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Teoria do Diodo
Partes 1 e 2
Leonardo B. Zoccal
(lbzoccal@unifei.edu.br)
ELT303 – Eletrônica Analógica I
Diodo Semicondutor
• Junção PN acrescida de duas regiões (N+ e P+) para fazer
um contato ôhmico (segue a lei de Ohm: V = R·I) com os
terminais; N+ e P+ são dopagens muito elevadas.
• Contato ôhmico baixo valor de resistência.
Terminal + +
Terminal
P Cristal P Cristal N N
(metal) (metal)
WO
contato contato
ôhmico ôhmico 2
Diodo Semicondutor
Polarização Direta e Reversa
Simbologia (Invólucro)
VD
+ -
Anodo Catodo
ID N P
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Diodo Semicondutor
Alguns Exemplos de Encapsulamentos
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Diodo Semicondutor
Alguns Exemplos de Encapsulamentos
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Diodo Semicondutor
Curva Característica
ID
IDmax Polarização Direta
Diodo "ON"
VD
+ -
IS ID
BV
VT VD
VR
- +
IS
Polarização Reversa
Diodo "OFF" 7
Diodo Semicondutor
A equação de Shockley é deduzida a partir de conceitos da
Física do Estado Sólido. É válida para o diodo operando
fora da região de ruptura e para níveis de corrente não tão
elevados (fora da região de alta injeção). Idealiza a relação
V D
I x V.
+ -
Anodo Catodo
Atenção:
ID
VvD vt é a tensão equivalente
ID IS . e t 1
de temperatura. Não
confundir com a tensão de
K .T joelho VT ( 0,7V p/ o diodo
vt 25 [mV] @ 25 C
q de Si e 0,3V p/ o de Ge)
vt UT t 8
Diodo Semicondutor
η tem um valor entre 1 e 2, dependendo do material
e da estrutura física do diodo. Em geral, será
assumido η = 1, a menos que o contrário seja
especificado.
VvD
ID IS . e t
1
K .T
vt 25 [mV] @ 25 C
q
vt UT t
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Diodo Semicondutor
Níveis de Resistência
Apesar de se tratar de um componente altamente não linear,
o diodo semicondutor pode ter partes de sua curva
característica linearizadas. Em outras palavras significa
tornar uma porção desta curva expressa pela lei de Ohm.
Este procedimento acarreta na definição de alguns níveis de
resistência (na polarização direta), a saber:
• Resistência Estática (Resistência DC - RD);
• Resistência Dinâmica Incremental (Resistência AC
Incremental - rd);
• Resistência Dinâmica Média (Resistência AC Média - rAV).
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Diodo Semicondutor
Níveis de Resistência
Para efeito de modelamento (linearização de partes
da curva característica), será considerado que o
diodo na condição de polarização reversa (antes
da ruptura) é uma resistência de altíssimo valor.
Na prática isto significa que este valor é muito
maior (pelo menos 10 vezes) que o maior resistor
presente no circuito.
Normalmente, esta condição é simbolizada pelo seu
comportamento idealizado que é uma chave aberta.
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Diodo Semicondutor
Resistência Estática
ID A resistência DC é a relação
direta entre os valores DC de
tensão e corrente no diodo
VDQ
RD
I DQ
Q
IDQ
Ponto de Será maior para regiões próximas ou
Operação
abaixo do joelho da curva e
apresentará um elevado valor na
VD
VDQ polarização reversa (antes da
ruptura).
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Diodo Semicondutor
Resistência Dinâmica Incremental
A resistência AC Incremental prevê a
movimentação do ponto Q pela presença de um
sinal variante no tempo superposto aos níveis DC
DVD
rd
DI D
Considerando a expressão
em série da função ID com
essa regra, os termos
quadráticos podem ser
desprezados.
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Diodo Semicondutor
Resistência Dinâmica Incremental
A derivada de uma função em um
ponto é igual a inclinação da reta
tangente traçada nesse ponto
VD VD
I D IS e vt 1 IS e vt I D IS
1
DVD dVD
dI D VD 1 rd
IS e vt 2 DI D dI D Q
dVD vt
25[mV]
Substituindo 1 em 2 rd
I DQ
dI D 1 1
I D IS ID
dVD vt vt
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Diodo Semicondutor
Resistência Dinâmica Incremental
25[mV]
rd
I DQ
η=1
η=2
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Diodo Semicondutor
Resistência Dinâmica Incremental - Observação
Esta resistência foi deduzida a partir da equação de Shockley
que modela apenas o comportamento da junção PN. As
resistências de corpo dos materiais semicondutores das
regiões do Anodo e do Catodo e as resistências dos
contatos ôhmicos (idealmente deveriam ser zero) não
fazem parte desta formulação. É comum, então,
encontrarmos:
r'd rd rB
DVD
VD rAV
VD DI D ponto a ponto
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Diodo Semicondutor
Circuitos Equivalentes (Modelos) do Diodo
Circuito equivalente é uma combinação de elementos de
circuito (resistores, capacitores, fontes de tensão, etc)
propriamente escolhidos, para representar, com um certo
grau de precisão, as características globais ou em um
determinado ponto de operação, um dispositivo ou um
sistema
Um sinônimo para circuito equivalente é Modelo e está se
tentando deixar o dispositivo (ou sistema) linear
ID
VD = 0 Idealmente, o diodo é
+ -
modelado como uma
ID chave fechada
(polarização direta) e
como uma chave
VD aberta (polarização
VR reversa). Também
- +
chamado de primeira
aproximação.
IR = 0
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Diodo Semicondutor
Modelo Simplificado
ID
VD = VT
O diodo se torna
+ -
uma chave fechada
+ -
VT depois de vencido
o joelho da curva
ID (consegue manipular
VT VD valores expressivos
de corrente).
VR Também chamado
- +
de segunda
aproximação.
IR = 0
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Diodo Semicondutor
Modelo Linear por Partes
ID
VD = VT + ID.rAV
+ - Incorpora o valor
+ - rAV da resistência
VT dinâmica média.
ID
Chamado de
terceira
VT VD aproximação.
VR
- +
IR = 0
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Diodo Semicondutor
1) Utilize as três aproximações apresentadas para calcular
a corrente na carga, a tensão na carga, a potência na
carga, a potência no diodo e a potência total na figura
abaixo. Um 1N4001 tem uma resistência de corpo de
0,23Ω.
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Diodo Semicondutor
Neste ponto, pode surgir a dúvida sobre qual dos modelos
utilizar. Normalmente, o modelo simplificado atende a
maioria das análises de circuitos com diodos
Contudo, sempre que possível, deve-se avaliar os valores
das tensões aplicadas e de outras resistências do
circuito. Se estas forem muito superiores aos valores de VT
e de rAV (pelo menos dez vezes maior) o modelo ideal
levará a resultados com um grau de imprecisão de no
máximo 10%
Quando as tensões aplicadas e outras resistências forem da
mesma ordem de grandeza de VT e rAV torna-se necessário o
uso do modelo linear por partes
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Diodo Semicondutor
2) Que valor deve ter R2 na figura abaixo para que a
corrente no diodo seja de 0,25 mA?
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Diodo Semicondutor
Efeitos Capacitivos
Existem dois efeitos capacitivos a serem considerados. Ambos
estão presentes nas condições de polarização direta e reversa,
entretanto, apenas um deles é dominante, simplificando, assim, a
análise.
Na polarização reversa predomina a Capacitância de Junção (CJ)
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Diodo Semicondutor
Capacitância de Difusão
Quanto maior a corrente direta, maior o armazenamento de
cargas, maior efeito capacitivo.
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Diodo Semicondutor
Capacitância de Junção e Difusão versus
polarização aplicada em um diodo de Si
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Diodo Semicondutor
Tempos de recuperação
Ao se aplicar um sinal de freqüência muito
elevada (uma onda quadrada por exemplo), os
efeitos capacitivos impedirão que o dispositivo
responda instantaneamente. Existirão os
chamados tempos de recuperação direto (trd) e
reverso (trr)
O tempo de recuperação reverso (passar da
polarização direta para a polarização reversa) é o
maior dos dois e representa o tempo de
recuperação dominante (devido a capacitância
de difusão) 31
Diodo Semicondutor
Tempos de recuperação
D1
Comando
t p/
0
20ns Ligar D1
-5
-10
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Diodo Semicondutor
D1
Tempos de recuperação
D1N4148 ID [A]
10m
5m
Vin(t) [V] 10ns 20ns t
10ns 30ns
10
30ns
5 -5m
t
0
20ns
-10m
-5
-15m
-10
VD [V]
2 10ns 30ns
0
20ns t
-2
-4
-6
-8
33
-10
Diodo Semicondutor
Tempos de recuperação
trr = ts + tt
trr: tempo de recuperação reversa
ts: tempo de armazenamento
tt: tempo de transição
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Diodo Semicondutor
Tempos de recuperação
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Parte 2
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Diodo Semicondutor
Dissipação de Calor – Hipérbole de Potência
O diodo dissipa potência na polarização direta
proporcionalmente ao produto ID x VD. Este valor é uma
constante e depende, basicamente, do volume de silício
empregado e do encapsulamento. O produto define, no plano
ID = f(VD), o que se chama de Hipérbole de Potência
VT VD 40
Diodo Semicondutor
Folhas de Dados
Basicamente, dois tipos de informação
Absolute Maximum Ratings (Limiting Values) (Valores
Máximos Absolutos ou Valores Limites): Valores que, se
excedidos, provocam a destruição do dispositivo ou a
degeneração de seu comportamento elétrico, diminuindo,
assim, a confiabilidade e a vida útil do dispositivo
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Diodo Semicondutor
Folhas de Dados
Alguns Dados Importantes para Diodos
Características
Elétricas
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Diodo Semicondutor
Exemplo de Folha de Dados – Diodo 1N4148
Curvas
Características
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Diodo Semicondutor
Exemplo de Folha de Dados – Diodo 1N4148
Circuito
Teste
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Diodo Semicondutor
Exemplo de Folha de Dados – Diodo 1N4148
Informações
Mecânicas
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Diodo Semicondutor
Avaliando um Diodo com Multímetro Digital
Os multímetros digitais
apresentam, dentro de
sua seção ohmímetro,
uma função especial
(normalmente identificada
pelo símbolo de um
diodo) que permite
avaliar a condição de
junções PN
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Diodo Semicondutor
Avaliando um Diodo com Multímetro Digital
Nesta função, o multímetro injeta uma corrente constante
no diodo sob teste e processa o resultado de forma a dar o
valor da barreira de potencial equivalente quando
polarizado diretamente. Esta corrente situa-se, tipicamente,
na faixa de umas poucas unidades de mA.
Quando polarizado reversamente, a indicação é tal que
representa a impossibilidade de circular corrente pelo diodo
(lembrar que nesta situação ele é, idealmente, uma chave
aberta).
Com base nestas indicações é possível identificar
claramente as condições: diodo em bom estado, diodo em
curto e diodo aberto. 50
Diodo Semicondutor
Avaliando um Diodo com Multímetro Digital
Diodo sob Teste
1N4001 – Retificador
Polarizado Diretamente
Indicação da Barreira:
556 mV
Polarizado Reversamente
Indicação de “infinito”
Não foi possível circular
corrente pelo diodo
51
Conceito da Linha
de Carga
(Reta de Carga)
52
Conceito da Linha de Carga (Reta
de Carga)
• Para este tipo de análise é preciso ter em mãos a curva
característica do dispositivo
• Isto pode ser uma desvantagem pois nem sempre é
possível
• Contudo, é importante conhecer esta análise (seu
conceito) que é extensivamente usada em circuitos com
transistores
• É possível traçar uma linha que representa o
comportamento para uma determinada carga sobre as
curvas características
• Se a carga é linear, esta linha se torna uma reta. Daí o
nome Reta de Carga 53
Conceito da Linha de Carga (Reta
de Carga)
VD
+
V IL = ID
VL
- RL
VD
V Para ID = 0 tem-se
Ao se traçar a linha de carga existirá um VDQ a condição de um
cruzamento com a curva característica circuito aberto e
do diodo. Este cruzamento define o p/ VD = 0 tem-se a
chamado ponto de operação ou ponto
condição de um
quiescente (representado pela letra Q) e
será a solução para o circuito sob V + ID = 0 curto-circuito
análise. Este ponto de operação RL
também poderia ser obtido usando-se a -
equação de Schockley e a equação 55
resultante da aplicação de KVL.
Análise Através dos Modelos
Circuito Equivalente Ideal
ID
+ VD - ponto Q
VD = 0
ID = V/RL
+
V IL = ID
- RL VL
VD
VD
VT
VD
VT
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Análise Através dos Modelos
Dicas de Análise
Ao se analisar circuitos com diodos é preciso saber em que
região (direta ou reversa) ele está polarizado
Obs:
Sempre que possível, ter em mãos os valores limites
(tensão e corrente) do diodo para avaliar se o dispositivo
está operando fora de seus limites seguros e garantidos
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