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30/06/2020 Alaiandê Xirê – Wikipédia, a enciclopédia livre

Alaiandê Xirê
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Alaiandê Xirê — Festival Internacional de


Alabês, Xicarangomas e Runtós é um festival
reunindo sacerdotes-músicos (ogãs) das diferentes
nações do candomblé (alabês nagô, xicarangomas
Congo/Angola e runtós jeje[1]) procedentes de todos os
estados brasileiros e de diásporas africanas. Foi criado
em 1998 sob a liderança do ogã de Ogum Roberval
Marinho e da agbeni de Xangô Cléo Martins, membros
do Ilê Axé Opô Afonjá, de São Gonçalo do Retiro, em
Salvador da Bahia. O festival é um importante evento da
cultura afro e afrobrasileira, que além dos interessados
Ministro Gilberto Gil, Mãe Stella de Oxóssi e o
nos aspectos religiosos, artísticos e celebratórios, atrai
Prefeito de Salvador, Antônio Imbassahy, na
também muitos pesquisadores e acadêmicos. Os abertura da edição de 2003.
encontros e seminários paralelos debatem as questões
pertinentes aos povos e comunidades tradicionais afro,
enfatizando as relacionadas aos músicos sagrados de todas as nações.

Índice
História
Edições
I Alaiandê Xirê
II Alaiandê Xirê
III Alaiandê Xirê
IV Alaiandê Xirê
V Alaiandê Xirê
VI Alaiandê Xirê
VII Alaiandê Xirê
VIII Alaiandê Xirê
IX Alaiandê Xirê
X Alaiandê Xirê
XI Alaiandê Xirê
XII Alaiandê Xirê
XIV Alaiandê Xirê
Itinerância
Referências

História
Candomblé

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"Alaiandê" é um dos atributos de Xangô como o grande mestre dos Religiões afro-
atabaques, e "xirê" significa festa, o ritual de dança dos orixás em brasileiras
círculo.[2] Ambos os fundadores, Cléo Martins e Roberval Marinho, têm
uma longa associação com a religião e com o mundo acadêmico e
artístico. Além de sacerdotisa do candomblé, Cléo é bacharel em Direito, Princípios básicos
escritora e roteirista, e por seis anos foi monja beneditina, e Marinho é
sacerdote, doutor em Arte e Educação, pesquisador e professor Deus
universitário.[3] Ketu | Olorum | Orixás
Jeje | Mawu | Vodun
Em entrevista ao Correio da Bahia, Cléo lembrou os primeiros tempos: Bantu | Zambi | Nkisi
"Há muitos anos o Opô Afonjá promove discussões acadêmicas dentro do
terreiro, o Alaiandê nasceu de um seminário chamado Irê Aió, que quer
Religiões
dizer caminho de alegria, um caminho divinatório de alegria. Roberval
Babaçuê | Batuque |
Marinho, que é um ogã do axé, me disse: 'é preciso fazer alguma coisa
Cabula
diferente daquela coisa fria da academia'. A ideia dele era trazer uma
Candomblé | Culto de
visão acadêmica diferente, sem aquilo de todo mundo sentadinho. Então
Ifá
ele sugeriu um festival de tocadores de candomblé, talvez uma
Culto aos Egungun |
competição. Numa dessa, Mãe Stella entrou na jogada também e a gente
Quimbanda
entendeu que competição ficava chato, até porque todos são bons, mas
Macumba | Omoloko
festival era legal. Aí eu dei o nome. Na verdade primeiro foi Alaiandê Nilê,
Tambor-de-Mina |
que seria o grande tocador na casa. Mas Roberval sugeriu Alaiandê Xirê, a
Terecô
'brincadeira do grande tocador'. Por isso, digo que ele é o pai e eu sou a
Xambá | Xangô de
mãe desse festival, que nasceu de uma vontade de trazer o acadêmico
Pernambuco
através do lúdico. Pois não tem coisa melhor que a brincadeira, você vê o
mais verdadeiro da pessoa na brincadeira, na festa, quando ela se
descontrai".[4] Temáticas
Confraria | Hierarquia
Os fundadores contaram com uma equipe composta por Rita Virgínia do Sacerdotes |
Rio, "o Xangô do Alaiandê", Luís Austregésilo e Nadja, Ana Rúbia de Sincretismo
Mello, Magali Sepreny, Maestro Fred Dantas, Fatumbi Marcelo Lima, Templos afro-
Adriano Abiodun, Guelê, Neca, Ojé Eurico, Lázaro Faria, Ebome Nice de brasileiros
Oiá, Ogâ Léo, Ivone e família, Tonho, Papadinha, Rosa e Lídia. O
primeiro festival aconteceu em 1998, no Axé Opô Afonjá, palco de todos
os outros Alaiandês até 2006, quando se decidiu mudar o formato do Religiões
evento, tornando-se itinerante: cada ano em uma comunidade diferente. semelhantes
É aberto ao público em geral, sem fins lucrativos. Xangô, o orixá do fogo, Religiões Africanas |
justiça e poder em exercício é o padroeiro do Alaiandê Xirê.[4] Abakuá
Arará | Lukumí |
Nas palavras de Elke Lopes Muniz, Obeah
"unindo membros dos candomblés e Palo | Regla de Ocha |
reconhecidos intelectuais e Santeria
acadêmicos de inúmeras
universidades do Brasil e do
exterior", o festival já foi realizado em
várias cidades, tendo como seus
objetivos principais "debater
questões diversas sobre os povos e comunidades tradicionais de
Ministro Gilberto Gil e Mãe Stella de
Oxossi
matriz africana com ênfase naquelas relacionadas aos músicos
sagrados dos candomblés de todas as nações".[5] Segundo o
pesquisador Rosenilton de Oliveira, desde sua origem o festival
teve a preocupação de extrapolar a dimensão lúdica e religiosa e oferecer também uma visão crítica
sobre identidade afro, a cultura, a política e a sociedade. Também "percebe-se que a intenção não é
apagar a diversidade de expressões religiosas do campo afro, nem uniformizar, mas encontrar uma
categoria ampla o suficiente para englobar todas as casas e que permita o diálogo com o poder
público".[3]
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De acordo com a pesquisadora Lisa Earl Castillo, o festival tem ampla repercussão na imprensa e
entre o público universitário,[6] além de atrair profissionais de diversas vertentes, como músicos,
artistas, professores, antropólogos e sociólogos.[7] Um portal na internet oferece informação aos
interessados. O Opô Afonjá foi o primeiro terreiro baiano a ter um portal na internet, e segundo
Castillo tem despertado grande interesse entre os etnógrafos. Além disso, "a posição privilegiada do
Opô Afonjá nos textos etnográficos tem um paralelo na produção paraetnográfica. Na Bahia, a grande
maioria dos textos de sacerdotes-autores provém do Opô Afonjá, [...] o terreiro mais elogiado na
etnografia como modelo de autenticidade africana".[6]

Em 2000 o Opó Afonjá foi tombado pelo Instituto do Patrimônio


Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que declarou:

"A Comunidade do Ilê Axé Opô Afonjá é detentora de


uma das casas religiosas de matriz africana mais
antigas do Brasil. Fundada em 1910, em São
Gonçalo do Retiro, na periferia de Salvador, por Mãe
Aninha, importante personagem da luta pela
liberdade do culto afro-brasileiro, ou religião dos
Orisa (alcançada tardiamente, por meio de Decreto O terreiro Ilê Axé Opó Afonjá, palco
de Getúlio Vargas). Para assegurar os princípios e dos festivais até 2006.
valores da tradição, criou em 1936 a Sociedade Cruz
Santa do Ilê Axé Opô Afonjá. O tombamento do
terreiro aconteceu em julho de 2000, pelo IPHAN, conferindo-lhe o título de Patrimônio
Cultural do Brasil e reconhecendo-o como área de proteção cultural e paisagística".[8]

Em 2003 o então ministro da Cultura Gilberto Gil abriu o festival, louvando as tradições e a atuação
de Mãe Stella. Na mesma ocasião foram entregues os Prêmios Xangô a pessoas que deram um apoio
relevante à comunidade afro.[9] Em 2013 o festival foi premiado pelo IPHAN reconhecendo-o como
um evento exemplar na "preservação, valorização e documentação do patrimônio cultural dos povos e
comunidades tradicionais de matriz africana".[10] O festival hoje conta com o apoio do Instituto
Alaiandê Xirê[3] e se tornou um evento de alcance nacional[11] e um dos maiores da cultura do
candomblé.[7] Entrega anualmente o Troféu Alaiandê Xiré.[12]

Edições

I Alaiandê Xirê

I - título e data do evento: Xangô dobra os couros para a velha guarda dos terreiros: de 17 a 18 de
maio de 1998. Local: Axé Opô Afonjá.'

O primeiro Alaiandê Xirê homenageou o pintor Carybé, então recentemente falecido em 1997, e
Camafeu de Oxossi, figura lendária da Bahia, falecido em 1994. Participaram deste evento a "velha
guarda" dos alabês de Salvador, dando-se destaque para Jorge Alabê,[13] como era conhecido o chefe
dos tocadores da Casa Branca do Engenho Velho. Jorge viria a falecer exatos nove dias depois desta
primeira edição do Festival, deixando farta produção e saudosa memória.

II Alaiandê Xirê

II - título e data do evento: O que Xangô quer toma e tomba: Xangô dobra os couros para o
tombamento do Opô Afonjá, pelo Iphan: de 25 a 28 de novembro de 1999. Local: Axé Opô Afonjá.

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Esta foi a primeira edição internacional do Alaiandê Xirê, o qual contou com a presença de sacerdotes
cubanos, residentes em Miami e Nova Iorque. Nesta edição, o festival prestou homenagem a Jorge
Alabê.

III Alaiandê Xirê

III - título e data do evento: O Bambá do terreiro na Roda de bamba: 2,3,4 de dezembro de 2000.
Local: Axé Opô Afonjá.

Uma homenagem a Mãe Caetana Bangboshê: uma das maiores matriarcas do universo dos terreiros.
Ogans no Alaiandê Xirê.

IV Alaiandê Xirê

IV - título e data do evento: Xangô dobra os couros para as mulheres de mercado: de 9 a 11 de


dezembro de 2001. Local: Axé Opô Afonjá.

Uma homenagem a Oya-Iansã, a padroeira das mulheres de mercado.

V Alaiandê Xirê

V - título e data do evento: Xangô dobra os couros para a identidade e soberania: de 8 a 10 de


dezembro de 2002. Local: Axé Opô Afonjá.

VI Alaiandê Xirê

VI - título e data do evento: Semana de herança africana: Xangô


dobra os couros para as aiabás orixás femininos: de 24 a 28 de
agosto de 2003. Local: Pátio de Xangô, do Axé Opô Afonjá.[14]

O VI Alaiandê Xirê reuniu em 28 de agosto de 2003 no terreiro


do Ilê Axé Opô Afonjá, músicos-sacerdotes do candomblé de
várias nações para discutir a herança africana e realizar o
primeiro seminário 'Xangô na África e na diáspora'.
Mãe Olga de Alaketu, Ministro da
O Festival Internacional de Alabês, Xicarangomas e Runtós reúne Cultura Gilberto Gil e Mãe Stella de
os melhores músicos sacerdotes do Brasil e do exterior. Teve a Oxóssi
participação do Ministro da Cultura Gilberto Gil (iniciado no
terreiro), palestra do antropólogo Vivaldo da Costa Lima, apresentação da Oficina de Frevos e
Dobrados, do maestro Fred Dantas, e lançamento do livro Ao sabor de Oyá, de Cleo Martins,
coordenadora geral do evento. Expressão em iorubá que significa algo como 'a festa do grande
tocador', o Alaiandê Xirê é uma espécie de celebração da música sacra das diferentes nações do
candomblé, participam terreiros como a Casa Branca, Gantois, Bate Folha, Bogum e Pilão de Prata,
entre outras. Os temas são variados, indo da própria mitologia dos orixás a questões mais
contundentes como ética e intolerância religiosa. Ou ainda - um ponto sempre polêmico -, o
momento do transe.

A primeira mesa, Xangô, Oxum, Oyá e Obá nas diferentes nações conta com professores
estadunidenses, franceses e espanhóis. Nas demais, nomes ligados ao cinema e teatro (Chica Xavier,
Clementino Kelé, Márcio Meirelles), literatura (Antonio Olinto e Ildásio Tavares), Ysamu Flores Peña
da Universidade da Califórnia, Los Angeles, Estados Unidos, antropologia (Júlio Braga, Raul Lody,
Angela Luhning), psicologia (Monique Augras, Antonio Moura, Jorge Alakija), direito (Itana Viana,
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Pedreira Lapa) e religião (monge Dom Anselmo, irmã Paola


Pedri). Além, claro, de representantes do próprio candomblé,
como o pai-de-santo gaúcho Walter Calixto, Pai Borel, que é ogã
alabê e vai falar de sua resistência religiosa no Rio Grande do Sul.

VII Alaiandê Xirê

VII - título e data do evento:


Xangô dobra os couros para
Oxossi e Exu: Grande
Senhor da Floresta e o
Avesso do Avesso. Debate
sobre ecumenismo ecológico
realizado de 25 a 29 de
Agosto de 2004. Local: Pátio
de Xangô, do Axé Opô
Afonjá.[15]
Ysamur Flores Pena da
Foi um encontro das nações Universidade da Califórnia, Los
de candomblé, que aconteceu Angeles, Estados Unidos.
de 25 a 29 de Agosto de 2004
no terreiro do Ilê Axé Opô
Afonjá este ano, foi dedicado a Oxóssi (Odé) e Exú e homenageia
as instituições e personalidades que se voltam à preservação,
Ricardo Bittencourt ator.
conservação e ampliação dos recursos naturais, do equilíbrio
ecológico e da melhor qualidade de vida de todos os seres,
homenageando também, o Teatro - o mensageiro ímpar da
Natureza Viva. No Candomblé a preservação da Natureza é fundamental.

Na defesa do meio ambiente unem-se representantes de várias religiões no Debate sobre


ecumenismo ecológico que aconteceu durante o festival VII Alaiandê Xirê no terreiro de
candomblé do Ilê Axé Opô Afonjá. Adriana Jacob - O Correio da Bahia. Representantes do budismo,
do Judaísmo, da Igreja Católica, da Igreja Baptista e do candomblé unidos em torno de um mesmo
objetivo.

Uma mesa-redonda sobre o ecumenismo ecológico marcou, pela manhã, a programação do VII
Festival Internacional de Alabês, Xicarangomas e Runtós. O encontro, que começou no dia 25 de
agosto de 2004 homenageia os 65 anos de iniciação religiosa de mãe Stella de Oxóssi, prossegue até
este domingo 29 de agosto no terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em São Gonçalo do Retiro, Salvador,
Bahia.

No âmbito nacional, várias delegações a exemplo do Ilê Axé Baralejí Santo Antônio do Descoberto -
Goiás, do Ilê Axé Opô Meregi São Paulo, Ilê Axé Asiuajú Santana de Parnaíba - São Paulo, Ilê Axé Oju
Obá Ogô Odô Rio de Janeiro, Casa das Minas de Thoya Jarina São Luiz - Maranhão e São Paulo, Sítio
de Pai Adão Recife - Pernambuco e Ilê Ijexá de Pai Borel Porto Alegre - Rio Grande do Sul).

A partir das 14 horas, o grande encontro entre as delegações baianas: o Ilê Axé Iyá nassô Oká Obitiko
Bamboxê (Casa Branca), Ilê Iá Omin Axé Iamassê (Gantois), Mansu Banduquenqué (Bate Folha),
Tumba Junçara, Ilê Axé Odô Ogê (Pilão de Prata), Ilê Axé Maroialaje (Alaketu), Zogodô Bogum Malê
Rundó (Bogum), Ilê Axé Ogum Alakayê, Ilê Axé Ibá Ogum (Muriçoca), Ilê Babá Agboulá, Ilê Axé Ayrá
(Cobre), Ibece Alaketu (Muritiba), Ce Jaundê, Ilê Axé Oxumarê, Ilê Axé Kalê Bokun, Terreiro
Atombency, Algi de Junçara.

Dia 28 de agosto de 2004 - sábado - Dia de Iemanjá e Oxum - Pátio do Alaiandê

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Apresentação das delegações nacionais: Ilê Axé Baralejí (Santo Antônio do Descoberto - GO), Ilê Axé
Opô Meregi (São Paulo), Ilê Axé Asiuajú (Santana de Parnaíba - São Paulo), Ilê Axé Oju Obá Ogô Odô
(Rio de Janeiro), Casa das Minas de Thoya Jarina (São Luiz do Maranhão/São Paulo), Sitio do Pai
Adão (Recife - Pernambuco) e Ilê Ijexá de Pai Borel (Porto Alegre - RS).

14h00 - Apresentação das delegações baianas: Ilê Axé Iánasso Oká Obitiko Bamboxê (Casa Branca),
Ilê Iá Omin Axé Iamassê (Gantois), Mansu Banduquenqué (Bate Folha), Tumba Junçara, Ilê Axé Odô
Ogê (Pilão de Prata), Ilê Axé Maroialaje (Alaketu), Zogodô Bogum Malê Rundó (Bogum), Ilê Axé
Ogum Alakayê, Ilê Axé Ibá Ogum (Muriçoca), Ilê Baba Agboula, Ilê Axé Ayrá (Terreiro do Cobre),
Ibece Alaketu (Muritiba), Ce Jaundê, Ilê Axé Oxumarê, Ilê Axé Kalê Bokun, Terreiro Atombency, Algi
de Junçara.

Aconteceu também uma apresentação de dois grupos de convidados internacionais sendo um deles o
grupo cubano-americano Omi Odara, que tocaram ritmos e cantigas dos cultos afrocubanos para Exu,
Ogun, Oxóssi e Xangô nos tambores batá.

Uma das participantes da mesa, a Lama Bhikkuni Zamba Chozom, adepta do budismo tibetano,
afirmou considerar extremamente benéfica a discussão, já que, na opinião dela, as pessoas precisam
se educar melhor quando o assunto é o meio ambiente. "Temos que aprender a respeitar a natureza
como um dos principais valores da nossa vida. Caso isso não aconteça, teremos cada vez mais
problemas, conflitos e escassez de recursos naturais", disse Bhikkuni Zamba. Ela cita como reflexo
desse mau uso dos recursos naturais problemas de distribuição da água, períodos de seca, inundações
e desmatamento em países como a China.

"Acho que os homens promovem ações tendo em vista apenas um benefício limitado, sem pensar em
suas conseqüências. É o mesmo problema no mundo inteiro", opinou a religiosa. Ao lado de Bhikkuni
Zamba, representantes de outras religiões, como o judaísmo. "Acho importante que nós tenhamos um
lugar em comum para que cada religião possa deixar sua mensagem, especialmente num mundo com
tantas agressões", afirmou o Rabino Ary Glikin. Ele ressaltou que o livro sagrado do Judaísmo, o
Torah, faz referência ao ecumenismo e à consciência ecológica.

A ideia de realizar um debate sobre ecumenismo ecológico no Alaiandê


Xirê foi possível, segundo a diretora de produção do encontro, Ana Rúbia
de Melo, devido à postura de respeito às diferenças de mãe Stella. "Além
disso, tanto o judeu, quanto o islâmico, o católico e o budista bebem água e
respiram, então a ecologia por si só já é ecumênica", diz, destacando que
este ano é de Oxóssi, orixá considerado o padroeiro da ecologia. "Oxóssi é o
orixá essencialmente caçador, mas não predatório. Ele sabe que precisa
oferecer algo à natureza para que ela possa consentir que ele retire algo
dela. É um processo de interação subordinada a uma ética preservadora",
afirmou o iperilodé e ogã de Oxóssi do Ilê Axé Opô Afonjá, Luís
Austregésilo.

Para além de Oxóssi, o candomblé como um todo está ligado à ecologia,


segundo Austregésilo. "O candomblé é indissociável da preservação da Sacerdote Miltinho
natureza porque o fundamental em sua essência é a compreensão do que
há de sagrado em tudo aquilo que pertence à natureza. Muito antes da palavra ecologia existir, já
cultuávamos o ar, o vento, as águas em sua diversidade, o fogo, os minerais e metais", explica.

Outro integrante da mesa-redonda, o padre Arnaldo Lima Dias[16], da Igreja Católica, também
defendeu a importância do discussão. "Lutar pela ecologia é um dever de todo cristão", disse.
Também participaram da mesa a iyalorixá Giselle Cossard (RJ), o babalorixá José Flávio Pessoa de
Barros (RJ), a Irmã Judith Mayer (BA), um representante da Igreja Presbiteriana do Brasil Edmilson
Barbosa da Cunha (PR) e Djalma Torres[17](BA) e Ida Apor, da Confederação Israelita do Brasil. A
mesa sobre ecumenismo ecológico começou às 10h30.

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Mais cedo, às 9h, aconteceram as Conferências de Abertura: - Exu, o


Senhor das profundezas da alma com Júlio Braga (BA) e Oxóssi - o
padroeiro da ecologia com Aulo Barretti Filho (SP).

À tarde, uma outra mesa-redonda sobre Exu, o Senhor das Artes cênicas: o
mensageiro que está acima do bem e do mal e Exu, o Dionísios africano e a
arte como elemento purificador. Local: Pátio de Xangô, o Alaiandê, do Axé
Opô Afonjá.

Programa completo desse Alaiandê-2004 com fotos e mais detalhes em


"VII Alaiandê Xirê Internacional" (http://aulobarretti.wordpress.com/livro
-dos-yoruba-ao-candomble-ketu/dos-yoruba-anexo-vii-alaiande-xire)

Sacerdote Miguel
VIII Alaiandê Xirê

VIII - título e data do evento: As guardiãs da


sabedoria: Xangô dobra os couros para os oitenta
anos de vida das Ialorixás Mãe Stella de Oxóssi do
Ilê Axé Opô Afonjá e Diretora Presidente do Alaiandê
Xirê, Mãe Olga do Alaketu do Terreiro Ile Mariolaje
e Mãe Olga (Gunaguacessy) do Terreiro Bate Folha:
de 31 de agosto a 4 de setembro de 2005. Local: Pátio
de Xangô, o Alaiandê, do Axé Opô Afonjá.[18]

31 de agosto de 2005 – 4ª feira - Dia de Xangô e Oyá


Abertura solene com o Hino Nacional do Brasil pela
Iyalorixás do Candomblé, ao centro Mãe Olga do
Oficina de Frevos e Dobrados sob a regência do
Alaketu
Maestro Fred Dantas. Hino do Axé Opô Afonjá (letra
e música de Eugênia Anna dos Santos, Mãe Aninha, e
arranjo do Maestro Fred Dantas), Hino do Alaiandê Xirê (letra e música de Cléo Martins e arranjo do
Maestro Fred Dantas e Coral Alaiandê Xirê.

Reverência aos Ancestrais

Toque em saudação aos Orixás Odé, Xangô e Oyá. Palestra: “As Guardiãs da Sabedoria”: As Iyás Olga
de Alaketu, Stella de Oxossi e Nengua Guanguacessy do Terreiro Bate Folha proferida pelo Ministro
de Estado da Cultura Gilberto Gil. Apresentação da Oficina de Frevos e Dobrados, sob a regência do
Maestro Antônio Jorge Freitas Ferreira. Apresentação do Grupo Agô Allah

1º de setembro de 2005 – 5ª feira – Dia de Oxossi - Pátio do Alaiandê

Seminário Oito e Oitenta: As guardiãs da sabedoria Palestra: O Estatuto da Igualdade Racial

Palestrante: Senador da República Rodolfo Tourinho (BA)


Debatedor: Luís Carlos Austregésilo Barbosa (BA)

Conferência: O papel dos Ogãs nas Casas de Axé de Liderança Feminina

Conferencista: Gilberto Antônio Ferreira (SP).

Mesa Redonda: Do Dito ao Escrito – As Guardiãs da Sabedoria

Coordenação: Maria das Graças Gaxi Freire de Menezes (BA)


Participantes: Ildásio Tavares (BA), Ubiratan Castro (BA/DF), Luís Carlos Austregésilo Barbosa
(BA), Heitor Reis (BA), Paulo Dourado (BA).
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Depoimento: A Mulher Negra no Rádio, Cinema, Teatro e Televisão.


Depoente: Chica Xavier (RJ)
Participação: Clementino Kelé (RJ)
Debatedores: Fred Dantas (BA) e Marta Passos (RJ)

Criança assite Filhas-de-santo do Neide da Costa Filhas-de-santo do


palestra no Ilê Axé Terreiro Ilê Axé Opô tecelã da Casa do Terreiro Ilê Axé Opô
Opô Afonjá Afonjá Alalká Afonjá

2 de setembro de 2005 – 6ª feira – Dia de Oxalá (traje branco) - Pátio do Alaiandê Mesa Redonda: A
Face Feminina da Criação – Sexualidade e Cosmogonia

Coordenação: Germano Tabacof (BA)


Participantes: Júlio Braga (BA), Djalma Torres (BA), Arnaldo Lima Dias (BA).
Debatedor: Gilberto Antônio Ferreira (SP)
Conferência: A Liderança das Mulheres no Tambor de Mina do Maranhão
Conferencista: Sérgio Ferretti (MA)

Mesa Redonda: o Matriarcado na Bahia – Realidade ou Ilusão?

Coordenação: Lázaro Faria (BA)


Participantes: Josildete Consorte (SP), Mundicarmo Ferretti (MA), Maria José Lopes da Silva
(RJ).
Debatedor: Luís Nicolau Parés (Espanha)

03 de setembro de 2005 – Sábado – Dia de Iemanjá e Oxum - Pátio do Alaiandê

Festival Internacional de Alabês, Xicarangomas e Runtós.

04 de setembro de 2005 – Domingo – Dia de todos os Orixás - Pátio do Alaiandê

Festival Internacional de Alabês, Xicarangomas e Runtós.


Encerramento: Samba de Roda Maracangalha

IX Alaiandê Xirê

IX - título e data do evento: O Fogo que Fica: de 1 a 3/12/2006. Local: Terreiro Bate Folha - Mansu
Banduquenqué.[19]

Em 2006, sob a denominação de "O Fogo que Fica", o 9° Festival foi no tradicional Bate Folha -
Mansu Banduquenqué, na Mata Escura (Rua São Jorge, 65E) um dos mais antigos terreiros das
nações Kongo/Angola do Brasil, fundado em 4 de dezembro de 1916. O Bate Folha é considerado o

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maior terreiro do Brasil, com uma área de 100.000 metros


quadrados tombados pelo Iphan na celebração aos 90 anos
deste terreiro congo/angola fundado por Manoel Bernardino
da Paixão, Ampumandezu.

O Bate Folha, sob a direção de Pai Eduarlindo, Tata Mulandê


e Mãe Olga, foi tombado pelo IPHAN aos 10 de outubro de
2003. Pai William de Oliveira (Obashanan) representou a
FTU e o CONUB, apresentando-se no segundo dia do evento,
procurando trazer as palavras de Pai Arapiaga, de que os
Chica Xavier recebendo o prêmio cultos de nação e a Umbanda formam uma grande e única
Alaiandê Xirê Salvador Bahia família espiritual.

Abertura - 1 ° de dezembro:
Mostra de telas sobre Inquices de Suzana Duarte;
Depoimento da atriz Chica Xavier, show da Banda Canjerê de Sinhá; Exposição de Joias de
Orixás de Andréia Barbosa. 2 e 3 de dezembro: Seminário e exibição de delegações dos
sacerdotes músicos do território nacional e diáspora.

X Alaiandê Xirê

X - título e data do evento: Ipadê-Lomi - Encontro das Águas na Avenida Vasco da Gama, a
tradicional Casa Branca do Engenho Velho - Axé Iyá Nassô Oká. Xangô dobra os couros para o
Engenho Velho: ética, religiosidade e tradição: de 15 a 18/11/2007.

15 de novembro de 2007 - 19h30m – Abertura

Dia de Oxossi, o Orixá provedor que usa azul do céu, atira com uma flecha só e tem uma só palavra.

Apresentação da Oficina de Frevos e Dobrados que comemora vinte e cinco anos de vida:
regência do Maestro Fred Dantas.
Hino Nacional do Brasil: Oficina de Frevos e Dobrados, sob a regência do Maestro Fred Dantas.
Saudação aos Ancestrais pelo Corpo de Ojés do Ilê Axé Adeboulá, sob a direção do Alabê
Edvaldo Papadinha e Corpo dos Alabês do Ilê Axé Iyá Nassó Oká: a Casa Branca do Engenho
Velho.
Saudação aos Orixás, Voduns e Inquices pelo Corpo de Alabês do Ilê Axé Iyá Nassó Oká.
Saudação a Oxossi, o padroeiro da Casa Branca do Engenho Velho, pelo Corpo de Alabês do Ilê
Axé Iá Nassó Oká.
Homenagem a Xangô, o padroeiro do Alaiandê Xirê: Festival de Alabês, Xicarangomas e Runtós:
Alabês do Axé Opô Afonjá sob a direção de Adriano de Azevedo Santos Filho: Otun Obá
Abiodum.
“Dez anos de Alaiandê Xirê”: pronunciamento de Luis Carlos Austregésilo Barbosa, Iperilodé do
Ilê Axé Opô Afonjá, Amuixã do Ilê Babá Adeboula e Diretor do Instituto Alaiandê Xirê.
Hino do Alaiandê Xirê pela Oficina de Frevos e Dobrados, sob a regência do Maestro Fred
Dantas.
Apresentação do Coral Juventude de São Bento, sob a regência do maestro Dilton César
Ferreira.
Apresentação do cantor Ulisses e Titun Percussão.

16 de novembro de 2007 – Seminário Xangô dobra os couros para a Casa Branca do Engenho Velho,
o Axé Iyá Nassô Oká: Ética, Religiosidade e Tradição.

Dia de Oxalá, o Pai dos Orixás responsável pela vida no Aiê, a terra. Pede-se o uso obrigatório de
trajes brancos no espaço sagrado do terreiro.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alaiandê_Xirê 9/13
30/06/2020 Alaiandê Xirê – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ética nos Meios de Comunicação e Cultura, a respeito das religiões de matriz africana. Presidência:
Florivaldo Cajé de Oliveira Filho. Expositores: Jary Cardoso (Jornalista; Editor de Opinião do Jornal
A Tarde), José Carlos Capinan (Ogã do Axé Iyanassô Oká; Poeta/BA), Póla Ribeiro (Cineasta, Diretor
do IRDEB), Lázaro Faria (Cineasta e Diretor da X Filmes da Bahia/BA); Chica Xavier (Chefe de
Terreiro e atriz da Rede Globo/RJ), Clementino Kelé (Ogã e Ator) Debatedor: Gil Vicente Tavares[20]
(Ogã do Terreiro Bate Folha; Diretor teatral, dramaturgo e compositor/BA)

A Casa Branca do Engenho Velho, o Axé Ia Nassô Oká: Ética, Religiosidade e Tradição.
Presidência:Prof.Dr Roberval José Marinho (Ogã Lojutogum do Axé Opô Afonjá; artista
plástico/UCB/DF). Expositores: Prof. Dr Ordep Serra (Ogã do Axé Ia Nassô Oká; antropólogo; Pró
Reitor da UFBa; Prof. Júlio Santana Braga (Babalorixá do Ilê Axéoyá, Antropólogo/UEFS/BA); Prof.
Dr. Ângelo do Prado Pessanha (Babalaxé do Ilê Axé Ayrá Intile (Xangô Menino-Macaé);
Antropólogo/UFF/Niteroi/RJ). Debatedor: Prof Mestre Luiz Carlos Austregésilo Barbosa (Iperilodé
do Ilê Axé Opô Afonjá; Amuixã do Ilê Babá Adeboulá; Médico Psiquiatra/FTC/BA).

A sempre jovem velha guarda dos terreiros: “a roda de bamba”.

Presidência: Kátia Alexandria Barbosa (Makota Mubemquiá do Bate-Folha, Filósofa).


Expositor: Gilberto de Exú (Olosun Agba do Ilê Axé Oxum Muiuá/SP,
Assobá do Ilê Axé Asiuajú/SP;
Presidente do Institute of Orisa, culture and tradition;
Presidente do Afoxé Omon Dada/SP)
Participantes: Arielson Conceição Chaves (Ogã decano e Elemaxó do Ilê Axé Iyá Nassô Oká;
Presidente da Sociedade Civil São Jorge do Engenho Velho); Edvaldo Papadinha Araújo (Alabê
do Ilê Axé Iá Nassô Ocá; Presidente da Sociedade Beneficente Cultural, Civil e Religiosa Nossa
Senhora da Conceição); Manuel (Papai) Nascimento Costa, Babalorixá do Sitio de Pai Adão
(PE); Walter Calixto Ferreira -Pai Borel; (RS) João Antonio Ferreira dos Santos (Ogã e
Presidente da Sociedade Santa Bárbara do Terreiro Bate Folha); Antonio Luís Figueiredo (Ogã
do Ilê Axé Iá Nassô Ocá;, Vice-presidente da Sociedade Civil São Jorge do Engenho Velho);
Babalorixá Air Jose souza de Jesus do Terreiro Pilão de Prata e Presidente da Sociedade de
Preservação Cultural Axé Bamboxê Obiticu); Esmeraldo Hemetério Santa Filho- Xuxuxa do
Terreiro Tumba junçara; Luciano Maurício Esteves Osterby (Bàlé Xangô do Ilê Axé Asiuaju/SP);
Adriano de Azevedo Santos Filho (Obá de Xangô do Ilê Axé Opô Afonjá; Baloyá do Ilê Axé
Asiuaju-SP; Ojé do Ilê Babá Adeboulá)

Exibição dos filmes:

Cidade das Mulheres, um filme de Lázaro Faria;


Axé do Acarajé (https://www.youtube.com/watch?v=30RSdj7yTWM), um filme de Póla Ribeiro.

XI Alaiandê Xirê

XI - título do evento: Xangô dobra os couros para o centenário da imigração japonesa no Brasil.

No tradicional Terreiro Pilão de Prata (odô Ogê), na Boca do Rio, sob a liderança do babalorixá Air
José de Jesus, da família Bangboshê Obitikô, responsável pelas primeiras comunidades estruturadas
de culto aos orixás da Bahia.

XII Alaiandê Xirê

Realizado em Recife de 18 a 22 de novembro de 2009, no Ilê Obá Ogunté (Sítio do Pai Adão),
juntando-se às comemorações da Semana da Consciência Negra.[21]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Alaiandê_Xirê 10/13
30/06/2020 Alaiandê Xirê – Wikipédia, a enciclopédia livre

XIV Alaiandê Xirê

XIV - título do evento: Origens, Tradições e Continuidades - Desafios da cultura afro-americana no


século XXI: de 30/10 a 02/11/2013. Local: São Paulo, Ilê Afro Brasileiro Odé Loreci.[22][5]

Nesta edição Pedro Neto organizou o Alaiandê Xirê em São Paulo, com a presença de várias
autoridades na abertura. O prefeito fez a entrega da Cartilha de Orientação para Legalização de
Casas Religiosas de Matriz Africana Embu das Artes, produzida pela Prefeitura, e o programa do
seminário paralelo incluiu temas como religião e artes, políticas públicas no espaço público, e o
primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais de
Matriz Africana, com políticas públicas para garantir direitos, preservação do patrimônio cultural e
da tradição no país.[5] A Àgò Lònà Associação Cultural recebeu o I Prêmio Patrimônio Cultural dos
Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana (2014), concedido pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) do Ministério da Cultura.[23] O prêmio reconhece "ações de
preservação, valorização e documentação do patrimônio cultural dos povos e comunidades
tradicionais de matriz africana, [...] que - em razão da sua originalidade, excepcionalidade ou caráter
exemplar - mereçam divulgação e reconhecimento público".[24]

Itinerância

O encontro que de 1998 à 2005 foram realizados ininterruptamente no Ilé Axé Òpó Afònjá, em
Salvador na Bahia, assim como foi o penúltimo ali realizado o VII Alaiandê Xirê Internacional (htt
p://aulobarretti.wordpress.com/livro-dos-yoruba-ao-candomble-ketu/dos-yoruba-anexo-vii-alaiand
e-xire).

A partir de 2006 passou a ser itinerante, porém, somente em 2009 saiu de Salvador e foi para
Recife. Infelizmente os de 2010 e 2011 não foram realizados, mas em 2012 foi realizado o de
Brasília.

Em 2013 volta com força (Àse) total em São Paulo, resgatando o último Alaindê Internacional em
2004 no Ilê Axé Opô Afonjá. Agora, como sempre unindo membros dos candomblés e reconhecidos
intelectuais e acadêmicos de inúmeras universidades do Brasil e do exterior.

Neste ano (2013) em São Paulo (Embu das Artes), o orixá homenageado será Logunedé, patrono do
terreiro Ilê Afro Brasileiro Odé Loreci onde se realizará o encontro e contará com o apoio
organizacional do Instituto Alaiandê Xirê, CERNe (Centro de Estudos das Religiosidades
Contemporâneas e das Culturais Negras) do Departamento de Antropologia da USP (Universidade de
São Paulo), Àgò Lònà Associação Cultural e Prefeitura de Embu das Artes.

Maiores detalhes e a programação em XIV Alaiandê Xirê (http://aulobarretti.wordpress.com/livro-d


os-yoruba-ao-candomble-ketu/dos-yoruba-anexo-vii-alaiande-xire/xiv-alaiande-xire-programacao/)
Editorial em Kultafro Editorial do XIV Alaiandê Xirê 2013 (https://web.archive.org/web/201312180
82624/http://www.kultafro.com.br/2013/09/xiv-alaiande-xire-sao-paulo-2013/). Leia Como foi o
XIV Alaiandê Xirê (https://web.archive.org/web/20131218082932/http://www.kultafro.com.br/201
3/11/como-foi-o-xiv-alainde-xire-2013/)

Referências
afro-brasileira (http://www.historia.uff.br/strict
1. Os homens que chamam os deuses pra terra o/teses/Dissert-2007_CAPPELLI_%20Rogeri
(http://fw.atarde.uol.com.br/2012/11/1292600. o-S.pdf). Mestrado. Universidade Federal
pdf) Fluminense, 2007, p. 62
2. Cappelli, Rogério. Saindo da Rota: uma 3. Oliveira, Rosenilton Silva de. A cor da fé:
discussão sobre a pureza na religiosidade "identidade negra" e religião. Doutorado. USP,
https://pt.wikipedia.org/wiki/Alaiandê_Xirê 11/13
30/06/2020 Alaiandê Xirê – Wikipédia, a enciclopédia livre

2017, pp. 53-66 13. Jorge Alabê Jazz Festival -2002 (http://www.jo
4. Fernando de Ogum. Religiões Afro- rgealabe.com)New Orleans
Brasileiras. Grupo de Estudos e Pesquisas 14. Candomblé globalizado (http://www.smabc.or
Boiadeiro Rei, s/d., pp. 93-94 g.br/smabc/materia.asp?id_CON=2167&id_S
5. Muniz, Elke Lopes. "Começa o Festival de EC=12)
Culturas Africanas" (http://cidadeembudasarte 15. Alaiandê Xirê VII (https://aulobarretti.wordpres
s.sp.gov.br/embu/portal/noticia/ver/5890). s.com/livro-dos-yoruba-ao-candomble-ketu/do
Cidade Embu das Artes, 01/11/2013 s-yoruba-anexo-vii-alaiande-xire/)
6. Castillo, Lisa Earl. Entre a oralidade e a 16. Sepultamento do padre Arnaldo Lima Dias
escrita: a etnografia nos candomblés da será em Feira de Santana (http://arquidiocese
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do candomblé" (https://www12.senado.leg.br/ defender o ecumenismo, pastor recebe
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03/09/2004 18. Buonfiglio, Monica. VIII Alaiandê Xirê -
8. Prêmio Patrimônio Cultural dos Povos e "Festival Internacional de Alabês,
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11. Campos, Zuleica Dantas Pereira. Os afro- me/comeca-hoje-o-xiv-alaiande-xire-festival-n
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religiosa e sim racismo, afirma Paulo Cesar 24. IPHAN. "Prêmio Patrimônio Cultural dos
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lombo/nao-e-intolerancia-religiosa-e-sim-racis Africana" (http://portal.iphan.gov.br/pagina/det
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Fórum, 31/20/2013

https://pt.wikipedia.org/wiki/Alaiandê_Xirê 12/13
30/06/2020 Alaiandê Xirê – Wikipédia, a enciclopédia livre

Ministro Gilberto Gil Mãe Stella de Mãe Stella de Mãe Stella de


no Ilê Axé Opô Oxóssi Oxóssi Oxóssi
Afonjá

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