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PROPOSTA DE REDAÇÃO
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema MEDIDAS PARA SOLUCIONAR A
CRISE HÍDRICA BRASILEIRA, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Se o Brasil tem quase um quinto das reservas hídricas do mundo, por que as notícias sobre falta de água se tornaram tão comuns
em todo o país nos últimos anos? Há muitas respostas para a pergunta, passando pela diferença na maneira como a água se distribui
geograficamente e a degradação das áreas em volta das bacias hidrográficas, até mudanças climáticas e infraestrutura de abastecimento
deficiente. Tamanha dependência significa que, em tempos de crise – como a vivida por São Paulo em 2014 e 2015 –, a produtividade de
diversos setores econômicos pode ser ameaçada.
(Disponível em: www.brasil.elpais.com. Acesso em: 14/06/2021)
TEXTO II
Problemas de gestão estão no leito da escassez brasileira. Nossa fartura fez com que nunca tivéssemos o assunto como prioridade.
Olhando para a América do Sul, o Brasil está atrás de Bolívia, Peru, Argentina, Venezuela e Chile no uso sustentável da água, segundo
ranking de desempenho ambiental da Universidade Yale.
No saneamento básico, também vamos mal. Estamos com índices inferiores aos de Argentina, Chile e Uruguai. Isso custa caro. Em
um ano, 400 mil pessoas são internadas no País por diarreia, causada pela má qualidade da água, e custam para o SUS R$ 140 milhões.
Gastos que poderiam ser poupados. Para cada dólar investido em saneamento, o retorno é de US$ 5 em custos evitados.
(Disponível em: www.super.abril.com.br. Acesso em: 10/06/2021)
TEXTO III
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
ESTUDO GUIADO
O Dia Mundial do Meio Ambiente é o mais importante evento anual para promover ações em favor da natureza. Neste ano, o país
anfitrião é o Canadá e o tema escolhido, Conectando as pessoas à natureza, será o eixo das celebrações em todo o planeta em meio à
ressaca trazida pela decisão do presidente dos Estados Unidos de retirar seu país do Acordo de Paris sobre a mudança climática.
O Dia Mundial do Meio Ambiente é uma jornada para todas as pessoas em todas partes do mundo. Desde que foi instituído, em
1972, os cidadãos de todo o planeta organizaram milhares de eventos relacionados a ele: de campanhas de limpeza de bairro a ações de
combate a crimes ambientais, passando por atividades de reflorestamento.
Este dia nos traz a oportunidade de conquistar a opinião pública e melhorar a conscientização, a conduta e a responsabilidade de
indivíduos, empresas e grupos sociais quanto à preservação do meio ambiente. O Dia Mundial do Meio Ambiente vem ganhando relevância
desde que começou a ser comemorado e, hoje, é uma plataforma mundial de divulgação com ampla repercussão em todo o globo.
(http://brasil.elpais.com/brasil/2017/06/05/ciencia/1496651520_718450.html)
CONCEITUAÇÃO INICIAL
Se o Brasil tem quase um quinto das reservas hídricas do mundo, por que as notícias sobre falta de água se tornaram tão comuns
em todo o país nos últimos anos? Há muitas respostas para a pergunta, passando pela diferença na maneira como a água se distribui
geograficamente e a degradação das áreas em volta das bacias hidrográficas, até mudanças climáticas e infraestrutura de abastecimento
deficiente.
Para aumentar a complexidade do tema, os setores que mais contribuem para a economia são também os mais dependentes. Por
exemplo, 62% da energia do Brasil é gerada em usinas hidrelétricas. A água também é essencial na agricultura. Segundo a Agência
Nacional de Águas (ANA), a irrigação usa 72% dos recursos hídricos disponíveis para consumo.
Tamanha dependência significa que, em tempos de crise – como a vivida por São Paulo em 2014 e 2015 –, a produtividade de
diversos setores econômicos pode ser ameaçada. Esses e outros temas são discutidos no novo Diagnóstico Sistemático de País (SCD, na
abreviatura em inglês), que mostra como os recursos naturais podem contribuir para o desenvolvimento econômico do país.
(Disponível em: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/01/politica/1470076598_000832.html)
LEIS IMPORTANTES
Em janeiro de 1997, entrou em vigor a Lei nº 9.433/1997, também conhecida como Lei das Águas. O instrumento legal instituiu a
Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH) e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh). Segundo a
Lei das Águas, a Política Nacional de Recursos Hídricos tem seis fundamentos. A água é considerada um bem de domínio público e um
recurso natural limitado, dotado de valor econômico.
A Lei prevê que a gestão dos recursos hídricos deve proporcionar os usos múltiplos das águas, de forma descentralizada e
participativa, contando com a participação do Poder Público, dos usuários e das comunidades. Também determina que, em situações de
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escassez, o uso prioritário da água é para o consumo humano e para a dessedentação de animais. Outro fundamento é o de que a bacia
hidrográfica é a unidade de atuação do Singreh e de implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos.
O segundo artigo da Lei explicita os objetivos da PNRH: assegurar a disponibilidade de água de qualidade às gerações presentes
e futuras, promover uma utilização racional e integrada dos recursos hídricos e a prevenção e defesa contra eventos hidrológicos (chuvas,
secas e enchentes), sejam eles naturais sejam decorrentes do mau uso dos recursos naturais.
O território brasileiro contém cerca de 12% de toda a água doce do planeta. Ao todo, são 200 mil microbacias espalhadas em 12
regiões hidrográficas, como as bacias do São Francisco, do Paraná e a Amazônica (a mais extensa do mundo e 60% dela localizada no
Brasil). É um enorme potencial hídrico, capaz de prover um volume de água por pessoa 19 vezes superior ao mínimo estabelecido pela
Organização das Nações Unidas (ONU) – de 1.700 m³/s por habitante por ano.
Apesar da abundância, os recursos hídricos brasileiros não são inesgotáveis. O acesso à água não é igual para todos. As
características geográficas de cada região e as mudanças de vazão dos rios, que ocorrem devido às variações climáticas ao longo do ano,
afetam a distribuição.
(Disponível em: http://www.mma.gov.br/agua)
NOTÍCIAS
Quais são os fatores climáticos que explicam os últimos cinco anos de seca consecutiva em parte do Nordeste brasileiro?
O último ano chuvoso no Nordeste foi 2011, quando ocorreu o evento La Niña, que favorece bastante a ocorrência de chuvas no
estado do Ceará. Já nos anos de 2012, 2013 e 2014, durante o período chuvoso principal, que se estende de fevereiro a maio, não ocorreu
o fenômeno La Niña, porque houve uma condição de neutralidade no Oceano Pacífico, ou seja, a redução das chuvas, nesses três anos,
foi consequência da configuração das temperaturas do Oceano Atlântico Tropical. Nos anos de 2015 e 2016, já havia a presença do El
Niño, que, conhecidamente, tende a reduzir as chuvas no estado do Ceará e em grande parte do Nordeste.
Uma análise que realizamos demonstra que de 1910 até o ano de 2016, nunca, no estado de Ceará, houve uma sequência de cinco
anos com tão pouca chuva. Entre 1979 e 1983 há registros de cinco anos seguidos de pouca chuva, mas nesses cinco anos foram
registrados 566 milímetros de chuva. Já no período recente, de 2012 a 2016, foram registrados apenas 516 milímetros de chuva. Ou seja,
nesses últimos 100 anos nunca tínhamos passado por um sequência de cinco anos com tão pouca chuva no Ceará e em grande parte do
Nordeste também.
(http://www.redebrasilatual.com.br/ambiente/2016/11/depois-de-5-anos-de-seca-consecutiva-nordeste-esta-a-beira-do-colapso-
3763.html)
Mais de 850 municípios brasileiros enfrentam problemas por falta de água em 2017
Em 2017, em todo o Brasil, já são 872 as cidades com reconhecimento federal de situação de emergência causada por um longo
período de estiagem. A região mais afetada é a do Nordeste e o estado da Paraíba é o que concentra maior número de municípios, com
198 que comunicaram o problema à Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
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O professor Sérgio Koide, do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), explica que o que
deflagra o processo da crise hídrica é o clima, mas a falta de planejamento faz com que a margem de segurança entre a oferta e a demanda
seja muito pequena. “Com um bom planejamento e com investimentos, você consegue fazer uma gestão mesmo em situações de certa
escassez de recursos”, explica. Para ele, o risco de insuficiência de água para o abastecimento ocorre quando o planejamento não é
cumprido, na medida que a oferta vai se aproximando da demanda. “Neste caso, é preciso fazer um novo planejamento, com antecedência,
e adotar as medidas necessárias, como investimentos em obras, para evitar a falta de abastecimento.”
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-03/mais-de-850-municipios-brasileiros-enfrentam-problemas-por-falta-de-agua-em
No Dia Mundial da Água, 22 de março, a Campanha Nacional em Defesa do Cerrado alerta para o fato de que mais de 50% da
vegetação desse bioma já foram desmatados. As organizações envolvidas exigem um acordo político para estancar seu
desmatamento
DATAS IMPORTANTES
Crise hídrica em São Paulo – 2014/2016.
Seca no Nordeste – 2012/2017.
Política Nacional de Recursos Hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos – 1997.
Declaração Universal dos Direitos da Água – 1992.
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MODELO DE ESTRUTURA PARA SUSTENTABILIDADE OU PROBLEMAS AMBIENTAIS
INTRODUÇÃO
Segundo Sartre, filósofo francês, o ser humano é livre e responsável; cabe a ele escolher seu modo de agir. Logo, com
o avanço do sistema capitalista, recai sobre o homem o compromisso de tornar o mundo mais sustentável. No século XXI, a
preocupação com [TEMA e TESE] é notável, devido (à/ao) [ENFOQUES]. Em virtude disso, [DEMANDA].
1º ARGUMENTO
A partir dessa análise, [EXPOSIÇÃO] sempre foi alvo de debates entre as principais esferas da sociedade, sobretudo no
Brasil, uma vez que [EXPLICAÇÃO]. Por isso, [COMPROVAÇÃO], possibilitando compreender que a/o [EXEMPLO OU
INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR]. Dessa forma, notam-se os prejuízos trazidos [ANÁLISE].
2º ARGUMENTO
Ademais, há quem duvide que a/o [EXPOSIÇÃO] possa causar [SITUAÇÃO-PROBLEMA]. No entanto, ao longo do
século XXI, muitos casos em que [EXEMPLO OU INFORMAÇÃO COMPLEMENTAR] ocorreu já foram divulgados. Esse fato é
originário da/do [EXPLICAÇÃO]. Existente, sobretudo, em [COMPROVAÇÃO]. Notam-se, dessa forma, [ANÁLISE].
CONCLUSÃO
É preciso que os indivíduos assumam, portanto, sua responsabilidade diante do [PROBLEMA], uma vez
que [RETOMADA DA TESE]. Nessa perspectiva, é fundamental [AGENTE E AÇÃO] por meio de [MODO/MEIO], [EFEITO E
DETALHAMENTO. É também importante [AGENTE E AÇÃO] por intermédio de [MODO/MEIO]. Sendo assim, desde que haja
a atuação social, será possível amenizar os problemas ambientais, construindo um Brasil mais sustentável.