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Curiosamente, com a migração dos sulistas em busca de novas áreas para plantio de soja, a
partir da década de 1970, notou-se forte influência na região Centro-Oeste, a partir do Mato
Grosso do Sul. A partir de Campo Grande, a cultura sulista se enraizou pelo interior do Estado,
que hoje, está presente na música sulista, a forte característica musical dos bailes, surgindo
como principais ritmos populares o vanerão, o xote (na sua versão gaúcha) e o chamamé (já de
influência paraguaia), surgindo neste estado novos nomes da música. O chimarrão, bebida
típica em toda a
Os Centros de Tradições Gaúchas (CTGs) são organizações responsáveis por difundir parte da
Região Sul do Brasil.
cultura sulista, buscando resgatar e preservar costumes e hábitos, envolvendo danças,
musicalidade, literatura, culinária e atividades esportivas e recreativas. De fato, o movimento
tradicionalista gaúcho, é uma das iniciativas cívicas-culturais mais marcantes e significativas no
Sul do Brasil, remetendo ao nativismo, ao regionalismo e ao folclore.
Índice Tradicional
churrasco sulista.
Literatura
Idiomas e dialetos
Música e danças
Erudita
Popular
Gospel
Bandas de música tradicionalista, nativista e tchê music
Televisão, cinema e teatro
Esporte
Futebol
Moda e vestuário
Mídia
Emissoras de televisão
Artes plásticas
Culinária
Política
Referências
Ver também
Literatura
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A literatura da região Sul do Brasil é parte da cultura sulista,[1] onde representa características
locais, englobando elementos regionalistas e atribuindo às personalidades da região a
responsabilidade de produzir e difundir a diversidade literária, notabilizando ainda sulistas que
ganharam projeção também no cenário nacional.[2] Contudo, algumas produções literárias do
Sul ou de sulistas, não são identificadas com a região, não transmitindo características culturais
próprias da região, onde envolvem assuntos sem ligação com o povo, sem referência ao
território ou até mesmo sem conexão alguma com a cultura sulista, ou ainda deixando-se Emílio de Meneses,
influenciar pelo contexto literário brasileiro, especialmente influências paulistas e cariocas.[3] um dos maiores
poetas sulista
A literatura sulista tem sua principal origem no início da construção social do período da nascido no século
colonização, além de receber características do período das imigrações,[1] do indianismo, da XIX.
formação do Estado, da formação política, da instalação da Igreja, recebendo influências luso-
brasileiras e europeias,[1] além de respaldo peculiares e características específicas locais.[1] A
literatura sulista tem identidade própria e tem várias inspirações as quais podem ser usadas em
suas publicações como as representações ambientais, físicas e biológicas. Representações
literárias envolvendo as condições climáticas, geográficas, étnicas, linguísticas, religiosas,
educacionais e políticas.[1] A representação de elementos biológicos regionais como, por
exemplo, as araucárias e o pinhão, a formação biogeográfica como os campos gerais, os pampas
(campos sulinos) e também a região conhecida como campanha gaúcha, as formações de
pastagens e de estâncias, além de planícies, planaltos, acidentes geográficos, serras, vales,
cânions, arenitos, rios, fontes d'água e grandes quedas de águas como as Cataratas do Iguaçu.[1] Érico Veríssimo,
renomado escritor
Os mitos e as histórias contadas pelo povo, fatos históricos e personagens como o colono, o sulista do século XX.
tropeiro ou ainda personagens folclóricos e indígenas também estão presentes na literatura
regional.[1] A religiosidade e o sobrenatural, bem como os signos e a musicalidade, também
estão inseridos não só no imaginário popular, mas também na produção literária.[1] Com uma
produção de obras as quais se pode considerar regionalistas,[1][2] são encontrados no Sul certos
expoentes de movimentos literários que alcançaram importância e reconhecimento nacional,
dentre eles o Simbolismo e Parnasianismo, Modernismo e o Pós-modernismo.[3][1]
Alcides Maia, nascido em São Gabriel (RS), é considerado o primeiro sulista a ser membro da Academia Brasileira de
Letras, sendo o segundo ocupante da cadeira de número 4. Foi eleito em 6 de setembro de 1913.
Na literatura destacam-se algumas personalidades sulistas como os paranaenses: Anita Philipovsky; Dalton Trevisan;
Domingos Pellegrini; Emiliano Perneta; Emílio de Meneses; Heitor Stockler de França; Helena Kolody; Hellê Vellozo
Fernandes; Hilda Koller; Jamil Snege; José Cândido de Andrade Muricy; Oney Borba; Paulo Leminski. Os sul-rio-
grandenses: Alcides Maia; Caio Fernando Abreu; Carlos Nejar; Érico Veríssimo; João Simões Lopes Neto; José Clemente
Pozenato; Josué Guimarães; Letícia Wierzchowski; Luís Fernando Veríssimo; Lya Luft; Mário Quintana; Moacyr Scliar;
Sérgio Jockymann; Vianna Moog. E os catarinenses: Cristóvão Tezza; Cruz e Sousa; Delminda Silveira; Leonardo Boff;
Lindolf Bell; Juvêncio de Araújo Figueiredo; Solange Rech; Urda Alice Klueger; Vicente Cechelero; Virgílio Várzea.
Idiomas e dialetos
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Dialeto gaúcho
Dialeto caipira
Dialeto sulista
Dialeto florianopolitano
Portunhol
Dialeto fronteiriço-riverense-uruguaio
Línguas alóctones
Dialeto plautdietsch
Dialeto hunsrückisch
Dialeto polaco-brasileiro
Dialeto hunsriqueano riograndense
Dialeto pomerano
Dialeto iídiche-brasileiro
Dialeto suábico
Dialeto katarinensisch
Dialeto talian
Dialeto neerlando-brasileiro
Dialeto ucraniano-brasileiro
Língua mbiá
Língua caiouá
Língua nhandeva
Língua caingangue
Língua xetá
Língua charruana
Língua xoclengue
Língua guarani
Música e danças
No Sul, o fandango é conhecido como música/dança tradicional. Já especificamente o
Fandango Caiçara, é registrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN), considerando uma expressão musical-coreográfica-poética e festiva, cuja área de
ocorrência abrange litoral sulista, principalmente o litoral do Paraná. Essa forma de
expressão é um dos bens imateriais que compõe o Patrimônio Cultural do Brasil. Possui uma
estrutura bastante complexa e se define em um conjunto de práticas que perpassam o
trabalho, o divertimento, a religiosidade, a música e a dança, prestígios e rivalidades, Apresentação de alunos
saberes e fazeres. Sendo classificado em batido e bailado ou valsado, cujas diferenças se da Unicentro dançando
definem pelos instrumentos utilizados, pela estrutura musical, pelos versos e toques.[5] fandango.
No Rio Grande do Sul, os estilos encontrados são praticamente o bugio, o vanerão, xote,
valsa, chamarrita, além das músicas folclóricas como balaio, tatu, facão, pau de fita. Já em Santa Catarina um estilo que
chamado de música de bandas, parecido com a marchinha, recebe também a influência do estilo gaúcho. No Paraná há
estilos estilos internacionais famosos como o Rock e Pop, sendo palco de vários shows de bandas internacionais.
Erudita
Na música erudita, são poucos os artistas que alcançaram conhecimento internacional, tais como:
Miguel Proença
Brasílio Itiberê da Cunha
Radamés Gnatalli
Kismara Pessatti
Roberto Szidon
Marília Vargas
Zola Amaro
Popular
Na música, alguns artistas alcançaram expressão regional e nacional, tais como:
Elaine de Jesus
Assíria Nascimento
Giselli Cristina
Damares
Mara Lima
Futebol
O futebol da Região Sul do Brasil, assim como em todo território brasileiro, é um dos esportes
de maior representatividade cultural. Vários clubes masculinos e femininos já participaram e
foram destaques na Copa do Brasil e no Campeonato Brasileiro, tendo inclusive a participação
de eventos internacionais como na Copa Sul-Americana, na Copa Libertadores da América e na Ronaldinho Gaúcho
Copa do Mundo de Clubes da FIFA. Vários torneios e campeonatos a nível regional já foram
realizados, como o Campeonato Sul-Brasileiro de Futebol e a Copa Sul. A nível estadual os principais campeonatos da
Região Sul são: Campeonato Gaúcho, Campeonato Paranaense e Campeonato Catarinense. Conta com cinco times na
primeira divisão do Campeonato Brasileiro de 2019 (Athletico Paranaense, Avaí, Chapecoense, Grêmio e Internacional) sete
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times na segunda divisão do Campeonato Brasileiro de 2019 (Brasil de Pelotas, Criciúma, Coritiba, Figueirense, Londrina,
Operário Ferroviário e Paraná Clube), três times na terceira divisão do Campeonato Brasileiro de 2019 (Juventude, São
José de POA e Ypiranga de Erechim) e dez times na quarta divisão do Campeonato Brasileiro de 2019 (Atlético Tubarão,
Avenida, Brusque, Caxias, Cianorte, Foz do Iguaçu, Gaúcho de Passo Fundo, Hercílio Luz, Joinville e Maringá).
Série A
Série D
Paraná
Série C Paraná
Coritiba Foot Ball
Club (Curitiba)
Rio Grande do Londrina Esporte
Clube Atlético Sul Clube
Paranaense Série B
Corithians
(Curitiba) S.E.R Caxias
Paranaense (
Rio Grande do Sul: Paraná (Caxias do
Antigo J.
Sul)
Paraná Clube Malucelli)
Grêmio Foot-Ball Grêmio
Porto Alegrense Santa Catarina Esportivo Rio Grande do Sul
(Porto Alegre) Brasil
Criciúma Esporte Clube
Sport Club Esporte Clube (Pelotas) Pelotas (Pelotas)
Internacional (Porto (Criciúma) Santa Catarina ?
Alegre)
Clube Náutico Santa Catarina
Santa Catarina
Marcílio Dias
Brusque Futebol
Avaí Futebol Clube (Itajaí)
Clube (Brusque)
(Florianópolis)
?
Figueirense Futebol
Clube (Florianópolis)
Moda e vestuário
As atividades da cultura e indústria da moda e do vestuário é importante também para a
economia sul-brasileira, tendo uma importante e significativa participação. No mundo da
moda, a Região Sul é um dos principais nichos no segmento, envolvendo uma vasta diversidade
cultural e produção artística. Culturalmente, a indústria da moda, a produção de vestuário, bem
como seus profissionais, estão bem presentes no cotidiano sulista. Historicamente, muitos
grupos desenvolveram suas atividades na confecção de roupas e trajes na região, deixando uma
rica herança cultural e econômica. Com características marcantes, a diversidade étnica e a
miscigenação sulista contribuíram com cores, traços, cortes e texturas, recebendo influências
desde da cultura indígena, portuguesa, açoriana e africana, até de outras nações europeias,
árabes e asiáticas, sendo observado, sobretudo, a forte tradição de influência eurocêntrica. A sulista Gisele
Bündchen,
Na cultura sulista, estão identificados peças de vestuários bem específicas, remetendo aos trajes supermodelo
típicos gaúchos, com influência portuguesa e espanhola, e com adaptações de origens indígenas, internacional.
túrquicas, e até mesmo árabes, como a bombacha, as botas, o chiripá, a guaiaca a pala, a pilcha,
o poncho, os vestidos de prendas, além de fitas, bordados, lenços (adorno), cintos, fivelas,
chapéus e boinas.
Além de empresas ligadas ao setor, agências, indústrias têxteis, escolas e eventos como feiras e desfiles, há uma diversidade
de estilistas, figurinistas, designers, consultores e modelos. O Sul é representado, entre outros, por vários profissionais da
moda:
internacional (RS);
Alessandra Ambrosio, modelo
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Mídia
Emissoras de televisão
RBS TV (Rio Grande do TV Tarobá (Paraná);
CNT (Paraná); Sul); Rede Massa (Paraná);
RIC TV (Paraná e Santa TV Catarina (Santa
Catarina); SBT SC (Santa
Catarina); Catarina);
RPC (Paraná); Band Curitiba (Paraná); SBT RS (Rio Grande do Sede da RBS TV em
NSC TV (Santa Rede Pampa (Rio Sul). Porto Alegre.
Catarina); Grande do Sul);
Artes plásticas
Nas artes plásticas, o Sul é representado, entre outros, pelos seguintes artistas:
Culinária
A principal fonte culinária sulista tem grande herança tropeira, além de pratos regionais
influenciados pela cultura indígena, africana, cabocla e pelas colônias de imigrantes. O
barreado é um prato caboclo típico do litoral paranaense,[6] tem origem portuguesa e é
preparado com carne bovina, toucinho e temperos.[7][8][9][10] A iguaria é colocada em uma
panela de barro, que é enterrada e sobre a qual se acende uma fogueira. O prato é assim
lentamente cozido por 12 horas, até que a carne se desfaça.[11] Muitos restaurantes de Morretes
Prato de barreado
pronto para o oferecem este prato gastronômico.
consumo.
O Boi no Rolete, o Porco no Rolete e o Carneiro no Buraco também são pratos típicos do Oeste
Paranaense, e contam com grandes festivais durante o ano todo.
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Política
Na política, as personalidades que fizeram carreira no Sul, são
representadas, entre outras, por:
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Referências
1. Carlos Eugênio Costa da Silva. «Regionalismo no Rio Grande do Sul: uma síntese de nossa história literária» (https://s
3.amazonaws.com/academia.edu.documents/38021529/REGIONALIMO_-_ASBL.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWY
YGZ2Y53UL3A&Expires=1548395379&Signature=DaOnWpismBb8N1T0QHo4qkLBpXE%3D&response-content-dispo
sition=inline%3B%20filename%3DRegionalismo_no_Rio_Grande_do_Sul_Uma_Si.pdf) (PDF). Academia. Consultado
em 25 de janeiro de 2019
2. «Regionalismo - Literatura das peculiaridades do Brasil.» (https://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/regionalis
mo-literatura-das-peculiaridades-do-brasil.htm). Antonio Carlos Olivieri, Pedagogia & Comunicação. UOL Educação.
Consultado em 25 de janeiro de 2019
3. «Literatura do Paraná» (http://www.thecities.com.br/Brasil/Paraná/cultura/literatura/). The Cities. Consultado em 25 de
janeiro de 2019
4. «Academia Sul-Brasileira de Letras empossa acadêmicos» (http://diariodamanhapelotas.com.br/site/academia-sul-bras
ileira-de-letras-empossa-academicos/). Diário da Manhã. 22 de novembro de 2013. Consultado em 25 de janeiro de
2019
5. «Fandango Caiçara» (http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/83). IPHAN. Ministério da Cidadania. Consultado em
25 de janeiro de 2019
6. «B A R R E A D O - Informações» (http://www.torque.com.br/barreado/info.htm). Torque.com.br
7. «A receita original do Barreado» (http://www.torque.com.br/barreado/receita.htm). Torque.com.br
8. «Receita de Barreado» (http://www.muitomaisreceitas.com.br/receitas/carnes/barreado.html).
Muitomaisreceitas.com.br
9. «Barreado moderno da dona Vera» (http://tudogostoso.uol.com.br/receita/9127-barreado-moderno-da-dona-vera.html).
Tudogostoso.uol.com.br
10. «Barreado à Nossa Moda» (http://tudogostoso.uol.com.br/receita/6747-barreado-a-nossa-moda.html).
Tudogostoso.uol.com.br
11. «Perguntas e respostas sobre o Barreado» (http://www.torque.com.br/barreado/faq.htm). Torque.com.br
12. «Culinária Catarinense» (http://www.tudook.com/receitasbrasileiras/culinaria_catarinense.html). Tudook.com
Ver também
Cultura do Paraná
Cultura do Rio Grande do Sul
Cultura de Santa Catarina
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