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ESCOLA PROFESSOR DÁSIO JOSÉ DE SOUZA

nome

PROJETO: ARRAIÁ DO ACONCHEGO


TEMA: (SER) TÃO NORDESTINO: CULTURAS E IDENTIDADE

CANDEIAS
2019
nome

PROJETO: ARRAIÁ DO ACONCHEGO


TEMA: (SER) TÃO NORDESTINO: CULTURAS E IDENTIDADE

Trabalho de pesquisa apresentada à


Escola ... como requisito de nota parcial da
II unidade da matéria de Matemática.

Orientador(a): Professor (a) ....

CANDEIAS
2019
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho de pesquisa tem como objetivo mostrar a importância da


identidade cultural do nordeste.
O São João é umas das festas mais esperadas durante todo o ano,
principalmente na região nordestina, o forró do aconchego é o nome qual o forro do
São de Candeias-BA fora batizado. A ideia do forró do aconchego é manter as
tradições juninas com atrações musicais de artistas de fora e dentro do município,
em como também promover eventos onde bandas e grupos culturais do município
possam se apresentar e divulgar seu trabalho.
A festa como como principal objetivo trazer alegria e diversão a população
candeense.
2. LUÍZ GONZAGA

2.1. Biografia

Luiz Gonzaga nasceu na Fazenda Caiçara, em Exu, Sertão de Pernambuco, no dia


13 de dezembro de 1912. Filho de Januário José dos Santos, o mestre Januário,
"sanfoneiro de 8 baixos" e Ana Batista de Jesus. O casal teve oito filhos. Luiz
Gonzaga desde menino já pegava na enxada, mas preferia ficar olhando o pai tocar
sua sanfona. Logo aprendeu a tocar e animar as festinhas da região. Cresceu
ajudando o pai na roça e na sanfona, mas também fazia pequenos serviços para os
fazendeiros da região.
Luiz Gonzaga era protegido do Coronel Manuel Aires de Alencar e de suas filhas e
com elas aprendeu a ler, escrever e falar correto. Aos 13 anos, com o dinheiro que
juntou e o emprestado pelo coronel, Luiz comprou sua primeira sanfona. O primeiro
dinheiro que ganhou foi tocando em um casamento, ali sentiu que a música era seu
destino.
Em 1929, com 17 anos, por causa de um namoro proibido pela família da moça e de
uma surra que levou da mãe, Luiz fugiu para o mato. Mas a fuga maior foi quando
deixou a casa para uma festa no Crato, no Ceará. Luiz Gonzaga vende sua sanfona
e vai para Fortaleza, onde busca no Exército uma vida melhor. Com a Revolução de
30, viaja pelo país. Era o corneteiro da tropa. Em 1933, servindo em Minas Gerais,
não entrou para a orquestra do quartel, pois não sabia a escala musical. Manda
fazer uma sanfona e decide ter aulas com Domingos Ambrósio, famoso sanfoneiro
de Minas. Transferido para Ouro Fino, sul de Minas, tocou pela primeira vez em um
clube.
Em 1939, Luiz Gonzaga deixa o Exército, foram nove anos sem dar notícias à
família. Enquanto esperava o navio para voltar para Pernambuco, Luiz ficou no
Batalhão de Guardas do Rio de Janeiro, quando um soldado o aconselhou a ganhar
dinheiro tocando na cidade. Logo, Luiz estava tocando nos bares do Mangue, nas
docas do porto, nas ruas em busca de trocados. Acabou sendo convidado a tocar
nos cabarés da Lapa. Nessa época, seu repertório era o exigido pelo público:
tangos, fados, valsas, foxtrotes etc. Nesse ritmo fez sua primeira tentativa no rádio,
em programa de calouros de Silvino Neto e Ari Barroso, mas sua nota não passava
de 3.
Luiz Gonzaga teve um relacionamento com a cantora e dançarina Odaléia Guedes
dos Santos. Em 1945, desse relacionamento, nasceu Luiz Gonzaga do Nascimento
Júnior, que ficou órfão de mãe com dois anos de idade. Em 1948, Luiz Gonzaga
casa-se com a pernambucana Helena Neves Cavalcanti e juntos adotaram a menina
Rosa Gonzaga.
Luiz Gonzaga lutou durante seis anos contra um câncer de próstata. No dia 21 de
junho de 1989, foi internado no Recife, Pernambuco, no Hospital Santa Joana, já
bastante debilitado. No dia 2 de agosto de 1989 faleceu vítima de uma parada
cardíaca.
Em 2012, quando se comemorou 100 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, foi
lançado o filme "De Pai Para Filho", narrando a relação conflituosa entre Gonzaga e
Gonzaguinha. O artista recebeu várias homenagens em todo o país.

2.2. Vida artística

Em 1940, um grupo de estudantes cearenses o aconselhou a tocar as músicas dos


sanfoneiros do sertão nordestino. Ao participar do programa tocando “Vira e Mexe”,
Luiz ganha nota 5 e o prêmio de primeiro lugar. Certo dia, Luiz foi procurado por
Januário França, para acompanhar Genésio Arruda numa gravação. Luiz se saiu tão
bem que foi convidado pelo diretor artístico da RCA, Ernesto Morais, para gravar um
disco. No dia 14 de março de 1941, Luiz gravou dois discos como solista de
sanfona. No primeiro: a mazurca “Véspera de São João” e “Numa Seresta”. No
segundo: “Saudade de São João del Rei” e “Vira e Mexe”, um chamego de sua
autoria.
Durante cinco anos, Luiz Gonzaga gravou cerca de setenta músicas, das quais
apenas 10 eram “chamegos”. Fez carreira no rádio e começou a luta para cantar e
gravar as músicas nordestinas. Fez parceria com Miguel Lima, que colocava letras
em suas músicas, mas só em 11 de abril de 1945 gravou seu primeiro disco como
sanfoneiro e cantor com a música "Dança Mariquinha". Foi em busca de um parceiro
nordestino e conhece o advogado cearense Humberto Teixeira, era o início de uma
parceria que veio durar cinco anos e lançou músicas com versos simples,
impregnado de modismos nordestinos. Sua música agora seria acompanhada de
sanfona, triângulo e zabumba. Entre os sucessos da parceria, destacam-se: “Baião”,
“Asa Branca”, “Kalu”, “Paraíba”, “Assum Preto” etc.
Depois de longos anos, Luiz Gonzaga volta para sua terra natal. Vai ao Recife e se
apresenta em vários programas de rádio. Em 1949 leva sua família para morar no
Rio de Janeiro. Nesse mesmo ano, volta ao Recife, quando conhece o médico Zé
Dantas, que sabia cantarolar todas as suas músicas. Foi o início de uma parceria
que lançou os sucessos: “Vem Morena”, “A Dança da Moda”, “Cintura Fina”, “A Volta
da Asa Branca”.
Entre 1948 e 1954, Luiz Gonzaga morou em São Paulo, de onde viajava para todo o
país. O seu sucesso não parou mais. Em 1980, Luiz Gonzaga cantou para o Papa
João Paulo II, em Fortaleza. Convidado pela cantora amazonense Nazaré Pereira,
se apresentou em Paris. Recebeu o prêmio Nipper de ouro e dois discos de ouro
com "Sanfoneiro Macho".

2.3. Obras

Luiz Gonzaga foi um músico brasileiro. Sanfoneiro, cantor e compositor, recebeu o


título de "Rei do Baião". Foi responsável pela valorização dos ritmos nordestinos,
levou o baião, o xote e o xaxado, para todo o país. A música "Asa Branca" feita em
parceria com Humberto Teixeira, gravada por Luiz Gonzaga no dia 3 de março de
1947, virou hino do Nordeste brasileiro.

2.2.1. Asa Branca


A música “Asa Branca” foi um dos primeiros grandes sucessos nacionais de Luiz
Gonzaga. O disco original foi lançado pela RCA, no dia 3 de março de 1947.
Segundo Luiz Gonzaga, a música nasceu como toada, com raízes folclóricas. Com
letra de Humberto Teixeira e música de Luiz Gonzaga, a música, retrata o sofrimento
do povo do Sertão do Nordeste brasileiro diante da seca que assola a região. Asa
Branca foi gravada por diversos cantores, entre eles, Dominguinhos, Sérgio Reis e
Baden Pawell.
2.2.2. letra da música “Asa Branca”

Quando olhei a terra ardendo


Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação

Que braseiro, que fornalha


Nem um pé de plantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão

Por farta d'água perdi meu gado


Morreu de sede meu alazão

Até mesmo a asa branca


Bateu asas do sertão
Entonce eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração

Entoce eu disse, adeus Rosinha


Guarda contigo meu coração

Hoje longe, muitas léguas


Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão

Espero a chuva cair de novo


Pra mim voltar pro meu sertão

Quando o verde dos teus olhos


Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração

Eu te asseguro não chore não, viu


Que eu voltarei, viu
Meu coração

2.2.3. Letra da música “Triste partida”

Meu Deus, meu Deus


Setembro passou
Outubro e novembro
Já tamo em dezembro
Meu Deus, que é de nós
(Meu Deus, meu Deus)
Assim fala o pobre
Do seco nordeste
Com medo da peste
Da fome feroz
(Ai, ai, ai, ai)
A treze do mês
Ele fez experiênça
Perdeu sua crença
Nas pedra de sal
Meu Deus, meu Deus
Mas noutra esperança
Com gosto se agarra
Pensando na barra
Do alegre natal
(Ai, ai, ai, ai)
Rompeu-se o natal
Porém barra não veio
O sol bem vermeio
Nasceu muito além
(Meu Deus, meu Deus)
Na copa da mata
Buzina a cigarra
Ninguém vê a barra
Pois barra não tem
(Ai, ai, ai, ai)
Sem chuva na terra
Descamba janeiro
Depois fevereiro
E o mesmo verão
(Meu Deus, meu Deus)
Entonce o nortista
Pensando consigo
Diz: "isso é castigo
Não chove mais não"
(Ai, ai, ai, ai)
Apela pra março
Que é o mês preferido
Do santo querido
Senhor São José
(Meu Deus, meu Deus)
Mas nada de chuva
Tá tudo sem jeito
Lhe foge do peito
O resto da fé
(Ai, ai, ai, ai)
Agora pensando
Ele segue outra tría
Chamando a famía
Começa a dizer
(Meu Deus, meu Deus)
Eu vendo meu burro
Meu jegue e o cavalo
Nós vamo à São Paulo
Viver ou morrer
(Ai, ai, ai, ai)
Nóis vamo à São Paulo
Que a coisa tá feia
Por terras alheias
Nois vamo vagar
(Meu Deus, meu Deus)
Se o nosso destino
Não for tão mesquinho
Daí pro mesmo cantinho
Nois torna a voltar
(Ai, ai, ai, ai)
E vende seu burro
Jumento e o cavalo
Inté mesmo o galo
Vendero também
(Meu Deus, meu Deus)
Pois logo aparece
Feliz fazendeiro
Por pouco dinheiro
Lhe compra o que tem
(Ai, ai, ai, ai)
Em um caminhão
Ele joga a famía
Chegou o triste dia
Já vai viajar
(Meu Deus, meu Deus)
A seca terríve
Que tudo devora
Ai, lhe bota pra fora
Da terra natal
(Ai, ai, ai, ai)
O carro já corre
No topo da serra
Olhando pra terra
Seu berço, seu lar
(Meu Deus, meu Deus)
Aquele nortista
Partido de pena
De longe da cena
Adeus meu lugar
(Ai, ai, ai, ai)
No dia seguinte
Já tudo enfadado
E o carro embalado
Veloz a correr
(Meu Deus, meu Deus)
Tão triste coitado
Falando saudoso
Um seu filho choroso
Exclama a dizer:
(Ai, ai, ai, ai)
-De pena e saudade
Papai sei que morro
Meu pobre cachorro
Quem dá de comer?
(Meu Deus, meu Deus)
Já outro pergunta:
-Mãezinha, e meu gato?
Com fome, sem trato
Mimi vai morrer
(Ai, ai, ai, ai)
E a linda pequena
Tremendo de medo
-"Mamãe, meus brinquedo
Meu pé de fulô?"
(Meu Deus, meu Deus)
Meu pé de roseira
Coitado ele seca
E minha boneca
Também lá ficou
(Ai, ai, ai, ai)
E assim vão deixando
Com choro e gemido
Do berço querido
Céu lindo e azul
(Meu Deus, meu Deus)
O pai pesaroso
Nos fio pensando
E o carro rodando
Na estrada do sul
(Ai, ai, ai, ai)
Chegaram em São Paulo
Sem cobre quebrado
E o pobre acanhado
Percura um patrão
(Meu Deus, meu Deus)
Só vê cara estranha
De estranha gente
Tudo é diferente
Do caro torrão
(Ai, ai, ai, ai)
Trabaia dois ano
Três ano e mais ano
E sempre nos plano
De um dia voltar
(Meu Deus, meu Deus)
Mas nunca ele pode
Só vive devendo
E assim vai sofrendo
É sofrer sem parar
(Ai, ai, ai, ai)
Se arguma notíça
Das banda do norte
Tem ele por sorte
O gosto de ouvir
(Meu Deus, meu Deus)
Lhe bate no peito
Saudade de móio
E as água nos zóio
Começa a cair
(Ai, ai, ai, ai)
Do mundo afastado
Ali vive preso
Sofrendo desprezo
Devendo ao patrão
(Meu Deus, meu Deus)
O tempo rolando
Vai dia e vem dia
E aquela famía
Não volta mais não
(Ai, ai, ai, ai)
Distante da terra
Tão seca, mas boa
Exposto à garoa
A lama e o baú
(Meu Deus, meu Deus)
Faz pena o nortista
Tão forte, tão bravo
Viver como escravo
No norte e no sul
(Ai, ai, ai, ai)

2.3. Sucessos de Luiz Gonzaga

 Asa Branca
 Luar do Sertão
 Súplica Cearense
 A Feira de Caruaru
 No Meu pé de Serra
 A Triste Partida
 Assum Preto
 Olha Pró Céu
 Balance Eu
 Paraíba
 Pau de Arara
 Cintura Fina
 Danado de Bom
 Riacho do Navio
 Xote das Meninas
 No Ceará Não Tem Disso Não
 Numa Sala de Reboco
 Respeita Januário
 Pagode Russo
 Último Pau de Arara
 O Fole Roncou
 Zé Matuto
 Dezessete e Setecentos
 Dança Mariquinha
 Baião de Dois
 ABC do Sertão

3. DOMINGUINHOS

3.1. Biografia

José Domingos de Morais nasceu na cidade de Garanhuns, agreste pernambucano,


oriundo de uma família humilde e numerosa, eram ao todo dezesseis irmãos. O pai,
"mestre Chicão", era um conhecido sanfoneiro e afinador de sanfonas e sua mãe era
conhecida como "dona Mariinha", ambos alagoanos.
Desde menino José Domingos já se interessava por música, por influência do pai,
que lhe deu de presente uma sanfona de oito baixos. Aos seis anos de idade
aprendeu a tocar o instrumento e começou a se apresentar em feiras livres e portas
de hotéis em troca de algum dinheiro, junto com dois de seus irmãos, Moraes e
Valdomiro, formando o trio “Os Três Pinguins”. No início da formação,
tocava triângulo e pandeiro, passando depois a tocar sanfona. Praticava o
instrumento por horas a fio e tornou-se um exímio "sanfoneiro", passando a ser
conhecido em Garanhuns como "Neném do acordeom".
Conheceu Luiz Gonzaga quando tocava no hotel em que este estava hospedado,
em Garanhuns. O nome do hotel era Tavares Correia e o trio, que sempre tocava na
porta, foi convidado naquele dia a tocar dentro do hotel para Gonzaga e seus
acompanhantes.
Luiz Gonzaga se impressionou com a desenvoltura do menino e o convidou a ir
ao Rio de Janeiro, onde morava. Essa viagem aconteceria anos mais tarde, pois
algum tempo depois deste encontro, em 1948, Neném do acordeom foi para Recife
estudar.
Em decorrência de um tratamento contra um câncer de pulmão, que já durava seis
anos, Dominguinhos teve problemas relacionados a arritmia cardíaca e infecção
respiratória e foi internado no Recife em dezembro de 2012. Um mês depois foi
transferido para o Hospital Sírio-Libanês em São Paulo. No decorrer dos meses
seguintes seu quadro se agravou, tendo sofrido várias paradas cardíacas. Em março
seu filho Mauro declarou à imprensa que o cantor não deveria mais retornar
do coma em que se encontrava informação não confirmada pelos médicos, que,
segundo os boletins divulgados, afirmavam que Dominguinhos estava minimamente
consciente e apresentava leve quadro de melhora.
Em 13 de julho, o cantor deixou a UTI, mas ainda permaneceu internado, com
quadro considerado estável.
Com um novo agravamento no seu quadro, voltou para a UTI, onde morreu às 18h
do dia 23 de julho de 2013, após sofrer complicações infecciosas e cardíacas.
Devido a uma disputa judicial entre seus familiares, quanto ao local do
sepultamento, o corpo de Dominguinhos teve dois sepultamentos. O primeiro foi
no Cemitério Morada da Pazem Paulista, Região Metropolitana do Recife, no dia 25
de julho de 2013.
Dois meses depois, em 26 de setembro, seu corpo foi transferido para Garanhuns,
onde houve um novo sepultamento no mesmo dia, no Cemitério São Miguel. O
desejo de Dominguinhos era ser sepultado na sua terra natal.
3.2. Vida Artística

Depois de mais dois discos gravados, volta a integrar o grupo de Gonzaga em 1967,
viajando pelo nordeste e dividindo as funções de sanfoneiro e motorista. Em uma
dessas viagens, naquele mesmo ano, conhece uma cantora de forró,
a pernambucana Anastácia, com quem compôs mais de 200 canções, inclusive um
de seus maiores sucessos, “Eu só quero um xodó”, em uma parceria que durou
onze anos.
A sua integração ao grupo de Luiz Gonzaga fez com que ganhasse reputação como
músico e arranjador, aproximando-se de artistas consagrados dos
movimentos bossa nova e MPB, nos anos 70 e 80. No final dos anos 70,
Dominguinhos conhece a também cantora Guadalupe Mendonça, com quem se
casa em 1980. Deste casamento, nasceria uma filha, a cantora Liv Moraes.
Dominguinhos teve como parceira a cantora e compositora Anastácia, que fez a letra
de 210 músicas compostas por ele. Fez parcerias com Chico Buarque, na música
"Tantas Palavras", com Nando Cordel, em "De volta pro meu aconchego" e "Isso
aqui tá bom demais", com Gilberto Gil, nas músicas "Lamento Sertanejo e Abri a
porta", entre outras. Com diversos discos gravados, com seu característico chapéu
de couro, Dominguinhos se apresentava por todo país, tocando com sua sanfona, o
forró, música típica do Nordeste do Brasil. Acabou por se consolidar em uma carreira
musical própria, englobando gêneros musicais diversos como bossa
nova, jazz e pop.

3.3. Sucessos de Dominguinhos

Canções de sucesso como 'Isso Aqui tá Bom Demais' (Dominguinhos/Nando


Cordel), 'Gostoso Demais' (Dominguinhos), 'Eu Só Quero Um Xodó' (Dominguinhos /
Anastácia ), 'Lamento Sertanejo' (Dominguinhos e Gilberto Gil), 'De Volta Pro
Aconchego' (Dominguinhos), 'Preciso do Teu Sorriso' (Dominguinhos) e 'Abri A
Porta' (Dominguinhos e Gilberto Gil), são alguns dos presentes deixados pelo
grande sanfoneiro aos seus fãs.
4. ELBA RAMALHO

4.1. Biografia

Elba Maria Nunes Ramalho, conhecida como Elba Ramalho, nasceu em Conceição
do Vale do Piancó, no interior da Paraíba, no dia 17 de agosto de 1951. Em 1962
mudou-se com a família para a cidade de Campina Grande, onde seu pai comprou o
cinema local. Desde criança já demonstrava interesse pelas artes.
Em 1968, quando cursava Sociologia na Universidade Federal da Paraíba, formou
um conjunto chamado “As Brasas”, onde cantava e tocava bateria. Em 1974
acompanhou, como crooner, o grupo Quinteto Violado para uma temporada no Rio
de Janeiro para participar do espetáculo “A Feira”, e decidiu ficar na cidade. Nesse
mesmo ano, participou da peça “Viva o Cordão Encarnado”, com o grupo de teatro
Chegança, de Luís Mendonça.

4.2. Vida Artística

Com sua voz estridente e um domínio de palco, em 1978 foi convidada para
participar da primeira montagem da peça “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque,
ao lado de Marieta Severo. Em 1979, Elba lançou seu primeiro LP “Ave de Prata”,
com direito a uma música de Chico Buarque “Não Sonho Mais”. Depois vio o disco:
“Capim do Vale” (1980). Nesse mesmo ano, fez sua primeira turnê internacional, na
África. No ano seguinte, participou do Festival de Jazz de Montreux, na Suíça e
lançou “Elba Ramalho” (1981).
O disco mais representativo da cantora, que a tornou conhecida nacionalmente foi
“Alegria” (1982). Com uma imagem brejeira e sua voz aguda (e em alguns
momentos estridente), a cantora reuniu um repertório dos então novatos Zé
Ramalho e Alceu Valença e da dupla, Antônio Barros e Cecéu com os hits “Bate
Coração” e “Amor com Café”. Fez shows na Europa e em Israel. Em 1983 lançou o
LP “Coração Brasileiro”, que despontou com o sucesso “Banho de Cheiro”.
Em 1996, Elba voltou às suas origens nordestinas com o disco “Leão do Norte”, com
a música título de autoria de Lenine e produzido por Robertinho do Recife. O
espetáculo homônimo recebeu o prêmio de melhor do ano. Nessa mesma época
lançou “O Grande Encontro”, álbum gravado ao vivo, com Alceu Valença, Geraldo
Azevedo e Zé Ramalho.
Em 2004 fez uma turnê nacional com Dominguinhos, que foi o ponto de partida para
o disco lançado em 2005, gravado em estúdio com músicas inéditas como “Rio de
Sonho”, “Forrozinho Bom” e “Chama”, como os clássicos de autoria de
Dominguinhos, como “Eu só Quero um Xodó” e “De Volta Pro Aconchego”.
Em 2014, Elba fez uma turnê nacional com o espetáculo “Cordas, Gonzaga e Afins”,
que vai ser lançado em DVD, ao vivo, gravado em setembro de 2014, no Chevrolet
Hall, em Olinda, PE, quando recebeu o músico Naná Vasconcelos (1944-2016) e o
cantor e compositor Marcelo Jeneci.

4.3. Obras

 Paisagem da janela
 Bate coração
 Do jeito que a gente gosta
 Ai que saudade de ocê
 Porto seguro
 Forró do poeirão
 Chorando e cantando (Elba e Geraldo Azevedo)
 Amor com café
 Que nem vem-vem
 Energia
 Eu quero meu amor
 Corcel na tempestade
 Jogo de cintura
 Imaculada
 Novo tempo (Elba e Ivan Lins)
 Toque de fole
 Fogo na mistura
 Morena de Angola
 Banho de cheiro
 De volta pro aconchego
5. MARINÊS E SUA GENTE

5.1. Biografia

Filha de pai seresteiro, iniciou a carreira na banda Patrulha de Choque do Rei do


Baião, que formou com o marido Abdias e o zabumbeiro Cacau para se apresentar
na abertura dos shows de Luiz Gonzaga.
Gravou o primeiro disco em 1956, já à frente do grupo Marinês e sua Gente, com o
qual se consagrou. A canção que consagrou Marinês foi "Peba na Pimenta", de João
do Vale, José Batista e Adelino Rivera, que causou polêmica na época em que foi
gravada, devido ao seu duplo sentido. Ela aparece interpretando a canção no
filme Rico Ri à Toa de 1957.
Marinês morreu em 14 de maio de 2007, aos 71 anos. Ela se recuperava no Real
Hospital Português de Beneficência, em Recife, de um Acidente Vascular
Cerebral sofrido dias antes. O corpo da cantora foi sepultado no dia 15 de maio de
2007 no Cemitério Campo Santo Parque da Paz em Campina Grande, Paraíba.

5.2. Obras

 A Primeira canção gravada por Marinês foi em 1956, com Luiz Gonzaga,
intitulada por Mané e Zabé.
 Vamos xaxar (1957) SINTER (10 polegadas)
 Aquarela nordestina (1959) SINTER LP
 Marinês e Sua Gente (1960) RCA LP
 O Nordeste e seu ritmo (1961) RCA LP
 Outra Vez, Marinês(1962) RCA Victor 78
 Coisas do Norte (1963) RCA LP
 Siu, siu, siu (1964) RCA LP
 Maria Coisa (1965) RCA LP
 Meu benzim (1966) RCA LP
 Marinês (1967) CBS LP
 Mandacaru (1968) CBS LP
 Vamos rodar roda (1969) CBS LP
 Sonhando com meu bem (1970) CBS LP
 Na peneira do amor (1971) CBS LP
 Canção da fé (1972) CBS/Entré LP
 Só pra machucar (1973) CBS/Entré LP
 A dama do Nordeste (1974) CBS/Entré LP
 A volta da cangaceira (1975) CBS LP
 Nordeste valente (1976) CBS/Entré LP
 Meu Cariri (1976)CBS/Entré LP
 Balaiando (1977) CBS RIO LP
 Cantando pra valer (1978) Copacabana LP
 Atendendo ao meu povo (1979) Copacabana LP
 Bate coração (1980) Copacabana LP
 Estaca nova (1981) Copacabana LP
 Desabafo (1982) Copacabana LP
 Só o amor ilumina (1983) PolyGram LP
 Tô chegando (1986) BMG-Ariola LP
 Balaio de paixão (1987) BMG-Ariola LP
 Feito com amor (1988) Continental LP
 Marinês, cidadã do mundo (1995) Somzoom CD
 Marinês e sua Gente. Raízes do Nordeste (1998) Copacabana/EMI
 Marinês e sua Gente-50 anos de forró (1999) BMG CD
 Marinês (2000) BMG CD
 Cantando com o coração (2003) Independente CD
 Marinês canta a Paraíba (2006) Independente CD

6. TRIO NORDESTINO

6.1. Biografia
Em maio de 1958 três jovens baianos. Evaldo dos Santos (Coroné), Lindolfo Mendes
Barbosa (Lindú) e José Pedro Cerqueira (Cobrinha), se juntaram no Pelourinho com
um único sonho: "Fazer Sucesso na Música". Logo conheceram Gordurinha, grande
radialista da época os viu tocar e ficou encantado com aqueles três meninos
colocando plateias ao delírio e lhe fez um convite: " O de ir para o Rio de Janeiro ",
ele lhes prometeu uma gravadora e assim foi feito, vieram para o Rio e em 1962
gravaram o seu primeiro sucesso: " Chupando Gelo ", daí foi quase um disco por
ano e um sucesso atrás do outro: " Pau de Arara é a Vovozinha, Vamos Xamegar,
No Meio das Meninas", dentre outros.
No início da inesquecível década de 70 o primeiro sucesso: " Procurando Tú ", este
foi a grande consagração do Trio Nordestino, pois ficou 90 dias nas paradas de
sucesso vendendo mais de 1.000.000 de discos, ficando atrás apenas do Rei
Roberto Carlos. Ainda na década de 70 o Trio teve a felicidade de gravar muitos
sucesso como: " Forró Pesado, Chililiqui, Chinelo da Rosinha, Petrolina Juazeiro,
Chap Chap " dentre outros.
Já no início da década de 80 mais precisamente em 1982 morre Lindú o sanfoneiro
e vocalista do Trio. " Que me perdoem os outros, mas Lindú foi a melhor voz do
Nordeste " sábias palavras do mestre Luiz Gonzaga.
Mas Lindú deixou ainda em vida seu substituto: Genário, sanfoneiro alagoano que
ficou no Trio por 11 anos e também gravou o grande sucesso: "Neném Mulher" no
ano de 1985. Chegada à década de 90, mas precisamente em 92 Genário decide
fazer carreira solo e sai do Trio.
Meses depois morre Cobrinha. Coroné não deixou cair à bandeira e chama Luiz
Mário, nada mais nada menos que, filho de Lindú. Fizeram alguns shows com
sanfoneiros convidados, quando chega ao ano de 95 por indicação de Mariazinha
viúva de Lindú, Coroné convida Beto Sousa afilhado de Lindú. A partir daí começa
uma nova fase do Trio!

6.2. Obras

 1963 - Trio Nordestino (Chupando Gelo)


 1964 - Pau-de-Arara é a Vovózinha
 1965 - Aqui Mora o Xaxado
 1966 - O Troféu é Nosso
 1966 - Prece ao meu Sertão
 1967 - Vamos Xamegá
 1968 - É Forró que Vamos Ter
 1969 - Nós Estamos na Praça
 1970 - No Meio das Meninas
 1971 - Ninguém Pode com Você
 1972 - Renovação
 1973 - Primeiro e Único
 1974 - Trio Nordestino (Chililique)
 1975 - Forró Pesado
 1976 - O Alegríssimo Trio Nordestino
 1977 - Estamos Aí para Balançar
 1978 - Os Rouxinhos da Bahia
 1979 - Trio Nordestino e o Homem de Saia
 1981 - Ô Bicho
 1982 - Dia de Festejo
 1983 - Amor para Dar
 1984 - Com Amor e Carinho
 1985 - Forró de Cima a Baixo
 1986 - Forró Temperado
 1987 - Forró de Categoria
 1988 - Na Intimidade do Trio Nordestino
 1989 - Festa do Povão
 1990 - Trio Nordestino Somos Nós
 1991 - Vale a Pena Ouvir de Novo, vol. 1
 1994 - Vale a Pena Ouvir de Novo, vol. 2
 1997 - Xodó do Brasil
 1999 - Nós Tudo Junto
 2001 - Balanço Bom
 2003 - Baú do Trio Nordestino
 2004 - Baú do Trio Nordestino, vol. 2
 2006 - Meu Eterno Xodó
 2007 - Nova Geração
 2008 - 50 Anos
 2009 - O Povo Quer Forró
 2011 - Tá Ligado Doido
 2012 - A Bahia do Trio
 2017 - Canta o Nordeste
7. REFERÊNCIAS

Ebiografia, disponível em: https://www.ebiografia.com/luiz_gonzaga/. Acesso em 14


de jun de 2019.
Ebiografia, disponível em: https://www.ebiografia.com/dominguinhos/. Acesso em
14 de jun de 2019.
Letras de músicas, disponível em: https://www.letras.mus.br/luiz-gonzaga/82378/.
Acesso em 14 de jun de 2019.
Letras de músicas, disponível em: https://www.letras.mus.br/dominguinhos/.
Acesso em 14 de jun de 2019.
Wikipédia, disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dominguinhos. Acesso em 14
de jun de 2019.
Aple Music, disponível em: https://music.apple.com/br/album/20-grandes-sucessos-
de-elba-ramalho/1443800381. Acesso em 14 de jun de 2019.
Wikipédia, disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Elba_Ramalho. Acesso em 14
de jun de 2019.
Ebiografia, disponível em: https://www.ebiografia.com/elba_ramalho/. Acesso em 14
de jun de 2019.
Wikipédia, disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Marin%C3%AAs. Acesso em
14 de jun de 2019.
Wikipédia, disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Trio_Nordestino. Acesso em
14 de jun de 2019.
Letras.com, disponível em: https://www.letras.com.br/biografia/trio-nordestino.
Acesso em 14 de jun de 2019.

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