Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
20/05/22
Incrédulo, volto atrás, gaguejo, releio:
«Juan Carlos, monarca del Estado español, impuesto como gobernante
aunque hoy sea más bien una figura decorativa, nos ha salido con que
“nunca fue la nuestra lengua de imposición, sino de encuentro; a nadie se
obligó nunca a hablar en castellano: fueron los pueblos más diversos
quienes hicieron suyo, por voluntad libérrima, el idioma de Cervantes”.
Uff. El dislate es, literalmente, regio.».
De facto. Há sempre um pequeno colonialista que nos habita a sombra e
que mete a cabeça de fora e os seus irreais à primeira oportunidade.
21/05/22
Sergei Loznitsa, o realizador ucraniano que se demitiu da Academia
Europeia de Cinema (a 28 de fevereiro) pela posição tímida à invasão da
Ucrânia pela Rússia, foi agora expulso da Academia de Cinema da
Ucrânia por ter manifestado o seu apoio aos cineastas russos e ser
insuficientemente leal ao seu país de origem.
Loznitsa fez os filmes mais esclarecedores quanto à farsa dos argumentos
russos sobre Donbasse e Maidan, mas a sua utilidade não foi reconhecida
por simplesmente lembrar, justamente, que a cultura russa não é o Putin.
Foi então acusado de ser um “cosmopolita”.
É vergonhoso e absurdo – a prova evidente de que a guerra nivela tudo e
que a sua duração só promove uma irracionalidade que passa a operar em
360º. Talvez um excerto de um poema de Tomas Transtömer seja o melhor
comentário: «Os portões altos fecham-se novamente/ Eis-nos dentro do
pátio da prisão/ Numa nova temporada».
23/05/22