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REGRAS QUE PERMEIAM O RECENTES
CANDOMBLÉ DE TRADIÇÃO O mais novo
ANGOLA-KONGO crime da direita
brasileira
Postado por Tata Katuvanjesi - Walmir Damasceno |
dez 17, 2005 | Colunistas | 0  |      Prisão
preventiva, já!
para
torturadores
que mataram
Genivaldo

Sob o
bolsonarismo
Brasil desce a
ladeira da
barbárie. Basta!

Policiais
rodoviários
improvisam
câmara de gás
para executar
homem negro
em Sergipe
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VÍDEOS
RECENTES
Ainda que reflita décadas de ensino e pesquisas,

I
limitei deliberadamente a maior parte de minhas
ENTRE…
ENTRE…
referencias ao consenso das tradições bantu, que são
mantidas nos candomblés de Angola/Kongo.
Não me cabendo a responsabilidade pelas
contradições nos dialetos ou funções exercidas nas
diversas casas de candomblés Angola/Kongo de
raízes tradicionais diferentes.
Para que não haja uma discordância de opiniões, é
Black Lives
preciso consenso, união e colaboração recíproca, pois Matter é
devemos praticar as nossas tradições, sem a modismo, diz
interferência de etnias alheias, para que o ex-Panteras
Negras
soerguimento deste importante segmento, se
mantenha vivo, com sua própria tradição religiosa e
Ativistas
cultural, ramificando suas crenças e costumes em discutem o
diversas regiões do País. papel de Lula
A diversidade Cultural e religiosa Africana em nosso na nova
conjuntura
País, é fruto da união de povos de etnias diferentes,
cujos rituais e costumes eram diferenciados,
O mercado de
resultando em uma metamorfose promovida por
segurança
negros escravos remanescentes de várias tribos mata. Em
africana, unidas por um propósito de liberdade e de especial, os
negros
culto aos Deuses Africanos, nos denominados
Kilombos.
A ação brutal
Não se tem o registro preciso da vinda dos primeiros
de dois
escravos africanos para o Brasil, mas segundo alguns assassinos
estudiosos esta data varia entre os anos de covardes contra
1540/1543, sendo estes escravos provenientes da um homem
negro
África Bantu.
Angola, Moçambique, que também eram colônias
Racismo
portuguesas e devido a tal fato, as negociações de explícito do ex-
compra de mão de obra africana para agricultura no conselheiro do
Brasil colônia, eram geradas diretamente com os Santos. Ouça.
Sobas (rei) das tribos e por tais razões, não era
comum à vinda de sacerdotes e adivinhos bantu, por
tal fato dá-se à escassez de conhecimento sobre a PUBLICIDADE
prática de alguns ritos bantu- brasileiros no período
colonial.
A descoberta do processo contra a liberta angolana
Luzia Pinta, nascida por volta do ano de 1692,
residente nas minas do Sabará no segundo quartel
do século XVIII, presa e sentenciada pelo Tribunal do
Santo Ofício, no ano de 1739.
Este relato, constitui em um marco importante
revelando a biografia de uma sacerdotisa angolana,
cuja vida e feitos se encontram sumarizadas no
processo nº 252, da Inquisição de Lisboa, no Arquivo
Nacional da Torre do Tombo.
Apesar dos horrores da escravidão muitos
conseguiram resistir e nos presentear com seus
costumes, músicas, danças, culinárias, mitos, ritos e
dialetos que se infiltrou em nosso cotidiano.
Algumas das principais casas de tradições bantu-
brasileiras, que contribuíram para o crescimento dos
candomblés Angola/Kongo no Brasil: Ntoma Nsi/
Tumba Nsi, atual Tumbenci – (Roberto Barros Reis e
Maria Genoveva do Bonfim), este Terreiro ainda
continua a maior referencia do candomblé de
tradição angola kongo no Brasil dirigido nos dias de
hoje pela sobrinha-neta de Maria Nenén, dona
Gereuna Passos Santos; Mam`etu Lembamuxi, uma
das mais importantes das mães de santo do
candomblé angola-kongo no Brasil; Tumba Junsara –
(Manoel Ciríaco Nascimento de Jesus e Manoel
Rodrigues do Nascimento); Bate- Folha – (Manuel
Bernardino da Paixão); Angolão Paketan –
(Mariquinha Lembá); Calabetão – (Maria Calabetão);
Goméia – (João Torres Filho); Beiru – (Rufino do Beiru).
A hierarquia do candomblé de tradição angola-kongo
Os cargos máximos e reconhecidos dentro da liturgia
da Religião Bantu-Brasileira nas casas de culto com
tradição Angola/Kongo são:
Mama (mãe), Tata (pai) – dialeto “Kímbúndù”
(Angola);Néngua (mãe), Taata (pai) – dialeto
“Kíkóóngò” (Kongo); Nganga (sacerdote) – dialeto
“Kímbúndù” e “Kíkóóngò”; Mam’etu/ Mama Mukixi ou
Tat’etu/ Tata Mukixi, Tata Kimbanda (mãe ou pai de
santo), Nenguá Nkisi ou Tata / Tat’etu Nkisi (mãe ou
pai de santo), Tata/ Nganga Ngombo (adivinho), a
partir de agora denominado “Sacerdote ou
Sacerdotisa”.
Os principais cargos e concedidos na tradição
(Angola/Kongo), pelos sacerdotes são: Tata
Kambundu/Kambondu/kambanda- (Homens que não
entram em estado de transe e que escolhido pela
divindade, exercem funções superiores.) :Tata Utala
(responsável pelos altares e outras funções), Tata
Pokó (sacrificador consagrado a Nkosi), Tata Kivonda
(sacrificador consagrado a outras divindades), Tata
Kanzumbi/ Tata Nsalu/ Tata Nzo Vumbi (responsável
por sacudimentos, carregos, ritos fúnebres, inzo ia
Vumbi e os guardiões da casa),Tata Kisaba (cargo
ligado às folhas e suas atribuições),Tata Ngimbi (pai
dos Cânticos), Tata Kixika ia ngoma/ Sika a ngoma
(tocador de atabaque) ,Tata Muxike (tocador/ músico),
Tata Mabaia (responsável pelo barracão), Tata
Lubitu/Lumbitu (responsável pelos compartimentos
sagrados da casa de santo, detentor das chaves), Tata
Fufu/Nfunfu (prepara os pós que são utilizados nos
rituais sagrados); Kota Maganza/Kiakaxi
(Rodantes/médiun com idade superior a 7anos);
Mama/Mam’etu/ Nenguá ou Tata/Tat’etu – Ndenge
(mãe pequena ou pai pequeno); Mama/Mam’etu –
Kusasa (mãe criadeira); Mama/Mam’etu – Mulongi
(mãe dos cânticos e rezas); Mama/Mam’etu – Mutintá
(preparo das tintas rituais);
Mama/Mam’etu/Tata/Tat’etu/Kota -Hongolo Matona
(pintura coloridas); Mama/Mam’etu/Tata/Tat’etu –
Luvembá (pintura branca), Mama/Mam’etu/Kota -
Mulambi (preparo das comidas ritualísticas);
Mama/Mam’etu/Kota – Rinvula (responsável pela
cozinha);Tata/Tat’etu / Mama/Mam’etu/Kota – Dianda
(responsável pela comunidade).
Dikota/Kota – (Mulheres que não entram em estado
de transe e que escolhidas pela divindade, exercem
funções superiores); Kota Nbakisi (cuida das
divindades); Kota Ambelaí (responsável pelos
iniciados); Kota Rinvula (superiora da cozinha); Kota
Kididi (mantém a paz e a harmonia na casa de Santo);
Kota Masoioio (a superior mais antiga da casa) ;
Mukaxi (Médiun) – Muzenza (iniciada); Ndumbe (não
iniciada).
Os cargos concedidos pelo sacerdote citados são
exclusivos dos iniciados na tradição religiosa
Angola/kongo. O título de Sacerdote só será
reconhecido (se tiver cargo), mediante a
comprovação de sua iniciação e se tiver idade acima
de 7 anos de iniciação, e com suas obrigações em dia
e as obrigações de ano de feitura, se atrasadas, não
serão reconhecidas se feitas de uma só vez, devendo-
se manter um intervalo de uma para a outra.
Os trabalhos gerados através de consultas, Sakamene
(sacudimentos), Makesu (noz de kola) e Kudia Mutue
(comida à cabeça), não criam vínculos de filiação com
a casa.
A liturgia
Algumas Divindades cultuadas pela etnia Bantu-
Brasileira (Angola/Kongo):
Pambu Njila (divindade protetora dos templos e dos
caminhos), Ngamba (guardião) , Nkosi/Hosi (Deus da
guerra), Mukumbi,Ngangula,Xauê (divindades ligadas
à agricultura e protetores dos ferreiros),
Katende,Mpanzu (divindades ligadas às folhas),
Mutakalambo (Deus da caça), Kabila (divindade
protetora dos pastores e caçadores), Nkongo Mbila
(príncipe protetor dos pescadores e caçadores), Nzazi
(divindade ligada ao raio), Luango (divindade do
trovão, e auxiliar de Vunji no nascimento de crianças)
, Vunji (Deus da justiça,e atua no nascimento das
crianças), Hongolo, Hongolo Meia / Menha (Deus das
águas e do arco-íris), Nzinga Lumbondo (divindade
que atua sobre os astros e arco-íris), Kavungo,
Kingongo, Nsumbo/Nsambo (Deuses protetores das
pestes e doenças,também atua na sorte), Ntoto
(divindade ligada a terra), Kitembu/Tembu (Deus dos
ventos e atua na cura de doenças),
Telekompensu/Teleku Mpensu (divindades dos
pescadores e caçadores), Ndanda Lunda, (Divindade
da água potável e atua no brotar das raízes),
Matamba (divindade guerreira), Bambulu Sena/
Mbulu Sena/Mvula (divindades atuantes nas
tempestades e chuva), Kaiango/Kaiong’u (divindades
ligadas aos espíritos e a caça), Samba Kalunga (Deusa
do Mar),Samba ni Nambuá (divindade protetora dos
adivinhos e Caçadores), Samba Nzundu (divindade
protetora dos caçadores e foi uma das mulheres de
Mutakalambo), Kuk’etu (divindade das águas
salgadas), Kisanga (divindade das baías e auxilia Vunji
no nascimento das crianças), Kaiala/Kaiaia
(divindades que atua no encontro das águas do rio
com o mar), Nzumba (divindade que atua sobre o
eclipse e nas águas turvas dos pântanos), Lembá
(Deus da procriação) , Ndundu (Deus dos albinos),
Ngonga (divindade da prosperidade e da sorte),
Nzambi (Deus da criação).
As Divindades cultuadas pela etnia Bantu-Brasileira
são denominadas por: Hamba (Mahamba), Mukixi
(Akixi), Nkisi (Jinkisi).
Os sacerdotes devem cumprir os rituais de iniciação
de acordo com as normas tradicionais exigidas pela
sua etnia ou Raiz.
A cultura Bantu deve ser preservada nas tradições
ritualística e dialética, tais como: Inzo = (Casa),
Kizomba = (festa), Kituminu = (obrigação), Muimbu =
(Canto), Dijina = (Nome).
O trio de ngoma (tambor), de proveniência Cokwe,
usados nos rituais sagrados, são denominados por :
Ngoma Txina (o grande), Ngoma Mukundu (o médio)
e Ngoma Kasumbi (o pequeno) Alguns dos rituais
públicos denominados por Kizomba (festa),ou
Kituminu (obrigação), que são reconhecidos nas
tradições Bantu-Brasileira (Angola / Kongo), são :
Izomba – Dijina ria Muzenza (nome de iniciado),
Kundula kua Kambundu/ Dikota (confirmação),
Kutambula Utanda (entrega de cuia), Dilonga ria
Lembá (procissão de lembá), Makunde ria Nkosi
(feijoada de Nkosi), Dibangulangu ria Nzazi (comida
votiva-gamela com pirão, carne de boi e quiabos),
Dijiku ria Ngonga Umbanda (fogueira onde é
consagrado os pós ritualísticos), Kituminu kia Tembu
(obrigação de Tembu), Kuku’ana kua Makuria (divisão
das comidas em louvor as divindades das doenças),
Kizomba kia Mahamba Kiamuhatu (festa das
divindades femininas), Kalulu ka Vunji/Kivúdia
(comida votiva), Kitanda kia Muzenza (ritual de vendas
dos iniciados).
Ituminu – Kudia kua Mutue (alimentar a cabeça),
Kituminu Makesu (noz de cola), Sakamene
(sacudimento), Kizúa kia dizenhi (dia da caída),
Lukambu lua Kijila (quebra de kizila), Tambi/ Ntambi
(ritual fúnebre), Kukatula Lukuaku lua Nvumbi (tirar
mão de morto) .
Para iniciação é pré-determinado um período de
reclusão e resguardo, onde deve ser respeitado, em
no mínimo de 14 a 21 dias antes da iniciação do
neófito.

Tata Katuvanjesi – Walmir Damasceno

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