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Função
O intestino grosso possui uma rica flora bacteriana que auxilia na dissolução de
restos alimentícios que não podem ser digeridos pelo organismo.
INTESTINO GROSSO
O intestino grosso pode ser comparado com uma ferradura, aberta para baixo,
mede cerca de 6,5 centímetros de diâmetro e 1,5 metros de comprimento. Ele se
estende do íleo até o ânus e está fixo à parede posterior do abdômen pelo
mesocolo.
Absorve a água com tanta rapidez que, em cerca de 14 horas, o material
alimentar toma a consistência típica do bolo fecal. O intestino grosso apresenta
algumas diferenças em relação ao intestino delgado: o calíbre, as tênias, os
haustros e os apêndices epiplóicos. É mais calibroso que o intestino delgado, por
isso recebe o nome de intestino grosso. O calibre vai gradativamente afinando
conforme vai chegando no canal anal.
As tênias do cólon (fitas longitudinais) são três faixas de aproximadamente um
centímetro de largura e que percorrem o intestino grosso em toda sua extensão.
São mais evidentes no ceco e no cólon ascendente. Os haustros do cólon
(saculações) são abaulamentos ampulares separados por sulcos transversais. Os
apêndices epiplóicos são pequenos pingentes amarelados constituídos por
tecido conjuntivo rico em gordura. Aparecem principalmente no cólon
sigmóide.
O intestino grosso é dividido em 4 partes principais: ceco (cecum), cólon
(ascendente, transverso, descendente e sigmóide), reto e ânus. A primeira é o
ceco, segmento de maior calibre, que se comunica com o íleo. Para impedir o
refluxo do material proveniente do intestino delgado, existe uma válvula
localizada na junção do íleo com o ceco - válvula ileocecal (ileocólica). No fundo
do ceco, encontramos o Apêndice Vermiforme.
O reto recebe este nome por ser quase retilíneo. Este segmento do intestino
grosso termina ao perfurar o diafragma da pelve (músculos levantadores do
ânus) passando a se chamar de canal anal. Este, apesar de bastante curto (3
centímetros de comprimento), é importante por apresentar algumas formações
essenciais para o funcionamento intestinal, dentre as quais citamos os
esfíncteres anais.
O esfíncter anal interno é o mais profundo, e resulta de um espessamento de
fibras musculares lisas circulares, sendo consequentemente involuntário. O
esfíncter anal externo é constituído por fibras musculares estriadas que se
dispõem circularmente em torno do esfíncter anal interno, sendo este
voluntário. Ambos os esfíncteres devem relaxar antes que a defecação possa
ocorrer.