2.x 2 . ( u ' )2 x.u ' 1  x 2 .u 3 .u '' 2.x 2 . u 3 . ( u ' )


2
x.u 3 u ' 1.u 3 → 2
⇔ − 2 + 3
− 2 − = 0  .u 3 ⇔ − + − − =0 ⇔
 u u u u  u2 u3 u2 u

2
− x 2 .u.u ''+ 2.x 2 . ( u ') − x.u.u '− u 2 = 0

Agora vou arranjar de modo a ficar igual a equação dada

− u ( x 2 .u ''+ x.u '+ u ) + 2.x 2 . ( u ') = 0


2 2
− x 2 .u.u ''− x.u.u '− u 2 + 2.x 2 . ( u ' ) = 0 ⇔

Cuidado com o sinal pois estou a por em evidencia o "− u " .

Sei que (
x 2 y ''+ xy '− y = 0 , então −u x 2 .u ''+ x.u '+ u + 2.x 2 . ( u ' ) = 0

) 2

= x 2 y '' + xy ' − y

Tenho um problema, pois não é igual! O 3º termo tem sinal contratrio. Então forço para que seja igual da
seguinte forma:

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 163/316

Como já é igual, vou continua,

−u ( x 2 u ''+ xu '− u ) − 2u 2 + 2 x 2 ( u ') = 0


2 2
⇔ − u ( 0 ) − 2u 2 + 2 x 2 ( u ' ) = 0 ⇔
 
= x 2 y '' + xy ' − y

2
−2u 2 + 2 x 2 ( u ') = 0 2 2
⇔ ⇔ − u 2 + x 2 ( u ') = 0 ⇔ ( xu ') = u2 ⇔
2

Tenho que separar o quadrado, pois a dois valores simetricos

xu ' = u ∨ xu ' = −u ⇔

du u du u
⇔ = ∨ =− ⇔
dx x dx x
1 1 1  1
⇔   du =   dx ∨   du =  −  dx ⇔
u x u  x

⇔ ln u = ln x + c ∨ ln u = − ln x + d ⇔

⇔ ln u = ln x + ln e c ∨ ln u = ln x −1 + ln e d ⇔

⇔ ln u = ln K1 x ∨ ln u = ln K 2 x −1 ⇔

A2
⇔ u = A1 x ∨ u= ⇔
x

B
Solução Geral y = Ax + , com A, B ∈ 
x

Nota - poderia ter usado o metodo de Euler.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 164/316

22 – Calcule a solução geral da equação x 2 y ''+ xy '− y = x 2e−2 x

Resolução 22 - Não posso utilizar a equação caracteristica, pois o coeficiente não é uma constante!

– 1º passo, resolver a Equação Diferencial Linear Incompleta, que consiste em torna-la homogénea:

x 2 y ''+ xy '− y = 0

Recordar –

As equações lineares de 2ª ordem com a forma ax 2 y ''+ bxy '+ cy = f ( x ) , com a, b, c ∈  , é designada por
equação de Euler de 2ª ordem. Por meio da substituição da variavel independente x = et , estas equações podem
ser reduzidas a equações lineares de 2ª ordem de coeficientes constantes.

Vou então calcular a Equação de Euler:

Seja x = e t , que é a regra para a resolução de Equação de Euler, fica t = ln ( x )

Vou utilizar a Regra da Cadeia para poder resolver o exercicio. Este passo que segue é sempre a mesma coisa:

dy dy dt dy 1 dy 1
y' = ⇔ y' = . ⇔ y' = . ⇔ y' = .
dx dt dx dt x dt et

d2y d dy d  dy  dt d  dy 1  1
y '' = ⇔ y '' = . ⇔ y '' = .   . ⇔ y '' = . . t  ⇔
dx 2 dx dx dt  dx  dx dt  dt e  x

d  dy  1 dy d  1  1  d 2 y 1 dy −t  1
⇔ y '' = .  . + . .   . t ⇔ y '' =  2 . t + .( −e )  . t ⇔
dt  dt  et dt dt  et  e  d t e d t  e

d2y 1 1 dy
y '' = 2
. 2t − 2t
dt e e dt

Agora é só substituir:
 d2y 1 1 dy   dy 1 
x 2 y ''+ xy '− y = 0 ⇔ x 2  2 . 2t − 2t  + x . t  − y = 0
 d t e e dt   dt e 

Também tenho que substituir o “x”!

 d2y 1 1 dy  t  dy 1  d 2 y 2t 1 1 dy dy et
et 2  2 . 2 t − 2 t +e  . t − y =0 ⇔ 2
.e − e t2
+ . t −y=0 ⇔
 dt e e dt   dt e  dt e 2t e 2t dt dt e

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 165/316

d 2 y dy dy d2y
⇔ − + −y=0 ⇔ −y=0
dt 2 dt dt dt 2

Aqui é preciso olho bem vivo, pois parece confuso, mas não é, é a notação que está diferente, pois na realidade
o que tenho é:
y ''− y = 0

Agora vou resolver a Equação Característica (os coeficientes são um, -1 e -6):

−b ± b 2 − 4ac
y ''− y = 0 ⇔ r 2 − 1r 0 = 0 ⇔ r2 −1 = 0 ⇔ ⇔ r = ±i
2a

B
y LHA = Ax + , com A e B ∈ 
x

2º passo, e não posso socorrer-me da tabela da pagina 97, pois também aqui tenho os coeficiente variaveis!

Por isso vou utilizar o Metodo da Variação da Constante (MVC).

 B ' x − Bx '  B'x − B B' x B B' B


y ' = [ A ' x + Ax '] +  2  = A' x + A + 2
= A' x + A + − 2 = A' x + A + − 2
 x  x x 2 x x x

Agora vou agrupar, pois a seguir vou impor uma condição:

 B ' B
y ' = A' x +  + A − 2
 x  x

B'
Vou então impor que A ' x + = 0 , ficando assim com a seguinte igualdade
x

B
y'= A−
x2

 B
'
B '.x − B. ( x
2
)
2 '
B '.x 2 − 2 Bx B ' x 2 2B x B ' 2B
y '' =  A − 2  = A '− = A '− = A '− + = A '− +
( x2 )
2
 x  x4 x 4 → 2 x 4 →3 x 2 x3

Agora substituindo na equação dada x 2 y ''+ xy '− y = x 2e−2 x

 B ' 2B   B  B
x 2  A '− 2 + 3  + x  A − 2  −  Ax +  = x 2e −2 x
 x x   x   x

 B ' x 2 2B x 2   Bx   B
 A ' x2 − 2 +  +  Ax − 2 2 −2 x
 −  Ax + x  = x e
 x x3  x
   

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 166/316

2B B B
A ' x 2 − B '+ + Ax − − Ax − = x 2 e −2 x
x x x

A ' x 2 − B ' = x 2 e −2 x

B'
Vou utilizar a condição que impus A ' x + = 0 , é de notar que o que vou fazer matém a igualdade e facilita-me
x
os calculos:

 B'  B' x
 A ' x + x = 0  .x ⇔ A ' x2 + =0 ⇔ A ' x2 + B ' = 0 ⇔ A ' x2 = −B '
  x

 e −2 x
 B'  A ' =
 A ' x = − B '  A ' x = − B '
2 2
A' x + =0 2
 x ⇔  2 −2 x
⇔  2 −2 x
⇔  2 −2 x
 A ' x 2 − B ' = x 2 e −2 x − B '− B ' = x e  −2 B ' = x e B ' = − x e
  2

e −2 x  e −2 x 
Calculando individualmente, fica A ' = ⇔ A = ∫  dx ⇔
2  2 

1 1
⇔ A= ( −2 ) ∫  − e−2 x  dx ⇔ A = −e −2 x + K1
2  2 

x 2 e −2 x  x 2 e −2 x  1 
E para o B, fica B ' = − ⇔ B = −∫   dx ⇔ B = − ∫  x 2 e −2 x  dx
2  2  2 

Vou utilizar, na integração, o metodo de substituição por partes (MSPP):

1 m ' = e −2 x
m = − e −2 x
2

1 n' = −x
n = − x2
2

1  1   1  
B = m.n − ∫ ( m.n ') dx ⇔ B = − e −2 x  − x 2  − ∫   − e −2 x  . ( − x )  dx ⇔
2  2   2  

1 −2 x 2 1 
⇔ B= e x − ∫  xe −2 x  dx ⇔
4 2 

Vou voltar, de novo, a utilizar, na integração, o metodo de substituição por partes (MSPP):

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 167/316

1 m ' = e −2 x
m = − e −2 x
2

1 1
n= x n' =
2 2

1 −2 x 2  1 −2 x   1    1 −2 x  1  
B = m.n − ∫ ( m.n ') dx ⇔ B= e x −   − e  .  x  − ∫   − e  .  dx  ⇔
4  2   2   2  2 

1 −2 x 2  1 −2 x   1 −2 x   1 −2 x 2 1 −2 x 1 −2 x
⇔ B= e x −  − xe  −  e   + K 2 ⇔ B= e x + xe + e + K 2
4  4  8  4 4 8

B
3º passo – Solução Geral, como y = Ax + , com A e B ∈  ,
x

e A = −e −2 x + K1 ,

1 −2 x 2 1 −2 x 1 −2 x
e B= e x + xe + e + K 2
4 4 8

Fica:
1 1 1
e −2 x  x 2 + x +  + K 2
 4 4 8
y = ( −e −2 x
+ K1 ) x + , com A e B ∈ 
x

23 – Sabendo que y = C1 x + C2 x 2 é a solução da equação x 2 y ''− 2 xy '+ 2 y = 0 , utilize o metodo da variação das
constantes para determinar a solução geral da equação x 2 y ''− 2 xy '+ 2 y = x ln ( x ) .

Resolução 23 – Ora, é-me dito que y = Ax + Bx 2 , é a solução geral da equação x 2 y ''− 2 xy '+ 2 y = 0 . Vou utilizar o
MVC para resolver a eqação.

x 2 y ''− 2 xy '+ 2 y = x ln ( x )

Aplicando o MVC - y = Ax + Bx 2

y ' = A ' x + A + B ' x 2 + 2 Bx

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 168/316

Vou impor a condição de que A ' x + B ' x 2 = 0 , então y ' = A + 2Bx

y '' = A '+ 2 B + 2 B ' x

Agora vou substituir na equação, x 2 y ''− 2 xy '+ 2 y = x ln ( x )

⇔ x 2 ( A '+ 2 B + 2 B ' x ) − 2 x ( A + 2 Bx ) + 2 ( Ax + Bx 2 ) = x ln ( x ) ⇔

⇔ ( A' x 2
+ 2 Bx 2 + 2 B ' x3 ) − ( 2 Ax + 4 Bx 2 ) + 2 Ax + 2 Bx 2 = x ln ( x ) ⇔

⇔ A ' x 2 +2 Bx 2 + 2 B ' x3 −2 Ax −4Bx 2 +2Ax +2Bx 2 = x ln ( x ) ⇔

⇔ A' x 2
+ 2 B ' x 3 → 2 = x ln ( x ) ⇔

A ' x + 2 B ' x 2 = ln ( x )

Tenho duas variaveis e duas igualdades, posso então resolver o sistema:


 ln ( x )
 A' = −
 A ' x + 2 B ' x = ln ( x )  A ' x + 2 ( − A ' x ) = ln ( x ) − A ' x = ln ( x )
2
 x
 ⇔  ⇔  ⇔ 
 B ' = ln ( x )
2 2 2
 A ' x + B ' x = 0  B ' x = − A ' x  B ' x = − A ' x
 x2

Agora vou integrar um de cada vez, começando pelo “A”.

ln ( x )  ln ( x )  1  ln 2 ( x )
A' = − ⇔ A = ∫−  dx ⇔ A = − ∫  ln ( x )  dx ⇔ A=− + K1 ⇔
x  x   x  2

1
A = − ln 2 ( x ) + K1
2
Agora para o “B” .
ln ( x )  ln ( x )   1 ln ( x ) 
B' = 2
⇔ B = ∫  2  dx ⇔ B = ∫  dx ⇔
x  x  x x 

Vou utilizar, na integração, o metodo de substituição por partes (MSPP):

1 1
m=− m' =
x x2

n = ln ( x ) 1
n' =
x

1  1  1 
B = m.n − ∫ ( m.n ' ) dx ⇔ B = − ln ( x ) − ∫   −  .  dx ⇔
x  x  x 

1 1 1
⇔ B = − ln ( x ) − + K 2
x x
⇔ B=−
x
( ln ( x ) + 1) + K 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 169/316

Solução Geral
y = Ax + Bx 2

 1   1 
y =  − ln 2 ( x ) + K1  x +  − ( ln ( x ) + 1) + K 2  x 2
 2   x 

24 – Use a mudança de variavel independente definida por t = ln ( x ) para resolver o problema


x 2 y ''+ xy '+ 2 y = −6 x 2 , com y (1) = 2 e y ' (1) = 0 .

Resolução 24 – cuidado com a leitura, pois y (1) = 2 , significa que quando x = 1, então y = 2. Não é indice.

Recordar –

As equações lineares de 2ª ordem com a forma ax 2 y ''+ bxy '+ cy = f ( x ) , com a, b, c ∈  , é designada por
equação de Euler de 2ª ordem. Por meio da substituição da variavel independente x = et , estas equações podem
ser reduzidas a equações lineares de 2ª ordem de coeficientes constantes.

Vou então calcular a Equação de Euler:

Seja x = e t , que é a regra para a resolução de Equação de Euler, fica t = ln ( x )

Vou utilizar a Regra da Cadeia para poder resolver o exercicio. Este passo que segue é sempre a mesma coisa:

dy dy dt dy 1 dy 1
y' = ⇔ y' = . ⇔ y' = . ⇔ y' = .
dx dt dx dt x dt et

d2y d dy d  dy  dt d  dy 1 1
y '' = 2
⇔ y '' = . ⇔ y '' = .   . ⇔ y '' = . . t  ⇔
dx dx dx dt  dx  dx dt  dt e x

d  dy  1 dy d  1  1  d 2 y 1 dy −t  1 d2y 1 1 dy
⇔ y '' = .  . + . .   . t ⇔ y '' =  2 . t + .( −e )  . t ⇔ y '' = 2 . 2t − 2t ⇔
dt  dt  et dt dt  et  e  d t e dt  e dt e e dt

 d 2 y dy 
y '' =  2 −  e −2t
 dt dt 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 170/316

Agora é só substituir:
  d 2 y dy    dy 
x 2 y ''+ xy '+ 2 y = −6 x 2 ⇔ x 2   2 −  e −2t  + xe − t   + 2 y = −6 x 2 ⇔
 d t d t    dt 

Também tenho que substituir o “x”!

 d 2 y dy   dy  e 2t  d 2 y dy  et  dy 
⇔ e t 2  2 −  e − 2 t + e t   e − t + 2 y = −6 x 2 ⇔  − +   + 2 y = −6 x
2

 dt dt   dt  e 2t  dt 2 dt  et  dt 

d 2 y dy dy d2y
⇔ − + + 2 y = −6 x 2 ⇔ + 2 y = −6 x 2
dt 2 dt dt dt 2

Aqui é preciso olho bem vivo, pois parece confuso, mas não é, é a notação que está diferente, pois na realidade
o que tenho é:
y ''+ 2 y = −6 x 2

Agora já consigo perceber qual o caminho a tomar para a resolução desta equação, pois vou resolver a Equação
Característica (os coeficientes são um, e 2):

y ''+ 2 y = 0

−b ± b 2 − 4ac
r 2 + 2r 0 = 0 ⇔ r2 + 2 = 0 ⇔ ⇔ r = ± 2i
2a

yLHA = A cos ( )
2.t + B sin ( )
2.t , com A e B ∈ 

2º passo, y = a e 2t , logo y ' = 2ae 2t e y '' = 4ae 2 t


−6

Agora substituindo na equação dada y ''+ 2 y = −6 x 2 ⇔ ( 4ae ) + 2 ( ae ) = −6 ( e )


2t 2t t 2

⇔ 4 a e 2 t + 2 a e 2 t = −6 e 2 t ⇔ 6 a = −6 ⇔ a = −1

Como y = ae 2t , então posso afirmar que a solução particular é y = −e 2t

Assim yLHA = A cos ( )


2.t + B sin ( )
2.t − e2t , com A e B ∈ 

yLHA = A cos ( )
2. ln ( x ) + B sin ( )
2. ln ( x ) − x 2 , com A e B ∈ 

Mas neste momento já consigo calcular o “A” e o “B”, pois é-me dado no enunciado: “ … com y (1) = 2 e
y ' (1) = 0 ”.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 171/316

Assim sendo

( ) ( − sin ( )) ( ) ( cos ( ))
' '
y'= A 2. ln ( x ) 2. ln ( x ) + B 2. ln ( x ) 2. ln ( x ) − 2 x, com A e B ∈ 

 1
y ' = − A  2.  sin
 x
( ( ))  1
2. ln ( x ) + B  2.  cos
 x
( ( ))
2. ln ( x ) − 2 x, com A e B ∈ 

−A 2 B 2
y' =
x
sin ( 2.ln ( x ) + ) x
cos ( )
2.ln ( x ) − 2 x, com A e B ∈ 

Agora vou resolver o sistema

 y (1) = 2
( )
 y (1) = A cos 2.ln (1) + B sin 2.ln (1) − 12

( )
 ⇔  −A 2 B 2 ⇔
 y ' (1) = 0  y ' (1) =
 (1)
sin 2.ln (1) +( (1)
)
cos 2.ln (1) − 2 (1) ( )

=1

=0

 A cos ( 0 ) + B sin ( 0 ) − 1 = 2 A = 3
 A − 1 = 2 
⇔  ⇔  ⇔  2 2 ⇔
− A 2 sin 
( 0 ) + B 2 cos

( 0) − 2 = 0  B 2 = 2 B =
  2 2
=0 =1

A = 3
  A = 3
⇔  2 2 ⇔ 
B =  B = 2
 2

Resposta y = 3cos ( )
2.ln ( x ) + 2 sin ( )
2.ln ( x ) − x 2 , com A e B ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 172/316

25 – Considere a seguinte equação diferencial (1 + x 2 ) y ''+ 4 xy '+ 2 y = 0 . Se y = xz , mostre que a equação se


transforma em x (1 + x 2 ) z ''+ 4 xz '+ 2 z  + 2 (1 + x 2 ) z '+ 2 xz  = 0.

Resolva esta equação fazendo u = (1 + x 2 ) z '+ 2 xz e dê a solução geral da equação inicial.

Resolução 25 – como y = xz , então y ' = x ' z + xz ' = 1.z + xz ' = z + xz ' e


y '' = z '+ ( x ' z '+ xz '') = z '+ 1.z '+ xz '' = 2 z '+ xz ''

subsituindo na equação, fica (1 + x 2 ) y ''+ 4 xy '+ 2 y = 0 ⇔ (1 + x ) ( 2 z '+ xz '') + 4 x ( z + xz ') + 2 ( xz ) = 0


2

⇔ ( 2 z '+ xz ''+ 2 x z '+ x z '') + ( 4 xz + 4 x z ') + 2 xz = 0


2 3 2
⇔ 2 z '+ xz '' +2 x 2 z ' + x 3 z '' +4 xz +4 x 2 z ' + 2 xz = 0 ⇔

⇔ 2 z '+ xz ''+ 6 x 2 z '+ x3 z ''+ 6 xz = 0 ⇔ x ( z ''+ 6 xz '+ x 2 z ''+ 6 z ) + 2 z ' = 0 ⇔

Apesar de matematicamente estar correcto, estou-me a afastar do que me foi pedido!

Foi-me solicitado para chegar a esta equação x (1 + x 2 ) z ''+ 4 xz '+ 2 z  + 2 (1 + x 2 ) z '+ 2 xz  = 0.

Assim sendo, não agrupo deste modo 2 z '+ xz '' +2 x 2 z ' + x3 z '' +4xz +4 x 2 z ' + 2 xz = 0

Mas sim, executo um arranjo de modo a ter a equação pedida ( 2 z '+ xz ''+ 2 x z '+ x z '') + ( 4 xz + 4 x z ') + 2 xz = 0 .
2 3 2

⇔ ( 2 z '+ xz ''+ 2 x z '+ x z '') + ( 4 xz + 4 x z ') + 2 xz = 0


2 3 2

⇔ ( xz ''+ x z ''+ 4 x z '+ 2 xz ) + ( 2 z '+ 2 x z '+ 4 xz ) = 0


3 2 2

⇔ x ( z ''+ x 2 z ''+ 4 xz '+ 2 z ) + 2 ( z '+ x 2 z '+ 2 xz ) = 0 ⇔

Ainda há diferenças! Falta-me o que esta a azul x (1 + x 2 ) z ''+ 4 xz '+ 2 z  + 2 (1 + x 2 ) z '+ 2 xz  = 0 , e tenho a mais no
2º termo x 2 z '

Também me é dito que u = (1 + x 2 ) z '+ 2 xz , e apesar de não me pedirem directamente, sou obrigado a calcular a 1ª
derivada, que é (cuidado, pois é um produto):

u ' = (1 + x 2 ) ' z '+ (1 + x 2 ) z ''+ 2 x ' z + 2 xz ' = 2 xz '+ (1 + x 2 ) z ''+ 2 z + 2 xz '

Reordenando, fica: u ' = (1 + x 2 ) z ''+ 4 xz '+ 2 z

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 173/316

Agora se olhar para a equação x (1 + x 2 ) z ''+ 4 xz '+ 2 z  + 2 (1 + x 2 ) z '+ 2 xz  = 0 , posso então reescrever da seginte
forma:
x [u '] + 2 [u ] = 0

Errado fazer isto:


u  u
xu '+ 2u = 0 ⇔ u ' = −2 ⇔ u = ∫  −2  dx ⇔ u = −2u.ln ( x ) + c
x  x

Pois como tenho DUAS variaveis, não se pode fazer isto!

Correcto, é separar as variaveis:

du 2u  2u  1  2
xu '+ 2u = 0 ⇔ =− ⇔ du =  −  dx ⇔   du =  −  dx ⇔
dx x  x  u  x

1  2
⇔ ∫  u  du = ∫  − x  dx ⇔ ln u = −2ln x + c ⇔ ln u = ln x −2 + ln ( ec ) ⇔

A
⇔ ln u = ln x −2 .ec ⇔ u = Ax −2 ⇔ u=
x2

1º passo, como u = (1 + x 2 ) z '+ 2 xz , então

dz 2 xz 1  2x 
(1 + x ) z '+ 2 xz = 0
2

dx
=−
1 + x2
⇔   dz =  −
z
 
2 
 1+ x 
dx ⇔

1  2x 
ln z = ln (1 + x 2 ) + ln ( e B )
−1
⇔ ∫  z  dz = ∫  − 1 + x 2 

dx ⇔ ln z = − ln 1 + x 2 + B ⇔ ⇔

E
ln z = ln (1 + x 2 ) .D
−1
⇔ ⇔ z=
1 + x2

2º passo, vou utilizar o Metodo da variação da constante (MVC), e como é uma Equação Diferencial Linear de
Primeira Ordem, torna-se simples!
E ' (1 + x 2 ) − E (1 + x 2 ) E ' (1 + x 2 ) − 2 Ex
'

z' = =
(1 + x )2 2
(1 + x )2 2

 E ' (1 + x 2 ) − 2 Ex 
Substituindo, fica (1 + x ) z '+ 2 xz = xA
2
⇔ (1 + x ) 
2  + 2x  E  = A
 2 

(1 + x )   1 + x  x
2 2
2 2


 E ' (1 + x 2 ) − 2 Ex   E ' (1 + x 2 ) 
 + 2x E = A  2 Ex  + 2 Ex = A
⇔ (1 + x ) 
2

 1 + x2

 1 + x2 x2

 (1 + x )
2 2


1 + x2 x2  (

) 1+ x
2

A
E' =
x2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 174/316

Agora vou integrar o “E”:

A  A x −2 +1
E' = ⇔ E = ∫  2  dx ⇔ E = A∫ ( x −2 ) dx ⇔ E=A +F ⇔
x2 x  −2 + 1

1
E = −A + F
x

1
−A + F
E 1 x
Assim, como z = , e E = − A + F , fica z = ⇔ ( vou multiplicar TUDO por “x” )
1 + x2 x 1 + x2

1
− A x + Fx
x − A + Fx A Fx
⇔ zx = ⇔ zx = ⇔ zx = − + ⇔
1 + x2 1 + x2 1 + x2 1 + x2

A Fx  1   x 
Como y = xz , fica y = − + ⇔ y = F1  2 
+F 2 
1 + x2 1 + x2 1+ x  1+ x 

26 – Mostre que a equação y ''cos ( x ) + y 'sin ( x ) − y cos 3 ( x ) = 0 admita a solução da forma e a sin ( x ) .

Dê a solução geral da equação.

( )
Resolução 26 – como y = e a sin ( x ) , então y ' = ea sin ( x) ' =  a sin ( x ) ' ea sin ( x ) =  a cos ( x ) ea sin ( x ) = a cos ( x ) ea sin ( x)

e (cuidado, pois é produto) (


y '' = a cos ( x ) ea sin ( x ) ' ) ⇔

⇔ (
y '' = ( a cos ( x ) ) ' ea sin ( x ) + a cos ( x ) ea sin ( x ) ' ) ⇔ y '' = −a sin ( x ) ea sin ( x ) + a cos ( x ) ( a sin ( x ) ) ' ea sin ( x ) ⇔

a sin ( x ) a sin ( x ) a sin ( x ) a sin ( x )


⇔ y '' = −a sin ( x ) e + a cos ( x ) a cos ( x ) e ⇔ y '' = −a sin ( x ) e + a 2 cos 2 ( x ) e ⇔

a sin ( x )
y '' =  a 2 cos 2 ( x ) − a sin ( x )  e
Subsituindo na equação, fica y ''cos ( x ) + y 'sin ( x ) − y cos 3 ( x ) = 0 ⇔

⇔ ( a cos ( x ) − a sin ( x ) e


2 2 a sin ( x )
) cos ( x ) + ( a cos ( x ) e a sin ( x )
) sin ( x ) − ( e a sin ( x )
) cos ( x ) = 0
3

Vou dividir TUDO por e a sin ( x )


⇔ (a 2
cos 2 ( x ) − a sin ( x ) ) cos ( x ) + a cos ( x ) sin ( x ) − cos3 ( x ) = 0 ⇔

⇔ a 2 cos3 ( x ) −a sin ( x ) cos ( x ) + a sin ( x ) cos ( x ) − cos3 ( x ) = 0 ⇔

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 175/316

⇔ a 2 cos3 ( x ) − cos3 ( x ) = 0 ⇔ cos3 ( x ) ( a 2 − 1) = 0 ⇔ a2 − 1 = 0 ⇔ a = ±1

Ou seja como o “a” pode tomar o valor de 1 e -1, e se eu substituir na 1ª solução dada, que é y = esin ( x ) , e a 2ª
solução é y = e − sin ( x ) .

Mas tenho que ter cuidado, pois basta duas soluções, mas estas tem que ser independente, e para poder afirmar
que elas são independentes, tenho que verificar.

sin ( x ) − sin ( x )
y1 y2 e e
w= = = − cos e0 − cos ( x ) e0 = −2cos ( x ) ( ≠ 0)
y '1 y '2 cos ( x ) esin ( x ) − cos ( x ) e
− sin ( x )

Posso por isso, agora, afirmar que y1 e y2 são soluções independentes da equação dada.

sin ( x ) − sin ( x )
Assim, y = Ae + Be

π 
27 – Resolva a equação y ''+ 9 y = cos ( 2 x ) com y ( 0 ) = 1 e y   = −1.
2  

Resolução 27 – É sempre conveniente fazer a sua classificação, pois fico com uma ideia do caminho a tomar para
a sua resolução. Assim sendo posso classificar esta equação como sendo:

- É uma Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem Completa de Coeficientes Constantes.

Outra nota muito importante, pois apesar de não estar na equação, falta o seno! Assim a equação correcta é

y ''+ 9 y = cos ( 2 x ) + sin ( 2 x )

1º passo, a solução associada


y ''+ 9 y = 0

Posso utilizar a Equação Caracterisitca, pois os coeficientes são constantes (um e nove).
y ''+ 9 y = 0 ⇔ r 2 + 9r 0 = 0 ⇔ r2 + 9 = 0 ⇔ r = ±3i

Não me posso esquecer que quando tenho uma solução complexa, fica y = A cos ( ? ) + B sin ( ? ) , com A e B ∈ 

y = A cos ( 3 x ) + B sin ( 3 x ) , com A e B ∈ 

Cuidado aqui, pois há a tendencia de notar y = A cos ( x ) + B sin ( x ) , com A e B ∈ 

– 2º passo, calcular a solução particular. É aqui que se torna importante o facto de se saber que tenho no 2º
membro um segundo termo, que está “escondido”, pois é igual a zeo que é “ + sin ( 2 x ) ”.

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 176/316

y = a cos ( 2 x ) +b sin ( 2 x ) , com a e b ∈ 



+ sin ( 2 x )

y ' = a ( 2 x ) ' ( cos ( 2 x ) ) '+ b ( 2 x ) ' ( sin ( 2 x ) ) ' ⇔ y ' = −2a sin ( 2 x ) + 2b cos ( 2 x ) , com a e b ∈ 

y '' = −4a cos ( 2 x ) − 4b sin ( 2 x )

Substituindo, fica y ''+ 9 y = cos ( 2 x ) ⇔ ( −4a cos ( 2 x ) − 4b sin ( 2 x ) ) + 9 ( a cos ( 2 x ) + b sin ( 2 x ) ) = cos ( 2 x ) ⇔

⇔ − 4 a cos ( 2 x ) − 4b sin ( 2 x ) + 9 a cos ( 2 x ) + 9b sin ( 2 x ) = cos ( 2 x ) ⇔

⇔ 5a cos ( 2 x ) + 5b sin ( 2 x ) = cos ( 2 x ) ⇔ 5a cos ( 2 x ) + 5b sin ( 2 x ) = cos ( 2 x )

Cuidado aqui, pois a tendencia é fazer isto 5b sin ( 2 x ) = cos ( 2 x ) − 5a cos ( 2 x ) ⇔

⇔ b=
(1 − 5a ) cos ( 2 x ) ⇔ b=
1 − 5a
cotg ( 2 x ) ⇔
1 
b =  − a  tg −1 ( 2 x )
5sin ( 2 x ) 5  5 

E isto não me diz nada!

O que tenho que fazer é resolver o sistema:


 1
5a = 1 a = 1
 ⇔  5 → y = cos ( 2 x )
5b = 0 b = 0 5

1
- 3º passo, a solução geral é y = A cos ( 3 x ) + B sin ( 3 x ) + cos ( 2 x ) , com A e B ∈ 
5

Aqui posso realizar mais um calculo, que é o de calcular o valor de A e B, pois é-me fornecido os seguintes
dados:
π 
“ … com y ( 0 ) = 1 e y   = −1. ”
2

 y ( 0) = 1  1  4
A+ =1 A=
  5  5
 π  ⇔  ⇔  →
 y   = −1  − B − 1 = −1 B = 4
 2  5  5

4 1
Assim sendo fica: y=  cos ( 3 x ) + sin ( 3 x )  + cos ( 2 x )
5 5

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 177/316

1
28 – Determine a solução geral da equação x 2 y ''+ xy '− y = x ln ( x ) , sabendo que y1 = x e y2 = são duas
x
soluções da equação sem segundo membro.

Resolução 28 – É sempre conveniente fazer a sua classificação, pois fico com uma ideia do caminho a tomar para
a sua resolução. Assim sendo posso classificar esta equação como sendo:

- É uma Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem Completa de Coeficientes Não Constantes.

B
1º passo, ora bem, sei que a solução da equação associada x 2 y ''+ xy '− y = 0 é y = Ay1 + By2 ⇔ y = Ax +
x

Agora vou utilizar o MVC para poder prosseguir na resolução da equação dada (cuidado com a derivada dos
produtos):
B
y = Ax +
x

'
B B ' x Bx ' B' B
y ' = ( Ax ) '+   = ( A ) ' x + A ( x ) '+ 2 − 2 = A ' x + A + − 2
x
  x x x x

B'
Agora vou impor uma igualdade a zero dos termos com derivadas A' x + =0
x

B
Assim fica y' = A −
x2

B ' x2 − B ( x2 ) ' B ' x 2 2B x B ' 2B


y '' = A '− 4
= A '− + = A '− 2 + 3
x x 4 → 2 x 4 →3 x x

Cuidado com o sinal, pois a fração está precedida de menos, e como o 2º termo também é negativo, fica positivo.

Substituindo na equação dada x 2 y ''+ xy '− y = x ln ( x ) , fica (equação de Euler)

 B ' 2B   B  B
x 2  A '− 2 + 3  + x  A − 2  −  Ax +  = x ln ( x ) ⇔
 x x   x   x

B ' x2 2B x 2 Bx B
⇔ A ' x2 − + + Ax − − Ax − = x ln ( x ) ⇔
x 2
x3 x2 x

2B B B
⇔ A ' x2 − B ' + − − = x ln ( x ) ⇔ A ' x 2 − B ' = x ln ( x )
x x x

Agora socorrer-me de um sistema, sendo a segunda linha a igualdade a zero que impus:

 A ' x 2 − B ' = x ln ( x )  x ln ( x )
 A ' x − B ' = x ln ( x ) − B '− B ' = x ln ( x )
2
 B ' = −
 B' ⇔  2
⇔  2
⇔  2
 A' x + =0  B ' = − A ' x  B ' = − A ' x B ' = − A ' x2
 x 

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 178/316

 1  1
 B ' = − 2 x ln ( x ) B ' = − x ln ( x )
 2
⇔  ⇔ 
 A ' x 2 = 1 x ln ( x )  A ' = 1 ln ( x )
 2  2 x

Agora para evitar muita confusão, vou integrar individualmente “A” e “B”.

1 ln ( x )  1 ln ( x ) 
Vou começar pelo “A”, → A' = ⇔ A = ∫  dx ⇔
2 x 2 x 
1  ln ( x )  ln 2 ( x )
2
1 1 
 ln ( x )  dx
2 ∫ x
⇔ A= ⇔ A =   + K1 ⇔ A= + K1
 2  2  4

Não me posso esquecer do “ + K1 ”.

Nota que esta integração é imediata! (e simples) pois respeita seguinte regra

 
u n +1 1  ln 2 ( x )
∫ ( u '.u ) dx = n +1
→ ∫  x 
ln ( )  dx =
x
2
 
 u' u 

1
Agora o “B”, → B ' = − x ln ( x ) .
2

Este já não é imediato, vou ter que ir pelo método de substituição por partes (MSPP):

1  
B' = − ∫  x .ln ( x )  dx
2  u  v'

u ' v = u.v − ∫ u.v ' 


 Utilizar uma ou outra, a regra não é rigida
uv ' = u.v − ∫ u ' .v 

1 2 u' = x
u= x
Fazer a caixa auxiliar: 2

Formula: u ' v = u.v − ∫ u.v ' v = ln ( x ) v' =


1
x

1  1 2   1 2   1   1  1 2  1 
Fica: B=  x  ln ( x ) − ∫   x  .    dx  ⇔ B=  x  ln ( x ) − ∫ ( x ) dx  ⇔
2  2   2   x    2  2  2 

1  1 2  1 x2  x 2 ln ( x ) x2
⇔ B=  x  ln ( x ) −  + K2 ⇔ B= − + K2
2  2  2 2 4 8

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 179/316

x 2 ln ( x ) x2
B= − + K2
4 8

Não me posso esquecer do “ + K 2 ”.

Continuando o meu sistema, fica

 1  x 2 ln ( x ) x 2
 B ' = − 2 x ln ( x ) 
B =
4
− + K2
8
 ⇔ 
 A ' = 1 ln ( x ) ( )
2
 ln x
 2 x  A = 4 + K1

B
E como y = Ax + ⇔
x
 x 2 ln ( x ) x 2 
 − + K 2 
 ln 2 ( x )  4 8
y =  + K1  x +  
 4  x

29 – Considere a equação 4 xy ''+ 2 y '+ y = 0 . Resolva a equação, sabendo que y1 = cos ( x) é uma solução
particular.

Resolução 29 – Esta é mesmo dificil! E tenho que ter em atenção ao indice da solução particular, pois não é “y”,
mas sim y1 , uma solução particular da equação dada.

Ora bem, é-me dito no enunciado que y1 = cos ( x ) é uma solução particular da equação dada. Vou BAIXAR o
grau da equação de uma unidade, tornando a equação numa equação de primeira ordem (ou seja uma equação
com solução certa, pois só as de segunda ordem podem não ter solução).

 1
Assim sendo fica: y = y1 z ⇔ y = cos ( x)z ⇔ y = z cos  x 2 
 

 1   1    1    1   1 −1  1   1  1 −1  1
y ' = z 'cos  x 2  +   x 2  '  − sin  x 2   z  = z 'cos  x 2  +  − x 2 sin  x 2  z  = z 'cos  x 2  − x 2 sin  x 2  z
 
             2      2  

' '
 1   1 −1
'
  1   1 −1  1   1  1 −1  1  1 −1  1 
y '' =  z 'cos  x 2   −  x 2 sin  x 2  z  = z ''cos  x 2  + z '  − x 2 sin  x 2   −   x 2 sin  x 2   z + x 2 sin  x 2  z ' 
  2   2  2
                 2   

 1  1 −1  1  1 −3  1  1 1 1 −1  1 1 −1  1 
y '' = z ''cos  x 2  − x 2 sin  x 2  z '−  − x 2 sin  x 2  z + x 2 . x 2 cos  x 2  z + x 2 sin  x 2  z ' 
 4 
  2      2 2   2   

 1  1 −1  1 1 −3  1 1 1 1 −1  1 1 −1  1
y '' = z ''cos  x 2  − x 2 sin  x 2  z ' + x 2 sin  x 2  z − x 2 . x 2 cos  x 2  z − x 2 sin  x 2  z '
  2   4   2 2   2  

Cuidado aqui, pois é a soma de dois meios que dá um!

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 180/316

 1  −1  1 1 −3  1  1  1  1  −1  1 1  −3  1  1 
y '' = z ''cos  x 2  − x 2 sin  x 2  z '+ x 2 sin  x 2  z − cos  x 2  z ⇔ y '' = z ''cos  x 2  − x 2 sin  x 2  z '+ z  x 2 sin  x 2  − cos  x 2  
    4   4       4      

Substituindo, fica 4 xy ''+ 2 y '+ y = 0 →

  1  −1  1 1  −3  1  1     1  1 −1  1   1
4 x  z ''cos  x 2  − x 2 sin  x 2  z '+ z  x 2 sin  x 2  − cos  x 2    + 2  z 'cos  x 2  − x 2 sin  x 2  z  + z cos  x 2  = 0
 4    
              2     

 1 1
 1 −
1
 1  1  1 −
1
 1  1
4 xz ''cos  x 2  − 4 x 2 z 'sin  x 2  + x 2 z sin  x 2  − xz cos  x 2  + 2 z 'cos  x 2  − x 2 sin  x 2  z + z cos  x 2  = 0
             

 1 1
 1 −
1
 1  1  1 −
1
 1  1
4 xz ''cos  x 2  − 4 x 2 z 'sin  x 2  + x 2 z sin  x 2  − z cos  x 2  + 2 z ' cos  x 2  − x 2 z sin  x 2  + z cos  x 2  = 0
             

 1 1
 1  1
4 xz ''cos  x 2  − 4 x 2 z 'sin  x 2  + 2 z 'cos  x 2  = 0
     

Agora uma nora importante – tenho no 1º termo uma derivada de 2ª ordem, e no 2º e 3º termo tenho uma
derivada de 1ª ordem. Como é dificil resolução, e as vezes mesmo impossovel, vou baixar uma grau a ordem,
utilizando uma variavel de substituição.

Assim, seja w = z ' e w ' = z '' , fica:

 1 1
 1  1  1  dw 1
 1  1
4 xw 'cos  x 2  − 4 x 2 w sin  x 2  + 2w cos  x 2  = 0 ⇔ 4 x cos  x 2  = 4 x 2 w sin  x 2  − 2w cos  x 2  ⇔
        dx    

 1  1  1   1  1  1 
 4 x 2 sin  x 2  − 2cos  x 2    2 x 2 sin  x 2  − cos  x 2  
dw 1
⇔ = w     
 ⇔ 
  dw = 
     dx
 ⇔
dx  12   w  12 
 4 x cos  x    2 x cos  x  
   
       

  1   1    1
 sin  x 2    cos  x 2    1 sin  x 2  
1  1    1   1  −   1 1
⇔ ∫  w  dw = ∫  1  1   dx + ∫  − 2 x  1   dx ⇔ ∫  w  dw = ∫  x 2  1   dx − 2 ∫  x  dx ⇔
 x 2 cos  x 2   cos  x 2    cos  x 2  
    
         

Cuidado neste passou, pois passa despercebido o “-2”. A tendencia é cortar, mas o que se passa é que temos
1
DUAS situações em que vai ocorrer o − e pela regra de integração tenho que voltar a equilibrar com o “-2”.
2

  1
 1
sin  x 2  
 1 −    dx − 1  1  dx
ln w = −2∫   −  x 2
2 ∫ x 
⇔   ⇔
2  1 
 cos  x 2  
 
  

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 181/316

 1
  1

Outra nota importante é a de que ao integrar para logaritmo ln cos  x 2  , apesar do cos  x 2  passar para o
   
1
 −
1

denominador, o x não fica negativo. Ou seja é errado fazer isto ln cos  x  .
2 2

 

 1 1 1 F
⇔ ln w = −2 ln cos  x 2  − ln ( x ) + ln e D ⇔ ln w = ln .E ⇔ w=
  2 2  1
 12  1
 1
cos  x  x
2
cos 2  x 2  x 2
   

Como já atingi o meu objectivo com a variavel “w”, vou voltar a substituir pela variavel “z”. e fica:

   
   
F F F 1
w= ⇔ z' = ⇔ z = ∫   dx
 ⇔ z = F ∫   dx
 ⇔
 1
 1  1
 1  1
 1  1
 1
cos 2  x 2  x 2 cos 2  x 2  x 2  cos 2  x 2  x 2   cos 2  x 2  x 2 
   
           

1
1
Como u = x 2 e u' = 1
2x 2

 
 
1 1  1
⇔ z = 2 F ∫  1 . 1 
 dx ⇔ z = 2 F .tg  x 2  + G ⇔
   
 2 x 2 cos 2  x 2  
 
  

 1

Agora vou MULTIPLICAR TUDO por  x 2 
 

 1  1  1  1
⇔ z cos  x 2  = 2 F .tg  x 2  .cos  x 2  + G.cos  x 2  ⇔
       

 1

Sei que y = z cos  x 2 
 
 1  1
y = A.cos  x 2  + B.sin  x 2  ⇔ y = A.cos ( x ) + B.sin ( x )
   

Já está!

Mas havia outra maneira muita mais facil de resolver. O objectivo é a de que se tem que se perceber de que
existe varias maneiras de resolver. Na pratica tenho o habito de escolher sempre o pior caminho. Por isso melhor
solução do que a do treino não há.

Vou então passar a resolver de um modo mais simples e eficaz. O melhor caminho a seguir está sempre
dissimulado na pergunta.

Como me é dito “ … sabendo que y1 = cos ( x) “ a resolução do problema passa SEMPRE pela mudança de
variavel!

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 182/316

Resolução da 29 pelo metodo da mudança de variavel:

A equação é 4 xy ''+ 2 y '+ y = 0 . Sei que y1 = cos ( x) é uma solução particular.

Seja então x =t ⇔ x = t2

dy dy dt dy 1 dy 1 1 1 dy 1
y' = = . = . = . . = . .
dx dt dx dt 2 x dt 2 t 2 dt t

d 2 y d  dy  d  dy  dt d  1  dy  1   1 1  1 1  d 2 y 1 dy 
y '' = = .  = .  . = .   . .  = .  − . 
dx 2 dx  dx  dx  dx  dx dx  2  dt  t   2 t  4 t 2  dt 2 t dt 

Substituindo 4 xy ''+ 2 y '+ y = 0 fica (não me posso esquecer do “x”):


1 1  d 2 y 1 dy  1 dy 1 1 1  d 2 y 1 dy  1 dy 1
4t 2 . . 2 . 2 − .  + 2. . . + y = 0 ⇔ 4t 2 . . 2 . 2 − .  + 2. . . + y = 0 ⇔
4 t  dt t dt  2 dt t 4 t  dt t dt  2 dt t

d 2 y 1 dy dy 1 d2y
⇔ − . + . + y=0 ⇔ + y=0 ⇔
dt 2 t dt dt t dt 2

Vou utilizar a equação caracteristica: y ''+ y = 0

r2 + r0 = 0 ⇔ r2 +1 = 0 ⇔ r = ±i

Solução Geral:
y = A.cos ( t ) + B.sin ( t ) ⇔ y = A.cos ( x ) + B.sin ( x )

Agora é só comparar com o resultado obtido e a quantidade de calculo de cada um dos dois metodos. Por isso a
importancia, de antes de avançar, ler bem a pergunta para se poder iniciar o processo de resolução mais simples e
eficaz.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 183/316

Sistema de Equações Diferenciais – Metodo Algebrico

Sistema Linear de Coeficientes Constantes

 π 
 x ' = −2 x + y  x   = −1
1 – Determine a Solução Geral da equação   3
 y ' = −13 x + 2 y com  y ( 0) = 2

 x ' = −2 x + y  x '   −2 1  x 
Resolução – Nota que é igual a  ⇔  =   ⇔
 y ' = −13x + 2 y y '   −13 2  y 
 
Y' A Y

 −2 1 
1º passo, seja A =   , vou ter que calcular os valores próprios de A. Não confundir com vectores próprios
 −13 2 

A − λI = 0

Só na Diagonal Principal:

−2 − λ 1 =0
−13 2−λ

( −2 − λ )( 2 − λ )  − (1)(13)  = 0

λ2 + 9 = 0 ⇔ λ = ±3i

2º passo, como obtive números Complexos, vou escolher ao acaso um Vector Próprio Associado a λ = −3i

Nota, não é obrigatório, mas facilita os cálculos escolher o número imaginário negativo.

( A − λI ) X = 0

 −2 1 
A= 
 −13 2 

 −2 − 3i 1  x =0 ( −2 − 3i ) .x  + (1) . y  = 0 ( −2 − 3i ) x + y = 0


     ⇔  ⇔  ⇔
 −13 2 − 3i   y   0   ( −13) .x  + ( 2 − 3i ) . y  = 0  −13 x + ( 2 + 3i ) y = 0

Nota:

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 184/316

 −2 − 3i 1  x =0 ( −2 − 3i ) .x  + (1) . y  = 0


     ⇔ 
 −13 2 − 3i   y   0   ( −13) .x  + ( 2 − 3i ) . y  = 0

( −2 + 3i ) x + y = 0  y = − ( −2 + 3i ) x  y = ( 2 − 3i ) x
⇔  ⇔  ⇔  ⇔
−13 x + ( 2 + 3i ) y = 0  −13 x + ( 2 + 3i ) y = 0  −13x + ( 2 + 3i ) y = 0

 y = ( 2 − 3i ) x  y = ( 2 − 3i ) x  y = ( 2 − 3i ) x
⇔  ⇔  ⇔  ⇔
 −13x + ( 2 + 3i )( 2 − 3i ) x = 0 −13 x + ( 4 + 9 ) x = 0 0 = 0 é uma preposição verdadeira

∴  1  é um vector proprio associado a λ = −3i


 
 2 − 3i 

Isto é para uma situação em que escolhi que x = 1 . Assim se eu multiplicar o um por 2 − 3i , fica y = 2 − 3i .

Se tivesse escolhido que x = 2 . Assim se eu multiplicar o um por 2 − 3i , fica y = 4 − 6i .

∴  2  é um vector proprio associado a λ = −3i


 
 4 − 6i 

YP = e −3ti  1  ( esta é a forma de Euler ) e agora é só desenvolver


 
 2 − 3i 

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 185/316

−3 ti
e

 1  YP = cos ( −3t ) + i sin ( −3t )  1 
YP = cos ( −3t ) + i sin ( −3t )   ⇔   ⇔
 2 − 3i   2 − 3i 

YP = cos ( 3t ) − i sin ( 3t )  1  YP =   cos ( 3t ) − i sin ( 3t )  .1 


⇔   ⇔   ⇔
 
 2 − 3i    cos ( 3t ) − i sin ( 3t )  . ( 2 − 3i ) 

YP =   cos ( 3t )  .1 − i sin ( 3t )  .1 


⇔   ⇔
 
  cos ( 3t )  . ( 2 − 3i ) − i sin ( 3t )  . ( 2 − 3i ) 

YP =  cos ( 3t ) − i sin ( 3t ) 
⇔   ⇔
(
  ( ) ( )  ( ) ( ) ) (
  cos 3t  . 2 + cos 3t  . −3i − i sin ( 3t )  . ( 2 ) + i sin ( 3t )  . ( −3i ) ) 

YP =  cos ( 3t ) − i sin ( 3t ) 
⇔   ⇔
 ( 2 cos ( 3t ) − 3i cos ( 3t ) ) − ( 2i sin ( 3t ) − 3ii sin ( 3t ) ) 

YP =  cos ( 3t ) − i sin ( 3t ) 
⇔   ⇔
 ( 2 cos ( 3t ) − 3i cos ( 3t ) ) − ( 2i sin ( 3t ) − 3 ( −1) sin ( 3t ) ) 

YP =  cos ( 3t ) − i sin ( 3t ) 
⇔   ⇔
 ( 2 cos ( 3t ) − 3i cos ( 3t ) ) − ( 2i sin ( 3t ) + 3sin ( 3t ) ) 

YP =  cos ( 3t ) − i sin ( 3t ) 
⇔   ⇔
 2 cos ( 3t ) − 3i cos ( 3t ) − 2i sin ( 3t ) − 3sin ( 3t ) 

YP =  cos ( 3t ) − i sin ( 3t ) 
⇔   ⇔
 2 cos ( 3t ) − 3i cos ( 3t ) − 2i sin ( 3t ) − 3sin ( 3t ) 

YP =  cos ( 3t )   −i sin ( 3t ) 
⇔  +  ⇔
 2 cos ( 3t ) − 3sin ( 3t )   −3i cos ( 3t ) − 2i sin ( 3t ) 

YP =  cos ( 3t )  ( −i )  sin ( 3t ) 
⇔  +   ⇔
 2 cos ( 3t ) − 3sin ( 3t )   3cos ( 3t ) + 2 sin ( 3t ) 

YP =  cos ( 3t )  i sin ( 3t ) 
⇔  −   ⇔
2 cos ( 3t ) − 3sin ( 3t )   3cos ( 3t ) + 2sin ( 3t ) 
  
São duas soluções linearmente independentes!

Y = A cos ( 3t )  B sin ( 3t ) 
Solução Geral: ⇔  +   ⇔
 2 cos ( 3t ) − 3sin ( 3t 

)   3cos ( 3t ) + 2sin ( 3t
)
Como tem constantes, é designado Solução Geral da Equação dada

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 186/316

 π   π    π 
 x   = −1  x   = −1  x    =  −1
Tenho uma condição inicial, que é  3 ⇔  3 ⇔   3   2 
     
 y (0) = 2  y ( 0) = 2  y ( 0) 

 π 
 x   x ( 0 )  =  −1
Cuidado que não é   3   =  −1  ou     , fica
  π    2   y (0)   2 
 y  
  3 

  π 
 x    =  −1  Y = A cos ( 3t )  B sin ( 3t )  =  −1 
  3    ⇔ 
2 cos ( )
3 − 3sin 3
+ 
( )  3cos ( )
3 + 2si n 3
  
( )  2 
 y (0)   2   t t t t
 

  π    π    π 
 x    =  −1  Y = A cos  3   B sin  3   =  −1 
  3    ⇔   3   +   3    
 y (0)   2   2 cos ( 3 ( 0 ) ) − 3sin ( 3 ( 0 ) )   3cos ( 3 ( 0 ) ) + 2sin ( 3 ( 0 ) )   2 
     

  π 
 x    =  −1  Y = A cos (π )  B sin (π )  =  −1 
  3    ⇔  +    
 y (0)   2   2 cos ( 0 ) − 3sin ( 0 )   3cos ( 0 ) + 2sin ( 0 )   2 
 

Recordar que cos ( 0 ) = 1 ∧ sin ( 0 ) = 0 ∧ cos ( π ) = −1 ∧ sin (π ) = 0

  π 
 x    =  −1  Y = A  −1  B  0  =  −1 
  3   2  ⇔  +    
 y (0)     2 (1) − 0   3 (1) + 0   2 
 

  π 
 x    =  −1  Y = A  −1  B  0  =  −1 
  3   2  ⇔  +    
 y (0)    2  3  2 
 

Agora faço o sistema:

 − A = −1  A = 1 A = 1 A =1
 ⇔  ⇔  ⇔ 
 2 A + 3B = 2  2 (1) + 3B = 2 3B = 2 − 2 B = 0

  π 
 x    =  −1  Y = A cos (π )  B sin (π )  =  −1 
  3    ⇔  +    
 y (0)   2   2 cos ( 0 ) − 3sin ( 0 )   3cos ( 0 ) + 2sin ( 0 )   2 
 

 x  = 1 cos ( 3t )  0 sin ( 3t )  =  −1 
⇔    +    
 y   2 cos ( 3t ) − 3sin ( 3t )   3cos ( 3t ) + 2 sin ( 3t )   2 

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 187/316

 x  = 1 cos ( 3t )  =  −1 
⇔      
 y   2 cos ( 3t ) − 3sin ( 3t )   2 

 x = cos ( 3t )

 y = 2 cos ( 3t ) − 3sin ( 3t )

Para confirmar

   π 
 x = cos ( 3t )  x = cos  3   
 ⇔    3  cuidado com as variáveis, posso dá azo ao erro
 y = 2 cos ( 3t ) − 3sin ( 3t )  y = 2 cos 3 0 − 3sin 3 0
 ( ( )) ( ( ))

 x = cos ( π )  x = −1  x = −1
⇔  ⇔  ⇔ 
 y = 2 cos ( 0 ) − 3sin ( 0 )  y = 2 (1) − 0 y = 2

Está confirmado!

 x ' = 4x − 5 y  x ( 0 ) = 0
2 – Determine a Solução Geral da equação  
y' = x com  y ( 0 ) = 1

 x ' = 4x − 5 y  x '   4 −5  x 
Resolução – Nota que é igual a  ⇔  =   ⇔
y' = x y '   1 0  y 
 
Y' A Y

 4 −5 
1º passo, seja A =   , vou ter que calcular os valores próprios de A. Não confundir com vectores próprios
1 0 

A − λI = 0

Só na Diagonal Principal:

4−λ −5 = 0
1 0−λ

( 4 − λ )( −λ )  − ( −5 )(1)  = 0

λ 2 − 4λ + 5 = 0 ⇔ λ = 2±i

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 188/316

Nota, tenho recordar a forma algébrica para resolver o problema das fracções, utiliza-se o conjugado para fazer
desaparecer o “i” no denominador. Conforme se faz com uma racionalização. Exemplo:

2 2 ( 5 + 3i ) 10 + 6i 10 6i
= = = +
5 − 3i ( 5 − 3i )( 5 + 3i ) 29 29 29

2º passo, como obtive números Complexos, vou escolher ao acaso um Vector Próprio Associado a λ = 2 − i

Nota, não é obrigatório, mas facilita os cálculos escolher o número imaginário negativo.

( A − λI ) X = 0

 4 −5 
A= 
1 0 

 4 − (2 − i) 5  x  =0 4− 2+i 5  x  =  0  2 +i 5  x  =  0 


     ⇔      ⇔      ⇔
 1 0 − (2 − i)  y   0  1 0 − 2 + i  y  0  1 −2 + i  y   0 

( 2 + i ) .x  + ( 5 ) . y  = 0 ( 2 + i ) x + 5 y = 0 ( 2 + i ) x + 5 y = 0


⇔  ⇔  ⇔  ⇔
 (1) .x  + ( −2 + i ) . y  = 0  x + ( −2 + i ) y = 0  x = − ( −2 + i ) y

( 2 + i ) x + 5 y = 0 ( 2 + i )( 2 − i ) y + 5 y = 0  −5 y + 5 y = 0 0 = 0


⇔  ⇔  ⇔  ⇔ 
 x = ( 2 − i ) y  x = ( 2 − i ) y  x = ( 2 − i ) y  x = ( 2 − i ) y

∴  2 − i  é um vector proprio associado a λ = 2 − i


 
 1 

YP = e( 2 − i )t  2 − i  ( esta é a forma de Euler ) e agora é só desenvolver


 
 1 

YP = e( 2 − i )t  2 − i  YP = e 2t e − it  2 − i 
  ⇔  
 1   1 
−it
e

2 −i YP = e 2t  cos ( −t ) + i sin ( −t )   2 − i 
YP = e 2t  cos ( −t ) + i sin ( −t )    ⇔   ⇔
 1   1 

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 189/316

YP = e 2t  cos ( t ) − i sin ( t )   2 − i  YP = e 2t   cos ( t ) − i sin ( t )  . ( 2 − i ) 


⇔   ⇔   ⇔
 1    cos ( t ) − i sin ( t )  .1 
   

YP = e 2t  2 ( cos ( t ) − i sin ( t ) ) − i ( cos ( t ) − i sin ( t ) ) 


⇔   ⇔
  cos ( t ) − i sin ( t )  .1 
   

YP = e 2 t  ( 2 cos ( t ) − 2i sin ( t ) ) − ( i cos ( t ) − ii sin ( t ) ) 


⇔   ⇔
  cos ( t ) − i si n ( t )  .1 
   

YP = e 2t  2 cos ( t ) − 2i sin ( t ) − i cos ( t ) + i 2 sin ( t ) 


⇔   ⇔
 cos ( t ) − i sin ( t ) 

YP = e2t  2 cos ( t ) − 2i sin ( t ) − i cos ( t ) + ( −1) sin ( t ) 


⇔   ⇔
 cos ( t ) − i sin ( t ) 

YP = e2t  2 cos ( t ) − 2i sin ( t ) − i cos ( t ) − sin ( t ) 


⇔   ⇔
 cos ( t ) − i sin ( t ) 

Agora vou agrupar:


YP = e 2t   2 cos ( t ) − sin ( t )  +  −2i sin ( t ) − i cos ( t )   
⇔   ⇔
 cos ( t ) − i sin ( t ) 


YP = e 2t  2 cos ( t ) − sin ( t )  +  −2i sin ( t ) − i cos ( t )  


⇔     ⇔
 cos ( t )   −i sin ( t )  

YP = e 2t  2 cos ( t ) − sin ( t )  −i  2sin ( t ) + cos ( t )  


⇔     ⇔^
 cos ( t )   sin ( t )  

YP = e 2t  2 cos ( t ) − sin ( t )  −ie 2t  2 sin ( t ) + cos ( t ) 


⇔     ⇔
 cos ( t )   sin ( t ) 

São duas soluções linearmente independentes!

Y = Ae 2t  2 cos ( t ) − sin ( t )  Be 2t  2 sin ( t ) + cos ( t )  =  0 


Solução Geral: ⇔  +     ⇔
 cos ( t )   sin ( t )  1

Como tem constantes, é designado Solução Geral da Equação dada

 x ( 0 ) = 0  0
Tenho uma condição inicial, que é  ⇔ Y (0) =  
 y ( 0 ) = 1 1

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 190/316

Y = Ae 2( 0)  2 cos ( 0 ) − sin ( 0 )  Be 2( 0)  2sin ( 0 ) + cos ( 0 )  =  0 


⇔  +     ⇔
 cos ( 0 )   sin ( 0 )  1

Y = A.1 2 − 0  B.1 0 + 1  =  0 
⇔  +     ⇔
 1   0  1

Agora faço o sistema:

2 A + B = 0  B = −2
 ⇔ 
A = 1 A =1
A Solução Particular é

Y = Ae 2t  2 cos ( t ) − sin ( t )  Be 2t  2 sin ( t ) + cos ( t ) 


⇔  +   ⇔
 cos ( t )   sin ( t ) 

Y = 1.e 2t  2 cos ( t ) − sin ( t )  2.e2t  2 sin ( t ) + cos ( t ) 


⇔  −   ⇔
 cos ( t )   sin ( t ) 

Y = e 2t  2 cos ( t ) − sin ( t )  2  2sin ( t ) + cos ( t )  


⇔  −   ⇔
 cos ( t )
   sin ( t )  
 
Como tem constantes, é designado Solução Geral da Equação dada

 x = 2 cos ( t ) − sin ( t ) − 4sin ( t ) − 2 cos ( t )



 y = cos ( t ) − 2 sin ( t )

Para confirmar

 x = 2 cos ( t ) − sin ( t ) − 4 sin ( t ) − 2 cos ( t )  x = 2 cos ( 0 ) − sin ( 0 ) − 4sin ( 0 ) − 2 cos ( 0 )


 ⇔  ⇔
 y = cos ( t ) − 2sin ( t )  y = cos ( 0 ) − 2 sin ( 0 )

x = 2 − 0 − 0 − 2 x = 0
⇔  ⇔ 
 y = 1− 0 y =1

Está confirmado!

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 191/316

 y1 ' = y2 + y3

3 – Determine a Solução Geral da equação  y2 ' = y1 + y3
y ' = y + y
 3 1 2

 y1 ' = y2 + y3  y1 '   0 1 1   y1 
     
Resolução – Nota que é igual a  y2 ' = y1 + y3 ⇔  y2 '  =  1 0 1   y2  ⇔
  y ' 1 1 0 y 
 y3 ' = y1 + y2  3    3 
Y' A Y

0 1 1
1º passo, seja A =  1 0 1  , vou ter que calcular os valores próprios de A. Não confundir com vectores
1 1 0
 
próprios

A − λI = 0

Só na Diagonal Principal:

0−λ 1 1
=0
1 0−λ 1
1 1 0−λ

− λ3 +1+1+ λ + λ + λ ⇔ − λ 3 + 3λ − 2 = 0 ⇔ λ 3 − 3λ + 2 = 0

λ = −1 ∨ λ = −1 ∨ λ=2

Agora poderei ter um problema, pois tenho dois valores iguais. Se esses dois valores me derem um único vector
(indiferentemente do outro valore, que é o 2), tenho que executar mais calculo, porque realmente preciso de três
vectores próprios linearmente independente. Preciso de saber se de facto vou ter ou não dois vectores próprios.

2º passo, Vector Próprio Associado a λ = −1

( A − λI ) X =0
 y1   x
 
y nisto  y 
Para evitar confusões, vou transformar  2 
y  z 
 3  

 0 − ( −1) 1 1  x  0 1 1 1  x   0 
         
A= 1 0 − ( −1) 1  y  = 0 ⇔ A = 1 1 1  y  =  0  ⇔
 1
 1 0 − ( −1)   z   0  1 1 1  z   0 
    

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 192/316

 x + y + z = 0
 
⇔ A =  x + y + z = 0 = ⇔ x+y+z=0 ⇔ z = −x − y ⇔
 
 x + y + z = 0 Como são todos iguais, basta um
 

Ou seja, o “z” depende de duas variáveis. É um sistema Indeterminado que depende de duas variáveis.

Quando se esta presente de um Sistema Indeterminado de que depende de apenas uma variável, fica

x x 
 y = 2x  
 →  2x 
z = 2x  3x 
 

Assim no meu caso, fica:


 x 
 
z = −x − y →  y 
 −x − y 
 

Continuando, o caso Geral:


 x = x + 0 
     
 y   0   y 
 −x − y   −x   − y 
     

Vai dar origem a dois vectores próprios indeterminados:

 x = x + 0 
     
 y   0   y 
 −x − y   −x   − y 
     

Agora os representantes mais simples (que multiplicado por uma constantes me ira “dar” vários submúltiplos,
logo não independentes.

x 1 + 0 
   
0 1
 −1   −1
 
   
Dois vectores proprios Linearmente Independentes Associados a λ = -1

Agora o Vector Próprio Associado a λ = 2

( A − λI ) X =0

 0 − ( 2) 1 1  x  0  −2 1 1  x  0
         
A= 1 0 − ( 2) 1  y  = 0 ⇔ A =  1 −2 1   y  =  0  ⇔
 1
 1 0 − ( 2 )   z   0   1
 1 −2   z   0 

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 193/316

 −2 x + y + z  z = 2x − y z = 2x − y
   
⇔ A =  x − 2y + z  = ⇔ x − 2 y + 2x − y = 0 ⇔ x − 2 y + 2x − y = 0 ⇔
   x + y − 4x + 2 y = 0
 x + y − 2z  x + y − 2 ( 2x − y ) = 0 

z = 2x − y

⇔ 3 x − 3 y = 0 ⇔ [3x − 3 y = 0].( −1) = −3x + 3 y = 0 Logo são iguais!
 −3 x + 3 y = 0

z = 2x − y z = 2x − x z = x
⇔  ⇔  ⇔ 
y = x y = x y = x

Agora as soluções particulares (tanto pode ser “x” ou “t”):

YP = e − x  1  + e − x  0  + e 2 x  1
     
0 1  1
 −1   −1   1
     

Continuando, o caso Geral:


 x  = x  1  x  = x 1 
       
 y   1 ⇔  x  1
 z   1    
     x  1 

YP = C1e − x  1  + C2 e− x  0  + C3 e 2 x  1
     
0 1  1
 −1   −1   
     1

YP = C1e − x  1.C1e − x  + C2 e − x  0.C2 e − x  + C3 e2 x  1.C3 e 2 x 


 −x   −x   2x 
 0.C1e   1.C2 e   1.C3 e 
 −1.C e− x   −1.C e − x   2x 
 1   2   1.C3 e 

YP =  C1e − x  +  0  +  C3 e2 x 
   −x   2x 
 0   C 2 e   C3 e 
 −C e− x   −C e− x   C e2 x 
 1   2   3 

YP =  C1e − x + C3 e2 x 
 −x 2x 
 C2 e + C3 e 
 −C e − x − C e− x + C e 2 x 
 1 2 3 

YP =  C1e − x + C3 e 2 x   x = y1 = C1e − x + C3 e 2 x
 −x 2x   −x 2x
 C2 e + C3 e  ⇔  y = y2 = C2 e + C3 e
 −C e − x − C e − x + C e 2 x   −x −x 2x
 1 2 3   z = y3 = −C1e − C2 e + C3 e

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 194/316

 x ' = y1
4 – Determine a Solução Geral da equação 
 y ' = y1 + y2

 x ' = y1  x '   1 0   y1 
Resolução – Nota que é igual a  ⇔  =   ⇔
 y ' = y1 + y2 y '   1 1  y2 
 
Y' A Y

1 0 
1º passo, seja A =   , vou ter que calcular os valores próprios de A. Não confundir com vectores próprios.
1 1 

A − λI = 0

Só na Diagonal Principal:

1 − λ 0 =0
 
 1 1− λ 

(1 − λ )(1 − λ )  − [ 0 ] = 0

2
(1 − λ ) =0 ⇔ λ =1 (Duplo)

Como obtive um valor duplo, tenho que ter cuidado em verificar se vou ter um ou dois vectores próprios.

2º passo, como obtive números Complexos, vou escolher ao acaso um Vector Próprio Associado a λ = +1

Nota, não é obrigatório, mas facilita os cálculos escolher o número imaginário negativo.

( A − λI ) X =0

1 − 1 0  0 0
A=  ⇔ A= 
 1 1 − 1 1 0

0 0 x  = 0 0 = 0  x = 0 = y0


     ⇔  → ∴     
1 0 y   0 x = 0  y  y 1

Notar que:
y 0
  é um representante de um vector próprio.
1

Como só deu origem a UM vector próprio, vou ter que ir a procura de uma outra solução para poder continuar.
Neste momento tenho

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 195/316

ex  0 
∴   é uma solução particular
1

Preciso de uma solução do tipo de


e x  A + Bx 
∴  
 C + Dx 

Não é preciso teoria, basta aceitar este facto. Só se aplica em valores duplos.

Recordar a equação Característica, quando tenho a raiz dupla, também faço o 2º termo vezes “x”.

y = Ae x + Bxe x

e x  A + Bx   e x ( A + Bx )   y1 = e x ( A + Bx )
  =  x  ⇔ 
 C + Dx   e ( C + Dx )   y2 = e ( C + Dx )
x

Agora vou derivar, pois no enunciado tenho a derivada (e cuidado, pois é um produto):

 x ' = y1

 y ' = y1 + y2

 y1 ' = e ( A + Bx )  '


 x
 y1 ' =  e x  ' ( A + Bx ) + e x ( A + Bx )  '
  
⇔  ⇔  ⇔
 y2 ' = e ( C + Dx )  '  y2 ' =  e  ' ( C + Dx ) + e ( C + Dx )  '
x x x

 y1 ' = e x ( A + Bx ) + e x B  y1 ' = e x ( A + B + Bx )
⇔  ⇔ 
 y2 ' = e ( C + Dx ) + e D  y2 ' = e ( C + D + Dx )
x x x

Substituindo na equação dada, fica:

 x ' = y1  e x ( A + B + Bx ) = e x ( A + Bx )
 ⇔  x ⇔
 y ' = y1 + y2  e ( C + D + Dx ) = e ( A + Bx ) + e ( C + Dx )
x x

 A + B + Bx = A + Bx B = 0
⇔  ⇔  ⇔
 C + D + Dx = A + Bx + C + Dx  D = A + Bx

 B = 0 B = 0
⇔  ⇔ 
 D = A + ( 0 ) x D = A

e x  A + Bx  ex  A + 0 
∴   ⇔ ∴  
 C + Dx   C + Ax 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 196/316

Posso atribuir valores quaisquer a A e C, assim vou atribuir a “A” e a “C” o valor de um. Notar que não posso
atribuir o valor de zero.

e x  A + Bx  ex  A + 0  ex  1 
  ⇔   ⇔  
 C + Dx   C + Ax  1 + x 

Se tivesse atribuído a “C” o valor de zero, teria:

e x  A + Bx  ex  A + 0  ex  1 
  ⇔   ⇔  
 C + Dx   C + Ax   x

YP 2 = e x  1  ⇔ YP 2 =  e x 
   x
 x  xe 

Assim, continuando o exercício

ex  1 
  é uma solução particular do sistema
1 + x 

YP1 = e x  0  YP 2 = e x  1 
Como   e   então
1 1 + x 

YP = e x  0  + e x  1 
   
1 1 + x 

E elas para além de serem soluções, também são linearmente independentes.

Solução Geral (há um “x” que vou trocar por “c”, pois são “x´s” diferentes!):

Y = K1e x  0  + K 2 e x  1  Y = 0 + 1. ( K 2 e x ) 
  
x 
    ⇔ ⇔
1. ( K1e )  1. K e x + c. K e x 
1 1 + c     ( 2 ) ( 2 )

 y1 = K 2 e
x
Y = 0 + K2ex  Y = K2ex 
 x   x x 
⇔  x x
⇔ 
 K1e   K 2 e + cK 2 e 
x x
 K1e + K 2 xe   y2 = K1e + K 2 xe

 y1 ' = y1 + y3

5 – Determine a Solução Geral da equação  y2 ' = − y3
y ' = y
 3 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 197/316

 y1 ' = y1 + y2  y1 '   1 1 0   y1 
     
Resolução – Nota que é igual a  y2 ' = − y3 ⇔  y2 '  =  0 0 −1  y2  ⇔
y ' = y  y ' 0 1 0  y 
 3 2  3    3 
Y' A Y

1 1 0 
1º passo, seja A =  0 0 −1  , vou ter que calcular os valores próprios de A. Não confundir com vectores
0 1 0 
 
próprios

A − λI = 0

Só na Diagonal Principal:

1− λ 1 0
=0
0 0−λ −1
0 1 0−λ

2
(1 − λ )( −λ )( −λ ) + 0 + 0  −  0 + ( −1)(1)(1 − λ ) + 0  ⇔ (1 − λ )( −λ ) − (1 − λ )

λ =1 ∨ λ = ±i

Como há complexos, vou utilizar só um, e será o numero negativo. Assim só vou calcular dois vectores.

2º passo, Vector Próprio Associado a λ = 1

( A − λI ) X = 0
 y1   x
 
y nisto  y 
Para evitar confusões, vou transformar  2 
y  z 
 3  

 1 − (1) 1 0  x  0 0 1 0  x  0


         
A= 0 0 − (1) −1   y  =  0  ⇔ A =  0 −1 −1   y  =  0  ⇔
 0
 1 0 − (1)   z   0   0 1 −1   z   0 
    

y = 0 y = 0 y = 0 y = 0
   
⇔ − y − z = 0 ⇔ − z − z = 0 ⇔  −2 z = 0 ⇔  z = 0 são iguais!
y − z = 0 y = z  y = z
  y = z 

y = 0
⇔ 
z = 0

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 198/316

 x = x= x1


     
 y 0 0
 z  0  
    0

Agora as soluções particulares (tanto pode ser “x” ou “t”):

YP1 = e x  1  →  y1 = e x
  
0  y2 = 0
0 y = 0
   3

3º passo, Vector Próprio Associado a λ = −i

( A − λI ) X = 0

 1 − ( −i ) 1 0  x  0 1 + i 1 0   x   0 
         
A= 0 0 − ( −i ) −1   y  =  0  ⇔ A =  0 i −1   y  =  0  ⇔

 0 1 0 − ( −i )   z   0   0 1 i  z  0
    

(1 + i ) x + y = 0 (1 + i ) x + y = 0
 
⇔ iy − z = 0 ⇔ iy − z = 0
 y + iz = 0  y + iz = 0 são iguais, pois é multiplo de -i
 

 iz
(1 + i ) x + y = 0 (1 + i ) x − iz = 0 (1 + i ) x = iz x =
⇔  ⇔  ⇔  ⇔  1+ i ⇔
 y = −iz  y = −iz  y = −iz  y = −iz

 i
x = z
 1+ i ,agora vou utilizar o conjugado
 y = −iz

 i (1 + i )  1+ i
x = z x = z
⇔  (1 + i )(1 + i ) ⇔  2
 y = −iz  y = −iz

1+ i  1+ i 
z
 x = 2 = z 2 
∴     
 y   −iz   −i 
z  z   1 
     
   

 x  =  (1 + i ) z  = 2 z 1 + i 
∴     
Para retirar o traço de fracção, vou usar um múltiplo:  y   −2 z   −2i 
 z   2z   2 
     

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 199/316

Nos complexos só calculo para um deles, mas sei que tenho que obter dois.

Agora as soluções particulares (tanto pode ser “x” ou “t”):

YP 2,3 = e − xi  1 + i  YP 2,3 = cos ( − x ) + i sin ( − x )  1 + i 


   
 −2i  ⇔  −2i  ⇔
 2   2 
   

YP 2,3 = cos ( − x ) − i sin ( x )   1 + i  YP 2,3 =  cos ( x ) − i sin ( x )  (1 + i ) 


   
⇔  −2i  ⇔  cos ( x ) − i sin ( x )  ( −2i )  ⇔
   
 2    cos ( x ) − i sin ( x )  ( 2 ) 

YP 2,3 =   cos ( x ) − i sin ( x )  + i cos ( x ) − i sin ( x )  


 
⇔  cos ( x ) − i sin ( x )  ( −2i )  ⇔
 
  cos ( x ) − i sin ( x )  ( 2 ) 

YP 2,3 =  cos ( x ) − i sin ( x ) + i cos ( x ) − ii sin ( x ) 


 
⇔   −2i cos ( x ) + 2ii sin ( x )   ⇔
 
  2 cos ( x ) − 2i sin ( x )  

YP 2,3 =  cos ( x ) − i sin ( x ) + i cos ( x ) + sin ( x ) 


 
⇔   −2i cos ( x ) − 2sin ( x )   ⇔
 
  2 cos ( x ) − 2i sin ( x )  

YP 2,3 =  cos ( x ) + sin ( x )  +  −i sin ( x ) + i cos ( x ) 


   
⇔  −2 sin ( x )   −2i cos ( x )  ⇔
 2 cos ( x )   −2i sin ( x ) 
   

YP 2,3 =  cos ( x ) + sin ( x )  +i  cos ( x ) − sin ( x ) 


   
⇔  −2sin ( x )   −2 cos ( x )  ⇔
 2 cos ( x )   −2sin ( x ) 
     
YP 2 YP3

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 200/316

Equações Lineares com Coeficientes Constantes

Definição – chama-se equação diferencial linear de ordem “n” com coeficientes constantes a uma equação
diferencial do tipo:

an y ( ) + an −1 y (
n −1)
+ ... + a2 y ( ) + a1 y ( ) + a0 y ( ) = f ( x )
n 2 1 0

Onde an ∈  \ {0} , an −1 ,..., a2 , a1 , a1 ∈  , e f uma função.

Notar a importancia do 1º termo não poder ser zero “ \ {0} ”!

Outra nota é a notação matematica, pois y (


n)
não é uma potencia, mas sim a ordem da derivada, como por
( 4)
exemplo y é derivada em ordem a 4 (em vez de por 4 palitos - y '''' )

Outra nota importante é “ … com Coeficientes Constantes ”, os coeficientes são SÓ os que afectam o “y”.

Exercicios

1 – Resolva as seguintes equações lineares:

y( ) + 6 y ( ) + 11y '+ 6 y = 1 y( ) − y = 2
3 2 4
1.1) 1.2)

y ( ) + 2 y ( ) + y ( ) = e− x y( ) + y = x
4 3 2 3
1.3) 1.4)

y ( ) + 4 y ( ) + 4 y = cos ( x ) y ( ) − y ( ) − 7 y ( ) + 7 y ( ) − 8 y '+ 8 y = 0
4 2 7 6 4 3
1.5) 1.6)

y ( ) − y ( ) + y '− y = x 2 + x y( ) − 3 y '+ 2 y = xe x
3 2 2
1.7) 1.8)

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 201/316

y( ) + 6 y ( ) + 11y '+ 6 y = 1
3 2
Resolução 1.1)

Classificação – Equação Linear de 3ª Ordem NÃO Homogenea e de Coeficientes Constantes.

1º paso - Equação Associada


y ( ) + 6 y ( ) + 11y '+ 6 y = 0
3 2

Equação Cartesiana
r 3 + 6r 2 + 11r1 + 6r 0 = 0 ⇔ r 3 + 6r 2 + 11r1 + 6 = 0

 −b ± b 2 − 4ac 
Como a formula resolvente   só me permite calcular até a potencia de dois, vou usar a regra de
 2a 
 
Ruffini para baixar o grau da equação.

Mais, tenho uma dica no primeiro e ultimo termo. Pois bem neste caso como o coeficiente do primeiro termo é
um, torna mais facil a resolução. Pois bem, basta por isso olhar para o coeficiente do 4º termo, que neste
exercicio é 6, e ver quais são os seus divisores:

−6, − 3, − 2, − 1, 1, 2, 3, 6

Ou seja os possiveis numeros na utilização da regra de Ruffini estão aqui.

1 6 11 6
−1 − 1 −5 −6
1 5 6 0

Fica: ( x + 1) ( x 2 + 5 x + 6 )

Agora já consigo utilizar a fórmula resolvente, e fica r = −1 ∨ r = −3 ∨ r = −2

y = C1e − x + C2 e −3 x + C3 e −2 x

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 202/316

2º passo, Solução Particular

y=a
y' = 0
y '' = 0
y ( 3) = 0

1
Substituindo fica: y (3) + 6 y ( 2 ) + 11 y '+ 6 y = 0 → 0 + 0 + 6a = 0 ⇔ a=
6

1
3º passo, Solução Geral y = C1e − x + C2 e −3 x + C3 e −2 x +
6

y( ) − y = 2
4
Resolução 1.2)

Classificação – Equação Linear de 3ª Ordem NÃO Homogenea e de Coeficientes Constantes.

1º paso - Equação Associada


y( ) − y = 0
4

Equação Cartesiana
r 4 − 1r 0 = 0 ⇔ r 4 −1 = 0 ⇔ (r 2
− 1)( r 2 + 1) = 0

Agora já consigo utilizar a fórmula resolvente, e fica r = −1 ∨ r = 1 ∨ r = −1 ∨ r = 1 (Duplas)

y = C1e − x + C2 xe − x + C3 e x + C4 xe x

Depois faço …

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 203/316

2 – Escreva a equação diferencial e a sua solução geral sabendo que o polinomio caracteristico tem três raizes
duplas iguais a: 0, i e –i.

Resolução 2 –

Vou começar com um exemplo fácil para poder prosseguir. Se tivesse como raízes o 3 e o 4, seria assim:

r =3 ∨ r =4 → ( r − 3)( r − 4 ) = 0 ⇔ r 2 − 4r − 3r + 12 = 0 ⇔ r 2 − 7r + 12 = 0

E esta equação tem como equação diferencial esta y ''− y '+ 12 y = 0

Então a Equação Geral é y = Ae3 x + Be 4 x

Assim, aplicando esta mecânica ao exercício 2, fica (não me posso esquecer de que são três raízes DUPLAS):

r =0 ∨ r =0 ∨ r = −i ∨ r = −i ∨ r =i ∨ r =i

2
Assim ( r − 0 )( r − 0 )( r − i )( r − i )( r + i )( r + i ) = 0 ⇔  r ( r − i )( r + i )  = 0 ⇔

Também sei que i 2 = 1

2
( )
2
r ( r 2 + 1)  = 0
2
 r r 2 +ir −ir + i 2  = 0
⇔  r ( r − i )( r + i )  = 0 ⇔
 
⇔   ⇔

 r ( r + 1)  = 0  r ( r + 2r + 1)  = 0
⇔  2 2 2
 ⇔  2 4 2
 ⇔ r 6 + 2r 4 + r 2 = 0

y( ) + 2 y( ) + y( ) = 0
6 4 2
Equação Diferencial

Solução Geral: y = Ae0 x + Bxe0 x + C cos ( x ) + D sin ( x ) + Ex cos ( x ) + Fx sin ( x )

y( ) + 2 y( ) + y( ) − 2 = 6 x
6 4 2
3 – Determine a solução geral da equação

Resolução 2 – Cuidado com o “-2”, pois pertence ao segundo membro, assim sendo fica:

y( ) + 2 y( ) + y( ) = 6 x + 2
6 4 2

y( ) + 2 y( ) + y( ) = 0
6 4 2
Equação Associada

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 204/316

r 2 ( r 2 + 1) = 0
2
Equação Cartesiana r 6 + 2r 4 + r 2 = 0 ⇔ r 2  r 4 + 2r 2 + 1 = 0 ⇔
  
2
( )
= r 2 +1

r =0 ∨ r=0 ∨ r = ±i ∨ r = ±i

Como tenho uma raiz zero, e o 2º membro é do grau 1, fica (nota yi = incompleto ):

yi = Ae0 x + Bxe0 x +C cos ( x ) + D sin ( x ) + Ex cos ( x ) + Fx sin ( x )


   
1ª raiz dupla 2ª raiz dupla

Não esquecer o seguinte:

r=4 ∨ r=4 ∨ r=4 ∨ r=2

Fica yi = Ax 0 e 4 x + Bx1e 4 x + Cx 2 e 4 x + Dx 0 e 2 x

2º passo, Solução Particular

y = x 2 ( ax + b ) = ax 3 + bx 2
y ' = 3ax 2 + 2bx
y '' = 6ax + 2b
y ( 3) = 6 a
y( ) = 0
4

y( ) = 0
5

y( ) = 0
6

y ( ) + 2 y ( ) + y ( ) − 2 = 6 x , fica
6 4 2
Substituindo na equação
0 + 0 + 6ax + 2b = 6 x + 2 ⇔ 6ax + 2b = 6 x + 2 .

Agora vou fazer o sistema e tenho que agrupar por grau, pois os coeficientes de um determinado grau não podem
ir para junto dos coeficientes de um outro grau diferente.

Grau 0 → 2b = 2 b = 1
 ⇔ 
Grau 1 → 6a = 6 a = 1

y P = x 3 + x 2 é uma Solução Particular

3º passo, y = yi + yP , e como e0 x = 1

y = A + Bx + C cos ( x ) + D sin ( x ) + Ex cos ( x ) + Fx sin ( x ) + x3 + x 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 205/316

2 y ( ) + 13 y ( ) + 28 y ( ) + 23 y '+ 6 y = f ( x )
4 3 2
4 – Considere a equação

4.1 – Se f ( x ) = 0 , determine a solução geral da equação

4.2 – Se f ( x ) = x sin ( x ) , indique, sem calcular, o que faria para determinar a solução geral da equação.

Resolução da 4.1 – 1º vou escrever a equação característica

2r 4 + 13r 3 + 28r 2 + 23r1 + 6r 0 = 0

Como não sei resolver em ordem a quarta, vou utilizar a regra de Ruffini:

Como escolher um possivel candidato para a divisão?

Vou ver quais são os divisores dos coeficientes do 1º termo e do 3º.


Neste caso, do 1º termo, que é dois, tem como divisores o um e o dois.

No terceiro termo tenho o 1, 2, 3 e 6. Agora vou dividir os possiveis do 3º termo pelos possiveis do segundo.
Não me posso esquecer dos numeros negativos.

Assim sendo é:

numeros do 1º termo : 1 e 2 ∧ numeros do 2º termo : 1, 2, 3 e 6

Possiveis numeros a utilizar na Regra de Ruffini :

1 2 3 6 1 2 3 6 1 2 3 6 1 2 3 6
, , , ∧ − , − , − , − ∧ , , , ∧ − , − , − , −
1 1 1 1 1 1 1 1 2 2 2 2 2 2 2 2

1 3 1 3
1, 2, 3, 6 ∧ − 1, − 2, − 3, − 6 ∧ , 1, , 3 ∧ − , − 1, − , − 3
2 2 2 2

3 1 1 3
−6, − 3, − 2, − , − 1, − , , 1, , 2, 3, 6
2 2 2 2

Vou então utilizar primeiro o -1 (não esquecer que o lote deste 12 números são apenas CANDIDATOS):

2 13 28 23 6
−1 −2 −11 − 17 −6
2 11 17 6 0

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 206/316

Mas como tenho um grau superior ao 2º grau, logo não consigo utilizar a formula resolvente, vou tentar baixar
mais um grau, e utilizando desta vez o “-2”.
2 11 17 6
−2 −4 −14 − 6
2 7 3 0

Pronto agora já posso utilizar a formula resolvente, e não me posso esquecer das duas raizes já encontradas (-1 e
-2).

As raizes são:
r = −1 ∨ r = −2 ∨ 2r 2 + 7 r + 3 = 0

1
r = −1 ∨ r = −2 ∨ r = −3 ∨ r = −
2

1
− x
Solução Geral da Equação: y = Ae− x + Be−2 x + Ce−3 x + De 2

Resolução da 4.2 – Procura-se uma solução particular do tipo:

2 y = ( ax + b ) sin ( x ) + ( cx + d ) cos ( x )

y( ) + 2 y ( ) + 4 y ( ) − 2 y '− 5 y = 0
4 3 2
5 – Calcule a solução geral da equação

Resolução da 5 – 1º vou escrever a equação característica

r 4 + 2 r 3 + 4 r 2 − 2 r 1 − 5r 0 = 0 ⇔ r 4 + 2r 3 + 4r 2 − 2r − 5 = 0

Como não sei resolver em ordem a quarta, vou utilizar a regra de Ruffini:

Como escolher um possivel candidato para a divisão?

Vou ver quais são os divisores dos coeficientes do 1º termo e do 3º.


Neste caso, do 1º termo, como é um, torna mais reduzido as possibilidades.

No terceiro termo tenho o 1, e 5. Agora vou dividir os possiveis do 3º termo pelos possiveis do segundo. Não me
posso esquecer dos numeros negativos.

Aqui é muito mais simples pois só tenho 4 possibilidades: -1, 1 e -5 e 5.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 207/316

Vou então utilizar primeiro o 1:

1 2 4 −2 −5
1 1 3 7 5
1 3 7 5 0

Mas como tenho um grau superior ao 2º grau, logo não consigo utilizar a formula resolvente, vou tentar baixar
mais um grau, e utilizando desta vez o “-1”.

1 3 7 5
−1 −1 −2 −5
1 2 5 0

Pronto agora já posso utilizar a formula resolvente, e não me posso esquecer das duas raizes já encontradas (-1 e
1).

As raizes são:
r = −1 ∨ r = 1 ∨ r 2 + 2r + 5 = 0

r = −1 ∨ r = 1 ∨ r = −1 ± 2i

Solução Geral da Equação: y = Ae x + Be − x + e − x ( A cos ( 2 x ) + B sin ( 2 x ) )

Nota: como é igual a zero, não tem solução particular.

6 – Determine a solução geral da equação y ''+ y '+ y = ( 2 x + 1) e x − 1 .

1º passo, como não é igual a zero, vou primeiro calcular a equação associada y ''+ y '+ y = 0

Agora vou calcular a equação cartesiana:

1 3
r 2 + r1 + r 0 = 0 ⇔ r2 + r +1 = 0 ⇔ r=− ± i
2 2

1
− x   3   3 
yi = e 2
 A cos  x  + B sin 
  2  
x

  2   

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 208/316

Agora o 2º passo, a primeira equação particular (pois o 2º membro tem dois termos):

y1 = ( ax + b ) e x

y1 ' = ae x + ( ax + b ) e x = ( ax + a + b ) e x

y1 '' = ae x + ( ax + a + b ) e x = ( ax + 2a + b ) e x

Substituindo: y ''+ y '+ y = ( 2 x + 1) e x

( ( ax + 2a + b ) e ) + ( ( ax + a + b ) e ) + ( ( ax + b ) e ) = ( 2 x + 1) e
x x x x

( ax + 2a + b ) e x + ( ax + a + b ) e x + ( ax + b ) e x = ( 2 x + 1) e x

ax + 2a + b + ax + a + b + ax + b = 2 x + 1

3ax + 3a + 3b = 2 x + 1

Agora vou fazer o sistema e tenho que agrupar por grau, pois os coeficientes de um determinado grau não podem
ir para junto dos coeficientes de um outro grau diferente.

 1
b=−
Grau 0 → 3a + 3b = 1  3
 ⇔ 
Grau 1 → 3a = 2 a = 2
 3

2 1
yP1 =  x −  e x é uma Solução Particular (falta a 2ª)
3 3

Agora a 2ª solução particular (para o 2º termo do 2º membro):

y=a
y'= 0
y '' = 0

Substituindo fica: y ''+ y '+ y = −1 → 0 + 0 + a = −1 ⇔ a = −1

y P 2 = −1 é a segunda Solução Particular

3º passo, Solução Geral y = yi + yP1 + yP 2

1
− x   3   3   2 1
y=e 2
 A cos  x  + B sin  x   +  x −  ex − 1
    
  2   2   3 3

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 209/316

7 – Resolva a equação x ''− 4 x '+ 4 x = t −2 e 2t , usando a mudança de variavel x = e2t z

Resolução da 7 – Aqui tenho uma novidade de notação. Pois estou habituado a que o “x” seja a variável
independente. Mas neste caso “x” depende de “t” e este é que é independente. Posso afirmar que estou presente
de uma equação de física, pois a variável independente “t” é usada em física.

É-me dito que x = e2t z , entáo a sua primeira e segunda derivada é:

x ' = ( e 2 t z ) ' = 2e 2 t z + e 2 t z ' = ( 2 z + z ') e 2t

x '' = ( ( 2 z + z ' ) e 2t ) ' = ( 2 z + z ' ) ' e 2t + ( 2 z + z ' ) ( e2 t ) ' = ( 2 z '+ z '' ) e 2t + ( 4 z + 2 z ') e 2t = ( z ''+ 4 z '+ 4 z ) e 2t

Substituindo x ''− 4 x '+ 4 x = t −2 e 2t , fica:

( ( z ''+ 4 z '+ 4 z ) e ) − 4 (( 2 z + z ') e ) + 4 ( e z ) = t


2t 2t 2t −2 2 t
e

e 2t z ''+ e 2t 4 z '+ e 2t 4 z − 8 e 2t z − 4 e2t z '+ 4 e2t z = t −2 e2t

z '' +4 z ' +4z −8z −4 z ' +4z = t −2

1 1  1  1 
z '' = ⇔ z' = ∫ 2  dt ⇔ z' = − + A ⇔ z = ∫  − + A  dt ⇔
t2 t  t  t 

z = − ln t + At + B

x
Como sei que x = e 2t z ⇔ z=
e 2t

Fica:

x   e A e B et 
e 2t
= − ln t + At + B ⇔ ( ( )
x = e2 t ln t −1 + ln e At + ln e B ( )) ⇔ x = e 2t  ln    ⇔
  t 

  Ket 
x = e 2t  ln   
  t 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 210/316

8 – Resolva a equação diferencial: y ''+ a 2 y = cos ( ax ) , com y ( 0 ) = y ' ( 0 ) = 0.

Resolução da 8 – Recordar. Será que a equação é homogénea? Não, não é! Porquê? Simplesmente porque não é
igual a zero, mas sim cos ( ax ) .

Ou seja para ser homogénea, tem que ser SEMPRE igual a zero.
Agora, será que os coeficientes são constantes? Sim, pois apesar de não sabermos o valor de “a”, logo que se
saiba, esse valor será sempre esse, independentemente da evolução das variáveis.

Assim esta equação y ''+ a 2 y = cos ( ax ) é classificada como sendo uma

Equação Linear de 2ª Ordem, não homogenea e com coeficientes constantes.

Este passo é essencial para se ter uma orientação para a resolução da equação. Por exemplo, sei que muito
dificilmente uma equação de 2ª ordem tem resolução!

1º passo – Solução da Equação Linear Homogénea (igualar a zero) - y ''+ a 2 y = 0

Agora a Equação Caracteristica:

y ''+ a 2 y = 0 → r 2 + a2 r 0 = 0 ⇔ r 2 = −a 2 ⇔ r = −a 2 ⇔ r = ± ai

Nota: eu fiz este passo “ r = −a 2 ”, senão passava-me ao lado o numero complexo!

y A = A cos ( ax ) + B sin ( ax )

2º passo – Solução Particular da equação dada, e tendo em atenção de que a solução tem que ter em conta de que
o seno existe

y ''+ a 2 y = cos ( ax ) + sin ( ax )

Assim sendo fica:

y = x b.cos ( ax ) + c.sin ( ax ) 

E a 1ª derivada é y ' = ( x ) ' b.cos ( ax ) + c.sin ( ax )  + x b.cos ( ax ) + c.sin ( ax )  '

(
y ' = b.cos ( ax ) + c.sin ( ax ) + x b.cos ( ax )  '+ c.sin ( ax )  ' )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 211/316

( )
y ' = b.cos ( ax ) + c.sin ( ax ) + x [b ] '.cos ( ax ) + b cos ( ax )  '+ [ c ] '.sin ( ax ) + c sin ( ax )  '

y ' = b.cos ( ax ) + c.sin ( ax ) + x ( b '.cos ( ax ) + b  −a sin ( ax )  + c '.sin ( ax ) + c  a cos ( ax )  )

y ' = b.cos ( ax ) + c.sin ( ax ) + x ( b '.cos ( ax ) − a.b.sin ( ax ) + c '.sin ( ax ) + a.c.cos ( ax ) )

Agora a 2ª derivada:

y '' = b.cos ( ax )  '+ c.sin ( ax )  '+  x ( b '.cos ( ax ) − a.b.sin ( ax ) + c '.sin ( ax ) + a.c.cos ( ax ) )  '

y '' = −ab sin ( ax ) + ac cos ( ax ) − ab sin ( ax ) + ac cos ( ax ) + x ( −a 2 b cos ( ax ) − a 2 c sin ( ax ) )

y '' = −2ab sin ( ax ) + 2ac cos ( ax ) + x ( −a 2 b cos ( ax ) − a 2 c sin ( ax ) )

Agora substituindo na equação dada (aqui não tem “ + sin ( ax ) ”), mas o “y” já TEM a função trigonométrica
seno, sendo assim o seu valor

y = x b.cos ( ax ) + c.sin ( ax ) 

y ''+ a 2 y = cos ( ax )

( )
−2ab sin ( ax ) + 2ac cos ( ax ) + x ( −a 2 b cos ( ax ) − a 2 c sin ( ax ) ) + a 2 x b.cos ( ax ) + c.sin ( ax )  = cos ( ax )

−2ab sin ( ax ) + 2ac cos ( ax ) −a 2 bx cos ( ax ) −a 2 cx sin ( ax ) + a 2 bx cos ( ax ) + a 2 cx sin ( ax ) = cos ( ax )

2ac cos ( ax ) − 2ab sin ( ax ) = cos ( ax )

  1  
− 2  b = 0
sin ( ax ) = 0 −2ab = 0   2c  b = 0
   
 →  ⇔  ⇔ 
 2ac = 1  
cos ( ax ) = 1  a =
1
c =
1
 2c  2a

Assim a solução particular é

  1  
y p = x b.cos ( ax ) + c.sin ( ax )  ⇔ y p = x ( 0 ) .cos ( ax ) +   .sin ( ax ) 
  2a  

x
yp = .sin ( ax )
2a

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 212/316

x
3º passo – Solução Geral y = A cos ( ax ) + B sin ( ax ) + .sin ( ax )
2a
4º passo – Solução particular com y ( 0 ) = y ' ( 0 ) = 0.

1 ax
y ' = − aA sin ( ax ) + aB cos ( ax ) + .sin ( ax ) − .cos ( ax )
2a 2a

1 x
y ' = − aA sin ( ax ) + aB cos ( ax ) + .sin ( ax ) − .cos ( ax )
2a 2

 (0)
 A cos ( a ( 0 ) ) + B sin ( a ( 0 ) ) + .sin ( a ( 0 ) ) = 0
   2a  
=0
 y (0) = 0   =0
=0
 
⇔  ⇔  ⇔
y ' 0 = 0 
 ( ) − aA sin ( a ( 0 ) ) + aB cos ( a ( 0 ) ) + 1 .sin ( a ( 0 ) ) − ( ) .cos ( ax ) = 0
0
  2a   2  
  =0
  =0
 =0
 =0 =0

 A cos ( a ( 0 ) ) = 0 A = 0
 
⇔  ⇔ 
 B = 0
aB cos ( a ( 0 ) ) = 0 

Asssim fica
x
y= .sin ( ax )
2a

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 213/316

Teorema de Linearmente Independente

(utilizando o método Wronskiano)

Definição – se y1 = f1 e y2 = f 2 são duas soluções linearmente independentes da equação diferencial de 2ª


ordem, incompleta, ou seja do tipo y ''+ g ( x ) y '+ h ( x ) y = 0 , então a sua solução geral é y = Af1 ( x ) + Bf 2 ( x ) .

Ou seja se f1 f2 ≠ 0
f1 ' f2 '

De um modo geral

f1 f2 fm ≠0
(1) (1) , então f1 , f 2 , ... , f m são soluções linearmente independentes.
f m( )
1
f1 f2

( n −1) ( n −1) ( n −1)
f1 f2 fm

Exemplo A – vou considerar a equação diferencial seguinte x 2 y ''− 6 y = 0


1
Agora vou mostrar (comprovar) que y1 = x 3 e y2 = , são duas soluções linearmente independentes.
x2

Resolução – vou utilizar a 1ª solução particular y1 = x 3 , e calcular a 1ª e 2ª derivada: y1 ' = 3 x 2 e y1 '' = 6 x .

Agora vou substituir na equação dada: x 2 y ''− 6 y = 0 ⇔ x 2 ( 6 x ) − 6 x3 = 0 ⇔ 0=0 (p.v.)

1
Agora para a segunda, y2 = , e calcular a 1ª e 2ª derivada: y2 ' = x −2 = −2 x −3 e y2 '' = 6 x −4 .
x2

Agora vou substituir na equação dada: x 2 y ''− 6 y = 0 ⇔ x 2 ( 6 x −4 ) − 6 ( x −2 ) = 0 ⇔ 0 = 0 (p.v.)

Ou seja o que eu concluo é que são ambas soluções da equação, mas serão de facto linearmente independente?

Tenho que utilizar o Wronskiano. Basta fazer para a função e sua 1ª derivada. Assim

x3
3
(−3 −2 2
)
x −2 = x . ( −2 x ) − ( x .3x ) = −2 − 3 = −5 ( ≠ 0)
2 −3
3x −2 x

Agora sim posso concluir que são ambas soluções particulares da equação dada e são linearmente independentes.

B
Uma possível Solução Geral da Equação dada seria y = Ax 3 + .
x2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 214/316

Exemplo B – Agora fazendo ao contrário, determinar a ED de modo a que y1 = x e y 2 = e x , sejam suas


soluções.

Como tem duas soluções, trata-se de uma equação diferencial de 2ª ordem.

Escrevo então a sua solução geral y = Ax + Be x , logo y ' = ( Ax + Be x ) ' ⇔ y ' = A + Be x , e a 2ª derivada
é y '' = ( A + Be x ) ' ⇔ y '' = Be x .

Agora vou utilizar a matriz


f1 f2 fm =0
(1) (1) (1)
f1 f2 fm

( n −1) ( n −1) ( n −1)
f1 f2 fm

y1 y2 y3 = 0 x ex y =0
x
y1 ' y2 ' y3 ' ⇔ 1 e y'
x
y1 '' y2 '' y3 '' 0 e y ''

A regra diz-me que posso por uma das COLUNAS em evidência, logo fica

ex x 1 y =0 x 1 y =0
x
⇔ 1 1 y' ⇔ Divido AMBOS os membros por e 1 1 y' ⇔
0 1 y '' 0 1 y ''

x 1 y = ( x.1. y '' ) + (1. y '.0 ) + ( y.1.1)  − ( y.1.0 ) + ( y '.1.x ) + (1.1. y '' ) 
1 1 y'
0 1 y ''

x 1 y = ( xy '') + ( y )  − ( y ' x ) + ( y '') 


1 1 y'
0 1 y ''

⇔ xy ''+ y − xy '− y '' ⇔ , vou agrupar e fica ⇔ ( x − 1) y ''− xy '+ y ⇔

Agora multiplico TUDO por ( −1) → (1 − x ) y ''+ xy '− y = 0

Será que são linearmente independentes?

Tenho que utilizar o Wronskiano. Basta fazer para a função e sua 1ª derivada. Assim

w = x e x = ( x.e x ) − ( e x .1) = xe x − e x ≠ 0
1 ex

Agora sim posso concluir que são ambas soluções particulares da equação dada e são linearmente independentes.

A ED será (1 − x ) y ''+ xy '− y = 0 , e uma possível Solução Geral da Equação seria y = Ax + Be x .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 215/316

Agora vou resolver esta ED (1 − x ) y ''+ xy '− y = 0 , sabendo que y1 = x

Seja y = zx , e em que z é uma escrita abreviada de uma função qualquer em ordem a “z” f ( z ) .

A suas 2ª primeiras derivadas são y ' = ( z ) ' x + z ( x ) ' = z ' x + z , e

y '' = ( z ' ) ' x + z ' ( x ) '+ ( z ) ' = z '' x + z '+ z ' = z '' x + 2 z '

Substituindo (1 − x )( z '' x + 2 z ') + x ( z ' x + z ) − zx = 0 ⇔ (e aproveito e já agrupo)

⇔ z '' x + 2 z '− z '' x 2 − 2 xz '+ z ' x 2 + zx − zx = 0 ⇔ ( x − x ) z ''+ ( x


2 2
− 2x + 2) z ' = 0 ⇔

Agora vou torna-la da 1ª ordem, pois é mais fácil, e não posso utilizar a equação característica.

Assim w = z' → w ' = z ''

Substituindo, fica ( x − x ) z ''+ ( x


2 2
− 2x + 2) z ' = 0 ⇔ ( x − x ) w '+ ( x
2 2
− 2x + 2) w = 0 ⇔

⇔ ( x − x ) dw
2

dx
= −(x 2
− 2x + 2) w ⇔ ( x − x ) dw =  − ( x
2 2
− 2 x + 2 ) w dx ⇔

1  x2 − 2 x + 2 
⇔   dw = −  dx ⇔
 w  x − x2 

Antes de tentar integrar o 2º membro, tenho que ter o cuidado de notar que a potência do numerador é igual ao
denominador, por isso vou ter que 1º executar a regra de Ruffini (se a potencia do numerador fosse maior,
também teria que utilizar esta regra).

Só não posso utilizar a regra de Ruffini para números complexos!

Mais uma nota, pode parecer fútil e estúpido, mas garanto que não o é, pois vai facilitar. O sinal menos que está
fora do integral, vou voltar a pô-lo dentro, mas no DENOMINADOR!

2 − 2x + x2 x2 − 2 x + 2
Assim, fica ⇔
x2 − x x2 − x

Regra de Ruffini:

1  2 − 2 x + x2  1  −x + 2 
⇔ ∫  w  dw = ∫  x 2 − x  dx

⇔ ∫  w  dw = ∫ (1) dx + ∫  x 2
−x
 dx ⇔

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 216/316

O 2º termo do 2º membro não é imediato, por isso vou lá utilizando o método de integração dos coeficientes
indeterminados.

−x + 2 −x + 2 A B A ( x − 1) + Bx Ax − A + Bx
→ → + ⇔ ⇔
x2 − x x ( x − 1) x x −1 x ( x − 1) x ( x − 1)

A + B =1 B = 1
 ⇔ 
− A = 2  A = −2

Agora já consigo integrar todos os termos:

1  −x + 2  1  2  1 
⇔ ∫  w  dw = ∫ (1) dx + ∫  x
2
−x
 dx ⇔ ∫  w  dw = ∫ (1) dx + ∫  − x  dx + ∫  x − 1  dx ⇔

e x ( x − 1)
⇔ ln w = ln e x − 2 ln x + ln x − 1 + ln ec ⇔ w= A
x2

Agora não me posso esquecer que tenho que devolver o resultado em ordem a “x” e “y”, pois foi assim que me
foi apresentado. A variável que fui utilizando para progredir no cálculo tem que ser anuladas, tanto o “w” como o
“z”.

Assim vou começar por anular o w, ora sei que w = z ' , então fica:

e x ( x − 1)  e x ( x − 1) 
z' = A ⇔ z = ∫A  dx ⇔
x2  x2 

Muito cuidado aqui, pois se não se conseguir perceber este pequeno truque, torna-se muito difícil a sua
integração. É simples, mas muito eficaz, que é o de multiplicar o e x com o ( x − 1) , e com isto vou criar mais
dois termos para integrar em vez de um.

 ex x − ex    ex x   ex     ex   ex  
⇔ z = A∫  2  dx ⇔ z = A  ∫  x2 
 dx + ∫  x 2  
− dx  ⇔ z = A ∫ x 
 dx + ∫ − x 2  dx 
 x         

Agora é uma questão de sorte, pois apesar de nenhum dos dois termos obtidos serem de integração imediata, ao
escolhermos um deles e utilizando o método de integração por partes, temos uma solução que nos permite cortar
o 2º termo. Qual deles? Aqui só se lá vai por experiencia. É o 1º termo que tenho que integrar.

Não é uma integração imediata, vou ter que utilizar o método de substituição por partes (MPP).

u ' v = u.v − ∫ u.v ' 


 Utilizar uma ou outra, a regra não é rigida
uv ' = u.v − ∫ u ' .v 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 217/316

u = ex u' = ex
Fazer a caixa auxiliar:

1 1

' '
Formula: u v = u.v − u.v
v= v' = −
x x2

1   1  ex  ex 
Fica (só o 1º termo): uv ' = ( e x ) .   − ∫  ( e x ) .  − 2   dx ⇔ uv ' = + ∫  2  dx
x
    x  x x 

Agora integrando o 1º termo, fica:


 
 e   
x
 e  
x
e x
e 
x
 e 
x
⇔ z = A  ∫   dx + ∫  − 2  dx  ⇔ z = A  + ∫  2  dx + ∫  − 2  dx + B  ⇔
 x  x    x x   x  
  
 Milagre! 

A x
z= e +B
x

3º passo, ora como sei que y = zx , então fica

A 
y =  ex + B  x ⇔ y = Ae x + Bx
 x 

Confirmação - ora eu sei que uma Equação Linear de 2ª Ordem tem duas soluções particulares. Como descobri,
por inspecção a 1ª, que é y1 = x , onde é que ela está?

É o segundo termo!, pois se B = 1 , tenho com y1 = x . Logo também consigo saber o valor de y2 , pois basta-me
igualar o B = 0 e o A = 1 , e fica y 2 = e x .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 218/316

Exercício Equação Diferencial Linear Incompleta

Exercicio - 01 y ''+ 2 y ' = −2

– 1º passo, resolver a Equação Diferencial Linear Incompleta, tenho que torna-la Incompleta, e só depois a
Equação Característica.

y ''+ 2 y ' = 0 → r 2 + 2r = 0 ⇔ r=0 ∨ r = −2

y Inc = Ae 0 x + Be −2 x ⇔ y Inc = A + Be −2 x , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação. Como o 2º membro é do grau zero, basta um polinómio de
grau zero. Mas ….. tenho que ter cuidado, pois obtive uma raiz zero, logo é de grau zero vezes “x”! Se fosse zero
duplo, teria que multiplicar por x 2 .

y = xa → y' = a → y '' = 0

Agora substituindo na fórmula y ''+ 2 y ' = −2 , fica: ( 0 ) + 2 ( a ) = −2 ⇔ a = −1

Dois cuidados a ter agora, 1º é o “a” é que é “-1”, e 2º tenho que substituir y = xa , logo fica

y = x ( −1) ⇔ y = −x

- 3º passo, a Solução Geral da Equação dada y ''+ 2 y ' = −2 → y = A + Be −2 x − x, com A e B ∈ 

Exercicio - 02 y ''+ 8 y ' = 8 x

– 1º passo, resolver a Equação Diferencial Linear Completa, tenho que torna-la Incompleta, e só depois a
Equação Característica.

y ''+ 8 y ' = 0 → r 2 + 8r = 0 ⇔ r=0 ∨ r = −8

y Inc = Ae 0 x + Be −8 x ⇔ y Inc = A + Be −8 x , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação. Como o 2º membro é do grau um, basta um polinómio de
grau um. Mas ….. tenho que ter cuidado, pois obtive uma raiz zero, logo é de grau zero vezes “x”! Se fosse zero
duplo, teria que multiplicar por x 2 .

yP = x ( ax + b ) → yP ' = 2ax + b → yP '' = 2a

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 219/316

Agora substituindo na fórmula y ''+ 8 y ' = 8 x , fica:

2a + 8 ( 2ax + b ) = 8 x ⇔ 2a + 16ax + 8b = 8 x ⇔ 18ax + 8b = 8 x

Tenho que resolver o sistema, e fica:

b = 0 b = 0
8b = 0   2
 ⇔  8 ⇔  2
18a = 8  a = 18  a =  
 3

Tenho que substituir y P = ax 2 + bx , logo fica

2 2
2  2x 
yP =   x 2 + ( 0 ) x ⇔ yP =  
3  3 

2
 2x 
- 3º passo, a Solução Geral da Equação dada y ''+ 8 y ' = 8 x → y = A + Be −8 x +   , com A e B ∈ 
 3 

Exercicio - 03 y ''+ 4 y '+ 4 y = 8e −2 x

– 1º passo, resolver a Equação Diferencial Linear Completa, tenho que torna-la Incompleta, e só depois a
Equação Característica.

y ''+ 4 y '+ 4 y = 0 → r 2 + 4r + 4 = 0 ⇔ r = −2

y Inc = Ae −2 x + Bxe −2 x , com A e B ∈ 


(Cuidado pois é raiz dupla!)

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação. Como o 2º membro é uma potencia!,Vou ter que utilizar a
tabela, Caso II, nº2 (PDF de Calculo III – Modulo I, na pagina 93).

Não esquecer que α é a raiz, e como a minha raiz é dupla, indiferentemente do seu valor ser diferente, existem
duas e pronto. Assim sendo, olhando para a tabela, o s = 2. O “s” é o factor de multiplicidade.

Exemplo:
x2 + 1
 → ax 2
+ bx + c
Px 
Px

Porque se não fizer isto, vou, no fim, acabar por cortar tudo, e vou ter que repetir os cálculos todos.

y P = x 2 ae −2 x

Não é yP = x 2 ( ax 2 + bx + c ) e −2 x

Porque o meu 2º membro da equação é do grau zero, logo só vou aproveitar o grau zero.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 220/316

Recordar
Grau zero y=a
Grau um y = ax + b
Grau dois y = ax 2 + bx + c

E o “x” é elevado ao quadrado porque é raiz DUPLA y P = x 2 ae −2 x

Agora vou calcular a 1ª e 2ª derivada (cuidado, que tem-se um produto:

yP ' = a ( x 2 ) ' e−2 x + x 2 ( e −2 x ) ' ⇔ yP ' = a  2 xe −2 x + x 2 ( −2 x ) ' e −2 x  ⇔ yP ' = 2axe −2 x − 2ax 2 e−2 x

Por norma, mete-se o e−2 x em evidencia, e fica yP ' = ( 2ax − 2ax 2 ) e −2 x

Agora a 2ª, fica yP '' = (( 2ax − 2ax ) e ) '


2 −2 x
⇔ yP '' = (( 2ax − 2ax ) ) ' e
2 −2 x
+ ( 2ax − 2ax 2 )( e −2 x ) ' ⇔

⇔ yP '' = ( 2ax ) '− ( 2ax 2 ) ' e −2 x + ( 2ax − 2ax 2 ) ( −2 x ) ' e −2 x ⇔

⇔ yP '' = [ 2a − 4ax ] e −2 x + ( 2ax − 2ax 2 ) ( −2 ) e −2 x ⇔

⇔ yP '' =  2a − 4ax − 4ax + 4ax 2  e −2 x ⇔

⇔ yP '' =  2a − 8ax + 4ax 2  e −2 x ⇔

Agora substituindo na fórmula y ''+ 4 y '+ 4 y = 8e −2 x , fica:

( 2a − 8ax + 4ax  e ) + 4 ( ( 2ax − 2ax ) e ) + 4 ( x ae ) = 8e


2 −2 x 2 −2 x 2 −2 x −2 x

⇔ ( 2a − 8ax + 4ax ) e 2 −2 x
+ ( 8ax − 8ax 2 ) e−2 x + 4 x 2 a e−2 x = 8 e−2 x ⇔

⇔ 2a −8ax +4ax 2 +8ax −8ax 2 +4ax 2 = 8 ⇔

⇔ 2a = 8 ⇔ ⇔ a=4

Tenho que substituir y P = x 2 ae −2 x , logo fica y P = 4 x 2 e −2 x

- 3º passo, a Solução Geral da Equação dada

y ''+ 4 y '+ 4 y = 8e −2 x → y = Ae −2 x + Bxe −2 x + 4 x 2 e −2 x , com A e B ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 221/316

Exercicio - 04 y ''+ 3 y ' = 3 xe −3 x

– 1º passo, resolver a Equação Diferencial Linear Completa, tenho que torna-la Incompleta, e só depois a
Equação Característica.
y ''+ 3 y ' = 0 → r 2 + 3r = 0 ⇔ r = 0 ∨ r = −3

yInc = Ae 0 x + Be −3 x ⇔ y Inc = A + Be −3 x , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação, vou por inspecção. O correcto seria uma solução com o
seguinte aspecto y = ax + b , pois é um polinómio do grau 1. Também tenho o
α =r Em que uma das raízes é zero. Logo vou ter que multiplicar yP = ax + b por “x”. O “x” é
elevado a potência de um, pois só tenho um zero. Assim fica:

yP = x1 ( ax + b ) ⇔ yP = ax 2 + bx

Mas falta uma coisa, pois o segundo membro tem mais e−3x , logo é só multiplicar a solução particular.

yP = ( ax 2 + bx ) e−3x

Agora vou calcular a 1ª e 2ª derivada (cuidado, que tem-se um produto:

yP ' = ( ax 2 + bx ) ' e −3 x + ( ax 2 + bx )( e −3 x ) ' ⇔ yP ' = ( 2ax + b ) e −3 x + ( ax 2 + bx ) ( −3 x ) ' e −3 x ⇔

⇔ yP ' = ( 2ax + b ) e −3 x − 3 ( ax 2 + bx ) e −3 x ⇔

Por norma, mete-se o e−3x em evidencia, e fica yP ' = ( 2ax + b − 3ax 2 − 3bx ) e−3 x

Agora a 2ª, fica yP '' = ( ( 2ax + b − 3ax 2


)
− 3bx ) e −3 x ' ⇔
⇔ yP '' = ( 2ax + b − 3ax − 3bx ) ' e −3 x + ( 2ax + b − 3ax 2 − 3bx )( e−3 x ) ' ⇔
2

⇔ yP '' = ( 2a − 6ax − 3b ) e −3 x − 3 ( 2ax + b − 3ax 2 − 3bx ) e −3 x ⇔


⇔ yP '' = ( 2a − 6ax − 3b − 6ax − 3b + 9ax 2 + 9bx ) e −3 x ⇔
⇔ yP '' = ( 9ax 2 − 12ax + 2a + 9bx − 6b ) e −3 x ⇔

Agora substituindo na fórmula y ''+ 3 y ' = 3 xe −3 x , fica:

((9ax 2
) (
− 12ax + 2a + 9bx − 6b ) e−3 x + 3 ( 2ax + b − 3ax 2 − 3bx ) e−3 x = 3x e−3 x )
( 9ax 2
− 12ax + 2a + 9bx − 6b ) + ( 6ax + 3b − 9ax 2 − 9bx ) = 3 x

9ax 2 − 12ax + 2a +9bx − 6b + 6ax + 3b −9ax 2 −9bx = 3x


X ( −1)
−6ax + 2a − 3b = 3x ⇔ 6ax − 2a + 3b = −3 x

Agora tenho que resolver o sistema:

  1  1
 −2a + 3b = 0  −2  − 2  + 3b = 0 
3b = 1 b = − 3
⇔   ⇔ ⇔ ⇔
   1 
 6a = −3 a = − 1  a = − 2 a = − 1
 2  2

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 222/316

 1 1 
Tenho que substituir yP = ( ax 2 + bx ) e −3 x , logo fica yP =  − x 2 − x  e−3 x
 2 3 

- 3º passo, a Solução Geral da Equação dada

1 1 
y ''+ 3 y ' = 3 xe−3 x → y = A + Be−3 x −  x 2 + x  e −3 x , com A e B ∈ 
 2 3 

Exercicio - 05 y ''+ 4 y '− 2 y = 8 sin ( 2 x )

– 1º passo, resolver a Equação Diferencial Linear Completa, tenho que torna-la Incompleta, e só depois a
Equação Característica.
y ''+ 4 y '− 2 y = 0 → r 2 + 4r − 2 = 0 ⇔ r = −2 ± 6

( −2 + 6 ) x ( −2 − 6 ) x
y Inc = Ae + Be , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação, vou por inspecção.


Vou me socorrer da tabela do Calculo III – Modulo 1, pagina 93. Assim fica:

yP = a cos ( 2 x ) + b sin ( 2 x )

Agora vou calcular a 1ª e 2ª derivada (cuidado, que tem-se um produto:

yP ' = ( a cos ( 2 x ) + b sin ( 2 x ) ) ' ⇔ yP ' = −2a sin ( 2 x ) + 2b cos ( 2 x )

Agora a 2ª, fica yP '' = ( −2a sin ( 2 x ) + 2b cos ( 2 x ) ) '

yP '' = −4a cos ( 2 x ) − 4b sin ( 2 x )

Agora substituindo na fórmula y ''+ 4 y '− 2 y = 8sin ( 2 x ) , fica:

( −4a cos ( 2 x ) − 4b sin ( 2 x ) ) + 4 ( −2a sin ( 2 x ) + 2b cos ( 2 x ) ) − 2 ( a cos ( 2 x ) + b sin ( 2 x ) ) = 8sin ( 2 x )


−4a cos ( 2 x ) − 4b sin ( 2 x ) − 8a sin ( 2 x ) + 8b cos ( 2 x ) − 2a cos ( 2 x ) − 2b sin ( 2 x ) = 8sin ( 2 x )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 223/316

Vou só arrumar melhor para se ter uma melhor visão:

 −4a cos ( 2 x ) − 2a cos ( 2 x )  − 8a sin ( 2 x ) + 8b cos ( 2 x ) +  −4b sin ( 2 x ) − 2b sin ( 2 x )  = 8sin ( 2 x )

−6a cos ( 2 x ) − 8a sin ( 2 x ) + 8b cos ( 2 x ) − 6b sin ( 2 x ) = 8sin ( 2 x )

[8b − 6a ] cos ( 2 x ) + [ −8a − 6b] sin ( 2 x ) = 8sin ( 2 x )


Agora tenho que resolver o sistema:

 4  16
a= b a=−
8b − 6a = 0  3  25
 ⇔  ⇔ 
 −8a − 6b = 8 6b = −8 − 8  4 b  b = − 12
 
 3   25

16 12
Tenho que substituir yP = a cos ( 2 x ) + b sin ( 2 x ) , logo fica yP = − cos ( 2 x ) − sin ( 2 x )
25 25

- 3º passo, a Solução Geral da Equação dada

( −2 + 6 ) x ( −2 − 6 ) x 16 12
y ''+ 4 y '− 2 y = 8sin ( 2 x ) → y = Ae + Be − cos ( 2 x ) − sin ( 2 x ) , com A e B ∈ 
25 25

Exercicio - 06 y ''+ y = 4 x cos ( x )


– 1º passo, resolver a Equação Diferencial Linear Completa, tenho que torna-la Incompleta, e só depois a
Equação Característica.
y ''+ y = 0 → r2 +1 = 0 ⇔ r = ±i

y Inc = A cos ( x ) + B sin ( x ) , com A e B ∈ 

– 2º passo, resolver a Solução Particular da equação, vou por inspecção.


Vou me socorrer da tabela do Calculo III – Modulo 1, pagina 93, caso III, 2ª.
Como o 2º membro é um polinómio do 1º grau y = ax + b , vou começar por aí, fica:

yP = A cos ( x ) + B sin ( x )

Tenho que ter cuidado em não igualar as variáveis de “A” com “B”, ou seja para “A” fica A = ax + b e para o
“B” fica B = cx + d .

Agora muito cuidado. Sei que i = 1 e que o ângulo do 2º membro é “x”, e que na realidade é 1.x (um vezes
“x”), logo vou acrescentar um “x” a equação. Nota que não por ser “x”, mas sim 1 (se fosse 2x teria que
2
colocar x ).
yP = x ( ax + b ) cos ( x ) + x ( cx + d ) sin ( x )
yP = ( ax 2 + bx ) cos ( x ) + ( cx 2 + dx ) sin ( x )

Agora vou calcular a 1ª e 2ª derivada (cuidado, que tem-se um produto (não vou fazer mais porque é trabalhoso,
e a partir de agora é sempre a mesma coisa).

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 224/316

Resolver uma equação através de Matrizes

x ' = x − 2 y
1 – Determine a Solução Geral da equação 
 y ' = 2x + y

x ' = x − 2 y  x '   1 −2  x 
Resolução – Nota que é igual a  ⇔  =   ⇔
 y ' = 2x + y y '   2 1  y 
 
Y' A Y

 1 −2 
1º passo, seja A =   , vou ter que calcular os valores próprios de A. Não confundir com vectores próprios
2 1 

A − λI = 0

Só na Diagonal Principal:

1− λ −2 = 0
2 1− λ

(1 − λ )(1 − λ )  − ( −2 )( 2 ) 

2 2
(1 − λ ) +4 =0 ⇔ (1 − λ ) = −4 ⇔ λ = 1 ± 2i

2º passo, como obtivemos números Complexos, vou escolher ao acaso um Vector Próprio Associado a λ = 1 − 2i

( A − λI ) X = 0

1 − 1 + 2i −2  =  0   2i −2  =  0   2ix − 2 y = 0
    ⇔     ⇔  ⇔
 2 1 − 1 + 2i   0   2 2i   0   2 x + 2iy = 0

 y = ix  y = ix
⇔  ⇔ 
2 x − 2 x = 0 0 = 0 (p.v.)

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 225/316

Assim
 x   x  x  1
 = =  
 y   ix  i

3º passo,
YP = e(1− 2i )t  1 ⇔ YP = et − 2it 1  ⇔ YP = et e −2it  1
     
i  i  i

Recordar a Formula de Euler, que é eiθ = cos (θ ) + i sin (θ )

⇔ YP = et e −2it 1 ⇔ YP = et  cos ( −2t ) + i sin ( −2t )  1


   
i  i 

Ora sei que sin ( −2t ) = − sin ( 2t )

YP = et cos ( −2t ) + i sin ( −2t )   1 YP = et cos ( −2t ) − i sin ( 2t )   1


⇔   ⇔   ⇔
i i

YP =  et cos ( 2t ) − iet sin ( 2t )  YP =  et cos ( 2t )  +  −iet sin ( 2t ) 


⇔  t  ⇔  t   
 ie cos ( 2t ) + e sin ( 2t ) 
t
e sin ( 2t )   iet cos ( 2t ) 
  
São duas soluções linearmente independentes

Assim a Solição Geral do exercicio é

Y = A  et cos ( 2t )  + B  −et sin ( 2t ) 


 t   t 
 e sin ( 2t )   e cos ( 2t ) 

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 226/316

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 227/316

Soluções em Series de Potencia de Equações Lineares de 2ª Ordem

Consideremos a seguinte equação P ( x ) y ''+ Q ( x ) y '+ R ( x ) y = 0


Seja x0 ∈ . Diz-se que:

x0 é um ponto Ordinario da equação sse P ( x0 ) ≠ 0;

x0 é um ponto Singular da equação sse P ( x0 ) = 0;

x0 é um ponto Singular Regular da equação sse P ( x0 ) = 0,

 Q ( x)   2 R ( x) 
lim ( x − x0 )  ∈  ∧ lim ( x − x0 )  ∈ 

x → x0 P ( x )  
x → x0 P ( x ) 

x0 é um ponto Singular Irregular da equação sse P ( x0 ) = 0, e não é Regular.

Esquematicamente

Seja P ( x ) y ''+ Q ( x ) y '+ R ( x ) y ' = 0

x0 é …

Ou seja, no ponto Singular, basta falhar uma das duas condições para ser Irregular.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 228/316

Exercicios

1 – Para cada equação, determine a solução em serie de potencias na vizinhança de x0 = 0

1.1 y ''− xy '− 2 y = 0 1.2 y ''− xy = 0 ( Equação de Airy )

1.3 y ''− xy '+ x 2 y = 0 1.4 y ''− (1 + x 2 ) y = 0

1.5 y ''− xy '− y = 0 ( x0 = 1) 1.6 (1 − x ) y ''+ y = 0 ; y ( 0) = y ' ( 0) = 2

Resolução 1.1 y ''− xy '− 2 y = 0 (nota este é igual ao exercicio 29, do modulo I, pagina 182)

+∞
Seja y = ∑ an x n ⇔ y = a0 x0 + a1 x1 + a2 x 2 + a3 x3 + a4 x 4 + ...
n =0

+∞
Então y ' = 0 + a1 + 2a2 x + 3a3 x 2 + 4a4 x3 + ... ⇔ y ' = ∑ nan x n −1
n =1

+∞
E y '' = 0 + 2a2 + 6a3 x + 12a4 x 2 + ... ⇔ y '' = ∑ n ( n − 1) an x n − 2
n=2

 +∞ n−2   +∞ n −1   +∞ n 
Substituindo y ''− xy '− 2 y = 0 , fica  ∑
 n=2
n ( n − 1) a n x 

− x  ∑
 n =1
n a n x 

− 2  ∑ an x  = 0
 n=0 

Como o dois, do 3º termo, é uma constante, vou polo dentro somatorio.

Vou também fazer com que TODOS os somatorios comecem por " n = 0" , não me esquecendo então de
decompor o somatorio. Assim

+∞ +∞ +∞ +∞
y ' = ∑ nan x n = ∑ nan x n −1 e y '' = ∑ n ( n − 1) an x n − 2 = ∑ ( n + 2 )( n + 2 − 1) an + 2 x n + 2 − 2
n =1 n=0 n=2 n =0

 +∞ n−2   +∞ n −1   +∞ n 
⇔  ∑
 n=2
n ( n − 1) a n x 

− x  ∑
 n =1
n an x 

− 2  ∑ an x  = 0
 n =0 

 +∞ 
 ∑ ( n + 2 )( n + 2 − 1) an + 2 x n  − x  ∑ nan x n −1  −  ∑ 2an x n  = 0
+∞ +∞
⇔ ⇔
     n=0   n=0 
 n=0 = n +1 
+∞ +∞ +∞
⇔ ∑ ( n + 2 )(n+
n=0
2 − 1) an + 2 x n − ∑ nan x n −1+1 − ∑ 2an x n = 0
 n=0 n=0

= n +1

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 229/316

+∞

∑ ( n + 2)( n + 1) a
n=0
n+2 − nan − 2an  x n = 0

Para ser zero, então ( n + 2 )( n + 1) an + 2 − nan − 2an = 0

É uma sucessão, mas ainda não sei o Termo Geral. Vou lá por condições (aleatorias, mas convém trabalhar com
valores baixos, pois facilita os calculos). Assim a0 = 0 , e a1 = 1 .

Já tenho 2 termos, vou calcular um terceiro:

O terceiro termo é obtido quando o n = 0 (cuidado com estas igualdades para não se ficar baralhados):

n=0
( n + 2 )( n + 1) an + 2 − nan − 2an = 0 → ( 0 + 2 )( 0 + 1) a0 + 2 − ( 0 ) a0 − 2a0 = 0 ⇔

⇔ 2a2 − 0 − 2a0 = 0 ⇔

Ora sei que a0 = 0 , então fica 2 a2 − 0 − 0 = 0 ⇔ 2 a2 = 0 ⇔ a2 = 0

O quarto termo é obtido quando o n = 1 :

n =1
( n + 2 )( n + 1) an + 2 − nan − 2an = 0 → (1 + 2 )(1 + 1) a1+ 2 − (1) a1 − 2a1 = 0 ⇔

⇔ 6a3 − 3a1 = 0 ⇔

1
Ora sei que a1 = 1 , então fica 6a3 − 3.1 = 0 ⇔ 6a3 = 3 ⇔ a3 =
2

Como ainda só tenho dois resultados diferentes de zero, vou continuar a procura de mais termos.

O quinto termo é obtido quando o n = 2 :

n=2
( n + 2 )( n + 1) an + 2 − nan − 2an = 0 → ( 2 + 2 )( 2 + 1) a2 + 2 − ( 2 ) a2 − 2a2 = 0 ⇔

Aqui já vou utilizar os valores calculados de a2 :

⇔ 12a4 − 4 ( a2 ) = 0 ⇔

Ora sei, por calculo, que a2 = 0 , então fica ⇔ 12a4 = 0 ⇔ a4 = 0


O sexto termo é obtido quando o n = 3 :

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 230/316

n =3
( n + 2 )( n + 1) an + 2 − nan − 2an = 0 → ( 3 + 2 )( 3 + 1) a3+ 2 − ( 3) a3 − 2a3 = 0 ⇔

⇔ 20a5 − 5a3 = 0 ⇔

1 1 5 1
Ora sei que a3 = , então fica 20a5 − 5   = 0 ⇔ 20a5 = ⇔ a5 =
2 2 2 8

Uma informação extra deste exercicio, é que para “n” par, tenho sempre zero no resultado.

Assim sendo a minha primeira solução particular é y1 = a0 x 0 + a1 x1 + a2 x 2 + a3 x 3 + a4 x 4 + a5 x 5 + a6 x 6 + ...

1 3 1
y1 = 0 + x + 0 + x + 0 + x5 + 0 + ...
2 8

1 3 1 5
y1 = x + x + x + ...
2 8

Como é de 2ª ordem, preciso de uma segunda solução particular y2 , que tem que ser linearmente independente.

Para conseguir isso, basta trocar os valores de atribuição dos “a”. Assim a0 = 1 , e a1 = 0 (são os 2 primeiros
termos).

Agora, e como já sei os 2 primeiros termos, vou calcular o terceiro:

O terceiro termo é obtido quando o n = 0 (cuidado com estas igualdades para não se ficar baralhados):

n=0
( n + 2 )( n + 1) an + 2 − nan − 2an = 0 → ( 0 + 2 )( 0 + 1) a0 + 2 − ( 0 ) a0 − 2a0 = 0 ⇔

Ora sei que a0 = 1 , e a1 = 0 , então fica 2 a2 − 0 − 2 = 0 ⇔ 2a2 = 2 ⇔ a2 = 1

O quarto termo é obtido quando o n = 1 :

n =1
( n + 2 )( n + 1) an + 2 − nan − 2an = 0 → (1 + 2 )(1 + 1) a1+ 2 − (1) a1 − 2a1 = 0 ⇔

⇔ 6a3 − 3a1 = 0 ⇔ 6a3 − 3. ( 0 ) = 0 ⇔ 6a3 = 0 ⇔ a3 = 0

Como ainda só tenho dois resultados diferentes de zero, vou continuar a procura de mais termos.
O quinto termo é obtido quando o n = 2 :

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 231/316

n=2
( n + 2 )( n + 1) an + 2 − nan − 2an = 0 → ( 2 + 2 )( 2 + 1) a2 + 2 − ( 2 ) a2 − 2a2 = 0 ⇔

Aqui já vou utilizar os valores calculados de a2 :

1
⇔ 12a4 − 4 ( a2 ) = 0 ⇔ 12a4 − 4 (1) = 0 ⇔ a4 =
3

Uma informação extra deste exercicio, é que para “n” impar, tenho sempre zero no resultado.

Assim sendo a minha segunda solução particular é y2 = a0 x 0 + a1 x1 + a2 x 2 + a3 x 3 + a4 x 4 + a5 x 5 + a6 x 6 + ...

1
y2 = 1 + x 2 + x 4 + ...
3

 1 1   1 
E a Solução Geral é y = y1 + y2 = A  x + x3 + x5 + ...  + B 1 + x 2 + x 4 + ... 
 2 8   3 

Resolução 1.2 y ''− xy = 0 ( Equação de Airy )


+∞
Seja y = ∑ an x n ⇔ y = a0 x0 + a1 x1 + a2 x 2 + a3 x3 + a4 x 4 + ...
n =0

+∞
Então y ' = 0 + a1 + 2a2 x + 3a3 x 2 + 4a4 x3 + ... ⇔ y ' = ∑ nan x n −1
n =1

+∞
E y '' = 0 + 2a2 + 6a3 x + 12a4 x 2 + ... ⇔ y '' = ∑ n ( n − 1) an x n − 2
n=2

 +∞ n−2   +∞ n 
Substituindo y ''− xy = 0 , fica ∑ n ( n − 1) a n x  − x  ∑ an x  = 0
 n=2   n=0 

+∞ +∞

∑ n ( n − 1) a x
n=2
n
n−2
− ∑ an x n +1 = 0
n=0

Nota, no primeiro termo se " n = 2" , a potencia de " x n − 2 " passa a " x0 " . E no segundo termo, quando " n = 0" a
potencia de " x n +1 " passa a " x1 " .
Assim sendo vou decompor o primeiro termo do seguinte modo

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 232/316

+∞ +∞ +∞

∑ n ( n − 1) a x
n=2
n
n−2
⇔ 2 ( 2 − 1) a2 x 2 − 2 + ∑ n ( n − 1) an x n − 2
  n =3
⇔ 2a2 + ∑ n ( n − 1) an x n − 2
n =3
n ( n −1) an x n− 2 com n = 2

Ou seja, quando " n = 3" , o 1º termo é igual ao 2º termo.

Assim com " n = 3" , 3 ( 3 − 1) a3 x3− 2

+∞ +∞
Tudo fica: 2a2 + ∑ ( n + 3)( n + 2 ) an + 3 x n +1 − ∑ an x n +1 = 0
n =0 n=0

+∞
2a2 + ∑ ( n + 3)( n + 2 ) an + 3 − an  x n +1 = 0
n=0


 2a2 = 0  2a = 0
  2
 ⇔ 
 n+3 n+2 a −a = 0 
( )( ) n +3 n  an + 3 =
an
 ( n + 3)( n + 2 )

an
Relação de Recorrencia - an + 3 =
( n + 3)( n + 2 )

Chama-se Relação de Recorrencia, porque para saber an +3 , 1º preciso de saber o an .

Assim, vou SUPOR que a0 = 0 e a1 = 1 , e eu sei que a2 = 0 , pois eu digo que 2a2 = 0 .

Agora vou a procura de três resultados diferentes de zero, e para isso vou começar com o n = 0 , e vou evoluindo
passo a passo:

Assim com n = 0 , tenho (aqui tenho que ter cuidado, pois eu afirmo que a0 = 0 ):

an n=0 a0 0
an + 3 = → a3 = ⇔ a3 = ⇔ a3 = 0
( n + 3)( n + 2 ) ( 0 + 3)( 0 + 2 ) 6

Assim com n = 1 , tenho (aqui tenho que ter cuidado, pois eu afirmo que a1 = 1 ):

an n =1 a1 1 1
an + 3 = → a4 = ⇔ a4 = ⇔ a4 =
( n + 3)( n + 2 ) (1 + 3)(1 + 2 ) 4.3 12

Assim com n = 2 , tenho (aqui tenho que ter cuidado, pois eu afirmo que a2 = 0 ):

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 233/316

an n=2 a2 0
an + 3 = → a5 = ⇔ a5 = ⇔ a5 = 0
( n + 3 )( n + 2 ) ( 2 + 3 )( 2 + 2 ) 5.4

Assim com n = 3 , tenho (aqui tenho que ter cuidado, pois eu JÁ CALCULEI que a3 = 0 ):

an n =3 a3 0
an + 3 = → a6 = ⇔ a6 = ⇔ a6 = 0
( n + 3)( n + 2 ) ( 3 + 3)( 3 + 2 ) 6.5

1
Assim com n = 4 , tenho (aqui tenho que ter cuidado, pois eu JÁ CALCULEI que a4 = ):
12

1
an n=4 a4 12 1
an + 3 = → a7 = ⇔ a6 = ⇔ a6 =
( n + 3)( n + 2 ) ( 5 + 3)( 5 + 2 ) 8.7 504

Nota, fui até ao n = 4 , pois preciso pelo menos de 3 numeros diferentes de zero, ora tenho:

- a1 = 1 (que eu imponho)

1
- a4 =
12

1
- a6 =
504

1 4 1 7
Assim a minha 1ª solução particular é y1 = x + x + x + ...
12 504

Como é de 2ª ordem, preciso de uma segunda solução particular y2 , que tem que ser linearmente independente.

Para conseguir isso, basta trocar os valores de atribuição dos “a”. Assim a0 = 1 , e a1 = 0 (são os 2 primeiros
termos).

Agora, e como já sei os 2 primeiros termos, vou calcular o terceiro:

Assim com n = 0 , tenho (aqui tenho que ter cuidado, pois eu afirmo que a0 = 1 ):

an n=0 a0 1
an + 3 = → a3 = ⇔ a3 =
( n + 3 )( n + 2 ) ( )( 0 + 2 )
0 + 3 6
Assim com n = 1 , tenho (aqui tenho que ter cuidado, pois eu afirmo que a1 = 0 ):

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 234/316

an n =1 a1 0
an + 3 = → a4 = ⇔ a4 = ⇔ a4 = 0
( n + 3 )( n + 2 ) ( )(1 + 2 )
1 + 3 4.3

Assim com n = 2 , tenho (aqui tenho que ter cuidado, pois eu afirmo que a2 = 0 ):

an n=2 a2 0
an + 3 = → a5 = ⇔ a5 = ⇔ a5 = 0
( n + 3)( n + 2 ) ( 2 + 3)( 2 + 2 ) 5.4

1
Assim com n = 3 , tenho (aqui tenho que ter cuidado, pois eu JÁ CALCULEI que a3 = ):
6

1
an n =3 a3 1
an + 3 = → a6 = ⇔ a6 = 6 ⇔ a6 =
( n + 3)( n + 2 ) ( 3 + 3)( 3 + 2 ) 6.5 180

1 3 1 6
Assim a minha 2ª solução particular é y2 = 1 + x + x + ...
6 180

 1 1 7   1 1 6 
A Solução Geral da equação dada é y = y1 + y2 = A  x + x 4 + x + ...  + B 1 + x3 + x + ... 
 12 504   6 180 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 235/316

2
2 – Determine os pontos singulares da equação 2 ( x − 2 ) xy ''+ 3 xy '+ ( x − 2 ) y = 0 e classificque-os em regulares
ou irregulares.

Resolução 2 – ora bem, vou primeiro separar os P ( x ) , Q ( x ) e R ( x )

2
P ( x ) = 2 ( x − 2) x Q ( x ) = 3x R ( x) = x − 2

Para poder determinar os pontos singulares (Lineares de 1ª ordem), tenho que ter P ( x ) = 0 .

2
Assim sendo, fica 2 ( x − 2 ) x = 0 , e para isto acontecer, x = 0 ∨ x = 2. Posso por isso afirmar que os
pontos singulares desta equação dada é 0 e 2.

Vou agora iniciar a classificação, começando pelo 1º ponto singular, que é o zero. Esta ordem é indiferente.

Ponto Singular 0 – tenho que verificar duas condiçoes.

 Q ( x)   3x   3x  3  x  3 0
lim  ( x − x0 )  = lim  x .  = lim   = lim  2 = lim   = 0 (< ∞)
( )  2 2 x →0 x − 4 x + 4 
x → x0
 P x 
x →0
 2 ( x − 2 ) 
x x→0
 (
2 x − 2 )  2   2 x →0 4
 

Passou na 1ª condição, vou agora ver a 2ª, e sempre no mesmo ponto, que neste caso é o zero.

 2 R ( x) 
 2 x−2   x 
lim  ( x − x0 ) 
 = lim x .  = lim  =0 (< ∞)
x → x0
 P ( x)  x → 0
 2 ( x − 2 ) x 
2 x → 0
 2 ( x − 2 ) 

Como os dois criterios deram inferior a infinito, posso por isso, agora, afirmar que o zero é um Ponto Singular da
equação dada.

Agora vou verificar o 2º ponto obtido, que é o dois.

Ponto Singular 2 – tenho que verificar duas condiçoes.

 Q ( x)   3x   3  3 1  3
lim  ( x − x0 ) 
 = lim  ( x − 2 ) .  = lim  =   = .∞ = ∞
x → x0
 P ( x ) 
x→2

 2 ( 2)
x − 2
x  x → 2  2 ( x − 2 )  2  2 − 2  2

Como não passou na 1ª condição, nem é preciso verificar a 2ª, já posso concluir que o 2 não é ponto singular
regular. O 2 é por isso classificado como sendo um Ponto Singular Irregular.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 236/316

3 – Para as equações diferenciais das seguintes alineas, determinar algumas parcelas da solução em forma de
serie na vizinhança dos pontos singulares, correspondente ao maior valor das raizes da Equação Indicial. Se as
raizes da equação indicial não diferirem por um inteiro, determine também a solução particular correspondente à
menor raiz.

3.1 xy ''+ (1 − x ) y '− y = 0 3.2 x 2 y ''− x ( x + 3) y '+ ( x + 3) y = 0 3.3 xy ''+ y = 0

 1
3.4 x 2 y ''+ xy '+  x 2 −  y = 0
 9

Resolução 3.1 – ora bem, vou primeiro separar os P ( x ) , Q ( x ) e R ( x )

P ( x) = 0 Q ( x) = 1− x R ( x ) = −1

Para poder determinar os pontos singulares (Lineares de 1ª ordem), tenho que ter P ( x ) = 0 .

Como x = 0 , o zero e ponto singular (mas não sei se é regular, tenho que ver os limites!).

+∞ +∞ +∞

∑ a ( x − 0) y = x r ∑ an x n y = ∑ an x n + r
r n
Agora, seja y = ( x − 0 ) n ⇔ ⇔
n=0 n=0 n =0

Cuidado que não é somar “+1” mas sim “+r” !

Outra nota importante, e que leva a muito engano por descuido. Se o “x” que esta fora do somatorio tivesse a
potencia elevado a “n” em vez de ser em “r”, NÃO poderia ir para dentro so somatorio!

+∞ +∞
y = x n ∑ an x n ⇔ y = ∑ an x 2 n ERRADO !
n=0 n=0

Nota, se em vez de ter como Ponto Singular zero, tivesse 2 ( x − 2 ) , que é vulgarmente designado Serie de
+∞
Potencia ( x − 2 ) , a notação seria y = ( x − 2 ) ∑ a ( x − 2) . Se fosse -2 seria ( x − ( −2 ) ) = ( x + 2 ) .
r n
n
n=0

'
 +∞  +∞
A sua 1ª derivada é y ' =  ∑ an x n + r  ⇔ y ' = ∑ ( n + r ) an x n + r −1
 n =0  n=0

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 237/316

Outra nota importante é o do indice do “n”, que continua a ficar a zero, não passa para 1.

'
 +∞  +∞
y ' =  ∑ an x n + r  ⇔ y ' = ∑ ( n + r ) an x n + r −1 ERRADO !
 n=0  n =1

Este erro é só devido ao facto de ter no somatorio o “+r”. Pois se não tivesse, não me afligia, pois o 1º termo
daria zero.

Ou seja quando tenho:

y = a0 + a1 x1 + a2 x 2 + a3 x 3 + ...

y ' = 0 + 1a1 x 0 + 2a2 x1 + 3a3 x 2 + ... ⇔ y ' = 0 + a1 + 2a2 x1 + 3a3 x 2 + ...

Posso por isso usar o n = 1

Agora com o “x” com potencia de “r”, fica:

y = a0 x 0 + r + a1 x1+ r + a2 x 2 + r + a3 x3+ r + ...

y ' = r.a0 x 0 + r −1 + (1 + r ) a1 x1+ r −1 + ( 2 + r ) a2 x 2 + r −1 + ( 3 + r ) a3 x 3+ r −1 + ... ⇔

⇔ y ' = r.a0 x r −1 + (1 + r ) a1 x r + ( 2 + r ) a2 x r +1 + ( 3 + r ) a3 x r + 2 + ...

Tenho que por isso usar o n = 0

+∞
Ou seja posso notar matematicamente deste modo y ' = ∑ ( n + r ) an x n + r −1 , e é designado por (em torno dos
n =0
pontos singulares):
Serie Frobenius

Quando o ponto é singular regular utilizo a Serie Frobenius.

Voltando ao exercicio 3.1 – 1ª derivada.

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 238/316

'
 +∞  +∞
y ' =  ∑ an x n + r  ⇔ y ' = ∑ ( n + r ) an x n + r −1
 n =0  n=0

'
 +∞  +∞
2ª derivada - y '' =  ∑ ( n + r ) an x n + r −1  ⇔ y '' = ∑ ( n + r )( n + r − 1) an x n + r − 2
 n=0  n=0

Agora substituindo na equação dada, xy ''+ (1 − x ) y '− y = 0 , fica

 +∞   +∞   +∞

x  ∑ ( n + r )( n + r − 1) an x n + r − 2  + (1 − x )  ∑ ( n + r ) an x n + r −1  −  y = ∑ an x n + r  = 0
 n=0   n =0   n=0 

+∞
 +∞   +∞ 
∑ ( n + r )( n + r − 1) a x
n=0
n
n + r − 2 +1
+ (1 − x )  ∑ ( n + r ) an x n + r −1  −  ∑ an x n + r  = 0
 n=0   n=0 

 +∞

Chamada de atenção ao 2º termo: (1 − x )  ∑ ( n + r ) an x n + r −1  , pois vou multiplicar o (1 − x ) .
 n=0 

+∞
 +∞  +∞ +∞

∑ (n + r ) a x
n=0
n
n + r −1
− x  ∑ ( n + r ) an x n + r −1 
 n=0 
⇔ ∑ (n + r ) a x
n=0
n
n + r −1
− ∑ ( n + r ) an x n + r −1+1
n=0

Tudo junto fica


+∞ +∞ +∞ +∞

∑ ( n + r )( n + r − 1) a x
n=0
n
n + r −1
+∑ ( n + r ) an x n + r −1 − ∑ ( n + r ) an x n + r − ∑ an x n + r
n =0 n=0 n=0

Agora, olhar para as potencias do “x”, tenho no 1º e 2 º termo n + r − 1 , e no 3º e 4º termo tenho n + r .

Ora bem, quando tenho n = 0 , inicio da contagem, fica r − 1 e r .

Se somar a contagem do somatorio que segue, ou seja quando n = 1 , fica r e r + 1 .

Ou seja vou ao somatorio do 1º termo, e coloco fora do somatorio o 1º termo. Cuidado com a leitura desta linha.

Vou DENTRO do somatorio, e “saco” cá para “fora” a 1ª contagem. Faço isto também ao 2º somatorio. Assim
no fim, em vez de 4 termos, fico com 6.

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 239/316

+∞ +∞ +∞ +∞
( 0 + r )( 0 + r − 1) a0 x0 + r −1 + ∑ ( n + r )( n + r − 1) an x n + r −1 + ( 0 + r ) a0 x0 + r −1 +∑ ( n + r ) an x n + r −1 − ∑ ( n + r ) an x n + r − ∑ an x n + r =0
n =1 n =1 n=0 n=0

+∞ +∞ +∞ +∞
r ( r − 1) a0 x r −1 + ∑ ( n + r )( n + r − 1) an x n + r −1 + ra0 x r −1 +∑ ( n + r ) an x n + r −1 − ∑ ( n + r ) an x n + r − ∑ an x n + r = 0
n =1 n =1 n=0 n =0

Agora volta-se a por o n = 0 .

+∞ +∞ +∞ +∞
r ( r − 1) a0 x r −1 + ∑ ( n + r + 1)( n + r − 1 + 1) .an +1 x n + r −1+1 + ra0 x r −1 +∑ ( n + r + 1) .an +1 x n + r −1+1 − ∑ ( n + r ) .an x n + r − ∑ an x n + r = 0
n=0 n=0 n=0 n =0

+∞ +∞ +∞ +∞
r ( r − 1) a0 x r −1 + ∑ ( n + r + 1)( n + r ) .an +1 x n + r + ra0 x r −1 +∑ ( n + r + 1) .an +1 x n + r − ∑ ( n + r ) .an x n + r − ∑ an x n + r = 0
n=0 n=0 n=0 n=0

+∞ +∞ +∞ +∞
r ( r − 1) a0 x r −1 + ∑ ( n + r + 1)( n + r ) .an +1 x n + r + ra0 x r −1 +∑ ( n + r + 1) .an +1 x n + r − ∑ ( n + r ) .an x n + r − ∑ an x n + r = 0
n=0 n=0 n =0 n=0

+∞ +∞ +∞ +∞
r ( r − 1) + r  a0 x r −1 + ∑ ( n + r + 1)( n + r ) .an +1 x n + r +∑ ( n + r + 1) .an +1 x n + r − ∑ ( n + r ) .an x n + r − ∑ .an x n + r = 0
n=0 n=0 n=0 n=0

+∞
r ( r − 1) + r  a0 x r −1 + ∑ ( n + r + 1)( n + r ) .an +1 + ( n + r + 1) .an +1 + ( n + r ) .an − an  x n + r = 0
n=0

Ora agora tenho que impor duas condições:

 r ( r − 1) + r = 0 r 2 = 0
 
 ⇔ 
 
( n + r + 1) ( n + r + 1) .an +1 − ( n + r + 1) .an = 0 ( n + r + 1) .an +1 − an = 0

Chama-se

r 2 = 0 - Equação Indicial (é de notar que tenho a raiz dupla e igual!)

ea

( n + r + 1) .an +1 − an = 0 - Relação de Recorrencia.


r = 0


 an
 an +1 =
 n + r +1

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 240/316

Outra nota MUITO importante, está no enunciado:

“…correspondente ao maior valor das raizes da Equação Indicial”

É-me solicitado a MAIOR das raizes, mas como é dupla, faço para o zero, pois r = 0 .

an
Ou seja, quando r = 0 , tem-se que an +1 = .
n + r +1

Agora vou atribuir a a0 = 1 e vou começar com

n=0 →
an a0 1
a n +1 = ⇔ a1 = ⇔ a1 = ⇔ a1 = 1
n + r +1 0 + 0 +1 1

- não esquecer “…ou seja, quando r = 0 ”

an a1 1
n =1 → a n +1 = ⇔ a2 = ⇔ a2 =
n + r +1 1+ 0 +1 2

1
an a2 1
n=2 → an +1 = ⇔ a3 = ⇔ a3 = 2 ⇔ a3 =
n + r +1 2 + 0 +1 3 6

1
an a3 1
n=3 → an +1 = ⇔ a4 = ⇔ a4 = 6 ⇔ a4 =
n + r +1 3 + 0 +1 4 24

+∞ +∞
1 1
Assim: y1 = x0 ∑ an x n = ∑ an x n = a0 x0 + a1 x1 + a2 x 2 + a3 x3 + ... = 1 + x + x 2 + x3 + ...
n =0 n =0 2 6

E pronto fico por aqui. Se houvesse outra raiz, também ficaria por aqui, pois é-me solicitado a maior das raizes!

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 241/316

Resolução 3.2 – x 2 y ''− x ( x + 3) y '+ ( x + 3) y = 0

A sua classificação é Eq. Linear de 2ª Ordem Homogenea e de Coeficientes não Constantes.

É linear, porque o “y” está a potencia de um. Homogenea, porque é igual a zero.

Vou primeiro separar os P ( x ) , Q ( x ) e R ( x )

P ( x ) = x2 Q ( x ) = − x ( x + 3) R ( x) = x + 3

Para poder determinar os pontos singulares (Lineares de 1ª ordem), tenho que ter P ( x ) = 0 .

Como x = 0 , o zero é ponto singular. P ( x) = 0 ⇔ P ( 0 ) = 02 = 0

Mas não sei se é regular, pois se o for, utilizao a Serie de Frobenius e em que x0 = 0 .

 Q ( x)   − x ( x + 3)   − x ( x + 3) 
lim  ( x − x0 )  = lim  ( x − 0 )  = lim  x  = lim ( − x + 3) = −3 ∈
x → x0  P ( x )  x →0  x 2 x →0 
   x2 
x →0

Nota, ao dizer ∈  , já estou a excluir o −∞ e o +∞ .

 2 R ( x)   2 x+3  x+3
lim  ( x − x0 )  = lim  ( x − 0) 2 
= lim  x 2  = lim ( x + 3) = 3 ∈

x → x0 P ( x)  x → 0
 x  x → 0  x 2  x →0
 

Como este dois limites deu verdadeiro, posso afirmar que o zero é um ponto Singular Regular, logo posso
utilizar a Serie de Forbenius para calcular a solução.

Ora então a notação é esta

+∞ +∞ +∞

∑ a ( x − 0) y = x r ∑ an x n y = ∑ an x n + r
r n
y = ( x − 0) n ⇔ ⇔
n =0 n =0 n=0

Cuidado que não é somar “+1” mas sim “+r” !

'
 +∞  +∞
y ' =  ∑ an x n + r  ⇔ y ' = ∑ ( n + r ) an x n + r −1
 n =0  n =0

'
 +∞  +∞
y '' =  ∑ ( n + r ) an x n + r −1  ⇔ y '' = ∑ ( n + r )( n + r − 1) an x n + r − 2
 n =0  n=0

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 242/316

Agora substituindo na equação dada, x 2 y ''− x ( x + 3) y '+ ( x + 3) y = 0 , fica

 +∞   +∞   +∞ 
x 2  ∑ ( n + r )( n + r − 1) an x n + r − 2  − x ( x + 3 )  ∑ ( n + r ) an x n + r −1  + ( x + 3)  ∑ an x n + r  = 0
 n=0   n =0   n=0 

 +∞   +∞ n + r −1   +∞ n+r 
x 2  ∑ ( n + r )( n + r − 1) an x n + r −2  − ( x + 3 x )  ∑ ( n + r ) an x  + ( x + 3)  ∑ an x  = 0
2

 n=0   n=0   n=0 

+∞
 +∞   +∞   +∞   +∞ 
∑ ( n + r )( n + r − 1) a x
n=0
n
n+ r
− x 2  ∑ ( n + r ) an x n + r −1  − 3 x  ∑ ( n + r ) an x n + r −1  + x  ∑ an x n + r  + 3  ∑ an x n + r  = 0
 n=0   n =0   n=0   n=0 

+∞ +∞ +∞ +∞ +∞

∑ ( n + r )( n + r − 1) an xn + r − x 2 ∑ ( n + r ) an x n + r −1 − 3 x ∑ ( n + r ) an xn + r −1 + x∑ an xn + r + 3∑ an xn + r
n=0 n=0 n=0 n=0 n=0
=0

+∞ +∞ +∞ +∞ +∞

∑ ( n + r )( n + r − 1) a x
n=0
n
n+ r
− ∑ ( n + r ) an x n + r +1 − ∑ 3 ( n + r ) an x n + r + ∑ an x n + r +1 + ∑ 3an x n + r = 0
n=0 n =0 n=0 n =0

Agora tenho que olhar para a pontecia do “x”, e ter o n = 0

x0+ r x0+ r +1 x0+ r x0+ r +1 x0+ r

r r +1 r r +1 r

Agora vou somar +1 ao “r”:

r r +1 r r +1 r

r +1 r+2 r +1 r+2 r +1

O que é que tenho em comum?

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 243/316

r r +1 r r +1 r

r +1 r+2 r +1 r+2 r +1

É o r + 1 , logo vou faxer com que a potencia do “x”, seja em TODOS os termos r + 1 .

Ou seja vou ao somatorio do 1º termo, e coloco fora do somatorio o 1º termo. Cuidado com a leitura desta linha.

Vou DENTRO do somatorio, e “saco” cá para “fora” a 1ª contagem. Faço isto também ao 3º e 5º somatorio.

Assim no fim, em vez de 5 termos, fico com 8.

+∞ +∞ +∞ +∞ +∞

∑ ( n + r )( n + r − 1) a x
n=0
n
n+ r
− ∑ ( n + r ) an x n + r +1 − ∑ 3 ( n + r ) an x n + r + ∑ an x n + r +1 + ∑ 3an x n + r = 0 ,
n=0 n =0 n=0 n =0

Com n = 0 , mas para os termos que meto cá “fora”, pois a partir daí o 1º, 3º e 5º termo começam com n = 1

+∞ +∞ +∞ +∞ +∞
( 0+ r)( 0 + r −1) a0 x0+r + ∑( n + r)( n + r −1) an xn+r −∑( n + r) an xn+r+1 −3( 0+ r) an x0+r −∑3( n + r) an xn+r + ∑an xn+r+1 +3a0x0+r + ∑3an xn+r = 0
n=1 n=0 n=1 n=0 n=1

+∞ +∞ +∞ +∞ +∞
r ( r −1) a0 xr + ∑ ( n + r )( n + r −1) an xn+ r −∑ ( n + r ) an xn+ r +1 − 3ra0 xr − ∑3 ( n + r ) an xn+ r + ∑ an xn + r +1 + 3a0 xr + ∑3an xn +r = 0
n =1 n =0 n =1 n= 0 n =1

Agora vou voltar a acertar os limites do Somatorio, tendo então o n = 0 .

+∞ +∞ +∞ +∞ +∞
r ( r −1) a0 xr + ∑( n + r +1)( n + r −1+1) an+1xn+r+1 −∑( n + r) an xn+r+1 −3ra0 xr −∑3( n + r +1) an+1xn+r+1 + ∑an xn+r+1 +3a0 xr + ∑3an+1xn+r+1 = 0
n=0 n=0 n=0 n=0 n=0

+∞ +∞ +∞ +∞ +∞
r ( r −1) a0 xr + ∑( n + r +1)( n + r ) an+1xn+r +1 −∑( n + r ) an xn+r +1 − 3ra0 xr − ∑3( n + r +1) an+1xn+r +1 + ∑an xn+r +1 + 3a0 xr + ∑3an+1xn+r +1 = 0
n=0 n=0 n=0 n=0 n=0

+∞
r ( r − 1) − 3r + 3 a0 x r + ∑ ( n + r + 1)( n + r ) an +1 − ( n + r ) an − 3 ( n + r + 1) an +1 + an + 3an +1  x n + r +1 = 0
n=0

Como já tenho a potencia do “x” igual, vou a equação, e vou separar a Equação Indicial da Relação de
Recorrencia.

 r ( r − 1) − 3 ( r + 1) = 0



 ( n + r + 1)( n + r ) − 3 ( n + r + 1) + 3 an +1 +  − ( n + r ) + 1 an = 0

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 244/316

Chama-se
r ( r − 1) − 3 ( r + 1) = 0 - Equação Indicial

ea
( n + r + 1)( n + r ) − 3 ( n + r + 1) + 3 an +1 +  − ( n + r ) + 1 an = 0 - Relação de Recorrencia.

Equação Indicial

r ( r − 1) − 3 ( r + 1) = 0 ⇔ r 2 − r − 3r + 3 = 0 ⇔ r 2 − 4r + 3 = 0 ⇔ r =1 ∨ r = 3



r = 1 ∨ r = 3



a = ( n + r ) − 1 an
 n +1
( n + r + 1)( n + r ) − 3 ( n + r + 1) + 3

Outra nota MUITO importante, está no enunciado:

“…correspondente ao maior valor das raizes da Equação Indicial”

É-me solicitado a MAIOR das raizes, que neste caso é r = 3

Ou seja, quando r = 3 , tem-se que an +1 = ( n + r ) − 1 an


( n + r + 1)( n + r ) − 3 ( n + r + 1) + 3

( n + 3 ) − 1 an [ n + 3 − 1] an
⇔ an +1 = ⇔ a n +1 = ⇔
( n + 3 + 1)( n + 3) − 3 ( n + 3 + 1) + 3 ( n + 4 )( n + 3) − 3 ( n + 4 ) + 3

( n + 2 ) an ( n + 2 ) an ( n + 2 ) an
⇔ an +1 = ⇔ an +1 = ⇔ an +1 =
2
n +3n + 4n +12 −3n −12 + 3 2
n + 4n + 3 ( n + 1)( n + 3)

+∞ +∞
Seja y1 = x3 ∑ an x n = ∑ an x n + 3
n =0 n =0

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 245/316

Agora vou atribuir a a0 = 1 (mas pode ser um numero qualquer, menos o zero, no entanto o um é melhor) e vou
começar com

n=0 →

( n + 2 ) an ( 0 + 2 ) a0 2.1 2
an +1 = ⇔ a1 = ⇔ a1 = ⇔ a1 =
( n + 1)( n + 3) ( 0 + 1)( 0 + 3) 3 3

- não esquecer “…quando r = 3 ”

n =1 →
2
3
( n + 2 ) an (1 + 2 ) a1 1
an +1 = ⇔ a2 = ⇔ a2 = 3 ⇔ a2 =
( n + 1)( n + 3) (1 + 1)(1 + 3) 2.4 4

n=2 →
1
4.
( n + 2 ) an ( 2 + 2 ) a2 1
an +1 = ⇔ a3 = ⇔ a3 = 4 ⇔ a3 =
( + 1)( n + 3)
n ( + 1)( 2 + 3)
2 3.5 15

+∞
2 1 1
Assim: y1 = ∑ an x n + 3 = a0 x3 + a1 x 4 + a2 x5 + a3 x 6 + ... = x3 + x 4 + x5 + x6 + ...
n=0 3 4 15

E pronto fico por aqui. Não faço para r = 1 , pois é-me solicitado a maior das raizes!

Resolução 3.3 − xy ''+ y = 0

A sua classificação é Eq. Linear de 2ª Ordem Homogenea e de Coeficientes não Constantes.

É linear, porque o “y” está a potencia de um. Homogenea, porque é igual a zero.

Vou primeiro separar os P ( x ) , Q ( x ) e R ( x )

P ( x) = x Q ( x) = 0 R ( x) = 1

Para poder determinar os pontos singulares (Lineares de 1ª ordem), tenho que ter P ( x ) = 0 .

Como x = 0 , o zero é ponto singular. P ( x) = 0 ⇔ P ( 0) = 0

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 246/316

Mas não sei se é regular, pois se o for, utilizao a Serie de Frobenius e em que x0 = 0 .

 Q ( x)   0  0
lim  ( x − x0 )  = lim  ( x − 0 )  = lim x =0 ∈

x → x0 P ( x)  x → 0
 x x → 0
 x

Nota, ao dizer ∈ R , já estou a excluir o −∞ e o +∞ .

 2 R ( x)   2 1  1 
lim  ( x − x0 )  = lim  ( x − 0 )  = lim  x 2
 = lim ( x) = 0 ∈
 
P ( x )  x →0  x  x →0  x
x → x0
  x →0

Como este dois limites deu verdadeiro, posso afirmar que o zero é um ponto Singular Regular, logo posso
utilizar a Serie de Forbenius para calcular a solução.

Ora então a notação é esta

+∞ +∞ +∞

∑ a ( x − 0) y = x r ∑ an x n y = ∑ an x n + r
r n
y = ( x − 0) n ⇔ ⇔
n =0 n =0 n=0

Cuidado que não é somar “+1” mas sim “+r” !

'
 +∞  +∞
y ' =  ∑ an x n + r  ⇔ y ' = ∑ ( n + r ) an x n + r −1
 n =0  n =0

'
 +∞  +∞
y '' =  ∑ ( n + r ) an x n + r −1  ⇔ y '' = ∑ ( n + r )( n + r − 1) an x n + r − 2
 n =0  n=0

Agora substituindo na equação dada, xy ''+ y = 0 , fica

 +∞   +∞ 
x  ∑ ( n + r )( n + r − 1) an x n + r − 2  +  ∑ an x n + r  = 0
 n=0   n=0 

 +∞  +∞
x  ∑ ( n + r )( n + r − 1) an x n + r −2 →−1  + ∑ an x n + r = 0
 n=0  n =0

+∞ +∞

∑ ( n + r )( n + r − 1) a x
n=0
n
n + r −1
+ ∑ an x n + r = 0
n=0

Com n = 0
+∞ +∞
0 + r )( 0 + r − 1) a0 x 0 + r −1 + ∑ ( n + r )( n + r − 1) an x n + r −1 + ∑ an x n + r
( =0
  n =1 n =0
n=0

+∞ +∞
r ( r − 1) a0 x r −1 + ∑ ( n + r )( n + r − 1) an x n + r −1 + ∑ an x n + r = 0
n =1 n=0

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 247/316

Agora vou voltar a por o indice do 2º somatorio com n = 0 .

+∞ +∞
r ( r − 1) a0 x r −1 + ∑ ( n + 1 + r )( n + 1 + r − 1) an +1 x n +1+ r −1 + ∑ an x n + r = 0
n=0 n =0

+∞ +∞
r ( r − 1) a0 x r −1 + ∑ ( n + 1 + r )( n + r ) an +1 x n + r + ∑ an x n + r = 0
n=0 n=0

+∞
r ( r − 1) a0 x r −1 + ∑ ( n + 1 + r )( n + r ) an +1 + an  x n + r = 0
n=0

Como já tenho a potencia do “x” igual, vou a equação, e vou separar a Equação Indicial da Relação de
Recorrencia.

 r ( r − 1) = 0


 n +1+ r n + r a + a = 0
( )( ) n +1 n

Chama-se

r ( r − 1) = 0 - Equação Indicial

ea
( n + 1 + r )( n + r ) an +1 + an = 0 - Relação de Recorrencia.

Equação Indicial : r ( r − 1) = 0 ⇔ r = 0 ∨ r =1

r = 0 ∨ r = 1


 n +1+ r n + r a + a = 0
( )( ) n +1 n

Outra nota MUITO importante, está no enunciado:

“…correspondente ao maior valor das raizes da Equação Indicial”

É-me solicitado a MAIOR das raizes, que neste caso é r = 1

Ou seja, quando r = 1 , tem-se que

an
( n + 1 + 1)( n + 1) an +1 + an = 0 ⇔ an +1 = −
( n + 2 )( n + 1)

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 248/316

+∞ +∞
Seja y1 = x1 ∑ an x n = ∑ an x n +1
n=0 n=0

Agora vou atribuir a a0 = 1 (mas pode ser um numero qualquer, menos o zero, no entanto o um é melhor) e vou
começar com

n=0 →

an 1 −1 1
a n +1 = − ⇔ a1 = − ⇔ a1 = ⇔ a1 = −
( n + 2 )( n + 1) ( 0 + 2 )( 0 + 1) 2.1 2

- não esquecer “…quando r = 1 ”

n =1 →
1

an a1 1
an +1 =− ⇔ a2 = − ⇔ a2 = 2 ⇔ a2 = −
( n + 2 )( n + 1) (1 + 2 )(1 + 1) 3.2 12

n=2 →
1 1
− −
an 12 1
an +1 =− ⇔ a3 = − ⇔ a3 = 12 ⇔ a3 = −
( n + 2 )( n + 1) ( 2 + 2 )( 2 + 1) 4.3 144

+∞
1 1 1 4
Assim: y1 = ∑ an x n +1 = a0 x1 + a1 x 2 + a2 x3 + a3 x 4 + ... = x − x 2 + x3 − x + ...
n =0 2 12 144

E pronto fico por aqui. Não faço para r = 0 , pois é-me solicitado a maior das raizes!

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 249/316

Exercicio 4 – Seja ( x3 − x ) y '+ (1 − 2 x 2 ) y + 1 = 0 , verifique que a equação admite uma solução polinomial de 2º
grau e determine a soluçõ geral.

Vou criar um pequeno exemplo mais simples para ajudar a perceber o que se pretende fazer:

Calcular a ED y '+ 2 y = e − x , sabendo que y1 = e − x é uma solição particular.

1º passo, é a da solugão geral da equação incompleta:

dy 1
y '+ 2 y = 0 ⇔ y ' = −2 y ⇔ = −2 y ⇔   dy = ( −2 ) dx ⇔
dx  y

⇔ ln ( y ) = −2 x + c ⇔ ln ( y ) = ln ( e −2 x ) + ln ( ec ) ⇔ y = Ae −2 x

Como a equação é uma equação diferencial linear de 1ª ordem, de coeficiente constante, tenho dois metodos para
fazer o 2º passo:
- ou vou por inspeção
- ou vou pela mudança da variavel constantes.

Mas como já sei a particular, que é y1 = e − x , já está resolvido, pois a solução geral deste exercicio é

y = Ae −2 x + e − x

Resumindo, se tiver uma solução particular é muito mais facil e rapido, pois basta fazer o 1º passo e associar a
particular.

Agora, voltando ao exercicio,

Bem, falta-me a solução particular, em comparação ao exercicio do exemplo. Não interressa. Vou então fazer o
1º passo, e depois resolvo esse problema.

(x 3
− x ) y '+ (1 − 2 x 2 ) y + 1 = 0

Cuidado pois parece que a equação é homogenea, mas não o é, esta lá um intruso que é o “1”. Vou retira-lo.

(x 3
− x ) y '+ (1 − 2 x 2 ) y + 1 = 0 → (x 3
− x ) y '+ (1 − 2 x 2 ) y = −1

Assim, o 1º passo
(x 3
− x ) y '+ (1 − 2 x 2 ) y = 0

Não posso ir pela Equação caracteristica, pois a equação não tem coeficiente constantes.

Mas ela é separavel, o que torna este calculo facil.

1 1 − 2 x 2 
(x 3
− x ) y '+ (1 − 2 x 2 ) y = 0 ⇔ (x 3
− x ) dy = − (1 − 2 x 2 ) y  dx ⇔   dy = −  3  dx ⇔
 y  x −x 

1  2 x2 − 1
⇔ ∫  y  ∫  x3 − x  dx
dy = ⇔

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 250/316

O 2º membro não me permite fazer uma integração imediata, vou por isso utilizar um dos metodos disponivel, e
neste caso vou utilizar o metodo do Coeficiente Indeterminado (MCI).
Nota, primeiro vou “transformar” x 3 − x = x ( x 2 − 1) , facilita imenso para se conseguir perceber que posso fazer
uma outra igualdade que é x3 − x = x ( x 2 − 1) ⇔ x 3 − x = x ( x − 1)( x + 1)

1 − 2 x2 A B C A ( x 2 − 1) Bx ( x − 1) Cx ( x + 1)
Agora o MCI: → + + ⇔ + + ⇔
x3 − x x x + 1 x −1 x x +1 x −1


Ax 2 − A + Bx 2 − Bx + Cx 2 + Cx

( Ax 2
+ Bx 2 + Cx 2 ) + ( − Bx + Cx ) + ( − A)

x3 − x x3 − x

 Ax 2 + Bx 2 + Cx 2 = 2 x 2 ( A + B + C ) x 2 = 2 x 2
 1 + B + C = 2 B + C = 2 −1
  
 − Bx + Cx = 0 x ⇔ ( C − B ) x = 0 x ⇔ C − B = 0 ⇔ C = B
 − A = −1  A = 1 A = 1
  − A = − 1  

 1
C = 2
C + C = 1 
  1
⇔ C = B ⇔ B =
A = 1  2
 A = 1

Assim
 1   1 
1  2 x2 − 1 1  2   2 
⇔ ∫  y  dy = ∫  x3 − x  dx ⇔ ln y = ∫   dx + ∫ 
x
 dx + ∫ 
 x + 1 
 dx
 x − 1 

   

1 1 1
1 1
⇔ ln y = ln ( x ) + ln ( x + 1) + ln ( x − 1) + k ⇔ ln y = ln ( x ) + ln x + 1 2 + ln x − 1 2 + ln e k ⇔
2 2 2

x −1
yi = Ax
x +1

Agora vou para o 2º passo, e vou fazer por inspeção. E uma dica está no enunciado:

“…verifique que a equação admite uma solução polinomial de 2º grau e determine a soluçõ geral”

Ora se é do 2º grau, vou começar por tentar o mais obvio, que é y = ax 2 + bx + c .

Assim sendo, e como preciso da 1ª derivada, fica y ' = 2ax + b

Agora vou substituir na equação dada:

(x 3
− x ) y '+ (1 − 2 x 2 ) y + 1 = 0 ⇔ (x 3
− x ) ( 2ax + b ) + (1 − 2 x 2 )( ax 2 + bx + c ) + 1 = 0 ⇔

⇔ 2 ax 4 − 2 ax 2 + bx 3 − bx + ax 2 − 2 ax 4 + bx − 2bx 3 + c − 2cx 2 + 1 = 0 ⇔

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 251/316

⇔ 2ax 4 −2ax 4 + bx 3 − 2bx 3 − 2ax 2 + ax 2 − 2cx 2 −bx +bx + c + 1 = 0 ⇔

⇔ − bx 3 − ax 2 − 2cx 2 + c + 1 = 0 ⇔

 −b = 0 b = 0
 
⇔  − a − 2c = 0 ⇔ a = 2
c + 1 = 0  c = −1
 

Assim, fica y p = 2 x 2 − 1 , que é uma solição particular da equação dada.

x2 − 1
3º passo é y = yi + y p ⇔ y = yi + y p ⇔ y = Ax + 2 x2 − 1
2
x +1

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 252/316

Exercicios com os numeros Complexos

1º vou recordar algumas noções sobre os numeros Complexos (12º Ano).

Aqui, neste universo de numeros Complexos, trabalha-se em RADIANOS!

Forma Polar - z = ρ cisθ , agora a notação é diferente, pois é z = ρ e iθ

Forma Algebrica - z = x + yi ρ = x2 + y 2

ρ eiθ = cos θ + i sin θ

π 
i 
π  π 
Exemplo: ρ e  2  = cos   + i sin   = ?
2 2

Representação Grafica, não esquecer que:

π  π 
cos   = 0 e sin   = 1
2 2

π 
i 
π  π 
Então ρ e  2  = cos   + i sin   = i
2 2

O circulo indica-nos TODOS os ponto que estão a uma distancia de ρ ao centro do eixo ortonormado. Ou seja
posso afirmar que o ρ é o raio, e para saber o ponto no plano, só me falta o angulo. O angulo é me dado pelo eiθ .

π 
i 
Outro exemplo: z = 3e  4 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 253/316

3
πi
E quanto vale e como se representa 4e 2 = ?? ? = −4i

Outros exemplos:

2e −π i = ?? ? = −2

3e 4π i = ?? ? =3

π π2 i π π
e = ?? ? = i , muito cuidado com este, pois o ρ= e o angulo coincide com o eixo dos “yy”.
3 3 3

e a Forma Algebrica z = 3 + 2i como se representa?

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 254/316

Exercicio - Complexos

( )
18
Exercicio 1 – Calcule w = −1 + 3i

Resolução – a potencia 18 atrapalha? Não é apenas fogo de vista! Podia estar lá 2009 que era facil!

( )
2
Aqui vai. Se fosse z = −1 + 3i ⇔ z = 1 − 2 3i − 3 ⇔ z = −2 − 2 3i .

Mas como está elevado a 18 (e não 2 como foi o meu exemplo de “z”) vou fazer um calculo auxiliar.

Calculo Auxiliar:

Sei que
i1 = i i 2 = −1 i 3 = −i i4 = 1 i5 = i

( 3)
2 2
t = −1 + 3i → ρ= w= ( −1) + ⇔ ρ =2

 3
Quanto vale o angulo θ ?
 y
θ = π − arctg   = π − arctg   = π − arctg ( 3 ) = π − π3 = 2
π
x  1  3

Nota, apesar de “x” ser um numero negativo, no arco de tangente não se mete.

2 2
πi πi
Assim fica t = −1 + 3i = 2e 3 , em que t = −1 + 3i é a Forma Algebrica e t = 2e 3 é a Forma Polar.

Com este calculo auxiliar, vou resolver o meu problema da potencia estar elevado a 18.

18
 2π i  2

( )
18 π i .18
w = −1 + 3i =  2e 3  = 218 e 3 = 218 e12π i
 

( )
18
E 12π são 6 voltas ao circulo, ou seja volta a origem. Assim fica w = −1 + 3i = 218.1 = 218 .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 255/316

Teorema dos Residuos

∫ f ( z ) dz = 2π i ( k
C
1 + k2 + ... + kn )

Seja “C” um caminho fechado tal que uma função f é analitica sobre “C” e no interior de “C” excepto num
numero finito de pontos singulares isolados z1 , z2 ,..., zn interiores a “C”.

Se k1 , k2 ,..., kn são os residuos de f nesses pontos singulares, então

∫ f ( z ) dz = 2π i ( k
C
1 + k2 + ... + kn )

Cada “k” é um residuo.

1  d n −1 
Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z → a  dz (( z − a ) n
)
f ( z) 

Serie de Laurent

É preciso memorizar mais duas formulas:

z 2 z3 z 4 z5
ez = 1 + z + + + + + ...
2! 3! 4! 5!

1
= 1 + z + z 2 + z 3 + z 4 + z 5 + ..., com z < 1
1− z

z < 1 significa, TODOS os pontos que estão dentro de uma circunferencia com raio de 1

Exemplos de Serie de Laurent, e com z0 é um polo simples, sendo este z0 ∉ D . Esta ultima definição, a z0 ∉ D ,
significa que é uma singularidade remomivel.

Exemplo 1:
1 2 3
f ( z ) = a0 ( z − z0 ) + a1 ( z − z0 ) + a2 ( z − z0 ) + a3 ( z − z0 ) + ...

1  d n −1 
Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z → a  dz (( z − a ) n
)
f (z) 

⇔ Res ( f , z0 ) = b1 = 0

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 256/316

Exemplo 2:

−1 1 2 3
f ( z ) = b1 ( z − z0 ) + a0 ( z − z0 ) + a1 ( z − z0 ) + a2 ( z − z0 ) + a3 ( z − z0 ) + ...

1  d n −1 
Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z → a  dz (( z − a ) n
)
f ( z) 

⇔ Res ( f , z0 ) = b1

Exemplo 3:

−3 −1 1 2 3
f ( z ) = b3 ( z − z0 ) + b1 ( z − z0 ) + a0 ( z − z0 ) + a1 ( z − z0 ) + a2 ( z − z0 ) + a3 ( z − z0 ) + ...,

com b3 ≠ 0

1  d n −1 
Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z → a  dz (( z − a ) n
)
f ( z) 

⇔ Res ( f , z0 ) = b1

Nota 1 – b3 é o polo triplo, ou seja z0 é um polo de ordem 3, com z0 ∉ D .

−2
Nota 2 – não tem + b2 ( z − z0 ) , isso significa que não existe, e logo é porque é zero.

Exemplo 4:

−2 −1 1 2 3
f ( z ) = ..... + b2 ( z − z0 ) + b1 ( z − z0 ) + a0 ( z − z0 ) + a1 ( z − z0 ) + a2 ( z − z0 ) + a3 ( z − z0 ) + ...,

com b3 ≠ 0

1  d n −1 
Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z → a  dz (( z − a ) n
)
f ( z) 

⇔ Res ( f , z0 ) = b1

Nota 1 – z0 é uma singularidade essencial, com z0 ∉ D .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 257/316

5
Nota f ( z ) = 2
. Como ler?
( z − 3)
O 3 é um polo duplo! Posso confirmar com esta teoria

5 −2
f ( z) = 2
⇔ f ( z ) = 5 ( z − 3)
( z − 3)
Como esta a potencia −2 , posso então afirmar que b2 = 5 .

Mas qual é o valor de b1 = ????

Como não está, é porque é zero!

Assim posso afirmar que

1  d n −1 
Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z → a  dz (( z − a ) n
f ( z) 

) ⇔

1  d 2 −1  2 5 
Res ( f ,3) = .lim  2 −1  ( z − 3) 
( 2 − 1)! z →3  dz  ( z − 3)  
2

 1  
1 d 5
Res ( f ,3) = .lim  1  ( z − 3) 
2

1!  
dz  2  
z → 3
  ( z − 3)  

Res ( f ,3) = lim [5]


'

z →3

Res ( f ,3) = 0

−2
A esta serie f ( z ) = 5 ( z − 3) , chama-se Serie de Potencia de Laurent (devido a potencia negativa).

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 258/316

Exercicio sobre Teorema dos Residuos

1 – Determinar as singularidades e calcule os residuos.

2z 1 −
2
a) f ( z) = 2
b) f (z) = 2 c) f (z) = e z

( z − 1)( z + 1) z +1

Resolução a) – como saber se os polos são simples ou duplos e qual o seu valor?

É facil, vou tomar o exemplo do exericio. ( z − 1) , a sua raiz é 1, logo 1 é o seu polo, e como ( z − 1) , tem a
1

potencia de um, é simples.

2 2
( z + 1) , a sua raiz é -1, logo -1 é o seu polo, e como ( z + 1) , tem a potencia de dois, logo é duplo.

8
Outro que não está no exercicio a) é z 8 , a sua raiz é 0, pois na realidade não é z 8 , mas sim ( z − 0 ) , e zero é o
seu polo, e como tem a potencia de oito, então é octal.

Nota no exercicio, nem 1 nem o -1 fazem parte do dominio da função!

Esta introdução foi só para se perceber que com os polos podemos calcular os Residuos.

1  d n −1 
Formula: Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z → a  dz (( z − a ) n
)
f ( z) 

Em que “n” representa o facto do polo ser simples, duplo, … e o “a” o polo. Cuidado porque nesta parte do
exercicio, o “a” é igual ao “n”!

1  d 1−1  1  d0 
Res ( f ,1) = .lim  1−1
(1 − 1)! z →1  dz (( z − 1) f ( z ))
1


⇔ Res ( f ,1) = .lim  0
0! z →1  dz

( ( z − 1) f ( z ) ) 


=1

d0
Nota – está convencionado que 0! = 1 e, também por convenção, =1
dz 0

 
   2z 
 2z 
⇔ Res ( f ,1) = lim  ( z − 1) 2 
⇔ Res ( f ,1) = lim  2
 ⇔
z →1
 ( z − 1) ( z + 1) z →1
 ( z + 1) 
 
 f (z) 

2 (1) 2 1
⇔ Res ( f ,1) = ⇔ Res ( f ,1) = ⇔ Res ( f ,1) =
( (1) + 1)
2
4 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 259/316

Agora para o polo −1 (que é duplo, logo n = 2 ):

 d n −1   d 2 −1 
Res ( f , a ) =
1
.lim  n −1
( n − 1)! z → a  dz (( z − a ) n
)
f ( z )  ⇔ Res ( f , −1) =

1
. lim  2 −1
( 2 − 1)! z →−1  dz (( z − ( −1)) 2
)
f (z)  ⇔

1  d1 
(( z + 1) )
'
Res ( f , −1) = lim ( z + 1) f ( z ) 
2 2
⇔ Res ( f , −1) = . lim  1 f (z)  ⇔ ⇔
z → −1  
(1)! z → −1  dz  
d
dz

'
  '
2z  2z 
Res ( f , −1) = lim  ( z + 1) 
2
⇔ ⇔ Res ( f , −1) = lim   ⇔
z →−1   z →−1 z − 1
 ( z − 1) ( z + 1)
2
 
 

E antes de subsituir o “z” por −1 , tenho que primeiro derivar! Não me posso esquecer que é uma divisão.

 2 z '. ( z − 1) − 2 z. ( z − 1) '   2. ( z − 1) − 2 z 
⇔ Res ( f , −1) = lim   ⇔ Res ( f , −1) = lim   ⇔
z →−1  2
 z →−1  2

 ( z − 1)   ( z − 1) 

 2 z − 2 −2z   −2 
⇔ Res ( f , −1) = lim   ⇔ Res ( f , −1) = lim   ⇔
z →−1  2
 z →−1  2

 ( z − 1)   ( z − 1) 

Agora sim vou substituir o “z” por −1

−2 −2 1
Res ( f , −1) = 2
⇔ Res ( f , −1) = ⇔ Res ( f , −1) = −
( −1 − 1) 4 2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 260/316

1
Resolução b) f (z) =
z2 +1

O que fazer com isto?

Estava a espera de que fosse TODO o denominador elevado a uma potencia, e não só o “z”.

Há um pequeno truque, nos universo dos Complexos, que é

i1 = i i 2 = −1 i 3 = −i i4 = 1 i5 = i

Ou seja, vou substituir o −1 por i 2 .

1 1
Assim fica f ( z) = . Esta quase lá! Falta o parentesis. Vou desdobrar e fica f (z) =
z2 − i2 ( )( z + i )
z − i

Agora está facil, pois tenho dois polos simples que é o polo −i e o polo +i

1  d n −1 
Vou agora a plicar a formula Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z →a  dz (( z − a ) n
)
f ( z) 

Em que “n” representa o facto do polo ser simples, duplo, … e o “p” o polo. Cuidado porque nesta parte do
exercicio, o “p” é igual ao “n”!

 d 1−1   d0 
Res ( f , +i ) =
1
. lim  1−1
(1 − 1)! z → + i  dz ( ( z − ( +i ) ) f ( z ) ) 
1


⇔ Res ( f , +i ) =
1
. lim  0
0! z → + i  dz

( ( z − ( +i ) ) f ( z ) ) 


=1

d0
Nota – está convencionado que 0! = 1 e, também por convenção, =1
dz 0

 
 
 1  ⇔ Res f , +i = 1 1
⇔ Res ( f , +i ) = lim ( z − i ) ( ) ⇔ Res ( f ,1) =
z →+ i 
 ( z − i ) ( z + i )  (i + i ) 2i
  
 f (z) 

Agora para o polo −i

 d n −1   d 1−1 
Res ( f , a ) =
1
.lim  n −1
( n − 1)! z →a  dz (( z − a ) n
)
f ( z )  ⇔ Res ( f , −i ) =

1
. lim  1−1
(1 − 1)! z →−i  dz (( z − ( −i ))1
)
f (z)  ⇔

 d0   d0 
⇔ Res ( f , −i ) = lim  0 ( ( z + i ) f ( z ) )  ⇔ Res ( f , −i ) = lim  0 ( ( z + i ) f ( z ) )  ⇔
z → − i dz z → − i dz
   

 1  1 1
⇔ Res ( f , −i ) = lim  ( z + i )  ⇔ Res ( f , −i ) = ⇔ Res ( f , −i ) = −
z →− i 
 ( z − i ) ( z + i )  ( −i − i ) 2i

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 261/316

2

Resolução c) f (z) = e z

Esta é mesmo dificil!

Vou utilizar a formula


z 2 z3 z 4 z5
ez = 1 + z + + + + + ...
2! 3! 4! 5!

Agora “adapatado” ao meu exercicio, fica:

1 2 3 4 5
 1  1  1  1  1
2  ( −2 )   ( −2 )   ( −2 )   ( −2 )   ( −2 ) 
z z z z z
= 1+   +  +  +  +

f (z) → e z
+ ...
1! 2! 3! 4! 5!

2
− 2 −1 4 −2 8 −3 16 −4
f ( z) → e z
= 1− z + z + z + z
1! 2! 3! 4!

O ponto zero é uma singularidade essencial.

2 −1
Nota, na equação, o 2º termo é que tem a potencia elevado a menos um , z , logo é aqui que está o residuo
1!
( b1 ) e o seu valor é −2 . Assim

1  d n −1 
Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z →a  dz (( z − a ) n
)
f ( z) 

⇔ Res ( f , 0 ) = −2

Afinal até foi facil! Pois é bastava recordar a formula

z 2 z3 z 4 z5
ez = 1 + z + + + + + ...
2! 3! 4! 5!

E adapata-la.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 262/316

2 - Use o teorema dos residuos para calcular os integrais

 2z   dz 
a) ∫  ( z − 1)( z + 1) 2
 dz

b) ∫  ( z 2

+ 1)( z 2 − 4 ) 

z =2  z= 2

Resolução a) - primeiro perceber o que é o z = 2 , pois de facto é z − 0 = 2 , e obviamente o “ −0 ” não é


representado, pois é o eixo ortonormado. Assim sendo z − 0 define TODOS os pontos que estão dentro de uma
circunferencia, daí o modulo, e com raio de 2.

A Formula é z − a = r , circunferencia de centro “a” e de raio “r”.

2z
Seja f ( z) = 2
, sei, agora, duas coisas
( z − 1)( z + 1)

A 1ª é que o 1 é um polo simples ( z − 1)

2
A 2ª é que o -1 é um polo duplo ( z + 1)

 2z 
E pelo Teorema dos Residuos, sei que ∫  ( z − 1)( z + 1)  dz = 2π i ( k1 + k2 )
2

z =2  

1  d n −1 
k1 = Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z →a  dz (( z − a ) n
f (z)  ⇔

)
1  d 1−1 
⇔ k1 = Res ( f ,1) = .lim  1−1
(1 − 1)! z →1  dz (( z − 1)1
)
f (z)  ⇔

 2z   2 (1) 
⇔ k1 = Res ( f ,1) = lim  ( z − 1)  ⇔ k1 = Res ( f ,1) = lim   ⇔
( )
2 2
z →1 
 ( z − 1) ( z + 1) 

z →1 
 (1) + 1 

1
k1 = Res ( f ,1) =
2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 263/316

1  d n −1 
k2 = Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z →a  dz (( z − a ) n
)
f (z)  ⇔

 d 2 −1 
⇔ k2 = Res ( f , −1) =
1
. lim  2 −1
( 2 − 1)! z →−1  dz (( z − ( −1)) 2
)
f ( z)  ⇔

 

⇔ k2 = Res ( f , −1) = lim  ( z + 1)
2 2z  ' ⇔ k = Res ( f , −1) = lim  2 z  ' ⇔
z →−1 
 
z →−1  z − 1 
 
2
 ( z − 1) ( z + 1)
2
 
 

 ( 2 z ) ' ( z − 1) − 2 z ( z − 1) '   2 ( z − 1) − 2 z 
⇔ k2 = Res ( f , −1) = lim  2
 ⇔ k2 = Res ( f , −1) = lim  2
 ⇔
z →−1
 ( z − 1)  z →−1
 ( z − 1) 

 2 z − 2 −2z   2 
⇔ k2 = Res ( f , −1) = lim  2
 ⇔ k2 = Res ( f , −1) = lim  − 2
 ⇔
z →−1
 ( z − 1)  z →−1
 ( z − 1) 

 2 
⇔ k2 = Res ( f , −1) = lim  − 2
 ⇔
z →−1
 ( −1 − 1) 

1
k2 = Res ( f , −1) = −
2

 2z 
Assim na formula fica: ∫  ( z − 1)( z + 1)  dz = 2π i ( k1 + k2 )
2

z =2 

 2z   1  1   2z 
∫  ( z − 1)( z + 1) 2
 dz = 2π i  +  −  
  2  2 
⇔ ∫  ( z − 1)( z + 1) 2
 dz = 0


z =2  
z =2 

Cuidado que os pontos 1 e -1 não pertencem ao dominio!

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 264/316

Resolução b) - primeiro perceber o que é o z = 2 , pois de facto é z − 0 = 2 , e obviamente o “ −0 ” não é


representado, pois é o eixo ortonormado. Assim sendo z − 0 define TODOS os pontos que estão dentro de uma
circunferencia, daí o modulo, e com raio de 2.

A Formula é z − a = r , circunferencia de centro “a” e de raio “r”.

1
Seja f ( z) = , não consigo saber os seus polos! Vou fazer uma equivalencia:
(z 2
+ 1)( z 2 − 4 )

1
f (z) =
( z − i )( z + i )( z − 2 )( z + 2 )
Agora já consigo saber os polos, e são quatro:

O 1º é que o i e é um polo simples

O 2º é que o -i e é um polo simples

O 3º é que o 2 e é um polo simples

O 4º é que o -2 e é um polo simples

Mas é preciso ter cuidado, por só me interressam os que estão DENTRO da circunferencia de raio 2 , logo os
polo 2 e -2 não me interressam.

 1 
E pelo Teorema dos Residuos, sei que ∫  ( z − i )( z + i )( z − 2 )( z + 2 )  dz = 2π i ( k
1 + k2 )
z =2  

1  d n −1 
k1 = Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z → a  dz (( z − a ) n
f (z)  ⇔

)
1  d 1−1 
⇔ k1 = Res ( f , i ) = .lim  1−1
(1 − 1)! z →i  dz (( z − i )
1
)
f (z)  ⇔

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 265/316

 1 
⇔ k1 = Res ( f , i ) = lim  ( z − i )  ⇔
z →i 
 ( z − i ) ( z + i )( z − 2 )( z + 2 ) 

 1 
⇔ k1 = Res ( f , i ) = lim   ⇔
z → i ( z + i )( z − 2 )( z + 2 )
 

 1   1 
⇔ k1 = Res ( f , i ) =   ⇔ k1 = Res ( f , i ) =   ⇔
 ( i + i )( i − 2 )( i + 2 )   2i ( i 2 + 2i − 2i − 4 ) 

Sei que i 2 = 1

 1   1 
⇔ k1 = Res ( f , i ) =   ⇔ k = Res ( f , i ) =   ⇔
 ( i + i )( i − 2 )( i + 2 ) 
1


2i i 2
+ 2i −2i − 4 ( ) 

1 1
⇔ k1 = Res ( f , i ) = ⇔ k1 = Res ( f , i ) = −
2i ( −1 − 4 ) 10i

1  d n −1 
k2 = Res ( f , a ) = .lim  n −1
( n − 1)! z →a  dz (( z − a ) n


)
f (z)  ⇔

 d 1−1 
⇔ k2 = Res ( f , −i ) =
1
. lim  1−1
(1 − 1)! z →−i  dz ( ( z − ( −i ) )
1
)
f (z)  ⇔

 1 
⇔ k2 = Res ( f , −i ) = lim  ( z + i )  ⇔
z →− i 
 ( z − i ) ( z + i ) ( z − 2 )( z + 2 ) 

1 1
⇔ k2 = Res ( f , −i ) = ⇔ k2 = Res ( f , −i ) = ⇔
( ( −i ) − i ) ( ( −i ) − 2 ) ( ( −i ) + 2 ) −2i ( i 2 − 4 )

1
k2 = Res ( f , −i ) =
10i

 2z 
Assim na formula fica: ∫  ( z − 1)( z + 1)  dz = 2π i ( k1 + k2 )
2

z =2 

 dz   1  1   dz 
∫  ( z 2 + 1)( z 2 − 4 )  = 2π i  − 10i +  10i  
  ⇔ ∫  2
  =0
z = 2  ( z + 1)( z − 4 ) 
z= 2
2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 266/316

1
ez − e z
3 - Seja f ( z ) =
z

a) Classifique as singularidades de f e determine os residuos correspondentes.


b) Calcule ∫ f ( x ) dz = .
z =1

Resolução a) - Vou recordar 1º as formulas

z 2 z3 z 4 z5
ez = 1 + z + + + + + ...
2! 3! 4! 5!

1
= 1 + z + z 2 + z 3 + z 4 + z 5 + ..., com z < 1
1− z

Mas só vou precisar da 1ª, e ao mesmo tempo vou criar uma outra igualdade invertendo-a.

1 2 3 4 5
 1  1  1  1  1
1  (1)   (1)   (1)   (1)   (1) 
z  z  z  z  z
e = 1+ 
z
+ + + + + ...
1! 2! 3! 4! 5!

1 2 3 4 5
1 1 1 1 1
1           1
1 1 1 1 1
z z z z z
⇔ e z = 1 +   +   +   +   +   + ... ⇔ e z = 1 + 1 + 2
+ 3
+ 4
+ + ... ⇔
1! 2! 3! 4! 5! 1! z 2! z 3! z 4! z 5! z 5

1
1 1 1 1 1
ez = 1+ + + + + + ...
z 2! z 2 3! z 3 4! z 4 5! z 5

Assim
 z 2 z3 z4 z5   1 1 1 1 1 
1
1 + z + + + + + ...  − 1 + + 2
+ 3
+ 4
+ 5
+ ... 
z
e −e z 2! 3! 4! 5!   z 2! z 3! z 4! z 5! z 
f (z) = ⇔ f (z) =  ⇔
z z

z2 z3 z 4 z5 1 1 1 1 1
1+ z + + + + + ... −1 + + + + + + ...
2! 3! 4! 5! z 2! z 2 3! z 3 4! z 4 5! z 5
⇔ f (z) = ⇔
z

z z 2 z3 z 4 1 1 1 1
⇔ f ( z) = 1+ + + + + ... + + + + + ... ⇔
2! 3! 4! 5! 2! z 3 3! z 4 4! z 5 5! z 6

z z 2 z3 z 4 z −3 z −4 z −5 z −6
⇔ f ( z) = 1+ + + + + ... + + + + + ... ⇔
2! 3! 4! 5! 2! 3! 4! 5!

Agora vou reordenar, de modo a que os de expoente negativo fique do lado esquerdo.

z −6 z −5 z −4 z −3 z z 2 z3 z 4
⇔ f ( z ) = ... + + + + + 1 + + + + + ... ⇔
5! 4! 3! 2! 2! 3! 4! 5!

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 267/316

Como a potencia mais baixa é -3, logo o -1 não existe, logo o b1 = 0

k1 = Res ( f , 0 ) = 0

Como só tenho um ponto singular, fico me pelo k1

Resolução b) - ∫ f ( x ) dz = , o seu ponto singular coincide com o eixo dos ortonormado.


z =1

∫ ( f ( x ) ) dz = 2π i ( k )
z =1
1 ⇔
z =1
∫ ( f ( x ) ) dz = 2π i ( 0 ) ⇔ ∫ ( f ( x ) ) dz = 0
z =1

1
4 - Seja f ( z ) = z 3 e z

a) Classifique as singularidades de f

∫ (e )

b) Calcule 4 iθ
.ecos (θ ) − i sin (θ ) dθ = .
0

1  1 
Resolução a) - a única singularidade é o ZERO, pois o “z” não pode ser zero   , porque de facto é  .
z  z −0
1
Outra coisa que eu sei, é que como esta a expoente e z , só consigo resolver por serie de potencias.

Recordar a formula
z 2 z3 z 4 z5
ez = 1 + z + + + + + ...
2! 3! 4! 5!

Mas só vou precisar da 1ª, e ao mesmo tempo vou criar uma outra igualdade invertendo-a.

1 2 3 4 5
 1  1  1  1  1
1  (1)   (1)   (1)   (1)   (1) 
z  z  z  z  z
ez = 1+  + + + + + ...
1! 2! 3! 4! 5!

1 2 3 4 5
1 1 1 1 1
1           1
1 1 1 1 1
z z z z z
⇔ e z = 1 +   +   +   +   +   + ... ⇔ e z = 1 + 1 + + + + + ... ⇔
1! 2! 3! 4! 5! 1! z 2! z 2 3! z 3 4! z 4 5! z 5

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 268/316

1
1 1 1 1 1
ez = 1+ + + + + + ...
z 2! z 3! z 4! z 5! z 5
2 3 4

Assim
1
 1 1 1 1 1 
f ( z ) = z 3e z ⇔ f ( z ) = z 3 . 1 + + 2
+ 3
+ 4
+ 5
+ ...  ⇔
 z 2! z 3! z 4! z 5! z 

z3 z3 z3 z3 z3 z 1 1 1
⇔ f ( z ) = z3 + + + + + + ... ⇔ f ( z ) = z 3 + z 2 + + + + + ... ⇔
z 2! z 3! z 4! z 5! z 5
2 3 4
2! 3! 4! z1 5! z 2

z 3 z 2 z 1 1 −1 1 −2
⇔ f ( z) = + + + + .z + .z + ... ⇔
0! 1! 2! 3! 4! 5!

A função cresce para o infinito do lado direito, logo a tendencia do expoente de z, tende para o infinito

1 −∞
Agora vou reordenar, de modo a que os de expoente negativo fique do lado esquerdo: .z , logo o “b” tende
∞!
para o infinito, e quando assim é posso afirmar de que se trata de uma Singularidade Essencial.

1 1
Res ( f , 0 ) = =
4! 24

Nota 1: se fosse

5 4 2
f ( z) = 3
+ 2 + 1 + 1 + z + z 2 + z 3 + ... ⇔ f ( z ) = 5 z −3 + 4 z −2 + 2 z −1 + 1 + z + z 2 + z 3 + ...
z z z

Res ( f , 0 ) = 2

O b3 = 5 e o b2 = 4

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 269/316

Nota 2: se fosse

2 2 3 −1 2 3
f ( z) = 1
+ 5 + ( z − 3) + ( z − 3) + ... ⇔ f ( z ) = 2 ( z − 3) + 5 + ( z − 3) + ( z − 3) + ...
( z − 3)

O 3 é polo simples

Res ( f ,3) = 2

Resolução b) - como ∫ ( f ( z )) dz = 2π i.Res ( f , 0 )


z =1

E como
1 1
Res ( f , 0 ) = =
4! 24

Fica:
 3 1z  1
∫ z =1  z e  dz = 2π i. 24

1 −∞
Nota – como o expoente negativo fique do lado esquerdo: .z , logo o “b” tende para o infinito, e quando
∞!
assim é posso afirmar de que se trata de uma Singularidade Essencial.

 3 1z  πi
∫ z =1  z e  dz = 12

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 270/316

Calculo Auxiliar:

Vou verificar esta afirmação que fiz:

z = eiθ = cos (θ ) + i sin (θ ) = cos 2 (θ ) + sin 2 (θ ) = 1 = 1

Vou substituir, e não me posso esquecer de dz .

dz
= ieiθ ⇔ dz = ( ieiθ ) dθ

 3 1z  πi
∫ z =1
 z e  dz =
  12

 iθ 3 e iθ iθ 
1
2π πi
∫ 0 ( )
e .e .i.e  dθ =
12
 
 iθ 3 e iθ iθ   iθ 3 e iθ iθ 
1 1
2π πi :i 2π π
⇔ ∫  ( e ) .e .i.e  dθ = ⇔ ∫  ( e ) .e .e  dθ = ⇔
0
  12 0
  12

Nota – eu dividi TUDO por “i”, pois este é uma constante!

 3iθ iθ e iθ   4iθ e iθ 
1 1
2π π 2π π
⇔ ∫  ( e .e ) .e  dθ = ⇔ ∫  e .e  dθ = ⇔
0
  12 0
  12

∫ (e ) dθ = 12π ∫ (e ) dθ = 12π
2π cos ( −θ ) + i sin ( −θ ) 2π cos (θ ) −i sin (θ )
4 iθ 4 iθ
⇔ .e ⇔ .e
0 0

E fica por aqui (o exercicio já acabou)!

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 271/316


Intergrais do tipo ∫ G ( sin (θ ) , cos (θ ) ) dθ , com função G racional de sin (θ ) e cos (θ ) .
0

Seja γ a circunferencia de centro na origem e raio 1, isto é, z = eiθ com θ ∈ [ 0, 2π [ .

 z − z −1 z + z −1 dz 
A mudança de variavel z = eiθ  sin (θ ) = , cos (θ ) = e dθ = 
 2i 2 iz 

transforma o integral dado num integral do tipo ∫γ F ( z ) dz .

Demonstração das afirmações feitas:

z = eiθ ⇔ z = cos (θ ) + i sin (θ )

z =e(
i −θ )
⇔ z = cos (θ ) − i sin (θ )

z + z −1 eiθ + eiθ ( −1) eiθ + ei ( −θ ) cos (θ ) +i sin (θ ) + cos (θ ) −i sin (θ ) 2 cos (θ )


= = = = = cos (θ )
2 2 2 2 2

z − z −1 eiθ − eiθ ( −1) eiθ − ei ( −θ ) cos (θ ) + i sin (θ ) − cos (θ ) + i sin (θ ) 2i sin (θ )


= = = = = sin (θ )
2i 2i 2i 2i 2i

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 272/316

Exemplo:
 
2π  1   1  dz 1  2  dz
∫ 0

2 − cos
 dθ =
( )
θ ∫z =1  z + z −1  = ∫ 
 i z i z =1 
4 − z + z −1 
 z
=
 2− 
 2 

1  2  1  2 
i z∫=1  4 z − z 2 + 1 
=   dz = ∫  2  dz =
i z =1  − z + 4 z + 1 

Agora vou multiplicar tudo por “-1” e por o dois cá fora:

2  1   −b ± b 2 − 4ac 4 ± 12 
=−
i ∫z =1  z 2 − 4 z − 1  dz = z =
 2a
=
2
= 2 ± 3

=

 
2  1  dz =
i ∫ z − 2 − 3 z − 2+ 3 
=−
 ( )(
 )

Ou seja pelo grafico, o único ponto que pertence é o 0, 3 .

 
=−
2  1  dz = − 2 2π i .Res ( f , z ) = −4π Res f , 2 − 3
i ∫ z − 2 − 3 z − 2 + 3 
( )( i ) 0 ( ) ( ( )) =
 

Calculo Auxiliar:
 
 1 
( )
Res f , 2 − 3 = lim ( z − z0 ) . f ( z )  = lim  z − 2 − 3 . ( = )
z →2− 3 z →2− 3


z−2− 3 z− 2+ 3 

( )( ( ))
 
1 1 1
= lim  = =
z →2 − 3 
 ( )
z − 2 + 3  2 − 3 −2 − 3

−2 3

Continuando:
 1  2 3π
( (
= −4π Res f , 2 − 3 )) = − 4π  
 −2 3 
=
3

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 273/316

Exercicios

π  dθ 
Exercicio 1 – Calcule ∫
0

2 + cos θ

( )

Resolução – a 1ª coisa que noto, é que a função do integral é uma Função Par e Periodica ( 2π ) .

π 2π
1
Com estas caracteristicas posso fazer ∫  f ( x ) dx = 2 ∫  f ( x ) dx
0 0


Assim vou transporta o integral para um Intergral do tipo ∫ G ( sin (θ ) , cos (θ ) ) dθ
0

π  dθ  1 2π  dθ  1 2π  1 
∫0

2 + cos
 = ∫0 
( )
θ 2 2 + cos
 = ∫0 
( )
θ 2 2 + cos
 dθ
( )
θ
  

Agora vou recordar as regras:

Seja γ a circunferencia de centro na origem e raio 1, isto é, z = eiθ com θ ∈ [ 0, 2π [ .

 z − z −1 z + z −1 dz 
A mudança de variavel z = eiθ  sin (θ ) = , cos (θ ) = e dθ = 
 2i 2 iz 

transforma o integral dado num integral do tipo ∫γ F ( z ) dz .

 
1 2π  1  1  1  dz
= ∫   dθ = ∫z =1  z + z −1 
2  2 + cos (θ )  2  iz
0
 2+ 
 2 

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 274/316

Esta troca só me é permitido se eu considerar z = eiθ e com 0 ≤ θ ≤ 2π

 z + z −1
cos (θ ) =
 2
dz dz dz
= ieiθ ⇔ = iz ⇔ dθ = e 
dθ dθ iz  −1
sin (θ ) = z − z
 2i

1  2  dz 1 1  2  1  1 
=
2 ∫  4 + z + z −1  =
 i z 2 i ∫ 
z =1 
4 ( z ) + z ( z ) + z −1
( z )
 dz = ∫ 
i z =1 
4 z + z 2
+ 1
 dz =

z =1 

   
−b ± b 2 − 4ac −4 ± 12 1  1  dz =
i ∫  z − −2 − 3 z − −2 + 3 
= z = = = −2 ± 3  =
 2a 2 
 ( ( )) ( ( ))

Ou seja pelo grafico, o único ponto que pertence é o - 0, 3 .

 
=
1  1  dz = 1 2π i .Res ( f , z ) = 2π Res f , −2 + 3
i ∫ z + 2 − 3 z + 2 + 3 
( )( i ) 0 ( ) ( ( )) =
 

Calculo Auxiliar:
 
 1 
( )
Res f , −2 + 3 = lim ( z − z0 ) . f ( z )  = lim  z + 2 + 3 . (
= )
z →−2 + 3 z →−2 + 3


z+2+ 3 z +2− 3 

( )( )
 1  1 1
= lim  = =
z → −2 + 3 z + 2 + 3  −2 + 3 +2 + 3 2 3

Continuando:
 1  3π
( (
= 2π Res f , −2 + 3 )) = 2π  
2 3
=
3

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 275/316

2π  dθ 
Exercicio 2 – Calcule ∫
0  2 + sin (θ ) 
 

Resolução –
 
2π  1   1  dz
=∫   dθ = ∫z =1  z − z −1 
 2 + sin (θ )   iz
0
 2+ 
 2i 

Esta troca só me é permitido se eu considerar z = eiθ e com 0 ≤ θ ≤ 2π . “z” é uma circunferencia de centro em
zero e de raio um.

 z + z −1
 cos (θ ) =
 2
dz dz dz
= ieiθ ⇔ = iz ⇔ dθ = e 
dθ dθ iz  −1
sin (θ ) = z − z
 2i

 2  dz 2  1  2  1 
= ∫  4i + z − z −1  =
 iz i
∫  4i ( z ) + z ( z ) − z ( z )  dz = i ∫  z
−1 2  dz =
+ 4 zi − 1 
z =1 z =1  z =1

   
−b ± b 2 − 4ac −4i ± 12i 1
= z = = = −2i ± 3i  = 2∫   dz =
 2a 2  
( (
 z − −2i − 3i z − −2i + 3i
 )) ( ( )) 

Ou seja pelo grafico, o único ponto que pertence é o - 0, 3 i.

 
= 2∫ 
(
1  dz = 2 ( 2π i.Res ( f , z ) ) = 2  2π i Res f , −2i + 3i  =
 z + 2i + 3i z + 2i − 3i  )( ) 0   ( ( ))
 

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 276/316

Calculo Auxiliar:
 
 1 
( )
Res f , −2i + 3i = lim ( z − z0 ) . f ( z )  = lim  z + 2i + 3i . ( = )
z →−2 i + 3i z →−2 i + 3i


z + 2i + 3i z + 2i − 3i 

( )( )
 1  1 1
= lim  = =
z → −2 i + 3i
 z + 2i + 3i  −2i + 3i +2i + 3i 2 3i

 1  2 3π
Continuando: ( (
= 4π Res f , −2i + 3i )) = 4π i  
 2 3i 
=
3

π  dθ 
Exercicio 3 – Calcule ∫ π  1 + sin (θ ) 
− 2
 

Resolução – posso deslocar π e fica, fazendo


θ +π = t ⇔ θ = t −π ∧ =1 ⇔ dθ = dt
dt
2π  1  2π  1 
=∫   dt = ∫0   dt =
0  1 + sin 2 t − π 
 ( )  1 + sin ( t ) 
2

Esta troca só me é permitido se eu considerar z = eiθ e com 0 ≤ θ ≤ 2π . “z” é uma circunferencia de centro em
zero e de raio um.
 z + z −1
cos (θ ) =
2
dz dz dz 
= ieiθ ⇔ = iz ⇔ dθ = e 
dθ dθ iz  −1
sin (θ ) = z − z
 2i

 
   
 1  dz  1  dz  4i 2  dz
= ∫   iz = ∫z =1  z 2 − 2 + z −2  = ∫  4i  =
z =1   z − z −1 
2
 iz
2
+ z − 2 + z −2  iz
2
  1+  z =1
 1 +  2i    4i 2 
   

1  −4  dz 4  1 
i
= ∫  −4 + z
z =1
2  =−
− 2 + z −2  z i ∫  −4 z + z
z =1
3  dz =
− 2 z + z −1 

Ter o expoente elevado a “-1” é um problema! ( z −1 ) , por isso vou multiplicar por “z”.

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 277/316

4  z   −b ± b 2 − 4ac 
= −
i ∫  z 4 2  dz
− 6z + 1 
= z =
 2a
= ± 3 ± 2 2 = ± 1± 2 

( ) =
z =1

 
4  z  dz =
=− ∫
i  z − 1 + 2
 ( ( ) ) ( z − (1 − 2 ) ) ( z − ( −1 + 2 ) ) ( z − ( −1 − 2 ) ) 

Ou seja pelo grafico, os únicos ponto que pertence é o −0, 41 e 0, 41

 
4  z  dz = − 4 2π i .Res ( f , z ) =
=−
i ∫  z −1 − 2
( )
 ( )( z − 1 + 2 )( z + 1 − 2 )( z +1+ 2 
 )i
0

( ( )
= −8 π Res f , z + 1 − 2 + Res f , z − 1 + 2  =
  ( ))

Calculo Auxiliar:

( )
Res f , z + 1 − 2 = lim ( z − z0 ) . f ( z )  =
z →1− 2

 
 z 
(
= lim  z − 1 + 2 . ) =
z →1− 2


z −1 − 2 ( ) ( z − 1 + 2 ) ( z + 1 − 2 )( z +1+ 2 

)
 
z 1− 2
= lim  = =
z →1− 2 
(z −1 − 2 )( z + 1 − 2 )( z +1+ 2 
 ) (
1 − 2 −1 − 2 )( 1 − )(
2 +1 − 2 1 − 2 + 1 + 2 )
1− 2 1− 2 1
= = = −
(
2 2 − 2 2 −2 2 )( ) (
−8 1 − 2 ) 2 8 2

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 278/316

( )
Res f , z − 1 + 2 = lim ( z − z0 ) . f ( z )  =
z →1− 2

 
 z 
(
= lim  z + 1 − 2 . ) =
z → −1+ 2


z −1 − 2 ( )( z − 1 + 2 ) ( z + 1 − 2 ) ( z +1+ 2 

)
 
z −1 + 2
= lim  = =
z →−1+ 2 
 (
z −1 − 2 )( z − 1 + 2 )( z +1+ 2 
 ) ( )(
−1 + 2 − 1 − 2 −1 + 2 − 1 + 2 −1 + 2 + 1 + 2 )( )

−1 + 2 −1 + 2 1
= = = −
(
−2 −2 + 2 2 2 2 )( ) (
−8 −1 + 2 ) 2 8 2

Continuando:

 ( ( ) (
= −8 π Res f , z + 1 − 2 + Res f , z − 1 + 2  =
 )) 
− 8π  −
1

1 
 8 2 8 2
 = π 2

 
+∞
 dx 
Exercicio 4 – Calcule ∫−∞  x2 + 1 2 
( )

Resolução – Seja “C” a linha/caminho formada por C1 e C2 , com R > 1

 
dz
Calculo o Integral ∫C  z 2 + 1 2 

( )  Analise Complexa

Calculo Auxiliar: z2 +1 = 0 ⇔ z = ±i

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 279/316

 1   1 
= ∫  dz = 
∫  dz
 ( z − 1)( z + 1)  2
C 
  2
C  ( z − 1) ( z + 1)
2

   

Tenho dois polos, e são duplos, e o seu valor é “i” e “-i”.

O “-i” fica fora da minha area de analise:

Vou então calcular o residuo para z = i , e tenho que ter cuidado, pois é duplo!

Esta informação é importante, pois a partir do segundo, tenho derivadas. Assim, fica:

 
1
= 2π i Res ( f , i ) = 2π i lim  ( z − i ) =
2

z →i  2 2 
 ( z − i) ( z + i ) 

Agora entra a derivada:

−2 ' −3
 1   1 
= 2π i lim ( z + i )  = Regra da Potencia = 2π i lim  −2 ( z + i )  = −4π i lim   = −4π i  =
z →i   z →i   3
 ( i + i )3 
z →i
 ( z + i )   

 1   1  4  1  1 π
= −4π i   = −4π i  3  = − π i  = π =
 ( 2i )3   8i  8  −i  2 2
 

 
dz =π
Assim ∫C  z 2 + 1 2  2
( ) 

E como tenho C1 e C2 , fica:

         
 dz  +  dz =π lim  ∫ 
dz     dz   = lim  π 
∫C1  z 2 + 1  ∫C2  z 2 + 1  2

R →+∞  C1    R →+∞  ∫C2  z 2 + 1 2   R →+∞  2 
2 
+ lim ⇔
( ) ( ) ( ) ( )
2 2
 z 2
+ 1
     
    
  
Aplicando os limites a ambos os membros, quando R →+∞

Como C1 é uma circunferencia, logo o seu limite é zero, só fico com o limite da recta C2 ,

   
+∞
 dx =π +∞ dx =π
⇔ 0+∫
−∞   2
⇔ ∫−∞  x 2 + 1 2  2
 ( x + 1) ( )
2 2

 

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 280/316

+∞ 0
Se fosse ∫
0
ou ∫
−∞
, e como é função par, ficaria:

   
1 +∞  dx  = 1 .π 1 +∞  dx =π
2 ∫−∞  ( x 2 + 1) 2 2 ∫−∞  ( x 2 + 1)2

 2 2  4
   

+∞  ( x 2 ) dx 
Exercicio 5 – Calcule ∫−∞  1 + x 4 
 

Resolução – Seja “C” a linha/caminho formada por C1 e C2 , com R > 1

Calculo Auxiliar: x4 + 1 = 0 ⇔ x = 4 −1 ⇔ Formula Polar ρ eθ i , e fica:

⇔ x = 4 ρ eθ i ⇔ x = 4 1.eπ i ⇔ x = 4 1. 4 eπ i ⇔

π + 2 kπ
i
⇔ x = 4 1.e 4
, com K ∈ {0,1, 2,3} ⇔

π 3π 5π 7π
i i i i
x = e4 ∨ x=e4 ∨ x=e4 ∨ x=e4

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 281/316

 ( z 2 ) dz 
Calculo o Integral ∫C  1 + z 4 
  Analise Complexa

Só vou calcular para os que estão no interior:

 
 
 dz = 2π i  Res  f , e 4 i  + Res  f , e 4 i   =
2 π 3π
z
= ∫  π 3π      
C 
i  i 
  z − e4  z − e 4        
 
  

Como os polos não são duplos, torna-se mais facil os calculos, pois não tenho que derivar. Também vou fazer um
reziduo de cada vez, pois não fica tão confuso.

  π4 i  
2

  e  
 π
i   π
i    π
i  z 2   π4 i π
i    
Para Res  f , e  , fica = limπ  z − e  . f ( z )  = limπ  z − e  .
4 4 4
4 
=  e − e  .
4
4 
=
  z →e 4 
i
   z →e 4 i   1 + z    π
 4i  
 1+  e  
   

  π4 i  
2
 2  π
i  
  e     z  z − e 4  ' 
   =     
=  0. 4 
Regra de Gauchy = limπ   =
π
 1+  e 4i  
i
z →e 4  (1 + z ) ' 
4

     
     

2 2
 2  π
i 
2 
 π
i     π
i    πi   πi   π4 i 
  z  '  z − e 4  + z  z − e 4   '   + z (1) 
2
2
  z z − e 4
2  e 4  .0 +  e 4  e 
          =     =  
= limπ   = limπ i 
i
z →e 4  ( )
1 + z 4
'  z →e 4 
0 + 4 z 3


 iπ
4 e4 
3
 πi 
4 e 4 
3

   
     

2
 πi   πi 
2  e 4  .0 +  e 4 
1
Muito cuidado, pois não posso fazer =   
3
 =
π (1)
π
 i 4e 4
i
4e4 
 

  34π i  
2

  e  
 3π
i   3π
i    3π
i  z 2   34π i 3π
i    =
Para Res  f , e  , fica = lim3π  z − e  . f ( z )  = lim3π  z − e  .
4 4 4
4 
=  e − e  .
4
4 
  z →e 4 
i
   z →e 4 i   1 + z     34π i  
 1 +  e  
   

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 282/316

  34π i  
2
 2  3π
i  
 e     z  z − e 4  ' 
  =     
= 0.  4 
Regra de Gauchy = lim3π   =

 1+  e 4 i  
i
z →e 4  (1 + z ) ' 
4

     
     

2 2
 2  3π
i  
2 

i     3π
i    34π i   34π i   34π i 
   2 z  z − e  + z (1)  2  e  .0 +  e 
2
  z  '  z − e  + z  z − e   ' 
4 4 4
e 
   
       =     =  
= lim3π   = lim3π i 
i
z →e 4  (1 + z ) '
4
 z →e 4 
0 + 4z 3

 π
 i
3
4 e 4 
3 3π
 4i
4 e 
3

   
     

2
 3π i   3π i 
2  e 4  .0 +  e 4 
    = 1
Muito cuidado, pois aqui também não posso fazer
3π 3 3π ( 2)
 i 4e 4
i
4e 4 
 

Agora tudo junto:

    π i 2  34π i  
2

   e
  4
 e  
 z2    π
i   3π
i       =
= ∫ π 3π  dz = 2π i  Res  f , e  + Res  f , e   = 2π i 
4 4
3
+ 3 
 i  i        π 3π
 4 e 4i  4 e 4 i  
C
  z − e4  z − e 4  

  
      
     

Este é o motivo pelo qual não podia fazer a igualdade em 1 e 2:

  24π i   64π i     π2 i   32π i  


 e  e    e  e  
= 2π i    +    = 2π i    +   =
  3π i   i 
9π   3π i   i 
π
 4e 4  4e 4   4 e 4  4 e 4  
           

Agora olhando para o circulo para saber onde ficam os pontos:

Sugestões: jrvalente@netmadeira.com Calculo III – Modulo I


Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 283/316

 
 
 i −i 
Assim fica = 2π i + = , e vou agora multiplicar os denominadores
  3π i   π i 
 4 e  4 e 4  
4

     

π
i
O 1º termo por 1, e o 2º termo por e 2 = i , para ficar com o mesmo denominador. Recordar que −iXi = 1

Assim fica

  πi    
 −i.  e 2      
i. (1)    i −i. ( −i )  2  i + 1
= 2π i  + = 2π i  + = π i 3π =
  3π i   π
i  
π
i    3π i   3π i   4  4i
 4  e 4  . (1) 4  e 4  .  e 2    4e 4  4e 4  e 
             

   
1  i +1  1  i +1   i +1 
= πi   = πi   = πi   =
2   3π   3π   2  2 2   − 2 + 2i 
 cos  4  + i sin   
  4   − 2 + 2 i 

 ( π i )1 + ( π i ) i   π i  1+ i   π i   (1 + i )(1 + i ) 
=   = − .  = − .  =
 − 2 + 2i   2   1− i   2   (1 − i )(1 + i ) 

 π i   1 + 2i + i 2  π i  2i  π i2 π
= −  .  = − .  = − =
 2   1+1  2  2  2 2

 ( z 2 ) dz  π
Assim ∫C  1 + z 4  = 2
 

E como tenho C1 e C2 , fica:

 ( z 2 ) dz   ( z 2 ) dz  π   ( z 2 ) dz     ( z 2 ) dz    π 
  + lim  ∫    = lim 
⇔ ∫C1  1 + z 4  + ∫C 2  1 + z 4  = 2
  ⇔
R →+∞  ∫C1  1 + z 4  
lim  
R →+∞  C2  1 + z 4   R →+∞
 2
 ⇔
      
     
Aplicando os limites a ambos os membros, quando R →+∞

Como C1 é uma circunferencia, logo o seu limite é zero, só fico com o limite da recta C2 ,

+∞  dx  π  dx 2  π
2
+∞
⇔ 0+∫  = ⇔ ∫  =
−∞ 1 + x 4 −∞ 1 + x 4
  2   2

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 284/316

 ( cos ( x ) ) dx 
+∞
Exercicio 6 – Calcule ∫ 
−∞  2


 x +4 

Resolução – Seja “C” a linha/caminho formada por C1 e C2 , com R > 2

É um polinomio e uma função trigonometrica.

Calculo Auxiliar: x2 + 4 = 0 ⇔ x = ±2i

Cuidado, pois quando tenho funções trigonometricas, fica eiz

 ( eiz ) dz 
Calculo o Integral ∫C  z 2 + 4 
  Analise Complexa

Cuidado, pois não esta “limpo”, de facto z 2 + 4 é na realidade ( z − 2i )( z + 2i ) , e assim já consigo “ver” os
polos.

Só vou calcular para o que está no interior:

 eiz 
= ∫   dz = 2π i  Res ( f , 2i )  =
C(
z − 2i )( z + 2i ) 

Como o polo não é duplo, torna-se mais facil os calculos, pois não tenho que derivar.

 eiz   eiz   ei ( 2 i ) 
Fica = 2π i lim ( z − 2i ) . f ( z )  = 2π i lim  ( z − 2i ) .  = 2π i lim   = 2π i  =
z → 2i z → 2i 
 ( z − 2i ) ( z + 2i )  z → 2 i z + 2i
   2i + 2i 

 e −2  1 π
= 2π i   = π e −2 =
4i  2 2e 2

Nota, no fim dos calculos nunca se pode ter “i”, pois nunca depende dele.

E como tenho C1 e C2 , fica:

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 285/316

 ( eiz ) dz  π  ( eiz ) dz   ( eiz ) dz  π


∫C  z 2 + 4  = 2e2 ⇔ ∫C1  z 2 + 4  + ∫C 2  z 2 + 4  = 2e2
  ⇔
     

Aplicando os limites a ambos os membros, quando


R → +∞

  ( eiz ) dz     ( eiz ) dz   π
     = lim  2 
R →+∞  ∫C1  z 2 + 4  
⇔ lim   + lim ∫  2 ⇔
R →+∞  C2  z + 4   R →+∞ 2e
 
     

Como C1 é uma circunferencia, logo o seu limite é zero, só fico com o limite da recta C2 ,

+∞  ( e ) dx   ( eix ) dx  π
ix
π +∞
⇔ 0+∫  2 = 2 ⇔ ∫−∞  x 2 + 4  = 2e2
−∞  x + 4  2e
   

Nota, de facto é sempre


 ( eix ) dx  π
+∞
∫−∞  x 2 + 4  = 2e2 + 0i
 
Pois tem sempre a parte imaginaria.

+∞  ( cos ( x ) + i sin ( x ) ) dx  π +∞  ( cos ( x ) ) dx  +∞  ( i sin ( x ) ) dx  π


∫−∞

 x2 + 4
 = 2 + 0i
 2e
⇔ ∫−∞  x 2 + 4  ∫−∞ 
 + 
x 2 + 4  2e2
= + 0i ⇔
    

 +∞  ( cos ( x ) ) dx  π
∫  = 2
 −∞  x + 4  2e
2




 +∞  ( i sin ( x ) ) dx  = 0i
 ∫−∞  x 2 + 4 
  

Sendo a resposta do exercicio


 ( cos ( x ) ) dx  π
+∞
∫ 
−∞  2
= 2

 x + 4  2e

Com funções trigonometricas, tenho sempre dois resultados.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 286/316

Exame de 2007/08

dy x
1 – Resolva a equação = fazendo a mudança de variavel independente.
dx x 2 y + y 3

Resolução - já me é dito qual o procedimento a seguir, que é a de mudança de variavel independente (MVC).

Seja t = x 2 , então x = t .

dy dy d ( x )
2
dy dy dt dy dt
Vou utilizar a regra da cadeia: = = ⇔ = ⇔
dx dx dt dt dx dx dt dx

dy dt dy dt
Ao fazer isto = é para poderfazer a mudança de variavel independente para dependente
dx dt dt dx

d ( x2 )
= ( x2 )
'
Notar que
dx x

dy dy dy dy  dy dy
⇔ = ( 2x )
dx dt
⇔ =
dx dt 
2 ( t ) ⇔ = 2 t
dx dt

dy x dy x dy t
Substituindo = ⇔ 2 t= 2 ⇔ 2 t= ⇔
dx x 2 y + y 3 x y + y3
( )
2
dt dt t y + y3


dy
dt
( )
2 t =
t
ty + y 3

dy
dt
( 2) =
1
ty + y 3

Bem agora estou com um problema! Não consigo sair daqui. Mas como isto é um exame de 90 minutos, e ainda
falta 4 exercicio para fazer, tenho que ser rapido na procura de uma solução!

Vou fazer algo que é matematicamente correcto, e dá-me imenso jeito, que é a inversão. Mas nesta inversão,
tenho que ter em atenção uma coisa muito importante, que é que também inverto as variaveis independentes e
dependentes. Assim após a inversão, o “y” passa a independente (algo novo) e o “t” passa a depender do “y”.

dt  1  3 dt
  = ty + y ⇔ = 2ty + 2 y 3
dy  2  dy

Agora vou-me recordar das Equações Lineares de 1ª Ordem: y '+ P ( x ) y = Q ( x ) .

dt
Sei que = t ' e que ty = yt , e que neste exercicio o “ y ” é o P ( x ) , ficando t '− 2 yt = 2 y 3
dy

Cuidado pois como o y 3 não tem no seu termo a variavel “t”, logo passa para o 2º membro, e a sua designação
passa a Q ( x ) .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 287/316

1º passo, vou calcular a Equação Associada t '− 2 yt = 0

dt 1 1
t '− 2 yt = 2 y 3 ⇔ = 2 yt ⇔ dt = ( 2 yt ) dy ⇔   dt = ( 2 y ) dy ⇔ ∫  t  dt = ∫ ( 2 y ) dy ⇔
dy t 

y2 2 2 2
⇔ ln t = 2 + c ⇔ ln t = ln e y + c ⇔ ln t = ln e y .ec ⇔ ln t = ln e y .B ⇔
2
2
t = A.e y

Como a equação não é igual a zero, mas sim igual a y 3 , vou então inicio ao 2º passo.

2º passo, tenho dois processo, ou vou pela Solução Particular, ou vou pelo metodo da mudança de variavel
(MMV). Neste exercicio vou utilizar o MMV.
2
Como t = A.e y , vou agora calcular a 1ª derivada, pois preciso dela para depois poder substituir na equação
t '− 2 yt = 2 y 3 .

( ) ( )
' '
⇔ t ' = A' .e y + A. ( y 2 ) e y
' '
⇔ t ' = ( A ) .e y + A. e y
2 2 2 2 2
t ' = A.e y É um produto! ⇔

2 2
t ' = A' .e y + A.2 y.e y

Agora uma nota importante, e o porquê de ter chamado a atenção da inversão da variavel dependente e a
independente.

'
Ora eu sei que se a variavel for DEPENDENTE, a derivada é assim x ' = ( x ) x = 1 .

'
Foi facil porque estava notado correctamente na 2ª vez ( x ) x , pois na primeira tenho x ' , e de facto não sei em que
é que derivo!

'
Agora quando a variavel é INDEPENDENTE, fica x ' = ( x ) y = x ' .

2 2
Esta explicação visou o facto de que em t ' = A' .e y + A.2 y.e y tenho A' no 1º termo, e que no 2º termo tenho
y.

Bom agora que já calculei a 1ª derivada, vou substituir na equação t '− 2 yt = 2 y 3 .

( A .e
' y2 2

) (
+ A. y.e y − y A.e y
2

)= y 3 2
⇔ A' .e y = 2 y 3 ⇔ A' = 2 y 3 .e − y
2
⇔ ( 2
A = ∫ 2 y 3 .e − y dy )
2
Não há maneira de primitivar e − y vou por isso decompor.

Ora ao fazer esta igualdade vai-me ajudar a primitivar 2 y 3 .e − y = − y 2 . ( −2 y ) .e − y


2 2

Agora para fazer esta integração, vou ter que utilizar o Metodo de Integração por Partes (MPP).

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 288/316

Assim

u ' v = u.v − ∫ u.v ' 


 Utilizar uma ou outra, a regra não é rigida
uv ' = u.v − ∫ u ' .v 

2 2
v = e− y v ' = −2 ye − y
Fazer a caixa auxiliar:

Formula: u ' v = u.v − ∫ u.v ' u = − y2 u ' = −2 y

Fica: ( ) − ∫ (( e ) .( −2 y ) ) dy
A = ( − y 2 ) e− y
2
− y2

2
A = − y 2e− y − e− y + c
2

Como consegui chegar a este ponto, já posso voltar a resubstituir a variavel

2 2
t = A.e y ⇔ A = t.e− y

2 2 2
t.e − y = − y 2 e − y − e − y + c ⇔ ( 2 2
t = − y 2 e − y − 2 e− y + c .e + y) 2
⇔ t = − y 2 − 1 + ce y
2

2
Ora como também sei que t = x 2 , fica x 2 = − y 2 − 1 + ce y , com K ∈ R

Será que já acabei?

Já, pois já não tenho derivadas na equação, e ela está com as variáveis “x” e “y”, variáveis essas que são as com
que iniciei o exercício.

Bom como já passou meia hora e ainda me falta QUATRO exercício, e só tenho mais uma ora pela frente, vou
ter que acelerar!

2 – Sabendo que y1 = x é uma solução da equação x 2 y ''− x ( x + 2 ) y '+ ( x + 2 ) y = 0 . Determine a solução


geral da equação.

Resolução – nota, regra geral, uma Equação Diferencial Linear de Segunda ordem não se consegue resolver.

Apesar de não me ser pedido, vou treinar a sua classificação:

É uma Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem Homogenea de Coeficientes não Constantes.

Em teoria, para conseguir chegar a solução geral, preciso de das duas soluções paticulares. Mas de facto o que se
faz é procurar a solução geral, que depois obtenho a 2ª solução particular.

Seja y1 = x , fica y = xz

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 289/316

Agora as suas respectivas derivadas (cuidado que é um produto):

y = xz

( y ) ' = z + xz '

( y ) '' = z '+ z '+ x ( z ') ' = 2 z '+ xz ''

Agora substituindo na equação:

x 2 y ''− x ( x + 2 ) y '+ ( x + 2 ) y = 0 ⇔ x 2 ( 2 z '+ xz '') − x ( x + 2 )( z + xz ') + ( x + 2 )( xz ) = 0

⇔ 2 x 2 z '+ x 3 z ''− ( x 2 + 2 x ) ( z + xz ') + x 2 z + 2 xz = 0 ⇔

⇔ 2 x 2 z '+ x 3 z ''− ( x 2 z + x3 z '+ 2 xz + 2 x 2 z ') + x 2 z + 2 xz = 0 ⇔

⇔ 2 x 2 z ' + x 3 z '' − x 2 z − x3 z ' −2xz −2 x 2 z ' + x 2 z +2 xz = 0 ⇔

⇔ 2 x 2 z ' + x3 z '' − x 2 z − x 3 z ' −2 xz −2 x 2 z ' + x 2 z +2xz = 0 ⇔

⇔ x3 z ''− x3 z ' = 0 ⇔  x3 ( z ''− z ') = 0 : x3


 ⇔ z ''− z ' = 0 ⇔
Dividir TUDO por x3

Vou criar mais uma variavel: w = z ' → w ' = z ''

dw 1 1
w '− w = 0 ⇔ =w ⇔   dw = (1) dx ⇔ ∫  w  dw = ∫ (1) dx ⇔
dx  w
⇔ ln w = x + c ⇔ ln w = ln ( e x + c ) ⇔ w = ec e x ⇔ w=±
 ec e x ⇔
K

w = K .e x

Como sei que w = z ' → w ' = z '' , então fica w = K .e x → z ' = K .e x

⇔ z = ∫ ( K .e x ) dx ⇔ z = ∫ ( K .e x ) dx ⇔ z = K .e x + A

Como y = xz , fica y = x ( K .e x + A ) ⇔ y = K .e x x + Ax, com A e K ∈ 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 290/316

Nota a saber

y= K .e x x
 + Ax , com A e K ∈ 
Uma Solução Particular
A outra Solução Particular
 
Além das Soluções Gerais, existe sempre duas Particulares

Neste exercicio, foi me dado o que está no segundo membro!


- o “A” é apenas um multiplo da Solução Particular.

Bem esta era facil. Já passou mais 15 minutos. Metade do tempo já lá vai, e ainda me falta 3 exercicios.

y( ) + 2 y( ) + y( ) − 2 = 6 x
6 4 2
3 – Determine a solução geral da equação

Resolução – cuidado com o “-2”, pois pertence ao segundo membro, assim sendo fica:

y( ) + 2 y( ) + y( ) = 6 x + 2
6 4 2

y( ) + 2 y( ) + y( ) = 0
6 4 2
Equação Associada

r 2 ( r 2 + 1) = 0
2
Equação Cartesiana r 6 + 2r 4 + r 2 = 0 ⇔ r 2  r 4 + 2r 2 + 1 = 0 ⇔
  
2
(
= r 2 +1 )

r =0 ∨ r=0 ∨ r = ±i ∨ r = ±i
são TODAS DUPLAS.

Como tenho uma raiz zero, e o 2º membro é do grau 1, fica (nota yi = incompleto ):

yi = Ae0 x + Bxe0 x +C cos ( x ) + D sin ( x ) + Ex cos ( x ) + Fx sin ( x )


   
1ª raiz dupla 2ª raiz dupla

Não esquecer o seguinte:

r=4 ∨ r=4 ∨ r=4 ∨ r=2

Fica yi = Ax 0 e 4 x + Bx1e 4 x + Cx 2 e 4 x + Dx 0 e 2 x

2º passo, Solução Particular

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 291/316

y = x 2 ( ax + b ) = ax 3 + bx 2
y ' = 3ax 2 + 2bx
y '' = 6ax + 2b
y ( 3) = 6 a
y( ) = 0
4

y( ) = 0
5

y( ) = 0
6

y ( ) + 2 y ( ) + y ( ) − 2 = 6 x , fica
6 4 2
Substituindo na equação

0 + 0 + 6ax + 2b = 6 x + 2 ⇔ 6ax + 2b = 6 x + 2 .

Agora vou fazer o sistema e tenho que agrupar por grau, pois os coeficientes de um determinado grau não podem
ir para junto dos coeficientes de um outro grau diferente.

Grau 0 → 2b = 2 b = 1
 ⇔ 
Grau 1 → 6a = 6 a = 1

y P = x 3 + x 2 é uma Solução Particular

3º passo, y = yi + yP , e como e0 x = 1

y = A + Bx + C cos ( x ) + D sin ( x ) + Ex cos ( x ) + Fx sin ( x ) + x3 + x 2

Bem esta também era facil. Já passou mais 10 minutos. Ainda me falta 2 exercicios.

 dz 
4 – Calcule ∫
C  6 
 z +1 
em que o caminho é o caminho indicado na figura.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 292/316

 dz 
Resolução: ∫  6  = 2π i ( K1 .....???? )
C
 z +1 

Qual é o polo? Será que é zero? Não! Vou ver.

z6 +1 = 0 ⇔ z 6 = −1 ⇔ z = 6 −1

z= 6
Distancia ao centro da circunferencia vezes eθ i

θ + 2 kπ
i
Vou recordar a formula n
ρ .eiθ = n ρ .e n

π + 2 kπ
i

z = 6 1.eπ i , com k ∈ {0,1, 2,3, 4,5}


6
Fica ⇔ z = 6 1.e
  
n = 6

Pois é, tenho 6 polos! Mas será que TODOS estão dentro da minha circunferencia? Vou ver.

Nota – qualquer complexo pode ser escrito da seguinte forma z = ρ .eiθ

Vou verificar onde ficam os seis polos, substituindo o valores dos “k´s”.

θi
Nota, na formula, para representar o ponto não “ligo” ao é nem ao “i” z = ρ .e , pois só me interressa o raio, que
é o ρ , e ao angulo formado por este, que é o θ .

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 293/316

π + 2( k )π π π
i i i
6 6 6
Assim para k = 0 , fica z = 6 1.e = 6 1.e = 1.e , ou seja ρ = 1 , logo o raio é um.

π + 2( k )π π +2 π π
i i i
6 6 2
Para k = 1 , fica z = 6 1.e = 6 1.e = 1.e = i

π + 2( 2 )π 5π π
i i i
6 6 6 6 6
Para k = 2 , fica z = 1.e = 1.e = 1.e

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 294/316

π + 2( k )π π +6π 7π
i i i
6 6 6
Para k = 3 , fica z = 6 1.e = 6 1.e = 1.e

π + 2( k )π π +8 π 3π
i i i
6 6 2
Para k = 4 , fica z = 6 1.e = 6 1.e = 1.e

π + 2( k )π π +10 π 11π
i i i
6 6 6
Para k = 5 , fica z = 6 1.e = 6 1.e = 1.e

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 295/316

Como se pode ver nos graficos, dos 6 polos, só um pertence a area do exercicio, que é para quando k = 0 .

π
 dz   i 
Nota se as “setas” fossem ao contrario, seria ∫C  z 6 + 1  = −2π i.Res 

f , e 6

Assim, vou calcular o residuo, para quando o k = 0

π
 dz   i 
∫  6
C z +1



= 2π i.Res  f , e 6 
 

π
 i 
 π
i    π
i     π
i  1   z − e 6

Res  f , e  = limπ  z − e  f ( z )  = limπ  z − e  6  = limπ
6 6 6
 6 
  z →e 6 i    z →e 6 i   z + 1  z →e 6 i  z + 1 
 

Tenho 6 zeros!

 
 π
i

 π
i   z − e6 
Res  f , e  = limπ 
6
=
π π π π
  z →e 6 i   i   5
i  
7
i   11
i 
  z − e  .( z − i ) .  z − e  . z − e  . ( z + i ) . z − e  
6 6 6 6

        

 
π  
  i
 1 =
Res  f , e  = limπ
6
i  
5π 7π 11π
     
 z →e  z − i . z − e 6 . z − e 6 . z + i . z − e 6 
i i i 
6
( )  ( ) 
      

Isto por este caminho, nunca mais acaba!

Vou arranjar outra maneira de resolver.

π
π  i 
 i 
 z − e 6
=0
Res  f , e 6  = limπ
i  z  0
6
  z →e 6  + 1 Regra de Gauchy
 

Nota -

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 296/316

A regra de Gauchy, eu derivo em cima e em baixo, independentemente:

π
π  i  5π
 i 
 z − e6   1− 0   1  1 − i
Res  f , e  = limπ
6
= limπ  5  = limπ  5  = = 6e 6
 6  5
  z →e 6 i  z + 1  z →e 6 i  6 z + 0  z →e 6 i  6 z   π6 i 
  6e 
 

 e2 z 
5 – Calcule o valor de ∫  ( z + 1) 4
 dz

z =3 

Resolução “-1” é um polo quadrupulo.

 e2 z 
∫  ( z + 1)  dz = 2π i.Res ( f , −1)
4


z =3 

Vou utilizar outro teorema para não ter que derivar 4 vezes. Vou utilizar por isso a Formula Integral de Gauchy.

Seja f analítica no interior e sobre uma curva fechada C . Se z0 é qualquer ponto no interior de C , então:

 f ( z)  2π i n
∫  ( z − z )  dz = . f ( z0 )
n +1
 n!
C  0 

Assim fica:
 e2 z  2π i ( 3)
∫   dz = . f ( −1)
z = 3  ( z + 1)
4
 3!

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 297/316

Agora é mais simples

f ( z ) = e2 z
f ( ) ( z ) = 2e 2 z
1

f ( 2) ( z ) = 4e 2 z
f(
3)
( z ) = 8e2 z

 e2 z  2π i (3)  e2 z  2π i 2( −1)
∫   dz = . f ( −1) ⇔ ∫   dz = .8e ⇔
z = 3  ( z + 1)
4
 3! z = 3  ( z + 1)
4
 6
 

 e2 z  πi  e2 z  8π i
⇔ ∫ 
z = 3  ( z + 1)
4
 dz = .8e −2
 3
⇔ ∫ 
z = 3  ( z + 1)
4
 dz = 2
 3e
 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 298/316

Exame de 2006/07

1 – Determine a solução da equação ( x + y ) dx + ( x + 2 y ) dy = 0 para a qual y ( 2 ) = 3

Resolução - a equação é homogenea e exacta. Logo tenho tenho, pelos menos, dois processos de resolução. Vou
seguir o processo da equação exacta.
(
x + y ) dx + ( x + 2 y ) dy = 0
 
M N

∂M ∂ ( x + y ) '
Vou primeiro verificar = = ( x + y )y = 0 +1 = 1
y y

∂N ∂ ( x + 2 y ) '
Agora o 2º termo, = = ( x + 2 y )x = 1 + 0 = 1
x x

Pronto, já confirmei que é exacta!

Seja u = f ( x, y )
∂u ∂u
du = dx + dy
∂x ∂y
Pretendo determinar “u” tal que (t.q.)
 ∂u  ∂u
 =M  = x+ y
 ∂x  ∂x
 ⇔ 
 ∂u  ∂u
 =N  = x + 2y
 ∂y  ∂y

∂u x2
Se = x+ y ⇔ u = ∫ ( x + y ) dx ⇔ u= + xy + f ( y )
∂x 2

 x2 
∂  + xy + f ( y )  '
∂u  2  = x + 2 y ⇔  x + xy + f y  = x + 2 y ⇔
2
Por outro lado = x + 2y ⇔  ( ) 
∂y ∂y  2 y

⇔ 0 + x (1) + f ' ( y ) = x + 2 y ⇔ x + f '( y ) = x + 2 y ⇔ f '( y ) = 2 y ⇔

y2
⇔ f ( y ) = ∫ ( 2 y ) dy ⇔ f ( y) = 2 ⇔ f ( y ) = y2 + c
2
x2 x2
Assim, u = + xy + f ( y ) ⇔ u= + xy + y 2 + c , e como u = 0 ,
2 2

x2
A Solução Geral é + xy + y 2 + c = 0
2

Cuidado, pois o exercicio ainda não acabou, pois no enunciado tenho também uma solução particular y ( 2 ) = 3 ,
logo consigo determinar “c”.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 299/316

2
( 2) 2
y ( 2) = 3 → + ( 2 )( 3) + ( 3) + c = 0 ⇔ 2+6+9+c = 0 ⇔ c = 17
2

x2
Assim a Equação Geral é + xy + y 2 + 17 = 0 .
2

Nota importante – só tive uma constante (c), pois trata-se de uma Equação de 1ª Ordem. Se fosse uma de 2ª
Ordem, teria duas constantes, que normalmente denomino de “A” e “B”.

1
2 – Determine a solução geral da equação x 2 y ''+ xy '− y = x ln ( x ) , sabendo que y1 = x e y2 = são duas
x
soluções da equação sem segundo membro.

Resolução – É sempre conveniente fazer a sua classificação, pois fico com uma ideia do caminho a tomar para a
sua resolução. Assim sendo posso classificar esta equação como sendo:

- É uma Equação Diferencial Linear de 2ª Ordem Não Homogenea de Coeficientes Não Constantes.

B
1º passo, ora bem, sei que a solução da equação associada x 2 y ''+ xy '− y = 0 é y = Ay1 + By2 ⇔ y = Ax +
x

Agora vou utilizar o MVC para poder prosseguir na resolução da equação dada (cuidado com a derivada dos
produtos):
B
y = Ax +
x

'
B B ' x Bx ' B' B
y ' = ( Ax ) '+   = ( A) ' x + A ( x ) '+ − 2 = A' x + A + − 2
x
  x 2 x x x

B'
Agora vou impor uma igualdade a zero dos termos com derivadas A' x + =0
x
B
Assim fica y' = A−
x2
B ' x2 − B ( x2 ) ' B ' x2 2B x B ' 2B
y '' = A '− 4
= A '− + = A '− +
x x 4 →2
x 4 →3
x 2 x3

Cuidado com o sinal, pois a fração está precedida de menos, e como o 2º termo também é negativo, fica positivo.
Substituindo na equação dada x 2 y ''+ xy '− y = x ln ( x ) , fica

 B ' 2B   B   B
x 2  A '− 2 + 3  + x  A − 2  −  Ax +  = x ln ( x ) ⇔
 x x   x   x

B ' x2 2B x 2 Bx B
⇔ A ' x2 − + + Ax − − Ax − = x ln ( x ) ⇔
x 2
x 3
x 2 x
2B B B
⇔ A ' x2 − B ' + − − = x ln ( x ) ⇔ A ' x 2 − B ' = x ln ( x )
x x x

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Agora socorrer-me de um sistema, sendo a segunda linha a igualdade a zero que impus:

 A ' x 2 − B ' = x ln ( x )  x ln ( x )
 A ' x − B ' = x ln ( x ) − B '− B ' = x ln ( x )
2
 B ' = −
 B' ⇔  2
⇔  2
⇔  2
A' x + =0  B ' = − A ' x  B ' = − A ' x B ' = − A ' x2
 x 

 1  1
 B ' = − 2 x ln ( x )  B ' = − 2 x ln ( x )
⇔  ⇔ 
 A ' x 2 = 1 x ln ( x )  A ' = 1 ln ( x )
 2  2 x

Agora para evitar muita confusão, vou integrar individualmente “A” e “B”.

1 ln ( x )  1 ln ( x ) 
Vou começar pelo “A”, → A' = ⇔ A = ∫  dx ⇔
2 x 2 x 

1  ln ( x )  ln 2 ( x )
2
1 1 
⇔ A= ∫  ln ( x )  dx ⇔ A=   + K1 ⇔ A= + K1
2 x  2  2  4

Não me posso esquecer do “ + K1 ”.

Nota que esta integração é imediata! (e simples) pois respeita seguinte regra

 
u n +1 1  ln 2 ( x )
∫ ( u '.u ) dx = → ∫  x  
ln ( x ) dx =
n +1   2
 u' u 

1
Agora o “B”, → B ' = − x ln ( x ) .
2

Este já não é imediato, vou ter que ir pelo método de substituição por partes (MSPP):

1  
B' = − ∫  x .ln ( x )  dx
2  u  v'

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 301/316

u ' v = u.v − ∫ u.v ' 


 Utilizar uma ou outra, a regra não é rigida
uv ' = u.v − ∫ u ' .v 

1 2 u' = x
u= x
2
Fazer a caixa auxiliar:

Formula: u ' v = u.v − ∫ u.v ' v = ln ( x ) 1


v' =
x

1  1 2   1 2   1   1  1 2  1 
Fica: B=  x  ln ( x ) − ∫   x  .    dx  ⇔ B=  x  ln ( x ) − ∫ ( x ) dx  ⇔
2  2   2   x    2  2  2 

1  1 2  1 x2  x 2 ln ( x ) x2
⇔ B=  x  ln ( x ) −  + K2 ⇔ B= − + K2
2  2  2 2 4 8

Não me posso esquecer do “ + K 2 ”.

Continuando o meu sistema, fica


 1  x 2 ln ( x ) x 2
 B ' = − 2 x ln ( x ) 
B =
4
− + K2
8
 ⇔ 
 A ' = 1 ln ( x ) ( )
2
 ln x
 2 x  A = 4 + K1

 x 2 ln ( x ) x 2 
 − + K 2 
B  ln ( x )
2
 4 8
E como y = Ax + ⇔ y= + K1  x +  
x  4  x
 

 2 −3 
4 – Determine a Solução Geral da equação Y ' =  Y
3 2 

 x ' = 2x − 3 y  x '   2x − 3y 
Resolução – Nota que é igual a  ⇔  =  ⇔
 y ' = 3x + 2 y  y '   3x + 2 y 

 x '   2 −3  x 
 =  
y '   3 2  y 
 
Y' A Y

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 302/316

1º passo, vou resolver algebricamente.

 2 −3 
Seja A =   , vou ter que calcular os valores próprios de A. Não confundir com vectores próprios
3 2 

Breve noção de valores próprios:


A − λI = 0

Só na Diagonal Principal:

2−λ 3 3
1 4−λ 3 =0
−1 −5 −4 − λ

2−λ 3 3
1 4−λ 3 =0 ⇔
−1 −5 −4 − λ

( 2 − λ ) .( 4 − λ ) .( −4 − λ ) + 3.3.( −1) + 3.1.( −5)  − 3.( 4 − λ ) .( −1) + 3.1.( −4 − λ ) + 3.( −5) .( 2 − λ )  = 0
( 2 − λ ) . ( λ 2 − 16 ) − 9 − 15  − ( 3λ − 12 ) + ( −12 − 3λ ) + (15λ − 30 )  = 0
 
( 2 − λ ) . ( λ 2 − 16 ) − 24  − [ 3λ − 12 − 12 − 3λ + 15λ − 30 ] = 0
 
( 2 − λ ) . ( λ 2 − 16 ) − 15λ + 30 = 0
( 2 − λ ) . ( λ 2 − 16 ) + 15. ( 2 − λ ) = 0
( 2 − λ ) . ( λ 2 − 1) = 0

2−λ = 0 ∨ λ 2 −1 = 0

λ=2 ∨ λ = −1 ∨ λ =1

Uma prova dos nove, que ajuda a ganhar autoconfiança neste ponto do exercício, é:

Se somarmos os valores dado nas raízes, o valor é o mesmo da soma da Diagonal Principal

Multiplicidade Algébrica: ma ( 2 ) = 1 ∧ ma ( −1) = 1 ∧ ma (1) = 1

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 303/316

Assim de regresso ao exercício, fica:

A − λI = 0

Só na Diagonal Principal:

2−λ −3 = 0
3 2−λ

( 2 − λ )( 2 − λ )  − ( −3 )( 3) 

2 2
(2 − λ ) +9 = 0 ⇔ (2 − λ ) = −9 ⇔ λ = 2 ± 3i

Como obtivemos números Complexos, atingi a complexidade máxima deste tipo de exercício. Bom, o melhor é
não desanimar, e seguir em frente.

 2 − 3i 0 
Nota Λ =   , só se coloca os valores próprios na diagonal principal.
 0 2 + 3i 

Assim sendo, tenho dois valores proprios, que são λ = 2 + 3i ⇔ λ = 2 − 3i

2º passo, agora vou procurar pelo Vectores próprios da associada a λ = 2 − 3i (é uma ao acaso, pois qualquer
que eu escolha dará o mesmo resultado).

Breve noção de vectores próprios:

( A − λI ) X =0

Parecido com Valores Próprios ( A − λ I = 0 )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 304/316

Vou utilizar uma seguinte Multiplicidade Algébrica para este exemplo: ma ( −1)

( A − λI ) X =0 ⇔ ( A − ( −1) I ) X = 0

( A + 1I ) X =0

Cuidado que não é para multiplicar o λ por I , mas sim uma informação de que na matriz A, o 1 vai somar a

Diagonal Principal. Assim sendo, fica:

3 3 3
( A − ( −1) I ) =  1 5 3 
 −1 −5 −3

 3 3 3   x  0   3x 3 y 3z  0 
 1 5 3   y  = 0  ⇔ x 5y 3z  = 0 
     
 −1 −5 −3  z  0   − x −5 y −3z  0 

 3x 3 y 3z  /3 0  x y z  0 
x 5y 3z  =  0  ⇔  x 5 y 3z  = 0 
    
 − x −5 y −3 z  X ( −1)  0   x 5 y 3z  0 

x y z  0 
 x 5 y 3 z  = 0 
   

x + y + z = 0  z = − x − y z = −x − y
 ⇔  ⇔ 
 x + 5 y + 3z = 0  x + 5 y + 3 ( − x − y ) = 0  x + 5 y − 3x − 3 y = 0

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 305/316

z = −x − y z = −x − x
⇔  ⇔  ⇔
 −2 x + 2 y = 0 y = x

 z = −2 x

y = x

Vλ = Vector Próprios associados a λ

Vλ =−1 = {( x, x, − 2 x ) : x ≠ 0}

Vλ =−1 = {(1, 1, − 2 ) : x ≠ 0}

Multiplicidade Geométrica: mg ( −1) = 1 (é um representante de vector).

Assim no meu exercicio fica:

( A − λI ) X =0

( A − ( 2 − 3i ) I ) X = 0
 2 − ( 2 − 3i ) −3   x = 0

 3

2 − ( 2 − 3i )  
y 
X
( A − ( 2 − 3i ) I )

 2 − 2 + 3i −3   x  = 0
 3 2 − 2 + 3i   y 

3i −3  x  = 0
 3 3i   y 
  

 3 ix − 3 y = 0  y = ix
 ⇔  ⇔
 3 x + 3 iy = 0  x + i ( ix ) = 0

Recordar que
( ) ( )
2
i = −1 → i.i = −1. −1 → i2 = −1 → i2 = −1 2
→ i 2 = −1

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 306/316

 y = ix  y = ix  y = ix
⇔  ⇔  ⇔ 
 x + i ( ix ) = 0 x − x = 0 0 = 0 (p.v.)

Nota tenho que obter SEMPRE uma preposição verdadeira, indiferentemente se é com o “y” ou com o “x”.

Assim sendo, fica y = ix .

Vectores proprios → Vλ = 2 − 3i = {( x, y ) : y = ix ∧ x ≠ 0}

Portanto posso afirmar que → Vλ = 2 − 3i = {( x, ix ) : x ≠ 0} ⇔ Vλ = 2 − 3i = { x (1, i ) : x ≠ 0}

Agora para o 2º vector da associada a λ = 2 + 3i

( A − λI ) X =0 ⇔ ( A − ( 2 + 3i ) I ) X = 0 ⇔

 2 − ( 2 + 3i ) −3  x = 0  −3i −3   x  = 0
⇔   ⇔ ⇔
 3 2 − ( 2 + 3i )   y   3 −3i   y 
  
 
X
( A − ( 2 + 3i ) I )

 − 3 ix − 3 y = 0 −i ( iy ) − y = 0 y − y = 0 0 = 0 (p.v.)
 ⇔  ⇔  ⇔ 
 3 x − 3 iy = 0  x = iy  x = iy  x = iy

Nota tenho que obter SEMPRE uma preposição verdadeira, indiferentemente se é com o “y” ou com o “x”.

Assim sendo, fica x = iy .

Vectores proprios → Vλ = 2 + 3i = {( x, y ) : x = iy ∧ y ≠ 0}

Portanto posso afirmar que → Vλ = 2 + 3i = {( iy , y ) : y ≠ 0} ⇔ Vλ = 2 + 3i = { y ( i, 1) : y ≠ 0}

Assim tenho para os dois vectores próprios:

Vλ = 2 − 3i = { x (1, i ) : x ≠ 0} ∧ Vλ = 2 + 3i = { y ( i, 1) : y ≠ 0}

Posso por isso concluir que (as cores ajudam a se perceber a disposição na matriz, pois como são iguais, pode
confundir).
1 i 
∴S =  
 i 1

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 307/316

3º passo, S = [1.1] − [i.i ] = 1 − i 2 = 2

1 1 i 
A sua inversa é S −1 =  .
2  i 1

Agora um truque, que só funciona para matrizes de 2x2. Os números que estão na diagonal positiva, trocam de
posição. Os que estão na diagonal negativa, trocam de sinal.

Exemplo:

2 4
A=  → A = ( 2. ( −3) ) − ( 4. ( −1) ) = −6 + 4 = −2
 −1 −3 

1
Ora o inverso de −2 é − , assim e continuando o exemplo, fica
2

 3 
 2 2
1  −3 −4 
A−1 = −   ⇔ A−1 =  
2 1 2 − 1
 1 
 2 

Assim no meu exercício fica:

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 308/316

 1 i
 2 − 
1  1 −i  2
Assim, continuando, fica S −1 =   ⇔ S −1 = 
2  −i 1  − i 1 
 
 2 2 

4º passo,
Y(t ) = Se Λt S −1Y0

Λt
 
  1 i
 ( 2 − 3i ) t 0  − 
 1 −i   0 ( 2 + 3i )t   2 2  x0 
Y(t ) =  e   
−i 1  − i 1   y0 
   
S 
2 2 Y0
S −1

 1 i
 ( 2 − 3i )t 0 
 2 − 
 1 −i   0

( 2 + 3i )t  2  x0 
Y(t ) =  e   
 −i 1  − i 1   y0 
 
 2 2 

Recordar a equação característica: r = 2 − 3i ∨ r = 2 + 3i

y = Ae2 x cos ( 3x ) + Be2 x sin ( 3 x )

y = Ae(
2 − 3i ) x
+ Be(
2 − 3i ) x

Nota 1:
5 0   e5 0 
B=  → eB =  
 0 −1  0 e −1 

Nota 2:
y = Ae(
2 − 3i ) x
+ Be(
2 − 3i ) x
⇔ y = Ae2 x e−3ix + Be2 x e−3ix ⇔

y = Ae2 x cos ( −3t ) + Be2 x sin ( −3t )

Ora sei, pela regras da trigonometria que cos ( −3t ) = cos ( 3t ) e que sin ( −3t ) = − sin ( 3t ) , então fica:

y = Ae2 x cos ( 3t ) − Be2 x sin ( 3t )

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 309/316

Ainda me falta multiplicar por Se Λt


 x0 y0i 
e ( 2−3i )t
ie ( 2+3i )t  2 − 2 
Y(t ) =  2−3i t  
 ie( ) e(
2 +3i )t   x0i y0 
  − + 
 2 2

Agora e se tivesse usado o outro valor próprio?

Vou refazer os cálculos mas com outro processo mais simples, porque estou presente de números complexos, o
que por isso há um processo mais simples para resolver. Aqui vai.

Vectores próprios da associada a λ = 2 + 3i → Vλ = 2 + 3i = { y ( i, 1) : y ≠ 0}

Para as raízes Complexas, posso escolher um valor próprio ao acaso. Vou escolher números que me facilitam a
vida.

 i  2 + 3i t  i 
YP =   e( ) =   e 2t e3it
1  1

Eu sei que eiθ = cos (θ ) + i sin (θ ) , se o ângulo for π , então fica eiπ = cos (π ) + i sin (π )

eiπ = −1 + 0 ⇔ eiπ + 1 = 0

i i i


Continuando, YP =   e( 2 + 3i )t =   e 2t e3it =   e2t  cos ( 3t ) + i sin ( 3t )  =
 1 1  1

i i i i   ie2t cos ( 3t ) ie 2t sin ( 3t ) 


YP =   e( 2 +3i )t =   e 2t e3it =   e 2t cos ( 3t ) +   e 2t i sin ( 3t ) =  2t  =
1e cos ( 3t ) 1e sin ( 3t ) 
2t
1  1  1 1 

 ie2t cos ( 3t ) − e 2t sin ( 3t )  2t


cos ( 3t )  2t  − sin ( 3t ) 
YP =  2t  = ie  +e  
( ) ( )  sin ( 3t )   cos ( 3t ) 
2t
 e cos 3t + ie sin 3t 

 − sin ( 3t )   cos ( 3t ) 
Resposta, Solução Geral: Y = Ae 2t   + Be
2t
 
 cos ( 3t )   sin ( 3t ) 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 310/316

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6 – Resolva e marque num referencial ortonormado, as soluções em C (numeros complexos) da equação

z4 + z2 +1 = 0

Resolução – como tem a potencia é elevada a quatro, esta equação, em C (numeros complexos), tem quatro
soluções complexas.

z4 + z2 +1 = 0

Vou utilizar uma variavel de subsituição (z )


2 2
+ z 2 + 1 = 0 , e em que w = z 2 , ficando

 −b ± b 2 − 4ac  −1 ± 12 − 4 (1)
w2 + w + 1 = 0 ⇔ w =  ⇔ w= ⇔

 2a 
 2 (1)

1 3 1 3
w=− − i ∨ w=− + i
2 2 2 2

2 2
2 2  1  3
Como calculo a sua Forma Algebrica? ρ= x +y ⇔ ρ =  −  +   ⇔ ρ =1
 2  2 

2 2
1  3
Nota: como os valores estão elevados ao Quadrado, não é necessario o sinal, ficando ρ =   +  
 2   2 

Representação Grafica:

 3 
 
Quanto vale o angulo θ ? θ = π − arctg 

2
1
=

π − arctg ( 3)
 2 
 

Agora, pelo facto de não etar habituado a calcular o angulo ao contrario, que é o caso de arctg ( 3) , o
 3
sin  
sin ( ?? )  2 = 3
raciocionio que é necessario fazer é: tg ( ?? ) = 3 ⇔ = 3 ⇔
cos ( ?? ) 1
cos  
2
π 
tg   = 3
3

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 312/316

 3 
 
Assim θ = π − arctg 

2
1
 = π − arctg

( 3 ) = π − π3 = 2
3
π
 2 
 

2 2
1 3 πi πi
Concluo então que w=− +
2 2
i= ( ρe ) θi
= 1.e 3 = e3

E como w = z2 ⇔

2 2
1 3 1 3 πi − πi
⇔ z2 = − + i ∨ z2 = − − i ⇔ z2 = e3 ∨ z2 = e 3

2 2 2 2
2 2
πi − πi
⇔ z = e3 ∨ z= e 3

θ + 2 kπ
i
Agora vou usar a regra n
ρ eθ i = n ρ e 2
, com n ∈ {0,1,..., n − 1}

2 2
π i + 2 kπ π i + 2 tπ
3 3
z= e 2
, com K ∈ {0,1} ∨ z= e 2
, com t ∈ {0,1}

Reduzindo ao mesmo denominador, fica mais simples (pouco mais!)

2π i + 6 kπ 2π i + 6 kπ
z= e 6
, com K ∈ {0,1} ∨ z= e 6
, com t ∈ {0,1}

Recordar o que disse no inicio :

“…como a potencia é elevada a quatro, esta equação tem quatro soluções complexas.”

π 4 π 2
i πi − i πi
z = e3 ∨ z = e3 ∨ z=e 3
∨ z = e3

Mas o exercicio ainda não acabou, pois é me solicitado que

“…e marque num referencial ortonormado, as soluções em  ”

Vou ter que desenhar num plano. Mas nem tudo é mau, pois neste exercicio, as 4 soluções tem o ρ = 1 , logo
estão TODOS a mesma distancia do centro, visto que o ρ é o raio para os 4 pontos.

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 313/316

 cos x 
+∞
 ( )  dx
7 – Usando o Teorema dos Resíduos, calcule e justifique, o valor de ∫  1 + 9 x2 2 
( )
0

Resolução - É um polinomio e uma função trigonometrica.

1
Calculo Auxiliar: 1 + 9 x2 ⇔ x=± i
3

Cuidado, pois quando tenho funções trigonometricas, fica eiz

1
Seja “C” a linha/caminho formada por C1 e C2 , com R >
3

 ( eiz ) dz 
Calculo o Integral ∫C  1 + 9 z 2 2 

( )  Analise Complexa

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 314/316

Nota, se fosse :

 (
 cos 3 x   ei 3 z ) dz 
+∞
 ( )  dx 
∫  1 + 9 x2 2 
⇒ ∫C  1 + 9 z 2 2 
( ) ( )
0
 

Só vou calcular para o que está no interior, e tenho que ter cuidado pois é duplo, assim

 
 ( eiz ) dz   
 eiz  dz   1 
∫C  1 + 9 z 2 2 

= ∫C   1 2  1 2 
= 2π i  Res  f , i   =
( )   3 
  1 + i  1 − i  
 3   3  

    
    
  d  1 
2
   d  1 
2
eiz  
= 2π i  lim    z − i  . f ( z )    = 2π i  lim    z − i  .   =
 z → 1 i  dz   3   
 z → 3 i  dz  
1 3   2 2
 3   1   1   
    z + i   z − i    
   3   3   

 
  ' 
       
       
d e iz   e iz
= 2π i  lim     = 2π i  lim   =
1  dz  2   1  2  
 3    z + 1 i      z → 3i   1  
z→ i
 z + i  

   3        3   
     
 1 
Res  f , i   Derivada, pois é polo DUPLO 
 3 

  iz  1 
2
1      iz  1   
iz 
  i.e  z + i  − 2e  z + i       i.e  z + i  − 2e
iz
 
3  3    3 
= 2π i  lim    = 
2π i  lim      =
z → i 
1
 1 
4   z → i 
1
 1 
3  
 3   z + i     3   z + i    
   3        3    
 

Como já derivei, vou agora substituir o limite

 i  1 i    1  1  1 
i i    1 i2 2 
1
i2   −1  2  −
1

 i.e  3    i  + i  − 2e  3    i.e 3  i − 2 e 3
  i.e 3  i  − 2e 3 
= 2π i   3  3   = 2π i  3   = 2π i  3   =
3   3   3 
  1  1   2  2 
  3i  + 3i    i   i
  
      3    3  

 2i 2 2   2 2   − ( 2 + 6) 
 1 − 1  − 1 − 1   1 
 3     3e 3 
2π i  3e 3 e 2π i  3e 3e
3 3 3
=  =  = 2π i   =
8
  2  i3   −  2  i   − i 
  3    3   27 
     

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 315/316

 
 
= 2π i 
( )
 − 8 . 3 .9 
=

2π i  1
9 

=
18π
= 18π e

1
3
 1    1
 −  3e3  8i   e3 i  e3
 
   

 ( eiz ) dz  −
1

∫C  1 + 9 z 2 2 

= 18π e 3

( ) 

E como tenho C1 e C2 , fica:

 ( eiz ) dz  ( eiz ) dz
+  ( )
 1   eiz dz  1
 = 18π e− 3  = 18π e− 3
∫C  1 + 9 z 2 2 
⇔ ∫C1  1 + 9 z 2 2  ∫C 2  1 + 9 z 2 2 

( )  ( )  ( ) 

Aplicando os limites a ambos os membros, quando


R → +∞

  eiz dz    eiz dz 
lim  ∫ 
( )   + lim   ( )
1
  = lim 18π e − 3 
  R →+∞  ∫C2  1 + 9 z 2 2
⇔ ⇔
R →+∞    R →+∞ 
 1  1+ 9z2 )
 (  ( )
C 2

  

Como C1 é uma circunferencia, logo o seu limite é zero, só fico com o limite da recta C2 ,

 ( eiz ) dz  1  ( eiz ) dz  1
0+∫ 
+∞
 = 18π e − 3 +∞
 = 18π e − 3

−∞  
⇔ ∫−∞  1 + 9 z 2 2 
 (1 + 9 z ) ( )
2 2
 


1
 − 
1
O limite de 18π e 3
é o seu proprio valor, pois não tem variaveis 18π e 3  .
 

Nota, de facto é sempre


 ( eiz ) dz  1
+∞
 = 18π e − 3 + 0i
∫−∞  1 + 9 z 2 2 
( ) 
Pois tem sempre a parte imaginaria.

 ( cos ( x ) + i sin ( x ) ) dx  1  ( cos ( x ) ) dx  +∞  ( i sin ( x ) ) dx  1


+∞
  = 18π e − 3 + 0i +∞
 +   = 18π e − 3 + 0i
∫−∞  
⇔ ∫−∞  1 + 9 z 2 2  ∫−∞  1 + 9 z 2 2  ⇔
(1 + 9 z 2 )  ( )   ( ) 
2

 

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Jorge Rodrigues Valente – 2087406 UMa 01-12-2009 316/316

  cos x dx 
 +∞  ( ( ))  1


 −∞  1 + 9 z 2
= 18π e 3
  ( ) 
2




 +∞  ( i sin ( x ) ) dx 
 ∫−∞  = 0i
  (1 + 9 z ) 
2 2

+∞
 ( cos ( x ) ) dx  −
1

∫−∞  1 + 9 z 2 2  = 18π e 3
 ( ) 

Como a função é par, fica


+∞ ( cos ( x ) ) dx
 1  ( cos ( x ) ) dx  1
2 .∫   = 2 .9π e − 3 +∞
  = 9π e − 3
0  2 2 
⇔ ∫  1 + 9z2 2 
 (1 + 9 z )   ( ) 
0

Sendo a resposta do exercicio


 ( cos ( x ) ) dx  1
+∞
  = 9π e − 3
∫  1+ 9z2
 ( ) 
0 2

Com funções trigonometricas, tenho sempre dois resultados.

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