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shofar (do hebraico ‫[)שופר‬1][2] ou, em sua forma aportuguesada, xofar[3] é considerado um dos

instrumentos de sopro mais antigos. Somente a flauta do pastor – chamada ugav, na Bíblia –
tem registro da mesma época, mas não tem função em serviços religiosos nos dias de hoje.

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Um shofar no estilo Iemenita


O shofar não produz sons delicados, como o clarim moderno, a trombeta ou outro instrumento
de sopro e, para os judeus, não é apenas um instrumento "musical", mas sim um instrumento
tradicionalmente sagrado.

Na tradição judaica, lembra o carneiro sacrificado por Avraham (Abraão) no lugar de Yitschac
(Isaac) através da história da Akedá , lida no segundo dia de Rosh Hashaná.

Ocasiões em que era tocado Editar

Homem tocando o Shofar


Nos tempos antigos, o shofar era usado em ocasiões solenes. A palavra shofar é mencionada
pela primeira vez em conexão à Revelação Divina no Monte Sinai, quando "a voz do shofar era
por demais forte e todo o povo do acampamento tremeu". Assim, o shofar em Rosh Hashaná
(ano novo judaico) tem o dever de lembrar aos judeus suas obrigações para com seu serviços
religiosos.

O shofar também era tocado durante as batalhas contra inimigos perigosos. Portanto, o shofar
de Rosh Hashaná serve como um grito de guerra contra o inimigo interior, impulsos maus e
paixões.

O shofar no Midrash Editar


O shofar é feito de um chifre de animal casher (considerado limpo). Qualquer chifre pode ser
usado para o shofar, exceto vaca ou touro, pois estes chifres são chamados em hebraico de
"keren" e não shofar, e também porque seu chifre poderia remeter ao Bezerro de Ouro que os
filhos de Israel fizeram no deserto, ao deixarem o Egito.

Geralmente, e de preferência, o shofar é feito de um chifre de carneiro, em memória do


carneiro que foi oferecido em lugar de Yitzhak (Isaac), que permitiu-se ser atado e colocado
sobre o altar como um sacrifício a Deus.

O shofar é tocado em Rosh Hashaná após a leitura da Torá, antes e durante a oração de
mussaf. Embora uma mitzvá não deva ser adiada, havia uma boa razão para adiar o toque do
shofar para depois da leitura da Torá. Isso aconteceu numa comunidade judaica cercada por
inimigos, em que o shofar foi tocado de manhã bem cedo. Os inimigos pensaram que os judeus
estivessem convocando para uma rebelião contra eles, então os cercaram e os mataram. A
partir daí decidiu-se por tocar o shofar após a leitura da Torá, pois quando os inimigos viam que
os judeus já haviam feito parte de suas preces pacificamente, percebiam que era uma reunião
pacífica para a oração, e não uma rebelião contra eles.

Rashi explica que houve um tempo quando os judeus foram proibidos de tocar o shofar.
Guardas eram postados para vigiá-los até que o serviço da prece de Shacharit estivesse
concluído. Os judeus por isso tocavam o shofar mais tarde, durante o serviço Mussaf, e assim
permaneceu esta regra, de tocar o shofar após o serviço de Shacharit. Existe ainda outra
razão: naquela época, os judeus já eram coroados com os mitsvot, os preceitos entre os quais
tzitzit, Shemá ("ouve, Israel"), e a leitura da Torá. Então vem o shofar e lhes traz o perdão.

As bênçãos que antecedem o toque Editar


O toque do shofar em Rosh Hashaná é um mandamento da Torá. É um preceito como todos os
outros da fé judaica e, portanto, deve ser feita uma bênção especial antes de cumpri-lo.

O propósito da bênção é agradecer a Elohim por nos ter santificado com Seus mandamentos e
nos ter dado a oportunidade de cumprir a Sua vontade. Esta bênção, em geral, é um preparo
para que nossos atos não sejam realizados apenas pela força do hábito e, sim,
conscientemente, sabendo seu significado e perante Quem devemos agir. A bênção antes do
toque do shofar tem a mesma finalidade.
Esta é a bênção: "Bendito és Tu, Eterno, nosso Elohim, Rei do Universo, que nos santificou
com Seus mandamentos e nos ordenou ouvir a voz do shofar." A bênção começa na segunda
pessoa – como se se estivesse diretamente perante o HaShem – mas termina na terceira
pessoa – pois Elohim é Onipresente e Invisível, Santo e além da compreensão. Todas as
bênçãos apresentam esta mesma estrutura.

Em hebraico, a palavra ‫"( לְהַ אֲ זִין‬ouvir" ou "escutar"), da mesma raiz de Shemá, possui vários
significados, entre eles, escutar ou ouvir com os nossos próprios ouvidos, além de entender e
obedecer.

Deste modo, quando aquele que toca o shofar faz a bênção por todos, espera-se que não só o
som do shofar seja ouvido, como também compreendido e obedecida sua mensagem.

Os toques e seus significados Editar


O Shofar emite três sons característicos: Tekiá – um som contínuo, como um longo suspiro;
Shevarim – três sons interrompidos, como soluços; Teruá – nove (ou mais) sons curtíssimos
como suspiros entrecortados em prantos.

Estes sons do shofar evocam e expressam sentimentos de profundo pesar pelas más ações
que se comete no passado. É também uma conclamação às armas, como um tambor de
guerra. O shofar convoca a lutar contra tudo que impeça a pratica do judaísmo em sua
plenitude: paixões, preguiça e negligência; contra a influência de maus amigos, etc., afirmando
que todos os preceitos são dignos para que se lute por eles. E mesmo se no passado não se
os tenha observado cuidadosamente, o shofar diz que nunca é demasiado tarde para começar
e que Deus sempre perdoa o passado quando se toma boas decisões para o futuro.

Esta é a mensagem final do shofar, aquela do perdão Divino. Por isso, o último som do shofar é
um toque longo, a Tekiá Guedolá (grande toque). Este som não representa soluço, nem suspiro
ou lamento, mas um grito de triunfo e alegria; pois estamos confiantes de que Deus aceitou o
nosso arrependimento.

Pode-se notar esta expressão de alegria na melodia dos versos recitados logo após os toques.
Enquanto os versos recitados antes são solenes, os que os seguem falam da alegria, que brota
após um arrependimento sincero. Este é o real significado de ouvir, compreender e obedecer a
voz do shofar.

Esta é a ordem dos toques do shofar:

Tekiá – Shevarim – Teruá – Tekiá


Tekiá – Shevarim – Tekiá
Tekiá – Teruá – Tekiá
O som de cada grupo é repetido três vezes, totalizando trinta toques. No total, durante o
serviço matinal de Rosh Hashaná, o Shofar é tocado cem vezes (cada um dos sons acima
mencionados é tocado três vezes e isto é repetido três vezes durante o serviço, somando
noventa toques; no final, toca-se mais uma vez o grupo de dez, perfazendo os cem toques).

Os sons quebrados de Shevarim e Teruá lembram estes suspiros e gemidos abafados que
penetram no coração, e servem para despertar a pessoa ao arrependimento e ao retorno. A
Tekiá Guedolá – o último toque longo do shofar – soa como uma nota mais alegre e lembra o
grande dia, quando o grande shofar será tocado para reunir do exílio todo o povo de Israel,
com a chegada do Mashiachtoque do Shofar e seus simbolismos
Ocupados com nosso cotidiano, tendemos a ficar indiferentes aos verdadeiros objetivos de
nossa vida, como que imersos em sono profundo. Eis que, repentinamente, um som penetrante
se eleva da terra e reverbera, em sua magnitude, pelos céus. É o chamado do shofar, um dos
instrumentos mais capazes de nos despertar, motivar ao arrependimento e fazer lembrar que
nunca é tarde para recomeçar.

Ocupados com nosso cotidiano, tendemos a ficar indiferentes aos verdadeiros objetivos de
nossa vida, como que imersos em sono profundo. Eis que, repentinamente, um som penetrante
se eleva da terra e reverbera, em sua magnitude, pelos céus. É o chamado do shofar, um dos
instrumentos mais capazes de nos despertar, motivar ao arrependimento e fazer lembrar que
nunca é tarde para recomeçar.

O som do shofar é uma prece sem palavras cuja eloqüência expressão alguma seria capaz de
transmitir, trazendo consigo uma mensagem de redenção e arrependimento para todo o Povo
de Israel.

Talvez seja esta a razão de um dos momentos mais emocionantes da celebração das Grandes
Festas ser o toque do shofar. É este som que, com seu clamor, desperta nossas almas para
um compromisso renovado e mais profundo com nossos atos e missão de vida. É como um
alerta a nos lembrar que estes são os dias do Julgamento Celestial e que é preciso nos
conscientizarmos da presença do Criador.

Segundo Maimônides, o som do shofar parece dizer: "Acordai de vosso sono e ponderai sobre
os vossos feitos; lembrai-vos do Criador e voltai a Ele em penitência. Não sejais daqueles que
perdem a realidade de vista ao perseguir sombras ou esbanjam anos buscando coisas vãs que
não lhes trarão proveito. Olhai bem para dentro de vossas almas e considerai vossos atos;
abandonai os caminhos errados e os maus pensamentos e voltai a D'us, para que Ele tenha
misericórdia convosco!"

Um instrumento milenar

O shofar é um dos mais antigos instrumentos de sopro utilizados pelo homem. Ao longo da
história da humanidade, inventaram-se outros, mais novos, e os antigos foram sendo
abandonados.

Entretanto, o shofar que hoje utilizamos é feito da mesma maneira que há milhares de anos. Na
Torá, é mencionado pela primeira vez na passagem da Revelação Divina, no Monte Sinai,
quando, no terceiro dia depois de Moisés ter descido: "houve uma nuvem pesada sobre o
monte, e o som do shofar por demais forte, ... fez estremecer todo o povo do acampamento". E
continua o relato bíblico, mais à frente:... "o som do shofar foi caminhando e aumentando
muito; e Moisés falava e D'us lhe respondia através do som".

Foi também ao som do shofar que caíram as muralhas de Jericó, a primeira cidade conquistada
pelos Filhos de Israel depois de 40 anos no deserto. Na Antiga Israel, costumava-se tocar o
shofar em várias ocasiões. Era usado para proclamar notícias alegres de paz, assim como para
alertar sobre perigos iminentes ou conclamar à guerra. Durante as batalhas, o som da Teruá
vinha forte a simbolizar o triunfo.

Num primeiro momento, os soldados de Israel tocavam este som de forma quebrada para
intimidar o inimigo e, em seguida, tocavam-no com força, anunciando a vitória.

Tocavam-no, também, quando se ofereciam sacrifícios no Templo Sagrado; assim como para
anunciar o início do mês, Rosh Chodesh; os dias de jejum e festas; as ocasiões solenes, como
a aproximação da Arca Sagrada; o advento do Ano Sabático e do Jubileu; na coroação de
Profetas e Reis, desempenhando destacada função tanto em assuntos públicos quanto
religiosos.

De acordo com o Midrash, o shofar precisa ser curvo, indicando que devemos curvar nossos
corações perante D'us. E, como sua finalidade é inspirar-nos humildade e sentimentos de
arrependimento, é fácil entender porque não é ricamente ornado, como outros objetos de culto.
Permitem-se apenas alguns entalhes no próprio material, não podendo haver qualquer pintura
em sua haste. Se porventura, houver algum ornamento, deve ficar apenas do lado externo,
sem perfurar as paredes. Isto indica a importância da simplicidade e humildade. Assim como o
shofar se torna inadequado se qualquer adorno de ouro ou prata perfurar o osso que o
compõe, também o ser humano deve manter intacto o seu interior e não deixar que algo
material se aposse de sua mente e de sua alma.

Pode ser confeccionado com o chifre de qualquer animal casher, à exceção dos animais
bovinos. A razão nos remete ao pecado do bezerro de ouro cometido no deserto pelos Filhos
de Israel, pois, ao implorar pela Misericórdia Divina, não havemos de querer que D'us se
recorde de tão desastroso evento. Por isso, dá-se preferência ao chifre de um carneiro, que
nos remete à Akeidá, quando foi sacrificado um carneiro em lugar de nosso patriarca, Itzhak.

Na porção da Torá que se lê no segundo dia de Rosh Hashaná, sobre esse sacrifício, no
momento em que parecia certa a sua morte, um anjo de D'us chama, dos Céus, dizendo a
Abrahão: "Não estendas tua mão contra o rapaz, pois agora sei que és um homem temente a
D'us".

Então, ao erguer seus olhos, Abrahão vê um carneiro preso pelos chifres, num galho próximo.
Toma-o e, em seguida, oferece-o como sacrifício em lugar de seu filho". O Talmud nos ensina
que D'us considera como se Itzhak tivesse sido sacrificado, pois, aos olhos do Eterno, a
intenção sincera e honesta equivale a uma ação.

Em Rosh Hashaná, quando cada um de nós está sendo julgado por D'us, tocamos o shofar
para invocar os méritos de Itzhak, como fonte de bênção e proteção para nós, seus
descendentes. Pois o Eterno nos disse: "Façam soar para Mim um shofar feito de chifre de
carneiro e Eu me lembrarei do sacrifício de Itzhak, em seu favor, e pensarei em vocês como se
também estivessem prontos a oferecer suas vidas a Mim".

O ato de ouvir o shofar e de rogar pela Misericórdia Divina sempre estiveram intrinsecamente
enraizados na alma judaica. Mesmo em épocas de perseguições, os judeus buscavam formas
de ouvir os toques sagrados. Na época da Inquisição Espanhola, por exemplo, os conversos
costumavam procurar os campos, colinas e cavernas para tocar o shofar, apesar de saber que
se fossem apanhados nesse ato seriam queimados vivos. Mesmo em certos países árabes
houve épocas em que os governantes proibiam aos judeus tocar o shofar pois isso os
assustava, fazendo-os pensar que era o anúncio da chegada do Mashiach, que soprava o
shofar da Redenção.

Os diferentes sons do shofar

Tocar o shofar não é tão simples quanto tocar uma trombeta ou outro instrumento de sopro. O
homem encarregado de tocá-lo, o Baal Tokêa, precisa comprimir os lábios de uma tal maneira
que é difícil até para os mais experientes. É comum fazerem-se várias tentativas antes de
conseguir o som correto. Antes de tocar, o Baal Tokêa recita as bênçãos em nome de todos os
presentes. É importante que a congregação escute o som do próprio shofar e não o seu eco,
pois se apenas ouvir o eco, não terá cumprido a mitsvá do shofar. Este som não deve apenas
ser ouvido, mas também compreendida e cumprida a sua mensagem. Por esta razão, ao seu
toque devemos permanecer em silêncio, compenetrados.

Sobre o poder do toque do shofar, ensina o Baal Shem Tov: "No palácio real há muitos
cômodos, cada um com uma chave própria. Há uma chave, no entanto, um único instrumento,
que abre todas as portas - é o machado. O shofar é um machado. Quando uma pessoa,
arrebatada pela paixão, desmonta seu coração diante do Todo Poderoso, ela consegue pôr
abaixo qualquer dos portões do palácio do Rei dos Reis, Melech ha-Melachim, o Santo, Bendito
é Ele".

Três sons característicos compõem os toques do shofar: Tekiyá, Shevarim e Teruá. O primeiro,
Tekiyá, é um som contínuo, como um longo suspiro, e simboliza o amor do Eterno por Israel.
Anuncia também a coroação de D'us como Rei do Universo. Em Rosh Hashaná celebra-se a
criação de Adão, que imediatamente proclamou D'us como o Rei do Universo e, a cada novo
ano, o som do shofar proclama que Ele é nosso Rei. O segundo tipo de toques, chamados de
Shevarim, são três sons interrompidos, como soluços.

A Cabalá ensina que são como lamentos, o grito soluçante de um coração judeu desejoso de
se conectar a D'us. Por último ouvimos o som da Teruá, composto por nove ou mais sons
curtíssimos, como suspiros entrecortados em meio ao pranto, a nos despertar de nosso sono
espiritual. Ensinam nossos sábios que assim como o som da Teruá abre o coração do pecador,
também apazigua a ira Divina.

Os sons entrecortados do shofar - Shevarim e Teruá - lembram suspiros e gemidos abafados


que penetram no coração e servem para despertar a pessoa para o arrependimento e o
retorno. Além de evocar e expressar sentimentos de profundo pesar pelas más ações que
cometemos no passado, seus toques são uma conclamação às armas, como um tambor de
guerra que confunde nosso inimigo interno e nos estimula a não desistir de nossa batalha
espiritual.

Segundo Rashi, ao tocar o shofar, o povo judeu consegue apaziguar D'us, pois quando o
Eterno ouve o som da Teruá e vê nosso arrependimento, Ele Se enche de compaixão por Seus
filhos, levantando-Se do Trono da Justiça para Se sentar no da Misericórdia. Como a
mensagem final é a do perdão Divino, o último som, a Tekiyá Guedolá, o grande toque, é bem
longo. Este som não representa soluço, suspiro ou lamento, mas um grito de triunfo e alegria;
pois estamos confiantes de que D'us tenha aceito o nosso arrependimento. Pode-se notar esta
mesma expressão de alegria na melodia dos versos recitados logo após os toques. Enquanto
os anteriores são solenes, os que os seguem falam da alegria e do alívio que brotam após um
arrependimento sincero. A Tekiyá Guedolá lembra o grande dia, quando o Grande Shofar será
tocado para reunir do exílio todo o povo de Israel, com a chegada do Mashiach.

Quando se toca o shofar - seja durante o mês de Elul, em Rosh Hashaná ou em Yom Kipur, o
número de toques ou o tipo de combinações de sons usados depende de interpretações e
considerações sobre a Halachá, a Lei Judaica, e os costumes de cada comunidade. Várias
comunidades, por exemplo, têm o costume de tocá-lo todo dia de manhã, após as orações
matinais, durante o mês de Elul.

Nos dois dias de Rosh Hashaná, na maioria das comunidades, o shofar é tocado em grupos de
três toques, repetindo-se cada grupo três vezes, totalizando trinta toques. A ordem é a
seguinte: o primeiro grupo é composto por Tekiyá - Shevarim - Teruá - Tekiyá; a seguir,Tekiyá -
Shevarim - Tekiyá ; e, finalmente, Tekiyá - Teruá - Tekiyá. Somando-os, são noventa toques; e,
no final, toca-se mais uma vez o grupo de dez, perfazendo cem toques.

Nas congregações judaicas de origem síria costuma-se acrescentar ainda mais um toque de
Tekiyá, antes da prece de Aleinu Leshabê'a, ao término do serviço de Rosh Hashaná. Com
isto, chega-se ao total de cento e um toques, equivalendo ao valor numérico do nome de
Michael, o Arcanjo de Israel, conhecido como Sar Israel, Príncipe de Israel. Assim, na hora em
que rogamos para ser inclusos no Livro da Vida, oferecemos mais um toque de shofar para
pedir ao Arcanjo Michael que venha em nossa defesa perante a Corte Celestial.

Nas Grandes Festas

Em Rosh Hashaná, o papel do shofar é tão fundamental que a festa é também chamada de
Yom Teruá, o Dia do Toque. Pois é o seu chamado, o simples toque de uma trombeta, o que
anuncia que "o Povo Eleito por D'us está coroando-O como seu Rei, anunciando a todos os
seres vivos que... O Eterno, D'us de Israel, é Rei Majestoso e Seu Reino a tudo domina".

Um dos mandamentos do dia, como vimos acima, é ouvir o som do shofar, cem vezes em cada
um dos dois dias do Chag. Somente quando o primeiro dia cai em Shabat, não poderá ser
tocado. O segundo dia nunca cai no Shabat.

Antes dos toques, recita-se sete vezes o Salmo 47. Segundo nossos sábios, este salmo não se
refere somente ao Grande Shofar que será tocado pelo Mashiach, mas também ao tocado em
cada Rosh Hashaná e que simboliza a redenção dos pecados da alma de cada ser humano.
No texto do salmo, dois conceitos estão entrelaçados: o poder do shofar de inspirar os homens
e o de despertar a Misericórdia Divina.

Aparece também no texto, por sete vezes, a palavra Elo-kim, que se refere à manifestação de
D'us como o Dispensário da Justiça Severa.

Portanto, antes de tocar o shofar pronunciamos quarenta e nove vezes o nome de D'us em Seu
atributo de Justiça. Explicam os sábios que assim como há quarenta e nove níveis de impureza
espiritual antes do nível mais baixo - a partir do qual nenhuma redenção é possível - há
também quarenta e nove níveis ascendentes de santidade que podem ser alcançados pelo
homem. E o Salmo 47 tem o poder de transformar os quarenta e nove níveis de impureza
espiritual em quarenta e nove níveis de santidade - isto porque quando Israel almeja a
purificação e o aperfeiçoamento, de forma tão intensa, a Justiça Divina se transforma em
Misericórdia.

Em Yom Kipur, no final do serviço, antes do 'Titkabel' da oração do Kadish, toca-se novamente
o shofar. Pelo costume asquenazita, ouve-se uma longa Tekiyá, enquanto que entre os
sefaraditas toca-se dez vezes a Tekyiá, seguida por uma Teruá final. Se o serviço da Neilá e os
versos que a seguem forem concluídos antes do aparecimento das estrelas, a congregação
deve aguardar seu surgimento para fazer soar o último shofar. E depois de ouvi-lo, algumas
comunidades dizem: "Leshaná haba'á bi'Yerushalayim!", o próximo ano em Jerusalém!

Há diversas explicações para o toque do shofar no Dia do Perdão. Uma delas é que na Antiga
Israel se tocava o shofar no Yom Kipur do ano de "Yovel", o Ano do Jubileu, para anunciar que
a partir daquele momento todos os escravos seriam libertados e as dívidas, canceladas.

Portanto, em cada Dia do Perdão tocamos o shofar, símbolo de nossa esperança de que logo
chegue o dia em que o Grande Shofar anuncie a vinda do Mashiach e, com ela, a nossa
verdadeira liberdade.

Bibliografia:

O Livro dos Salmos Comentado, Editora Mayanot


Rabi Kitov, Eliyahu, "The Book of Our Heritage, 1st volume, Feldheim Publishers

Werblowsky , R. J. Zwi e Wigoder, G. "The Oxford Dictionary of the Jewish Religion" - Oxford
University Press

www.chabad.org.br

Rabi Saadyá Gaon: dez razões simbólicas para o toque do shofar

1) Rosh Hashaná marca o início da Criação e, por conseguinte, o do reinado de D`us sobre o
mundo. Quando um novo rei sobe ao trono, soam as trombetas. Anualmente saúda-se essa
efeméride com os mesmos sons jubilosos e solenes. Da mesma forma, reafirmamos o poder
Divino e Seu Reinado sobre todos os homens, ano após ano, com o toque do shofar.

2) Os Dez Dias de Teshuvá (Penitência) se iniciam em Rosh Hashaná. Este anúncio é feito
pelo shofar, da mesma forma como quando qualquer decreto é proclamado. Seus sons nos
advertem: "Aperfeiçoa-te!"

3) O som do shofar remete-nos à Revelação, nas encostas do Monte Sinai, quando seu
estrondo encheu os ares, com respeito e temor. Ouvir estes sons novamente, em Rosh
Hashaná, leva-nos a reafirmar o compromisso de nossos antepassados: nossa vida será
dedicada à Torá e a Seus ensinamentos.

4) As palavras de advertência de nossos Profetas vinham fortes, como os toques do shofar.


Ainda hoje, ecoam em nossos ouvidos, fazendo-nos despertar da letargia para uma vida
melhor.

5) Como recordação das trombetas inimigas ao atacar Jerusalém e destruir o Templo Sagrado.
Ao ouvir os sons do shofar, rogamos pela pronta reconstrução do Bet Hamicdash e pelo perdão
de nossos pecados.

6) Para nos lembrar do compromisso de Itzhak, que acatou a ordem Divina e aceitou ser
oferecido em sacrifício, sendo, no último instante, substituído por um carneiro. Em Rosh
Hashaná, tocamos o shofar porque oferecemos nossa vida pela santificação de Seu Nome
Sagrado.

7) "Poderá o shofar soar na cidade sem que o povo trema de medo?", perguntou o profeta
Amós. Com efeito, seu som solene nos estremece pelo temor do julgamento Divino.
Humilhemo-nos, pois, diante do Criador, aos sons de Teshuvá.

8) Para nos remeter ao Dia do Julgamento Final, pois... "próximo está o dia do julgamento de
D'us; muito próximo e brevemente ouviremos o troar do shofar e de nosso júbilo..."
9) O toque do shofar reafirma nossa fé na reunião de todos os dispersos de nosso povo,
fazendo despertar anseio por esse dia grandioso. Como disse Isaías,... "E será naquele dia, e
soará o Grande Shofar, e voltarão aqueles que pereceram na Terra de Ashur, e aqueles que
foram dispersos na terra do Egito...".

10) Reafirmaremos, ao majestoso toque do shofar, nossa fé na chegada, em breve, do


Mashiach - orando para que não tarde. Poderemos, então, reunir todos os desgarrados de
nosso povo, mundo afora. E, juntos, testemunharemos a Ressurreição dos Mortos, que se
levantarão de seu sono "... quando o Grande Shofar do Mashiach for ouvido".O Shofar é
mencionado 72 vezes na Bíblia, em vários contextos e funções.

Na Revelação do Sinai, o fortíssimo som de um Shofar, que impactou o povo, foi ouvido entre
estrondos e raios. Eis a descrição no Livro do Êxodo (19, 16-19):

16…“Ao amanhecer do terceiro dia houve trovões e raios, uma densa nuvem cobriu o monte, e
uma trombeta ressoou fortemente. Todos no acampamento tremeram de medo. ”

17…“Moisés levou o povo para fora do acampamento, para encontrar-se com Deus, e eles
ficaram ao pé do monte.”

18…“O monte Sinai estava coberto de fumaça, pois o Senhor tinha descido sobre ele em
chamas de fogo. Dele subia fumaça como que de uma fornalha; todo o monte tremia
violentamente.”

19…“E o som da trombeta era cada vez mais forte. Então Moisés falou, e a voz de Deus lhe
respondeu.”

O papel do Shofar na descrição do recebimento da Torá no Monte Sinai é a mais forte


expressão da natureza mágica, supranatural e encantadora do Shofar, que teve um grande
impacto no imaginário popular através dos tempos.

Na descrição das conquistas de Josué e do povo de Israel, os muros de Jericó caíram após o
toque dos Shofars. Assim está escrito no Livro de Josué (6, 1-20) sobre a conquista de Jericó e
a queda de suas muralhas:

“1 Jericó estava completamente fechada por causa dos israelitas. Ninguém saía nem entrava.
2 Então o SENHOR disse a Josué: “Saiba que entreguei nas suas mãos Jericó, seu rei e seus
homens de guerra. 3 Marche uma vez ao redor da cidade, com todos os homens armados.
Faça isso durante seis dias. 4 Sete sacerdotes levarão cada um uma trombeta de chifre de
carneiro * à frente da arca. No sétimo dia, marchem todos sete vezes ao redor da cidade, e os
sacerdotes toquem as trombetas. 5 Quando as trombetas soarem um longo toque, todo o povo
dará um forte grito; o muro da cidade cairá. ”

Em várias passagens da Bíblia, o Shofar é concebido como um instrumento usado pelo próprio
Deus:

“Então o Senhor aparecerá sobre eles, Sua flecha brilhará como o relâmpago. O Soberano, o
Senhor, tocará a trombeta…” (Zechariah 9:14).

O sinal é dado com o Shofar, é o símbolo de Deus, é a voz de Deus.

O Shofar é mencionado na Bíblia também em outros eventos e imagens ligados a poder, terror
e medo.

O Shofar era usado usualmente para os seguintes própositos militares::

Sinalizar e alertar: Eúde e Neemias usam-no para reunir seus homens (Juízes 3:27; Neemias
4:12-14).
Armamento para amedrontar o inimigo (Juízes 7:22)
Anunciar a vitória (1Samuel 13:3)
Anunciar rebelião (2Samuel 20:1)
Cessar a batalha (2Samuel 20:22)
Sinal de alerta da aproximação do inimigo (Jeremias 4:21; Oseias 5:8; e outros)
O profeta é comparado a um sentinela tocando o Shofar para alertar o povo (Ezequiel 33:1-6).

Os Shofars do sentinela e do exército são unidos na descrição do Dia do Senhor (Sofonias


1:16).

Também está escrito: “E naquele dia soará uma grande trombeta” (Isaías 27:13).

Era costume tocar o Shofar em coroações, como na história de Absalão (2 Samuel 15:10) e de
Jeú (2 Reis 9:13), bem como na coroação de Deus sobre todo o universo (Salmo 47:6; 68:6).

O Shofar é mencionado nas ocasiões de festivais e culto, como no momento da vinda da Arca
da Aliança (2 Samuel 6:15) e do arrependimento de Asa e do povo (2 Crônicas 15:14).

Tekiah e Teruah
O shofar é mencionado frequentemente junto com trombetas em eventos ligados a festivais e
ao culto, como na ocasião em que a Arca da Aliança foi levado pelo Rei Davi a Jerusalém:
“Assim, todo Israel fez subir com júbilo a Arca da Aliança do Senhor, ao som de clarins,
trombetas e címbalos, fazendo ressoar alaúdes e harpas” (1 Crônicas 15:28) ou na sugestão
do salmista (Salmo 98:6): “Com cornetas e ao som da trombeta, exultem diante do Senhor, o
Rei”.

Esta proximidade entre a trombeta e o Shofar também é expressa nos verbos e gerúndios
comuns: as palavras Tekiah e Teruah são usadas tanto para trombeta quanto para Shofar.

Após a Destriuição do Segundo Templo


Após a destruição do Segundo Templo e na Diáspora, o Shofar perdeu seu significado público
e estratégico, mas reteve seu papel ritual, particularmente no Rosh Hashanah e no Yom
Kippur.

Da época que precedeu a destruição do Segundo Templo, temos o testemunho de Philo de


Alexandria ** a respeito do uso do Shofar no Rosh Hashanah e do seu significado. O
testemunho deste filósofo é de grande importância para os pesquisadores da atualidade. A
utilização do Shofar no Rosh Hashanah e Yom Kippur é influenciada pelos princípios de seu
uso nos tempos bíblicos.

* (= carneiro) às vezes, a palavra Shofar é aproximada à palavra Yovel (jubileu) ou


combinando-se as duas, como Keren Hayovel (Chifre do Jubileu) (Josué 6:4,5,6,8). Às vezes, a
palavra Yovel é sinônimo de Shofar (Êxodo 19:13). (Yovel ou Yevel, em caananita, equivale a
carneiro)
** Sobre os Mandamentos, Livro B, Traduzido de: Yom Tov Levinsky – Book of the Holidays A,
p. 52.O Toque do Shofar
Por Antonio Carlos Alberto Ferreira - 8 de Abril de 20084

Apesar da modernização, um dos instrumentos de sopro mais usado pelo homem- o Shofar-
continua sendo muito utilizado, tanto na Igreja como em Jerusalém.

O Shofar é feito de chifre de animais considerados puros, denominados Casher. Eles estão
relacionados no livro de Deuteronômio 14:3 em diante. O chifre do boi é a única exceção.
Apesar de ser encontrado na lista dos animais puros, o seu chifre não é utilizado. A exceção se
deve ao fato ocorrido no deserto, quando Moisés subiu ao monte para receber as tábuas da lei.
Como Moisés demorou-se a descer o povo impaciente pediu que Arão criasse um deus para
que eles o adorassem. Um bezerro foi a figura desse falso deus. Podemos encontrar esse
relato no livro de Êxodo, capítulo 32 em diante.

Normalmente, se usa o chifre de Carneiro, para lembrar a passagem de Abrão e Isaque, seu
filho. Como Abrão não podia ter filhos, pois já era avançado em idade, Deus lhe prometeu
Isaque, concebendo-o através de um milagre. Após alguns anos o Senhor provou a fé de
Abraão requerendo seu filho. No momento de sacrificá-lo Deus interveio, impedindo-o, no
instante exato do sacrifício. Ao olhar para trás Abrão viu um carneiro preso pelo chifre entre os
arbustos e assim ele ofereceu esse carneiro em lugar de Isaque, Gênesis 22:1 em diante.
Essa passagem nos trás uma significação muito especial. Além do chifre de carneiro, o chifre
de antílope também é utilizado.

O Shofar precisa ser curvo, simbolizando que devemos nos humilhar perante o Senhor. Não há
qualquer tipo de ornamento interno. Os ornamentos poderão ser colocados na parte externa,
desde que não haja perfuração em sua parede. Como ele representa humildade, não deve ter
adornos de ouro nem de prata e seu interior tem que permanecer intacto.

Muitas vezes ficamos ocupados com o nosso cotidiano e ficamos indiferentes aos verdadeiros
objetivos de nossa vida. Ao ouvir o chamado do Shofar nos despertamos. Somos levados ao
arrependimento. O toque do Shofar nos faz lembrar que nunca é tarde para recomeçar.

O som do Shofar é uma prece sem palavras, e um alerta à Igreja para lembrar que o dia do
julgamento celestial esta próximo. O som diz: “Voltai-vos para Deus, arrependei-vos. Olhai para
dentro de vós, abandonai os caminhos errados e os maus pensamentos. Voltai-vos para Deus,
para que Ele tenha misericórdia de vós através de Seu cordeiro. Jesus Cristo”. (Yeshua Há
Mashiach).

Há vários momentos na Bíblia em que o Shofar é mencionado. Infelizmente, em algumas


traduções encontramos “trombetas” e “buzinas”. A Trombeta é um instrumento totalmente
diferente. Feita de prata ou de cobre, é chamada de Chatsitserot em Hebraico. Tem um cúbito
de comprimento, a parte de cima é estreita e vai ampliando progressivamente até o fim. É
mencionada pela primeira vez na Bíblia em Números 10:2. O uso de trombetas foi ordenado
por Moisés. Contudo, Josué e Gideão não fizeram uso de Trombetas e sim, de Shofar.

A menção do Shofar aparece pela primeira vez em Êxodo19:13, no evento onde o Eterno Deus
desceu ao Monte Sinai. Ele desceu ao monte com trovões e relâmpagos, uma nuvem espessa
estava sobre o Monte Sinai e o som de Shofar muito forte estremeceu todo o acampamento.
Diz os estudiosos da Bíblia que nesse momento o monte saiu do chão e ficou levitando, ele
fumegou. Uma fumaça subiu como fumo de fornalha e o monte tremia. O som do Shofar ia se
propagando e crescendo em volume. Moisés falava e Deus respondia pelo som do Shofar. Até
que Deus chama Moisés e Arão ao monte, e nesse momento, dá ao Povo Judeu os 10
mandamentos. Por causa desse evento, todas as vezes que um judeu ouve o som do Shofar
lembra-se da Voz do Eterno.

Outro evento onde o Shofar foi usado está em Josué capítulo 6. Josué obedecendo a Deus,
juntamente com o seu povo, circulou a muralha uma vez ao dia e no sétimo dia rodeou sete
vezes ao toque de Tekiyá (primeiro toque do Shofar) e ao grito dos soldados, as muralhas de
Jericó caíram.

Um terceiro evento que não posso deixar de mencionar está na passagem encontrada em
Juízes 7:16 a 22. Gideão depois de fazer algumas provas com Deus reuniu cerca de 32.000
homens para guerrear. Porém, o Senhor mandou primeiramente os medrosos de volta, que
eram cerca de 22.000 homens, e depois fez um teste com aqueles que ficaram. Gideão
mandou que os 10.000 que restaram descessem às águas para beber. Aqueles que lamberam
as águas como cão, foram dispensados. Restaram então, somente 300 homens. Esse foi o
exército com o qual Gideão rodeou o acampamento dos Midianitas, com um Shofar e um
cântaro na mão. Dentro desse cântaro havia uma tocha. Ao toque do Shofar, eles quebraram
os cântaros e gritaram: “Espada pelo Senhor e por Gideão!”. Nesse momento Deus fez com
que a espada do inimigo se voltasse uma contra a outra e deu vitória a Gideão. Com isso o
povo de Deus se viu livre dos Midianitas.

Ainda hoje, o Senhor nos convoca a tocar o Shofar e tem levantado no mundo todo tocadores
(B’all Tokêa) como um Ato Profético, não só para o povo Judeu, mas, para toda a Igreja.

Existem três toques que tem os seguintes significados:

1) TEKIYÁ = Levantar = Oração (1º Pilar).

É um som contínuo, como um longo suspiro. Simboliza o amor de Deus por nós. Anuncia-nos
Deus como Rei do Universo. É um som que nos leva a levantar e orar, buscando a presença
Dele. Quando os judeus estavam no deserto, no momento desse toque, levantavam seu
acampamento.

2) SHEVARIM = Queimar = Adoração (2º Pilar).

São três sons interrompidos, como soluços. Esse som nos conecta a Deus através de gritos
soluçantes de um coração desejoso e humilde reconhecendo-O como soberano e único Deus.
Nesse momento, no deserto, o povo pegava todo o lixo e colocava no meio do arraial para ser
queimado. Para que o inimigo não pudesse usar esse lixo, como arma contra o povo de Deus.
É o momento em que o Senhor nos vê através de Jesus (Yeshua). Devemos nesse momento
agradecer ao Senhor por Seu Filho que através do Seu sangue queima todo o nosso pecado.

3) TERUÁ = Marchar = Pregação (3º Pilar).

Composto por nove ou mais toques curtíssimos, como suspiros entrecortados em meio ao
pranto, a nos despertar de nosso sono espiritual, nos fazendo lembrar que devemos levar a
Palavra de Deus a todos aqueles que ainda não O conhecem. Nesse momento, no deserto, o
povo de Deus marchava. A igreja não pode ficar parada, tem que marchar, pois como o Senhor
Yeshua mesmo disse: “Eu Sou o Caminho…”. Nunca devemos ficar parados em um caminho,
ele foi feito para andarmos. E por que não dizer, marcharmos em direção às pessoas com a
Palavra da Verdade. Esse toque também era usado para intimidar o inimigo anunciando a
vitória. Dizem os estudiosos da Bíblia que nesse toque o Senhor levanta-Se do trono da Justiça
e se assenta no Trono da Misericórdia.

É importante que a igreja conheça o som do Shofar. Em I Coríntios 14:8 o apóstolo Paulo
disse: “Pois também se o Shofar der um som incerto, quem se preparará para a batalha?”.
Outra referência para a igreja esta em I Coríntios 15:51 a 55 que diz “Eis que vos digo um
mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir
e fechar de olhos, ao ressoar do ÚLTIMO SHOFAR. O Shofar soará, os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados”. Outra referência importante esta em I
Tessalonissenses 4:16 e 17 que diz “Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de
ordem ouvida a voz do Arcanjo, e ressoado o Shofar de Deus, descerá dos céus, e os mortos
em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados
com eles, entre as nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para
sempre com o Senhor”. Haverá um dia, Igreja, que o som de Tekiyá ecoará pelos céus e
acontecerá o momento tão esperado por todos. Seremos arrebatados e ficaremos eternamente
ao lado do Senhor. Aleluia!

Igreja, não se intimide! Toque o Shofar como Ato Profético em seus eventos, em manifestações
na igreja, mostrando a todos que o nosso dia esta próximo. E mostrando, principalmente, a
Satanás, que os dias dele estão todos contados.

MARANATA. ORA VEM SENHOR YESHUA!

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