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MODULFORM

MODULFORM

Técnicas de
Inspecção de
Equipamento Dinâmico
Guia do Formador

COMUNIDADE EUROPEIA
Fundo Social Europeu
IEFP · ISQ

Colecção MODULFORM - Formação Modular

Título Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos

Suporte Didáctico Guia do Formador

Coordenação Técnico-Pedagógica IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional


Departamento de Formação Profissional
Direcção de Serviços de Recursos Formativos

Apoio Técnico-Pedagógico CENFIM - Centro de Formação Profissional da Indústria


Metalúrgica e Metalomecânica

Coordenação do Projecto ISQ - Instituto de Soldadura e Qualidade


Direcção de Formação

Autor Francisco J. Ventura de Oliveira

Capa SAF - Sistemas Avançados de Formação, SA

Maquetagem e Fotocomposição ISQ / Sofia Cardoso

Revisão OMNIBUS, LDA

Montagem BRITOGRÁFICA, LDA

Impressão e Acabamento BRITOGRÁFICA, LDA

Propriedade Instituto do Emprego e Formação Profissional


Av. José Malhoa, 11 1099 - 018 Lisboa

1.ª Edição Portugal, Lisboa, Julho de 2004

Tiragem 100 Exemplares

Depósito Legal

ISBN

Copyright, 2004
Todos os direitos reservados
IEFP

Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida, por qualquer forma ou processo,
sem o consentimento prévio, por escrito do IEFP.
Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP · ISQ Índice Geral

ÍNDICE GERAL

A - APRESENTAÇÃO GLOBAL DO MÓDULO

• Objectivos globais AGM.1


• Conhecimentos prévios AGM.1
• Campo de aplicação AGM.1
• Perfil do formador AGM.2
• Plano do módulo AGM.3
• Metodologia recomendada AGM.6
• Recursos didácticos AGM.6
• Bibliografia AGM.7

B - EXPLORAÇÃO PEDAGÓGICA DAS UNIDADES


TEMÁTICAS

I. ANÁLISE DE CONDIÇÃO

• Resumo I.1
• Plano das sessões I.2
• Actividades / Avaliação I.3
• Apresentação das transparências propostas para utilização I.4

II. MEDIÇÃO DE VIBRAÇÕES. DEFINIÇÕES

• Resumo II.1
• Plano das sessões II.2
• Actividades / Avaliação II.4
• Apresentação das transparências propostas para utilização II.6
Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos IG . 1


Guia do Formador
Índice Geral IEFP · ISQ

III. TRANSDUTORES. CARACTERIZAÇÃO E


APLICAÇÕES

• Resumo III.1
• Plano das sessões III.2
• Actividades / Avaliação III.3
• Apresentação das transparências propostas para utilização III.5

IV. NORMAS

• Resumo IV.1
• Plano das sessões IV.2
• Actividades / Avaliação IV.3
• Apresentação das transparências propostas para utilização IV.4

V. TÉCNICAS DE AQUISIÇÃO E TRATAMENTO DO


SINAL VIBRATÓRIO

• Resumo V.1
• Plano das sessões V.2
• Actividades / Avaliação V.3
• Apresentação das transparências propostas para utilização V.4

VI. TÉCNICAS DE MONITORIZAÇÃO

• Resumo VI.1
• Plano das sessões VI.2
• Actividades / Avaliação VI.3
• Apresentação das transparências propostas para utilização VI.5
Fr.T1.03

IG . 2 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP · ISQ Índice Geral

VII. EQUIPAMENTOS DE MEDIDA E ANÁLISE

• Resumo VII.1
• Plano das sessões VII.2
• Actividades / Avaliação VII.3
• Apresentação das transparências propostas para utilização VII.4

VIII.TÉCNICAS DE DIAGNÓSTICO OFF-LINE E ON-LINE

• Resumo VIII.1
• Plano das sessões VIII.3
• Actividades / Avaliação VIII.5
• Apresentação das transparências propostas para utilização VIII.7

C - AVALIAÇÃO

PRÉ-TESTE

TESTE

RESOLUÇÃO DO PRÉ-TESTE

RESOLUÇÃO DO TESTE

ANEXO - Transparências
Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos IG . 3


Guia do Formador
IEFP · ISQ A - Apresentação Global do Módulo

A - Apresentação Global
do Módulo
Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Apresentação Global do Módulo

OBJECTIVOS GLOBAIS

É objectivo deste módulo a apresentação das modernas técnicas de


inspecção, numa perspectiva de introdução de factores de qualidade na
acção da manutenção.

Pretende-se que o formando adquira um conjunto de conhecimentos que o


habilitem a avaliar a condição de funcionamento de equipamentos dinâmi-
cos, através da utilização de Técnicas de Análise de Condição, mais parti-
cularmente, a análise de vibrações.

Deste modo poderá actuar sobre os equipamentos, mantendo-os com ele-


vados padrões de qualidade de funcionamento.

CONHECIMENTOS PRÉVIOS

Módulo(s) Módulo(s)
obrigatório(s) Saberes prévios Saberes desejáveis
aconselhado(s)

Rolamentos • Conhecimentos base nos • Electrotécnia Conhecimentos básicos dos


módulos obrigatórios. industrial módulos aconselhados.
Gestão da
Manutenção • Ensaios Destrutivos

• Ensaios Não
Destrutivos

• Lubrificação

• Tecnologia dos
materiais

CAMPO DE APLICAÇÃO

Este módulo destina-se a desenvolver capacidades e conceitos operatórios


de modo a permitir ao formando uma melhor inserção no mundo do tra-
balho, sobretudo no que concerne ao domínio e aquisição de destrezas
específicas na área de Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos.
Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos AGM.1


Guia do Formador
Apresentação Global do Módulo IEFP - ISQ

PERFIL DO FORMADOR

Competência técnica Aquisição

Conhecimentos teóricos e práti- - Licenciatura em Engenharia.


cos sobre Órgãos de Máquinas e
- Experiência Profissional, supe-
conhecimentos na área de
rior a três anos na área de
Mecânica e Electricidade.
Tecnologia dos Materiais.

Competência pedagógica Aquisição

Domínio de conhecimentos, técni- - Curso de formação pedagógica


cas e atitudes facilitadoras de de formadores (devidamente
aquisição e integração por parte certificado).
dos formandos de saberes gerais
- Certificado de Aptidão Pedagó-
e saberes técnicos (práticos e
gica.
teóricos) e de comportamentos.
- Experiência de formação com
jovens de nível II e III à procura
do 1.º emprego.

Fr.T1.03

AGM.2 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Apresentação Global do Módulo

PLANO DO MÓDULO

Unidades Temáticas Objectivos Duração Indicativa


(horas)

I. Análise de condição • Identificar e caracterizar as diversas formas de 1h15


organização da manutenção: correctiva, preventi-
va sistemática e condicionada.

• Caracterizar a importância da redução de custos


directos e indirectos de manutenção como conse-
quência da acção da manutenção condicionada.

• Identificar as principais técnicas de análise de


condição utilizadas na avaliação da condição de
funcionamento de equipamentos dinâmicos.

II. Medição de • Caracterizar os termos mais frequentemente 4h45


vibrações. Definições associados à medição de vibrações e seu
enquadramento com diversas técnicas de
medição de vibrações.

• Fazer a distinção entre as diversas formas de


expressão da amplitude pico-a-pico.

• Relacionar os diversos parâmetros de medição da


vibração, nomeadamente: aceleração, velocidade
e deslocamento.

III. Transdutores. • Identificar os diversos tipos de transdutores, suas 9h00


Caracterização e apli- vantagens e desvantagens, assim como os cuida-
cações dos a ter na recolha de sinais vibratórios.

• Identificar os diversos métodos de instalação dos


transdutores absolutos e a sua influência na fia-
bilidade das leituras obtidas.

• Seleccionar o método de recolha dos dados


vibrométricos, de acordo com as frequências ge-
radas pelo equipamento.

• Executar a recolha de dados vibrométricos de


equipamentos dinâmicos.
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Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos AGM.3


Guia do Formador
Apresentação Global do Módulo IEFP - ISQ

Unidades Temáticas Objectivos Duração Indicativa


(horas)

IV. Normas • Definir critérios de avaliação da condição de fun- 5h30


cionamento de uma máquina, relacionando-os
com as recomendações de Normas Internacio-
nais e leituras padrão.

• Classificar a severidade vibratória de um equipa-


mento, de acordo com as recomendações de nor-
mas internacionais, em particular a ISO 2372.

V. Técnicas de • Descrever, sumariamente, as diversas técnicas 5h30


aquisição e de tratamento.
tratamento do sinal
vibratório • Identificar o espectro de frequência como uma
das técnicas mais frequentemente utilizadas no
diagnóstico de avarias.

• Recorrer à utilização da curva de tendência do


nível global de vibrações, ao longo das sucessi-
vas inspecções.

• Interpretar os mapas espectrais como meio auxi-


liar, na análise da evolução espectral da máquina,
ao longo das sucessivas inspecções.

• Enumerar e caracterizar as técnicas de ensaio em


regime transitório, nomeadamente, os Diagramas
de Cascata, Bodé e Polar.

VI. Técnicas de • Caracterizar os diversos tipos de monitorização. 5h00


monitorização
• Caracterizar os parâmetros vibrométricos a re-
colher por cada ponto de leitura.

• Utilizar os conceitos associados à monitorização


periódica de equipamentos dinâmicos, assim
como a técnicas de detecção de avarias.

VII. Equipamentos de • Caracterizar o tipo de informação vibrométrica 2h30


medida e análise obtida pela utilização de um Medidor de Nível
Global e um Analisador FFT ou Colector de
Dados.

• Identificar as vantagens e desvantagens na uti-


lização destes equipamentos.
Fr.T1.03

AGM.4 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Apresentação Global do Módulo

Unidades Temáticas Objectivos Duração Indicativa


(horas)

VIII. Técnicas de diagnós- • Identificar termos vulgarmente associados à infor- 11h00


tico off-line e on-line. mação vibrométrica de um equipamento e sua
relação no espectro de frequências.

• Caracterizar os principais tipos de avarias e


anomalias e sua associação com o espectro de
frequência, tais como: desalinhamento, desequi-
líbrio, folgas, rolamentos degradados, etc.

• Caracterizar a resposta de ângulo de fase na


diferenciação entre o desequilíbrio, desalinha-
mento e empenho.

• Determinar a análise de avarias de origem eléctri-


ca em motores assíncronos, tanto pela utilização
de Sistemas Expert de Apoio ao Diagnóstico
(análise de correntes), como pela análise de
espectro de frequências.

Total: 36h30
Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos AGM.5


Guia do Formador
Apresentação Global do Módulo IEFP - ISQ

METODOLOGIA RECOMENDADA

De acordo com o desenvolvimento proposto em cada plano de sessão, deve


proceder-se da seguinte forma:

• A teoria deverá ser abordada de forma explícita e simples.

• O formador deverá ter a preocupação de explicar cuidadosamente as


definições para que o formando possa compreender os ensaios, a
sua metodologia e a forma como estes podem ser um auxílio à ca-
racterização dos materiais.

• No decorrer das sessões o formador deverá utilizar as transparências


propostas e sempre que necessário fazer esquemas no quadro, dando
exemplos e referindo casos especiais.

RECURSOS DIDÁCTICOS

Material Didáctico

• Transparências.

Equipamento

• Um retroprojector (com uma lâmpada sobressalente).

• Quadro branco e/ou de papel e respectivas canetas.

• Computador (requisitos mínimos: Pentium III ou equivalente) e


Projector Multimédia.

• Um ecrã para projecção.

Fr.T1.03

AGM.6 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Apresentação Global do Módulo

BIBLIOGRAFIA

ANGELO, M, Vibration Monitoring of Machines, Brüel & Kjær Technical


Review, No1 - 1987.

BAXTER Nelson L., John L. Frarey, Machinery Vibration Analysis II, Vibration
Institute, 1992.

BENTLY NEVADA, Machinery Diagnostics and Workshop,1993.

BROCH, J.Trampe, Mechanical Vibration and Shock Measurements, Brüel


Kjær, 1984.

BUSCARELLO, Ralph T., Practical Solutions to Machinery and Maintenance


Vibration Problems, Update International, inc., 1987.

COMPUTATIONAL SYSTEMS INC., Machine Health Monitoring, 1990.

INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION, ISO -2372,


Machanical Vibration of Machines with operating speeds from 10 to 200
rev/s- basis for specifying evaluation standards, 1974.

LICHT, R.T., Henrik andersen, Henrik Brill Jensen, Recent Developments in


Accelerometer Design. Trends in Accelerometer Calibration (Brüel & Kjær
Technical review, No2 1987).

RANDALL, R.B., Application of B&K Equipmwnt to Frequency Analysis, Brüel


e Kjær,1977.

SERRIDGE, Mark, Piezoelectric Accelerometers and Vibration Preamplifiers-


Theory and Application Hanbook, Brüel e Kjær,1986.

SYSTEMS FOR MACHINERY PROTECTION AND MAINTENANCE,


VibroMeter 1992-1994.

UPDATE INTERNATIONAL, INC., Vibration Analysis II, Advanced


Symposium, 1991.

VIBRATION INSTITUTE, Proceedings, 15th Annual Meeting, Memphis,


Tennessee, 1991.

VIBRATION INSTITUTE, Proceedings, 16th Annual Meeting, Williamsburg,


Virginia, 1992.

VIBRATION INSTRUMENTATION CATALOG, Wilcoxon Research, 1991.


Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos AGM.7


Guia do Formador
IEFP · ISQ B - Explor ação P
Exploração eda
Peda gógica das Unidades Temáticas
edagógica

B - Exploração Pedagógica das


Unidades Temáticas
Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP · ISQ Análise de Condição

Análise de Condição
Fr.T1.03 Ut.01

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Análise de Condição

RESUMO

A Manutenção Condicionada é uma das formas de organização da


manutenção que tem por objectivos obter uma melhor racionalização de
meios humanos e técnicos de modo a reduzir custos directos e indirec-
tos de manutenção.

Para que tais objectivos sejam atingidos, dentro do universo das técnicas de
inspecção associadas à manutenção condicionada, a medição e análise de
vibrações revela-se como uma das técnicas mais abrangentes na avaliação
da condição de funcionamento de equipamentos dinâmicos.
Fr.T1.03 Ut.01

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos I.1


Guia do Formador
Análise de Condição IEFP - ISQ

PLANO DAS SESSÕES

Duração
Conteúdo Metodologia de Desenvolvimento Meios Indicativa
Didácticos (horas)

I.1. Análise de • Definir manutenção correctiva. 30min


I.1. condição
• Descrever manutenção preventiva sistemática.

• Apresentar manutenção condicionada.

• Transparência I.1.

I.2. Objectivos da • Descrever os objectivos da manutenção condi- 30min


I.2. manutenção cionada.
I.2. condicionada
• Transparência I.2.

I.3. Exercícios • Proceder à resolução das Actividades/Avaliação 15min

Total: 1h15

Fr.T1.03 Ut.01

I.2 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Análise de Condição

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. A Manutenção Correctiva actua no equipamento após a ocorrência da


avaria. Diga as principais implicações deste tipo de manutenção.

A manutenção correctiva, também conhecida por manutenção curativa


ou fortuita, não pode se considerada, exactamente, uma forma de orga-
nização, uma vez que se pode caracterizar pela intervenção no equipa-
mento após a ocorência de avaria. Este tipo de manutenção caracteri-
za-se pela falta de planificação, custos proibitivos de manutenção e per-
das de produção.

2. Um dos principais objectivos de um programa de Manutenção


Condicionada é o de reduzir os custos directos e indirectos de
manutenção. Identifique algumas das áreas onde pode identificar essa
redução de custos.

Algumas das àreas onde pode identificar essa redução de custos, são:

• Aumentando a disponibilidade produtiva da instalação fabril;

• Reduzindo os custos de manutenção.

• Reduzindo os custos em componentes de substituição;

• Criando o historial de intervenções para estimativa de custos em


relação à vida do equipamento.
Fr.T1.03 Ut.01

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos I.3


Guia do Formador
Análise de Condição IEFP - ISQ

APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Estratégias de organização da Técnicas utilizadas na análise de


manutenção condição

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos I.1 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos I.2

Fr.T1.03 Ut.01

I.4 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP · ISQ Medição de Vibrações. Definições

Medição de Vibrações.
Definições
Fr.T1.03 Ut.02

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Medição de Vibrações. Definições

RESUMO

A medição e posterior análise dos dados vibratórios implica o conhecimento


de alguns termos, nomeadamente: vibração, frequência, deslocamento,
velocidade, aceleração, fase e outros.

Os parêmetros de medida são: Deslocamento, Velocidade e Aceleração. As


unidades de medida de cada parêmetro são:

Deslocamento - mm

Velocidade - mm.seg-1

Aceleração - m.seg-2
A selecção do parâmetro de medida da vibração é de grande importância.
O parâmetro deslocamento acentua as baixas frequências, enquanto que o
parâmetro aceleração evidência as altas frequências.

A amplitude de uma vibração e o respectivo parâmentro de medida podem


ser expressados em: valor eficaz ou RMS (root mean square), pico (P),
pico-a-pico (P-P) e valor médio.
Fr.T1.03 Ut.02

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.1


Guia do Formador
Medição de Vibrações. Definições IEFP - ISQ

PLANO DAS SESSÕES

Duração
Conteúdo Metodologia de Desenvolvimento Meios Indicativa
Didácticos (horas)

II.1. Medição de • Descrever a medição de vibrações e suas 5min


II.1. vibrações. definições.
II.1. Definições

II.2. Vibração • Descrever vibração. 15min

II.3. Frequência • Definir a frequência. 15min

II.4. Período • Descrever período, tempo que decorre para 15min


completar um ciclo.

• Transparência II.1.

II.5. Amplitude • Determinar amplitude. 15min

II.6. Frequência de • Apresentar a frequência de funcionamento. 15min


II.6. funcionamento
• Transparência II.2.

II.7. Harmónicas • Descrever o significado de harmónicas. 15min


• Transparência II.3.

II.8. Deslocamento • Determinar o deslocamento. 10min

II.9. Velocidade • Descrever velocidade. 30min

II.10. Aceleração • Determinar Aceleração. 30min

II.11. Ângulo de • Definir ângulo de fase. 30min


II.11. fase • Definir ângulo de fase.
• Transparência II.4 e II.5.
Fr.T1.03 Ut.02

II.2 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Medição de Vibrações. Definições

Duração
Conteúdo Metodologia de Desenvolvimento Meios Indicativa
Didácticos (horas)

II.12. Selecção do • Descrever a selecção do parâmetro de medida. 30min


II.12. parâmetros
II.12. de medida • Transparência II.6.

II.13. Exercícios. • Proceder à resolução das Actividades/Avaliação 1h00.

Total: 4h45
Fr.T1.03 Ut.02

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.3


Guia do Formador
Medição de Vibrações. Definições IEFP - ISQ

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Determine o valor da amplitude de 5 mm.s-1Pico (P) expresso em ampli-


tude eficaz (RMS) e amplitude Pico-a-Pico (P-P).

O valor da amplitude de 5 mm.s-1 (P) expresso em amplitude eficaz


(RMS) e amplitude Pico-a-Pico (P-P) corresponde a:

RMS = 0,707X5= 3,535 MM.S-1

Pico-Pico=2x5=10mm.s-1

2. IIdentifique no espectro de frequência, abaixo apresentado, o valor da


amplitude e da frequência à velocidade de rotação (1ª ordem).

Frequência=44Hz

Amplitude=7,2

3. Sabendo que a velocidade de vibração à frequência de 25Hz tem uma


amplitude de 5mm.s-1 RMS, determine o valor da amplitude do
parãmetro deslocamento (amplitude pico-a-pico).

O valor da amplitude do parâmetro deslocamento (amplitude pico-a-pico)


corresponde:

V= 0,707x5x10-3 x2 πb

=0,55 mm.s-1 RMS Amplitude=7,2


Fr.T1.03 Ut.02

II.4 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Medição de Vibrações. Definições

4. No espectro da figura abaixo apresentada, identifique a frequência e


amplitude da 3ª harmónica da velocidade de rotação.

Frequência=100Hz

Amplitude=0,8
Fr.T1.03 Ut.02

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.5


Guia do Formador
Medição de Vibrações. Definições IEFP - ISQ

APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Movimento harmónico Espaço de frequência

Manutenção de Equipamento Electromecânico - II II.1 Manutenção de Equipamento Electromecânico - II II.2

Sinais harmónicos de 16,56 Hz Sinais em oposição de fase

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.3 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.4

Cadeia de medição para obtenção Resposta dos três parâmentros de


do ângulo de fase medida

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.5 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.6
Fr.T1.03 Ut.02

II.6 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP · ISQ Tr ansdutor es
es.. Car
ansdutores acterização e A plicações
Caracterização

Transdutores. Caracterização e
Aplicações
Fr.T1.03 Ut.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Transdutores. Caracterização e Aplicações

RESUMO

A medição de vibrações é obtida a partir de transdutores, os quais por sua


vez, fornecem um sinal eléctrico característico da vibração do equipamento.
Os transdutores são classificados, fundamentalmente, em relativos e abso-
lutos.

Conforme o tipo de máquina e as técnicas de análise que se pretendem


aplicar na monitorização e diagnóstico, assim deverá ser seleccionado o
transdutor para que melhor se adapte a cada caso em estudo. O método
como é recolhida a informação vibrométrica deverá ser seleccionado, de
acordo com as características vibrométricas dos diversos tipos de equipa-
mentos, de modo a garantir fiabilidade nos dados obtidos.

A utilização de um transdutor absoluto (acelerómetro ou velocímetro) e a


selecção do método de recolha do sinal vibratório (roscado, colado, com
base magnética e ponteira) deverá ser cuidado, por forma a que não haja
indução de erros na análise da condição de funcionamento da máquina.
Fr.T1.03 Ut.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.1


Guia do Formador
Transdutores. Caracterização e Aplicações IEFP - ISQ

PLANO DAS SESSÕES

Duração
Conteúdo Metodologia de Desenvolvimento Meios Indicativa
Didácticos (horas)

III.1 Transdutores. • Definir transdutores relativos e absolutos. 10min.


Caracterização
e aplicação

III.2 Transdutores • Descrever transdutores relativos (proximidade). 1h00


relativos
(proximidade) • Transparência III.1.

III.3 Transdutores • Descrever velocímetros. 3h00


absolutos
(contacto) • Identificar acelerómetros.

• Descrever a frequência dos acelerómetros.

• Transparências III.2 a III.11.

III.4 Localização do • Descrever a localização do transdutor. 2h00


transdutor
• Transparências III.12 a III.17.

III.5 Procedimentos • Descrever os procedimentos de leitura. 2h00


de leitura
• Transparências III.18 a III.21.

III.6 Exercícios • Proceder à resolução das Actividades / Avaliação. 50min.

Total: 9h00

Fr.T1.03 Ut.03

III.2 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Transdutores. Caracterização e Aplicações

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Os transdutores classificam-se em dois tipos: absolutos e relativos.


Identifique as principais vantagens e desvantagens dos transdutores rela-
tivos, também conhecidos por "transdutores de deslocamento".

O transdutor de deslocamento apresenta como vantagens:

• Capacidade de medir sinais vibratórios a partir de muito baixa fre-


quência.
Estes transdutores medem sinais a partir de corrente contínua (CC);

• Não possuem componentes mecânicos sujeitos a envelhecimento ou


desgaste;

• Permitem determinar a posição do centro do eixo do veio na folga da


chumaceira;

• Medem as vibrações reais que estão a ocorrer no veio.

Como desvantagens temos:

• São transdutores que necessitam de fonte de alimentação externa;

• São transdutores de instalação permanente. a sua montagem é dis-


pendiosa, em virtude de implicar cuidados especiais no acabamento
da superfície do veio. Uma incorrecta instalação do transdutor, irregu-
laridades ou ovalizações no veio, podem influenciar as leituras obti-
das.

2. Uma caixa redutora possui um conjunto de engrenagens, cuja frequência


de engrenamento é de 2 368 Hz. Diga que método de recolha de sinal
vibrométrico adoptaria, caso tivesse de utilizar um acelerómetro (acele-
rómetro com pontaria, com base magnética ou com colagem de acele-
rómetro, no ponteiro de leitura).

O método de recolha de sinal vibrométrico, caso tivesse de utilizar um


acelerómetro seria com base magnética.

3. Determine qual a frequência de engrenamento de um par de engrena-


gens com uma velocidade de rotação no veio de entrada de 1 480 rpm.
O pinhão (engrenagem do veio de entrada) possui 30 dentes e a
engrenagem do veio de saída (cremalheira) possui 78.

A frequência de engrenamento corresponde:

f = 1480 x30 = 44400 Hz


Fr.T1.03 Ut.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.3


Guia do Formador
Transdutores. Caracterização e Aplicações IEFP - ISQ

4. O registo de sinais vibratórios com um acelerómetro e uma ponteira é um


método expedito de leitura. Comente quais os inconvenientes deste
método de leitura.

A utilização de um acelerómetro com ponteira levará à obtenção de


leituras com amplitudes amplificadas pela frequência natural desse méto-
do de leitura.

Fr.T1.03 Ut.03

III.4 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Transdutores. Caracterização e Aplicações

APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

O transdutor de deslocamento Transdutor de velocidade


necessita de alimentação externa

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.1 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.2

Resposta em frequência (I) Acelerómetro com integração interna

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.3 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.4

Acelerómetro Resposta em frequência (II)

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.5 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.6

Resposta em frequência (III) Resposta em frequência


com acelerómetro roscado

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.7 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.8
Fr.T1.03 Ut.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.5


Guia do Formador
Transdutores. Caracterização e Aplicações IEFP - ISQ

Resposta em frequência Resposta em frequência


com acelerómetro colado de acelerómetro com base magnética

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.9 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.10

Resposta em frequência Leitura na posição vertical


de acelerómetro com utilização de
ponteira

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.11 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.12

Leitura na posição horizontal Leitura na posição axial

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.13 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.14

Leitura na posição correcta Leitura na posição incorrecta

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.15 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.16
Fr.T1.03 Ut.03

III.6 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Transdutores. Caracterização e Aplicações

Codificação dos pontos de leitura Espectro obtido com acelerómetro


com ponteira

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.17 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.18

Espectro obtido com acelerómetro Espectro obtido com acelerómetro


com base magnética colado

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.19 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.20

Comparação entre os diversos


métodos de leitura e a influência
que têm na amplitude obtida

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.21


Fr.T1.03 Ut.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.7


Guia do Formador
IEFP · ISQ Nor m a s

Normas
Fr.T1.03 Ut.04

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Normas

RESUMO

Sendo o objectivo de um programa de Manutenção Condicionada a detecção


de avarias ainda num estado incipiente, a definição de critérios de avaliação
de condição é de primordial importância para um programa de inspecções
bem sucedido. Os critérios podem ser apoiados num conjunto de procedi-
mentos, dos quais se destacam: comparação com Normas Internacionais ou
recomendações do fabricante do equipamento, comparação com leituras
anteriores ou leituras consideradas padrão e comparações estatísticas com
a variação do nível global entre diversas inspecções (desvio-padrão) ou ban-
das de frequência pré-definidas.

As Normas Internacionais devem ser encaradas como recomendações e não


como normas rígidas a serem observadas. São fruto da experiência de téc-
nicos, nos diversos tipos de unidades industriais, e fruto das diversas técni-
cas de medição das vibrações.

A medição absoluta resulta do amortecimento do sinal vibratório ao longo de


zonas-fronteira, entre a fonte (por exemplo o rotor desequilibrado) e o ponto
onde está a ser submetido e é medida directamente no rotor, através de
transdutores relativos.

As variações do sinal vibratório, devidas ao amortecimento, podem atingir


decréscimos da ordem das 100 X, comparactivamente aos níveis vibratórios
encontrado na fonte (medição relactiva).

Devem ser definidos Níveis Padrão de forma a servirem de comparação


entre as diversas inspecções. A obtenção desses níveis pode ocorrer em três
períodos: quando o equipamento é novo, durante o seu funcionamento nor-
mal e após o recondicionamento do equipamento. A comparação com
leituras padrão é um auxiliar útil na detecção de avarias, desde que o equipa-
mento funcione em condições similares, sempre que, seja feita a recolha da
informação vibrométrica.
Fr.T1.03 Ut.04

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos IV.1


Guia do Formador
Normas IEFP - ISQ

PLANO DAS SESSÕES

Duração
Conteúdo Metodologia de Desenvolvimento Meios Indicativa
Didácticos (horas)

IV.1 Critérios de • Apresentar os critérios de avaliação de condi- 10min.


avaliação de ção.
condição

IV.2 Normas • Descrever as normas internacionais. 2h00


internacionais
• Transparência IV.1.

IV.3 Leituras • Determinar as leituras padrão. 1h00


padrão

IV.4 Aplicação de • Aplicar a tabela de severidade nos seguintes 2h00


tabelas de equipamentos:
severidade
• Ventiladores.

• Bombas centrífugas.

• Turbinas a vapor.

• Compressores centrífugos.

• Caixas redutoras.

• Motores eléctricos.

IV.5 Exercícios. • Proceder à resolução das Actividades / Avaliação. 20min.

Total: 5h30
Fr.T1.03 Ut.04

IV.2 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Normas

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Identifique alguns dos procedimentos a adoptar na avaliação de condição


de um equipamento dinâmico.

• Comparação com normas internacionais ou recomendações do fabri-


cante do equipamento.

• Comparações com leituras anteriores ou leituras consideradas


padrão;

• Comparações estatísticas com a variação do nível global entre diver-


sas inspecções (desvio padrão), ou bandas de frequências pré-
-definidas.

2. Uma das Normas mais divulgadas na avaliação da severidade de um


equipamento é a ISO 2372. Considere que tinha de avaliar a severidade
vibratória de um equipamento com as seguintes características: Bomba
Centrífuga com uma potência de 50kW, velocidade de rotação 2 980rpm
e instalada numa fundação rígida. Diga em que classe classificaria este
equipamento e quais os níveis vibrométricos Bons, Admissíveis, Severos
e Críticos, definidos na mesma.

A classe deste equipamento corresponde à classe 2.

Tendo como níveis vibrométricos de velocidade de vibração em mm/seg


RMS, sendo:

Crítico até 1,12;

Admissível de 1,12 a 2,8;

Bom valor de 1,8;

Severo de 2,8 a 7,1;

e novamente Crítico a partir de 7,1.


Fr.T1.03 Ut.04

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos IV.3


Guia do Formador
Normas IEFP - ISQ

APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Ilustração de três classes


da ISO 2372
Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos IV.1

Fr.T1.03 Ut.04

IV.4 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP · ISQ Técnicas de Aquisição e Tr a tamento do Sinal V ibr
ibraa tório

Técnicas de Aquisição e
Tratamento do Sinal Vibratório
Fr.T1.03 Ut.05

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Técnicas de Aquisição e Tratamento do Sinal Vibratório

RESUMO

As vibrações de uma máquina são a combinação de um conjunto de sinais


estacionários e transitórios, periódicos e não-periódicos, cada um dos quais
com diferentes frequências e amplitudes. O processo de "desmontagem"
desses sinais complexos chama-se "Transformadas de Fourier", através do
qual se pretende obter uma forma gráfica mais clara sobre as vibrações em
presença.

A técnica mais frequentemente utilizada na análise e diagnóstico de avarias


é o espectro de frequências, onde se obtém um gráfico com as diversas fre-
quências em presença (eixo X, das abcissas) e as respectivas amplitudes
(eixo Y, das ordenadas).

A curva de tendência é utilizada para observação da evolução do nível glo-


bal de vibração da máquina, ao longo das diversas inspecções. O nível glo-
bal de vibrações não permite uma análise à fonte das vibrações, em virtude
de não ser possível identificar as frequências em presença.

Os Mapas Especiais (waterfall) são a combinação de um conjunto de es-


pectros ao longo das sucessivas inspecções e em condições estacionárias
de funcionamento (carga e velocidade de rotações idênticas).

Os Diagramas de Cascata, de Bodé e Polar são exemplos de registos, em


condições de funcionamento transitórias (ensaios de arranque e/ou para-
gem).

São ensaios muito importantes na observação do comportamento dinâmico


dos equipamentos, nomeadamente na identificação de frequências naturais.
Fr.T1.03 Ut.05

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.1


Guia do Formador
Técnicas de Aquisição e Tratamento do Sinal Vibratório IEFP - ISQ

PLANO DAS SESSÕES

Duração
Conteúdo Metodologia de Desenvolvimento Meios Indicativa
Didácticos (horas)

V.1 Introdução aos • Determinar a introdução aos sinais vibratórios. 1h00


sinais
vibratórios • Transparências V.1 a V.4.

V.2 O espectro de • Descrever o espectro de frequência. 1h00


frequência
• Transparências V.5 e V.6.

V.3 Curva de • Descrever a curva de tendência. 30min.


tendência
• Transparência V.7.

V.4 Mapas • Determinar os mapas espectrais. 30min.


espectrais
• Transparência V.8.

V.5 Diagrama em • Determinar o diagrama em cascata. 30min.


cascata
• Transparência V.9.

V.6 Diagrama de • Descrever o diagrama de bodé. 1h00


bodé
• Transparência V.10.

V.7 Diagrama • Descrever o diagrama polar. 30min.


polar
• Transparência V.11.

V.6 Exercícios • Proceder à resolução das Actividades / Avaliação. 30min.

Total: 5h30
Fr.T1.03 Ut.05

V.2 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Técnicas de Aquisição e Tratamento do Sinal Vibratório

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. O espectro de frequência é uma das técnicas mais comuns para a


detecção e diagnóstico das avarias mais frequentes. Observe o espectro
abaixo apresentado. Descreva qual a informação obtida.

Frequência=35Hz

Amplitude=2,6 mm.s-1 RMS

2. Identifique algumas das técnicas de tratamento de sinal, utilizadas nos


ensaios de funcionamento de sinal, em regime transitório (ensaios de
arranque e paragem). Caracterize o tipo de informação obtida numa
dessas técnicas.

As técnicas de tratamento de sinal, utilizadas são:

Diagrama de Cascata - Caracteriza-se por um conjunto de espectros


obtidos numa fase em que o equipamento em análise se encontra a fun-
cionar num regime denominado transitório.

Diagrama de Bodé - Identifica a variação do ângulo de fase da vibração


filtrada, por exemplo a 1 X rpm, e a amplitude da vibração a essa fre-
quência.

Diagrama Polar - Este tipo de diagrama consiste numa construção com


coordenadas polares, do mesmo tipo de informação obtido pelo Diagrama
de Bodé.
Fr.T1.03 Ut.05

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.3


Guia do Formador
Técnicas de Aquisição e Tratamento do Sinal Vibratório IEFP - ISQ

APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Sinal sinusoidal não amortecido Sinal não harmónico com


amortecimento

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.1 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.2

Sinal transitório Decomposição de um sinal em tempo


em dois sinais sinusoidais

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.3 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.4

Espectro exemplificando a frequência Espectro ilustrando a posição do


de funcionamento cursor a identificar a 2ª ordem da
frequência de funcionamento

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.5 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.6

Curva de tendência Exemplo de mapa espectral

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.7 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.8
Fr.T1.03 Ut.05

V.4 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Técnicas de Aquisição e Tratamento do Sinal Vibratório

Diagrama em cascata Diagrama de Bodé

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.9 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.10

Diagrama polar

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.11


Fr.T1.03 Ut.05

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.5


Guia do Formador
IEFP · ISQ Técnicas de Monitorização

Técnicas de Monitorização
Fr.T1.03 Ut.06

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Técnicas de Monitorização

RESUMO

A monitorização de equipamentos dinâmicos tem por objectivo avaliar a


condição de funcionamento dos mesmos inseridos no processo normal de
fabrico. São afinal, ensaios dinâmicos onde se pretende saber qual a
condição de funcionamento do equipamento sem o imobilizar.

Essa monitorização pode ser efectuada com o recurso a dois tipos de con-
trolo:

• Monitorização em linha (on-line);

• Monitorização em periódica (off-line).

A monitorização em linha, aplica-se a equipamentos com sondas instaladas


em permanência. Os sistemas mais frequentemente encontrados, na
Indústria Portuguesa, são aplicados nas Turbinas a Vapor e Turbo-compres-
sores, onde são instalados transdutores de deslocamento (vibração relativa).
Nestes equipamentos a monitorização on-line dá-se a partir de monitores
instalados na sala de controlo, os quais dão uma indicação do nível global de
vibrações.

Os sistemas de monitorização periódica ou off-line são sistemas aplicados


com recurso a Colectores de Dados, os quais são apoiados por sistemas
informáticos. Estes mantêm em arquivo os dados das sucessivas
inspecções, assim como têm capacidade de tratamento automático da infor-
mação. São sistemas muito poderosos, devido ao tipo de informação que
recolhem, permitindo o diagnóstico das anomalias, ou avarias a que os
equipamentos dinâmicos estão submetidos.

Os sistemas de monitorização periódica também podem ser apoiados por


medidores de nível global. No entanto, estes equipamentos apenas fazem o
registo do nível global de vibrações, nível global esse que tem um conteúdo
qualitativo pobre, não permitindo o diagnóstico.
Fr.T1.03 Ut.06

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.1


Guia do Formador
Técnicas de Monitorização IEFP - ISQ

PLANO DAS SESSÕES

Duração
Conteúdo Metodologia de Desenvolvimento Meios Indicativa
Didácticos (horas)

VI.1 Porquê a • Descrever o objectivo da monitorização de 2h00


monitorização equipamentos.

• Transparências VI.1 a VI.3.

VI.2 Monitorização • Descrever os sistemas apoiados por colectores 2h00


periódica de dados.

• Determinar os pontos de leitura.

• Apresentar os sistemas apoiados por medidores


de nível global.

• Transparências VI.4 e VI.12.

VI.3 Exercícios • Proceder à resolução das Actividades / Avaliação. 1h00

Total: 5h00

Fr.T1.03 Ut.06

VI.2 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Técnicas de Monitorização

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Dado o equipamento com a configuração apresentada na figura, aborde


as seguintes questões:

• Defina quais os pontos de leitura a adoptar para a monitorização;

• De acordo com os critérios da ISO 2372, diga quais os níveis de aler-


ta e alarme recomendados para este equipamento.

Motor: 125 kW 1 490 rpm

Ventilador: 1 670 rpm

Turbina de ventilador com 12 pás.

Conjunto montado numa fundação rígida.

Para a correcta monitorização deste equipamento deverão ser efectuadas


leituras em três periodos distintos, comparando-os com leituras padrão:

• Quando o equipamento é novo;

• Durante o seu funcionamento normal;

• Após o rendimento do equipamento.

De acordo com os critérios da ISO 2372, os níveis de alerta e alarme


recomendados para este equipamento são os seguintes:
Fr.T1.03 Ut.06

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.3


Guia do Formador
Técnicas de Monitorização IEFP - ISQ

Níveis de alarme:

• Velocidade de vibração inferiores a 1,7 mm/seg RMS e superiores a


7,2 mm/seg RMS

Níveis de alerta:

• Os níveis de alerta será a velocidade de vibração superior a 3 mm/seg


RMS inferiores a 7,1 mm/seg RMS.

2. Considere o equipamento apresentado na figura. Este ventilador tem uma


potência de 850kW e roda a uma velocidade de 975 rpm. A fundação
onde se encontra é considerada rígida. Comente a severidade vibratória
deste equipamento, comparativamente aos dados obtidos no quadro da
página seguinte.

Níveis Severo e Crítico.

Nível Global
Ponto de leitura (mm/seg RMS)

1V 4,6

1H 5,8

1X 5,1

2V 6,2

2H 7,8

2X 5,8

3V 8,9

3H 10,8

3X 7,1

4V 6,9

4H 7,8

4X 7,4
Fr.T1.03 Ut.06

VI.4 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Técnicas de Monitorização

APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Sistemas de monitorização on-line Monitorização periódica com


colector de dados

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.1 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.2

Cadeia de medição com um colector Estrutura da base de dados


de dados

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.3 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.4

Equipamentos do percurso da Pontos de leitura da bomba 003 do


estação de bombagem percurso da estação de bombagem

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.5 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.6

Codificação dos pontos de leitura da Configuração do ponto de leitura 1V


bomba 003 da bomba 003

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.7 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.8
Fr.T1.03 Ut.06

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.5


Guia do Formador
Técnicas de Monitorização IEFP - ISQ

Relatório da inspecção à bomba 003 Espectro obtido no ponto 2V

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.9 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.10

Espectro e máscara do ponto 2V Ficha de inspecção utilizada com um


medidor de nível global

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.11 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.12

Fr.T1.03 Ut.06

VI.6 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP · ISQ Equipamentos de Medida e Análise

Equipamentos de Medida
e Análise
Fr.T1.03 Ut.07

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Equipamentos de Medida e Análise

RESUMO

Os sistemas de inspecção, nos anos 70 e 80, caracterizavam-se pela utiliza-


ção combinada dos chamados medidores de nível global de vibração e
equipamentos, integrando técnicas de detecção de avarias em rolamentos,
nomeadamente, medidores de impulsos de choque e spike energy.

Os medidores de Nível Global têm como vantagens o baixo preço e fácil uti-
lização. No entanto, são equipamentos com grandes limitações, destacando-
-se a informação vibrométrica pobre, e não a aplicação a equipamentos de
baixa velocidade de rotação, não permitindo o diagnóstico, obrigando à uti-
lização de meios complementares de diagnóstico e possuem baixo rendi-
mento de inspecção.

Os desenvolvimentos tecnológicos permitiram digitalizar e miniaturizar a


informática, abrindo portas, a partir do início da década de 90, à divulgação
de equipamentos extremamente poderosos, tanto na recolha, como no trata-
mento de grandes quantidades de informação vibrométrica.

Esses equipamentos, vulgarmente conhecidos por coletores de dados, para


além da recolha do nível global de vibrações, possuem capacidade para
recolha de espectros, sinal em tempo e técnicas de detecção de avarias em
rolamentos (HFD, Spike Energy, envelope).

Os colectores de dados possuem grande capacidade de armazenamento de


informação e de transferência automática da mesma para computador.
Como grande vantagem, temos a Qualidade na informação obtida. Para
além da recolha a nível global, é possível a recolha de espectros e sinais em
tempo, de modo a possibilitar o diagnóstico. Alguns modelos permitem a
recolha de sinais, os quais podem ir de frequência muito baixa até 40 kHz. A
gama dinâmica de muitos dos colectores disponíveis no mercado é de 16 bit.
Incorporam os chamados Bloco de notas electrónico para recolha de dados
de controlo sensorial e processual, possibilitando um elevado rendimento de
inspecção.

São equipamentos que requerem formação cuidada no modo de funciona-


mento, recolha dos sinais vibratórios e técnicas de tratamento e diagnóstico.
Fr.T1.03 Ut.07

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VII.1


Guia do Formador
Equipamentos de Medida e Análise IEFP - ISQ

PLANO DAS SESSÕES

Duração
Conteúdo Metodologia de Desenvolvimento Meios Indicativa
Didácticos (horas)

VII.1 Caracterização • Descrever a medição do nível global de vibração 1h00


de técnicas e técnicas de detecção de avarias em
rolamentos.

• Transparência VII.1.

VII.2 Medidor de • Descrever medidor de nível global. 30min.


nível global

VII.3 Analisadores • Determinar os analisadores FFT e colectores de 30min.


FFT e dados.
colectores de
dados

VII.4 Exercícios • Proceder à resolução das Actividades / Avaliação. 30min.

Total: 2h30

Fr.T1.03 Ut.07

VII.2 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Equipamentos de Medida e Análise

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. Caracterize o tipo de informação obtida pela utilização de um colector de


dados. Apresente uma síntese das vantagens e desvantagens deste tipo
de equipamentos.

Da recolha do nível global de vibrações, permite a recolha de espectros,


sinal em tempo e técnicas de detecção precoce de avarias em rola-
mentos (HDF, Spike Energy, envelope).

As vantagens são:

• Capacidade de armazenamento de grandes quantidades de infor-


mação e sua transferência automática para software próprio;

• Qualidade na informação obtida. Para além do nível global, é pos-


sível a recolha de espectros e sinais em tempo, de modo a possibilitar
o diagnóstico. Alguns modelos permitem a recolha de sinais que
podem ir de muito baixa frequência até 40 kHz. a gama dinâmica de
muitos dos colectores disponíveis no mercado é de 16 bit;

• Bloco de notas electrónico para recolha de dados de controle sen-


sorial e processual;

• Alto rendimento de inspecção e consequente quebra nos custos


unitários de inspecção. A carga diária de inspecção, assumindo a uti-
lização de meios complementares de inspecção - utilização de uma
técnica de detecção de avarias em rolamentos, lâmpada estro-
boscópia, estetoscópio e termómetro - pode variar entre 150 e mais de
500 pontos (variações dependentes do tipo de instalação e indústria).

As desvantagens são:

• O preço. O custo de um colector de dados e respectivo software de


tratamento e armazenamento, pode ir de 9.975 ou 14 963 de euros e
ultrapassar os 24 940 euros nos sistemas avançados, com módulos
de apoio ao diagnóstico;

• Utilização a requerer formação cuidada no modo de funcionamen-


to, recolha dos sinais vibratórios e técnicas de tratamento e diagnósti-
co.

2. Comente a seguinte questão: "O medidor de Nível Global não permite o


diagnóstico".

O medidor de Nível Global não permite o diagnóstico, apenas avalia a


severidade vibratória a que o equipamento está a ser submetido (ISO
2372).
Fr.T1.03 Ut.07

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VII.3


Guia do Formador
Equipamentos de Medida e Análise IEFP - ISQ

APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Equipamentos de medida e análise

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VII.1

Fr.T1.03 Ut.07

VII.4 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP · ISQ Técnicas de Diagnóstico Off-line e On-line

Técnicas de Diagnóstico
Off-line e On-line
Fr.T1.03 Ut.08

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Técnicas de Diagnóstico Off-line e On-line

RESUMO

Sendo o espectro de frequência uma das técnicas de análise mais fre-


quentemente utilizadas no diagnóstico, foram caracterizados alguns dos ter-
mos associados à análise espectral: zona subsíncrona, harmónica, zona sín-
crona e ordens.

No espectro de frequência, o desequilíbrio caracteriza-se pela presença de


um pico à frequência de funcionamento. A diferenciação entre um desequi-
líbrio estático e dinâmico é possível através da análise do ângulo de fase.

O desalinhamento pode caracterizar-se, no espectro de frequência, pela pre-


sença de harmónica de baixa ordem da velocidade de rotação. O comporta-
men-to vibratório de uma máquina depende, em grande medida, do tipo de
instalação e tipo de união. A análise do ângulo da fase será uma auxiliar para
destrinçar uma situação de desequilíbrio do desalinhamento, quando se tem
presente apenas a frequência de funcionamento.

Um veio empanado pode comportar-se, no espectro de frequência, duma


forma muito similar ao desequilíbrio. A análise do Ângulo de fase nas leituras
axias será uma das técnicas a utilizar para o diagnóstico de um veio empe-
nado.

O diagnóstico de folgas depende, em grande medida, da severidade dessa


folga.

A presença de harmónicas de baixa ordem da frequência de funcionamento


constitui o comportamento mais frequente de uma folga moderada. Um
aumento da componente da frequência de funcionamento e harmónicas 1/2
da velocidade de funcionamento e harmónicas desta, são um indicador de
uma folga severa, a qual também se pode caracterizar pela presença de
inter-harmónicas (1/2,11/2,21/2) e/ou aumento de e harmónicas ímpares
(1,2,3). Numa fase avançada, uma banda larga de energia espectral, com
possível diminuição de amplitudes e harmónicas, constitui o comportamento
típico de uma folga grave, onde será evidente a avaria numa inspecção da
máquina.

Também o diagnóstico de avarias em rolamentos atravessa diversas fases,


conforme a avaria vai evoluindo. De uma primeira fase em que os sinais
vibratórios se situam numa banda de frequência entre os 5 kHz e os 300 kHz,
até uma quarta fase, onde são detectáveis as frequências características de
cada componente do rolamento (anel interior, anel exterior, gaiola e corpos
rolantes), existe um conjunto de técnicas de detecção e diagnóstico.
Fundamentalmente, podem identificar-se técnicas de detecção precoce
(avaria não observável) e técnicas de diagnóstico (avaria observável). As
análises espectral e de envelope constituem as técnicas de diagnóstico mais
frequentemente utilizadas.

O diagnóstico de avarias de origem eléctrica em motores assíncronos é pos-


sível através da análise espectral, utilizando espectros de elevada resolu-
ção.
Fr.T1.03 Ut.08

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.1


Guia do Formador
Técnicas de Diagnóstico Off-line e On-line IEFP - ISQ

Identificam-se duas zonas na banda de frequências da análise espectral a


efectuar: baixa e alta frequência. Conforme os sinais presentes no espectro,
assim será possível o diagnóstico de avarias associadas ao rotor (pontos de
alta resistência, barras fissuradas ou partidas, excentricidade), ou ao estator
(deformações, pontos de alta resistência, excentricidade), bem como irregu-
laridades no entre-ferro.

O diagnóstico de avarias em engrenagens caracteriza-se, na análise es-


pectral, pela presença da frequência de engrenamento e harmónicas dessa
frequência.

A presença de bandas laterais a essas frequências é característica de uma


situação de excentricidade e de dentes partidos. As avarias em engrenagens
apresentam baixa amplitude a alta frequência, quando o parâmetro de medi-
da da vibração é em velocidade. A análise espectral pode ser influenciada
por pequenas variações da velocidade de rotação, variações essas que
darão origem a grandes variações na frequência de engrenamento.

A ressonância é o último exemplo das situações mais frequentes de diagnós-


tico. Um equipamento estará em ressonância, caso uma das frequências por
este geradas se aproxime de alguma das frequências naturais em presença.

Uma das formas de identificar a frequência natural de um rotor é a recolha


de sinais de vibração e ângulo de fase, durante o arranque ou a paragem da
máquina.

O resultado obtido denomina-se "diagrama de Bodé" e apresenta a variação


do ângulo de fase a uma frequência filtrada.

Quando não é possível parar uma máquina para a identificação de frequên-


cias naturais, pode aplicar-se um teste de impacto de modo a tentar excitar
essas frequências.

Fr.T1.03 Ut.08

VIII.2 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Técnicas de Diagnóstico Off-line e On-line

PLANO DAS SESSÕES

Duração
Conteúdo Metodologia de Desenvolvimento Meios Indicativa
Didácticos (horas)

VIII.1 Definição de • Descrever a análise do espectro de frequências. 1h00


termos
• Determinar a zona subsíncrona.

• Apresentar harmónicas.

• Transparências VIII.1 a VIII.3.

VIII.2 Desequilíbrio • Descrever os diversos tipos de desequilíbrio. 1h00

• Determinar as fontes adicionais de desequilíbrio.

• Transparências VIII.4 a VIII.9.

VIII.3 Desalinha- • Definir desalinhamento. 30min.


mento
• Transparências VIII.10 e VIII.11.

VIII.4 Empenos • Descrever empenos. 15min.

VIII.5 Folgas • Determinar as folgas. 30min.

• Transparências VIII.12 a VIII.15.

VIII.6 Avarias em • Descrever as avarias em rolamentos. 2h00


rolamentos
• Determinar as frequências de um rolamento.

• Apresentar as fases de degradação de um rola-


mento.

• Descrever as técnicas de detecção e diagnóstico.

• Transparências VIII.16 a VIII.20.

VIII.7 Diagnóstico • Descrever o diagnóstico de avarias eléctricas em 2h00


de avarias motores assíncronos.
eléctricas em
motores • Determinar as avarias no rotor.
assíncronos • Distinguir excentricidade no rotor de excentrici-
dade no estator.

• Transparências VIII.21 a VIII.26.


Fr.T1.03 Ut.08

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.3


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Técnicas de Diagnóstico Off-line e On-line IEFP - ISQ

Duração
Conteúdo Metodologia de Desenvolvimento Meios Indicativa
Didácticos (horas)

VIII.8 Avarias em • Descrever a frequência de engrenamento. 2h00


engrenagens
• Transparências VIII.27 a VIII.29.

VIII.9 Ressonância • Definir ressonância. 1h00

• Transparências VIII.30 a VIII.33.

VIII.10 Exercícios • Proceder à resolução das Actividades / Avaliação. 45min.

Total: 11h00

Fr.T1.03 Ut.08

VIII.4 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


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IEFP - ISQ Técnicas de Diagnóstico Off-line e On-line

ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO

1. O desalinhamento caracteriza-se pela presença de harmónicas de baixa


ordem da velocidade de rotação. Outra forma de diagnosticar uma
condição de desalinhamento é a medição do ângulo de fase, através dos
apoios entre a união de acoplamento. Diga como se caracteriza um
condição de desalinhamento pela medição do ângulo de fase

A relação do ângulo de fase entre a união elástica é de 180º

2. Observe o espectro da figura VIII.34. Pode verificar que temos a presença


de uma frequência próxima da velocidade de rotação. Será que esta
condição poderá estar associada ao desenvolvimento de folgas ou desa-
linhamento?

Figura VIII.34 - Espectro inicial

Está associada ao desenvolvimento de folgas ou desalinhamento.

Observe o espectro da figura VIII.35, obtido no mesmo ponto de leitura,


mas agora com uma melhor resolução. Verifique a posição do cursor.
Comente qual o tipo de problema neste caso.

Figura VIII.35 - Espectro com zoom (melhor resolução)


Fr.T1.03 Ut.08

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.5


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Técnicas de Diagnóstico Off-line e On-line IEFP - ISQ

O tipo de problemas são:

Assimetrias no campo magnético do motor, associadas a falta de uni-


formidade no entre-ferro.

3. Um motor assíncrono com quatro pólos está a rodar à velocidade de


1 480 rpm. Qual a frequência de escorregamento desse motor?

A frequência de escorregamento desse motor é de 98,6 Hz

4. Uma das formas de identificar a frequência natural de um rotor é a uti-


lização do Diagrama de Bodé. Caracterize tipo de informação que esse
Diagrama apresenta.

Apresenta a variação do ângulo de fase e a amplitude filtrada à veloci-


dade de rotação.

Fr.T1.03 Ut.08

VIII.6 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


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IEFP - ISQ Técnicas de Diagnóstico Off-line e On-line

APRESENTAÇÃO DAS TRANSPARÊNCIAS


PROPOSTAS PARA UTILIZAÇÃO

Zona subsíncrona Harmónicas

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.1 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.2

Analisador analógico
Harmónicas síncronas Colector de estático
Desequilíbrio dados
(fotografia gentilmente cedida pela (fotografia gentilmente cedida pela SKF
Brüel & Kjær) Condition Monitoring Group)

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.3 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.4

Desequilíbrio dinâmico Desequilíbrio de binário

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.5 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.6

Cadeia de medição para obtenção do Antes da correcção de desequilíbrio


ângulo de fase

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.7 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.8
Fr.T1.03 Ut.08

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.7


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Técnicas de Diagnóstico Off-line e On-line IEFP - ISQ

Após a correcção do desequilíbrio Exemplo de desalinhamento

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.9 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.10

CondiçãoAnalisador analógicoque pode


de desalinhamento CondiçãoColector demais
de folga dados
frequente
(fotografia gentilmente
ser confundida cedida pela
com desequilíbrio (fotografia gentilmente cedida pela SKF
Brüel & Kjær) Condition Monitoring Group)

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.3


VIII.11 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.4
VIII.12

Agravamento de uma folga Folga severa

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.13 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.14

Folga grave Componentes de um rolamento

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.15 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.16
Fr.T1.03 Ut.08

VIII.8 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


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IEFP - ISQ Técnicas de Diagnóstico Off-line e On-line

Dados dimensionais para determinar as Bandas de frequência associadas a


frequências típicas de um rolamento técnicas de detecção e diagnóstico

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.17 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.18

Analisador
Rolamento analógico
de baixa velocidade de Colector
Rolamento desubstituição
após dados
(fotografia
rotação emgentilmente
avançado cedida
estado pela
de (fotografia gentilmente cedida pela SKF
Brüel & Kjær)
degradação Condition Monitoring Group)

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.3


VIII.19 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.4
VIII.20

Harmónica da velocidade de rotação Bandas lateriais associadas à


muito próxima da 2ª harmónica da passagem dos pólos
frequência da rede eléctrica

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.21 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.22

Frequência de passagem das barras do Presença da frequência de 100 Hz


rotor com bandas laterais de 100 Hz associada a deformação induzida por
base deformada

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.23 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.24
Fr.T1.03 Ut.08

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.9


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Técnicas de Diagnóstico Off-line e On-line IEFP - ISQ

Alteração da amplitude de 100 Hz Sistema Expert de análise de correntes


após alívio do parafuso

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.25 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.26

Analisador
Frequência analógico
de engrenamento Colector
Espectro de dados
de caixa redutora (I)
(fotografia gentilmente cedida pela (fotografia gentilmente cedida pela SKF
Brüel & Kjær) Condition Monitoring Group)

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.3


VIII.27 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.4
VIII.28

Espectro de caixa redutora (II) Diagrama de Bodé

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.29 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.30

Esquemas do equipamento onde foram Frequência não associada a


recolhidos os registos de ensaio de harmónicas da velocidade de rotação
arranque da máquina

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.31 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.32
Fr.T1.03 Ut.08

VIII.10 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


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IEFP - ISQ Técnicas de Diagnóstico Off-line e On-line

Resultado de teste de impacto

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.33


Fr.T1.03 Ut.08

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.11


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IEFP · ISQ C - Avaliação

C - Avaliação
Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


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IEFP · ISQ Testes

Testes
Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


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IEFP - ISQ Pré-Teste

Formador: Data:

Classificação: Local:

Rubrica:

Pré-Teste de Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos

Nome:
(Maiúsculas)

1. Quais são as técnicas utilizadas na análise de condição?

2. Quais são os dois grupos de transdutores de contacto?

3. Quais são as vantagens dos acelerómetros?

4. A que se refere a norma ISO 2372?

5. Quais os tipos de controlo que podem ser efectuados pela monitorização?


Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos 1/1


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IEFP - ISQ Teste

Formador: Data:

Classificação: Local:

Rubrica:

Teste de Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos

Nome:
(Maiúsculas)

1. Como é que se consegue aumentar a disponibilidade produtiva da instalação fabril?

2. Supondo que temos uma vibração sinusoidal à frequência de 60 Hz, com uma amplitude de deslocamento
de 80 mm (pico), qual é a amplitude dessa vibração em velocidade?

3. Quais são as vantagens dos transdutores de velocidade?

4. Quais são os equipamentos a que se aplicam tabelas de severidade?

5. Quais as avarias que são possíveis de detectar com a técnica do espectro de frequência?

6. O que é possível identificar com o diagrama de Bodé?

7. Quais os aspectos a ter em conta na localização de cada ponto de leitura?

8. Quais são as vantagens dos medidores de nível global?

9. Quando é que temos o desequilíbrio de binário?

10. Quantas fases de degradação se podem identificar num rolamento?


Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos 1/1


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IEFP · ISQ R esolução dos Testes

Resolução dos Testes


Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


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IEFP - ISQ Resolução do Pré-Teste

Formador: Data:

Classificação: Local:

Rubrica:

Resolução do Pré-Teste de Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos

Nome:
(Maiúsculas)

1. Quais são as técnicas utilizadas na análise de condição?

As técnicas são:

• Análise de vibrações;

• Termografia;

• Análise de correntes em motores;

• Ultra-sons;

• Tribologia.

2. Quais são os dois grupos de transdutores de contacto?

Os transdutores podem ser velocímetros ou acelerómetros.

3. Quais são as vantagens dos acelerómetros?

As vantagens dos acelerómetros são:

• Possibilitam a recolha de sinais vibratórios, que podem ir de 1 Hz a 20 kHz;

• São fáceis de instalar;

• São bastante resistentes;

• Os modelos vulgarmente utilizados em aplicações industriais possuem um amplificador interno.

4. A que se refere a norma ISO 2372?

A norma ISO 2372 refere-se à avaliação da severidade vibratória de uma máquina.


Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos 1/2


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Resolução do Pré-Teste IEFP - ISQ

5. Quais os tipos de controlo que podem ser efectuados pela monitorização?

Os tipos de controlo podem ser:

• Monitorização em linha (on-line);

• Monitorização periódica (off-line).

Fr.T1.03

2/2 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


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IEFP - ISQ Resolução do Teste

Formador: Data:

Classificação: Local:

Rubrica:

Resolução do Teste de Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos

Nome:
(Maiúsculas)

1. Como é que se consegue aumentar a disponibilidade produtiva da instalação fabril?

Consegue-se aumentar a disponibilidade produtiva se se tiver em consideração os seguintes aspectos:

- Evitar avarias castrastróficas;

- Aumentar a fiabilidade do equipamento;

- Melhorar o planeamento de paragens programadas.

2. Supondo que temos uma vibração sinusoidal à frequência de 60 Hz, com uma amplitude de deslocamento
de 80 mm (pico), qual é a amplitude dessa vibração em velocidade?

V=0,707X80X10-3 x2x3,14x60=21,3 ms.-1RMS.

3. Quais são as vantagens dos transdutores de velocidade?

As vantagens dos tradutores de velocidade são:

- Autoferadores, ou seja, não necessitam de fonte de alimentação;

- Não necessitam de condicionador de sinal.

4. Quais são os equipamentos a que se aplicam tabelas de severidade?

As tabelas de severidade aplicam-se a:

- Ventiladores;

- Bombas centrífugas;

- Turbinas a vapor;

- Compressores centrífugos;

- Caixas redutoras;

- Motores eléctricos.
Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos 1/3


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Resolução do Teste IEFP - ISQ

5. Quais as avarias que são possíveis de detectar com a técnica do espectro de frequência?

É possível detectar o desalinhamento e o desequilíbrio.

6. O que é possível identificar com o diagrama de Bodé?

O diagrama de Bodé identifica a variação do ângulo de fase da vibração filtrada, por exemplo a 1 x
rpm e a amplitude da vibração a essa frequência.

7. Quais os aspectos a ter em conta na localização de cada ponto de leitura?

Os aspectos a ter em conta na localização de cada ponto de leitura são:

- Tipo de tradutor a utilizar;

- Parâmetro de medida a utilizar;

- Sensibilidade do acelerómetro;

- Conjunto de dados que dizem respeito ao equipamento a inspeccionar.

8. Quais são as vantagens dos medidores de nível global?

As vantagens são o preço e a sua fácil utilização.

9. Quando é que temos o desequilíbrio de binário?

O desequilíbrio de binário acontece quando temos duas forças com a mesma intensidade, mas com o
ãngulo de fase em oposição.

10. Quantas fases de degradação se podem identificar num rolamento?

Podem-se identificar quatro fases de degradação.

1ª fase: Vibrações ultra-sónicas aleatórias.


Nesta fase, as vibrações em presença são de muito alta frequência (entre 5 kHz e 300 kHz).
Esta é a fase de vida restante do rolamento, entre os 10% e 20% da sua vida nominal (L10);

2ª fase: Vibrações associadas à frequências naturais de cada um dos componentes do rolamento (anel
interior, anel exterior, esferas/roletes e gaiola). A gama de frequências em presença situa-se
entre os 500 Hz e 2 kHz. Esta é a fase de vida restante do rolamento, entre os 5% e 10% da
sua vida nominal (10);

3ª fase: Vibrações associadas à geometria do rolamento. Estas dão-se numa gama de frequências resul-
tantes das expressões apresentadas anteriormente. A gama de frequências em presença situa-
se entre os 0,5 x rpm e 20 x rpm do veio onde o rolamento se encontra. Esta é a fase de vida
restante do rolamento, entre os 1% e 5% da vida nominal (10).
Fr.T1.03

2/3 Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
IEFP - ISQ Resolução do Teste

4ª fase: Vibrações resultantes da soma e diferença das frequências


em presença, na 3ª fase. A gama de frequências em pre-
sença situa-se na faixa das frequências da 3ª fase e har-
mónicas das mesmas. Esta é a fase de vida restante do rola-
mento entre poucas horas e 1% da sua vida nominal (10).
Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos 3/3


Guia do Formador
IEFP · ISQ Ane
Anexx o - Tr ansparências

Anexo - Transparências
Fr.T1.03

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos


Guia do Formador
Estratégias de organização da manutenção

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos I.1


Técnicas utilizadas na Análise de Condição

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos I.2


Movimento harmónico

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.1


Espectro de frequências

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.2


Sinais harmónicos de 16,56 Hz

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.3


Sinais em oposição de fase

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.4


Cadeia de medição para obtenção do ângulo
de fase

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.5


Resposta dos três parâmetros de medida

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos II.6


O transdutor de deslocamento
necessita de alimentação externa

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.1


Transdutor de velocidade

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.2


Resposta em frequência (I)

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.3


Acelerómetro com integração interna

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.4


Acelerómetro

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.5


Resposta em frequência (II)

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.6


Resposta em frequência (III)

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.7


Resposta em frequência
com acelerómetro roscado

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.8


Resposta em frequência
com acelerómetro colado

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.9


Resposta em frequência
de acelerómetro com base magnética

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.10


Resposta em frequência
de acelerómetro com utilização de ponteira

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.11


Leitura na posição vertical

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.12


Leitura na posição horizontal

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.13


Leitura na posição axial

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.14


Leitura na posição correcta

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.15


Leitura na posição incorrecta

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.16


Codificação dos pontos de leitura

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.17


Espectro obtido com acelerómetro com
ponteira

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.18


Espectro obtido com acelerómetro com base
magnética

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.19


Espectro obtido com acelerómetro colado

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.20


Comparação entre os diversos métodos
de leitura e a influência que têm na
amplitude obtida

Figura Método de Amplitude


-1
(mm.s RMS)

III.20 ponteira 13,4

III.21 Base magnética 2,5

III.22 Acelerómetro colado 1,3

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos III.21


Ilustração de três classes da
ISO 2372
Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos IV.1
Sinal sinusoidal não amortecido

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.1


Sinal não harmónico com amortecimento

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.2


Sinal transitório

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.3


Decomposição de um sinal em tempo em
dois sinais sinusoidais

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.4


Espectro exemplificando a frequência de
funcionamento

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.5


Espectro ilustrando a posição do
cursor a identificar a 2ª ordem da
frequência de funcionamento

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.6


Curva de tendência

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.7


Exemplo de mapa espectral

2.5

0 (G) 0

(F) 0

(E) 0

(D) 0

( C) 0

(B) 0

(A) 0
0 200 400 600 800 1000

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.8


Diagrama em cascata

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.9


Diagrama de BODÉ

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.10


Diagrama polar

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos V.11


Sistemas de monitorização on-line

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.1


Monitorização periódica com colector de
dados

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.2


Cadeia de medição com um colector de
dados

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.3


Estrutura da base de dados

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.4


Equipamentos do percurso da estação de
bombagem

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.5


Pontos de leitura da bomba 003 do percurso
da estação de bombagem

Legenda:

1
2 Pontos de leitura de sinal vibrométrico
3
4

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.6


Codificação dos pontos de leitura da bomba
003

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.7


Configuração do ponto de leitura 1V da
bomba 003

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.8


Relatório da inspecção à bomba 003

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.9


Espectro obtido no ponto 2V

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.10


Espectro e máscara do ponto 2V

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.11


Ficha de inspecção utilizada com um
medidor de nível global

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VI.12


Equipamentos de medida e análise

Medidor de impulsos de choque

Medidor de nível global

Colector de dados

Analisador analógico

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VII.1


Zona subsíncrona

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.1


Harmónicas

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.2


Harmónicas síncronas

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.3


Desequilíbrio estático

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.4


Desequilíbrio dinâmico

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.5


Desequilíbrio de binário

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.6


Cadeia de medição para obtenção do ângulo
de fase

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.7


Antes da correcção de desequilíbrio

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.8


Após a correcção do desequilíbrio

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.9


Exemplo de desalinhamento

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.10


Condição de desalinhamento que pode ser
confundida com desequilíbrio

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.11


Condição de folga mais frequente

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.12


Agravamento de uma folga

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.13


Folga severa

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.14


Folga grave

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.15


Componentes de um rolamento

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.16


Dados dimensionais para determinar as
frequências típicas de um rolamento

Legenda:

Bd = Diâmetro da esfera ou rolete

Pd = Diâmetro primitivo

Ø = Ângulo de contacto

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.17


Bandas de frequência associadas a técnicas
de detecção e diagnóstico

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.18


Rolamento de baixa velocidade de rotação
em avançado estado de degradação

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.19


Rolamento após substituição

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.20


Harmónica da velocidade de rotação muito
próxima da 2ª harmónica da frequência da
rede eléctrica

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.21


Bandas lateriais associadas à passagem dos
pólos

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.22


Frequência de passagem das barras do rotor
com bandas laterais de 100 Hz

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.23


Presença da frequência de 100 Hz associada
a deformação induzida por base deformada

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.24


Alteração da amplitude de 100 Hz após alívio
do parafuso

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.25


Sistema Expert de análise de correntes

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.26


Frequência de engrenamento

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.27


Espectro de caixa redutora (I)

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.28


Espectro de caixa redutora (II)

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.29


Diagrama de Bodé

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.30


Esquemas do equipamento onde foram
recolhidos os registos de ensaio de arranque

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.31


Frequência não associada a harmónicas da
velocidade de rotação da máquina

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.32


Resultado de teste de impacto

Técnicas de Inspecção de Equipamentos Dinâmicos VIII.33

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