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RESUMO
Este artigo tem como objetivo apresentar o sistema de controle PID, suas
principais características, princípio de funcionamento, diferença entre controle PID em
aplicações linear e não linear, vantagens e desvantagens além dos tipos de
aplicações.
ABSTRACT
This article aims to present the PID control system, its main characteristics, operating
principle, difference between PID control in linear and non-linear applications,
advantages and disadvantages in addition to the types of applications.
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Engenheiro de Segurança do Trabalho formado pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
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1 INTRODUÇÃO
Sistemas de controle automático são essenciais em quaisquer campos da
engenharia e da ciência. Um sistema de controle automático é um componente
importante e intrínseco em sistemas de veículos espaciais, sistemas robóticos,
modernos sistemas de manufatura e quaisquer operações industriais que envolvam o
controle de temperatura, pressão, umidade, viscosidade, vazão etc (Ogata, 2011).
Um sistema de controle com retroação usa frequentemente uma função de uma
relação preestabelecida entre a saída e entrada para controlar o processo. Quase
sempre a diferença entre a saída do processo sob controle e a referência de entrada
é amplificada e usada para controlar o processo de modo que a diferença seja
continuamente reduzida (Dorf, 2001).
2 CONTROLE PROPORCIONAL
No controle em malha fechada, o objetivo é levar para zero o sinal de erro:
e = SP - MV
E para o Controle Proporcional, o valor de MV é proporcional ao valor do erro:
MV = ± Kp * e
Onde Kp é o ganho do controlador, normalmente adimensional. O ganho define
o quanto a variável de controle deve variar em correspondência a uma variação
unitária do sinal de erro. Para valores positivos do ganho Kp, o controlador reduz sua
ação de controle quando há um aumento da variável controlada. É o caso, por
exemplo, do controle de temperatura de um forno. Com a elevação da temperatura, o
controle deve reduzir o acionamento da resistência elétrica de aquecimento. Esta ação
é chamada de reversa. Em outras aplicações o controlador deve atuar de forma
oposta, ou seja, aumentar a sua saída quando houver um aumento da variável
controlada. Isto é obtido com um valor negativo do ganho Kp. É o caso do controle de
resfriamento, e a ação do controlador passa a ser denominada ação direta.
Quando a condição desejada (PV = SP) é atingida, o termo proporcional resulta
em MV=0, ou seja, nenhuma energia é entregue ao processo, o que faz com que volte
a surgir erro (offset). Por causa disto, um controle proporcional puro nunca consegue
estabilizar com PV=SP. Este erro só poderia ser anulado manualmente, por meio de
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OFFSET
3 CONTROLE INTEGRAL
A ação integral corresponde a ter-se uma taxa de variação do sinal de saída
com relação a entrada, ou seja, a intervalos regulares, a ação integral corrige o valor
de MV, somando a esta o valor do desvio SP - PV. Este intervalo de tempo necessário
para a saída repetir a entrada se chama Tempo Integral, que pode também ser
expresso por seu inverso, chamado Taxa Integral (Ki) que é o número de vezes que
a saída repete a entrada numa unidade de tempo. O aumento da Taxa Integral
aumenta a atuação do Integral no controle do processo. A ação integral tem como
único objetivo eliminar o erro em regime permanente, e a adoção de um tempo de
integral pequeno pode levar o processo à instabilidade. Já um tempo de integral longo,
retarda em demasia a estabilização (PV=SP).
O controle integral não é, isoladamente, uma técnica de controle, pois não pode
ser empregado separado de uma ação proporcional.
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𝑀𝑉 = ±𝑘𝑝 . 𝑒 ± . ∫ 𝑒𝑑𝑡 + 𝑆0 → 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑔𝑟𝑎𝑙
𝑡𝑖
INÍCIO DA AÇÃO
INTEGRAL
ELIMINANDO 0
OFFSET
AÇÃO
PROPORCIONAL
Figura 5 - Resposta ao degrau unitário com controlador proporcional e destaque à ação integral (Fonte: autor)
4 CONTROLE DERIVATIVO
O controle derivativo não é, isoladamente, uma técnica de controle, pois não
pode ser empregado separado de uma ação proporcional. A ação derivativa consiste
em uma resposta na saída do controlador (MV) que é proporcional à velocidade de
variação do desvio. A ação derivativa tem o efeito de reduzir a velocidade das
variações de PV, evitando que se eleve ou reduza muito rapidamente.
O derivativo só atua quando há variação no erro. Se o processo está estável,
seu efeito é nulo. Durante perturbações ou na partida do processo, quando o erro está
variando, o derivativo sempre atua no sentido de atenuar as variações, sendo portanto
sua principal função melhorar o desempenho do processo durante os transitórios.
Matematicamente, a contribuição do derivativo no controle é calculada da seguinte
maneira: a intervalos regulares, o controlador calcula a variação do desvio do
processo, somando à MV o valor desta variação. Se PV está aumentando, o desvio
está reduzindo, resultando em uma variação negativa, que reduz o valor de MV e
consequentemente retarda a elevação de PV. A intensidade da ação derivativa é
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6 VANTAGENS E DESVANTAGENS
A vantagem dos controladores PID está na sua aplicabilidade geral para a
maioria dos sistemas de controle, devido à simplicidade da sua aplicação. Sua
desvantagem é que é necessário ajustar os três parâmetros: o Ganho (kp), o tempo
integrativo (Ti) e o tempo derivativo (Td), dificultando a sincronização. Por esse motivo
que tal controlador é usado apenas em processos com desempenho bastante
elevado. Segundo Fonseca e Torres, por sua característica linear, este controlador
apresenta limitações de aplicabilidade e necessidade de sintonia periódica para
manter um bom desempenho. Dentre os diversos motivos do baixo desempenho
podemos citar:
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7 TIPOS DE APLICAÇÕES
A utilidade dos controles PID está na sua aplicabilidade geral à maioria dos sistemas
de controle. Em particular, quando o modelo matemático da planta não é conhecido
e, portanto, métodos de projeto analítico não podem ser utilizados, controles PID se
mostram os úteis (Ogata, 2011). Dentre as aplicações temos: Nível, Temperatura,
Vazão, ph e Pressão, ainda processos industriais de tratamento térmico, fornos, bem
como no setor científico e de laboratório, onde precisão e confiabilidade são
essenciais para a qualidade de uma aplicação de controle.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS