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INTRODUÇÃO EQUILIBRIO TÉRMICO

A temperatura é uma propriedade intensiva de grande importância na Termodinâmica.


As primeiras definições de temperatura surgiram através dos sentidos, assim como
aconteceram com outras diferentes grandezas físicas. Essa propriedade caracterizava-se pela
descriminação sensorial entre um corpo “quente” e um corpo “frio” sendo que um reteria
maior temperatura e outro menor temperatura, respectivamente. Contudo, observou-se que,
se colocado um corpo que sensorialmente antes era mais quente junto a um corpo
sensorialmente mais frio, o corpo que antes era mais quente torna-se mais frio e o corpo
mais frio passa a se tornar um corpo mais quente até que não seja mais possível distinguir
entre as suas temperaturas, sendo assim possível definir que os dois corpos entraram em
equilíbrio térmico. (Pilla, 2006).

A hipótese de Joseph Black era de que o calor se comportava como um fluido que era
capaz de ser transferido de um corpo para outro, estabelecendo então que, para se equilibrar
ou aumentar a temperatura no mesmo grau, tanto o calor fornecido como recebido por
diferentes tipos de substâncias não seriam proporcional à sua massa, nem a seu volume. Mas
que essa proporção estava muito longe disso, não sendo possível haver um princípio geral ou
razão específica para isso. (Cindra e Teixeira 2004).

Para que um sistema seja considerado em equilíbrio térmico, é necessário que a


temperatura de todos os pontos geométricos do sistema seja a mesma neste momento (a
derivada parcial da temperatura em relação à posição deve ser zero, independente da direção
da mudança de posição, mantendo uma uniformidade térmica). Além disso, a temperatura
não muda com o tempo (a derivada parcial deve zero em relação ao tempo, portanto,
mantendo a constância da temperatura em relação tempo). As expressões equilíbrio térmico,
uniformidade térmica e constância de temperatura em relação as tempo são diferentes para
um intervalo de tempo finito, não importa quão pequeno esse intervalo finito possa ser.
Portanto, para atingir o equilíbrio térmico, o sistema deve ser termicamente uniforme e
termicamente estável naquele momento. (Nery e Bassi, 2011).

REFERÊNCIAS EQUILÍBRIO TÉRMICO


CINDRA, J. L.; TEIXEIRA, O. P. B. Uma discussão conceitual para o equilíbrio
térmico. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 21, n. 2, p. 176-193, 2004.
NERY, A. R. L.; BASSI, A. B. M. S. Condições de equilíbrio termodinâmico: a
função disponibilidade. Química Nova [online]. 2011, v. 34, n. 1, p. 160-164, 2011.
PILLA, L.; Físico-química I: termodinâmica química e equilíbrio químico. Editora
da UFRGS, v. 2, p. 36-37, 2006.
INTRODUÇÃO PICNOMETRIA
A densidade de uma determinada substância é definida como uma propriedade
intensiva, que pode ser obtida pela razão entre outras duas propriedades extensivas. Esta
grandeza é definida a partir da razão entre a massa de uma substância na qual se deseja saber
sua densidade e o seu volume. (Atkins e Jones, 2001).

A massa e o volume fazem parte das propriedades gerais de um corpo material.


Densidade absoluta ou massa específica de um corpo homogêneo é a razão entre sua massa e
seu volume e é uma importante grandeza física que depende dessas propriedades para ser
medida. Essa grandeza é expressa em quilograma por metro cúbico (kg/m 3) ou também em
grama por centímetro cúbico (g/cm3). O termo corpo homogêneo se refere aos materiais que
têm composição uniforme ao longo de toda sua extensão. (Oliveira et al, 2013; Lima et al,
2007).

Um picnômetro consiste, basicamente, num balão de vidro com fundo chato, equipado
com uma rolha também de vidro, através da qual passa um canal capilar. Entretanto, no caso
da medição de densidade dos líquidos, uma alteração relativamente pequena na temperatura
pode afetar consideravelmente o valor da densidade. Para que se possa determinar a
densidade de uma determinada substância por meio da técnica do picnômetro é necessário
que se utilize uma balança de precisão, que contenha, no mínimo, duas casas decimais,
assegurando dessa forma que o procedimento possa ocorrer corretamente. Além disso, é
recomendada a determinação da densidade em duplicata. (Sampaio e Silva, 2007).

REFERÊNCIAS PICNOMETRIA
OLIVEIRA, B. M., MELO FILHO, J. M., AFONSO, J. C. A densidade e a evolução
do densímetro. Revista Brasileira de Ensino de Física [online]. v. 35, n. 1, p. 1-10,
2013.
LIMA, L. S., SANTOS JÚNIOR, J. J. P. D., SANTO FILHO, D. M. D. E. Utilização
do picnômetro de Reischauer para melhorar os resultados da estimativa de
incerteza de medição de massa específica. ENCONTRO PARA A QUALIDADE DE
LABORATÓRIOS. v. 7, 2007.
Atkins, P., Jones, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio
ambiente, Porto Alegre: Bookman. p.39-40, 2001.
SAMPAIO, J.A., SILVA, F.A.N.G. Determinação das densidades de sólido e de
polpa. Tratamento de minérios: Práticas laboratoriais. Rio de Janeiro: CETEM. p. 38-
40, 2007.

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