Você está na página 1de 2

BS “D

‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬ ‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shalom! Parashá Korahh – 3 de Tamuz de 5772 (23/06/2012) Ano-6 N-263
‫ְאת‬
ֵ֖ ‫ל ֹ֔ק ַרח ו‬ְ ‫ָל־ה ָדם֙ אֲ ֶ ֣ר‬
ָֽ ‫ֹתם וְאֶ ת־ ָ ֽ ֵ יהֶ ֑ם וְאֵ ֤ת‬
ָ ֖ ‫ל ֥ע א‬
ַ ‫ב‬
ְ ִ ‫פ ַ ֤ח הָ ֨ ֶרץ֙ אֶ ת־ ִ֔ יהָ ַו‬ ְ ִ ‫ַו‬
‫ְד‬
֖ ‫עלֵיהֶ ם֙ הָ ֔ ֶרץ ַו ֹ ֽאב‬ ֲ ‫כ ֤ס‬
ַ ְ ‫א֑לָה ַו‬ֹ ְ ‫ד הֵ ֣ם ְוכָל־אֲ ֶ ֥ר לָהֶ ֛ם חַ ִ֖ים‬ ֜ ‫כ ׃ ַו ֨ ֵ ְר‬ ֽ ‫ָל־ה ְֽר‬
ָ
‫הֽל׃‬
ָ ָ ַ‫ך ה‬ ְ ֥ ‫מ‬ ִ
“A terra debaixo deles abriu sua boca e engoliu-os, as suas casas, e todos os homens que estavam com Korahh e
toda sua propriedade. Eles, e tudo que possuíam, desceram vivos à sepultura, e a terra os cobriu, e eles se
perderam da congregação.” (Bamidbar 16:32-33)
A Parashá Korahh gira em torno de desafio de Korahh à autoridade e liderança de Moshê e Aharon.
Korahh acaba por conduzir uma rebelião aberta contra eles, que termina com resultados desastrosos e trágicos
para ele, seus seguidores e todos os seus bens, que foram engolidos pela terra (Números 16:32-33). O Judaísmo
ensina que as pessoas são punidas por seus pecados medida por medida. De que forma a punição de Korahh, de
ser engolido pela terra por se rebelar contra Moshê e Aharon, é, então, especificamente apropriada para o seu
erro? Rabeinu Behhayê explica que Korahh cometeu um erro ao tentar subir para uma posição elevada para a qual
ele era impróprio. Portanto, ele foi punido por ser engolido pelo chão e enviado para o menor nível do Gehinnam
(Números 16:33). O rabino Wolf Strickover ensina que Korahh desafiou Moshê e Aharon (Números 16:3), “Por
que vocês exaltam-se sobre a congregação de D-us”, acusando-os de arrogância. Na realidade, a Torah
testemunha (Números 12:3) que Moshê era o homem mais humilde na Terra e se via como não maior do que o
próprio terreno. A fim de puni-lo, Korahh teria que ser reduzido abaixo de Moshê. Uma vez que Moshê se
considerava igual ao chão, a única escolha foi a terra tragá-lo. Alternativamente, a Mishnah (Pirkei Abot 3:2)
ensina que, sem um líder para criar e fazer cumprir as leis, as pessoas se consumiriam e devorariam umas as
outras. Desde que Korahh argumentou que a nação inteira era santa e não precisaria de um líder, ele foi punido
por ser engolido [pelo chão], uma dica para a conseqüência natural de sua proposta. (Adaptado do artigo “Symbolism of the
Swallowing Ground” do Rabbi Ozer Alport – www.aish.com) Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Korahh (Livro Bamidbar – Números) 16:1–18:32
A Parashá Korahh inicia-se com a rebelião de Korahh contra Moshê e Aharon, alegando que eles
usurparam o poder do restante do Povo Judeu. Após tentar convencer os rebeldes a uma retirada, Moshê diz aos
dissidentes e a Aharon que cada um deve oferecer um incenso a D-us. A oferenda do verdadeiro líder seria aceita,
enquanto que os outros teriam uma morte não-natural. A pedido de Moshê, D-us faz com que a terra se abra e
engula Korahh, enquanto os outros 250 são consumidos por um fogo enviado por D-us. O povo reclama sobre a
morte em massa e D-us ameaça destruí-los também, e irrompe uma peste. Moshê e Aharon intervêm, oferecendo
incenso para impedir a extinção do resto do povo. Deste modo, e com o miraculoso brotar do cajado de Aharon
dentre os das demais tribos, Moshê e Aharon provam serem os verdadeiros escolhidos por D-us. O papel de
Aharon como Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) é reiterado, e a Torah descreve os direitos a serem concedidos aos
Cohanim como recompensa pelo serviço no Mishcán (Tabernáculo), incluindo o de comer determinadas porções
dos Corbanot (sacrifícios). Os Levitas devem também ser sustentados pelo seu serviço, recebendo Ma'asser
(dízimo) de todas as colheitas produzidas pelo Povo Judeu na Terra de Israel. (Adaptado do site Chabad.org.br)
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
Evitando-se Mahhloket
A trágica história da revolta de Korahh serve como lição sobre as causas e os perigos da discórdia –
Mahhloket – e de como até mesmo grandes indivíduos podem ter suas vidas arruinadas e destruídas por se
envolverem em polêmicas e discórdias. Korahh tinha tudo que uma pessoa poderia ter desejado. Ele era um
distinto membro da tribo de Levi, e pertencia à família de Kehat, que tinha o privilégio de levar o Aron (Arca) e
outros artigos sagrados do Tabernáculo. No entanto, ele estava insatisfeito. Os Sábios explicam que Korahh
sentiu-se menosprezado quando seu primo mais novo, Elitsafan, foi escolhido como líder da tribo de Levi... Muito
freqüentemente, um Mahhloket começa com algo pequeno e insignificante e, em seguida, como uma “bola de
neve”, vira uma grande controvérsia. Outro exemplo clássico de desenvolvimento de Mahhloket é a história de

Gratuito! Contém termos de Torah, trate com respeito! Não transporte em Shabat e Yom Tob! Visite o site www.lekachtob.xpg.com.br!
BS “D
Yerob'am, primeiro monarca do Reino do Norte de Israel. Yerob'am foi um dos sábios mais importantes de seu
tempo, e D-us Próprio selecionou Yerob'am para se tornar rei. Mas Yerob'am percebeu que, quando o Povo Judeu
se reunisse para celebrar “Hakhel”, o encontro septenal em Jerusalém, ele ficaria subordinado ao rei de Yehudah,
que liderava esta cerimônia. Esta ameaça à sua honra levou Yerob'am a fazer o impensável: ele ergueu dois
bezerros de ouro em seu reino, e designou guardas para assegurar que as pessoas de seu reino visitassem esses
novos templos, em vez de fazer a peregrinação a Jerusalém. Yerob'am é, portanto, conhecido como um dos
maiores pecadores no Tanach, e ele perdeu a sua parte no mundo vindouro. Tal é o poder destrutivo de
Mahhloket: as preocupações mais mesquinhas e as queixas mais insignificantes podem levar até mesmo homens
de grande estatura à ruína. Como podemos evitar essa armadilha? O Hhafets Hhaim (Rabino Yisrael Meir Kagan,
Lituânia, 1839-1933) ofereceu uma série de sugestões para ajudar a evitar os perigos de Mahhloket. Em primeiro
lugar, muitas contendas resultam da falta de comunicação entre as partes. Portanto, todos os acordos e negócios
devem ser feitos de maneira muito clara e detalhada, de modo a evitar potenciais equívocos. Em segundo lugar, o
Hhafets Hhaim aconselha que uma pessoa deve estar disposta a pagar um preço para evitar Mahhloket...
Curiosamente, as pessoas se dispõem a pagar somas consideráveis de dinheiro para todos os tipos de Mitsvot, mas
não para evitar a contenda e o litígio. É freqüente que as pessoas se esforcem para comprar Lulabim e Etroguim
caros para cumprir a Mitsvá de Lulab em Sucot com o mais alto padrão. No entanto, quando se trata da Mitsvá de
Shalom, as pessoas raramente se dispõem a despender ou a renunciar a alguma quantia de dinheiro. Manter
relações pacíficas com os amigos e vizinhos não é uma causa mais do que útil para gastar o dinheiro?! A
mensagem desta Parashá é que empreender e prosseguir em uma disputa não vale nem um pouco a pena. Somos
bem aconselhados a fazermos os sacrifícios necessários para evitarmos Mahhloket, que tem o potencial de custar
sacrifícios muito maiores, e até mesmo – como nos casos de Korahh e Yerob'am – a completa ruína. (Baseado no “Daily
Halacha” do Rabbi Eli Mansour.) Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
A Campanha de Korahh para Obter Seguidores
Korahh sabia que não teria esperança de obter êxito se soubessem que seu objetivo era obter uma posição
para si. Assim sendo, decidiu formar um partido contra Moshê, com intenções altruísticas. Proclamou que cada
judeu deveria ter igual oportunidade de servir no Santuário. Korahh começou a agitar o povo, chamando sua
atenção ao fato de que a maioria dos cargos no Santuário eram ocupados pela própria família de Moshê, bem
como outras posições na comunidade. Korahh disse a seus próprios parentes: “Por que Moshê tornou-os apenas
levyim, e não cohanim? Ele os indicou meramente como assistentes de seu irmão Aharon e seus filhos!” Aos
primogênitos de cada tribo disse: “Com que direito Moshê declarou-os inaptos para o serviço Divino, e substituiu-
os pelos levyim?” Aos vizinhos, membros da tribo de Reuben, dirigiu-se desta forma: “Reuben é o primogênito
dos filhos de Yaakob. Vejam como o filho de Amram (Moshê) os menosprezou e desrespeitou quando o altar foi
inaugurado. Não deixou seu líder oferecer seu sacrifício primeiro; no entanto, escolheu o líder de Yehudah,
Nahhshon ben ‘Aminadab, para oferecer os sacrifícios no primeiro dia da inauguração. Sabem por quê? Porque
seu irmão Aharon casou-se com a irmã de Nahhshon, Elisheva. Por isso, Moshê indicou Nahhshon como o cabeça
dos estandartes e convocou-o a oferecer os sacrifícios primeiro”. (Korahh também invejava a posição de
Nahhshon. Na verdade, Nahhshon fora escolhido porque Yehudah foi escolhido Divinamente como a tribo líder.)
Korahh prosseguiu: “Filhos de Reuben, por que toleram que Moshê dê a kehuná para Aharon? Até agora, os
primogênitos costumavam oferecer os sacrifícios...”. “Moshê agiu de acordo com os comandos de D-us”, foi a
réplica às instigações de Korahh. “Impossível!” – declarou Korahh – “Moshê decidiu ele mesmo como distribuir
as posições de destaque. O que os faz pensar que apenas Aharon merece a posição de Sumo-sacerdote? Todos
vocês são grandes o suficiente para serem cohanim, pois não nos disse D-us: ‘E vocês serão para Mim um reino
de cohanim e um povo santo’ (Shemot 19:6)? Agora, se responderem que os primogênitos perderam o privilégio
de servir no Santuário depois do pecado do bezerro de ouro, então Aharon também não poderia tornar-se um
cohen, pois ele também participou do pecado. Deve haver direitos iguais para todos os que são merecedores de
altas posições. Incidentalmente, eu mesmo seria melhor qualificado para a kehuná que Aharon, pois sou
primogênito e não pequei no incidente do bezerro de ouro.” A fim de aliciar seguidores, Korahh convidou o
público a um luxuoso banquete, no qual foi servido vinho em abundância. (chabad.org)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)

Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah e Renee bat Sarita.
Em memória e elevação das almas de Chalon Cagy Ben Mary, Mair Menache Nigri Ben Gulson, Moshe Iossef Hadid, Alberto Behor Balassiano
Ben Pauline, Rachel Balassiano Bat Miriam, Mussa Khalili Boukai Ben Raina, Rose Divan, Marcos José Simantob Ben Habibe e Ezra Cattan Ben
Sara.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

Você também pode gostar