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Universidade Federal de Santa Catarina

Centro Tecnológico
Departamento de Engenharia Civil
Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil - PPGEC
Mestrado em Infraestrutura e Gerência Viária
ECV – 5129 Engenharia de Tráfego

Engenharia de Tráfego

3° Módulo

Análise de Capacidade de Vias


com base no HCM 2010

Professora: Lenise Grando Goldner


ECV 5129 - Engenharia de Tráfego Análise de Capacidade de Vias (HCM 2010)
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................4
1.1 Definições...............................................................................................................4
1.2 Princípios Básicos do Fluxo de Tráfego .................................................................5
2 RODOVIAS DE DUAS FAIXAS .....................................................................................7
2.1 Definição ................................................................................................................7
2.2 Função ...................................................................................................................7
2.3 Classificação ..........................................................................................................7
2.4 Condições Básicas .................................................................................................9
2.5 Relações Básicas ...................................................................................................9
2.6 Nível de Serviço – Level of Service (LOS) .............................................................9
2.7 Capacidade ..........................................................................................................11
2.8 Metodologia ..........................................................................................................12
2.8.1 Passo 1: Dados de Entrada .................................................................................... 13
2.8.2 Passo 2: Velocidade de fluxo livre estimada (FFS) ................................................. 13
2.8.3 Passo 3: Ajustamento do fluxo de demanda para velocidade média de viagem(ATS) 1
2.8.4 Passo 4: Estimar ATS (aplicado somente nas rodovias de classe I e III) ................. 17
2.8.5 Passo 5: Ajustamento da demanda para cálculo:.................................................... 18
2.8.6 Passo 6: Estimar PTSF........................................................................................... 20
2.8.7 Passo 7: Estimar PFFS (somente usado em rodovias classe III) ............................. 21
2.8.8 Passo 8: Determinação do nível de serviço (LOS) e da capacidade: ....................... 22
3 FAIXAS MÚLTIPLAS ...................................................................................................23
3.1 Características .....................................................................................................23
3.2 Capacidade ..........................................................................................................23
3.3 Velocidade de Fluxo Livre ....................................................................................23
3.4 Condições básicas ...............................................................................................23
3.5 Características do fluxo ........................................................................................24
3.6 Nível de serviço (LOS) – Modo automóvel ...........................................................25
3.7 Dados de entrada .................................................................................................26
3.7.1 Dados do segmento ..........................................................................................26
3.7.2 Dados de demanda ..........................................................................................26
3.7.3 Comprimento ou período de análise .................................................................26
3.8 Metodologia ..........................................................................................................27
3.8.1. Dados de Entrada................................................................................................... 28
3.8.2. Computar FFS ........................................................................................................ 28
3.8.3. Selecionar a curva FFS .......................................................................................... 29
3.8.4. Ajustamento do volume da demanda ....................................................................... 29
3.8.5. Estimar velocidade e densidade .............................................................................. 32
3.8.6. Determinação do nível de serviço (LOS)................................................................. 32

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4 FREEWAYS ................................................................................................................33
4.1 Segmento Básico de Freeway..............................................................................33
4.2 Características e Tipos de Fluxo ..........................................................................33
4.3 Condições básicas ...............................................................................................33
4.4 Curvas velocidade – fluxo para condições básicas ..............................................34
4.5 Nível de Serviço (LOS) .........................................................................................35
4.6 Critério para obter nível de serviço.......................................................................36
4.7 Dados de entrada necessários .............................................................................36
4.7.1 Da Freeway ......................................................................................................36
4.7.2 Da Demanda.....................................................................................................36
4.8 Metodologia ..........................................................................................................37
4.8.1 Dados de entrada .............................................................................................38
4.8.2 Computar FFS ..................................................................................................38
4.8.3 Seleção da curva FFS ......................................................................................39
4.8.4 Ajustamento do volume da demanda ...............................................................39
4.8.5 Estimar velocidade e densidade .......................................................................41
4.8.6 Determinação do nível de serviço (LOS) ..........................................................41
5 ENTRELAÇAMENTO ..................................................................................................42
5.1 Definição ..............................................................................................................42
5.2 Comprimento do segmento de entrelaçamento....................................................42
5.3 Largura de Entrelaçamento ..................................................................................42
5.4 Configuração do segmento de entrelaçamento ....................................................43
5.4.1 Segmento de entrelaçamento de uma lado (one sided)(unilateral) ..................43
5.4.2 Segmento de entrelaçamento de dois lados (two sided)(bilateral) ...................43
LCrf = n◦ mínimo de troca de faixas que um veículo que entrelaça da rampa para a
freeway deve fazer para completar o movimento com sucesso. .....................................44
5.5 Metodologia ..........................................................................................................46
Parâmetros ............................................................................................................................ 47
6 RAMPAS E JUNÇÕES DE RAMPAS ..........................................................................53

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Definições

Fluxo Ininterrupto:
Não tem elementos fixos (semáforos) que causam interrupção do tráfego.
Condições do tráfego resultam da interação entre veículos, das características
geométricas e do meio ambiente da rodovia.

Fluxo Interrompido:
Existem elementos fixos que causam interrupções no fluxo (semáforos, pare).
Forma mais pura de fluxo ininterrupto: Freeway acesso controlado.
Faixas múltiplas fluxo ininterrupto apenas em segmentos.

Capacidade:

Máxima taxa horária de fluxo de tráfego que pode ser esperada numa seção da via, por
sentido (ou nos 2 sentidos para o caso de vias de sentidos opostos), durante um dado
período de tempo (normalmente 1 hora), nas condições prevalecentes da via e do tráfego.

Condições prevalecentes para definição de capacidade:


Aquelas que são fixadas pelas características físicas da via (ex: largura e greide).
Aquelas que são dependentes da natureza do tráfego da via (ex: composição do
tráfego).

Nível de serviço:

É a medida qualitativa da influência de vários fatores nas condições de funcionamento de


uma via, sujeita a diversos volumes de tráfego. São elas: velocidade, tempo de percurso,
interrupção do tráfego, liberdade de manobras, etc.

Quantitativamente: medido pela relação volume / capacidade (v/c), variando de 0 a 1.

Níveis de serviço são 6 A, B, C, D, E e F


Capacidade corresponde ao nível “E” v/c = 1

Nível de serviço A:
Corresponde a uma situação de fluidez do tráfego, com baixo fluxo de tráfego e
velocidades altas, somente limitadas pelas condições físicas da via. Os condutores não
se vêem forçados a manter determinada velocidade por causa de outros veículos.

Nível de serviço B:
Corresponde a uma situação estável, quer dizer, que não se produzem mudanças
bruscas na velocidade, ainda que esta começa a ser condicionada por outros veículos,
mas os condutores podem manter velocidades de serviço razoável e em geral
escolhem a faixa de tráfego por onde circulam.
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Os limites inferiores de velocidade e fluxo que definem este nível são análogos aos
normalmente utilizados para o dimensionamento de vias rurais.
(relação 0,35 < v/c  0,50)

Nível de serviço C:
Corresponde a uma circulação estável, mas a velocidade e a manobrabilidade estão
consideravelmente condicionadas pelo resto do tráfego. Os adiantamentos e a troca de
faixa são mais difíceis, mas as condições de circulação são toleráveis.
Os limites inferiores de velocidade e fluxo são análogos aos normalmente utilizados
para o dimensionamento de vias urbanas (relação 0,75  v/c > 0,50).

Nível de serviço D:
Corresponde a uma situação que começa a ser instável, quer dizer, em que se
produzem trocas bruscas e imprevistas na velocidade e a manobrabilidade dos
condutores está muito restringida pelo resto do tráfego.
Nesta situação aumentos pequenos no fluxo obrigam a trocas importantes na
velocidade. Ainda que a situação não seja cômoda, pode ser tolerada durante períodos
não muito longos. A relação v/c é maior que 0,75 e menor que 0,90.

Nível de serviço E:
Supõe que o tráfego é próximo a capacidade da via e as velocidades são baixas. As
paradas são frequentes, sendo instáveis e forçadas as condições de circulação.
(relação 1,0  v/c > 0,90)

Nível de serviço F:
O nível F corresponde a uma circulação muito forçada, com velocidades baixas e filas
frequentes que obrigam a detenções que podem ser prolongadas.
O extremo do nível F é um absoluto congestionamento da via (que se alcança nas
horas de pico em muitas vias centrais nas grandes cidades).

1.2 Princípios Básicos do Fluxo de Tráfego

Medidas do fluxo de tráfego:

Velocidade
Volume e/ou taxa de fluxo
Densidade.

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Fator de pico horário (PHF):

Volume Horário (V)


PHF
taxa de fluxo no pico (dentro da hora)
V
PHF
4 V15 MÁXIMO

onde:
PHF= varia de 0,25 a 1,0
V Volume horário (veículos por hora).
V15 Volume durante o pico de 15 minutos do pico da hora, em veículos / 15 minutos.

V
v
PHF
v taxa de fluxo para o pico do período de 15 minutos, em vph.
V volume de pico horário, em vph.
PHF fator de pico horário.

OBS: 1ft (pé) = 0,305m


1mi (milha) = 1,61km

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2 RODOVIAS DE DUAS FAIXAS

2.1 Definição
Via não dividida, com duas faixas, cada uma usada pelo tráfego em uma direção.
Manobras de ultrapassagem são limitadas através de brechas (vazios) na corrente de
tráfego oposta e também pela avaliação de distância suficiente e segura para
ultrapassagem. Como a rodovia pista simples com duas faixas possui restrições de
geometria, com acréscimo do fluxo de tráfego, as oportunidades de ultrapassagem
diminuem. Então acontece a formação de pelotões na corrente de tráfego, com veículos
em comboio, sujeitos a atraso adicional devido à falta de condições para ultrapassar
outros veículos.

2.2 Função
Rodovias de duas faixas são elementos chave nos sistemas rodoviários de muitos estados
e cidades. Elas estão localizadas em diferentes áreas geográficas e possuem inúmeras
funções de tráfego. As rodovias de duas faixas também são utilizadas para viagens de
bicicletas e viagens recreacionais.
Mobilidade eficiente – é a principal função de rodovias de duas faixas principal, que
conecta pólos geradores de viagens ou que é usada como ligação primária em
redes rodoviárias estaduais ou federais. Velocidade de operação alta e constante,
além de pouco atraso de ultrapassagem, são desejáveis neste tipo de instalação.
Acessibilidade – principalmente em rodovias usadas como ligação primária,
conectando áreas remotas e pouco povoadas. Embora a velocidade alta seja
benéfica, este não é o principal objetivo. Atrasos, indicando a formação de veículos
em pelotão, é a medida da qualidade de serviço mais relevante.
Rodovias de duas faixas também são usadas com fins turísticos e recreacionais,
onde a vista e o ambiente são apreciados sem interrupção do tráfego ou atraso.
Neste caso, não é relevante alta velocidade de operação. Podem ocorrer atrasos de
ultrapassagem e de distração ao longo do percurso.
Rodovias de duas faixas podem passar ou servir pequenas cidades e comunidades.
Essas áreas têm uma densidade de desenvolvimento maior do que o esperado
para uma rodovia rural, com velocidades limites muitas vezes inferior. Nesses
casos, o motorista espera ser capaz de manter velocidades próximas ao limite
exigido.

2.3 Classificação
CLASSE I
relativa alta velocidade;
principais rotas entre cidades;
arteriais primárias conectando os geradores de tráfego principais;
rotas de uso diário;
ligações primárias estaduais ou federais;
viagens de longa distância.

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CLASSE II
expectativa do motorista não é de viajar em alta velocidade;
servem de acesso para rodovias de classe I;
usadas como rotas turísticas e recreacionais (e não como arterial principal);
que passa por terreno acidentado (impossível alta velocidade de operação);
viagens curtas, começando ou terminando em pontos de viagens longas;

CLASSE III
rodovias que servem áreas de desenvolvimento moderado;
podem ser segmentos de rodovias classe I ou classe II que passam por pequenas
cidades ou áreas recreacionais desenvolvidas;
neste caso, o tráfego local se mistura ao tráfego de passagem, e a densidade de
pontos de acesso é visivelmente superior que em uma área exclusivamente rural;
podem ser segmentos longos que passam por áreas recreacionais espalhadas,
aumentando também a densidade local;
esses segmentos de rodovias são muitas vezes acompanhados pela redução do
limite de velocidade, que reflete no aumento do nível de atividade.

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2.4 Condições Básicas

largura da faixa ≥ 12 ft (± 3,66 m);


largura do acostamento ≥ 6 ft (± 1,83 m);
não existir zonas de não ultrapassagem;
somente carros de passeio na corrente de tráfego;
terreno em nível (relevo plano);
nenhum impedimento no fluxo de tráfego (ex: sinais de trânsito, retorno de veículos).

2.5 Relações Básicas

2.6 Nível de Serviço – Level of Service (LOS)

Para Classe I: % do tempo esperando para ultrapassar (PTSF) + velocidade média


de viagem (ATS);
Para Classe II: % do tempo esperando para ultrapassar (PTSF);
Para Classe III: % da velocidade de fluxo livre (PFFS). Representa a capacidade dos
veículos viajarem próximo da velocidade limite determinada.
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LOS “A”

Classe I velocidade de viagem alta;


facilidade de ultrapassagem;
pelotões de 3 veículos ou mais, são raros.
Classe II velocidade controlada principalmente pelas condições da rodovia;
pequenos pelotões são esperados.
Classe III velocidade de viagem próxima ou igual a velocidade de fluxo livre (FFS).

LOS “B”

A demanda por ultrapassagem e a capacidade de ultrapassagem são equilibradas.


Classe I pelotões tornam-se visíveis;
Classe II algumas reduções de velocidade podem ocorrer na classe I
dificuldade para manter a velocidade de fluxo livre (FFS), mas a redução de
Classe III
velocidade ainda é pequena.

LOS “C”

A maioria dos veículos trafega em pelotões, esperando para ultrapassar;


As velocidades são visivelmente reduzidas nas três classes de rodovias.

LOS “D”

Acréscimo significante de pelotões em todas as classes.


Classe I demanda por ultrapassagem é alta, mas a capacidade de ultrapassagem se
Classe II aproxima de zero;
uma alta porcentagem de veículos viaja em pelotões e o PTSF é
significativo.
Classe III A diminuição na velocidade de fluxo livre (FFS) agora é significante.

LOS “E”

A demanda se aproxima da capacidade.


Classe I ultrapassagem é praticamente impossível e o PTSF (% de tempo
Classe II esperando para ultrapassar) é mais de 80%.
velocidades muito baixas
Classe III Velocidades de viagem menor que 2/3 da velocidade de fluxo livre (FFS).

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O limite inferior do nível de serviço “E” representa a capacidade da rodovia.
LOS “F”

O fluxo de demanda em uma ou ambas as direções excedem a capacidade do segmento.


As condições de operação são instáveis. Existem grandes congestionamentos em todas
as classes de rodovias de duas faixas.

2.7 Capacidade

1700 pc/h por direção;


não deve exceder a 3200 pc/h em ambas as direções em trechos longos;
em trechos curtos (túneis ou pontes) não deve exceder a 3200-3400 pc/h em ambas
as direções.

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2.8 Metodologia

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2.8.1 Passo 1: Dados de Entrada

2.8.2 Passo 2: Velocidade de fluxo livre estimada (FFS)


FFS é a medida em baixos volumes, menores que 200 pc/h;
métodos de medida:
o medidas de campo;
o estimativa a partir de um valor básico.

Medidas de campo:
períodos de baixo volume (<200 veic/h) e por amostragem (uma cada 10 veículos),
com amostra de 100 veículos;
no caso de as amostras serem obtidas com volumes > 200 veic/h, usar a equação
15-1:

Equação 15-1
Onde:
FFS velocidade de fluxo livre estimada (km/h);
SFM velocidade média da amostra (mi/h);
v fluxo de tráfego observado, nas duas direções, durante o período de medição (veic/h);
fHV,ATS fator de ajustamento de veículos pesados, para ATS (equação 15-4 ou 15-5).

Estimativa de FFS:
quando os dados de campo não estão disponíveis;
analisar as condições de operação para definir a velocidade de fluxo livre básica
(BFFS). Adota-se como BFFS a velocidade de projeto. De maneira grosseira,
também se pode adotar como BFFS a velocidade limite da rodovia, acrescida de 10
mi/h;
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depois corrigir através da equação 15-2:

FFS BFFS fls fa


Equação 15-2
onde:
FFS velocidade de fluxo livre (mi/h);
BFFS FFS básica (mi/h);
fls ajustamento para largura de faixa e largura de acostamento – tabela 15-7;
fa ajustamento devido aos pontos de acesso – tabela 15-8.

2.8.3 Passo 3: Ajustamento do fluxo de demanda para velocidade média de


viagem(ATS)

Equação 15-3
onde:
vi,ATS equivalente em carros de passeio para a taxa de fluxo do período de pico de 15 minutos
(pc/h);
i “d” (direção da análise) ou “o” (direção oposta);
V
fg,ATS fator de ajustamento de greide (a partir de ) (tabela 15-9 ou 15-10);
PHF
Vi volume da demanda para o pico horário completo, na direção i (veic/h);
fHV,ATS fator de ajustamento para veículos pesados (equação 15-4 ou 15-5);
PHF fator de pico horário, que representa a variação do fluxo de tráfego dentro da hora.

FATOR DE AJUSTAMENTO DE GREIDE:

Depende do tipo de terreno.

Pode ser constituído de:


Segmentos com extensão ≥ 2mi de terreno em nível.
Segmento com extensão ≥ 2mi de terreno ondulado.
Greide específico de subida.
Greide específico de descida.

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“Deve” ser considerado greide específico:


Um greide de 3% ou + por 0,6mi ou + de extensão.

“Pode” ser considerado greide específico:


Um greide de 3% ou + por 0,25mi ou + de extensão.

Para entrar nas tabelas dividir o volume horário pelo PHF.

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FATOR DE AJUSTAMENTO DEVIDO AOS VEÍCULOS PESADOS:

PT = proporção de caminhões e ônibus no fluxo de tráfego (decimal).


PR = proporção de RV´s no fluxo de tráfego (decimal).
ET = Equivalente em carros de passeio para caminhões e ônibus – Tabela 15-11 ou 15-12.
ER = Equivalente em carros de passeio para RV´s – Tabela 15-11 ou 15-13.

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Para descidas onde os caminhões viajam em velocidade lenta (caminhões engrenados)

PTC = Proporção de caminhões operando em velocidade lenta (caminhões engrenados).


ETC = Equivalente em carros de passeio caminhões operando em velocidade lenta (caminhões
engrenados). Tabela 15-14

2.8.4 Passo 4: Estimar ATS (aplicado somente nas rodovias de classe I e III)

Onde:

ATSd = Velocidade média de viagem na direção de análise(mi/h)


FFS = Velocidade de fluxo livre(mi/h)
vd,ATS = Taxa de fluxo de demanda na direção de análise (pc/h)
vo,ATS = Taxa de fluxo de demanda na direção de oposta (pc/h)
fnp, ATS = Fator de ajustamento para ATS devido a porcentagem de zonas de não ultrapassagem
na direção de análise – Tabela 15-15

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Observar que vo é dado em carros de passeio / hora.

2.8.5 Passo 5: Ajustamento da demanda para cálculo do FFS:

Onde:

vi,PTSF = Taxa de fluxo de demanda i para determinação de PTSF(pc/h)


i = “d” (na direção de análise) ou
i = “o” (na direção de oposta).
fg,PTSF = Fator de ajustamento de greide para determinação do PTSF – Tabela 15-16 ou 15-17
fhv,PTSF = Fator de veículo pesado para determinação do PTSF – Tabela 15-18 ou 15-19.

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2.8.6 Passo 6: Estimar PTSF

Onde:

PTSFd = Percentagem de tempo em pelotão na direção de análise (decimal)


BPTSFd = Percentagem básica de tempo em pelotão na direção de análise, dado pela equação:

Onde:

a e b são dados na tabela 15-20;


vd,PTSF = taxa de fluxo de demanda na direção de análise para determinação de PTSF(pc/h).
vo,PTSF = taxa de fluxo de demanda na direção oposta para determinação de PTSF(pc/h).
fnp,PTSF = Ajustamento para PTSF devido a percentagem de zonas de não ultrapassagem, na
direção de análise. Tabela 15.21.
v = vd + v0

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2.8.7 Passo 7: Estimar PFFS (somente usado em rodovias classe III)

ATSd
PFFS
FFS

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2.8.8 Passo 8: Determinação do nível de serviço (LOS) e da capacidade:

LOS:

Usar tabela 15-3

Para classe I – Com ATS e PTSF.


Para classe II – Com PTSF.
Para classe III – Com PFFS.

CAPACIDADE:

Em condições básicas = 1700pc/h por direção

Em condições prevalecentes – Usar as equações:

Para as rodovias Classe I pode-se calcular os dois valores e adotar o menor.


Para as rodovias Classe II adotar Cd,PTSF
Para as rodovias Classe III adotar somente Cd,ATS

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3 FAIXAS MÚLTIPLAS

3.1 Características

limites de velocidade de 44 a 55 mi/h; (70km a 88km)


4 a 6 faixas em ambas as direções;
com canteiro central ou TWLTL (faixa de giro à esquerda);
pode ser não dividida;
normalmente localizadas em áreas suburbanas, conduzindo para áreas entrais, ou
corredores de alto volume de tráfego rural, ou duas atividades importantes que
geram um tráfego diário substancial;
semáforos espaçados de, no mínimo, 2 mi; (3,20km)
volumes de tráfego entre 15.000 e 40.000 veículos/dia.

3.2 Capacidade

Sob condições básicas:

60mi/h (97 km/h)→ 2200 pc/h/ln


55mi/h (88 km/h)→ 2100 pc/h/ln
50mi/h (80 km/h)→ 2000 pc/h/ln
45mi/h (72 km/h)→ 1900 pc/h/ln

3.3 Velocidade de Fluxo Livre

Velocidade do tráfego em baixos volumes e baixas densidades (<1400 pc/h/ln)

3.4 Condições básicas

Bom tempo;
Boa visibilidade;
Não acidentes ou incidentes;
Não “obras na pista”;
Não defeitos no pavimento que afetam operação;
Não veículos pesados;
Motoristas rotineiros;

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3.5 Características do fluxo

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3.6 Nível de serviço (LOS) – Modo automóvel

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3.7 Dados de entrada

3.7.1 Dados do segmento

FFS → 45 a 60mi/h (72 a 97 km/h);


Numero de faixas por direção: 2 ou 3;
Largura de faixa = 10ft até >12ft;
Desobstrução lateral a direita = 0ft até > 6ft;
Pontos de acesso = 0 a 40 pontos/ mi;
Terreno: nível, ondulado, montanhoso ou comprimento e % de greide para greide
específico;
Tipo de divisor central: dividida, TWLTL ou não dividida;

3.7.2 Dados de demanda

Demanda durante a hora de análise ou demanda diária, k-fator ou d-fator;


Presença de veículos pesados (caminhões e ônibus, trailers (RV´s))
0 a 100% terreno genérico;
0 a 25% greide específico;
Fator de pico horário (PHF);
Fator população motorizadas(fp): 0,85 a 1,0;

3.7.3 Comprimento ou período de análise

15 minutos críticos devido à hora de pico, entretanto pode ser aplicado para qualquer
dos 15min;
Quando o volume da demanda é usada, a taxa de fluxo é medida com uso do PHF;
Quando o volume dos 15 minutos é diretamente medido, o pior período de análise
dentro da hora é selecionada, e a taxa de fluxo é o volume dos 15 minutos
multiplicados por 4;

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3.8 Metodologia

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3.8.1. Dados de Entrada

3.8.2. Computar FFS

3.8.2.1 Medidas de Campo

diretamente de medidas de campo em baixos volumes (1400 pc/h/ln): não é preciso


ajustar;
medidas de campo: 1 a cada 10 veículos (sempre o décimo veículo), pelo menos 100
veículos medidos.

3.8.2.2 Estimação de FFS

FFS BFFS flw flc fm fa

onde:
BFFS FFS básica (mi/h);
FFS FFS estimada (mi/h);
flw fator de ajustamento devido a largura de faixa (mi/h) - tabela 14-8;
flc fator de ajustamento devido a desobstrução lateral - tabela 14-9;
fm fator de ajustamento devido ao tipo de divisor central - tabela 14-10;
fa fator de ajustamento devido aos pontos de acesso - tabela 14-11;

3.8.2.3 FFS básica (BFFS)

- é aproximadamente 5 mi/h mais alta que os limites de velocidade de 50 mi/h ou mais,


e
- 7 mi/h mais alta que os limites de velocidade menores que 50 mi/h;

TLC = LCR + LCL


TLC = Desobstrução lateral total (valor máx = 12ft)
LCR = Desobstrução lateral à direita (valor máx = 6ft)
TCL = Desobstrução lateral à esquerda (valor máx = 6ft)
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Observações gerais:
1 – Quando a rodovia de faixas múltiplas é “não dividida”, não se assume obstrução lateral à
esquerda e se adota o valor de 6 ft (pés). O mesmo ocorre quando temos TWLTW (faixa de
giro à esquerda).
2 – Após a Tabela 14-15 para caminhões: No caso de RV’s adotar o equivalente para carros
de passeio Er sempre igual a 1,2 para descida.

3.8.3. Selecionar a curva FFS

42,5 mi/h ≤ FFS < 47,5 mi/h → Use FFS = 45 mi/h;


47,5 mi/h ≤ FFS < 52,5 mi/h → Use FFS = 50 mi/h;
52,5 mi/h ≤ FFS < 57,5 mi/h → Use FFS = 55 mi/h;
57,5 mi/h ≤ FFS < 62,5 mi/h → Use FFS = 60 mi/h;

3.8.4. Ajustamento do volume da demanda

onde:
vP taxa de fluxo de demanda sob condições básicas, em equivalentes em carros de passeio
(pc/h/ln);
V volume horário (veic./h), sob condições prevalecentes;
N número de faixas por sentido;
PHF fator de pico horário; (normalmente entre 0,75 e 0,95);
fhv fator de ajustamento devido a veículos pesados;
fp fator devido a população motorizada.

onde:
Et equivalente em carros de passeio para um caminhão ou ônibus.
Er equivalente em carros de passeio para um veículo recreativo (RV);
Pt proporção de caminhões e ônibus (decimal);
Pr proporção de Rv’s no fluxo de tráfego (decimal);
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Et e Er

- para trechos genéricos de rodovia: tabela 14-12;

- para greide específico: tabelas 14-13, 14-14 (para subida) e tabela 14-15 (para
descida);
- considera-se um greide entre 2% e 3% trecho mais longo que 0,5mi ou de 3% ou
mais para trechos mais longo que 0,25mi como segmento separado.

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- equivalentes para greides compostos: computar greide médio definido como o


aumento total desde o inicio do greide composto até o ponto de interesse, dividido pelo
comprimento entre esses pontos.
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Ajustamento para população motorizada:


- varia de 0,85 a 1,00, sendo 1,00 para usuários costumeiros e familiarizados com a
via.

3.8.5. Estimar velocidade e densidade

Com a equação da figura 14-3, a velocidade média esperada pode ser computada (S).
- A densidade é dada por:

vP
D
S

D = densidade (pc/mi/ln),
vP = taxa de fluxo de demanda (pc/h/ln), e
S = velocidade média do fluxo (mi/h)

3.8.6. Determinação do nível de serviço (LOS)

A partir da densidade(D), entrar na tabela 14-4 e tirar o LOS.

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4 FREEWAYS

4.1 Segmento Básico de Freeway

4.2 Características e Tipos de Fluxo


Não saturado (regime de fluxo livre): fluxo não afetado por fluxos posteriores ou anteriores (a
montante e a jusante);
Regime de descarga de fila: tráfego que passa através de um ponto de estrangulamento e
está acelerando para retornar a FFS;
Super saturado (regime de fluxo congestionado): congestionado, com filas extensas,
veículos se movem lentamente através da fila, com períodos de parada e de movimento.

4.3 Condições básicas


largura de faixa ≥ 12ft;
acostamento lateral direito ≥ 6ft ;
somente carros de passeio;
bom tempo;
boa visibilidade;
NÃO acidentes ou incidentes;
NÃO “obras na pista”;
NÃO pavimento deteriorado que afeta operação;
motoristas rotineiros.

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4.4 Curvas velocidade – fluxo para condições básicas

Pontos de Quebra
FFS = 75mi/h : 0 -1000 pc/h/ln
FFS = 70mi/h : 0 -1200 pc/h/ln
FFS = 65mi/h : 0 -1400 pc/h/ln
FFS = 60mi/h : 0 -1600 pc/h/ln
FFS = 55mi/h : 0 -1800 pc/h/ln

Arredondamentos:

72,5mi/h ≤ FFS < 77,5mi/h : use FFS = 75mi/h


67,5mi/h ≤ FFS < 72,5mi/h : use FFS = 70mi/h
62,5mi/h ≤ FFS < 67,5mi/h : use FFS = 65mi/h
57,5mi/h ≤ FFS < 62,5mi/h : use FFS = 60mi/h
52,5mi/h ≤ FFS < 57,5mi/h : use FFS = 55mi/h

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Capacidade nas condições básicas

Para: 70 e 75mi/h → 2400 pc/h/ln


65mi/h → 2350 pc/h/ln
60mi/h → 2300 pc/h/ln
55mi/h → 2250 pc/h/ln

4.5 Nível de Serviço (LOS)

LOS A - operação em fluxo livre


LOS B - razoável fluxo livre
LOS C - liberdade de manobras restrita, troca de faixas com cuidado, incidentes secundários
são facilmente absorvidos, podem ser esperadas filas atrás de uma obstrução.
LOS D – velocidade começa a declinar com o incremento de fluxo; densidade crescendo
rapidamente; liberdade de manobras muito limitada; incidentes secundários criam filas.
LOS E - operação na capacidade, veículos próximos uns dos outros, incidentes produzem
filas e congestionamento.
LOS F- fluxo instável e interrompido; congestionamento.

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4.6 Critério para obter nível de serviço

4.7 Dados de entrada necessários

4.7.1 Da Freeway
1) FFS: 55 a 75mi/h
2) N◦ de faixas por sentido: mínimo 2
3) Largura de faixa: de 10 a 12 ft ou mais
4) Desobstrução lateral: de 0 a 6 ft ou mais
5) Densidade total de rampa: 0 a 6 rampas/mi
6) Terreno: Nível, ondulado, montanhoso ou greide específico (comprimento e
percentagem)

4.7.2 Da Demanda
1) Demanda durante a “hora” de análise, ou demanda diária e fator-k e fator-D
2) Proporção de veículos pesados (caminhões, ônibus e trailers (Rv´s))
3) PHF → Fator de pico horário = até 1,00
4) Fator de população motorizada = 0,85 a 1,00

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4.8 Metodologia

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4.8.1 Dados de entrada

Volume da demanda
n◦ e larguras de faixas
desobstrução lateral à direita
densidade de rampas
porcentagem de veículos pesados
tipo de terreno
fator população motorizada

4.8.2 Computar FFS

1) FFS medida em campo:

Medida em baixos volumes (<1000pc/h/ln);


Por amostra – cada 10o carro por faixa – no mínimo 100 medidas;

2) Estimar FFS:

FFS = Velocidade de fluxo livre no segmento básico (mi/h)


flw = Fator de ajustamento para largura de faixa (tabela 11-8) (mi/h)
flc = Fator de ajustamento para desobstrução lateral à direita (tabela 11-9) (mi/h)
TRD = Densidade total de rampa (rampas/mi)

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Calculo do TRD – Densidade total de rampa

- n◦ de rampas ((on e off), por sentido) localizadas entre 3 mi a montante e 3 mi a jusante do


ponto médio do segmento básico em estudo dividido por 6 mi.

4.8.3 Seleção da curva FFS

Selecionar 1 curva entre as 5 do gráfico, com arredondamento segundo critérios já citados.

4.8.4 Ajustamento do volume da demanda

onde:

vp = taxa de fluxo equivalente sob condições básicas (pc/h/ln);


V = volume de demanda sob condições vigentes (veic/h);
PHF = Fator de Pico Horário (típico entre 0,85 a 0,93);
N = número de faixas por sentido;
fhv = fator de ajustamento devido a veículos pesados;
fp = fator de ajustamento devido ao tipo de população motorizada;

Fator de ajustamento devido a veículos pesados (fhv)

Pt = proporção de caminhões e ônibus (decimal)


Pr = proporção de RV´s
Et = equivalente em carros de passeio para um caminhão ou ônibus (tabela 11-10 ou 11-11)
Er = equivalente em carros de passeio para um RV (tabela 11-10 ou 11-12)

As tabelas 11-11 e 11-12 são para greide específico de subida.


A tabela 11-13 é para greide específico de descida.

Greide específico: trata-se de um greide entre 2% e 3% mais longo que 0,5mi ou 3% ou +


mais longo que 0,25mi.

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4.8.5 Estimar velocidade e densidade

A partir do gráfico da figura 11-2, utilizando o gráfico ou as equações da tabela 11-3,


conforme o caso, obtém-se o valor da velocidade média do trêfego(S).

D = densidade (pc/mi/ln),
vp = taxa de fluxo (pc/h/ln), e
S = velocidade média (mi/h)

4.8.6 Determinação do nível de serviço (LOS)

A partir da densidade (D) entra-se a tabela 11-5 e tira-se o “LOS”.

PARA O CALCULO DO N◦ DE FAIXAS NECESSÁRIAS:

Calcular v

Determinar MSF na tabela 11-17.


O n◦ de faixas necessárias será:

ou

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5 ENTRELAÇAMENTO

5.1 Definição

É definido como o cruzamento de duas ou mais correntes de tráfego viajando na mesma direção
ao longo de um comprimento significativo da rodovia, sem o auxílio de planos de controle. Ver
figura 12-1.

3 características geométricas afetam a operação em um segmento de entrelaçamento.


Comprimento
Largura
Configuração

5.2 Comprimento do segmento de entrelaçamento

Ls = comprimento curto, a distância em pés entre o ponto final da barreira de sinalização (linhas
brancas sólidas) que proíbem ou desencorajam a troca de faixas.
LB = comprimento básico, a distância em pés entre pontos nas respectivas áreas de pintura onde a
margem esquerda da faixa de tráfego da rampa e a margem direita da faixa de tráfego da freeway
se encontram.

5.3 Largura de Entrelaçamento

Compreende o número de faixas de tráfego dentro do comprimento de entrelaçamento. As


faixas de aceleração ou desaceleração que se estendem particularmente dentro do
segmento de entrelaçamento não se incluem na contagem.

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5.4 Configuração de um segmento de entrelaçamento

5.4.1 One Sided Segments (Segmento de entrelaçamento de um lado)

São a maioria dos segmentos de entrelaçamento. As rampas de entrada e saída estão de um


mesmo lado da freeway – ambas a direita ou ambas a esquerda.
One sided segments são aqueles em que as manobras de entrelaçamento não requerem mais do
que 2 trocas de faixas para serem completadas com sucesso.

A figura 12-3(a) mostra um segmento de entrelaçamento one sided típico, uma rampa de entrada a
direita próxima a uma rampa de saída à direita. As duas são conectadas por uma faixa contínua
auxiliar. Cada veículo entrelaçado deve fazer uma troca de faixa e a turbulência devido à troca de
faixas é claramente do lado direito da freeway.

A figura 12-3(b) mostra um segmento one sided no qual a rampa de saída tem 2 faixas. Um
movimento de entrelaçamento (da rampa para freeway) requer uma troca de faixa. O outro
movimento (freeway para rampa) não necessita fazer troca de faixa.

5.4.2 Two Sided Segments (Segmento de entrelaçamento de dois lados)

Pelo menos uma das manobras de entrelaçamento requer três ou mais trocas de faixa para serem
completadas com sucesso ou na qual uma rampa de entrada é próxima de uma rampa de saída,
do lado oposto da freeway.

A figura 12-4(a) é a forma mais comum de entrelaçamento two-sided. Uma rampa de entrada
localizada próxima a uma rampa de saída, do lado oposto da freeway. Ainda que o movimento
rampa para rampa requeira somente 2 trocas de faixas, o movimento é classificado como “two
sided” porque a geometria do movimento que atravessa a freeway é tecnicamente qualificado
como um fluxo de entrelaçamento.

A figura 12-4(b) é menos típica, porque uma das rampas tem múltiplas faixas. Como o movimento
de entrelaçamento rampa para rampa necessita de 3 trocas de faixas é também classificado como
“two sided”.
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5.4.3 Parâmetros de configuração

LCRF = nº mínimo de troca de faixas que um veículo que entrelaça da rampa para a freeway deve
fazer para completar o movimento com sucesso.
LCFR = nº mínimo de troca de faixas que um veículo que faz o movimento freeway para rampa
deve fazer para completar este movimento com sucesso.
Nwl = nº de faixas nas quais a manobra de entrelaçamento pode ser completada com uma troca
de faixas ou nenhuma troca de faixas.

Estas definições são aplicadas para segmentos de entrelaçamento unilaterais (one sided)

A figura 12-5(a) tem uma configuração de 5 faixas. O motorista deve fazer uma única troca de
faixa para entrar ou sair da freeway.
Então: LCFR = 1 e LCRF = 1.

As figuras 12-5(b) e 12-5(c) são ambas configurações de 4 faixas. Elas diferem apenas na
configuração dos narizes de entrada e saída. Um dos narizes tem pista balanceada e outro não. A
faixa balanceada existe quando o número de faixas saindo na área divergente é maior do que o
número de faixas entrando e vice-versa. As figuras 12-5 (b) e 12-5(c) tem faixa balanceada.

Na figura 12-5(b) o movimento de entrelaçamento rampa para freeway (direita para esquerda)
requer pelo menos uma troca de faixa. Portanto LCRF = 1,00. O movimento de entrelaçamento
freeway para rampa pode ser feito sem troca de faixa, neste caso LCFR = 0.

Na figura 12-5(c) o movimento rampa para freeway pode ser feito sem troca de faixas, portanto
LCRF = 0. O movimento freeway para rampa requer uma única troca de faixa, portanto LC FR = 1,00.

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Na figura 12-5(a) há somente 2 faixas nas quais o movimento de entrelaçamento pode ser feito
com não mais do que 1 troca de faixas, portanto Nwl = 2.
Na figura12-5(b), Nwl = 2, e na figura 12-5(c) Nwl = 3.

Para Two-Sided Weaving Segment


Nwl = 0 sempre.

Figura 12-4(a) LCRR = 2,00.


Figura 12-4(a) LCRR = 3,00.

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5.5 Metodologia

Passo 1: DADOS DE ENTRADA


Geometria, volume entrelaçado e não entrelaçado, FFS do segmento

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Parâmetros

One – Sided Segments

vFF = Fluxo da freeway para freeway (pc/h);


vRF = Fluxo da rampa para freeway (pc/h);
vFR = Fluxo da freeway para rampa (pc/h);
vRR = Fluxo da rampa para rampa (pc/h);
vW = Fluxo de entrelaçamento (pc/h);
vW = vRF + vFR
vNW = Fluxo de não entrelaçamento (pc/h);
vNW = vFF + vRR
v = Fluxo total;
v = vW + vNW
VR = Taxa de volume;
VR = vW / v
N = n◦ de faixas dentro da seção de entrelaçamento;
NWL = n◦ de faixas nas quais a manobra de entrelaçamento pode ser feita com um ou nenhuma
troca de faixas;
SW = Velocidade média dos veículos que entrelaçam (mi/h);
SNW = Velocidade média dos veículos que não entrelaçam (mi/h);
S = Velocidade média para todos os veículos dentro do segmento (mi/h);
FFS = Velocidade de fluxo livre (mi/h);
D = Densidade média de todos os veículos dentro do segmento (pc/mi/h);
W = Fator intensidade de entrelaçamento;
LS = Comprimento do segmento de entrelaçamento (ft), baseado no comprimento “curto”, definido
na figura 12-2; LS = LSHORT
LCRF = n◦ mínimo de troca de faixas que deve ser feita por um veículo que entrelaça da rampa de
entrada para a freeway;
LCFR = n◦ mínimo de troca de faixas que deve ser feita por um veículo que entrelaça da freeway
para a rampa de saída;
LCMIN = Taxa mínima de troca de faixas que deve existir para que todos os veículos que
entrelaçam completem seus movimentos de entrelaçamento com sucesso, em troca de faixas por
hora. (lc/h);
LCMIN = (LCRF * vRF) + (LCFR * vFR)
LCW = Taxa total de troca de faixas pelos veículos que entrelaçam (lc/h);
LCNW = Taxa total de troca de faixas pelos veículos que não entrelaçam (lc/h);
LCALL = Taxa total de troca de faixas para todos os veículos
LCALL = LCW + LCNW
ID = Intensidade de trocas, o n◦ de trocas dentro de ± 3mi do centro do segmento de
entrelaçamento em estudo, dividido por 6, expresso em trocas por milha (int/mi);
ILC = Intensidade de trocas de faixas, LCALL / LS, expresso em troca de faixas por pés (lc/ft);
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Two – Sided Segments

vW = Fluxo de entrelaçamento total (pc/h) vW = vRR;


vNW = Fluxo de não entrelaçamento total (pc/h);
vNW = vFR + vRF + vFF
LCRR = n◦ mínimo de troca de faixas que deve ser feita de rampa a rampa, para completar a
manobra de entrelaçamento;
LCMIN = Taxa mínima de troca de faixas que deve existir para que todos os veículos que
entrelaçam completem seus movimentos de entrelaçamento com sucesso, em troca de faixas por
hora. (lc/h); LCMIN = LCRR * vRR;

ETAPAS DA METODOLOGIA

Passo 1. Dados de Entrada

Número de faixas, largura de faixas, desobstrução lateral (acostamento), o detalhe das


áreas de entrada e saída em termos de projeto, a existência e extensão de linhas
barreiras, o comprimento do segmento.
O volume da demanda é expresso em volume da hora pico, sob as condições
prevalecentes.

Passo 2. Ajustamento do Volume

vi = taxa de fluxo em condições ideais (pc/h);


Vi = volume horário sob condições prevalecentes (veic/h);
PHF = fator de pico horário;
fhv = ajustamento de veículos pesados;
fp = ajustamento para a população motorizada;

Onde i significa:
FF = de freeway para freeway;
FR = de freeway para rampa;
RF = de rampa para freeway;
RR = de rampa pra rampa;
W = entrelaçamento;
NW = não entrelaçamento;

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Passo 3.Determinar características da configuração

Determinar as variáveis chaves: LCMIN e NWL.


(para determinar verifique antes se o segmento é unilateral ou bilateral)

3.1 - Para segmento unilateral:


LCMIN = (LCRF * vRF) + (LCFR * vFR)
O valor de NWL neste caso é 2 ou 3. Verificar no processo.

3.2 - Para segmento bilateral:


LCMIN = LCRR * vRR

Neste caso o valor de NWL é sempre zero.

Passo 4.Determinar o Comprimento Máximo de Entrelaçamento

LMÁX = [5.728(1+VR)1,6] – [1.566NWL]

Se Ls < Lmax continue no passo 5 dessa metodologia.


Se Ls ≥ Lmax calcule como junção de rampas, metodologia do capítulo 13 do HCM2010.

Passo 5. Determinação da Capacidade do Segmento de Entrelaçamento


O ponto de quebra acontece quando a densidade média é de 43pc/mi/ln.
O ponto de quebra acontece quando a taxa de fluxo exceder:
2400pc/h para NWL = 2 faixas.
3500pc/h para NWL = 3 faixas.

5.1 - A capacidade de um segmento de entrelaçamento, com base na densidade de


43pc/mi/ln é dada por:

CIWL = CIFL - [438,2(1+VR)1,6] + [0,0765 LS] + [119,8NWL]


CIWL = capacidade do segmento de entrelaçamento em condições ideais, por faixa
(pc/h/ln);
CIFL = capacidade do segmento básico de freeway com a mesma FFS do segmento de
entrelaçamento sob condições ideais, por faixa (pc/h/ln). Encontra-se na página 3 do
capítulo Freeway Segment

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Para converter CIWL na capacidade sob condições prevalecentes usa-se:
CW = CIWL* N* fhv * fp

5.2 - A capacidade de um segmento de entrelaçamento dada pelos fluxos de


entrelaçamento é:

Para converter em capacidade nas condições prevalecentes usa-se:


CW = CIW * fhv * fp

5.3 - A capacidade final é a menor entre os valores dos itens 5.1 e 5.2. Calcula-se a
relação v/c pela fórmula:

v / c ≤ 1,00 continua-se o cálculo (não é nível F)

Nível de serviço F:
Se v/c > 1,00 a demanda excede a capacidade e o LOS é “F”.

Passo 6. Determinar taxas de trocas de faixa


Medida direta de turbulência. Indicam a turbulência e antecipam o nível de serviço. São dadas
com trocas de faixas em equivalentes em carro de passeio. Podem ocorrem 3 tipos de troca de
faixas:

Requerida troca de faixas pelos veículos entrelaçados (a troca necessita ser feita);
Opcional troca de faixas feitas pelos veículos entrelaçados (quando entram em outras faixas);
Opcional troca de faixas feitas pelos veículos não entrelaçados (são feitas quando o motorista
escolhe esta opção);

6.1 - Estimação da taxa total de troca de faixas para veículos entrelaçados:

LCW = Taxa horária equivalente na qual os veículos entrelaçados realizam trocas de faixas dentro
do segmento de entrelaçamento (lc/h);
LCMIN = Taxa horária equivalente mínima na qual os veículos entrelaçados devem fazer trocas de
faixas dentro do segmento de entrelaçamento para completar as manobras de entrelaçamento
com sucesso (lc/h);
LS = Comprimento da seção de entrelaçamento, usado a definição de comprimento “curto” (ft),
(300ft é o valor mínimo);
N = numero de faixas dentro da seção de entrelaçamento;
ID = Densidade de trocas (int/mi);

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6.2 - Estimação da taxa de troca de faixas para veículos não entrelaçados:

Definição do “índice de veículos não entrelaçados (

Para INW ≤ 1300 (maioria dos casos), usa-se:

Para INW > 1950, usa-se:

Para INW entre 1300 e 1950, usa-se:

Quando LCNW1 ≥ LCNW2, usa-se:


LCNW = LCNW2

6.3 - Taxa Total:

Resumindo:
Se INW ≤ 1300 → LCNW = LCNW1
Se INW ≥ 1950 → LCNW = LCNW2
Se 1300 < INW < 1950 → LCNW = LCNW3
Se LCNW1 ≥ LCNW2→ LCNW = LCNW2

Passo 7. Determinação das velocidades médias de veículos entrelaçados e


não entrelaçados

7.1 - Velocidade média de veículos entrelaçados:

Sw = velocidade média;
Smin = velocidade mínima; (15mi/h)
Smax = velocidade máxima; (FFS)
W = fator intensidade de entrelaçamento

7.2 - Velocidade média dos veículos não entrelaçados:

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7.3 - Velocidade média para todos os veículos:

Passo 8. Determinação do “LOS”

A partir da densidade (D) tira-se o LOS na tabela 12-10.

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6 RAMPAS E JUNÇÕES DE RAMPAS

A rampa faz a conexão entre duas rodovias.


Os movimentos são e entrada e saída.
Em freeways são denominadas “junção de rampas”

Foco: segmento convergente ou divergente de freeway.

Área de influência da rampa:

Condições básicas:
Não existir veículos pesados;
Faixa de 12ft;
Desobstrução lateral ≥ 6ft;
Usuários rotineiros;

Critério de nível de serviço

LOS A – Operação não forçada, densidade é baixa o suficiente para que os movimentos
de entrada e saída ocorram com muito pouca turbulência no tráfego.

LOS B – Os movimentos de entrada e saída são notados pelo tráfego direto. Ocorre
turbulência mínima.

LOS C – A velocidade dentro da área de influência de rampa começa a declinar, os níveis


de turbulência são mais notados.

LOS D – Os níveis de turbulência tornam-se intrusivos e observa-se que todos os veículos


diminuem para acomodar os movimentos de entrada e saída. Pode haver fila na rampa,
mas a operação na freeway permanece estável.

LOS E – Representa a operação próxima ou na capacidade. Pequenas trocas na


demanda ou distúrbios no fluxo de tráfego podem formar fila na freeway e na rampa.

LOS F – A demanda é maior que a capacidade, opera com filas na freeway e na rampa.

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Dados de entrada requeridos da freeway:


FFS: 55-75mi/h.
N° de faixas na freeway: 2 a 5.
Presença de veículos pesados: caminhões e ônibus, RV´s.
Fluxo da demanda imediatamente à montante da junção de rampa.
PHF: 0 a 1,00.
Fator População motorizada: 0,85 – 1,00.

Dados sobre a Rampa:


Tipo de rampa: ON – OFF.
Lado da junção: esquerda, direita.
N° de faixas na rampa: 1 ou 2 faixas.
Comprimento da faixa de aceleração e desaceleração
FFS na rampa: SFR = n20-50mi/h
Terreno na rampa: em nível, ondulado, montanhoso ou percentagem e comprimento do
greide, no caso de greide específico.
Fluxo de demanda na rampa
Presença de veículos pesados
PHF
Fator população motorizada
Para rampas adjacentes à montante ou à jusante:
 Distância à montante e à jusante;
 Fluxo na rampa à montante e à jusante;
 PHF e FHV para rampas à montante e à jusante;

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METODOLOGIA

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Variáveis envolvidas:

Definição das variáveis:

vF = Fluxo na freeway imediatamente à montante da área de influência da rampa em


estudo.
v12 = Fluxo nas faixas 1 e 2 imediatamente à montante da área de influência de rampa.
vF0 = Fluxo na freeway imediatamente à jusante de uma área convergente ou divergente.
vR = Fluxo na rampa de entrada ou saída.
vR12 = Soma dos fluxos nas faixas 1 e2 com o fluxo da rampa (somente convergente).
DR = Densidade na área de influência de rampa (pc/mi/ln).
SR = Velocidade média na área de influência de rampa (mi/h).

ETAPAS DA METODOLOGIA

Passo 1. Entrada e conversão do volume em taxa de fluxo

vi = Fluxo de demanda para o movimento i (pc/h)


Vi = Volume da demanda para o movimento i (veic/h)
PHF = Fator de pico horário
fhv = Fator de ajustamento para veículos pesados.
fp = Fator de ajustamento para a população motorizada.

Passo 2. Estimar taxa de fluxo nas faixas 1 e 2 de uma freeway imediatamente à


montante de uma área de influência de rampa.

2.1 - Para rampa de entrada (área convergente)

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PFM = Proporção de veículos da freeway imediatamente à montante da rampa de entrada.

Para rodovia de 6 faixas (3 por sentido) é necessário calcular L EQ = distância de equilíbrio.

Para rampa de saída adjacente à montante:

LUP ≥ LEQ → Equação 13-3


LUP < LEQ → Equação 13-4 ou 13-5

Para rampa de saída adjacente à jusante:

LDOWN ≥ LEQ → Equação 13-3


LDOWN < LEQ → Equação 13-5

No caso OFF-ON-OFF – Usar o maior valor de PFM

LA = Comprimento da faixa de aceleração

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2.2 - Estimar fluxo nas faixas 1 e 2 de uma rampa de saída (área divergente).

PFD = Proporção de tráfego divergente nas faixas 1 e 2 imediatamente à montante de uma


faixa de desaceleração.

Para rampa de entrada adjacente à montante

L ≥ LEQ → Equação 13-9


L < LEQ → Equação 13-10

vu = taxa de fluxo na rampa adjacente à montante

Para rampa de saída adjacente à jusante.

L ≥ LEQ → Equação 13-9


L < LEQ → Equação 13-11

vD = taxa de fluxo imediatamente à jusante.


ON-OFF-OFF – Adotar o maior valor de PFD

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Limitações no cálculo de v12
O fluxo médio por faixa nas faixas externas da freeway não deve ser maior que
2700pc/h/ln
O fluxo médio nas faixas externas não deve ser 1,5 vezes mais alto que os da faixa 1 e
2.
(Faixas Externas) – outras faixas da freeway que não as faixas 1 e 2.

Para freeways de 6 faixas (3 por sentido)


v3 v F v12
v3 = fluxo na faixa 3 da freeway

Quando v3 > 2700pc/h calcula-se:

Quando v3 > 1,5(v12÷2) usa-se:

Para freeways de 8 faixas (4 por sentido)

vav34 = taxa de fluxo nas faixas 3 e 4 (pc/h/ln)

Quando vav34 > 2700pc/h usa-se:

Quando vav34 > 1,5(v12÷2) usa-se:

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Passo 3. Estimar capacidade para a junção rampa – freeway e comparar com os


fluxos.

Pontos de checagem de capacidade rampa – freeway


Imediatamente à jusante de uma rampa de entrada (v F0).
Imediatamente à montante de uma área de influencia de uma rampa de saída (v F).

Passo 4. Estimar densidade na área de influência de rampa e determinar LOS.

Densidade de uma área de influência de uma rampa de entrada

Densidade de uma área de influência de uma rampa de saída

Determinar LOS: Figura 13-2.

Passo 5. Estimar velocidade na junção rampa – freeway

Dois tipos de velocidade podem ser estimados:


Velocidade média dos veículos dentro da área de influência de rampa(mi/h)
Velocidade média dos veículos em todas as faixas dentro de um comprimento
de 1500ft.

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DEFINIÇÕES:

SR = Velocidade média dos veículos dentro da área de influência de rampa (mi/h);


S0 = Velocidade média dos veículos nas faixas externas da freeway (mi/h);
S = Velocidade média de todos os veículos em todas as faixas (mi/h);
N0 = Número de faixas externas;
MS = Índice para área convergente;
DS = Índice para área divergente;
C = Roadways – vias coletoras –distribuidoras
SFR = FFS na rampa no ponto de junção
LA = comprimento na faixa de aceleração
LD = comprimento na faixa de desaceleração
FFS = velocidade de Fluxo Livre na Freeway

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