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Trajes, pinturas corporais, tecidos e adornos; são marcas da identidade de cada grupo. Os
povos do continente africano costumam usar trajes, pinturas corporais, tecidos e adornos,
conforme as identidades de seus devidos grupos. Geralmente as pinturas são usadas em
cerimônias, para enfeitar o corpo ou para exibir o estilo de sua tribo, todas as pinturas tem
um significado diferente.
A vestimenta africana tradicional é o traje usado pelos povos nativos do continente, por
vezes substituída por roupas ocidentais introduzidas pelos colonizadores europeus. Ao
nordeste da África, particularmente no Egito, a vestimenta foi influenciada pela cultura do
Oriente Médio, como a Gellabiya presente nos países do Golfo. Contrariamente ao noroeste
onde a influência externa foi menor, as roupas preservam as suas características próprias.
A vestimenta das mulheres africanas baseia-se, em grande parte, em panos ou cangas que
enrolam no corpo como vestidos, cangas, capulanas, etc. São belos tecidos cuja
padronagem e acabamentos são reconhecidos mundialmente. Os africanos, mais do que
ninguém, falam através de seus panos.
Eu ando mais rápido do que minha rival, meu marido é capaz e seu pé, meu pé são
algumas das expressões ditas por meio das famosas estampas figurativas impressas nos
tecidos feitos naquele continente, principalmente em locais como Gana, Benin, Togo e
Costa do Marfim (todos com a mesma matriz linguística e cultural, a Akan).
As africanas veem uma roupa Gucci ou Dior, copiam o modelo e dizem para o costureiro:
quero um igual a este. Com uma vantagem: elas adaptam a roupa ao próprio gosto. O que
importa não é se é Gucci ou Dior, e sim se o tecido é bom, se a roupa é bem-feita. Pois é:
na África, o hábito de comprar um tecido e levá-lo para os profissionais que o cortam e
costuram ao seu modo ainda é preservado, assim como foi comum em um Brasil não muito
distante. Todos encomendam roupas, dos mais ricos aos mais pobres, diz a pesquisadora,
informando que, entre os últimos, também é bastante comum à compra de roupas de
segunda mão.
A prática de mandar fazer vestidos, saias e blusas é tão comum que, nas feiras-livres,
veem-se homens e mulheres com máquinas de costura sentados no chão à espera de
clientes que chegam com croqui na mão. Eles também têm catálogos com desenhos que
são propostos pelas africanas, estas, como em outros países, bem mais propensas à moda
do vestir do que eles.