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PLANO TERRITORIAL DE
DESENVOLVIMENTO RURAL SUSTENTÁVEL
São Luís
Maio/2005
SUMÁRIO
Pág.
APRESENTAÇÃO
1 JUSTIFICATIVA
2 METODOLOGIA
2.1 Jornadas Ampliadas
2.2 Oficina Territorial
3. OBJETIVOS
3.1 Objetivo Geral
3.2 Objetivos Específicos
4. CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
4.1. Síntese Histórica
4.2. Aspecto Geográfico
4.2.1. Localização/Limites
4.3. Perfil Socioeconômico
4.3.1. Aspecto Demográfico
4.3.2. Aspectos Sociais
4.3.2.1. Saúde e Saneamento
4.3.2.2. Educação
4.3.2.3 Político Institucional
4.3.2.4 Ações, Programa e Políticas Públicas
4.3.3. Aspecto Econômico
4.4. Perfil Ambiental
4.4.1. Geologia
4.4.3 Vegetação
4.4.4 Clima
4.4.5. Hidrografia
5. VISÃO DE FUTURO
6. RELAÇÃO SISTEMA X AMBIENTE
6.1 Sistema
6.2. Ambiente
7. EIXO AGLUTINADOR
8. PLANO TERRITORIAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL
SUSTENTÁVEL
8.1 Detalhamento dos Projetos Priorizados
9. GESTÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS
BIBLIOGRAFIA
Anexos
APRESENTAÇÃO
1. JUSTIFICATIVA
Para a elaboração deste plano foram adotadas técnicas que buscaram privilegiar a
participação e contribuição dos integrantes de cada evento, lançando mão de procedimentos
participativos.
Ao lado disso, as principais fontes de informação de dados secundários foram em
órgão oficiais como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, o Instituto de
Pesquisas Econômicas e Sociais do Maranhão – IPES, Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social – BNDES, Secretaria de Planejamento do Estado do Maranhão –
SEPLAN e Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis- IBAMA,
subsidiados por levantamentos locais, junto às Secretarias Municipais.
De um modo geral foram realizados eventos no processo de construção deste documento,
quais sejam: jornadas municipais, oficinas territoriais, seções de estudos com técnicos e
especialistas nas áreas de interesse, com vistas a qualificar as propostas levantadas.
Durante as jornadas municipais e oficinas territoriais foi utilizada uma metodologia
que estimulou e privilegiou a intervenção dos participantes, onde os saberes foram
compartilhados e os problemas discutidos. Nos momentos onde o consenso não resolvia o
impasse, utilizou-se a democrática votação.
Momentos ricos, de descontração, entrosamento, de disseminação de
conhecimentos, os eventos contaram também com a utilização de técnicas de dinâmica de
grupo, trabalho em equipe, recursos instrucionais variados (flip chart, data show), exposição
narrativa e interativa e estratégias que permitiram consolidar e identidade territorial.
BOX 1 – Metodologias de trabalho
4. CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
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1
13
1
utilizam a queima como alternativa para eliminação do lixo. Como agravante, nenhum muni-
cípio do Território possui aterro sanitário, sendo os resíduos coletados acondicionados em lu-
gares impróprios, facilitando a contaminação do solo e da água por meio do chorume, além de
funcionar como vetor de doenças para a população.
Aliado ao deficiente atendimento médico-ambulatorial, a desnutrição é outro fator
agravante na situação da saúde da população do Território. Constata-se, pelo IDH, Índice de
Desenvolvimento Humano que combina aspectos de renda, saúde e educação, que o
município de Belágua, juntamente com os municípios de Santana do Maranhão e Araióses
possuem os menores índices, 0,495, 0,488 e 0,486, respectivamente, e o município de
Anapurus tem o maior índice (0,592), todos abaixo da média estadual, que é de 0,647.
Portanto, melhorar a situação dos serviços de saúde é fator preponderante para melhorar o
Índice de Desenvolvimento Humano no Território.
4.3.2.2. Educação
14
1
População População
Município Alfabetizada Não Alfabetizada Indice de Alfabetização do Território Baixo Parnaíba/2000
Belágua 47,19% 52,81%
58,21%
Urbano Santos 62,29% 37,71%
60,00% 41,79%
São Benedito do Rio Preto 59,80% 40,20%
50,00%
Chapadinha 63,31% 36,69% 40,00% População Alfabetizada
Mata Roma 61,74% 38,26% 30,00%
Anapurus 60,59% 39,41% 20,00%
População Não
Alfabetizada
São Bernardo 61,51% 38,49% 10,00%
Santa Quitéria 60,57% 39,43% 0,00%
População População Não
Magalhães de Almeida 59,62% 40,38% Alfabetizada Alfabetizada
Santana do Maranhão 49,17% 50,83%
Água Doce 58,76% 41,24%
Tutóia 60,51% 39,49%
Araioses 51,70% 48,30%
Fonte: BNDES/Censo 2000
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1
16
1
17
1
56000
54000 5
52000
Fonte: IBGE.cidade@ , FNDE.perfilmun, GDH
50000
48000 47 8 7 3
46000
9000
8750 8793 Gráfico 7 44000 Gráfico 8
8500 42000
8250 40000
8000
38000
7750
7500 36000
7250 34000
7000
32000
6750
6500 30000
6250 28000
6000
26000
6083
5750
5500 24000
5250 22000
5000
20000
4750
4500 18000
4250 16000
4000
14000
3750
3500 12000
3250 De um modo geral, a insuficiência de 10000
escolas na zona rural, ocasionando a
3000 1 09 8 1
8000
improvisação
2750
2500
de salas de aula que funcionam, muitas vezes,
6000 com iluminação precária; o difícil
2250 4000
acesso às escolas existentes na zona rural; o transporte2000escolar precário; a má remuneração e
2000
1750 2134
1500 0
qualificação
1250 deficiente dos professores; a inexistência de material didático-pedagógico
2000
e
1000 1916
750
equipamentos escolares adequados ao contexto local; a inexistência de bibliotecas e áreas de
500
250
lazer; a grande presença de salas de aula multisseriadas, sem, contudo, existir uma proposta
0
2000
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1
Fonte: TRE
20
2
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2
Polos Produtivos
Município Arranjo Territorio
Tutoia Turismo e Artesanato Baixo parnaíba
Caranguejo, camarão
Araioses Turismo e Artesanato Baixo parnaíba
Caranguejo
Belágua Ovinocaprinocultura Baixo parnaíba
Chapadinha Ovinocaprinocultura Baixo parnaíba
Agua Doce do Mara- Caranguejo,camarão Baixo parnaíba
nhão
Fonte: GEPLAN, GDR, BNB
Município Comunidade
Chapadinha Vila Nova
Mata Roma Cidade Nova
Fonte: SEAGRO
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2
23
2
Crédito Fundiário
Município Grupamento Famílias Área
Chapadinha Ass. Peq. Produtores Rurais do Pov. Tatangura 36 900 ha
Povoado de Poço Dantas 14 349 ha
Ass. Moradores Santa Rita 36 1.050 ha
Ass. Peq. Prod. Rurais de Malhada do Meio 25 600 ha
Ass. Peq. Prod. Rurais Povoado Ventura 11 277 ha
Mata Roma Ass.Prod. Rurais Pov. Primeiros Campos 31 948 ha
Fonte:
Assentamento INCRA
Município Projeto Área Forma de Famíli
Assentamento Obtenção as
Araioses Água Fria 3.232,15 ha Desapropriação 115
Rancharia 582,252 ha Desapropriação 14
Belágua Conceição 70.000 há Reconhecimento 29
Santa Clara 70.000 há Reconhecimento 30
Trizidela 70.000 ha Reconhecimento 30
Chapadinha Arrodeio Cercadinho 2.235,00 ha Desapropriação 93
Canto do Ferreira 4.448,31 ha Desapropriação 77
Laranjeira 1.345,10 ha Desapropriação 34
Paiol 3.091,30 há Desapropriação 22
Magalhães de Santo Agostinho 2.704,00 há Desapropriação 174
Almeida
24
2
25
2
No geral, a expansão da soja no Território tem sido alvo de constantes debates, face aos
impactos ambientais e sociais gerados pelo seu cultivo, tendo em vista as conseqüências
negativas da monocultura, a exemplo da degradação do solo, da redução da cobertura
florestal, do uso intensivo de insumos e da restrição do avanço das relações de trabalho
assalariado, já que é uma atividade pouco absorvedora de mão-de-obra, condicionando as
oportunidades de trabalho do setor agropecuário quase que apenas na propriedade familiar.
26
2
setor, que adquire maior importância social, estando associada ao trabalho familiar e à
economia de subsistência. Segundo dados da GEPLAN, a produção da amêndoa do babaçu no
Território, em 1998, foi de 5.249 toneladas, sendo os municípios de Chapadinha e Santa
Quitéria, detentores das maiores produções, 3.810 ton e 580 ton, respectivamente. Além do
babaçu há a presença de frutas como bacuri, piqui, murici, mangaba e de palmeiras como
babaçu, carnaúba, juçara, buriti e tucum favorecem o incremento à renda familiar por meio da
exploração econômica e sustentável de tais espécies.
Do ponto de vista
econômico mais amplo, as atividades
pesqueiras e a produção de carvão
vegetal e cera de carnaúba podem ser
consideradas marginais, entretanto,
possuem especialmente cunho social,
exceção feita aos municípios de Tutóia
e Araióses, onde a pesca tem
significado econômico maior.
Barco de Pesca Tutóia-MA
28
2
A economia do Território é também aquecida pelo turismo, pois uma das mais belas
paisagens naturais do Estado do Maranhão está inserida no Baixo Parnaíba, o Delta do
Parnaíba, que impulsiona a economia pelo aumento do fluxo turístico, pelos investimentos na
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3
Casa de farinha
30
3
Cerca de 60% dos alimentos consumidos pela população brasileira vêm desse tipo de produção rural
e quase 40% do Valor Bruto da Produção Agropecuária são produzidos por agricultores familiares.
Cerca de 70% do feijão consumido pelo país, vêm desse tipo de produção rural e quase 40% do
Valor Bruto da Produção Agropecuária são produzidos por agricultores familiares. Vêm daí também
84% da mandioca, 5,8% da produção de suínos, 54% da bovinocultura de leite, 49% do milho e 40%
de aves e ovos.
A agricultura familiar também vem registrando o maior aumento de produtividade no campo nos
últimos anos. Na década de 90, foi o segmento que mais cresceu. Entre 1989 e 1999, a produção
agrícola familiar aumentou em 3,8% ao ano, o bom desempenho ocorreu mesmo em condições
adversas para o setor, quando nesse período sofreu uma queda de 4,7% ao ano nos preços
recebidos. Esses resultados positivos foram alcançados mesmo tendo a agricultura familiar um
histórico de baixa cobertura de crédito rural. É bom ressaltar que apenas 23% dos estabelecimentos
familiares rurais acessaram financiamentos nos últimos três anos.
Pretende-se fortalecer e estimular a agricultura familiar com o objetivo de superar um padrão de
carência existente no meio rural em várias regiões do país. As ações de Assistência Técnica e
Extensão Rural deverão ser ampliadas, seja ela pública ou privada; a pesquisa agrícola deverá dar
atenção às necessidades dos agricultores e da agricultura familiar; será preciso estabelecer um
seguro agrícola que garanta a renda dos agricultores; o crédito rural do PRONAF deverá considerar
de forma mais efetiva as questões do desenvolvimento regional e territorial.
Vale a pena ressaltar que todos os países desenvolvidos têm na agricultura familiar um sustentáculo
do seu dinamismo econômico e de uma saudável distribuição da riqueza nacional. Todos eles, em
algum momento da história, promoveram a reforma agrária e a valorização da agricultura familiar.
Para se ter uma idéia, a ocupação histórica do território dos Estados Unidos foi na unidade entre
gestão e trabalho e a agricultura foi inteiramente baseada na estrutura familiar.
O bom desempenho e o fortalecimento da agricultura familiar está na dependência da capacidade de
articulação dos diversos atores sociais envolvidos e comprometidos com a agricultura familiar, tais
como: movimentos sociais, diversos ministérios, governos estaduais e municipais, agentes
financeiros, ONGs e outros.
Com tudo isso, a política de crédito rural do PRONAF poderá contribuir ainda mais para a ampliação
desses espaços de articulação, disseminando informações e descentralizando a tomada de decisões,
promovendo um papel mais efetivo nos processos de financiamento da agricultura familiar.
Ao estimular a atividade familiar no campo e, simultaneamente, o aumento da produção, o grande
desafio estará na solução estrutural para uma importante questão social e econômica do país
31
3
4.4.1. Geologia
Entre as formações geológicas
identificadas no Território Baixo
Parnaíba observa-se com
predominância o Grupo Barreiras e a
Formação Itapecuru, existindo ainda
manchas de Aluviões Fluvio-
Marinhos, Aluviões Fluviais e
Aluviões Marinhos e, em menor
proporção, Depósitos Eólicos.
32
3
4.3.2. Solo
Os grupos de solos predominantes no. Território são os Latossolo Amarelo e
Podzólico Vermelho Amarelo Concrecionário. Os Latossolo distribuem-se em áreas de topos
de chapadas, ora baixas e dissecadas, a poucos metros acima no nível das várzeas, ora altas e
de extensões consideráveis, apresentando relevo plano com pequenas e suaves ondulações.
Quanto a uso atual, tem-se observado nas áreas destes solos uma pecuária em regime
extensivo, principalmente com bovinos, constatando-se também culturas de milho, feijão,
arroz, mandioca e pastagem plantada. Embora sendo solos de baixa fertilidade natural, têm,
entretanto, ótimo potencial agrícola.
4.3.3. Vegetação
A vegetação que se destaca no
Território é constituída de Mosaico de
Pastagens, Florestas Abertas e
Vegetação Degradada com Babaçu e
Campos Cerrado com Pastagem
Natural, além de Agricultura de
Subsistência, havendo ainda manchas de
Restingas em Araióses, Cerrados em
Chapadinha e Campos Inundáveis em
Belágua.
O Mosaico de Pastagens, Florestas Abertas e Vegetação Degradada com Babaçu
compreende áreas de usos diversos, associadas com pastagens, florestas abertas com
33
3
vegetação degradada e com presença de babaçu. Os Campos Cerrado com Pastagem Natural
são formações essencialmente campestres com árvores ou arvoretas esparsas. Em certas áreas
esta formação apresenta um tapete graminóide com cobertura arbórea esparsa de uma só
espécie.
4.4.4. Clima
O clima que predomina na maior parte do território é o Sub-Úmido (C2), ocorrendo o
Sub-Úmido Seco (C1) apenas nos municípios de São Bernardo, Magalhães de Almeida e parte
de Araióses, Santana do Maranhão e Santa Quitéria do Maranhão. O Sub-Úmido (C2)
apresenta moderada deficiência de água nos meses de junho e setembro, megatérmico (A’), ou
seja, temperatura média mensal sempre superior a 18°C, sendo que a soma da
evapotranspiração potencial nos três meses mais quentes do ano é inferior a 48%, em relação
a evapotranspiração potencial anual (a’). No que diz respeito ao Sub-Úmido Seco (C1), este se
diferencia apenas por possuir pouco ou nenhum excesso de água.
4.4.5 . Hidrografia
Manguezal
Rios como Magu, Santa Rosa e Preguiças oferecem condições de navegação durante
todo o ano e são utilizados para transporte de cargas e passageiros, principalmente entre
cidades ribeirinhas do território. Da mesma forma, há possibilidades de navegação pelo rio
Preto, rio Munim, rio Iguará e rio Bacuri, em especial por meio de embarcações de pequeno
porte.
34
3
5. VISÃO DE FUTURO
Para a obtenção da Visão de Futuro foram formados aglomerados de municípios do
Território, de acordo com a sua proximidade, constituindo-se em quatro oficinas. Em seguida,
foi realizada uma oficina, no município de Chapadinha, onde os produtos obtidos
anteriormente nas demais foram consolidados.
A metodologia utilizada,
denominada “painel progressivo”, foi extraída
da base, com os membros da CIAT do
Território, onde foi explicado que a visão de
futuro é um desejo maior daquilo que se quer
e que se busca de melhor para a região. Logo
após, cada participante expressou suas
expectativas utilizando tarjetas.
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3
com entidades não governamentais e com o poder público, que dispõe de secretarias atuantes
e pessoas preparadas, favorecendo a formação de parcerias na implementação das ações
demandadas pela população “.
36
3
6.1 Sistema
A reflexão do Sistema Território Baixo Parnaíba considerou alguns aspectos, que embora não
dêem conta de sua totalidade, oferecem elementos para uma aproximação crítica da realidade.
Análise do Sistema
Saúde
Potencialidades Estrangulamento
- Hospitais públicos -Ausência de saneamento básico (sistema de esgoto, água
- Farmácia básica, tratada, coleta de lixo e aterro sanitário);
- Equipe médica, -Número insuficiente de profissionais da área de saúde e de
- Unidade Móvel, ambulância para atender a população;
- Equipe médica, -Ausência de laboratórios públicos para análises clínicas;
-Programa de saúde na família – PSF -Falta de capacitação na área de saúde;
-Funcionamento precário dos hospitais e posto de saúde
Educação
Potencialidade Estrangulamento
-Educação infantil, ensino fundamental, - Merenda escolar sem qualidade e em quantidade
médio e superior; insuficiente;
-Professores qualificados; -Número insuficiente de escolas na zona rural e salas
-Escolas particulares; multisseriadas;
-Transporte escolar; -Quantidade insatisfatória de material didático ao ensino
-Efetivação do plano de cargo e salários médio;
dos professores em alguns municípios; -Ensino superior defasado;
-Manifestações artísticas e culturais ri- -Alto índice de analfabetismo e evasão escolar;
cas e variadas; -Ausência de integração família x escola;
-Professores mal remunerados e com pagamentos atrasados;
-Transporte escolar em condições precárias;
-Inexistência de espaço para esporte e lazer e bibliotecas;
Político Institucional
Potencialidade Estrangulamento
-Conselhos Municipais de -Inexistência de Secretaria de Agricultura em alguns
Desenvolvimento Rural Sustentável municípios;
(CMRDS), Comissão de Instalação das -Fragilidade das organizações por falta de conhecimento/ca-
Ações Territoriais (CIAT), associações pacitação sobre gestão.
comunitárias; -Pouca articulação entre sociedade civil organizada e poder
-Existências de organizacionais público
(sindicatos, associações, cooperativas)
com espaço físico e estrutura.
37
3
Economia territorial
Potencialidade Estrangulamento
-Turismo (Delta das Américas); - Falta de apoio e incentivo a produção agrícola familiar;
-Diversificação da produção agrícola -Concentração fundiária (má distribuição de terras);
(mandioca, arroz, milho, feijão, -Êxodo rural;
melancia, cana-de-açúcar, caju, coco, -Solos empobrecidos;
banana) e pecuária (caprinos, aves, -Nível de tecnologia empregado pelos agricultores
suínos, peixes, camarão, abelha); familiares impossibilita o aumento da produção e
-Existência de infra-estrutura como produtividade agropecuária;
estradas, energia elétrica, água -As práticas agroecológicas são pouco incentivadas,
encanada; reduzindo as possibilidades de produção agrícola
-Existência de áreas de assentamento; sustentável;
-Solos férteis; -Deficiência de infra-estrutura para produção,
-Extrativismo vegetal (artesanato, beneficiamento e comercialização agropecuária;
babaçu, frutas) e animal (caranguejo, -Presença do atravessador na comercialização;
peixe, ostra, camarão, sururu, siri); -Assistência técnica pontual e isolada;
-Comercio;
Meio Ambiente
Potencialidade Estrangulamento
-Existência de recursos hídricos (mar, rios, lagos, Desmatamentos e queimadas de grandes áreas
lagoas); com degradação do solo e redução das espécies
-Biodiversidade (fauna e flora); animais e vegetais;
-Retirada das matas ciliares e poluição dos rios
com lixo doméstico e agrotóxicos;
-Inexistência de uma política ambiental nos
municípios/ Território;
6.2 Ambiente
38
3
frendo ao longo dos anos quando se trabalha, especificamente, temas como educação, saúde e
saneamento básico, sendo este fato respaldado quando se observa o Índice de Desenvolvimen-
to Humano (IDH) dos municípios que abrangem o Território.
Outros pontos destacados referem-se aos convênios com Universidades como UES-
PI, UEMA, CEFET; Programas de Alfabetização, além da existência do FUNDEF para aqui-
sição de equipamentos, materiais e pagamentos de professores. No tocante ao setor agrícola
citou-se Credito Rural (PRONAF); agentes financeiros; cursos de capacitação, tendo como
entidade executora o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR); Programa de Ele-
trificação Rural (Luz para Todos), Programa Crédito Fundiário, como também a legalização
de algumas terras devolutas do Estado, já que no Território foi identificado entre os pontos de
Estrangulamento que muitos agricultores e agricultoras não dispõem de terra para desenvol-
verem suas atividades agropecuárias e extrativistas.
financeiros que incentivam apenas a produção em larga escala, sempre voltada para atender
ao mercado internacional.
39
4
Análise do Ambiente
7. EIXOS AGLUTINADORES
A Visão de Futuro construída e a análise da relação Sistema x Ambiente, serviram
como orientação para identificar os eixos aglutinadores que irão promover mudanças no cená-
Oportunidades Ameaças
-Programas sociais (PETI, Bolsa Família, Salário -Intermediários nas ações previdenciárias;
Maternidade, Fome Zero, assistência ao idoso); -Compra de terras e regularização por
-Programa de Interiorização do Trabalho em Saúde grandes empresários que estão chegando ao
(PITS); Território movidos pelo agronegócio da soja;
-Programa Saúde da Família (PSF); -A maior parte das terras dos municípios
-Universidades; (Urbano santos, São Benedito do Rio Preto e
-Agentes financeiros; Belágua) está nas mãos de um único
-Credito Rural (PRONAF); latifundiário – PAINEIRAS;
-Programa de desenvolvimento territorial -Desmatamento indiscriminado do cerrado,
(MDA/SDT); das matas ciliares e nascentes pelos por
-Banco Postal; grandes empresários que estão chegando ao
-SENAR, SEBRAE (cursos de capacitação); Território e adquirindo as terras da região.
-Casa da Agricultura Familiar;
-AGED;
-Livros didáticos, vídeos;
-Programas de alfabetização;
-FUNDEC;
-Convênios (UESPI, UEMA, CEFET);
-Existência do programa de eletrificação rural (Luz
para Todos);
-Existência do FUNDEF (aquisição de equipamentos,
materiais e pagamentos professores);
-Legalização de algumas terras devolutas do estado.
rio atual do Território, possibilitando, com isto, atingir a situação desejada buscando a melho-
ria da qualidade de vida das famílias, conforme demonstrado a seguir:
1. Econômico
Agricultura
Pecuária ( Psicultura, apicultura)
Aquicultura
Extrativismo
Turismo
Artesanato
Comercio Indústria e Serviços
40
4
2. Ambiental
Caracterização (recursos hídricos, solo e vegetação, fauna)
Lixo Urbano
Degradação/preservação/recuperação dos recursos naturais
3. Social
Educação
Saúde
Cultura e Lazer
Benefícios Sociais
4. Político Institucional
Suporte Institucional - Poder Público e Sociedade Civil
Conselhos Municipais
41
4
PROGRAMA PROJETO
AGRICULTURA Acesso a terra Desapropriação de terras
(improdutivas)
Compra de Terra (crédito
Fundiário)
Regularização de Posse
42
4
PROGRAMA PROJETO
EXTRATIVISMO Aproveitamento racional das frutas Industrialização e
nativas comercialização das frutas
regionais
Aproveitamento Integral do babaçu
Beneficiamento e
comercialização do produto e
subproduto do babaçu
TURISMO Fortalecimento do turismo no território Gestão de turismo e hotelaria
Resgate da Cultura Popular
Incentivar o turismo
segmentado (religioso,
Ecológico, eventos)
ARTESANATO Profissionalização da atividade artesanal Melhoramento da tecnologia
de produção
Comercialização dos
produtos artesanais
Melhorar o ensino
fundamental nas
comunidades
Combate ao analfabetismo
Fortalecimento dos
programas
governamentais para
Inclusão Digital alfabetização de jovens e
adultos
43
4
Implantação de hortas
medicinais de fundo de
quintal
Saúde, Sexualidade e drogadição
voltado para crianças e Oficina sobre sexualidade
adolescentes para adolescentes e jovens
Intercambio Cultural
Melhoria e construção de
unidade habitacional
Construção de Cisternas
Implantação de fossas
sépticas
Construção de Olarias
Estruturação das
Secretarias Municipais
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Projeto Beneficiários Objetivo Metas Fonte de Recurso Possíveis
Prioritário Parceiros
Desapropriação de Agricultor@ Garantir ao Viabilizar a situação Banco Mundial, INCRA,
terras improdutivas Familiar trabalhador@ o acesso a fundiária nos 13 Bird, INCRA, ITERMA,
, compra de Terra Mulheres Rurais terra como ação municípios do Baixo ITERMA, MDA- NEPE,
(crédito Fundiário) Jovens Rurais consolidação da reforma Parnaíba no período de SRA Sindicatos,
e regularização de agrária. cinco anos Secretarias
posse Municipais de
Agricultura,
Ong’s,
Associações
Implantação de Agricultor@ Aumentar a produção e Aumentar a produção e Banco Mundial, BNB, BB,
pólos (campos) Familiar melhorar a qualidade da produtividade da Gerencias de SEBRAE,
agrícolas para o Mulheres Rurais farinha e subprodutos da cultura em 50% no Estado,PRONAF SENAR,
plantio de Jovens Rurais mandioca período de cinco anos CRÉDITO, SENAI, CAF
mandioca PRONAF INFRA, Prefeitura
FAT Municipal,
INCRA,
SEAGRO,
Secretarias de
Agriculturas,
46
Avicultura
Implantar projetos de Agricultor@ Estimular no Aumentar em 80% a PRONAF Crédito, Prefeituras
criação de galinha Familiar Território a atividade criação de galinha FAT/MTB Municipais,
caipira em sistema Mulheres Rurais em caráter comercial caipira do território BNB,
semi-intensivo no prazo de tres anos Associações,
ONG’s,
Sindicatos,
CAF e AGED
Implantar raças Agricultor@ Incentivar o Aumentar a criação PRONAF Prefeituras
melhoradas de outras Familiar desenvolvimento do de pato, peru e Municipais,
aves (patos, perus, Mulheres Rurais agronegócios de aves galinha d’ angola em BNB,
50
Infra-estrutura
pesqueira
Implantação de Agricultor@ Gerar emprego e Implantar 01 fábrica PRONAF Prefeitura
01indústria de Familiar renda a população do de beneficiamento de PESCADORES ,Secretaria de
beneficiamento de Mulheres Rurais território com pescado no território ARTESANAIS Agricultura,Asso
pescado Jovens Rurais agregação de valor no período de dois ciações, ONG’s,
(camarão,peixe sururu Pescadores aos produtos anos Sindicatos,
caranguejo, ostra) Colônia de
Pescadores
Implantação de uma Agricultor@ Abastecer as cidades Implantar uma fábrica PRONAF INFRA- Prefeitura
52
sexualidade para Jovens Rurais sexualidade e sua em escolas, Igrejas Custeio Prefeituras Municipais,
adolescentes e importância, visando Associações e Municipais, Associações,
jovens instrumentar os Sindicatos Associações, Secretarias
jovens para a adoção Secretarias Municipais de
de atitudes Municipais de Saúde Saúde e de
responsáveis e e de Educação Educação,
preventivas. Sindicatos, ONG´s, Sindicatos, ONG´s,
Escolas, Igrejas , Escolas, Igrejas
Ciclos de Debates Agricultor@ Refletir sobre o uso Realizar eventos em Prefeituras Prefeituras
sobre uso de Familiar abusivo de drogas e escolas, Igrejas Municipais, Municipais,
substâncias Mulheres Rurais suas conseqüências, Associações e Associações, Associações,
psicoativas Educadores visando contribuir Sindicatos Secretarias Secretarias
Lideranças para prevenir o seu Municipais de Saúde, Municipais de
consumo. Sindicatos, ONG´s, , Saúde, Sindicatos,
Escolas, Igrejas ONG´s, igrejas,
escolas
Estimular a busca de
patrocínio para
investimento nos
grupos folclóricos
Intercambio Agricultor@ Fomentar o processo Realizar eventos ONG,´s, iniciativa Sindicatos, Grupos
Cultural Familiar de enriquecimento culturais em privada, Prefeituras Folclóricos
Mulheres Rurais cultural, por meio territorial que Municipais, Organizados,
Grupos Folclóricos divulgue as Secretaria de Estado Prefeituras
manifestações da Cultura, UNESCO Municipais
culturais
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS