Você está na página 1de 26

HIDROGEOLOGIA

Nosso objetivo é entender um pouco mais


sobre Hidrogeologia.

Abordaremos nesta semana os seguintes temas:

• Princípios fundamentais do movimento das águas


subterrâneas.

• Mapas potenciométricos (construção e finalidade de uso)

1
PRINCIPAIS REFERÊNCIAS

Principais referências

209 2001

2
Princípios fundamentais do movimento
das águas subterrâneas

Fluxo da água subterrânea


Pode ser modificado pela
existência de poço de Área de recarga
Área de descarga
bombeamento

Fonte:http://pubs.usgs.gov/circ/circ1139/

3
Como ocorre o fluxo da água subterrânea?

Ocorre segundo uma diferença de potencial.

Se não existir um gradiente hidráulico, a água não se


movimenta no aquífero.

O gradiente hidráulico indica o deslocamento da


água de um ponto para o outro, a uma
determinada unidade de distância

Δh/ΔL: h1-h2
L
h1, h2 = carga hidráulica
L = distância

Fonte: Murck et al. (1996)


Fonte: Dra.Claudia Varnier
claudia.varnier@igeologico.sp.gov.br

4
Mas como obter o gradiente hidráulico?

Primeiro, obtemos a carga hidráulica em cada poço


Carga Hidráulica - Definição
Indica o nível de energia em que a água se encontra, sendo influenciada pela
elevação do nível de água e pela pressão.

• Aquíferos livres: corresponde ao próprio nível da água.


• Aquíferos confinados a carga é dada pela carga de pressão.

5
Para calcular a carga hidráulica, medimos a profundidade do
nível estático em cada poço

Medição: feita diretamente em poços ou


piezômetros.

Relação com um plano cuja altitude é conhecida

• A posição da superfície potenciométrica


em cada poço deve ser determinada
relativamente a um plano (datum), que
seja comum a todos os poços. Podemos
utilizar um GPS de precisão para isso.

• Em geral, buscamos balizar pela altitude


em relação ao nível do mar.

• Em pequenas áreas, podemos usar um


teodolito e atribuir cotas virtuais

6
Após determinar a carga hidráulica em cada poço,
calculamos o gradiente hidráulico.
O gradiente hidráulico (i) indica o deslocamento da água de um
ponto para o outro a uma determinada unidade de distância, ou
seja:
i = ∆h / ∆L

Δh/ΔL: h1-h2
L
h1, h2 = carga hidráulica
L = distância
Fonte: Murck et al. (1996)

Conhecidas as cargas hidráulicas de cada poço, e os


gradientes hidráulicos entre os poços, temos subsídios
para elaborar o mapa potenciométrico.

.......O que é e para que serve este mapa?

7
MAPAS POTENCIOMÉTRICOS

Uma superfície potenciométrica representa um local onde os pontos


representam a altura piezométrica em cada uma das porções do aquífero.

As superfícies potenciométricas são representadas por curvas de igual altura


piezométrica, chamadas linhas equipotenciais.

A partir das linhas equipotenciais, são traçadas as linhas de fluxo, que em


materiais isotrópicos devem ser perpendiculares as linhas equipotenciais.

CONSTRUÇÃO MAPAS POTENCIOMÉTRICOS

O mapa potenciométrico é elaborado através da interpolação das


potenciometrias individuais (nível estático) de cada poço tubular profundo.

O nível potenciométrico em cada poço tubular é obtido a partir do nivelamento


topográfico dos poços e da medida da profundidade do nível de água
subterrânea no referido poço.

8
Nível Potenciométrico no poço, como calcular?

1° - Obter as coordenadas e cota da


“boca do poço” com GPS.

Nível Potenciométrico no poço, como calcular?

Superfície
Cota 100 m
2° - Obter a profundidade do
nível estático no poço.
Prof. NE: 45 m

Nível Estático
Cota 55

9
Mapa Potenciométrico

Cota 300m
Potenciométrica
do poço

220m
275m 350m

300m

230m 250m

198m
200m Linhas
Equipotenciais

O sentido de fluxo é perpendicular a linha equipotencial.

300m
Área de
recarga
220m

275m 350m

300m

230m 250m
Área de
descarga
198m

200m

10
Exemplos de superfícies equipotenciais

Rio influente Rio efluente


O rio recarrega o aquífero O aquífero recarrega o aquífero

Linhas de fluxo

Linhas equipotenciais

Exemplos de superfícies equipotenciais e sua relação com as drenagens

11
Exemplos de superfícies equipotenciais e sua relação com as drenagens

Rio Efluente
O aquífero recarrega o rio

Rio Influente
O rio recarrega o aquífero

Exemplos de superfícies equipotenciais e sua relação com as drenagens

Rio efluente Rio influente


O aquífero recarrega o aquífero O rio recarrega o aquífero

12
Vistas em planta

Bombeamento

Zona de alimentacion
60
40
35 55
30 50
25 45

Sem contribuição da
camada a esquerda
Linhas equipotenciais
Linhas de fluxo

13
14
15
Qual o objetivo de elaborar mapas
potenciométricos?
Responder questões como:
a) Para onde a água subterrânea vai?
b) Qual a velocidade da água para ir do ponto A ao B?

Bastante aplicado aos estudos de


contaminação em meio ambiente subterrâneo

16
Velocidade da água subterrânea

A equação da velocidade da água subterrânea pode ser derivada


da combinação da lei de Darcy e a equação da velocidade.

Lei de Darcy
Combinando as
equações

Equação da velocidade

Cancelando os
termos em área

Velocidade de Fluxo

v=Kxi

Como a água flui pelos poros, devemos considerar a porosidade


específica no cálculo.

v = K x dH Gradiente hidráulico (i)


ne dL

Porosidade específica

17
Estudo de caso

Caracterização Hidrogeoambiental de um cemitério em


Curitiba

Caracterização do cemitério – Análise Multitemporal

Utilização de fotografias aéreas com escalas variando entre 1:8.000 e


1:12.000 e vôos em:

• 1972
• 1985
• 1990
• 1996
• 2000
• 2002
• 2008

18
19
20
21
Caracterização Geológica

Aspectos abordados:
1. Geomorfologia
2. Hipsomeria
3. Declividade
4. Geologia regional
5. Geologia Local

Geomorfologia

Unidade Morfoestrutural do Paraná


denominada Cinturão Orogênico do
Atlântico, Unidade Moerfoescultural
do Primeiro Planalto Paranaense,
na sub-unidade morfoescultural
do Planalto do Alto Iguaçu.

22
Geologia Regional 660000 665000 670000 675000 680000 685000

7195000 7195000

7190000 7190000

7185000 7185000

7180000 7180000

7175000 7175000

Área do Cemitério Água Verde


7170000 sedimentos quartenários 7170000
Formação Guabirotuba
diques mesozóicos
Formação Capirú
Granito Guajuvira
Granito-ganisse
Gnaisse-granodiorito migmatizado
Quartzo biotita xisto
N Anfibolito
7165000 lineamentos estruturais 7165000
3000 0 3000 6000
m

660000 665000 670000 675000 680000 685000

Geologia Local

Execução de sondagens a trado e coleta de amostras indeformadas.

23
Resultados das amostras Indeformadas

Sondagem* Granulometria Porosidade Porosidade Umidade


(amostragem composta) total (% vol) Efetiva (% (% vol)
Argila (%) Silte (%) Areia (%) vol)
ST 01 (2,5 m) 49 44 7 68,09 9,44 56,06
ST 02 (2,5 m) 65 27 8 64,08 10,15 54,11
ST 03 46 41 13 - - -
ST 04 (3,0 m) 65 33 2 69,91 9,75 53,06

Localização dos Poços de monitoramento pré-existentes e instalados

24
25
Velocidade do fluxo subterrâneo

26

Você também pode gostar