Espermatozoide invade a coroa radiata, a zona pelúcida e envia o material
genético (pró-núcleo masculino) para juntar com o pró-núcleo feminino, formando o zigoto; O material genético feminino, que estava parado em sua segunda divisão meiótica, começa novamente a divisão celular ao formar o zigoto; A fecundação começa na ampola tubária; O zigoto se divide e, após o estágio de 16 células, forma a mórula no terceiro dia, bem próxima ao útero; A mórula se especializa, formando um conteúdo cístico, líquido, e passa a ser chamado de blastocisto. É ele o responsável pela nidação no endométrio no sexto dia após a fecundação; Diagnóstico de gravidez o Laboratorial, clínico ou ultrassonográfico. Diagnóstico laboratorial o Hormônio gonadotrófico humano (hCG) é uma glicoproteína produzida pelo sinciciotrofoblasto; o O hCG, principalmente na forma beta hCG, pode ser detectado no sangue em 8 a 11 dias após a fecundação; o O beta hCG dobra a cada 2 ou 3 dias, e isso é importante, pois funciona como marcador de atividade trofoblástica, o que nos permite avaliar se a gravidez está evoluindo ou não de maneira adequada; o O pico de beta hCG ocorre entre 8-10 semanas ou 12-14 semanas (há divergência na literatura) O beta hCG serve para manter o corpo lúteo funcionando até que a placenta assuma as funções endócrinas da gestação. o Testes para identificação do hCG Teste imunológico da gestação (TIG) São anticorpos contra hCG humano na urina; o Famoso teste de farmácia; o Desvantagens em relação ao teste de sangue: o Mais tardio; Menor sensibilidade; Teste qualitativo – só diz se é positivo ou negativo, não dá uma ideia da quantidade de hCG. Radioimunológicos Competição do hormônio com traçador, permitindo quantificar o hormônio; Detecção precoce e resultado quantitativo. ELISA Temos uma avaliação do hormônio ligado a enzima, que leva a um produto colorido. Bem semelhante ao radioimunológico, mas é mais pratico; Detecção precoce e resultado quantitativo; O resultado quantitativo é importante pois permite fazer uma relação do valor da quantidade de beta hCG com a imagem ultrassonográfica. Diagnóstico clínico o Sinais / sintomas de presunção São sinais sistêmicos percebidos pela mãe; Margem de erro muito grande; Náuseas, vômitos; Polaciúria; Sonolência, fadiga; Percepção materna de movimentos fetais; Atraso menstrual (10-14 dias); Alterações cutâneas (estrias, cloasma – áreas mais escuras na bochecha que podem ou não regredir após o parto, linha nigra); Alterações mamárias (tubérculos de Montgomery – hipertrofia das glândulas sebáceas, rede de Haller – veias das mamas ficam bastante congestas, sinal de Hunter – aréola segundaria ao redor do mamilo). o Sinais de probabilidade Modificações uterinas, vaginais e vulvares; Sinal de Hegar Na palpação bimanual, é possível jogar o útero pra frente e pra trás, pois ele é amolecido na separação do corpo do útero pra parte do colo uterino (istmocervical). Sinal de Osiander Consegue sentir a pulsação das artérias do canal vaginal pois há muito fluxo sanguíneo. Sinal de Holzapfel Peritônio rugoso, favorecendo a preensão do útero. Sinal de Piskacek No local onde ocorre a nidação, o útero fica assimétrico porque ele cresce mais naquela área do que nas outras. Sinal de Nobile-Budin Ocupação do fundo de saco lateral, útero de forma globosa ao toque combinado; Na paciente não gestante, ao palpar o fundo de saco lateral ao colo, percebemos que ele é vazio, podemos chegar ao fundo dele já que o corpo uterino possui um formato de pera e fica mais pra cima; Na gestante, o corpo uterino cresce, fica globoso e começa a ocupar o espaço do fundo de saco lateral. Sinal de Jacquemier ou Chadwick Alteração de cor da vulva para violácea. Sinal de Kluge Alteração de cor da vagina para violácea. Regra de Goodel Amolecimento do colo uterino ao toque vaginal; O colo, em uma paciente não gestante, tem a sensação de cartilagem do nariz; O colo, em uma paciente gestante, tem a sensação de lábio com seu amolecimento. o Sinais de certeza Ultrassom Transvaginal ou abdominal; O transvaginal tem uma acurácia melhor, uma qualidade de imagem melhor, pois a sonda fica muito mais perto do útero e ela possui uma frequência mais elevada; USTV o Saco gestacional – 4 semanas Limite discriminatório: 1500mUI/mL. É o valor do beta hCG que obriga a encontrar o saco gestacional. Se tem esse valor ou mais, faço o US e não acho o SG no útero, ele está fora dele. Se o valor for menor, e não achar o SG, repetir o exame na outra semana. o Vesícula vitelina – 5 semanas; o Embrião/BCE – entre 6 e 7 semanas Medir o comprimento cabeça-nádega é o melhor parâmetro para definir a idade gestacional, pois nessa fase não há distúrbios de crescimento (entre 6 e 12-14 semanas). Assim, a margem de erro de variação pra sua idade real é muito pequena. Essa variação começa a ocorrer no segundo trimestre e tem muita influencia no terceiro trimestre. No USA, acrescentar uma semana (é mais tardio) Ausculta de BCF com sonar/Pinard – entre 10 e 12 semanas já é possível auscultar o BCF com sonar doppler; Percepção de partes fetais (quando feito pelo médico); Sinal de Puzos Sinal do rechaço; Ao toque vaginal, percebemos que ao empurrar o útero, o feto vai pra frente e volta, tocando no dedo de novo. o Regra de Nagele Data provável do parto Somar 7 ao dia da DUM; Somar 9 (janeiro, fevereiro, mar) ou diminuir 3 (restante dos meses) ao mês resultante. Ex.: DUM 29/10/2021 – DPP: 05/08/2022.