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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CAMPUS DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DISCIPLINA: Energia da Biomassa Florestal


CURSO EM ENGENHARIA FLORESTAL

Lenha em Florestas
Nativas

JASIEL LIMA.
CAATINGA

Cobre uma grande área da região Apresenta plantas com Apresenta algumas
Nordeste do Brasil características adaptadas espécies endêmicas, como:
ao déficit hídrico, como:

Catingueira(Caesalpinia
caducifólias, pyramidalis)
herbáceas anuais, Pereiro (Aspidosperma
Dominada por um
acúleos e espinhos,
clima semiárido pyrifolium)
Predominância de
Umbuzeiro (Spondias
arbustos e árvores de
tuberosa L.)
pequeno porte.

Sua vegetação é classificada


em dois tipos:
A exploração extrativista ilegal dos recursos naturais da Caatinga tem alcançado índices preocupantes e,
em 2008, foi verificado que 46% da sua vegetação original tinha sido desmatada . Na maioria dos
levantamentos feitos na Caatinga constata-se que a ação do homem tem conduzido a vegetação a um
processo de sucessão secundária, devido a exploração de espécies lenhosas.

As espécies que mais são utlizadas na eploração de lenha na caatinga são: Catingueira, Marmeleiro, Jurema
branca e baraúna.

Fonte: flora caatinga, 2014


CONSUMO DE LENHA NA
REGIÃO NORDESTE
MME, 2015

O Brasil tem elevada dependência por lenha, que é utilizada como energético no setor industrial cerâmico de 52,3%,
no setor residencial de 24,6%, e no setor agropecuário de 23,9% .

Em 2006 foi estimada para a região Nordeste uma demanda do mercado de lenha de 25,1 milhões de m ³ por ano, nos
setores industrial, comercial e mais 9,4 milhões de m ³ para o setor residencial, sendo totalizado 34,5 milhões de m ³ de
lenha comercializados anualmente.
CONSUMO DE LENHA NA
REGIÃO NORDESTE
(IBGE, 2016).

Em 2011 a Região Nordeste produziu aproximadamente 30 milhões de m ³ de lenha, foram 22,7 milhões de m ³
de lenha e 616.541 toneladas de carvão vegetal provenientes de florestas nativas, equivalente a 7,3 milhões
de m ³ de lenha, considerando a relação de 85 kg de carvão por m ³ de lenha.
(SUDEMA, 2004)

No estado da Paraíba, em 2004, o consumo de lenha era de aproximadamente quatro milhões de m ³ , representando
39% do balanço energético.

24,2% da energia consumida no estado da Paraíba advêm do carvão vegetal e 32,6% da


lenha, onde 56,8% da energia do estado provêm de sua vegetação nativa, sobretudo da
Caatinga, que originalmente cobria mais de 80% da Paraíba.
CONSUMO DE LENHA NA
REGIÃO NORDESTE

Contudo, a partir de dados do IBGE (2015), a produção de lenha na Paraíba foi de apenas 470 mil m ³ em 2013.
O balanço energético desse estado demonstra que a demanda de lenha industrial/comercial é atendida apenas
com 13,9% de lenha proveniente de manejo florestal.

A Paraíba tem uma realidade florestal que pode ser considerada idêntica à dos demais estados do Nordeste

alta dependência da lenha e do carvão vegetal

matriz energética

no setor domiciliar, no industrial e


em seus processos produtivos.
CONSUMO DE LENHA NA
REGIÃO NORDESTE

É importante destacar que o Ceará é o estado com maior concentração de Planos de Manejo Florestal
do Nordeste, tendo 44% do número de Planos, 35% da área manejada e 32% do volume anual autorizado .

PAREYN, 2010

Em Pernambuco no ano de 2007 foi estimado a produção de 232.000 m ³ nas áreas manejadas. Somando
a lenha autorizada nos desmatamentos e oriunda do manejo florestal, havia uma oferta total de 549.000 m ³
por ano, e essa oferta legalizada de vegetação nativa atendia apenas 13,7% da demanda.
SETORES QUE MAIS UTILIZAM A
LENHA

As indústrias cerâmicas destacam-se como grandes consumidoras de lenha;

Produção de carvão vegetal;;

O uso da lenha como combustível doméstico;


CONCLUSÃO

Os estudos apontam que o uso de lenha no país tem acarretado no aumento do desmatamento em algumas regiões,
como é o caso da Caatinga. É necessário um melhor manejo das florestas nativas, plantios de florestas comerciais e
uma maior fiscalização para reduzir o uso da lenha de forma inadequada.
REFERÊNCIAS

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção de


Extração Vegetal e da Silvicultura, 2016.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Biomas Brasileiros, 2016.

MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA (MME). Balanço Energético Nacional . Brasília: MME, 2015. 100 p.

SUDEMA. Superintendência de Administração do Meio Ambiente do Estado da Paraíba.


Atualização do diagnóstico florestal da Paraíba . João Pessoa: SUDEMA, 2004. 268 p.

PAREYN, F. G. C. Os recursos florestais nativos e a sua gestão no estado de Pernambuco – o papel do manejo
florestal sustentável. In: GARIGLIO, M. A. et al. (Orgs.). Uso sustentável e conservação dos recursos florestais
da Caatinga. Brasília: Serviço Florestal Brasileiro, 2010. Cap. 02, p. 99-112.

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