Você está na página 1de 61

Atividades de leitura e

produção de biografias
MULTIMODAIS

Anidene de Siqueira Cecchin


Cristiane Fuzer
Atividades de leitura e produção
de biografias multimodais

aUTORAS
Anidene de Siqueira Cecchin
Cristiane Fuzer

1.a Edição

sANTA MARIA
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO UFSM
2021
Reitor
Paulo Afonso Burmann

Vice-Reitor
Luciano Schuch

Pró-Reitor de Extensão
Flavi Ferreira Lisbôa Filho

Pró-Reitor de Extensão Substituto


Articulação e Fomento à Extensão
Rudiney Soares Pereira

Cultura e Arte
Vera Lucia Portinho Vianna

Desenvolvimento Regional e Cidadania


Jaciele Carine Sell

Subdivisão de Apoio a Projetos de Extensão


Alice Moro Neocatto
Bruna Loureiro Denkin
Ana Amélia Moura Zwicker

Subdivisão de Divulgação e Eventos


Aline Berneira Saldanha

Revisão Textual
Erica Duarte Medeiros

Projeto Gráfico e Diagramação


Ellen Milder Nunes

C387a Cecchin, Anidene de Siqueira


Ateliê de textos [recurso eletrônico] : atividades de leitura e
produção de biografias multimodais / Anidene de Siqueira Cecchin,
Cristiane Fuzer. – 1. ed. – Santa Maria, RS : UFSM, Pró-Reitoria de
Extensão, 2021.
1 e-book : il. – (Série Extensão)

ISBN 978-65-87668-24-6

1. Língua portuguesa 2. Leitura e escrita 3. Gêneros textuais


4. Linguística sistêmico-funcional 5. Multimodalidade 6. Biografia
I. Fuzer, Cristiane II. Título.

CDU 801.73
806.90:37
Ficha catalográfica elaborada por Alenir I. Goularte - CRB-10/990
Biblioteca Central da UFSM
Resumo
Este caderno didático é um guia para leitura, análise e produ-
ção de textos que têm por propósito relatar histórias de vida combi-
nando elementos verbais e não verbais, também chamadas biografias
multimodais. As atividades, aqui reunidas, têm por base princípios
teóricos da Linguística Sistêmico-Funcional (LSF), com foco no texto
como um processo de escolhas linguísticas que, organizadas em eta-
pas, realizam um propósito no contexto social. O processo de leitura e
produção é conduzido conforme o Ciclo de Ensino e Aprendizagem da
Pedagogia de Gêneros da LSF, que possibilita a organização das ati-
vidades em três momentos básicos: 1) desconstrução do gênero; 2)
escrita e reescrita conjunta; e 3) escrita e reescrita individual. O obje-
tivo é envolver os alunos em atividades de leitura e produção textual
que possibilitem o ensino explícito e contextualizado da língua portu-
guesa em textos multimodais, propiciando, como produto final, uma
coletânea de textos adequados ao contexto em que estão inseridos.

sobre as autoras
Anidene de Siqueira Cecchin é graduada em Letras – Português e
Inglês pela PUCRS (Campus de Uruguaiana), mestre em Tecnologias Edu-
cacionais em Rede pela UFSM e doutoranda em Letras – Estudos Linguís-
ticos, pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da UFSM. Atua como
professora de Língua Portuguesa no Ensino Médio, no Instituto São José,
em Santa Maria, RS. É integrante da equipe do Ateliê de Textos desde 2017.

Cristiane Fuzer é graduada em Letras – Licenciatura em Lín-


gua Portuguesa e Literaturas, mestre e doutora em Letras pela UFSM
— tendo realizado Doutorado Sanduíche na Universidade de Lis-
boa, em Portugal — e pós-doutora em Linguística Aplicada e Estu-
dos da Linguagem pela PUCSP. É Professora Associada do Departa-
mento de Letras Vernáculas e do Programa de Pós-Graduação em
Letras da UFSM. Desenvolve atividades de Pesquisa, Ensino e Ex-
tensão sobre a língua portuguesa na perspectiva sistêmico-fun-
cional, participa do Grupo de Pesquisa Sistêmica, Ambientes e Lin-
guagens (SAL) e coordena o Programa Ateliê de Textos desde 2011.
sOBRE OS REVISORES E AVALIADORES
Elisane Scapin Cargnin é graduada em Letras – Língua Por-
tuguesa e Literaturas pela UNIFRA, mestre e doutoranda do Pro-
grama de Pós-Graduação em Letras da UFSM, professora de
Língua Portuguesa no Colégio Estadual Professora Edna May Car-
doso e coordenadora pedagógica na Escola Municipal Júlio do Can-
to, em Santa Maria, RS. Atuou como professora colaboradora de
escola \ em 2011, no Colégio Estadual Professora Edna May Car-
doso, em Santa Maria, RS. Atualmente é colaboradora do Projeto.

Angela Maria Rossi é graduada em Letras – Língua Portugue-


sa e Literaturas pela UNIFRA, mestre em Letras e doutoranda em Le-
tras – Estudos Linguísticos do Programa de Pós-Graduação em Le-
tras da UFSM. Atua como tutora a distância do curso de Letras EaD
da UFSM e é professora de Língua Portuguesa na E.M.E.F. Professo-
ra Altina Teixeira, em Santa Maria, RS. Foi integrante da equipe Ate-
liê de Textos em 2012, tendo atuado como ministrante de oficina no
Colégio Estadual Professora Edna May Cardoso, em Santa Maria, RS.

Carla Carine Gerhardt é graduada em Letras – Licenciatura em


Língua Portuguesa e Literaturas pela UFSM, mestre e doutoranda em
Letras – Estudos Linguísticos do Programa de Pós-Graduação em Letras
da UFSM. Foi integrante da equipe do Ateliê de Textos de 2013 a 2015, ten-
do atuado como ministrante de oficinas na E.E.E.F.M. Margaria Lopes e
na E.M.E.F. Vicente Farencena, em Santa Maria, RS, como bolsista PRO-
LICEN UFSM e PROEXT MEC-Sesu. Atualmente é colaboradora do Projeto.

Sabrine Weber é graduada em Letras – Licenciatura em Lín-


gua Portuguesa e Literaturas pela UFSM e mestranda em Letras –
Estudos Linguísticos do Programa de Pós-Graduação em Letras da
UFSM. Foi integrante da equipe Ateliê de Textos de 2013 a 2016, tendo
atuado como ministrante de oficinas na E.E.E.F. Celina de Moraes, na
E.M.E.F. Pão dos Pobres Santo Antônio e na E.M.E.F. Miguel Beltrame,
em Santa Maria, RS, como bolsista FIEX UFSM e PROEXT MEC-Sesu.
Mhdi Ibrahim Bader Khun é graduado em Letras – Licenciatura
Português e Literaturas pela UFSM e mestrando em Letras – Estudos Lin-
guísticos do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFSM. É professor
de Língua Portuguesa na Escola Proton, em Quaraí, RS. Foi integrante da
equipe do Ateliê de Textos de 2015 a 2016, tendo atuado como ministran-
te de oficinas na E.M.E.F. Gaudêncio, na E.M.E.F Emílio Callo e na E.M.E.E.
Dartagnan Tubino, em Quaraí, RS, como bolsista PROEXT MEC-Sesu.

Camila Berlezi de Moura é graduanda em Letras – Licenciatura


em Língua Portuguesa e Literaturas pela UFSM. É integrante da equi-
pe do Ateliê de Textos desde 2018, atuando como ministrante de ofici-
na no Instituto São José, em Santa Maria, RS, como bolsista FIEX UFSM.
Dedicatória
Ao professor e pesquisador Michael Halliday (in memorian),
pelo seu valioso legado aos estudos da linguagem.

Aos professores de produção textual da educação básica.


Aos participantes do Ateliê de Textos.

aGRADECIMENTOS
Este caderno didático é resultado de muitos estudos, muitas pes-
quisas e muitas reflexões sobre o funcionamento da língua portuguesa
em textos e marca a 7.ª edição do Projeto Ateliê de Textos. Para concre-
tizá-lo, contamos com o apoio daqueles a quem dirigimos nossos agra-
decimentos.
Aos estudantes do ensino fundamental que participam das ofici-
nas do Ateliê de Textos e realizam com dedicação as tarefas propostas.
Aos colegas da equipe Ateliê de Textos, Elisane Scapin Cargnin,
Carla Carine Gerhardt, Sabrine Weber, Mhdi Ibrahim Bader Khun, An-
gela Maria Rossi e Camila Berlezi de Moura, pela revisão e avaliação
deste material.
Às escolas parceiras, que acolheram e acolhem o Projeto Ateliê
de Textos.
Às equipes diretivas e pedagógicas das escolas nas quais o Proje-
to tem sido desenvolvido.
Ao Programa de Extensão Universitária (PROEXT MEC - Sesu), ao
Programa de Licenciaturas (PROLICEN UFSM) e ao Fundo de Incentivo à
Extensão (FIEX CAL UFSM), pelos recursos financeiros concedidos para
a execução das edições do Projeto.
À Pró-Reitoria de Extensão, ao Centro de Artes e Letras, ao Pro-
grama de Pós-Graduação em Letras e ao Departamento de Letras Ver-
náculas da UFSM, pelo apoio administrativo ao Projeto Ateliê de Textos.
A todos que contribuíram, de uma forma ou de outra, para que
mais uma edição do Ateliê de Textos se realizasse.
A todos que têm incentivado e colaborado com esse Projeto, nos-
sa gratidão.
sumário
Apresentação 9
Para iniciar 10
Gêneros de texto para descobrir 13
Estórias e histórias: há diferença? 14
O que é biografia? 18
Para entender o texto, precisamos conhecer o contexto 21
Como se organiza uma biografia? 25
A linguagem da biografia: aspectos léxico-gramaticais e dis-
cursivos 28
A leitura das imagens dos textos 34
Afinal, uma imagem é um texto? 35
Atividades sobre o gênero biografia multimodal 38
Atividades para escrita conjunta 47
Produção da biografia 52
Critérios de avaliação da biografia produzida 53
Feedback coletivo 54
Produção de elementos pré-textuais para a coletânea 54
Suplemento com as respostas das questões objetivas e su-
gestões para as subjetivas 55
ReferênciaS 58
apresentação

Contar histórias de vida pode ser uma forma de valorizar


as pessoas que têm um significado especial para nós.

(com base em Memorabília)

Podemos homenagear de diversas formas as pessoas de que


gostamos. Contar suas histórias de vida, destacar suas qualidades e a
importância que têm ou tiveram para nós é uma das belas formas de
expressar nossa admiração. Para isso, podemos utilizar tanto a escrita
quanto a imagem ou aliar as duas em um texto multimodal, para encan-
tar nossos leitores.
Como fazer isso? Como encantar a todos, por meio da linguagem,
ao contar histórias de vida?
Essas perguntas merecem uma resposta adequada, pois escrever sobre
a trajetória de vida de alguém é uma tarefa de grande responsabilida-
de.
Este caderno didático apresenta atividades de leitura e análise
que possibilitarão a produção de um texto com uma missão muito espe-
cial: homenagear alguém que você admira.
Por meio de atividades de ensino explícito da língua no gênero
biografia, com base na Linguística Sistêmico-Funcional, e do estudo de
imagens, com base na gramática do Design Visual, estudaremos como
a linguagem verbal e a não verbal funcionam para dar significado aos
textos e, principalmente, como podemos usá-las para contar histórias
de vida envolventes.
Esse é o seu desafio! Vire as páginas e comece a desvendá-lo!

As autoras

9
para iniciar

“ Olá! Sejam bem-vindos ao Ateliê de Textos!


Sou o Biogue. Tenho esse nome porque adoro frequentar
bibliotecas e ler – principalmente biografias. Já escrevi al-
gumas, meus colegas adoram lê-las... Vocês já leram biogra-
fias? Já escreveram sobre a vida de alguém especial? Neste
momento, convido vocês a entrarem no mundo encantador
de histórias de vida de diferentes pessoas.
Vamos lá?

O ser humano sempre sentiu necessidade de contar aos outros as


suas histórias, como um meio de passar, às gerações mais novas, infor-
mações sobre suas origens e seus antepassados. Contando histórias, ele
repassa seus conhecimentos sobre quem é, de onde vem, quais os ideais
por que lutou e os obstáculos que precisou enfrentar para construir sua
vida. Um dos gêneros utilizados para contar essas histórias é a biogra-
fia.
Neste caderno didático, vamos ler e analisar diferentes biogra-
fias para entender seu propósito comunicativo, as etapas que as orga-
nizam e os elementos linguísticos fundamentais. Antes de iniciarmos
nossos estudos, gostaríamos de saber quais os seus conhecimentos so-
bre o gênero de texto biografia. A seguir, apresentamos uma proposta
para você.

A vida é feita de histórias

Você sabia que existe uma editora especializada em registrar e


eternizar histórias de pessoas comuns, unindo literatura e jornalismo?
A jornalista e escritora Josiane Duarte criou a editora Memorabília (em
alusão a coisas e fatos dignos de memória, lembranças). A ideia sur-
giu quando a avó de Josiane, Honorina Duarte, completou 100 anos, em
2005, e a autora decidiu homenageá-la com uma biografia. Para isso,
fez entrevistas, pesquisou fotos de família e descobriu vários casos
curiosos.
10
“A imensa maioria não conhece a história da sua família, e recolher
essas histórias para contá-las de forma literária ajuda a perpetuar e
valorizar a história familiar, saber de onde viemos, quem é a nossa fa-
mília.”

“O ideal é saber ‘peneirar’ o que há de melhor em cada história. Você


tem que saber perguntar e, depois, contar isso de uma forma agradá-
vel.”

NENO, MYlene. Escritora cria biografia de anônimos. In: G1, Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: <http://
g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/10/escritora-cria-biografias-de-anonimos.html>. Acesso em: 15
jul. 2018.

E, você, quem gostaria de homenagear com uma biografia?

Para produzi-la, siga algumas orientações.

[1] Biogue é um avatar que foi criado pelas autoras especificamente para este caderno didáti-
co, no site Voki, com os recursos de criação de personagens oferecidos por esse site, para uso
não comercial. O Voki é uma ferramenta educacional para professores e alunos, com o objeti-
vo engajar os alunos nas tarefas de escola e possibilitar aos professores aprimorar suas aulas.

a) Escolha alguém importante que você queira homenagear. Pode ser


um familiar, um amigo ou outra pessoa especial cuja história de vida
você gostaria que mais pessoas conheçam.
b) Planeje como será escrito seu texto. Inicie com a identificação da pes-
soa escolhida. Você pode relatar eventos da infância ou da adolescên-
cia, momentos de alegria, de dificuldade, de superação...
c) Faça um rascunho para organizar seu texto e só passe a limpo depois
de fazer uma revisão cuidadosa.
d) Quando o texto estiver na versão final, fotografe ou procure uma foto
representativa da pessoa biografada ou de cenários que lembrem essa
pessoa.
e) A biografia pode ser lida pela própria pessoa biografada e por tantas
outras pessoas interessadas em histórias de vida.
11
Após o processo de escrita e reescrita, seu texto poderá ser pu-
blicado em uma coletânea organizada pela equipe do Ateliê de Textos, e
você poderá participar da sessão de lançamento em sua escola.

“ Escreva, aqui, a biografia


de uma pessoa especial
para você.

12
Gêneros de texto para descobrir
Sempre que produzimos um texto, temos um propósito, certo? Os
textos se diferenciam conforme os propósitos que buscam alcançar. E
fazemos escolhas de palavras, expressões e estruturas linguísticas con-
forme o propósito que queremos alcançar. Para isso, usamos gêneros de
texto. Você sabe o que são gêneros de texto?
Esse conceito foi elaborado a partir
“Gêneros de texto são processos de estudos de Martin e Rose (2008)
sociais orientados para propó- e seu grupo de pesquisadores, que
sitos e organizados em etapas” analisaram uma grande quantida-
(MARTIN; ROSE, 2008, p.6). de de textos produzidos em diversos
contextos, principalmente escolar,
partindo do princípio de que todo uso que se faz da linguagem cumpre
funções sociais. O Quadro 1 explica um pouco mais esse conceito.

Quadro 1 - Explicação do conceito de gêneros de texto

Fonte: elaborado com base em Martin e Rose (2008).

Considerando o propósito sociocomunicativo, as etapas e os ele-


mentos linguísticos em comum, os gêneros foram agrupados de acordo
com suas semelhanças. Assim, foram organizadas as famílias de gêne-
ro de texto.
Cada uma das famílias é composta por diferentes gêneros, que
compartilham um propósito mais geral: ENVOLVER, INFORMAR ou AVA-
LIAR. O Quadro 2 apresenta esses propósitos e as respectivas famílias
de gênero de texto.

13
Quadro 2 - Famílias de gênero de texto

Fonte: elaborado com base em Rose e Martin (2012).



No Quadro 2, há duas palavras com grafia
muito parecidas: estórias e histórias. Tal-
vez você esteja se perguntando: “mas não
significam a mesma coisa?”. Se você ficou
curioso(a), vá para a próxima seção.

Estórias e histórias: há diferença?


Em língua portuguesa, nem sempre se faz distinção entre estó-
rias e histórias. Neste caderno, essa distinção é significativa para uma
leitura detalhada dos textos conforme seus propósitos e as caracterís-
ticas linguísticas que os realizam.
Na perspectiva de gênero que estamos estudando, estórias di-
ferem das histórias em relação aos propósitos, e seus gêneros se dis-
tinguem quanto às etapas (estrutura textual) e às marcas linguísticas
fundamentais. O Quadro 3 apresenta o propósito de cada uma dessas
famílias de gêneros.

Quadro 3 - Propósitos comunicativos das Estórias e das Histórias

Fonte: elaborada com base em Martin e Rose (2008).

14
Ao contar estórias, as pessoas compartilham diferentes experi-
ências. Quando o propósito é compartilhar experiências pessoais em
uma sequência de eventos, usam o gênero relato. Quando o propósito é
compartilhar experiências emocionais (tristes ou cômicas), usam o gê-
nero episódio. Quando o propósito é julgar comportamentos, usam o gê-
nero exemplum. Quando o propósito é resolver uma complicação, usam
o gênero narrativa.
Os gêneros da família das estórias são muito comuns em vários
textos, como, por exemplo: contos de fada, fábulas, lendas, romances,
crônicas, reportagens, notícias, piadas, filmes, novelas... Como exem-
plo conhecido de estórias de ficção, encontramos A bela adormecida
(Irmãos Grimm)e, como exemplo de estórias reais, o relato pessoal de
Vinícius de Oliveira, ator principal do premiado filme brasileiro Central
do Brasil.

Se quiser saber um pouco mais


sobre a família das estórias, você
pode consultar o site do Projeto
Ateliê de Textos, utilizando este
link: http://w3.ufsm.br/ateliede-
textos/

do
d e t alhes i-
i s tiv
n h e c er ma realizar a o,
co e er
Para narrativa desse gên ico
o s át
gêner com texto derno did vel
s c a í
dade ue leia o o s , d ispon o.
oq xt ori
sugir eliê de Te ://reposit
do At ite: https /1/11535
s le
neste m.br/hand
uf s

15
Ao contar histórias, as pessoas informam sobre eventos que en-
volvam indivíduos ou sociedades em um período maior de tempo, com a
preocupação de recordar e interpretar o passado. Os eventos são rela-
tados, tipicamente, no tempo passado, em uma sequência cronológica.
Também podem ser interpretados por meio de avaliações para relatar
e explicar as razões pelas quais os eventos ocorrem.
Christie e Derewianka (2008), também pesquisadoras do contex-
to escolar, mapearam e caracterizaram os gêneros da família das his-
tórias, trabalhados com crianças e adolescentes. Conforme as autoras,
as histórias destacam-se como meios de conhecer e entender o passa-
do, com o objetivo de recordar e descrever eventos históricos, possibi-
litando o desenvolvimento de habilidades necessárias para pesquisa,
compreensão e interpretação tanto de relatos quanto de explicações de
eventos do passado. O Quadro 4 apresenta alguns dos gêneros da famí-
lia das histórias.

Quadro 4 - Gêneros da família das histórias

Fonte: elaborado com base em Rose e Martin (2012, p. 104).

Esses gêneros de texto são muito comuns na disciplina de Histó-


ria, em documentários históricos, em reportagens, livros biográficos ou
autobiográficos... Exemplos conhecidos de histórias são as biografias
reais O diário de Anne Frank e Eu sou Malala; ou as biografias ficcio-
nais de personagens da Marvel, em quadrinhos (HQ).
Vamos exercitar o que estudamos? Leia os excertos a seguir para
responder às questões.

Texto 1: O leão e o rato 2

Um leão, cansado de tanto caçar, dormia espichado à sombra de uma


16
boa árvore. Vieram uns ratinhos passear em cima dele e ele acordou.
Todos conseguiram fugir, menos um, que o leão prendeu embai-
xo da pata. Tanto o ratinho pediu e implorou que o leão desistiu de es-
magá-lo e deixou que fosse embora.
Algum tempo depois, o leão ficou preso na rede de uns caçadores.
Não conseguia se soltar, e fazia a floresta inteira tremer com seus urros
de raiva.
Nisso, apareceu o ratinho. Com seus dentes afiados, roeu as cor-
das e soltou o leão.
Moral da história: uma boa ação ganha outra.

[2] CULTURA GENIAL. Fábula de Esopo, 2019. Disponível em: < https://www.culturagenial.
com/fabulas-de-esopo/>. Acesso em: 23/12/2019.

Texto 2: Malala Yousafzai 3

Em 2010, embora o governo tivesse anunciado a expulsão do Ta-


libã da região do Vale do Swat, no Paquistão, a milícia continuava ron-
dando a área. Malala que já era conhecida por defender em entrevistas
e palestras o direito das meninas à educação, passou a receber amea-
ças de morte.
No dia 9 de outubro de 2012, com 15 anos, Malala que estudava
na província de Khyber Pakhtunkhwa, enquanto voltava para casa, seu
ônibus escolar foi parado por membros do Talibã, que subiram a bor-
do e perguntaram: “Quem é Malala?”. Ninguém respondeu, mas um dos
terroristas a reconheceu e disparou três tiros em sua cabeça.
Malala foi socorrida e levada para um hospital, onde permane-
ceu em estado grave. Quando apresentou alguma melhora, foi levada
para Birmingham, na Inglaterra, para ser tratada em um hospital es-
pecializado no atendimento aos feridos de guerra.
Malala sobreviveu ao atentado, recuperou-se e não recuou de
suas convicções. Tornou-se porta voz de uma causa – o direito à educa-
ção. Sua família mudou-se para Birmingham, onde vive exilada. [...]

[3] EBIOGRAFIA. Malala, 2019. Disponível em: < https://www.ebiografia.com/malala/>.


Acesso em 22/04/2019.

17
O Texto 1 apresenta o propósito de

O Texto 2 apresenta o propósito de

“ Neste caderno didático, vamos focalizar o


relato biográfico, o qual denominaremos, a
partir de agora, de biografia.

O que é biografia?
Biografia “é a história escrita da vida de determinada pessoa.
Essa palavra tem origem nos termos gregos bios, que significa vida, e
4
graphein, que significa escrever” . “A biografia, na maioria das vezes,
aborda pessoas públicas, como políticos, cientistas, esportistas, escri-
tores ou pessoas que, através de suas atividades, provocaram um im-
portante impacto para a sociedade” 5.
No entanto sabemos que escrever biografia não se restringe ape-
nas a pessoas de influência ou impacto na sociedade. Podemos relatar a
vida de pessoas famosas ou de pessoas pouco conhecidas, mas que têm
um significado especial para nós ou para uma comunidade específica.
São pessoas que exercem um importante papel na sociedade em geral
ou que significam muito em nossas vidas em particular e, por isso, de-
cidimos relatar suas histórias de vida. Na perspectiva dos estudos da
linguagem, o gênero biografia “relata episódios da vida de uma pessoa”
(MARTIN; ROSE, 2008, p. 98). Biografia pode ser definida, ainda, como
um conjunto de “eventos significativos na história da vida de uma pes-
soa chave” (CHRISTIE; DEREVIANKA, 2008, p. 88).
Há diferentes meios pelos quais podemos deixar registradas as
histórias de vida: escrever, gravar um áudio ou gravar um vídeo. É pos-
sível usar somente linguagem verbal (falada ou escrita) ou combinar

18
linguagem verbal com linguagem não verbal, usando imagens (como
fotos ou desenhos relacionados à pessoa biografada). Na internet, é
possível encontrar diversos sites que publicam biografias, tanto de pes-
soas famosas e conhecidas na sociedade quanto de pessoas desconheci-
das, cuja importância se restringe ao círculo de amigos e familiares ou
à comunidade a que pertence.

Para ler mais biografia


s, visite estes sites:
o Museu da Pessoa,
que publica biografia
pessoas famosas ou s de
de pessoas sem dest
na sociedade, disponív aque
http://www.museudap el em:
essoa.net/pt/home;

aE
bio
gr
per afia,
son que
alid p
ade ublic
htt s d a hi
oM ps: dispo o Bra stória
em //w nív s
ora w w el e il e d s de
bíli .eb m om v
a, u iog : und ida d
rafi e
htt Biogr ma e a.c
o,
ps: afia dit o m;
//w s or
ww , disp a que
.me o
mo nível traba
rab e lha
ilia m: com
.ar
t.b
r.

[4] Disponível em: <https://www.significados.com.br/biografia/>. Acesso em: 20 jun. 2018


[5] Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Biografia>. Acesso em: 24 jul. 2018.

19
A seguir, no Quadro 5, trazemos uma das diversas biografias pu-
blicadas no site do Museu da Pessoa.
Quadro 5 - Biografia do Museu da Pessoa

Numa casa simples, em Juiz de


Fora, no estado de Minas Gerais, nasceu
em 1936 uma alegre menina chamada Ma-
ria da Glória Silva. Ela teve uma infância
muito pobre, eram oito irmãos e todos des-
de pequenos ajudavam os pais no trabalho
da roça.
Quando criança gostava muito de
nadar no rio, era alegre e um pouco sa-
peca. Como seus pais eram pobres e não
podiam comprar brinquedos, ela mesma
fazia suas próprias bonecas com espigas
de milho usando toda sua criatividade.
Glória sempre foi uma criança
muito risonha, mas quando tinha apenas
nove anos de idade, perdeu sua mãe, víti-
ma de AVC. Foi o momento mais triste de
sua vida. Na mocidade, Glória tinha ca-
belos bem longos e levemente cacheados.
Sempre fora vaidosa, não saía de casa sem
usar batom e gostava muito de festas. Seu
pai tocava nos bailes animados da época.
Uma noite, seu pai se preparava
para um baile e disse que ela não iria por-
que estava muito tarde. Glória ficou zan-
gada e desobedeceu a ordem do pai. Pu-
lou a janela do seu quarto, estava com as
roupas e os cabelos desajeitados, correu
em direção à festa e no meio do caminho
encontrou seu pai, que ficou surpreso ao
vê-la. Não teve jeito... o pai arrumou seus
cabelos e Glória se divertiu a festa inteira.
Frequentou a escola até o terceiro
20
ano primário, estudava na mesma turma do seu irmão e como o achava
muito inteligente sempre copiava suas tarefas. Passados alguns anos,
foi morar no Rio de Janeiro e trabalhar para um dentista. Nessa época,
gostava muito de andar nos bondinhos da cidade e passear nas feiras
comprando produtos para seu patrão.
Aos dezesseis anos se casou. Seu pai fez uma festa linda para as
duas filhas que se casaram no mesmo dia, ela e sua irmã mais velha.
Glória teve duas filhas e sempre trabalhou muito para educá-las com
muito amor e atenção.
Quando veio morar em Pontal do Paraná, há 22 anos, trouxe ape-
nas uma mala de roupas e muita coragem dentro de si. Passou por mui-
tas dificuldades, mas conseguiu superá-las. Com muito esforço e dedi-
cação, uma de suas filhas formou-se dentista.
Hoje, Glória é avó de quatros netos e sempre está rodeada de
crianças que a conhecem por “vó Glória”. Dona Glória nunca parou de
trabalhar e o faz até hoje sempre mantendo no rosto um olhar carinho-
so e um sorriso singelo.
6
LORENÇONE, A. F. Publicado em 06 nov. 2012.

[6] Disponível em: <http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/historias-de-do-


na-gloria-47624>. Acesso em: 26 jul. 2018.

Para entender o texto, precisamos


conhecer o contexto
Para compreender um texto, é importante identificar o contexto
em que ele se insere, ou seja, compreender a situação sociocomunicati-
va do texto. Para isso, Halliday (1985), pesquisador de linguagem, sis-
tematizou três variáveis que contribuem para descrever o contexto de
um texto (veja o Quadro 6).

21
Quadro 6 - Variáveis do contexto

Fonte: elaborado pelas autoras com base em Halliday (1985).

3) Agora, vamos explorar e entender o contexto da biografia Histórias


de Dona Glória. Para isso, numere a segunda coluna de acordo com a
primeira.

(1) Campo ( ) Publicado no site Museu da Pessoa.


( ) Relata a vida de alguém especial.
(2) Relações ( ) O autor é Adriana Ferraz Lorençone.
( ) Publicado em 6 de novembro de 2012.
(3) Modo ( ) É destinado a todas as pessoas que visi-
tam o site e têm interesse em conhecer histó-
rias de vida

A alternativa que apresenta a sequência correta é:

a) 1, 2, 2, 3, 1 d) 2, 1, 2, 1, 3
b) 1, 2, 3, 3, 1 e) 2, 2, 1, 2, 3
c) 2, 1, 3, 3, 1

Para responder à questão seguinte,
leia o texto Histórias de dona Glória,
a seguir:

Histórias de dona Glória

Numa casa simples, em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais,


nasceu em 1936 uma alegre menina chamada Maria da Glória Silva. Ela
teve uma infância muito pobre, eram oito irmãos e todos desde peque-
22
nos ajudavam os pais no trabalho da roça.
Quando criança gostava muito de nadar no rio, era alegre e um
pouco sapeca. Como seus pais eram pobres e não podiam comprar brin-
quedos, ela mesma fazia suas próprias bonecas com espigas de milho
usando toda sua criatividade.
Glória sempre foi uma criança muito risonha, mas quando tinha
apenas nove anos de idade, perdeu sua mãe, vítima de AVC. Foi o mo-
mento mais triste de sua vida. Na mocidade, Glória tinha cabelos bem
longos e levemente cacheados. Sempre fora vaidosa, não saía de casa
sem usar batom e gostava muito de festas. Seu pai tocava nos bailes
animados da época.
Uma noite, seu pai se preparava para um baile e disse que ela
não iria porque estava muito tarde. Glória ficou zangada e desobedeceu
a ordem do pai. Pulou a janela do seu quarto, estava com as roupas e os
cabelos desajeitados, correu em direção à festa e no meio do caminho
encontrou seu pai, que ficou surpreso ao vê-la. Não teve jeito... o pai ar-
rumou seus cabelos e Glória se divertiu a festa inteira.
Frequentou a escola até o terceiro ano primário, estudava na mesma
turma do seu irmão e como o achava muito inteligente sempre copia-
va suas tarefas. Passados alguns anos, foi morar no Rio de Janeiro e
trabalhar para um dentista. Nessa época, gostava muito de andar nos
bondinhos da cidade e passear nas feiras comprando produtos para
seu patrão.
Aos dezesseis anos se casou. Seu pai fez uma festa linda para as
duas filhas que se casaram no mesmo dia, ela e sua irmã mais velha.
Glória teve duas filhas e sempre trabalhou muito para educá-las com
muito amor e atenção.
Quando veio morar em Pontal do Paraná, há 22 anos, trouxe ape-
nas uma mala de roupas e muita coragem dentro de si. Passou por mui-
tas dificuldades, mas conseguiu superá-las. Com muito esforço e dedi-
cação, uma de suas filhas formou-se dentista.
Hoje, Glória é avó de quatros netos e sempre está rodeada de
crianças que a conhecem por “vó Glória”. Dona Glória nunca parou de
trabalhar e o faz até hoje sempre mantendo no rosto um olhar carinho-
so e um sorriso singelo.
LORENÇONE, A. F. Publicado em 06 nov. 2012 7.

23
4) Com relação às variáveis do contexto do texto Histórias de dona Gló-
ria, assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso) em cada afirmativa a seguir.

( ) Na variável campo, o texto é um relato escrito sobre as histórias de


Maria da Glória Silva Juliano e foi publicado no site Museu da Pessoa.
( ) Na variável campo, o texto tem como objetivo relatar os eventos da
vida da participante, dona Maria da Glória.
( ) Na variável relações, os leitores que acessam ao site Museu da Pes-
soa são os participantes da interação.
( ) Na variável relações, dona Glória é um participante do texto e Adria-
na Ferraz Lorençone é um participante da interação.
( ) Na variável modo, o texto Histórias de dona Glória é um relato escri-
to que apresenta imagens.

5) Estudamos que todos os textos têm um propósito específico conforme


o gênero. A biografia de dona Glória tem por objetivo:

a) Relatar as histórias de Maria da Glória Silva Juliano aos leitores


do site Museu da Pessoa.
b) Relatar a história de vida de Adriana Ferraz Lorençone.
c) Homenagear Maria da Glória Silva Juliano e sua família.
d) Homenagear Adriana Ferraz Lorençone, publicando uma histó-
ria escrita por ela no Museu da Pessoa.
e) Homenagear Maria da Glória Silva Juliano, relatando história
de sua vida.

[7] Disponível em: <http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/historias-de-do-


na-gloria-47624>. Acesso em: 26 jul. 2018.

“ Vamos conhecer um pouco


mais sobre biografia?

24
Como se organiza uma biografia?
O gênero biografia se estrutura em etapas para cumprir o seu
propósito de relatar a história de vida de uma pessoa específica. Textos
do gênero biografia, tipicamente, organizam-se nestas etapas: Orienta-
ção, Eventos e Avaliação. Para que você compreenda, elas estão apre-
sentadas no Quadro 7.
Quadro 7 - Etapas do gênero biografia

Fonte: elaborada com base em Christie e Derewianka (2008).

É importante que você saiba que a etapa de Reorientação Reava-


liação é opcional, ou seja, nem sempre ela aparece nas biografias. Va-
mos observar o Quadro 8, que explicita as etapas na biografia de dona
Glória em etapas.
Quadro 8 - Etapas do gênero na biografia de dona Glória

25
Fonte: organizado pelas autoras.

[8] Disponível em: <http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/historias-de-do-


na-gloria-47624>. Acesso em 21/04/2019 (adaptado).

Observe que alguns termos estão destacados no texto. Eles são


marcas linguísticas que sinalizam as etapas na vida da biografada.
Veja o Quadro 9, com as marcas linguísticas e as etapas da biografia de
dona Glória.

Quadro 9 - Marcas linguísticas que sinalizam as etapas da biografia


de dona Glória

Fonte: organizado pelas autoras.

26
6) Considerando as etapas do gênero biografia, associe as etapas, da co-
luna à esquerda, com os excertos da biografia de dona Glória, na coluna
à direita.

(1) Etapa Orientação


(2) Etapa Eventos
(3) Etapa Reavaliação

( ) Frequentou a escola até o terceiro ano primário, estudava na mesma


turma do seu irmão e como o achava muito inteligente sempre copiava
suas tarefas.
( ) Numa casa simples, em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais, nas-
ceu em 1936 uma alegre menina chamada Maria da Glória Silva.
( ) Quando veio morar em Pontal do Paraná, há 22 anos, trouxe apenas
uma mala de roupas e muita coragem dentro de si.
( ) Ela teve uma infância muito pobre, eram oito irmãos e todos desde
pequenos ajudavam os pais no trabalho da roça.
( ) Dona Glória nunca parou de trabalhar e o faz até hoje sempre man-
tendo no rosto um olhar carinhoso e um sorriso singelo.
( ) Glória sempre foi uma criança muito risonha, mas quando tinha
apenas nove anos de idade, perdeu sua mãe, vítima de AVC.
( ) Passou por muitas dificuldades, mas conseguiu superá-las. Com mui-
to esforço e dedicação, uma de suas filhas formou-se dentista.


Você percebeu que o texto usa uma série de outros ele-
mentos linguísticos para ordenar os eventos da vida de
dona Glória em uma sequência no tempo, localizar o espa-
ço em que essas ações acontecem, identificar as pessoas
e as coisas que participam dessas ações...
Percebeu, também, que há outros elementos que cons-
troem uma imagem positiva para ela?

Vamos ver, mais detalhamente, como isso funciona no


gênero biografia?

27
A linguagem da biografia:
aspectos léxico-gramaticais e discursivOs

Para cumprir o propósito sociocomunicativo — relatar eventos


marcantes da vida de uma pessoa —, são usados alguns elementos lin-
guísticos, com a função de identificar as pessoas do discurso, de loca-
lizar as circunstâncias em que os eventos acontecem tanto no tempo
quanto no espaço e de avaliar pessoas, coisas ou comportamentos en-
volvidos na história. Essas funções podem ser realizadas por diferen-
tes estruturas léxico-gramaticais. Vamos conhecer esses elementos lin-
guísticos e suas funções?
Os marcadores de pessoa do discurso são identificados pelo uso
da 3.ª pessoa do singular em verbos e pronomes para referir-se à pes-
soa biografada, que é a pessoa chave nesse gênero de texto. O Quadro 10
apresenta excertos com exemplos de marcadores de pessoa do discurso
na biografia de dona Glória.

Quadro 10 - Marcadores de pessoa do discurso para referir-se à


biografada no texto

Fonte: elaborado pela autoras com base em Marin e Rose (2008).

7) Observe as características destacadas nas orações e identifique a


quem elas se referem. Para isso, use a seguinte legenda:

(1) Características de dona Glória


(2) Características de pessoas relacionadas à dona Glória
(3) Características de coisas relacionadas à dona Glória

28
( ) Pulou a janela do seu quarto, estava com as roupas e os cabelos de-
sajeitados.
( ) Sempre fora vaidosa, não saía de casa sem usar batom.
( ) Estudava na mesma turma do seu irmão e como o achava muito in-
teligente.
( ) Ela teve uma infância muito pobre.
( ) Glória sempre foi uma criança muito risonha.
( ) Era alegre e um pouco sapeca.
( ) Numa casa simples, em Juiz de Fora, no estado de Minas Gerais.
( ) Glória ficou zangada e desobedeceu à ordem do pai.
( ) Há 22 anos, trouxe apenas uma mala de roupas e muita coragem
dentro de si.

8) Na biografia, são usados elementos linguísticos que contribuem para


cumprir o propósito desse gênero. Utilize a legenda para identificar os
elementos linguísticos retirados da biografia de dona Glória.

(1) Uso de pronomes na 3.ª pessoa do singular, referindo-se à bio-


grafada.
(2) Uso de verbos no tempo pretérito para relatar acontecimentos
do passado.
(3) Uso de verbos no tempo presente para indicar fatos da atualida-
de.

( ) Nasceu em 1936 uma alegre menina chamada Maria da Glória Silva.


( ) Uma noite, seu pai se preparava para um baile...
( ) Glória é avó de quatros netos e sempre está rodeada de crianças que
a conhecem por “vó Glória”.
( ) Ela mesma fazia suas próprias bonecas com espigas de milho usando
toda sua criatividade.
( ) Sempre fora vaidosa, não saía de casa sem usar batom.

A sequência correta é

a) 2, 1, 3, 1, 2. d) 1, 2, 2, 1, 3.
b) 2, 1, 1, 3, 2. e) 1, 2, 2, 3, 1.
c) 2, 1, 1, 2, 3.
29
Os marcadores de tempo podem ser realizados por diferentes es-
truturas léxico-gramaticais em uma palavra, em um grupo de palavras
ou em uma oração. O Quadro 11 apresenta exemplos de estruturas gra-
maticais que funcionam como marcadores de tempo no texto Histórias
de dona Glória.

Quadro 11 - Estruturas gramaticais que funcionam como marcadores


de tempo na biografia de dona Glória

Fonte: elaborado com base em Emília e Christie (2013) e Christie e Derewianka (2008).

9) Conforme estudamos, nas biografias encontramos elementos léxico-


-gramaticais que marcam o tempo. Associe as estruturas gramaticais
que realizam marcadores de tempo, indicadas na legenda, com os ex-
certos extraídos do texto.

(AD) Advérbios indicadores de tempo


(GP) Grupos de palavras indicadores de tempo
(OR) Orações indicadoras de tempo

( ) Aos dezesseis anos se casou.


( ) Dona Glória nunca parou de trabalhar e o faz até hoje sempre man-
tendo no rosto um olhar carinhoso e um sorriso singelo.
( ) Passados alguns anos, foi morar no Rio de Janeiro e trabalhar para
um dentista.
( ) Quando tinha apenas nove anos, foi morar no Rio de Janeiro e traba-
lhar para um dentista.
( ) Nessa época, gostava muito de andar nos bondinhos da cidade e pas-
sear nas feiras comprando produtos para seu patrão.

10) Agora, volte ao texto, no Quadro 8, na página 16. Encontre exemplos

30
que se refiram à participante em diferentes fases de sua vida.

11) A sequência temporal é uma característica importante, na biografia,


para organizar os eventos marcantes na história de vida do participan-
te. A sequência é sinalizada por marcadores que indicam circunstân-
cias de tempo, principalmente na etapa denominada Eventos. Utilizan-
do dados do texto, enumere os eventos da biografia de dona Glória.

( ) Uma noite, seu pai se preparava para um baile e disse que ela não
iria porque estava muito tarde.
( ) Com muito esforço e dedicação, uma de suas filhas formou-se den-
tista.
( ) Glória sempre foi uma criança muito risonha, mas quando tinha
apenas nove anos de idade, perdeu sua mãe, vítima de AVC.
( ) Ela mesma fazia suas próprias bonecas com espigas de milho usando
toda sua criatividade.
( ) Quando criança gostava muito de nadar no rio, era alegre e um pou-
co sapeca.
( ) Seu pai fez uma festa linda para as duas filhas que se casaram no
mesmo dia, ela e sua irmã mais velha.

Os marcadores de localização no espaço funcionam para indicar


em que lugar os eventos aconteceram ao longo da vida da biografada. O
Quadro 12 apresenta exemplos dessas estruturas gramaticais.

31
Quadro 12 - Estruturas gramaticais que funcionam como marcadores
de localização no espaço na biografia de dona Glória

Fonte: elaborado com base em Emília; Christie (2013) e Christie; Derewianka (2008).

12 Releia a biografia de dona Glória e coloque os marcadores de locali-


zação no quadro que segue.

Além de localizar os eventos no tempo e no espaço, o autor pode


apresentar avaliações de atitudes na biografia. Avaliações podem ser
realizadas gramaticalmente por meio de adjetivos, substantivos, ver-
bos e até orações. O Quadro 13 destaca exemplos de estruturas grama-
ticais que funcionam como marcas de avaliação na biografia de dona
Glória.

Quadro 13 - Campos semânticos de avaliação de atitude na biografia


de Dona Glória

Fonte: elaborada com base em Martin e White (2005).

32
As avaliações podem ser, basicamente, de três campos semânti-
cos: afeto, julgamento e apreciação. Em uma biografia, utilizamos esses
recursos linguísticos de avaliação para destacar a pessoa biografada,
suas características e sua importância. O Quadro 14 apresenta a defi-
nição desses campos semânticos e exemplos presentes na biografia de
dona Glória.
Quadro 14 - Campos semânticos da biografia de dona Glória

Fonte: elaborada com base em Martin e White (2005).

13) A biografia apresenta, ainda, elementos avaliativos para caracteri-


zar a biografada ou algo que se relacione a ela. Encontre no texto ava-
liações para:

Dona Glória menina

Dona Glória hoje

14) Elementos linguísticos podem indicar avaliações de atitudes em


três campos semânticos: afeto (quando avaliam emoções das pessoas),
apreciação (quando avaliam aparência de pessoas e coisas) e julgamen-
to (quando avaliam comportamentos). Associe os tipos de avaliação de
atitude com os excertos extraídos do texto.

(AF) Afeto ( ) Ela teve uma infância muito pobre


( ) Ela era alegre e um pouco sapeca
(AP) Apreciação ( ) Glória sempre foi uma criança muito risonha
( ) Seu pai tocava nos bailes animados da época
(JU) Julgamento
( ) Glória ficou zangada e desobedeceu a ordem do pai

33
Muito bem! Vamos sumarizar as principais característi-
cas do gênero biografia, que estudamos até este momento.

Uso da 3.ª pessoa do singular para se referir à pessoa biografada;


Uso do tempo pretérito para relatar eventos do passado;
Uso do tempo presente para destacar fatos atuais ou mais recentes;
Foco maior nas experiências de vida da pessoa do que em eventos;
Uso de circunstâncias de tempo para indicar o momento em que ocor-
rem os eventos;
Uso de marcas avaliativas para valorizar ou destacar uma interpre-
tação.

“ Agora, que você conhece as


principais características
do gênero, vamos estudar o
componente visual do texto,
ou seja, as imagens.

A leitura das imagens dos textos


Os exemplos de biografias que você leu anteriormente são acom-
panhadas de fotografias das participantes. Quando combinam a lin-
guagem verbal e a não verbal, os textos são chamados de multimodais,
pois aliam múltiplos modos para produzir significado: texto e imagem.
Nesses casos, a escrita deve dialogar com a imagem, uma deve comple-
mentar ou constituir a outra, para, juntas, transmitirem uma mensa-
gem ao leitor, e a imagem ajuda a cumprir o propósito do texto escrito.
A multimodalidade, conforme as pesquisadoras Rojo e Barbosa
(2015), está presente em todos os momentos de nossas vidas, pois pala-
vras, sons e imagens estão em diferentes textos com os quais constru-
ímos significados e interagimos em todos os momentos na sociedade.
Dionísio e Vasconcelos (2013), também pesquisadoras de multimodali-

34
dade, argumentam que o texto multimodal é uma combinação de dife-
rentes recursos de escrita, como escrita, fotos, desenhos, entre outros.

Afinal, uma imagem é um texto?


Observe que a biografia de dona Glória apresenta componentes
visuais e verbais. Ambos estão na página em que o texto foi publica-
do, porém não estão próximos um do outro. As imagens estão acima do
componente verbal do texto.
Os pesquisadores Kress e Van Leeuwen (2006) desenvolveram es-
tudos sobre o texto imagético. Conforme esses pesquisadores, uma ima-
gem é um texto, pois tem significado. Além disso, pode aliar-se ao com-
ponente verbal para complementar o significado ou trazer uma nova
ideia que ajuda a entender o texto.
A biografia de dona Glória é multimodal, pois apresenta o com-
ponente verbal, que é o texto escrito, e o componente visual, formado
por várias imagens — algumas delas são desenhos feitos por crianças
durante a entrevista em que a biografada contou sobre sua vida; outras
são fotos da biografada nos diferentes momentos dessa entrevista, os
quais vamos estudar a partir de agora. Veja a Figura 1.

Figura 1 - Imagens da biografia de dona Glória com fotos destacadas

Fonte: LORENÇONE, A. F. Publicado em 06 nov. 2012


Disponível em: &lt;http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/historias-de-dona-gloria-47624&gt;. Aces-
so em 21/04/2019
35
Para estudar biografias multimodais, precisamos aprender a ler
imagens. Veja algumas questões que nos ajudam a ler imagens no Qua-
dro 15.

Quadro 15 - Roteiro para leitura de imagens

Fonte: elaborado com base em (2006) e Painter et al. (2012).

15) Observe as imagens que acompanham a biografia da dona Glória.


Relacione as sentenças aos números que correspondem às imagens da
biografia de dona Glória.

Disponível em:
<http://www.
museudapessoa.
net/pt/conteu-
do/historia/his-
torias-de-dona-
-gloria-47624>.
Acesso em
21/04/2019.

Disponível em:
<http://www.museu-
dapessoa.net/pt/
conteudo/historia/
historias-de-dona-
-gloria-47624>.

36
( ) Apresenta a participante biografada à frente dos outros participan-
tes, demonstrando ser a principal na imagem, pois está em posição de
destaque.
( ) A participante, dona Glória, está em posição frontal, sozinha, olhan-
do para o interlocutor.
( ) Dona Glória mistura-se entre os demais participantes, representan-
do-se como um deles, assumindo a posição de igualdade.
( ) Dona Glória está com outros participantes e não olha para o interlo-
cutor, pois sua atenção e seu olhar estão direcionados para as pessoas
com as quais ela parece conversar.
( ) A biografada, dona Glória, está em um ambiente fechado e desempe-
nha uma ação, pois lê algo que outra participante lhe mostra.

16) Agora, responda:

a) O que essas imagens têm em comum?

b) O que podemos inferir sobre o momento em que essas fotos foram


feitas?


Muito bem! Agora, que você conhece as princi-
pais características do gênero biografia mul-
timodal, vamos conhecer a história de vida de
outra pessoa e descobrir como a linguagem foi
usada para construir o texto?

37
Atividades sobre o gênero biografia multimodal

Aldeci Rodrigues Valença

Disponível em: http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/aldeci-rodrigues-va-


lenca-47731. Acesso em: 01 ago. 2018.

[9]Disponível em: http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/aldeci-rodrigues-


-valenca-47731. Acesso em: 01 ago. 2018 (adaptado). 38
17) Sobre o contexto da biografia Aldeci Rodrigues Valença, numere a
segunda coluna de acordo com a primeira.

(1) Campo
(2) Relações
(3) Modo

( ) Relata a vida de Aldeci, fazendo-lhe uma homenagem.


( ) O(a) autor(a) é Juliana C. de Almeida.
( ) Foi publicada em 28 de novembro de 2012.
( ) É destinada às pessoas que acessam ao site e têm interesse em conhe-
cer histórias de vida.
( ) Publicada no site Museu da Pessoa.

A alternativa que apresenta a sequência correta é:

a) 1, 2, 2, 3, 1 e) 2, 1, 2, 1, 3
b) 1, 2, 3, 3, 1 d) 2, 2, 1, 2, 3

18) Assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em cada afirmativa a seguir.

a) ( ) O propósito sociocomunicativo da biografia de Aldeci é relatar


sua vida para o site Museu da Pessoa.
b) ( ) Na variável relações, Aldeci é uma participante do texto e Juliana,
participante da interação.
c) ( ) Na variável modo, o texto apresenta o componente verbal e o com-
ponente visual.

39
19) Separe, com um traço, as etapas da biografia de Aldeci e pinte com
as cores indicadas na legenda.

[10] Disponível em: http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/historia/aldeci-rodri-


gues-valenca-47731. Acesso em: 01 ago. 2018.

20) Agora, retire orações da biografia de Aldeci referentes às etapas


para completar o quadro abaixo.

40
21) Com relação às etapas do gênero biografia, preencha as lacunas a
seguir.

As informações que identificam a biografada se encontram na etapa


denominada ______________________, a qual encontramos no texto en-
tre as linhas ______________________________. Essa etapa tem como
propósito apresentar a pessoa biografada e seus dados pessoais, tais
como _________________________________________________________
____________________.

22) Assinale as afirmativas retiradas da biografia que revelam carac-


terísticas de Aldeci.

a) Ela era tranquila e educada. (linhas 1 e 2)


b) Ela lembra com carinho da primeira professora que corrigia os
cadernos e colocava decalques neles. (linhas 4 e 5)
c) Eram momentos muito felizes. (linha 11)
d) Aldeci é muito vaidosa, ela adora se arrumar. Mas se ela vê uma
barata... corre de medo! (linha 23)

23) A sequência temporal é uma característica importante, na biogra-


fia, para organizar os eventos marcantes na história de vida do par-
ticipante. A sequência é sinalizada por marcadores que indicam cir-
cunstâncias de tempo, principalmente na etapa denominada Eventos.
Utilizando dados do texto, enumere os eventos retirados do texto, con-
siderando a sequência temporal.

41
24) Associe as estruturas gramaticais que realizam marcadores de tem-
po indicadas na legenda com os excertos extraídos do texto.

(AD) Advérbios indicadores de tempo


(GP) Grupos de palavras indicadores de tempo
(OR) Orações indicadoras de tempo

( ) Em 25 de maio de 1948, nascia no Rio de Janeiro uma menina chama-


da Aldeci. Ela era tranquila e educada. (linhas 1 e 2)
( ) Com 7 anos Cici ganhou um lindo bolo em forma de coelho da sua
vizinha. (linha 8)
( ) Foi assim que ela começou a se interessar pela leitura; depois dos
gibis, ela começou a ler os livros de romance. (linhas 6 e 7)
( ) Hoje a gente cola adesivos e figurinhas. (linha 5)
( ) Quando era adolescente, Cici gostava de ler e passeava com seu pai.
(linha 10)

25) Circule, nos excertos que seguem, elementos linguísticos indicado-


res de localização no espaço.

a) Ela teve uma infância feliz, morava com seus pais e os quatro irmãos
numa casa no bairro de Realengo. (linhas 2 e 3)
b) Começou a trabalhar na nossa escola como merendeira, depois pas-
sou a trabalhar na secretaria da escola, onde está até hoje. (linhas 12 e
13)

42
26) Na biografia, são usados elementos linguísticos que contribuem
para cumprir o propósito desse gênero. Procure-os ao longo da biogra-
fia de Aldeci e preencha o quadro a seguir com orações que apresentem
os elementos indicados.

27) A biografia apresenta, ainda, elementos avaliativos para caracte-


rizar a biografada ou algo que se relacione a ela. Encontre, no texto,
avaliações para:

28) Preencha os espaços do quadro a seguir com as marcas avaliativas


solicitadas conforme seus referentes no texto.

29) Elementos linguísticos podem indicar avaliações de atitudes em


três campos semânticos: afeto (quando avaliam emoções das pessoas),
apreciação (quando avaliam aparência de pessoas e coisas) e julgamen-
to (quando avaliam comportamentos). Associe os tipos de avaliação de
atitude com os excertos extraídos do texto.

43
(AF) Afeto (AP) Apreciação (JU) Julgamento

( ) Ela era tranquila. (linhas 1 e 2)


( ) Ela era (...) educada. (linhas 1 e 2)
( ) Teve uma infância feliz. (linha 2)
( ) Eram momentos felizes. (linha 11)
( ) A professora corrigia os cadernos... (linha 4)
( ) Com 7 anos Cici ganhou um lindo bolo... (linha 8)
( ) Cici adorava ler gibis... (linha 5)
( ) Ela ficou nervosa. (linha 15 e 16)
( ) Pontos turísticos são os lugares que os turistas gostam de visitar
porque são muito bonitos. (linhas 20)
( ) Aldeci é vaidosa. (linha 23)

30) Vimos dois exemplos de textos do gênero biografia que relatam a


história de vida de participantes distintos. Associe os textos (indicados
na coluna à direita) com as informações (apresentadas na coluna à es-
querda).

(1) Histórias de dona Glória (2) Aldeci Rodrigues Valença

( ) Na etapa Orientação, a biografada é apresentada como alguém que


gosta de ler.
( ) Na etapa Eventos, é relatado um episódio na adolescência da partici-
pante, que desobedeceu a seu pai para ir a um baile na cidade.
( ) Na etapa Reavaliação, a participante é destacada como trabalhado-
ra, sempre mantendo um olhar carinhoso e um sorriso singelo.
( ) A participante é avaliada como vaidosa.
( ) A participante é avaliada como corajosa.

44
31) Observe as imagens da biografia de Aldeci. Com base nas imagens
(A e B), assinale V (verdadeiro) ou F (falso) em cada afirmativa a seguir.

Imagem A Imagem B

( ) A Imagem A apresenta a participante biografada, dona Aldeci, e


uma turma de alunos.
( ) Nas duas imagens, há mais de um participante.
( ) Na Imagem B, dona Aldeci está em posição de destaque, pois ela é a
biografada.
( ) O ambiente em que a biografada está é uma sala de aula, pois apre-
senta trabalhos na parede, que são objetos característicos do ambiente
escolar.
( ) A participante biografada aparece na Imagem A e reaparece na
Imagem B.
( ) A Imagem A representa a participante biografada, enquanto a Ima-
gem B apresenta-a desempenhando a ação de conversar.

32) Agora, responda adequadamente.

A Imagem A apresenta quantos participantes? _____________________


_______________________________________________________________
Ao contrário do componente verbal, o componente visual da biografia
de Aldeci permite identificar algumas características físicas. Com base

45
na Imagem A, descreva a participante biografada: _________________
______________________________________________________________
_______________________________________________________________

Muito bem! Estamos concluindo a primeira parte de nosso estudo so-


bre a biografia. Fizemos leituras e várias atividades que nos ajudaram
a compreender o propósito, as etapas e as características linguísticas
da biografia.

Além disso, conhecemos recursos de imagens que acompanham os


textos e o papel que elas desempenham na compreensão do todo, a sua
relação com a escrita e os significados que elementos verbais e não ver-
bais constroem para a constituição do texto.

“ Agora, que tal produzirmos, coleti-


vamente, uma biografia? Para isso,
vamos reler a proposta de produção.
Vamos lá! Ainda temos muito a fazer!

A vida é feita de histórias

Você sabia que existe uma editora especializada em registrar e


eternizar histórias de pessoas comuns, unindo literatura e jornalismo?
A jornalista e escritora Josiane Duarte criou a editora Memorabília (em
alusão a coisas e fatos dignos de memória, lembranças). A ideia sur-
giu quando a avó de Josiane, Honorina Duarte, completou 100 anos, em
2005, e a autora decidiu homenageá-la com uma biografia. Para isso,
fez entrevistas, pesquisou fotos de família e descobriu vários casos
curiosos.

“A imensa maioria não conhece a história da sua família, e reco-


lher essas histórias para contá-las de forma literária ajuda a perpetu-
ar e valorizar a história familiar, saber de onde viemos, quem é a nossa
família.”
“O ideal é saber ‘peneirar’ o que há de melhor em cada história.
46
Você tem que saber perguntar e depois contar isso de uma forma agra-
dável.”

NENO, MYlene. Escritora cria biografia de anônimos. In: G1, Rio de Janeiro, 2010. Disponível
em: <http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/10/escritora-cria-biografias-de-anoni-
mos.html>. Acesso em: 15 jul. 2018.

E, você, quem gostaria de homenagear com uma biografia?


Para produzi-la, siga algumas orientações.

a) Escolha alguém importante que você queira homenagear. Pode ser


um familiar, um amigo ou outra pessoa especial cuja história de vida
você gostaria que mais pessoas conheçam.
b) Planeje como será escrito seu texto. Inicie com a identificação da pes-
soa escolhida. Você pode relatar eventos da infância e da adolescência,
momentos de alegria, dificuldade, superação...
c) Faça um rascunho para organizar seu texto e só passe a limpo depois
de fazer uma revisão cuidadosa.
d) Quando o texto estiver na versão final, fotografe ou procure uma foto
representativa da pessoa biografada ou de cenários que lembrem essa
pessoa.
e) A biografia pode ser lida pela própria pessoa biografada e por inúme-
ras outras pessoas interessadas em histórias de vida

Após o processo de escrita e reescrita, seu texto poderá ser pu-


blicado em uma coletânea organizada pela equipe do Ateliê de Textos, e
você poderá participar da sessão de lançamento em sua escola.

Atividades para escrita conjunta


Você sabe o que é escrita conjunta? Você já participou de uma? A
escrita conjunta consiste em escrevermos, todos juntos, um único tex-
to do gênero que estamos estudando. Para isso, precisamos escolher
alguém que todos conhecemos. Após, é necessário conversar com essa
pessoa e realizar uma entrevista com ela, para conhecer um pouco mais
47
de sua história e os eventos que foram marcantes em sua vida. Com es-
sas informações, podemos realizar a escrita conjunta de uma biografia.
Assim, juntos, todos poderemos aplicar o que estudamos sobre a biogra-
fia e aprender a produzir um texto desse gênero.
Os questionamentos a seguir nos ajudarão a fazer essa entrevis-
ta, que será a base de nosso texto conjunto.

Fonte: organizado por Anidene de Siqueira Cecchin.

Planejamento da biografia

Depois de realizar a leitura detalhada de biografias e produzir


um texto desse gênero em conjunto com seus colegas e sua professora,
chegou o momento de você produzir, individualmente, uma biografia.
Leia novamente a proposta de produção e siga alguns passos, indicados
aqui, para escrever o seu texto.

48
Fonte: elaborado com base em Martin e Rose (2008).

Orientações para a produção da biografia 11

Escolha da pessoa a ser biografada


Para produzir uma biografia, você precisa conhecer a trajetória
e a personalidade da pessoa a ser biografada – afinal você a escolheu
e teve seus motivos para realizar tal escolha dentre tantas outras pes-
soas importantes e interessantes que conheceu até o momento atual de
sua vida. Inicie organizando os dados importantes sobre a vida da pes-
soa sobre os quais você já tem conhecimento. Depois, escreva perguntas
sobre o que você quer saber para escrever a biografia. Esta “lista de per-
guntas” funcionará como um roteiro, e sua função é nortear a entrevis-
ta que você fará com a pessoa.

Organização de uma entrevista informal com a pessoa escolhida


Para tornar a biografia de alguém informativa e interessante
de ser lida, é importante selecionar as informações relevantes a serem
apresentadas aos leitores. Para isso, você precisa conhecer mais deta-
lhes sobre a trajetória de vida do(a) biografado(a). E, para ter esse co-
nhecimento, é necessário fazer uma entrevista.

[11] Organizadas por Camila Berlezi de Moura.


49
Reúna-se com a pessoa escolhida e explique a ela o motivo pelo
qual a escolheu, fazendo com que ela se sinta especial e confortável
diante da possibilidade de ter sua história de vida registrada. Explique
a importância das respostas às perguntas da entrevista a ser realizada
em seguida, pois é nesta oportunidade que você conhecerá as suas ex-
periências de vida para a elaboração da biografia. Anote as respostas.
Ou, se o(a) entrevistado(a) autorizar, você pode gravar a entrevista –
neste caso, lembre-se de perguntar antes se a pessoa autoriza a gra-
vação e esclareça que os dados serão usados, exclusivamente, para a
produção da biografia. Em outro momento, após a entrevista, você deve
selecionar os eventos que considera significativos para a elaboração da
biografia. Procure perceber o “perfil” da pessoa biografada a partir de
suas peculiaridades e ações relatadas.

Checklist para a entrevista

Infância e família

✓ Qual é o seu nome completo? Tem algum apelido pelo qual seja popu-
larmente conhecido(a)?
✓ Quando e onde nasceu?
✓ Qual é o nome de seus pais? Quais eram/são suas profissões/ocupa-
ções? O que eles fazem atualmente?
✓ Você tem irmãos? Se sim, quantos? Descreva alguma lembrança de
um momento marcante de sua vida compartilhado com ele(s).
✓ Quais são as lembranças mais marcantes de sua infância?
✓ O que você fazia nos fins de semana para se divertir?
✓ Cite dois ou três pratos que sua mãe ou seu pai faziam que são espe-
cialmente memoráveis.
✓ Você e sua família tiravam férias juntos?

Escola e educação

✓ Com quantos anos entrou para a escola?


✓ Quais escolas você já frequentou? O que você mais gostava da escola?
✓ Quais eram suas matérias preferidas? Por quê?

50
✓ De quais matérias você gostava menos? Por quê?
✓ Quem foram seus amigos mais importantes da escola? O que vocês
costumavam fazer durante as aulas ou nas férias? Alguns deles ainda
fazem parte da sua vida?
✓ Você frequentou ou frequenta algum curso superior ou ensino téc-
nico? Qual? Em qual instituição? Que recordações marcantes você tem
desse período?

Experiências de vida, aprendizados, gostos e personalidade...

✓ Quais são seus pontos fortes?


✓ Quais foram alguns desafios que você teve de enfrentar na vida?
✓ A religião foi uma parte importante de sua vida familiar? É uma par-
te importante de sua vida hoje?
✓ Qual é sua comida preferida?
✓ Se é casada(o), como você conheceu seu cônjuge? Quando você se ca-
sou? Há quantos anos é casada(o)?
✓ Compartilhe algumas histórias ou lembranças especiais que tem
com seu cônjuge.
✓ Você tem filho(s)? Quantos? Como se chama(m)? Que recordações
gostaria de compartilhar sobre a maternidade/paternidade? Que mo-
mento(s) foi(ram) mais emocionante(s) ou mais desafiador(es)?
✓ Quais foram alguns dos eventos mais importantes da comunidade,
nacional e mundial, que você vivenciou? Algum desses eventos afetou
diretamente a sua vida?
✓ Quais são alguns dos valores pessoais mais importantes para você?
✓ O que você gosta de fazer em seus momentos de lazer?
✓ Você já passou por algum acidente ou enfrentou algum problema de
saúde durante a sua vida? Em caso afirmativo, relate como foi esse pe-
ríodo.
✓ Qual é a sua profissão? Por que você a escolheu?
✓ Qual e quando foi o seu primeiro emprego? Quantos anos tinha?
✓ Quais foram alguns dos empregos que você teve ao longo de sua vida?
✓ Relate sobre algumas das experiências memoráveis que teve com es-
ses trabalhos.
✓ Em quantos lugares você morou durante sua vida? Como eram os lu-
gares onde viveu e, se for o caso, por que se mudou?
51
✓ Você já viajou para algum lugar fora de seu país? Qual foi o motivo da
viagem ou das viagens? Há algum acontecimento que gostaria de desta-
car durante alguma viagem?
✓ Quem foi a pessoa que mais influenciou na sua vida?
✓ Quais são suas metas hoje?
✓ Que lugar(es) você ainda gostaria de conhecer?
✓ Qual foi a maior mudança que aconteceu na sua vida?
✓ Quais são as três palavras que melhor descrevem sua vida?
✓ Qual foi o momento mais feliz que já vivenciou?
✓ Qual foi o momento mais difícil de sua vida?

A partir desse roteiro, você pode, também, elaborar suas pergun-


tas, especialmente para o(a) biografado(a), que considere importante o
leitor ter o conhecimento. Afinal todas as pessoas têm histórias a con-
tar... As mais importantes você deve registrar em seu texto.

Produção da biografia
Além do que já estudamos sobre o gênero biografia, para auxiliar
o seu trabalho de biógrafo, seguem algumas etapas que podem ajudar a
construir seu texto:

52

Lembre-se: quanto mais idade a pessoa tiver, maior
sua bagagem de experiências de vida; no entanto isso
não quer dizer que uma pessoa mais jovem tenha uma
trajetória insignificante. O que importa, realmente,
é como você registrará os fatos mais significativos
da vida dessa pessoa. A escolha das informações e o
modo de dizer faz toda a diferença.

Critérios de avaliação da biografia produzida


Para sabermos se o texto produzido está adequado à proposta
solicitada e ao gênero textual, é importante utilizarmos critérios de
avaliação. O Quadro 16 apresenta os critérios de avaliação, que foram
elaborados com base nas características fundamentais do gênero bio-
grafia. Confira se o seu texto atende a cada um deles.

Quadro 16 – Critérios de avaliação

Fonte: elaborado com base em Martin e Rose (2008), Rose e Martin (2012).
53
Feedback coletivo
Pontos fortes do texto

Sugestões para qualificar o texto

Produção de elementos pré-textuais para a coletânea12


Construção conjunta
Principais biografados na coletânea

Sugestões de título para a coletânea

Dedicatória

Agradecimentos

Depoimentos do grupo para o discurso de lançamento

Construção individual

Depoimento do aluno-autor
O que você aprendeu durante sua participação no projeto Ateliê de Tex-
tos?

O que você gostaria de destacar dessa experiência?

Nome completo do aluno-autor, idade, série


[12] Sistemática organizada por Fuzer (2017). 54
Suplemento com respostas para as questões
1) O Texto 1 apresenta o propósito de envolver.
2) O Texto 2 apresenta o propósito de informar.
3) A sequência correta é a que se apresenta na alternativa b) - (1),
(2), (3), (3), (1).
4) Com relação às variáveis do contexto do texto Histórias de dona
Glória, a sequência correta é: a) - (F), b- (V), c- (V), d- (V), e- (V).
5) A biografia de dona Glória tem por objetivo a resposta apresen-
tada na alternativa:
e) Homenagear Maria da Glória Silva Juliano, relatando história de sua
vida.
6) A sequência correta que associa as etapas aos excertos da bio-
grafia de dona Glória é: (2), (1), (2), (1), (3), (2), (3).
7) Sequência com a resposta correta é: (3), (1), (2), (3), (1), (1), (3), (1),
(1).
8) A sequência correta se apresenta na alternativa: a) - (2), (1), (3),
(1), (2).
9) As estruturas gramaticais que realizam marcadores de tempo
ocorrem da seguinte forma nos excertos extraídos do texto: (GP). (AD),
(GP), (OR), (GP).
10) Sugestão de respostas com excertos do texto (Quadro 8).
> Dona Glória na fase da infância: quando criança, gostava muito de
nadar no rio, era alegre e um pouco sapeca.
> Dona Glória na fase da adolescência: aos dezesseis anos se casou. Seu
pai fez uma festa linda para as duas filhas que se casaram no mesmo
dia, ela e sua irmã mais velha.
> Dona Glória na fase da vida adulta: hoje [...] está rodeada de crianças
que a conhecem por “vó Glória”. Dona Glória nunca parou de trabalhar.
11) Sequência de eventos da biografia de dona Glória: (4), (6), (2), (3),
(1), (5).
12) Os marcadores de localização que completam o quadro revelam
os seguintes lugares:
> Frequentou a escola até o terceiro ano primário: lugar onde estudou.
> No trabalho da roça: lugar onde morou e ajudou os pais.
> Nadar no rio: lugar onde morou com seus pais.
> A janela do seu quarto: lugar de onde pulou para ir ao baile.
55
> No Rio de Janeiro: lugar onde morou e trabalhou para um dentista.
13) Sugestão de avaliações para:
Dona Glória menina: alegre e um pouco sapeca, criativa.
Dona Glória hoje: tem um olhar carinhoso e um sorriso no rosto.
14) A resposta para os tipos de avaliação de atitude com os excertos
extraídos do texto: (AP), (AF), (JU), (AP), (JU).
15) A sequência que apresenta a resposta correta é: (3), (4), (2), (3),
(1).
16) Sugestão de resposta.
a) A mesma participante aparece e reaparece nas imagens seguin-
tes, ocupando sempre a posição central. Os alunos, que estão uniformi-
zados, estão a sua volta, dando-lhe atenção.
b) Ocorreu em uma sala de aula com a presença de alunos, pois há
classes e cadeiras, além de um quadro negro e alguns desenhos na pa-
rede (em uma das imagens), objetos característicos do ambiente esco-
lar.
17) A alternativa que apresenta a sequência correta é: c) - (2), (3), (3),
(1), (1).
18) A sequência correta é: (F), (V), (V).
19) A separação das etapas da biografia de Aldeci ocorre da seguinte
forma:
a) Orientação: da linha 1 em Em 25 de maio de 1948 [...] até linha 4
em [...] gatos.
b) Eventos: da linha 4 em Ela lembra com carinho [...] até a linha 18
em para comemorar.
c) Avaliação: da linha 18 em Cici já viajou e passeou muito [...] até a
linha 23 em corre muito.
20) Sugestão de orações retiradas da biografia de Aldeci, referentes
às etapas, para completar o quadro abaixo.
Orientação: verde
a) Ela era tranquila e educada.
b) Ela teve uma infância feliz, morava com seus pais e os quatro
irmãos numa casa no bairro de Realengo.
Eventos: laranja
a) Com 7 anos Cici ganhou um lindo bolo em forma de coelho da sua
vizinha .
b) Começou a trabalhar na nossa escola como merendeira, depois
56
passou a trabalhar na secretaria da escola, onde está até hoje.
Avaliação: azul
a) Com 7 anos Cici ganhou um lindo bolo em forma de coelho da sua
vizinha
b) Aldeci é muito vaidosa, ela adora se arrumar.
21) Respostas que completam os espaços são: etapa Orientação - as
linhas 1 e 4 – tem como propósito apresentar a pessoa biografada, seus
dados pessoais, tais como sua data e seu local de nascimento, assim
como as características de sua infância e de sua família (pais e irmãos).
22) Resposta alternativa: (a), (b), (d).
23) A resposta é a seguinte sequência: (3), (5), (2), (1), (6), (7), (4).
24) A sequência correta é: (GP), (GP), (GP), (AD), (OR), (AD).
25) Os elementos que devem ser circulados são:
a) Numa casa no bairro de Realengo;
b) Na nossa escola; secretaria da escola.
26) Elementos linguísticos que contribuem para cumprir o propósito
do gênero biografia no texto:
a) Casou-se e foi muito feliz no seu casamento.
b) Nascia no Rio de Janeiro uma menina [...].
c) Aldeci é muito vaidosa, ela adora se arrumar.
27) Sugestão de avaliações para:
> Aldeci menina: muito vaidosa e adora se arrumar.
> Aldeci hoje: tranquila e educada.
28) As respostas que completam os espaços com as marcas avaliati-
vas solicitadas são:
a) Feliz - Infância - Linha 2
b) Engraçada - História - Linha 14
c) Muito – Felizes – Momentos - Linha 11
d) Vaidosa – Aldeci - Linha 23
29) A sequência que completa os tipos de avaliação de atitude com os
excertos extraídos do texto é: (AF), (AF), (AP), (JU), (AP), (JU), (JU), (AP),
(AF).
30) A sequência que completa a coluna da direita é: (2), (1), (2), (2), (1).
31) A sequência correta é: a) - (F), b) (F), c) (V), d) (V), e) (V), f) (V).
32) Sugestão de respostas que completam as perguntas:
a) Apresenta uma participante.
b) Uma mulher de meia idade, sorridente, enfeitada com um lenço
na cabeça e um colar colorido ao pescoço. 57
Referências
ALMEIDA, J. C. Aldeci Rodrigues Valença. In: Museu da Pessoa, 2012.
Disponível em: <http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/histo-
ria/aldeci-rodrigues-valenca-47731>. Acesso em: 01 ago. 2018.

CHRISTIE, F; DEREWIANKA, B. School Discourse. Continnum. Discour-


se Series. London and New York: Continnum International Publishing,
2008.

CULTURA GENIAL. As fábulas de Esopo. Disponível em: < https://www.


culturagenial.com/fabulas-de-esopo/>. Acesso em: 23 dez. 2019.

DIONÍSIO, A P.; VASCONCELOS, L. J. Multimodalidade, gênero textual e


leitura. In: BUZEN, C., MENDONÇA, M. (Org). Múltiplas linguagens para
o ensino médio. São Paulo: Parábola Editorial, 2013.

EBIOGRAFIA. Malala, 2019. Disponível em: < https://www.ebiografia.


com/malala/>. Acesso em 22/04/2019.

EMILIA, E.; CHRISTIE, F. Factual Genres in English: learning to write,


read and talk about factual information. Ledeng Bandung: Riaqi Press,
2013.

FUZER, C. Ateliê de textos para ler e reinventar estórias: do contexto ao


texto e vice-versa. 1ª ed. Santa Maria: Ed. PRE UFSM, 2017. 118p. E-book.
Disponível em: <https://repositorio.ufsm.br/handle/1/11535>.

HALLIDAY, M.; MATTHIESSEN, C. M. I. M. Introduction to functional


grammar. London: Arnold, 2014.

KRESS, G.; VAN LEEUWEN, T. Reading images: the grammar of visual de-
sign. London and New York: Routledge, 2006.

LORENÇONE, A. F. Histórias de dona Glória. In: Museu da Pessoa, 2012.


Disponível em: <http://www.museudapessoa.net/pt/conteudo/histo-
58
ria/historias-de-dona-gloria-47624>. Acesso em: 26 jul. 2018.

MARTIN, J; ROSE, D. Genre Relations: mapping culture. London: Equi-


nox, 2008.

_____; WHITE, P. Appraisal: language of avaluation. London: Palgrave


Macmillan, 2005.

MEMORABÍLIA, 2018. Disponível em: < https://www.memorabilia.art.


br/>. Acesso em: 27 jul. 2018.

MUSEU DA PESSOA, 2018. Disponível em: < http://www.museudapessoa.


net/pt/home>. Acesso em: 20 maio 2018

NENO, M. Escritora cria biografia de anônimos. In: G1, Rio de Janei-


ro, 2010. Disponível em: <http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noti-
cia/2010/10/escritora-cria-biografias-de-anonimos.html>. Acesso em:
15 jul. 2018.

ODDCAST INC. Voki. New York, 2018. Disponível em: <https://l-www.


voki.com/site/create> Acesso em 20 de jun de 2018.

PAINTER, C.; MARTIN, J. R.; UNSWORTH, L. Reading Visual Narratives:


Image Analysis in Children’s Picture Books. UK: Equinox Publishing Ltd,
2012

ROSE, D.; MARTIN, J. Learning to write, Reading to learn. Genre, Knowle-


dge and pedagogy in the Sydney School. Bristol: Equinox, 2012.

ROJO, R.; BARBOSA, J. P. Hipermodernidade, multiletramentos e gêne-


ros discursivos. 1. ed., São Paulo: Parábola Editorial, 2015.

QUALIDADE. In: Dicionário de Sinônimos. Porto: 7Graus, 2020. Disponí-


vel em: <https://www.sinonimos.com.br/qualidade/>. Acesso em: 24 de
jul. 2018..

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Ateliê de Textos. Santa Ma-


59
ria, 2018. Disponível em: <http://w3.ufsm.br/ateliedetextos>. Acesso
em: 05 ago. 2018.

WIKIPEDIA, 2018. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Bio-


grafia>. Acesso em: 24 jul. 2018

60

Você também pode gostar