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Karol Sales/Geisa Souza

Proposta de Redação Aula 16

PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema MEDIDAS PARA SOLUCIONAR A
CRISE HÍDRICA BRASILEIRA, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I
Se o Brasil tem quase um quinto das reservas hídricas do mundo, por que as notícias sobre falta de água se tornaram tão comuns
em todo o país nos últimos anos? Há muitas respostas para a pergunta, passando pela diferença na maneira como a água se distribui
geograficamente e a degradação das áreas em volta das bacias hidrográficas, até mudanças climáticas e infraestrutura de abastecimento
deficiente. Tamanha dependência significa que, em tempos de crise – como a vivida por São Paulo em 2014 e 2015 –, a produtividade de
diversos setores econômicos pode ser ameaçada.
(Disponível em: www.brasil.elpais.com. Acesso em: 14/06/2021)
TEXTO II
Problemas de gestão estão no leito da escassez brasileira. Nossa fartura fez com que nunca tivéssemos o assunto como prioridade.
Olhando para a América do Sul, o Brasil está atrás de Bolívia, Peru, Argentina, Venezuela e Chile no uso sustentável da água, segundo
ranking de desempenho ambiental da Universidade Yale.
No saneamento básico, também vamos mal. Estamos com índices inferiores aos de Argentina, Chile e Uruguai. Isso custa caro. Em
um ano, 400 mil pessoas são internadas no País por diarreia, causada pela má qualidade da água, e custam para o SUS R$ 140 milhões.
Gastos que poderiam ser poupados. Para cada dólar investido em saneamento, o retorno é de US$ 5 em custos evitados.
(Disponível em: www.super.abril.com.br. Acesso em: 10/06/2021)

TEXTO III

(Disponível em: http://www.processamentodigital.com.br. Acesso em: 10/06/2021)


INSTRUÇÕES:
 O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
 O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
 A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas
desconsiderado para efeito de correção.

Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:

 tiver até 7(sete) linhas escritas, considerada “insuficiente”;


 fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo;
 apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos;
 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

ESTUDO GUIADO

O Dia Mundial do Meio Ambiente é o mais importante evento anual para promover ações em favor da natureza. Neste ano, o país
anfitrião é o Canadá e o tema escolhido, Conectando as pessoas à natureza, será o eixo das celebrações em todo o planeta em meio à
ressaca trazida pela decisão do presidente dos Estados Unidos de retirar seu país do Acordo de Paris sobre a mudança climática.
O Dia Mundial do Meio Ambiente é uma jornada para todas as pessoas em todas partes do mundo. Desde que foi instituído, em
1972, os cidadãos de todo o planeta organizaram milhares de eventos relacionados a ele: de campanhas de limpeza de bairro a ações de
combate a crimes ambientais, passando por atividades de reflorestamento.
Este dia nos traz a oportunidade de conquistar a opinião pública e melhorar a conscientização, a conduta e a responsabilidade de
indivíduos, empresas e grupos sociais quanto à preservação do meio ambiente. O Dia Mundial do Meio Ambiente vem ganhando relevância
desde que começou a ser comemorado e, hoje, é uma plataforma mundial de divulgação com ampla repercussão em todo o globo.
(http://brasil.elpais.com/brasil/2017/06/05/ciencia/1496651520_718450.html)

CONCEITUAÇÃO INICIAL
Se o Brasil tem quase um quinto das reservas hídricas do mundo, por que as notícias sobre falta de água se tornaram tão comuns
em todo o país nos últimos anos? Há muitas respostas para a pergunta, passando pela diferença na maneira como a água se distribui
geograficamente e a degradação das áreas em volta das bacias hidrográficas, até mudanças climáticas e infraestrutura de abastecimento
deficiente.
Para aumentar a complexidade do tema, os setores que mais contribuem para a economia são também os mais dependentes. Por
exemplo, 62% da energia do Brasil é gerada em usinas hidrelétricas. A água também é essencial na agricultura. Segundo a Agência
Nacional de Águas (ANA), a irrigação usa 72% dos recursos hídricos disponíveis para consumo.
Tamanha dependência significa que, em tempos de crise – como a vivida por São Paulo em 2014 e 2015 –, a produtividade de
diversos setores econômicos pode ser ameaçada. Esses e outros temas são discutidos no novo Diagnóstico Sistemático de País (SCD, na
abreviatura em inglês), que mostra como os recursos naturais podem contribuir para o desenvolvimento econômico do país.
(Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/01/politica/1470076598_000832.html)

LEIS IMPORTANTES

Em janeiro de 1997, entrou em vigor a Lei nº 9.433/1997, também conhecida como Lei das Águas. O instrumento legal instituiu a
Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh). Segundo a
Lei das Águas, a Política Nacional de Recursos Hídricos tem seis fundamentos. A água é considerada um bem de domínio público e um
recurso natural limitado, dotado de valor econômico.
A Lei prevê que a gestão dos recursos hídricos deve proporcionar os usos múltiplos das águas, de forma descentralizada e
participativa, contando com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. Também determina que, em situações de

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escassez, o uso prioritário da água é para o consumo humano e para a dessedentação de animais. Outro fundamento é o de que a bacia
hidrográfica é a unidade de atuação do Singreh e de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos.
O segundo artigo da Lei explicita os objetivos da PNRH: assegurar a disponibilidade de água de qualidade às gerações presentes
e futuras, promover uma utilização racional e integrada dos recursos hídricos e a prevenção e defesa contra eventos hidrológicos (chuvas,
secas e enchentes), sejam eles naturais sejam decorrentes do mau uso dos recursos naturais.
O território brasileiro contém cerca de 12% de toda a água doce do planeta. Ao todo, são 200 mil microbacias espalhadas em 12
regiões hidrográficas, como as bacias do São Francisco, do Paraná e a Amazônica (a mais extensa do mundo e 60% dela localizada no
Brasil). É um enorme potencial hídrico, capaz de prover um volume de água por pessoa 19 vezes superior ao mínimo estabelecido pela
Organização das Nações Unidas (ONU) – de 1.700 m³/s por habitante por ano.
Apesar da abundância, os recursos hídricos brasileiros não são inesgotáveis. O acesso à água não é igual para todos. As
características geográficas de cada região e as mudanças de vazão dos rios, que ocorrem devido às variações climáticas ao longo do ano,
afetam a distribuição.
(Disponível em: http://www.mma.gov.br/agua)

NOTÍCIAS

Os cinco anos consecutivos de seca


no Nordeste brasileiro são explicados pela
presença do El Niño e pela não ocorrência
do fenômeno climático La Niña, que
"favorece bastante a ocorrência de chuvas"
na região, diz David Ferran em entrevista
por telefone à IHU On-Line. Segundo ele, a
não ocorrência do fenômeno se deve a
"uma condição de neutralidade no Oceano
Pacífico" e de uma "configuração das
temperaturas do Oceano Atlântico tropical".
De acordo com o meteorologista,
nos últimos cem anos "nunca houve uma
sequência de cinco anos com tão pouca
chuva", e apesar do quadro atual, ainda não
há como saber "se esses períodos de seca
continuarão ou não com essa intensidade".
A "previsão" para o próximo ano, frisa, "é de
que o Oceano Pacífico esteja com mais de
60% e 70% de chances de estar em
neutralidade, ou seja, a expectativa é de
que não ocorra o El Niño, nem a La Niña".
Diante desse cenário, explica, "tudo pode acontecer, isto é, as chances de ter seca são iguais as chances de se ter um período chuvoso".

Quais são os fatores climáticos que explicam os últimos cinco anos de seca consecutiva em parte do Nordeste brasileiro?
O último ano chuvoso no Nordeste foi 2011, quando ocorreu o evento La Niña, que favorece bastante a ocorrência de chuvas no
estado do Ceará. Já nos anos de 2012, 2013 e 2014, durante o período chuvoso principal, que se estende de fevereiro a maio, não ocorreu
o fenômeno La Niña, porque houve uma condição de neutralidade no Oceano Pacífico, ou seja, a redução das chuvas, nesses três anos,
foi consequência da configuração das temperaturas do Oceano Atlântico Tropical. Nos anos de 2015 e 2016, já havia a presença do El
Niño, que, conhecidamente, tende a reduzir as chuvas no estado do Ceará e em grande parte do Nordeste.
Uma análise que realizamos demonstra que de 1910 até o ano de 2016, nunca, no estado de Ceará, houve uma sequência de cinco
anos com tão pouca chuva. Entre 1979 e 1983 há registros de cinco anos seguidos de pouca chuva, mas nesses cinco anos foram
registrados 566 milímetros de chuva. Já no período recente, de 2012 a 2016, foram registrados apenas 516 milímetros de chuva. Ou seja,
nesses últimos 100 anos nunca tínhamos passado por um sequência de cinco anos com tão pouca chuva no Ceará e em grande parte do
Nordeste também.
(http://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2016/11/depois-de-5-anos-de-seca-consecutiva-nordeste-esta-a-beira-do-colapso-
3763.html)
Mais de 850 municípios brasileiros enfrentam problemas por falta de água em 2017
Em 2017, em todo o Brasil, já são 872 as cidades com reconhecimento federal de situação de emergência causada por um longo
período de estiagem. A região mais afetada é a do Nordeste e o estado da Paraíba é o que concentra maior número de municípios, com
198 que comunicaram o problema à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).

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O professor Sérgio Koide, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), explica que o que
deflagra o processo da crise hídrica é o clima, mas a falta de planejamento faz com que a margem de segurança entre a oferta e a demanda
seja muito pequena. “Com um bom planejamento e com investimentos, você consegue fazer uma gestão mesmo em situações de certa
escassez de recursos”, explica. Para ele, o risco de insuficiência de água para o abastecimento ocorre quando o planejamento não é
cumprido, na medida que a oferta vai se aproximando da demanda. “Neste caso, é preciso fazer um novo planejamento, com antecedência,
e adotar as medidas necessárias, como investimentos em obras, para evitar a falta de abastecimento.”
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-03/mais-de-850-municipios-brasileiros-enfrentam-problemas-por-falta-de-agua-em

APLICAÇÃO DAS ÁREAS DO CONHECIMENTO

Desmatamento do Cerrado é uma das causas da crise hídrica em estados do Brasil

No Dia Mundial da Água, 22 de março, a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado alerta para o fato de que mais de 50% da
vegetação desse bioma já foram desmatados. As organizações envolvidas exigem um acordo político para estancar seu
desmatamento

Notícias sobre racionamento de água já


foram manchetes em São Paulo, Rio de Janeiro,
Brasília e em outras regiões do Brasil. Diferentes
estudos da Universidade Federal de Goiás (UFG),
da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade
Federal do Mato Grosso do Sul e da Brown
University (publicada na revista científica Global
Change Biology, em 2016) apontam que o
desmatamento no Cerrado é uma das causas para
a crise. Isso porque o bioma é considerado o berço
das águas, é no Cerrado onde estão localizados os
três grandes aquíferos que abastecem boa parte do
país: Guarani, Urucuia e Bambuí.
O Cerrado ocupa um quarto do território
nacional e está localizado no coração do Brasil,
abrangendo 13 estados. Apesar de sua importância
para o equilíbrio ambiental, tem sido destruído nas
últimas décadas para a expansão do agronegócio e
de grandes empreendimentos. Mais de 50% da sua
vegetação já foram desmatados.
A legislação brasileira não garante plena
proteção ao Cerrado. Apenas 11% do Cerrado é coberto por reservas ou unidades de conservação, comparados com quase 50% da
Amazônia. Enquanto um proprietário de terras é obrigado a proteger 80% da floresta se sua fazenda estiver na Amazônia, no Cerrado essa
porcentagem cai para 35%. Em outras palavras, o desmatamento permitido, legal, é muito mais comum neste bioma.
Com o objetivo de alertar a sociedade para esse e outros impactos, 43 organizações e movimentos sociais se uniram na
Campanha Nacional em Defesa do Cerrado. A iniciativa busca valorizar a biodiversidade e as culturas dos povos e comunidades do
Cerrado, que lutam pela sua preservação. Tendo como mote “Sem Cerrado, sem água, sem vida”, reforça o papel central do Cerrado no
abastecimento de água do país. A Campanha prevê ações ao longo dos próximos dois anos, e, além de chamar atenção para a importância
do bioma, busca promover a visibilidade dos povos e comunidades tradicionais que vivem nas regiões de Cerrado, já que eles convivem
historicamente de forma harmônica com o meio ambiente. As organizações envolvidas buscam também trazer para a esfera política o
debate sobre a elevação do status do Cerrado para Patrimônio Nacional e exigir um acordo político para estancar seu desmatamento.
https://fase.org.br/pt/informe-se/noticias/desmatamento-do-cerrado-e-uma-das-causas-da-crise-hidrica-em-estados-do-brasil/

DATAS IMPORTANTES
Crise hídrica em São Paulo – 2014/2016.
Seca no Nordeste – 2012/2017.
Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos – 1997.
Declaração Universal dos Direitos da Água – 1992.

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MODELO DE ESTRUTURA PARA SUSTENTABILIDADE OU PROBLEMAS AMBIENTAIS

INTRODUÇÃO
Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de agir. Logo, com
o avanço do sistema capitalista, recai sobre o homem o compromisso de tornar o mundo mais sustentável. No século XXI, a
preocupação com [TEMA e TESE] é notável, devido (à/ao) [ENFOQUES]. Em virtude disso, [DEMANDA].

1º ARGUMENTO
A partir dessa análise, [EXPOSIÇÃO] sempre foi alvo de debates entre as principais esferas da sociedade, sobretudo no
Brasil, uma vez que [EXPLICAÇÃO]. Por isso, [COMPROVAÇÃO], possibilitando compreender que a/o [EXEMPLO OU
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR]. Dessa forma, notam-se os prejuízos trazidos [ANÁLISE].

2º ARGUMENTO
Ademais, há quem duvide que a/o [EXPOSIÇÃO] possa causar [SITUAÇÃO-PROBLEMA]. No entanto, ao longo do
século XXI, muitos casos em que [EXEMPLO OU INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR] ocorreu já foram divulgados. Esse fato é
originário da/do [EXPLICAÇÃO]. Existente, sobretudo, em [COMPROVAÇÃO]. Notam-se, dessa forma, [ANÁLISE].

CONCLUSÃO
É preciso que os indivíduos assumam, portanto, sua responsabilidade diante do [PROBLEMA], uma vez
que [RETOMADA DA TESE]. Nessa perspectiva, é fundamental [AGENTE E AÇÃO] por meio de [MODO/MEIO], [EFEITO E
DETALHAMENTO. É também importante [AGENTE E AÇÃO] por intermédio de [MODO/MEIO]. Sendo assim, desde que haja
a atuação social, será possível amenizar os problemas ambientais, construindo um Brasil mais sustentável.

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