O documento discute a polêmica gerada por um discurso de Zé Neto durante um show no qual criticou a Lei Rouanet e a tatuagem de Anitta. Isso gerou debates sobre a contradição de artistas criticarem a Lei Rouanet enquanto recebem altos cachês de prefeituras sem licitação. O foco passou para Gusttavo Lima, que teve alguns de seus cachês milionários questionados pelo Ministério Público devido ao tamanho em relação às cidades pequenas.
O documento discute a polêmica gerada por um discurso de Zé Neto durante um show no qual criticou a Lei Rouanet e a tatuagem de Anitta. Isso gerou debates sobre a contradição de artistas criticarem a Lei Rouanet enquanto recebem altos cachês de prefeituras sem licitação. O foco passou para Gusttavo Lima, que teve alguns de seus cachês milionários questionados pelo Ministério Público devido ao tamanho em relação às cidades pequenas.
O documento discute a polêmica gerada por um discurso de Zé Neto durante um show no qual criticou a Lei Rouanet e a tatuagem de Anitta. Isso gerou debates sobre a contradição de artistas criticarem a Lei Rouanet enquanto recebem altos cachês de prefeituras sem licitação. O foco passou para Gusttavo Lima, que teve alguns de seus cachês milionários questionados pelo Ministério Público devido ao tamanho em relação às cidades pequenas.
Em 12 de maio, o cantor Zé Neto, da dupla com Crisitano,
fez um discurso no palco durante um show Sorriso (MT) no qual ironizou a "tatuagem no toba" de Anitta. Na ocasião, ele disse que ele e o parceiro são artistas que "não dependem da Lei Rouanet". A partir dali, Zé Neto virou alvo dos fãs de Anitta nas redes sociais. As críticas partiram do fato de que o cantor, embora ataque a Rouanet, faz shows com verbas de prefeituras – era precisamente esse o caso da apresentação em Sorriso, que custou R$ 400 mil. Mas esse tipo de show não é exclusivo de Zé Neto e Cristiano. Sertanejos e artistas de outros estilos, inclusive a própria Anitta, já ganharam cachês altos de prefeituras, como mostrou o g1 em 19 de maio. Nasceu, assim, o debate sobre contradição entre as críticas à Lei Rouanet, cujos projetos passam por vários critérios e controles, e shows de prefeituras, feitos sem licitação. O artigo 25 da Lei das Licitações permite que as prefeituras contratem um nome consagrado sem que seja feita uma licitação. A contratação pode, segundo a a norma, ser direta ou por meio do empresário do artista, contanto que ele seja "consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública". Mesmo assim, ainda é preciso haver um contrato público sujeito a controle de órgãos como Tribunais de Contas e Ministério Público. Entenda a diferença. Nas redes sociais, o tema entrou em alta, e ganhou até a hashtag #CPIdoSertanejo – não existe uma CPI de verdade, mas o assunto continuou repercutindo todos os dias. O foco passou para Gusttavo Lima, que teve os maiores cachês revelados até agora. O Ministério Público de Roraima abriu investigação sobre verba de R$ 800 mil em São Luiz, cidade de 8 mil habitantes, 32% em extrema pobreza, como mostrou o g1 em 24 de maio. Em 25 de maio, um cachê ainda maior para Gusttavo Lima, de R$ 1 milhão em Magé (RJ), foi divulgado. Já em 26 de maio, o cantor disse que "não cabe ao artista fiscalizar as contas públicas". Em 27 de maio, outro show de Gusttavo Lima foi questionado pelo cachê de R$ 1,2 milhão; a apresentação ocorreria em Conceição do Mato Dentro (MG), cidade com 17 mil habitantes. Também em 27 de maio, o g1 mostrou que o dinheiro veio de recursos que só poderiam ser usados em educação, saúde ou infraestrutura.