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2017 - Ano 26 - nº 133

Participação das Cunhadas na festa de Aniversário da Grande Loja - GLEMS, pág. 07

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Natal, data máxima
da Cristandade
Chegamos, mais uma vez em Dezembro, mês que se des-
prende, de todos nós, os mais puros e belos sentimentos huma-
nos. É nestes últimos momentos do mês que faz com que nossos
corações encham de pensamentos alegres, de um olhar com brilho
especial, e uma alma cheia de esperança, fazendo com que nos
tornemos mais emotivos e solidários. 
Mês este que temos um dia especial que o dia de Natal, data
máxima da Cristandade, que nos induz ao encontro da nossa famí-
lia e dos nossos amigos, nos unindo na liberdade de nossas ações,
na fraternidade dos nossos corações, na igualdade dos nossos seres
e pela felicidade de estarmos neste momento todos juntos para re-
ceber esta benção de estarmos vivos.
Nestes dias que antecede o Natal devemos fazer aquela
reflexão, lembrar, recordar os momentos que nos marcaram inde-
levelmente. Ficamos induzidos a abraçar os nossos entes queridos
que estejam próximos de nos, e, elevar nossos pensamentos de
Amor de Luz e muita Paz, para quem está distante ou já esteja no
Oriente Eterno. Fazendo com que os Instantes em que a fraternida-
de se torna mais intensa.
O evento do Natal é, também, para reconhecer, mais humil-
demente, as bênçãos que o Grande Arquiteto do Universo derrama
sobre nós.
Compartilhamo-nos, Irmãos, Cunhadas, Sobrinhos e Sobri-
nhas o que e de melhor do nosso interior, celebrando a vida, viven-
ciando o amor pleno, com um brinde da mais pura FRATERNIDE.
Desejamos a todos os nosso leitores um BOM NATAL e
FELIZ ANO NOVO, e, que o Grande Arquiteto do Universo nos
cubra com o seu manto protetor!
 
 o EDITOR
 
3 Natal, data máxima da Cristandade
Editorial
5 Natal, noite sagrada!
Edward de Figueiredo Cruz
8 Roda-do-peru
E. Figueiredo
10 Conheço tudo, menos a mim
Pedro Cellino
11 Acreditar e agir
Colaboração do Sr. Carlos Toshihide Muto Arai
12 Elo de ligação
Alfério Di Giaimo
13 Que mais queres?
Carlos A. Baccelli Templo Maçônico São João da Escócia nº 1587
13 O solstício Rua Nova, s/nº - Centro - Coroatá/MA
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31 Proclamação da República: • Santa Maria/RS
Obra da Maçonaria Hugo Schirner (55) 3222-0536
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32 O bode da maçonaria • Rondonópolis/MT
Cicero Belarmino da Silva (66) 3422-3006 / 99994-8533
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34 Natal • Presidente Prudente/SP
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Natal, noite sagrada!
Edward de Figueiredo Cruz
Loja Estrela do Sul nº 3 GLEMS - Campo Grande/MS

O
utrora tivemos luz aqui na estabilidade das leis da natureza, A promessa de uma “Vir-
terra, quando a estrela da base da doutrina maçônica e da gem” não se refere a um conceito
promessa, de brilho nunca vontade do G∴A∴D∴U∴. de estado, pois uma gravidez e o
antes visto, brilhou sobre um está- Ela está presente nos fenô- parto em si, sem falar na geração,
bulo em Belém, anunciando o nas- menos naturais e nas suas conse- já excluem a virgindade em senti-
cimento de Jesus. qüências lógicas, que não admitem do comum.
Naquela época a luz foi exceção ou contorno, permanecen- “virgem” refere-se “ao pri-
percebida e recebida por poucos do intangíveis e imutáveis. meiro filho”, isto é, duma mulher
pastores, escolhidos pela simpli- Da natureza deve originar que ainda não tivesse sido mãe,
cidade e ligação com a natureza. a expressão mais palpável do es- por isso é que foi feita a distinção
Pôde testemunhar a realização das pírito humano, a arte suprema do entre virgem e mãe.
promessas, além dos que ouviram pensamento – arte real – tornando, Nela todos os órgãos ne-
falar segundo é o nosso hábito. automaticamente, a reflexão intui- cessários para o desenvolvimento
Houve deformação, altera- tiva em convicção. do feto estão virgens, ainda não
ção e substituição por idéias pró- Logo, verdade e convicção funcionaram nesse sentido; desse
prias, produzindo com isso uma é a luz legítima da doutrina iniciá- corpo ainda não saiu nenhum fi-
confusão que hoje pretende passar tica, que nos obrigam aos esclare- lho.
como verdade intocável. cimentos! Querer admitir outras pos-
Nesse desvio errôneo, mui- Todas as lendas a respeito sibilidades é alterar as leis naturais
tos foram escravizados e a isso se da vida de Jesus, em especial sobre condicionadas pelo Criador.
denomina dormitar espiritual! a concepção e nascimento, têm que Jesus ao nascer submeteu-
Se como investigadores da ser límpida. -se também à lei da geração pré-
verdade, nossa instituição nos con- Sabemos que é impossível, via; sendo gerado mediante uma
vida a penetrar nos mistérios, não segundo as leis naturais, que possam pessoa de carne e sangue. Esteve
podemos ser espíritos indolentes e nascer corpos humanos sem que sujeito a um nascimento normal,
preferir a crença cega. antes tenha havido geração, assim ao crescimento, a fome, ao cansa-
como é impossível que um corpo ço e ao sofrimento pela morte na
E onde está a verdade? físico seja levado para o reino espi- cruz.
ritual depois de sua morte terrena! Já, “Imaculada Concep-
A verdade está mantida Mas a profecia nos falava ção”, é toda concepção oriunda
eternamente em nossas Ccolu- em “Virgem” e “Imaculada Con- dum amor puro, onde os instintos
nas de Bronze, que guardam a cepção”! sensuais não constituem a base,

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mas sim permanecem apenas como melhor amigo paternal de Jesus, isso... Temos outras coisas mais
forças co-participantes. nos últimos momentos de seu tres- sérias para meditar!
A “Virgem Maria” pré- passe viu por cima de Jesus, que Coisas mais sérias!
-natalmente provida de todos os estava sozinho junto ao seu leito
dotes necessários para poder cum- de morte, a cruz e a pomba. Por acaso essas coisas mais
prir sua alta missão, desenvolveu Tremulas foram suas últi- sérias estão sintonizadas exclusi-
em tempo certo, um receptáculo mas palavras: “então és tu mesmo!” vamente em convenções sociais
puríssimo, para receber o corpo da O próprio Jesus nada sabia que servem apenas para um pre-
criança em formação que sob tais disso, até que se sentiu impelido sentear mútuo!
contingências se desenvolveu de para João, a respeito de quem es- Se a filosofia maçônica pro-
maneira a receber uma “imacula- tava informado de que revelava porciona ao espírito encontrar a luz
da concepção espiritual”: a encar- sábios ensinamentos no Jordão e e dela haurir nova força, o natal é
nação que se realiza no meio da batizava. uma atmosfera favorável para a in-
gravidez. Nesse ato do batismo, o teriorização, despertando e enter-
Evidente que não estamos começo da missão se radicou so- necendo com o eu mais profundo a
falando de almas maculadas aguar- lidamente em seu corpo físico. A irradiação da pureza divina.
dando encarnação, que querem ou venda caiu. Jesus, a partir desse Muitas pessoas inconscien-
têm de percorrer uma vida terrena momento, tornou-se cônscio de temente despertam uma reflexão
para o desenvolvimento. que devia trazer a palavra do pai à especial e deixam cair alguma lá-
No caso de Jesus tratou-se humanidade terrena. grima, mas logo se envergonham
de um processo de irradiação pro- Jesus não fundou uma nova delas e procuram escondê-las, re-
veniente de deus, por essa razão, em religião, ele abriu um caminho por compondo-se com um impulso de
sua peregrinação terrena, a trans- meio de sua mensagem para os se- teimosia.
missão da verdade ocorreu sem res humanos trilharem em direção Com o advento da noite sa-
turvação, bem como da força para à luz. Mas, os representantes da grada possamos, conscientemente,
as ações que pareciam milagres. religião daquele tempo, por medo empunhar o cinzel mais afiado e
É perfeitamente certo falar de perder seu poder e soberania o desbastar nossos corações à ver-
em “imaculada concepção”, a qual assassinaram. dadeira pureza, único caminho por
se deu corporal e espiritualmente, Maria lutou dentro de si onde segue o amor fraterno.
sem que tivesse sido qualquer lei com dúvidas que se fortaleceram Que a liturgia da estrela ra-
natural contornada, alterada ou com os cuidados maternos até a di- diante, que é a solenidade da rosa
necessariamente criada para esse fícil caminhada para o gólgota. De do amor, proporcione um jubiloso
caso especial. modo inteiramente humano e não e flamejante agradecimento pela
Com o nascimento de Je- sobrenatural, somente lá lhe veio inconcebível dádiva de Deus, que
sus Três Reis descobriam o cami- finalmente o reconhecimento da ele sempre de novo concede à ter-
nho para o estábulo e ofereceram missão de Jesus, e, com isso, a fé. ra.
presentes; contudo, logo a seguir Noite sagrada! Jubiloso À sua maneira, cada um, ao
deixaram a criança desamparada, cantar em radiante agradecimento silenciar a mente, possa pressentir
cuja peregrinação devia amparar per fluiu dantes todos os planos da a experiência do sagrado e render
com seus tesouros, com seu poder, criação, quando o filho de deus, Je- graças ao nosso criador pelo ver-
para que nenhum sofrimento lhe sus, nasceu no estábulo de Belém. dadeiro pão da vida, conferido por
adviesse durante o cumprimento A cada ano, assim como os amor à humanidade perdida nas
de sua missão. pastores, temos a oportunidade de trevas, exercitando a esperança
Em sua infância Jesus não testemunhar a graça que nos foi para que nunca interrompa a liga-
demonstrou nada fora do comum, outorgada. ção direta com a luz divina!
tendo sido inteiramente normal Mas como é estranho que Meus queridos irmãos de-
como todas as crianças. não nos ocupamos seriamente so- sejo, a todos que vivenciem pro-
José que sempre foi o bre isso... Não temos tempo para fundamente o natal.

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Grande Loja do Estado de Mato Grosso do Sul
Campo Grande
Aniversário da Grande Loja, 55 anos de fundação

O Sereníssimo Grão-Mestre Irmão Sebastião Nogueira Faria, presidiu uma festa de Aniversário
da Grande Loja nos seus 55 anos de fundação, recebendo vários Irmãos, Cunhadas, Sobrinhas,
Sobrinhos, convidados e o Grão-Mestre Adjunto do Paraguai, da Capital e do interior do Estado,
que abrilhantaram esta festividade com muita alegria e brilhantismo. Não poderíamos de
deixar de citar a Sra. Mara Caseiro que está sempre presente em nossas festividades trazendo
o abraço de todos os seus colegas Deputados Estaduais, e do Irmão José Luiz que esteve
representando o Governador Irmão Reinaldo Azambuja.

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Roda-do-peru
Glu, glu, glu! Grugulejar do peru.
Irmão E. Figueiredo*
Obreiro da Loja Verdadeiros Irmãos nº 669 - GLESP

N
ão há discordância para a iniciação ou não: o convidado terá num tipo de sabatina. A intenção
assertiva de que, ser con- de apresentar documentação que é conhecer melhor o convidado e
vidado para ingressar na comprove sua idoneidade, repu- saber dele se se enquadra nos pre-
Maçonaria , é uma honra. A vida tação ilibada, além de ser “livre e ceitos da Maçonaria, inclusive da
do Maçom tem de ser impoluta. de bons costumes”, como reza um própria Loja. Ao mesmo tempo,
Esse é o preço, e a honra, de ser dos postulados Maçônicos (o desa- o convidado irá tirar suas dúvidas
Maçom. Porém, nem todo mundo parecimento da servidão não acar- quanto à entidade que pretende
tem esse privilégio! retou a eliminação dessa fórmula, entrar, e, para que sua esposa en-
mas ela assumiu um significado tenda, também, sobre as futuras
moral.). É exigido, da pessoa que atividades do seu marido. Assim,
está interessada em ser admitida os Obreiros terão uma visão geral
na Maçonaria, possuir pelo menos das condições e atributos do Postu-
instrução indispensável para com- lante, e, a este, foi adiantado algu-
preender os ensinamentos Maçôni- mas informações sobre os princí-
cos. Haverá investigações e sindi- pios que regem a Sublime Ordem.
câncias para completar o processo Só então, o grupo decidirá sobre o
para a Iniciação a se efetivar. A convite que será feito oficialmente.
regra na admissão é essencial da Nesse momento, antes de receber
Maçonaria, que perdura desde os o convite oficial, ele ainda é um
tempos imemoriais, e, a própria Postulante. Após o convite oficial
transcrição contém a sua justifi- ele será um Candidato. Depois
cação não podendo caracterizar transformar-se-á em Recipiendá-
Quando se convida alguém desídia em hipótese nenhuma. Os rio ou Aspirante e, ao ser iniciado,
a fazer parte da Sublime Ordem, Landmarks (um guia de normas, em Neófito. É nessa ordem ascen-
quem o faz já o observou de diver- em número de 25, que faz parte do dente que é consignado o possível
sas maneiras quanto à sua postura, Direito Consuetudinário) são, tam- novo Maçom.
comportamento, modo de se apre- bém, um dos parâmetros e base A reunião, na casa de um
sentar e agir, e boa formação mo- para avaliar candidatos, principal- Irmão da Loja, é bem informal,
ral para que venha a ser um igual. mente o 19º. intercalando-se perguntas e ques-
Se ao ser convidado demonstrou Independente desse pro- tionamentos sobre a vida do Pos-
interesse, pesarão seus valores em cesso regulamentar das potências tulante, tanto na formação cultural,
relação aos motivos que o levam a e obediências Maçônicas, há Lo- como Profissional, pessoal, e espi-
pretender entrar na Maçonaria. jas que, antes do convite oficial, ritual. É inquirido sobre o seu pas-
Não é qualquer amigo, co- promove um encontro familiar na sado. Há necessidade de se saber
nhecido ou parente que pode ser casa de um dos Obreiros da Loja, sobre seu relacionamento familiar,
convidado para ser Maçom. Quan- onde outros Irmãos com as cunha- procedimento com os colegas de
do o indivíduo recebe o convite, e das (esposas) receberão o possível trabalho, situação econômica, dis-
se mostra interessado, inicia-se o candidato com sua esposa, caso ponibilidade financeira e tempo
processo que culminará com a sua seja casado, para ser interpelado para acompanhar as atividades que

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submetido o favorece à uma re-
flexão e lhe permite extrair o má-
ximo de ensinamentos durante as
reuniões da Loja nas quais estará
presente. Encontrará um ambiente
propício de uma oficina Maçônica,
onde receberá a inspiração da filo-
sofia ali difundida, para que possa
direcionar seus esforços de forma
efetiva em prol da construção de
um mundo melhor. Empenhado
numa jornada que é ao mesmo tem-
po pessoal e coletiva, o Aprendiz
progredirá ao longo do caminho
iniciático ascendendo aos diferen-
tes graus conferidos pela Sublime
Ordem.
Depois de galgar todos os
degraus da Ordem e chegar à ple-
nitude Maçônica, o Maçom enten-
derá, orgulhosamente, o porquê da
honra de ter sido convidado....

advirão depois de Iniciado. Pesa conhecerem, pessoalmente o Can-


muito o quesito “livre e de bons didato antes da possível Iniciação.
costumes”, pois, desde que se ve- Raramente, um Candidato tem bola
rifique ser portador de uma tendên- negra de reprovação na sua votação
cia ativa para a prática das virtudes quando passou pelo crivo da RO-
e o gozo da liberdade de consci- DA-do-PERU. Essa prática tem
ência, entende-se, com segurança, ajudado as Lojas, que no afã de au-
que se trata de um individuo com mentar o seu quadro, para engros-
essas qualidades; prevê-se que sua sar as Colunas, acabam adquirindo PA.PP.EIPN

atividade moral equivale à aptidão, Obreiros que venham a decepcio-


para impor a si próprio uma regra nar posteriormente, quando não a Bibliografia:
de conduta apreciável, libertadora aplicam. Independente da sua no- Bayard, Jean-Pierre – A Franco Maçonaria
de erros e de vícios. menclatura, RODA-do-PERU, é Charlier, René Joseph - Pequeno Ensaio de
Simbólica Maçônica
Convencionou-se chamar um expediente que todas as Lojas Da Camino, Rizzardo - Dicionário Filosófico
esse colóquio de RODA-do-PE- poderiam adotar. de Maçonaria
Figueiredo, E. - ...Entrando na Maçonaria
RU, em virtude do Postulante, nor- A cerimônia de Iniciação é (Artigo)
Mellor, Alec – Dicionário da Franco-
malmente, ficar no centro de uma um rito de passagem: a transferên- Maçonaria e dos Franco-Maçons
Ritaul de Aprrendiz Maçom - GLESP
roda de Maçons dirigindo-lhe a pa- cia de um estado vulgar para uma
lavra. fase mais elevada. É o começo de (*) E. Figueiredo - é jornalista - Mtb 34 947
e pertence ao
Inúmeras são as Lojas que uma longa jornada. Após sua Ini- CERAT – Clube Epistolar Real Arco do Templo/
Integra o GEIA – Grupo de Estudos Iniciáticos
adotaram a RODA-do-PERU, ciação estará, para todo o sempre, Athenas/
que permite filtrar melhor as infor- sob constante vigilância de sua Membro do GEMVI – Grupo de Estudos Maçônicos
Verdadeiros Irmãos/
mações de um possível candidato, própria consciência e dos seus pa- Integrante do Grupo Maçonaria Unida
Obreiro da ARLS Verdadeiros Irmãos – 669 –
alem de vários elementos da Loja res. A disciplina na qual ele será (GLESP)

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Conheço tudo,
menos a mim
Irmão Pedro Cellino
Loja Ordem e Progresso nº 428 - GOSP/GOB

J
á perdoei erros quase imper- certamente encontraras aquele que forma do aperto da mão e do abra-
doáveis, tentei substituir pes- te ajudará na tua empreitada. ço, do cumprimento na manifesta-
soas insubstituíveis e esque- Bom mesmo é ir a luta com ção carinhosa de um irmão.
cer pessoas inesquecíveis. determinação, abraçar a vida e vi- Um amigo lhe evita, lhe
Já fiz coisas por impulso, já ver com paixão, perder com clas- vira as costas e critica. Não perca
me decepcionei com pessoas quan- se e vencer com ousadia, porque o também essa oportunidade, porque
do nunca pensei me decepcionar, mundo pertence a quem se atreve. quando a crítica alheia nos agride,
mas, também já decepcionei mui- Viver significa muito para sermos reconhecemos nossos pontos sensí-
tas pessoas. insignificantes. veis.
Já abracei para proteger, já Conheço a mosca que cai Tão sensíveis e frágeis que
dei risada quando não podia rir, já no leite, Conheço pela roupa o ho- evitamos a todo custo tocá-los.
fiz amigos eternos, já amei e fui mem, Conheço o tédio e o deleite, Esses pontos são lugares escuros
amado, e não soube amar o sufi- conheço a fartura e a fome, conhe- dentro de nós, nos quais receamos
ciente, já fui respeitado, e muitas ço a mulher pelo enfeite, conheço entrar e nos perder nas nossas emo-
vezes não soube respeitar, já gritei o princípio e o fim, conheço pela ções; antes de julgar, reconheça o
e pulei de tanta felicidade, muitas chama o azeite, conheço tudo, ME- vazio das emoções que esse amigo
vezes me dei inteiro e fui corres- NOS A MIM. Conheço o gibão se encontra.
pondido, outras “quebrei a cara” pela gola, conheço o rico pelo anel, Uma pequena criança passa
muitas vezes já chorei ouvindo conheço o fiel pela sacola, conhe- e sorri. Não perca esta oportuni-
musica ou vendo fotos, já liguei ço a monja pelo véu, conheço o dade, sorria com ela porque Algo
para um amigo só para escutar sua porco pela tripa, conheço o irmão Maior estará te sorrindo através
voz. pela palavra, conheço o vinho pelo dela.
Já me apaixonei por um tonel, conheço tudo, MENOS A Você passa na rua e uma
sorriso, já pensei que fosse morrer MIM. Conheço a mula e o cavalo, fragrância vem de um jardim.
de tanta saudade, já tive medo de conheço o carro e a carroça, conhe- Pare ali por um instante
perder alguém especial (e acabei ço a galinha e o galo, conheço o e sinta a grandiosidade de Algo
perdendo). Mas sobrevivi e graças sino e a sineta, conheço a flor pelo Maior, porque nela você certa-
ainda estou vivo. talo conheço Abel e Caim, conheço mente encontrará a fragrância cer-
Procuro não passar simples- o pote e o gargalo, conheço tudo, ta para aliviar o peso daquilo que
mente pela vida, ou ser mais um na MENOS A MIM. Conheço Prínci- esteja incomodando o seu espírito.
multidão, e acredito que você tam- pe, em suma, conheço o branco e o Assim, se procurarmos nas
bém não deve passar, procure viver carmim, E a morte que significa o pequenas manifestações em que
a vida sempre com vistas para o fim. CONHEÇO TUDO, MENOS esteja presente Algo Maior, Ele
horizonte, procure se superar, estar A MIM. certamente nos mostrará quem é
além do tempo presente, certamen- Uma pessoa vem e lhe da nosso verdadeiro amigo, ou através
te entre um ponto e outro encontra- um aperto de mão e te abraça, e diz da criança, no ar, no éter, vem em
ra alguém que precise da sua ajuda, bom dia, Não perca essa oportuni- tudo ao nosso redor, vamos sentir,
mas sem receio de errar te digo que dade, porque Algo Maior veio na compreender, e agradecer.

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Se você puder aceitar, con- é teu, assim como o mundo e tudo e confia, és a semente do conheci-
viver e celebrar momento a mo- que nele habita. As águas escor- mento e não tardarás a vingar na
mento, a vida se tornará agradável rem pelos seixos em busca da tua terra farta que te é dada a cada mo-
e não existe outro recurso que não presença. A chuva por vezes forte mento em que o teu coração falar
seja a compreensão, o agradeci- ou fraca é sempre para ti. O ali- em nome do amor.
mento, desta forma se assim pro- mento que reside em cada fruto é
cedermos, não há necessidade de teu. A bênção paira sobre ti como “O homem sábio não busca o
ir a qualquer templo. Então, onde o sol sobre as grandes montanhas. prazer, mas a libertação das pre-
você estiver é o templo e o tempo, Os bons ventos carregam as bru- ocupações e sofrimentos” (Aris-
e tudo o que você estiver fazendo mas para longe do teu mar. Esta- tóteles)
será motivo para refletir. rás sempre protegido perante todos
Tua luz brilha, mesmo os perigos. A bênção é tua. Ainda Informativo CHICO DA BOTICA - Ano 5 Edição 031
- 15 Abr. 2009
quando não a vês. Teu sorriso é que não saibas, mas ela é tua, para Loja Francisco Xavier Ferreira de Pesquisas
presente, mesmo quando o escon- sempre a te proteger, a te banhar Maçônicas
Bibliografia:
des. Tua palavra é precisa, mesmo de luz e amor pela eternidade. Es- A Bíblia Sagrada.
Aprendendo a Lidar com Gente
quando não as pronuncias. O amor tenda tua mão Àquele que te guia Temas filosóficos (Aristóteles)

Acreditar e agir
Colaboração do Sr. Carlos Toshihide Muto Arai

U
m viajante caminhava pe- Não podendo conter a a meta que desejamos atingir.
las margens de um grande curiosidade, perguntou a razão da- - Para que o barco da au-
lago de águas cristalinas queles nomes originais dados aos toconfiança navegue seguro e al-
e imaginava uma forma de che- remos. O barqueiro pegou o remo, cance a meta pretendida, é preciso
gar até o outro lado, onde era seu no qual estava escrito acreditar, e que utilizemos os dois remos ao
destino. Suspirou profundamente remou com toda força. O barco, mesmo tempo e com a mesma in-
enquanto tentava fixar o olhar no então, começou a dar voltas sem tensidade: agir e acreditar.
horizonte. A voz de um homem de sair do lugar em que estava. Em E você? Está remando com
cabelos brancos quebrou o silên- seguida, pegou o remo em que es- firmeza para atingir a meta a que
cio momentâneo, oferecendo-se tava escrito agir e remou com todo se propôs?
para transportá-lo. Era um bar- vigor. Novamente o barco girou E, antes de movimentar o
queiro. em sentido oposto, sem ir adiante. barco, verifique se os remos não
O pequ eno barco envelhe- Finalmente, o velho bar- estão corroídos pelo ácido do ego-
cido, no qual a travessia seria rea- queiro, segurando os dois remos, ísmo.
lizada, era provido de dois remos movimentou-os ao mesmo tempo Depois de tomar todas es-
de madeira de carvalho. O viajan- e o barco, impulsionado por am- sas precauções, siga em frente e
te olhou detidamente e percebeu bos os lados, navegou através das boa viagem.
o que pareciam ser letras em cada águas do lago, chegando calma- Nos estamos navegando e
remo. Ao colocar os pés empoeira- mente à outra margem. precisamos da sua ação, pois desta
dos dentro do barco, observou que Então o barqueiro disse ao maneira poderemos juntos ajudar
eram mesmo duas palavras. Num viajante: a mudar a face social de nosso
dos remos estava entalhada a pala- - Este barco pode ser chama- Pais e chegarmos a outra margem
vra acreditar e no outro agir. do de autoconfiança. E a margem é do rio.

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Elo de ligação
Irmão Alfério Di Giaimo

Q ual o elo entre a Maçonaria


Operativa e a Maçonaria
Especulativa?
Aparentemente, a resposta é:
antes de tudo na burguesia e nas
profissões liberais e, posterior-
mente na nobreza e realeza.
Aos primeiros, essa nova
de hermetistas, alquimistas, “filó-
sofos” e “iluminados”.
Desse modo, a Loja tor-
nou-se a veste que lhes permitiu
_a necessidade de sobrevi- organização, oriunda de uma guil- passar despercebida – e, em se-
vência da Ordem. da quase moribunda de ofícios, guida, ficar ao abrigo das perse-
Mas para sobreviver, é ne- estendia seus fins e sua influência, guições do poder real e do poder
cessário que haja crescimento. dando-lhes um novo aval entre os religioso – uma sociedade frívola
Esse crescimento foi gera- homens de condição social mais que dança inconscientemente seus
do pelo “Interesse”. elevada. últimos minuetos, quando a casa,
Comentaremos os tópicos Na França, diferentemente já rachada, começou a desmoro-
abaixo, para no final esclarecer o do exposto acima, o povo come- nar. (Marius Lebage).
que vem a ser esse “interesse”. çava a despertar para idéias novas
Aparentemente, o “elo’ de
A Franco maçonaria pos- (muitas emprestadas da Inglater-
ligação entre a Maçonaria Opera-
suiu dois ramos principais, bem ra) e preparava sua Revolução, en-
tiva e Especulativa, denomina-se
distintos quando à origem e ao quanto a Inglaterra já fizera a sua e
’interesse” no sentido mais amplo
comportamento. decapitara seus reis.
O ramo Inglês e o Francês. Submetera a Igreja ao Esta- da palavra.
A Franco maçonaria Brasi- do, e aspirava repouso. Na Inglaterra: INTERES-
leira, e as demais da América do Desse modo, enquanto a SE em contatar, e se misturar com
Sul, são de origem francesa.  Lojas Inglesas reuniam, de ma- pessoas da alta sociedade e se sen-
Na Austrália, EUA e Nova neira geral, pessoas extremamente tir no mesmo nível, característica
Zelândia a origem é inglesa. respeitáveis, ponderadas, culti- da Maçonaria mundial.
Na Inglaterra, a ideia de vando cuidadosamente, com sub- Na França: INTERESSE
uma sociedade obreira declinava missão, as leis do reino e as leis em se ter base camuflada para
pouco a pouco, e reencontrou força da natureza, as Lojas Francesas contestar a Igreja e o governo, e
e vigor graças ao acrescentamento abrigavam, sob a Lei do Silencio, ter local para expressar livremente
de elementos novos, encontrados, tudo quanto o reino podia conter seus pensamentos.

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Que mais queres?
 
Se tens o necessário para viver, que mais queres?
O supérfluo sempre significa acréscimo de aflição.
O que te sobra e não repartes costuma te pesar na alma.
Os que reclamam de dificuldade financeira, com talão de cheques no bolso e pão à mesa, nunca deram uma
volta pela periferia...
Por acaso, já estiveste num casebre em que simples quilo de alimento qualquer seria imensa fartura?
Quantos sofrem sem o conforto de um único analgésico em casa?
Quantos pais de familiares desempregados conheceste?
Quantas crianças doentes que poderiam ser tuas, não têm fácil acesso a um pediatra?
Já olhaste para ti hoje e reparaste nos teus braços e pernas perfeitos?
Somente se não tivesses o que tens é que verias quanto é muito o que consideras pouco.
Na maioria da vezes, o que podem milhões contra um simples coágulo que obstrui uma artéria?
Convence-te de que não descerás ao túmulo com o que tens, mas, sim, com o que és.

De ”Dias Melhores”, de Carlos A. Baccelli


Enviado pelo Irmão José Alves Fraga - Goiânia/GO

O solstício
Irmão Bruno Bezerra de Macedo
Loja Adolfo Bezerra de Menezes n° 100 - GLMECE
Fonte: Grupo Memórias e Reflexões Maçõnicas

O
solstício corresponde ao de verão acontece nos dias 21 ou desconhecido ou à escuridão, en-
instante em que o Sol 23 de dezembro e o solstício de quanto que o dia de maior clari-
atinge a sua declinação inverno nos dias 21 ou 23 de ju- dade (21 de Junho, no hemisfério
máxima ou mínima, dependen- nho. Inversamente, no hemisfério Norte e 21 de Dezembro no he-
do do hemisfério em questão. No norte, o solstício de verão aconte- misfério Sul) é associado a Vida
solstício de Verão o Polo Norte ce nos dias 21 ou 23 de junho e o ou à Luz (solstício de Verão).
apresenta uma inclinação de 23,5º solstício de inverno nos dias 21 ou Na antiguidade, as inicia-
em direção ao Sol, enquanto no 23 de dezembro. ções eram feitas sempre no sols-
solstício de Inverno o Polo Norte Por ser o dia de maior noi- tício de Inverno, porque sendo o
fica afastado do Sol com uma in- te no ano, o solstício de Inverno ultimo dia de maior noite, signifi-
clinação de 23,5º.  (21 de Dezembro, no hemisfério cava a marca do inicio do ciclo de
No hemisfério sul (onde Norte e 21 de Junho no hemisfé- dias de luz cada vez maiores; sig-
se encontra o Brasil), o solstício rio Sul) é associado à morte, ao nificava ainda a saída do mundo

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dos mortos (a noite, a escuridão), aproveitou a feliz coincidência Batista (verão no hemisfério Norte
ou a entrada no mundo dos vivos das datas comemorativas de São e inverno no hemisfério Sul), é a
(o dia, a Luz). João Batista (24/06) e São João porta cruzada pelas almas mortais
As iniciações tinham assim Evangelista (27/12) serem mui- e, por isso, chamada de Porta dos
o significado de renascer, ou nas- to próximas dos Solstícios, para Homens, enquanto que o solstício
cer de novo para a Luz; o renasci- relacionarem a observância dos de Capricórnio, ou do Reconheci-
mento assume assim o significado Solstícios com os Santos de nome mento, alusivo a São João Evange-
simbólico da vida que se renova, João, e assim protegerem a insti- lista (inverno no hemisfério Norte
após a grande noite (morte). tuição e sua observação dos Sols- e verão no hemisfério Sul), é a
No Egito antigo, os Faraós tícios da ignorância, tirania e fa- porta cruzada pelas almas imortais
eram reiniciados a cada novo sols- natismo. e, por isso, denominada Porta dos
tício de inverno. As Pirâmides fo- João Batista é o profeta que Deuses.
ram construídas em alinhamento anuncia e prepara, no sistema ini- Nesse sentido, na Ingla-
para receber o Sol de frente à porta ciático, a vinda da Luz. Ele ensina terra, onde a primeira Obediên-
de entrada, exatamente no dia do a humildade, a renúncia ao ego, cia Maçônica do mundo, como
solstício de Inverno. sem as quais a iniciação e o pro- se sabe, foi fundada em 1717, no
Em diversas outras civili- gresso espiritual são impossíveis: dia de São João Batista, o antigo
zações, as grandes obras de arqui- “É preciso que ele cresça e que eu símbolo maçônico de um círculo
tetura foram construídas com este diminua” (João 3:30).  ladeado por duas linhas parale-
alinhamento e com este objetivo. Haverá expressão mais las, talvez um dos símbolos mais
Acredita-se que, assim profunda deste sentido do que antigos da humanidade ainda em
como os Romanos observavam o esta? Pobre do Mestre que não uso, teve a simbologia das linhas
Solstício de Inverno, em homena- aspire a ser ultrapassado pelo seu paralelas dos Trópicos de Câncer e
gem ao deus Saturno, posterior- discípulo!  Capricórnio, que possuem ligação
mente chamado de “Sol Invencí- São João Batista simbo- direta com a observância dos Sols-
vel”, esse costume também era liza, assim, o grande iniciador, o tícios, transformados em São João
observado pelas Guildas Roma- Mestre sábio que prepara, humil- Batista e São João Evangelista.
nas, os antigos Colégios e Corpo- demente, o caminho ao Aprendiz. Ou seja, não são Lojas Solsticiais,
rações de Artífices, que nada mais São João Evangelista, em mas sim e antes de tudo, Lojas de
eram do que a Maçonaria Opera- contrapartida, representa o Irmão São João.
tiva. que recebeu a Luz e que a dimana Que a força iniciática do
Porém, há fortes indícios na sua sabedoria, identificando-a batismo renovador que celebra-
de que a Maçonaria Especula- com o Verbo e com o Amor.  mos no Solstício de Verão, produ-
tiva, formada por europeus de Tradicionalmente, tanto para za a Luz sábia e irradiante que, por
predominância cristã e preocupa- o mundo oriental, quanto para o oci- intermédio do Amor, voltaremos a
dos com a imagem da Maçona- dental, o solstício de Câncer, ou colher no próximo solstício de In-
ria perante a “Santa Inquisição”, da Esperança, alusivo a São João verno.

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Verdade e Justiça Maçônica
Irmão Quirino Sérgio Quirino
Loja Presidente Roosevelt nº 025 - GLMMG - Belo Horizonte/MG

N
a simbologia maçônica, FORTALEZA -
qual é o elemento que re- firmeza em não se des-
presenta a justiça? viar dos fatos.          
Qual é o ícone ou ferra- TEMPERANÇA
menta que produz no Maçom o - domínio das emoções
movimento consciente dos valores advindas pelos fatos.           
das Deusas Themis e Deci, as ga-  JUSTIÇA - firme
rantidoras da Justiça entre os ho- vontade, pelos fatos, em
mens? dar às partes o que lhes
O conceito de Justiça pro- cabe.
fano, ou seja, fora da Maçonaria, Neste mundo tão
estudado nas cátedras de filoso- conturbado pela ganân-
fia, moral e direito, é profundo e cia e sede de Poder, te-
abstrato. De forma simples, seria mos carência de respeito
traduzido como um estado ideal aos nomes e às institui-
de equilíbrio entre poder e dever ções. Vivemos perma-
nas relações sociais, de forma que nentemente um pré-jul-
uma parte não prejudique ou anule gamento e uma falsa
a outra. necessidade, a qual não
A Justiça, representada por resistimos a prejulgar e “Fraternidade Brazileira de Es-
uma mulher com os olhos venda- nos afastar das Quatro Virtudes tudos e Pesquisas” (2008) onde
dos, simbolizando “que todos são Cardeais, presentes no Painel do na página 95, nosso Grão-Mestre
iguais perante a lei”, é também re- Grau de Aprendiz. Advitam Lázaro Emanuel Franco
presentada por outra mulher des- Em todos os trabalhos de Salles, sentencia:
calça e com os olhos muito aber- uma Loja Maçônica, a Bíblia deve “O Maçom tem por obri-
tos, simbolizando “a busca pela estar aberta, não como um objeto gação praticar a justiça, como tem
verdade”. decorativo, mas para nos lembrar todo cidadão comprometido com a
Entre os valores de igual- sempre de que ela é uma fonte verdade”.
dade e verdade, maçonicamente constante de preceitos e regras, Neste ano de compartilha-
prevalece a Justiça como verdade. por isto a tratamos como LIVRO mento de instruções maçônicas,
O mais sábio é aquele que, antes de DA LEI. mantemos a intenção primaz de
assentar-se no Trono de Salomão, Para todos que aspiram vi- fomentar os Irmãos a desenvol-
deve transpor três degraus: Pure- venciar o JUSTO e PERFEITO há verem os temas tratado e apre-
za, Luz e Verdade. a Lei no Livro de Efésios, capítulo sentarem Prancha de Arquitetura,
Verdade é a interação com 6, versículo 14: enriquecendo o Quarto-de-Hora-
o que é real, sem distorções ou “Assim, mantenham-se -de-Estudo das Lojas.
prejuízos. Portanto, diante de uma firmes, cingindo-se com o cinto Precisamos incentivar os
situação de busca da verdade ou da verdade, vestindo a couraça da Obreiros da Arte Real ao salutar
aplicação do direito, devemos ter: justiça”. hábito da leitura como ferramenta
PRUDÊNCIA - dispor a ra- Este artigo foi inspirado de enlevo cultural, moral, ético e
zão para discernir os fatos.          no livro “ENCONTROS” da Loja de formação maçônica.

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Loja e ou templo
Irmão Sérgio Guimarães

N
ão podemos confundir, uso de audiovisuais. Quais pensamentos o Irmão
com uma pequena frase já Façamos então um exercí- formulou? Como reagirá a frase
dá para explicar a diferen- cio, vou escrever sete frases e os abaixo?
ça entre uma Loja e um Templo, Irmãos vão especulando: -O Templo é profano e a
porém Maçonaria não é como ma- _O Templo é um caderno, a Loja sagrada.-
temática onde 2 mais 2 são 4, e o Loja um lápis. Imagino o arrepio que al-
_No Templo estamos para- guns Irmãos tiveram. 
resultado é apenas uma resposta. 
dos, na Loja em movimento. PORÉM atenção meus Ir-
Nada se faz na Maçonaria
_Do Templo falamos, da mãos, não se deve aplicar o concei-
que não tenha um propósito maior Loja ouvimos. to comum aos labores maçônicos.
de fomentar o aprendizado e extra- _O Templo é pequeno, a TEMPLO (do latim tem-
polar o concreto.  Loja é grande. plum, “local sagrado”) é uma es-
Por isto somos Maçons Es- _O Templo tem um nível, a trutura arquitetônica dedicada ao
peculativos.  Loja um prumo. serviço religioso. 
Há uma técnica de ensino _O Templo tem forma limi- Cinco perguntas:
chamada Técnica Expositiva que tada, a Loja ilimitada. _Já presenciaram profanos
corresponde à aplicação do Méto- _O Templo protegemos, a em nossos Templos?
do Dedutivo lógico, verbalizado ou Loja nos protege. _Algum não iniciado fre-
quenta as Lojas?
_Existe a frase: – Em Tem-
www.glomaron.org.br/faca-sua-doacao plo meus Irmãos?
_Templos tem graus?
_O que são abertos/fecha-
dos Lojas ou Templo?
Nossos Templos são lugares
que merecem respeito, é o que cha-
mamos de Kadosh (sacro e puro)
O TEMPLO MAÇÔNICO é o re-
sumo do macrocosmo e também a
imagem do microcosmo. 
Mas não podemos prestar
cultos em seu interior. 
Assim sendo posso então
encerrar com três afirmações:
_O Templo é o externo, a
Loja o interno.
_O Templo é o físico, a Loja
o mental.
_O TEMPLO é a MATÉ-
RIA, a LOJA o ESPÍRITO.
Reflitam sobre esta frase:
Combatemos os Vícios nos Tem-
plos e aprendemos a Virtude nas
Lojas.
Grande Loja do Estado de Mato Grosso do Sul
Campo Grande
Loja Amor e Caridade nº 67

O Irmão Neraldo de Araújo, Venerável Mestre da Loja Amor e Caridade nº 67 da Grande loja Maçônica do Estado
de Mato Grosso do Sul, realizou a Iniciação dos Profanos Elton Dione de souza, Manoel Roberto dos Santos e Paulo
Roberto dos Santos, estando presente o Delegado Distrital José Luíz Dela Líbera e o Venerável Mestre Antônio Carlos
Costa Mayer da Loja Estrela do Sul nº 03 - GLEMS, com vários Irmãos de outras potências.

Loja Antonio João nº 05

O Venerável Mestre Irmão Sérgio Luiz Domingos Miranda, da Loja Antonio João nº 05
recebeu, o Irmão Ademir Batista de Oliveira da Loja Oriente Maracaju nº 01 - GLEMS, para uma
palestra sobre o Esquadro e a Coluna, a Sala dos Passos Perdido o Átrio e algo mais.

Loja Oriente Maracaju nº 01

No mês de Outubro, esta Oficina esteve em festa, por estar completando 96 anos de fundação, este Templo faz parte
da História do nosso estado por estar presente em vários momentos que o nosso país passou.
O nosso Venerável Mestre Irmão Sebastião Rodrigues Soares, presidiu esta sessão com a presença dos Irmãos; Grão-
Mestre Adjunto Hugo de Oliveira, 1º Grande Vigilante Wagner Augusto Andreassi, Ex Grão-Mestre Heitor Rodrigues
Freire, e vários visitantes de outras lojas e Potências.

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Lapidando minha pedra
Irmão Ivan Barbosa Teixeira
Loja Vale do Itapemirim nº 1859 - GOB/ES - Marataízes/ES

D
esde que me iniciei nesta mesmo de orientação em minha seu polimento reflete a sabedoria e
Augusta Ordem, e desde lenta lapidação. É muito fácil dizer conhecimentos do Mestre.
que adentrei ao templo que eu não reparo na imperfeição Daí a importância em repa-
em busca da verdadeira luz, me foi da pedra alheia e por isso também rar nas perfeições e porque não di-
sempre dito que deveria lapidar mi- não vou querer que reparem na im- zer nas imperfeições de outras pe-
nha pedra bruta. perfeição da minha. dras, pois até mesmo o errado nos
Disseram-me também que A Maçonaria é sábia e per- é importante para que saibamos o
este lapidar seria um trabalho len- feita em seus ensinamentos e nada que vem a ser o certo. A maçonaria
to e solitário, onde deveria aparar nos é colocado sem que haja uma é perfeita, mas o homem, este, está
minhas arestas sem reparar nas im- razão de ser. Se no primeiro grau fadado à imperfeição, pois vive
perfeições de outras pedras. simbólico a pedra bruta tem que ser ainda em sua constante luta entre o
Entretanto, a solidão na ca- desbastada, ela terá sempre como espírito e a matéria.
minhada ao espiritual não significa molde a pedra cúbica. Vemos também a necessi-
viver apartado das pessoas, pois o Para que possa o Apren- dade de um aprendizado em con-
crescimento sem a companhia dos diz galgar sua subida na escada de junto nas palavras de Lev Vygotsky
irmãos é impossível, visto que de- Jacó, ele sempre terá como modelo que particulariza o processo de en-
sapareceriam os referenciais que o Companheiro. Dá mesma forma, sino e aprendizagem na expressão
servem de colunas de orientação. o Companheiro no polimento de “obuchenie” própria da língua rus-
Da mesma forma, torna-se sua pedra cúbica aprimorando-se sa, que coloca aquele que aprende
impossível lapidar minha pedra em busca da perfeição maçônica, e aquele que ensina numa relação
sem reparar nas pedras a meu lado também o fará moldando-se no interligada e diz ainda que “na au-
que me servem de vetor e por isso modelo da pedra polida, que por sência de outro, o homem não se

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constrói homem”. Pois se de uma falam, ou seja, a máxima – faça o que por sua vez se espelhará nos
forma devemos abrir nossos cora- que eu falo, mas não faça o que eu Mestres, pois a Arte Real sabia-
ções para o que nos ensinam, da faço – não funciona nem em nos- mente dividiu os graus simbólicos
mesma forma quem nos ensina sa infância, quanto mais em nossa em três da seguinte forma: no pri-
deve saber tocar nossos corações. maturidade. E, sendo assim, não meiro conheça a ti mesmo, vença
A grande importância de adianta dizer que por ser um tra- suas paixões e submeta suas von-
nos reunirmos está em revigorar balho solitário, tal trabalho não me tades; no segundo adquira conhe-
nossas forças para o solitário des- dará responsabilidades para com as cimento, através das ciências para
bastar de nossas imperfeições, pois pedras a meu redor, não basta polir que no terceiro já esteja pronto
além do carinho, da fraternidade, somente a minha pedra, tenho que para ministrar os conhecimentos
do amor que nos une e nos forta- também servir de exemplo para o adquiridos e venha a formar novos
lece, está também o exemplo que polimento de outras a meu lado. Mestres.
damos e que seguimos. Pois fica, Todavia, inerente a tal afir- Daí, a importância de nos
assim, mais palpável para nós, tor- mativa, o maçom está fadado a ser reunirmos, tanto em loja, quanto
narmos pessoas melhores, se es- sempre um exemplo a ser seguido, fora dela em nossos momentos de
tivermos ao lado de pessoas que um exemplo de moral, virtude, sa- ágape, para que na troca de expe-
consideramos e admiramos. bedoria, instrução, bondade, tole- riências possamos nos aprimorar,
Jean Piaget, Emília Fer- rância, ou seja, estará sempre sen- e comungando, em fraternidade e
reira, Tânia Zagure, Paulo Freire, do cobrado em sua luta eterna na harmonia, possamos revigorar nos-
Rubens Alves, entre tantos outros construção de castelos a virtudes e sas forças para a árdua caminhada
pedagogos e pensadores são unâ- masmorras ao vício. em busca de conhecimento e sabe-
nimes em reconhecer que aprende- O Aprendiz vem a ser um doria para nos tornarmos homens
mos mais pelos exemplos que te- exemplo de modelo ao profano, e melhores, servindo de exemplo ao
mos do que pelas palavras que nos terá o Companheiro como modelo, resto da humanidade.

A vida
Mario Quintana

D
epois de muitas quedas, eu descobri que, de me preocupar com o futuro. Isso me man-
às vezes, quando tudo dá errado, aconte- tém no presente, que é onde a vida acontece.
cem coisas tão maravilhosas que jamais Descobri que na vida a gente tem mais é
teriam acontecido se tudo tivesse dado certo.  que se jogar, porque os tombos são inevitáveis.
Eu percebi que quando me amei de ver- Percebi que a minha mente pode me
dade pude compreender que, em qualquer cir- atormentar e me decepcionar. Mas quando eu
cunstância, eu estava no lugar certo, na hora a coloco a serviço do meu coração, ela se torna
certa. uma grande e valiosa aliada.
Então pude relaxar... pude perceber que Também percebi que sem amor, sem ca-
o sofrimento emocional é um sinal de que es- rinho e sem verdadeiros amigos a vida é vazia
tou indo contra a minha verdade. e se torna amarga.
Parei de desejar que a minha vida fosse Ser feliz é reconhecer que vale a pena
diferente e comecei a ver que tudo o que acon- viver,  apesar de todos os desafios, incompre-
tece contribui para o meu crescimento. ensões e períodos de crise. É agradecer a Deus
Desisti de querer ter sempre razão e a cada manhã pelo milagre da vida.
com isso errei muito menos vezes. Pedras no caminho? Guardo todas, um
Desisti de ficar revivendo o passado e dia vou construir um castelo...

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O olho que tudo vê
Irmão Raimundo Rodrigues
In memoriam

N
as lojas simbólicas Ado- Para muitos, e muitos mes- que pode nos servir de exemplo,
nhiramitas o retábulo mos, representa o “Olho da Divin- de referência, mas não de caminho
(aquela parte sob o dossel dade” ou “Olho da Providencia” a seguir – a religiosidade exacer-
que forma o “fundo central” do que, trocando em miúdo vem a bada ou exagerada daqueles que
templo tendo à sua frente as três ser “Olho de Deus”, obviamente ainda não conseguiram distinguir
cadeiras e a mesa do Venerável) do Deus cristão, que leva por to- a maçonaria da religião e abstrair-
ostenta um grande triângulo eqüi- dos seus filhos. Em sendo o Olho mos toda a divindade que i símbolo
látero contendo em seu interior um de Deus ali colocado sob o dossel, do Olho possa conter, pois para o
Olho esquerdo aberto. acima da cabeça do Venerável es- tempo atual, para a vida moderna,
Que Olho vem a ser este? E tará a velar pelos filhos da viúva, para nosso modo de ser e agir, para
o que representa? pois estará a vigiar suas ações e modernizar a maçonaria, ao pode-
Como a “mãe” maçona- suas vidas. mos definir aquele símbolo como
ria é benevolente com seus filhos Esse arraigado pressuposto o Olho representa a Consciência
deixando-os à livre investigação, de que é o “Olho de Deus” extra- Humana, que é indiferente a todos.
ao direito de expressão e a ampla pola a sua onipresença divina e o Pode variar de individuo à e de
liberdade de expor seus pensamen- coloca efetivamente presente em irmão para irmão, e podemos até
tos, muitas explicações, centenas nossos templos. Transforma aquele atribuí-la atividade divina, e que
de interpretações e até “tratados símbolo numa divindade e o Orien- ao final de cada ação que fizermos,
conceituais” foram produzidos a te da Loja no mais sagrado local da de todas, sem exceção, esta a nos
seu respeito-o Olho. face da terra, rivalizando com aque- dizer o quão certo ou quão errado
O correto seria dizer que les altares de muitas igrejas cristãs, agimos. Mesmo no mais absoluto
aquele Olho representa o Olho onde estão guardadas as hóstias silêncio ou no completo isolamento
de Horus ou “Olho de Rá” que sagradas. Assim o templo maçôni- ela fala alto, de forma clara e preci-
traz consigo toda a carga mística, co se transforma num templo ma- sa o quão estamos errados ou nos
mágica e divina da religião e do çônico se transforma num templo dá a sensação prazerosa dos acer-
pensamento sacerdotal da antiga religioso e para adentrar ou sair do tos. Jamais a enganaremos, e ela
civilização egípcia. Aprofundem Oriente temos que olhar para ele e jamais se enganará.
nos mistérios da antiga civilização demonstrar nosso respeito execu-
Mediante tais colocações,
egípcia. Aprofundem nos misté- tando a vênia, quando não, o sinal
de ora em diante, o Amado Irmão
rios da antiga civilização egípcia. do grau (é que ainda não foi intro-
ao adentrar num templo adonhira-
Aprofundem amados irmãos, nessa duzida a genuflexão na maçonaria,
mita ao avistar o Olho da Consci-
pesquisa, vão em busca do Olho de se não...). Conta a história bíblica
ência, paute suas ações, sua vida
Horus do Deus falcão egípcio e do que muitos Hebreus morreram ful-
de acordo com os ditames de sua
Olho de Horus do mundo atual e minados pelo raio divino por terem
consciência e tenha a certeza que
deliciem-se de seus maravilhosos acessado o Sancto Sanctorum em
será um verdadeiro Maçom.
significados e ensinamentos, para ocasião imprópria ou sem possuí-
O Olho da consciência o vi-
uma vida respeitável e de virtudes e rem a devida qualificação; precave-
gia diuturnamente.
só assim, ao final de nossa jornada mo-nos ao adentrarmos nos Orien-
nesta terra, uma leve pena que flu- tes assim santificados. Jornal o Adonhiramita
tua na brisa será muito mais pesa- Deixando de lado o mis- Órgão de divulgação da Maçonaria Adonhiramita –
outubro/novembro/dezembro/2007 – n° 76
daque a soma de todos nossos erros. ticismo antigo, a religião egípcia Filiado à A.B.I.M. – registro n° 016-j

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Grande Loja do Estado de Mato Grosso do Sul
França
Grande Loja Nacional da França

O Sereníssimo Grão-Mestre Irmão Sebastião Nogueira Faria este presente juntamente com o Secretario Geral da
CMSB Jordão Abreu da Silva Junior na Assembléia Geral da GLNF - Grande Loja Nacional da França. Estiveram
presentes mais de 90 Grão-Mestres de diversos países e também todas as Grandes Lojas Maçônicas Brasileiras, num
total de 27 estados representados. Foram reconhecidas as 12 GGLL do Brasil a única Delegação que teve direito a
falar foi a brasileira e esta foi representada pelo nosso PGM e Secretário Geral da CMSB, o Irmão Jordão Abreu da
Silva Junior. As GGLL brasileiras cada vez mais se consolidam como uma grande força da Maçonaria Universal, o
trabalho não termina aqui,  precisamos consolidar as conquistas  do passado e do presente, ampliando o nosso
espaço e fortalecendo a nossa representatividade. Palavras do Sebastião Nogueira Faria Grão-Mestre da GLEMS.

Grande Oriente do Mato Grosso do Sul - COMAB


Campo Grande
Loja Universitária dos Livres Pensadores nº 34

O Irmão Venerável Mestre Ezequiel Freire da Silva, da Loja


Universitária dos Livres Pensadores nº 34, procedeu a Exaltação
do Irmão Orlando Benites Agostinho, que após a conclusão
dos seus estudos no Grau de Aprendiz e Companheiro foi
agraciado com o Diploma de Mestre Maçom, parabéns
ao Irmão por sua perseverança, galgou a última etapa no
Simbolismo da Ordem.

edição 133 • 2017 • www.revistaconsciencia.com.br 21


O Semear
Irmão Carlos Augusto G. Pereira da Silva
Loja Obreiros De São João nº 42 - Porto Alegre/RS

Quando o pensamento muda a sua cabeça, chamam de filosofia.


Quando Deus muda a sua cabeça, chamam de fé.
Quando os fatos mudam a sua cabeça chamam de ciência”.
O que mudou a sua cabeça ultimamente?

M
eus Irmãos todos, para APREDNIZ, mostrando sua qua- do HOSPITAL SÃO PEDRO, foi
mudar é preciso fazer, lidade, Ir:.  ADRIANO RAMOS,  mostrado a todos, por fotos, como
está se falando muito e colocado sabiamente a todos, que estava e após como ficou. Não só
agindo de menos. além do OBSERVEMOS, É NE- o entusiasmo de ajudar aumentou,
O SEMEAR, com TSSS- CESSÁRIO, O AGIR É FUNDA- como as contribuições, sejam elas
-TRONCO SOLIDARIEDADE MENTAL, completando assim de tempo ou de outra forma au-
SOCIAL SEMEAR, mostrou que  nossos propósitos. mentaram.
quando se tem atitude política, as Esta é a missão da MAÇO- Meus irmãos; este é o ca-
coisas andam e mudam. NARIA; despertar e dar autonomia minho para 2008, AGIR, FAZER
Estamos na era do AGIR, a seus membros para que eles pos- e MUDAR.
da AÇÃO, por isto a instituição sam, de preferência em conjunto, A sociedade pede e nós
que foi feita para o MAÇOM, e TORNAR FELIZ A HUMANI- precisamos fazer, as virtudes ma-
não para os ritos, colocou nos seus DADE.  Assim, a MAÇONA- çônicas são para ser exercitadas
atos a INICIAÇÃO, a ELEVA- RIA vai agir no meio social, não fora do TEMPLO, e não somente
ÇÃO e a EXALTAÇÃO. MAÇONARIA sem MAÇONS, e nele, não há mais necessidade de
A AÇÃO está em toda a ca- nem MAÇONS sem MAÇONA- assim proceder.  
minhada. RIA. Devemos agir sim em nome Junto-se a nós, participe
Estamos muito ERUDI- da MAÇONARIA, parar com este dos seminários, participe do TSSS
TOS, que tem a ver com MEMÓ- ranço imaturo e inculto, de que - TRONCO DE SOLIDARIEDA-
RIA, sabemos de tudo o que pas- a MAÇONARIA não faz. Isto DE SOCIAL SEMEAR, dê o seu
sou, mas sobre CULTURA, que é medo de assumir a instituição TEMPO, que é o que de mais caro
tem a ver com INTELIGÊNCIA, como tal, e hoje não cabe mais. o irmão possui, faça a diferença.
para que se possa fazer o futuro -  Que o teu sim seja sim e Dê a sua contribuição, par-
com todo respeito, estamos fracos. teu não seja não. ticipe ativamente e assim podere-
Estamos agarrados a uma Não é mais possível; in- mos mudar.  
MAÇONARIA de retórica da ida- fantilmente agirmos sozinhos Afinal;
de média e isto não serve mais. para tornar feliz a humanidade. É a MAÇONARIA foi criada
Por isso, além do OBSER- claro que não precisamos colocar para ser protagonista e não espec-
VEMOS, É NECESSÁRIO!, res- no Jornal em página dupla, o que tadora do avanço da humanidade.
gatado por este irmão ao nosso fizemos, mas dar ciência aos Ma- Ela é progressista por natu-
meio, já que alguns nem sabiam çons de suas contribuições e que reza e mais do que nunca, quem tem
desta coluna do Jornal O Vigilan- unidos podemos mais. que ser porgressista é o MAÇOM.
te , década de 70, e do Ir:. Ary B Na Obreiros de São João, Pensemos nisso, meus ir-
SCOZZIERO, foi por um novo Ir:. quando assumimos a solidariedade mãos. Leve para sua Loja este debate.

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Dar volta no TEMPLO , já e que nós também podemos fa- O Aprendiz pode ser Líder,
sabemos como é, mudar e fazer o zer, veja quais os irmãos estão ne- o Companheiro também, o Mes-
futuro é o que precisamos saber. cessitados de orientação para voltar tre, têm o dever de ser Líder.
 Para que no futuro, não te- ao mercado de trabalho, (assim ele Afinal de contas; LÍDER é
nhamos arrependimento de não ter poderá pagar a mensalidade, que para servir e não para ser servido,
feito aquilo que podiamos ter feito. tanto reclamamos) seja SOLIDÁ- estes são os chefes e na MAÇO-
 Vamos agir, o campo é RIO, apresente em sua Loja aque- NARIA não temos necessidades
imenso. la peça de arquitetura que desejas de chefes. Ela é uma instituição de
Faça uma Biblioteca em sua a muito tempo, crie o seu espaço, voluntários.  
Loja, adote uma creche, resgate a etc., já é um começo para mudar. Observemos, é necessário,
história de sua Loja e será possível Não basta ter atitude, é pre- mas agir é fundamental.
verificar o que os irmãos fizeram ciso agir. Fraternalmente.

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edição 133 • 2017 • www.revistaconsciencia.com.br 23


O Caminho
Em todos os planos espirituais, nos mais diferentes estágios físicos, seres vivem suas jornadas.
Transcrito de ESTUDOS PSIQUICOS, Editorial, 12° Ano, nº 4, Lisboa, 1971.
O independente, Maceió Alagoas, Julho 2007

C
aminhamos há muitos e va- pelo mérito. A violência, o esbulho, prazer e esperança, aplana obstácu-
riados, tantos como indiví- a imposição seja do que for aumenta los e facilita o esforço positivo, ainda
duos. Nenhum é igual a ou- sempre o caos e o mal-estar, porque que dependem entre si, sejam com-
tro, a semelhança das impressões que este processo é irreversível e absur- plementos naturais sucessivamente
dão a conhecer sem erro seus deten- do em qualquer tempo ou região do aperfeiçoados.
tores. Mas não são os caminhos que globo. O caminho em que falo é ve-
interessam, ou seja a direção de cada Victor Hugo exortou: reda individual, mas vereda coletiva,
ser humano na jornada evolucionista. - Demos trégua ao nosso ódio, denominador a que todos deveriam
Isso é imanente, porque o efeito está estreitemos as mãos, que os gran- subordinar-se, abdicando de impul-
ligado a causa e os elos da cadeia são des tenham piedade dos pequenos sos malsãos.
intimamente solidários, embora um e os pequenos perdoem os grandes! Nunca é tarde para reconhe-
ou outro pode reagir negativamente Nisto reside o caminho, nisto cer um erro e emenda-lo. Isto sig-
ao que chamamos destino com pou- reside a unidade moral em que deve- nifica o homem. O contrário é que
ca propriedade, uma vez que o livre- mos pensar todos os dias. envilece e envilecerá. Porque há pes-
-arbítrio é decisivo em todos os mo- Dizer que a paz é necessá- soas que erram e não abdicam dessa
mentos de existência. ria não traz novidade, se não houver inferioridade, mesmo notória e que
Há, porém, um caminho que ações corroborantes. O adepto que
prejudiquem um inocente.
está ao nosso alcance, que não deve- se limita a concha, imitando o símio
A técnica põe armas à dispo-
mos perder de vista e através do qual no oceano revolto, contribuirá para
sição de irresponsáveis que as apli-
talvez encontrássemos o que a téc- tudo, menos para a salvação ou mo-
cam em seus caminhos, sem a sanção
nica foi incapaz e nos oferecer, não dificação do existente. Primeiro, fir-
das massas anônima, cujo desígnio é
obstante as maravilhas concedidas mar idéias; depois executa-las, trans-
paz e trabalho. E só demasiado tarde
ao mundo físico e material, como a forma-las em atos, criar ambientes
é que se votam à produção pacifica,
diminuição das distâncias, a facilida- que apontem o caminho.
de das comunicações, os programas depois de causar malefícios incontá-
A não violência firme enfren-
televisivos e um sem número de in- ta a violência desordenada. O mun- veis. Esses tais não conhecem o ca-
ventos que revolucionaram e revolu- do é um navio, o rumo tem recifes e minho de todos, antes o obscurecem,
cionam a vida dos povos. baixios e o naufrágio não se avista a atravancam e tornam intransitável,
Esse caminho é o da con- olho nu,, faz parte do misterioso, do só porque os seus pés não foram fei-
córdia. Até aqui tem sido estreitís- imponderável. No mar – como disse tos para ele.
simo, verdadeiro gume de navalha um insigne poeta – há abismo para Mas temos que procurar com
a que poucos se aventuram por se- todos.quem salvar os semelhantes toda a energia, aumentando as hostes
rem muito raras as possibilidades salva-se a si mesmo. não-combatentes e criando meios de
de êxito num mundo convulsionado O caminho é sulcado de defesa que suplantem as ameaças e
e desnorteado pela rivalidade e pelo abrolhos e abre-se a quem puder se- os ataques.
ódio. Todos reconhecem isso, falan- guir, tenha disposição e vontade. Reconciliemo-nos e saiba-
do ou escrevendo, todos lamentam a Em termos de absoluto, a mos que a boa palavra é melhor que
perturbação que nos evolve, esque- solidariedade é as vezes terrível, au- a espada. Cem morteiros não valem
cendo que as prerrogativas huma- menta o risco da injustiça, segundo a uma persuasão. E o diálogo sincero
nas não devem ser concedidas pura causa que se defende. A fraternidade e compreensivo resolve todos os pro-
e simplesmente, mas conquistadas é melhor , tem brandura, transmite blemas.

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Grande Oriente do Brasil
Campo Grande
Loja Athamaril Saldanha nº 3119

O Venerável Mestre irmão Marcio Lolli Ghetti da Loja Athamaril Saldanha nº


3119, realizou iniciação de dois novos irmãos Daniel Paini de Abreu e Nery
Ramón Insfran Junior, que aparecem o primeiro com cunhada Flávia e o
segundo com sua mãe Nadir, festa também prestigiada pelo Grão Mestre
irmão Benilo e cunhada Maria Elisa e ainda transmitindo uma vitalidade
incomparável a Sra. Eva Larson Ghetti mãe do Venerável Mestre. Os dois
iniciados vieram para reforçar as Colunas desta Oficina.
Aproveitando este momento histórico o Venerável Mestre Marcio, juntamente
com o Grão Mestre Benilo e o irmão Luiz Yoshimura fizeram a entrega do
Diploma a Medalha de 35 anos de Maçonaria ao Irmão Eduardo Rocha.

Natal da Fraternidade!

A Loja Athamaril Saldanha nº 3119, realizou um domingo de confraternização com a população do bairro onde está
situada. O Venerável Mestre Irmão Marcio Lolli Ghetti, recebeu apoio de vários irmãos que atuam no comércio de
Campo Grande, do Rotary e várias entidades, que com suas ajudas conseguiram realizar a alegria de mais de 700
crianças e adultos menos favorecidos, que receberam um presente cada um e ainda houve o sorteio de 10 bicicletas
e 2 cestas de Natal. Foi uma alegria total da garotada e satisfação para os que organizaram. 
Parabéns aos irmãos, familiares e amigos da Loja Athamaril Saldanha que tem mostrado quase todos os anos este
lado maravilhoso que nossa instituição pode realizar através de um conjunto de apoio de irmãos trazendo assim um
momento de descontração e felicidade a esta população carente de um calor humano.

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O maçom
Irmão Charles Evaldo Boller

O
maçom é sucessivamente desperta e se considera parte de
exortado a edificar e res- um templo maior que consiste em
taurar templos. Recons- toda a vida do “grande” Universo.
truir templos danificados tem na Conscientiza-se que concorre para
Maçonaria significado simbólico a realização de todo o esplendor do
de grande profundidade filosófica. milagre da vida estabelecido em
Isto porque na reconstrução concor- leis naturais espantosas, só com-
rem valores humanos significativos, preendidas no amadurecimento
bem mais intensos que na sua cons- espiritual adulto. Entretanto, exis-
trução. Para uma edificação ser re- tem “adultos” que, ao não se mo-
construída, esta deve possuir valor dificarem internamente, continuam
inestimável, e são poucos os abne- menores de idade, dependentes da
gados que se habilitam na emprei- orientação de terceiros e ainda não
tada de reconstruir algo danificado alcançaram idade madura. Neste
e com alta probabilidade de ser des- caso não se trata do período da vida
truído de novo. Na reconstrução de compreendido entre a juventude e
templos concorrem valores como a velhice, ou a meia-idade, mas o
firmeza de decisão e perseverança total destes elementos, o espírito termo último de desenvolvimento
no objetivo para concluir a recons- é considerado encarnado, parte do humano, a fase de auto realização.
trução, bem como, heroísmo no en- corpo físico. A reconstrução deste É a liberdade observada quando o
frentamento de terríveis e insidiosos tipo de templo ocorre a cada ini- homem não é culpado de sua pró-
inimigos durante as atividades. A ciação, a cada nova modificação pria menoridade, de sua heterono-
ordem maçônica usa de ilustrações interior, em resultado da auto-edu- mia, de deixar-se conduzir por um
de reconstruções para provocar o cação estimulada pela ordem ma- terceiro. Heteronomia refere-se à
raciocínio de restaurações constan- çônica. Cada pedreiro trabalha com deficiência onde a dependência não
tes de um tipo especial de templo: o as ferramentas de que dispõe, em acontece for falta de entendimen-
homem integral. si mesmo e como resultado de seu to ou limitação fisiológica, mas
Quando em Maçonaria se desenvolvimento físico, intelectual, da falta de coragem ou preguiça
faz referência a um templo, este emotivo e metafísico. O sábio per- de trabalhar em seu templo, presa
designa o local de reunião dos ma- cebe a finalidade do desafio de mo- de paixões desenfreadas ou vícios
çons, e por extensão simbólica, dificar a si mesmo para o bem. O su- degradantes. Para Platão, o adulto
significa o “grande” Universo e o blime e principal propósito é levar o que venceu sua minoridade reco-
“pequeno” Universo, aonde este úl- homem a conhecer-se intimamente, nhece que a beleza emana de sua
timo constitui a essência do próprio de modificar-se, de reconstruir-se característica espiritual, essencial-
homem, sua força vital, o seu cor- ou reorganizar-se internamente ao mente quando desenvolvida por
po completo; o homem como um templo vivo que cada um é. si mesmo e em si mesmo. E isto
templo vivo. Entende-se por corpo No diálogo, “O Banquete”, constitui a liberdade absoluta do
completo a sua constituição física Platão (428 a. C. - 347 a. C.) afirma homem, pois quando não padece
e a força ativa que o mantém vivo. que enquanto na juventude preva- de heteronomia, é em seu “peque-
Este conjunto complexo pode ser lece a admiração pela beleza, no no” Universo interior, qual templo,
comparado a um Universo em mi- adulto amadurecido descobre-se a que o homem adulto é soberano e
niatura composto de: corpo, mente, verdadeira beleza na espiritualida- senhor absoluto.
emoção e espiritualidade. Na soma de. É na maturidade que o homem Um templo maçônico é a

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representação simbólica do Univer- dá grande significado para a vida do e reedificação de templos. A trolha
so maior, composta de toda matéria homem. Seu templo faz parte indis- constrói o templo externo de pedra,
animada e inanimada. É tão incrível solúvel do Universo e isto promove assentando as pedras, em cujo inte-
a matéria deste “grande” Universo um maravilhoso significado para rior, ao alisar as paredes, melhora as
que, se observada de perto, de bem exercer a liberdade com responsa- relações entre as pedras vivas que
perto, ao nível atômico e subatômi- bilidade. É uma honra e distinção
estão construindo e reconstruindo
co, é como se toda a existência ma- impossível de esquecer o fato de
templos vivos. Os maçons reúnem-
terial fosse feita com absolutamente ser premiado para viver com liber-
nada de massa, de quase nada, qua- dade dando conta de si mesmo no -se num templo de pedra que re-
se que exclusivamente de espaço Universo. presenta o Universo, local sagrado
vazio. As partículas são tão insigni- Se destruído o corpo, ou par- onde cada indivíduo reconstrói seu
ficantes e afastadas umas das outras te dele, ao nível da matéria e com a próprio lugar sagrado, o templo de
em espaços relativos tão grandes atual tecnologia disponível ainda é si mesmo. É local também onde se
que, em essência, resulta apenas impossível ao homem reconstruir provoca e incentiva ao seu irmão
espaço vazio. E é tão somente pela um templo assim. Resta remendar o a edificar e melhorar seu templo.
velocidade com que os elétrons gi- corpo físico e mantê-lo funcionan- Cada um atua num templo de carne
ram ao redor do núcleo que se ma- do mesmo que precariamente e em que é a representação em miniatura
nifesta a solidez da matéria. Em decadência progressiva. Para viver do Universo dentro de um templo
essência, a matéria do Universo é com qualidade, o sábio cuida bem
de pedra que representa o Univer-
feita de nada, de espaço vazio. Ser de sua saúde física e emocional en-
so. Os templos melhorados pelo
parte deste todo e ao mesmo tem- quanto os anos lhe vão desgastando
po deste nada, deste maravilhoso a maravilhosa estrutura biológica, trabalho em si mesmos agradecem
espetáculo da matéria inanimada e até o instante em que a regeneração ao privilégio de vestirem ossos com
animada pelo sopro da vida, é o que química de suas moléculas se tor- carne, animados pela força ativa do
dá um importante significado para na impossível e o sopro da vida o espírito que exalta o dom da vida. É
a vida do homem. É uma distin- abandona. Alguns parceiros do ho- pelo conjunto de todo o trabalho de
ção impar ser uma individualidade mem que compartilham a biosfera construção e reconstrução, planeja-
diante do volume de matéria inani- terrestre têm em si a capacidade de do racionalmente, que o maçom de-
mada que existe. O homem é feito desenvolverem novos membros que clara a glória do Grande Arquiteto
da matéria inanimada do Universo, lhes foram arrancados por acidentes do Universo.
a qual recebeu vida de uma forma ou predadores, mas ao homem esta
ainda incompreensível para o seu faculdade ainda não se disponibili- Bibliografia:
conhecimento científico. É natural zou. Já o templo interior do homem
1. CAMINO, Rizzardo da, Rito Escocês Antigo e
que, respeitadas as devidas propor- é passível de reconstrução, basta Aceito, Graus um ao Trinta e Três, ISBN 978-85-370-
ções, se considere o homem como que para isto se parta para a ação 0222-3, primeira edição, Madras Editora Ltda., 302

um “pequeno” Universo de matéria com vontade e perseverança. A ca- páginas, São Paulo, 2009;
2. CLAUSEN, Henry C., Comentários Sobre Moral
e energias aglutinadas e animadas pacidade de reconstruir o templo e Dogma, primeira edição, 248 páginas, Estados
por uma energia vital e sobre o qual interior, uma vez destruído, é uma Unidos da América, 1974;

o intelecto sem heteronomia exerce capacidade que cada homem possui 3. MIRANDA, Pedro Campos de, Os Caminhos da
Maçonaria, ISBN 85-7252-216-6, primeira edição,
poder e comando. em potencial. É só deixar que esta Editora Maçônica a Trolha Ltda., 160 páginas,
Se as estrelas e planetas inclinação espiritual se manifeste e Londrina, 2006;

exercem influências gravitacio- se obedeça ao bom senso de seguir 4. SANSÃO, Valdemar, O Despertar para a Vida
Maçônica, ISBN 85-7252-206-9, primeira edição,
nais de uns sobre os outros, então sempre em frente. Editora Maçônica a Trolha Ltda., 192 páginas,
as partículas que formam o templo Simbolicamente, a ação no- Londrina, 2005;

do homem, o seu “pequeno” Uni- bre da espada inibe a aproximação 5. SOBRINHO, Octacílio Schüler, Maçonaria,
Introdução Aos Fundamentos Filosóficos, ISBN
verso interior, estão sob influência e defende do inimigo externo e sub- 85-85775-54-8, primeira edição, Obra Juridica, 158
energética dos outros corpúsculos juga e mata o inimigo interno, en- páginas, Florianópolis, 2000;

semelhantes espalhados pelo “gran- quanto a trolha, na mão do trabalha- 6. SPOLADORE, Hercule, O Homem, o Maçom e a
Ordem, ISBN 85-7252-204-2, primeira edição, Editora
de” Universo. É este pertencer que dor da pedra, participa na edificação Maçônica a Trolha Ltda., 194 páginas, Londrina, 2005.

edição 133 • 2017 • www.revistaconsciencia.com.br 27


Maçonaria: o prazer de
comparecer aos Templos
Simbólicos e Filosóficos
Irmão Antônio Schuck

N
a Maçonaria tudo ocorre mudança dos rumos da sociedade Atitude é o maçom trans-
de baixo para cima. Em e do País se o maçom não tiver um formar o conhecimento adquirido
assim sendo, ou o maçom comportamento exemplar. através da V\ L\ em ações para
dá o exemplo ou pouca mudança Sem a atitude correta tudo beneficiar a humanidade, através
ocorrerá. Não adianta tentar moti- fica apenas no discurso, na inten- do amor fraterno, do aperfeiçoa-
var, falar, fazer discursos, colocar ção e pouco ocorrerá de concreto mento dos costumes, da tolerân-
faixas, pregar quadrinhos nas pa- dentro da Maçonaria e no dia a cia, do respeito à autoridade e a
redes com frases de efeito e exor- dia. Essa é a verdade, nua e crua crença de cada um, glorificando
tações ao desenvolvimento de seu (atitude não é se paramentar e ir a justiça e a verdade, levantando
Templo Interior e de ações para a às ruas, isso é comportamento de templos à virtude e cavando mas-
benemerência e de atitudes para a massa de manobras). morras ao vício.

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Quando o maçom deixa de também são impeditivos de uma acontecem mudanças de critérios
sentir prazer em comparecer em boa frequência e afetam, sobrema- durante a evolução maçônica, há
seu Templo, tanto simbólico quan- neira, a todos, visto que o maçom um desestímulo, principalmente
to filosófico, ele simplesmente se ajusta seu calendário do mundo pro- quando ocorrem fatos discordantes
afasta até que perceba que ocorreu fano ao comparecimento aos seus entre si, beneficiando uns em detri-
a mudança desejada e assim possa Templos Simbólico e Filosófico. mento de outros. Excessivo rigor
retornar à hoste maçônica. Portanto, quando há alte- com uns e displicência com outros.
O fator que ocasiona a de- rações no calendário, o maçom já Para o fortalecimento da
sistência ou afastamento da Ordem assumiu compromissos no mundo Ordem é necessário que haja sim-
são as alterações de calendário, profano que, muitas vezes, não plesmente um tratamento fraterno
mudanças de critérios efetuadas permitem mudanças ou ajustes entre os IIr\ , fortalecendo os la-
nos bastidores sem consulta e que que atendam ambas as partes en- ços que nos unem com igualdade e
afetam quem realmente vivencia o volvidas. permitindo que todos sejam livres e
cotidiano da Sublime Instituição, Já a mudança de critérios de bons costumes.
contribuindo para o seu engrande- confunde a mente do maçom, uma Assim é que, por meio do
cimento. vez que ele encara a Ordem como exemplo e das pequenas atitudes
Lógico que mudanças são, uma Instituição justa e perfeita, e comportamentos, transmitimos,
muitas vezes, necessárias para o onde tudo deve funcionar de ma- diariamente, a visão e os valores da
bom andamento da Instituição, mas neira clara e precisa e ai, quando Maçonaria.

Grande Loja do Estado de Mato Grosso


Cuiabá
Loja Estrela de Davi nº 68

No condomínio Centro do Saber, Templo da Sabedoria, foi realizado pela Loja Maçônica Estrela
de Davi nº 68 presidida pelo seu Venerável Mestre Gláucio de Abreu Castanon juntamente com
o Venerável Mestre Macário Dias Filho da Loja Cavaleiros da Fraternidade nº 67 a sessão em
homenagem a diplomação do Irmão Vitor Modesto Braz, membro da Loja Maçônica Cavaleiros
da Fraternidade nº 67, no qual foi agraciado na AMLM - Academia Maçônica de Letras do Leste de
Minas cuja sede se encontra na cidade de Caratinga/MG. Ela nasceu fruto do trabalho de abnegados
Maçons, que dedicaram parte do seu já escasso tempo, em pról do próximo e da coletividade.
Estiveram presente, representantes de varias Lojas da GLEMT. Em declaração o Irmão homenageado
falou da gratidão que tem pelas Lojas, principalmente pelas presentes nesta sessão e de tantos
Irmãos que o apoiaram nesta conquista no qual sente fortalecido para continuar na estrada da
literatura maçônica.

edição 133 • 2017 • www.revistaconsciencia.com.br 29


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Proclamação da República:
Obra da Maçonaria
Irmão Aníbal Silva
Loja Maçônica Paz Universal - GLEGO

D
entre as grandes obras re- da Escola Militar, que estava sob Deodoro da Fonseca (Presiden-
alizadas pela Maçonaria o comando do seu irmão, o Ma- te); Benjamim Constant (Ministro
no Brasil, a proclamação rechal Severino da Fonseca. Sen- da Guerra); Eduardo Wandenkok
da Republica ganhou destaque es- tindo o clima de insatisfação no (Min. Da Marinha); ]Aristides
pecial por se tratar da instituição meio dos colegas militares, o Ir. Logo (Min. do Interior); Quinti-
da democracia num país até então Deodoro convoca uma reunião no no Bocaiúva ( Min. dos Negócios
atormentado pela monarquia, re- teatro Recreio, onde Comparece- Estrangeiros); Rui Barbosa (Min.
gime político que causava sérios ram 200 oficiais. Um ano depois, da Justiça); Demétrio Ribeiro
descontentamentos no seio da foi nomeado comandante das ar- (Min. da Agricultura, Comércio e
população, notadamente entre os mas, em Mato Grosso, lá perma- Obras Publicas) e Campos Sales
empresários rurais e urbanos. necendo até fevereiro de 1889. que substituiu o Ir. Rui Barbosa no
Em 1827 nasce na Pro- em 11 de novembro desse mesmo Ministério da Justiça.
víncia de Alagoas, Deodoro da ano, de volta ao Rio, numa reu- Como membro da Loja
Fonseca, que aos 16 anos abraça nião em sua residência, civis e DOIS DE DEZEMBRO, o Ir. De-
a carreira militar, sentando pra- militares republicanos decidem odoro foi eleito Grão-Mestre do
ça no 4° batalhão de Artilharia, que a revolução rebentaria no Grande Oriente do Brasil, receben-
no Rio de Janeiro. Teve uma rá- próximo dia 20. com o boato de do o grau 31 dia 07 de janeiro de
pida e brilhante atuação a ponto que os Irmãos Deodoro e Benja- 1890, sendo também promovido a
de receber as promoções devidas mim Constante pudessem ser pre- Marechal do Exército e aclamado
em função dos seus imensuráveis sos, os também Irmãos Quintino generalíssimo das forças de terra
méritos. Dia 20/09/1873, quando Bocaiúva e Sólon Ribeiro resol- e mar. Dia 24 de março daque-
comandava o 1° Regimento de Ar- vem antecipar a Revolução para le mesmo ano é elevado ao grau
tilharia em São Gabriel (RS), De- dia 12. No dia 13, o Ir. Floriano 33. Já abatido por sérias questões
odoro foi iniciado na Maçonaria adere ao movimento. de saúde, dia 18 de Dezembro
pela Loja Rocha Negra, daquela Na madrugada do dia 15 de 1891 ele renuncia ao cargo de
cidade. Como maçom Convicto, de novembro, as tropas se movi- Grão-Mestre. Ano seguinte, pede
despertou nele o amor patriótico, mentaram no âmbito da 2º Bri- e obtém sua reforma do Exército.
fazendo-o defensor intransigente gada, cujo o comando foi entre- Com o agravamento do seu estado
dos ideais democráticos. gue ao próprio Ir. Deodoro, que de saúde, às 12 horas e 20 minutos
No comando das armas no apesar de doente marchou firme do dia 23 de agosto de 1892, ele
Rio Grande do Sul, o irmão Deo- à frente do Exército. O ministé- veio a falecer.
doro vê surgir a questão militar, à rio de Ouro Preto capitula e o Ir. A Maçonaria brasileira tem
época em que Sena Madureira era Deodoro foi calorosamente acla- motivos suficientes para rememo-
ministro da guerra. Por suas posi- mado pelo povo e pelos militares. rar seus grandes feitos, mirando
ções a favor dos direitos políticos E com muita coragem e destemor, sempre nas figuras exponenciais
dos oficiais, custou-lhe a exonera- foi então proclamada a República de maçons ilustres que defende-
ção do cargo que então ocupava. e organizado o primeiro governo ram seus sacrossantos postulados
Ao voltar ao Rio Janeiro, foi re- provisório, integrada unicamen- e buscaram defender a soberania
cebido festivamente pelos alunos te por maçons, tais como: Gal. da nossa pátria.

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O bode da maçonaria
Autor desconhecido

P
or que bode? Dentro da bode é o seu confidente? Como o ponto de um dos inquisitores dizer
nossa organização, muitos bode não fala o confesso fica ain- a seguinte frase a seus superiores:
desconhecem o nosso ape- da mais seguro de que seu segre- “Senhor, este pessoal (maçons)
lido de “BODE’’. A origem des- do será mantido,respondeu-lhe o parece BODES, por mais que eu
ta denominação data do ano de rabino. os flagele, não consigo arrancar-
1808. Porém, para saber do seu A igreja, trinta e seis anos -lhes uma palavra’’.
significado , temos necessidade de mais tarde, introduziu no seu ri- Assim, a partir daí, todos
votarmos no tempo. Uma coisa é tual, o confessionário, juntamente os maçons tinham, para os inquis-
certa,esqueçam essas conversas de com o voto de silêncio por parte tores, essa denominação “BODE’’
Bode Preto, Diabo, Satanismo ou do padre confessor – nesse ponto – aquele que não fala, que sabe
qualquer idiotice similar. da história não conta se foi Após- guardar segredo.
Por volta do ano 3 a.C., vá- tolo Paulo que levou a idéia a seus O bode foi até adotado pela
rios apóstolos saíram pelo mundo, superiores da Igreja. O certo é que maçonaria como um lema. O bode
a fim de divulgar o cristianismo. ele faz bem a humanidade. Com vem de uma expressão “bhody’’,
Alguns foram para o lado judaico esse ato, do confessionário, ali- que significa ser iluminado. O que
da Palestina. E lá, curiosamente, viado, ao voto de silêncio, o povo se chama vulgarmente de “bode’’,
notaram que era comum ver um passou a contar suas faltas. Na
com aquela conotação do chifre,
judeu falando ao ouvido de um atualidade, com a confiança duvi-
de que a maçonaria seria coisa do
bode, animal muito comum na- dosa, em função de escândalos por
diabo. Mas isso absolutamente
quela região. parte de alguns padres, diminuí-
não existe. É uma instituição que
Procurando saber o por- ram os confessores e confessioná-
quê daquele monólogo, “foi difí- prega a existência de Deus. Se al-
rios e aumentou o número de divãs
cil obter resposta. Ninguém dava guém quando for convidado para
de psicanálise.
informações, com isso aumenta- integrar a maçonaria, disser que
Voltemos a 1808, na Fran-
va ainda mais a curiosidade dos ça de Bonaparte, que após o Golpe não acredita em Deus, não poderá
representantes cristãos, em rela- de 18 Brumário, se apresentava ser aceito.
ção àquele fato. Até que Paulo, o como o novo líder político daque- O bode não faz parte da
apóstolo, conversando com rabino le país. A igreja, sempre oportu- nossa rica simbologia nem ao me-
de uma aldeia, foram informados nista, uniu-se a ele e começou a nos de nosso usos e costumes tra-
de que o ritual era usado para a pesquisar todas as instituições que dicionais; aliás, diga-se, faz parte
expiação dos erros. Fazia parte não fossem o Governo e a igreja. dos usos e costumes dos nossos
da cultura daquele povo, contar a Assim, a Maçonaria, que era um detratores e adversários, da anti-
alguém de sua confiança, quando fator pensante, teve seus direitos maçonaria que intenta nos difamar
cometia (mesmo que escondido) suspensos e seus Templos fecha- atribuindo-se ações e ideias que
suas faltas. dos: proibida de se reunir. Porém, não temos, como este símbolo es-
Acreditando com isso que se Irmãos de fibra, na clandestini- púrio, pejorativo e deselegante do
outro soubesse, ficaria aliviado jun- dade, se reuniram, tentando mo- bode.
to a sua consciência, pois estaria di- dificar a situação do país. Neste
Bibliografia consultada
vidindo o sentimento ou problema. período, vários maçons foram Vade-Mecum . RIZZARDO da CAMINO
Mas por que o BODE? presos pela Igreja e submetidos a Oratória Maçônica . Carlos Brasilio Conte
Sites Maçônicos
Quis saber Paulo. E por que o terríveis inquisições. Chegando ao Demais Leituras

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Grande Oriente do Brasil
Campo Grande
Rito Brasileiro - Grau Filosófico

O Presidente do Capitulo Universo Fraternidade nº 45, Irmão Antonio


Independente de Oliveira, procedeu a entrega de Diplomas, Comendas
e Credenciais a vários Irmão do Quadro e nesta oportunidade o Irmão
Ivan Magalhães grande Delegado dos Graus Filosóficos fez entrega de
uma lembrança aos Irmãos presente juntamente com o Irmão Ademir
Batista de Oliveira, da Loja Oriente Maracaju nº 01 GLEMS e diretor da
Revista Consciência.

Loja De Emulação

A Loja De Emulação nº 2.501 esta com novo Venerável


Mestre o Irmão Sebastião Lopes Filho, foi empossado
pelo Presidente da Comissão de Posse Irmão Ivan
Magalhães, este é Delegado Litúrgico do Rito Brasileiro
para o estado de Mato Grosso do Sul - GOB/MS

Grande Oriente do Estado de São Paulo


Santa Fé do Sul
Loja Maçônica XV de Novembro VI nº 2334
A Loja Maçônica XV de Novembro VI nº 2334 do Or\ de Santa
Fé do Sul/SP, fundada em 15 de Novembro de 1.977, comemorou
os 40 anos de comunhão, com os princípios de Liberdade,
Igualdade e Fraternidade. O Venerável Mestre Irmão José
André do Nascimento enfatiza a participação efetiva da loja na
comunidade santafessulense nessas quatro décadas, dando
exemplos a Santa Casa de Misericórdia, C.R.A (Centro de Apoio a
Criança e ao Adolescente), Lar Orvalho de Luz, Casa da Criança,
Fundassul, Projeto Maçonaria contra as Drogas e atualmente é
mantenedora do Lar do Idoso São Vicente de Paulo, que abriga
24 internos. Nossos parabéns a esta Oficina pelos relevantes
serviços prestados a comunidade.

edição 133 • 2017 • www.revistaconsciencia.com.br 33


Natal
Nelson Vieira de Souza
Campo Grande/MS – GOB/MS

É
sempre uma esperança renovada, com os olhos volta-
dos para o bem, para o que de melhor possa acontecer
entre os homens aqui na terra. A partir do nascimento
de Jesus Cristo, vindo a terra para salvar a humanidade do es-
tado de coisas negativas que, desde muito tempo persiste em
permanecer presente no mundo em que vivemos, ontem e hoje.
Sua passagem pela terra foi marcante, pregando as boas
novas para todos, em especial aos que se prontificaram em re-
ceber Deus, com atuações dignificantes de amor ao próximo.
A todos se dirigia com humildade e muito saber, sem
qualquer ostentação, exemplo de simplicidade, tendo tudo que
precisava. Deixou um legado, cujos registros, são partes inte-
grantes do livro dos livros, a Bíblia.
Infelizmente, pouco ou quase nada foi assimilado pelo
ser humano, não é preciso ir longe para constatar a desigual-
dade reinante, onde quem pode mais chora menos, e olha que
estamos em pleno século XXI, e as mazelas estão ai, bem pró-
ximas.
Como seria bacana, legal mesmo, se tivéssemos uma
“vara de condão” para provocar mudanças salutares, em be-
nefício de quem necessite de ajuda. Isso é uma utopia? Mas
sonhar não é proibido, mesmo sendo ciente da nossa imper-
feição.
Quão bom seria se houvesse um equilíbrio generalizado,
em tudo que nos envolve nada de exageros. Claro esta que,
não é a nossa realidade, vivemos numa época de consumismo
frenético. Colocamos em graus de prioridades, ações materia-
listas.
Mas, enfim, o período natalino serve para reunir, agre-
gar pessoas com objetivo de tornar presente os ensinamentos
de Jesus. Sem dúvida é uma data relevante para reflexão.
Feliz Natal e os nossos votos de que realizem o máximo
possível seus desejos, no próximo ano, com saúde e muita paz.

34 edição 133 • 2017 • www.revistaconsciencia.com.br


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