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Luana Lessa Silva

Resenha da Carta de Pero Vaz de Caminha


O tema principal da carta é a descrição do que Caminha viu no “novo mundo” para o
Rei de Portugal. Sendo assim o texto se divide em uma breve apresentação a “Vossa Alteza”,
breve descrição da viagem nas naus, o relato dos dias em Vera Cruz e então uma breve
conclusão de Caminha sobre o que ele viu nessa nova terra.
Após uma primeira apresentação modesta, Caminha descreve a viagem em alto-mar
até o “novo mundo”, que em primeiro momento é chamado de Vera Cruz, contando por onde
e quando passaram.
Então a carta segue dividida em três partes que se intercalam durante o relato dos dias
passados em Vera Cruz: descrição das paisagens, informando ao rei a mata exuberante e a
possibilidade de haver ouro ou não; descrição dos indígenas, como se vestem e se
comportam, como são suas habitações e os objetos que portam, e das interações que tiveram
com os indígenas, como as vezes que eles jantaram em navios portugueses e como trocavam
o que tinham por “qualquer coisa” que os portugueses lhe ofereciam; e o dia a dia nas naus,
como o relato da organização de um navio que levaria os objetos que os nativos haviam
trocado com eles e outras coisas do “novo mundo” e a descrição da primeira missa.
Por fim, Caminha redige uma conclusão sobre o que viu na viagem, contando que
apesar de não terem encontrado ouro de imediato, a mata era muito exuberante e passa alguns
parágrafos defendendo que os povos nativos eram “puros”, que não eram cristãos apenas
pelo fato de não terem tido contato com a palavra de Jesus e, a partir do momento que fossem
catequizados, seguiriam a religião.
Uma pergunta historiográfica que o texto responde é se desde o primeiro momento do
contato entre portugueses e indígenas existe a intenção de uma dominação por parte dos
portugueses. A resposta é que sim, uma vez que Caminha diz diversas vezes sobre o contato
aparentemente pacífico ser uma estratégia para "amansarem" os nativos, além da descrição do
momento onde os portugueses coagem de certa forma os indígenas a beijarem a cruz católica.

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