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Os Prisioneiros
Multidões de outros cristãos, que eram prisioneiros desse
exército, vinham em seguida a essas primeiras divisões. Todos esses
estavam feridos, e eram guardados por demônios menores do Medo.
Parecia haver mais prisioneiros do que demônios, no exército.
Surpreendentemente, esses prisioneiros ainda tinham suas espadas e
escudos, mas não os usavam. Era chocante ver como muitos podiam
ser mantidos cativos por bem poucos pequenos demônios do Medo. Se
aqueles cristãos ao menos tivessem usado suas armas, eles teriam se
libertado com facilidade, e provavelmente teriam feito um grande
estrago em toda aquela horda maligna. Em vez disso, eles marchavam,
submissos.
Por cima dos prisioneiros o céu estava preto, com abutres que se
chamavam Depressão. De vez em quando um deles pousava sobre o
ombro de um prisioneiro e vomitava sobre ele. O vômito era
Condenação. Quando o vômito atingia um prisioneiro, ele se levantava e
marchava com a postura um pouco mais erguida por algum tempo, e
então caía, bem mais fraco do que antes. De novo fiquei imaginando por
que os prisioneiros simplesmente não matavam esses abutres com suas
espadas, o que eles poderiam ter feito com facilidade.
Ocasionalmente os prisioneiros mais fracos tropeçavam e caíam.
Assim que atingiam o chão, os outros prisioneiros os apunhalavam com
suas espadas, depreciando-os. Então os abutres vinham e começavam a
devorai- os que estavam caídos, mesmo antes de estarem mortos. Os
outros cristãos prisioneiros ficavam à sua volta e observavam isso
concordando com o que acontecia, e até apunhalando de novo com suas
espadas os que estavam caídos.
Enquanto eu observava, percebi que esses prisioneiros pen-
savam que o vômito da Condenação era uma verdade que tinha vindo
de Deus. Então compreendi que esses prisioneiros na verdade achavam