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Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário - Miltro Tomoyuki Tsutiya e Pedro Alem Sobrinho
Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário - Miltro Tomoyuki Tsutiya e Pedro Alem Sobrinho
1.\ IU~~!~I~~~II
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SUMÁRIO
I,) \
CAPÍTULO 1
~ Sistemas de Esgotos
).. MILTON TOMOYUKI TSUTIYA
1.1. - Introdução " " 1
J Engenheiro civil, formado em 1975 pela Escola Politécnica da Universidade l.2. - Tipos de sistemas de esgotos 2
J de São Paulo, Recebeu os títulos de Mestre em Engenharia, em 1984 e de Doutor l.3. - Situação do esgotamento sanitário no Brasil 4
J em Engenharia em 1990 pela Escola Politécnica da USP. Iniciou suas atividades
acadêmicas em 1982, no Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária da
Escola Politécnica daUSP; onde atualmente ocupa o cargo de Professor Doutor
\ Referências bibliográficas
CAPÍTULO 2
"" .. 4
1
Xll Xl11
I
3.2.1.2 - População flutuante 45 4.6 - Critérios de dimensionamento 102
3.2.1.3 - Distribuição demográfica 47 4.6.1 - Regime hidráulico de escoamento ........•.............................. 102
3.2.2 - Contribuição per capita e por economia 48 4.6.2 - Vazão mínima considerada para dimensionamento
3.2.3 - Coeficiente de retorno: relação esgoto/água
3.2.4 - Coeficientes de variação de vazão
52
53
hidráulico
4.6.3 - Diâmetro mínimo
: 102
102
rr
3.3 - Infiltrações 57 4.6.4 - Dec1ividade mínima 103
3.4 - Despejos industriais 58 4.6.5 - Dec1ividade máxima 103
3.5 - Vazão de esgoto sanitário 60 4.6.6 - Lâmina d'água máxima 103
Referências bibliográficas 61 4.6.7 - Lâmina d'água mínima 104
4.6.8 - Velocidade crítica 104
4.6.9 - Condições de controle de remanso 104
4.7 - Órgãos acessórios das redes coletoras , 105
4.7.1 - Poços de visita lQ5
~
)
)
XIV XV
)
) 4.7.2 - Tubo de inspeção e limpeza ou poço de inspeção 105 5.2.2 - Contribuição pluvial parasitária 166
4.7.3 - Terminal de limpeza 106 5.3. -
Dimensionamento hidráulico 167
4.7.4 - Caixa de passagem 110 5.4. -
Traçado do interceptor 168
J 4.7.5 - Degrau 110 5.5. -
Condições específicas a serem atendidas em projeto 169
4.7.6 - Tubo de queda 110 5.6. -
Dimensionamento de um interceptor de esgotos 169
)
4.7.7 - Distância entre singulares 11O 5.7. -
Remanso em interceptares 177
.J 4.8 - Materiais das tubulações de esgoto 112 5.7.1 - Introdução 177
4.8.1 - Tubo cerâmico 112 5.7.2 - Equacionamento básico 177
4.8.2 - Tubo de concreto 113 5.7.3 - Tipos de curva de remanso 180
4.8.3 - Tubo de plástico 114 5.7.4 - Determinação da curva de remanso 181
4.8.3.1-TubosdePVC 114 5.7.4.1 - Determinação das características geométricas da
4.8.3.2 - Tubos de polietileno de alta densidade 114 seção 182
4.8.3.3 - Tubos de poliéster armado com fios de vidro 114 5.7.4.2 - Determinação da profundidade normal 182
4.8.4 - Tubos de ferro fundido 115 5.7.4.3 - Determinação da profundidade crítica 183
4.8.5 - Tubos de fibrocimento 115 5.7.4.4 - Determinação das profundidades nas seções 184
4.8.6 - Tubos de aço 115 5.7.4.5 - Determinação de perdas localizadas 184
4.9 - Ligações prediais 115 5.8. - Materiais utilizados em interceptores 186
4.9.1 - Sistemas de ligações 115 5.9. - Poços de visita 186
4.9.1.1 -Sistema ortogonal - ligação simples 116 5.10.- Dissipadores de energia 187
4.9.1.2 - Sistema ortogonal - ligações múltiplas 117 5.10.1 - Alternativas adotadas para a dissipação de energia 188
4.9.1.3 - Sistema radial - ligações múltiplas 119 5.11 - Interligação de coletores de esgoto situados em cotas distintas 192
4.9.1.4 - Ligações utilizadas na Baixada Santista, Estado de Referências bibliográficas 199
São Paulo 121
4.9.2 - Dimensionamento da ligação predial 121 CAPÍTULO 6
4.9.2.1 - Critérios de dimensionamento 121
4.9.3 - Determinação da profundidade mínima do coletor público Sifões Invertidos
para atender à ligação predial 126
4.10 - Projeto executivo de redes de esgotos 127 6.1. - Introdução 201
4.11 - Software para projeto de rede coletora de esgoto 132 6.2. - Hidráulica do sifão invertido ~201
4.12 - Programa para dimensionamento da rede coletora de esgoto 132 6.3. - Velocidades :: 204
4.12.1 - Programa em excel 133 6.4. - Diâmetro mínimo 206
4.12.2 - Programa em visual basic 141 6.5. - Número de tubulações 206
): 4.13 - Exemplo de dimensionamento de uma rede coletora 141 6.6. - Perfil do sifão : 206
)
)
\ Referências bibliográficas
CAPÍTULO 5
156 6.7. - Câmaras visitáveis
6.8. - Ventilação
6.9. - Extravasor
;
207
207
209
y 6.10. - Materiais 209
Interceptore~ de Esgoto 6.11. - Considerações complementares 209
)
6.12. - Exemplo de cálculo - Projeto de um sifão invertido 210
5.1. - Introdução 161 Referências bibliográficas 221
5.2. - Determinação de vazões 161
5.2.1 - Vazões de esgotos 161
);
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\
~
,
'I ))
XVI XVII
)
CAPÍTULO 7 8.2.3.4 - Aplicabilidade dos medidores área-velocidade 262
8.3. - Medidores de vazão em condutos forçados ~ 264
Corrosão e Odor em Sistemas de Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário 8.3.1 - Medidor Venturi 264
8.3.2 - Outros sistemas de medição em condutos forçados 265 1 ~
7. L - Introdução . " : 223
7.2. - Sulfetos em esgoto sanitário : 224
~ . R~ferências bibliográficas 266
,I
I) )
7.2.1 - Origem 224 CAPITULO 9
7.2.2 - Formas de sul fetos dissolvidos 225 i I)
I
7.2.3 - Propriedades físico-químicas do H2S 226 Elevatórias de Esgoto Sanitário - Sistemas de Bombeamento
7.2.4 - Processo de formação de sul fetos na coleta e transporte de i )
esgoto sanitário 226 9.1. - Introdução 267
I,1 ()
! '
7.2.5 - Previsão de ocorrência de sufetos em tubulações de esgoto 228 9.2. - Período de projeto 268
, )
7.3. - Corrosão causada por sulfeto de hidrogênio 229 9.3. - Vazões de projeto 269
I )
7.3.1 - O processo de corrosão por sulfeto de hidrogênio 229 9.4. - Bombas utilizadas em elevatórias de esgoto 269
7.3.2 - Controle de corrosão por sulfeto de hidrogênio 231 9.4.1 - Bombas centrífugas 269 j
7.4. - Odor e outros efeitos devidos aos gases em esgoto sanitário 235 9.4.1.1 - Classificação das bombas centrífugas 270
7.4.1 - Ocorrência dos gases e odores característicos 235 9.4.1.2 - Recomendações para o recalque de esgotos com )
7.4.2 - Outros efeitos dos gases no esgoto sanitário 235 bombas centrífugas 274 )
7.4.3 - Controle dos gases de esgoto 236 . 9.4.2 - Bombas parafuso , 275
)
Referências bibliográficas 238 9.4:3 - Ejetores pneumáticos 276
9.4.4 - Limites de aplicação para os vários dispositivos de \)
CAPÍTULO 8 bombeamento de esgoto 278 .)
9.5. - Motores para o acondicionamento das bombas 278
Medição de Vazão de l!:s~oto 9.5.1 - Motores de corrente alternada 279 )
9.5.1.1 - Motor síncrono 279 )
8.1. - Introdução 239 9.5.1.2 - Motor de indução 280
8.2. - Medidores de vazão em condutos livres 239 9.5.2 - Motores de combustão interna 288 , )
8.2.1 - Vertedores 239 9.6. - Seleção de conjuntos elevatórios 289 i)
8.2.1.1 - Classificação dos vertedores
8.2.1.2 - Vertedores de soleira espessa
8.2.1.3 - Vertedores de soleira delgada
241
243
245
9.6.1 - Bombas centrífugas 289
9.6.1.1 - Grandezas e curvas características das bombas e dos
sistemas 289
lI )! I )
\ .
=
)
), XlX
XViII
)
CAPÍTULO 10 CAPÍTULO 11
)
Projeto de Estações Elevatórias de Esgoto Sanitário Transitórios Hidráulicos em Estações Elevatórias
10.1 - Localização das estações elevatórias .." " 315 11.1. - Introdução " "" 451
10.2 - Classificação das elevatórias " 315 11.2. - Descrição do fenômeno " 451
10.3 - Tipos de elevatórias " " 316 11.2.1 - Fechamento instantâneo da válvula " "" 452
) 10.4 - Elevatórias .com ejetores pneumáticos " " ." 317 11.2.2 - Fechamento não instantâneo da válvula " " .." " 454
) 10.5 - Elevatórias com bombas parafuso " 321 11.2.3 - Parada de uma bomba "." " 455
10.6 - Elcvatórias convencionais " " 321 11.2.4 - Separação de coluna líquida 456
) 11.3. - Equações básicas " 460
10.6.1 - Classificação " " " " .." " " 321
) 10.6.2 - Elevatórias convencionais de poço seco " 324 11.4. - Métodos de controle de transitórios hidráulicos " 465
10.6.3 - Elevatórias convencionais de poço úmido 324 11.4.1 - Válvula de retenção junto à bomba " " 466
),
10.7 - Poço de Sucção " " " 343 11.4.2 - Válvula reguladora de pressão 467
) 10.7.1 - Dimensionamento do poço de sucção " "" .. 344 11.4.3 - Válvulas de admissão e saída de ar 467
)' 10.7.1.1 - Dimensionamento do poço de sucção para bombas 11.4.4 - Volante de inércia 468
de rotação constante ." " " 344 11.4.5 - Tanque alimentador unidirecional (TAU) " 470
) 10.7.1.2 - Dimensionamento do poço de sucção para bombas 11.4.6 - Chaminé de equilíbrio " 472
) de rotação variável " " 356 11.4.7 - Reservatório hidropneumático (RHO) " 474
. 10.7.2 - Formas e dimensões do poço de sucção '; " " .." 362 Referências bibliográficas :" 477
) 10.7.3 - Vórtices em poço de sucção "." :" " " 363
) 10.7.3.1 - Geração de vórtices .."." " 364
10.7.3.2 - Tipos de vórtices " " """ .." .." " .. 366
)
10.7.3.3 - Métodos para o controle dos vórtices 369 CAPÍTULO 12
) .
10.7.4 - Projeto d o poço d e sucçao
- " " ,," 374
10.8 - Tubulações .." " " " 392 Gis e Modelagem Hidráulica - Gerenciando o Sistema de Coleta e
)
10.8.1 - Tubulações de sucção " .." 392 Transporte de Esgotos
) 10.8.2 - Barrilete " 393
10.8.3 - Tubulações de recalque " " "." 395 12.1. - Modelagem hidráulica " 479
10.8.4 - Materiais das tubulações "." " 402 12.2. - Sistema de informações geográficas - GIS 482
) 10.9 _ Válvulas 404 12.2.1 - Conceito 482
) 10.10 - Remoção de sólidos grosseiros " " " " 409 12.2.2 - Aplicações dó GIS na engenharia 483
10.11- Unidades complementares " 41·7 12.2.3 - Utilização de modelagem hidráulica associada a um sistema
)
10.12 - Soluções de emergência na falta de energia elétrica " 417 de informações geográficas (GIS) .: : :." 487
)' 10.13 - Exemplo de dimensionamento de uma estação elevatória de esgoto 12.2.4 - Facilidades alcançadascom o uso dos Softwares de.
sanitário 419 modelagem associados a um GIS : 490
)
Referências bibliográficas " 447 Referências bibliográficas " 492
)
)
)
)
,"
)
,
\ I I-
)
)
xx )
Anexo I
Velocidade de Autolimpeza para o Dimensionamento das Tubulações
CAPÍTULO 1 )
)
de Esgoto 493 )
SISTEMAS DE ESGOTOS )
Anexo II
Comparação entre o Critério da Tensão Trativa e o da Velocidade )
de Autolimpeza 503
1.1. INTRODUÇÃO )
) destruiu parte da cidade, pela primeira vez um novo sistema de coleta e transporte
de esgotos (pluvial mais doméstico) foi projetado de acordo com as modernas b) Sistema de esgotamento separadorparcial, em que uma parcela das águas de
) teorias da época. chuva, provenientes de telhados e pátios das economias são encaminhadas
Esses sistemas de esgotos, recebendo contribuições pluviais, domésticas e even- juntamente com as águas residuárias e águas de infiltração do subsolo para
)
tualmente industriais, denominados depois de sistema unitário de esgotamento, fo- um único sistema de coleta e transporte dos esgotos.
j
ram rapidamente sendo implantados em cidades importantes destacando-se Boston
) (1833), Rio de Janeiro (1857), Paris (1880), Bueno Aires, Viena etc. c) Sistema separador absoluto, em que as águas residuárias (domésticas e in-
O sistema de esgotamento unitário foi desenvolvido e teve bom desempenho, dustriais) e as águas de infiltração (água do subsolo que penetra através das
).
em regiões frias e subtropicais, com baixo índice de pluviosidade, atendendo cida- tubulações e órgãos acessórios), que constituem o esgoto sanitário, veiculam
) des com ruas pavimentadas e com bom nível econômico, que permitia assegurar em um sistema independente, denominado sistema de esgoto sanitário. As
recursos financeiros importantes para obras públicas. Para implantação na cidade águas pluviais são coletadas e transportadas em um sistema de drenagem
)~ pluvial totalmente independente.
do Rio de Janeiro, que tinha limitações de recursos financeiros, muitas áreas não
) pavimentadas, casas ocupando grandes lotes, com áreas e pátios internos de dificil
esgotamento pluvial e particularmente com chuvas de alta intensidade, os ingleses No Brasil, basicamente utiliza-se o sistema separador absoluto e este livro trata
)
se viram obrigados a implantar um sistema de esgotos mais econômico, fazendo exclusivamente do sistema de coleta e transporte de esgoto sanitário.
J modificações em relação ao sistema de esgotamento unitário tradicional. Os principais aspectos que levaram à predominância da construção de sistemas
) De acordo com Azevedo Netto et al (1983) o sistema implantado no Rio de de esgoto sanitário, são os que se seguem. (Azevedo Netto et al, 1983):· .
Janeiro, que foi posteriormente designado do "Separador Parcial" recebia e condu- No sistema unitário, ou combinado a mistura de águas residuárias com as plu-
) viais prejudica e onera consideravelmente o tratamento de esgotos. Toma-se neces-
zia as águas de chuva precipitadas no interior dos prédios, em áreas pavimentadas,
) além de esgotos domésticos. sária a construção de grandes sedirnentadores para uma grande parte do caudal que
Em 1879, nos estados Unidos, o Eng. George Waring foi contratado para proje- deixa de sofrer a depuração biológica, enquanto que a outra parcela submetida ao
) tratamento secundário se apresenta com variados graus de diluição, o que é prejudi-
tar o sistema de esgotos de Memphis e, após concluir que o sistema de esgotamen-
) cial.
to sanitário teria um custo de implantação muito elevado para as condições locais,
) propôs que as águas residuárias urbanas fossem coletadas e transportadas em um
sistema totalmente separado daquele destinado às águas pluviais. Este sistema de Além desse aspecto há outros fatores relativos ao sistema combinado que de-
) esgotos veio a ser denominado de separador absoluto e permitia o esgotamento das vem ser considerados:
]I águas residuárias, com vazões bem menores, resultando em obras de menor porte e
consequentemente de menor custo, resolvendo o problema mais grave de sanea- • O sistema exige desde o início investimentos elevados, devido às grandes
) dimensões dos condutos e das obras complementares;
mento da cidade.
O sucesso do sistema separador absoluto de esgotos foi amplamente reconheci- • A aplicação dos recursos precisa ser feita de maneira mais concentrada,
do e muitos dos sistemas implantados a partir de então foram desse tipo. reduzindo a flexibilidade de execução programada por sistema;
) • As galerias de águas pluviais, que em nossas cidades são executadas em 50%
), ou menos das vias públicas, terão de ser construídas em todos os logradouros;
1.2. TIPOS DE SISTEMAS DE ESGOTOS
• O sistema não funciona bem em vias públicas não pavimentadas, que se
)
apresentam com elevada freqüência em nossas cidades;
Conforme apresentado anteriormente, os sistemas de esgotos urbanos podem
) ser de três tipos: • As obras são de execução mais dificil e mais demorada.
O Brasil, com população total de.cerca de 160 milhões & habitantes apresenta um
selecionadas; I; )
.• escolha da alternativa mais adequada mediante a comparação técnica, eco-
imenso deficit de atendimento no que refere ao esgotamento sanitário. Estima-se que,já i )
nômica e ambiental, entre as alternativas;
ao final do século 20, pouco mais de 30% da população seja atendida por sistema de
• estabelecimento dás diretrizes gerais de projeto e estimativa das quantidades :1' )
coleta e afastamento de esgoto, sendo que menos de 10% da população tem esgoto
de serviços que devem ser executados na fase de projeto. !I )
tratado. i i
No Estado de São Paulo, o mais bem servido por sistemas de esgoto sanitário do
O estudo de concepção pode, às vezes, ser precedido de um diagnóstico técni- I
,! )
país, cerca de 65% de sua população é atendida por redes coletoras de esgotos. I, )
co e ambiental da área em estudo ou, até mesmo, de um Plano Diretor da bacia /
Esses números indicam que muitas obras de coleta e transporte de esgotos deverão
hidrográfica. . . 11: .
ser construí das no país, para a melhoria de qualidade de vida de sua população. I )
FUHRMAN, R.E. - History of Water Pollution ControI. JWPCF, voI.56, n04, p. 306 - i )
313, 1984. • rede coletora: conjunto de canalizações destinadas a receber e conduzir os
)
esgotos dos edificios; o sistema de esgotos predial se liga diretamente à rede
METCALF & EDDY, 1NC. - Wastewater Engineering: Colletion and Pumping of
Wastewater.McGraw-Hill Book Company, New York, 1981.
~.)
ri'
I~
6 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO St\NITARIO CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITARIO 7
coletora por uma tubulação chamada coletor predial, A rede coletora é com- • NB 568 - Projeto de Interceptores de Esgoto Sanitário, que estabelece con-
)j
posta de coletores secundários, que recebem diretamente as ligações predi- dições de elaboração de projeto e dimensionamento de interceptores de grande
) ais, e, coletores tronco. O coletor tronco é o coletor principal de uma bacia porte, promulgada em 1989;
de drenagem, que recebe a contribuição dos coletores secundários, condu- • NB 569 - Projeto de Estações Elevatórias de Esgoto Sanitário, que estabele-
)
zindo seus etluentes a um interceptor ou emissário. ce condições para a elaboração de projeto hidráulico sanitário de estações
f o interceptor: canalização que recebe coletores ao longo de seu comprimento, elevatórias de esgoto sanitário com emprego de bombas centrífugas, promul-
) não recebendo ligações prediais diretas; gada em 1989;
• emissário: canalização destinada a conduzir os esgotos a um destino conve- • NB 570 - Projeto de Estações de Tratamento de Esgoto Sanitário, que esta-
) niente (estação de tratamento e/ou lançamento) sem receber contribuições belece condições para a elaboração de projeto hidráulico-sanitário de esta-
y em marcha; ções de tratamento de esgotos, promulgada em 1990.
• sifão invertido: obra destinada à transposição de obstáculo pela tubulação de
)
esgoto, funcionando sob pressão; 2.5. ESTUDO DE CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO
• corpo de água receptor: corpo de água onde são lançados os esgotos;
• estação elevatária: conjunto de instalações destinadas a transferir os esgotos Para o estudo d~ concepção de sistemas de esgoto sanitário, são necessários o
) I
de uma cota mais baixa para outra mais alta; desenvolvimento de uma série de atividades, sendo as principais listadas a seguir.
) • estação de tratamento: conjunto de instalações destinadas à depuração dos
) esgotos, antes de seu lançamento. 2.5.1. Dados e características da comunidade
I
)
)
11
)
)
8 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIC INTERCEPTaRES DE ESGOTO 9 )
)
• dados censitários; 2.5.6. Formulação criteriosa das alternativas de concepção
catalogação dos estudos populacionais existentes; )
• pesquisa de campo; As concepções estudadas devem ser descritas apresentando todas as unidades )
• levantamento da evolução do uso do solo e zoneamento dacidade; componentes do sistema. Deverão ser analisadas alternativas de aproveitamento
análise sócio-econômica do município, bem como o papel deste na região; total e/ou parcial do sistema existente. Para cada alternativa devem ser levantados )
• plano diretor da cidade, sua real utilização e diretrizes futuras; os impactos ambientais negativos e positivos, os quais deverão ser devidamente )
• projeção da população urbana baseada em métodos matemáticos, analíticos, levados em consideração na seleção da alternativa, avaliando, também, os aspectos
)
comparativos e outros (ano a ano); legais junto às entidades competentes.
• análise e conclusão das projeções efetuadas; distribuição da população e As desapropriações previstas deverão ser convenientemente avaliadas. )
suas respectivas densidades por zonas homogêneas e por sub-bacias de es-
gotamento.
J
2.5.7. Estudo de corpos receptores
)
2.5.4. Critérios e parâmetros de projeto Caracterizar os possíveis corpos receptores quanto a: vazões características, )
cota de inundação, condições sanitárias e usos de montante c jusantc atuais e futu-
)
Os critérios e parâmetros de projeto a serem utilizados, listados a seguir, deve- ros. Devem ser verificados os aspectos lcgaisprcvistos na Resolução n° 20 do
rão ser considerados e devidamente justificados. CONAMA e das legislações estaduais. Para a verificação das condições sanitárias, )
devem ser realizadas análises de laboratório nos pontos de interesse.
j
• consumo efetivo "per capita"- em função do consumo medido, efetuar a Devem ser realizados estudos sobre a avaliação das cargas remanescentes do
previsão da evolução desse parâmetro; futuro tratamento de esgoto diante da capacidade assimiladora dos corpos recepto- )
coeficientes de variação de vazão (K1, K2, K3); res (auto-depuração) e de seus usos ajusante, atuais e futuros. )
• coeficiente de contribuição industrial;
• coeficiente de retomo esgoto/água; )
2.5.8. Pré-dimensionamento das unidades dos sistemas desenvolvidos para a
• taxa de infiltração; escolha da alternativa )
• carga orgânica dos despejos doméstico e industriais;
)
• níveis de atendimento no período de projeto; 2.5.8.1. Rede coletora
• alcance do estudo igual a 20 anos (justificar nos casos excepcionais); )
• coeficiente: habitantes/ligação. • estudo das bacias e sub-bacias de contribuição;
)
• estudo de traçados de rede;
Deve ser elaborada uma pesquisa das contribuições das indústrias existentes e • pré-dimensionamento hidráulico-sanitário das tubulações principais; )
em função desses valores estimar a sua evolução. Neste caso, o órgão ambiental • identificação de tubulações, peças e acessórios (definição do material). )
também deverá ser consultado. Para áreas onde ainda não há indústrias implanta-
das, deve-se adotar o coeficiente de vazão industrial (l/s x ha), verificando no Plano )
2.5.8.2. ~oletor tronco, interceptor e emissário
Diretor ou junto à Prefeitura Municipal, o tipo de indústria a ser implantado. )
• alternativas de traçado;
)
2.5.5. Cálculo das contribuições • estudo técnico-econômico de alternativas;
• definição do traçado; )
Os cálculos das contribuições doméstica, industrial e de infiltração, deverão ser • pré-dimensionamento hidráulico-sanitário de tubulação, peças e acessórios;
)
apresentadas ano a ano, e por bacia ou sub-bacia, quando pertinente. Esses cálcu- • identificação das tubulações, peças e acessórios (definição do material);
los serão detalhados no capítulo 3 referente a vazões de esgotos; bem como no • identificação de travessias de rios, rodovias, ferrovias, de faixas de servidão/ )
capítulo 4 referente ao projeto de redes coletora e no capítulo 5 referente a desapropriação e áreas de proteção ambiental; )
interceptores. • identificação de interferências e pontos notáveis.
~
)
) 10 COLETA ETRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SAl\:ITÁRIO 11
)
2.5.8.3. Estação clevatória e linha de recalque • aproveitamento e disposição final dos biossólidos;
) • disposição final do efluente tratado;
) • estudo técnico-econômico de alternativas; • identificação de limites de áreas de proteção ambiental e suas interfaces com
• pré-dimensionamento do poço de sucção da elevatória, dimensões e formas o futuro empreendimento;
) geométricas; • definição de vias de acesso ao futuro empreendimento.
) o pré-dimensionamento dos conjuntos elevatórios incluindo curvas caracteris-
ticas da bomba e do sistema;
). 2.5.9. Estimativa de custo das alternativas estudadas
• pré-dimensionamento hidráulico-sanitário de tubulações, peças e acessórios;
) • identificação das tubulações, peças e acessórios (definição do material); Para a estimativa de custo das alternativas deverão ser consideradas as obras de
•• identificação de travessias de rios, rodovias, ferrovias, de faixa de servidão/
) I" etapa, subdivididas em obras de implantação imediata e obras de complernentação
desapropriação e áreas de proteção ambiental; da I' etapa, e também, obras de 2' etapa. As planilhas de orçamento, mernorial de
) • identificação de rede de energia elétrica no local, indicando suas característi- cálculo do orçamento e eventuais composição de custos de serviços e propostas de
) cas: materiais e equipamentos, com a data base definida, farão parte da apresentação do
• identificação de interferências e pontos notáveis. custo das alternativas.
J.
) 2.5.8.4. Estação de tratamento de esgoto 2.5.10. Comparação técnico-econômica e ambiental das alternativas
)
• identificação do corpo receptor com caracterização de sua classificação, se- A definição da concepção mais econômica será efetuada através de instrução
) gundo a legislação federal, estadual e municipal; do órgão financiador, Para a Caixa Econômica Federal está em vigor a instrução
y • .estudos hidrológicos com caracterização de vazões máximas, médias e míni- COSAN 1(estudo técnico-econômico e financeiro). . '.
mas e identificação de níveis de inundação; Ó cotejo entre as alternativas deverá apresentar o elenco de vantagens e des-
) • estudo de auto-depuração do corpo receptor para determinação de níveis de vantagens sobre os aspectos técnico, econômico e arnbiental, apresentando-se as
) OBO e 00, colimetria e outros parâmetros quando necessário, a jusante do eventuais interfaces com áreas de proteção ambiental e/ou planos e programas
ponto de lançamento; existentes da iniciativa privada e/ou governamental.
J: • determinação do grau de tratamento de esgoto; Deverá ser apresentada para cada alternativa o elenco de medidas rnitigadoras
) , • relatório de sondagens com parecer técnico; e/ou compensatórias.
• pré-dimensionamento hidráulico-sanitário das unidades das alternativas de
) Escolhida a alternativa, apresentar o diagnóstico da situação atual e o prognós-
ETEs; tico esperado com e sem a implantação do empreendimento, mostrando os impac-
) • estudo técnico-econômico de alternativas;
tos negativos e positivos associados às fases de construção, operação, desapropriação,
) • estudo da locação da ETE em função da topografia; interferências no trânsito, sinalização etc.
• identificação de rede de energia elétrica no local, indicando suas característi- O estudo de concepção deverá fornecer informações que subsidiem a eventual
) cas; necessidade da elaboração do Relatório Arnbiental Preliminar (RAP), para a obten-
) • estudo de jazidas para empréstimo: localização, acesso, sondagens, desapro- ção do licenciamento ambiental do sistema de esgoto.
priação e considerações sobre a recuperação da área envolvida; .
)
• avaliação quanto a planos e programas governamentais existentes que pos-
2.5.11. Alternativa escolhida
). sam interferir com o futuro empreendimento;
• identificação das áreas de desapropriação;
) Para a alternativa escolhida deverá ser elaborado o projeto hidráulico-sanitário
• áreas de bota-fora;
das unidades do sistema. O projeto deverá conter além dos estudos já elaborados,
) • identificação das tubulações, peças, acessórios, equipamentos etc (definição
os estudos discriminados a seguir, obedecendo-se no que couber as normas técni-
do material);
) cas brasileiras. Para todas as unidades do sistema a ser projetado, devem ser reali-
• tratamento dos lodos.c
)
):
)
r )
CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRlO 13 )
12 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
• Planta da cidade ou do município com a localização da área de planejamento 2.6. CONCEPÇÃO DA REDE DE ESGOTO SANlT ÁRIO
do sistema - escala I: 10 000 ou I: 5 000; )
• Planta do sistema de abastecimento de água existente - escala I: 10 000 ou 2.6.1. Desenvolvimento da concepção nas diversas fases do projeto
)
1:5000;
As principais atividades desenvolvidas no estudo de concepção relativas à rede
• Planta do sistema de esgotos sanitários existente - escala 1: 10 000 ou 1: 5 000; )
coletora são:
• Planta de pavimentação - escala I: 10 000 ou 1: 5 000; .. )
• Planta de galerias de águas pluviais existentes - escala 1: 10 000 ou 1: 5 000; • estudo da população da cidade e de sua distribuição na área; delimitação em
• Planta do sistema de energia elétrica existente - escala 1: 1O 000 ou 1:5.000; )
planta dos setores de densidades demo gráficas diferentes;
• Planta com cadastro de dutos subterrâneos de outras concessionárias de • estabelecimento dos critérios para a previsão de vazões: quota de consumo )
serviços públicos (gás, telefone etc) - 1: 1O 000 ou 1:5000; de água por habitante por dia; relação entre consumo efetivo de água e )
• Planta de localização de indústrias ou cargas de grandes contribuintes - esca- contribuição de esgotos; coeficientes do dia e hora de maior contribuição;
la 1:1 O000 ou 1:5000; vazão de infiltração (detalhados no capítulo 3); )
• Planta de áreas de planejamento com delimitações dos setores - escala I: 10000 • estimativa das vazões dos grandes contribuintes; indústrias, hospitais, gran- )
ou 1:5000; des edificios em geral. Estes contribuintes devem ser localizados na planta da
• Planta de zonas de densidades homogêneas e de uso e ocupação do solo, )
cidade, com o valor da sua vazão;
atual e futura - escala 1: 10 000 ou 1:5 000; • determinação, para cada setor de densidade demográfica, da sua vazão espe- )
• Planta das concepções com as várias alternativas - escala 1: 10 000 ou \:5000; cífica de esgoto, em litros por segundo por hectare, ou litros por segundo por
• Plantas e cortes do pré-dimensionamento hidráulico das partes constitutivas )
metro de canalização;
das altemativas estudadas - escala conveniente; • divisão da cidade em bacias e sub-bacias de contribuição; )
• Perfil hidráulico da estação de tratamento de esgoto e quando necessário, de • traçado e pré-dimensionamento dos coletores tronco; )
outras unidades - escala conveniente; • quanti ficação preliminar das quantidades de serviços que serão execu~ados;
• Planta de localização da área de jazida de empréstimo e bota-fora - escala para os coletores de esgotos, será feita uma pré-estimativa da extensao dos )
conveniente; diversos diâmetros, com base nas vazões de esgotos. )
• Planta do sistema proposto - escala I: 10 000 ou 1:5 000. i-
)
A apresentação desses trabalhos deve ser feita em:
)
• memorial descritivo e justificativo, onde são reunidos todos os critérios de
cálculo, descrição do sistema, cálculos hidráulicos etc.; . )
)
14· COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO 15
• planta planialtimétrica da cidade, em escala 1:5 000 ou 1: 10 000 com curvas • Caixa de Passagem (CP): câmara sem acesso localizadas em curvas e mu-
de nível de 5 em 5 metros, em que são desenhadas a setorização das densi- danças de declividade;
dades demográficas, a divisão em bacias e sub-bacias de contribuição e o • Tubo de Inspeção e Limpeza (TIL): dispositivo não visitável que permite
traçado dos coletores tronco com seus diâmetros e extensões; inspeção e introdução de equipamentos de limpeza.
• pré-estimativa das quantidades de serviços e custos. ~\[I>CI~
• delimitação na planta em escala 1:2000 ou 1:I 000, das bacias e sub-bacias O traçado da rede de esgotos está estreitamente relacionado à topografia da
/
de contribuição e dos setores de densidades demográficas diferentes; li cidade, uma vez que o escoamento se processa segundo o caimento do terreno.
• localização dos órgãos acessórios da rede na planta, identificando-os por ...:çp1!;f)/1 Assim, pode-se ter os seguintes tipos de rede:
(,\\J~
convenção adequada;
• localização da tubulação, unindo os órgãos acessórios com a indicação do 'td' U" • perpendicular: em cidades atravessadas ou ircundadas ar cursos de á a.
sentido de escoamento por uma seta no traçado da tubulação. '~ . A rede de esgotos compõe-se de vários coletores tronco independentes; com
<J traçado mais ou menos perpendicular ao curso de água. Um interceptar mar-
. 2.6.2. ÓRGÃOS ACESSÓRIOS DA REDE ginal deverá receber esses coletores, levando os efluentes ao destino adequa-
da. Na figura 2.1 está indicado o sistema viário principal de uma cidade que
Devido à presença nos esgotos de grande quantidade de sólidos orgânicos e se desenvolve às margens de um rio. A conformação topográfica acarreta a
minerais e ainda pelo fato de ser necessário à rede coletora funcionar como conduto existência de diversos coletores principais, aproximadamente perpendicula-
livre, é preciso que as canalizações tenham dispositivos que evitem ou minimizem res ao interceptar.
entupimentos nos pontos singulares das tubulações, como curvas, pontos de aflu- • leque: ,é o tracado próprio a terrenos acidentados. Os coletores troncos cor-
ência de tubulações, possibilitando ainda o acesso de pessoas ou equipamentos 1 rem pelos fundos dos vales ou pela parte baixa das bacias e nele incidem os
nesses pontos. coletores secundários, com um traçado em forma de leque ou fazendo lem-
Até alguns anos atrás, o dispositivo mais empregado era o poço de visita, cons- brar uma espinha de peixe. Na figura 2.2 tem-se a indicação do sistema
tituído por uma construção composta de chaminé de acesso na parte superior e viário principal de uma cidade que se desenvolve em terreno acidentado,
uma parte mais ampla chamada balão. O esgoto corre na parte inferior, em canaletas com diversas sub-bacias. A cidade de São Paulo é um exemplo característico
que orientam os fluxos conforme a conveniência. Assim sendo, a sua definição é desse tipo de rede.
essencial para o traçado da rede coletara. • radial ou distrital: .~ sistema característico de cidades planas. A cidade é
Entretanto, devido ao alto custo dospoçosde visita, e à evolução dos processos dividida em distritos ou setores independentes; em cada um criam-se pontos
de limpeza das tubulações que, atualmente, é feita por equipamentos mecânicos baixos, para onde são dirigidos os esgotos. Dos pontos baixos, o esgoto é
sofisticados, os poços de visitas têm sido substituídos, na maioria dos casos, por recalcado, ou para o distrito vizinho, ou para o destino final. Exeinplos de
dispositivos mais simples e econômicos que são: cidades que possuem esse tipo de rede são: Santos, Guarujá e Rio de Janei-
ro.
• Terminal de Limpeza (TL): tubo que permite a introdução de equipamento
de limpeza e substitue o poço de visitaEo início dos coletoreQ
1
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INTERCEPTOR
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A figura 2.3 mostra uma cidade à beira-mar, com o sistema de coletores dividi-
I;, '
)
do em três distritos, cada um recalcando para um interceptor oceânico. Esse siste- )
ma é típico das cidades que se desenvolvem ao longo das praias.
)
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18 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANlT ÁR10
CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO 19
MURO
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FAIXA CARRQÇAVEl
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• conhecimento prévio das interferências (galerias de águas pluviais, cabos
I I I
Figura 2.4 - Orientação do fluxo dos esgotos nos órgãos acessórios.
telefônicos e elétricos, adutoras, redes de água, tubulação de gás);
• profundidade dos coletores;
• tráfego;
• largura da rua;
• soleiras dos prédios etc.
~ ~
~
Quando existir apenas uma tubulação de esgoto sanitário na rua, ela poderá ser
executada no eixo do leito carroçável ou ser assentada lateralmente, distando 1/3 da
largura entre o eixo e o meio-fio, quando o eixo for ocupado por galerias pluviais,
por exemplo. Na figura 2.7 indica-se a rede de esgoto sanitário por um traço contí-
nuo, com o sentido de escoamento assinalado. Nesta figura está indicada a posição
da tubulação de esgotos, em planta, em um cruzamento de duas ruas, com interfe-
rência de galeria pluvial.
J EOIFlclO
m
«
Figura 2.5 - Traçados de rede conforme orientação do fluxo. :J
1/ <r: 7777. ~
I
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2.6.3.3. Localização da tubulação na via pública - -- - - - -- - - -r- - ~K>--- - --
• • .• \1.1 I
- +--+ - -1-i - _
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~UA A GAlERIA DE AGUAS PLUVIAIS
-..1REDEDEESGOTO
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Rede dupla n )
I ? I ? TL
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I ~ ()
1' )
COLETOR AUXILIAR
I I I I I I
I )
---
• vias com tráfego intenso;
• vias com largura entre os alinhamentos dos lotes igualou superior a 14m
para ruas asfaltadas, ou 18 m para ruas de terra;
I
~--.---~---~--
I I I I
c;--- ,
!
( )
I ()
• vias com interferências que impossibilitem o assentamento do coletor no --- ~ 0-- ----~ o---~--~ C(;--4I-- I
leito carroçável, ou que constituam impecilho à execução das ligações predi-
ais. Nesses casos, a tubulação poderá ser assentada no passeio, desde que a
sua largura seja de preferência superior a 2,0 m e a profundidade do coletor
-=1trl-~ It ri //It ti I: ( )
f ( )
Figura 2.9 - Rede dupla em paralelo com coletar tronco ou com coletar profundo,
não exceda a 2,0 m ou a 2,5 m, dependendo do tipo de solo, e que não !()
existam interferências que dificultem a obra. Na impossibilidade de adoção
Rede simples I()
.de tal solução, a rede poderá ser lançada no leito carroçável, próximo à
sarjeta (terço da rua). . .
Utilizada quando não ocorrer nenhum dos casos citados anteriormente. Os co-
I()
A rede dupla pode estar situada no passeio, no terço, ou uma rede no passeio e letores serão lançados no eixo carroçável, ou no terço do leito carroçável. Caso em !( )
I
outra no terço da rua. um dos lados da rua existam soleiras negativas, o coletor deverá ser lançado no f ( )
I
A situação de um cruzamento, em que uma das ruas tem tubulação dupla é terço correspondente.
!( )
indicada na figura 2.8. II ( )
2.6.3.4 Outros fatores que interferem no traçado da rede de coletores
"'« Há ainda outros fatores que devem ser considerados na concepção do traçado
!( )
I
J
a:
I de uma rede de coletores. São eles: ;( )
t( )
RUA A RUA A a) Profundidades máximas e mínimas
~( )
Em função da maior ou menor dificuldade de escavação, na fase de concepção ()
"' serão estabelecidas as profundidades máximas que deverão ser adotadas no proje-
«
J
()
I a:
I to.
O conhecimento do subsolo será indispensável para se ter idéia da presença de ()
Figura 2.8 - Rede dupla. rochas, solos de baixa resistência, lençol freático e de outros problemas. O ideal ()
seria o reconhecimento completo do subsolo por meio de numerosas sondagens.
Entretanto, na fase de projeto, considerando o custo elevado dessas sondagens, ()
Também se projeta rede dupla a partir do ponto em que os coletores se tornam
muito grandes e devem ser construí dos em tubos de concreto (0:2: 400 mm). Esses geralmente conhece-se o subsolo por um número menor de sondagens.
J
tubos não recebem ligações prediais diretas. O mesmo acontece para coletores a As profundidades máximas dos coletores, quando assentadas nos passeios, de-
verão ficar em tomo de 2,0 a 2,5m, dependendo do tipo de solo. No leito carroçável ( .•.•\
grandes profundidades (maiores que 4 m). A figura 2.9 exemplifica este caso.
(
)
)
) CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITARIO' 23
22 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
r-.
sanitárias prediais, independentemente, constituindo um ramal multifamiliar.
No aspecto social, resulta da formação de um condomínio, ou de condomínios,
)
)
'- ~~ '-" ~I "- na quadra urbana, abrangendo o conjunto dos usuários interligados pelo ramal
10 )
INTERCEPTOR /
multifamiliar. O condomínio, informal, é alcançado através de pacto entre vizinhos,
ESTAÇAo ELEVATORIAI INTERCEPTOR /
o qual possibilita o assentamento dos ramais em lotes particulares e disciplina a )
participação dos condôminos no desenvolvimento dos trabalhos. A execução das )
Figura 2.10 - Estações c1evatórias: a) alto rccalquc; b) baixo rccalque. obras é realizada pelos usuários do sistema com a ajuda do município ou empresa
de saneamento básico. I)
Para Andrade Neto (1991) é fundamental a formação de condomínios, sendo ~)
2.8. SISTEMAS ALTERNATIVOS PARA COLETA E TRANSPORTE DE que o traçado do ramal deverá ser o mais racional e eficaz, em face da realidade I
ESGOTO SANITÁRIO local, ou seja, maior relação benefício/custo quanto à segurança sanitária e ao al- i)
cance social. De fato, pouco importa se o ramal é locado nos quintais, nas calçadas r )
As redes de esgotos representam cerca de 75% do custo de implantação de um ou nas ruas, dependendo da racional idade imposta pelas condições locais. O traça- I)
sistema de esgoto sanitário, os coletores tronco 10%, as elevatórias I%, e as esta-
ções de tratamento 14%. Devido ao alto custo de construção das redes, têm sido
do mais racional é discutido com os usuários e apresentado como padrão do servi-
ço, permitindo modificações, desde que sejam assumidos os ônus adicionais por I)
apresentadas, por alguns autores, sistemas alternativos para coleta e transporte,
visando a diminuição dos custos das redes de esgotos. Os principais sistemas são:
quem assim desejar.
A operação e manutenção desse ramal é de responsabilidade do próprio condo-
i)
I
I)
mínio a que serve, cada condômino assumindo a parcela do sistema situado em seu
• sistema condominial de esgoto; lote. )
• redes de coleta e transporte de esgoto decantado; No local mais conveniente, por exemplo, um ponto baixo da quadra, de prefe-
)
•
•
rede pressurizada e a vácuo;
rede coletara de baixa decl ividade com a utilização do dispositivo gerador de
descarga.
rência onde existe espaço livre entre duas casas, o ramal sai da quadra e lança os
esgotos em uma caixa de passagem, localizada no passeio, que integra a rede coletora
do sistema.
: )
)
A figura 2.11 apresenta um exemplo do sistema condorninial, com traçado da
2.8.1. Sistema Condominial rede em forma de condomínio dentro de uma quadra.
)
2.8.1.1. Origem e aplicação
)
O sistema condominial foi desenvolvido no Rio Grande do Norte, espalhando- )
se para outros estados brasileiros com pequenas adaptações. Esse sistema é uma
)
forma de concepção do traçado de redes, onde ~ia central de sua implementação
é a fonnação de condomínios em ru os de usuários a nível de uadra urbana )
como unidade de esgotamento. '
l
/)
)
) 26 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO 27
) 2.8.1.2. Características técnicas
)
Para o dimensionamento do sistema condominial podem ser utilizados as técni-
) cas convencionais, conforme pode ser visto no capítulo 4.
) Entretanto, tem sido apresentado por alguns autores, as seguintes recomenda-
ções:
)
«!
) O: • diâmetro da ligação ao ramal condominial: 100 mm, com declividade mínima
), aJl
0,
de 1%;
)1 , I
w!
....J! • diâmetro mínimo do ramal condominial: 100 mm, com declividade mínima
de 0,006 mim;
J. • utilização das caixas de inspeção no interior das quadras, com recobrimento
--, mínimo de 0,30 m.
) I
I
) I 2.8.1.3. Comparação entre o sistema condominial e o convencional
), I
I
'*
o-
o-
São apresentadas nas figuras 2.12 e 2.13 as ligações prediais do sistema con-
~
) I ~ vencional e do sistema condominial, para o esgotamento de quatro quadras. Pelo
I ~ que se observa na figura 2.12, haverá a necessidade de 80 ligações prediais ao
J I o
"l::::
coletor público, para o atendimento das quadras, considerando o sistema convenci-
I '"
,j!
I ''""
N
"<:
onal. Para o sistema condominial as ligações ao coletar público serão de apenas
)! ~ quatro, conforme apresentado na figura 2.13.
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Além da diminuição do número de ligações, haverá uma sensível diminuição da
) I
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extensão dessas ligações, e também, poderá haver uma diminuição de comprimento
,) 'til 2:!! !!! Õ
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da rede pública, conforme se observa nas figuras 2.12 e 2.13.
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:::
)~ eD Figura 2.12 - Sistema convencional. Fonte: Azevedo Netto (1992).
~
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)
28 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO 29
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30 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO 31
-n cu H,ri\r.APRESSiío
lUlUAÇÃO PRII\C1PN-
A PRESSÃO PROPRIEDADE PRIVADA PASSEIO LEITO
RESIDENCIA MURO
TUBULAÇÃO A VÁCUO
TUBULAÇÃO PRINCIPAL
A VÁCUO
Figura 2.14 - Principais componentes de redes pressurizadas. Fonte: Adaptado de Metcalf & Eddy
(/981).
,i
I
o sistema de redes pressurizadas elimina a necessidade de pequenas estações Nesse sistema, o esgoto de cada economia é encaminhado, por gravidade, ao
elevatórias. Porém, haverá a necessidade de se ter em cada lançamento na tubula- injetor de vácuo (válvula de vácuo especialmente projetado). A válvula sela a linha
ção principal, uma bomba com triturado r que, além do custo inicial, acarretará em que se liga a tubulação principal permitindo que se mantenha o nível de vácuo
custos de operação e de manutenção. requerido. Quando uma quantidade de esgoto se acumula a montante da válvula, a
No Brasil não existe nenhum sistema de rede pressurizada implantado. mesma é programada para a abertura e fechamento depois da entrada do líquido
acumulado.O vácuo no sistema é mantido através de uma estação de bombeamento
)
,71
II )
\ )
1.1 )
32 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO 33 ~
)
a vácuo. Essa estação pode estar localizado próximo à estação de tratamento de
l! )
esgoto ou qualquer outro ponto de lançamento.
No Brasil não existe nenhum sistema com rede a vácuo implantado. I)
:( )
2.8.4. Rede coletora de baixa declividade com. a utilização do Dispositivo
)
Gerador de Descarga (DGD)
! )
Em áreas planas ou onde o terreno apresenta baixas dec1ividades, a implantação t
.r )
e operação de redes coletoras de esgoto sanitário pode tomar-se bastante onerosa. I,
--·I~
Estas condições estão presentes, por exemplo, em um grande número de cidades )
litorâneas da costa brasileira. Nestes locais tem-se, não raramente, uma situação de ~----------~-------- )
áreas planas, solos moles e lençol freático alto exigindo disposições construtivas
especiais, tais como: escoramento contínuo de valas, rebaixamento do lençol, fun- b) ~.
)
dações especiais para a tubulação etc. Em conseqüência, a incidência dos custos ( )
relativos à escavação, escoramento, reaterro e recomposição da via se situa na faixa
Figura 2.16 - Concepção básica do funcionamento de redes coletoras de baixa declividade, 'com a ti)
dos 80% a 90% do custo total de implantação.
utilização do DGD. ~
O custo de implantação e operação em áreas planas eleva-se também pelo )
emprego de estações elevatórias de esgoto nestes locais.
)
A busca de soluções de menor custo de implantação e operação de redes cole- i
toras para as situações antes descritas, levou ao desenvolvimento das redes coleto- TAMPJ.O EM FERRO fUNDiDO LAJf DE CONCRETO
ARMADO
f)
ras de baixa declividade. Trata-se de solução onde a rede é assentada a dec1ividades i )
drasticamente reduzidas, bem menores que as resultantes dos cálculos propostos na AAMA1. PREDIAL
DE ESGOTO
esquema: ON.150
( )
• COTA DE S.l.lOA
Uma determinada carga de sólidos está depositada no fundo da tubulação numa
seção S situada a jusante do trecho ilustrado na figura 2.16. O transporte desta )
carga de sólidos para uma posição mais a jusante requer que uma certa descarga ,)
líquida a movimente. Essa descarga poderia ser representada através de um
hidrograma de tensão trativa ao longo do tempo, por exemplo. Poder-se-ia também )
imaginar que o transporte de sólidos requer um certo hidrcgrama "mínimo", ou DETALHE DE INSTALAÇÃO DO )
seja, que apresentasse valores mínimos necessários para a movimentação. DISPOSITIVO GERADOR DE DESCARGAS ( DGD ) r )
A figura 2.16a) ilustra um trecho projetado respeitando a hipótese de que o NA CABECEIRA DA REDE
citado hidrograma é originado pela descarga da última unidade que contribui à rede, \ )
designada por n na figura, ou por unia combinação das descargas de duas ou mais Figura 2.17 - Dispositivo Gerador de Descarga. ( )
)
"")
)
)
34 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO CONCEPÇÃO DE SISTEMAS DE ESGOTO SANITÁRIO 35
)
unidades de contribuição. Na figura 2. 16b), para um coletor atendendo ao mesmo CYNAMON, S.E. - Sistema não convencional de esgotos sanitários a custo reduzido
)
para pequenas coletividades e áreas periféricas. Ministério da Saúde/Fundação
trecho, porém com uma declividade muitíssimo menor, observa-se a montante do
) trecho a presença de um dispositivo gerador de descargas (DGD) que através de
Oswaldo Cruz/Escola Nacional de Saúde Pública. 1986.
) suas descargas de esgoto origina uma escoamento cujo hidrograma na seção de FESB/CETESB - Curso sobre projeto de sistemas de esgotos sanitários. São Paulo,
1971.
referência é aquele requerido para o transporte da carga sólida depositada.
) GARCEZ, L.N. - Elementos de engenharia hidráulica e sanitária. Editora Edgard
O DGD ao descarregar origina uma onda que escoa pela tubulação atenuando-
) Blucher, v. n. São Paulo. 1960,
se ao longo de sua extensão. Observações laboratoriais mostraram que esta onda
tem frente íngreme, adequada ao transporte de sedimentos (Alves, 1997). KARABOLAD, 1.c. - O saneamento, saúde e meio ambiente. Superintendência de Pla-
)
O escoamento originado se dá tipicamente em regime não permanente incluin- nejamento Técnico e Meio Ambiente. Diretoria Técnica e Meio Ambiente. 1998.
) SABESP. São Paulo.
do zonas de variação muito rápida na frente de onda e de variação gradual na cauda
da onda. KARABOLAD, J. C. et ai - Planos diretores de saneamento básico - especificações
)
técnicas. Superintendência de Planejamento Técnico. Diretoria de Engenharia. 48p.
A tecnologia descrita conta com patente em nome do IPT e da FAPESP e seu
) 1995. SABESP. São Paulo.
desempenho acha-se em fase comprobatória em trecho piloto implantado em rede
MACHADO NETO, 1.G.O.; TSUTIYA, M.T. - Tensão trativa: um critério econômico
), coletora da SABESP (ano de 1999), na cidade de Guarujá, Estado de São Paulo.
para o dimensionamento das tubulações de esgoto. Revista DAE 140: 73-78. Mar-
Estimativas preliminares mostram que o custo de implantação de redes coleto-
) ço,1985.
ras de baixa declividade pode ser cerca de 20 a 25% menor que o de redes conven-
) MATTAR, J.c.; KARABOLAD, l.C.; MONTORO FILHO, P. - Diagnóstico técnico e
cionais. Consideradas as diminuições nos custos de implantação e operação advindas
ambiental do sistema de abastecimento de água e esgoto do município de Assis.
) da redução do número de estações elevatórias, ter-se-iam resultados ainda mais
Relatório Técnico. Superintendência de Planejamento Técnico e Meio Ambiente.
vantajosos, Diretoria de Engenharia e Meio Ambiente. SABESP. Julho, 1995,
)
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) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS McGraw Hill. New York, 1981.
) ORSINI, E.Q. - Pesquisa sobre coleta e disposição final de esgotos sanitários de
ABRAÇOS JORGE, A.L.; TSUTIYA, M.T. - Sistemas de esgotos sanitários operados
cidades litorâneas de pequeno e médio portes. Análise da situação existente e
) pela Sabesp. Diretoria Técnica e Meio Ambiente. 57 p. SABESP. São Paulo.1997.
proposição de novas diretrizes para elaboração de projetos. Escola Politécnica
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porte de esgotos sanitários. CETESB. São Paulo.1987 ORSINI, E.Q. - Concepção de sistemas de esgotos sanitários. Departamento de Enge-
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cados a redes coletoras de esgoto. Anais do I Congresso Brasileiro de Engenha- versidade de São Paulo. 1989.
ria Sanitária e Ambiental. Natal, 1993. ABES, Rio de Janeiro, 1993.
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) ALVES, W. - Modelling of Wave Generation in Sewer Systems by Intermittent Discharge os. Revista SANEAS, N" 10. Setembro, 1997.
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Cursos de Formação e Especialização. 194 p. 1993. São Paulo.
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TSUTIYA, M.T. et a.l= Procedimentos para elaboração de estudos de concepção. Su-
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) ca da Universidade de São Paulo. Outubro, 1991.
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WATER POLLUTION CONTROL - Projeto e construção de esgotos sanitários e plu-
) AZEVEDO NETTO, J.M. et al- Manual de hidráulica. Editora Edgard Blucher. 8a Edi-
viais. Manual Prático N' 9. Washington, D. C. Trad. Cícero Green, USAID, 1960.
ção. São Paulo. 1998.
)
)
)
CAPÍTULO 3
VAZÕES DE ESGOTOS
3.1 INTRODUÇÃO
• esgoto doméstico;
• águas de infiltração;
• resíduos líquidos industriais.
)
I )
I
J,
)
)
38 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
VAZÕES DE ESGOTOS 39
)
) • qualidade das informações que servirão de base para a projeção populacional; Com os dados censitários e a população atual, inferida através das chamadas
• efeito do tamanho da área, pois em geral, para áreas pequenas os erros variáveis sintomáticas (ligações de água, luz, imposto predial), a projeção da popu-
)
esperados numa projeção populacional são maiores; lação deve ser feita utilizando a expressão matemática que melhor se ajustar aos
) dados históricos levantados.
o período de tempo alcançado pela projeção, quanto mais longo, maiores se-
), rão os erros esperados; A participação de cada distrito (se houver mais que um) deve ser estudada e
• compatibilização das diversas projeções realizadas, para diferentes níveis projetada tendo como parâmetro a população total do município.
~ geográficos. Definida a população do distrito, deve-se estudar e projetar a participação da
) população da área de projeto, na população total do distrito que a contêm.
A evolução do crescimento populacional das áreas urbanas, deve ser estudada
~ de forma complementar e harmônica ao estudo de uso e ocupação do solo, consi- 3.2.1.1 Métodos para o estudo demográfico
) derando o município como um todo. Se o município for composto por mais de um
;
1: distrito, deve-se estudar e projetar a participação de cada distrito na população total Diversos são os métodos aplicáveis para o estudo demográfico, destacando-se
I do município. os seguintes:
)1;l '
t
~il , Para Martins (1993) esse estudo deve ser feito com a seguinte metodologia: • método dos componentes demo gráficos;
;11 • métodos matemáticos;
~II
-1 1
• levantamento, nos últimos quatro censos, dos dados populacionais da sede
do município e distritos, quanto à população residente urbana e rural e nú- ,
mero de habitantes por domicílio considerando população residente e domi-
cílios ocupados;
• método de extrapolação gráfica.
lI!
I'
• levantamento e mapeamento dos setores censitários da área de projeto, sua Este método considera a tendência passada verificada pelas variáveis
) I
população residente e número de domicílios ocupados no últimos dois cen- demográficas: fecundidade, mortalidade e migração, e são formuladas hipóteses de
sos; comportamento futuro. A expressão geral da população de uma comunidade, em
),
• levantamento dos dados mais atuais do número de ligações de luz e ligações função do tempo, pode ser expressa da seguinte forma:
), de água (residenciais, comerciais, industriais e públicas), bem como, os res-
pectivos índices de atendimento; P=Po +(N -M)+(I -E) (3.1)
): • levantamento na prefeitura do número de contribuintes do imposto predial;
); • pesquisa de campo com amostra representativa da área de projeto, para onde: P = população na data t;
) !I
definir os parâmetros urbanísticos e demográficos da ocupação atual, assim P o = população na data inicial to;
como: diferentes usos, padrão econômico, tamanho médio do lote, domicíli- N = nascimentos (no período t-t.);
) !I os por lote, habitantes por domicílo, índice de verticalização, percentual de M = óbitos;
): I área institucional etc.;
• levantamento de planos e projetos (industriais, habitacionais, transportes,
I
E
= imigrantes no período;
= emigrantes no período;
i! I
'I
agropecuários etc.) que existam para a região, municípios e/ou distritos, que' N-M = crescimento vegetativo no período;
) , possam afetar a dinâmica populacional e os usose ocupação do solo; I-E = crescimento social no período.
• análise do Plano Diretor do Município quanto a sua real utilização e atualida-
) de, bem como as diretrizes futuras; o método dos componentes parte de uma divisão da população de base em
• análise sócio-econômica do município e seu papel na região e/ou sub-região grupos ou subgrupos homogêneos. Para cada grupo são aplicadas as corresponden-
em que se insere. tes taxas de fecundidade, mortalidade e migração com o propósito de' calcular a
)
população do próximo período da projeção, período este que será a base da popu-
I
)~
)
) 42 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO VAZÕES DE ESGOTOS 43
) (3.14)
onde as variáveis são as mesmas já definidos anteriormente, exceto kg que
) representa a taxa de crescimento geométrico.
) Integrando a equação (3.7) tem-se:
Quanto à população de saturação, poderá ser determinada pela expressão (3.16),
) da mesma forma que no método da curva logística.
k ==_P._nP~2_-_P.n_P_,
)\ g t2 - t, (3.8)
• Método da curva logística
)
Portanto a expressão geral do método geométrico é dada pela equação: Admite-se, neste caso, que o crescimento da população obedece a uma relação
)
matemática do tipo Curva logística, nos quais a população cresceassintoticamente
) (3.9) em função do tempo para um valor limite de saturação (K).
):
I Para as equações (3.8) e (3.9) poderá ser utilizado o logarítimo na base 10.
), A equação logística é da seguinte forma:
Este método considera que o logarítimo da população variando linearmente
). com o tempo. Também neste caso o crescimento é pressuposto ilimitado. Pode ser
P== K (3.15)
utilizado para estimativa da população para um período pequeno, I a 5 anos. 1+ ea-bt
):
I
j • Método da taxa de crescimento decrescente
I onde a e b são parâmetros e e a base dos logarítimos neperianos. O parâmetro a
)1 é um valor tal que, para t ==a/b, há uma inflexão (mudança no sentido da curvatura)
I A população é estimada com base na hipótese de que, com o crescimento da
na curva; o parâmetro b é a razão de crescimento da população. Esses parâmetros
)! área urbana a taxa de crescimento anual toma-se menor. Neste caso, estima-se uma
são determinados a partir de três pontos conhecidos da curva Po (to), PI (ti) e P2
população de saturação (K) e calcula-se a taxa de crescimento decrescente (kd).
), (t2) igualmente espaçados no tempo, isto é, tl-tO=t2-tl• Os pontos Po, PI e P2
)
li dP ==k (K _ P)
dt d
(3.10)
Os parâmetros
sões que se seguem:
daequação da curva logística são definidas através das expres-
)1
)' ff1 (K dP_ P) --
P2 k fIZ dt
d Jq (3.11) (3.16)
) II
J
.
I ~
)
I)~
)
I )
A curva logística possui três trechos distintos: o primeiro correspondente a um O valor de K foi fixado exogenamente para cada cidade, sob a hipótese de que
)
crescimento acelerado, o segundo a um crescimento retardado e o último a um a densidade de saturação da área urbana seria de 15 000 hab/km' e que essa área
crescimento tendente à estabilização. Entre os dois primeiros trechos, fica um pon- urbana não ultrapassaria 30% da área total, o que implica em um valor de K = ( )
to de inflexão (I). 4 500A" onde A, é a área total do município em krn". ( )
,)
c) Método de extrapolação gráfica
o
,<{
IJ
o- A extrapolação gráfica, também denominada de método de prolongamento ma- , )
:5
::l
o.. nual, consiste no traçado de uma curva arbitrária que se ajusta aos dados já obser-
o
o.. vados, sem se procurar estabelecera equação da mesma. As extrapolações ou )
K previsões de populações futuras obtém-se prolongando a curva, de acordo com a I)
tendência geral verificada, usando um julgamento próprio.
!)
No prolongamento do crescimento, podem ser utilizados como elementos auxi-
liares, os dados de populações de outras comunidades que já tenham maior número ( )
de habitantes. (figura 3.2).
Este método requer uma escolha criteriosa dos dados a serem usados como :', )
elementos de comparação, levando-se na devida conta as condições de semelhança , )
entre os respectivos fatores de desenvolvimento. , )
ANO
Como exemplo de aplicação da curva logística, pode-se destacar o estudo para É a população que se estabelece no núcleo urbano por curtos períodos de
r )
a projeção populacional das cidades do interior do Estado de São Paulo (Alem tempo, como no caso dos municípios de veraneio, estâncias climáticas e hidromi-
Sobrinho e Tsutiya, 1987). Nesse estudo, as cidades foram divididas em três cate- nerais. )
gorias: A avaliação da população flutuante pode ser feita a partir das informações do ( )
censo demográfico discriminando os domicílios por tipo de ocupação: residencial,
ocasional, fechado e vago, permitindo estimar a proporção entre os domicílios de I )
a) localidades com taxa de crescimento positivo e inferior a 5% entre os censos
de 1970 e 1980; uso ocasional e os de uso residencial. I )
b) localidades com taxa de crescimento positiva e superior a 5% entre os censos Outra fonte para realizar esta avaliação são as séries de informações sobre o
consumo de energia elétrica das concessionárias de energia elétrica, que conta com )
de 1970 e 1980;
c) localidades que apresentaram taxa de crescimento negativa entre os censos informações detalhadas para significativa parte dos municípios, e sua cobertura é I)
de 1970 e 1980. geralmente bastante elevada. Avalia-se as faixas de consumo e obtém-se o número
)
)
7""J
)
)
46 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
V AZÕES DE ESGOTOS 47
)
)
/
~"oU o X
domicílio, no período de maior afluxo da população (carnaval).
Para a estimativa da população no Litoral Norte, Estado de São Paulo, conside-
rou-se para a população fixa, a ocupação de 20 a 50% do número de imóveis ou
) ./ ,1//
) I o /Ix
0/ economias, dependendo das características das praias, adotando-se a relação 4
o
habitantes por economia. Para população flutuante, considerou-se a ocupação de
/
'1l.
o
co
:;
o.
a.. ------
'I/' 50 a 80% do número de economias, adotando-se a relação 7 habitantes por econo-
mia, no período de carnaval (Tsutiya et aI., 1996).
)
)
3.2.1.3 Distribuição demo gráfica
) A Comunidade em estudo
)\
I Para a elaboração dos projetos de esgoto sanitário e de abastecimento de água,
I
há necessidade de se conhecer a distribuição da população atual da área de projeto
} e a evolução dessa distribuição a nível deadensamentos e ocupação de novas
áreas, ao longo do período do projeto.
)
Ano A densidade atual pode ser estimada através dos dados dos setores censitários,
de ligações de energia elétrica, de água, ou através de pesquisas em campo com
Figura 3.2 - Previsão da população por extrapolação gráfica
amostras representativas de contagem de domicílios e do número de habitantes por
domicílio.
de domicílios de uso ocasional pela diferença com o total de domicílios. Calcula-se, Para estimativas de densidades demográficas futuras é preciso considerar os
então, coeficientes entre os domicílios de uso ocasional e de uso residencial, ajus- seguintes aspectos:
tando-se uma função matemática sobre estas relações, afim de extrapolar para o
período da projeção, não deixando de levar em consideração fatores como o poten- • parâmetros da ocupação atual (diferentes usos, padrão econômico, tamanho
cial turístico, a acessibilidade, os aspectos econômicos etc. médio do lote, área institucional, índice de verticalização, habitantes por do-
Para a estimativa da população flutuante na Baixada Santista, Estado de São micílio etc.);
Paulo, foram analisadas os seguintes indicadores (SABESP, 1996): • planos e projetos aprovados e em estudo na Prefeitura Municipal;
• características da área: topografia, facilidades de expansão e preço do terre-
• variação do consumo de energia elétrica; no;
• variação do consumo de água; • existência de infra estrutura: água, esgoto, águas pluviais, transporte, comu-
• .variação do fluxo de veículos no sistema Anchieta-Imigrantes; nicação etc.
• crescimento da capacidade instalada na região para alojamento.
Com base na análise da ocupação atual pode-se definir as áreas homogêneas,
As projeções realizadas utilizaram esse indicadores como balizadores das taxas cujas previsões futuras podem ser feitas mediante os métodos de previsão
de crescimento adotadas. Essas projeções tomaram como referência também as demográficas já vistos anteriormente.
condições de saturação das praias (m2/banhista) e de alojamento na região. Nesse Como as redes de esgotos são normalmente projetadas para uma população de
particular, ressalta-se que os domicílios permanentes foram considerados, também, saturação, as densidades de saturação das áreas podem ser definidas pela lei de
como parte do potencial da região para abrigar população flutuante. zoneamento da cidade, caso exista.
)
)
)
49 )
48 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO INTERCEPTORES DE ESGOTO
)
A tabela 3.1 apresenta valores de densidade demográfica e extensão média de intermitência ou regularidade de abastecimento; a temperatura média da região; a
)
arruamentos estimados para a Região Metropolitana de São Paulo. renda familiar; a disponibilidade de equipamentos domésticos que utilizam água em
quantidade apreciável; os índices de industrialização; a intensidade e tipo da ativida- )
de comercial, entre outros. )
Tabela 3.1 - Densidades demográficas e extensões médias de arruarnentos por hectare estimados
para a Região Metropolitana de São Paulci. 1fA contribuição per capita de esgoto é o consumo de água efetivo per capita
multiplicado pelo coeficiente de rctom~ )
Densidade demo gráfica Extensão média de Na tabela 3.2 são apresentados os consumos de água efetivo per capita e o ,)
Características urbanas dos bairros
de saturação (hab/ha) arruamentoslha (m)
consumo por economia da Unidade de Negócio Pardo e Grande da Vice Presidên-
I Bairros residenciais de luxo com lote padrão de 800 m', 100 150 )
cia do Interior da SABESP, com sede em Franca, Estado de São Paulo, para o
II Bairros residenciais médios com lote padrão de 450 m', 120 180 período de 1995 a 1997. Essa Unidade de Negócio atende 100% da população )
2
lll Bairros residenciais populares com lote padrão de 250 m • ISO 200 urbana com serviços públicos de abastecimento de água e coleta de esgoto sanitá- I )
IV Bairros mistos residencial - comercial da zona central, rio, sendo que 100% do sistema de água é medido.
Para os municípios da Baixada Santista, Estado de São Paulo, foram adotados I )
com predominância de prédios de 3 e 4 pavimentos 300 150
V Bairros residenciais da zona central com predominância os índices de consumo efetivo por economia, uma vez que, nesse caso o consumo )
de edificios de apartamentos com 10 e 12 pavimentos. 450 150 per capita induz a distorções devido ao acentuado afluxo turístico ao longo do ano
e, sobretudo, no período de alta temporada. Os consumos por economia foram )
VI Bairros mistos residencial-comercial - industrial da
zona urbana com predominância de comércio e discriminados para duas situações distintas (SABESP, 1996): )
indústrias artesanais e leves. 600 ISO
)
VII Bairros comerciais da zona central com predomínância • Verão, correspondentes aos meses de janeiro e fevereiro, em que são
de edificios de escritórios. I 000 200 registrados o maior afluxo de população flutuante e o maior consumo de I )
água; I)
• Restante do ano, correspondente aos demais meses do ano, inclusive o mês
de julho em que, apesar da férias escolares, não se tem registrado incremen- )
3.2.2 Contribuição Per Capita e por Economia
to no consumo médio de água. )
A contribuição de esgotos depende normalmente do abastecimento de água,
A tabela 3.3 apresenta o consumo de água efetivo por economia dos municípios )
~avendo, portanto, nítida correlação entre o consumo de água e a contribuição para
.•a rede de esgotos. . . da Baixada Santista, para o período de 1995 a 2015, considerando o verão e o )
Tradicionalmente em nosso país utiliza-se o consumo per capita usado para restante do ano. ( )
ro' etos de sistemas de abastecimento de á!llia, para se projetar o sistema de esgo- Para a Região Metropolitana de São Paulo, a SABESP (1995) utilizou o consu-
tos. Convém ressaltar ue ara o rojeto de sistemas de abastecimento de água, mo efetivo médio mensal por economia para a projeção de demandas de água 1 )
adota-se o consumo er capita para satisfazer ao consumo doméstico, ao consumo necessários ao abastecimento de água da região. A tabela 3.4 apresenta o resultado
)
~omercial, ao consumo das indústrias que não utilizam água em seus rocessamentos de levantamento de consumo de água por categorias de consumidores' da rede
pública. . )
,ao consumo úblico e às Qerdas. Entretanto ara o dimensionamento do sistema
de es otos deve ser utilizado o consumo de água e etivo j2el' ca ita, não incluindo_ Estudos estatísticos indicam que na Região Metropolitana de São Paulo o con- , )
as perdas de águª" -- sumo de água efetivo per capita é de 242 R/hab.dia (Hidroplan, 1995). A figura 3.3
I )
O consumo per capita é um parâmetro extremamente variável entre diferentes apresenta a comparação do consumo de água efetivo per capita da RMSP com
localidades dependendo de diversos fatores, dentre os quais destacam-se: os hábi- outras capitais brasileiras, com base nas informações constantes dos Catálogo Bra- , )
tos higiênicos e culturais da comunidade; a quantidade de micro-medição do siste- sileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental - CABES XVI de 1992 e CABES
)
ma de abastecimento; as instalações e equipamentos hidráulico-sanitários dos imóveis; XVII, de 1994, editados pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e
os controles exercidos sobre o consumo; o valor da tarifa e a existência ou não de Arnbiental- ABES. )
subsídios sociais ou políticos; a abundância ou escassez de mananciais; a I )
)
'-- .}-- .,=-_\... '-_~'-: __,,= _'2-:.~ _1......_ I...... '-: '-: \... '- '-: "- I...... I...... \... -; \...- I...... \....- '- \... I......- \...... \...... \... I......- \....... .~ J
Tabela 3.2 - Consumo de água efetivo per capita e eonsumo por economia da Unidade de Negócio Pardo c Grande da Vice Presidência do Interior da
SABESP.
12g
o
O
r
População Habitantes/ lndíce de Perdas Consumo micromedido Consumo micromedido rn
Município Urbana domicílio Médio Anual por economia per capita ~
tT1
1997 (hab ) 1997 (%) (Rleconomia x dia) (Ji/hab x dia) ~
95 96 97 95 96 97 95 96 97 ~
z
U)
Águas da Prata 8.314 3,.30 31,58 31,73 35,63 498 446 471 167 152 158 ."
o
Altair 2.781 4,00 ND 29,02 24,06 566 529 534 ND 145 147
~
Buritizal 3.066 3,40 36,79 28,95 25,95 508 481 486 164 157 162 tT1
Cajuru
Cássia Coqueiros
20.917
1.718
3,80
3,50.
24,52
29,02
26,75
29,47
30,25
25,51
494
441
483
423
483
440
143
125
141
128
142
143
"
tT1
tT1
U)
Colômbia 6.573 4,27 30,81 32,25 29,84 617 562 506 156 143 130 a
o
Divinolândia 6.446 3,33 24,22 25,14 19,17 524 486 473 174 163 161 d
U)
Espírito Sto. Pinhal 36.229 3,60 29,74 30,27 24,75 549 535 525 167 165 164 ;J>
Franca 266.246 3,70 35,66 34,69 32,45 533 521 508 160 158 155 z
31.194
::;
Guariba 3,85 36,98 41,27 37,34 517 528 520 141 145 145 ;J>.
;<l
Icém 6.128 3,40 ND 31,62 25,53 521 510 483 ND 163 157
Õ
Igarapava 24.905 3,40 ND 43,80 43,59 296 532 522 ND 173 172
Itirapuá 4.653 4,00 22,31 27,57 29,07 488 431 435 133 119 121
Itobi 5.435 3,75 26,54 27,33 21,02 512 499 488 148 146 144
Jaborandi 5.451 3,60 35,67 24,76 37,17 509 502 508 151 152 155
Jeriquara 3.101 4,00 42,86 39,56 38,35 441 431 428 120 119 119
Mococa 57.803 3,75 30,85 36,29 29,36 525 524 531 154 156 159
Pedregulho 10.698 3,75 34,23 38,61 32,60 465 452 468 138 137 142
Restinga 3.991 4,05 24,24 28,11 27,21 529 532 526 140 140 139
Ribeir Corrente 3.329 4,50 32,54 33,35 22,20 498 451 436 122 109 106
Rifaina 3.796 4,00 21,50 27,43 32,98 526 488 491 152 159 160
Sta. Rosa Viterbo 21.816 3,75 26,51 23,47 26,74 534 539 537 152 155 155
Sto. Ant. Jardim 3.308 3,60 28,34 29,06 27,86 466 451 427 147 146 139
São João B. Vista 71.573 3,54 28,62 31,46 30,32 596 584 582 190 187 187
Serra Azul 7.461 4,10 27,41 40,01 32,03 552 536 522 143 139 137
Terra Roxa 7.143 3,37 51,00 52,68 44,60 518 507 537 158 154 164
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)
1 )
3.2.3 Coeficiente de Retorno: Relação Esgoto/Água Para determinar os coeficientes de máxima vazão de esgoto, alguns autores , )
como Babbit e Flores propõem expressões, relacionando o coeficiente de pico com
Qsoeficiente de.retomo é a relação entre o volume de esgotos recebido na rede a população (Martins, 1977). Por esses critérios, com o aumento da população o )
,-coletora e o volume de água efetivamente fornecido à população. Do total de água coeficiente de pico diminui. " )
consumida, somente uma parcela retoma ao esgoto, sendo que o restante é utiliza- Na falta de valores obtidos através de medições, a NBR-9649 da ABNT reco-
do para lavagem de canos, lavagem de calçadas e ruas, rega de jardins e hortas, menda o uso de K, = 1,2, K2 = 1,5 e K3 = 0,5. Esses valores são 'admitidos )
irrigação de parques públicos, lavagem de quintais, terraços de residências etc. constantes ao longo do tempo, qualquer que seja a população existente na área. , )
Assim, o coeficiente de retomo depende de fatores locais como a localização e tipo As figuras (3.4a) e (3.4b) apresentam a curva de variação horária da vazão de
( )
de residência (alto ou baixo padrão), condições de arruamentos das ruas (pavimen- esgoto sanitário das cidades de Cardoso (vazão máxima de 10 eis) e de Tatuí
tado ou não), tipo de clima e outros fatores. . (vazão máxima de 100 f./s), respectivamente. A figura (3.4c) apresenta a curva de )
De modo geral, o coeficiente de retomo situa-se na faixa de 0,5 a 0,9, deRen- variação horária da bacia afluente à estação de tratamento de esgotos de Barueri,
)
dendo das condições locais. Em áreas residenciais com muitos jardins, os valores pertencente a Região Metropolitana de São Paulo (vazão máxima de 2 000 eis).
são menores, enquanto que nas áreas centrais densamente povoadas os valores Nota-se nas figuras que, quanto maior a vazão, haverá uma diminuição no pico de )
tendem a ser mais elevados. vazões máximas. )
( )
)
.~~-~LL~~~~ __ ~~~_L~~ - '-... '---'
'--\.-'--'
'- .'--'"L x.,
'-..,. "-- ',-- '-" J
Tabela 3.6 - Coeficiente de retomo obtidas por medições ou recomendadas para.projeto I~
n
Autor Local Ano Coeficiente de retomo Condições de obtenção dos valores o
r
m
José A. Martins São Paulo 1977 0,7aO,9 Recomendações para projeto :;!
rn
Azevedo Netto São Paulo 1981 0,7aO,8 Recomendações para projeto
~
NBR 9649 - ABNT Brasil 1986 0,8 Recomendações para projeto z
C/l
-e
o
Luis P. Almeida Neto, Cardoso, 1989 0,35 aO,68 Medições em sistemas operando q
m
Gilberto O. Gaspar, Guarani D'Oeste há vários anos o
m
João B. Comparini & e Valentil Gentil m
C/l
Nelson L. Silva (Estado de São Paulo) C)
o
-i
SABESP São Paulo 1990 0,85 Recomendações para projeto - Plano o
Vl
Diretor de Esgotos da Região >
z
Metropolitana de São Paulo ...,
>.
::o
João B. Comparini Cardoso, 1990 0,42 a 0,73 Medições em sistemas operando Õ
Pedranópolis, há vários anos
Guarani D'Oeste
e Indiaporã
(Estado de São Paulo)
Milton t. Tsutiya & Tatuí 1995 0,52 a 0,84 Medições em sistema operando
Orlando Z. Cassettari . (Estado de São Paulo) há vários anos
Fair, Geyer & Okun EUA 1%8 0,6aO,7 Recomendações para projeto
Metcalf & Eddy lnc. EUA 1981 0,7 Recomendações para projeto
------_.- -
Cardoso, 1990 1,15 a 1,53 1,45 a2,55 0,03 aO,21 Medições em sistemas operando
João B. Comparini
lndiaporã, há vários anos
<
Guarani D'Oeste :>
N
e Pedranópolis o
m
C/l
(Estado de São Paulo) o
rn
Milton T. Tsutiya & Tatuí 1995 (*) 1,57 a 2,23 0,11 a 0,51 Medições em sistema operando rn
C/l
VI
VI
-;-1
)
)
56 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO INTERCEPTORES DE ESGOTO 57
)
A SABESP (1989) recomenda para a vazão média igualou inferior a 751 eis, o
)
13
valor de K = 1,80 (K = K1.K2), ou seja, K, = 1,20 e K2 = 1,50. Entretanto, para
12
11 vazão média superior a 751 C/s, a equação (3.19). )
10
)
~ 8
17,485 )
o
"" 7
k = 1,20+ 05090 (3.19)
~ 6
QI~ )
)
onde: Qm= somatóriadas vazões médias de uso predominantemente residencial,
comercial, público, em eis. )
o 1 2 3 4 9 10 11 12 1) 14 IS 16 17 18 19 20 21 22 23 24 )
a) Cardoso
HORAS
o traçado
da curva da equação (3.19) encontra-se no capítulo 5 (figura 5.l)
)
onde se encontram maiores detalhes. Observa-se nessa figura que há uma sensível
diminuição dos coeficientes de variação de vazão de esgoto com o aumento da )
vazão, ou seja, com o aumento da população contribuinte.
)
)
e
3.3. INFILTRAÇÕES
""~ 100 )
> "
.As contribuições indevidas nas redes de esgoto podem ser originárias do subsolo
)
- genericamente designadas como infiltrações - ou podem provir do encaminha-
. mento acidental ou clandestino de águas pluviais. Embora a rede sempre sofra a )
ação dessas contribuições, a NBR 9649 da ABNT recomenda que apenas a infiltra-
)
ção seja considerada na elaboração dos projetos hidráulico-sanitários das redes
I 11 I I I I
o 1 Z 3 ~ 5 8 7 • g 10 rt 12 13 1~ 1$ 18 ,1 " 11 :10 21 22 23 2~
coletoras de esgotos. Quanto às contribuições de águas pluviais, segundo a NB568 )
HORAS
b) Tatuí da ABNT, devem ser consideradas apenas para o dimensionamento dos extravasores )
dos interceptores de esgoto sanitário.
A rigor, as águas pluviais não deveriam chegar aos coletores de sistemas separador
absoluto, mas, na realidade, sempre chegam, não somente devido aos defeitos das
instalações, mas devido às ligações clandestinas. Para o seu controle, deve ser
)
realizada urna fiscalização efetiva e a vigilância constante do sistema coletar de
esgotos. )
As águas de infiltração são águas subterrâneas originárias do subsolo,quando
)
os sistemas de coleta e afastamento estão construí das abaixo do nível do lençol
freático, sendo que este nível pode ser alto naturalmente ou devido às chuvas )
excessivas. As águas do subsolo penetram nos sistemas através dos seguintes meios: )
I I I I I
\I 70 22 20
• pelas juntas das tubulações; )
HORAS
)
~
)
)
58 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO VAZÕES DE ESGOTOS 59
)
) A quantidade de infiltração nas redes de esgoto sanitário depende dos materiais
empregados, do estado de conservação, do assentamento das tubulações, bem como
)
das características do solo, nível do lençol freático, tipo de solo, permeabilidade iS ui
o
ui
o
) etc. Nas áreas litorâneas com lençol freático à pequena profundidade e terrenos "ee c:
.g '"~ "ee
) arenosos, as condições são mais propícias à infiltração. Em contraposição, nas -ea .;:; .§
> -ee -ee
regiões altas com lençol freático mais profundo e em solos argilosos, a infiltração .'" > >
..c: 'ro
..c: .'"
.c
) tende a ser menor. o
'O
o
'O o
c: 'O
) O coletor predial, às vezes, pode assumir importância fundamental para a infil- e "
~ e"
tração devido aos seguintes aspectos:
"
a.
o
'o" .
a
a.
"o
V> V>
) "E ee
E '"E
c
.~ ;;;
) • extensão das ligações prediais geralmente maior do que a extensão total da .;;; .~
'"
rede coletora; E E
) 'V"> "
• na maioria da vezes, execução dos coletores prediais não tão cuidadosa como '0'"
c- 'o-'""
'0
JI 1
Como fatores fundamentais na diminuição da vazão de infiltração pode-se des-
tacar a melhoria na qualidade dos materiais e das juntas e os controles mais eficien-
ÓÓ
'" '"
.V)
o
o'0.
C'I
-6
'" '"
""'0
0._
00 8
) tes de execução de obras. '0 o o
) A norma NBR 9649 da ABNT, no que se refere ao coeficiente de infiltra-
ção, diz o seguinte: "TI, Taxa de contribuição de infiltração, depende de condi-
)
ções locais tais como: NA do lençol freático, natureza do subsolo, qualidade da
) execução da rede, material da tubulação e tipo de junta utilizado. O valor entre
) 0,05 a 1,0 Rls.km adotado deve ser justificado".
)
3.4. DESPEJOS INDUSTRIAIS
)
Ao se projetar um sistema de esgoto sanitário, é necessário o prévio conheci-
)
mento das indústrias contribuintes, o número de indústrias, seu porte e suas carac-
) terísticas.
De modo geral, o esgotamento dos etluentes industriais deve ser feito, sempre
)
que possível, pela rede pública. O recebimento dos despejos industriais na rede
) coletora deve ser precedido de certos cuidados, principalmente, no que se refere à
) qualidade e quantidade dos efluentes.
Em cada caso deverá ser estudada a natureza dos efluentes industriais para
) verificar se esses resíduos podem ser lançados in natura na rede de esgotos, ou se
) haverá necessidade de um pré-tratamento,
)
Não se deve permitir o lançamento in natura no coletor público, de despejos
) industriais:
J
,)
)
)
~
.,..,
)
)
)
)
CAPÍTULO 4
)
)
)
PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO
)
SANITÁRIO
)
)
) 4.1. INTRODUÇÃO
, )
)
68 COLET/\ E TR/\NSPORTE DE ESGOTO S/\NITARIO PROJETO DE REDES COLETOR/\S DE ESGOTO S/\NITARIO 69
A vazão média inicial de esgoto doméstico (Qd;)pode ser calculada pela expres- Vazão final: Qf = Qfma, + zo., (4.8)
são (4.3) ou (4.4).
onde: Qimax;Qfmax
= vazão máxima do hidrograma inicial e final, composto com
ordenadas proporcionais às do hidrograrna medido.
) (4.3)
A parcela de vazão inicial (QimaJde uma bacia é calculada por:
)
(4.4)
) Qima,= Qdi (esgoto doméstico) + Qinfi(vazão de infiltração) (4.9)
) _ te
A vazão média final de esgoto doméstico (eLr) pode ser calculada pela expres- Q i max - qmax·- (4.10)
) são (4.5) ou (4.6). tm
)
onde: qn"" = vazão máxima do hidrograma medido;
) - CPrqr
Qd.r = 86400 (4,5) te = valor do parâmetro adotado na bacia para a qual se avalia a vazão;
) t, = valor do parâmetro adotado na bacia cujo hidrograma foi medido,
- Cardrqf
) (4.6)
Qdf = 86400 De modo análogo, deve ser feita a determinação da parcela de vazão final
) QrmiJx-
onde: C = coeficiente de retomo; O hidrograma medido deve ter sua vazão máxima correlacionada com o
)
P, ; Pf= população inicial e final, hab; parâmetro a ser adotado para as avaliações de vazão de projeto.
) Admite-se, apenas, o uso de dois parârnetros para essas avaliações:
ai ; ar = área esgotada inicial e final, ha:
) di ; d. = densidade populacional inicial e final, hab/ha;
qi ; q, = consumo de água efetivo per capita inicial e final, flhab.dia. • população presente, verificada por censo, na bacia cujo hidrograrna foi me-
) dido;
) A contribuição singular ou vazão (descarga) concentrada geralmente provém de • área total edificada, avaliada com auxílio de planta aerofotogramétrica cadastral
indústrias, hospitais, escolas, quartéis etc., e também de áreas de expansão previs- ou como descrito no Anexo 3 da PNB-567/1977 da ABNT.
)
tas no projeto.
) Esse método tradicional vem sendo adotado para determinar vazões, na grande Exercício 4.1
) maioria dos projetos, pela sua simplicidade e, principalmente, pela deficiência de
dados que permitam a determinação por outros processos. A experiência tem mos- Calcular as vazões máxima e mínima para a cidade B, com população de 20 000
) trado que esse método tem funcionado adequadamente para a determinação de habitantes. conhecendo-se o hidrograma medido da cidade A (figura 4.1) que tem 5 000
) vazões pequenas até as grandes vazões, utilizadas no dimensionamento dos siste- habitantes e admitindo-se que as duas cidades têm características semelhantes.
mas de esgoto sanitário.
) Solução.
) 4.2.1.2. Procedimento quando existirem hidrogramas utilizáveis no projeto
Através do hidrograma medido na cidade A tem-se:
)
Por esse processo as vazões podem ser calculadas através das seguintes equa-
) • vazão máxima: 10 eis
ções:
• vazão mínima: I eis
)
Vazão inicial: Qi = Qimax + IQci (4.7)
~.
):
)
.......,)
)
) PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 73
72 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
)
4.2.2.1. Cálculo das taxas de contribuição para redes simples • taxa de contribuição linear para o início do plano - Txu; (C/s.m ou C/s.km)
)
) Para os casos em que há somente uma rede coletora de esgotos na via pública, Txdi K2Qd.i T
= + inf (4.17)
) a taxa de contribuição linear pode ser calculada segundo a metodologia apresentada Ldi .
a seguir. Quando referido à unidade de comprimento é calculado pelas expressões: • taxa de contribuição linear para o final do plano - T xdf (C/s.m ouC/s.km)
)
) e taxa de contribuição linear para o início do plano - Tx; (C/s.m ou C/s.km)
(4.18)
)
(4.13)
) onde: Ld;, Ldr= comprimento da rede dupla inicial ou final, m ou km.
)
• taxa de contribuição linear para o final do plano - Txf (e/s.m ou C/s.km)
) 4.2.2.3. Cálculo das taxas de contribuição para redes simples e dupla
) (4)4) Para os casos em que há redes simples e redes duplas em uma mesma área de
) ocupação homogênea, os coeficientes de contribuição linear podem ser calculados
da seguinte forma:
) onde: L;, LI' = comprimento da rede de esgotos inicial e final, m ou km;
T;nr = taxa de contribuição de infiltração, êls.m ou els.km. • Cálculo do comprimento virtual da rede para a área de ocupação homogênea
)
) A taxa de contribuição por unidade de área pode ser obtido pelas expressões:
Ldi,f
) Lvi f
. = Lsi f
, + -- 2 (4.19)
•. taxa de contribuição inicial- T,,; (é/s.ha)
)
) K2Qdi onde: Lv;. f = comprimento virtual da rede inicial ou final, m ou km;
Tai = --- + Tin!".a (4.15)
ai Lsi. r = comprimento da rede simples inicial ou final, m ou km;
)
Lu;. f = comprimento da rede dupla inicial ou final, m ou km.
) • taxa de contribuição final - T"r (e1s.ha)
• taxa de contribuição linear para rede simples
)
) (4.16) - início do plano - Tx;s (eJs.m ou C/s.km)
)
Txis := K2 Qd.i + Tinf (4.20)
) onde: a., ar = área abrangida pelo projeto. ha;
LVi
T inf.u = taxa de contribuição de infi Itração por unidade de área, C/s.ha.
)
- final do plano - Txdf (e/s.m ou €Is.km)
) . 4.2.2.2. Cálculo das taxas de contribuição para redes dupla
)1 . ' Para os casos em que há sempre duas redes na via pública (rede dupla), a taxa (4.21)
)i,
de contribuiçãoécalculada de modo análogo ao da rede simples. A sua determina-
I
)
)
_comprimento virtual da rede inicial 1 D/ km
Txfd = 1,2 x 1,5x 24,07 +0,1=1 9 ,5<:
2xl,137
S.
°
= ,01915f/s.m
.
L . 692
) L .=L·+~=791+-=1137m=I,137km
VI SI 2 2
) Taxa de contribuição linear (eJs.km)
Tipo de rede
_taxa de contribuição linear inicial Inicial Final
)
Simples 8,41 38,21
) . K2Q,!i T Dupla 4,26 19,15
rede simples: Txi, = -L-. - + inf
) \'1
) T. = 1,5 x 6,30 + 0,1 = 8,41 P./s.km = 0,00841 e/s.m 4.2.3. Determinação das vazões de dimensionamento de cada trecho
.J XIS 1,137
As vazões utilizadas para dirnensionamento são: a vazão máxima de final de
) K2Q,I.i T plano e a vazão de início de plano, de jusante, do trecho do coletor.
rede dupla: Txid =~ + inf
VI Uma vez definidas as taxas de contribuição, para se calcular as vazões de
) dimensionamento de um determinado trecho da rede coletora, deve-se somar as
T. = 1,5 x 6,30 + 0,1 = 4,26 eJs.km = 0,00426 els.m contribuições que chegam a montante do trecho com a contribuição do trecho em
) xid 2 x 1,137 questão. .
) A contribuição do trecho é calculada multiplicando-sea taxade.contribuição
• Determinação da taxa de contribuição linear final linear pelo comprimento do trecho.
)
) - vazão média final 4.3. HIDRÁULICA DOS COLETORES DE ESGOTO
) - CPrqr 0,8 x 13 000 x 200 = 24,07 eis
Q d.f = 86.400 = 86400
4.3.1. Equações gerais
)
) _comprimento virtual da rede final O escoamento do esgoto em um conduto é admitido, para efeito de cálculo, em
regime permanente e uniforme. Não são consideradas, portanto, em cada trecho do
) L . 692 .
L =L + _,_11 = 791 + - = 1 137m = 1,137 km conduto, as variações de vazão devido à contribuição do líquido recebida ao longo
) vf sf 2 2
dele.
) O escoamento permanente uniforme deve satisfazer a duas equações gerais:
- taxa de contribuição linear final
)
• Equação de energia
)
Considerando duas seções transversais do escoamento, conforme figura 4,2, .
)
pode-se escrever a seguinte equação:
) T c = 1,2 x 1,5x 24,07 + 0,1 = 38,21 f/s.km = 0,03821 e/s.m
XIS 1,137
) y2 y2
ZI+Y +_1 =Z2+Y2+_2 +hf (4.24)
) i 2g 2g
) ,II
)
)
j
)
) \ Coefi ciente de
atrito. f
fi
V /1 I
f I1
ndeManning
).
Material dos condutos
Cerâmico 0,013
0.7
\ I ./ ~
"/
,,'" "
". '"
/ I/:,/
~ 0.6 '"
/ \-1-----
Concreto 0,013
\ 1\,/ /
) o "
V ~.••.. "YRaio hidráulico.
PVC 0,010 .'"-ijjo- ~ RH
) 0.5
Ferro fundido com revestimento 0,012 a: \ n Manning
<Ç
~::/
/ ~/
-:
/ ./
) Ferro fundido sem revestimento 0,013 0.4
0,011 />/,"-, Velocidade.
, V
~/
)
Cimento amianto /. "/ /; "
Aço soldado 0,011 0.3 ,
-<-- }~
) Poliéster, polietileno 0,011
0.2
~
//
/ ~/
Área A "
k -,
1-- •••.• ,
)
A tabela 4.3, tendo por base as equações 4.28 e 4.29 é utilizada para dimensiona- I> 1 """~
~".
"..•.. "- "-
0.1
) mento e verificação de tubulações de esgoto, com n=0,013. ~ "
x ---~ -x-
I/~ ~ _2<_-< X
) O coeficiente de rugosidade n de Manning depende do diâmetro, da forma e do o
O 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0 I.l 1.2 1.3
material da tubulação, da relação Y/D (figura 4.3) e das características do esgoto.
) V Q A ~
Embora o coeficiente n seja função dos fatores relacionados, tem sido normalmen- Relações V, -Q 'Apl e RHpl
. pl pl
) te utilizado em escoamento de esgoto o valor de 0;013. Para Metcalf & Eddy
(1981) esse valor deve ser mantido, mesmo quando se utilizam materiais inicial-
) Figura 4.3 - Elementos hidráulicos para coletores circulares de esgoto. Fonte: WPCF (1970).
mente menos rugosos e com comprimentos maiores do que as tubulações tradicio-
) nais; devido ao fato de que, em sistema de esgoto, o número de ligações, de poços
de visita (PV), de tubos de inspeção (TIL e TL) e demais singularidades permanece
)
o mesmo, independentemente do tipo de material da tubulação utilizada.
) Além disso, segundo WPCF (1970), havendo formação da película de limo, as 1/6( ]1/2
) paredes da tubulação tornam-se uma superficie uniforme e permanecem constantes
ao longo do tempo, portanto, a rugosidade em tubulações de esgoto é a mesma e
n:e ::::( :H:P. ] f:1 (4.30)
)
independe do material da tubulação.
)
)
)
\..... \..... '-- ~~\.....\.....~\.....~~~~\.....\.....\.....~\.....~\.....\.....\.....~~\.....\.....\.....\.....L\.....\.....\.....\.....J
..., 0.1 0.2 0.3 0,50.7 1 2 3 5 7 10 20 30 50 70 100 200 300 500 1,000 2,000 5,000 10,000 oc
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0,09
II \ região de transição I -\ -r I ~
rri
0,08 turbulência completa. tubos rugosos
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103 3 4 6 8 10' 3 4 6 8 10 5 2 3 4 6 a 10 2 3 4 6 810 3 4 6 8 108
Número de Heynolds
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)
) 86 COLETA E TRANSPORTE DE ESGCiTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 87
)
• Nas passagens retas: 0,03 m; O critério da velocidade de autolimpeza foi utilizado no Brasil até 1986, e a
) • Nas curvas: partir desse ano com a promulgação da Norma NBR 9649 da ABNT, passou-se a
) y2 utilizar o critério da tensão trativa. A utilização deste critério para dimensionamento
- Se Rc <2D--7he =- (4.37) de redes de esgoto contou com o pioneirismo dos engenheiros Amarílio Pereira de
) 40 Souza e Miguel Zwi. Todavia, em praticamente todos os outros países se utiliza o
) y2 critério da velocidade de autolimpeza, que é apresentado no Anexo I em detalhes e
- Se 2D < R, < 8D--7ht =- (4.38) a sua comparação com o critério da tensão trativa é apresentado no Anexo 11.
) 80
) • O conceito
onde: D = diâmetro do conduto, m;
) R, = raio da curva, m; A tensão trativa, ou tensão de arraste teve sua origem nos estudos hidráulicos
) y = velocidade a montante, m/s; dos canais. Segundo a literatura, o conceito da tensão trativa for introduzido origi-
h, = perda de carga localizada, m. nalmente por Du Boys, em 1879. Entretanto, os seus princípios básicos foram
)
desenvolvidos por Brahms, por volta de 1754 (Chow, 1981). Desde essa época,
) tem sido utilizado o conceito da. tensão trativa para a solução de problemas de
) 4.4. CONSIDERAÇÕES SOBRE O CRITÉRIO DA TENSÃO TRATIYA E hidráulica fluvial e de canais sem revestimento.
AUTOL~PEZADOSCOLETORES A tensão trativa é definida como uma tensão tangencial exercida sobre a parede
) do conduto pelo líquido em escoamento, ou seja, é a componente tangencial do
) o projeto hidráulico-sanitário das tubulações de esgoto envolve considerações peso do líquido sobre a unidade de área da parede do coletor e que atua sobre o
sobre três aspectos principais: material sedimentado, promovendo seu arraste. .
)
Considerando o escoamento do líquido em uma tubulação circular, conforme
) • hidráulicos: as tubulações funcionando como condutos livres deverão trans- apresentado na figura 4.5, obtém-se a tensão trativa média (o) para escoamento
portar as vazões máximas e mínimas previstas no projeto; uniforme.
)
• reações bioquímicas: controle de sul feto de hidrogênio;
) • deposição de materiais sólidos encontrados no esgoto - ação de autolimpeza.
)
Tradicionalmente admite-se que a ação de autolimpeza em coletores de esgoto
) sanitário, para enfrentar o aspecto de deposição de materiais sólidos, é obtida pela
) manutenção de uma velocidade mínima independentemente do diâmetro da tubula-
i ção. Devido ao fato de que o mecanismo básico da ação de auto limpeza é uma
)i força hidrodinârnica exercida sobre as paredes do conduto pelo escoamento do
) esgoto, tem sido utilizado a tensão trativa ou tensão de arraste para o
I dimensionamento das tubulações, em substituição ao critério da velocidade de
'i' autolimpeza. Ambos os conceitos, da tensão trativa e da velocidade de autolimpeza,
) encontram-se bem estabelecidos no campo de transporte de sedimentos, pois os
) coletores de esgoto são transportadores de sedimentos inorgânicos e orgânicos, pois
o esgoto sanitário é composto por 99,9% de água e 0,1 % de sólidos, sendo que do Figura 4.5 - Esquema para o desenvolvimento do conceito de tensão trativa.
)! total de sólidos, 70% é composto de matéria orgânica e 30% de matéria inorgânica,
)1 que em parte é areia. Segundo dados bibliográficos, a quantidade de areia nos O peso do líquido (F) contido no trecho de comprimento L é dado por:
, sistemas de esgotos é da ordem de 0,03 g/R.. .
1 F=yAL (4.39)
!
)
)
J(J
)
1 )
T Figura 4.6 - Distribuição experimental da tensão trativa em conduto circular. Fonte: Adaptado de I)
cr=- (4.42) Replogle e Chow (/969).
PL )
A figura 4.6 indica que a máxima tensão trativa ocorre próximo à geratriz infe- I)
Substituindo a equação (4.41) em (4.42) tem-se:
rior da tubulação, enquanto a mínima ocorre próximo à superficie da água. Essa )
variação tende a ser menos pronunciada quanto maior for a relação Y/O. Portanto,
yALsena para lâminas maiores que 50% do diâmetro da tubulação a tensão trativa tende a ser )
cr= =yRHsena (4.43)
PL . uniforme ao longo do perímetro molhado e seu valor é praticamente igual a tensão )
trativa média calculada pela equação (4.44). Para lâminas menores, a tensão trativa
)
Para a pequeno, sen a ~ tg a e tg a = I (declividade) máxima medida é maior que a tensão trativa média, superando em cerca de 20% o
Portanto, a equação da tensão trativa é a seguinte: valor da tensão média, calculada pela equação (4.44), considerando Y10 :Ç 1/3. I)
I
I
""/"j
)
)
)
92 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO )
PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANIT ÁRIO 93
)
onde: a = tensão trativa, Pa;
y = peso específico do líquido, N/m3; )
RH = raio hidráulico, m; )
1 = declividade da tubulação, m/m;
Q = 3
vazão; m /s; )
C = coeficiente de Chézy; )
A = área de escoamento na seção transversal, m';
n = coeficiente de Manning. j
)
Substituindo a equação (4.27) na equação (4.45) e reagrupando a equação
)
resultante com a equação (4.44) obtém-se:
)
)
(4.46)
)
)
0,0001 -j- __ ---'__ L--L--L--L-L.Ll.-j- __ ---'L....._L--L--L--L-L..L.l--j
A partir da equação 4.46, pode-se escrever iem função da vazão, do diâmetro,
10 100 )
da tensão de arraste e do coeficiente de Manning e obtém-se:
Vazão (115) )
(4.47) I Figura 4.7 - Ajuste para c = I Pa c n = 0,013, para a determinação da equação I em função de Q.
)
)
)
Variando-se o coeficiente de Manning, pode-se obter diferentes fórmulas para a
Com a equação 4.47 é possível calcular a declividade com base nas caracterís- tensão trativa mínima igual a 1 Pa, com a vazão sendo fomecida em eis. A tabela )
ticas do escoamento. Como no entanto não se conhece o comportamento da vazão 4.6 apresenta as equações de declividade mínima obtida para n de Manning varian- )
e do raio hidráulico, que são dependentes dos outros parâmetros existentes na do de 0,009 a 0,016.
equação, além da forma (que no caso é circular) e das dimensões da seção trans- )
versal, é necessário fixar um valor para o coeficiente de Manning e para a tensão de )
arraste mínima de modo a diminuiro número de variáveis e para poder-se calcular Tabela 4.6 - Equações obtidas para a dec1ividade mínima de modo agarantir cr2:I,O Pa.
)
o valor de i tal que a;::amin• No presente caso foi utilizado o algoritmo de
Newton-Raphson para a resolução da equação (4.47). Coeficiente de Manning Dec1ividade mínima (mim) * )
No caso de redes de esgoto, é usual adotar-se o valor para o coeficiente de 0,009 1=0,0065 Q.0,49
)
Manning n=0,013. No entanto, com a maior utilização de novos materiais nas 0,010 1=0,0061 Q.O.49
obras de saneamento básico, vê-se o engenheiro projetista diante de novas possibi- 1=0,0058 Q,0,49 )
I
0,011
lidades de valores de n, que serão cobertas no presente texto. 0,012 1=0,0056 Q,0,48
)
Como as redes coletoras de esgotos prediais possuem dimensões reduzidas, 0,013 1=0,0055 Q'O.47
serão utilizados nos cálculos diâmetros variando de 100 mm a 400 mm. 0,014 1=0,0051 Q'O,47 )
A figura 4.7 apresenta o ajuste obtido de uma reta considerando-se a = 1 Pa e 0,015 1=0,0049 Q,0.47 )
n = 0,013, para diâmetros variando de 100 mma400mm e lâmina d'água limitada 0,016 1=0,0048 Q'O.47
)
a 0,75 Y/D.
(*) Q em f./s
)
)
j
)
)
)
94 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTÓ SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETÓRAS DE ESGOTO SANITÁRIO 95
do.
)
No caso do escoamento de esgoto, o conhecimento da mistura água-ar é de
) grande importância, principalmente quando a tubulação é projetada com grande
declividade, pois nessa condição, o grau de entrada de bolhas de ar no escoamento
)
poderá ser bastante elevado. Devido a esse fato, a Norma NBR 9649 da ABNT
) "Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário", publicado em novembro de 1986,
) inclui no item 5.1.5.1 a seguinte recomendação: "Quando a velocidade final Vf é
superior a velocidade crítica Ve, a maior lâmina admissivel deve ser de 50% do
) diâmetro do coletor, assegurando-se a ventilação do trecho; a velocidade crítica é
) definida por Vc = 6 (g RH) v" onde g = aceleração da gravidade".
)
• Mecanismo de entrada de ar Figura 4.8 - Seção longitudinal de uma tubulação com grande declividade.
)
Entrada de ar no meio líquido turbulência é responsável pelo lançamento de gotas d'água e essas ao caírem de
)
volta à superfície, arrastam as bolhas de ar para o meio líquido (figura 4.9), e,
) Em canais abertos ou em tubulações parcialmente cheias, fortemente inclina- portanto, no ponto P, se inicia a ,entrada de ar no escoamento.
) dos, transportando esgoto ou água limpa, ocorre uma mistura do líquido com as Para se formar uma bolha de ar a partir de uma gota d' água podem ser distinguidas
bolhas de ar. A figura 4.8 mostra esquematicamente o ínicio do processo. as seguintes fases:
) No ínicio do trecho de declividade acentuada, a água que ainda não contém
) bolhas de ar, acelera-se devido à gravidade e, com isso, há um aumento na veloci- (a) a gota d'água esférica (na realidade é quase esférica) colide com a superfi-
dade do escoamento. A camada-limite, até então laminar começa a se instabilizar cie d'água na direção aproximadamente perpendicular;
) tomando-se turbulenta. (b) após a gota tocar a superficie, ela se toma parcialmente achatada e simulta-
) O arraste de ar ocorre somente após o afloramento da camada-limite turbulen- neamente se cria uma abertura na superficie d'água;
ta, devido ao fato que, antes do seu afloramento o gradiente de velocidades é baixo (c) nesta fase tem-se.a formação de um anel de água;
)
e, consequentemente, também, o índice de turbulência .. (d) sob a influência da tensão superficial o anel começa a fechar; .
) A camada-limite turbulenta de espessura 8(x) se aproxima da superfície e aflora (e) . quando esse anel é completamente fechado, a bolha de ar é formada.
no pontci P A (figura 4.8) e com isso háum aumento no índice daturbulência geran-
)
do flutuações turbulentas capazes de vencer as forças de tensão superficial. A Uma vez que a bolha de ar é incorporada ao líquido, ela é arrastada pelo
)[ escoamento e fica sob a ação das seguintes forças principais:
Ji
) (*) Adaptação do trabalho de Milton Tomoyuki Tsutiya e Winston Hisasi Kanashiro publicado na Revista - empuxo de Arquimedes;
) DAE, Volume 47, No 148, março de 1987 - "Arraste de ar em tubulações com grande dec1ividade:
algumas considerações relacionadas ao dimensionamento dos coletores de esgoto".
- tensões turbulentas;
- forças devido à energia cinética residual.
)1 I
)
()
;( )
I, )
!
96 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 97 I' )
i
I' )
p.
•J das fotografias apresentadas por Volkart, observa-se que os diâmetros das gotas
variam de 1,0 a 6,5 mm e as bolhas de ar apresentam diâmetros entre 1,0 e 10,0
mm. Observou-se, também, que normalmente o diâmetro das bolhas é sempre
maior que o diâmetro das gotas geradoras.
)
)
)
É importante ressaltar que há uma grande diferença entre o ar que é arrastado
:)
em forma de bolhas pelo escoamento e o ar que é dissolvido na água. O primeiro é
um processo fisico de aprisionamento de bolhas de ar pela água através da tensão )
superficial, enquanto o outro é um fenômeno fisico-químico que é a adsorção de
(a) ( b) (c) )
moléculas de ar pelas moléculas de água.
Outro aspecto a se observar é a diferença que há entre condutos circulares )
parcialmente cheios e canais retangulares abertos, ambos transportando a mistura \)
água-ar nas mesmas condições de alta velocidade, sendo que essa diferença se
" )
acentua quando o diâmetro do conduto é pequeno e a lâmina líquida é superior a
meia seção. )
Pelas considerações já feitas anteriormente, o ar é arrastado pelo escoamento
I)
quando as gotas lançadas no ar retomam à superficie líquida. Ocorre, porém, que
algumas gotas se chocam com a geratriz superior do tubo e estas ao retomarem ao / )
(d) (e) escoamento não carreiam ar, podendo-se esperar que nas mesmas condições de ( )
Figura 4.9 - Formação de uma bolha de ar pela queda de uma gota d'água. escoamento, a concentração média de ar seja maior em canais abertos do que em
( )
condutos circulares parcialmente cheios.
)
A energia cinética remanescente da gota se encarrega de arrastar essa bolha • Parâmetros importantes
para o interior da massa líquida até que atinja o equilíbrio devido ao empuxo de
J
Arquimedes, responsável pelo movimento ascendente da bolha. O movimento caó- O processo de arraste de ar é basicamente umjogo de forças entre as tensões )
tico das bolhas no interior do escoamento é ocasionado pelas tensões turbulentas. turbulentas na superficie e as forças de tensão superficial. Então, pode-se dizer que / )
Observe-se que a energia cinética mínima para a formação da bolha é a energia a concentração de ar (C) é uma função da viscosidade (v), da velocidade do escoa-
capaz de vencer a força devida à tensão superficial. mento (V), da altura da lâmina d'água (Y), da largura da superfície livre (B), da )
Entre os pontos P, e PE (figura 4.8) há um aumento gradual de concentração de tensão superficial (a), do diâmetro do tubo (D), da rugosidade (K) e da inclinação r)
ar e também, em consequência, aumento na espessura da lâmina da mistura líqui- do tubo (I).
Volkart (1980) com base na Análise Dimensional concluiu que a concentração )
do-ar. Isto ocorre devido ao fato de à medida que se vai caminhando para jusante
(de Pia P E) observa-se um aumento na velocidade do escoamento e no índice de de ar (C) é função do número de Froude, do número de Boussinesq, do número de )
turbulência da superficie. Quando o escoamento atinge o ponto P E há um equilíbrio Reynolds e do número de Weber.
)
dinâmico entre as forças atuantes (força gravitacional que tende a acelerar o escoa- O número de Reynolds (R = VD/v) é uma relação entre as forças de inércia e as
mento) e as forças resistentes (atrito, perda por turbulência etc.) resultando em forças viscosas e indica se o escoamento é laminar ou turbulento. No escoamento J
escoamento uniforme ( velocidade e hE constantes) e, portanto, nessas condições, o laminar prevalecem as forçasa viscosas, no entanto, se as forças de inércia forem , )
índice de turbulência se mantém constante. Consequentemente, há um equilíbrio maiores que as forças viscosas instabiliza-se a camada-limite laminar gerando a
dinâmico entre o ar incorporado e o ar que deixa o escoamento. turbulência. )
O modelo descrito foi proposto por Viparelli (1953) e Volkart (1980) fez um O número de Froude (F = V/ ..Ji,Y ) é uma relação entre forças de inércia e I )
( J
')
)
)
98 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 99
) ~----------~-------------
~
Z
o
) o Resultado das pesquisas u
) 0.1
Estudando vários condutos circulares parcialmente cheios no Laboratório de
) Zurique (ETH), na Suiça, com diâmetros de 110 mm e 240 mm e protótipos de até
) 900 mm, com inclinações máximas de 45°, Yolkart (1982) concluiu que a melhor
relação funcional entre a concentração de ar (C) e os adimensionais (F, B, R, W) .:',
) era entre (C) e (B). Esses resultados se encontram representados na figura 4.10 e 05
) C=I- ( 15;
B;::: 6,0 (4.48)
0,02 Bw -6,0)' +1 A equação (4.49) é válida para escoamento ajusante do ponto PE (figura 4.8) e,
) nessas condições, a entrada de ar se inicia quando a velocidade de escoamento é
) igual à velocidade crítica.
sendo B; o número de Boussinesq para água pura.
)
• Escoamento aerado
• Início do escoamento aerado
)
Pelas constatações experimentais de Yolkart, o escoamento aerado se processa
) Conforme já visto, o adimensional que melhor retrata o fenômeno da entrada
quando B>6,0, ou seja, a velocidade de escoamento é maior que a velocidade
de ar é o número de Boussinesq. Pelas pesquisas efetuadas, Yolkart concluiu que
) crítica.
em tubulações parcialmente cheias, a mistura água-ar inicia quando o número de
Através de medições em locais situados a jusante do ponto PE, Yolkart encon-
) Boussinesq é igual a 6.0. Portanto:
trou as seguintes relações:
)
j • concentração média de ar:
(4.49)
) C==l- 1 (4.50)
O,02(B- 6,0 Y·5 + 1
)
onde: Yc = yelocidade crítica, mJs;
) g = aceleração da gravidade = 9,81 m/s"; • velocidade média da mistura:
RH = raio hidráulico, m.
),
(4.51 )
)1
••
)
(j
, )
1 )
)
100 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 101
)
• relação entre a seção molhada da mistura e da água pura: ----+ )
A equação (4.52) é válida para C<0,4 e foi obtida a partir de dados experimen-
~~~~~~~==~~~~
11
i
)
)
tais apresentados na figura 4.11
e seu ajuste foi feito através de um método estatís-
I)
(
tico.
..
o
)
C I)
0,5 Figura 4.12 - Seção transversal de um conduto com mistura água-ar. ()
')
0.4- Sendo: AI = área limitada pela curva de concentração C = 1;
...
A, = área limitada pela curva de C = O; I )
0,3
• • 1 )
.: ••~. ~=2In (.,..-:-c) f,. ,
''m =area meêdiIa daa mi Q+Qa
mistura =-y-- (Ao::; Am::;AI);
.. '''.
. .::•..~..
m I )
0,2.-
Q = vazão da água pura;
Q. = vazãode ar; . ')
0,1' y m = velocidade média da mistura. :)
)
• Aplicações para o dimensionamento das tubulações de esgoto
o o;. 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4
')
6. As principais conclusões decorrentes da aplicação da velocidade crítica no ( )
Figura 4.11 - Relação (I':.) em função da concentração média de ar (C). dimensionamento das tubulações de esgoto, são a seguir apresentadas:
,)
Existindo a mistura água-ar, haverá um aumento na área da seção transversal - para uma mesma relação Y/D, quanto maior o diâmetro, menor será a ( )
do escoamento devido à superposição de dois fatores: declividade para o início do arraste de ar e maior será a velocidade crítica;
- para um mesmo diâmetro, quanto maior a relação Y/D, menor será a ')
-. pela diminuição da velocidade: Vm<V; declividade para início do arraste de ar e maior será a velocidade crítica; ( )
- pela diminuição da massa específica da mistura, e, consequentemente, au- - a simples adoção de Y = 0,5 D não garante o escoamento livre de modo
)
mento na vazão total: absoluto;
- o início de arraste de ar ocorre tanto para velocidades maiores como para )
velocidade menores (= 1,5 m/s). ,)
(4.53) - ocorrendo a mistura água-ar, a capacidade de transporte da tubulação não
sofre aumentos significativos com o aumento da declividade. )
- Deverá ser assegurada a ventilação do trecho aerado através de dutos de )
A figura 4.12 mostra uma seção típica do escoamento com mistura água-ar.
ventilação para evitar os transitórios hidráulicos.
)
Os detalhes a respeito deste item são apresentados no Anexo IIL I)
I J
j
)
)
) 102 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 103
)
4.6. CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO 4.6.4. Declividade mínima
)
Os coletores são projetados de modo a se ter a sua autolimpeza, desde o início
) 4.6.1 Regime hidráulico de escoamento
do plano. Para a autolimpeza, deve-se garantir, pelo menos uma vez por dia, uma
)
As redes coletoras são projetadas para funcionar como conduto livre em regime tensão trativa de 1,0 Pa (item 4.4).
) permanente e uniforme, de modo que a declividade da linha de energia equivale à A declividade a ser adotada deverá proporcionar, para cada trecho da rede, uma
declividade da tubulação e é igual à perda de carga unitária. tensão trativa média igualou superior a 1,0 Pa, calculada para vazão inicial. A
) declividade mínima que satisfaz essa condição pode ser determinada pela expressão
Na realidade, o escoamento nas redes são extremamente variáveis devido às
) ligações prediais, principalmente nos trechos iniciais, pois a vazão de escoamento é aproximada, para coeficiente de Manning n = 0,013:
) função das descargas dos aparelhos sanitários conectados às ligações prediais. Essa
influência irá diminuindo com o aumento das vazões nos coletores e mesmo nos Imin = 0,0055 QiO.47 (4.54)
) trechos intermediários, haverá variação de intensidade ao longo do dia, conforme
) pode-se observar na figura 3.1. do capítulo 3.
onde: Imin = declividadc mínima, mim;
Para Femandes (1996) há uma série de fatores contrários ao dimensionamento
) Qi = vazão de jusante do trecho no inicio do plano, Ris.
da rede coletora em regime permanente e uniforme, tais como: aumento da vazão
) para jusante em virtude dos acréscimos oriundos das ligações prediais, variação de
Este critério foi discutido em detalhes no item 4.4.
vazão ao longo do dia; presença variável de sólidos; mudança de greide ou de cotas
)
no poço de visita de jusante etc.
No Brasil, as redes têm sido projetadas com as simplificações que não ocorrem 4.6.5. Declividade máxima
)
na prática e, apesar disso, a experiência tem mostrado que as redes, de um modo
) A máxima decIividade admissÍvel é a uela ara a
geral, tem funcionado adequadamente, tanto para pequenas vazões, quanto para as
) tubulação igual a 5,0 mls, ara a vazão de fina lano e pode ser obtida pela
grandes vazões.
expressão aproximada, para coeficiente de Manning n = 0,013:
)
4.6.2 Vazão mínima considerada para dimensionamento hidráulico
J Imax = 4,65 Q;:0.67 (4.55)
) A norma NBR 9649 de 1986 da ABNT recomenda que, em qualquer trecho da
rede coletora, o menor valor da vazão a ser utilizada nos cálculos é de 1,5 Ris, onde: 1m,. = declividade máxima, mim;
)
correspondente ao pico instantâneo de vazão decorrente da descarga de vaso sani- Qf = vazão de jusante do trecho no final do plano, Ris.
) tário. Sempre que a vazão da jusante do trecho for inferior a 1,5 Os, para cálculos
) hidráulicos deste trecho deve-se utilizar o valor 1,5 Ris.
4.6.6. Lâmina d'água máxima
)
4.6.3. Diâmetro mínimo Nas redes coletoras as tubulações são projetadas para funcionar com lâmina
) igualou inferior a 75% do diâmetro da tubulação, destinando-se a parte superior da
A norma NBR 9649 de 1986 da ABNT, admite o diâmetro de 100 mm (DN tubulação à ventilação do sistema e às imprevisões e flutuaçõesexcepcionais de
)
100) como mínimo a ser utilizado cm redes coletoras de esgoto sanitário. Entretan- nível dos esgotos.
) to, em São Paulo, o diâmetro mínimo adotado é de 150 mm (DN 150). Excepcio- O diâmetro que atende à condição YID = 0,75, pode ser calculado pela equação
nalmente, em casos especiais, tais como coletores auxiliares com vazões pequenas, (4.56).
) :i
pode ser utilizado o diâmetro de 100 mm (DN 100).
0,375
Portanto, o diâmetro mínimo das redes coletoras deve ser estabelecido de acor-
do com as condições locais. D= ( .0,0463 ~ (4.56)
]
Cl '
)
I )
I )
104 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 105
)
onde: D = diâmetro, m; remansos. Quando se tem' mais de um coletor afluente, o nível de água de jusante )
Qf = vazão final, m3/s; deverá coincidir com o nível de água mais baixo dentre aqueles de montante.
)
I = declividade, m/m.
4.7. .ÓRGÃOS ACESSÓRIOS DAS REDES COLETORAS ( )
A equação (4.56) foi obtida a partir da fórmula de Manning, considerando
n = 0,013 e Y/D = 0,75.
4.7.1. Poços de Visita (PV) )
4.6.7. Lâmina d'água mínima Trata-se de uma câmara que, através de abertura existente em sua parte superi- I )
tubulação, isto é, o diâmetro do coletor de jusante é maior que o de montante, na • a jusante de ligações prediais cujas contribuições podem acarretar problemas )
prática, para se evitar o remanso, pode-se fazer coincidir a geratriz superior dos de manutenção;
. ( )
tubos. Isso sempre ocorrerá quando se trabalha com profundidades mínimas. • em profundidades até 3,0 m.
Para profundidades superiores à mínima, a coincidência dos níveis de água de )
montante e de jusante, em PV ali TIL é prática correta e comum para se evitar )
I )
'j)
)
)
106 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 107
)
)
)
TAWÃo P'lDRÃO" 600 mn
)
) ~~
) ~
i c:..~ -+-+-~~~ g =t o,so
) 3&
LAJE ·SUPERIOR - PLANTA
FERRAGEM
~h
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:'. : ~ n,o C/ tlan
)
~~---+--~----~~ª:~
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COBRIMENTO= 2cm-SUPERIOR
) ".~
B
)
9N.ÃC
I
)
LIGAÇOES NO FUNDO
) 00 poço
)
)
)
Nos TlLs que recebem trechos em contra-fluxo, deve ser previsto degrau de
10 crn, evitando-se colocação de novos TILs ou caixas de passagem.
No início da rede, onde se prevê futuro prolongamento de rede, deve ser im-
plantado o TIL ou PY.
ti-O u
vi
~o
e.•
..
ffi •.
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)
)
)
PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANlT ÁRIO 109 )
108 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
)
)
)
)
)
)
I)
)
POÇO DE INSPEç}.o [ LIMPEZ ••• EM )
!'OçO DE INSPEÇÃO E LINPEZA EM ALVENARIA
AN!IS DE COHCRElO
i "'º ~ )
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I)
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J I CORTE A-A )
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011. •••.• tDI. Uft'l]UCA E IlITI"'N4
COW ICwrNTO I MlIA t.a
alfJUTlDo\I )
CORTE A-A CORT': A-A )
• Figura 4.17 - Terminal de Limpeza (TL). )
Figura4.16-Tubodei - e J'irnpeza ( TIL) em alvenaria e em aduelas pré-moldadas
nspeçao de concreto,
)
\
)
TJ
)
)
110 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO IIJ
)
) 4.7.4. Caixa de Passagem (CP) c
~~~-~-
REVESTOA
) declividade de montante for maior ou igual a 0.007 mim para ~ ISO mm e 0,005 mim
) para <I> 200 mm, com exceção dos pontos de cabeceira.
As caixas de passagem (CP) podem ser substituídas por conexões nas mudan-
) ças de direção e declividade, quando as deflexões coincidem com as dessas peças.
~_ .............•..•••.
,.,.,
...•..•..
_•••..•. 'L ~.
~ As conexões utilizadas devem ser ancoradas. É importante ressaltar que as posições --cor<rr-- A - A - - PEDRA mirADA"'" 3 ou~
das caixas de passagem (CP) e das conexões utilizadas têm de ser obrigatoriamente
)
cadastradas. 0 A B C D
) A figura 4.18 apresenta a caixa de passagem (CP). Observa-se, no entanto que, (mm) (m) (m) (rn) (m)
atualmente essas caixas não são mais utilizadas na SABESP, apesar de terem sido
) 150 0,45 0,23 0,53 0,18
utilizadas por cerca de 10 anos. Asua utilização fora das especificações e dificulda-
200 0,60 0,30 0,60 0,24
) des de localização, foram as principais causas de sua rejeição.
250 0,75 0,38 0,68 0,30
) 300 0,90 0,45 0,75 0,36
4.7.5.
)
) Quando o coletor chega ao PV com diferença de cota inferior a 0,60 m, execu-
\
ta-se o degrau, ou seja, o coletor afluente lança seus esgotos diretamente no PY.
./
Para desníveis menores ou iguais a 0,20 m, pode ser eliminado o degrau, afundan-
) do-se o coletor. -.L
)
'<, 4.7.6. Tubo de Queda
I)
) Dispositivo instalado no poço de visita (PV), conforme detalhes apresentados A
na figura 4.13, ligando um coletor afluente em cota mais alta ao fundo do poço.
)
O tubo de queda deve ser colocado quando o coletor afluente apresentar degrau
)
./ com altura maior ou igual a 0,60 m para evitar respingos que prejudiquem o traba-
lho no poço. Não se deve colocar tubos de queda em TIL.
)
) 4.7.7. Distância entre singularidades
)
O espaçamento entre PV, TIL e TL consecutivos d~ve ser-limitado pelo alcan-
) ce dos equipamentos de desobstrução. Normalmente, adota-se a distância de 100 m PLACIl TA.
) entre singularidades com o acesso aos equipamentos de desobstrução. Figura 4.18 - Caixa de Passagem (CP).
J!i
)
'-i
)
1 112 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 113
4.8. MATERIAIS DAS TUBULAÇÕES DE ESGOTO Para tubos cerâmicos existem disponíveis no mercado três tipos principais de
juntas:
Os materiais mais utilizados em sistemas de coleta e transporte de esgoto têm )
sido o tubo cerâmico, concreto, plástico, ferro fundido e o aço. Para linhas de • Junta de argamassa de cimento e areia.
recaI que, normalmente são utilizados os tubos de ferro fundido ou tubos de aço. )
As características dos esgotos, as condições locais e os métodos utilizados na . A argamassa é preparada com cimento Portland e areia fina, no traço 1:3, em
construção, condicionam a escolha do material a ser empregado. De um modo volume. É uma junta rígida, pouco utilizada devido aos inconvenientes, tais como
)
geral, os seguintes fatores devem ser observados para a escolha criteriosa: os cuidados especiais para sua execução, passibilidade de agressão por esgotos e
pode permitir a penetração de raízes nas canalizações. )
• resistência a cargas externas;
• resistência à abrasão e ao ataque químico; • Junta composta de betume
• facilidade de transporte; )
• disponibilidade de diâmetros necessários; Trata-se de junta semi-rígida. Para a sua execução, introduz-se o betume quen-
• custo do material; te na junta após o estopeamento, ou seja, introdução de um cordão de estopa entre
• custo de transporte; )
a bolsa e a ponta. Esse tipo de junta é ainda muito utilizada em tubo cerâmico.
• custo de assentamento.
• Junta elástica
4.8.1. Tubo cerâmico
A junta elástica utiliza o anel de borracha toroidal, colocada entre a bolsa e a )
Os tubos cerâmicas (manilhas de barro) são bastante utilizados para as redes ponta de um tubo ou conexão cerâmica. A norma NBR 14208 de 1989 da ABNT )
coletoras 'de esgoto. .fixa as condições exigíveis para a aceitação e/ou recebimento de tubos cerâmicos
Os tubos são do tipo ponta e bolsa, sendo normalizados os diâmetros nominal com junta elástica, tipos "E", "K" e "O", utilizados em canalizações de esgoto )
(DN) 75, 100, 150,200,250,300,350,375,400,450,500 e 600 mm, e compri- sanitário, despejos industriais e águas pluviais, que operam sob a ação da gravida- )
mento nominal de 600, 800, 1.000, 1.250,1 500 e 2 000 mm. de.
Os tubos cerâmicos possuem alta resistência a meios ácidos e à corrosão, não
sendo atacado pelo ácido sulfúrico, entretanto, é mais frágil com maior facilidade )
4.8.2. Tubo de concreto
de quebra.
)
A norma NBR 5645 de 1989 da ABNT fixa as condições exigíveis para aceita- Tem sido utilizado para coletores de esgoto com diâmetro igualou maior que
ção e/ou recebimento de tubos cerâmicas de juntas não elásticas empregados na 400 mm, principalmente para coletores-tronco, interceptores e emissários. )
canalização de águas pluviais, de esgotos sanitários e de despejos industriais, que A norma NBR 8890 de 1989 da ABNT padroniza os diâmetros de tubos de )
operam sob a ação da gravidade e, normalmente, sob pressão atmosférica. concreto para diâmetro nominal (DN) igual a 400, 500, 600, 700, 800,900, I 000,
Quanto aos métodos de ensaio de tubos e conexões cerâmicas, as mesmas são )
I 100, 1 200, I 500, I 750, e 2 000 mm,
fixadas pelas normas correspondentes. Para redes de esgoto podem ser utilizados tubos de concreto simples e tubos de )
As juntas devem atender aos seguintes requisitos: concreto armado. Para tubos de concreto simples a NBR 8889 prevê duas classes
)
de tubos (S-1 e S-2) e diâmetros de 200 a 1 000 mm. Para tubos de concreto
• impermeabilidade; armado a NBR 8890 prevê duas classes de tubos (A-2 e A-3) e diâmetros de 400 a )
• facilidades de execução; 2.000 mm. )
• resistência aos ataques de agentes químicos e bacterianos; Todos os tubos de concreto devem ser submetidos, por amostragem, aos ensai-
• disponibilidade; os de recebimento quanto à determinação da resistência à compressão diametral, )
• menor custo. verificação de penneabilidade, estanqueidade, e índice de absorção de água. Os )
anéis de borracha para junta elástica devem ser submetidos também aos ensaios de
I)
j
)
)
) 114 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 115
)
dureza, tração, deformação, envelhecimento e determinação da absorção de água. 4.8.4. Tubos de ferro fundido
) Todos esses ensaios são normalizados pela ABNT.
) São largamente utilizados em linhas de recaI que de elevatórias. Para escoamen-
4.8.3. Tubo de Plástico to livre são utilizados em travessias aéreas, passagem sob rios, ou em situações que
)
necessitam de tubos que suportem cargas extremamente altas.
) Há uma grande variedade de materiais conhecido pelo nome genérico de plásti- São disponíveis no mercado com diâmetro nominal de 100 ISO 200 250
co. A característica química fundamenta! desse material é a existência de moléculas 300, 350,400, 500. 600, 700, 800,900, I 000 e I ioo mm, com ~omp'rime~to d~
)
longas de hidrocarbonetos. Os principais tipos de tubos de plástico utilizados em 6m.
,
.J
sistema de coleta e transporte de esgoto são apresentados a seguir . São sensíveis a corrosão pelos esgotos ácidos ou em estado séptico, e por solos
ácidos. Quando ocorrem essas condições desfavoráveis devem ser previstos reves-
)
timentos internos e/ou externos.
4.8.3.1. Tubos de PVC
)
) Os tubos de poli cloreto de vinila (PVC) com junta elástica são norrnalizados 4.8.5. Tubos de fibrocimento
através da norma NBR 7362-1 de janeiro de 1999. Essa norma fixa as condições
)
exigíveis para tubos de PVC, destinados a rede coletora e ramais prediais enterra- Os tubos de fibrocimento já nào são fabricados no Brasil há vários anos.
dos para a condução de esgoto sanitário e despejos industriais, cuja temperatura do
) tluidonãoexceda 40°C. Os requisitos específicos para os diversos tipos de PVC 4.8.6. Tubos de aço
são estabelecidos nasNBR 7362-2 e NBR 7362-3 de janeiro de 1999.
) Os diâmetros nominais de tubos de PVC são de 100, 150,200,250,300,350 e . Os tubos de aço são recomendados nos casos em que ocorrem esforços eleva-
) 400 mm, todos com comprimento total de 6,0 m. dos sobre a linha, como no caso de travessias diretas de grandes vãos, cruzamentos
( As conexões, as juntas, classe de rigidez, estabilidade diametral e resistência ao subaquáticos, ou ainda quando se deseja uma tubulação com pequeno peso, de
)
\impacto dos tubos de PVC são normalizados pela ABNT. absoluta estanqueidade e com grande resistência a pressões de ruptura. Devido à
) Os tubos de PVC são altamente resistente à corrosão e são utilizados em redes sua grande flexibilidade os tubos de aço resistem aos efeitos de choques, desloca-
coletoras na mesma faixa de utilização dos tubos cerâmicos. Em regiões com lençol mentos e pressões externas.
freático acima dos coletores de esgoto (regiões litorâneas) constitui como principal São disponíveis no mercado, tubos de aço com ponta e bolsa, junta elástica,
) alternativa de utilização. diâmetro nominal de 150,200,250,300,350,400,450,500,600, 700, 800. 900,
)
I 000, I 100 e I 200 rum. A lérn disso, são fabricados tubos de aço soldado, rebitado,
4.8.3.2. Tubos de polietileno de alta densidade sem costura e corrugados.
)
) Os tubos de polietileno de alta densidade tem sido utilizado em ligações prediais 4.9. LIGAÇÕES PREDIAIS
de água e em emissários submarinos de esgoto.
)
Ligação predial ou ramal predial é o trecho de canalização que, partindo do
) 4.8.3.3. Tubos de poliéster armado com fios de vidro coletar, alcança o alinhamento da rua. A partir desse ponto, começa a instalação
predial.já portanto, dentro dos limites da propriedade beneficiada. . .
)
Os tubos de poliéster armado com fios de vidro utilizados em esgoto sanitário A execução da ligação predial é feita normalmente por solicitação do interessa-
devem ser de ponta e bolsa, com junta elástica e trazer impressas na superfície do quando a rede coletora encontra-se em execução ou já em funcionamento.
externa em caracteres bem visíveis e de forma indelével, o diâmetro nominal, o
)
comprimento útil, o seu uso e a classe a que pertence. 4.9.1. Sistemas de ligações
) A norma prevê classes de 10, 40, 60, 80, 100, 120 e ISO e diâmetros nominais
) de 200 a 1200 mm, com variação de 50 em 50 mm até DN = 600, e de 100 em 100 Em função da posição da rede coletora na via pública, da sua profundidade, do
mrn a partir de DN = 600 a DN = 1 200. tipo de terreno, do tipo de pavimentação, da época de execução da rede em relação
)
)
í
)
LIGAÇÃO VERTICAl.
à ocupação dos lotes, do conhecimento das testadas dos lotes não edificados bem
como de razões de ordem econômicas, podem ser previstos os seguintes sistemas
de ligações: .
r«:
é encaminhado um único ramal predial e, neste caso, o tê de ligação ou a sela foram )
inseridos na rede coletora em posição tal que o ramal predial fique perpendicular ao
I~'
alinhamento da propriedade (figura 4.18).
)
COM JUNÇÃO OU COM"Te" ou SELA ou SELIM
CURVA DE 45 o CURVA DE 00
)
Figura 4.19 - Ligação vertical: (a)junção ou curva de 45', (b) Tê ou curva de 9Ü", (c) sela ou selim.
..: ..:
D
.
..J )
a: w
U)
oI- :J P'l Quando a distância vertical entre a extremidade do ramal interno na soleira e a )
w oo
..J
o...: b tubulação da rede coletora for apreciável, o ramal predial poderá ter uma parte
o o- ';:::::; ~
w ..: vertical, isto é, a coluna instalada sobre o coletor geral (figura 4.20).
o (!)
~ ~ RAMAL INTERNO • Ligação a 45° - quando é reduzida a distância vertical entre o ramal interno e )
o
w
.... ..= RAMAL I
.
PREDIAL!
I
h
a rede coletora, o tê de ligação já é intercalado na rede com a derivação
inclinada a 45° em relação à vertical e a concordância do ramal predial com a
Lc I• ALINHAMENTO rede é feita com curva de 45° (figura 4.21). )
• Ligação de topo - deverá ser evitada a ligação de topo, isto é, quando a
PASSEIO /
. derivação do tê de ligação tem inclinação maior que 45° em relação à vertical
(figura 4.22) )
FigUrj 4.18 - Sistema ortogonal.
)
4.9.1.2 Sistema ortogonal-Iigações múltiplas )
Em função da distância da rede coletora ao alinhamento dos lotes e da profun-
Este tipo de ligação ocorre quando, por um único ramal predial, são esgotados )
didade em que essa rede foi implantada em relação à extremidade do ramal interno
dois ou mais prédios, através dos seus respectivos ramais internos e sub-ramais
na soleira, podem ocorrer os seguintes tipos de ligações: )
prediais, pelas seguintes razões:
)
• ligação vertical ~ a derivação do tê de ligação ou da sela é disposta vertical-
- a rede coletora está no leito carroçavel; )
mente e a conexão do ramal predial com a rede coletora será feita com curva
- a testada dos lotes não é conhecida;
.~e 45° ou junção a 45° (figura 4.19a), ou então, curva de 90° ou tê (figura )
- não se desejam novos danos no pavimento.
4.19b). A ligação poderá ser feita através de sela ou selim (figura 4.19c), nos
casos de ligação em redes existentes. )
)
I )
)
, )
) PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 119
118 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
)
r
LIGAÇÃO A 45'
) (a)
)
)
)
)
)
) (d)
)
) (b) LIGAÇÃO DE TOPO
) LEITO CARROÇAVEL
___ --:
=T~E!il"Ç~O~5E~"~OS~T~E";ç:ÇOCI PASSEIO
)
)
) PONTO DE CONEXÃO
)
)
(e)
)
Figu ra 4.22 - Ligação de topo.
)
(c)
)
LEITOCAAROÇAVEL
A conexão dos sub-ramais prediais com o ramal predial único deverá ser feita
( )
----;
1 '
'I PASSEIO
PRCFU"O[)A,[E MNIM\
através de:
NA.$O..EJRA:O.5On
)
"f)
120 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO sANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 121
)
II
execução da rede coletora, guardando uma distância pré-determinada entre )
si;
- . não foi deixado o tê de ligação onde era necessário e/ou existia impedimento
)
I para a colocação de uma sela. . )
SUB-RAMAL PREDIAL .:
I )
I
I
A conexão dos vários ramais será feita com tês ou junções sobrepostas à sela
CAIXA DE INSPEÇÃO
ou ao tê de ligação inseridos na rede coletora (figura 4.24). )
E CONEXÃO RAMAL INTERNO
)
4.9.1.4. Ligações utilizadas na Baixada Santista, Estado de São Paulo
)
~Qo- Devido as pecularidades das regiões litorâneas, foram desenvolvidas tipos de )
o «
r- ligações prediais diferentes daquelas utilizadas em outras regiões. Na Baixada Santista,
~ Q )
o
u
-'
w
a SABESP, com base em experiência acumulada de vários anos recomenda os tipos
w o de ligação predial apresentados na figura 4.25. )
o'
w
cr:
w
r-
h==~ RAMAL INTERNO )
4.9.2. Dimensionamento da ligação predial
)
RAMAL INTERNO Os ramais prediais devem ser assentados obedecendo às dec1ividades mínimas )
exigidas para cada diâmetro de tubulação, ou seja:
)
• diâmetro de 100 mm (DN 100): 2% ou 0,020 mim )
• diâmetro de ISO mm (DN ISO): 0,7% ou 0,007 mim
)
• diâmetro de 200 mm (DN 200): 0,5% ou 0,005 mim
)
O diâmetro mínimo recomendado é de 100 mm (DN 100). )
~
~I
-'--~
nado diâmetro de tubulação varia com a dec1ividade, a escolhado diâmetro adequa-
do pode ser feita com o auxílio da tabela 4.7.
Na impossibilidade da determinação da vazão pode-se utilizar dos seguintes
)
)
critérios: )
)
)
-j
)
)
122 COLE'IA E TRANSPORTE DE roSGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 123
)
)
)
)
)
--n
PASSEIO
)
RAMAL INTERNO
)
)
)
W
I-
)
) RAMAL INTERNO
)
)
)
)
)
)
)1 )
),
) Figura 4.24 - Sistema radial-ligações múltiplas. Figura 4.25 - Ligações prediais utilizados na Baixada Santista.
)i
)
l'
1 )
)
124 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO )
PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 125
Tabela 4.7 - Vazões em função do diâmetro e da declividade.
)
Na tabela 4.9 são apresentadas as unidades Hunter de contribuição dos princi- )
0100 mm (DN 100) 0150 mm (DN 150) pais aparelhos sanitários
Declividade vazão Declividade Vazão )
% mim eis % mim eis Tabela 4.9 - Unidades Hunter de contribuição dos aparelhos sanitários
)
2,0 0,020 3,8 0,7 0,007 6,8
Aparelho sanitário Número de Unidades )
2,1 0,021 3,9 0,8 0,008 7,3
2,2 0,022 de Hunter de Contribuição )
4,0 0,9 0,009 7,7
2,3 0,023 4,1 1,0 0,010 8,2 Bacia sanitária 6
Banheira de residência )
2,4 0,024 4,2 1,5 0,015 10,0 2
2,5 0,025 4,3 2,0 0,020 11,6 Bebedouro 0,5 )
3,0 0,030 4,6 2,5 0,025 12,9 Bidê 1
)
3,5 0,035 5,0 3,0 0,030 14,2 Chuveiro:
- de residência 1 )
Fonte: CETESB - Norma 01.020
- geral 2 )
mictório
- válvula de descarga 6 )
)
)
)
)
) 126 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁIUO
PROJETO DE REDES COLETORAS Dl' ESGOTO SANITÁRIO 127
)
Determinação da profundidade mínima do coletor público para o valor de (/ varia de acordo com o ângulo utilizado para conexão do ramal com
4.9.3.
) coletor público e os seus diâmetros. A tabela 4.11 apresenta os valores de (/ e i para
atender à ligação predial
os diversos casos.
)
) A profundidade mínima da rede coletora de esgoto está relacionada com a Tabela 4.11 - Valores de li e i para diferentes diâmetros do ramal predial e do coletar público.
)
possibilidade de esgotamento das instalações sanitárias e proteção das tubulações
Diâmetro do Diâmetro (rnm) e declividade do ramal (%)
contra cargas externas. coletor públ ico
) 100 150 200
A profundidade mínima do coletor público para atender às ligações prediais
pode ser determinada através da equação 4.54, em função dos valores indicados na (rnm) i=2'Yo i=O,7% i=0,5%
)
figura 4.26. 150 0,20
)
200 0,25 0,24 0,23
J p = a + iê + h + h, (4.54) 300 0,35 0,34 0,32
450 0,48 0,47 0,46
)
Onde: p = profundidade mínima do coletor público, m;
) a = distância entre a geratriz inferior interna do coletor público até a
geratriz inferior interna do ramal predial, m; . )-::~'"
/
i = declividade do rama predial, mim; r- , "" ~ 4.10. PROJETO EXECUTIVO DE REDES DE ESGOTOS
) e = distância entre o coletar público e a caixa de inspeção, m; -;..>
) h = desnível entre a via pública e o aparelho sanitário mais desfavorá- Eng''. Antonio Lívio Abraços Jorge (*)
vel.jn; r-
)
h<= altura da caixa de inspeção c _
) Estabelecida a concepção e o projeto básico (projeto hidráulico), geralmente
haverá a necessidade de se elaborar o projeto executivo para a execução das redes
)
de esgotos, principalmente em áreas com várias interferências. soleiras negativas e
) topografia variável. Em várias situações. o custo da obra poderá sofrer uma sensí-
vel diminuição, quando a obra é executada com o suporte de um projeto executivo.
O projeto executivo deverá ser elaborado com a participação de profissionais
ligados ao projeto. à execução de obras, e à operação e manutenção do sistema de
esgotos. Recomenda-se que o projeto contenha as planilhas de quantidades de
serviços e materiais confiáveis, com definições precisas dos tipos de escoramento,
embasamentos, necessidade ou não de substituição do solo, os tipos de pavimentos
a serem rompidos e repostos, os processos para o esgotamento da água do subsolo,
a metodologia para a transposição das interferências, a indicação de jazidas para o
aterro das valas e a localização de áreas para depósito ou bota-fora do solo escava-
do.
, he Para o desenvolvimento do projeto executivo são necessários, de um modo
geral. os seguintes passos:
CURVA DE4S'
I
Até200· ~4 2 2 I, )
to, Departamento de Estrada de Rodagem e Ferrovia; inclusive >4 6 6
• Elaboração do traçado preliminar do coletor a ser projetado, identificando-se
I )
250 a 500 ~4 5 5
as contribuições singulares e as contribuições (ampliações) futuras; .; )
inclusive >4 6 6
• Serviços de apoio técnico: topografia e geotecnia: 600 a 1.000 ~4 7 7 )
inclusive >4 8 8
- nivelamento e contranivelamento geométrico dos pontos de interseção, que- )
bra de "grade" e de direção;
1.050 a 2.500 ~4 9 9
inclusive >4 10 10 )
- levantamento cadastral de poços de visita, bocas de lobo, canais e canaletas
de drenagem, estruturas de semáforo, estruturas aparentes das concessioná- > 2.500 Qualquer 12 12 )
rias de serviços públicos de eletricidade, telefonia, tráfego e distribuição de )
gás;
- amarração e nivelamento das soleiras abaixo do "grade"; • Peças gráficas: )
- levantamento em campo das cotas de inundação e dos níveis máximos dos )
cursos de água, recorrendo-se às indicações dos moradores; - cadastro das estruturas visíveis;
croquis das amarrações ( método da triangulação ) dos órgãos acessórios )
-locação em campo dos orgãos acessóriosprojetados;
- sondagens geológicas para reconhecimento do solo e do nível do lençol freático. projetados, dos pontos de segurança implantados e dos furos de sondagens )
As sondagens devem ser executadas por percussão e a trado, com distância geotécnicas;
)
de cerca de 50 metros entre dois furos de sondagem; - plantas do traçado (caminhamento) escala 1:2 000 com a indicação de todos
- detecção eletromagnética - em vias públicas congestionadas com dutos de os órgãos acessórios numerados, soleiras contribuintes abaixo do nível do )
diversas concessionárias, recomenda-se a realização de levantamento das arruamento, furos das sondagens geotécnicas, identificação de eventuais fai-
)
canalizações e estruturas subterrâneas através do processo da detecção ele- xas de servidão ou desapropriação;
tromagnética; perfis das coletores - projeto geométrico em planta e perfil das redes nas )
- faixas de servidão ou de desapropriação - às vezes toma-se necessário para a escalas H-I: 1 000 e V-I: 100 com indicação das interferências cadastradas, )
passagem do coletor, estabelecer as faixas de servidão ou de desapropriação pontos de deflexão do terreno, estaqueamento do terreno, órgãos acessórios,
extensão, declividade, diâmetro e material da tubulação, estruturas de assen- )
que deverão ser definidas no projeto executivo e levantadas topograficamen-
te (planialtimétrico e cadastral). As larguras das faixas encontram-se defini- tamento e escoramento. )
das na tabela 4.12.
)
A figura 4.27 apresenta o modelo do perfil do projeto executivo dos coletores
É importante observar que a largura da "faixa de servidão" será definida consi- de esgoto sanitário )
derando-se as necessidades para a execução e futura manutenção das redes, dispo- )
nibilidade fisica da área e a tolerância do proprietário que a concede. • Verificação hidraúlica dos trechos projetados;
)
• Levantamento dos quantitativos de serviços e materiais. )
)
)
j
)
)
) PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 131
130 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
)
Na prática tem-se as alternativas - no eixo, no falso terço (adjacente ou oposto)
) no terço verdadeiro (adjacente ou oposto) e passeio.
)
) o
c;
wo
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o o
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) MURO '">
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MURO
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o ~ <fJ
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a.
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I
) NT=1 I
·NC;J(~~i
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VER NOTA 1
cp
)
I~
) r-b
s:
) v
\ Figura 4.28 - Posições para locação dos coletores.
,:E
O'E
~
M
q
• Profundidades indicadas para o assentamento das redes.
N
)i M
';!
o
'" ~ A profundidade ideal é aquela que proporciona a coleta e o afastamento dos
o
i NI~ esgotos com aplicação racional dos recursos financeiros e da tecnologia disponível.
)
Figura 4.7j{- Perfil do projeto executivo dos coletores de esgoto.
I .
),
)
)
)
)
)
A experiência acumulada pela SABESP no Estado de São Paulo recomenda as 4.12.1 Programa em Excel
)
seguintes profundidades mínimas:
)
Eng." Paulo Sérgio Simões de Souza (*)
Localização na . Capital, Região Baixada Santista Eng.' Angélica Yumi Hirata (**) )
via pública Metropolitana e Interior e Litoral Norte
)
redes no passeio 1,20 m 0,90m A planilha de cálculo da rede de esgoto que deve ser montada em Excel é
redes no terço adjacente 1,40m 1,10 m apresentada na figura E 1. )
redes no eixo 1,50 m 1,20 m / Para o cálculo dos parâmetros hidráulicos foi utilizado o equacionamento des- )
redes no terço oposto 1,60 m 1,30 m crito a seguir.
redes em ruas não pavimentadas 1,60m 1,40 m )
)
Pelo fato de, no Brasil e mesmo em alguns países latinos americanos o o
)
• Proesg-Cad; Na figura tem-se:
• Cesg; D = diâmetro do conduto, m; )
• SANeAD. Y = altura da lâmina d'água, m; )
S = seção molhada, m';
Todos esses softwares operam no ambiente Windows, têm interface gráfica )
P = perímetro molhado, m;
com o Autocad, obedecem as normas brasileiras, e são utilizados para o dimensio- R = raio hidráulico, m. )
namento de redes coletoras de esgoto sanitário.
)
Tem-se:
4.12 PROGRAMA PARA DIMENSIONAMENTO DA REDE COLETORA )
DE ESGOTO )
)
) l34 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
PROJETO DE REOES COLETORAS DE ESGOTO S'\~IT~i!.~35
)
) Xl! rgl ·
.
'-'
«
:; J :~
e 02
= (a-sen a)-
) ~:-~I~I fi' I ~o S
8
R=~
P
) ~- lJ
,0 ~ É-~
E
lf1 Da fórmula de Manning temos:
r-
) ~ I~ g!_
;:II 1° «
o ~~~
>->-
F!!?'. Q=~SR2i3Jl
) ""'f (4.55)
t
.!I;1,. n
) ~~ l.fo.'!
) ~
11:
,I.
liJ.h I I;;;
o
Q = vazão
o I = declividade da tubulação
r s::> d.
) ~ de Manning
~I~c
~ o: n = coeficiente de rugosidade
l~ 5 ~
)
oo:!N ~ ,.
i
Suhstituindo (R) e (S) na equação (4.55), tem-se:
) o1J
'lJ
~ g
)
::JI
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'10
~.>.J ~~ tL .gb-. ;;;-;;;
ro
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-SCIl
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a)-x(a
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) .rol • - n 1'\1 t; E
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a)O- x(a -sen ar
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' 0- - x I .
;3 L, I o = 1'/3 '/3
HC . 2' a-
)
)
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definindo-se a função em a, resulta:
t
u... "'.z .-. '"o
(.1.1
)
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~ ~~ =.
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-:õ ~ ~ O)
. (a-sena)D-x(a-senat-O--x!-
011
)
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-o t(a)= -Qxn
t
E 13' '3 (4.56)
:...
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~~ e 2 I'a-'
) LLI ~ ~5 :: ~ü: o
ti
~ ~
,>::;'-'
~ .E
ou
) .~ ::04 Resolvendo a equação (4.56) por algum processo iterativo, pode-se calcular o
"
O)
•...•
I
c
). ~, -
c o
~ II~ :;ij
U
"O
~
O)
ângulo central (a) e preencher a planilha de cálculo de rede de esgoto sanitário.
~ ~> t- 'to" "O
o O equacionamento para o cálculo da tensão trativa e velocidade crítica estão
I~t
JJ
) 'XI :!:'" :; apresentadas a seguir:
u
w u
). ~
~ '"c::'" ;;::;
o
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Vc =6"jgR"
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::J
IJ; .~
tn
(l)
tr
N
'2
õ:::'" (*) raio hidráulico inicial do trecho
,
. o-
-ifl
(di! L~
1:;. rn
lU .
~ ....
til " .= >;;;l (**) raio hidráulico final do trecho
): :
·1
Qo
~-I :;:: I'i
,I ---
-- ~ ~ A listagem de formulação das células é apresentada a seguir:
. ;;; ....... ~
)1 1
)
:j
\ ( )
! I )
)
Célula Fórmulas -linha 15
I)
DI5 =SE(CI5=0;" ";+(CI5*BI5)/1000)
F15 =SE(CI5=0;" ";+EI5+D 15) )
HI5 =SE(B 15=0;" ";(Jl5-Jl6)/B 15)
)
Jl5 =SE(CI5=0;" ";+115-KI5)
L15 =SE(RI5=0;" ";(l-cos(RI5/2)12) ( )
N15 =SE(CI5=0;" ";SE(T15=0;" ";+S 15/T15)) ()
015 =SE(CI5=0;" "; 1000*VI5*HI5* 10)
P15 =SE(CI5=0;" ";6*(9,81 *V16)"(1I2)) )
RI5 =SE(CI5=0;0;SE(B 15=0;0;calculaB(G 15/1000;HI5;FI5))) ( )
Figura E.2 . Menu "ferramentas"
S15 =SE(FI5<1 ,5; 1,5/1000;FI5/1000)
( )
)
j
)
)
) 138 COLlTA E TRANSI'ORTl DllSGOTO SANrrARIO PROJLTO Dl RlDlS COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 139
)
o passo seguinte é entrar no sub-menu "macro", onde será evidenciada a op- A tela de edição da macro estará aberta, sendo necessário apenas digitar o texto
) ção para construção de macros. conforme ilustra a figura E.3. Basta "clicar" na que se encontra listados abaixo. Após a digitação, basta "clicar" em "arquivo"
opção "Editor do Visual Basic". (menu superior a esquerda), "clicar" na opção "salvar", depois "clicar" novamente
)
em "arquivo" e "clicar" em "fechar e voltar para Microsoft Excel".
m:tt:ttttttIlMIf· I.Si" _IBlx!
) A macro já esta ativa no Excel.
)
'13
) JL&q.jvo_~~~~r ~~~ Qe~_ E!.ecutar E.err~~"~~.-..c-_4 '
)
I)
( )
I )
140 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 141
I: )
xaux = I - (2 * lammax) Ifab < (pi) Then 4.12.2. PROGRAMA EM VISUAL BASIC I )
* xaux + I))) + pi
acos I = -Atn(xaux I (Sqr(-xaux
12
area2 = (ab - Sinrab) * d 1\ 2/8
rh2 = area21 (ab * d 12) No anexo IV será apresentado um procedimento para a elaboração de um siste-
i( )
amax = 2 * acosl Else
ma computacional, em linguagem Visual Basic 3.0 . !( )
ab = 2 * pi - ab
a= amax
aI =0.0001 1\ 2/8)
area2 = (pi * d 1\ 2)/4 - «ab - Siruab) *d Esse programa elaborado pelo Eng," Paulo Sérgio Simões de Souza é um pro-
grama simplificado de dirnensionamento de rede coletora de esgotos, no entanto,
I( )
a2=amax rh2 = area21 «pi * d) - ab * d 12) poderá ser utilizado como uma semente embrionária para a elaboração de um siste- I()
If a I < (pi) Then
EndIf ma complexo de projeto de rede coletora de esgoto. I( )
areal =(al-Sin(al»*dI\2/8 . fa = q - I I n * area I * rh I 1\ (2/3) * Sqr(i) ( )
rh I = area I1 (a I * d 12) fab = q - I1 n * area2 * rh2 1\ (2/3) * Sqr(i)
Else I )
4.13. EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTODE UMA REDE COLETORA
aI = 2* pi - a l IfSgn(fab) = sinal Then
areal =(pi * d 1\ 2)/4-«al - Sin(al)) * d aI = ac
J)
1\ 2/8)
Projetar a rede coletora de esgotos para a planta em anexo, com os seguintes
Else
dados: : ( )
rh I = area I I (Ipi * d) - a I * d 12) a2 = ac
EndIf EndIf ;( )
epi = (aI - a2) • População inicial: P, = 2000 hab I ( )
If a2 < (pi) Then Loop
,
• População final: Pf= 3500 hab
area2 = (a2 - Sin(a2)) * d 1\ 2/8 .()
rh2 = area2 I (a2 * d I 2) lamina = (I - Cos(ac 12» 12
• Consumo de água efetivo per capita: q = 160 elhab x dia
BIse larnina = Int(-Iamina * 100) 1I 00 • Coeficiente de retorno: C= 0,8 ( )
a2.=2* pi -a2 aux texto =' Str$(-Iamina) • Coeficiente de máxima vazão diária: K, = 1,2
area2 = (pi *.d 1\ 2) 14 - «a2 - Sin(a2» *d If -Iamina < 0.85 Then • Coeficiente de máxima vazão horária: K2 = 1,5 ()
1\ 2/8) calculaB = ac
• Taxa de contribuição de infiltração: Tinf= 0,1 eis x km = 0,0001 eis x m )
rh2 = area21 «pi * d) - a2 * d 12) Else
EndIf calculaB = "conduto forçado" • Contribuição localizada: conforme indicado na planta, existem duas vazões
fmax = q - I I n * area I * rh I 1\ (2/3) * Sqr(i) EndIf de ponta, sendo Qpl localizado na Rua 30 com Qi = Qf = 4,98 eis e Qp2 ( )
fmin = q - I1 n * area2 * rh2 1\ (2/3) * Sqr(i) localizado na Rua 19 com Qi = O Ris e Qf = 3,20 Ris I )
EndFunction
sinal = Sgn(fmax) ( )
SOLUÇÃO
aI =0.0001 )
a2=2 * pi a) Traçado dos coletores I)
epi = a l - a2
f )
Do While Abs(epi) > epson
Na planta, escala 1:2000, com levantamento topográgico plani-altimétrico, com
ab=(al +a2)/2 curvas de nível de metro em metro, foi traçada a rede coletora de esgotos, onde ( )
ac = ab foram indicados as singularidades (PV, TIL, TL e CP) e o sentido de escoamento
Ifal «pi)Then i )
dos esgotos.
area l = (aI - Sin(al)) * d 1\ 2/8
Para a fixação dos sentidos de escoamento dos esgotos, deve-se procurar se- )
rh I = area I I (a I * d 12)
Else guir, tanto quanto possível, os sentidos de escoamento natural do terreno, para ()
aI = 2 * pi - aI diminuir a profundidade dos coletores. Outros aspectos que influem no traçado de
areal =(pi * d 1\2)/4 -«aI - Sirua l ) * d vem ser também considerados, tais como: ()
1\ 2/8)
( )
~
)
) 143
142 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGÓTO SANITÁRIO
)
e influência do PV e TIL no traçado; Taxa de contribuição linear final
)
• profundidades máximas e mínimas;
) • aproveitamento de tubulações existentes; e Vazão doméstica final:
) • planos diretores de urbanização. Q = CK1K2Prq = 0,8xl,2xl,5x3500x160_
df 86400 86400 - 9,33 R./s
)
b) Distância entre singularidades
)
• Extensão da rede coletora final: Lf= 2877 m;
Medir a distância entre singularidades (de centro a centro) e indicar no desenho.
)
A distância entre PV, TIL ou TL consecutivos deve ser limitada pelo alcance dos
• Taxa de contribuição linear final:
) equipamentos de desobstrução. Normalmente, a distância máxima adotada é de
) 100m. Q 933
Txf = ~+ Tinr = -' -+0,0001 = 0,00324+0,0001 = 0,003344
)
t., 2877
c) Numeração dos trechos
Txf=0,00334 Ris X.m =3,34 fls x km
)
Fazer a numeração dos coletores e dos trechos, crescente, de montante para
) e) Cálculo das vazões no trecho do coletor
jusante. Assim, o maior coletor receberá o número 1 e o seu primeiro trecho será 1.
) Numera-se, a partir daí, todos os trechos. O primeiro coletor que chegar ao coletor
1 será o coletor 2, que terá os seus trechos numerados de montante parajusante, a As vazões no trecho do coletor são determinadas do seguinte modo:
)
partir de 1 e assim por diante.
) • vazão a montante: igual a vazão de contribuição proveniente dos trechos a
d) Cálculo da taxa de contribuição linear montante, incluindo-se as contribuições localizadas; .
J • vazão de contribuição no trecho: calculada multiplicando-se a taxa de contri-
) A determinação da taxa de contribuição linear é efetuada do seguinte modo: buição linear pelo comprimento do trecho;
• vazão ajusante: igual à soma da vazão a montante com vazão de contribui-
)
Taxa de contribuição linear inicial ção no trecho.
)
) • Vazão doméstica inicial f) Profundidade mínima dos coletores
) . = CK2Piq = 0,8xl,5x2000xI60 =444f1s Para o projeto em questão foi admitido que na área não há soleiras negativas
Q
di 86400 86400 ' (h=O) e a altura da c.aixa de ligação (h.) é de 0,50 m. A profundidade mínima para
)
atender adequadamente as ligações prediais pode ser determinada da seguinte ma-
) • Extensão da rede coletora inicial: Li= 2877 m; neira:
) ~~
e Taxa de contribuição linear inicial: p = a + iL + h + h,
)
P = 0,20 + 0,02 x 25 + 0,50 = 1,20
) Txt = Qdi + Tinf = 4,44 + 0,0001 = 0,00154 + 0,0001 = 0,00164; p=1,20m
Li 2877
)
T'i = 0,00164 fls x m = 1,64 eis x km Foi adotada no projeto o recolhimento mínimo de 1,35 m. Para o diâmetro
) mínimo de 0 150 mm, a profundidade será de 1,50 m, que atende as condições de
) ligação predial e proteção da tubulação contra cargas externas.
)
)
•
l
)
144 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 145 )
g) Diâmetro mínimo )
• conhecida as vazões inicial e final, a declividade e o diâmetro do trecho, da
tabela 4.3 para dimensionamento e verificação das tubulações de esgoto, )
Embora pela NBR 9649 de 1986, o diâmetro mínimo seja de 100 mm, foi obtém-se as relações Y ID e as velocidades relativas à vazão inicial e final; ()
utilizado no projeto diâmetro mínimo de I 50 mm.
• com os valores de Y/D inicial e final, pela tabela 4.4, obtém-se os raios
( )
h) Vazão mínima de dimensionamento hidráulicos correspondentes a Qi e a Q6 ,r )
Foi utilizada a vazão mínima de 1,5 eis conforme recomendação da NBR 96491 li)
• conhecendo o raio hidráulico relativo a Qi e a declividade do trecho, detenni- i
1986. na-se a tensão trativa (ái=yRHI) para a condição inicial; :( )
Declividade do terreno:
o diâmetroD (em metros) que atende a condição de Y/D~ 0,75 também pode r)
ser obtido pela equação:
r = 502,05-498,00 =0 0455 mim )
t 89 '
D = ( 0,0463 ~ f375 )
I )
( )
• Tj
)
)
146 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANlT ÁRlO
PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRlO 147
).
) Sendo Qi e O. menores que 1,5 eis foi adotada Qi = Qr= 1,5 Ris que é a •• Dec1ividade do terreno:
)
~ = 4,45 ~ V = 4,45-fi. = 4,45JO,0455 = 0,98 m/s •• Cálculo das lâminas e velocidades
)
) Q 0,0015 0,0061
Portanto: Tabela 4.3 ~ Y/D=0,14
) Y/0=Y!0=0,15
-fi. )0,0603
\
)
148 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE REDES COLETORAS DE ESGOTO SANITÁRIO 149 )
, )
Vazão no trecho - Q'i=0,00164x33=0,054 eis Cálculo da tensão trativa (c.)
)
- Q'f=0,00334x33=0,1l0 eis para Y/D=0,26 Tabela 4.4 ----; RH=0,153xO,15=0,023 m
')
ai = yRHI= 1000xO,023xO,0548= I ,26kgf/m2= 12,6Pa
Vazão ajusante - Qi=5,427+0,054=:o5,48I fJs ()
- Qf=5,892+0, II 0=6,002 eis I)
Cálculo da velocidade crítica (Vc)
• DecIividade do terreno: para Y ID=O,27 Tabela 4.4 ----; RH=O, 161 xO, 15=0,0242 m )
I = 489,26-487,56
I 33
= °
'
0515 mim '" =6Jg~, =6J9,8xO,0242=2,92m1s
I)
)
Trecho 1-7 ( )
• DecIividade mínima do coletor:
)
• Cálculo da vazão:
Imin= 0,0055 Qi-O.47= 0,0055 (5,481 )"0.47= 0,0025 mim
r)
Para que não ocorra degrau de 0, l l m, foi adotada a declividade != 0,0548
Vazão a montante - Qmi = 5,786 eis )
mim.
- Q",r= 6,624 Ris ')
. • Cálculo das laminas e velocidades Vazão no trecho - Q'i = 0,164 Ris .()
.9i. = 0,005481
,fI JO,0548
= °
'
0234
Tabela 4.3 ----; Y/D=0,26
Vazão a jusante - Qi = 5,950 Os )
- Qr = 6,958 eis )
V-
ir = 6,21 • Declividade do terreno:
1
( )
)
o 150 mm, na vazão final (Qf) a relação Y ID será maior que, 75%. Portanto, ou )
) Vi =936
)
JI '
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)
)
)
)
)
I )
CAPÍTULO 5 I)
)
)
()
INTERCEPTORES DE ESGOTO
( )
( )
5.1. INTRODUÇÃO
( )
Interceptor é uma canalização que recebe coletores ao longo de seu compri- )
mento, não recebendo ligações prediais diretas e geralmente localizado próximo de
cursos de água ou lagos. Os interceptores de pequeno diâmetro são dimensionados )
como redes coletoras, obedecendo à norma NBR 9649/1986, da ABNT. No entan- )
to, os de grandes dimensões devem ser dimensionados de acordo com a NB 568- , )
Projeto de Interceptores de Esgoto Sanitário, de novembro de 1989, da ABNT.
Na NB 568/1989, interceptor é definido como a canalização cuja função precípua , J
é receber e transportar o esgoto sanitário coletado, e é caracterizado pela defasa- )
gem das contribuições, da qual resulta o amortecimento das vazões máximas.
)
)
5.2.1. Vazões de esgotos
( J
Para cada trecho do interceptor devem ser estimadas as vazões inicial e final. I )
( )
J.j
)
)
162 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO ___ ~ ~IN,,-·.'.CrE~·;R.CEPTORES
DE ESGOTO 163
)
As populações ou as áreas edificadas contribuintes a considerar na avaliação da 4,0
)
vazão final devem ser as do alcance do projeto. Em casos específicos (particular-
) mente quando a vazão inicial é muito pequena para o interceptor), a norma NB
568/1989 da ABNT, admite o lançamento permanente ou temporário de vazões
provenientes de cursos de água ou do sistema de drenagem superficial, não incluí-
)
)
das as águas de precipitação pluvial da bacia correspondente. Essa admissão deno-
minada "contribuição de tempo seco", deve ser feita através de dispositivo que
>2
~ 3,0 ~ -, -, I
) evite a entrada de material grosseiro, detritos e areia e não deverá superar 20% da
vazão final do trecho ajusante do ponto de admissão.
~"
o
\ I
o
ã:
~ :-,'\
) Para o dimensionamento dos interceptores de grande porte deve ser considera- ,\,i'
ur
r--.
)
)
contribuições dos coletores tronco.
) cha, e dependendo do sistema, poderá causar um amortecimento nas vazões de 1,010• Z 3 4 5 6 8 10' Z Z 3 4 56 8 10'
pico, influindo no dimensionamento das estações elevatórias ou estação de trata- vAZÃo MÉDIA. fls
mento de esgoto. A defasagem pode ser calculada através de dois critérios: I - HAZEN & SAWYER - para São Paulo
)
2- A.S.C.E. - limite superior
) - Diminuição do coeficiente de pico;
- Composição dos hidrogramas. 3- GREELEY & HANSEN - para São Paulo
)
7
) a) Diminuição do coeficiente de pico (K = KI.Kz) 4- FLORES - K = po.iiI (P = Total de habitantes)
regiões de vazões predominantemente residencial, comercial e público e tem o infiltração, fls (exceto médias e grandes indústrias)
)
seguinte equacionamento:
Figura 5.1- Coeficiente de pico (K) em função da vazão média obtida por diversos autores. Fonte:
SABESP (/989).
)
(
"""71
)
)
)
164 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO INTERCEPTaRES DE ESGOTO 165 )
b.I) Utilização de modelo matemático )
17485
Para Qm>75Uls ---t K = 1,20+-'-
Q0.5090
(5.3) )
m Em um modelo matemático já desenvolvido, o hidrograma de descarga de
)
esgotos é representado por uma senóide com a seguinte formulação matemática
onde; Qm= somatória das vazões médias de uso predominantemente residencial, (SABESP, 1978): )
comercial, público, incluídos, também, as vazões de infiltração,
em /!Is; (5.4) )
)
• ParaQIl1:::;751e!s---tK=I,80 onde: Q"cch.,=vazão de montante de um trecho, no instante de fase;
K, = coeficiente de máxima vazão diária; )
K2 = coeficiente de máxima vazão horária;
A figura 5.1 mostra que a curva 10 é quase igual a curva 9, determinada pela )
SABESP em 1974, através de estudos desenvolvidos pelo Eng. Max Veit, baseados ~ = ângulo de fase da senóide (24 horas = 360°);
Qm = vazão média de esgotos domésticos, comerciais, do serviços )
em medições efetuadas em vários interceptores de esgotos. Esses dois estudos,
públicos e de pequenas indústrias; )
mostram que para vazões menores que um determinado valor, o coeficiente K é
constante, e a medida que a vazão aumenta, haverá uma diminuição do coeficiente Qinf = vazão de infiltração;
Q, = vazão proveniente das grandes indústrias;
)
de pico, devido à defasagem das contribuições.
Com referência aos coeficientes de pico aplicáveis às vazões industriais (médias K, = coeficiente de pico para as vazões industriais. )
e grandes indústrias), pode ser adotado o valor de 1,IO, mesmo levando em conta )
0(//,)
que a legislação em vigor, permite o lançamento de efluente na rede coletora de
/ )
vazões máximas de até uma vez e meia a vazão média. Isto porque, dada a diversi-
dade de tipos é tamanhos das indústrias, bem como, seus horários variáveis de ,)
descargas de efluentes, é muito improvável a ocorrência simultânea de descarga (K, K,O,;o,.)
tronco.
O 6 12 18 24 J
Os hidrogramas podem ser obtidos através dos seguintes métodos: Figura 5.2 - Hidrograma padrão senoidal. )
( )
o Utilização de modelo matemático;
• Medições diretas; ,
, ~. Para os/coeficientes de variação das vazões foram adotados os seguintes valores:
Tabela 5.1- Variação do K, em função da vazão média da baeia de esgotamento. 6 e/s.km de coletor contribuinte ao trecho em estudo. O valor adotado deve ser
justificado.
) Vazão Média Coeficiente de Máxima
) da Bacia Vazão Horária 5.3. DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
( eis) K2 ~
)
)
0- 100 1,7
W ~r!}
1f ~ 1-' O regime de escoamento no interceptor é gradualmente variado e não unifor-
me, entretanto, para o seu dimensionamento hidráulico, geralmente se considera
1,6
)
101 - 500
SOl - 1.000 1,5 i J regime permanente e uniforme. Nas transições e nos pontos de chegada de coleto-
)-
1.001 - 2.000 1,4 I res, há necessidade de se verificar o remanso hidráulico e suas conseqüências, no
2.09) - 10.090 1,3 dimensionamento dos interceptores.
) Fome: SABES? (/978) , Cadatr~~hodo interceptor deve ser dimensionado para escoar as vazões pre-
vistas no projeto. Para a vazão inicial, deve-se garantir uma tensão trativa média,
)
Como defasagem para a composição dos hidrogramas foi utilizado o tempo de não inferior a 1,5 Pa (0,15 kgf/rn"), para se ter autolimpeza do interceptor. A
.J deslocamento nos coletores-tronco e interceptores, para cada bacia . declividade que satisfaz esta condição para o coeficiente de Manning 11 = 0,013 é
O modelo apresentado decorreu de pesquisas realizadas no antigo Departamen- dada pela expressão aproximada:
)
to de Água e Esgoto (DAE) de São Paulo pela empresa norte-americana Hazen &
) Sawyer e foi utilizado pela SABESP, na falta de valores medidos, para o ·()A7
Imin=0,00035 Qi (5.5)
) dimensionamento de interceptores, no início da década de 70.
onde: Imin = declividade mínima do interceptor, em mim;
~ b.2) Medições diretas 3
Qi = vazão inicial, em m /s. .
)
Os hidrogramas podem ser obtidos através de medições diretas nos pontos de , ~~,. A utilização da tensão trativa média de 1,5 Pa, superior à da rede coletora (igual
)
afluência dos coletores tronco ao interceptor. A extrapolação desse hidrograma para ~ ~ a 1,0 Pa), justifica-se pelo fato de que, essa tensão além de atender as condições
) uma outra bacia, deve ser feita, tomando-se o cuidado de verificar se essa outra ~l$ $ da autolirnpeza, irá diminuir a formação da película de limo nas paredes d.a~tubu-
) bacia tem as mesmas características da bacia em que o hidrograma foi estabelecido. "'- lações e, consequentemente, a geração de sul fetos. Como os matenais dos
interceptores são geralmente de concreto que são atacados pelo ácido sulfúrico, é
)1 b.3) Composição de hidrogramas singelos de fundamental importância que os interceptores sejam projetados com tensão
); trativa igualou maior que 1,5 Pa, para prevenir a formação de sul fetos.
Caso não seja possível efetuar medições diretas, os hidrogramas, também po- Todavia, a declividade mínima para adequada implantação da obra é limitada a
) derão ser definidos a partir da composição de hidrogramas singelos, conforme 0,0005 mim.
} metodologia apresentada no Anexo I da antiga norma da ABNT, a PNB 568/1975, Utilizando-se da mesma metodologia apresentada no item 4.4. do capítulo 4, o
onde se encontram maiores detalhes. eng. Francisco Martins Fadiga Jr, obteve diferentes equações para a tensão trativa
)
mínima de 1,5 Pa. A tabela 5.2 apresenta as equações de declividades mínimas
}
5.2.2. Contribuição pluvial parasitária obtidas para 11 de Mannning variando de 0,009 a 0,016, com base em ajuste obtido
) para diâmetros variando de 400 111ma 2000 111me lâmina de água limitada a 0,75 de
) :, Segundo a norma NB 568/1989 da ABNT, a contribuição pluvial parasitária Y/D.
deve ser adicionada à vazão final para a análise de funcionamento do interceptor e A máxima declividade admissível é aquela para a qual se tenha velocidade de 5
) para o dimensionamento dos extravasores. Todavia, para o dimensionamento em mls para o final do plano. A declividade máxima pode ser obtida pela seguinte
si, do interceptor, a vazão parasitária não é levada em consideração. expressão aproximada (para fi = 0,013):
)
A contribuição pluvial parasitária deve ser determinada com base em medições
) locais. Inexistindo tais medições pode-ser adotar uma taxa que não deve superar
)
)
f
ri
, ) I
( )
(5.7) 5.6. DIMENSIONAMENTO DE UM INTERCEPTOR DE ESGOTOS
)
-EXEMPLO
onde: g = aceleração da gravidade, m/S2; (
RH= raio hidráulico, em m; Projetar os trechos 1-15 e 1-16 de um interceptor de esgotos, conforme planta,
Vc = velocidade crítica, em m/s. com os seguintes dados: )
f )
A lâmina de água nas tubulações dos interceptores tem sido limitada a 85% do
• cota do fundo do PV a montante do trecho 1-15: 597,30 m
diâmetro da tubulação, para a vazão máxima final. )
• contribuições ao interceptor.
Após o dimensionamento dos trechos, deve-se proceder a verificação do com- I )
portamento hidráulico do interceptor e de seus órgãos complementares para as
Contribuições Vazão média Vazão média Extensão da rede Extensão da rede )
condições de vazão final acrescida da vazão de contribuição pluvial parasitária,
bem como do remanso, pois dificilmente ocorre situações onde o regime é perma- doméstica doméstica
final (m) )
Inicial (Os) final (f.ls) inicial(m)
nentee uniforme, com a superficie d'água paralela ao fundo datubulação.
1-14 310 525 56364 68182 )
CT-I' 75 118 13636 15325 r )
5.4. TRAÇADO DO INTERCEPTOR
CT-2' 113 189 20545 24545
)
o traçado
do interceptor deve ser constituído por trechos retos em planta e em 'CT = coletor tronco
perfil. Em casos especiais podem ser empregados trechos curvos em planta. O )
ângulo máximo de deflexão em planta entre trechos adjacentes, deve ser de 30°. • Para determinar o coeficiente de pico (K = K1.K2) será utilizado a seguinte )
Ângulos maiores devem ser justificados técnica e economicamente. expressão: ( )
j
)
)
100m
59900
I -16 r
100
J--+~;..........----t'-t---=- m I - 15
que é função da vazão média (Q). Pela fórmula, na vazão média, deverá ser incluí-
da a vazão de infiltração.
j i
Qi = Qd.i + Qinf = 385 + 0,000 1x 70.000 = 392l!ls
1= 0,00070 mim
)
li
)
)
• Cálculo do diâmetro
Qf = 1,416 = 5352 labela4.3)Y I D = 0,65 )
Qf= 1,165 =4403 labela4.3)<jl1500m fi. ~0,00070 '
f
)
fi. . JO,0007 '
.( )
b) Trecho 1-16
• Cálculo das lâminas e velocidades )
• Cálculo da vazão inicial
)
- Para a vazão inicial
I)
0,585 = 2211 l"bela4.3 ) Y, 10 = 0,40
)
JO,00070 '
Qd.i ==(310+75+113)=498t'/s I)
Vi=I,llm/s
)
Q i = Q d.i + Q inf ==498 + 0,000 I x 90,545 = 507 Ris
)
- Para a vazão final Como ct :5,75Uls -7 K=I,80 )
labcla4.3
)Yr/D=0,58 A vazão inicial será de: )
)
()
)
)
) 174 COLETA E TRANSPORTE 6E ESGOTO SANITÁRIO INTERCEPTORES DE ESGOTO 175
)
Considerando a contribuição pluvial parasitária • Cálculo da velocidade crítica (Vc)
)
)
Qp = 3x108,05 = 324 RIs
Para Y ID=0,48 --7 RHf=0,3654m (tabela 4.4)
)
Qf = 1480+ 324 = 1804 Ris
) v, =6JgRHf =6.)9,81xO,3654 = 11,36m/s
)
- Para a vazão inicial
)
.9i.. = 0,756 = 16 90 tabe!a4.3
) Yi ID =0,33
) FI .),0020 ' Figura 5.4 - Solução do exercício de dimensionamento do interceptor.
Vi = 1,45 mls
)
)
• Cálculo de tensão trativa (cri)
)
),
Para Y/D=0,33 --7 RHi=0,2772m (tabela 4.4)
)
cri = yRHil = 1000xO,2772 xO,0020 = 0,554 kgf/m2 = 5,54Pa
)
)
)
(j
)
, )
)
)
)
~~~-4--+-~-+--~~-r~-~--~-+--~
so
longo de canais ou rios e que, apesar do regime ser permanente, isto é, a vazão não
i~~~~
3 )
~8~~~ ~ ~ sofrer mudanças no tempo, as outras variáveis, a velocidade e a profundidade
l~uQ.~ apresentam variação de seção para seção. )
so I Os remansos ocorrem em canais quando por qualquer motivo, o regime de
>I ~ "'l )
o I N ;:::
I escoamento sofre mudanças de seu estado normal, através de singularidades ou
s
~~
H ê[
co
N
N
(iI;
lÔ
existência de órgãos de controle ou reservatórios e mesmo através de mudanças
nas características do canal.
)
)
Serão apresentados os princípios básicos que governam o remanso, através de
I)
equações básicas, tipos de curvas de remanso e o Método de Runge-Kutter para
a sua integração. r )
)
5.7.2. Equacionamento básico
)
, O equacionamento é feito através do estudo de variação de carga entre duas ')
I seções, conforme esquematizado na figura 5.5.
! ," )
II 2
)
I )
a,V~
')
2g
2g
Superfície de água 2g \ )
)
v. y v,
( )
11:::11::11::11::11::11::
J
)
z, Z Z, Plano horizontal de referência
-- t----------- ----------t-----
)
)
Figura 5.5 - Esquema do equacionamento. ( )
)
(*) Consultor em sistemas hidráulicos.
)
()
')
)
).
178 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO INTERCEPTaRES DE ESGOTO 179
)
A carga total numa seção genérica de um canal é dada por figura 5.5 dz
)
-I = declividade do canal;
dx
)
V2 dA
) H=Z+y+a- (5.8)
2g dy = T = largura da superficie livre.
)
) Q = C.A.(RH.Jy/2 ,ou
Onde: Q = vazão ,m3/s;
) A = área da seção transversal, m2.
Q2
J=-~-
2 2
em (2.2) e supondo a = constante: C A RH
onde: RH = raio hidráulico da seção;
dH dZ dy d [ Q2 ] dy C = coeficiente de Chézy.
)
ct;Z = dx + dx + a dy 2gA2 dx (5.11)
)
ou; C pode ser calculado por:
)
) . dH = dZ + dY(I_~
dx dx dx l
dA]
2gA3 dy
(5.12)
c=ff Fórmula Universal;
)
R )116 Fórmula CTH
)
dH
C=8Jg ( : (desenvolvida pelo prof. Podalyro A. de Souza);
) Fazendo: -J = declividade da linha de energia;
dx
)
)
.J
)
'-I
)
180 )
COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO INTERCEPTORES DE ESGOTO 181
)
R 1/6
C=----.!::L I' )
Fómula de Manning.
n
()
()
Nessas expressões, os símbolos significam:
)
f= fator de atrito da fórmula universal da perda de carga;
)
K = rugosidade absoluta do canal (m);
n = coeficiente de Manning. )
)
Na equação (5.14), se I = J, :~ = 0, ou seja, tem-se regime permanente. Figura 5.7 - Tipos de curva de remanso em um canal de alta declividade. \ )
( )
cuja velocidade normal seja menor que a velocidade do jato de saída da adufa.
)
F, Os outros tipos de canais são os canais horizontais e os de declividade adversa
--.....;..---- ~u e, por serem de pouca importância, não serão discutidos neste item. . )
v; Maiores detalhes sobre os tipos de curvas de remanso podem ser obtidos em )
Chow (1959), Henderson (1965) e French (1987).
I)
)
Basicamente, a sua determinação poderá ser feita obedecendo-se a seguinte
Figura 5.6 - Tipos de curva de remanso que ocorrem em um canal com declividade baixa (fluvial) ordem: J
)
O outro tipo de canal com dec1ividade positiva é o canal cuja declividade é alta, a) Estabelecimento dos dados importantes: rugosidade do canal, seção, vazão,
declividade do fundo etc; I)
ou seja, a sua profundidade normal é menor que a profundidade crítica, as curvas
de remanso possíveis são apresentadas na figura 5.7 (curvas tipo RI, R2 e R3). b) Determinação da profundidade normal pela equação Chézy; )
Existe ainda um terceiro tipo de canal com dec1ividade positiva, que é o canal c) Determinação da profundidade crítica, fazendo o número de Froude (equa-
,)
com dec1ividade crítica. Este tipo de canal deve ser evitado por ser instável, com ção 5.13) igual a unidade;
ondulações consideráveis na superficie que podem ser desencadeadas por qualquer d) Determinação do perfil da linha d' água; )
irregularidade no fundo do canal. e) Classificação do tipo de curva.
)
/ )
I
)
) 182 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO INTERCEPTORES DE ESGOTO 183
)
Será apresentada neste texto a determinação da curva de remanso em condutos
)
circulares, por serem de maior interesse em projetos de condutos de esgoto sanitá- G(S) = 8~ A(8).RH (8)2/3 . .JI - Q = O (5.17)
rio. K
]i
5.704.1. Determinação das característica geométricas da seção:
)' a) área: Determina-se 8 através do método de Newton-Raphson:
2
) D
A = -(e-sene)
8
-.
.
) G(8)
8ni+I = 8ni - dG(S)
) (5.18)
b) Perímetro molhado:
d(8) e=eni
} p=(D/2)8
)
c) Raio hidráulico: Sendo: 8ni = valor de S obtida na i-ésima iteração;
) 8ni+1= valor de 8 obtida na (i+ 1)-ésima iteração.
) RH = ~(1- se~8)
A solução é obtida fazendo-se a iteração (5.18) até que a diferença entre os
)
valores de ISni+1- 8ni I < Tolerância.
) 11+-.-- D -----:-+.1 A partir do valor obtido de 8, determinam-se os parâmetros da seção.
)
A profundidade normal é dada por:
}
y n = D (1- cos(8») (5.19)
Jj, 2
I
);
),
5.7.4.3. Determinação da profundidade crítica
).
) Figura 5.8 - Elementos da seção circular. É determinada impondo-se o número de Froude igual à unidade, ou:
)
(5.20)
5.7.4.2. Determinação da profundidade normal
)
Também neste caso, esta equação poderá ser resolvida pelo método de Newton-
)
A profundidade normal é calculada pela equação deChézy (equação 5.15):
Raphson, fazendo:
) Q=C.A.(RH.i)"2 (5.15)
Q2T
Gc(S)=---1 =0 (5.21)
).
Adotando-se a fórmula CTH para o coeficiente C: 2gA3
)
através da iteração indicada na equação (5.18).
)
(5.16)
J
)
)
)
)
)
Para canais circulares, é mais conveniente reescrever a equação 5.14 em ter- /,:; /" a b )
mosde8:
1
)
dyd8 I-J
,)
d8dx = 1-F2 Figura 5.9 - Esquema para determinação de perdas localizadas.
)
d8 I-J CL é um coeficiente que, para entradas não muito bruscas, vale em tomo de
)
0,2. Para junções bruscas, os valores são maiores. Recomenda-se, portanto, que as
dx (5.22) junções sejam feitas de modo mais suave possíveis, evitando-se cantos vivos, )
contra fluxos ou junções a 90 graus. Os valores de CL podem ser encontrados em
)
Yen (1986).
o método de Runge-Kutta permite resolver numericamente urna equação do A linha d'água desenvolve-se a partir de uma singularidade para montante, )
acrescentando-se a perda de carga t.h, conforme a figura 5.10. )
tipo :~ = f(O) baseando-se na em série de Taylor, para uma dada condição inicial e
)
de fronteira. Maiores detalhes poderão ser obtidos em Humes (1984).
O método de Runge-Kutta de 4" ordem fomece, para cada seção i: j
Planta
')
(5.23)
()
I
Q, --.. f
onde: ai = - t.x.f(8) \ I )
a2 = - t.x.f(8+0,5al)
a2 = - t.x.f(8+0,5a2)
( )
a2 = - t.x.f(8+a3) )
t.x = comprimento de cada trecho.
I )
Linha de energia , )
5.7.4.5. Determinação de perdas localizadas
- Llh )
f
'V
Pode-se, via de regra, adotar a metodologia usada nos condutos forçados, ou seja:
t.h=CL-
V2
Q, - I
y, ~-
Llz
--.. Q3
Lly
v, (I
I , )
)
(5.24)
2g
)
Figura 5.10 - Esquema do estudo de remanso em um PV, devido a perdas de carga singulares.
Para junções, Chow (1959) recomenda a seguinte expressão: .)
) • tipos de cimento
- cimento Portland Pozolânico;
)
- cimento Portland resistente ao ácido sulfúrico
) - cimento Portland de Alto Fomo.
) CORTE B-B
• dosagem de concreto
) - consumo mínimo de cimento - 350 kg/rn";
) - relação água/cimento máxima- 0,50 etkg
í
)
• recobrimento em contato com o meio agressivo - 4 em
)
B
)
)i
• resistência característica da compressão do concreto
- fck=25,0 MPa -t
): 5.9. POÇOS DE VISITA
)
Nos interruptores de esgoto sempre são utilizados os poços de visita (PV). A
) distância recomendada entre os PV s são:
\
.I
• para diâmetros acima de I 200 mm: 200 m; PLANTA
) • para diâmetros de 400 a 1 200 mm: 120 a 150 m, dependendo das condições
hidráulicas do coletor; Figura 5.11 - Poço de visita na reunião de duas tubulações.
)
• para diâmetros menores que400 mm - 100 m.
)
) Quanto ao diâmetro dos tall1Pões dos poços de visita recomenda-se: 5.10. DISSIPADORES E ENERGIA
)
• para tubulação igualou menor que 600 mm - tampões de 600 mm de ferro Para as tubulações de esgoto com diâmetros maiores que 400 mm, onde geral-
) fundido; mente são utilizados os tubos de concreto, às vezes, torna-se necessário a dissipa-
• para tubulações maiores que 600 mm - tampões de 900 mm de ferro fundido. ção de energia nos casos relacionados a seguir:
)
)
)
1
)
)
.)
I ~.
CHAMINÉ
-, '
I'
.;
)
"~ DE VISITA _
)
"-----1:1
)
)
\ ENCHIMENTO COM CONCRETO SIMPlES
CORTE A-A
)
Figura 5.[3 - Diminuição de declividadc dos coletores através de poços de visita com tubos de queda.
)
t -t
A
I A figura 5.14 apresenta uma alternativa para a eliminação dos poços de visita
com tubos de queda, visto na figura 5.13. Neste caso, deve-se projetar o coletor
)
I
com degraus, de modo que a energia seja dissipada e a velocidade de escoamento
fique abaixo dos valores máximos recomendados. )
)
I
* )
)
i
PLANTA I )
)
)
)
)
)
BALÃO
ENCHIMENTO DE CONCRETO
)
A figura 5.16 apresenta uma alternativa para a diminuição do PVem relação ao
)
apresentado na figura 5.15. Neste caso, foi projetado um anteparo para diminuir o
) jato inicial, possibilitando uma diminuição nas dimensões e custo de execução do FV,
,ENCHIMENTO COM CONCRETO SIMPLES I
CORTE A-A
A--4t
) I
) ,
) PARAlElEP/PEDOS ASSENTADOS E
REJUNTAOOS COM CONCRETO SIMPlES
,
)
) ,
)
)
ENCHIMENTO DE CONCRETO
);
Figura 5.16 - Poço de visita com anteparo e degraus para dissipação de energia. Figura 5.17 - Poço de visita com dissipação de energia através de um colchão de água.
)
)
192 COLETA E TRANSPORTE LJE ESGOTO SANITÁRIO INTERCEPTaRES DE ESGOTO f 93
5.11. INTERLIGAÇÃO DE COLETORES DE ESGOTO SITUADOS o arranjo representado pelo poço de visita com queda externa apresenta as
EM COTAS DISTINTAS seguintes vantagens:
)
• tem concepção geométrica simples;
Eng" Podalyro Amaral de Souza (MSc, Dr)* • propicia inspeções sem interferência com respingos, geralmente associados
a impactos de jatos; .
• não apresenta degraus, soleiras e defletores que possam acumular detritos.
)
Para grandes coletores de esgoto, nas situações em que há um desnível razoá-
vel entre o coletor de montante e o de jusante, e nos casos que, um coletor recebe Para ilustrar esta solução do poço de visita com queda externa, trata-se a seguir )
outros coletores em cota superior, propõem-se a continuidade do escoamento uti- do dimensionamento hidráulico da interligação de um coletor de esgoto com 0,50 m
lizando-se o poço de visita com queda externa, semelhante ao poço de visita com de diâmetro com um interceptor com 1,50 m de diâmetro, localizado 5 m mais
tubos de queda utilizado em rede coletora. abaixo. )
A figura 5.18 apresenta o esquema básico de um poço de visita com queda Do coletor são conhecidos os seguintes dados:
externa.
• Diâmetro )
: D = 0,50 m
TAMPÃO • Rugosidade : K = 0,0025111
• Profundidade relativa : Y/D = 0,75
)
• Declividade :I= 0,003 mim
CHAMINê )
Dointerceptor são conhecidas as seguintes informações:
ACESSO PARA LIMPEZA )
• Diâmetro : D = 1,50 m )
• Rugosidade : K = 0,0025 m )
• Declividade : I = 0,0009 mim
BALÃO • Profundidade relativa após receber o aporte de vazão: Y ID = 0,78
)
Solução
CURVA: D = 1
RB
• Geometria da seção transversal genérica
)
)
CURVA: o=1 )
R4
)
)
equação (5.40), na forma:
~3/5[ 1- se;;13 J = 1,819 (5.43)
) 1/6
AR 2/3 = QK (5.41)
)
H 8jgI
)
;
)i
)
j
)
que por tentativas obtém-se a solução ~=2,0 19 rad. Este ângulo, para D = 1,5 m,
)
fornece a profundidade uniforme do poço como sendo Y J,u= 1,07 5m.
(5.44)
Esta profundidade, por ser para escoamento permanente e uniforme no )
intercepto r, a montante do poço, ela realmente não ocorre nas proximidades do ou )
.poço. Esta é a profundidade para a qual a curva de remanso provocada pelo aporte
da vazão do coletor tenderá assintomaticamente, Junto ao poço de visita a profun-
didade a montante é diferente da uniforme e deverá ser determinada com ajuda da (5.45)
)
equação de quantidade de movimento. Com
)
I ,
" --+--
I I
""\
\
)
:
I
I \ \ ~
\
VOLUME OE CONTROLE
\ )
: ~ \
)3
l
L
I
--,--
I -;
3
valor de QJ=I ,618 m /s, pode-se escrever a equação (5.45) com apenas a incógnita )
~J' e fica:
I )
~-f
~2=._-(t-
D~ ( 3 ) (l,6l8f
- 3sen~1 -sen ~I -3~1 COS~I + 2 = 1,001
24 98l!.2(n. _ sen2~1) (5.48)
, 4 1-'1 2
)
)
-,
)
)
198 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO INTERCEPTORES DE ESGOTO 199
)
ficando a profundidade imediatamente montante em Y 1=1,199 m, o que significar REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
)
estar o nível d'água, imediatamente a montante do poço, 0, 124m acima do nível do
) CHOW, Y.T. - Open Channel Hydraulics. New York, McGraw-Hill. São Paulo, 1959.
escoamento uniforme Y l,u=I,075m.
) O aporte da vazão do coletor fazendo um ângulo de e = nl2, com o interceptor FRENCH, R.H. - Open Channel Hydraulics. McGraw-Hill. São Paulo, 1987.
é uma condição hidraulicamente severa. HENDERSON, EM. - Open Channel Flow. New York, The Mac Millan Company, 1966
) Se este ângulo de entrada for reduzido para e = n/3 ou n/4, os cálculos hidráu- HUMES A.EP,C. et ai. - Noções de Cálculo Numérico. McGraw-Hill. São Paulo, 1984.
) licos ficam mais complicados mas o represamento será menor. RODRIGUES, J.M.C. - Interceptores e Emissários. Critérios de Projeto. Obras de Lan-
O exemplo aqui tratado propiciaria um poço de visita como o esquematizado na çamento Final. In: Sistemas de Esgotos Sanitários. Capítulo 11. CETESB. São Paulo.
) 1977.
figura 5.21.
) SOUZA, P.A. - Remanso em Canais Prismáticos. Notas de aula ministradas na Escola
) r- TAMPÃO
,l
Politécnica da Universidade de São Paulo.
SABESP - Revisão do Plano Diretor de Esgotos da Região Metropolitana de São Paulo.
) Relatório Resumo; Edição Final. VaI. I. Consórcio Engiesan. Agosto 1989.
) CHAMINE SABESP - Interceptor do Sistema Barueri, Projeto Técnico. Vol L Memorial Descritivo
e Justificativo. Hidroservice. Novembro, 1978.
)
'. '. SABESP - Projeto Executivo do Interceptor ITI-2. Sistema Barueri. CNEC. São Paulo.
'~
) 1996.
)
)
~---~-+ /
TSUTIYA, M.T.; ALEM SOBRINHO, P.; KANASHIRO, WH. - Projeto de Interceptores
de Esgotos Sanitários. PHD-411 - Saneamento I. Departamento de Engenharia Hi-
'f
dráulica e Sanitária da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. São Paulo.
BALÃO
1993. .
)
3.30m TSUTIYA, M.T.; JORGE, A.L.A. - Projeto Executivo do Coletor Tronco da Rebouças.
) e ,
I
Superintendência de Projetos para a Região 11e de Redes, SABESP. São Paulo, 1976.
) , 1
j
01.50m
I
I
TSUTIYA, M.T. - Projeto Executivo do Interceptor Lavapés de São José dos Campos.
Superintendência de Projetos para a Região II e de Redes. SABESP. São Paulo. 1979.
)
.:~
)
I !:
/' - <, ~': YEN, B.C. - Hydraulic ofSewers. Advances ofHydroscience. vol 14. Academic Press,
) I ~. / \ 1986.
./
)
)
Figura 5.21- Poço de visita da intcrligação de um coletar com o interceptar de esgoto.
)
)
)
)
)
j
)
CAPíTULO 6 )
\(1 )
= )
SIFÕES INVERTIDOS
r )
6.1. INTRODUÇÃO
)
)
6.2. HIDRÁULICA DO SIFÃO INVERTIDO
)
Em perfil, o sifão invertido tem forma similar a um U interligando duas câma- )
ras. Em sua entrada existe uma câmara cuja função é encaminhar o fluxo para o
sifão e, em sua saída, há outra que orienta o fluxo efluente para a canalização de )
jusante. )
Entre essas câmaras, o escoamento se dá por gravidade em conduto forçado,
)
sendo o nível de água na câmara de entrada superior ao da câmara de saída. A
ligação entre as câmaras é feita através de tubulações. Os conceitos hidráulicos )
aplicáveis são, portanto, aqueles dos condutos forçados.
)
Para os cálculos da perda de carga distribuída, recomenda-se o uso da fórmula
Universal com o coeficiente de rugosidade uniforme equivalente K = 2mm. Caso se )
, )
)
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"- x; "- "- ',-
"- '-
"- '- "- '-
"-
0~"-
'- '- "- '- '- "- "- '- x., "- "- 0 \....-
"- "- '-'" J
N
DE F9F9 O
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TAMPÃO DE F9F9
TUBULAÇÃO DE
VENTILAÇÃO" 150mm n
O
r
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':~ICAMARA DE
MONTANTE ~
w __ 'V"===JÇlft m
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....•
;;:i,
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I, - ~_~~~~ __ '"O."
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STOP-LOG '"
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STOP-LOG Ó
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PERFIL - S/ESC.
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r;j 150mm
.:ad=-=~1=-=200=-=m~:..:l:~_
PLANTA -S/ESC.
l.~.
="_ !~'----A",,:gj: LAJE AUXIUAR
OPERAÇJ\O STOP-
PARA
lOG
liI' __
C,
N. A.
Q-, ~
r..
POCO DE LIMPEZA
~. '$' (p l..500mm)
il"'"
8. a. "
. '.
:a.~,,:",~~
' ..
",'
ti
.DEPEN~ 00 ~OMPRIMENTO
NOTAS :.Paro _ ~ 500 mm utilizar poço d. limpeza.
DA CAÇAM8A PERFIL - Si ESC.
-Pur c , > 500 m", a IImplzo poderá ser
feIto pelo próprio tubo. dísp enscndc O poço
de limpeza.
O FORMATO DA .CÂMARA
DEPENDE 00. MÉTODO CÂMARA DE MONTANTE CÂMARA DE JUSANTE
CONST RUTlY() , ,--'' ..
'"...,
O
[T)
'"z
<
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;O
:::!
O
O
PLANTA - S/ESC. '"
N
O
Figura 6.2 - Sifão Invertido. Planta e corte. Fonte: Ferretti (1993). W
")
)
)
204 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO SIFÕES INVERTIDOS 205
)
t)
<t li.
.o
J:
:x: '" )
6.3. VELOCIDADES ~ o '"
-e
c ,;
o
(!) o )
O objetivo fundamental de um projeto de sifão é garantir uma condição de '« €
escoamento que, pelo menos uma vez por dia, propicie a autolimpeza das tubula- ."" ~ )
c(
:;
1-J'rx
.. ....~
...J 00
o-
ções ao longo do período de projeto. Para isso, é necessário a determinação minu- => " ~ )
ciosa das vazões de esgotos afluentes ao sifão. Como as obstruções no sifão invertido
J:
'=>"
I-
'c"
-e
C
-9
são mais dificeis de serem removidas do que em coletores de esgotos, devem ser
e fi )
u
c o
tomados cuidados especiais para evitar sua formação. o
~ )
A maioria dos trabalhos publicados a respeito de sifões invertidos indica que
escoamento no sifão com velocidade igualou superior a 0,9 m/s, que além de
-~
c
-e &
c
)
"
c,
:3
impedir a deposição de material sólido (areia) na tubulação, é capaz de arrastar a o t )
areia já depositada. s•... <>
>
.."-
'U;
tubulação, a ocorrência de valores de velocidade igualou superior a 0,9 m/s, pelo :x: )
a
menos uma vez por dia, é capaz de propiciar a autolimpeza do sifão, o que impede ~ 'a" )
J:
o
a formação de depósito de material sólido que venha a obstruir a tubulação.
Assim, um critério racional para o dimensionamento de sifões invertidos é a
e o
-e
..:r: '"~
ee
)
o ~ o
imposição de se terem qualquer época uma velocidade maior ou igual a 0,9 m/s "o o o <>
-o )
•. @@(!)@@
o
para a vazão máxima de esgotos de um dia qualquer, portanto, no cálculo dessa c "o '" ~
Õ o '"'"
vazão máxima não se deve incluir o coeficiente do dia de maior contribuição k, . .. •. .. •. •e "
.....
u
..
u
1:o )
A imposição de uma velocidade mínima de 0,9 m/s, recomendada por alguns
o
c
o
E
o
E
o
E
o
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I
)
s" :; ".. :; ~ •.
•••
autores para as vazões mínimas de esgotos, não é um critério de dimensionamento
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I-
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adequado e leva a valores excessivos da perda de carga no sifão para as vazões •••...J •••=>
...J
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)
)
li! )
)
) 20(, ,', I1 I.'TA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO SIFÕES INVERTIDOS 207
)
, 1111' 'rill:rio de dimensionamento que vem sendo adotado com êxito pela SABESP
)
l: o tI<' :;,' garanlir uma velocidade igualou superior a 0,6 m/s para a vazão média, ao
) 10llgll ,k Illdo o período de projeto. Este critério leva a resultados próximos daque- 10) (b)
j
6.4. p\.\I\1ETRO MÍNIMO
) 6.7. CÂMARAS VISITÁ VEIS
) (\Iilsi,krando que, para tubulações de pequeno porte, quanto menor o diâme-
tro 11\:1111i i\ 11l)~sibilidadede obstrução, é recomendável que o diâmetro mínimo do
o sifão invertido deve ser projetado com duas câmaras visitáveis: câmara de
)' montante ou de entrada e câmara de jusante ou de saída,
si ITi. I "I' l'ltidl) seja igual ao diâmetro mínimo do coletor de esgoto. É prática usual a
), A câmara de montante é projetada de maneira a encaminhar o escoamento para
ndo~':\ll,lil diúl11etromínimo de 150 mm.
as canalizações que constituem o sifão propriamente dito e a câmara de jusante,
) l~•.•.''I\lcnda-se, portanto, para diâmetro mínimo o valor de 150 mrn,
destinada a induzir o efluente para o coletor de jusante, evitando-se refluxos de
) águas para as tubulações dosifão que não estiverem sendo utilizadas.
6.5. \lll\\ERO DE TUBULAÇÕES A distribuição do fluxo para as tubulações na câmara de montante poderá ser
) feita através de vertedores laterais ou da opéração de stop-logs ou comportas,
(\ ~11:ÍlIinvertido deverá ter no mínimo duas tubulações, a fim de possibilitar o
) Em geral, tem sido utilizada a altemativa de stop-logs que possui a vantagem de
isol;1I1",,,Il'de uma delas sem prejuízo de funcionamento, quando for necessária a
poder distribuir melhor as vazões, de modo a manter sempre uma velocidade
) excé"'-'\" lI<:reparos ou desobstrução.
mínima de autolimpeza. Por outro lado, essa alternativa tem a desvantagem de
N,' "I SI' de instalação onde há grandes variações de vazão, o número de tubu-
) requerer a entrada de pessoas na câmara de montante para efetuar a operação dos
), lay().'~ 1","kI'Ú ser aumentado convenientemente de modo a garantir a manutenção
de Vl'III\ldade~adequadas ao longo do tempo.
stop-logs.
A utilização do vertedor lateral tem a vantagem de dispensar a entrada freqüen-
)1 l te de pessoas na câmara, porém ocasiona maior perda de carga, pois pode ser
)1;11 6.6. I'ERFIL DO SIFÃO considerado um obstáculo submerso quando o escoamento passa sobre ele, Quan-
)
I'
I'~ l,,'rdas de cargas e a facilidade de limpeza são dois aspectos que devem ser
do se utiliza o vertedor lateral, devem ser tomados os devidos cuidados quanto às
velocidades para que atendam as condições de auto limpeza,
consi.kr,Id.1s para a definição do perfil de um sifão. As câmaras de montante e de jusante devem ser projetadas com dimensões
)
n 1"'!'Iilque tem sido normalmente utilizado é o que se assemelha a um trapézio adequadas, de modo que permitam o acesso e a movimentação de pessoas e equi-
) COI1\ ;\I,lsl' menor para baixo e sem a base maior. Emprega-se ainda sifões com
pamentos.
)1 perfil ('1\\ U, dependendo do espaço disponível para sua implantação,
~;I fi~;ura 6.4 são apresentados diversos perfis esquemáticos de um sifão.
) (\\\\t~'rme mostra a figura 6.4, os tubos de um sifão podem ser construídos 6.8. VENTILAÇÃO
]i obliql\,\\lIl'nte como em (a), verticalmente como em (d), misto como em (b) e (c).
Quantidades consideráveis de ar e gases são arrastadas pelo escoamento dos
FI\\h't'<la escolha do perfil seja função das condições locais e do espaço dispo-
): esgotos nos coletores funcionando em conduto livre. Entretanto, esse fluxo é inter-
nívdl'\t';\ sua implantação, é de fundamental importância que se procure proj etar o
rompido na câmara de montante do sifão invertido, uma vez que o escoamento no
) si rã.\ ,'\'1" :\tlgulos suaves que permitam a utilização de equipamentos mais simples
sifão se dará em conduto forçado.
)\ de lil\\\"':i\ c desobstrução. .
)
)
(;
)
)
208 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO SIFÕES INVERTJDOS 209 )
)
A retirada de ar é feita através de tubulação com diâmetro variando de um
DISTRIBUiÇÃO DO F~A
-VERT EOOR LATERAC LI--"7 décimo até metade do diâmetro do sifão. Quando se interliga as duas câmaras, essa )
b-- '
~ f
,,r
j
3
-
-
>.-':
--iJ
tubulação geralmente é localizada em paralelo às tubulações do sifão.
6.9. EXTRAVASOR
)
)
CA MARA D!EMONTANTE
I TUa:LACÁO DO SIFÃO
CAMARA DE JUSANTE
A possibilidade de ocorrência de acidentes, quebras, entupimentos etc, que ()
podem interromper o funcionamento do sifão requer a instalação de dispositivos de
PLA NTA extravasão ou de descarga. I)
Quando o sifão destina-se à travessia de um curso d'água, pode-se prever uma ( )
COLETDR AFLUENTE
canalização extravasora na câmara de montante, com cota suficiente para o lança-
mento dos esgotos no rio. Esta solução só não é utilizada nos casos em que a )
manutenção da qualidade da água no corpo receptor a torna inviável e desde que as ( )
canalizações afluentes possam ser extravasadas em outros locais.
! )
6.10. MATERIAIS ,)
)
Para o sifão invertido podem ser utilizados tubos de ferro fundido dúctil, con-
CORTE A-A ()
creto armado, aço ouplástico.
Nos casos em que o sifão é construído sobre leitos de cursos d'água, deve-se )
Figura 6.5 - Sifão invertido com distribuição de fluxo através de vcrtcdor lateral.
verificar seu peso ou ancorar as tubulações para prevenir sua flutuação, condição
que pode ocorrer durante o periodo de construção ou quando do seu esvaziamento )
Devido a essa interrupção, haverá um acúmulo de ar e gases que poderá dar para reparos. )
origem a uma pressão positiva na câmara de montante, de modo a provocar o Os tubos leves geralmente são revestidos com uma camada de concreto visan-
')
escape de gases com odor desagradável, através de orificios e frestas dos tampões do impedir seu deslocamento e, às vezes, para sua proteção.
de acesso a esta câmara. I)
Se a câmara de montante for completamente vedada, os gases passam a cami-
6.11. CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES ( )
nhar em sentido inverso ao do escoamento, até conseguir escapar através de poços
de visita a montante do sifão. Neste caso, todo o oxigênio na câmara é exaurido e Uma das principais preocupações ligadas ao uso de sifões invertidos se refere a )
gases, principalmente o sulfidrico que desprende do líquido devido ao aumento de eventuais necessidades de desobstruí-Ios, particularmente quando ocorre o acumu- )
turbulência ocasionado pelo dispositivo de controle de vazão, se concentram po- lo de sólidos mais pesados, como pedras, que resistem 'ao arraste hidráulico e re-
dendo trazer sérios problemas de odor. Com o acúmulo de sulfetos na câmara de )
querem a utilização de equipamentos mecanizados de limpeza. Procura-se utilizar
entrada, este local se torna um ambiente altamente tóxico que pode causar a morte os mesmos equipamentos utilizados para a limpeza das redes coletoras, para limpar )
de operadores que visitam a câmara sem a devida máscara de proteção. os sifões invertidos.
Para minimizar estes problemas, pode-se interligar a câmara de montante à de )
Um equipamento de limpeza de sifões invertidos bastante eficiente e usado em
saída, por meio de tubulação, de modo que os gases sejam transferidos para a São Paulo é o "Bucket machine" (figura 6.6), que é utilizado para a limpeza de )
câmara de jusante e arrastados pelo fluxo de esgotos ajusante do sifão. Dependen- redes coletoras de esgotos, quando estas contêm terra ou pedras depositadas em ( )
do da localização da câmara de montante, os gases poderão ser lançados na atmos- quase toda a extensão. Trata-se de duas máquinas que trabalham em conjunto,
fera, desde que as condições ambientais do local não sejam afetadas. Neste caso, ( )
denominadas, respectivamente, carregadeira e descarregadeira, instaladas na câma-
não haverá a necessidade de interligaçãoda câmara de montante com a câmara de ra de montante e na câmara de jusante. Este equipamento é provido de um motor.. ()
jusante. o qual aciona uma roldana que enrola e desenrola um cabo de aço. Na outra extre-
!)
()
-:")
)
)
210 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
SIFÕES INVERTIDOS 211
)
700
) midade do cabo há uma caçamba que é arrastada pelo interior das canalizações,
raspando a soleira e recolhendo o material ali sedimentado. Existem caçambas de
600
) diferentes tamanhos, sendo que sua escolha depende do diâmetro das canalizações
) do sifão invertido, assim como das dimensões das câmaras de montante e de jusante.
O sifão invertido apresentado na figura 6.2 foi concebido para a utilização do "Bucket
)
machine".
)
DESCARREGADEIRA CARREGADEIRA
) o
t ••
N
) :;
)
)
) IMPLANTA Ão 00 SIFÃO
) i
j. Figura 6.7 - Vazões afluentes ao sifão ao longo dos anos
SENTIDO DA CORRENTE
) I1
), li, Entretanto, nos casos em que o "Bucket machine" não é eficiente para a limpe-
J: za, ou nos casos em que é necessário completar a limpeza efetuada pelo "Bucket Etapas Vazões (Ris)
)1 I machine", pode ser utilizado um equipamento combinado de alto vácuo e alta pres- Média (Q) Máxima horária' Máxima
I
I I
), I são. Este equipamento consiste no uso de água por alta pressão, que produz a Dia qualquer
limpeza, sendo que, a remoção do material será efetuado pelo equipamento de alto Imediata (Implantação) 80 111 130
): vácuo. Primeira Etapa (após 10 anos) 200 283 336
I
! I Segunda Etapa (após 20 anos) 328 446 534
I: !
,I 1 '
6.12. EXEMPLO DE CÁLCULO - Projeto de um sifão invertido • Vazão máxima horária dia qualquer- utilizada para verificação da autolimpeza, sem K,.
)1 .
,I
)1 . Elaborar o projeto de um sifão invertido com os seguintes dados: b) Comprimento do sifão
)1 a) Vazões do projeto
i O comprimento do sifão é de 40 metros.
JI
) Ao longo dos anos, as vazões afluentes ao sifão serão de acordo com os valores c) Características do coleto r que aflui ao sifão
mostrados na figura 6.7. .
J Pela figura 6.7 têm-se as vazões para cada etapa do projeto, as quais são • Diâmetro: 800 mm
i
)I mostradas na tabela 6.1. • Declividade: 0,0036 mim
• Cota da soleira do coletor afluente: 384,00 m
~II
)
--:-:i
)
)
)
0111 , Q3 = 446 - 283 = 1631'./s
SI = -' - = 0,123 m2 que tambem resulta em D. = 400mrn )
0,90
0,163 2 )
• Determinação do diâmetro da tubulação 2 para atender a primeira etapa, em
S) = 090·
,
= 0,181 m que também resulta em OJ = 500 mm.
)
primeira aproximação.
()
2. Cálculo da curva característica e a forma de se operar o sifão.
Para Qmcd = 200 eis )
Para determinar a curva caracteristica do sifão são calculadas as perdas de
Q2 = 200 - 80 = 120 I'./s )
carga, que se compõem de perdas de carga localizada e perdas de carga distribuída.
)
S2 = 9.!. = 0,120 = 0,200 m2
I )
Q 0,60 • Perda de carga localizada
)
O 2--J4S2
---
_J4XO,200-050- , 5m
f )
1t 1t
')
)
214 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO SIFÕES INVERTIDOS 215
Tabela 6.2 - Coeficiente de perda de carga localizada, em função das peças do sifão Tabela 6.4 - Perda de carga total, em função da vazão para o sifão com tubulação de 500 mrn
de vazões de cada tubulação. Pela distribuição das vazões ao longo do período de que haverá auto limpeza nas tubulações do sifão.
JiI Considerando a forma de operar o sifão e as vazões afluentes, pode-se prever,
projeto e considerando-se as velocidades de autolimpeza nas diversas tubulações
)1 do sifão, pode-se admitir uma perda de carga máxima de 0,35 metro. conforme apresentado na figura 6.9, o período de operação das diversas tubulações
),: II do sifão. (tabela 6.6).
JI
)
(n
( )
()
.,
o
t-
I )
o
•...
O
()
..
o
'"::
)
------- ~
•• I )
O
.,
'0 )
( )
O o E 4 e 8 10 12 14 16 19 20 22 :!4 28 28
''"" ANO
( )
o Figura 6.9 - Determinação do período de operação do sifão, em função da vazão. )
O
.,
)
g
.•. Tabela 6.6 - Períodode operação das tubulações do sifão .
)
.Tubulação do sifão Período de operação (anos) I )
" <,
<1' ~ Para a determinação dos níveis de água nas câmaras do sifão, foram considera- I)
<, das as vazões que ocasionam as perdas de cargas máximas (.1H =0,35 m), confor- , )
"1', ~
me se observa na figura 6.8. Na tabela 6.7, estão determinadas as cotas dos níveis
)
I!I <, 'I: de água na câmara de montante para essas vazões.
"I
"!.I ," ,,, 8 , )
Na figura 6.10 são apresentados os detalhes da câmara de montante e o nível
c;.>. ",
EI
;;\
%1
'"~
.••••••.
,
O
li> de água máximo. I )
I )
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o
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O
O
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O
~
o
O
O
O
)
( •• ) 119I1Y:I lO YOIl3d
)
( )
~
)
218 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO SIFÕES INVERTIDOS 219
)
) Tabela 6.7 - Níveis de água na câmara de montante A cota do fundo da câmara de jusante será definida de modo a não afogar o
coletar efluente do sifão. Como o diâmetro e a declividade do coletar efluente serão
) Q y/D Cota do NA na câmara iguais aos do coletar afluente à câmara de montante, as alturas de lâminas de água
), ( eis) (m) de montante (rn)
serão iguais. Assim, a cota do fundo da câmara de jusante deverá ser:
150 0,30 384,24
) I ,
250 0,39 384,31 cota de fundo = 384,00 - 0,35 = 383,65m.
) , , 400 0,50 384,40
500 0,57 384,46 Na figura 6.11 são apresentados os detalhes da câmara de jusante, inclusive o
): 650 0,69 384,55
nível máximo de água.
)
CÂMARA DE
) MONTANTE
) COLETORAFLUENTE
VN.A.max.:~5
)
384,00 ...,.,
) 1=0,0036 mm
)
.~. TUBULAÇÃO DO SIFÃO
)
I Figura 6.11 - Detalhes da câmara de jusante.
)~
!
) !\ Figura 6.10- Detalhes da câmara dc montante.
4. Ventilação do sifão
) .':
• Câmara de jusante Será projetada uma tubulação para a ventilação do sifão a ser localizada na
.,,
câmara de montante, pois está se admitindo que os gases expulsos não afetarão as
) o nível de água na saída do sifão é resultante do nível de água de montante, condições ambientais do local. Seu diâmetro será equivalente a um décimo das
menos a perda de carga. Considerando as vazões transportadas pelo sifão que tubulações do sifão.
)
ocasionam as perdas de carga máxima, tem-se os níveis de água na câmara de Áreas das tubulações do sifão:
). jusante, conforme apresentado na tabela 6.8.
2
10400mm -+ SI
) ! Tabela 6.8 - Níveis de água na câmara de jusante
= rrD
4
= rr.(0,40)2
4
= 0126 m2
'
) ,
2 2
Q . Cota do NA na Perda de carga Cota deiNA na câmara
) 2"'500mm -+ S? = 2 rrD = 2.rr.(0.50) = 0393 m2
(f.Is) câmara de montante (rn) (rn) de jusante (m) ~ - 4 4 '
) 150 384,24 0,35 383,89
250 384,31 0,35 383,96 A área equivalente das tubulações do sifão será de O, 517 m'. Portanto a área
)
400 384,40 0,35 384,05
da tubulação de ventilação do sifão será de 0,05.19 m2 e seu diâmetro será de
) 500 384,46 0,35 384,11
250mm.
650 384,55 0,35 384,20
J
)
•
(
\l
')
BRIENZA, 0.0. - Manutenção das Redes Coletoras de Esgotos. In: Sistemas de Coleta )
lC::
e Transporte de Esgotos Sanitários. Capo 16. Curso por Correspondência. CETESB.
1987. . )
ei
;4
01
FERRETTI, M.R.J. - Aspectos
EGP. Março de 1993.
Operacionais dos Sifões. SABESP. Relatório Interno )
CI)
Q )
I LEME. F.P. - Sifão no Sistema de Esgotos. VI Congresso Brasileiro de Engenharia
~. - -- -.- hm SanillÍrio Tema I. Vol, 11: 201-20X. São Paulo, Janeiro de 1971. )
~I/ !
I ""i MACHADO NETO . .J.G.O. - Uli/i::açe/o de Sifõe» Invertidos /IOSSistemas de Esgotos )
i
Sanitários. Trabalho apresentado no Curso de Pós-graduação da Escola Politécnica
I )
da Universidade de São Paulo - 1'1-10-784. Seminário de Saneamento Básico, No-
I vembro de 197X.
)
i:
I
I I ;
.- METCALF & EOOY, INC - Wuslewater Engineering: Col/ection and Pl/mping of
IVastelVate/: McGraw-Hill. New York. 1981. )
1 I
II
I NUCCI. N.L.R. - Sifões Invertidos. In: Sistema
tários. Capo I D. Curso por Correspondência.
de Coleta e Transporte
CETESB. 1987.
de Esgotos Sani- )
I
,
I
I
~I
I
el )
ei .~ PURSCHEL, W. - Las Redes Urbanas de Saneamento. Urrno S.A de Ediciones. Espana.
o 1976.
o o. u
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)
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~ ::,, l!! SEN, R.N. - IVcUerSupplv and Sewerage. Kalyani PlIblishers. New Délhi. 1981.
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CAPí~ULO 7
)
) i·
I,
) 7.1. INTRODUÇÃO
)
)
)
:j
)
)
)
224 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITi\ltIO
CORROSÃO E ODOR EM SISTEMAS DE ESGOTO 225
)
7.2. SULFETOS EM ESGOTO SANITÁRIO 7.2.2. Formas de sulfetos dissolvidos )
)
7.2.1. Origem Sulfeto de hidrogênio (H~S) molecular formado pela redução de sulfato, dissol-
ve em água e se dissocia de acordo com a reação de ionização reversível, expressa, )
f' I
t' !
Sul fetos em esgoto sanitário podem ser provenientes de despejos industriais, de corno:
)
i
águas de infiltração, da decomposição anaeróbia de matéria orgânica contenda en-
;. )
I xofre (por exemplo aminoácidos tais como cisteina, cistina e metonina), pela redu- (7.4)
i
\
ção de tiosulfato, sulfito, enxofre livre eoutros compostos inorgânicos de enxofre
eventualmente presentes no esgoto, porém, sua principal origem é a redução (7.5)
)
f 1
bacteriana anaeróbia do ion sulfato (S042.), presente no esgoto. O ion sulfato é )
normalmente encontrado em esgoto sanitário, podendo sua concentração variar A distribuição dessas espécies como lima função do pH é apresentada na figura )
desde poucas até centenas de miligramas por litro. 7.1. Desta figura, pode-se concluir que as formas predominantes de sulfeto encon-
)
A principal origem de sul fetos em esgoto sanitário é devida à ação de bactérias tradas no esgoto sanitário, cujo pH fica normalmente entre 6,5 e 7,5 são H2S
que reduzem o sulfato para obter energia para sua manutenção e crescimento. Sob (aquoso) e HS, )
condições anaeróbias (sem oxigênio), dois gêneros de bactérias anaeróbia obrigató-
)
ria da espécie Desulfovibrio, cornumente chamadas de bactérias redutoras de sul-
i fato, podem converter sulfato a sul feto. Dv. desulfuricans, Dv._vulgaris e Dv )
I salxigens são os principais membros da espécie Desulfovibrio associada a essa )
j, 80
transformação.
A reação de redução é normalmente casada com a oxidação de matéria orgâni- )
ca e, em casos especiais, hidrogênio. Quando se tem a oxidação da matéria orgâni- ~
E 60
rn
,)
ro
ca, a produção de sulfetos pode ser representada pelas equações: c
ê )
~ 40
)
j
)
)
226 COLETA E TRANSPORTE Di: ESGOTO SANiTÁRiO CORROSÃO E ODOR EM SiSTEMAS DE ESGOTO 227
)
.:. ;
) r "
trações de H2S no ar.pode causar dores de cabeça, náuseas e irritaçào nos olhos.
, Maiores concentrações de H"S podem causar paralisia do sistema respiratório, re-
), sultando em desmaios e possivelmente morte. Concentrações de 0,2% no ar é fatal
); , a seres humanos após exposição por poucos minutos. O gás H2S é explosivo a
concentrações de 4,3 a 45,5% no ar.
) O gás sulfídrico é moderadamente solúvel em água e sua solubilidade decresce
ESGOTO
)
7.2.4. Processo de formação de sulfetos na coleta e transporte de esgoto
) sanitário
)'
As bactérias redutoras de sul fato a sul feto podem ocorrer apenas em ambiente
) anaeróbio, e normalmente se desenvolvem na camada de limo subrnersa que se
) forma nas paredes dos condutos de esgoto. Esta camada de limo é mostrada na
figura 7.2, considerando o esgoto com 0.0. (oxigênio dissolvido) de cerca de I mg/r, Figura 7.2 - Redução de sulfato em condutos de esgoto com oxigêniosuficiente para prevenir o
) e na figura 7.3, o esgoto com 0.0.=0. transporte do sulfcto para o liquido
) I:, camada.
I!' A presença de areia no esgoto, fluindo com baixas velocidades (e baixa tensão
)! ';i , '
de arraste) mesmo nas horas de pico, permitirá a deposição de areia nos condutos,
)1 formando depósitos que reterão também matéria orgânica, se tornarão anaeróbios,
i com desenvolvimento de bactérias anaeróbias, resultando em condições adequadas
)! I
para a geração de sulfetos,
ESGOTO
)1 OXtGENIQ DISSOLVIDO = o
A camada de limo normalmente contém uma população heterogênea de micror-
JI
PRESENÇA DE SULFETO DISSOLVIDO
ganismos. A espessura da camada anaeróbia inerte aumenta gradualmente e, perio-
r dicamente, uma porção se desprende da parede do conduto. Sulfato (SO}·), matéria
)l orgânica e nutrientes são transferidos por di fusão para dentro da camada anaeróbia
I e o sulfeto produzido dentro desta camada se transfere para fora dela. também por
~I
)I
difusão. Se existir uma camada aeróbia de limo, em vista da presença de 00 no
líquido (Figura 7.2), o sulfeto deixando a camada anaeróbia será oxidado e não
chegará ao líquido. Por outro lado, quando se tem o 0.0=0 (Figura 7.3), o sul feto
que deixa a camada anaeróbia é incorporado ao fluxo de esgoto.
)
Figura 7.3 - Redução de sulfato e transporte do sullcto produzido para a corrente líquida.
)
)
f)
)
I )
)
228 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITARIO CORRosAO E ODOR EM SISTEMAS DE ESGOTO 229
)
7.2.5. Previsão de ocorrência de sulfetos em tubulações de esgoto. formação onde na realidade não ocorre e que, por outro lado, para grandes vazões )
a fórmula pode não indicar a formação quando na verdade é observada a ocorrên-
)
Diversos modelos têm sido propostos para a previsão de sul feto e dentro todos era.
o mais citado é a fórmula Z desenvolvida por Pomeroy (appud Takahashi, 1983) a Richardson (appud Takahashi, 1988) recomenda a sua utilização para uma , )
partir de uma equação proposta por Davy, quese segue. faixa de vazões compreendidas entre 3 e 2.000 Ns. I )
onde: Z = indicador de tendência para a ocorrência de sul fetos, mg. SI'31 e.pé; 7.3. CORRosAo CAUSADA POR SULFETO DE HIDROGÊNIO
, )
[ ' DBOE = DBO . l,oiT•20) = DBO efetiva, mglf;'
)
DBO = demanda bioquímica de oxigênio a 20"C e cinco dias, mg/r;
7.3.1. O processo de corrosão por sulfeto de hidrogênio.
T = temperatura, "C )
[ = declividade da tubulação, mim;
- d . ,{ o
sulfeto de hidrogênio presente na fase líquida escapa para a atmosfera local, )
Q = vazao e esgoto. pes /s;
em quantidade que depende da sua concentração no líquido. O H~S é então transfe-
p = perímetro molhado, pé; )
rido da atmosfera local para as paredes do conduto, acima da superfície líquida,
b = largura da superfície do líquido, pé. )
que são normalmente úmidas devido ao líquido ai condensado. O sul feto de hidro-
gênio retido nessa umidade é cntã() convertidoa ácido sulfúrico por bactérias aeróbias )
As condições prováveis para a geração de sul fetos são apresentadas na tabela 7.1.
de gênero Thiobacillus, conforme segue:
')
Tabela 7.1 - Condições para a geração de sullctos segundo a fórmula Z de Porncroy e Davy
bactérias H SO )
l/ 1
H2 S + 20 2 ) 2 4 (7.7)
Valores de Z (mg.s /f.pé) . Condições a serem observadas )
!" t
i'
Z < 5.000 sul feto é raramente gerado Esta reação é normalmente limitada pela umidade e pela presença de oxigênio, )
5.000 sZ :s; 10.000 condição marginal para a geração de sul feto uma vez que espécies de Thiobacillus como r concretivorus, permanecem ativas
Z> 10.000 comum a geração de sulfeto )
em solução contendo até 7% de ácido sulfúrico (Metcalf & Eddy - 1981).
FOI/te: Takuh ashi (/988) A figura 7.4 ilustra o processo de formação de H2S04. I )
O ácido sulfúrico reage com o cimento dos condutos de concreto (em tubos de
)
ferro de sistemas de esgoto o processo é similar), formando uma pasta que fica
O valor de Z a ser utilizado no projeto das tubulações de esgoto, para se previnir I )
fracamente ligada aos agregados inertes do concreto, 'que se espalha por toda a
quanto à geração de sulfetos, tem sido apresentado por diversos autores, podendo-
superficie do conduto acima do nível do líquido. Esta pasta se desprende das pare- )
se destacar aqueles citados por Takahashi (1988)
des do conduto, por seu próprio peso, ou é arrastado pelo líquido quando seu nível
r)
i' )
232 COLETA E TRANSPORTE DE L:SGOTO SANITARIO
CORROSÃO E ODOR EM SISTEMAS DE ESGOTO 233 ~)
TUBOS DE PVC , )
Ultimamente a vitrificação tem sido dispensada, estando inclusive prevista em
,)
Norma da ABNT. NBR 5645 de 1983 "Tubo cerârnico para canalizações -
.~o ponto de vista de resistência ao ataque de ácido sulfúrico, o PVC (cloreto de
Especificação". Nos tubos não vitrificados, a norma exige menor valor no ensaio de ')
polivinila) atende aos requisitos, nas concentrações encontradas nos coletores de
absorção de água. Como as bibliografias consultadas sempre exaltam as qualidades
esgoto. )
dos tubos cerâmicos vitrificados, há necessidade de se acompanhar o comporta-
mento desses tubos não vitrificados. . \ )
TUBOS DE fERRO fUNDIDO
,)
TUBOS DE CONCRETO
O ferro fundido é largamente utilizado em linhas de recalque e, mesmo em ( )
condutos por gravidade, em travessias de ferrovias e córregos, onde ocorrem altas
Tubos de concreto para esgoto são especificados em Norma da ABNT em )
cargas externas a pequena profundidade, em si fões invertidos ou sobre pilaretes.
diâmetro que variam de 200 a 1000 111mpara concreto simples (N BR 8889 de
1985) com as classes S-I e S-2 e para concreto armado (N B R 8890 de 1985) com
Em contato ?ireto. com o sul feto, o ferro fundido está sujeito à grafitização, ( )
quando os cnstais de ferro são dissolvidos para formar sul feto de ferro, deixando
as classes A-2 e A-3 para diâmetros de 400 a 2000 rnm. )
uma massa porosa.
Cabe aqui uma observação em relação aos tubos de concreto para águas plu-
.A pior cOI~dição de corrosão interna ocorre quando o tubo está parcialmente ')
viais. Para águas pluviais há normas para o concreto simples com as classes C-I e
cheio, pOIS, alem do ataque de sul feto, pode haver o ataque de ácido sulfúrico na
C-2 e para o concreto armado com as classes CA-I, CA-2 e CA-3. Estes tubos não 1 )
parte não submersa.
são adequados para esgoto sanitário. , )
Caso o tubo de ferro fundido seja revestido de arzamassa de cimento e areia ,
As normas referentes a tubos de concreto para esgoto trazem rigor maior nos b
também para neutralizar o ácido sulfúrico formado, não deixando só por conta do
Um item que merece atenção especial é o referente às juntas, principalmente )
ataque ao cimento. Isso retardaria o avanço da corrosão.
quando há utilização de juntas flexíveis. O assentamento de tubos cerâmicos é
Uma outra maneira de prolongar a vida útil dos condutos é a adoção de cimento )
executado tradicionalmente com juntas de material betuminoso. A SABESP tem
que seja mais resistente ao ataque do H2S04 e de medidas que diminuam a porosidade
feito experiências no interior do Estado de São Paulo com juntas rígidas de cimento )
do concreto. A utilização de cimento Portland de escória de alto fomo ou cimento
e areia, com vantagens em ralação ao custo, à produtividade, à facilidade de execu- ,)
pozolânico aumenta a resistência ao ácido sulfúrico. A diminuição de porosidade
ção e aos resultados obtido em relação à junta de material betuminoso.
pode ser conseguida aumentando convenientemente o consumo de cimento e limi- ( )
Ultimamente alguns fabricantes de tubos cerâmicos têm dado maior atenção
tando o fator água-cimento.
também às juntas flexíveis de borracha. ( )
Os tubos de concreto, PVC e ferro fundido, além de alguns métodos construti-
i )
vos não destrutivos (Shield), são atualmente assentados com as juntas flexíveis
()
I )
j
J
) 234 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO CORROSÃO E ODOR EM SISTEMAS DE ESGOTO 235
)
feitas de vários tipos de elastômeros, comumenre chamados de borracha. A escolha de 8 km. Em inspeção feita com televisionamento, após 15 anos notou-se o desta-
) camento deste revestimento em alguns pontos.
de elastôrnero mais adequados para cada caso deveria receber maior atenção, em
) face da grande variedade existente no mercado. Há necessidade de especificar o
tipo de elastômero, considerando as características dos esgotos, principalmente em 7.4. ODOR E OUTROS EFEITOS DEVIDOS AOS GASES EM ESGO-
p'
: ~" regiôes industrializadas. Em alguns casos, pode se estar utilizando o tipo inadequa- TO SANITÁRIO.
) , '1
do para um efluente específico, ou ainda especificando um produto onde não have-
)' ria necessidade. 7.4.1. Ocorrência dos gases e odores característicos.
Do ponto de vista de resistência química, o neoprene é o elastômero mais
j resistente às substâncias que podem ser encontradas no esgoto. Todavia, nem sem- Em sistemas de coleta e transporte de esgoto sanitário, a ocorrência de gases
) pre o seu uso é necessário. pode ser decorrente da sua chegada aos condutos de esgoto por vazamentos de gás
) natural ou manufaturado, vapores de gasolina, monóxido de carbono; gases prove-
ESTRUTURAS nientes de despejos industriais; ou pela liberação de gases produzidos pelas trans-
) formações biológicas que ocorrem no sistema, em que o sulfeto de hidrogênio é o
As estruturas encontradas nos sistemas de esgoto sanitário são principalmente mais importante deles, e cuja geração já foi anteriormente apresentada.
)
os poços de visita e as casas de bomba. Dentre os produtos causadores de odor em esgoto sanitário, destacam-se as
) Como ambos são feitos normalmente de componentes contendo cimento, estão aminas com cheiro de peixe. amônia, diaminas com cheiro de carne em decomposi-
) sujeitos à corrosão. ção, mercaptanas com odor de gambá e sulfetos com odor de ovo podre.
Do ponto de vista preventivo, a manutenção de condições aeróbias e a boa Em cidades planas, com escoamento mais lento dos esgotos e várias elevatórias,
ventilação tende a diminuir os efeitosdanosos. é muito comum a produção de H1S nos poços de sucção das elevatórias (Figura 7.6),
normalmente localizadas dentro das zonas urbanizadas. Isto, quando ocorre é uma
REVESTIMENTOS fonte imensa de reclamações por parte da população. Na cidade de Santos, sr, no
poço de sucção de uma das elevatórias constatou-se uma geração de 2 mglf de
) O uso de revestimentos é recomendável nas estruturas sujeitas aos efeitos cor- HcS, o que obrigou a SABESP a tomar medidas para a inibição da produção desse
rosivos. gás.
Experiências durante muitos anos com tentativas e erros com várias pinturas e
) I .':i
revestimentos para tubos de concreto em condições de esgoto séptico têm mostra-
j ..r., 7.4.2. Outros efeitos dos gases no esgoto sanitário.
) I :,'"
do que o revestimento deve ser perfeito para se ter sucesso.
! 11 Não só o revestimento em si deve ser imune ao ataque, mas não deve permitir
) , a difusão do ácido através da camada atingindo o material subjacente. Isto pode
De acordo com Metalf & Eddy (1981), lima das conseqüências da presença de
gases mal cheirosos do esgoto em sistemas de coleta e transporte, é o perigo poten-
): ocorrer nas juntas ou em pontos com falhas, mesmo efetuados na fábrica. Os cial para os trabalhadores. Alguns dos efeitos que a exposição humana ao sul feto de
I
revestimentos normalmente utilizados são à base de resina epóxi, em substituição hidrogênio pode causar são mostradas na tabela 7.1. A concentração mínima co-
)1
I aos feitos à base de betume. nhecida por causar morte é de 300 ppm; 3.000 ppm é rapidamente fatal. Gases
): As condições de controle de qualidade devem ser as mais rigorosas. Deve ser inodores em sistemas de esgoto também podem ser tóxicos.
dada a atenção ao preparo da superfície. condições de adesão, espessura, resistên- Um outro efeito da presença de gases em esgoto sanitário é o perigo de explo-
)
cia à abrasão e problemas de sol ventes. Estes têm levado à formação de bolhas e sões que pode resultar da ignição de gases, como o metano e outros mal cheirosos,
) falta de adesão. Atualmente se dispõe de epóxi sem sol vente. A tecnologia existente que podem se acumular na atmosfera dos sistemas de esgoto sanitário.
) produz revestimentos aparentemente perfeitos para tubos, mas somente a experiên-
cia irá mostrar a efetividade em condições de alta corrosividade.
) No Brasil, foi feita uma aplicação de revestimentos à base de epóxi em 1973, na
) cidade de São Paulo, na recuperação do então chamado Emissário da Vila Leopoldina,
cujas seções variam de 1,60 x 2,40 m a 1,90 x 2,80 m, numa extensão recuperada
)
)
)
í)
. \ )
, )
)
236 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO CORROSÃO E ODOR EM SISTEMAS DE ESGOTO 237
)
Tabela 7.1 - Efeitos produzidos pela exposição humana ao ar contaminado COI11 várias concentrações to afluente ao poço de sucção da elevatória conforme esquema da Figura 7.6,
)
de sultcto de hidrogênio. conseguiu-se eliminar o problema de odores no local.
)
Concentração de H2S I
)
Tempo e condições de na atmosfera do sistema '1
Efeitos
exposição de esgoto
PPM (em volume)
I'! )
)
)
Exposição prolongada,
trabalho leve
5-1O(algumas pessoas
menos)
pouco ou nenhum
I )
I
I a 2 horas, trabalho 10-50 (algumas pessoas irritações leves nos olhos
AR AFLUENTE
ESGOTO AFLUENTE
I NlvEll.1ÁXIMO
+OOLiou,OO
( )
leve menos) e nas vias respiratórias, TURBUlENC1A )
U.I.V.:>A CE ut..a
dores de cabeça. IN1ERMlTENTEI,1ENTE
SU81.1ERSO
( )
' NIVEl MINlt.40
[
__ i~l'OU'OO
6 horas de trabal ho cerca de 50 cegueira temporária )
CA/.uwAOEllt.tO
manual pesado COIHlUUJJ.1ENTE
TURBULE.NCIA
-
-rCAMADA DE LIMO
NiVEL
INTER,.1ITENTEMENTE
SUB'.'ERSO
MÁXIMO
I
, )
(
)
NlvEL tAINIMQ
)
240 COLETJ\ E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITt\RIO
M EOIÇAo DE v J\zAo DE ESGOTO 241 )
)
a) forma: retangulares, triangulares, trapezoidais etc.
I )
( )
mínima
=
da crista )
2-3 H 3a4 H
~ .• , )
Medição de nível )
(a) (b) (c) )
K K figura 8.2 - Vcricdor retangular (a). triangular (b) c irapczoidal (Cipollcni) (e). ( )
I I K~3mlll (j
b) Soleira: espessa, curta ou delgada. Nos vertedores de parede delgada, a veia
)
líquida não se adapta à soleira, motivo pelo qual não serve de guia lâmina. à
j
Figura 8.1 - Esquema geral de um vcrtcdor de soleira delgada.
)
------------ ' ..•...••' ....• _---------
.............. ,
Os componentes de um vertedor, apresentados na figura 8.1, são: " '
)
.•... ,' .
)
• crista do vertedor: é a borda superior por onde passa o líquido;
, )
• carga hidráulica: é a altura do líquido acima da crista. sem considerar a
interferência do escoamento sobre o vertcdor; (a) b) )
• lâmina: é a corrente de água que aflui do vertedor; Figura 8.3 - Vcrtcdorcs de soleira delgada (a) e soleira espessa (b).
\ )
H+~
) (8.1 )
0,08:0; ~:o; 0,33
) L
onde: H = carga hidráulica sobre a soleira do vertedor, m;
j
L = comprimento da soleira na direção do escoamento, 111;
) (a) (b) (c)
?
v-
) = termo cinético do escoamento, 111. Figura 8.4 - Vcrtcdorcs sem contração lateral (a). com uma contração (b), com duas contrações (c)
2g
)
) o limiteinferior da equação. representa o valor a partir do qual pode-se despre- 8.2.1.2. Vertcdores de soleira espessa
zar as perdas de carga pela passagem do escoamento sobre o vertedor. Abaixo
)
deste limite, o escoamento é subcritico, e o vertedor não pode ser utilizado para Do ponto de vista construtivo, este tipo de vertedor é bastante simples de ser
) medição de vazões. Para valores maiores que 0,33, não é mais possível considerar executado, constituindo-se, apenas, em um obstáculo colocado no fundo do canal.
as pressões como sendo hidrostáticas no centro do vertedor. Boussinesq (1883) foi o primeiro pesquisador a deduzir analiticamente a fór-
)
Os vertedores de soleira delgada são, ainda de acordo com a classificação de mula da vazão para este tipo de vertedor. Assumiu as seguintes hipóteses:
) French, aqueles para os quais tem-se: • contração verticai completa, o que exige p > 3H;
) • vertedor de largura indefinida;
• filetes sobre a soleira retilíneos e paralelos;
)
(8.2) • distribuição hidrostática de pressões.
)
'I,.
-.,:>
~-- -
.......................
)
~. Lencastre (1983) define como de soleira curta, os vertedores que, não sendo
) 1,
I' H
suficientemente espessos para o estabelecimento de filetes paralelos e pressões
} ., .
hidrostáticas, também não têm arestas vivas o suficiente para que haja o desco-
p
li: lamento da lâmina, Este tipo de vertedor, de acordo com a classificação de French,
é aquele em que:
)
) v-
?
Figura 8.5 - Vcrtcdor de soleira espessa
1-1+--
) (8.3)
0,33:O;~:O; i.s« 1,8 Utilizando-se a equação de Bemoulli e o princípio da vazão máxima, obtém-se
) L
a expressão geral, teórica, para vertedores de soleira espessa.
)
Para valores maiores que 1,5, a lâmina pode separar-se da crista e criar um
) escoamento instável. (8.4)
)
c) Condição de aproximação: sem contração lateral, com uma ou duas con- onde: Q = vazão, mJ/s;
) trações 1-1= carga, m;
g = aceleração da gravidade, m/s';
L = largura do vertedor, ni.
)
1
)!
)
(i
, I
)
~
)
244
li
t:\ )
COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITARIO MlDlÇAO DE VAZÃO DElSGOTO 245 li,
I )
Estas hipóteses são simplificações dos escoamentos existentes, em casos reais. 8.2.1.3. Vertedores de soleira delgada i'
• )
Experiências realizadas por Bazin, indicaram uma variação no coeficiente de vazão, I'
dependendo da carga e da largura do vertedor, conforme pode ser visto na tabela Boussinesq também deduziu a fórmula teórica para vertedores retangulares de !.~
. )
8.1. soleira delgada. utilizando-se o princípio da vazão máxima e com base nas seguintes f
hipóteses: . I', )
i·
,'o
Tabela 8.1 - Variação do coeficiente de vazão. em função da largura e carga hidráulica. para vcrtcdor I'" )
f;
de soleira espessa. • filetes concêntricos em relação ao centro O (ver figura 8.6); ~I,
I )
• vertedor sem contração lateral. f·
Largura da soleira (rn) Carga hidráulica H (m) Coeficiente de vazão (m) '.
} I )
I·
H )
0,8 0,15 a 0,40 0,3 7 a 0,39
2,0 0,15 a 0,40 0,345 a 0,373 I
)
p ~ (
)
)
H H ~, )
0,08 ~ - ~ 0.33 c --~0.35 (8.6) sendo:
L H+p ,
~. )
I
Nestes intervalos, o coeficiente de descarga pode ser considerado constante, ;11 )
(8.9) 1-:
resultando na equação 8.7, onde tem-se a relação carga hidráulica e vazão. ~:. .f )
) c = UDS[I +0,26(~J2]
H +p
) • Disposições construtivas
)
d) Fórmula da Sociedade Suíça de Engenheiros e Arquitetos (SI AS) (1947)
Recomenda-se, para vertedores retangulares largura mínima de 0,30 m. Para
); , dimensões menores, as medições realizadas com vcrtedores triangulares são bem
I 1.
mais precisas. Na prática, são comuns os vertedores de até 3m de largura, entretan-
í p) 2] .j2g
)
i' I H
I
} ,: . .'
C = 0,41
(
I -1-
I000 H + 1,60) [
I + 0,5 --
\. H -I-
2g
(S.13) to, a partir de 2 m de largura, as condicionantes para o emprego desta forma de
I í medição são de ordem econômica.
) : 'li '.' Os vertedores com contração lateral, apresentam a vantagem de não necessita-
) . " Para vertedores com contração lateral, em que a largura do vertedor (fl.) é rem da ventilação, pois a própria contração lateral permite a ventilação da face
menor que a largura do canal (L), utiliza-se a correção de Francis, que leva em interna da lâmina, desde que, a distância ao lado do canal seja, no mínimo, O dobro
) da carga máxima esperada.
consideração que cada contração reduz o comprimento em 10% da carga (H).
) Neste caso, o comprimento efetivo «clCli',.) será:
i I
)
a) para uma contração lateral
) I'dCli'''= t- O, I H
) ]-]IlIó1'
~I
mente com (Ieli,,",
)
I)
)
Ir )
>
248 COLI.:TI\ E TRANSPORTE DE I.:SGOTO Si\i'!ITÁRIO
i'vIEDIÇAo DE v/\zAo DE ESGOTO 249
li
Q=C-tu(-
15 '"
8 a'c.
2 ) H2
"Lg
~ (8. I 7) ,.",
I
(
II I
Além disso, de acordo com 80S (1976), a carga (H) deve ser substituída pela
carga efetiva dada pela equação (8. I 8). Nessa equação, K, foi obtido experimental-
)
mente em função do ângulo a, e pode ser obtido através do gráfico da figura 8. 10.
I
)
')
')
)
)
MEDiÇÃO DE '!.,I\ZÀO DE ESGOTO 251
)
Parâmetro de correção da carga (Kh) Tabela 8.2. V~zões máximas e minirnas para vcncdorcs triangulares com diferentes ângulos do
) vcrucc
3 r··· ..···..···
..···· ··························
··..·· ; , , ,
)
Angulo Vazão mínima (Us) Vazão máxima (Pís)
)
n" 30' 0,242 76 "
) 30" 0"19
,_L
,-
104
2 45" 0,504 159
60" 0.703 222
) 90° 1,22 385
) 120" 2,11 667
FOJ/le: Lencastre, 1983
)
) 8.2.1.5 Vertedor Trapezoidal (Cipolletti)
o : ~ . ~ . ~. . ..~ .__ .. ---.1
)
O W ~ ~ ~ 100 1W Os vertedores trapezoidais têm em geral a forma de um trapézio isósceles com
) Ãngulo em graus a base menor na parte inferior. O tipo mais utilizado é o chamado vertedor CipolIetti
) Figura 8.10 - Valores de K" em função do ângulo fi do vcricdor. FOI//e: l.encnstrc (/983).
que apresenta inclinação dos lados de I(H):4(V),Neste tipo de vertedor a inclinação
dos lados apresenta a vantagem de compensar a contração lateral do vertedor re-
),
tangular de mesma largura. Nestas condições pode ser utilizado o mesmo
), equacionamento empregado para vertedores retangulares dado por:
Pesquisas mais recentes apontam a equação abaixo como sendo mais apropria-
i
J; da que a de Thompsom:
3
)i ' Q =CLH2 (8.21 )
I'
) I' , .' -. (8.20)
Q =1.38H 2
; 'I" com:
li .'1' ..
!~
)l ,. 1
I
·:1~.".'
,
• Disposições construtivas
JI _ e o coeficiente ~t pode ser adotado como sendo 0,63, para os limites de aplica-
quais pode-se citar a di ficuldade de se produzir a geometria exata do vértice e o
çao deste upo de vertedor.
efeito de capilaridade, que pode restringir a utilização do vertedor a cargas altas.
)I '
~I;, Assim como os vertedores retangulares,
canal a qualquer extremidade
máxima.
Recomenda-se
a distância mínima das paredes do
do vertedor deve ser o dobro da carga hidráulica
)
)
)
MEDIÇÃO DE VAZÃO DE ESGOTO 253
252 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
e a equação do vertedor é:
I',
Q = ~ L(H - b)J2gb (8.24) .
4 PI
I· I"
i'!
li'
!'I
~
I
j
!!
rn..~---+l---+l2H",. x :;; , )
L ~ z' I!
I ,,..
!I
)
b
)
Figul"U 8.11 - Vcrtcdor trapczoidnl tipo Cipollcui L
)
0,3 8,20 32,4
66,5
0,1 0,805 0,8 0,536 6,0 0,247 16 0,156 ki
I:
.004 10,9 0,2 0,732 0,9 0,517 7,0 0,230 18 0,147 I j
I I
0,5 13,7 116 0,3 0,681 1,0 0,500 8,0 0,216 20 0,140 11
16,4 183 )
0.6 0,4 0,641 2,0 0,392 9,0 0,205 25 0,126
0,8 21,9 37ô 0,5 0,608 3,0 0,333 10 0,195 30 0,115
1'::11
I·
,11
1,0 27.3 657 0,6 0,580 4,0 0,295 12 0,179
1.5 41.0 1810 0,7 0,556 5,0 0,268 14 0,166
,
il' ;
I, )
2,0 54,6 3720
i,, I
Fonte: Lencastre, 1983
3.0 82,0 10.200 ;11 ,
Follfe: Graiu & DIIII'.wJ/I. 19<)5 1':1
)
8.2.2 Calhas
)
8.2.1.6. Vertedor Sutro ou proporcional 8.2.2.1 Introdução
)
Neste tipo de vertedor a forma da seção é tal que a vazão é diretamente propor- Outra maneira, bastante comum de se medir vazões são as calhas. Constituem- )
cional à carga hidráulica. se em redução de seção do canal, seja por redução da largura e/ou por sobrelevação
do fundo. Geralmente, uma calha é constituída por uma seção restrita de aproxima- )
A equação da curva deste tipo de vertedor é dada por:
ção (convergente), uma garganta e uma ampliação (seção divergente) de concor-
dância com o canal, conforme é indicado na figura 8.13.
J
R'))
I
O emprego deste tipo de medidor é indicado em canais onde não é possível a
x (
'L= 2g
l-;t
-.I[ fb'. (8.23) colocação de vertedores. Com elas é possível medir vazões maiores que as I )
I )
')
)
) 255
254 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO MEDIÇÃO DE VAZÃO DE ESGOTO
)
)
)
garganta Seção
) divergente
)
CORTE A-A
\ A
/
)
c
) que a perda de carga é menor que a de vertedores Porém, a grande vantagem da
utilização das calhas em sistemas de esgotos é a ausência de obstrução do fluxo e o
) fato de ser auto limpante, o que não causa problemas de sedimentação. Apresenta
PLANTA
) como desvantagem em relação aos vertedores seu custo relativamente maior.
-.As calhas apresentam algumas restrições construtivas:
) Figura 8.14 - Principais dimensões da Calha Parshall. Fonte: CETESB NORMA E2.150
) channels Parshall and Saniri flumes) recomenda a instalação da calha Parshall em 150 152,4 198,1 194,3 182,9 230,2 61,0 91,4 45,7 308,0 45,3 2423,9
trechos retos de canal de aproximação com declividade constante e comprimento 180 182,9 213,4 209,2 213,4 266,7 61,0 91,4 45,7 344,2 73,6 2930,8
)
de 5 a 10 vezes a largura da lâmina d'água na máxima vazão. Recomenda-se, 210 213,4 228,6 224,2 243,8 303,2 61,0 91,4 45,7 381,0 85;0 3437,7
) também, que o trecho de jusante tenha pelo menos 10 vezes a largura da lâmina
240 243,8 243,8 239,1 274,3 339,7 61,0 91,4 45,7 417,2 99,1 3950,2
para vazão máxima. A figura a seguir apresenta as dimensões normaliza das.
)
Obs. medidas em em, vazões em tts. Fonte: Normalização E2./50 -CETESB
)
)
)
MEDIÇÃO DE VAZÃO DE ESGOTO 257
256 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
o equacionamento da vazão, para esse tipo de calha é dado por Streeter (1974):
o~r r
As calhas Parshall obedecem equações do tipo:
3
(8.25)
Q= 2,9{ Y, - z + Q' (em unidades SI) (8.26)
3
onde: Q = vazão em m /s
H = é carga na seção convergente em m A equação anterior é resolvida através de métodos numéricos.
Experiências práticas tem mostrado erros da ordem de 2 a 3% no uso desta
A Norma CETESB E2-150 fomece equações de acordo com a largura nominal equação.
Ln' segundo a tabela 8.6.
)
)
)
)
) MEDIÇÃO DE VAZÃO DE ESGOTO 259
258 COLETA ETRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
) A pri~cipal desvantagem nesse tipo de medidor é que ele não pode ser utilizado
) para medições. de vazão em canais de água limpa, a não ser se que adicione um
~or~ulhador a jusante do ponto de medição. Experiências de laboratório (IPT 1999)
) indicam que o erro nas medidas de vazão podem chegar a 50% em caso de ausên-
) "
cia ~e !ólidos e:,n suspensão ou bolhas de ar. Seu uso predominante é portanto, a
'; ,
medição de vazao de esgoto ou canais naturais. '
) '1
i I
da ordem de 10%, desde que se respeitem as condições adequadas à instalação dos
) equipamentos, quais sejam, localização dó equipamento em seção reta e distante de
curvas, baixa variação das concentrações e faixa restrita de variação dei tamanho
) I Partículas ou
das partículas em suspensão.
) I A vantagem desse tipo de medidor em relação aos verte dores e às calhas é a Sensor de área x velocidade
bolhas de ar
Esse tipo de medidor, também tem grande aplicação prática. Baseia-se na lei de
) I
relação ao observador. Um sensor é disposto no fundo do canal e emite freqüências
Faraday que estabelece que um condutor movendo-se num campo magnético pro-
) que atingem bolhas ou partículas em suspensão no fluido. O sensor, então, detecta
duz uma voltagem proporcional à velocidade do condutor.
a freqüência das ondas refletidas, produzindo assim, um espectro de freqüências
) O funcionamento do equipamento baseia-se na instalação de uma sonda que
das ondas refletidas, que depende da proximidade das partículas, seu tamanho,
produz um campo eletromagnético perpendicular ao escoamento que induz uma
elasticidade e concentração, voltagem no fluido que o atravessa, já que este possui uma condutibilidade que lhe
)
(....o...,
-------------------------------
Campo magnético
Eletrodos Figura 8.19 - Medição de velocidade por tempo de trânsito. Fonte: Isco Open Channel Flow
Measurement Handbook
)
)
)
) MEDIÇÃO DE VAZÃO DE ESGOTO 263
262 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
)
1800
) r-...: '
c2~T L~T C2 L~T 4 2L~T
(8.32) 1600
) v 2 Lcosê = 2cose L2 = 2 cose (TI-2 + T2_I)2 " , // ~ .
i)
D
1400
;[ 1200
i+: ~'\
').'
) onde: L = --e
sen
é a distância entre os transdutores (m) e D é a largura do o
/' \ \
~, . 'J
-.
~ 1000
) canal (m),
800
~
) ~ T é a diferença de tempo entre os trânsitos nos dois sentidos (s), i-/
" ''\:
-,
T_ e T2_1 são os tempos de trânsito entre os transdutores (s). 600
)
)
I2
400
't- ......
Os medidores de tempo de trânsito são utilizados para medições em canais e 14,00 15:00 16:00 17:00 18:00 19:00
) dutos de grandes dimensões. Contudo, este tipo de equipamento deve ter locação e horário (h:min)
) alinhamento precisos, tomando-os mais dificeis de instalar que os equipamentos - •• Ultra-sônico - - Magnético - Vertedor
Doppler e eletromagnéticos. Outra desvantagem deste tipo de sistema é a de que
) grandes quantidades de ar ou de sólidos em suspensão podem produzir alterações
Figura 8.20 - Comparação entre medidores instalados na ETE Pinheiros.
) na medição.
)
, 8.2.3.4. Aplicabilidade dos medidores área-velocidade
).
) refletir alterações tanto na medição de nível quanto na de velocidades, ocasionadas , sólidos em suspensão
) por incrustações devidas ao fato de estar operando com esgotos que, embora já Dimensões do canal Quaisquer Quaisquer Grandes dimensões
estejam tratados, sempre apresentam este tipo de inconveniente.
) Variação de concentração Baixa Qualquer Qualquer
Os resultados das medições estão apresentados no gráfico seguinte.
) " Nível d'água no canal (m) 0,8< h<5,00 0,8<h<5,00 0,8< h<5,00
)
)1
)
264 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO MEDIÇÃO DE VAZÃO DE ESGOTO 265
Figura 8.21 - Esquema típico dos medidores Venturi. Fonte: Strecter (1974).
(8.33)
8.3.2. Outros sistemas de medição em condutos forçados
FOX, R.w. & MCDONALD, A.T., 1985 - Introdução à Mecânica dos Fluidos, 3' ed.
ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO
) - SISTEMAS DE BOMBEAMENTO
Editora Guanabara, 632 p,
) FRENCH, R.H., 1987 - Open Channel Hydraulics, 2nd ed. McGraw-Hill, Singapore,
) 705 p.
9.1. INTRODUÇÃO
GARCEZ, L.N., 1960 - Elementos de Mecânica dos Fluidos, 2' ed. Ed. Edgard B1ucher,
)
449 p. r ~odas as v:z~s que por algum motivo não seja possível, sob o ponto de vista
) GRANT, D.M, & DAWSON, B.D., 1995 - lsco Open Channel Flow Measurement
t~CnICOe econorrnco, o escoamento dos esgotos pela ação da gravidade, é necessá-
Handbook, Isco, 535 p. no o uso de Instalações que transmitam ao líquido energia suficiente parar garantir
)
HELOU, LC. _ Avaliação dos Medidores de Vazão no Canal de Esgoto Tratado da ETE
tal escoamento.
) Pinheiros, Relatório interno da SABESP, novo 1997.
Essas i~stalações denominam-se, genericamente, "estações elev~tórias de es-
HENDERSON, F.M., 1966 - Open Channel Flow Macmillan Publishing Co.Inc., 522p.
) gotos" ou sIm?lesmente "elevatórias de esgotos", objetivando a transferência dos
JENNY, R., RAMM, J. & JEDELHAUSER, H. - Ultrasonic Flow Measurement in Pipes esgotos a partir de um ponto para outro de cota normalmente mais elevada
) and Channels, Aqua, n. 3 pp 157 to 162, Pergamon Journals Limited, 1987. . ,Tais elevatórias ~evem ser projetadas com concepção adequada para cada caso,
) LENCASTRE, A., 1983 - Hidráulica Geral, Hidroprojecto, Coirnbra, 654 p. utrhzand~-se conv~~entement: equipamentos e métodos construtivos para que seus
, NAIDIN, P., 1in 1 ~ Medidor Palmer Bowlus modificado Revista Saneamento, n° 42,ano custos sejam os mimrnos possíveis, sem perda de eficiência.'
25, p. 54-69, abr/dez, 1971. As estações elevatórias de esgotos são necessárias, em princípio, nos seguintes
PIMENTA, C.F., 1977 - Curso de Hidráulica Geral, 3' ed., volumes 1 e 2, Centro casos:
tecnológico de Hidráulica, 918 p,
~,., . ROWSE, A.A. - Measurement of Flow in part Filled Sewer Pipes Using the • em t~rrenos planos e extensos, evitando-se que as canalizações atinjam pro-
i" , Electromagnetic Technique, International Conference on Planning, Construction & fundidades excessivas;
'I' Operation of Sewerage Systems, Paper J5, sep, 1984 • ~.ocaso de esgotamento de áreas novas situadas em cotas inferiores àquelas
);í
) '1,1 '",
I., SANTOS, C. et a/o - Relatório Técnico Parcial: Definição de Procedimentos para Medi- ja executadas;
ção de Águas Servidas e Esgotos. Relatório IPT, fev. 1999. • reversão de esgotos de uma bacia para outra;
/,IF" '
STREETER, VL., 1974 - Mecânica dos Fluidos, Ed. McGraw-Hill do Brasil, SP, 736 p. • ~ara descarga_ em interc~ptores,. emissários, ETEs ou em corpos recepto-
) 1'" VECTOR ENGENHARIA DE SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO - Medição de vazão de res, quando nao for possível utilizar apenas a gravidade.
efluentes em Canal Aberto, Relatório, 1997.
)\ É indi:pensá;el, .entretanto, o prévio estudo comparativo entre o projeto de
)I i
uma estaçao elevatona e outras soluções tecnicamente possíveis considerando-se
os cust~s relativos à construção, operação, manutenção, conse:.vação e garantia
)\ de funcionamento do sistema.
)1 !
Ficando comprovado, por tais estudos, não ser possível ou recomendável o
esgotamento por gravidade, a alternativa de elevatória deverá ser adotada.
!
)
)
)
)
)
\ )
-------------------------- •••••••••••••••••• 1(1, J
I
;q I iC )
'11 )
1
:11
I! 268 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO ELEV ATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO 269 )
I ( )
, I 9.2. PERÍODO DE PROJETO 9.3. VAZÕES DE PROJETO
I ( )
11 O cálculo das vazões contribuintes constitui um dos principais problemas com
Os seguintes fatores limitantes do período de projeto devem ser considerados:
;! . ,
que se defronta o projetista, durante a elaboração de um projeto de elevatória de :( )
• vida útil das instalações e equipamentos, e rapidez com que se tornam obso- esgotos. Os elementos que influem nessa determinação são de tal ordem complexos :;( )
letos; ~ aleató:ios que, se não forem convenientemente interpretados e avaliados, podem
:!( )
• maior ou menor dificuldade de ampliação das instalações; interferir no funcionamento hidráulico do sistema. Para a avaliação dessas vazões, I.
deve ser realizada uma cuidadosa investigação sobre as áreas que contribuem para '( )
• população futura: características de crescimento;
• taxas de juros e amortização do financiamento; a elevatória, nas diversas etapas do projeto, bem como, o regime de variação de tais
)
• nível econômico da população atendida; vazões ao longo do dia mais desfavorável.
Há duas vazões que devem ser consideradas para o projeto das elevatórias: )
• facilidades ou dificuldades na obtenção de financiamento;
• funcionamento da instalação nos primeiros anos, quando trabalha com folga. ()
• vazão média de início de plano ou de etapa;
• vazão máxima de fim de plano ou de etapa. ( )
A fixação de valores de vida útil é de dificil avaliação, devido à multiplicidade
e complexidade dos fatores intervenientes. Valores de vida útil normalmente con- I)
Cada uma dessas vazões tem função específica no dimensionamento da
siderados são:
elevatória. A vazão máxima tem a finalidade de fixar a capacidade de recai que das >)
bombas e, a partir da capacidade máxima dos conjuntos, determinam-se as dimen- ::( )
• tubulações - 50 anos;
• equipamentos de bornbeamento - 25 anos; sões mínimas do poço de sucção, de maneira que o intervalo das partidas não afete J )
rotor, transformando parte de sua energia cinética em energia potencial de pressão. Classificação segundo a trajetória tio líquido 110 rotor:
)
Os rotores podem ser do tipo aberto, semiaberto e fechado, conforme ilustra a
) figura 9.2. Por esse critério, as bombas podem ser de fluxo radial' fluxo misto' e de fluxo
axial. ' ,
)
"
) a) Bombas de/luxo radial
) São aquelas em que o formato do rotor impõe um escoamento do líquido,
) preponderantemente, no sentido centrífugo radial.
Os rotores desses tipos de bombas podem ser de sucção simples, ou de sucção
)
dupla, embora este último tipo não seja recomendável para esgotos sanitários devi-
) do às facilidades de obstruções pelos materiais encontrados nos esgotos. '
As bombas de fluxo radial são empregadas onde se exigem grande altura de
)
elevação, e vazão relativamente pequena.
)
)1
i
)1
)l I '
Porcentagem
da carga
Eficiência
1)
Entrada
) 11;:.
) I"
) I! i:. t".i'
·1 •.
'-j
o Porcentagemda vazão 100
) I'
~arentupimentos.
i .' São aquelas onde o rotor impõe um escoamento simultâneo nos sentidos axial e
radial. São empregadas para os casos em que a altura de elevação sej~ relativamen-
J! 9.4.1.1. Classificação das bombas centrífugas
te baixa e a vazão elevada. . .
)1
As bombas centrífugas classificam-se segundo a trajetória do líquido no rotor,
) c) Bomba de fluxo axial
em função da rotação específica, e de acordo com a disposição do conjunto motor-
) bomba. São aquelas em que o formato do rotor impõe um escoamento no sentido axial.
Esse tipo de bomba é empregado para recaJcar grandes vazões e pequena altura de
)
elevação.
)
,
)j
)
--
J
\
H.- -, Portanto; conhecendo-se a rotação específica com auxílio da figura 9.6 é possí-
vel, então, a classificação das bombas.
300
100%
100
Porcentaqem
Eficiência 90
da carqa
'I
o~ 80
o
I-
IL- L- __ O Z
w
70
40
10 20
Hr------------------------,
Porcentagem
ISO
100
100%
Eficiência
A
------- ~
I~A·_~·_O,~
Mistos
Rotor
"
Figura 9.6 - FOInlaS do rotor c rendimento da bomba em função da rotação específica.
~ -L ~O
Entrada O Porcentagemda vazão 100 Q
)
)
) 274 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SAN IT ÁRIO
ELEVATORIAS DE ESGOTO SANITÁRIO 275
)
b) Conjunto de eixo vertical
) Tendo em vista que um sólido de 70 111mde diâmetro pode passar através da
maioria dos sanitários domésticos, é recomendável que as bombas utilizadas em
) Bombas não submersas - permitem que as bombas trabalhem afogadas, en-
elevatórios de esgotos tenham abertura superior a 100 mrn.
)
,. quanto os motores acoplados a elas por meio de eixos prolongados são
" ., As bombas devem trabalhar afogadas, exceto a auto escorvante, de modo a
instalados em nível superior, ficando protegidos de eventuais inundações.
) permitir o seu funcionamento sem necessidade de escorvá-las. Obtém-se com isso:
Devido à utilização de eixos de acoplamento, à medida que eles se tornam
) muito longos (maiores que 3 m) há necessidade de se tomarem precauções
• dispensa da válvula de pé, que funciona precariamente com líquido contendo
cada vez maiores, onerando os custos. Neste caso, também os motores materiais estranhos em suspensão;
)'
podem ser acoplados diretamente na bomba, não havendo eixo de prolon- • condições para automatização.
) gamento, e a instalação do conjunto motor-bomba é análoga ao do conjun-
to de eixo horizontal. 9.4.2. Bombas Parafuso
)
) Bombas submersas - a bomba fica totalmente mergulhada no líquido e o motor As bombas parafuso são provavelmente o tipo mais antigo de bombas existen-
instalado em local seguro, livre de inundações. A utilização dessas bombas te. O seu funcionamento é baseado no princípio do parafuso de Arquimedes, no
reduz consideravelmente as dimensões da elevatória, entretanto, possui des- qual um eixo rotativo acoplado a uma, duas ou três lâminas helicoidais, girando
) vantagens quanto à inspeção e manutenção da bomba, devido às dificulda- num plano inclinado, eleva o esgoto.
) des de acesso.
)
t
..
l'!':,
protegidos por uma carcaça capaz de assegurar absoluta esta.nqueldade ao motor,
Preso a um eixo-guia vertical, pode ser movimentado para cima e para baixo por I CÂMARA DE JJSl\NTE
) 'i,,· ·'1· .
J;" :.::.
meio de uma corrente de suspensão.
O acoplarnento da saída da bombacorri canalização de recalque se faz ~om
à
NI v EL MAXIMO
NIVEL MINIMO
1
j
FAIXA
DA BOMBA
OPERACIONAL
PARAFUSO
justaposição de flanges, sendo a vedação feita pelo próprio peso do conjunto, elimi-
) 'W~i
nando-se o uso de porcas e parafusos. o, = DIÂMETRO EXTERNO DO PARAFUSO
i: A sua retirada pode ser manual, ou através de uma talha dependendo do peso dp 2 = DIÂMETRO DO EIXO TUBULAR
H = ALTURA DE ELEVAÇÂO
) I •.
do conjunto submerso. . lp= COMPRIMENTO DO PARAFUSO
~ !
Além das vantagens mencionadas, os conjuntos submersos possuem dimen-
J i; I , sões reduzidas, seus componentes são padronizados e permitem passagel~ dos Figura 9.7 - Bomba parafuso.
j sólidos carregados pelo esgoto, mas a sua aplicação é limitada pela sua capacidade.
) Podem ser instaladas com ângulo de inclinação desde 22" até 40°. Uma bomba
9.4.1.2. Alg~mas recomendaçõcspara o recalque de esgotos com bombas
instalada com ângulo de 22° bombeará mais do que uma instalada a um ângulo de
) . centrífugas
I i 38°, entretanto, ocupará maior espaço.
JII Pelo fato de movimentarem líquidos contendo materiais em suspensão, as bom-
A altura de elevação para uma bomba parafuso é limitada a cerca de 9m, sendo
) este limite imposto pelos requisitos estruturais do parafuso. Além disso, para alturas
bas devem possuir um tipo especial de rotor, normalmente aberto, além de ?~cas de
: maiores, a eficiência diminui sensivelmente em virtude do crescente retomo de
)1 inspeções junto à sucção e recalque para permitir limpezas. Não deverá ser utilizado o
água, ao longo das pequenas folgas existentes entre o corpo da bomba, as paredes e
! rotor do tipo fechado, frequentemente empregado para bombeamento de água limpa.
liI!' o fundo do canal em que o mesmo se encontra instalado.
)1
)
(
'-
276 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO 277
Quanto ao rendimento, pode-se esperar um valor de 60 a 65% para bomba de Ejetores pneumáticos são utilizáveis para vazões de 2 a 38 e/s. Em condições
pequeno porte e de até 75% para bombas maiores. normais de projeto, os ejetores realizam um ciclo por minuto, enchendo em 30
As bombas são normalmente acionadas por motores elétricos de indução, segundos. A capacidade do tanque normalmente utilizado nos Estados Unidos varia
trifásicos, e redutores de velocidade, de maneira a serem obtidas rotações apropria- de 45 a 680 litros.
das nos parafusos (em tomo de 30 a 50rpm). A WPCF (1970) apresenta uma fórmula empírica para o cálculo da vazão de ar
comprimido para operar um ejetor.
9.4.3. Ejetores Pneumáticos
V=Q(H+34)
Ejetores pneumáticos são utilizados nos locais onde a vazão inicial é pequena e a 250 (9.2)
a vazão final de projeto não exceda a capacidade do ejetor.
O ejetor consiste, essencialmente, de uma tanque fechado, para o interior do
onde.Vj= vazão de ar comprimido, pésvmin. (l pe3/min=28,3e/min);
qual o esgoto flui, por gravidade, até atingir um determinado nível. Enquanto o
Q = vazão do esgoto, gpm (lgpm=3,785eJmin);
tanque vai enchendo, o ar nele contido é expulso para a atmosfera. Quando o
H = altura manométrica, pés (1 pé=0,305m).
tanque está quase cheio pela ação de uma bóia ou de um outro dispositivo de
A figura 9.9 apresenta um ejetor pneumático com seus equipamentos de con-
controle, interrompe-se a saída do ar, admitindo-se ar comprimido no interior do
trole. '
tanque, através de válvulas especiais, ou diretamente de um compressor, em quan-
tidade e pressão suficientes para promover a descarga do líquido. VÁLVULA
SOlENOIOE
A válvula de retenção instalada na tubulação de entrada do ejetor impede que o PA t\A AlMOS f' E RA
esgoto saia do tanque, a não ser através da válvula de retenção instalada na tubula-
ção de saída, que se destina a evitar o retomo do esgoto recalcado. O ar sob
CRIVO
pressão vai deslocando o esgoto, até atingir o nível mínimo estabelecido pela limita-
ção do percurso da bóia ou outro dispositivo de controle, provocando a interrupção VÁLVULA OIAfftAGIllA
TUBUlACÃO DE ENTRADA
SAI DA OE AR c SAlDA DE AR
VALVULA DE AR
\t AR
00
PROVENIENTE
COMPRESSOR
TUBuLAç:AO
RECALOUE
DE
COM.PRESSOR
OE AR DRENO
DESCARGA
DE DUPLO SENTIDO
ES:;OTO
AFwEN,fE
VALVULA
GAVETA
VÁLVULA DE
RETENÇÃO
Os motores sincronos são fabricados com 80 a 3.600 rpm. Isto permite acoplar
o motor diretamente à carga, mesmo em baixas rotações, onde um motor de indução
0.01 0.05 0.1 0.5 5 .10 exigiria um redutor de velocidades e apresentaria rendimento e fator de potência
Figura 9.10· Limites de aplicação dos dispositivos de bombcamcnro de esgoto. mais baixos.
As vantagens apontadas tendem a ser mais significativas à medida que aumenta
a potência dos motores. Os motores síncronos constituem alternativas para a utili-
zação no acionamento de bombas que exigem grandes potências e baixas rotações
9.5. MOTORES PARA O ACIONAMENTO DAS BOMBAS (potências z 5.000 cv, ± 16 pólos), ou quando é necessário um elevado binário do
2
motor para partida do conjunto motor-bomba, devido a alta inércia (GD ) da bom-
Dois tipos de motores são basicamente utilizados em elevatórias de esgotos: ba. Nessas condições, o custo de um motor síncrono é comparável ao de um motor
de indução, tornando-se necessário um estudo comparativo para a definição do tipo
• motores elétricos;
• motores de combustão interna. de motor a ser utilizado.
O motor síncrono quando superexcitado gera carga capacitiva, e quando é liga-
Os motores elétricos são os mais utilizados para o acionamento das bombas de do em paralelo com o motor de indução, corrige o fator de potência do sistema.
esgotos, pela sua simplicidade, confiabilidade, flexibilidade e menor custo. Esses A estrutura e o mecanismo de operação dos motores síncronos são relativa-
equipamentos transformam a energia elétrica em energia mecânica, sendo que os mente complexos. Para seu funcionamento há necessidade de uma fonte suplemen-
tipos mais comuns são: tar de energia em corrente continua destinada à alimentação dos enrolamentos do
)
'Y1
, )
,i 11
;;1\
~I)
n~)
;1" )
280 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO 281
rotor. Isto é obtido através de um pequeno gerador, conhecido por excitatriz, mon- da vantagens da utilização do inversor de frequência reside no fato de que, mesmo
em sistemas em operação, não há necessidade de troca de motor para sua instala- ! id! )
tado no mesmo eixo do motor, ou mediante um sistema de retificação estática que i'II'!
se utiliza da mesma fonte de alimentação.
ção. :nLi
n I.
)
Segundo Lobosco e Dias (1988), em geral os motores síncronos começ.am a ser O rotor não possui nenhum enrolamenro, nem contato elétrico do induzido com '11l1'1 1 )
,'h
o exterior. Normalmente é usado para o acionamento das bombas de rotação cons- I d', li-{
li.
importantes industrialmente a partir de cerca de 300 cv, sendo quase exclusivos, em ;ll.f )
11, l )
tante.
potências superiores a 15.000 cv.
Como a maioria dos motores utilizados em elevatórias de esgoto são de potên- Possui,. entretanto, menor fator de potência e pico de corrente na partida do
motor normalmente de seis a oito vezes a corrente nominal, características que
'\I!!
'11, '
r,
l I
cia pequena e rotação relativamente elevada, na prática, os motores sincronos ge- '!1.I~t
\:1!rt )
ralmente não são utilizados em elevatórias de esgoto. devem ser consideradas e que, em geral, não influem decisivamente na escolha
entre motor síncrono e assíncrono, vigorando o critério econômico.
O uso do variador de rotação para motor de indução, corrige o fator de potência, "\",+
I i, )
.'.1- )
9.5.1.2. Motor de indução do motor. Essa correção se dá somente quando o motor é ligada a rede de alimenta- r ~ I'
j' I'
Os motores de indução podem ser:
ção de 60 Hz, trifásico. ,i:;! )
I
frequência com potência para uso em miero motores, até motores de potência , )
• Motor de indução com rotor em gaiola elevadas (;::;;5.000 cv) em tensão de 220, 380, 440 e até 3.800 V, conforme a
potência do motor. )
É o mais utilizado nas pequenas, médias e até grandes instalações de )
bombeamento, devido a sua simplicidade, eonfiabilidade e economia. Características eletromecãnicas dos motores elétricos de indução trifásicos
,)
Estima-se que 90% dos motores fabricados sejam desse tipo. Quando não há
necessidade de ajuste e controle de rotação, sua utilização é predominante. Outros Como esse tipo de motor é o mais utilizado para o acionamento de bombas )
tipos de motores, são usados somente quando alguma peculiaridade determina tal centrífugas em elevatórias de água e esgoto, a seguir são descritas suas principais
características: ,)
opção.
Atualmente, o uso desse tipo de motor com controle de rotação é bastante I)
comum, sendo utilizado o inversor de frequência para a variação da rotação. Uma )
)
--,
)
? 82 COLETA E TR;\NSPORTE DE ESGOTO SANITidtlO
ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO 283
) •• Potência do motor
r r-
200
) ....•.••••.TOROUE MÁXIMO
Deve-se considerar quatro aspectos da potência de um motor elétrico: a pura-
)
mente mecânica, a nominal, a admissível e a absorvida da rede. I [
\
TOROUE DE
) -'« PARTIDA
- Potência mecânica z
-
/ r--
) ~
o
z /
o I--
) A potência de um motor elétrico é sempre a potência mecânica no seu eixo. O o V TOROUE NOMINAL
<f 100 ~
) 1110tor, fornece, pois somente o que lhe é solicitado pela carga acionada. Se, por :2
w \ TOROUE MíNIMO
exemplo, um motor de 100 cv acionar uma bomba que solicita 20 cv, ele fornecerá w RPM = 12Oxl
:::>
o SiNCRONA P
no seu eixo somente 20 cv. Se acionar uma outra bomba que lhe solicita 110 cv, o tI:
o
f-
) 111~$momotor fornecerá no seu eixo os 110 cv.
Neste caso, o fornecimento contínuo dos 110 cv acarretará um aumento da RPM CORRESPQNDENTE- I--
) AO TOROUE MAXIM.O • I = FREOUÊNCIA
temperatura de operação e redução da vida útil dos enrolamentos. 0.9 A 0.95 DA RPM SINCRONA
I
. P=--xT xR Figura 9.11 - Curva típica: torquc versus rotação de um motor de indução. Fonte: Brucoli e Lucarelli
. m 716,2 111 111 (9.4)
(/98 J).
I )
~
A curva típica de torque versus rotação de um motor de indução é indicada na
) figura 9.11.
:I
~.
I/y
o
o
~ V/
I/j
/> V1/
) rTO QUE o MOTOR
)
Na fase de partida, isto é, desde a rotação zero até atingir a rotação nominal, o
motor deverá vencer os conjugados resistentes oferecidos pela bomba. As curvas da *' 100
/'V ,/-lL
[7
1.-</ i./
-: '/./
~
NTO DE
ABALHO
) figura 9.12 indicam que os torques do motor e da bomba, são importantes para a :I
LU
[/ V/ TO OU
/
/ /
// /;
)
verificação das condições de partida do conjunto motor-bomba, pois quando sobre-
LU
1// v/ ACE LER NTE
/ /
r~/,/
postas as curvas correspondentes do motor e da bomba verifica-se a variação do :> 1/ ,
) torque acelerante, que é o que garante a aceleração da bomba até a rotação nominal.
o
Q:
•..
.//
V / V/ V/ /~ :/"
r.V 'L
o
// V/ // TO ~UE D 110),18
) ~
- Potência nominal
)
o ~O 100
) É a potência mecânica que um motor elétrico pode fornecer no eixo continua-
ROTAÇAO EM % DA ROl1.ÇÃO SiNCRONA
mente, sob tensão e freqüências nominais e geralmente com o melhor rendimento e
) fator de potência, sem que a temperatura de regime ultrapasse o limite correspon-
dente ao do seu sistema de isolação. Figura 9.12 - Curvas de lorque versus rotação do motor c da bomba. Fonte: Brucoli e Lucarelli
)
(/981).
.
)1
)
284 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO 285
Observa-se que a potência nominal do motor se refere a potência contínua - Motores de média tensão, destinados a operar em tensões superiores a 600 V
disponível no eixo, uma vez que, em termos de potência mecânica, os valores são e inferiores a 13.800 Y. Na prática também são encontrados para operação com
maiores, porém, normalmente não disponíveis de forma contínua em razão do 2.300 V, 3.800 V, 4.000 V, 6.000 V, 6.600 V, 13.200 V e 13.800 Y.
aumento da temperatura de operação.
• Número depólos
- Potência admissível
O número de pólos indica a rotação síncrona do motor.
É aquela que se pode solicitar continuamente do motor sem que haja um com-
prometimento sensível da vida do seu sistema isolante. N = 120f
s (9.6)
A potência admissivel é maior que a nominal e leva o motor a uma temperatura P
de operação mais elevada do que a correspondente à potência nominal. O aumento
da temperatura de operação reduz a vida da isolação e, conseqüentemente, a vida onde: Ns = rotação síncrona, rpm;
do motor. A duração normal do sistema isolante é de 12 a 15 anos de operação ( = freqüência, Hz;
contínua. p = número de pólos.
A potência admissivel maior que a nominal, conforme se observa na prática,
não deve comprometer mais do que 10 a 20'10 da vida normal do sistema isolante. • Rotação e escorregamento
Isso ocorre com solicitações de potência correspondente a correntes de operação
geralmente em tomo de 5 a 10% acima da corrente nominal. Define-se escorregamento como:
()
( )
~
)
) Figura 9.13 - Relação entre potência ativa, aparente e a reativa dada em quilovolt-arnpére-reativo. Conforme a qualidade, os materiais isolantes podem apresentar o mesmo tem-
po de vida útil operando em temperaturas diferentes. Desta forma classificam-se
• Rendimento quanto à temperatura máxima de operação contínua dentro das quais um tempo
) médio de vida útil é obtido. .
)
o motor elétrico transforma potência elétrica em mecânica e, como toda má- As principais classes de isolação e respectivas temperaturas máximas são as
quina, o faz com um determinado rendimento que é a relação entre a potência seguintes:
) mecânica fornecida no eixo e a potência elétrica recebida da rede de alimentação.
) O rendimento e o fator de potência são características fixadas no projeto dos Classe A J05°C
motores e seus valores variam dependendo do percentual de carga que o motor Classe B 130°C
fornece em relação à sua potência nominal. . Classe F 135°C
A fim de se utilizar um motor com o melhor rendimento e fator de potência é Classe H 180°C
recomendável que se selecione sua potência nominal o mais próximo possível da
solicitada pela carga. • Elevação de temperatura
):: i
I! I
~,I
~I·i;
)L~ 1
)
:71
)
)
)
288 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANIT ÁRlO 289
)
• Falar de serviço 9.6. SELEÇÃO DE CONJUNTOS ELEVATÓRIOS
)
Define-se como um coeficiente igualou maior que I que, multiplicando-se a 9.6.1. Bombas Centrífugas )
potência nominal, indicará a potência que o motor poderá fornecer continuamente )
sem que as.temperaturas excedam os limites da classe do sistema isolante. . Para seleção de bombas centrífugas são necessárias várias informações as quais
serão a seguir consideradas. )
• Altura geométrica de recalque ou altura estática de recalque (Hg,r) - é Na equação (9.12) a energia na carga cinética Y 2,12g é normalmente considera-
o desnível geométrico entre linha de centro da bomba e o nível do líquido da perdida à saída da tubulação de recalque. Na prática, esta perda de carga é
onde chega a tubulação de recalque, tomada como equivalente à perda de carga de saída da tubulação e é considerada
)
• Altura geométrica total (Hg,t) - é o desnível geométrico entre o nível do como perda de carga localizada.
) líquido onde chega a tubulação de recalque e o nível do líquido no poço de
) ." sucção. • Potência fornecida pela bomba - é a potência para elevar a vazão do
• Carga de velocidade ou carga cinética - é a energia cinética contida no líquido, de modo a vencer a altura manométrica total. É dada por:
2
) líquido bombeado. A carga de velocidade é dada por y /2g, onde: Y = velo-
) cidade do líquido, rn/s ; g = aceleração da gravidade = 9,81 m/s'
Pc =yQH
• Altura manométrica total- é a carga que deve ser vencida pela bomba, (9.13)
)
quando o líquido está sendo bombeado. Para sua determinação devem ser
onde: P I = potência líquida fomecida pela bomba, kW; N .rn/s;
) consideradas as alturas geométricas de sucção e recalque, as perdas de carga
y = peso específico da água N/m3;
e as cargas cinéticas. A expressão utilizada para determinação da altura
) Q= vazão, m3/s;
manométrica total de uma bomba é dada pela equação (9.9).
H = altura nÍ.anométrica total, m.
)
)
H=H -H.+---
v', v', • Eficiência ou rendimento da bomba ~ é a relação entre a potência fornecida
(9.9) pela bomba e a potência consumida por essa bomba. É dada por:
) r s 2g 2g
"","
P, = potência consumida pela bomba, kW; N.rn/s.
)1;' onde: H = altura manométrica total, m;
1 :.•: = altura manométrica no recalque (sucção), medida no bocal
H, (H,)
) ;'i',,:, de recalque (sucção) e tendo como referência a linha de
Curvas características das bombas centrífugas
J/f':\ centro do rotor da bomba, m;: As bombas centrífugas são máquinas que podem trabalhar à mesma rotação,
.
.. .1.
) ":" Y,(Y,) = velocidade do líquido no bocal de recaI que (sucção )da bom- sob diferentes condições de vazão e de altura manornétrica, Existe, entretanto, uma
ba, m/s; interdependência bem definida entre esses valores, de conformidade com a vazão
LLlHrCLlH.) = somatória das perdas de cargas distribuídas e localizadas, bombeada e a altura manométrica da bomba, operando a uma velocidade constan-
); I
na tubulação de recalque (sucção), m. te, que é obtido através de ensaios. As curvas 'de vazão (normalmente em m3fh)
) I:, a
contra a altura manométrica total (em m), potência consumida (em kW ou HP), a
) Considerando que a equação (9.9) foi escritatendo como referência a linha de eficiência da bomba e o NPSH (Net Positive Suction Head) são conhecidos como
) centro do rotor da bomba, as alturas geométricas acima desta linha de referência curvas características da bomba.' A forma geral dessas curvas características varia
são consideradas positivas, e as abaixo, negativas. Pode-se escrever a equação em função da rotação específica da boniba.É comum o fabricante da bomba forne-
) (9.9) em função da altura geométrica total, como: cer as curvas características para diversos diâmetros do rotor que podem ser usa-
) dos na bomba.
É de fundamental importância o conhecimento das curvas características das
) (9.12) bombas, pois cada bomba é projetada, basicamente, para elevar uma determinada
vazão eQ) a uma altura manométrica total (H) emcondições de máxime-rendimen-
)
292 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO
15 70
Tal procedimento conduzirá a informações falsas sobre o funcionamento do sistema
elevatório, podendo mesmo ocasionar uma escolha inadequada das bombas.
•..
ec
'", 100 60 i Quando as tubulações mudam suas características de rugosidade por envelheci-
"
o ~ mento, deve-se traçar as curvas Q x H do sistema elevatório para a rugosidade da
Z 10 90 o 50 :'!
-e 0- U
:E Z' z tubulação nova e para a tubulação após um período de tempo de operação do
'"
-c
'"o-:>
80
70
:E
Õ
z
40
30
..
t~
o sistema.
-'
-a '"'" Pelo que se observa na figura 9.16, a interseção da curva da bomba com a do
60 20 sistema, representa o ponto de funcionamento da bomba, no qual são definidas a
o 50 vazão e a altura manométrica de operação do sistema elevatório.
o 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
VAZÃO (m3/,1
Característica do sistema elevatório
Figura 9.15 - Curvas características de uma bomba centrífuga de fluxo radial.
• Faixas recomendadas para a operação de bombas centrífugas
Curva característica do.sistema elevatôrio
As bombas centrí fugas tê~ um ponto ótimo de operação, onde sua eficiência é
I máxima e pode ser obtida da curva de vazão contra a eficiência da bomba. No
É a que relaciona a altura manométrica total do sistema de elevação do líquido
com a vazão de bombeamento. Esta curva é obtida lançando-se em um gráfico a
I ponto ótimo de operação, as cargas radiais sobre os mancais estão a um mínimo.
vazão em abscissa e a sua correspondente altura manométrica (H) em ordenada As cargas radiais cr-escem acentuadamente quando o ponto de operação da bomba
(figura 9. 16). se afasta do ponto ótimo, para qualquer dos dois lados. No caso dos valores de
vazão de bornbeamento acima do ponto ótimo de operação, a pressão absoluta
25r---------------------------~ disponível necessária para se evitar a cavitação aumenta e, consequentemente, a
cavitação pode passar a ser um problema potencial. Quando a vazão de bombeamento
CURVA DA BOMBA decresce muito em relação àquela do ponto ótimo de operação, tem-se problemas
20
E L_/ PONTQOE com a recirculação do líquido bombeado dentro do rotor. Essa recirculação causa
'u"
-
15 - - - -- - - - <, , OP~iÇÁO
.•.... vibração e perdas hidráulicas na bomba podendo resultar em cavitação.
•'".. Para evitar ou minimizar os problemas citados, é recomendável, na prática,
'", uma faixa de operação com valores da vazão entre 60% e 120% daquela relativa ao
"z
o
.. 10
,, ponto ótimo de operação. .
'"-e
r-
\
o:
:> • Relações características nas bombas centrífugas
o-
-'
-c ALTURA GEOMÉTR ICA
Existem certas relações que permitem obter as curvas características da bomba
para uma rotação diferente daquela cujas curvas características são conhecida.
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
Outras relações permitem predizer as novas curvas características de uma bomba
VAZÃO (m3fo)
se for reduzido o diâmetro do rotor, dentro de limites que dependem do tipo da
Figura 9.16 - Curva característica do sistema elevatório.
bomba.
j
)
Variando-se o diâmetro do rotor (Dr) de uma bomba, 'com rotação constante, NPSH - H g,S-L.,Ll
""H s+-----
Palm Pvapor
d - (9.21 )
y y
tem-se:
(9.20) Nas tabelas (9.1) e (9.2) são apresentadas a pressão de vapor da água em
função da temperatura, pressão atmosférica e altitude, que são necessários para a
determinação do NPSHd•
296 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANIT ÁRJO 297
0.02 )
Patm = 10 33-~ (9.22)
y , 900 Figura 9.17 - Gráfico para estudo da cavitaçãoquando não é conheciada a curva do NPSH,. ( )
)
) ELEV ATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO 299
298 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
)
mento da tubulação, a análise da operação do sistema elevatório é feita com uso de
) A relação entre coeficiente de cavitação (O") e a rotação específica (Nq) é: uma família de curvas H x Q do sistema elevatório obtidas levando-se em conta
esse~ fatores. Para a boa operação do sistema, é necessário que a faixa de melhor
)
(9.24) rendlm~nto da bomba escolhida esteja compreendida entre os pontos operacionais
) deten~l~ados com o uso da família de curvas H x Q possíveis para o sistema
)
" '
elevatono.
sendo que o coeficiente K depende do tipo da bomba e do seu rendimento. I
) Assim, para bombas de fluxo radial, sucção simples tem-se: • ,Operação com bombas em paralelo
)
(9.25) . ,E.melevatórias o mais ~omum é ter-se duas ou mais bombas que podem operar
) individualmente, ou associadas em paralelo, enviando o líquido reca1cado através
) de uma única tubulação de recalque, Com duas ou mais bombas operando simulta-
Para bombas de Zfluxo misto, sucção dupla, tem-se: neamente em paralelo, cada bomba é responsável por uma parcela da vazão total
)
reca1cada. '
) (9.26) . A curva combinada das bombas em paralelo é obtida pela soma de suas respec-
uvas vazões correspondentes à mesma altura das bombas (figura 9, J8),
)
) 9.6.1.2. Escolha das bombas e determinação do ponto de operação do ..
) i .l sistema elevatório
o
o:
...
'W
H2
Hl
,i ::E
I '! ,~ .
Para a escolha dos conjuntos motor-bomba e determinação do ponto de opera- ..
o
Z
CURVA DO SIST EMA
\,'\1l' ção da vazão e altura manométrica total do sistema elevatório, é necessária uma
::E
H
\--
11 ' análise das curvas do sistema eJevatório e das bombas disponíveis no mercado, '"•..":> l-SSOCIAÇÃO
) !, J: ' passíveis de serem utilizadas em cada caso, bem como, o tipo de operação do
.J
BOMBA I + BOMBA2
"
) sistema de bombeamento. Esses tipos de operação considerados são com apenas
o
) uma bomba, com bombas em paralelo, e com bombas em série. VAZÃO
)I ~<
I cada uma delas pode variar sensivelmente em função do número de bombas em
manométrica, operando o mais próximo possível de seu ponto de melhor eficiência,
operação simultânea, fazendo com que o ponto de operação de cada uma se afaste
111 1
ou seja, com seu máximo rendimento. de seu ponto de melhor eficiência, Deve-se fazer o projeto do sistema de bombea-
), i
~ Considerando-se que, devido à variação de nível do poço de sucção, e em
) ~ alguns casos, as perdas de cargas podem variar ao longo do tempo por envelheci-
) i
)
(-;1
( )
mento de tal modo que, nas condições mais desfavoráveis, a vazão de cada bom.ba
I • diâmetro e rotação do parafuso;
ELEV A TÓRIAS DE ESGOTO SANlT ÁRlO 3 O1
i
.1.
()
)
./
• número de entradas; ,)
não saia dos limites de 60% e 120% da vazão correspondente ao ponto de maior
• ângulo de inclinação do parafuso;
rendimento da respectiva bomba. ()
• nível do líquido na câmara de montante.
)
• Operação com bombas em série Diâmetro e rotação do parafuso
( )
As bombas podem ser instaladas de modo que uma mesma vazão passe As bombas parafuso são geramente disponíveis em tamanhos variando de 0,3 a )
sequencialmente por duas ou mais delas. Nestes casos, podem ser instaladas. em 4,0 m de diâmetro do parafuso e capacidade de 0,01 a 6,Om3/s.
"
uma única casa de bombas, ou inseridas em pontos convenientemente escolhidos A rotação ótima de um parafuso é o número de rotações por minuto para o qual )
ao longo da linha de recalque. Na associação de bombas em ~érie, cada u~a.é a bomba opera próximo ao nível de líquido máximo na câmara de montante. A )
responsável por uma parcela da altura manométrica total do sistema elevatono figura 9.20 mostra a rotação ótima em função do diâmetro externo do parafuso.
correspondente à vazão de recalque.
( )
A curva H x Q combinada das bombas em série é obtida pela soma dos valores \00 j
de H de cada uma, para uma mesma vazão de recalque conforme mostrado na
90
\ )
figura 9.19.
80
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ASSOCIAÇÃO
BOMBAH BOMOA2
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CURVA DO
FsíSTEMA <, r-...... '
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Oli 1.0 1.5 2.0 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5
Diàrnetro externo =" O (m) )
,I
Figura 9.20 - Rotação ótima em função do diâmetro externo do parafuso. Fonte: Gehring (1971). j I )
Número de entradas , )
VAZÃO
o ponto
de operação do sistema será obtido pela interseção das curvas H x Q Ângulo de Inclinação
)
combinada das bombas e H x Q do sistema elevatório. , )
I A capacidade de um dado parafuso varia em função do seu ângulo de inclina-
)
9.6.2. Bombas Parafuso ção, apresentando uma perda de aproximadamente 3% na sua capacidade para
\ cada aumento de 1% na sua inclinação, conforme mostra a figura 9.21. I )
As principais condições para a seleção das bombas parafuso são a altura ge~-
I Outros fatores, como espaço disponível para o parafuso, também influem na )
métrica e a sua capacidade. Uma vez conhecida a altura da elevação, a sua capaci-
escolha do ângulo de inclinação. Bombas parafuso com ângulo de inclinação de 30°
dade depende dos seguintes fatores: a 40° estão disponíveis no mercado. )
I
)
I
)
)
)
302 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO 303
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Figura 9.21 _ Influência do ângulo de inclinação na capacidade de bombeamento de bombas parafuso. >-.... i
-
Fonte: Gehring (1971).
Nível do líquido na câmara de montante Figura 9.22 - Cal actcnsuca de funcionamento da bomba-parafuso .
Parafuso Faço. Fonte: Catálogo da Bomba
ROTACÁO (r p m)
- t-- t-- 1.800
I
~
2 3 4 , , T. 8'1:1' 2 3 4 , S 7 •• 10' 2 3 4 5 6 7. i 10' '00 \
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VAZÃO (m'/min)
Figura 9.23 - Gráfico para seleção preliminar de bombas parafuso, Fonte: Gruyter (/974),
, I I I I I I , I
20 40 60 80 100 120 140 160 180 200
POTÊNCIA FCFlNECIDA EM (%) DA NOMINAL
bilidade, pois essa característica pode ser ajustada em função da excitação do motor.
Nos motores assíncronos, o fator de potência varia com a carga e seu melhor valor
situa-se na faixa de 75 a 100% da carga do motor. Esta característica nos motores de
o custo de um motor síncrono somente é comparável ao de indução para
grandes potências e baixa rotação (potência ~ 5.000 cv e ±16 pólos). Recomenda-
indução também varia em função do número de pólos, isto é, quanto maior o número
se o cotejo de custos quando a potência e a rotação justifiquem a aplicação dos dois
de pólos, menor a rotação, o que torna mais dificil obter fator de potência adequado.
tipos de motores. .
A figura 9.24 mostra a variação do rendimento, fator de potência, rotação e corrente,
dos motores de indução em função da carga acionada. 9.7. NÚMERO DE CONJUNTOS ELEVATÓRIOS
)
...,
)
)
306 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANIT ÁRIO
ELEVATÓRIAS DE ESGOTO SANITÁRIO 307
)
• para pequenas elevatórias, o número mínimo será de duas unidades que, em . A variação de nível do líquido é detectada através de sensores de níveis que são
)
tal caso deverão ser iguais, devendo cada uma delas estar em condições de, ajustados, ou para comandar os diversos pontos de operação de acionamento e
) isoladamente, atender à vazão máxima prevista; desligamento das bombas, ou para programar a sua operação através de um painel
) • em elevatórias maiores, o número mínimo será de três unidades, que em tal de comando.
,. caso, poderão ser iguais, devendo duas quaisquer, em funcionammento si- Os sensores do tipo bóia, os pneumáticos e os elétricos, têm sido os mais
) utilizados ~m elevatóri~s de esgotos. Entretanto, nas elevatórias de esgoto que utili-
multâneo, poder atender à vazão máxima prevista. No caso das unidades não
) serem iguais, é preciso que, estando qualquer das três fora de serviço, espe- zam o variador de rotação das bombas, do tipo inversor de frequência, o controle
cialmente a maior, as outras duas possam, em funcionamento simultâneo, da rotação das bombas, normalmente é feita através dos sensores de nível, com
) saída de 4 a 20 mA.
fazer face à vazão máxima;
) • no caso de estações elevatórias de grande porte, devem ser projetadas e Quando se utiliza o conjunto motor-bomba de rotação variável, em paralelo
instaladas várias unidades de recalque. Deve-se, outrossim, na medida dos com os de rotação constante, o variador do tipo inversor de frequência poderá ser
)
dados disponíveis, proceder à determinação da curva de vazão horária da usado como equipamento de partida do motor.
) vazão afluente, dimensionando-se as unidades de recalque de forma a con-
c6rdar, da melhor maneira possível, a linha correspondente às vazões de • Sensores tipo bóia
recaI que, com a curva de variação da vazão afluente, dentro de uma faixa d.e
rendimentos satisfatórios, Em tais estações, poderá haver uma ou mais 11111- São utilizados quando o sistema de comando é simples e requer alguns pontos
dades de rotação varíavel, para tomar mais fácil tal ajustamento. de comando.
O tipo usual de bóia consiste de um interruptor de mercúrio, dentro de uma
Além disso, de rnqçjo g~rfll, ao se estabelecer o número, bel!! corno a capacida- cobertura de polipropileno com formatode uma "pera", que pode ser colocado na
de das bombas para uma estação elevatória, deve-se garantir urna reserva instalada altura desejada, pois está suspenso por seu próprio cabo de comando. Quando o
que corresponda, pelo menos, a cerca de 250/. da capacidade total. N~ c~so de nível de água alcança a bóia, esta muda de posição, ligando as bombas, ou podendo
estações de grande vulto, dotadas de diversas unidades de recalque, o limite ora ser usada, ainda, para acionar o sistema de alarme.
apontado será, via de regra, perfeitamente satisfatório. Entretanto, para eJevatórias As bóias devem ser localizadas no poço de sucção, em zona calma, afastadas
de porte reduzido deverá ser prevista reservas da ordem de 50% a 100%. da turbulência do esgoto. Podem ser colocadas diretamente em contato com o
ii'jF.
, i,
líquido ou no interior de tubos verticais perfurados.
Deve-se, entretanto, ler o cuidado de se procurar eliminar ou reduzir depósitos
, ~:i ;~:::: SISTEMA DE CONTROLE DE OPERAÇÃO DAS BOMBAS
9.8. de materiais flutuantes que, geralmente, se formam no poço de sucção. Esses depó-
)! ~ .' I
I '-1'i"j ,'1} sitos de matériais poderão prejudicar o bom funcionamento das bóias.
) I 1':''''
.: . ,i:
Eng. Shigueo Makita (*)
) . I
., I
)
I
• ,I i
(: C
)1
Figura 9.24 - Controle por bóias.
(*) Engenheiro Eletricista, Consultor.
)
)
)
308 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO ELEVATÓRJAS DE ESGOTO SANITÁRIO 309
A TUBuLAçlo· DE 1/2"
00 80RBULH":OOR PODE
. SER MONTADA CENTRO
OU FORA 00 TANQUE ..
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-_~"""":1'--J.;
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Figura 9.27 - Eletrodo. Fonte: Garden (1976). I I
) I~URVA DA BOMBAI
I COl!! ROTAÇaO Ni I
I '
eletronicamente determinado-se o nível do líquido. O medidor ultrasônico fornece I
sinais de 4 a 20 mA. Esses medidores são fornecidos com controlador eletrônico.
Qi' Qo
VAZÃo
9.9. VARIAOORES DE ROTAÇÃO DAS BOMBAS
figllra 9.~8- Controle de vazão pela variação de rotação da bomba.
As vazões de esgoto afluentes às elevatórias estão sujeitas às variações horárias
e diárias, e também, variações ao longo do tempo, devido principalmente ao cresci- Os principais tipos de variadores de rotação das bombas são:
mento populaciona1. A condição ideal em uma elevatória é aquela em que a vazão
bombeada é igual à vazão afluente. • variador eletromagnético;
Para o recalque do esgoto acompanhando essas variações, podem ser utilizadas • variador de tensão.
vários conjuntos elevatórios e/ou os variadores de rotação das bombas Atualmente, • variador hidráulico;
têm sido muito utilizados os variadores de rotação devido principalmente a econo- • variado r de resistência;
mia de energia elétrica, à diminuição das dimensões do poço de sucção das elevatórias • variador de freqüência.
e ao aumento do fator de potência dos motores das bombas proporcionada por
esses equipamentos. Os variadores de rotação apresentam rendimentos diferentes. A figura 9.29
As bombas de rotação variável podem ser consideradas corno urna somatória apresenta o rendimento dos variadores em função da rotação. Observa-se nessa
de infinitas bombas de rotação constante. figura que, quando a rotação é de 50%, o rendimento dos variadores hidráulico, de
Pela variação de rotação, a característica da bomba poderá ser modificada para resistência, eletromagnético e de tensão, situam-se na faixa de 25 a 47%. Aumen-
atender as necessidades do sistema. Conforme mostra a figura 9.28 não se verifica- tando a rotação, o rendimento aumenta linearmente, A figura também mostra que o
rão grandes perdas adicionais ao sistema hidráulico, embora coin a diminuição de variador de freqüência apresenta o melhor rendimento, situando-se na faixa de 75 a
vazão haja uma pequena diminuição no rendimento da bomba. A determinação dos 85%, quando a rotação varia de 50 a 100% .
efeitos da variação da rotação na vazão, altura e potência da bomba, poderá ser Dentre os vários tipos de variadores referidos destacam-se os variadores
feita através das leis da similaridade apresentadas no item 9.6.1.1 - relações carac- hidrocinéticos (variador hidráulico) e os inversores de freqüência (variador de fre-
terísticas nas bombas centrífugas. qüência).
Devido ao custo de aquisição e manutenção do variador de rotação é necessário
um estudo técnico e econômico para a sua utilização, comparando-se com o uso de
bombas de rotação constante. Se o sistema de bornbeamento for bem planejado e
312 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANIT.-\RIO ELE V ATÓRIAS DE ESGOTO SANITARIO 313
100
O número de elementos de comando e supervisão, depende da complexidade
90
do sistema de bombeamento e das necessidades individuais de cada sistema. De-
pendendo da complexidade do sistema operacional da elevatória, poderá ser utiliza-
60 do o controlador lógico prograrnável (CLP).
~ 70 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ez
w 60
:z AGÊNCIA PARA APLICAÇÃO DE ENERGIA. - Auto-Avaliação dos Pontos de Desper-
Õ
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172, p. 1-10, Jul/Ago. 1993.
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• comando liga-desliga das bombas; Paulo. São Paulo. 1998.
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GARDEN, J.A. - How to Fathom Liquid LeveI Sensing. Walter & Wastes Engineering
• chave seletora de bombas;
13(5): 58-64, May, 1976.
• alarme e sinalização de defeitos;
GEHRING, H., E., H. - Bombas Parafuso. VI Congresso Brasileiro de Engenharia Sa-
• sinalização de operação;
nitária. 34p. São Paulo. 1971.
• indicador de corrente (amperimetro);
GRUYTER, P. - Pumping Stations. Internacional COlmes in Hydraulic and Sanitary
• indicador de tensão (voltímetro);
Engineering. Delft Netheriands, 1974.
• relês auxiliares;
• controle de rotação do motor;
HALL, F. - Manual de Redes de Aguas e de Esgotos. i edição. Edições Cetop, 1976.
• supervisão do sistema, JARDIM, S.B. Sistemas de Bombeamento. Sagra- D.C. Luzzato. Porto Alegre, 1992.
)
KARASSIK, 1.J.; KRUTZSCH, W.C.; FRASER, W.H. - Pump Handbook. McGraw-HiII
Em elevatórias de maior porte, poderão também ser incluídos medidores contí- Book Company. New York. 1976. I )
)
)
)
)
314 COLHI\ E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITARIO
)
)
KUBOTA, H.; TSUTIYA, M.T. - Economia de Energia Elétrica: Estudo Comparativo de
Consumo de Energia Elétrica em Diversos Métodos de Controle de Vazão. J 5° Con-
CAPiTULO 10
) gresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Belérn - Pa. 1989.
)
..IAiol.... -.
)
)
• altura manométrica; )
Bomba Tipo de elevatória
• função específica.
Ejetor pneumático Elevatória com ejetor pneumático )
De acordo com sua capacidade, as elevatórias de esgotos são classificadas em: Parafuso Elevatória com bomba parafuso
Centrífuga Elevatória convencional
• pequenas: menos de 50 fjs; )
)
ejetor para reduzir a freqüência de partida do compressor, diminuindo também a
Elevatórialtip6 Capacidade (m3/s)
potência do mesmo.
Ejetor pneumático < 0,02 A perda de carga na linha de recaIque pode ser calculada através de fórmulas
Pré-rnoldada usuais; entretanto, é recomendável que se considere o dobro da vazão de projeto
poço úmido 0,006 - 0,03 para efeito desse cálculo. )
poço seco 0,006 - > 0,1 O ejetor é razoavelmente livre de problemas operacionais, mas mecanicamente )
Convencional é menos eficiente do que a bomba e sua eficiência, bastante baixa, está limitada a
Pequena 0,2 - 0,09 cerca de 15%.
Média 0,06 - 0,65 Suas principais vantagens são: )
Grande >0.65 )
• o esgoto permanece encerrado durante sua passagem pelo ejetor e, conse-
qüentemente, não há escape de gás do esgoto, a não ser pelo respiro; )
10.3. TIPOS DE ELEVATÓRIAS • o funcionamento é completamente automático e o ejetor só funciona quando
J
necessário;
A escolha do tipo de elevatória dependerá basicamente dos seguintes fatores: • o número relativamente pequeno de peças móveis em contato com o esgoto )
local ização; capacidade da elevatória; número, tipo e tamanho das bombas; projeto requer pouca manutenção; )
estrutural; projeto arquitetônico e aspectos estéticos. O tipo da elevatória também • os ejetores não se obstruem facilmente;
pode ser definido pela área disponível para sua construção ou, ainda, por sua supe- • não é necessário o prévio gradeamento do esgoto, pois as válvulas e condu-
restrutura. tos de ligação deixam passar livremente quaisquer sólidos que entrem no
Os tipos de elevatórias podem ser classificados segundo as bombas a serem esgoto.
)
utilizadas. Na tabela 10.2 são indicadas as bombas utilizadas e os tipos de elevatórias
correspondentes. A figura 10.1 apresenta um tipo de elevatória com ejetor pneumático.
)
"'")
)
) PROJETO DE ESTAÇOESELEVATÓRlAS 319
318 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
)
Um ejetor pneumático mais simples é o tipo pneu pump, de baixo custo e
)
excelentes resultados operacionais. O pneu pump é constituído de um tanque fe-
) chado, com um tubo de descarga localizado na parte central, possuindo apenas uma
parte móvel que é a componente da válvula de entrada do líquido. A operação do
)
ejetor é controlada por um tubo especial denominado seal pipe e ligado ao tubo de
\
.) descarga (figura 10.3). À medida que o líquido sobe dentro do tanque, o seal pipe
se enche e fecha a saída do ar comprimido proveniente de um compressor, assim
)
criando uma pressão dentro do tanque c expulsando seu conteúdo. Quando o tan-
) que esvazia, o seal pipe se abre e o ar comprimido se dissipa através do tubo pelo
) qual o líquido é expelido. Quando isso acontece, o tubo de descarga está sem o
líquido, a pressão volta ao normal e reinicia-se um novo ciclo. A fase final de cada
)
ciclo de descarga é um rápido esguicho de ar e líquido, o qual previne qualquer
) bloqueio dos tubos.
As dimensões básicas do pneu pump são apresentadas na tabela 10.3.
I \ """
@]
\
i~' OESCARGA
BOMBA
NAGEM
DE
DA
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B 36,34 1,14 1"1/2 27,43 1/2" 22" 201/4" 12"1/2 4"1/4 69,85 124,74
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3"
30,48
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3/4"
25"1/4
30"1/2
241/2"
28"
14"3/8
16"3/4
8"
9"1/8
177,80
254,00
279,40
406,40
)
) As figuras 10.2 e 10.3 apresentam esquemas da elevatória com ejetor pneumá-
\
tico tipo pneu pump, utilizado na cidade de Piratininga (SP). O equipamento foi
/
instalado num poço de visita comum e projetado para recalcar uma vazão de 0,68
fls a um desnível geométrico de 4,31 m. Seu funcionamento é intermitente e auto-
) mático, controlado por bóias que acionam um compressor de 1/2 cv, com desloca-
mento de ar de 70 eJmin. Seu ciclo de operação é de 80 segundos, sendo 70
segundos para enchimento e 10 segundos para descarga; o consumo de energia é de
100 kW /mês. Embora a pressão máxima de ar recomendada para esse equipamen-
Figura 10.1- Elevatória com ejetor pneumático to seja de 20 m.c.a, tem sido utilizada pressão bem maior sem nenhum problema ..
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Por suas instalações e baixo custo tanto de implantação quanto de operação e
manutenção, o ejetor pneumático tipo pneu pump é recomendável para vazões de
até 4,54 tis e altura manométrica de 9,14 m (por unidade), conforme apresentado
na tabela 10.3. Maiores detalhes desse tipo de elevatória são apresentados no traba-
lho elaborado por Tsutiya (1989).
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. 10.5 . ELEVATÓRIAS COM BOMBAS PARAFUSO i:I~11 )
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Devido às suas características, as elevatórias com bombas parafuso são, em
geral, utilizadas próximo à estação de tratamento de esgoto localizada fora da área
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urbanizada. O processo elevatório é inteiramente visível em todos os seus detalhes ;",;~it f
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podendo conduzir esgoto muito poluído sem maiores problemas. , Ii!Hj
Nas figuras 10.4 e 10.5 são apresentados esquemas de uma elevatória de esgo-
to com bomba parafuso. ,11!!I!
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A câmara de montante deve ser dimensionada utilizando-se as mesmas consi-
ltli!
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derações apresentadas para o dimensionamento do poço de sucção para bombas de
rotação constante. A câmara de jusante deve ser projetada de modo que a distância Wj!
entre o nível de descarga e o nível de lançamento.seja igual a 15% do diâmetro
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Para alcançar a máxima eficiência no bornbeamento é essencial que a folga
entre a bomba e o leito seja a menor possível. Para assegurar afolga correta e obter
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um acabamento liso é usual e recomendável que a conformação final do leito de • {ilt
Figura 10.2 - Elcvatória com ejetor pneumático, tipo pneu pUlllp, com instalação no poço de visita concreto seja executada com a bomba já instalada. Pára as bombas com diâmetro !i
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)
de parafuso inferior a 750 mm pode-se utilizar o leito em chapa de aço. ! I'"
SA:OADO ESGOTOO 7Smm i'
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10.6. ELEVATÓRIAS CONVENCIONAIS
10.6.1 Classificação
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$IFAOCll:2" De acordo com a instalação dos conjuntos elevatórios, as elevatórias convencio-
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nais podem ser classificadas em: )
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BOMSA NÁo $U6MERSA
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Além de ser adequadamente iluminada e ventilada, a casa de bombas, na medi- VALV1JlAGAveTA )
da do possível, deve ter formas e dimensões apropriadas em termos estruturais, e VALVUL.ADERETENCÃO
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)
10.6.3. Elevatórias convencionais de poço úmido
)
Para as elevatórias de pequeno e médio portes é comum a utilização de eJevatórias
)
do tipo convencional de poço úmido, com conjunto motor-bomba submerso. Devi-
do às peculiaridades desse tipo de elevatória e, principalmente, por sua importância, )
neste item serão enfocadas com atenção essas instalações de recaI que.
CONJUNTO MOTOR·BOMBA DE EIXO HORIZONTAl
)
As elevatórias que utilizamconjuntos motor-bomba submersos são instalações BOMBA AUTO-ESCOVANTE
)
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)
)
326 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTAÇOES ELEVA TÓRIAS 327
)
)
)
)
)
VÁLVULA GAVETA
)
)
)
inundações e ser construídas em regiões densamente povoadas,já que são enterra-
) das e não exalam odores sensíveis. Como são totalmente subterrâneas, não alteram
)' a urbanização existente. Estas elevatórias apresentam, em geral, custo global inferi-
or às elevatórias que utilizam outros tipos de bombas.
) I A SABESP padronizou as elevatórias convencionais de poço úmido utilizando
)
111'.: conjunto motor-bomba submerso. Essa padronização elaborada pelo eng. Rolando
Lli Roberto Santoro foi fundamentada em várias pesquisas e estudos realizados para
) ~ '1 ~ :
I·;· esse tipo de elevatória e visa atender aos seguintes requisitos:
)
• dimensões ideais do poço;
)
• t1uxo uniforme do coletor às bombas;
) • ausência de formações de vórtices;
) • separação das bolhas de ar antes que cheguem à sucção;
• ausência de sedimentação;
) • construção simples de módulos uniformes;
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) I li!!:. • uniformização entre os equipamentos.
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328 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
PROJETO DE ESTAÇOES ELEVATÓRJAS 329 )
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Figura 10.9 - Elcvatória convencional de poço seco - conjunto motor - bomba de eixo horizontal. )
Grades mecanizadas à montante
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Figura 10.10B - Elevatória convencional de poço seco - conjunto vertical. W
332 COLE1A E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRio
I PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 333
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Figura 10.12 - Elevatória convencional de poço seco - conjunto vertical de eixo prolongado.
Figura 10.11- Elevatória convencional de poço seco -r- conjunto vertical. Grades mecanizadas à montante.
')
)
)
334 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 335
)
) A padronização é apresentada em modelo retangular ou circular, dependendo
das condições de instalação ou localização. A elevatória retangular (figura 10.14)
)
pode ser utilizada para qualquer número de conjuntos elevatórios. No entanto, as
e1evatórias circulares (figura 10.15) devem ser dimensionadas para uma quantidade
8Y-PASS
"
04QOmm restrita de conjuntos, pois, caso contrário, a área ocupada será relativamente gran-
de. Tanto as elevatórias retangulares como as circulares padronizadas são recomen-
3.20 dadas para vazões de até 500 eis. No caso dessas elevatórias serem utilizadas para
I J y=--- 3,00
f vazões maiores que 250 Ris, deverá ser utilizada grade mecânica em substituição ao
cesto para remoção dos detritos. A tabela 10.4 poderá ser utilizada para um pré-
dimensionamento da elevatória, sendo que para a definição das dimensões finais da
1.20 elevatória é necessário consulta aos fabricantes dos equipamentos eletromecânicos.
Na Baixada Santista, Estado de São Paulo, foram realizadas pesquisas durante
aproximadamente dois anos, para comparar as elevatórias convencionais de poço
e
úmido (figuras 10.14 10.15) com as elevatórias convencionais de poço seco, com
@GORTE bomba auto escorvante (figura 10.l3). Devido ao resultado favorável para a utiliza-
SiESC.
ção de bomba auto escorvante, na Baixada Santista têm sido atualmente utilizado
esse tipo de elevatória, em substituição a elevatória com bomba submersível.
Na figura 10.16 são apresentados detalhes de uma elevatória convencional de
poço úmido, com conjunto vertical de eixo prolongado, com a bomba submersa.
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)
)
342 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 343
)
) Tabela 10.4 - Valores para o pré-dimensionamento de elevatória com conjunto motor-bomba submersos, 10.7. POÇO DE SUCçÃO
conforme padronização da SABESP.
)
ELEVATÓRIA RETÂNGULAR
o poço de sucção de uma elevatória de esgoto é uma estrutura de transição que
) recebe as contribuições dos esgotos afluentes e as coloca à disposição das unidades
1""'.- Dimensões da elevatória (em mm)
de recalque.
) " Vazão pl bomba Aminimo Bmínimo C D E
em tis Devido ao custo e às dificuldades construtivas e operacionais, é desejável que o
) SO 1150 500 240 150 900 poço seja projetado de modo a obter profundidade mínima, embora esta esteja
eo .1200 520 255 170 960
condicionada pelos condutos afluentes à elevatória.
) 70 1350 550 280 185 1000
80 1450 615 295 195 1030 Para a proteção das bombas, geralmente são instalados cestos ou grades no
) so 15SO 650 310 200 1050 interior do poço ou em compartimento adjacente.
100 1650 750 330 210 1100
) 150 2000 850 400 250 12SO O volume requerido do poço de sucção para se ter um funcionamento adequa-
200 2300 1110 480 300 1350 do dos conjuntos elevatórios depende, principalmente, do número de partidas dos
) 250 2600 1200 510 330 1450
300 2900 1300 600 3(/) 1500 conjuntos elevatórios, da quantidade e da seqüência operacional das bombas de
350 31SO 1400 620 420 1550 rotação constante ou variável.
400 3300 1500 6Ç() 450 1600
450 3450 1600 710 4c;o 1650 Outro aspecto importante é manter uma submergência adequada na sucção, a
500 3750 1700 720 510 1700 fim de evitar a entrada de ar na bomba devido ao fenômeno de vórtice.
Obs.: As dimensões para vazões menores que a indicada na tabela podem ser as mesmas para 50 tis. O poço de sucção deverá ter uma estrutura constituída de paredes verticais e
F - Dimensões L acrescido de 150 mm
L - Dimensão correspondente ao modelo da bomba
laje de fundo com inclinação no sentido da sucção das bombas, a fim de evitar a
G e H - Dimensão a ser definida com o modelo da bomba deposição dos materiais sólidos e facilitar sua limpeza. Alguns valores dessa inclina-
1- Dimensão a ser definida pelo projeto, porém nunca inferior a 1.500 mm ção são apresentados na figura 10.17.
J - Cota mínima de desligamento da bomba
N - Dimensão definida em função do diâmetro da tubulação de reealque
M - a ser definida pelo projeto
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344 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTAÇOES ELEVATÓRIAS 345 !';;lt
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. A WPCF (1981) admite que os coletores atluentes à elevatória podem ser • Volume útil é o volume líquido compreendido entre o nível máximo e o nível ::li! I.t<
utilizados como parte integrante do volume do poço de sucção. Neste caso, o nível mínimo de operação do poço (faixa de operação das bombas); , I •. "
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de partida das bombas ficará acima da geratriz inferior coletor afluente. De acordo • Volume efetivo, para cálculo do tempo de retenção de esgotos, é aquele I'í;;i~ . )
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com Metcalf & Eddy (1981), cerca de 50% do volume total pode ser armazenado compreendido entre o fundo do poço e o nivel médio de operação das bom- 1
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nos coletores, observando-se, no entanto, que algumas elevatórias nos Estados
li'1
'.U)t
I <I
)
Unidos foram executadas praticamente sem poço de sucção. Os coletores afluen- ;rd:
tes, como integrantes do volume do poço de sucção, também foram utilizados pela Convém salientar que o volume do poço de sucção deve ser calculado determina- ·~H )
SABESP em uma das elevatórias da cidade de Guarujá (SP), com resultados do-se o volume útil e veri ficando se o tempo de detenção do esgoto no volume efetivo ·:th )
lt
operacionais satisfatórios. é compatível com as recomendações que serão posteriormente apresentadas. >1;
É indispensável
prever todas as facilidades para acesso, limpeza, iluminação e :qltE )
ventilação do poço. Os acessos ao poço devem ser localizados fora da casa de a) Determinação do volume útil ,
bombas e de outros compartimentos da elevatória, a fim de evitar a entrada dos " )
gases de esgoto que emanam do poço de sucção. O volume útil do poço de sucção é determinado considerando-se:
'it
., )
10.7.1 Dimensionamento do Poço de Sucção • Intervalo de tempo entre partidas sucessivas do motor da bomba (tempo de :\ )
ciclo); . ij
~: 1 . , , )
O poço de sucção pode ser dimensionado considerando-se: • Vazão de bornbeamento. li!'"
, ~~11{1
q::
(
)
• Bombas de rotação constante; Tempo de ciclo (T)
)
-. Bombas de rotação variável. :i -.!;
I
Esse parâmetroé de fundamental importância, pois durante a partida do motor da )
bomba é gerada uma determinada quantidade de calor. Essa energia liberada em cada )
10.7.1.1 Dirncnsionamento do poço de sucção para bombas de rotação
partida deverá ser dissipada, sendo que um número excessivo de partidas poderá
constante )
levar o motor a um super aquecimento. A dissipação dessa energia é feita através de
Os fatores a serem considerados para determinar o volume do poço de sucção um intervalo de tempo adequado entre partidas sucessivas do motor da bomba. )
são: Para determinar o tempo de ciclo (T) existem diferentes critérios, sendo os
)
mais usuais apresentados na tabela 10.5.
• Aspectos hidráulicos relacionados à prevenção da formação de vórtices; )
• Seleção, projeto e posicionamento das bombas, tubulações e válvulas; Tabela 10.5 - Recomendações para escolha do tempo de ciclo )
• Volume de reserva para absorver eventuais paradas de bombeamento e para
absorver incremento de vazões nas horas de pico; Autor ou entidade Potência do motor Tempo de ciclo )
• Relação entre a vazão afluente e a capacidade das bombas, bem como o SABESP < 300 cv 10min I
)
número de partidas por hora para o qual o motor da bomba e o equipamento > 300 cv consultar os fabricantes ,
)
elétrico foram dimensionados; Flornatcher (1972) até 15 HP 10min
• Volume menor possível para que o tempo de detenção do esgoto não seja 20 a 50 HP 15min )
excessivo, evitando-se a septicidade desse esgoto. 60 a 200 HP 30min
)
250 a 600 HP 60min
Entretanto, o dimensionamento do volume útil e do volume efetivo do poço de Metcalf & Eddy (1981) até 20 HP 10min )
sucção estão basicamente condicionados aos dois últimos fatores citados, sendo que: 20 a 100 HP lSmin , )
100 a 250 HP 20 a 30 min
> 250 HP consultar os fabricantes )
I
)
')
)
)
346 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVA TÓRIAS 347
j
A vazão afluente para a qual o tempo de ciclo é mínimo decorre de sua deriva-
f-------+---+----I NI V EL o - OESLIGA da, em relação à vazão afluente, igualada a zero:
dT =0
ao, (10.6)
Figura 10.18 - Sistema com duas bombas (I bomba + I reserva)
;;i )
I
'!tI ,)
I)
)
quando a vazão afluente é a metade da vazão da bomba. Nessas condições tI'e top Considerando as duas bombas iguais (BI=B2) e, portanto, QI=QZ' obtém-se:
são iguais. I:! ,
; fj & ~
~~////LI~_,-_---:--_--,VZZ I I~
Substituindo (10.8) na equação (10.4) resulta em: .. I: I I
I I I I
T= 4V
Q
(10.9)
BOMBA Bz
I
:
i
I
I
:
I
fi 111111
I
I
I
.L L.
I
I
i",1Hh,
.!.\I'. ·~~t')~)
Portanto, o volume mínimo será:
t- "=~I. =-_T_2 -=-,:,__ TI _~
"'.Ii!
11
',;111· )
)
(10.10) li:, )
sendo: TI = tempo que a bomba está ligada; ; ( )
i/ !
T 2= tempo que a bomba está parada.
Em 'elevatórias com duas bombas é usual que elas operem alternadamente. j.! )
Para a alternância das bombas utiliza-se um sistema de comando que permite o I.:
O sistema de comando das bombas será:
:\'1I1' )
N;m';\\N~~\'/
revezamento automático entre as bombas, sempre que o nível do esgoto atingir o , !
nível superior. Quando o nível baixar, devido à entrada em funcionamento de uma . 'I'
•• _ ;~ I )
das bombas, o circuito prepara a ligação da outra, que será acionada quando o !lf
)
esgoto atingir o nível superior. Entretanto, se a bomba que está funcionando sofre
uma paralisação, por exemplo, pela abertura do relé térmico de sobrecorrente, o )
sistema de comando ligará automaticamente a outra. Neste caso, toda vez que o ,
. !,' )
comando chamar a bomba paralisada, a outra bomba entrará em operação. Portan-
NíVEL o __
to, a bomba que estiver funcionando fará o seu ciclo e o da outra. )
DI D,
O sistema com duas bombas operando alternadamente é considerado a seguir.
)
Figura 10.19 - Sistema com duas bombas operando altcrnadamcntc. '
onde: LI = liga BI; )
°z 01 Lz = !igaBz;
DI = desliga BI; )
r.-. D2 = desliga B2• )
f--- '"-
O tempo de ciclo (T) será: )
)
()
')
)
) PROJETO DE EST/\ÇÕES ELEVATÓRIAS 351
350 COLETA E TR/\NSPOIrI'E DE ESGOTO S/\NITÁRIO
)
Nos casos em que duas bombas operam alternadamente, o cálculo do volume do
) Sendo: poço deve ser efetuado pela expressão (10.10).
)
(l0.13) Sistema com várias bombas: o cálculo do volume útil mínimo do poço de
) sucção para elevatórias com várias bombas é baseado nas premissas mencionadas
) anteriormente. Para um sistema constituído de diversas bombas operando em para-
(10.14) lelo, há várias seqüências possíveis de operação. A seguir, serão apresentadas as
J duas principais.
)
~=o (10.16)
J"
Q, °2
dQ
\ ÍÕ\ rO\
./
Resolvendo a equação (10.16) obtém-se: I-- I--
)
Q -Ir- \0
Q
) (10.17)
Q" =-:;- NIVEL3-LlGA 82
) NIVEL 1 -LIGA 81
J: Portanto:
~993 ~Q (Q.
NIVEL o - DESLIGA 81
92 9,
)
QT
) v (10.18)
4 Figura 10.20 - Sistema com três bombas (duas bombas + uma reserva), desligando em N.A. diferentes.
)
) T , Um determinado volume será recalcado pelas duas bombas até que atinja o
Como t = 2" .obtérn-se:
nível 2, quando a bomba 82 será desligada.
Se a vazão afluente for menor do que a capacidade da bomba 8" o líquido
) QT
v=- (10.19) atingirá o nível O, que é o nível de parada da 81, Caso contrário, o nível poderá
) .8 subir até atingir o nível 3) acionando novamente a bomba 82, Neste caso, a bomba
)
81 ficará ligada continuamente, quando Q.,>QI' e a bomba B2 ficará ligando e
Observa-se que a expressão (10.19) deve ser utilizada nos sistemas em que desligando normalmente.
) duas bombas trabalham alternada mente, mantendo-se mais uma bomba de reserva.
J
)
'j
•
, )
)
( )
352 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 353
)
Para sistema com três bombas (duas bombas + uma reserva) também poderá • Seqüência de operação 11: considera-se um sistema com três bombas (duas )
ser utilizado o revezamento automático entre as bombas, conforme esquema a bombas + uma reserva)
)
seguir:
0, )
°3 °z.
aOMBA
o, ZZVZZ71 r 7 7 7 7 ( l/I ( I I I ~!--+r.L-I,-IIL-.</
1,--,-1-,-1_
y, )
I I I I I
r.'\
t...__.!.L_..!._~~~._-+_T_I_~2 --r'_--'TI_.,.....-_!~ '"" 11"\
)
I I I
.t-- -- -
:
I
I
I I I
-h-- -{o I )
HIVEL 2-L1GA 82
I I I I
v2
: !, I NIVEL 1 - LIGA 8,
I , I' i
l7 ' I --J ' ~ ~ , '"-eo , )
_OO"_0.----<.02_LIIIIIIII/III/] Vlllilll ill lLl__
r-r-- --' . + ..-.....--'---.----1
<t
V, ":} )
--------J
.
IIlN
",- NIVElO-OESLIGA BeB
, Z
')
<Iç, ~ P
93 92 8, )
o sistema de comando das bombas será: )
NIVEL 3 )
Figura 10.21 - Sistema com três bombas (duas bombas+ uma rcscrva),dcsligando em um único N.A.
. . )
NIVEL 1. ':. "!"
i~... t
Nesta seqüência, se a vazão afluente for menor do que a capacidade da bomba I, ~.
')
8\, o sistema se comporta como se tivesse duas bombas (uma de reserva). Caso I .'
outra continua ligando e desligando normalmente. juntos elevatórios e alternância das bombas, geralmente o volume do poço
Como se pode veri ficar, os dois sistemas são análogos e sua diferença reside no de sucção calculado é inferior ao volume exigido pela configuração do poço )
fato de que no último há um revezarnento entre as bombas. Observa-se que, neste para sistemas com duas ou mais bombas e seqüência operacional I ou lI. )
caso, o projeto elétrico será mais complicado. A bomba reserva também poderá
operar, havendo um revezarnento automático entre todas as bombas. Quanto ao Determinação do Volume Útil - Outros Métodos de Cálculo )
cálculo do volume útil, o mesmo poderá ser determinado através da equação (10.10). , )
Para o sistema com quatro ou mais bombas, valem as mesmas considerações já Para a maioria dos autores, destacando-se WrCF (1984) , Metcalf & Eddy
feitas.
, )
(1981), Prosser (1977), Pincince (1970) e ABNT ~ NB 56911989, o volume útil
mínimo do poço de sucção é determinado por: )
()
')
)
)
354 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTAÇ()ES ELEVATORIAS 355
)
) A comparação realizada por Tsutiya (1983) entre os diversos métodos conclui
que:
(10.20)
)
1 V Q1
F 1- F F ção, m1/min;
) !fIa: Td = tempo de detenção no poço, min;
) ili, ll F=~
Q
(10.22)
resulta:
)
onde Q' é a vazão mínima de bombeamento.
)
(10.24)
Wheeler (1979) propõe a seguinte expressão para o cálculo desse volume:
.I
sendo desejável v; :::;
Qm x 30 . (10.25)
)
(10.23)
)
)
!)
)
)
)
356 COLEM E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTAÇ6ES ELEVATÓRIAS 357 )
10.7.1.2. Dimensionamento do poço de sucção para bombas de rotação No entanto, por questões de segurança, é recomendável obter do fabricante a va- )
."
variável )
bombas:
)
onde: V = volume mínimo do poço de sucção, m'';
• disposição adequada das tubulações de sucção; )
Qv = capacidade da bomba, mJ/min, ou incremento na capacidade de
• submergência mínima para evitar a entrada de ar na bomba;
bornbeamento. quando uma bomba se encontra em operação e a )
• controle das bombas.
segunda bomba é ligada, ou quando a rotação da bomba é aumenta-
,)
da;
o
ní:,el I~áximo do líquido no poço tem sido, em geral, definido na cota da T = tempo mínimo, em minutos, de um ciclo dc bombeamento (tempo )
geratnz inferior do coletor afluente e o nível mínimo, acima do topo da voluta da
entre partidas sucessivas ou variação na rotação de uma bomba
bomba, a fim de manter a bomba afogada e prevenir a entrada de ar. )
operando entre os limites de uma faixa de controle).
I )
) 80
Nos pontos intermediários. a bomba irá operar com rotação variando de acordo RECALQUE
'VIs
.. LI GA eIS DA BOMBA
) com as variações dos níveis entre LI e L,. Essas variações serão transmitidas à ~ 70
_OCSLlG;C~\ ~------I
bomba através de dispositivos que fornecem o sinal para o controle da rotação. 'o"
) '" 6 o ~ RECALOUE DA
'"
-c ~ BONHA crs
) o '0
poço DE o ..•
o
) SUCç ÃO
.<t
0-
N
_~ 4 o
RECALQUE DAS
u BOMBAS 'VIS e er e
~
) '"
UJ L - 30
o 2
) o
<..> 20
o
a.
) o
z 10
.--- ..-.------ ------. -- L
3
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
QO,Y't:\ÓX Figu"a 10.25 - Operação das bombas VIS e C/S. FOI/ri!: Barlis (/973).
VAZÃO A·FLUEN1E
Como a bomba irá desligar se a vazão afluente for menor do que sua vazão
mínima, é importante que o poço de sucção seja dimensionado para o tempo de
ciclo adequado, assim evitando um número excessivo de partidas.
11 11 L.- LIGA eIs
L3-mox. VIS
• Sistema COII/ IIII/a bomba de rotação variável e IIl1/a bomba de rotação COIIS-
o sistema de bombeamento mais utilizado consiste em uma bomba de rotação l5- CE:SlIGA CI:
variável e uma bomba de rotação constante operando em paralelo. Recomenda-se L - DESLIGA vIS
1
que a bomba de rotação constante tenha capacidade menor do que a bomba de
rotação variável (esta operando com a máxima rotação), pois, caso contrário, have-
rá a necessidade de um volume maior para o poço de sucção. Figura 10.26 - Níveis opcracionais das bombas ViS e C/S. FOI/Ie': Barlis (/973).
Assumindo-se que a bomba VIS é 50% maior do que a bomba CIS, isto é, a
capacidade de VIS é 60%) da vazão máxima afluente e a da CIS é de 40'1'0,a bomba
Nesta seqüência, considera-se inicialmente que todas as bombas estão deslig~-
VIS é operada como unidade "base" e a bomba CIS é operada como unidade "de
das. Quando o nível do poço alcançar L2.ligará a bomba VIS e, desde que ,a vaza.o
retardamento". Quando as duas bombas estão operando, a bomba de rotação vari-
afluente seja maior do que a vazão mínima de bombearuento, a bomba VIS estabi-
ável recalca a diferença entre a vazão afluente e a vazão de bombeamento de C/S.
lizará a uma certa rotação, de modo que a vazão de recalque será igual à vazão
A figura 10.25 ilustra a operação citada.
afluente.
')
)
)
)
PROJETO DE ESTAÇÕES ELE\' /\TÓRIAS 361
360 COLETA E TR/\NSPORTE DE ESGOTO S/\NITARIO
)
; ~
Se a vazão afluente aumentar, o nível do poço subirá e, em conseqüência, haverá 100 )
um aumento de rotação na bomba até sua estabilização com a vazão afluente maior. 90 )
A ação oposta será análoga e, nesse caso, haverá um decréscimo na vazão recalcada.
80
[\\\\l HECALOUE ( )
Quando o nível do poço atingir Lh a bomba VIS é operada com rotação máxi- ~ ~ ~A DOMOA6,
ma. Para vazão afluente maior, o nível do poço alcançará L4, ligando a bomba C/S. .•
« 70
L,GA 82\
)
A rotação da bomba VIS diminuirá com o abaixamento de nível até o ponto em que
a vazão da bomba VIS é igual à diferença entre a vazão afluente e a vazão da
.•
%
o
-c
60
OESLIGA BZ,
~
~
RECAl.QUE
DA BOMeA 82 )
a
bomba C/S. o
50 \ )
." RECAlQUE DAS
>
40 eOMeAS 8, e 82
)
poço decresce para Ls e a bomba CIS é desligada. Continuando a diminuir a vazão,
o líquido atingirá o nível L" desligando a bomba V/S.
30 - )
20
)
• Sistema com duas ou mais bombas de rotação variável , O
)
Para grandes vazões, podem ser utilizadas duas ou mais bombas VIS operando 10 20 30 40 50 60 70 150 )
VAZÃO .\FLUENTE t%l
em paralelo. Esta associação pode ser feita basicamente de duas maneiras:
)
Figura 10.28 - Operação ela bombas B, e B, - Associação 1. Fonte: Barlis (/973).
- Associação I: neste método, a bomba denominada "base" (B,) opera até que )
sua capacidade máxima seja atingida rotação máxima. Se a vazão afluente ultra-
passar esta capacidade,
à
retardamento" (B~), e as duas passam então a operar nas mesmas condições de ')
rotação e vazão (figuras 10.27e 10.28). _ Associação 11: neste método, a bomba denominada "base" (B1) opera até j
que sua capacidade à rotação máxima seja atingida. Se a vazão a~uent~,ultrapassar
)
esta capacidade, entrará em operação a segunda bomba, denomm~da _de retard~-
mente" (B2). Neste caso a bomba de retardamento irá variar em funçao da vazao )
afluente, enquanto a rotação da bomba base permanecerá constante (figuras 10.29
-" Ls- LIGA "z )
--.------
4 - "'AX. ROTAÇÃo
DE 9 * 8
e 10.30).
1 Z )
POCO DE succãc
1-----------1 L3 - LIGA BI I )
)
L-DESLIGA
1
B
I
)
poço DE succão
11 . L - LIGA BZ
)
11
5
Figura 10.27 - Níveis opcracionais das bombas 8, c B, - Associação I. FOI/te: Barlis (/973). 11----------11 L4- MAX.roTAçÃO 6,
L - DESLIGA 82
)
3
11----------11 LZ- LI GA 6,
)
11----------11 L,- DESLIGA 8,
)
,)
Figura 10.29 _ Niveis opcracionais das bombas B, c B, - Associação 11.FOI/te: Barlis (/973). )
( )
.,
)
)
362 COU:'!'A ETRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTt\('OES I:LEVATÓRIAS 363
)
)
•... I 7 01
~ RECALQUE
BOMBA e1
DA
máximo de alarme). É o nível correspondente à soleira do extravasar,
r-
•. I
2
o
60
menos as perdas de carga entre a estrutura de controle e o poço, para a
) "
Q
~ RECALQUE
BOMBA 82
DA vazão máxima de projeto;
) ..•
o '0
- nível máximo de operação normal das bombas: 0, 10m a 0,15 m abaixo do
..
N
> • 0
1
~ RECALOU! DAS
nível de alarme;
) BOMBAS B.
1
B
2 faixa de operação superior a 0,60 m, dependendo do volume útil calcula-
30
) bas;
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 - altura requerida para a instalação elas bombas e peças especiais mantendo-
) .,! 'VAZAO AFLUENTE I 'Yol se o nível mínimo, de forma a proporcionar condições para que a bomba
) Figura 10.30 - Operação das bombas B, c B,- Associação 11. FIIIIIl': Barlis (/973). opere sempre afogada (nível de esgoto igualou superior ao plano que
passa pelo eixo do rotor). Em casos especiais, desde que justificados,
)
.pode-se admitir que a bomba esteja afogada apenas durante a partida.
)
10.7.2. Formas e dimensões do poço de sucção A forma e as dimensões do poço de sucção não deverão prejudicar o desempe-
nho das bombas e as condições de operação, nem permitir a formação de vórtices.
)
Definidos os conjuntos motor-bomba e estabelecido o sistema operacional das
) bombas, determina-se as dimensões elo poço de sucção. 10.7.3. Vórtices em poço de sucção
)
As dimensões podem ser estabelecidas da seguinte maneira: O poço de sucção, embora seja apenas parte de uma estação elevatória, é um
) dos componentes de maior importância, pois pode influir diretamente no desempe-
• Comprimento - é aquele requerido para a instalação adequada dos conjun- nho da bomba, com reflexos diretos no aumento dos custos operacionais.
)
tos motor-bomba selecionados, respeitando-se as folgas necessárias para a O custo de uma estação elevatória é influenciada pelos projetos eletromecânicos
) montagem, instalações complementares c interferências nas sucções das bom- e de engenharia civil, setores considerados interdependentes. Levantamento reali-
) bas; zado por Tsutiya (1989), em várias elevatórias construidas pela SABESP, concluiu
• Largura - é determinada através de vários critérios que, em cada projeto, que, a parte elétrica composta do motor e dos demais equipamentos, representa
) podem inlluenciar diferentemente: 40'10 do custo total da elevatória, a parte mecânica, envolvendo bombas, válvulas e
) - o espaço físico para a instalação de bombas, mantendo-se entre as bom- tubos, 29%, e as obras civis, que envolvem o poço de sucção, a casa' de bombas, e
bas e a parede uma distância recomendada pelo fabricante;. demais obras civis, apenas 31 %. Portanto, os custos dos equipamentos
) - as condições hidráulicas adequadas na sucção; eletromecânicos somam 69% das despesas de construção de uma estação elevatória.
) - a disposição física do poço de sucção em relação às outras unidades da Para o projeto do poço de sucção, o engenheiro hidráulico deve se preocupar
estação. com a prevenção da formação de vórtices, pois a presença de escoamento com
) ,
vorticidade pode trazer conseqüências prejudiciais às bombas. Num poço de suc-
). A largura simplesmente pode ser decorrente da definição de altura, comprimen- ção bem projetado, uma possível formação de vórtice é controlada de modo que a
} to e volume útil necessário. entrada de ar na bomba seja evitada ou minimizada a níveis toleráveis.
)
)
I)
vórtice numa tomada de água foi publicado por Denny e Young (1957). Segundo
esses autores, a formação do vórtice se deve à presença de escoamento rotacional
na massa líquida. Existem várias causas que influem no aparecimento do movimen-
to de rotação no escoamento, destacando-se entre elas a assirnetria ou pré-rotação
do fluxo (figura 10.31 a) e a mudança do escoamento imediatamente a montante da
sucção (figura 10.31b).
Durgin e Hecker (1978) definem três tipos fundamentais de fontes de vorticidade,
conforme apresentado na figura 10.32.
Os pilares e as tubulações de sucção são as obstruções mais comuns em um CORTE A-A
poço de sucção. Segundo Chang (1949), o vórtice gerado pela obstrução é mais TUR8ULÊNCI" CAUSAOA PE:LA PRIMEIRA BOMBA
( )
)
)
)
----"2------1-.-
~=- C~
- ' -..--.....k-+
~
)
~ ~ lu
VÓRTICE
AO DESVIO
~EVIDO .-@i--
CONTORNO
VO'RTICE E CJRCULAÇÃO ESTIMULADO
Figura 10.34 - Formação dc vórtice em área morta. FrJIIle: Knttuss (/983). SIMÉTRICO
PELA DISTRIBUIÇÃO ASSIMÉTRICA DE
VELOCIDADE NA APROXIMAÇÃO 00 FLUXO,
Na literatura internacional se encontra lima série de outros esquemas ilustrativos OEv.!DO A SEPARAÇÃO DA CAMADA LIMITE,
VO'RTICE FRACO ACAO 00 VENTO OU ENTRADA EXCENTRICA
mostrando exemplos de formação de vórtices. Os principais são apresentados nas OERADO NA
INTERFACE DA
figuras 10.35 e 10.36. CONTRA- CORIUNTE
-- ••.......
1=:: --...... <,
No poço de sucção das elevatórias podem ser gerados o vórtice superficial e o o VÓRTICE SUBSUPERFICIAL
Vórtice superficial
Figura 10,37 - Vórtices superficial c subsupcrficial. Fonte: Knauss (1987).
As causas principais para a geração do vórtice superficial no poço de sucção
são as seguintes:
• aproximação não uniforme do fluxo devido à geometria do poço; núcleo de ar aumenta em comprimento até atingir a sucção das bombas e, assim,
• turbulência ocasionada por obstruções, tais como pilares e tubulações de um fluxo contínuo de ar entra através da parte central do líquido, em movimento
sucção das bombas. rotacional.
No início da formação do vórtice superficial aparece uma pequena depressão A forma do vórtice assume configuração de um funi Ihiperbólico (figura 10,38).
na superfície da água, a qual afunda gradualmente formando um núcleo no seu Entretanto, em casos menos graves, o ar pode penetrar intermitentemente com um
centro e permitindo a penetração do ar. Se o vórtice aumenta em intensidade, o vórtice instável e menos desenvolvido.
368 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
PROJETO DE ESTAÇOES ELEVATÓRIAS 369
-r.:.
INICIO DA SUPERFICIE
ONDULADA
---=: <~V:'
':1,'.1
ARRAS TE DE AR INTERMI TENTE
DA SUPERFICIE INFERIOij..
o controle do vórtice superficial é feito basicamente através de três métodos:
. 00 VOR T I CE PAR A A SUCÇAO
-~~,- - - - ENTRADA DE AR NA s uc ç Zo • submergência adequada;
\' I' PELO VDRTICE
'I' • eliminação de escoamento não uniforme;
T • instalação de aparelhos supressores de vórtices.
- s
i, ,\
)
)
,)
5 = SubmerO:nclo mínima
)
figura 10.40 - Submergência mínima. Fonte: Prosser (/980). )
I )
Como a submergência mínima também depende das condições de aproximação
Figura 10.39 - Vórtice subsuperficial. Fonte: Prosser (/980). do fluxo e de outras fontes de vorticidade existentes no poço, deve-se estudar bem I )
( )
)
)
370 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO I
I
PRO.lETO DE ESTAÇÕE~ ELEVATÓRIAS 371
Tabela 10.6 - Recomendações para a submcrgêncía mínima Eliminação de escoamento mio uniforme
)
)
Autor Submergência mínima (S) o
escoamento não uniforme no poço de sucção poderá ser corrigido, de um
Azevedo Netto (1973) S > 2 D com S 2: 0,50 m modo geral, através de vários meios, tais como modi ficação nas condições de apro-
) . -. ximação do fluxo, uso de distribuidores de fluxo ou métodos para diminuição de
Hirachi (1968), ABNT - PNB - 590 (1977) S > 1,5 d com S 2: 0,50 111
) t '
I' ABNT - NB - 590 (1990) S > 2,5 d com S 2: 0.50 m
velocidade através do aumento da perda de carga (grade, anteparo ou parede perfu-
rada). Entretanto, para esgoto sanitário, deve ser tomado precauções especiais de-
Gordon (1970) S 2: C" V d"~ com C" = 0,543 a 0.724
vido aos materiais nele contido.
Metcalf & Eddy (1981) V = 0.6 S = 0,3
)
Na figura 10.41 são apresentados alguns meios para a correção das condições
V = 1,0 S = 0,6
V ,~ 1.5 S = 1,0
de aproximação do fluxo no poço,
)
V = LX S = 1,4
) V=2,1 S=I,7
V = 2,4 S = 2,2 :"--::-T;, < 20Q
)
V = 2,7 S = 2,6
'..l'
-, - ADICIONAR
"
ORIGINAL ',~
Prosser (1980) S 2: 1,5 D
Paterson e Noble (1982) Hecker (19R7) S/D;::: a+b.F
a = I a 1,5 ,,///' VÁLVULA -v
/
b = 2 a 2.5
//~CORRIGIDO
d = diâmetro da tubulação de sucção. m:
D = diâmetro da entrada em forma de sino, m/s:
(o) (b)
V" velocidade na tubulação de sucção, 111/5:
..
.'. i --,
, , ef'0RIGINAL ',~
~'-\
Tabela 10.7 - Comparações das submcrgências mínimas propostas pordiferentes autores. para diâmetro
~.~ D .'.
fI"'-~
.•. "
"
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~.
da tubulação de sucção de 500 mm c de I.()()O rum } ..... ~ RELOC ADO i:
~..,~ ·4.--"·.' ..•...
·, •.• 4; ~~,,"~'A: ~"',N
)
372 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 373
I
Denny e Young (1956) apresentam outros exemplos de eliminação do vórtice 111
(figura 10.44). A obstrução da rotação livre do líquido com a colocação de placa .! )
flutuante ou parede diminui consideravelmente a velocidade do vórtice e, mesmo
que seja formado, a peça evita a entrada de ar no núcleo do vórtice e na tubulação
L
L -$- . de sucção. Recomenda-se ancorar a placa flutuante para evitar rotação.
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I I )
I=SSS~
Figura 10.42 - Distribuição do fluxo através de aletas dcfletoras. FOI/te: Sulzer (1986) )
Supressores de Vórtices )
A grade horizontal instalada cerca de 10 a 15 em abaixo do nível de água é o )
aparelho com maior eficiência na eliminação do vórtice superficial. Padmanabhan )
(1987) recomenda barras de grades com espessura de 4 a 6 cm e espaçamento de
( )
2,5 cm. Uma gaiola de grade é também eficiente se for suficientemente grande e
" ']
localizada abaixo do nível mínimo do poço de sucção. Para esgoto tal solução pode Figura 10.44 - Utilização de placas e paredes para prevenir o vórtice superficial. FOI//e: Denny e I )
b) Vórtice Subsuperficial
do vórtice, uma cortina colocada em sentido transversal em relação ao sentido de
)
escoamento pode ser um supressor eficiente de vórtice. As dimensões dessa cortina O vórtice subsuperficial depende essencialmente das condições do fluxo n.a
geralmente são definidas, por tentativa, em um estudo de modelo hidráulico. )
entrada da bomba e seu controle envolve principalmente a eliminação do alto gradi-
Na figura 10.43 são apresentados os aparelhos típicos de supressores de vórtice ente de velocidade no escoamento, de modo a evitar a separação do fluxo no ( )
superficial. interior da bomba. Para isso é necessário que a geometria do poço seja adequada,
)
de modo que não haja transições bruscas no escoamento e que as paredes e a laje
de fundo do poço sejam bem projetadas. . _ )
Os métodos para o controle do vórtice subsuperficial são baseados na reduçao )
rotacional do fluxo, de modo a prevenir a separação e seu direcionamento para a
I )
sucção das bombas. Na figura 10.45 são apresentados alguns métodos para a su-
pressão do vórtice subsuperficial. )
Dentre os supressores de vórtices utilizados em elevatórias de esgoto, dest~ca~
)
USO DE PLACAS FLUTUANTES EM
se o dispositivo apresentado na figura 1O.45c que é um cone, cu~a conc,ep.çao e
(o)
pO~\~~~~1~
~~~~A g~~g~~~E
SUPERfiCIAL
(c)
simples e com resultado bastante eficiente, reduzindo a ocorrência de vornces .a
(b)
valores desprezíveis. Observou-se nos ensaios realizados na FCTH (199.8), C~I~SI-
)
Figura 10.43 - Aparelhos típicos para supressão de vórtices: (a) grade horizontal, (b) placas flutuantes, derando as elevatórias submersíveis (figura 10.14 e 10.15), que esse dísposmvo
(c) cortina. Fonte: Knauss (1983), Padmanabhan (1982), Pennino e Larsen (1982). não interfere nas condições de deposição de material sólido no poço de sucção. )
( )
-,
)
) :O~~.9~L~ to
D~g~~AR;f:~l~ AOICIONADA soe A liNHA DE: CENTRO
DI: VORTlCE
00.8' sucção dos institutos de pesquisas. dos fabricantes de bombas e das norma da AI3NT
)
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tj -: I ·A.', Hydraulic lustitute Standards
"
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",
b
,,
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t.,:,.:-"~.~~;;;,]:;"
) ";] CONE
.~: ~\ Standards (H IS) baseiam-se em experiências realizadas com bombas de porte mé-
> 1 SEÇÃO
dio, nas quais as condições de formação de vórtices, especialmente do vórtice
l-I
) subsuperficial, não são tão criticas quanto nas bombas de grande porte.
(o) (b) (e)
O Hydraulic lnstitute Standards recomenda as dimensões do poço para uma
)
Figura 10.45 - Métodos para a supressão do vórtice subsupcrticial: (a) alteração do espaço livrejunlo bomba e para várias bombas indicadas nas figuras 10.46 e 10.47. Para as instala-
) parcele. (b) parede scparaiória. (e) cone. Fonte: Ilydrtutlic Instuute Standards (/983).
á
ções com várias bombas, além das dimensões sugeridas pelas figuras citadas, algu-
mas informações adicionais constam da figura 10.48. Os critérios que levaram a
)
essas recomendações não são claros, mas presumivelmente são baseados emexpe-
J 10.7.4. Projeto do poço de sucção riências. Pelo que se observa nas figuras citadas. conclui-se que as recomendações
foram feitas para poços com sucção vertical.
Principais pesquisas realizadas
British Hydromeclumics Researcli Association
,'\ forma e as dimensões do poço de sucção não deverão prejudicar o desempe-
, ,
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poÇO:
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I DE POÇO
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'1',1", aooc
DIMENSÕES RECOMENDADAS DO POço (111,)
ANTEPARO )
GRADE
Na figura I 0.52 encontra-se o projeto de 11//1 poço par;1 várias }-.'.__'-.~. _,
A do o canal de aproximação. Poço sem divisóri'I<; (;1) e ]')()('( C( .: =:> ',0_._::-_
() Jm C'.'<.'.-,,· _
y Devido à importância das condições de cnlr'lda na ~,ll(;('~() da- ;.'. ~~~: -:-'. .: _"-
recomenda que a entrada seja feita através de 11/11,1rei;;1 ~rn li)r~;~;'~~"~~,:::,~~,_
H.A.min. 10.53). A finalidade dessa peça é prevenir a '/,par;lçfíi) d() lJur _-; -:~~.~_:- c
~- OCOITequando a entrada possui ca~tos vivos e 1;lrr,h6rndiminuir a,';;.:-;, ~;":'.;~~:
sucção. O diâmetro da boca de SIllO(D) recofrJcnl];u]o r(;J;] BHP~.c._.-:.-'~,~~ "':.~ r )
:x: I,8d, onde d é o diâmetro da tubulação de SlIcc,iirJ. As (km~ís dir__ z J~",o:;_=~~r )
,==t=~1 --- obtidas considerando um quarto da elipse, scnd., h r) ti!.() rr,~i(Jf:: ~·~·~~:c ~_~ -:
C )
Hitachi Pumps I
CORTE /
A antiga norm~ da ABNT, PNB - 590 - EJ~J,()r~f;i.ir)d'; f'r()í'::,-,': :::,-:: ';-0-,, __~ )
Bombearnento de Agua para Abastecimento l'<lr l!v), (]r; j 'Jr:h;) ::': : ~_~ ~:~~ J
)
da as formas e dimensões do poço (figura 10.':1), (;(jrn b<:'/; err ::r:-:,::.:.:.:~.:':
Figura 10.46 - Dimensões do poço de sucção (planta c corte ). Fonte: Hydraulic Institute Standards das pela Hitachi PUiTIpS, '. -- --~
(1983).
A submergência mínima (S) é fixada acirre, rk 1,5 d '; r,;"fJ :;:-- -= '~ _~. _ ( )
0,5 m. A folga (f), compreendida entre o fun-í-, rh fi''>'!,) '; "- ,'À:":~' ~;:~-.::_, .~
)
canalização de sucção, é fixada entre 0,5 d e J,~ d, </;o(h ri ()ê:~---== ~.-'~:
ção de sucção, "~-', -- ..~.- r )
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FORMA DE SINO
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Figura 10.50 - Dimensões do poço para uma bomba de poço seco. Fonte: Prosser (/980). "" DOS CANTOS
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Figura 10.52 - Poço com várias bombas, incluindo o canal de aproximação do poço de sucção. Fonte:
Prosser (1980).
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ESCC\l\MENTOUNIFORME
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(a)POço ABERTO
(b) poço COM OIVIScfllAS
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A PARTE SUPERIOR OA::-1
PAREDE OIVISORIA DEVE
ESTAR ACIMA DO N.A.mox,
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--I D/d= 1,5 a 1,8
D=d+2a1'2r
)
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-.J'-- ~ __ ...J T
,,o )
Figura 10.53 - Dimensões da entrada em forma de sino. Fonte: Prosser (1980).
)
Figura 10.51 - Dimensões do poço para várias bombas. Fonte: Prosser (1980).
J
)
'""')
)
As pesquisas da Sulzer foram elaboradas para as bombas verticais com tluxo
afluente às bombas o mais uniforme possível. pois. caso contrário. haverá diminui-
) .' ção na capacidade e no rendimento das bombas e possíveis danos ao rotor, devido
) à vibração e cavitação.
As recomendações para a instalação individual de bombas são apresentadas na
} figura 10.56. Pelo que se observa nessa figura, a Sulzer admite uma variação da
) submergência mínima, em função dos detalhes na câmara de entrada das bombas.
Recomenda-se, também, a entrada em forma de sino para a sucção das bombas.
Para várias bombas em paralelo, recomenda-se as instalações apresentadas na
) figura 10.57. Os detalhes de instalação para cada bomba são os mesmos apresenta-
PU\NTt. 00 fOÇO DE SUCçÂO
dos na figura lO.56.
Quando se utiliza tubulação de sucção horizontal. a Sulzer recomenda as confi-
J gurações apresentadas nas figuras lO.58, lO.59 e lO.60, sendo sua escolha em
NIVEL MíNIMO DE ÁGUA
função da capacidade das bombas. Para sua utilização são feitas as seguintes reco-
:: PAREDE OEFlETORA
Figura 10.54 - Formas c dimensões do poço dc sucção. FOI/(': l lituchi PlIII/pS (1968).
(*) para esgoto, a velocidade mínima recomendada é de 0,60 m/s,
1.1 <I
t1 Bombas F/ygt
-- ---
- 1.5d
*- A Flygt apresenta recomendações para o projeto do poço ele sucção com utili-
-
1.5d . __ zação de bombas submersíveis, com base em pesquisas realizadas em laboratórios
-
1.5d _~. ...;;:'<:><f,)~ da Flygt. na Suécia, e também em modelos hidráulicos feitos pelo Departamento de
;,pr
-- 1.5d .
--~~+---~~
1.5.d~'·
• ",c.~
<f,)U
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.xsr: .~<:>
Engenharia Mecânica da Universidade de Nottingham, na Inglaterra. Com essas
experiências foram estabelecielas as dimensões ideais do poço. visando atender os
seguintes requisitos:
~c.' -J, :
.., /'
1.1 d
• Fluxo suave e uniforme do líquido às bombas:
Figura 10.55 _ Exemplos de arranjos c dimensões para ()poço de sucção. FOI/te: f litachi Pumps (/968).
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)
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~I S~I,O O~NPSHr."
'11'2,0 O
)
<~~ )
Figura IO.58 - Poço com tubulação de sucção horizontal, para Q < 0,5 1l1"/s. FOI/te: SII!?er (/986).
)
)
-,)
) 386 COLETt\ E TRt\NSPORTE DE ESGOTO St\NITÁRIO
PROJETO DE ESTt\ÇÕES ELEV t\TÓRIt\S 387
)
N.A.mln. I t I Nas figuras 10.61 e 10.62 são apresentadas as recomendações da Flygt para o
) 1-==--1:--1 projeto do poço de sucção. A padronização da SABESP de estações elevatórias de
) I -~ I t J--. ---'----"'--L-J.------.,. esgotos com bombas submersíveis teve como base as pesquisas realizadas pela
Flygt.
) .,.t,
i
) .," , Norma da ABNT N B-590/1990
, 'li
~
...~
A partir de março ele 1990. a Norma N8-590/1990 substitui a PN8-S90/1977,
/
) relativa a água de abastecimento. Quanto às recomendações para o projeto do poço
• ,. I ~
de sucção, a nova norma propôs algumas alterações em relação à antiga que era
j
baseada nas pesquisas realizadas pela Hitachi Pumps, A figura 10.63 apresenta as
) recomendações da NB-S90/1990 para o projeto do poço de sucção.
) Sendo d o diâmetro interno da tubulação de sucção, as dimensões do poço de
sucção devem obedecer as seguintes especificações:
)
lateral do poço de sucção deve ser de 1,0 d e nunca inferior a 0,30 111;
• devem ser evitadas zonas mortas do escoamento e formação de vórtices
NA. m+n .
mediante configuração geométrica apropriada do poço de sucção e, se ne-
cessário, utilizando também dispositivos antivórtices:
• nas cortinas que separam compartimentos de sucção, um conjunto de bom-
bas dispostas ortogonalmente à corrente líquida deve medir mais de 3 d na
direção da corrente, a partir do eixo da tubulação;
• os perfis das bordas de ataque das cortinas e dos detletores devem ser arre-
dondados;
• o escoamento na entrada do poço deve ser regular, sem deslocamento e
OINENSÕES 10"""" 1,75 d zonas de velocidades elevadas;
R~ 1,50
5~1,~O>,.NPSH,..q • quando o fundo do canal de chegada e o do poço de sucção se acham em
o =0,5 o
ti. 1,0 o cotas diferentes, a concordância entre ambos deve ser feita por plano inclina-
W.2,00
E_ 4,0 o do de no máximo 45" em relação à horizontal.
.=0,330
I
~---_._._----"'---
Figura 10.60 - Poço com tubulação de sucção horizontal, para Q < 5,0 m'/s. Fonte: Sulzer (1986).
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Figura 10.62 - Diagrama para determinação das dimensões A-E relativa a figura 10.61. FOII/e: Flygt
(/98/).
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)
PLANTA CORTE
)
Figura 10.63 - Poço de sucção. FOII/e: ABNT NB-590 (/990)
Figura 10.61- Planta e corte do poço de sucção. Fonte: Flygt (1981).
)
)
390 COLETA E TRANSPORTE [)E ESGOTO SANITÁRIO
PROJETO [)E ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 391
Comparação entre as principais pesquisas
Dimensões e Entidade Poço com uma Poço com
Velocidades bomba várias bombas
Tsutiya e Machado Neto (1993) apresentam a comparação das dimensões e
velocidades no poço de sucção com uma e várias bombas, recomendadas pela w HIS ::;20 ::;2nD+(n-I)T
Hydraulic Intitute Standards, British Hydromechanics Research Association, Hitachi BHRA 20 2nO+(n-I)T
Pumps, PNB-590/ 1977, Sulzer Pumps e N B-590/] 990. Conforme se observa na I-IITACI-II 3d 3nd+(n-I)T
tabela 10.8, as dimensões e velocidades recomendadas pelas cinco entidades são SUL.ZER 20 2nD + (n - I) T
praticamente equivalentes, não havendo diferenças significativas de valores. No ABNT 3 d ou ~ 0,6 III 3nd+(n-I)T
y HIS ~30 25,5 O
entanto, para a NB-590/1990 recomenda-se a utilização da entrada em forma de
BHRA ~40 ~ 0,65 W ou4 O
sino, com diâmetro O variando de 1,5 a 1,8 d. sendo d o diâmetro da tubulação de
HlTAC!-lI >3d >3d
sucção.
SUL.ZER >30 2/3 W - O
Para Tsutiya e Machado Neto (1993) qualquer uma das pesquisas para o proje- ABNT >3d >3d
to do poço de sucção poderá ser utilizada, devendo escolher aquela que mais se B HIS ::;0,35 D ::;0.35 O
adapta a uma determinada situação específica. Para grandes instalações, recomen- BI~IRA 0,25 O 0,25 O a 0,5 O
da-se o estudo em modelo hidráulico reduzido. HITACHI 0,6 d a 0,7 d 0,6 d a 0,7 d
SUL.ZER O D
Tabela I O.H- Comparação das dimensões e velocidades 110 poço de sucção ABNT > I d ou ~ 0,3 III > I d ou ~ 0,3 l1l
S I-lIS 20 a 3 D 20 a 3 [)
poço COM UMA BOMBA
poço COM VÁRIAS BOMBAS
BI~IRA 1,0 Da 1.5 O 2 O a 3 O
HITAC!-II > 1,5 d ou ~ 05 III > 1,5 ti ou ~ 0,5 III
-" SUL.ZER ~2D ~20
i ABNT > 2,5 d ou ~ 0,5 l1l > 2,5 d ou ~ 0,5 m
c I-lIS 0,4 D OA O
'Ve • I!w l3l-IRA 0,5 D 0,5 O
HITACHI 0.5 d a 1.5 d 0,5 cI a 1.5 d
SUL.ZER 0,5 O 0,5 O
AI3NT I d a 1,5 d ou ~ 0.2 m I da 1.5 d ou ~ 0,2 l1l
HIS < 15 graus
Bl-IRA <: 20 graus
HITACI-II
SULZER ::; 20 graus
I-~ ;.á' ABNT
I, I ,~
I I HIS < 15 graus < 15 graus
Bl-IRA ::; 10 graus ::; 10 graus
--=:~~
-------~~-"_""~~~
--.-----i
HITACHI ::;45 graus ::; 45 graus
ts
+c Is SULZER ::; lügraus
-- ----- ~r--- __
10 I
-'ê- Ve (m/s)
ABNT
I-lIS
~ 45 graus
::;0,6
::; 45 graus
::; 0,6
r-->t
Bf-IRA ::; 0,6 ::; 1,2
HITACHI s 0.6 ::; 0,6
SULZER ::; 0,3 (*) ::; 1,2
ABNT
")
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BHRA s 0,3 (*) :s;
0,3 (") )
HITACHI :s; 0,3 (*) :s;
0,3 (*) j
_.....o:"~A~R R~I.=.L
E~T~E
__ ~+\.~--'Tc.:Uc::..::eU L:..::A""C",l
0::/ DE RECALQU E
SULZER :::;0,3 (*) :s;
0,3 (*)
ABNT :s; 0,6 (*) < 0,6 (*) j
s s
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A~DUÇÃO
CONCENTRICÂ
rnJ BOMBA
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NAmin
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r--
NAmin
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D
I'---+---m.. PODE SER uTILIZADO ONDE EXISTA SU8MERGENCIA
ADEQUADA E NiVEL DE ÁGUA MINIMO PARA
para a mesma vazão, diminuindo-se o diâmetro, alimenta-se a potência do equipa-
mento de recalque e vice-versa. Existem, portanto, vários pares diâmetro-potência
PREVENIR VORTlCE que atendem a elevação de uma dada vazão, a lima dada altura manométrica.'
Tecnicamente, entretanto, as velocidades de escoamento nas tubulações de
recalque devem ser tais que não permitam a deposição de materiais sólidos na linha
e também não causem problemas de erosão. Para atender estes aspectos, tem sido
Figura 10.65 - Disposições da tubulação de sucção horizontal. comum limitar a velocidade de recalque entre 0,6 e 3,0 m/s.
j"'
)
T
)
)
396 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
PROJETO DE ESTAÇÕES ELEV ATÓRJAS 397
)
• Bombas centrífugas de eixo horizontal A determinação do diâmetro da tubulação de recalque normalmente é feita )
levando-se em consideração aspectos econômico-financeiros, por isso sendo esco- )
Git.'_~h'~
q \ t P
lhido o diâmetro que conduz ao mínimo custo de implantação, de operação e ma-
nutenção do sistema elevatório. Portanto, a escolha final do diâmetro de recalque é
feita após cotejo técnico-econômico, para diferentes valores do diâmetro da tubula-
)
)
ção, considerando-se os custos de:
)
~
ITfi1 f1=tt1j
~ •
•
Aquisição e assentamento dos tubos. peças e aparelhos;
Aquisição do conjunto motor-bomba adequado a cada valor do diâmetro;
)
-
• Operação, manutenção e consumo de energia;
• Amortização ejuros. )
!\.\ t i \ i ~
n==r=r-=n o diâmetro mínimo da tubulação de recalque é de 100 mm.
)
)
li~st?l~r
\ . t . I.
A figura 10.68 apresenta as relações entre o custo de investimento e o custo de
operação em função do diâmetro, de modo que, quando passam por 'um custo
mínimo, tais relações correspondem ao diâmetro econômico de recalque.
)
)
)
CUSTO
)
)
• Bombas do tipo misto
CUSTO
MINIMO
)
)
)
, CUSTO DO CONJUNTO
)
\. \ I \ t
ELEVATÓRIO
ENERGIA
E DE
ELETRICA
)
'-------'------_ DIÃMETRO
Deconômícc )
• Bombas verticais
Figura 10.68 - Dctcnninação do diâmetro econômico. )
)
)
)
)
) 398 COLETA E TRANSPo.RTE DE ESGo.TO SANITÁRIO.
PRo.JETo. DE ESTAÇÕES ELEV i\TÓRIi\S 399
)
D= KJO (10.27) Peças especiais das tubulações de recalque
) Nas linhas de recalque deverão ser instaladas peças para remoção e entrada de
onde: D = diâmetro, m;
)
)
..,
'.
;\.
~,
1
Q = vazão, 111 /5;
K = coeficiente de Bresse.
ar nos pontos altos, bem como descargas em determinados pontos baixos .
• Descarga
) o valor do coeficiente de Bresse é função da velocidade econômica (V) de
Colocada nos pontos baixos da linha de recalque para permitir a saída de eszo-
) escoamento na linha de recalque e pode ser detern~inado pela expressão:
to, sempre que for necessário. Isto geralmente ocorre quando se quer esvaziar a
) tubulação de recalque para fins de reparo ou outras razões de natureza operacional,
) K= (4 A descarga deverá permitir a eliminação de todo o esgoto contido no conduto.
(l0.28)
)
v-;V Quando inviável, é necessário prever meios para completar o esvaziamento medi-
ante sucção por bomba.
,.
) O esgoto descarregado deverá ser encaminhado, por meio de condutos devida-
Para o recalque de esgotos, a velocidade econômica tem se situado, de um
mente projetados, até o local onde não cause problemas de erosão, inundação e,
modo geral, entre 1,0 m/s (K=I, 12) a 1,5 m/s (K=O,85). Para tubulações longas, no
principalmente, de origem estética.
entanto, têm sido utilizadas velocidades de recal que de cerca de 0,8 m/s (K=l ,6) e
O diâmetro da derivação de descarga não deverá ser inferior a 100 mrn e,
para tubulações curtas, as velocidades chegam a atingir 3,0 rn/s (K=0,65). Estes
preferivelmente, recomenda-se valores acima de 150 mrn.
valores têm sido usados com pleno sucesso.
• Peças pararemoção e entrada.de ar
Recomendações para o estudo do diâmetro econômico da linhu de reculque
)
)
)
)
)
PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 401
400 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO )
"
;1
)
I1 como emulsionamento do ar na água, diminuição da eficiência das bombas e corro-
)
são das tubulações, poderão ser ocasionados pelo aprisionamento de ar.
:1
O ar entra de várias maneiras em uma tubulação, como, por exemplo, no início, )
·
! através do poço de sucção de uma estação elevatória. A penetração pode ser causa-
..
!
.; )
da pela liberação de ar existente na água, em razão de variação da temperatura e
r
(b I
l___
~~. energia sem boI. a de ar iJHo )
pressão, e também pelo enchimento ou drenagem das linhas. Válvulas e bombas ---.~. I
-- ---':0," b -.----r.
constituem, igualmente, pontos onde poderá haver liberação do ar. ~I~ar -«. )
I i
A figura 10.69a mostra uma bolsa de ar aprisionada no ponto alto de uma --+-
I )
tubulação com água em repouso; as superficies do líquido que limitam a bolsa são,
portanto, horizontais. Quando há movimentação da água, o escoamento a jusante )
do ponto alto se processa com superficie livre e, dependendo da declividade do
trecho de jusante, a passagem para o escoamento sob pressão se realiza através do )
aumento gradual da altura da água ou, bruscamente, por meio de ressalto (figuras )
10.69b e I0.69c). Nessas condições verifica-se uma perda de carga adicional t.H.r
)
provocada pela bolsa de ar que, no caso de não haver ressalto, é igual à diferença
de cotas, t.Z dos pontos que limitam a superficie da bolsa de ar (figura I0.69b). Em )
instalações de recaI que, essa perda adicional ocasiona acréscimo na altura
)
mano métrica, diminuição da vazão e aumento do consumo de energia elétrica.
.Vários pesquisadores examinaram a possibilidade da tubulação transportar pe- )
• i
quenas bolhas e bolsões de ar sem que ocorra ressalto. Também estudaram as )
características hidráulicas a jusante do ressalto para que haja carreamento de ar.
Pelas pesquisas, concluiu-se que a remoção de ar em tubulações é obtida quando a )
velocidade média do escoamento (Y) é igualou maior do que um certo valor míni- )
mo, denominado velocidade crítica de arraste de ar (V'), conforme mostra a figura Figura 10.69 -Tubulaçâo com bolsa de ar. Em repouso (a) c em movimento, sem c com ressalto (b)
)
10.70. Se a velocidade na tubulação for menor do que y' .deve-se promover a e (e). Fonte: Quintela (/98/),
remoção de ar através de algum dispositivo. )
A determinação do valor da velocidade crítica tem sido objeto de estudos de
)
diversos autores, como Kalinske e Bliss (1943), Kent (1952), Gandenberger (1966)
e de Wisner et ai (1975), cujos resultados das pesquisas estão reunidos na figura )
10.7!. )
A fórmula de Kent (1952) tem sido utilizada para determinar a velocidade de
)
arraste de ar acumulado na tubulação. Sua equação é a seguinte:
)
y* = I ,36J gD sen 8 (10.29) )
)
onde: y' = velocidade crítica de arraste de ar, m/s; Figura lO.70 - Condições de acumulo de ar na tubulação
)
g = aceleração da gravidade, m/S2;
D = diâmetro da tubulação, m; )
9 = ângulo que o conduto forma com a horizontal a jusante do ponto )
alto, conforme mostra a figura 10.70, graus.
)
,j
)
) 2.0
V PARA poço DE VISITA DE ESGOTO OU OUTRO
PONTO ADEQuADO DE LANÇAMENTO
)
..: 1.5
) _ Kolinskea Bli ss
B
) "., ~
~> 1.0 l _0_1 _IL-._-_-
w_i_s_n_e'_e_t _-_--::~-:::~~~~\::S2::::::::=~~r~K~~~n~t
~
-==;:;7"--",~~:;:::::~~o:=..---_~rGondenberger
L
) \I "
"" LINHA DE RECAlQUE
0.5
)
) PLANTA
0.0 ~'~-~'----~'---~'--~--+----~I--~--~
) o 0.1 0.2 0.3 0.4 05 06 0.7 0.8 0.9 1.0
TAMPÃO
)
) Figura 10.71 - Velocidade critica de arraste de ar (V*) vcrsus dcclividadc da tubulação. FOI/te:
Edniunds (/979).
)
) ::: t, :
t ~." ~. ~
) I ! Devido às divergências existentes entre as várias pesquisas, conforme mostra a
. e>,; , .!.
I (,
figura 10.64 e já que elas foram realizadas em diâmetros pequenos, Tsutiya( 1989)
) !!lU:;,; propõe a utilização dos valores mais conservadores: para 0::;23" a pesquisa.de Wisner F=~~==d:1==#~===t--VEDAÇÃO DAS PAREDESCO'"
) Ht~J lI; f et ar; e para 8.>23" a de Kalinske e Bliss, MA rERIAL ELASTI CO'
ll,·i"
lJlllÍ il'
,1'1 r1 ·1
) 111~jCll: l, I nstaíação de dispositivos para a remoção de ar
llli1m~§tt~~ft§~i;::: CAMAOA DE MATERIAL GRANULAR
) n11i111
!'Ir! i
CORTE B-B
Metcalf & Eddy (1981) recomendam a utilização do dispositivo da figura 10,72
) lW;f:l' para a remoção de ar. As tubulações desses dispositivos devem variar de 20 a 50
) ~!;lj.1 111me quanto maior o diâmetro da tubulação dc recalque, maior deverá ser o diâme- Figura 10.72 -. Dispositivo para remoção de ar. Fonte: Me/cair & Eddy (/98/).
111t~~i ~
) !tijd 'i Outro dispositivo igualmente utilizado com sucesso é o ferrule, que é instalado
ilk:'
) ií!'ldi de forma semelhante ás ligações domiciliares de água, Essa alternativa, entretanto, Nas elevarórias, é comum o uso de ferro fundido dúctil com revestimento de
aUi :1.
requer que o operador abra o registro para a remoção do ar contido na tubulação. cimento para diâmetro menores do que 600 mm e, no caso de diâmetros maiores,
)
")
)
Jllj
1" )
í:\
:';1-
COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
)
pl
Tabela 10.10 - Valor do coeficiente C de Hazen-Williams. 'L
Tabela 10.9 - Materiais utilizados nas linhas de recalque. )
,;,/1
Material da tubulação Diâmetros Tipo de junta Observações usuais (mm) Condições das tubulações '!d )
Material da tubulação
mau estado
!f"
.,
novo 25 anos de uso 50 anos de uso .'l"
Ferro fundido dúctil 100cl200 junta elástica :!!i )
150 140 140 130 f!li
PVC n·r
)
1)
)
)
I
!
.;
406 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTACàES ELEV ATÓIÚAS 407
)
acionamento motorizado. No caso de acionarnento manual, o esforço tangencial a Válvula de retenção
)
ser aplicado ao volante ou acionador deve ser inferior ou igual a 200 N; caso esta
) condição não possa ser atendida, deve ser previsto acionamento motorizado, As válvulas de retenção permitem apenas o escoamento do fluxo em uma dire-
) .• i
hidropneumático ou redutor mecânico. ção e destinam-se à proteção elas instalações de recalque contra o refluxo ela água.
;;,i Deverão estar localizadas em pontos acessíveis ao operador. Caso isso seja Existem vários tipos de válvulas de retenção, mas para as elevatórias de esgoto
) ,11
inviável, deverão ser previstos acessos através de piso, escadas ou acionados por recomenda-se o tipo portinhola. Sob condições normais de operação, as portinholas
\"
da válvula se abrem no sentido elo fluxo, enquanto que, havendo uma paralisação
) " corrente, ou ainda mecanizados, qualquer que seja seu diâmetro.
elo fluxo, automaticamente a portinhola se fecha por gravidade ou com a ajuda ele
) Válvula gaveta um contrapeso, impedindo o retorno da água. Podem ser utilizadas válvulas de
) retenção tipo portinhola única (figura 10.74), com ou sem by-pass. A norma da
As válvulas gaveta são utilizadas para isolar as linhas de sucção e de recalque, ABNTNB-569 de 1989 não recomenda a utilização ele válvula de retenção do tipo
) nas ocasiões de manutenção das tubulações e equipamentos eletro-rnecânicos da "dupla portinhola" no fluxo de esgoto.
elevatória. Permitem boa vedação mesmo em altas pressões e, quando completa-
)
mente abertas, oferecem pouca resistência ú passagem do líquido. A vedação é
obtida em parte pela pressão da água sobre a gaveta, forçando-a contra a guia/sede.
Válvulas de grandes dimensões e grandes pressões requerem um dispositivo deno-
minado "by-pass", de forma a estabelecer um enchimento e uma compressão pelo
outro lado da face da gaveta. sem o que sua abertura será bastante di ficultada.
Também são utilizados nas tubulações de sucção.
Para elevatórias de esgoto são recomendadas válvulas gaveta flangeadas de
haste ascendente, com volante (figura 10.73).
PORCA 00 VOlANTE
VOlANTE
~------L----~~I
PORCA DA BUCfiA
BUCHA. DA fiASTE Figura 10.74 - Válvula de retenção tipo portinhola única. Fonte: Caiúlogo da Barbnra
fiASTE
CASTELO
Em instalações com problemas de transientes hidráulicos, às vezes é de funda-
P~EME GAXET i\
mental importância que a válvula de retenção tenha um fechamento rápido. Nesses
PARAFUSO 00 PREME GAXETA
casos, tem-se utilizado freqüenternente a válvula de retenção Clasar, cujos detalhes
GAXETA
se encontram na figura 10.75.
BUCHA CONl RA VEDAÇÃO
TAMPA
Válvula borboleta
PARAFUSO E PORTA 00 CORPO
JUNTA 00 CORPO Para grandes diâmetros, as válvulas borboletas geralmente são mais econômi-
ANEL 00 CORPO cas do que as válvulas gaveta e requerem espaço menor para instalação. Às vezes,
CUNfiA CXJ GAVETA sua vedação não é tão eficaz quanto a da válvula gaveta, especialmente a altas
ANEL OA CUNHA pressões. Oferecem maior resistência ao escoamento do que a válvula gaveta, devi-
COAPO
do à espessura do disco que obstrui a passagem do fluxo. Tanto a válvula gaveta
como a válvula borboleta normalmente não são projetadas para operar em posições
parcialmente abertas.
Figura 10.73 - Válvula gaveta com haste ascendente. FOII/e: Catálogo da Ferro Brasileiro
)
-
/
)
\
'1:
1,. .
)
.'.
!. )
408 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 409
)
Aberta
)
-- '- )
-- +-
,
)
)
" )
)
Fechada
,:".,;:'
:"',':;
)
Figura 10.75 - Válvula de retenção de fechamento rápido. Fonte: Azevedo Netto ('I ai (/998).
)
Figura 10.77 - Extravasão por gravidade - Detalhes da instalação da válvula Flap.
)
Em instalações de esgoto não é usual a utilização da válvula borboleta. A norma
da ABNTNB-S69 REMOÇÃO DE SÓLIDOS GROSSEIROS )
de 1989 não recomenda o uso da válvula borboleta no fluxo de 10.10.
esgoto. )
A remoção de sólidos grosseiros do esgoto afluente àselevatórias é efetuada
basicamente com o intuito de proteger os conjuntos clevatórios. No Brasil, a solu- )
ção normal para tal fim é o uso de gradeamento logo a montante, na entrada do )
poço de sucção.
A seleção e dimensionamento dos dispositivos ou equipamentos dependem das
)
características das bombas ou equipamentos que devem ser protegidos, das carac- )
terísticas e quantidade prevista do material a ser retido, bem como das dificuldades
)
e necessidades operacionais da instalação. A norma da ABNT NB-S69 de 1989
admite os seguintes dispositivos para a remoção de sólidos grosseiros: )
)
• Grades de barras, de limpeza manual ou mecânica;
Figura 10.76 - Válvula borboleta. Fonte: Catálogo da Barburá, )
• Cesto;
• Triturador; )
Válvula Flap • Peneira.
)
A trituração dos sólidos grosseiros do esgoto não é usual em nosso meio, sendo )
Ut.ilizada em extravasores por gravidade das elevatórias, a fim de evitar o reflu-
xo da auua nas, ocasiõ ' I maxrmo
d o ruve ,. que detalhes sobre trituradores são encontrados nas referências Metcalf & Eddy
",' c ,Ioes do corpo receptor. Seu funcionamento é )
(1971) e Water Pollution Contrai Federation (1970).
semelhant: ao da válvula de retenção. Na figura 10.77 são apresentados os detalhes
)
de instalação da válvula Flap.
Instalações de gradeamellto )
)
)
), 410 COLET!\ E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO __________ ----'-P..:.:Rc:;:O:.::..:JlTO
OllSTJ\ÇÕES lLE\! ATORIAS 4II
) bém são utilizadas grades de limpeza manual, desde que sejam instaladas a baixas
)
profundidades. I
Nas elevatórias de porte médio e mais profundas. utilizam-se normalmente
)
/ti:
) 'j,;
grades com limpeza mecânica, com o próprio equipamento de limpeza das grades
depositando os sólidos retidos em caçambas ou carrinhos previamente colocados
I
) "!
,d,
em locais adequados.
Nas instalações de grande porte, quando é comum a chegada de sólidos grossei-
I
ros maiores que podem prejudicar a limpeza de grade mecanizada, costuma-se
utilizar uma grade grosseira a montante daquela.
Para elevatórias até 250 fi/s, de vazão máxima, recomenda-se o uso de cestos
removíveis (figura 10.78), porém, quando o volume de material a ser retido ou as
dificuldades de operação relativas à localização da elevatória ou à profundidade do
canal afluente justificarem, devem ser utilizadas as grades mecanizadas ( figuras
10.79 e 10.80). Para vazões máximas superiores a 250 Us, deve-se utilizar sempre
grades mecanizadas. Nas situações em que a vazão de projeto é superior a 250 fls,
porém, a vazão inicial é menor que este valor, executa as obras para a instalação
futura das grades mecanizadas, embora, de início, possam ser utilizados cestos para
a remoção dos sólidos grosseiros dos esgotos.
Quando a limpeza for mecanizada, recomenda-se a instalação de pelo menos
duas unidades; caso não haja essa possibilidade, deve ser construído canal de des-
vio protegido por grade de limpeza manual, com igual espaçamento entre barras .
. Quando houver risco de danos ao equipamento de remoção, uma grade grossa, de
limpeza manual, deve ser instalada a montante,
\
\ /
P-:;j CESTO RETENTOR DE MATERIAL \
!
//
~k'
IfI "
",'\,
=ttn==-=.
L P~ANTA
CORTE
Figura 10.78 - Cesto rctcntor de material para vazões menores do que 250 Us. Fonte: SABESP-
Padronização de elevatorias.
PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 413
412 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
De acordo com o espaçamento entre barras, as grades podem ser classificadas em:
• Perdas de cargas a serem consideradas nas grades onde: YM = Lâmina líquida a montante da grade, m; valor a se determinar;
YJ = Lâmina líquida a jusante da grade, m; (este valor é conhecido,
Após calcular as perdas de cargas nas grades, devem ser considerados no proje- sabendo-se as condições do escoamento ajusante);
to os seguintes valores mínimos para estudos de condições de N.A. de montante: = Velocidade a montante da grade, mls;
Q
•• grades com limpeza manual: 0,15 m Bx Y = velocidade a jusante da grade, m/s;
M
e grades com limpeza mecânica: 0,10 m 3
Q = vazão, m /s; (conhecido)
B = Largura do canal da grade, m; (conhecido)
A perda de carga nas grades pode ser estimada pela expressão:
Q
VJ = B x Y = velocidade a jusante da grade, mls;
1 (V-º--~
2 2 J
llH --
G - 0,7 2g
V2g ]
(10.30) ll~ = perda de carga na grade, m; pela equação 10.30, onde
VG =--"Q-
BuxYM
onde: llHG = perda de carga, m;
VG = velocidade através da grade, mls; = largura útil da grade (número de espaços x abertura da grade).
VM = velocidade imediatamente a montante da grade, mls;
g = aceleração da gravidade, mls2• .
No caso de grades com limpeza manual, deve-se determinar a perda de carga
para a grade 50% obstruída, para fins de desenvolvimento do projeto, de modo que
Para o cálculo da lâmina de montante de' uma singularidade, no caso a grade, esta perda de carga não cause remanso na tubulação de chegada do esgoto. Confor-
sugere-se a equação de conservação de energia. me já mencionado, o valor mínimo da perda de carga a ser considerado nestas
grades é de 0,15 m.
,NA GRADE
~lY"-r=-7E
,NA
)
417 . ~
416 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
PROJETO DE ESTAÇÕES ELEV ATÓRIAS )
1~ )
Tabela 10.12 - Quantidade de material gradeado em função da abertura da grade 10.11. UNIDADES COMPLEMENTARES !
)
Ir>
Abertura da grade Quantidade de material gradeado (eI1 OOJ esgoto) As seguintes unidades complementares são usuais nas elevatórias:
)
(111m) Média Máximo
10 58 • sistema de medição de vazão; )
20 29 51 • canais afluentes;
)
25 20 37 • sistema de extravasão.
30 15 28 )
40 9 16 Sistema de medição de vau/o )
50 6 10
60 5 8 Os medidores de vazão afluente mais comumente utilizados, têm sido as calhas
Parshall e o Palmer Bowlous, cujos detalhes são encontrados no capítulo 8. Esses )
medidores podem ser usados para controle do escoamento no sistema de gradeamento.
Tabela 10.13· Quantidade de material retido em grades. )
Medidores da vazão de recalquc também podem ser utilizados. Recomenda-se a
previsão de facilidades para a instalação de medidor da vazão afluente, localizando-se )
Localidade Espaçamento (111m) Quantidade de material retido (kg/ru')
o ponto de medição a jusante da grade de barras, quando esta for empregada.
Pinhal 20 0,008 a 0,012 )
São José dos Campos 25 0,0060 a 0,0084 Cal/ais afluentes )
Águas da Prata 50 0,002 a 0,0042
)
Fonte: Tsutiya (I 983}. . Os canais atluentes são normalmente utilizados, com uma ou algumas das se- .
guintcs finalidades: reunião de contribuições: regularização de fluxo; instalação de )
o material gradeado contém cerca de 80% de umidade e 960 kg/m', é mal extravasor ou canal de desvio ("by-pass"); instalação de comportas ou "stop-logs "; I)
cheiroso e atrai moscas. gradeamenro: medição de vazão; inspeção e manutenção.
Quanto à natureza do material retido, na tabela 10.14 são apresentados os Os canais afluentes são dimensionados de modo a se conseguir velocidade
)
dados obtidos nas elevatórias operadas pela SABESP em São José dos Campos. O mínima igualou superior a 0,4 m/s para a vazão afluente inicial. )
levantamento foi realizado em oito elevatórias, no período de janeiro a dezembro Quando for prevista mais de uma etapa de construção, deverão ser projetados
de 1980. As barras das grades são de aço com espessura 1/8" e espaçamento entre )
no mínimo dois canais a serem construidos inicialmente. Na primeira etapa será
si de 2,5 em. utilizado apenas um, ficando o outro de reserva. Esses canais deverão ter compor- )
()
..,
)
)'" , 418 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVA TÓRIAS 419
)
Gerador de emergência 10.13 EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE UMA ESTAÇÃO
) ELEVATÓRIA
) Embora seja a melhor solução do ponto de vista técnico, é a mais onerosa em
termos econômicos. Em países de infra-estrutura sanitária mais desenvolvida, esta Descrição geral do sistema
) ,.",
'ht solução tem sido a mais adotada, mas deve ser considerada com reservas em países
) ,qf em desenvolvimento, como o nosso, onde a limitação econômica é fundamental.
\P' Os esgotos provenientes dos coletores serão reunidos em uma caixa de distri-
tll Os geradores de emergência, de acionamento manual ou automatizado, devem
) buição, para em seguida ser encaminhada às instalações de gradeamento que cons-
ser instalados em locais onde haja interrupção freqüente de energia elétrica.
) O'· tará de uma grade fina de limpeza mecanizada e uma grade reserva de limpeza
Nos locais em que as interrupções de energia elétrica são pequenas, o gerador manual.
~,. .
) ..«. de emergência não tem sido comumente utilizado, pois considera-se que nesse
Para medição dos esgotos afluentes e para controle do escoamento no sistema
período o esgoto possa ser armazenado nas redes coletoras, coletores-tronco e
), de gradeamento, será utilizada a calha Parshalllocalizada a jusante das instalações
interceptores, até o retorno da energia elétrica.
de gradeamento. Em seguida, os esgotos serão encaminhados para o poço de suc-
ção da elevatória.
Extravasão por gravidade
Na elevatória serão instalados quatro conjuntos motor-bomba sendo que três
deles serão instalados na IA etapa e o 42 conjunto na 2' etapa;
Tem sido a solução mais utilizada em nosso país, por apresentar baixo custo de
Para as ocasiões da falta de energia elétrica foi previsto o extravasador por
implantação, particularmente se comparado com o do gerador de emergência. O gravidade e também a drenagem da linha de recalque, '
principal problema do uso do extravaso r é a poluição do corpo receptor, durante o A concepção do sistema a ser projetado é apresentado na figura El.
período de sua utilização. '
O extravaso r deverá ser localizado num poço de visita situado a montante da Vazões afluentes
elevatória ou no canal afluente. O poço escolhido não precisa ser aquele imediata-
mente anterior à unidade de recalque, mas o mais próximo do corpo receptor. Ano Vazão total de esgotos
Existindo galerias de águas pluviais próximas à elevatória, é usual fazer uso delas, ~édia ~áxima
quando possível, para a extravasão do esgoto. ,
Início do plano 96,18 136,44
O sistema de extravasão deve ter capacidade para a máxima vazão afluente a
(1998)
elevatória inclusive considerando o acréscimo devido à contribuição pluvial parasi-
IA etapa 163,85 243,16
tária, quando for o caso, e encaminhando os esgotos para uma disposição conveni-
(2008)
ente. A cota da soleira do extravaso r deve estar pelo menos 0,15 m acima do nível
2ª etapa 215,68 316,76
máximo de operação das bombas. O nível máximo de extravasão não deve causar
(2018)
remanso na tubulação de esgoto afluente, nem causar problemas de inundação no
local da elevatória. Entretanto, se o nível máximo de extravasão não evitar remanso
no conduto afluente, deve ser verificada sua influência a montante. Solução
É imprescindível que se verifique o nível máximo a ser alcançado na extravasã?,
com relação à cota dos poços de visita e soleiras das casas situadas em locais
A) Controle do Escoamento nas Instalações de Gradeamento
desfavoráveis (mais baixos), pois, se o nível do extravaso r for mais alto, o esgoto
irá extravasar antes, através dos tampões dos poços de visita ou pelas casas. Dev~-
Com o objetivo de se manter uma velocidade, razoavelmente, "constante" para
se ainda estudar o comportamento do sistema de extravasão perante o nível máxi-
a vazão afluente variável, será utilizada a calha Parshall precedida de um rebaixo. O
mo de água do corpo receptor, para evitar que a água reflua através do extravasor.
cálculo do rebaixo será para atender a:
Para evitar o refluxo, na maioria dos casos se utiliza comporta de retenção (flap
valve).
Qm3X= 317 eis e Qmim= 55 eis
)
)
, jl, )
,,11'
,i I
)
III
420 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTAÇÕES ELEV J\TÓRIAS 421 ~ fI )
1I
Para o cálculo H" foi utilizado a equação 0=2,397 WI•016 HI.5~H apresentado na
tabela 8.6 do capítulo 8.
1 I, 'I )
)
e
1\11
)
• Cálculo de Z
,,' li;, )
0,055 0,317 ' "l,
• t ~.
~fi )
0,196-Z 0,599-Z ,li: )
. ~L
0,055 (0,599 - Z) = 0,317 (0,196 - Z) .q;
0,033 - 0,055Z = 0,062 - 0,317 Z
(
)
I
0,262 Z = 0,029 :
'!
Z = 0.110 rn
)
Será utilizado o rebaixo de Z = O,IOrn ,i )
)
• Lâminas de água na calha de Parshall i
)
0=55 Us Y=0,096m )
Q=136Us Y=(),,249m ,
Q=234 fís Y=0,405m )
I',
Q=317Us Y=0,500m !,',
)
r ~
!fí
I
( )
B. Gradeamento
)
B.I. Grades )
Figura LI - Concepção do sistema
)
Serão utilizadas 02 grades sendo:
)
Determinação do rebaixo Z: • Para operação normal, O1 grade fina, com abertura de 19 mm, retangular de )
limpeza mecanizada.
• V -=ce.=---"-'-""'--
t Qmin o., • Como reserva, para ser uti lizada em parada da grade mecan izada, ()1 grade )
HA.min -Z média, com abertura de 25111111, inclinada, de limpeza manual. )
• Largura nominal da calha Parshall: LN= 30, W = 30,5 em (obtido através da
)
tabela 8.5 do capítulo 8) B.2. Condições a serem atendidas pelas grades
• Valores de H" para diversas vazões: )
A grade de limpeza mecanizada e a de limpeza manual deverão atender as
)
Q=55 tis H,=0,196m seguintes condições:
Q=136 (l/s H,,==0,349m )
Q=243 tls H~=0,505m • Velocidade através da grade: VG::;: 1,2 m/s; )
0=317 n« H"=0,600m • Velocidade no canal à montante da grade:
V M2: 0,4 m/s (pelo menos uma vez ao dia); )
)
J
)
A figura E2 apresenta o canal com a grade, onde tem-se, a largura do canal (B), • Largura útil do canal (Bu)
abertura livre entre duas barras (a) e a espessura das barras (e). B, = Nc.a = 37xO,0 19 = 0,703 fi
GRADE
,NA
,NA
-
Figura
I~
E2 - Canal com grade
B
~I Figu ra E.3 - Características hidráulicas da grade de limpeza mecanizada.
)
"")
)
~', ~ 1 I
)
)
424 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITARIO PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓIUAS 425
)
b' 0,7 2g 2g
)
. _ V~1 VJ-
? J YM + 0.00;47 = 0,6179
- Determinação de Y ~1: Y M + -' - = YJ + - + 61-1 (i Y;1 I)
2g 2g
)
- Para grade limpa, com Q=317 eis. Y~, - 0,6179 Y~, + 0.00447 = O
)
V~ _ 0,3172 0,00447
Y M= 0,606 m )
2g - 1,072 xY~, x19,62 =Y~
)
y' 0-9";' 0,317
YM = = 0.49 m/s )
~ = -2:~ = 0.0179 0,606 x 1.07
2g 19.62 )
V~=1,6135 )
Y 0,00447 = O -179 0,00847
M + , ,) + , )
YM Y~1
Y(;=1,27m/s
)
Y~, - 0,5179 Y~1- 0,004 = O
Para se manter ylis, 1,2 m/s, a limpeza da grade deverá ser feita de modo a não )
Y 11.1 = 0,532 m permitir .6.1-1(;;:::: 0,08 m.
)
0,317
YG = = 0,848 m/s - Verificação para as demais vazões de interesse. )
0.532 x 0,703
)
0,317 Para as demais vazões de interesse seguiu-se o mesmo procedimento utilizados
YM = = 0,557 m/s )
para as verificações na grade mecanizada com a vazão máxima de final de plano e
0,532 x 1,07
os resultados são apresentados na tabela Resumo das Condições Operacionais das )
0,00847 grades.
6H(j = ---,- = 0,030 111/S )
0,532 ~ Observa-se que a grade mecanizada operará adeq uadamente desde o início até
o final do plano. )
)
.,
)
)
426 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 427
)
indique que a grade manual deve ser de mesma abertura que a grade mecanizada, Número de barras: N, = 32
)
decidiu-se pela utilização de uma grade média, com abertura de 2,5 em que requer
) menor freqüência de remoção do material retido do que para a= 19 mm, sendo, Largura do canal da grade:
) ,'t,
consequentemente, mais adequada à operação de limpeza manual.
), ~ B = 31 x 0,025 + 32 x 0,0095 = 1,079 m
) 11.
f"
- Características da grade de limpeza manual: B = 1,07 m (adotado a mesma largura do canal com grade mecanizada)
) I;,
,t.;.' • Tipo: grade de barras inclinadas; Largura útil da grade: Bu= 31 x 0,025 = 0,775m
)
o Abertura livre entre as barras: 25 mm;
t,i.-
) • Espessura das barras: 9,5 mm; - Cálculo da velocidade no canal a jusante da grade
) • Ângulo com a horizontal: 45°.
Q (eIs)
) A figura E4 apresenta as condições hidráulicas a montante e ajusante da grade. 317 0,593
) 243 0,561
,NA
) 136 0,510
)
)
- - Para grade limpa, com Q = 3 I7 R.ls.
y2 y2
} yM+---,--M..=y +_J +6H
J G
Figura E.4 - Características hidrálicas da grade de limpeza manual. 2g .. 2g
)
) y2
---,--M..= 03172
' 0,00447
Para o controle do escoamento com calha Parshall LN= 30, W = 30,5 em, tem- 2g 2
1,07 xY~ x19,62 y2
) M
se:
}
Q = 317 fls YJ = 0,500 m
2g
2
y} = 0,593 = 0179
19,62 '
°
Q = 243 R.ls YJ =0,405 m
) Q = 136 fls YJ = 0,249 m
0,00853
y2
Para uma velocidade através da grade limpa deV == 0,8 m/s, desconsiderando- M
) se, em princípio, a perda de carga na grade, a largura útil aproximada da grade será:
0,00447 1
YM +--2 - =0,500+0,0179+ 2 (0,00853-0,00447)
) B' =
u
0,317
0,500xO,8
°
= 7925 m
'
YM 0,7xYM
)
)
)
'i1f!
'r )
428 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITARIO PROJETO DE ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS 429 ,;u; )
.'1)
).-J )
A NB-56911989 recomenda V G~ 1,2 m/s, porém, pode ser uma grade reserva, 'iÍ!
Y M = 0,523 m
o valor de V G= 1,32m/s, para a condição crítica da grade 50% obstruída, é um valor ::1 )
';;, )
0,317 aceitável. As limpezas deverão ser feitas antes que se chegue a 50% de obstrução
VM = = 0.566m/s 'ir
I
, 1;07x 0,523 da grade. ~ I~ j f )
,IP
Ve; =
.
0.317
'
0,775xO,523
= 0,782 m/s - Determinação de Y M para L'lHG = 0,15m ~ somente para NA crítico de :
"
.
"!~;( )
montante da grade. '" :,1 )
, ;\
0.0058
L'lHc = -' -- = 0,021111/s YM + 0,00;47 =0,5179+0,15 'I' )
, 0,5322 YM .I
I )
It
- Verificação para vazão máxima com 50% da grade obstruí da
Y~ -0,6679 Y~ +0,00447 =0 .,: )
I ~
_V_(~ = 0.3 17
2
0,0340
Y M = 0,658 m ~ este valor é para verificar o máximo NA a montante a ":
d
)
grade
2g 0.3882 X Y ~1 x 19,62 y2 I )
M
)
V;1 0.00447 - Verificação para as demais vazões de interesse: )
2g 2
1,07 x Y~ x 19,62 y2
M )
Para as demais vazões de interesse seguiu-se o mesmo procedimento utilizado
2 para as verificações relativas à vazão máxima de fim de plano, Os resultados são )
y} = 0,593 = 0,0179
2g 19,62 apresentados na tabela Resumo das Condições Operacionais das Grades. ' )
0,00447 1 )
Y 1'.1 + 1 = 0,500 + 0,0 179 + ? (0,0340 - 0,00447)
( )
y~ ~7xY~
)
Y M + 0,00447
J
= 0-179
,) +
0,04219
2 , )
Y~1 YM
)
YM = 0,617 m
)
0,317
V1'.1 = = 0,480 m/s )
0,617 x 1,07
)
0,317
VG = = 1,324 m/s )
0,388 x 0,617
)
0,04219
L'lHG = ---J- = O.l l l m/s )
0,617-
)
)
430 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO ______ -'--'-'PIc:..:W:::J.:::.E·~rO::...D~E"_'=':
E.STI\ÇÕES ELEV 1\ '('ORlAS 431
)
)
•
)
'j ,
'u:
ru
d~
)
)
)
"
C.4. Esquema do sistema de bombeamento • Mínima: 0,60m/s q )
,01
• Máxima: 3,Omls )
; I )
Entretanto, deve ser elaborado um estudo do diâmetro econômico, conforme
diretrizes indicadas no item 10.8.3, deste capítulo. ..'ti~
,
( )
Admitindo-se que, pelo estudo do diâmetro econômico resulta o diâmetro de
poço DE sucçxo )
<j> 500 mm, este será adotado neste dimensionamento. A linha de recalque será de :
r
ferro fundido dúctil, classe K-7, ponta e bolsa, junta elástica e revestido interna- )
mente com argamassa de cimento. )
: \
)
C.6. Seleção do conjunto motor-bomba
It )
C.6.1. Curva característica do sistema ,
)
BARRILETE
, )
C.6.1.1 Cálculo das perdas de carga
0~QQ<f'<f'
.í )
rri=l'-J><~=:Ó--'e-'<:.G~,-o\j'<:. - Perdas de cargas localizadas t :
)
)
) ':
I
) . I
°
60
0,00
0,01
0,00
0,04
0,00
0,05
120 0,02 0,15 0,17
. 180 0,05 0,33 . 0,38
Onde: hL == perda de carga localizada, m; 240 0,09 0,57 0,66
(l:K) = coeficiente de perda de carga para o conjunto de peças; 300 0,14 0,90 1,04
V = velocidade na tubulação, m/s; 360 0,20 1,31 1,51
g = aceleração da gravidade= 9,81 rn/s" 420 0,27 1,77 2,04
20 40 60
(I bomba)
0,02
2 bombas
0,00
3 bombas
0,02 0,04
60
120
° 9,42
9,42
9,42
10,42
10,42 _
0,00
0,05
9,42
9,47
10,42
10,47
10,42 0,17 9,59
40 80 120 0,08 0,01 0,06 0,15 10,59
180 9,42 10,42 0,38
60 120 180 0,18 . 0,01 0,14 0,33 9,80 10,80
240 9,42 10,42 0,66
80 16O 240 0,31 0,02 0,24 0,57 10,08 11,08
300 9,42 10,42 1,04
10O 200 300 0,49 0,03 0,38 0,90 10,46 11,46
360 9,42 10,42 1,51
120 240 360 0,71 0,05 0,55 1,31 10,93 11,93
420 9,42 10,42 2,04
140 280 420 0,96 0,06 0,75 1,77 11,46 12,46
(*) Qua~do se ulili~a conjunto motor-bomba subrnerso, não há tubulação de sucção, uma vez que o
conjunto opera rmerso no líquido a ser bombeado.
i)
I
,. )
'1:j"1 !, )
436 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
:fI)
PROJETO DE i::STACÓES ELEVATÓRIAS 437
C.6.2. Escolha do conjunto motor-bomba I. )
FL~ PERFORMANCECURVE
PROO
CP
CURVE NO
3201.160
IlYPE
MT L )
I
C.6.2.1. Características do conjunto selecionado DATE ~t.C3JS
I I HHM ETA tMX 63-638...{)O-6830 )
r
ETA GA MAX
1995--04-<J2 . 0.1216 10.7 72 010 61 010
'D NO VOLT w.x AMP
Para atender aos pontos exigidos pelo sistema foi selecionado o seguinte con- 05052313064 460
GR w.x WATT CCJdMENTS
I )
35.9
junto motor-bomba: '$SUE
3
I
TES~S IMPElLER PART NO
398 88 08
20700
I ~UMPHOUSING
384 24 00
PA.RT NO IMP. DIAM. 304 MM
( )
ACCEPTANCE-TEST IN ACC. WlTH ISO 25<8 (FlYGT(404) A 3204.1))
• Conjumto motor-bomba submersível-FLYGT )
• Modelo: CP 3201. 180-MT
IMP. THROUGHLET 2 - 102 • 84 (RECT ANGULAR)
NPSHRE ,)
• Rotor: <I> 304 mm H(TOTAL HEAO) IMP. BALL THROUGHLET 84 MM PuR
• Rotação: 1.170 rpm ML M I KW )
36
• Número de conjuntos: 1a etapa- 2+ 1 reseva 16 36
)
2" etapa- 3+ 1 reserva 34
17 34
30
)
IS 30
./ ~ <,
)
160 7,2
16
<, <, 8 16 60
180 5,5
/ <,
<, r-, , , )
r-.V
14·
7 14 70
t>< -,-,
)~ .....,.
( )
12
~ <, 6 12 60
'l
~ l'...
..--
;.< K, " ,"
5 10 50 )
IA Etapa 4 )
2ã Etapa 2 4 20
~ 2
li )
Hgmáx Hg~io Hgmáx Hgmin Hgmáx Hgmin ::>
c o
V I~
1
o
2
o o
10
, )
Vazão (eIs) 120 132 230 252 322 . 350
<:\ o 20 40 60 60 100 120 140 160 180 200 220 240 260
AMT(m)
o US
10,60 9,65 11,05 10,20 11,65 10,90 I I I I I I I I !>
)
11 (%) 72 ~ o 2 4 6 8
71,5 71,5 71,5 71,0 71,5 ~ 10 12 14
o UMIN'10
3
I )
P (kW) (*) 20,6 20,8 20,5 20,6 20,6 20,7
~ CURVES SHOW PERFORMANCE
RrSK FOR SEorMENTATION
WlTH ClEAR WATER ANO NPSHav
AT VElOCITY 8ElOW o.so M/S
> NP$Hre
:z
(*) IkW=I,3410HP
~ CHANGE TO SMAllER PIPE orAM AT POINT 181 (ST ANOARO OIAM 250 MM) )
')
()
)
QT
V=-
4
) ;
T~~I i: ~:
o
f:
I " I
~~' --t,l.-"-'--1~.'-L_,-_--,--
I I II_o Para os desenhos apresentado no final deste exercício tem-se:
••
(I")lVlllLVJI~l:;!I'i'JNVrj~IU'V
:l!
DESLlGAB2 -+__ ----L --;t~·I Lt
..b
)
C,7.3. Verificação do tempo de detenção do esgoto ir j
~I
DESlIGAB1 ------'---------------- ~
: "i'q J
O tc:mpo de detenção do esgoto no poço de sucção será calculado pela seguinte
expressao: , )
Figura E.8- Sequência operacional das bombas
)
Quando são utilizados sensores tipo bóia para o controle das bombas, recomen-
da-se a diferença de cotas entre os níveis de partida e de parada seja de, no míni- , )
mo, 200 mm. )
Onde: Td = tempo de detenção, min; (j
Vc = volume efetivo do poço, m'; C.9. Cálculo da submergência mínima das bombas
j
Qm= vazão média afluente à elevatória no início de operação, m3/min.
o valor da submergência mínima (s) deve ser determinado de modo a não
)
permitir o vórtice, e também, manter a bomba sempre afogada .
.Para vazão média de 96,18 eis, no início do plano, e sendo Ve = 32,85 m3 (valor
Como já visto no item 10.7.3 há vários métodos para a determinação da )
obtido pelo projeto) tem-se: .
submergência mínima. )
Considerando-se a vazão máxima de 132 eis, para cada bomba, sendo
32,85 ,j
Td = = 341,55 s = 5 69 min D=d=0,3m, atendendo o fabricante da bomba que recomenda a submergência mí-
~09618 ' nima de 0,585 m e pelas análises dos valores recomendados por vários autores, )
pode-se concluir que o valor recomendado pelo fabricante pode ser aceito. Entre-
)
Portanto, T, < 30 min, como recomendado pela NB-569 de 1989 da ABNT. tanto será adotado no projeto o valor de 0,785 m, para submergência mínima, de
modo que a altura do nível mínimo de água e o fundo da laje do poço de sucção )
seja de 1,20 m, conforme detalhes apresentados nos desenhos deste exercício.
)
)
-,
)
442 COLETA E TRANSPORTE DE ESGO'I:..::·O:...:S:::..A::..N~r:..:.rA.:.::Rc:.:IO=-- ~ _ PROJETO DE ESTAÇÜES ELEVATÓRIAS 443
)
)
II VÁLVU~E RETENCÃO
)
)
'.~
..--..
'- ---:-~ I ~",-L
_lI" . ". :~-
'.. ,
..•...
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) .': ,
I
VALVULA GAVETA i VÁLV ULA GAVETA
. i
NAmax .
.) ,I,
-- FY~
)
1,DOm NAmin.
I
.,
--~
/ ... ~
/.J
t030MBA ~
CONJUNTO MOTOR-BOMBA
SUBMERSO
CONJUNTO MOTOR-BOMBA
SUBMERSO Figura E.tO - sucção de bomba
Figura E-9 - Submcrgência mínima das bombas
Onde: Z = altura estática de sucção: positiva quando a bomba está afogada e • Cálculo do NPSHd
negativa em caso contrário, rn; Para NA"'in NPSHd= O + 9,49 - 0,24 - O = 9,25 m
Pa = pressão atmosférica local, m; Para NA""" NPSHd = + 1,00 + 9,49 - 0,24 = 10,25
Pv = pressão de vapor da água à temperatura ambiente. 111;
) hf = perdas de carga na tubulação de sucção. • NPSH,
Para a faixa operacional o NPSH, da bomba situa-se entre 4,2 a 4,4 m
Como a bomba situa-se abaixo do nível de água tem-se: (Catálogo da bomba)
) Portanto, como NPSHd> NPSH, não haverá problemas de cavitação da
) • Cálculo de Z bomba.
Para a condição de: NA",,,, Z= + 1,00m
)
NA"'in Z= 0,0
)
• Cálculo da pressão atmosférica (Pa)
)
Pa = (760 - 0,081 h) x 0,0 136
) h = 763,07
)
Pa = (760 - 0,08 I x 763,07) x 0.0136 = 9,49 m
)
t
.j:>.
(")
O
r
~
I~ 3
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IjUMI;:II\ ;:"Ut:lMtK;:"tVi:L
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•.•• PARA
VAI ,,, v, O
~ UC::,:,P,KC;NI\UVK
rn
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10 914
L4fU esu f4UU 590 1000 1343 1500 4213 Z
CIl
-e
I~O 1650 2550 1700
~ ~ O
It-- rtd, .!"'"" ~
---~ ~
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Z
100 1000 7 590 4250
3150
~ ~
::j
>-.
i~ \ 1~3 ;<>
~
"fi-
I
MEDIDOR PARSHALL
9~
IcOMPORTA MANUAL
1250 1263 750 Õ
VAI PARA O RIO COMPORTA PARA MANUTENÇAO
371 629
~
-r
V"I PARA o LANÇAMENTO I
PLANTA-1
GRADE OELNI'EZA
MECA~llAOA
nr,-r- ""
--,_~f
I ,
~ CPJ..OEElETR<)fI.r.-():QI,
~ ~
"'.100,890
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ENCHIMENTO 1250 I 950 I 1263 17~.O
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CORTE-2 CIl
~
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o
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CIl
rn
r
rn
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CIl
.j:>.
.j:>.
Figura E.12 - Corte da elevatória do exercício. VI
"
'-..-\....-\..-....-'---'--''--'--- '-- '--- "- '--- '-- "-- ~ '---"-'--'--"-"-'-~~"--'--- '- "--'- x.. '-- '--- '.J .J
)
)
) PROJETO DE ESTAÇOES ELEVATÓRIAS ·447
446 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
)
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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()
• ..,
)
)
)
) CAPÍTULO 11
)
)
i
) I TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS EM ESTAÇÕES
! ELEVATÓRIAS
I
) ,
I
)
Eng" Winston Hisasi Kanashiro (MSc., Dr.)
j TI
I
;
\
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,
I 11.1 Introdução
t..
)
)
lI I
i
Os regimes transitórios ocorrem com freqüência nas operações dos sistemas de
bombeamento e são caracterizados por apresentarem variações temporais das va-
i.
H.' t
1\' ,. li
!!
"I:
zões e cargas e podem ser provocadas por manobras que são de rotina, tais como
manobras programadas de válvulas, ou não, como desligamento acidental de bom-
.J 11 !'!"!j bas por queda de energia elétrica. Essas variações afetam o funcionamento do
Á '. li sistema, causando, desde perturbação no funcionamento até, em casos extremos,
) J '\1
.i í·j 'I
H ! a,:~1'I1'11
1
rupturas nas instalações.
)
'Li t 1'_;";\' ;1
Na Engenharia Hidráulica os fenômenos transitórios são também chamados de
) ~ \ I ii "golpe de aríete", devido ao ruído semelhante ao choque de um aríete num obstá-
li" j: culo, quando ocorre desligamento acidental de uma bomba e fechamento de sua
)
) :í
:!'d
I
válvula de retenção.
Para proteger o sistema contra os efeitos do transitório, instalam-se equipamen-
li! ! !i.l:n
l
I,',
I: tos destinados especialmente a essa finalidade.
)
, \ r.\:
ti'
Entretanto, tanto' a sua escolha como o seu dimensionamento deverá ser feita
) Ü 1 ) de maneira criteriosa, sob o risco desse equipamento não funcionar adequadamente
~ : I, j e tampouco proteger a instalação.
! .
) i I li!:
)
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11'
.\ : Ilj!
'i 1,1111 11.2 Descrição do fenômeno
)
)
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~
Ili
~,n11
Com o golpe de aríete tem-se a criação e propagação de ondas de choque
dentro de um sistema composto de tubulações e seus acessórios. A velocidade da
)
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1
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onda de choque é característica da tubulação e do meio fuido, e durante o seu
caminhamento ao longo do sistema é acompanhada de variação de pressão e vazão.
1
)
Ii lliill
) t !, (*) Consultor em sistemas hidráulicos.
) ,li\11 '
\lf\, 1 I
) h j 1
)
-,
)
)
452 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS EM ESTAÇOES ELEVATÓRIAS 453
)
estará em movimento nesse instante e irá parar apoiando-se na camada que se ~t{
encontra parada junto à válvula. Como o tubo e o fluido são elásticos, a energia )
)
Nos trechos afetados pela onda de choque, a carga é H, + .6.H. TODA A WUULAÇAO SE'.ENCONTRA SOB
A CARGA Ho +l1H E VELOCIDADE DE
E5COM.~ENTO NULA
Quando a onda de pressão chega ao reservatório, toda a tubulação encontra-se , )
..JL.--- ...c ..,..
NA
AH
expandida e a água contida no seu interior é comprimida (figura 11.1e). Evidente-
mente, essa não é uma situação de equilíbrio e a tendência é que, tanto a água como
--=-'"
Vo~
t ~'RENTE
::J=-?3'3&~2·~·3-0.·
DE ONDA Ho
..:1L..~ NA
(0)1':&
2.
)
o tubo volte ao seu estado normal. Para isso, a água que se encontra comprimida )
deverá se expandir e o tubo que se encontra expandido, deverá voltar ao seu estado NA
(I)t=h+ €
a
.,AH
L __
~'/o
--:-.,-:--~3H
FR!;!l7!: DE ONDA 1
I IO.
)
normal. Isso só ocorrerá se a água sair do tubo para o reservatório. -= -. ~ FREtnEDE Hc
r- ONDA (p) t=~l- c V::Q
Isso, de fato ocorre; a primeira camada junto ao reservatório irá sair do tubo, ~
NA
a
de onda que se propaga, também, com a celeridade "a". Ao longo desta etapa, o TOOA A TuauiAçAo
a
SE Er;CONTRA rJO
ESTADO DE REGIME PER/..\AtlErlTE INICIAL
aspecto do tubo tomará as formas indicadas nas figuras 11.1g e 11.1h. O tempo que (h) t=lh,.-E
a
)
a frente de onda leva para chegar até a válvula é de 2Ua segundos. NA
Quando a frente de onda chega à válvula (figura 11.l i), todas as camadas .Çt FRENTEDEONDA,
--I
Ho )
estarão animadas de velocidade inicial, mas de sentido contrário (-Vo). Como a ___--=- L-.!.R,_EF_CE_XÀ..c0I...,-;-:-_ ••.•.
Vo
)
válvula se encontra fechada, a camada junto a ela irá se expandir e a fatia do tubo (i)t=11.
a
irá encolher para um diâmetro menor que o original, até encontrar uma posição de TODA A TUBULAÇÃO SE ENCONTRA. COM )
A Ho DE REGIME PERMANENTE,l.!AS COM
ESCOAMENTO NO SENnDQ CONTRÁRIO
equilíbrio (figura ll.lj). Quando a primeira camada parar, o mesmo acontecerá )
com a segunda e assim sucessivamente, progredindo com a celeridade "a" até o Figura 11.1 - Diversas fases do golpe de aríete provocado por fechamento instantâneo de uma válvula
reservatório (figuras ll.l k e 11.11). Ao chegar ao reservatório (figura l Ll 111), o em um sistema formado por um reservatório, tubo e válvula, a partir de um regime )
permanente inicial.
tubo estará encolhido e a água dentro do tubo dilatada, com a velocidade nula e )
)
)
·r "
!
) 454 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS EM ESTAÇÓES ELEV ATÓRIAS 455
carga H, - ~H. O tempo total que a frente de onda gasta para retomar ao reservató-
rio desde o início do processo é de 3L1a segundos.
Entretanto, esta também não é uma situação de equilíbrio e o sistema partirá NA
então para uma nova situação. A água expandida tenderá a encolher e o tubo que
estava encolhido tenderá a voltar ao estado normal. Este processo começa com a
FECHAMENTO
primeira camada j unto ao reservatório (figura 11.1n). Como está se supondo que INSTANTÂNEO
não há perda de energia, o tubo voltará ao seu estado inicial, assim como o fluido
retomará à sua massa específica original. O mesmo processo ocorre de camada em , -! ~(----- válvula
camada, sendo que essa progressão se faz com a celeridade "a". Assim, as camadas L
passarão a ter as condições iniciais de escoamento (antes de fechar a válvula), até
que a frente de onda chegue à válvula, onde irá ser novamente refletida e o proces-
so se repete. Esta etapa do processo é mostrada nas figuras 11.10 a 11.1q. O tempo
Figura 11.3 - Inclinação de frente de onda para diversos tempos de fechamento.
total que a onda leva para fechar o ciclo é de 4L1a segundos.
No caso real, devidos às perdas de energia, as amplitudes das ondas de pressão
I.
r
j
irão se amortecendo até chegar a um estado final de repouso.
valor ~H da figura 11.3. Este fato ocorre quando o tempo de fechamento é ma'
). 2L1 . IOr
q~e a, que e o tempo que leva para a onda ir até o reservatório e retomar à
\ 11.2.2 Fechamento não instantâneo da válvula valvula.
)
yma bomba centrífuga pode ser representada através de uma relação carga H x
) vazao Q, conforme apresentado na figura IIA. '
)
)
H
) ~--- válvula
) ROTAçAONl
Figura 11.2 - Frente de onda para fechamento não instantâneo da válvula.
)
)
A inclinação da frente de onda é tanto menor, quanto maior é o tempo de ROTAçAON3
)
""j
sentada por:
)
1 900yQH )
.6.N = ---;-- L'lt. t
(11.1 )
IICllN , ,,,
"
I
<l
)
I
onde: = variação de rotação;
L'lN I· )
I
y = peso específico da água; JUSANTE . :
Q = vazão;
i_ )
i!
)
)
N rotação da bomba no início do intervalo de tempo. I
!l
.: i
/
energia à bomba para que a sua rotação permaneça em NI. VÁLVULA DE RETENÇÃO : I
)
Conseqüentemente, a rotação irá diminuir segundo a expressão (11.1), atingin-
do a rotação N:!. Na tubulação irá originar, então, uma onda de pressão negativa, Figu ra 11.5 - Representação da onda de pressão negativa resultante do desligamento da bomba.
conforme esquema apresentado na figura 11.5. )
A frente de onda irá parajusantecom celeridade "a" e a rotação irá cair com
"velocidade" V"' de acordo com o esquema da figura 11.5.
Quando a frente da onda chega ao reservatório, esta irá refletir, COnf0l111emos- )
tra a figura 11.6.
)
A onda refletida atingirá a bomba e irá sofrer reflexão na válvula de retenção,
conforme mostra a figura 11.7. )
A onda irá atingir o reservatório, onde sofrerá nova reflexão e atingirá a válvula NlvEL ESTÁTICO +--------!~--+---+--__r'---=""t~==-I
)
de retenção, fechando o ciclo, de modo análogo ao fechamento da válvula, já visto
anteriormente.
JUSANTE )
11.2.4 Separação de coluna líquida )
{
) FRENTES DE ONDA DE PRESSÃO NEGATIVA
FRENTES DE ONDA· ONDA REFLETIDA NA VÁLVULA DE RETENÇÃO CAUSADO PELO DESLIGAMENTO DA BOMBA
)i
MONTANTE
VÁLVULA DE RETENÇÃO
MONTANTE
VÁLVULA DE RETENÇÃO
Figuras 11.9 - Separação de colunas causadas por desligamento de bomba.
P=Pva or
MONTANTE
VÁLVULA
Figura 11.10 - Separação de colunas causadas por abertura de uma válvula na extremidade.
,'\
)
)
)
onde: H = carga piezornétrica; )
( 11.2)
V = velocidade de escoamento;
f = fator de atrito da Fórmula Universal da Perda de Carga ou da equa- )
P=Pva or ção de Darcy- Weissbach;
t = tempo; t
)
D == diâmetro do conduto; .. ,
x = distância; t~i )
g = aceleração da gravidade; I
)
a ,= celeridade de propagação das ondas de pressão, calculada pela ex-
pressão (11.5)
Figura 11.11-· Rcjuntamcnto de colunas.
. ~:
I
)
i' )
Admitindo-se a~ 1.000 m/s, g=10 m/s, V I=V 2~5m/s. a sobrepressão poderá )
atingir valores da ordem de 1.000 ml-l.O suficiente para romper a tubulação, caso () 1.5)
)
não esteja diniensionada para suportar esta carga. Uma outra forma de colapso
poderá ocorrer durante a separação das colunas, com a implosão da tubulação, )
caso a parede dos tubos seja muito fina.
)
Portanto, a separação de colunas é um fenômeno que pode causar rupturas na onde: K = modulo de elasticidade do fluido:
tubulação e, via de regra, é mais econômico evitar a sua ocorrência do que dimensionar p = massa específica do fluido; )
a tubulação e seus acessórios para suportar as sub e sobrepressões resultantes da O = diâmetro do conduto;
)
sua formação. e = espessura do conduto;
E = módulo de elasticidade do conduto: )
11.3. Equações básicas C = coeficiente que depende do engastamento do conduto. )
Para coeficiente (C), Parrnakian (1963) apresenta os valores para três casos,
válidos para tubos de pequena espessura (e <'
D/20) conforme mostra a figura )
As equações básicas que governam o escoamento transitório são as ele quanti-
dade de movimento e de conservação de massa. 11.12. )
• Equação da quantidade de movimento. Na figura 11.12, v é o coeficiente de Poisson do material do qual é feito o tubo.
O numerador da equação (I 1.5) representa a velocidade de propagação do som
)
\
no meio fluido infinito e o denominador é o efeito do confinamento do fluido dentro )
àH av av
g--+V-+-+f--=O
ViVi
(11.3) de uma tubulação elástica.
)
- àx ex ct 2D Para água, p=998,2 kg/m3 e K=2,224x 109N/nl,a celeridade de propagação do
)
(2,24 x 10
v-
9
)
-,
) TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS EM ESTAÇOES ELEVATÓRIAS 463
462 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
y
Tabela 11.1 - Propriedades dos materiais
) a) TUBO PRESO RIGIDAMENTE EM UMA EXTREMIDADE
Figura 11.12 - Definição do coeficiente (C) para diferentes tipos de ancoragem do tubo. I
.1
H(x, t) = Ho + F( t -;) + f( t +;) (11.6)
j
!
I
(11.7)
9 2
Para o tubo de aço, E=207xI0 N/m , v ~ 0,30. Admitindo-se D=0,75 me
e= I Omm e tubo enterrado e bem compactado tem-se:
!
Demonstra-se que, F (r-x/a) é a frente de onda positiva que caminha na tubula-
ção e f(t-x/a) a frente de onda negativa, ou seja, num sistema composto por um
reservatório, um tubo e uma válvula na extremidade, F (t-x/a) é a onda que cami-
nha da válvula para o reservatório e f(t+x/a) a onda que caminha do reservatório à
H 1+-
cE
D
= 1+
2,24xl09xO,75xO,91
0,010x207x10
9
-132
-, válvula.
Na prática resolve-se as equações (11.6) e (11.7) graficamente. Embora o ter-
mo relativo às perdas de carga seja importante na evolução dos transitórios, a sua
_ 1498,0 -11361 , ms/
a----- inclusão, embora possível graficamente, é trabalhosa. Desta forma, usa-se o méto-
1,32
do das características para resolver numericamente nas equações (11.3) e (11.4)
pois, este método permite considerar todas as parcelas sem nenhuma dificuldade e
Os valores típicos das propriedades dos materiais são apresentados na tabela hoje O seu uso está universalmente difundido pela disponibilidade dos computado-
11.1. res.
O método das características consiste na transformação do sistema de equa-
ções diferenciais parciais em um sistema de equações diferenciais totais que podem
ser tratadas como ordinárias. Será apresentado a seguir o método das característi-
cas desprezando-se os termos convectivos, por serem pequenos face aos outros. As
equações (11.3) e (11.4) podem ser combinadas linearmente aplicando um
multiplicador À à equação (11.4) e somando-se à equação (11.3).
)
464 COLET:\ E TRANSPORTE DE ESGOTO SANrr.Á.RIO TRANSITÓRIOS HIDRÁlJLlCOS EM ESTAÇÜES ELEV ATÓRIAS 465
~~----------------
aH
!!--+--+t--+I\.
~ (}x
c-:V
Dt
. ViVi
2D .
~l DH a
-+---
at g
2
ev J =0
ax ( 11.8)
g dH dV
---+-+f--=O
a dt dt
vivi
20
(11.15)
dx . l, :, )
,.-- =--a ( 11.16) I
Rearranjando os termos, tem-se: dt I
:L)
DH .
f.[ -T--
g ali 11 [ôv Àa2l
+ -+-
vivi
+f--=O (11. 9)
Fisicamente. o significado dos sistemas de equações caracreristicas pode ser ~ ) ;
_ (/( ')", cJx ..J 8t (~x J 2D visualizado, através do gráfico da figura I! _13. [' )
Os va lores de Q e H no ponto P (figura 11.13) no instante II podem ser deter- i
minados através de seus valores conhecidos em x., e XI' no instante tr" através da )
As parcelas I e 1I transformam-se em di ferenciais totais de H e V. de acordo equação (I J .13). a partir de x" e "caminhando" sobre (11.14) que é representada )
com as equações (11.10) e ( 11.11 ).
'·i
)
. 'I(r!. !
DH (:tI aH dx g dx , i' )
1= --- = ---+-- se (11.10) I i,
Dt ar c:x dt À dI )
í
P f'
t1 ---------- )
')",1 elx ., ,
11 = D~ = iN + av dx. se ( 11.11 )
c' c- )
Dt (::t cJx dt g dt
t Of------'-----4-----,-- )
xo x,
Resolvendo Â. para as equações (11.10) e (11.11), resulta: L- ----.
)
II X )
Ic= ±~ (11.12) Figura 11.1:1. - Método das características
a )
)
Substituindo-se os valores de ')",dadospor (11.12) na equação (11.9) resultam pela linha C+ na figura 11.13 e pela equação (J 1.15), partindo de XI e "caminhan-
os dois pares de sistemas eleequações diferenciais ordinárias, denominadas caracte- do" sobre a equação (J 1.1 ó). representada na figura 11.13 pela linha C-o até "che- )
rísticas positivas e negativas. gar" em P. Observa-se que, de modo geral. as linhas C+ e C- são curvas, pois a )
celeridade "a" não é sempre constante.
Característica positiva (C'') )
Característica negativa (e) projetados e analisá-los para diversos tipos de eventos, inclusive acidentais. como é )
o caso de parada não programadas de bombas, por queda de energia elétrica ou por
)
manobras acidentais nas válvulas.
)
)
')
)
) 466 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
TRANSITÓRIOS HIDRÁULICOS EM ESTAÇÕES ELEVA TÓRIAS 467
)
Para a seleção dos equipamentos de proteção deverão ser estudadas várias Existem diversos tipos de válvula de retenção e a sua escolha deverá ser feita de
) alternativas, sendo que a escolhida deverá dar a proteção adequada e ser a mais acordo com a sua finalidade específica. Por exemplo, em uma instalação com re-
) econômica. A possibilidade da utilização de dois ou mais dispositivos não deve ser serv~tório hidropneuméticc (RHO), o seu fechamento deverá ser o mais rápido
ignorada nos estudos, pois muitas vezes os arranjos mais econômicos envolvem P?sslvel para ev~tar perda de água do reservatório, bem como evitar o choque mais
)
associações de mais de um dispositivo de proteção. VIOlentoda portmhola contra o seu anteparo. Esses tipos de válvulas são providas
) Na figura 11.14 é apresentada uma estação de bornbearnento com as localiza- ~e molas para o seu fechamento e o conjunto móvel possui baixa inércia. Os outros
ções de vários equipamentos de proteção contra o golpe de aríete. npos são os de portinhola articulada, dupla portinhola etc.
) I
Na figura 11.15 são apresentados os principais tipos de válvulas de retenção.
)
) !
)1 RESERVATÓRIO
DE JUSANTE
) i ; I
•• , 'Ii I RHO
):!' ! I
I
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I/
)
)
.1;,I'
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I
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I
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a) Portinhola simples
b) Dupla portinhola c) Baixa inércia
II'l"ll!'\';;
" Figura 11.14. - Dispositivos de proteção contra o golpe de aríete em uma estação de bombeamento. As válvulas reguladoras podem, também, ser operadas eletronicamente, através
" {I d~ sensores que comandam a abertura da válvula assim que a pressão atinge deter-
) ." I1
minado valor e podem, inclusive, ser programadas para obedecer a determinadas
I: 1111'[ Serão apresentadas, a seguir, os principais equipamentos e métodos de controle
) u:
1')"1:'1I leis de abertura e fechamento. São utilizadas em grandes instalações por serem de
de transitórios utilizados. custos elevados.
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11.4.1. Válvula de retenção junto à bomba
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A válvula de retenção serve, ainda, para isolar uma bomba de um circuito em
paralelo quando ocorre falha isolada em uma das bombas.
que a pressao atmja valores muito baixos por ocasião da passagem de ondas nezati-
- . .
vas e nao permitem o rejuntarnento das colunas, pois impedem a saída de ar.
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TRANSITÓRIOS HIl)RÁUl.JCOS EM ESTAÇÕES ELEVATÓI'-'.:~I"-,A",,s_4..:.6~9
468 COLET,\ E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO )
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As válvulas de saída de ar são destinadas a expulsar bolsões de ar que se Hmáx-~-
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formam em pontos altos da tubulação. Hregperm -l-~ li, •.. _ _
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Fi:,:ura 11.17 -- Efeitos do volante de inércia 11(\ sistema clcvatório.
)
)
a) Válvula de admissão de ar b) Válvula de saída de ar )
ACOPLAMENTO ACOPlJ\MENTO
ElÁSTICO VOLANTE ElÁSTICO
GOMBA )
Figura 11.16. - Tipos de válvulas de ar DE
)
11.4.4. Volante de inércia
)
A variação da rotação de uma bomba, quando ocorre a sua parada, por falta de )
energia elétrica, é dada pela equação (11.1) conforme já visto 110 item 11.2.3.
)
A variação da rotação num dado intervalo de tempo é inversamente proporcio-
nal ao seu momento de inércia, ou seja, quanto maior for o momento de inércia, )
menor será a queda de rotação num determinado intervalo de tempo. A figura lIA
)
mostra que a carga fornecida pela bomba é tanto maior, quanto maior for a rotação.
O volante ele inércia é utilizado para aumentar o momento de inércia do conjun- )
to girante. <1 fim de aumentar o tempo de parada da bomba, para suavizar os efeitos Figura 11.18··- Detalhes da instalação de um volante de inércia. )
do golpe ele ariete.
Os efeitos do volante de inércia são apresentados na figura 11.17 )
Na figura 11.18 são apresentados os detalhes da instalação do volante de inércia ( )
em um conjunto motor-bomba de eixo horizontal.
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Figura 11.20. - Envoltórias de pressões máximas e mínimas, com c seu o uso do TAU.
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Figura 11.21. - Detalhes da instalação do tanque alimcntador unidirccionaL )
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11.4.6. Chaminé de equilíbrio 1060
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absorvendo a onda de pressão proveniente do aumento rápido das cargas, intercep-
tando a frente de onda, não permitindo que esta se propague para jusante, A chami- )
né absorve parte da água, aliviando a pressão na tubulação e a sua jusante, e o )
escoamento passa a ser como se fosse entre dois reservatórios. Figura 11.22. - Chaminé de cquilibrio.
)
474 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
TRANS1TÓRIOS HIDRÁULICOS EM ESTAÇàES ELEV ATÓR1AS 475
escoamento, que se toma num escoamento de vai-e-vem, até que a energia seja
dissipada por atrito e calor, característico de oscilação de massa. Desse modo, este 60,96
Figura 11.24. -Envoltórias de pressões máximas e mínimas em uma instalação de bombeamento com
ou sem reservatório hidropneumático. '
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(*) Coordenadora do Projeto GIS da SABESP.
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482 COLETA ETRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
GIS E MODELAGEM HlDR:\ULlCA 483
) I!
) SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS - GIS • topologia: propriedade do objeto que define seu relacionamento com os
12.2.
demais em seu entorno (conectividade, pertinência, adjacência etc).
)i
) i,
12.2.1. Conceito A escala de representação da fonte de dados a ser convertida para o meio digital
Um Sistema de Informações Geográficas pode ser definido como um sistema também tem importante papel na definição e no custo do sistema, sendo que, quanto
) 11 ;.
de gerenciamento de bases de dados, com funções de captura, armazenamento, maior a escala de representação da fonte de dados, maior será a precisão na represen-
) recuperação, análise e visualização desses dados, que têm por característica sua tação da posição espacial, com o aumento exponencial do custo do projeto.
Dependendo da escala adotada, um GIS pode desempenhar funções diferentes,
) localização espacial, ou seja, dados posicionalmente definidos.
Inicialmente, convém distinguir dois significados para GIS: primeiro, o mais tais como:
))\ restrito, que se refere ao software que tàz determinadas operações espaciais, sendo • escala I: 1.000.000 a I: I 00.000 - aplicação em gerenciamento ambiental;
)J utilizado quando se diz "fulano comprou um GIS". O segundo, mais amplo, que se • escala I: I00.000 a 1:50.000 - aplicação e planejamento regional;
refere ao conjunto de Base de Dados, Software, Hardware e Organização, sendo • escala I :50.000 ai: I0.000 - aplicação em planejamento urbano;
utilizado quando se diz "a empresa de saneamento está implantando um G1S". • escala 1:2.000 - representação da infra-estrutura urbana (água/esgoto);
Uma visão simplista de um GIS refere-se à associação de mapas a tabelas, em • escala I: 1.000 a 1:500 - cadastro urbano (lotes);
que cada ente com representação geométrica e georeferenciada, isto é, posicionado • esca 1 a 1 :500 a 1 :200 - projeto de engenharia da infra-estrutura urbana.
no espaço através de uma projeção cartógráfica definida, está associado a um regis-
tro de um Banco de Dados que armazena suas características alfa-numéricas. No A figura 12.2 é um exemplo de utilização de GIS para o gerenciamento da
entanto, há uma estruturação mais complexa c abrangente dos dados, que deve ser
I
I
implantação do Projeto Tietê.
I Os sistemas CAD têm sido amplamente utilizados na digitalização dos dados
respeitada a fim de que um GIS possa desempenhar outros papéis dentro de uma ·1
empresa, tendo sua utilização disseminada e incluída nos processos de negócios da para carregamento do Banco de Dados GIS, produzindo um formato intermediário
I de conversão de dados, de modo que, quando adequadamente especificado, é intei-
empresa. 1
Os softwares GIS, além de terem a capacidade de associação entre informa- ramente aproveitado pelo G[S. A utilização de aplicativos CAD para a produção de
ções gráficas e alfa-numéricas, são desenvolvidos para desempenhar funções espe- um formato intermediário de conversão deve-se à sua frequente utilização pelas
cíficas, relacionadas a operações espaciais. Para tanto, todo e qualquer elemento empresas de engenharia, para a elaboração de projetos e cadastros nesse formato,
deve ser representado por um ponto, uma linha (polígono aberto) ou um polígono
fechado; no entanto, é importante salientar que esta forma de armazenamento da 12.2.2. Aplicações do GIS na Engenharia
informação não é necessariamente apresente na visualização, em tela ou impressão,
ou seja, um poço de visita deve ser armazenado como um ponto, podendo ser A aplicação da tecnologia de informação no gerenciamento de infra-estrutura é
visua'lizado (representação gráfica) por um pequeno círculo ou quadrado. Esta re- uma ferramenta efetiva para otimização, operação e manutenção do gerenciamento
presentação pode ser definida de acordo COI11 qualquer um dos atributos associados de sistemas de engenharia. Atualmente, existe uma série de exemplos bem sucedi-
à entidade. Observa-se, entretanto, que atualmente alguns Bancos de Dados, como dos em países mais desenvolvidos.
o ORACLE, já possuem a capacidade de armazenar os dados geométricos, não A principal razão para se procurar adotar as melhores ferramentas de
sendo necessário que essa associação seja gerenciada pelo software GIS. gerenciamento de infra-estrutura é devido ao fato de que as organizações públicas
Desse modo, um Sistema de Informações Geográficas deve ter seus dados têm a responsabilidade de prover, com sua prestação de serviços, os seus usuários
enfocados sob vários aspectos, tais como: de maneira eficiente, atendendo às demandas de consumo. Para cumprir tal mis-
são, as organizações necessitam utilizar toda a informação disponível em mapas,
• forma: representação gráfica do objeto; tabelas, relatórios e outros meios de armazenamento.
• localização: arrnazenamento da posição do objeto no espaço, com base em Mais de 75% dos dados de sistemas de abastecimento de água e de esgoto
um sistema de projeção e de coordenadas único; sanitário possuem características espaciais (localização). Os dados de interesse são
• atributos: dados, informações e descrição do objeto em tabelas relacionais; referentes à infra-estrutura implantada (tubulações, reservatórios, válvulas, elevatórias
etc.), uso e ocupação do solo e caracterização dos consumidores.
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Figura 12.2 - Exemplo de utilização do GIS para o gerenciamento da implantação do projeto de dcspoluição do rio Tietê ..dados vetorizados com imagem
de satélite LANDSAT ao fundo. Fonte: SABES? (1998).
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Figura 12.3 ..Janelas apresentadas em uma mesma tela, possibilitando a visualização de um 'zoom' da rede em planta, bem como, dos dados tabulares dos .j:>.
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elementos da rede e de um trecho em perfil escolhido pelo usuário. Vl
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)
Os mapas contêm, basicamente, informações sobre objetos ou elementos, tais ser controladas, para diminuir as contribuições pluviais em sistemas de esgo-
)
como, rodovias, edificações, redes de água e esgoto etc. Além disso, também con- tos, pois o nosso sistema é o separador absoluto.
) têm informações quanto a sua localização e topografia do terreno. A representação
digital de tais mapas permite a manipulação de dados sobre os elementos, com base • Situações emergenciais: durante a ocorrência de situações emergenciais, o
em suas características espaciais. tempo para a tomada de decisão para a solução do problema é fundamental.
A tecnologia GIS tem sido aplicada com sucesso em diversas áreas. Na área de Para diminuir esse tempo, há necessidade de imediata disponibilidade de
infra-estrutura (saneamento, eletricidade, telefonia ctc) o GIS tem sido utilizado informações sobre essas situações. Atualmente, as empresas têm informa-
com os seguintes objetivos principais: ções armazenadas em bancos de dados relacionais com interfaces de uso
comum, o que permite o uso de GIS, SCADA (Supervisory Control And
• em planejamento - o GIS oferece uma base para modelagem e análise hi- Data Acquisition), informações do usuário (Sistema Comercial) e modelos
dráulica de redes de água e esgoto, planejamento de uso e ocupação do solo hidráulicos. Essas empresas apresentam-se preparadas para lidar com os ce-
etc. nários emergenciais, inclusive, com a notificação dos usuários afetados
• em projetos - os mapas digitais têm sido usados como "pano de fundo" por tal situação.
(background) em novos projetos de infra-estrutura desenvolvidos em CAD;
o no gerenciarnento de informações - o GIS auxilia na localização e agrupa- • Modelagem Hidráulica: a modelagem hidráulica dos sistemas de abasteci-
mento de informações sobre a organização. mento de água e de esgoto sanitário é utilizada como ferramentas de planeja-
mento. projeto, operação, controle e otimização. O desenvolvimento de um
Os avanços na tecnologia de gerenciamento de informação fornecem as ferra- GIS contendo informações atualizadas dos sistemas de água e esgotos, asso-
mentaspara as organizações que lidam com água e/ou esgotos integrarem os siste- ciados aos seus parâmetros geocodificados, tem auxiliado na eficiência e
mas e aplicações tradicionalmente isolados. rapidez na criação de modelos hidráulicos, os quais tornam-se mais realistas
As aplicações típicas de engenharia baseadas em informações georeferenciadas devido à possibilidade de inclusão de mais informações atualizadas. A figura
são a seguir apresentadas: 12.3 é um exemplo dessa aplicação.
• Controle de perdas de água em sistemas de abastecimento de água: o • Produção de mapas: a produção de mapas customizados de alta qualidade
controle e gerenciamento de perdas tem se tornado cada vez mais importan- para diferentes usos tem se desenvolvido nas empresas, utilizando-se a
te. se não crítico, para incrementar a eficiência das empresas de água e, ao tecnologia GIS. A disseminação de plantas e mapas acurados vem facilitar o
mesmo tempo, reduzir a necessidade de novos investimentos em sistemas de trabalho de equipes de campo, leituristas, engenheiros e gerentes na melhoria
abastecimento de água. Com o auxílio do. GIS, são possíveis medidas que de desempenho de suas funções.
possam auxiliar no controle de perdas de água, tais como, estimativa de
demandas noturnas por distrito pitométrico, definição de demandas padrão • Sistema de Gerenciamento de Manutenção: o gerenciamento de manuten-
por tipo de consumidor, análise hidráulica integrada, correlação de pressão, ção inclui a manutenção preventiva e o gerenciamento de ordens de serviço.
características físicas da rede, entre outras, Nessa atividade, são necessários o estabelecimento de planos de trabalho, o
gerenciamento de recursos e serviços e o acompanhamento das execuções.
• Controle da contribuição de águas pluviais em sistemas de esgotos sani- Todas essas atividades podem ser amplamente auxiliadas com a utilização
tários: durante os eventos de chuva, as vazões nos sistemas de esgotos cres- dos dados baseado em um GIS.
cem consideravelmente, podendo ocasionar problemas nos sistemas de coleta
e afastamento, nas elevatórias e nas estações de tratamento de esgotos. Um 12.2.3 Utilização de Modelagem Hidráulica Associada a um Sistema de
inventário GIS do sistema de esgoto, associado à informação de contribuição Informações Geográficas (GIS)
de esgoto em tempo seco na bacia de esgotamento, integrado com a modela-
gem hidráulica, contendo dados históricos e inspeções de campo georeferen- Uma das grandes dificuldades na utilização de softwares de modelagem hidráu-
ciadas, pode ser utilizado para identificar áreas prioritárias que necessitam lica diz respeito à compilação dos dados de entrada, principalmente nas empresas
)
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)
)
)
GIS E MODELAGEM HIDRÁULICA 489
488 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
)
de saneamento básico, onde as informações geralmente estão distribuídas em ar- )
quivos diferentes e/ou meios de armazenamento distintos. Outra dificuldade refere-
se à calibração do modelo. Normalmente, roda-se o modelo para pelo menos três )
cenários de dados. Se os resultados espelharern os dados reais, admite-se que o )
modelo está calibrado para essa faixa de vazões.
A própria natureza da infra-cstrutura física de saneamento básico, com vida )
útil de vários anos. já justifica a utilização de um Banco de Dados único, que )
contenha a caracterização física de tal infra-estrutura, bem como o histórico de
)
ocorrências c manutenções executadas, de maneira georeferenciada, a fim de que
tais informações possam ser analisadas juntamente com outras de interesse e de )
caracteristica espacial. )
A associação do GIS ao modelo hidráulico permite rapidez na obtenção dos '!
dados necessários ao cálculo hidráulico, bem como garante que tais dados sejam os \I~ )
~fi
mais recentes e que possam ser utilizados pela empresa. Neste contexto, o GIS I r )
pode ser visto como um banco de dados espacial, em que são representados geo-
metricamente os elementos da infra-estrutura, com as informações alfa-numéricas
)
associadas como atributos de sua representação gráfica. ;I )
A principal característica da modelagem hidráulica associada ao ambiente GIS é I
)
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12.2.4. Facilidades Alcançadas com o Uso dos Softwares de Modelagem mente coincide com a distribuição das bacias de esgotamento. Os softwares GIS
Associados a um GlS têm a capacidade de redefinir tais parâmetros, levando-se em consideração a área
das bacias de esgotamento.
Por se tratar de um banco de dados único, a utilização de um sistema GIS como Outra capacidade relacionada às características espaciais é a definição da vazão
base para as in formações que alimentam o software de modelagem hidráulica per- em cada trecho através da espacialização dos consumidores de água ou produtores
mite as seguintes vantagens: de esgoto. No caso cio gerenciamento de uma rede existente, é possível estimar a
vazão de cada trecho associando-se a contribuição de cada ligação.
• Rapidez na compilação dos dados necessários à simulação, inclusive com a Com a espacialização dos contribuintes, é também possível, através de função
indexação espacial dos mesmos; específica do software GIS, denominada trace, determinar os possíveis geradores
• Rapidez e confiabilidade do nível de atualização dos dados (última versão); de cargas poluidoras em um determinado ponto da rede (trace upstreamy.
• Veracidade das informações pela integração do banco de dados com o siste- A possibil idade de anal isar dados de diferentes procedências e enfoques espaci-
ma de manutenção e serviços executados em campo; almente é a grande característica de um GIS. Em empresas de saneamento, é
• Utilização dos dados do sistema de cadastro dos consumidores de maneira a comum encontrar-se sistemas que gerenciam diferentes aspectos da rede, tais como
permitir a espacialização dos mesmos e sua associação aos respectivos tre- sistema de cadastro de consumidores, sistemas de ocorrências de campo (manuten-
chos de tubulação da rede e o cálculo das vazões utilizados no modelo, com ção) etc. A espacialização desses dados permite uma análise conjunta, de modo a
base nos consumos medidos nos hidrômetros; poder priorizar as obras de expansão de rede, de acordo com a tendência de cresci-
• Disponibilização dos resultados da simulação hidráulica para outras áreas da mento populacional de cada região; permitem a oiimização na troca de equipamen-
I
empresa em tempo real, por exemplo, atendimento ao consumidor, que po- !, tos eletro-mecânicas considerando-se, por exemplo, a idade do equipamento, as
.
derá ser informadosobre a manutenção de determinado trecho da rede e a manutenções sofridas durante o período defuncionamento etc .
I
consequente influência à montante desse ponto; I. Através do acesso direto à base de dados, os resultados da simulação podem
J
• Rápida análise para determinar o impacto que uma situação cmergencial também ser visualizados em combinação com parârnetros descrevendo a condição
pode causar ao sistema, como por exemplo, isolamento de uma adutora para atual do sistema de esgotos ou qualquer outra informação relevante, inclusive pro-
manutenção, ou entupimento de uma tubulação de esgoto. venientes de manutenção em campo.
O GIS pode produzir, entre outros, os seguintes documentos:
o software de cálculo hidráulico pode ser utilizado como um depurador e
verificador dos dados convertidos e armazenados no Banco de Dados GIS. Exis- Relatórios São produzidos dois tipos de relatórios diferentes. quando se carre-
tem funções de validação da rede que apontam os problemas encontrados, inclusi- ga a simulação: um relatório contendo a informação dos dados de
ve com sua localização em planta, classificando-os como erro ou advertência. entrada para a simulação e a performance da mesma; o outro, con-
Dependendo de sua natureza, os erros impossibilitarão de alguma forma a simula- tendo o resumo dos resultados máximos para tubos e nós. É possí-
ção do modelo, devendo ser editados para que a simulação hidráulica seja executa- vel criar relatórios Iistando problemas de sobrecarga ou afogamento
da. As advertências referem-se a possíveis erros que, no entanto, não impedem o na rede.
cálculo hidráulico. Para que seja possível o cálculo hidráulico, os dados não podem
apresentar incoerências ou inconsistências, frequentemente presentes na fonte ori- Tabelas Apresentação para cada nó, trecho etc. dos resultados para cada
ginal (cadastro). O software de cálculo hidráulico pode, então; ser utilizado para intervalo de tempo. É possível compor uma tabela, selecionando
apontar esses problemas na base de dados, de maneira automática, tais como tubu- para cada elemento da rede apenas os dados de interesse.
lação com cota superior à do terreno. declividade invertida, cota de saída da tubula-
ção menor que a cota de fundo do PV, nós ou trechos desconectados etc. A figura Gráficos Podem ser gerados gráficos para nós ou trechos que podem ser
12.4 é um exemplo dessa aplicação. visualizados em planta, perfil, ou em 3D. Para cada elemento da
Alguns dados referentes a uso e ocupação do solo, crescimento populacional, rede podem ser selecionados os parâmetros a serem visualizados,
consumo per capita etc, são dados tipicamente associados a regiões de ocorrência. Os parâmetros são:
A distribuição dos mesmos, espacialmente, por zonas homogêneas, não necessaria-
)
T-
)
)
492 COLETÁ E TRANSPORTE DE ESGOTO SÁNITÁRIO
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Nó Nível ANEXO I )
)
Vazão (vazão total no nó)
Volume acumulado )
Tubo Vazão )
Profundidade VELOCIDADE DE AUTOLlMPEZA PARA O )
Velocidade DIMENSIONAMENTO DAS TUBULAÇÕES DE ESGOTO
)
Suo-bacia Vazão de chuva )
Altura de chuva acumulada (quando considerada)
)
1. DEPOSIÇÃO DE MATERIAIS SÓLIDOS EM TUBULAÇÕES DE
o GIS vem suprir a necessidade de uma ferramenta que atenda às novas pers-
ESGOTO
)
pe~tlvas das empresas de saneamento, ou seja. a otirnização do gerenciamento da
\ii~·I; )
infra-estruturajá implantada e a priorização ao atendimento ao usuário final. " Os materiais sólidos encontrados em esgotos consistem de partículas orgânicas ,.
Os vários exemplos de utilização em países da Europa c nos EUA, bem como e inorgânicas. Devido ao efeito da gravidade qualquer dessas partículas com densi- ~ )
em algumas cidades brasileiras, têm demonstrado a alta capacidade de um G IS em t
incrementar a eficiência no gcrenciameuto de serviços de utilidade pública, geran-
dade maior do que o da água tenderá a depositar-se nas tubulações de esgoto. t, )
O estudo da deposição dessas partículas é bastante complexo, uma vez que a ,; )
e'
do, consequentemente, uma grande demanda de profissionais que venham suprir as vazão de esgoto varia ao longo do tempo. Nessas condições o movimento do liqui- 'I
necessidades do setor (cartógrafos, geógrafos, técnicos de informática, analistas de ~!
dó é na realidade variado, embora se admita para o dímensionamento das tubula- . fi! )
sistemas, engenheiros civis etc.). ções de esgoto o movimento permanente e uniforme.
As partículas sólidas são normalmente depositadas nas tubulações de esgoto
!I )
nas horas de menor contribuição, quando a velocidade é pequena Dependendo da
I! , )
RI<~FERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
velocidade do esgoto (V) na tubulação e da velocidade de sedimentação (V,) da )
COUNTY, L.: COUNTY, JEFFERSON·- Lojic GIS Project. Seminário Internacional GIS. partícula, poderá ocorrer a deposição, conforme indicado na figura I.
São Paulo. 1997. A deposição de partículas encontradas 110 esgoto (partículas discretas), pode )
FEINBERG, D. - lnregrating GIS With \Vater and Wastcwater Hydraulic Models. ESRI. ser analisada através da seguinte equação: )
1997.
)
FEINBERG, D., et ai. - lntegrating GIS with Water and Wastewater Hydralic Models-
Case Study Broward County, FL. 1994. )
MACALISTER, \3.R. - Modeling a Hydraulic Network With a GIS. South Carolina
)
Environmental Conrerence. Nyrtle Beach. March, 1996.
MCKlBBEN W., ct ai. - Wastewater CoIlection System Planning With GIS in a Large )
~~.Urim.lm . )
MOTHERWELI.. .L; PROCTOR; REDFERN INTERNATIONAL - lnfraestructure
Managemenr: A Canadian Perspective, October, 1993.
)
Figura 1 - Deposição de materiais sólidos em tubulações de esgoto.
URISA WORSHOP - Managing GIS Implementation. Julho, 1997. )
)
(*) Adaptado do trabalho publicado na Revista DAE. n'' 140, Volume 45, março de 1985 - "Tensão
trativa: um critério econômico para o dimcnsionamcnto das tubulações de esgoto", elaborado por )
Joaquim Gabricl Oliveira Machado Neto c Milton Tomoyuki Tsutiya
)
)
,)
'j
)':'.: '
'li~I
) 494 COL.ETA E TRANSPORTE DE I,SGOTO SM\ITARIO ___________ ..:..:.""EXO I 495
)
2.2. Velocidade mínima para autolirnpcza
)
(I) A velocidade de autolimpeza é a velocidade mínima capaz de transportar mate-
)
riais sólidos encontrados nos esgotos, evitando-se, assim. a sua deposição nas tubu-
)
lações.
onde: \I, = velocidade sedimentação da partícula;
A velocidade mínima necessária para o transporte de sedimentos é calculado
g = aceleração da gravidade:
pela seguinte expressão:
d = diâmetro da partícula:
C" = coeficiente de atrito entre a partícula c o líquido;
p, = massa especifica da partícula: r8B. '. R~6 .
\1= --g(s-I)d =-JB(s-l)d (2)
Pc = massa especifica do líquido. ~ f n
)
)
496 COLE"!:,\ E TI{ANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
ANUO J 497
)
- partículas de areia com diâmetro de I mm )
~ 2,~
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Velocidade
(m/s)
mínima Diâmetro da tubulação
(mm)
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,.n' ',> • as velocidades mínimas necessárias para a adequada autolimpeza dos mate-
'I'.; ',2
riais cocsivos em função do diâmetro são: )
I ','
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I' )
I' O,, d~O.2mm
B: 0,8 - para partículas com diâmetro de 0,2 mrn
O.'
~'.l
,; ')
li 0,7
0,2
0,80 100-200
I1
,I O,,
d'o,Zmm
e- 0,04
0,90 200-400 ')
ii 1,00 400- 800
)
r O O,, 0,2 0,3 0,4
1,10
~~ ~6 ~7 0,6 0.9 ,,O
',' ',2 800-1200
)
DIAMETRQ (m )
)
Velocidade mínima Diâmetro da tubulação
Pela analise da figura 2, pode-se concluir que: )
(m/s) (rnm)
1,70 100 )
• a.velocidade de autolil.npeza varia com o diâmetro da tubulação; para diâme- 1.80 200
tros menores as velocidades são menores' )
1,90 300
• a velocidade _de.autolil11peza varia com aaltura da lâmina na tubulação au- ,)
2,00 400
mentando a lâmina também aumenta a velocidade'
2,10 500
• as ve.lo,cidades n~ínima~_necessárias para a l11ovim~ntação de partículas gra- )
2,20 500-700
nulares em funçao do diârnetn, são:
2,30 700-1000 )
2,40 1000 __ 1200
)
o
')
Velocidade mínima Diâmetro da tubulação o critério convencional adotado em vários países para a ação de autolimpeza é
(m/s) (mrn) projetar as tubulações de esgoto com declividades suficientes para se ter velocidade )
0,2 100--400 mínima de 0,60 m/s, com escoamento a meia ou a seção plena. Nessas condições, )
0,3 400--1200 para lâminas menores que meia seção, a velocidade será menor que 0,60 m/s e para
,)
lâminas maiores a velocidade será maior.
:, )
t)
498 _~~)LLT:\ LTJ\Ai'SPOJ\TL DI.: LSGOTO SANiTARJO ,bc\o I 499
-----------
Camp justifica urna velocidade menor de autolimpeza para lâminas menores, 2.4. Dcclividades mínimas
porque nessas condições haverá mais turbulência do líquido junto as paredes da
tubulação, devido ao aumento da rugosidade, e esse acréscimo da turbulência per- Os principais valores de declividades mínimas para projeto das tubulações de
mite igual limpeza mesmo com velocidades menores. esgoto, recomendados por diversas fontes, são apresentados a seguir:
Para Metcalf & Eddy (1982) a velocidade média de 0,30 mls é geralmente
suficiente para prevenir a deposição de partículas orgânicas do esgoto, entretanto, • Norma da antiga SAEe (ex DA E)
para que não haja a sedimentação de partículas inorgânicas, tais como a areia, a
velocidade média de 0,75 m/s é considerada adequada para o projeto das tubula- Todas as canalizações devem ser projetadas e construídas com declividades
ções de esgoto. suficiente para que a velocidade média. quando metade da seção estiver sendo
WPCF (1982) recomenda que as tubulações de esgoto sejam projeradas com utilizada, não seja inferior a 0,60 m/s, As declividades mínimas desejáveis para o
velocidades superiores a 0,9 i m/s, embora velocidades de 0,46 m/s a seção plena projeto das tubulações ele esgoto, utilizando a fórmula de Ganguillet-Kutter são
tenha sido utilizada com sucesso nos Estados Unidos. apresentadas na tabela I.
Segundo Leme (1977) partículas pesadas com diâmetro de 0,2 mm, depositam-
se em velocidades menores que 0,15 m/s e são deslocadas e transportadas em Tabela 1 - Dcclividadcs mínimas - Norma da SAEC (CX DAE)
velocidades iguais Ou maiores que 0,40 m/s. Portanto, obedecido o limite mínimo
de velocidade de 0,15 m/s, nas horas de menor contribuição, a autolimpeza será
Diâmetro Declividade mínima Diâmetro Declividade mínima
garantida, se na hora de pico ocorrer a velocidade mínima de 0,60 m/s si- (mim)
(mm) (mim) (rnm)
mulraneamentc com a altura da lâmina de 20'Y.,do diâmetro.
150 0,0070 500 0,0015
:W() 0,0050 600 0,0010
2.3. Lâmina mínima 250 0,0035 700 0.0008
300 0,0025 800 0,0006
Detritos leves que flutuam no esgoto podem aderir às paredes das canalizações
350 0.0023 900 0,00050
nas situações em que a lâmina e a velocidade S~IO pequenas. Esses detritos podem
400 0,0020 1.000 0,00045
ser deslocados pela ação de flutuacão que aumenta com a altura da lâmina ou
450 0,0018 1.200 0.00040
através de velocidade adequada. A experiência tem demonstrado que, nos casos em
que a lâmina é pequena mas a velocidade é alta, são raros os casos de sedimentação
de material sólido nas tubulações. • PNB56711975
A antiga norma do DOS fixava a lâmina mínima em 0,05 m e, para os casos em
que não fosse possível obtê-Ia, preconizava a instalação de tanques flexíveis. As As declividades mínimas admissivéis para satisfazer a velocidade inicial de
normas da antiga SAEC (ex DAE) permitiram a adoção de declividades inferiores dimensionamento, V; = 0,50 m/s nos condutos, serão sempre que necessário, calcu-
às recomendadas (ver item 2.4), desde que a altura da lâmina líquida fosse igualou ladas em função da vazão inicial Q" pela expressão:
maior a 3/1 O do diâmetro para a vazão média de projeto. As normas do DNOS
'"li'"
estabeleciam que. nas regiões de fracas declividades, as alturas mínimas de lâmina lomin =O,OlxQi"-' (4)
de água seriam de 20% do diâmetro, com velocidade mínima de escoamento de
0,60 m/spara a vazão inicial. para Q; expresso em fls e I" em mim.
A PN B 567/1975 recomenda que, para velocidade inicial variando entre 0,50 a
0,60 m/s a relação Y/O deverá ser superior a 20'Y'o,sendo Y; a lâmina correspon- • NBR 964911986 (Redes coletoras)
dente à vazão inicial de dimensionamento. Para velocidades superiores a 0,60 m/s -0,47
lmi(\ = 0,0055 x Qi (5)
podem ser tolerados enchimentos menores que 20°,~).
As Instruções Técnicas lnterministeriais da França sugerem como Iimites míni-
Para Q; expresso em Os e I em mim.
mos para lâmina nas tubulações de esgoto, os valores 0/4 ou 0/5.
")
)
)
)
)
.)
')
)
:1
)
'I
)
'I
i
i
ANEXO 11
J
) i
)
COMPARAÇÃO ENTRE O CRITÉRIO DA TENSÃO
) TRATIVA E O DA VELOCIDADE DE AUTOLlMPEZA
)
J
1. Considerações sobre as normas utilizadas
)
) No Brasil, até 1986, a maioria dos projetos das tubulações de esgoto sanitários
i foi elaborada tendo como base:
)
I
) ,I
I!!
t-l
•• Norma da antiga SAEC (ex OAE) de 1960:
• PNB-5ó7!1975 da ABNT
) i':~
"I
LI
Essas normas foram elaboradas para assegurar a ação de autolimpeza nas tubu-
) 'h'iji'i
) ,:hi lações e aplicadas nas mais diversas situações, desde locais com topografia favorá-
}!\
vel até locais com topografia desfavorável, como. por exemplo, nas regiões litorâneas,
) ::iii A experiência tem demonstrado que as tubulações de esgoto executadas, obedecen-
do as diretrizes lixadas por essas normas, tem funcionado satisfatoriamente. Po-
J 1~1
i"1
) ':'u
'1'1,
dendo-se concluir que essas normas atendem as condições de esgotamento sanitário
,a no Brasil. no que se refere à condição de autolirnpeza.
) II~
!l r\ norma da SAEC, a PNB-567/1975, WPCF e Metcalf & Eddy utilizam o
!li~
.11:
critério da velocidade de autolimpcza para o dimensionamento das tubulações de
esgoto e admitem que a ação de autolimpeza é obtida pela manutenção de uma
velocidade mínima independentemente do diâmetro da tubulação,
)1: 1 1."1
1
O gráfico da figura I mostra a variação ela velocidade em função do diâmetro da
tubulação e das 1âminas, e é obtido através das seguintes considerações:
))111
ml'! • PNB 567/1975
) ;[i
11 1.
J
1
) l~;1 Para a condição YID = 0,20 admitiu-se V = O, 50 m/s conforme recomendação
Ir ill dessa norma, Para essa condição hidráulica foi calculou-se a velocidade para Y /0 =
) :~l\l 0,75 através da fórmula de Manning com 11 = 0,013,
) iF
) ,ljl;l
ti:
II (.) Adaptado do trabalho publicado na Revista DAE. n' 140. Volume 45, março ele 1985 - "Tensão
ll!
) lil trativa: um critério econômico para o dimcnsionarncnto das tubulnçõcs de esgoto", elaborado por
)r
,( , I Joaquim Gabricl Oliveira Machado Neto c Milton Tomoyuki Tsutiya
I
I,
I t,
j ji~ 1
) 11 ),
)
')
)
504 )
_COLl.:TA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANJTÁIUO
~------------------- A~EXO 11 505
)
-'"
<,
Pela analise da figura I, pode-se concluir que: )
-
E
U
l Eddy: 0,35 - 0,38 111/5; WPCF: 0,37 - 0,41 in/s,
)
O
..J
0._
LU • As velocidades para a condição de Y ID = 0,50 serão: )
>
0.7 Norma da SAEC: 0,63 - 0,73 111/S; Metcalf& Eddy: 0,57 - 0,62 111/S; WPCF:
)
0,60 - 0,66 m/s,
O.' )
,.
o
• Para a condição Y 10 = 0,75 a velocidade será de 0,92 m/s (PNB 56711975).
O.' Y/O; D.ZO e )
U
A-
O.' " ---- • As diretrizes ela WPCF e Metcalf & Eddy estão inserielas na norma da SAEe.
)
)
... As pesquisas realizadas a respeito da tensão trativa crítica para o projeto das )
tubulações de esgoto indicam valores variando entre 1,0 a 2,0 Pa, Esses valores )
DIÂMETRO (m) foram recomendados para o projeto das tubulações de esgoto, considerando con-
/ )
duto à seção plena. Entretanto, em nosso meio, as tubulações de esgoto são
Figura I - Velocidade em função do diâmetro do coletor c das lâminas. para as condições lixadas pelas
normas c outros autores. dimeusionadas para funcionarem parcialmente cheias, portanto, dependendo da ( )
relação Y/O a tensão trativa para as nossas condições, poderão ser menores, con-
1)
forma mostra a equação que resulta do seguinte:
)
• Norma da SAEC (ex-OAE)
• Conduto à seção plena: r )
)
)
( )
)
l;
) : J,
)
-,i
I onde: V = velocidade, m/s:
)
11 =- coeficiente de rugosidade de Manning (n = 0.0 13);
) RH= raio hidráulico, m;
) o
G = Tensão trativa, Pa:
•~ ::,1
y = peso específico do líquido. 104 N/I11' para o esgoto .
)1 ~
loJ ·'.G
<r
"-E
•I
~ .0]
.,
o
':'u :l.'J ~
o
I
~
iJ,' 0,2 0,3 ':1,4 O,'} 0.6 0,1 c.e 0,9 1,0 1,1 I," 1,3
~
> "1
RELACÁO RH/RHfou UlU, "j 1
o. I
Figura 2 - Relação entre tensão trutiva para condutos parcialmcutc cheios.
".~
I
0-'1
(3) i
.",J
:I
I
~'1
(4) I
I
o' 0.1 e.a 0,3 0,4 c.e 0,6 0,1 0,11 O," 1,0 ',I '.1
Ol4METRQ ImI
A equação (3) indica que a relação entre a tensão trativa para conduto parcial-
mente cheio e conduto à seção plena é a mesma relação entre os seus raios hidráuli- Figura 3 - Dctcnuinuçâo da velocidade em função da tensão uutiva. do diâmetro do colcior c das
)' cos- Â figura 2 apresenta para os valores de Y I)) os correspondentes valores de lâminas.
f RH IRII,.quc são os mesmos de cstct;
) A tabela J resulta da equação (4) onde foram calculadas as diversas tensões Tabela I - Tensões trativas para conduto parcialmente cheio. admitindo um determinado valor para a
) trativas, considerando conduto parcialmente cheio com Y ID variando de 0,20 a seção plena.
0,75 e tensão trativa a seção plena de 0,6; 0,8; J,O; J.5 e 2.0 Pa.
)
Pelo que se observa na tabela I, as tensões trativas para Y ID < 0.50 são meno- I
I Y/D RH Valores de a (Pa)
) res do que os valores fixados para a seção plena e para Y ID > 0.50 os valores são j. --
I
RH,. a,. = 0,6 o, = 0,8 a,.= 1,0 a,.=I,5 o, = 2,0
maiores.
)
0.20 0,47 0,28 0,38 0,47 0,71 0,94
) o gráfico da figura 3 foi determinado através da seguinte equação: 0.30 0,68 0041 0,54 0,68 1.02 1,36
) 0.40 0,86 0,52 0.69 0,86 J,29- 1,72
)
V _
--
J R
H
li
1/6 (a ')'/2
-
Y _
(5)
0.50
0.60
0,70
J,OO
1,J I
J,19
0,60
0,67
0,7J
0,80
0,89
0,95
1,00
1,1 J
J,J9
1,50
1,67
J,79
2,00
2,22
2,38
0,75 1,2J 0,73 0,97 J,21 1,82 2,42
)
)
)
j
,, )
:i )
DtÂI.IETRO (m) )
e.s
Figura 5 _ Comparação entre o critério da tensão trativa com a da velocidade de autolimpeza, para as )
. condições Y ID = 0,20 e 11 = 0,013.
)
C.'
__.-l~,!? ~! )
)
510 COLETA [TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO A"'EXO 11 511
(6)
•• o critério da tensão trativa tem sido recomendado para o controle de sul fetos
em tubulações de esgoto, devido ao rato de que o desenvolvimento da pelí-
cula de limo está relacionado com a tensão trativa, Essa película formada nas
partes submersas da tubulação constitui a principal fonte de geração de sul fetos
em tubulações de esgoto.
Figura 6 - Faixa de utilização recomendada pela PNB 56711975 e pelo critério da tensão trativa.
')
)
)
512 COLE"li\ E TRANSPtW:,'E DE ESGOTO SANiTÁRIO
====~~==~~~--------------- )
~
< )
~
I-
2,0
)
VELOCIDADE CRÍTICA
.~ )
~
Z
I-
1,5·
o 0,1 o.z o,J 0,4 0,5 0,6 Q7 O,! O,, 1'.0 ',1 1,2
( )
(I)
)
Referências bibliográficas são apresentadas no capítulo 4,
Para o cálculo da velocidade é válida a fórmula de Chézy, uma vez que o )
regime é permanente e na condição critica ainda não há mistura água-ar: )
,)
- V = CJRH sena (2)
)
- C-~R
- H
1/6
(3) )
n
)
onde: a = ângulo de inclinação da tubulação )
)
R = raio hidráulico
R(
= -2
R-YJ2Ry-y
1---1------
2] (4) )
H R- <p
)
)
(*) Adaptado do trabalho publicado na Revista DA E, n° 148, volume 47, março de 1987 - "Arraste de
)
ar em tubulaçôes com grande delividade: algumas considerações relacionadas ao dimcnsionamento
dos coletores de esgoto", elaborado por Milton Tornoyuki Tsutiya c Winston Hisasi Kanashiro. )
)
( )
514 COLETA l' TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
ANEXO 111 515
.."..•
.
o
'OO~'O-O-----------2rOO------3~O-O---~~'-o--~r~~o~--~~
Oi~m,lto,mm I
Figura 2 - Dcclividadcs mínimas das tubulações para o inicio do arraste de ar. para vários diâmetros c
Figura J - Definição cios símbolos utilizados profundidades,
)
5 I6 COLE·I: ..••E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
I\NEXO 111 5 17
~~~----------------------- ----------------------------~~. )
)
A -A I
fl=-I-=21n(--) (8) )
A l-C
)
onde: A = área da seção transversal para água pura )
.
A,= área da mistura para Y! O = 0,75 = -~
[8rr-l-3.J3) O 2
)
)
)
- Conhecendo-se A, e C, calcula-se A através da seguinte expressão:
., )
AI )
A=
2fn( -~--)-I-
d-C
I (9) r~
I;-r
)
)
)
518 COLETA E TRANSPORTE IJE ESGOTO SANITÁRIO _____ ---'-A,Nr~:..,111 519
)'.;!
, '1 - A capacidade de transporte da tubulação foi determinada utilizando a equa- • ocorrendo arraste de ar a capacidade de transporte da tubulação não sofre
) I
ção da continuidade (Q = VA) e, a velocidade média da mistura através da aumentos significativos com o aumento da declividade;
y. equação (4.51), do capítulo 4, item 4.5. • a capacidad~ máxima da tubulação ocorre para declividade de aproximada-
mente 0,5 m/rn, havendo um leve declineo para declividades maiores.
A figura 4 mostra a capacidade de transporte da tubulação em função da
declividade, para o escoamento aerado e não aerado. Por essa figura pode-se con- A figura 5 mostra uma relação entre velocidade, dec1ividade e diâmetro da
cluir que: tubulação. considerando Y /0 = 0,75. Pela figura pode-se concluir que:
--==--050
, ~
--
-045
10 2C
0500
0450
...-
..•. I-
---
---
1----040 0400
t::
--- ~ --
0350
V I::- 1- 0300
I-
-
V / ...• '"
»> --035
;0
..••••..........•.•...••...•
...••... •.•......
::::'----....-1-"'
...- k::
0250
0200
---
f.- I- o 15a
/ ...• / / V
1.---
c:o::;:....---..........-: v I--
/
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V
V
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--- -030
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0100
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V
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1--// /"
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CI
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10
~- l,.-/// /
/
/ .•.•. /
C' LCU~ E E' rpp pc I' ,. 'f/O = 0.75
.. ~ , 10
Ir. 10
//
'" -
/
DECLlVIDAOE (' o '1:/mJ
/
I.-
/
/ ...•
..•. Figuru 5 - Velocidade em função da dcclividade, para o escoamento acrado c não acrado.
....- .........-- U 100
"' ...•
'"
/
i,..-/
/
/ • havendo a mistura água-ar a velocidade na tubulação sofre uma sensível
diminuição;
i-'~
• para diâmetros acima de 250 mm a velocidade média da mistura pode supe-
I , ,
10 10 rar os 10 m/s.
OECLlVIDADE (10 n~m)
INICIO DO ARRASTE DE AR . _ AI -A _
CÁLCULOEFETUADOPARA Y/O" 0.75
A figura 6 apresenta a vanaçao, Ó. = --t\- ,em porcentagem, em funçao do
) - ânuu 10 de incl inação da tubulação, em graus, para diâmetros variando de 100 a 500
) Figlll'a 4 - Capacidade de transporte da tubulação em função da dcclividadc, para o escoamento mm, Os gráficos foram traçados considerando: AI - área da mistura para Y ID =
acrado c não acrado, 0,75: i\ - área da seção transversal para água pura.
)
)
')
)
)
)
520 COLE'li\ E TR/\I\'SPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO ANexo 111 521
)
Pelo que se observa na figura 6 pode-se concluir que: 2.3. Exemplos de cálculo: )
• para ângulos menores que 10° o acréscimo de área devido a mistura água-ar • Exemplo I )
não é significativo para diâmetros variando de 100 a 300 111m;para diâmetros )
entre 300 a 500 mrn o aumento é inferior a 10%; - Dados: Vazão: O = 60,0 eis;
Oeclividade da tubulação: 1= 0,3 m/m. )
• para ângulos entre 10 a 15°, o acréscimo é menor que 10% para diâmetros
de 100 a 200 mm; )
• com o aumento no angulo de inclinação da tubulação haverá um aumento - Pede-se: Calcular o diâmetro.
j
significativo na área da seção transversal.
- Solução: Com a vazão (O) e a declividade da tubulação (I), pela figura 4, )
resulta o diâmetro de 150 111111.
)
_ '00-
;t. )
• Exemplo 2
<J • ~soo
)
o
04>0
- Dados: Diâmetro: 0= 200 mm;
'õ 80' /l.oo Declividade: [= 0,4 mim. )
~ 113""
o
~
'O
o
70
11300
- Pede-se: Vazão a ser transportada pela tubulação,
J
112S0
o tl200 )
> 60,' I
so-
- Solução: Pela figura { com a declividadee o diâmetro resulta a vazão de ,
, 142,0 eis para a condição de Y/D = 0,75.
::I )
/l'00
, , )
•i
40· • Exemplo 3 • )
30
)
- Dados: Diâmetro: 0= 200 111m;
Ângulo de inclinação da tubulação: a=500; )
20
Capacidade do tubo: meia seção, sem arraste ele ar. )
'0'
- Pede-se: Calcular Y /0 da mistura. )
o )
o 'o i
20 30 ~o - Solução: • Cálculo da velocidade para água pura (meia seção).
)
W
Flgura 6 - Variação de área na seção transversal crn Iunçâo do angulo de inclinação da tubulação, V =~ R 2IJ .Jsen a = _1_(0'20 1 .Jsen 50~ = 9,14 m/s )
n 11 0,013 4)
)
É importante observar que, quando há uma diminuição de declividade e o esco- • Vazão a meia seção
amento passa a não ser aerado, as bolhas de ar aprisionadas no seio líquido são )
liberadas para a atmosfera, portanto, tem-se a passagem da mistura água-ar para Q=VA=9,14x 15,71 x 10"=0,1436m>/5= 143,6f1s )
água pura. No caso de transições bruscas é imprescindível a utilização de tubos de
)
ventilação. Observamos que, para o dimensionamento do trecho não aerado, não
deve ser considerado o aumento de área devido a mistura, porém, é importante que )
seja feito um estudo minucioso para o ponto de transição.
)
)
.,
)
.J
522
)
i·
de águas pluviais, sugere-se para o limite máximo de velocidade o valor de 7 m/s
) Tradicionalmente são recomendados os seguintes valores de velocidades máxi-
para o dimensionamento das tubulações de esgoto. Valores superiores aos 7 mls
\ mas:
) necessitam de uma pesquisa mais detalhada no que se refere à abrasão. ao mecanis-
mo de entrada de ar e também na possibilidade de ocorrência da cavitação devido
)
)
J
j--
)
)
)
524 COLETA E TR.'\I'\SPORTE DE ESGOTO SANITARIO
I-- )
)
n de Manning· ) 10.0131 Tranderirdàilos 'pl fistál -G'iãTar .Ixl I . limpá. Pla"ilha I Fihãlizar Programa I
)
)
)
)
, )
Figura 1 - Tela de apresentação do Programa para cálculo de Rede de Esgotos
)
Apresenta-se a seguir uma lista com os nomes e as propriedades de cada ele- )
mento empregado para a confecção do programa, a figura 2 ilustra esses elementos
graficamente para melhor visualização. )
)
-,
j
Y:~-
)
'\ )
528 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO ANEXO IV 529
)
m J
(1) comando "Transferir dados p/lista"
)
Sub Command2 _Click O )
l'q
-~ num -trechos = num - trechos + 1 )
:::J
Ü )
~ listl.FontName = "Courier New"
o listl.FontBold = False )
C
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E
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'inicio da linha dos valores de inicio de plano
m aux_texto = ,m
f
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·.1
111
..-
O
O
auxtexto? = trecho.Text
If Len(aux _texto2) < 5 Then
; I
,I
')
m aux_texto2 = aux_texto2 + String(5 - Len(aux_texto2), " ")
111 )
W
EndIf , )
~ E~ aux texto = aux_texto + aux_texto2 +""
"U . <'O E
.-
o~ E
~ 11
d
)
"U
~ <1) aux texto2 = extensao.Text
cc I
"O
)
:; IfLen(aux_texto2) < 4 Then
~ ~ o
» aux_texto2 = aux_texto2 + String(4 - Len(aux_texto2), " ")
"U -"l )
O o <1) Endlf
C
:::J Q) '"
B aux_texto = aux_texto + aux_texto2 +"" )
o E
Q) 'E"
<1)
't:I
O
("') m o aux_texto2 = taxa_inicial.Text J
t:I
5*~----I 'ã)
s, c:::i "O
<1)
If Len(aux_texto2) < 4 Then )
t:I o
O- ,~
o-
aux_texto2 = aux_texto2 + String(4 - Len(aux_texto2), " ")
t:I '2 EndIf )
ci
C\ .;::
E
t:I ~K
.5
c "O
<1)
aux_texto = aux_texto + aux_texto2 +"" , )
t.. u c <1)
tO "O
m ~ ee
)
O
s, Gl E aux_texto2 = contrjnicial.Text
"'C <1)
o... If Len(aux _texto2) < 5 Then
'" O"
\ EndIf
J
aux_texto = aux_texto + aux_texto2 +"" aux -texto2 = contr - finaLText
) If Len(aux _texto2) < 5 Then
aux_texto2 = pcol jnicial.Text aux_texto2 = aux_texto2 +String(5 " Len(aux_texto2), " ")
) If Len(aux_texto2) < 4 Then EndIf
aux_texto = aux_texto + aux jextoz +" "
) aux_texto2 = aux_texto2 + String(4 - Len(aux texto2) "")
EndIf - ,
) aux - texto2 = vzmont - finaLText
If aux texto2 = "" Then
), aux_texto2 = String(5, "")
I
) aux_texto2 = lam_iniciaLText EndIf
If Len(aux_texto2) < 3 Then
).
)
';
;t
- )-
I
IfLen(aux_texto2) < 5 Then
EndIf
aux_texto2 = aux_texto2 + String(5 - Len(aux_texto2), " ") )
aux_texto = aux_texto + "Vc" + aux_texto2
EndIf
)
aux jexto = aux_texto + aux _texto2 +""
listl.AddItem aux_texto
, fim da linha dos valores de final de plano )
aux_texto2 = vzjus_final.Text
If Len(aux_texto2) < 5 Then )
aux_texto2 = aux_texto2 + String(5 - Len(aux_texto2), " ") aux_texto = String(87, H_") /
EndIf
listl.AddItem aux_texto
aux jexto = aux_texto + aux_texto2 +"" )
aux_texto = aux_texto + String(ll, "")
vzmont inicial.Text = vzjus_inicial.Text
I
vzmontfinal.Text = vzjus_final.Text
aux_texto2 = cter_final.Text )
If Len(aux_texto2) < 6 Then
cter inicial.Text =cter_final.Text )
aux_texto2 = aux_texto2 + String(6 - Len(aux_texto2), "") pcoljinicial.Text = pcol_final.Text
I.,
i
EndIf )
aux_texto = aux_texto + aux_texto2 +""
aux_texto2 = ccol_final.Text
If Len(aux_texto2) < 6 Then
I
I
trecho.Text = ""
extensao.Text = ""
contr_inicial.Text = ""
contr _final. Text = ""
"
,)
)
') ')
cter_final.Text = ""
aux_texto2 = pcol_final.Text
ccol_final.Text = "" )
If Len(aux_texto2) < 4 Then
pcol_final.Text = H"
aux_texto2 = aux_texto2 + String(4 - Len(aux_texto2), "") Iam inicial.Text = H" )
EndIf
lam_final.Text = "" )
aux_texto = aux_texto + aux_texto2 +""
psingular. Text = ""
vinicial. Text = ""
aux_texto2 = lam_final.Text
vfinal.Text = ""
If Len(aux_texto2) < 3 Then
tensao.Text = ""
aux_texto2 = aux_texto2 + String(3 - Len(aux_texto2), " ") vcritica.Text = ""
EndIf
aux_texto = aux_texto + aux_texto2 +"" )
EndSub
aux_texto = aux_texto + String(S, " ")
)
(3) comando "Limpar Planilha" (5) não há nenhuma programação para esse elemento
Sub Commandl_ClickO
(6) textBox para extensão
trecho.Text = ""
extensao. Text = "" Sub extensao _ Change O .
taxa inicial. Text = ""
taxa final.Text = ,'" auxiliar = Int(Val( extensao.Text) * Val(taxajniciaLText) * 100) / 100
contr inicial. Text = "" auxiliar = lnt(-(auxiliar / 1000) * 100) /100
contr final. Text = "" aux_texto = Str$(-auxiliar)
vzmont inicial. Text = "" aux_texto = Right$(aux_texto, Lentaux texto) -1)
vzmont final.Text = "" contrjnicial.Text = aux _texto
vzjus jnicial. Text = ""
) :, vzjus _final. Text = "" auxiliar = Int(Val( extensao.Text) * Val(taxa_final.Text) * 100) /100
diametro.Text = ,,,,
) auxiliar = lnt( (auxiliar / 1000) * 100) / 100
declividade.Text = "" aux_texto = Str$(auxiliar)
\
./. cter inicial.Text = "" aux_texto = Right$( aux _texto, Len( aux_texto) - 1)
)
cter _final. Text = "" contr _final. Text = aux _texto
. ccol_inicial. Text = ""
) ccol final.Text = "" . lf extensao.Text <> "" Then
) pcol jnicial.Text ='''' auxiliar = lnt( -(Valecterjnicial.Text) - Valecter_finaI.Text» / (Val(extensao.Text)
pcol_ final. Text = "" * 10000) / 10000
)
lamjnicial. Text = "" declividade. Text = Str$( -auxiliar)
Iam_final. Text = ""
Endlf
psingular. Text = ""
End Sub
)
)
-
)
536 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
ANEXO IV 537
(7) textBox para taxa de contrib. linear inicial
aux texto = Str$( auxiliar)
)
Sub taxa_inicial_ Change O auxtexto= Right$(aux_texto, Len(aux_texto) -1)
vzjus _final. Text = aux_texto )
End Sub )
auxiliar = Int(Val( extensao. Text) * Val(taxa _ final.Text) * 100) 1 100
)
auxiliar = Int«auxiliarl 1000) * 100)/100
aux_texto = StrS(auxiliar) (12) textBox para vazão montante final ./
n = Val(nmanning.Text) a2 = 2 * pi
epi = aI - a2
If q < 1.5 Then
q = 1.5 Do While Abs( epi) > epson
End If
ab = (al + a2) / 2
d = d /1000 ac=ab
q = q /1000 If al < (Pi) Then
areaI = (aI - Sinía l ) * d /\ 2 / 8
'cálculo de arnax rhI = areaI / (aI * d/ 2)
xaux = 1 - (2 * cyrnax) EIse
acos I = -Atn( xaux / (Sqr( -xaux * xaux + I))) + pi / 2 aI = 2 * pi - ai
/
, ~*~" arnax = 2 * acosI areaI = (pi * d/\ 2) /4- «aI - Sinfal ) * d /\ 2 / 8)
JS;
) ,)
a=arnax rhI = areaI / «Pi * d) - a I * d/ 2)
EndIf
) i
aI = .0001
)
\
iII.
a2=arnax If ab < (Pi) Then
)
i;.
... area2 = (ab - Sinfab) * d /\ 2 / 8
If al < (pi) Then rh2 = area2 / (ab * d/ 2)
) areal = (al - Sin(aI» * d /\ 2/8 EIse
rhl = areal / (a l * d/ 2) ab = 2 * pi - ab
)
EIse area2 = (pi * d /\ 2) / 4 - «ab - Sin/ab) * d /\ 2/8)
) a l = 2 * pi - a l
)
areal = (pi * d /\ 2) /4 - «aI - Sinfa l ) * d /\ 2 / 8) rh2 = area2 / «Pi * d) - ab * d/ 2)
rhl = areal / «Pi * d) - al * d/ 2) EndIf
) EndIf
) fa = q - 1 / n * areaI * rhI /\ (2 / 3) * Sqr(i)
If a2 < (Pi) Then fab = q - I / n * area2 * rh2 /\ (2 / 3) * Sqr(i)
)
area2 = (a2 - Sin(a2» * d /\ 2 / 8
) rh2 = area2 / (a2 * d/ 2) IfSgn(fab) = sinal Then
EIse aI = ac
)
a2 = 2 * pi - a2 EIse
) area2 = (pi * d /\ 2) / 4 - «a2 - Sin(a2» * d /\ 2/8) a2 =ac
) rh2 = area2 / «Pi * d) - a2 * d / 2) End If
EndIf . epi = (aI - a2)
) frnax = q - I / n * areaI * rhI /\ (2 / 3) * Sqr(i)
.) frnin= q - 1 /n * area2 * rh2 /\ (2/ 3) * Sqr(i) Loop
)
540 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO
)
ANEXO IV 541
Iam jniciaI. Text = Right$( aux _texto, Len( aux _texto) - I) )
Else area l = (ai - Siníal) * d ? 2I8 )
MsgBox ("O tubo trabalhará como conduto forçado, mudar diâmetro e rh I = are a I I (a I * d I 2)
refazer o cálculo !! !") )
Else
Endlf al=2*pi-al .'
. area l = (Pi * d? 2) I 4 - «ai - Sirual ) * d" 2 I 8)
tensao = rh2 * 100000# * i I 10
)
rhl= areal / «Pi * d) - aI * d/ 2)
tensao = Int(tensao * 100) I 100 EndIf )
aux_texto = Str$(tensao)
r
)
tensao. Text = Right$( aux _texto, Len( aux _texto) - I) If a2 < (pi) Then
auxiliar = Int( q I area2 * 100) I 100 area2 = (a2 - Sin(a2» * d" 2 I 8 )
aux_texto = Str$(auxiliar) rh2 = area2 / (a2 * d/ 2) )
aux _texto = Right$( aux_ texto, Len( aux _texto) - I) Else
viniciaI. Text = aux _texto a2 = 2 * pi - a2
)
"
area2 = (pi * d ? 2) I 4 - «a2 - Sin(a2» * d " 2 I 8) /
Endlf I'h2 = area2 / «Pi * d) - a2 * d /2)
)
IfVal( decIividade.Text) > O And Vale decIividade.Text) < I And Val( diametro.Text) End If
<> O And Val(vzjus_finaI.Text) <> O Then )
fmax = q - I I n * area l * rh I " (2 I 3) * Sqr(i) ./
i = Val( decIividade. Text) fmin = q - I / n * area2 * rh2 " (2 I 3) * Sqr(i) .
q = Val(vzjus _final. Text) )
d = Vale diametro. Text) sinal = Sgn(fmax) .J
n = Val(nrnanning.Text)
ai = .0001
)
If q < 1.5 Then a2 = 2 * pi
q = l.5 epi = ai - a2
./
Endlf
Do While Abs( epi) > epson ·1
d = di 1000 ~
)
q = ql 1000 ab=(al +a2)/2
'cálculo de amax ac = ab )
xaux = I -(2 * cymax) If a I < (Pi) Then )
acos l = -Atn(xaux I (Sqr(-xaux * xaux + I») + pi 12 areal = (ai - Sin(al)) *d ? 2/ 8
amax = 2 * acos l rhl = areal I (ai * d/ 2)
a=amax
.,
EIse /
ai = 2 * pi - a l
aI = .0001 areal = (pi * d" 2) 14- «aI - Sirual j) * d " 2 I 8)
a2=amax rh l = areal I «Pi * d) - aI * di 2)
EndIf
If a I < (pi) Then
If ab < (pi) Then )
area2 = (ab - Sintabj) *d ? 2 I8
,
-'
')
)
)
IV 543
) 542 COLETA E TRANSPORTE DE ESGOTO SANITÁRIO ANEXO
)
T
aux_texto = Str$(auxiliar) )
aux_texto = Right$( aux_ texto, Len( aux_ texto) - 1) (22) textBox para Profundidade do Coletor a jusante
)
eco 1 final. Text = aux texto
)
Ifextensao.Text <> "" Then
auxiliar = Valecter_final. Text) - Val(pcol_ final.Text) )
auxiliar = Int( -(Valecterjnicial.Text) - Valecter_final.Text) / (Val(extensao.Text)
* 10000) / 10000 aux_texto = Str$(auxiliar) )
aux_texto = Str$( -auxiliar) aux_texto = Right$(aux_texto, Len(aux_texto) - 1)
)
aux_texto = Right$( aux_texto, Len( aux_texto) -1) eco I- final. Text = aux - texto
declividade. Text = aux texto )
Endlf If Valtpcol jnicial.Text) > Valtpcólfinal.Text) Then )
auxiliar = Val(pcoljnieial.Text)
aux_texto = Str$( auxiliar) )
End Sub
aux_texto = Right$(aux_texto, Len(aux_texto) -1) \
)
psingular. Text = aux_texto
(19) não há nenhuma programação para esse elemento )
Else
auxiliar = Val(peol_final.Text)
(20) não há nenhuma programação para esse elemento aux_texto = Str$(auxiliar)
)
aux_texto = Right$(aux_texto, Len(aux_texto) - 1)
(21) textBox para Profundidade do Coleto r a montante psingular. Text = aux_texto )
-,
End If
)
Sub pcoljnicial , Change O
EndSub )
auxiliar = Valecterjnieial.Text) - Val(pcoljnieial.Text)
)
aux_texto = Str$(auxiliar)
(23) não há nenhuma programação para esse elemento )
aux_texto = Right$(aux_texto, Len(aux_texto) - 1)
ecol - inicial = aux - texto )
(24) não há nenhuma programação para esse elemento
IfVal(pcoljnicial. Text) > Val(pcol_ final.Text) Then )
auxiliar = Val(pcoljniciaI.Text) (25) não há nenhuma programação para esse elemento )
l
aux_texto = Str$( auxi liar)
)
aux_texto = Right$(aux _texto, Len(aux _texto) - 1)
)
)
)
)
)~C~O~L~E~T~A~E~T~RA~N~S~PO~R~T~E~D~E~E~S~G~O~T~O~S~AN~I~T~Á~R~IO~
__ ~ _ ANEXOIV 547
) não há nenhuma programação para esse elemento Cota do Terreno ajusante: 495.71 m
) Declividade: 0.0603 mim
não há nenhuma programação para esse elemento Prof. do Coletar a montante: 1.20 m
Prof. do Coletor a jusante: 1.20 m
)
) não há nenhuma programação para esse elemento
Trecho: 1-3
Extensão: 96 m
) não há nenhuma programação para esse elemento Taxa de Contribuição Linear inicial (início de plano): 1.64 f./s*km
)
Taxa de Contribuição Linear final (fim de plano): 3.34 f.ls*km
)l1ostramos abaixo um exemplo do resultado (arquivo rede.txt) do sistema. Diâmetro: 150 mm
Cota do Terreno a montante: 495.71 m
) Ext. Taxa Contr QmontQju5. Diam. Deel. Cter. Ceol. Peo1 Larn Psi.n V TTr
(m) C.Li Trec. (1/5) (1/5) (mm) (mim) (m) (m) (m) Y/D (m) m/5 Pa Cota do Terreno ajusante: 491.12 m
)
inic inic inic inic rnont mont rnont ini 1.n1. - Declividade: 0.0479 mim
) -------~~--=~---~~~--~:~--------------~~~--_:~~---~~~--~:~-------_!!~---~~----
J
Prof. do Coletor a montante: 1.20 m
89 1.64 .15 .15 150 .0456 502.05500.851.2 .15 1.2 .93 6.21 Prof. do Coletor ajusante: 1.20 m
3.34 .3.3 498 496.81.2 .15 .93 Vc2.2
) ----------------------------------------------------------------------,.-----.----
38 1.64 .06 .15 .21 150 .OE03498. 496.8 1.2 .14 1.2 1.03 7.71
) 3.34 .13 .3 .43 495.71 494.51 1.2 .14 1.03 Vc2.13
) 96 1.64 .16 .21 .37 150 .0479 495.71494.511.2 .15 1.2 .95 6.45
3.34 .32 .43 .75 491.12 489.92 1.20 .15 .95 Vc2.19
)--------------------------------------------------------------------------------
) is dados de entrada são facilmente identificados:
)
) recho: 1-1
.xtensão: 89 m
) 'axa de Contribuição Linear inicial (início de plano): 1.64 R1s*km
) axa de Contribuição Linear final (fim de plano): 3.34 R1s*km
) iiâmetro: 150 mm
):ota do Terreno a montante: 502.05 m
.ota do Terreno a jusante: 498.00 m
) ieclividade: 0.0456 mim
) rof. do Coletor a montante: 1.20 m
. )rof. do Coletor a jusante: 1.20 m
) 'recho: 1-2
) .xtensão: 38 m
~ axa de Contribuição Linear inicial (início de plano): 1.64 R1s*km
axa de Contribuição Linear final (fim de plano): 3.34 f./s*km
) riâmetro: 150 mm
.J
)
)
)
l.
--- = .---=
-10'3
2.
)
13Z026335 )
)
)
)
)
)