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ao Liç~
oes de Matemática
Notas de Aula No 04
SUPLEMENTO
DE
C Á L C U L O IV
Christian Q. Pinedo
2022
ii Christian José Quintana Pinedo
A Catarina pela sua coragem, e;
A Cecı́lia pela sua ternura
iii
iv Christian José Quintana Pinedo
Tı́tulo do original
Suplemento de Cálculo IV
Janeiro de 2022
PREFÁCIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . vii
1 Série de potências 1
1.1 Séries de números reais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Exercı́cios 1-1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Séries de potências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Exercı́cios 1-2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.3 Série de Taylor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
Exercı́cios 1-3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
v
vi Christian José Quintana Pinedo
APÊNDICE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 590
A1. Fórmulas elementares de integração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 590
A2. Tabela de Transformadas de Laplace . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 592
A2.1. Transformada de Laplace elementares . . . . . . . . . . . . 592
A2.2. Transformada inversa de Laplace elementares . . . . . . 593
Índice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 597
PREFÁCIO
vii
viii Christian José Quintana Pinedo
Fico profundamente grato pela acolhida deste trabalho e pelas contribuições e sugestões
dos leitores, em particular a meus alunos do Curso de Engenharia Civil da Universidade
Federal do Tocantins.
Leibniz
Capı́tulo 1
Série de potências
Exercı́cios 1-1
Exercı́cio 1.1.1.
∑
+∞ 1
Mostre que a série p
converge sempre que p > 1 e diverge se 0 ≤ p ≤ 1.
n=1 n
Solução.
∑
+∞ 1
Caso 1: Para o caso p = 1, como foi mostrado no Exemplo 1.31 , esta série
n=1 n
diverge.
1
Caso 2: Para o caso p < 0, tem-se = nq , onde q = −p > 0. Assim, a sucessão:
np
sn = 1q + 2q + 3q + · · · + nq
não é limitada e, então ela diverge. O mesmo acontece para 0 < p < 1.
Caso 3: Suponhamos o caso p > 1. Observe que:
[ ]1
1 1 1 1 1
2p + 2p < 2p + 3p ⇒ + < p + p = p−1
2p 3p 2 2 2
[ ]2
1 1 1 1 1 1 1 1 ( )
2 1 1
+ + + < p + p + p + p = 2 p = p−1
4p 5p 6p 7p 4 4 4 4 4 2
[ ]3
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ( )
3 1 1
+ + +· · ·+ p < p + p + p + p + p + p + p + p = 2 3p = p−1
8p 9p 10p 15 8 8 8 8 8 8 8 8 2 2
.. .. ..
. . .
1 1 1
+ + · · · + k+1 <
(2k )p (2k + 1)p (2 − 1)p
1
Livro “Séries e Equações Diferenciais” do mesmo autor
1
2 Christian José Quintana Pinedo
[ ]k
1 1 1 1 ( 1 ) 1
+ + + ··· + k p = 2k
= p−1
(2k )p (2k )p (2k )p (2 ) (2k )p 2
| {z }
k-parcelas
∑ 1
2k+1 −1 ∑ 1 ]n
k [
De onde resulta que: p
< p−1
, quando k → +∞ segue que 2k+1 − 1 →
n=1
n n=1
2
+∞ assim:
∑
+∞ +∞ [
∑ ]n
1 1
p
≤ (1.1)
n=1
n n=1
2p−1
∑
+∞
1
Observe que a série é crescente e limitada, pois a série da parte direita na
n=1
np
∑∞
1
2
desigualdade (1.1) é convergente (Exemplo 1.2) , logo converge.
n=1
np
∑∞
1
Portanto, tem-se dos casos 1, 2 e 3 que a série converge se p > 1 e diverge se
n=1
np
p ≤ 1.
Exercı́cio 1.1.2.
Demonstre a condição de Cauchy: Se {ak }k∈N+ é uma sequência de números reais, a
∑
n
série sn = ak é convergente se, para qualquer ε > 0, existe n0 > 0 tal que |sm − sn | < ε
k=1
sempre que m, n > n0 .
Solução.
∑
n
Sendo a série sn = ak convergente, então existe S ∈ R tal que lim sn = S logo,
n→+∞
k=1
ε
para todo ε > 0 existe n1 > 0 tal que |sn − S| < sempre que n > n1 .
2
∑
m
Seja m ̸= n, sendo a série sm = ak convergente, então existe S ∈ R tal que
k=1
ε
lim sm = S logo, para todo ε > 0 existe n2 > 0 tal que |sm − S| < sempre que
m→+∞ 2
m > n2 .
Seja n0 = max{n1 , n2 } entã0
ε ε
|sm − sn | = |(sm − S) − (sn − S)| ≤ |sm − S| + |sn − S| < + =ε
2 2
sempre que m, n > n0 .
∑
n
Portanto, a série sn = ak é convergente se, para qualquer ε > 0, existe n0 > 0 tal
k=1
que |sm − sn | < ε sempre que m, n > n0 .
2
Livro “Séries e Equações Diferenciais” do mesmo autor
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 3
Exercı́cio 1.1.3.
√
∑
+∞ 9 n−1
Determine a convergência das séries: 1. 2
√
n=1 n + 3 n
∑ 1(
+∞ 1 )n 2 ∑
+∞ 1
2. n
1 + 3.
n=1 2 n n=1 (n + 1)Ln(n + 1)
Solução.
∑
+∞ ∑
+∞ √
9 n−1
1. Seja an = √ .
n=1 n=1
n2 + 3 n
∑
+∞ +∞ √
∑ ∑
+∞
n 1
Consideremos a série bn = 2
= 3/2
, esta série é p-convergente.
n=1 n=1
n n=1
n
√ √
an 9 n − 1 n3/2 9n2 − n3
Como lim = lim 2 √ · = lim 2 √ = 9.
n→∞ bn n→∞ n + 3 n 1 n→∞ n + 3 n
∫+∞
1 +∞
dx = Ln(Ln(x + 1) = +∞
(1 + x)Ln(1 + x) 1
1
Exercı́cio 1.1.4.
Suponhamos temos uma série de termo geral an de modo que an ≥ an+1 para todo
∑
+∞ ∑
+∞
n ∈ N . Demonstre que a série
+
an converge se, e somente se a série 2n · a2n
n=1 n=1
também converge.
Solução.
∑
+∞
Por hipótese a série an converge logo ela limitada.
n=1
∑−1
2k+1
Consideremos a soma an = a2k + a2k +1 + a2k +2 + · · · a2k+1 −2 + a2k+1 −1 , ela tem
n=2k
2k somandos.
4 Christian José Quintana Pinedo
Como o termo geral da série e tal que an ≥ an+1 para todo n ∈ N+ então a2k+1 −1 ≤
a2i ≤ a2k , i = 1, 2, · · · , k, então
∑−1
2k+1
2 · a2k+1 ≤
k
an ≤ 2k · a2k
n=2k
1 k+1
observe que 2k · a2k+1 = ·2 · a2k+1 . Somando em k = 0, ; 1, , · · · k0
2
1 ∑
k0 +1 2 ∑
0 −1 ∑
k +1
k0
· 2k+1
· a2k+1 ≤ an ≤ 2k · a2k (1.2)
2 n=1 n=1 n=0
∑
n ∑
n
Denotemos sn = 2j aj e tn = aj para todo j ∈ N+ segue em (1.2)
j=0 j=0
1
(sk +1 − s0 ) ≤ A2k0 +1 −1 − a0 ≤ sk0
2 0
Quando k0 → +∞ segue
1 ∑ n ∑ ∑
+∞ +∞ +∞
( [2 · a2n ] − s0 ) ≤ an − a0 ≤ 2n · a2n ⇒
2 n=1 n=1 n=0
1 ∑ n ∑ ∑
+∞ +∞ +∞
( 2 · a2n ≤ an ≤ 2n · a2n
2 n=0 n=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞
Portanto, a série an converge se, e somente se a série 2n · a2n também converge.
n=1 n=1
Exercı́cio 1.1.5.
∏
+∞ ∑
+∞
Verificar que o produto infinito (1 + an ) com an > 0 converge sempre an con-
n=0 n=0
verge.
Solução.
x2 xn
Sabe-se que ex = 1 + x + + ... + + . . ., logo 1 + x ≤ ex , ∀ x > 0.
2! n!
∑
+∞ ∑
+∞
Assim, como an converge, logo an = M para algum M ∈ R.
n=0 n=0
então, sendo Pn sequência monótona crescente, e limitada, segue que existe L ∈ R tal que
∑
∏
+∞ +∞
an
(1 + an ) ≤ en=0 =L∈R
n=0
∏
+∞
Portanto, (1 + an ) com an > 0 converge.
n=0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 5
Exercı́cio 1.1.6.
Demonstre que se {an }∈N+ é uma sequência com an ≥ 0 para todo n ∈ N+ , então
∑
+∞
a série an é convergente se, e somente se a sequência de somas parciais {sn }∈N+ é
n=1
limitada.
Solução.
∑
n ∑
+∞
Seja a soma parcial sn = ak , como a série ak é convergente então existe S ∈ R
k=1 k=1
tal que lim sn = S então para todo ε > 0 existe n0 > 0 tal que
k→+∞
Exercı́cio 1.1.7.
∑
+∞ ∑
+∞
Sejam an e bn duas séries numéricas e α ∈ R. Mostre o seguinte:
n=1 n=1
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
1. Se as séries an e bn são convergentes, então (an + bn ) e α · an também
n=1 n=1 n=1 n=1
convergem.
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
2. Se an e convergente e bn é divergente, a série (an + bn ) diverge.
n=1 n=1 n=1
6 Christian José Quintana Pinedo
∑
+∞ ∑
+∞
3. Se an é divergente e α ̸= 0, então a série α · an é também divergente.
n=1 n=1
Solução.
Denotamos como {sn }, {tn }, {un } e {vn } as sequências de somas parciais das séries:
∑
+∞
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
an , bn , (an + bn ) e α · an respectivamente, temos un = sn + tn e vn = α · sn .
n=1 n=1 n=1 n=1
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
Portanto, se as séries an e bn são convergentes, então (an +bn ) e α·an
n=1 n=1 n=1 n=1
também convergem.
2. Pelo absurdo.
∑
+∞
Suponhamos que a série (an + bn ) seja convergente, então a sequência {un }
n=1
é convergente e, por conseguinte, a sequência {tn } também é convergente, pois
tn = u n − s n .
∑
+∞
Logo a série bn é convergente. Isto é contradição com a hipótese.
n=1
∑
+∞
Portanto, a série (an + bn ) diverge.
n=1
3. Pelo absurdo.
∑
+∞
Suponhamos que a série α · an seja convergente, então a sequência {vn } é
n=1
convergente e, por conseguinte, a sequência {sn } também é convergente, pois sn =
1
· vn .
α
∑
+∞
Logo a série sn é convergente. Isto é contradição com a hipótese.
n=1
∑
+∞
Portanto, a série α · an diverge.
n=1
Exercı́cio 1.1.8.
∑
+∞ ∑
+∞
Critério de comparação: Sejam an e bn duas séries de termos positivos.
n=1 n=1
Demonstre o seguinte:
∑
+∞ ∑
+∞
1. Se a série bn converge e an ≤ bn ∀ n ∈ N+ , então a série an também
n=1 n=1
converge.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 7
∑
+∞ ∑
+∞
2. Se a série an diverge e an ≤ bn ∀ n ∈ N , então a série
+
bn também diverge.
n=1 n=1
Solução.
∑
+∞
1. Sendo bn série de termos positivos e convergente, então existe M ∈ R tal que
n=1
∑
+∞
0≤ bn ≤ M para todo n ∈ N.
n=1
∑
+∞
Sendo an também de termos positivos e an ≤ bn então
n=1
∑
+∞ ∑
+∞
0≤ an ≤ bn ≤ M, ∀n∈N
n=1 n=1
∑
+∞ ∑
+∞
assim, an é limitada e pelo Exercı́cio (1.1.6) segue que a série an também
n=1 n=1
converge.
∑
+∞
2. Sendo a série an divergente e de termos positivos, ela e limitada inferiormente,
n=1
∑
+∞
isto é 0 ≤ an = ∞ . Da hipótese an ≤ bn , ∀ n ∈ N segue
n=1
∑
+∞ ∑
+∞
0≤ an ≤ bn = ∞
n=1 n=1
∑
+∞
Portanto a série bn é divergente.
n=1
Exercı́cio 1.1.9.
∑
+∞
Demonstre que, se a série an é absolutamente convergente, então ela é convergente
n=1
∑+∞ ∑ +∞
e: an ≤ |an |.
n=1 n=1
Solução.
∑
∞
Seja an uma série absolutamente convergente, para cada n ∈ N+ , seja bn = |an |−an .
n=1
∑
∞
Por hipótese, a série |an | é convergente, além disso como:
n=1
para todo n ∈ N+ .
8 Christian José Quintana Pinedo
∑
∞ ∑
∞
Então a série bn é dominada pela série 2|an | que é convergente, logo a série
n=1 n=1
∑
∞
bn é convergente.
n=1
∑
∞
Porém, an = |an | − bn isto é, podemos obter a série an como diferença de séries
n=1
convergentes.
∑
∞
Assim, a série an é convergente.
n=1
Por outro lado, da desigualdade triangular segue:
∑+∞ ∑
+∞
an = |a1 + a2 + a3 + a4 + · · · | ≤ |a1 | + |a2 | + |a3 | + |a4 | + · · · | ≤ |an |
n=1 n=1
Exercı́cio 1.1.10.
∑
+∞ ∑
+∞
Sejam an e bn séries absolutamente convergentes, demonstre o seguinte:
n=1 n=1
∑
+∞
1. A série an bn é absolutamente convergente.
n=1
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
2. O produto cn das séries an e bn é absolutamente convergente, e:
n=1 n=1 n=1
∑
+∞ (∑
+∞ )( ∑
+∞ )
cn = an an
n=1 n=1 n=1
Solução.
Exercı́cio 1.1.11.
∑+∞ ∑
+∞
Sejam an tais que bn duas séries e |an | ≤ K|bn |, ∀ n ∈ N+ , K > 0:
n=1 n=1
∑
+∞ ∑
+∞
1. Se a série bn é absolutamente convergente, então a série an também é
n=1 n=1
absolutamente convergente.
∑
+∞ ∑
+∞
2. Se a série an não é absolutamente convergente, então a série bn não é
n=1 n=1
absolutamente convergente.
Solução.
∑
+∞ ∑
+∞
1. Como bn é série absolutamente convergente, então |bn | é série convergente,
n=1 n=1
∑
+∞
assim existe M ∈ R tal que |bn | ≤ M . Por outro lado
n=1
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 9
∑
+∞ ∑
+∞
|an | ≤ K|bn | ⇒ |an | ≤ K|bn | ≤ KM, ∀ n ∈ N+ , K>0
n=1 n=1
∑
+∞
Assim, |an | é série convergente.
n=1
∑
+∞
Portanto, a série an também é absolutamente convergente.
n=1
∑
+∞
2. Sejam as proposições p : a série bn é absolutamente convergente, e q : a série
n=1
∑
+∞
an é absolutamente convergente.
n=1
Pela parte 1. deste exercı́cio foi mostrado que a proposição composta p ⇒ q é
verdadeira.
A contra recı́proca da proposição composta é ∼ q ⇒∼ p. E como a proposição
(p ⇒ q) ⇔ (∼ q ⇒∼ p) é tautologia, logo a proposição composta é ∼ q ⇒∼ p é
verdadeira.
∑
+∞ ∑
+∞
Portanto, se a série an não é absolutamente convergente, então a série bn
n=1 n=1
não é absolutamente convergente.
Exercı́cio 1.1.12.
∑
+∞
Demonstre que uma série alternada (−1)n+1 an é absolutamente convergente, se
n=1
∑
+∞
an for convergente.
n=1
Demonstração.
Por contradição.
∑
+∞
Por hipótese, a série an é convergente.
n=1
∑
+∞
Suponhamos que a série an seja divergente então
n=1
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
an ≤ |an | =≤ |(−1)n+1 an |
n=1 n=1 n=1
∑
+∞
é divergente, isto é, série |(−1)n+1 an | é seja divergente.
n=1
∑
+∞
Portanto, a série a série alternada (−1)n+1 an não é absolutamente convergente,
n=1
10 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 1.1.13.
∑
∞
Seja {an } uma sucessão decrescente que converge para zero. Então a série (−1)n+1 an
n=1
é convergente.
Demonstração.
encontra-se:
Uma sucessão de termos de ı́ndice ı́mpar.
s1 = a1
s3 = a1 − (a2 − a3 )
s5 = a1 − (a2 − a3 ) − (a4 − a5 )
..
.
s2p+1 = a1 − (a2 − a3 ) − (a4 − a5 ) − · · · (a2p − a2p+1 )
Uma sucessão de termos de ı́ndice par. s2 = a1 − a2
s4 = (a1 − a2 ) + (a3 − a4 )
s6 = (a1 − a2 ) + (a3 − a4 ) + (a5 − a6 )
..
.
s2p = (a1 − a2 ) + (a3 − a4 ) + (a5 − a6 ) + · · · (a2p−1 − a2p )
Sendo {an } decrescente, tem-se an ≥ an+1 para todo n ∈ N+ , logo:
s1 ≥ s2 ≥ s3 ≥ · · · ≥ s2p+1 ≥ · · · e s2 ≤ s4 ≤ s6 ≤ · · · ≤ s2p ≤ · · ·
isto é, {s2p+1 } é decrescente e é {s2p } é crescente, além disso s2p+1 − s2p = a2p+1 .
Mas por hipótese {an } converge para zero, logo para cada ε > 0 existe p0 = p0 (ε) ∈ N+
tal que:
s2p+1 − s2p = a2p+1 < ε para todo p ≥ p0
Resulta que as classes de números reais s2p e s2p+1 são contı́guas3 . Assim, elas definem
um único número real S tal que:
[ n ]
∑ ∑∞
p+1
S = lim sn = lim (−1) ap = (−1)n+1 an
n→∞ n→∞
p=1 n=1
∑
∞
Portanto, a série (−1)n+1 an é convergente.
n=1
Exercı́cio 1.1.14.
∑
+∞
Critério de Leibniz: Seja a série alternada S= (−1)n+1 an uma série de termos
n=1
alternados, com an ≥ 0 ∀n ∈ N. Demonstre que esta série converge se satisfaz as
3
Contiguas vem do verbo contiguar. O mesmo que: aproximar, avizinhar. Desenvolver ou criar
contiguidade entre; fazer ficar próximo...
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 11
condições:
1. {an }n∈N+ é decrescente. 2. lim an = 0.
n→+∞
Solução.
Sn = a1 − a2 + a3 − a4 + a5 − a6 + · · · + an
Garantindo que Si = Sp = S.
Portanto, a série estudada converge.
Exercı́cio 1.1.15.
an+1
̸ 0 para todo n ∈ N e suponhamos que lim
Critério D’Alembert’s: Seja an = + =
n→+∞ an
r ∈ R. Demonstre o seguinte:
∑+∞
1. Se r < 1, a série an é absolutamente convergente.
n=1
∑
+∞
2. Se r > 1, a série an diverge.
n=1
Solução.
an+1
1. Como lim = r ∈ R então podemos supor |an+1 | ≤ r < 1, para n ≥ n0 , assim
n→+∞ an |an |
|an+1 |
≤r<1 ⇒ |an+1 | ≤ r|an | ≤ r(r|an−1 |) ≤ · · · ≤ rn |a1 |
|an |
12 Christian José Quintana Pinedo
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
|an | ≤ rn · |a1 | = |a1 | · rn
n=1 n=1 n=1
∑
+∞
Isto é, como r < 1 a série |an | é estritamente decrescente, limitada inferiormente
n=1
∑
+∞
pelo zero, e superiormente pelo limite da série geométrica convergente |a1 | · rn .
n=1
∑
+∞
Portanto, se r < 1, para n ≥ n0 a série an converge absolutamente.
n=1
an+1
2. Como lim = r ∈ R então podemos supor an+1 ≥ r > 1, para n ≥ n0 ,
n→+∞ an an
∑
∞
então an+1 > ran , logo a an série é crescente. de modo análogo à primeira parte
n=1
obtém-se que:
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
rn · a1 = a1 · rn ≤ an
n=1 n=1 n=1
∑
+∞
isto é, a série an é crescente não limitada superiormente, logo ela diverge.
n=1
∑
∞
Portanto, se r > 1, para n ≥ n0 a série an diverge.
n=1
Exercı́cio 1.1.16.
√
Critério de Cauchy: Suponhamos que lim n |an | = r ∈ R. Demonstre o seguinte:
n→+∞
∑
+∞
1. Se r < 1, a série an é absolutamente convergente.
n=1
∑
+∞
2. Se r > 1, a série an diverge.
n=1
Solução.
√ √
1. Como lim n
|an | = r ∈ R então sendo n |an | ≤ r < 1, para n ≥ n0 , então |an | ≤
n→+∞
∑∞ ∑
∞
n
r < 1, logo |an | ≤ rn .
n=1 n=1
Sendo uma série de termos positivos dominada por uma série geométrica de razão
r < 1.
∑
∞
Consequentemente a série an converge absolutamente.
n=1
Exercı́cio 1.1.17.
Consideremos a função f : [1, +∞) −→ R contı́nua e suponhamos que f (x) seja não
∫+∞
negativa e monótona decrescente. Demonstre que, se a integral f (x)dx converge, então
1
∑
+∞ ∫+∞ ∑
+∞ ∫+∞
a série f (n) converge, e: f (x)dx ≤ f (n) ≤ f (1) + f (x)dx.
n=1 1 n=1 1
Demonstração.
Seja sn = f (1) + f (2) + f (3) + · · · + f (n) para n ∈ N+ , e consideremos a função
F : [1, +∞) −→ R definida por:
∫t
F (t) = f (x)dx para t ∈ [1, +∞)
1
como f (x) é contı́nua, pelo Teorema do Valor Médio para Integrais existe α ∈ R tal que
∫k+1
f (x)dx = [(k + 1) − k]f (α) = f (α) sendo que α ∈ (k, k + 1); isto é k < α < k + 1.
k
Pelo fato ser f (x) monótona decrescente não negativa segue:
∫k+1
0 ≤ f (k + 1) ≤ f (x)dx ≤ f (k)
k
∫
n+1
∫2 ∫3 ∫4 ∫
n+1
De onde:
F (n + 1) ≤ sn ≤ f (1) + F (n) para n ∈ N+ (1.4)
∫+∞
Por hipótese a integral f (x)dx seja convergente. Como F (x) é decrescente, temos
1
em (1.4) que:
∫+∞
sn ≤ f (1) + F (n) ≤ f (1) + lim F (n) ≤ f (1) + f (x)dx
n→+∞
1
14 Christian José Quintana Pinedo
para todo n ∈ N+ . Assim a sequência de somas parciais {sn } é limitada e, sendo monótona,
∑
+∞
segue que a série f (n) é convergente.
n=1
∫+∞ ∑
+∞
Portanto, se a integral f (x)dx converge, então a série f (n) converge, e tem-se
1 n=1
∫+∞ ∑
+∞ ∫+∞
que : f (x)dx ≤ f (n) ≤ f (1) + f (x)dx.
1 n=1 1
Exercı́cio 1.1.18.
Consideremos a função f : [1, +∞) −→ R contı́nua e suponhamos que f seja não
negativa e monótona decrescente; isto é:
1. f (x) ≥ 0, ∀ x ≥ 1. 2. f (x) ≥ f (y), sempre que 1 ≤ x ≤ y.
∑
+∞
Nessas condições, demonstre que a série f (n) é convergente se e somente se, a
n=1
∫+∞
integral f (n) for convergente.
n=1
Solução.
∑
+∞
Por hipótese tem-se que a série f (n) é convergente então existe N ∈ R tal que
n=1
sn ≤ N para todo n ∈ N+ .
Da equação (1.4) segue F (n + 1) ≤ N para todo n ∈ N+ .
Como F (t) é decrescente, isto implica que F (t) ≤ N para todo t ∈ [1, +∞). Sendo
∫+∞
f (x) positivo, deduzimos de (1.4) que a integral imprópria f (x)dx converge.
1
Exercı́cio 1.1.19.
∑
+∞ ∑
+∞
Critério de comparação no limite: Sejam an e bn duas séries de termos
n=1 n=1
an
positivos e seja L = lim .
n→+∞ bn
∑
+∞ ∑
+∞
1. Se L > 0, então as séries an e bn são ambas convergentes ou ambas divergentes.
n=1 n=1
∑
+∞ ∑
+∞
2. Se L = 0 e bn converge, então an também converge.
n=1 n=1
∑
+∞ ∑
+∞
3. Se L = +∞ e bn diverge, então an também diverge.
n=1 n=1
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 15
Solução.
an
1. Sejam m, M ∈ R tais que m ≤ L ≤ M . como existe o limite L = lim então
n→+∞ bn
an
existe um N ∈ N tal que m ≤ ≤ M para todo n ≥ N . Logo
bn
m · bn ≤ an ≤ M · bn para todo n ≥ N. (1.5)
∑
+∞ ∑
+∞
Se bn for divergente, então de (1.5) m · bn também é divergente, e pelo
n=1 n=1
∑
+∞
critério de comparação (Propriedade 1.8) a série an também diverge.
n=1
∑
+∞ ∑
+∞
Se bn for convergente, então de (1.5) M · bn também é convergente, e pelo
n=1 n=1
∑
+∞
critério de comparação (Propriedade 1.8) a série an também converge.
n=1
∑
+∞ ∑
+∞
2. Se L = 0 e bn converge, lógico bn cresce mais rapidamente que an , e a série M ·bn
n=1 n=1
também e convergente, logo de (1.5) pelo critério de comparação (Propriedade 1.8)
∑
+∞
a série an também converge.
n=1
∑
+∞ ∑
+∞
3. Se L = +∞ e bn diverge, lógico an cresce mais rapidamente que bn e m · bn
n=1 n=1
também é divergente. De (1.5) pelo critério de comparação (Propriedade 1.8) a série
∑
+∞
an também diverge.
n=1
Exercı́cio 1.1.20.
Determine os intervalos de convergência para as seguintes séries de potências:
8 32 128 7 x x2 x3 x4
1. 2x + x3 + x5 + x + ··· 2. + + 2 + 3 + ···
3 5 7 1·2 2·3 2 ·4 2 ·5
x2 x4 x6
3. 1− + − + ···
22 22 42 22 42 62
Solução.
∑∞
22n+1 2n+1
1. Temos o desenvolvimento da série f (x) = x . Para calcular seu raio
n=0
2n + 1
de convergência
2n+3
1 an+1 1 2 2n + 1
= lim ⇒ = lim x2n+3
· 2n+1 2n+1 = 4|x|2 < 1
r n→∞ an r n→∞ 2n + 3 2 x
16 Christian José Quintana Pinedo
1
assim, 4|x|2 < 1 ⇒ |x| < =r
2
1
Portanto, o intervalo de convergência é |x| < .
2
∑
∞
xn
2. Podemos escrever a série na forma f (x) = . Para calcular seu raio
n=1
2n−1 (n + 1)
de convergência
1 an+1 1 x n+1
2 n
(n + 1) |x|
= lim ⇒ = lim n+1 · = <1
r n→∞ an r n→∞ 2 (n + 2) xn 2
assim, |x| < 2 ⇒ |x| < 2 = r.
∑
∞
(−2)n 1 ∑ (−1)n
∞
Quando x = −2 tem-se, f (−2) = = converge abso-
n=1
2n+1 (n + 1) 2 n=1 n + 1
lutamente.
Portanto, o intervalo de convergência é −2 ≤ x < 2.
∑
∞
(−1)n x2n
3. Temos o desenvolvimento da série f (x) = . Para calcular seu raio de
n=0
22n (n!)2
convergência
an+1 (−1)n+1 x2n+2 2
= |x| · 0 < 1
2n 2
1 2 (n!)
= lim ⇒ lim 2n+2 ·
r n→∞ an n→∞ 2 ((n + 1)!)2 (−1)n x2n 22
assim, |x| < r = ∞ ⇒ x∈R
Portanto, o intervalo de convergência é todo R.
Exercı́cio 1.1.21.
Calcule o raio de convergência das seguintes séries de potências:
+∞ (
∑ n )2n−1 n ∑
+∞
1 · 3 · 5 · · · (2n − 1) 2n
1. x 2. (−1)n x
n=1
2n + 1 n=1
2 · 4 · 6 · · · (2n)
+∞ (
∑ 1 )n 2
3. 1+ (x − 1)n 4.
n=1
n
Solução.
+∞ (
∑ n )2n−1 n
1. x
n=1
2n + 1
( n )2n−1
Temos an = , logo aplicando o critério de Cauchy
2n + 1
√
√(
n )2n−1 ( n )2 √( 2n + 1 )
n n
n
an = =
2n + 1 2n + 1 n
1 √ ( n )2 √( 2n + 1 )
Como = lim n an = lim n
= 1
4
⇒ r = 4.
r n→∞ n→∞ 2n + 1 n
Portanto, o raio de convergência é r = 4.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 17
∑
+∞
1 · 3 · 5 · · · (2n − 1) 2n
2. (−1)n x
n=1
2 · 4 · 6 · · · (2n)
(−1)n (2n − 1)!
Temos an = , logo
(2n)!
1 (−1)n+1 (2n + 1)! (2n)!
= lim · = lim (2n + 1) = 1 ⇒ r=1
r n→+∞ (2(n + 1))! (−1)n (2n − 1)! n→+∞ 2(n + 1)
1 √
Como = lim n an = e ⇒ r = e−1 .
r n→∞
Exercı́cio 1.1.22.
Encontre a região de convergência das seguintes séries de potências:
∑ ∑ ∑ n [ x ]n
+∞ +∞ +∞
(x − 3)n (n + 1)5 2n
1. 2. x 3.
n=1
n · 5n n=0
2n + 1 n=1
n+1 2
∑
+∞
x2n−1 ∑
+∞
2n xn ∑
+∞
(x + 2)n
4. (−1)n+1 5. 6.
n=1
(2n − 1)! n=1
n2 n=1
Ln(n + 1)
∑
+∞
Lnn ∑
+∞ ∑
+∞
1
7. (x − 5)n 8. n! · xn 9.
n=1
n+1 n=1 n=1
1 + x2n
Solução.
∑
+∞
(x − 3)n
1. Dada a série , temos
n=1
n · 5n
1 an+1 (x − 3)n+1 n · 5n 1
= lim ⇒ lim · = |x − 3| < 1
r n→+∞ an n→+∞ (n + 1) · 5n+1 (x − 3)n 5
|x − 3| < 5 ⇔ −5 < x − 3 < 5 ⇔ −2 < x < 8
∑
∞ (x − 3)n ∑ (−1)n
+∞
Quando x = −2, em temos a série alternada , ela converge
n=1 n · 5
n n
n=1
pelo teste da série alternada.
Portanto, o intervalo de convergência é [−2, 8).
18 Christian José Quintana Pinedo
∑
+∞
(n + 1)5
2. Dada a série x2n , temos
n=0
2n + 1
1 an+1 (n + 2)5 x2n+2 (2n + 1)
= lim ⇒ lim · = 1 · |x|2 < 1 ⇒
r n→+∞ an n→+∞ (2n + 3) (n + 1) x
5 2n
1 ∑
∞
2n · (−1)n
1 ∑
∞
2n · 1
x=− ⇒ 2
2n
< +∞; x= ⇒ 2n
< ∞;
2 n=1
n 2 n=1
n2
1 1 1
Portanto, r = e o intervalo de convergência é [− , ]
2 2 2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 19
∑
+∞
(x + 2)n
6. Dada a série , temos
n=1
Ln(n + 1)
Resposta r = 1, e o intervalo de convergência é [−3, −1)
∑
+∞
Lnn
7. Dada a série (x − 5)n , temos
n=1
n+1
1 an+1 (x − 5)n+1 Ln(n + 1) n+1
= lim ⇒
lim · = |x − 5| 1 < 1
r n→+∞ an n→∞ n+2 (x − 5) Lnn
n 1
r = 1, |x − 5| < 1 ⇔ 4<x<6
Exercı́cio 1.1.23.
∑
+∞ (n!)2 n
Determine o maior intervalo aberto em que a série x é convergente.
n=1 (2n)!
Solução.
∑
+∞
(n!)2 n
Temos a série x , logo ,
n=1
(2n)!
1 an+1 ((n + 1)!)2 xn+1 (2n)! 1
= lim ⇒ lim · = · |x| < 1 ⇒
r n→+∞ an n→+∞ (2(n + 1))! (n!)2 xn 4
20 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 1.1.24.
∑
+∞ ( n + 1 )n
Determine a convergência da série · (x − 2)n
n=1 2n + 1
Solução.
( n + 1 )n
Temos an = . Para achar o raio de convergência, consideremos
2n + 1
√(
−1 n n + 1 )n n+1 1
r = lim = lim =
n→∞ 2n + 1 n→∞ 2n + 1 2
logo r = 2. A série converge se |x − 2| < 2
Estudemos a convergência nos extremos. Considerando x = 4 obtemos a série numérica
+∞ (
∑ n + 1 )n n 1 ∑ ( 1 )n
+∞
·2 = 1+
n=1
2n + 1 2 n=1 2n + 1
( 1 )n √
como lim 1+ = e ̸= 0. Portanto, para x = 4 a série dada diverge.
n→∞ 2n + 1
O mesmo acontece quando x = 0.
Portanto, a série dada converge em (0, 4)
Exercı́cio 1.1.25.
∑
+∞ x2
Mostre que a série 2 n
é convergente em R.
n=1 (1 + x )
Solução.
∑
+∞
x2
Temos a série , logo ,
n=1
(1 + x2 )n
1 an+1 x 2
(1 + x 2 n
)
= lim ⇒ lim · = 1 <1 ⇒
r n→+∞ an 2
n→+∞ (1 + x ) n+1 x 2 1 + x2
Exercı́cios 1-2
Exercı́cio 1.2.1.
∑∞ an+1
Considere a série de potências xn+1 ; com a ∈ R+ :
n=0 n + 1
2. Considere a série numérica que se obtém fazendo x = −3. Justifique que existe um
único valor de a para o qual a série numérica correspondente é simplesmente con-
vergente e determine-o.
Solução.
Exercı́cio 1.2.2.
∑
∞
Demonstre que o raio de convergência r de uma série de potências ak (x − c)kn
k=0
é dado por:
√
ak+1
• r −1
= n
lim desde que o limite exista ou seja zero.
k→∞ ak
Além disso,
3. Se r ∈ (0, +∞) então a série converge pelo menos para todos os valores de x ∈ (c −
r, c + r).
Solução.
√
ak+1
Observe, de r = lim
−1 n ⇒
k→∞ ak
√ √
ak+1 (x − c)(k+1)n ak+1
n
lim = |x − c| lim
n = |x − c| · r−1
k→∞ ak (x − c)kn k→∞ ak
⇕
⇕
22 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 1.2.3.
∑∞
xk+3
Considere a série de potências
k=1
k+3
Solução.
k+4
1 ak+1 x k + 3
1. Tem-se = lim ⇒ lim · k+3 = |x| · 1 < 1 ⇒
r k→∞ ak k→∞ k + 4 x
∑∞
xk+3 x4 x5 x6 xk+3
2. Seja f (x) = = + + + ··· + + · · · . Sua derivada
k=1
k + 3 4 5 6 k + 3
∑
∞
′ 3 4 5 k
f (x) = x + x + x + . . . + x + . . . = xk+2
k=1
′
∑
∞ x3
Sendo a série geométrica, sabemos que f (x) = x · 3
xk−1
= sempre que
k=1 1−x
|x| < 1.
∫ ∫
′ x3 x3 1
3. Sendo f (x) = ⇒ f (x) = dx = − [x2 + x + 1 + ]dx
1−x 1−x x−1
x3 x2
Portanto, f (x) = − − − x − Ln(x − 1) sempre que |x| < 1.
3 2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 23
Exercı́cio 1.2.4.
Determine o intervalo de convergência das seguintes séries de potências e estude a sua
natureza nos extremos daquele intervalo:
∑
+∞
xn ∑
+∞
2n xn ∑
+∞
1. √ 2. 3. [2 + (−1)n ]2n (x + 1)n
n=1
2n + n n=1
1 + 2n n=1
∑
+∞
(x − 3) n ∑
+∞
(x − 1) n ∑
+∞
(−1)n (n + 1)!
4. √ 5. 6. xn+1
n=1
n n=1
1 + n2 n=1
2 × 4 × 6 × · · · × (2n)
∑
+∞
(x + 5) n ∑
+∞
(x + 3) 2n ∑
+∞
(−1)n
7. 8. 9. (x − 1)n
n=1
5n+1 n=1
(n + 1)4n n=1
(2n + 1)!
∑
+∞
(3x − 1) n ∑
+∞
nx ∑
+∞
cos nx
10. 11. 12.
n=1
32n n=1
enx n=1
enx
Solução.
∑
+∞ xn
1. √
n=1 2n + n
√
ak+1 k+1
1 x 2k + k
Tem-se = lim = lim
√ · = |x| · 1 < 1 ⇒
r k→∞ ak k→∞ 2(k + 1) + k+1 x k
r = 1, |x| < 1 ⇔ −1 < x < 1
√
2k + k
1 1
Se x = 1 ⇒ = lim √ · = 1 diverge.
r k→∞ 2(k + 1) + k + 1 1
Portanto, a série é convergente no intervalo (−1, 1), simplesmente convergente em
−1 e divergente em 1.
∑
+∞ 2n xn
2. n
n=1 1 + 2
k+1 k+1
1 ak+1 2 x 1 + 2k
Tem-se
= lim
= lim · k k = |x| · 1 < 1 ⇒ r =
r k→∞ ak k→∞ 1 + 2k+1 2 x
1, |x| < 1 ⇔ −1 < x < 1
k+1
1 2 1 + 2 k
Se x = ±1 ⇒ = lim · = 1 diverge.
r k→∞ 1 + 2k+1 2k
Portanto, a série é convergente no intervalo (−1, 1), diverge nos extremos ±1.
∑
+∞ ∑
+∞
3. [2 + (−1)n ]2n (x + 1)n = [5 + 4(−1)n ]n (x + 1)n
n=1 n=1
1 √ √
Tem-se = lim n |an | = |x + 1| lim n |5 + 4(−1)n+1 |n ≤ 9|x + 1| < 1
r n→∞ n→∞
1 1 10 8
Logo r = e |x + 1| < ⇒ − <x<−
9 9 9 9
10 8
Portanto, a série é convergente no intervalo (− , − ), e diverge nos extremos.
9 9
24 Christian José Quintana Pinedo
∑
+∞ (x − 3)n
4. √
n=1 n
Resposta:4. (2, 4) simplesmente convergente em 2, divergente em 4,
∑
+∞ (x − 1)n
5. 2
n=1 1 + n
Resposta:5. (0, 2), absolutamente convergente nos extremos ,
∑
+∞ (−1)n (n + 1)!
6. xn+1
n=1 2 × 4 × 6 × · · · × (2n)
Resposta:6. (−2, 2) divergente nos extremos ,
∑
+∞ (x + 5)n
7.
n=1 5n+1
Resposta:7. (−10, 0), divergente nos extremos ,
∑
+∞ (x + 3)2n
8. n
n=1 (n + 1)4
Resposta:8.(−5, −1) divergente nos extremos ,
∑
+∞ (−1)n
9. (x − 1)n
n=1 (2n + 1)!
Resposta:9.(−∞, +∞) ,
∑
+∞ (3x − 1)n
10.
n=1 32n
8 10
Resposta: 10. (− , ) divergente nos extremos
3 3
∑
+∞ nx
11. nx
n=1 e
Resposta: x ≥ 0
∑
+∞ cos nx
12. nx
n=1 e
Resposta: x > 0
Exercı́cio 1.2.5.
Determine uma série de potências de x + 1 para a função f (x) = e2x , e uma série de
potências de x − 1 para a função g(x) = Lnx.
Solução.
• Suponhamos que f (x) tenha uma representação em série de potências de x + 1.
∑∞ f (n) (c)
Logo f (x) = an (x − c)n , onde an = onde c = −1, e temos
n=0 n!
f ′ (x) = 2e2x , f ′′ (x) = 22 e2x , f ′′′ (x) = 23 e2x , f ′ v(x) = 24 e2x , · · · f (n) (x) = 2n e2x
∑∞ 2n
Portanto, f (x) = e−2 · (x + 1)n .
n=0 n!
1 1 2 3! (−1)n (n − 1)!
g ′ (x) = , g ′′ (x) = − , g ′′′ (x) = , g ′ v(x) = − ,··· , g (n) (x) =
x x2 x3 x4 xn
logo, g (n) (1) = (−1)n (n − 1)!
∑∞ (−1)n
Portanto, g(x) = (x − 1)n .
n=0 n
Exercı́cio 1.2.6.
x4
Desenvolver em séries de potências de x2 a fração f (x) =
x4 + x2 − 2
Solução.
Temos [ ] [ ]
x4 5 1 1 1
f (x) = 4 = · 2 + · 2 (1.6)
x + x2 − 2 3 x +2 3 x −1
∑
+∞ 1
Sabemos que ak = 1 + a + a2 + a3 + · · · + an−1 + · · · = , |a| < 1
k=0 1−a
x2 1 1 2
Quando a=− ⇒ = 2 = ; |x2 | < 2
2 1−a 1+ 2 x 2 + x2
1 1
Quando a = x2 ⇒ = ; |x2 | < 1
1−a 1 − x2
Em (1.6)
[ ] [ ]
5 2 1 1
f (x) = · 2 − · ; |x2 | < 1 ⇒
6 x +2 3 1−x 2
[∞ ] [ +∞ ]
5 ∑ ( x2)
k 1 ∑
f (x) = · (−1)k − · (x2 )k ; |x2 | < 1 ⇒
6 k=0 2 3 k=0
+∞ [ ]
1 ∑ 5(−1)k
f (x) = − 1· x2k ; |x2 | < 1; r=1
3 k=0 2k+1
Exercı́cio 1.2.7.
x+2
Desenvolver em séries de potências de x a fração f (x) =
x2 + x + 1
Solução.
1 ∑
+∞
1 ∑
+∞
Lembre se |z| < 1, da soma z = seguen
= x3n , logo em (1.7)
n=0
1 − z 1 − x3
n=0
[ +∞ ] [ +∞ ] [ +∞ ]
∑ ∑ ∑
f (x) = 2 x3n − x2 x3n − x x3n
n=0 n=0 n=0
[ +∞ ] [ +∞ ] [ +∞ ]
∑ ∑ ∑
f (x) = 2x3k − x3k−1 − x3k+1
k=0 k=1 k=0
[ +∞ ] [ ] [ ]
∑ ∑
+∞ ∑
+∞
f (x) = 2xn − xn − xn , k ∈ Z+ , n≥0
n=3k n=3k−1 n=3k+1
1 ∑
+∞
Portanto, f (x) = an xn onde an = 2 se n = 3k, an = 1 se n = 3k ± 1 onde
3 n=0
k ∈ Z+ , r = 1.
Exercı́cio 1.2.8.
Desenvolva em série de potências de x as seguintes funções:
1 1
1. f (x) = 2. f (x) = 3. f (x) = arctan x
(1 + x)2 (x − 1)(x − 2)
√
1−x 1 2x
4. f (x) = Ln 5. f (x) = 6. f (x) =
1+x (1 − x)2 (1 − 2x)2
Solução.
1
1. f (x) =
(1 + x)2
∑
+∞
1
Sabemos que xk = |x| < 1 então
k=0
1−x
∑
+∞ ∑
+∞
1
k
g(x) = (−x) = (−1)k xk =
k=0 k=0
1+x
∑
+∞
1 1 ∑
+∞
′
assim g (x) = (−1) kxk k−1
=− ⇒ =− (−1)k kxk−1 .
k=0
(1 + x)2 (1 + x)2 k=0
∑
+∞
Portanto, f (x) = k(−1)k+1 xk−1 sempre que |x| < 1.
k=0
1 1 1 1 1 1
2. f (x) = = − = − · ⇒
(x − 1)(x − 2) 1−x 2−x 1−x 2 1− x
2
∑
+∞
1 ∑ ( x )n
+∞
|x|
f (x) = x − n
. |x| < 1 ∧ <1
n=0
2 n=0
2 2
∑
+∞
( 1 )
Portanto, f (x) = 1− xn sempre que |x| < 1.
n=0
2n+1
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 27
3. f (x) = arctan x
∑
+∞
1 ∑
+∞
1
Sabemos que xn = |x| < 1 ⇒ (−x2 )n = , assim
n=0
1−x n=0
1 − (−x2 )
∑
+∞ ∫ ∫ ∑
+∞
1 1
(−1) x n 2n
= ⇒ dx = (−1)n x2n dx ⇒
n=0
1 + x2 1 + x2 n=0
∑
+∞
1
Portanto, f (x) = arctan x = (−1)n x2n+1 sempre que |x| < 1.
n=0
2n + 1
√
1−x
4. f (x) = Ln
1+x
∑
+∞ ∑
+∞
1 1
Sabemos que xn + (−x)n = + , |x| < 1
n=0 n=0
1−x 1+x
∫ [ ∫ ∑ ∫ ∑
1 ]
∞ +∞
1 n n
+ dx = [1 + (−1) ]x dx = 2 x2n dx
1−x 1+x n=0 n=0
∑
+∞
1
⇒ −Ln(1 − x) + Ln(1 + x) = 2 x2n+1 ⇒
n=0
2n + 1
1 1−x ∑
+∞
1
Ln =− x2n+1
2 1+x n=0
2n + 1
√
1−x ∑
+∞
1
Portanto, f (x) = Ln =− x2n+1 sempre que |x| < 1.
1+x n=0
2n + 1
1
5. f (x) =
(1 − x)2
∑
+∞
1
Sabemos que g(x) = xn = |x| < 1 ⇒
n=0
1−x
∑
+∞
1 1 ∑ +∞
′
g (x) = nx n−1
= ⇒ = nxn−1
n=0
(1 − x)2 (1 − x)2
n=0
∑
+∞
Portanto, f (x) = nxn−1 sempre que |x| < 1.
n=0
2x
6. f (x) =
(1 − 2x)2
Podemos escrever
[ ]
1 1 − 2x 1 d 1 1
f (x) = − = − ⇒
(1 − 2x)2 (1 − 2x)2 2 dx (1 − 2x) (1 − 2x)
28 Christian José Quintana Pinedo
[ +∞ ] +∞
1 d ∑ ∑
f (x) = (2x)n − (2x)n , se |2x| < 1 ⇒
2 dx n=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞
f (x) = n(2x) n−1
− (2x)n , se |2x| < 1 ⇒
n=1 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
f (x) = (n + 1)(2x) − n
(2x) = n
n(2x)n , se |2x| < 1
n=0 n=0 n=0
∑
+∞ 1
Portanto, f (x) = n(2x)n se |x| < .
n=0 2
Exercı́cio 1.2.9.
1
Seja f (x) = .
1−x
1. Desenvolva em série de potências de x a função x · f ′ (x), indicando o respectivo
intervalo de convergência.
∑
+∞
k
2. Utilize o desenvolvimento obtido em 1. para mostrar que = 2.
k=1
2k
Solução. 1.
∑
∞ ∑
+∞ ∑
+∞
F (x) = − n
x + (n + 1)x = n
nxn ; |x| < 1
n=0 n=0 n=0
Solução. 2.
1 ∑
+∞
1 ∑
+∞
k
Pela parte (1.) temos x· = nx n
quando x = segue = 2 onde
(1 − x)2 n=0
2 k=1
2 k
|x| < 1.
Exercı́cio 1.2.10.
Diga, justificando, se são verdadeiras ou falsas as seguintes proposições:
∑
+∞ ∑
+∞
1. Se ak xk tem raio de convergência 1/2 ; então ak é convergente.
k=1 k=1
∑
+∞
2. Se ak xk tem raio de convergência 2; então lim ak = 0.
k=1 k→+∞
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 29
1. Falso
1 1 ak+1 xk+1
Como = = 2 = lim = |x| · lim ak+1 < 1
r 1/2 k→∞ ak x
k k→∞ ak
ak+1 ∑
+∞
Logo lim = 2, então pelo critério d’Alembert, ak é divergente.
k→∞ ak k=1
2. Verdadeira
1 1 ak+1 xk+1
Como = = lim = |x| · lim ak+1 < 1
r 2 k→∞ ak x
k k→∞ ak
ak+1 ∑
+∞
Logo lim = 2, então pelo critério d’Alembert, ak é convergente.
k→∞ ak k=1
Portanto, lim ak = 0.
k→+∞
Exercı́cio 1.2.11.
Estude, para os diferentes valores de x, a natureza das séries:
∑+∞
(x − 4)k ∑
+∞
xk ∑
+∞
cos(nx)
1. k+1
2. k
3.
k=1
(k + 1)3 k=1
k(k + 2)2 k=1
enx
Solução.
1 1 ak+1
1. Temos ak = , logo como = lim ⇒
(k + 1)3k+1 r n→∞ ak
(x − 4)k+1 (k + 1)3k+1 |x − 4| k+1
lim · = lim <1
k→∞ (k + 2)3 k+2 (x − 4) k 3 k→∞ k + 2
3. A série é absolutamente convergente quando x > 1. Para valores 0 < x < 1 é simples-
mente converge (não absolutamente). Quando x ≤ 0 a série é divergente.
30 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 1.2.12.
∑
+∞
(−1)k
Determine o domı́nio de convergência da série de potências k (k + 2)
(x + 2)k
k=1
5
Solução.
(−1)k 1 ak+1
Temos ak = k , logo como = lim ⇒
5 (k + 2) r n→∞ ak
(−1)k+1 5k (k + 2) |x + 2| k+2
lim k+1 (x + 2) k+1
· = lim <1
k→∞ 5 (k + 3) k
(−1) (x + 2) k 5 k→∞ k + 3
Logo |x + 2| < 5 ⇒ x ∈ (−7, 3).
O maior subconjunto de R para o qual a série é absolutamente convergente é (−7, 3).
Exercı́cio 1.2.13.
∑
+∞ ( k )k
Considere a série de potências (1 − x) .k
k=1 k+1
1. Determine o maior subconjunto de R para o qual a série é convergente e indique se
existem pontos para os quais a série é simplesmente convergente.
∑
+∞
k
2. Sendo f (x) = (1 − x)k no intervalo de convergência desta série, determine
k=1
k+1
f ′ (x).
Solução.
( k )
1. Temos ak = (1 − x)k , logo
k+1
(k + 1) ( k )
1 ak+1 1
= lim ⇒ lim (1 − x)k+1
· =
r k→∞ ak k→+∞ k+2 (1 − x)k k + 1
( k )
= |x − 1| lim = |x − 1| < 1
k→+∞ k + 2
Exercı́cio 1.2.14.
∑
+∞
(x + 3)k
Considere a série de potências .
k=1
2k + 1
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 31
Solução.
(x + 3)k
1. Temos ak = , logo
2k + 1
1 ak+1 (x + 3)k+1 2k + 1 k
= lim ⇒ lim · = |x + 3| lim 2 + 1 < 1
r k→∞ ak k→+∞ 2k+1 + 1 (x + 3)k k→+∞ 2k+1 + 1
∑
+∞
(x + 3)k+1 ∑
+∞
(−3 + 3)k+1
g(x) = ⇒ g(3) = =0
k=1
(k + 1)2k + 1 k=1
(k + 1)2k + 1
∑
+∞
(x + 3)k+1
Portanto, g(x) = + 2.
k=1
(k + 1)(2k + 1)
Exercı́cio 1.2.15.
∑
+∞ ( n 1 )
Determine o intervalo de convergência da série x + .
n=1 2n xn
Solução.
1 1
Converge em −1 < x < − ∪ < x < 1. Indicação. Para estes valores de x converge,
2 2
∑
+∞ ∑
+∞
1 1
tanto a série n
x quanto a série n n
. Quando |x| ≤ e |x| ≥ 1 o termo geral da
n=1 n=1
2 x 2
série não converge para zero consequentemente é divergente.
Exercı́cio 1.2.16.
1
Expresse a função como soma de uma série de potências. Em seguida, en-
(1 − x)2
∑∞ n
contre a soma da série numérica n
n=1 2
Solução.
1 ∑ +∞
Portanto, = nxn−1 .
(x − 1)2 n=1
1
Em particular, quando x =
2
1 ∑ +∞
1 ∑+∞
1 ∑∞
n
= nxn−1 ⇒ = n · n−1 ⇒ 4=
(x − 1)2
n=1
( 2 − 1)
1 2
n=1
2 n=1
2n−1
∑∞ n
Portanto n
= 2.
n=1 2
Exercı́cio 1.2.17.
Obtenha o desenvolvimento em série de potências da função f (x) abaixo em torno do
ponto a indicado.
1
1. f (x) = , a=0 2. f (x) = senhx, a=0
(x − 2)(x − 3)
3. f (x) = sen2 x, a = 0 4. f (x) = senx cos x, a = 0
5. f (x) = Lnx, a = 1 6. f (x) = cos x, a = π/3
Solução.
1
1. f (x) = em torno de a = 0. Podemos escrever
(x − 2)(x − 3)
[ ] [ ]
1 1 1 1 1 1 1
f (x) = = − = −
(x − 2)(x − 3) 2−x 3−x 2 1 − x2 2 1 − x3
+∞ [
∑ ]
1 x n 1 x n x x
f (x) = ( ) − ( ) onde | |<1 e | |<1 ⇒
n=0
2 2 3 3 2 3
∑ (3n+1 − 2n+1 ) [ x ]n ∑
+∞ +∞
(3n+1 − 2n+1 )
f (x) = = (x − 0)n , onde |x| < 2
n=0
6 6 n=1
6n+1
1
2. f (x) = senhx = [ex − e−x ] em torno de a = 0.
2
+∞ [ ] ∑
1 ∑ xn n +∞
nx x2n−1
f (x) = − (−1) = onde |x| < 1 ⇒
2 n=0 n! n! n=1
(2n − 1)!
∑
+∞
1
f (x) = (x − 0)2n−1 onde |x| < 1
n=1
(2n − 1)!
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 33
1
3. f (x) = sen2 x = [1 − cos(2x)] em torno de a = 0.
2
[ ]
1 ∑
+∞
(−1)n 1 ∑ (−1)n
+∞
f (x) = 1− (2x)2n
= (2x)2n , onde |2x| < 1
2 n=0
(2n)! 2 n=1
(2n)!
1 ∑ (−1)n 22n
+∞
1
f (x) = (x − 0)2n , onde |x| <
2 n=1 (2n)! 2
1
4. f (x) = senx cos x = sen(2x) em torno de a = 0.
2
∑
+∞
(−1)n · 22n 1
f (x) = (x − 0)2n+1 , onde |x| <
n=1
(2n + 1)! 2
1 ∑
∞
= (1 − x)n , |1 − x| < 1
x n=0
∫ ∑ ∞ ∫ ∑
∞
1 1
Lnx = dx = (1 − x) dx =
n
(1 − x)n+1 , 0<x<2
x n=0 n=0
n+1
∑
∞
(−1)n+1
Em torno de a = 1 temos f (x) = (x − 1)n+1 , 0 < x < 2.
n=0
n+1
π
6. f (x) = cos x em torno de a = . Lembre que
3
∑
+∞
(−1)n ∑
+∞
(−1)n 2n+1
2n
cos x = x , e senx = x
n=0
(2n)! n=0
(2n + 1)!
π π π π π π
f (x) = senx = sen[(x − ) + ] = sen(x − ) cos( ) + sen( ) cos(x − )
3 3 3 3 3 3
√ +∞
1 ∑ (−1)n 3 ∑ (−1)n
+∞
π 2n+1 π
f (x) = (x − ) + (x − )2n
2 n=0 (2n + 1)! 3 2 n=0 (2n)! 3
[ √ ]
1∑
+∞
1 π 3 π
f (x) = (x − ) + (−1)n (x − )2n
2 n=0 (2n + 1)! 3 (2n)! 3
34 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 1.2.18.
∑
+∞
(x − 1)k
Considere a série de potências √
k=1
k · 3k
2 Sendo f (x) a função definida por aquela série nos pontos onde é convergente, calcule
f ′ (1); f ′′ (1) e escreva a série de Taylor de f no ponto x = 1 da função x + f ′ (x)
Solução.
(x − 1)k
1. Temos ak = √ , logo
k · 3k
√
ak+1 (x − 1)k+1 k
k·3
1
= lim ⇒ lim √ · =
r k→∞ ak k→+∞ k + 1 · 3k+1 (x − 1)k
√
|x − 1| k |x − 1|
= lim = <1
3 k→+∞ k+2 3
∑
+∞
k(k − 1)(x − 1)k−2 2
⇒ f ′′ (x) = √ ⇒ f ′′ (1) = √
k=2
k · 3k 9 2
∑
+∞ (x − 1)k ∑
+∞ k(x − 1)k−1
Seja g(x) = x+f (x) = x+ √ ⇒ g ′ (x) = 1+f ′ (x) = 1+ √
k=1 k · 3k k=1 k · 3k
∑
+∞ g (k) (1)
sua série de Taylor em x = 1 é: g(x) = (x − 1)k , assim g (k) (x) =
k=0 k!
f (k) (x), k ≥ 2
1 ′′ ∑+∞
1 (k)
′
g(x) = [1 + f (1)] + [1 + f (1)](x − 1) + [f (1)](x − 1) +2
[g (1)](x − 1)k +
2! k=3
k!
√
1 1 2 ∑ 1
+∞
g(x) = 1 + [1 + ](x − 1) + (x − 1)2 + [g (k) (1)](x − 1)k
3 2! 9 k=3
k!
√
4 2 ∑
+∞
1 (k)
Assim, g(x) = 1 + (x − 1) + (x − 1) +
2
[f (1)](x − 1)k
3 18 k=3
k!
Exercı́cio 1.2.19.
∑
+∞
1
Considere a série de potências (−1)k (1 − )k xk .
k=1
k
Exercı́cio 1.2.20.
2
Desenvolver em série de potências de x a função f (x) = .
3 + 4x3
Solução.
1 ∑ +∞
4x3
Sabe-se que = yn, |y| < 1, logo quando y = −
1−y n=0
3
3
1 ∑ 4x3
+∞
3 ∑ +∞ 3 4x
n 4x n
3 = (− )n , ⇒ = (−1) ( ) 3 <1 ⇒
1+ 34x
n=0
3 3 + 4x3 n=0
3
2∑ ∑
+∞
n 3n +∞
2n+1 3n
2 n4 x n2 x 3
3
= (−1) n
, = (−1) n+1
|x3 | <
3 + 4x 3 n=0 3 n=0
3 4
√ √
∑
+∞
n2
2n+1
3n 3 3
Portanto, f (x) = (−1) n+1 x , (− 3 , 3 ).
n=0 3 4 4
36 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 1.2.21.
x3
Considere a função f (x) = . Desenvolva f (x) em série de potências de x,
1 + x2
determine o respectivo intervalo de convergência e calcule o valor de f (9) (0).
Solução.
x3 1 ∑+∞
Temos f (x) = =x ·
3
= (−1)n x2n+3 sempre que |x2 | < 1
1+x 2 1 − (−x ) n=0
2
∑
+∞
Por outro lado, f ′ (x) = (−1)n (2n + 3)x2n+2
n=0
∑
+∞ ∑
+∞
′′ n 2n+1 ′′′
f (x) = (−1) (2n + 3)(2n + 2)x , f (x) = (−1)n (2n + 3)(2n + 2)(2n + 1)x2n
n=0 n=0
∑
+∞
(iv)
f (x) = (−1)n (2n + 3)(2n + 2)(2n + 1)(2n)x2n−1
n=1
∑
+∞ ∑
+∞
(2n + 3)! 2n−2
f (v)
(x) = (−1) (2n + 3)(2n + 2)(2n + 1)(2n)(2n − 1)x
n 2n−2
= (−1)n x
n=2 n=2
(2n − 2)!
∑
+∞
(2n + 3)!
Em geral f (k) (x) = (−1)n x2n+3−k .
n=k−3
(2n + 3 − k)!
∑
+∞
(2n + 3)! 2n−6
Logo, f (9) (0) = (−1)n 0 = 0.
n=6
(2n − 6)!
∑
+∞
Portanto, f (x) = (−1)k x2k+3 , intervalo de convergência (−1, 1) f (9) (0) = 0.
k=0
Exercı́cio 1.2.22.
Sempre que |x| < 1, verificar a representação em séries de potências.
∑
+∞
x ∑
+∞
x2 + x
n
1. nx = 2. n2 xn =
n=1
(1 − x)2 n=1√
(1 − x)3
∑
+∞
x3 + 4x2 + x 1 + x ∑ x2n+1
+∞
3. n3 xn = 4. Ln =
n=1
(1 − x)4 1 − x n=1 2n + 1
Solução.
∑
+∞
1
1. Sabe-se que 1 + x + x + x + x + x + · · · =
2 3 4 5
xn = sempre que |x| < 1.
n=0
1−x
∑
+∞
1
1 + 2x + 3x + 4x + 5x + 6x + · · · =
2 3 4 5
nxn−1 =
n=0
(1 − x)2
∑
+∞ ∑
+∞
x
x nxn−1 = nxn =
n=0 n=0
(1 − x)2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 37
∑
+∞
x
Portanto, nxn = .
n=1
(1 − x)2
∑
+∞
1+x ∑
+∞
x2 + x
2 n−1
nx = ⇒ x n2 xn−1 =
n=1
(1 − x)3 n=1
(1 − x)3
∑
+∞
x2 + x
Portanto, n2 xn = .
n=1
(1 − x)3
∑
+∞
1 + 4x + x2 ∑
+∞
x + 4x2 + x3
3 n−1
nx = ⇒ x n2 xn−1 =
n=1
(1 − x)4 n=1
(1 − x)4
∑
+∞
x3 + 4x2 + x
Portanto, n3 xn = .
n=1
(1 − x)4
√
1+x 1
4. Podemos escrever Ln = [Ln(1 + x) − Ln(1 − x)].
1−x 2
∑
+∞
1 ∑
+∞
1
xn = e (−1)n xn =
n=0
1−x n=0
1+x
[ ] [ +∞ ]
1 ∑ ∑ 1∑ ∑
+∞ +∞ +∞
1 1 1 n n n n n
+ = (−1) x + x = [(−1) + 1]x = x2n
2 1+x 1−x 2 n=0 n=0
2 n=0 n=0
∫ [ ] ∫ √
1 1 1 ∑
+∞
1 + x ∑ x2n+1
+∞
+ dx = x2n dx ⇒ Ln =
2 1+x 1−x n=0
1 − x n=0 2n + 1
√
1 + x ∑ x2n+1
+∞
Portanto, Ln = .
1 − x n=1 2n + 1
Exercı́cio 1.2.23.
Encontre uma expansão em série de potências de x para x2 e−x , logo derive este resul-
∑ (−1)n (n + 2)2n
+∞
tado para provar que = 8.
n=2 n!
Solução.
Exercı́cio 1.2.24.
Determine as constantes a0 , a1 , a2 , a3 e a4 de modo que
Solução.
38 Christian José Quintana Pinedo
∑
+∞
xn ∑
+∞
xn+1
′
f (x) = (−1) n+1 n
⇒ f (x) = (−1)n , |x| < 2
n=0
2 n=−1
2n+1 (n + 1)
1 xn+1
Portanto, f (x) = Ln + (−1)n n+1 converge em (−2, 2).
2 2 (n + 1)
Exercı́cio 1.2.26.
Se possı́vel, encontre o desenvolvimento em série de Mac-Laurin das seguintes funções:
1 1
1. 2. cosh x 3.
senhx (x + 1)(x − 1)
∫x
4. Ln(1 + x) 5. sen(x2 − 1) 6. sen(t2 − 1) cos(2t2 + 1)dt
0
Determine o conjunto dos números reais tais que a soma das respectivas séries de
Mac-Laurin que encontrou, coincidem com o valor das funções que representam.
Solução.
1
1. Dado que f (x) = não é continua, ou prolongável por continuidade ao ponto
senhx
1
x = 0, tem-se que f (x) = não tem desenvolvimento em série de Mac-Laurin.
senhx
1
2. Tem-se f (x) = cosh x. Podemos escrever f (x) = [ex + e−x ] ⇒
2
1 ∑ xn ∑ 1∑
+∞ +∞ n +∞
nx xn
f (x) = [ + (−1) ]= [(−1)n + 1] , x∈R
2 n=0 n! n=0 n! 2 n=0 n!
∑
+∞
x2n
Portanto, cosh x = coincidem com o valor quando x ∈ R. É óbvio que
n=0
(2n)!
a série anterior diverge para x = ±1.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 39
1
3. Tem-se f (x) = . Podemos escrever
(x + 1)(x − 1)
[ ]
1 1 1 1
f (x) = =− + ⇒
(x + 1)(x − 1) 2 1+x 1−x
1∑ ∑
+∞ +∞
f (x) = − [(−1) + 1]x = −
n n
x2n onde |x| < 1
2 n=0 n=0
∑
+∞
Portanto, f (x) = − x2n coincidem com o valor quando |x| < 1.
n=0
1 ∑ +∞ ∑
+∞
xn+1
′
f (x) = = (−1)n xn ⇒ f (x) = Ln(1 + x) = (−1)n
1 + x n=0 n=0
n+1
∑
+∞
xn+1
Como a série alternada (−1)n
converge, então do critério de Abel, sabemos
n=0
n + 1
que a série é uniformemente convergente no intervalo [0, , 1]. Em particular define
uma função contı́nua. Observe que a série de Mac-Laurin de Ln(x + 1) não converge
no ponto x = −1, (a série harmônica diverge) e em conclusão a série representa a
função no intervalo ] − 1, 1]
∑
+∞
xn+1
Portanto, Ln(1 + x) = (−1)n coincidem com o valor quando x ∈ (−1, 1].
n=0
n+1
∑
+∞ (−1)n 2n+1
5. Sabemos que seny = y para todo y, logo
n=0 (2n + 1)!
∑
+∞
(−1)n
sen(x − 1) =
2
(x2 − 1)2n+1 , (x2 − 1) ∈ R
n=0
(2n + 1)!
∑
+∞
(−1)n
Portanto, sen(x − 1) =
2
(x2 − 1)2n+1 coincidem com o valor quando
n=0
(2n + 1)!
x ∈ R.
∫x
6. Seja f (x) = sen(t2 − 1) cos(2t2 + 1)dt, então
0
1
f ′ (x) = sen(x2 − 1) cos(2x2 + 1) = [sen(3x2 ) − sen(x2 + 2)]
2
1
f ′ (x) = [sen(3x2 ) − sen(x2 ) cos(2) − sen(2) cos(x2 )]
2
40 Christian José Quintana Pinedo
[ +∞ [ ]
1 ∑ 32n+1 − cos(2) ] ∑
+∞
(−1)n 2 2n
(x )
f ′ (x) = (−1)n x4n+2 − sen(2)
2 n=0 (2n + 1)! n=0
(2n)!
+∞ [ ]
1 ∑ (32n+1 − cos 2)x2 sen2
Portanto, f (x) = − (−1)n x4n+1 .
2 n=0 (2n + 1)!(4n + 3) (2n)!(4n + 1)
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 41
Exercı́cios 1-3
Exercı́cio 1.3.1.
Integrando termo a termo de 0 até x uma representação em série de potências de
∑
+∞
x2n+1 1
t · arctan t, mostre que (−1) ·
n
= [x − (x2 + 1) arctan x].
n=1
(4n − 1)
2 2
Solução.
Sabe-se que:
∫x +∞ ∫
∑
x
∑
+∞
t2m+1 (−1m ) 1
t · arctan tdt = t · (−1 ) ·
m
dt = · [x2m+3 − 0] ⇒
m=0 0
2m + 1 m=0
(2m + 1) (2m + 3)
0
fazendo m = n − 1 então se m = 0, n = 1, m = 1, n = 2, · · ·
∫x ∑
+∞ ∑
+∞
(−1m ) 1 x2n+1
t · arctan tdt = · x2m+3
=− (−1)n ·
m=0
(2m + 1) (2m + 3) n=1
(4n2 − 1)
0
∫x ∫x
1 1 1 1
t · arctan tdt = x2 arctan x − [1 − 2
]dt = [(x2 + 1) arctan x − x]
2 2 1+t 2
0 0
∑
+∞
x2n+1 1
Comparando as igualdades segue (−1)n · = [x − (x2 + 1) arctan x.
n=1
(4n − 1)
2 2
Exercı́cio 1.3.2.
Desenvolva as seguintes funções em série de Taylor, na vizinhança do ponto a indicado,
e determine o maior intervalo aberto de R onde a série representa a função:
1
1. x2 ex , c=0 2. − , c = −1 3. sen2 x, c=0
x
√ 2
4. Lnx, c=1 5. x, c = 1 6. , c=0
(x + 1)(x + 2)
ex − 1 1
7. , c=0 8. , c=2 9. senx, c=0
x x
Solução.
42 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 1.3.3.
Uma função f (x) tem as seguintes propriedades: f (x) > 0, ∀ x ∈ R, f ′ (x) =
2xf (x), ∀ x ∈ R e f (0) = 1. Achar uma série de potências que represente a função
f (x).
Solução.
Temos
f ′ (x)
f ′ (x) = 2xf (x)
2
⇒ = 2x ⇒ Ln[f (x)] = x2 + C1 ⇒ f (x) = Cex
f (x)
Observe que f (x) > 0 ∀ x ∈ R e como f (0) = 1 então C = 1, logo f (x) = ex . Por
2
outro lado
∑
+∞
1 2 n
f (x) = (x )
n=0
n!
∑
+∞
1 2n
Portanto, f (x) = x é a série procurada.
n=0
n!
Exercı́cio 1.3.4.
Idem ao exercı́cio 1.3.3 para uma função g(x) com as propriedades: g(0) = 0, g ′ (0) = 1
e g ′′ (x) = −g(x), ∀ x ∈ R.
Solução.
Exercı́cio 1.3.5.
Desenvolver as seguintes funções em série de Taylor no ponto x = 1 e indique o maior
intervalo aberto em que a série representa a função:
√
1 Ln x
1. f (x) = 2 2. f (x) =
x (x − 1)2
Solução.
1
1. Tem-se, f (x) = = x−2 ⇒ f ′ (x) = (−2)x−3 ⇒ f ′′ (x) = (−1)2 3!x−4
x2
(−1)n (n + 1)!
em geral f (n) (x) = ⇒ f (n) (1) = (−1)n (n + 1)! de onde an =
xn+2
f (n) (1)
= (n + 1)(−1)n .
n!
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 43
∑
+∞
Assim, f (x) = (n + 1)(−1)n (x − 1)n onde |x − 1| < 1 ou 0 < x < 2.
n=0
∑
+∞
Portanto, f (x) = (−1)n+1 n(x − 1)n−1 é a série procurada e (0, 2) é o maior
n=1
intervalo aberto em que a série converge.
√ 1 1 1
2. Seja h(x) = Ln x = Lnx ⇒ f ′ (x) = x−1 ⇒ f ′′ (x) = (−1)1!x−2 em geral
2 2 2
1 (−1)n−1 (n − 1)! (−1)n−1 n! f (n) (1)
f (x) = ·
(n)
⇒ f (1) =
(n)
de onde an = =
2 xn 2n n!
n+1
(−1)
.
2n
∑
+∞
(−1)n+1
Assim, h(x) = (x − 1)n onde |x − 1| < 1 ou 0 < x < 2.
n=0
2n
√ ∑
+∞ ∑+∞
Ln x 1 (−1)n−1 (−1)n−1
Logo f (x) = = · (x − 1) n
= (x − 1)n−2
(x − 1)2 (x − 1)2 n=0 2n n=2
2n
∑
+∞
(−1)m
Portanto, f (x) = (x − 1)m−1 é a série procurada e (0, 2) é o maior
m=1
2(m + 1)
intervalo aberto em que a série converge.
Exercı́cio 1.3.6.
1
Represente numa série de MacLaurin para |x| < 1.
(1 − x)2
Solução.
Podemos escrever
[ ] [ +∞ ] +∞
1 d 1 d ∑ n ∑
= = x = nxn−1 , se |x| < 1
(1 − x)2 dx 1 − x dx n=0 n=1
1 ∑
+∞
Portanto, = (n + 1)xn se |x| < 1.
(1 − x)2 n=0
Exercı́cio 1.3.7.
1
Sendo g(x) = , desenvolva em série de potências de (x − 0) a função g ′ (x) e
4 + x2
indique o maior intervalo aberto em que o desenvolvimento é válido.
Solução.
1 1 1
Podemos escrever g(x) = = · [ x2 ] , logo
4+x2 4 1− − 4
[ 2 ]n ∑ 2
1 ∑ x
+∞ +∞
x x2n <1
g(x) = · (−1) ·
n
= (−1)n · n+1 , 4
4 n=0 4 n=0
4
∑
+∞
2n · x2n−1
A derivada g ′ (x) = (−1)n · n+1
, |x| < 2.
n=0
4
44 Christian José Quintana Pinedo
∑
+∞
2n · x2n−1
′
Portanto, g (x) = (−1)n converge em (−2, 2).
n=1
4n+1
Exercı́cio 1.3.8.
∫x ∑
+∞
−t2 (−1)n
Verificar que e dt = x2n+1 .
n=0
(2n + 1) · n!
0
Solução.
∑
+∞
t2n
−t2
Sabemos que e = (−1)n , |t| < 1. Integrando
n=0
n!
∫x ∫x ∑ ∑ t2n+1 x
+∞ 2n +∞
−t2 nt
e dt = (−1) = (−1)n
n=0
n! n=0
n!(2n + 1) 0
0 0
∑
+∞
x2n+1
Portanto, f (x) = (−1)n converge em (−1, 1).
n=0
n!(2n + 1)
Exercı́cio 1.3.9.
∫π ∑
+∞ ∑
+∞
sen(nx) 2
Verificar a representação em séries de potências dx = .
n=1
n2
n=1
(2n − 1)3
0
Solução.
∑
+∞
sen(nx)
A série dx é convergente, pois
n=1
n2
∑
+∞
sen(nx) ∑
+∞
1
dx ≤ dx < ∞, ∀x∈R
n=1
n2 n=1
n 2
∫π {
sen(nx) cos(nx) π 1 0 se n − par
Tem-se dx = − = 3 [1 − cos(nπ)] = 2
n2 n 3 0 n se n − ı́mpar
0 n3
Logo
∫π ∑
+∞ ∑ +∞ ∫π ∑
+∞ ∑+∞
sen(nx) sen(nx) 2 2
dx = dx = =
n=1
n2 n=1
n2 n3 n=1
(2n − 1)3
0 0 n=ı́mpar
∫π ∑
+∞ ∑ +∞
sen(nx) 2
Portanto, dx = .
n=1
n 2
n=1
(2n − 1) 3
0
Exercı́cio 1.3.10.
∑
+∞ ∫π ∑
+∞
sennx 1
Dado f (x) = , verificar que f (x)dx = 2 .
n=1
n3
n=1
(2n − 1)4
0
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 45
∑
+∞
sen(nx)
A série dx é convergente, pois
n=1
n3
∑
+∞
sen(nx) ∑
+∞
1
dx ≤ dx < ∞, ∀x∈R
n=1
n3 n=1
n 3
∫π {
sen(nx) cos(nx) π 1 0 se n − par
Tem-se dx = − = 4 [1 − cos(nπ)] = 2
n3 n 4 0 n se n − ı́mpar
0 n4
Logo
∫π ∑
+∞ ∑ +∞ ∫π ∑
+∞ ∑
+∞
sen(nx) sen(nx) 2 2
dx = dx = =
n=1
n3 n=1
n3 n 4
n=1
(2n − 1)4
0 0 n=ı́mpar
∫π ∑
+∞ ∑ +∞
sen(nx) 2
Portanto, dx = .
n=1
n 3
n=1
(2n − 1) 4
0
Exercı́cio 1.3.11.
Considere a função f (x) = arctan(x2 ). 1. Escreva o desenvolvimento em série de
MacLaurin de f ′ (x), indicando o maior intervalo aberto onde esse desenvolvimento é
válido. 2. Usando a item anterior, calcule f ′ ( 12 ) + f ′′ (0).
Solução.
∑
+∞ 16
Rpta. (1.)f ′ (x) = 2(−1)k x4k+1 , (−1, 1) (2.) +2
k 17
Exercı́cio 1.3.12.
Dado um k ∈ Z+ considere a k-ésima derivada da Função de Bessel de primeira
∑ (−1)n ( x )2n+k
+∞
espécie Jk (x), definida por Jk (x) =
n=0
n!(n + k)! 2
Solução.
Exercı́cio 1.3.13.
{ 1 − cos x
se x ̸= 0
Ache a série de MacLaurin para f (x) = x e indique o raio
0 se x = 0
de convergência.
Solução.
46 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 1.3.14.
Com propriedades das séries de potências, sem aplicar critério de L’Hospital, calcular
os seguintes limites:
x − arctan x arctan x − x
1. lim 2
2. lim
x→0 x x→0 x3
1 − cos x Ln2 (x + 1) − sen2 x
3. lim x 4. lim
x→0 e − 1 − x x→0 1 − e−x2
√
Ln 3 1 + x − sen(2x)
5. lim
x→0 x
Solução.
x − arctan x
1. lim .
x→0 x2
d 1 ∑ ∞
Sabemos que arctan x = 2
= (−1)n x2n sempre que |x2 | < 1. Logo temos
dx 1+x n=0
∑ (−1)n
+∞ ∑
+∞
(−1)n 2n+1
2n+1
a igualdade arctan x = x =x+ x o limite
n=0
2n + 1 n=1
2n + 1
1 ∑ (−1)n 2n+1 ∑
+∞ +∞
x − arctan x (−1)n 2n−1
lim = − lim x = − lim x =0
x→0 x2 x→0 x2
n=1
2n + 1 x→0
n=1
2n + 1
arctan x − x
2. lim .
x→0 x3
∫x ∑ +∞ ∫x ∑
+∞
dt (−1)n x2n+1
Tem-se, arctan x = = (−1)n t2n dt = , |x| < 1 ⇒
1 + t2 n=0 n=0
2n + 1
[
0 0
]
arctan x − x 1 ∑
+∞ n 2n+1
(−1) x 1 x2 x4
= = − + − ··· , |x| < 1, |x| ̸= 0
x3 x3 n=1 2n + 1 3 5 7
arctan x − x ∑
+∞
(−1)n x2n−2 1
Portanto, lim 3
= lim =− .
x→0 x x→0
n=1
2n + 1 3
1 − cos x
3. lim .
x→0 ex − 1 − x
∑
+∞
(−1)n 1 2 1 4 1 6 ∑ (−1)n 2n
+∞
Sabe-se que cos x = x 2n
=1− x + x − x + x
n=0
(2n)! 2! 4! 6! n=4
(2n)!
∑
+∞
1 n 1 2 1 3 ∑ 1 n
+∞
x
Por outro lado, e = x =1+x+ x + x + x
n=0
n! 2! 3! n=4
n!
1 2 1 1 ∑ (−1)n 2n
+∞
x − x4 + x6 − x
1 − cos x 2! 4! 6! n=4 (2n)!
lim = lim
x→0 ex − 1 − x x→0 1 2 1 3 +∞ ∑ 1 n
x + x + x
2! 3! n=4 n!
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 47
1 1 1 ∑ (−1)n 2n−2
+∞
− x2 + x4 − x
1 − cos x 2! 4! 6! n=4 (2n)!
lim = lim =1
x→0 ex − 1 − x x→0 1 1 ∑ 1 n−2
+∞
+ x+ x
2! 3! n=4 n!
1 − cos x
Portanto, lim = 1.
x→0 ex − 1 − x
Ln2 (x + 1) − sen2 x
4. lim .
x→0 1 − e−x2
Tem-se:
Ln2 (x + 1) − sen2 x = −x3 , 1 − e−x = x2
2
√
Ln 3 1 + x − sen(2x) 5
Portanto, lim =− .
x→0 x 3
Exercı́cio 1.3.15.
Com as propriedades das séries de potências, encontre os números α, β ∈ R para os
[ ]
sen(3x) α
quais lim + 2 + β = 0.
x→0 x3 x
Solução.
∑
+∞
x2n+1
Sabe-se que senx = (−1)n , x ∈ R.
n=0
(2n + 1)!
∑
+∞
32n+1 x2n+1
Logo sen(3x) = (−1)n , x ∈ R.
n=0
(2n + 1)!
48 Christian José Quintana Pinedo
3 33 ∑
+∞ 2n+1 2n−2
sen(3x) α n3 x α
Por outro lado, 3
+ 2
+ β = 2
− + (−1) + 2 + β. No limite
x x x 6 n=2 (2n + 1)! x
[ ] [ ]
33 ∑
+∞ 2n+1 2n−2
sen(3x) α 3 3 x α
lim + 2 + β = lim 2 − + (−1)n + 2 +β =0 ⇒
x→0 x3 x x→0 x 6 n=2
(2n + 1)! x
[ ] [ ]
3 33 α 3 + α 6β − 33 9
lim − + 2 + β = lim + =0 ⇒ α = −3, β=
x→0 x2 6 x x→0 x2 6 2
9
Portanto, α = −3, β= .
2
Exercı́cio 1.3.16.
∫0,2
senx
Calcular dx com precisão até 0, 0001.
x
0
Solução.
∑
+∞ (−1)n 2n+1
Desde que senx = x para todo x ∈ R, então
n=0 (2n + 1)!
senx ∑ (−1)n 2n
+∞
= x , 0 ≤ x ≤ 0, 2
x n=0
(2n + 1)!
∑
+∞
(−1)n ∑ +∞
(−1)n
I= [(0, 2)2n+1 ] =
n=0
(2n + 1)!(2n + 1) n=0
(2n + 1)!(2n + 1)52n+1
∫0,2 ∑ +∞
senx (−1)n 1 1 1
Assim, I = dx = 2n+1
= − + −
x n=0
(2n + 1)!(2n + 1)5 5 2250 1875000
0
1
− + · · · = 0, 5 − 0, 00044444... + 0, 000000533... − 0, 0000018285...
2756250000
∫0,2
senx
Portanto, dx = 0, 49955.
x
0
Exercı́cio 1.3.17.
Dada a função f (x) = ex , expanda-a em série de Taylor, com aproximação até terceira
ordem, em torno de x0 = 0
Solução.
Temos f (n) (x) = ex , ∀ n ∈ N, logo f (n) (0) = e0 = 1, assim
∑
+∞ (n)
f (0) f ′ (0) f ′′ (0) 2 f ′′′ (0) 3
f (x) = (x − 0)n ⇒ f (x) = f (0) + x+ x + x + ...
n=0
n! 1! 2! 3!
x2 x3
Portanto a função f (x) = ex expandida até a terceira ordem é f (x) = 1+x+ + .
2 6
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 49
Exercı́cio 1.3.18.
1
Idem ao exercı́cio anterior (1.3.17), para a função g(x) =
(x + 2)2
Solução.
(−1)n n! (−1)n n!
Temos g (n) (x) = , ∀ n ∈ N, logo g (n) (0) = , assim
(x + 2)n+2 2n+2
∑
∞
g (n) (0) g ′ (0) g ′′ (0) 2 g ′′′ (0) 3
g(x) = (x − 0)n ⇒ g(x) = g(0) + x+ x + x + ...
n=0
n! 1! 2! 3!
isto é
1 2 3! 4!
− 3 x + 4 x2 − 5 x3 + . . .
g(x) =
2
2 2 2 2
−2
Portanto a função f (x) = (x + 2) expandida até a terceira ordem é
1 1 3 3
g(x) = − 2 x + 3 x2 − x3
4 2 2 4
Exercı́cio 1.3.19.
Determine o grau do polinômio de Taylor Pn (x), expandido em torno de x = 1, de
modo que o resto da aproximação de Ln(1, 2) seja menor do que 0, 001
Solução.
Exercı́cio 1.3.20.
∫0,1 x
e −1
Calcular dx com precisão até 0, 001.
x
0
Solução.
ex − 1 ∑ xn
+∞
Mostra-se no Exercı́cio (??)-7 que = , logo
x n=0
(n + 1)!
∫0,1 ∫0,1∑
+∞ ∑ +∞ 0,1 ∑ +∞
ex − 1 xn xn+1 (0, 1)n+1
dx = dx = = =
x n=0
(n + 1)! n=0
(n + 1)!(n + 1) 0
n=0
(n + 1)!(n + 1)
0 0
Exercı́cio 1.3.21.
Por diferenciação termo a termo da série de potências do exercı́cio (??)-7 , mostre
∑
+∞ n
que = 1.
n=1 (n + 1)!
Solução.
50 Christian José Quintana Pinedo
ex − 1 ∑ xn
+∞
Pelo exercı́cio (??)-7 sabemos que = então
x n=0
(n + 1)!
∑
+∞
n
Portanto, quando x = 1 segue = 1.
n=1
(n + 1)!
Exercı́cio 1.3.22.
Calcule as seguintes integrais com erro inferior a 10−4 :
∫1/2 ∫1 ∫1/3
senx dx
1. senx2 dx 2. dx 3.
x 1 + x4
0 1/2 0
∫1 ∫2 ∫1
√ 2
4. cos xdx 5. Lnx2 dx 6. ex dx
0 1 0
Solução.
∑
+∞ (−1)n 2(2n+1)
1. Sabemos que senx2 = x para todo x ∈ R, então
n=0 (2n + 1)!
⇕
⇕
⇕
senx +∞ ∑ (−1)n 2n 1
2. Desde que = x para todo x ∈ R em particular se ≤ x ≤ 1, en-
x n=0 (2n + 1)! 2
∫1 ∑
+∞ ∫1
∑
+∞ 1
senx (−1)n (−1)n
tão I= dx = x2n dx = x2n+1 1 ⇒
x n=0
(2n + 1)! n=0
(2n + 1)!(2n + 1) 2
1 1
2 2
∑
+∞
(−1)n 1
I= [1 − ( )2n+1 ]
n=0
(2n + 1)!(2n + 1) 2
∫1 ∑
+∞ [ 2n+1 ]
senx (−1)n 2 −1 1 7 31
Assim, I = dx = 2n+1
= − + −
x n=0
(2n + 1)!(2n + 1) 2 2 144 19200
1
2
127
− + · · · = 0, 5 − 0, 04861111 + 0, 00161458 − 0, 000028123
4515840
∫1
senx
Portanto, dx = 0, 45297.
x
1/2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 51
3.
⇕
⇕
⇕
∑
+∞
(−1)n √ ∑
+∞
(−1)n √ 2n
4. Sabe-se que cos α = · α2n ⇒ cos x= · ( x) , assim
n=0
(2n)! n=0
(2n)!
∫1 ∫1
√ ∑ √ ∑ (−1)n xn+1 1 ∑ (−1)n
+∞ +∞ +∞
(−1)n 1
cos xdx = ( x)2n dx = · = ·
n=0
(2n)! n=0
(2n)! n + 1 0 n=0 (2n)! n + 1
0 0
∫1 ∑
√ +∞
(−1)n 1 1 1 1 1
Logo, cos xdx = · = 1− + − + =
n=0
(2n)! n + 1 6 72 2880 201600
0
0, 36111607920626.
∫1 ∑
√ +∞
(−1)n 1
Portanto, cos xdx = · ≈ 0, 36112.
n=0
(2n)! n + 1
0
6.
Exercı́cio 1.3.23.
1
Use séries de potências para calcular Ln(1, 2) e arctan , com erro inferior a 10−4 .
1000
Solução.
• Na calculadora tem-se Ln(1, 2) = 0, 1823215567....
d 1 1 ∑
+∞
Sabemos que Ln(1 + x) = = = (−1)n xn sempre que |x| < 1.
dx 1+x 1 − (−x) n=0
∑
+∞ n
(−1) n+1 1 1 1 1
Logo temos a igualdade Ln(1 + x) = x = x − x2 + x3 − x4 + x5 −
n=0
n+1 2 3 4 5
1 6 1 7 ∑ (−1)n n+1
+∞
x + x − x logo
6 7 n=7
n + 1
2 1 22 1 23 1 24 1 25 1 26
Ln(1 + 0, 2) = − · 2 + · 3 − · 4 + · 5 − · 6 = 0, 18232155679
10 2 10 3 10 4 10 5 10 6 10
Sendo 0, 1823215567... − 0, 18232155679 = 0, 00000155679 inferior a 10−4 resolve o
exercı́cio.
1
• Na calculadora tem-se arctan = 0.24497866....
4
d 1 ∑
+∞
Sabemos que arctan x = = (−1)n x2n sempre que |x2 | < 1. Logo temos
dx 1 + x2 n=0
∑+∞
(−1)n 2n+1 1 1 1 ∑
+∞
(−1)n 2n+1
a igualdade arctan x = x = x − x3 + x5 − x7 + x logo
n=0
2n + 1 3 5 7 n=4
2n + 1
1 1 1 1 1 1 1 1
arctan = − × 3 + × 5 − × 7 = 0, 244978259858631
4 4 3 4 5 4 7 4
52 Christian José Quintana Pinedo
∑
+∞
k(−1)k+1 ∑
+∞
k(−1)k+1
−x2 −1
e = x 2k−2
⇒ e =
k=1
k! k=1
k!
∑
+∞
(−1)n ∑
+∞
(−1)n
−1
Por outro lado, e = =1+ assim
n=0
n! n=1
n!
∑
+∞ ∑
+∞ +∞ [
∑ ]
(−1)n k(−1)k+1 k(−1)k+1 (−1)k+1
1+ = ⇒ 1= +
n=1
n! k=1
k! n=1
k! k!
∑
+∞
(−1)k+1
Portanto, 1= (k + 1).
n=1
k!
Exercı́cio 1.3.25.
∫1
1
Calcular √ dx com quatro casas decimais.
1 + x2
0
Solução.
1
Para a função f (x) = √ = (1+x2 )−1/2 , tem-se a fórmula do binômio = (1−z)α =
1 + x2
( )
∑ α
+∞
z n , |z| < 1, n ∈ N:
n=0 n
Quando z = x2 e α = −1/2
1 1(3) 4 (−1)n 1(3) · · · (2n − 1) 2n
(1 + x2 )−1/2 = 1 − x2 + 2 x − ··· + x + se x2 < 1
2 2 · 2! 2n · n!
Assim
∫1 ∫1 [ ]
1 1 2 1(3) 4 (−1)n 1(3) · · · (2n − 1) 2n
√ dx = 1− x + 2 x − ··· + x + dx ⇒
1 + x2 2 2 · 2! 2n · n!
0 0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 53
∫1
1 1 1(3) (−1)n 1(3) · · · (2n − 1) 2n 1
√ dx = x − x3 + x5
− · · · + x + ⇒
1 + x2 6 5 · 22 · 2! (2n + 1)2n+1 · n! 0
0
∫1
1 1 3 15 (−1)n 1(3) · · · (2n − 1) 2n
√ dx = 1 − + − − ··· + x + ⇒
1 + x2 6 40 336 (2n + 1)2n+1 · n!
0
∫1
1
√ dx = 1 − 0, 166667 + 0, 075 − 0, 04464 = 0, 863693
1 + x2
0
∫1
1
Portanto, √ dx = 0, 8637
1 + x2
0
Exercı́cio 1.3.26.
∫1
Calcular senx2 dx com cinco casas decimais.
0
Solução.
y y3 y5 y7
Sabemos que seny = − + − + ··· se |y| < 1, logo
1! 3! 5! 7!
∫1 ∫1 [ ]
x2 x6 x10 x14 1 1 1 1
senx dx = 2
− + − + · · · dx = − + − +· · · = 0, 31028
1! 3! 5! 7! 3 42 1320 75.600
0 0
∫1
Portanto, senx2 dx = 0, 31028.
0
Exercı́cio 1.3.27.
Dada a função f (x) = senx expanda-a em série de Taylor, com aproximação até
terceira ordem, em torno de x0 = 0 (ou c = 0).
Solução.
Temos que: f (x0 ) = f (0) = sen0 = 0. Por outro lado, f ′ (x) = cos x ⇒ f ′ (0) =
cos 0 = 1.
Também f ′′ (x) = −senx ⇒ f ′ (0) = −sen0 = −. Por último, f ′′′ (x) = − cos x ⇒
′′′
f (0) = − cos 0 = −1.
Na fórmula de Taylor temos
Exercı́cio 1.3.28.
1
Dada a função f (x) = √ expanda-a em série de Taylor, com aproximação até
1+x
terceira ordem, em torno de x0 = 0 (ou c = 0).
Solução.
1 1
Temos que f (x0 ) = f (0) = √ = 1. Por outro lado, f ′ (x) = − √ ⇒
1+0 2 (1 + x)3
1 1
f ′ (0) = − √ =− .
2 (1 + 0)3 2
3 3 3
Também f ′′ (x) = √ ⇒ f ′′ (0) = √ = . Por último, f ′′′ (x) =
4 (1 + x)5 4 (1 + 0)5 4
15 15 15
− √ ⇒ f ′′′ (0) = − √ =− .
8 (1 + x) 7 8 (1 + 0)7 8
Na fórmula de Taylor temos
1 3 15
− −
f (x) = 1 + 2 (x − x0 ) + 4 (x − x0 )2 + 8 (x − x0 )3
1! 2! 3!
1 3 15
f (x) = 1 − x + x2 − x3
2 8 48
1 1 3 2 15 3
Portanto, f (x) = √ =1− x+ x − x .
1+x 2 8 48
Exercı́cio 1.3.29.
Demonstre a seguinte desigualdade:
x3 π
x− ≤ senx ≤ x, 0≤x≤
6 2
Sugestão: aplique a fórmula de Taylor de primeira e segunda ordem.
Solução.
Todas as derivadas de f (x) tem senx, logo f (n) (0) = 0 sempre que n for par, assim,
1
senx = x − x3 − · · · .
3!
Se a expansão for com aproximação até quinta ordem, teremos
1 3 1 5
senx = x − x − x − ···
3! 5!
1 3
com x em radianos. Logo, x ≤ senx;
x−
3!
π
Sendo f (x) − senx função crescente em x ∈ [0, ], segue senx ≤ x;
2
x3 π
Portanto, x − ≤ senx ≤ x, x ∈ [0, ].
6 2
Exercı́cio 1.3.30.
Determine o desenvolvimento em série de Taylor no ponto x = C, das seguintes
funções:
1
1. sen2 (x), C=0 2. , C=0 3. Ln(x + 1), C=1
(1 − x)(1 + x2 )
π 1
4. x cos(2x), C= 5. (x + 1)2 arctan x, C = 0 6. 3x + 3 , C = 1
2 x
Determine o conjunto dos números reais tais que a soma das respectivas séries de
Taylor que encontrou, coincidem com o valor das funções que representam.
Solução.
1
1. Da fórmula sen2 (x) = (1 − cos(2x)) , obtém-se
2
1( ∑ 2n )
1∑
+∞ +∞ 2n
n n x n+1 n x
2
sen (x) = 1− (−1) 4 = (−1) 4 , x∈R
2 n=0
(2n)! 2 n=1 (2n)!
Outra solução
Podemos fazer f (x) = sen2 x ⇒ f ′ (x) = 2senx cos x = sen(2x), logo
∑
+∞ 2n+1
2 (−1)n ∑
+∞
22n+1 (−1)n
′
f (x) = x 2n+1
⇒ f (x) = x2n+2
n=0
(2n + 1)! n=0
2(2n + 1)!(n + 1)
1∑ n
+∞
= [x + (−1)n x2n + (−1)n x2n+1 ]
2 n=0
1∑ 1∑
+∞ +∞
= [1 + (−1)n ]x2n + [1 + (−1)n ]x2n+1 , |x| < 1
2 n=0 2 n=0
56 Christian José Quintana Pinedo
( ) ( π ) ∑
+∞
π (x − π2 )2n
cos(2x) = cos 2(x − + π) = − cos 2(x − ) = (−1)n+1 4n , x∈R
2 2 n=1
(2n)!
Logo
∑
+∞
− π2 )2n+1 π ∑
+∞
n+1 n (x − 2 )
π 2n
n+1 n x
x · cos(2x) = (−1) 4 + (−1) 4 , x∈R
n=1
(2n)! 2 n=1 (2n)!
∑
+∞
x2n+1
arctan x = (−1)n , |x| < 1.
n=0
2n + 1
Usando o critério de Leibnitz para séries alternadas, obtém-se que a série de Mac-
Laurin anterior converge em ambos os extremos do intervalo de convergência. Do
∑
+∞ x2n+1
critério de Abel conclui-se que a série (−1)n converge uniformemente no
n=0 2n + 1
intervalo [−1, 1] . Consequentemente define uma função contı́nua, e
∑
+∞
1 ∑
+∞
x2n+1 π
± (−1) n
= lim ∓ (−1)n = lim ∓ arctan x = ±
n=0
2n + 1 x→±1 n=0 2n + 1 x→±1 4
∑
+∞
x2n+1
2 2
(x + 1) arctan x = (x + 2x + 1) (−1)n
n=0
2n + 1
∑
+∞
x2n+1 ∑
+∞ 2n
n+1 n+1 x
=x+2 (−1) + 2 (−1)
n=1
4n2 − 1 n=1
2n − 1
∑
+∞
(Ln3)n
3x = 3 · 3x−1 = 3e(x−1)Ln3 = 3 (x − 1)n , x∈R
n=0
n!
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 57
1 d2 ∑ 1∑
+∞ +∞
1 1 d2 1
3
= 2
= 2
n n
(−1) (x−1) = (−1)n (n+2)(n+1)(x−1)n , |x−1| < 1
x 2 dx x 2 dx n=0 2 n=0
Lembre que soma de uma série convergente com uma outra divergente é uma série
divergente.
Exercı́cio 1.3.31.
2x(x − 2)
Considere a função f : R − {−2} −→ R, . f (x) =
(x + 2)(x2 + 4)
1. Determine o desenvolvimento de Mac-Laurin de f .
2. Determine f (n) (0), n ∈ N.
Solução.
2x(x − 2) 2 4
1. f (x) = 2
= − 2
(x + 2)(x + 4) x+2 x +4
∑
+∞ [ ]k ∑+∞ [ 2 ]k
1 1 k x k x
f (x) = [ ]− [ 2] = (−1) − (−1)
1 − − x2 1 − − x4 k=0
2 k=0
4
∑
+∞ k ∑
+∞ k ∑
+∞ 2k
kx kx kx
f (x) = (−1) k + (−1) k − (−1) k
2 2 4
k=par k=ı́mpar k=0
∑
+∞ 2k
x ∑
+∞ 2k+1
x
f (x) = [1 − (−1) ] −
k
k=0
4k k=0
22k+1
∑
+∞
(2k)x2k−1 ∑
+∞
(2k + 1)x2k
′
f (x) = [1 − (−1) ] − k
k=1
4k k=1
22k+1
em geral
∑
+∞
(2k)!x2k−n ∑
+∞
(2k + 1)!x2k+1−n
f (n)
(x) = [1 − (−1) ] −
k
k=n
4k k=n
22k+1
assim temos:
(2n)!
• Se n par, isto é se n = 2k segue f (2n) (0) = (1 − (−1)n ), n∈N
4n
58 Christian José Quintana Pinedo
(2n + 1)!
• Se n ı́mpar, isto é se n = 2k + 1 segue f (2n+1) (0) = − , n∈N
22n+1
Exercı́cio 1.3.32.
Usando os desenvolvimentos obtidas nos exercı́cios (1.3.28) e (1.3.29)-(4), indique
justificadamente a existência de extremos das funções consideradas, respectivamente, nos
pontos aos quais são relativos os desenvolvimentos de Taylor.
Solução.
1. Seja f (x) = sen2 (x). Então f ′ 0) = 0 e f ′′ (0) = 2 > 0. Logo f tem um ponto de
mı́nimo local em x = 0. Com efeito, mostramos em (1.3.28) que f (x) = sen2 (x) =
∑
1 +∞ x2n
(−1)n+1 4n , x ∈ R, logo.
2 n=1 (2n)!
1∑
+∞
′ x2n−1
f (x) = (−1)n+1 4n ⇒ f ′ (x) = 0 ⇒ x=0
2 n=1 (2n − 1)!
1∑
+∞ 2n−2
′′ n+1 n 0
f (0) = 2 + (−1) 4 =2>0
2 n=2 (2n − 2)!
x 1∑ n
+∞
1
h(x) = = 1 + + [x + (−1)n x2n + (−1)n x2n+1 ]
(1 − x)(1 + x2 ) 2 2 n=1
1 1 ∑ n−1
+∞
h′ (x) = + [nx + 2n(−1)n x2n−1 + (2n + 1)(−1)n x2n ]
2 2 n=1
observe que se x = 0 for ponto de extremo acontecerı́a h′ (0) = 0.
Portanto, como h′ (0) = 1 ̸= 0, logo h não tem um ponto de extremo local em. x = 0;
1
3. Seja g(x) = Ln(1 + x) . Então g ′ (1) = ̸= 0 e logo g não tem um ponto de extremo
2
local em x = 1;
1
6. Seja h(x) = 3x + 3 . Então h′ (1) = 3(Ln3 − 1) ̸= 0 e logo h não tem um ponto de
x
extremo local em x = 1.
Exercı́cio 1.3.33.
Desenvolver pela fórmula de MacLaurin até os termos de terceira ordem, inclusive, a
função f (x, y) = senhy cos x.
Solução.
∂f ∂f ∂ 2f ∂ 2f
= −senhysenx, = cosh y cos x, = −senhy cos x, = senhy cos x
∂x ∂y ∂x2 ∂y 2
∂ 2f ∂ 3f
= −senhysenx, = senhysenx
∂x∂y ∂x3
∂ 3f ∂ 3f ∂ 3f
= − cosh y cos x, = − cosh y cos x, = cosh y cos x
∂x2 ∂y ∂x∂y 2 ∂y 3
Sendo série de MacLaurin, x = 0, y = 0 logo:
∂f ∂f ∂ 2f ∂ 2f ∂ 2f
(0, 0) = 0, (0, 0) = 1, (0, 0) = 0, (0, 0) = 0, (0, 0) = 0
∂x ∂y ∂x2 ∂y 2 ∂x∂y
∂ 3f ∂3f ∂ 3f ∂3f
(0, 0) = 0, (0, 0) = −1, (0, 0) = −1, (0, 0) = 1
∂x3 ∂x2 ∂y ∂x∂y 2 ∂y 3
A representação até terceira ordem é:
[ ]
∂f ∂f 1 ∂ 2f 2 ∂ 2f ∂ 2f 2
f (x, y) = f (0, 0)+ (0, 0)x+ (0, 0)y+ (0, 0)x + 2 (0, 0)xy + 2 (0, 0)y +
∂x ∂y 2! ∂x2 ∂x∂y ∂y
[ ]
1 ∂3f 3 ∂ 3f 2 ∂ 3f 2 ∂ 3f 3
+ (0, 0)x + 3 2 (0, 0)x y + 3 (0, 0)xy + 3 (0, 0)y
3! ∂x3 ∂x ∂y ∂x∂y 2 ∂y
1 [ 2 ]
Portanto, f (x, y) = y − 3x y + 3xy 2 − y 3 .
3!
Exercı́cio 1.3.34.
Desenvolver pela fórmula de MacLaurin até os termos de quarta ordem, inclusive, a
função g(x, y) = e−y senx.
Solução.
∂g ∂g ∂2g ∂ 2g
= e−y cos x, = −e−y senx, = −e−y senx, = −e−y cos x
∂x ∂y ∂x2 ∂x∂y
∂2g ∂3g ∂ 3g ∂ 3g
2
= e−y senx, 3
= −e−y cos x, 2
= e−y senx, 2
= e−y cos x
∂y ∂x ∂x ∂y ∂x∂y
∂ 3g ∂4g ∂4g ∂ 4g
3
= −e−y senx, 4
= e−y senx, 3
= e−y cos x, 2 2
= −e−y senx
∂y ∂x ∂x ∂y ∂x ∂y
60 Christian José Quintana Pinedo
∂ 4g ∂ 4g
= −e−y cos x, = e−y cos x
∂x∂y 3 ∂y 4
Por outro lado,
∂g ∂g ∂ 2g ∂ 2g ∂ 2g
(0, 0) = 1, (0, 0) = 0, (0, 0) = 0, (0, 0) = −1, (0, 0) = 0
∂x ∂y ∂x2 ∂x∂y ∂y 2
∂ 3g ∂ 3g ∂ 3g ∂ 3g ∂ 4g
(0, 0) = −1, (0, 0) = 0, (0, 0) = 1, (0, 0) = 0, (0, 0) = 0
∂x3 ∂x2 ∂y ∂x∂y 2 ∂y 3 ∂x4
∂ 4g ∂ 4g ∂ 4g ∂ 4g
(0, 0) = 1, (0, 0) = 0, (0, 0) = −1, (0, 0) = 1
∂x3 ∂y ∂x2 ∂y 2 ∂x∂y 3 ∂y 4
A representação até quarta ordem é:
[ ]
∂g ∂g 1 ∂ 2g 2 ∂2g ∂ 2g 2
g(x, y) = g(0, 0)+ (0, 0)x+ (0, 0)y+ (0, 0)x + 2 (0, 0)xy + 2 (0, 0)y +
∂x ∂y 2! ∂x2 ∂x∂y ∂y
[ ]
1 ∂ 3g 3 ∂ 3g 2 ∂3g 2 ∂ 3g 3
+ (0, 0)x + 3 2 (0, 0)x y + 3 (0, 0)xy + 3 (0, 0)y +
3! ∂x3 ∂x ∂y ∂x∂y 2 ∂y
[ 4 ]
1 ∂ g 4 ∂4g 3 ∂ 4g 2 2 ∂ 4g 3 ∂ 4g 4
+ (0, 0)x + 4 3 (0, 0)x y + 6 2 2 (0, 0)x y + 4 (0, 0)xy + 4 (0, 0)y
4! ∂x4 ∂x ∂y ∂x ∂y ∂x∂y 3 ∂y
Logo, sendo g(0.0) = 0 segue:
1 1 1
g(x, y) = x + [−2xy] + [−x3 + 3xy 2 ] + [4x3 y − 4xy 3 + y 4 ]
2! 3! 4!
1 1 1 1 1
Portanto, g(x, y) = x − xy − x3 + xy 2 + x3 y − xy 3 + y 4 .
6 2 6 6 24
Exercı́cio 1.3.35.
Determine o polinômio de Taylor de ordem m das funções seguintes nos pontos indi-
cados.
1
1. f (x, y) = , m = 2, (x0 , y0 ) = (2, 1)
2 + x − 2y
2. f (x, y) = cos(x + seny), m = 2, (x0 , y0 ) = (0, 0)
Solução.
1
1. f (x, y) = , m = 2, (x0 , y0 ) = (2, 1)
2 + x − 2y
1 ∂f 1 ∂f 2
Tem-se f (x, y) = ⇒ =− , = ,
2 + x − 2y ∂x (2 + x − 2y)2 ∂y (2 + x − 2y)2
∂2f 2 ∂ 2f 4 ∂ 2f 8
= , =− , =
∂x2 (2 + x − 2y)3 ∂x∂y (2 + x − 2y)3 ∂y 2 (2 + x − 2y)3
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 61
1 ∂f 1 ∂f 2
Logo, tem-se f (2, 1) = , (2, 1) = − , (2, 1) = ,
4 ∂x 4 ∂y 4
∂2f 2 ∂ 2f 4 ∂ 2f 8
2
(2, 1) = , (2, 1) = − , 2
(2, 1) =
∂x 8 ∂x∂y 8 ∂y 8
⇕
⇕
⇕
∂f ∂f ∂ 2f ∂ 2f ∂ 2f
= ex+2y , = 2ex+2y , 2
= ex+2y , = 2ex+2y , 2
= 4ex+2y
∂x ∂y ∂x ∂x∂y ∂y
∂ 3f ∂ 3f ∂ 3f ∂ 3f
3
= ex+2y , 2
= 2ex+2y , 2
= 4ex+2y , 3
= 8ex+2y
∂x ∂x ∂y ∂x∂y ∂y
No ponto (0, 0) segue f (0, 0) = 1, e:
∂f ∂f ∂ 2f ∂ 2f ∂2f
(0, 0) = 1, (0, 0) = 2, (0, 0) = 1, (0, 0) = 2, (0, 0) = 4
∂x ∂y ∂x2 ∂x∂y ∂y 2
∂ 3f ∂3f ∂ 3f ∂ 3f
(0, 0) = 1, (0, 0) = 2, (0, 0) = 4, (0, 0) = 8
∂x3 ∂x2 ∂y ∂x∂y 2 ∂y 3
A representação até terceira ordem é:
∂f ∂f 1 [ ∂ 2f 2 ∂ 2f
f (x, y) = f (0, 0) + (0, 0)x + (0, 0)y + (0, 0)x + 2 (0, 0)xy+
∂x ∂y 2! ∂x2 ∂x∂y
62 Christian José Quintana Pinedo
∂2f ] 1 [ ∂ 3f ∂ 3f ∂ 3f ∂ 3f
]
2 3 2 2 3
+ 2 (0, 0)y + (0, 0)x + 3 2 (0, 0)x y + 3 (0, 0)xy + 3 (0, 0)y
∂y 3! ∂x3 ∂x ∂y ∂x∂y 2 ∂y
Isto é
1 [ 2 ] 1 [ 3 ]
f (x, y) = 1 + x + 2y + x + 4xy + 4y 2 + x + 6x2 y + 12xy 2 + 8y 3
2! 3!
⇕
⇕
⇕
⇕
⇕
⇕
Capı́tulo 2
Exercı́cios 2-1
Exercı́cio 2.1.1.
Para os exercı́cios seguintes classificar cada equação diferencial segundo a ordem, o
grau (quando possı́vel) e a linearidade. Determine a função incógnita e a variável inde-
pendente
√
1. y ′′′ − 9xy ′ = senx + 2 2. xy ′′ − x2 y ′ + Lnx y = x2
2
[ n ] 32
2d s ds d y
3. t 2 − st = t 4. = y4 − 1
dt dt dxn
dt d2 y ( dy )4
5. ( )5 = 8p 6. x2 · 2 − xy =0
dp dx dx
dn x 2 ′ √
7. = y 2
+ 1 8. xy − x y + Lnx y = x2 − x − 1
dy n
d6 s
9. − 9p = 0 10. y (5) + xy ′′ + x2 y ′ + cos y = 0
dp6
11. x4 y (4) + 2xy ′′′ = ex 12. (y ′′ )2 − 8xy ′ + 2xy = 0
Solução.
63
64 Christian José Quintana Pinedo
d2 s ds
3. t2 2
− st = t
dt dt
Equação diferencial ordinária, não linear com coeficientes variáveis de segunda or-
dem não homogênea de primeiro grau.
[ ] 32
dn y
4. = y4 − 1
dxn
Equação diferencial ordinária, não linear com coeficientes variáveis de n-ésima ordem
não homogênea, não tem grau.
dt 5
5. ( ) = 8p
dp
Equação diferencial ordinária de primeira ordem não linear homogênea de quinto
grau com coeficientes constantes.
d2 y ( dy )4
6. x2 · − xy =0
dx2 dx
Equação diferencial ordinária, não linear com coeficientes variáveis de segunda or-
dem (não de quarta ordem !) homogênea de primeiro grau.
dn x
7. = y2 + 1
dy n
Aqui x = x(y), é uma equação diferencial ordinária, linear com coeficientes cons-
tantes e não homogênea de n-ésima ordem de primeiro grau.
√
8. xy − x2 y ′ + Lnx y = x2 − x − 1
Equação diferencial ordinária, não linear com coeficientes variáveis de primeira or-
dem não homogênea de primeiro grau.
d6 s
9. − 9p = 0
dp6
Equação diferencial linear ordinária de sexta ordem homogênea de primeiro grau
com coeficientes constantes.
Exercı́cio 2.1.2.
Para cada exercı́cio, elimine as constantes arbitrárias e construa a equação diferencial
respectiva.
Solução.
−4(y ′ + y) = y ′′ − y ⇒ y ′′ + 4y ′ + 3y = 0
A equação pedida é y ′′ + 4y ′ + 3y = 0.
3. y = C1 e2x + xC2 e2x ⇒ y ′ = 2C1 e2x + 2xC2 e2x + C2 e2x = 2y + C2 e2x derivando
novamente y ′′ = 2y ′ +2C2 e2x como y ′ −2y = C2 e2x , substituindo y ′′ = 2y ′ +2(y ′ −2y).
A equação pedida é y ′′ − 4y ′ + 4y = 0.
9. y = x + C1 e−x + C2 e−3x
Portanto, y ′′ + 4y ′ + 3y = 3x + 4.
10. Cy 2 = x2 + y
[ ]
2Cyy ′ = 2x + y ′ ⇒ 2Cy 2 y ′ = 2xy + yy ′ ⇒ 2 x2 + y y ′ = 2xy + yy ′
Exercı́cio 2.1.3.
Para cada exercı́cio, aplicando o teorema de existência e unicidade, determine uma
região onde admite solução a equação diferencial.
x √
1. y ′ = x2 + y 2 2. y ′ = 3. y ′ = y + 3 3 y
√ y
√ √
4. y ′ = x − y ′
5. y = x2 − y − x 6. y ′ = 1 − y 2
y+1
7. y ′ = 8. y ′ = seny − cos y 9. y ′ = 1 − cot y
x−y
√ √
10. y ′ = 3 3x − y − 1 11. 2y ′ = 3 3 y 2 12.
Solução.
O teorema diz:
“Seja dada uma equação diferencial y ′ = f (x, y), onde a função f (x, y)
está definida no recinto R = { (x, y) ∈ R2 /. |x − x0 | ≤ a, |y − y0 | ≤ b } do
plano-xy que contêm o ponto (x0 , y0 ).”
“Se a função f (x, y) satisfaz as condições:”
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 67
1. y ′ = x2 + y 2
Segundo o teorema temos que f (x, y) = x2 + y 2 , esta função é contı́nua em R2 .
∂f
Sua derivada parcial = 2y é contı́nua com respeito a x e y, no região R2 .
∂y
Portanto, existe solução em qualquer ponto (x0 , y0 ) ∈ R2 .
x
2. Equação y ′ =
y
x
Segundo o teorema temos que f (x, y) = , esta função é contı́nua em R2 exceto
y
nos pontos (x, 0).
∂f x
Sua derivada parcial = − 2 é contı́nua com respeito a x e y, no região R2
∂y y
exceto nos pontos (x, 0).
Portanto, existe solução em qualquer ponto (x0 , y0 ) ∈ R2 exceto nos pontos (x, 0).
√
3. Equação y ′ = y + 3 3 y
√
Segundo o teorema temos que f (x, y) = y + 3 3 y, esta função é contı́nua em R2 .
∂f 1
Sua derivada parcial = 1+ √ é contı́nua com respeito a x e y, no região R2
∂y 3
y2
exceto nos pontos onde y = 0.
Portanto, existe solução em qualquer ponto (x0 , y0 ) ∈ R2 exceto nos pontos onde
y = 0.
√
4. Equação y ′ = x − y
√
Temos que f (x, y) = x − y é contı́nua em R = { (x, y) ∈ R2 . x ≥ y }, isto é,
contı́nua nos pontos embaixo e na fronteira da reta y = x.
∂f 1
Sua derivada parcial = − √ é contı́nua com respeito a x e y, no região
∂y 2 x−y
totalmente embaixo da reta y = x (não considerar a fronteira)
Portanto, existe solução em qualquer ponto (x0 , y0 ) ∈ R = { (x, y) ∈ R2 . x > y }.
√
5. y ′ = x2 − y − x
√
Temos que f (x, y) = x2 − y − x é contı́nua em R = { (x, y) ∈2 . x2 − y ≥ 0 },
isto é, contı́nua nos pontos embaixo e na fronteira da parábola y = x2 .
∂f 1
Sua derivada parcial = − √ é contı́nua com respeito a x e y, no região
∂y 2 x2 − y
totalmente embaixo da parábola y = x2 (não considerar a fronteira)
68 Christian José Quintana Pinedo
Portanto, existe solução em qualquer ponto (x0 , y0 ) ∈ R2 , sen considerar sua fron-
teira.
√
6. y′ = 1 − y2
√
Temos que f (x, y) = 1 − y 2 é contı́nua em R = { (x, y) ∈ R2 . 1 − y 2 ≥ 0 }, isto
é, contı́nua nos pontos da faixa horizontal limitada pelas retas y = ±1, ∀ x ∈ R.
∂f yy ′
Sua derivada parcial = −√ é contı́nua com respeito a x e y, no região
∂y 1 − y2
da faixa −1 < y < 1, ∀ x ∈ R, ∀ x ∈ R.
Portanto, existe solução em qualquer ponto (x0 , y0 ) ∈ R2 − { y = ±1 }.
y+1
7. Equação y′ =
x−y
y+1
Temos que f (x, y) = é contı́nua em R = { (x, y) ∈ R2 . x − y ̸= 0 }, isto é,
x−y
contı́nua nos pontos do plano exceto na reta y = x, ∀ x ∈ R.
∂f x+1
Sua derivada parcial = é contı́nua nos pontos do plano exceto na reta
∂y (x − y)2
y = x, ∀ x ∈ R
Portanto, existe solução em qualquer ponto (x0 , y0 ) ∈ R2 − { y = x }.
9. Equação y ′ = 1 − cot y
Temos que f (x, y) = 1 − cot y é contı́nua em R = { (x, y) ∈ R2 . y ̸= 0 }, isto é,
contı́nua nos pontos do plano exceto nas retas y = 2kπ, ∀ k ∈ Z.
∂f
Sua derivada parcial = csc2 y é contı́nua nos pontos do plano exceto nas retas
∂y
y = 2kπ, ∀ k ∈ Z
Portanto, existe solução em qualquer ponto (x0 , y0 ) ∈ R2 − { y = 2kπ, ∀ k ∈ Z }.
√
10. Equação y ′ = 3 3x − y − 1
√
Temos que f (x, y) = 3 3x − y − 1 é contı́nua em (x, y) ∈ R2 , isto é, contı́nua em
todos os pontos do plano.
∂f 1
Sua derivada parcial =− √ é contı́nua nos pontos do plano exceto
∂y 3 (3x − y)2
3
na reta 3x = y
Portanto, existe solução em qualquer ponto (x0 , y0 ) ∈ R2 − { 3x = y }.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 69
√
11. Equação 2y ′ = 3 3 y 2
3√
Temos que f (x, y) = 3 y 2 é contı́nua em (x, y) ∈ R2 , isto é, contı́nua em todos
2
os pontos do plano.
∂f 1
Sua derivada parcial = −√ é contı́nua nos pontos do plano exceto na reta
∂y 3
y2
y = 0.
Portanto, existe solução em qualquer ponto (x0 , y0 ) ∈ R2 − { y = 0 }.
Exercı́cio 2.1.4.
Determine se, a função indicada é solução da equação.
1. função: y(x) = 2e−x + xex , equação: y ′′ + 2y ′ + y = 0.
∫x
sent
9. função: y = x dt, equação: xy ′ = y + xsenx.
t
0
[∫ ]
ex
10. função: y=x dx , equação: xy ′ − y = xex .
x
}
x = cos t
11. função: , equação: x + yy ′ = 0.
y = sent
}
x = tet
12. função: equação: (1 + xy)y ′ + y 2 = 0.
y = e−t
}
x = earctan t
13. função: , equação: y − xy ′ = 0.
y = e− arctan t
x = tLnt } y′
′
14. função: , equação: y Ln( ) = 4x.
y = t2 (2Ln(t) + 1) 4
{
−x2 se, x < 0
15. função: y = , equação: xy ′ − 2y = 0.
x2 se, x ≥ 0
70 Christian José Quintana Pinedo
{
0 se, x<0
16. função: y = , equação: (y ′ )2 − 9xy = 0.
x3 se, x≥0
1
18. função: y = , equação: y ′ + 2xy 2 = 0 em (−1, 1) porém não em
−1
x2
qualquer outro intervalo mais amplo contendo (−1, 1).
Solução.
1
4. Função: y = Ce−2x + ex , equação: y ′ + 2y = ex .
3
Para todo x ∈ R derivando temos
[ ] [ ]
′ −2x 1 x ′ −2x 1 x −2x 2 x
y = −2Ce + e ⇒ y + 2y = −2Ce + e + 2Ce + e
3 3 3
Sim, é solução ∀ x ∈ R.
√
5. Função: y = x 1 − x2 , equação: yy ′ = x − 2x3 .
√
Supondo x ∈ [−1, 1], temos que existe y = x 1 − x2 ⇒ y 2 = x2 (1 − x2 )
derivando implicitamente 2yy ′ = 2x − 4x3 = 2(x − x3 ).
Sim, é solução ∀ x ∈ [−1, 1].
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 71
√
6. Função: y = 2 + C 1 + x2 , equação: (1 − x2 )y ′ + xy = 2x.
Para todo x ∈ R derivando e multiplicando
[ por] (1 − x2 ) temos (1 − x2 )y ′ =
x(1 − x )C
2
x(1 − x )C
2 [ √ ]
√ ⇒ (1 − x2 )y ′ + xy = √ + 2x + xC 1 + x2 ⇒
1 + x2 1 + x2
2xC
(1 − x2 )y ′ + xy = 2x + √
1 + x2
√
Não, é solução da equação y = 2 + C 1 + x2 .
logo, y ′ − y = ex+x .
2
logo, xy ′ = y + xsenx.
Portanto, sim, é solução em R.
[∫ x ]
e
10. Função: y = x dx , equação: xy ′ − y = xex .
x
∫ x [∫ x ]
′ e ′ e
Derivando y = dx + e x
⇒ xy = x dx + xex , isto é xy ′ = y + xex
x x
Portanto, sim, é solução em R.
72 Christian José Quintana Pinedo
}
x = cos t
11. Função: , equação: x + yy ′ = 0.
y = sent
Temos
} dy
dx = −sent dy cos t x
⇒ = dt
dx
=− =− ⇒ x + yy ′ = 0
dy = cos t dx dt
sent y
Sim é solução!
}
x = tet
12. Função: equação: (1 + xy)y ′ + y 2 = 0.
y = e−t
Temos
}
dx = (t + 1)et dt dy e−t e−2t
⇒ =− = − ⇒
dy = −e−t dt dx (t + 1)et (t + 1)
Sim, é solução em R.
}
x = earctan t
13. Função: , equação: y − xy ′ = 0.
y = e− arctan t
Temos
dt xdt
dx = e ·
arctan t
= dy y
1+t 2 1 + t2
−ydt ⇒ =− ⇒ xy ′ + y = 0
dy = e− arctan t ·
(−dt)
=
dx x
1+t 2 1 + t2
Não é solução!
x = tLnt } y′
14. Função: , equação: y ′ Ln( ) = 4x.
y = t2 (2Ln(t) + 1) 4
Temos
}
dx = (Lnt + 1)dt 4tLnt + 4t y′
⇒ y′ = = 4t e Ln( ) = Ln(t)
dy = (4tLnt + 3t)dt Lnt + 1 4
′ y′
y Ln( ) = 4tLn(t) = 4x
4
Sim é solução!
{
−x2 se, x<0
15. Função: y = , equação: xy ′ − 2y = 0.
x2 se, x≥0
A função y = y(x) é contı́nua em x = 0, mediante a definição da derivada, mostra-se
que
f (h) − f (0) −h2 − 0
f ′ (0− ) = lim− = lim− =0
h→0 h h→0 h
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 73
f (h) − f (0) h2 − 0
f ′ (0+ ) = lim+
= lim+ =0
h→0 h h→0 h
{ {
dy −2x se, x < 0 dy −2x2 se, x < 0
Temos = ⇒ x =
dx 2x se, x ≥ 0 dx 2x2 se, x ≥ 0
{
2x2 se, x < 0
Também −2y = ⇒ xy ′ − 2y = 0
−2x2 se, x ≥ 0
Sim, é solução em R.
{
0 se, x<0
16. Função: y = , equação: (y ′ )2 − 9xy = 0.
x3 se, x≥0
Como {
0 se, x<0
−9xy = ⇒ (y ′ )2 − 9xy = 0
−9x se,
4
x≥0
Sim, é solução em R.
Exercı́cio 2.1.5.
√ √ dy x
Mostre que y = 9 − x2 e y = − 9 − x2 são soluções para = − no intervalo
{ √ dx y
√9 − x se, −3 < x < 0
2
(−3, 3). Explicar por que y = não é uma solução para
− 9 − x2 se, 0 ≤ x < 3
a equação diferencial no intervalo (−3, 3).
Solução.
74 Christian José Quintana Pinedo
√
Temos que y = 9 − x2 existe em R sempre que x ∈ [−3, 3]. Se x = ±3 segue que
dy x
y = 0, assim, = − não tem sentido. Logo, caso exista solução será no intervalo
dx y
(−3, 3).
√ x
Como y = 9 − x2 ⇒ y 2 = 9 − x2 ⇒ 2yy ′ = −2x de onde y ′ = − em
√ y
(−3, 3). O caso y = − 9 − x é análogo.
2
√ √ dy x
Portanto y = 9 − x2 e y = − 9 − x2 são soluções para = − no intervalo
dx y
(−3, 3).
Para o caso da função dada temos
{ √
√9 − x se, −3 < x < 0
2
y=
− 9−x 2 se, 0 ≤ x < 3
Exercı́cio 2.1.6.
Determine valores de m para que y = xm seja uma solução para cada equação diferen-
cial.
1. x2 y ′′ − y = 0 2. x2 y ′′ + 6xy ′ + 4y = 0
Solução.
Exercı́cio 2.1.7.
Determine valores de m para que y = emx seja uma solução para cada equação dife-
rencial.
1. y ′′ − 5y ′ + 6y = 0 2. y ′′ + 10y ′ + 25y = 0
Solução.
y ′′ − 5y ′ + 6y = 0 ⇒ emx (m2 − 5m + 6) = 0
Exercı́cio 2.1.8.
Determine uma solução do problema de valor inicial (pvi) indicado para a solução
geral dada, onde C1 e C2 são constantes arbitrárias.
1. y ′ + y = 0; y(3) = 2. Solução geral: y = C1 e−x .
Exercı́cio 2.1.9.
Determine uma solução do problema de valores de contorno indicado para a solução
geral dada, onde C1 e C2 são constantes arbitrárias.
π π
1. y ′′ + 4y = 0; y( ) = 0, y( ) = 1. Solução geral: y = C1 sen2x + C2 cos 2x.
8 6
π
2. y ′′ + 4y = 0; y(0) = 1, y( ) = 2. Solução geral: y = C1 senx + C2 cos x.
2
76 Christian José Quintana Pinedo
Solução.
π π
1. y ′′ + 4y = 0; y( ) = 0, y( ) = 1..
8 6
Como a solução geral é: y = C1 sen2x + C2 cos 2x então
π π √
0 = C1 sen + C2 cos ⇒ 0 = 2(C1 + C2 ) ⇒ 0 = C1 + C2
4 4
π π 1 √ √
1 = C1 sen + C2 cos ⇒
1 = ( 3C1 + C2 ) ⇒ 2= 3C1 + C2
3 3 2
√ √
Resolvendo o sistema C1 = 3 + 1, C2 = −( 3 + 1)
π
2. y ′′ + 4y = 0; y(0) = 1, y( ) = 2.
2
Como a solução geral é: y = C1 sen2x + C2 cos 2x então
1 = C1 sen0 + C2 cos 0 ⇒ 1 = C2
π π
2 = C1 sen + C2 cos ⇒ 2 = C1 + 0 ⇒ 2 = C1
2 2
Portanto, C1 = 2, C2 = 1.
Exercı́cio 2.1.10.
Determine C1 e C2 de modo que a função dada, satisfaça as condições indicadas.
π π √
1. Função: y = C1 sen2x + C2 cos 2x + 1. Condições: y( ) = 0, y ′ ( ) = 2
8 8
2. Função: y = C1 e2x + C2 ex + 2senx. Condições: y(0) = 1, y ′ (0) = 1
Solução.
√
1. Função: y = C1 sen2x + C2 cos 2x + 1. Condições: y( π8 ) = 0, y ′ ( π8 ) = 2
√ √
2 2
Observe que y( 8 ) = C1 sen 8 + C2 cos 8 + 1 = 0 ⇒
π 2π 2π
C1 + C2 = −1.
2 2
√
A derivada y ′ = 2C1 cos 2x−2C2 sen2x ⇒ y ′ (0) = 2C1 cos 2π 8
−2C 2 sen 2π
8
= 2
√ } √ √
C1 + C2 = − 2 1− 2 1+ 2
Resolvendo o sistema ⇒ C1 = C2 = − .
C1 − C2 = 1 2 2
√ √
1− 2 1+ 2
Portanto, y(x) = sen2x − cos 2x + 1.
2 2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 77
−1
}
eC1 + eC2 = 1 − e
Resolvendo o sistema ⇒ eC2 = −2 − 2e
eC1 + 2eC2 = −1 − 3e
eC1 = 3 + e ⇒ C1 = 1 + 3e−1 C2 = −2 − 2e−1 .
Portanto, y(x) = (1 + 3e−1 )ex − (2 + 2e−1 )xex + x2 ex .
78 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 2.1.11.
Para os seguintes exercı́cios, determine C1 e C2 de modo que y(x) = C1 senx+C2 cos x
satisfaça s condições dadas. Determine se tais condições são iniciais ou de contorno.
π π
1. y(0) = 1, y ′ (0) = 2 2. y(0) = 2, y ′ (0) = 1 3. y( ) = 1, y ′ ( ) = 2
2 2
π π
4. y(0) = 1, y( ) = 1 5. y ′ (0) = 1, y( ) = 1 6. y(0) = 1, y ′ (π) = 1
2 2
3π π π
7. y(0) = 1, y( ) = 2 8. y(0) = 0, y ′ (0) = 0 9. y( ) = 0, y( ) = 1
2 4 6
′ π
10. y(0) = 0, y ( ) = 1
2
Solução.
1. Dado y(x) = C1 senx + C2 cos x, como y(0) = 1, y ′ (0) = 2 então
y(0) = 1 ⇒ 1 = C1 sen0 + C2 cos 0 ⇒ C2 = 1
y ′ (x) = C1 cos x − C2 senx ⇒ 2 = C1 cos 0 − C2 sen0 ⇒ C1 = 2
3π
7. Dado y(x) = C1 senx + C2 cos x, como y(0) = 1, y( )=2 então
2
y(0) = 1 ⇒ 1 = C1 sen0 + C2 cos 0 ⇒ C2 = 1
3π 3π 3π
y( )=2 ⇒ 2 = C1 sen + C2 cos ⇒ C1 = −2
2 2 2
π π π
y ′ (x) = C1 cos x − C2 senx ⇒ y ′ ( ) = C1 cos − C2 sen = 1 ⇒ C2 = −1
2 2 2
Exercı́cio 2.1.12.
Demonstrar que a curva cujo coeficiente angular da tangente em cada ponto é propor-
cional à abscissa do ponto de tangencia é uma parábola.
Solução.
80 Christian José Quintana Pinedo
Seja y = y(x) a curva. No ponto (x0 , y0 ) da curva, temos que o coeficiente angular da
dy
reta tangente é dado por (x0 ).
dx
dy
Pela hipótese do problema temos que (x0 ) = Kx0 , onde K ∈ R é uma constante.
dx
Em geral em qualquer ponto da curva y = y(x) temos a equação diferencial que satisfaz
dy dy
as condições do problema é (x) = Kx, isto é = Kx ⇒ y = K1 x2 + K2 onde
dx dx
1
K1 = K.
2
Portanto, a parábola y = K1 x2 + K2 satisfaz as condições do problema.
Exercı́cio 2.1.13.
Achar uma curva que passe pelo ponto (1, 1) de tal maneira que o coeficiente angular
da tangente em cada ponto seja diretamente proporcional ao quadrado da ordenada nesse
ponto.
Solução.
Exercı́cio 2.1.14.
√ 1
Verificar que y1 (t) = t e y2 (t) = são soluções da equação diferencial 2t2 y ′′ +
t
3ty ′ − y = 0.
Solução.
√ 1
Como y1 (t) = t e y2 (t) = são linearmente independentes e pelas propriedades da
t
√ 1
linearidade da derivada, então y(t) = t + também será solução. Temos
t
1 1 1 2
y ′ (t) = √ − 2 ⇒ y ′′ (t) = − √ + 3
2 t t 4t t t
3t 3 t 4
3ty ′ = √ − ⇒ 2t2 y ′′ = − √ +
2 t t 2 t t
somando
t 4 3t 3 √ 1
2t2 y ′′ + 3ty ′ = − √ + + √ − = t + = y ⇒ 2t2 y ′′ + 3ty ′ − y = 0
2 t t 2 t t t
√ 1
Portanto, y1 (t) = t e y2 (t) = são soluções da equação diferencial 2t2 y ′′ +3ty ′ −
t
y = 0.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 81
Exercı́cio 2.1.15.
√
2 t2
Verificar que y(t) = 1 + Ln(1 + t3 ) é solução do pvi y′ = , y(0) = 1.
3 y(1 + t3 )
Para qual intervalo esta solução é válida?
Solução.
√
2
Dado y(t) = 1 + Ln(1 + t3 ) então
3
2 2 3t2 t2
y 2 = 1 + Ln(1 + t3 ) ⇒ 2yy ′ = · ⇒ y ′
=
3 3 1 + t3 y(1 + t3 )
√ √
2 2
Em y(t) = 1 + Ln(1 + t ) ⇒ y(0) = 1 + Ln(1 + 03 ) = 1. A solução é
3
3 3
válida para todo x ≥ 0,
√ x ∈ R.
2
Portanto, y(t) = 1 + Ln(1 + t3 ) é solução do pvi dado.
3
Exercı́cio 2.1.16.
√
O problema de valor inicial y ′ = 2 |x|; y(0) = 0 admite duas soluções y = x|x| e
y = 0. Este resultado contradiz o Teorema 2.1?
Solução.
Não contradiz o Teorema 2.1, em verdade não satisfaz as condições do teorema, pois
não é lipschitziana na origem. Este problema admite, no entanto, soluções, embora não
exista unicidade.
√ ∂f
Duas possı́veis soluções são: y ′ = f (x, y) = 2 |x| ⇒ = ...
∂y
Exercı́cio 2.1.17.
A população de uma cidade é de 1.000.000 de habitantes. Houve uma epidemia e 10%
da população contraiu um vı́rus. Em sete dias esta porcentagem cresceu para 20%. O
vı́rus se propaga por contato direto entre indivı́duos enfermos e sãos (logo, é proporcional
ao número de contatos). A partir destes dados e supondo que o modelo seja fechado,
isto é, a população se mantém constante, sem nascimentos, mortes ou migração, e os
indivı́duos tendo toda a liberdade de interagir, calcule:
Solução. 1.
dx
Pelos dados do problema temos que = kxy = kx(1 − x) onde k é a constante de
dt
proporcionalidade dos contatos. Assim
∫ ∫
1 1 x
dx = k · dt ⇒ dx = k · dt ⇒ Ln = kt + C
x(1 − x) x(1 − x) 1−x
x
⇒ = Aekt onde A = eC
1−x
0, 1 1
Quando t = 0 temos que x = 10% = 0, 1, assim = Aek·0 ⇒ A= de
1 − 0, 1 9
x 1
onde = ekt .
1−x 9
0, 2 1 1
Quando t = 7 temos que x = 20% = 0, 2, assim = e7k ⇒ k = Ln 94 de
1 − 0, 2 9 7
x 1
onde = ekt .
1−x 9
exp( 7t Ln 94 ) 9
Portanto, x(t) = t 9 e y(t) = .
9 + exp( 7 Ln 4 ) 9 + exp( 7t Ln 94 )
Solução. 2.
O tempo necessário para que a porcentagem de indivı́duos enfermos seja de 50% é
1
x(t∗ ) = = 0, 5.
2
x 1 t∗ 9 0, 5 1 t∗ 9 Ln9
= exp( Ln ) ⇒ = exp( Ln ) ⇒ t∗ = 7 ≈ 19 dias
1−x 9 7 4 1 − 0, 5 9 7 4 Ln 94
Exercı́cio 2.1.18.
Numa colmeia, a razão de crescimento da popula¸c˜ao p ´e uma fun¸c˜ao da popula¸c˜ao
1.
2.
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 83
Exercı́cios 2-2
Exercı́cio 2.2.1.
Determine quais das seguintes equações diferenciais são lineares:
1. y ′ = (senx)y + ex 2. y ′ = xseny + ex 3. y′ = y2 + x
4. y ′ = 5 5. y ′ = xy + 1 6. xy ′ + 2y = 0
Solução.
Exercı́cio 2.2.2.
Para cada exercı́cio, encontre uma solução para cada equação diferencial dada que
passe pelos pontos indicados:
dy 1
1. − y 2 = −9 (a) (0, 0) (b) (0, 3) (c) ( , 1)
dx 3
dy 1 1
2. x = y2 − y (a) (0, 1) (b) (0, 0) (c) ( , )
dx 2 2
Solução.
∫ ∫
dy dy dy
1. − y 2 = −9 ⇒ − dx = 0 ⇒ − dx = 0 logo a solução
y −9 y2 − 9
dx 2
1 y − 3
geral é Ln −x=C
6 y + 3
1 0 − 3
(a) Quando passa por (0, 0) ⇒ Ln −0 = C ⇒ C = 0. A equação
6 0 + 3
y − 3
pedida é Ln = 6x
y + 3
1 3 − 3
(b) Quando passa por (0, 3) ⇒ Ln − 0 = C ⇒ C = −∞, pois
6 3 + 3
lim Lnε = −∞. Não existe solução da equação que passe por (0, 3).
ε→0
1 1 1 − 3 1 1 1 1
(c) Quando passa por ( , 1) ⇒ Ln − =C ⇒ C = Ln − .
3 6 1 + 3 3 6 2 3
y − 3
A equação pedida é Ln − 6x = 1
y + 3
∫ ∫
dy dy 1 dy 1
2. x = y2 − y ⇒ − dx = 0 ⇒ − dx = C1 logo a
y −y y −y
dx 2 x 2 x
y − 1
solução geral é Ln − Lnx = LnC ⇔ y − 1 = Cxy
y
(a) Quando passa por (0, 1) ⇒ y − 1 = Cxy ⇒ C = 0. A equação pedida
é y = 1
(b) Quando passa por (0, 0) ⇒ y − 1 = Cxy ⇒ −1 = 0. A equação
pedida não existe.
1 1 1 1
(c) Quando passa por ( , ) ⇒ −1 = C ⇒ C = −2. A equação
2 2 2 4
pedida é y − 1 = −2xy.
Exercı́cio 2.2.3.
Determine a solução geral para as seguintes equações diferenciais:
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 85
dy
1. − y · tan x = senx 2. (x + seny − 1)dy − cos y · dx = 0
dx
dy
3. (1 + x2 ) + y = arctan x 4. dx + 2xdy = e−2y · sec2 y · dy
dx
dy dy
5. = y · tan x + cos x 6. x · − y = x2
dx dx
7. y dx − (2xy + 3)dy = 0
2
8. x · Lnx · dy + (y − 2Lnx)dx = 0
dy y cot x dx 6xy 2
9. + − =0 10. + 2 = (y2y+1)4
dx x x dy y + 1
dy 1 dy senx − (1 − y) cos x
11. + 4y = 12. =
dx 3 + 2e4x dx senx
dr
13. + 3r · cot θ = −5sen(2θ) 14. x cos xdy + [y(xsenx + cos x) − 1]dx = 0
dθ
dy x2 dy
15. x(x2 − 1) + y = √ 16. + y sec2 = tan x · sec2 x
dx x2 − 1 dx
dy dr
17. xLnx + y = Ln(Lnx) 18. + 2r cos(2θ) = sen(4θ)
dx dθ
Solução.
dy ∫
1. − y · tan x = senx ⇒ u(x) = e− tan xdx
= eLn cos x = cos x ⇒
dx
∫
d
[y · u(x)] = u(x) · senx ⇒ y cos x = cos xsenxdx + C ⇒
dx
[ ]
1 sen2 x
y cos x = sen2 x + C ⇒ y = sec x · +C
2 2
[ 2 ]
sen x
Portanto, y = sec x · +C .
2
dx 1 seny − 1
2. (x + seny − 1)dy − cos y · dx = 0 ⇒ − x=
dy cos y cos y
∫ 1
µ(y) = e− sec ydy
= e−Ln(sec y+tan y) =
sec y + tan y
∫
d seny − 1 x seny − 1
[x · µ(y)] = µ(y) · ( ) ⇒ = dy + C
dy cos y sec y + tan y cos x(sec y + tan y)
∫
x (sen2 y − 2seny + 1)
=− +C
sec y + tan y cos2 y
∫
x
= − [tan2 y − 2 tan y sec y + sec2 y] + C
sec y + tan y
x
= −2[tan y − sec y] − C + y
sec y + tan y
x = (y − C)(sec y + tan y) + 2
Portanto, y = x2 + xC].
dx 1 3 ∫ 1
µ(y) = e−
2
y 2 dx − (2xy + 3)dy = 0 ⇒ − 2x = 2 ⇒ = e−Lny =
dx 2
7. y
dy y y y2
∫
d 3 1 3 1
[x · µ(y)] = µ(y) · 2 ⇒ x 2 = 4
dy + C = − 3 + C
dy y y y y
1
Portanto, x = Cy 2 − .
y
dy 1 2
8. x · Lnx · dy + (y − 2Lnx)dx = 0 ⇒ + y=
dx x · Lnx x
∫ 1
µ(x) = e x·Lnx
dx
= eLn(Lnx) = Lnx ⇒
∫
d 2 2
[y · µ(x)] = µ(x) · ⇒ y · Lnx = Lnxdy + C = [Lnx]2 + C
dx x x
C
Portanto, y = Lnx + .
Lnx
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 87
dy y cot x ∫ 1
9. + − =0 ⇒ µ(x) = e x
dx
= eLnx = x ⇒
dx x x
∫
d cot x cot x
[y · µ(x)] = µ(x) · ⇒ yx = x dx + C ⇒
dx x x
1
yx = Ln(senx) + C ⇒ y= · [Ln(senx) + C]
x
1
Portanto, y= · [Ln(senx) + C].
x
∫ 6y
dx 6xy y2 y2
dy
+ 1 = eLn(y2 +1)3 = (y 2 + 1)3
10. + 2 = 2 ⇒ µ(x) = e
dy y + 1 (y + 1)4
∫
d y2 y 2 (y 2 + 1)3
[x · µ(x)] = µ(x) · 2 ⇒ 2
x(y + 1) = 3
dy + C ⇒
dy (y + 1)4 (y 2 + 1)4
∫
y2
2
x(y + 1) 3
dy + C ⇒ x(y 2 + 1)3 = y − arctan y + C ⇒
y2 + 1
1
Portanto, x= [y − arctan y + C].
(y 2 + 1)3
dy 1 ∫
11. + 4y = ⇒ µ(x) = e 4dx
= e4x ⇒
dx 3 + 2e4x
∫
d 1 e4x
[y · µ(x)] = µ(x) · ⇒ ye 4x
= dx + C ⇒
dx 3 + 2e4x 3 + 2e4x
[ ]
1 −4x 1
ye4x = Ln(3 + 2e4x ) + C ⇒ y=e · Ln(3 + 2e ) + C
4x
8 8
[ ]
Portanto, y = e−4x Ln(3 + 2e4x ) 8 + C .
1
dy senx − (1 − y) cos x dy
12. = ⇒ − y cot x = 1 − cot x
dx senx dx
∫
µ(x) = e− = e−Ln(senx) = csc x ⇒
cot xdx
∫
d
[y · µ(x)] = µ(x)[1 − cot x[ ⇒ y csc x = csc x(1 − cot x)dx + C ⇒
dx
y csc x = Ln(csc x − cot x) + csc x + C
1
Portanto, y= [senx + C · cos x].
x
∫
√
dy x2 1
dx x2 − 1
15. x(x − 1) + y = √
2
⇒ µ(x) = e x(x2 −1) = ⇒
dx x2 − 1 x
√ ∫
d x x2 − 1 1
[y · µ(x)] = µ(x) · √ ⇒ y = dx + C ⇒
dx (x2 − 1)3 x x2 − 1
√
x2 − 1 1 1
y = Ln(x − 1) − Ln(x + 1) + C
x 2 2
[ (√ ) ]
x x−1
Portanto, y=√ Ln +C .
x2 − 1 x+1
dy ∫
16. + y sec2 x = tan x · sec2 x ⇒ µ(x) = e sec2 xdx
= etan x ⇒
dx
∫
d
[y · µ(x)] = µ(x) · tan x · sec2 x ⇒ ye tan x
= etan x tan x · sec2 xdx + C ⇒
dx
Seja u = tan x
∫ ∫
etan x
tan x · sec xdx = eu · udu = eu (u − 1) = etan x (tan x − 1)
2
dy ∫ 1
17. xLnx + y = Ln(Lnx) ⇒ u(x) = e xLnx
dx
= eLn(Lnx) = Lnx ⇒
dx
∫
d Ln(Lnx) Ln(Lnx)
[y · u(x)] = u(x) · ⇒ yLnx = Lnx · dx + C ⇒
dx xLnx xLnx
yLnx = Lnx(Ln(Lnx) − 1) + C
C
Portanto, y = Ln(Lnx) + − 1.
Lnx
dr ∫
18. + 2r cos(2θ) = sen(4θ) ⇒ µ(θ) = e 2 cos(2θ)dθ
= esen(2θ) ⇒
dθ
∫
d
[r · µ(θ)] = µ(θ) · sen(4θ) ⇒ resen(2θ)
= esen(2θ) · sen(4θ)dθ + C ⇒
dθ
Seja u = sen(2θ)
∫ ∫
esen(2θ)
· sen(4θ)dθ = eu · udu = eu (u − 1) = esen(2θ) (sen(2θ) − 1)
Exercı́cio 2.2.4.
Resolver ex dx − ydy = 0, y(0) = 1.
Solução.
Integrando, ∫ ∫
1
e dx −
x
ydy = C ⇒ ex − y 2 = C
2
Das condições iniciais
1 1
e0 − (1)2 = C ⇒ C=
2 2
Portanto, y 2 = 2ex − 1.
Exercı́cio 2.2.5.
Determine quais das seguintes equações diferenciais são de variáveis separáveis.
[ ]2
dy 2y + 3
1. (1 + xy)dx + ydy = 0 2. = 3. xy 2 dx − x2 y 2 dy = 0
dx 4x + 5
[ ]
dx 1 + 2y 2 dy dy
4. senxdx + y 2 dy = 0 5. = 6. x + 2y = xy
dy ysenx dx dx
dy dS √
7. (y − yx2 ) = (y + 1)2 8. = kS 9. x 1 − y 2 dx = dy
dx dr
10. (1 + x2 + y 2 + x2 y 2 )dy = y 2 dx
Solução.
90 Christian José Quintana Pinedo
1. (1 + xy)dx + ydy = 0
Portanto, não, é de variáveis separáveis.
[ ]2
dy 2y + 3 dy dx
2. = ⇒ 2
− =0
dx 4x + 5 (2y + 3) (4x + 5)2
Portanto, sim, é de variáveis separáveis.
dx dx
3. xy 2 dx − x2 y 2 dy = 0 ⇒ x2 y 2 ( − dy) = 0 ⇒ − dy = 0 ou xy = 0
x x
Portanto, sim, é de variáveis separáveis.
4. senxdx + y 2 dy = 0
Portanto, sim, é de variáveis separáveis.
dx 1 + 2y 2 1 + 2y 2
5. = ⇒ senxdx − dy = 0
dy y · senx y
Sim, é de variáveis separáveis.
[ ]
dy dy
6. x + 2y = xy
dx dx
Portanto, sim, é de variáveis separáveis.
dy dy dx ydy
7. (y − yx2 ) = (y + 1)2 ⇒ y(1 − x2 ) = (y + 1)2 ⇒ − =0
dx dx 1−x 2 (y + 1)2
Portanto, sim, é de variáveis separáveis.
dS dS
8. = kS ⇒ − kdr = 0
dr S
Portanto, sim, é de variáveis separáveis.
√ dy
9. x 1 − y 2 dx = dy ⇒ xdx − √ = 0.
1 − y2
Portanto, sim, é de variáveis separáveis.
Exercı́cio 2.2.6.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 91
1 2 x+1
Portanto, (x − y 2 ) − (x + y) + ln = C é a solução geral na forma implı́cita
2 y−1
da equação diferencial.
1 1
4. (1 + y 2 )dx = xdy ⇒ dx − dy = 0
x 1 + y2
∫ ∫
1 1
dx − dy = C ⇒ Lnx − arctan y = C
x 1 + y2
∫ ∫ √ √
x y
√ dx + √ dy = C ⇒ 1 + x2 + 1 + y 2 = C
1 + x2 1 + y2
√ √
Portanto, 1 + x2 + 1 + y 2 = C é a solução geral na forma implı́cita da equação
diferencial.
√ √ x y
6. x 1 − y 2 dx + y 1 − x2 dy = 0, y(0) = 1 ⇒ √ dx + √ dy = 0
1 − x2 1 − y2
∫ ∫ √ √
x y
√ dx + √ dy = C ⇒ 1 − x2 + 1 − y 2 = −C
1 − x2 1 − y2
√ √
Quando y(0) = 1 ⇒ x = 0, y = 1, logo 1 − 02 + 1 − 12 = −C ⇒ C =
−1
√ √
Portanto, 1 − x2 + 1 − y 2 = 1 é a solução geral na forma implı́cita da equação
diferencial.
dy 1
7. e−y (1 + y ′ ) = 1 ⇒ ) = ey ⇒
(1 + dy = dx ⇒
dx e −1
y
∫ ∫
e−y
dy − dx = 0 ⇒ Ln(1 − e−y ) − x = LnC
1 − e−y
dx
11. (1 + ex )yy ′ = ey , y(0) = 0 ⇒ ye−y dy − = 0, logo
1 + ex
∫ ∫ ∫
−y dx
ye dy − =C ⇒ −ye − (−e−y )dy + Ln(e−x + 1) = C
−y
1 + ex
1 2x 1
Portanto, e − [ey + arctan y + Ln(1 + y 2 )] = C é a solução geral na forma
2 2
implı́cita da equação diferencial.
dy dz dy dz
13. = (x + y + 1)2 . Seja z = x + y + 1 ⇒ = 1 + , logo − 1 = z2 ⇒
dx dx dx dx
1
dz − dx = 0 ⇒ x = C + arctan z
z2 + 1
dy dz dy
16. = sen(x + y). Seja z = x + y, então = 1 + , logo
dx dx dx
dy dz 1 − senz
= sen(x + y) ⇒ − 1 = senz ⇒ dz − dx = 0 ⇒
dx dx cos2 z
∫ ∫ ∫
sec zdz − (sec z tan z)dz − dx = C
2
⇒ tan z − sec z − x = C
Exercı́cio 2.2.7.
Mediante substituição apropriada, reduza cada equação a uma de variáveis separáveis
e encontre a solução geral.
dy 2x − y + 1
1. (2x − y + 4)dy + (4x − 2y + 5)dx = 0 2. =
dx 6x − 3y − 1
′
3. (x + y + 1)dx + (2x + 2y − 1)dy = 0 4. y = (8x + 2y + 1)2
Solução.
3
Portanto, a solução geral da equação é y + 2x = Ln(8x − 4y + 13) + C.
4
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 95
dy 2x − y + 1
2. Na equação = consideremos t = 2x − y então y = 2x − t de onde
dx 6x − 3y − 1
dy dt
= 2 − . Substituindo na equação original
dx dx
( )
dt t+1 3t − 1
(2 − ) = ⇒ dx = dt
dx 3t − 1 5t − 3
∫ ∫ ( )
3t − 1 1 3 4 1
dx = dt + C ⇒ x = t + Ln(5t − 3) + C
5t − 3 25 5 25 25
Portanto, a solução geral da equação é 15y = 5x + 4Ln(10x − 5y − 3) + C.
3. Na equação (x + y + 1)dx + (2x + 2y − 1)dy = 0 consideremos t = x + y então y = t − x
dy dt
de onde = − 1. Substituindo
dx dx
dt
(t + 1) + (2t − 1)( − 1) = 0 ⇒ (2t − 1)dt + (2 − t)dx = 0
dx
[ ]
(2t − 1) 3
dx − dt = 0 ⇒ dx − 2 + dt = 0
(t − 2) t−2
∫ ∫ [ ]
3
dx − 2+ dt = C ⇒ x − 2t − 3Ln(t − 2) = C
t−2
x + 2y + 3Ln(x + y − 2) = C.
Portanto, a solução geral da equação é
[ ]
dy 1 du
4. Seja u = 8x + 2y + 1 logo du = 8dx + 2dy ⇒ = − 8 , assim,
dx 2 dx
[ ]
′ 1 du du
y = (8x + 2y + 1) 2
⇒ − 8 = u2 ⇒ = dx
2 dx 2u2 + 8
∫ ∫
1 1 u
⇒ du = dx + C 1 ⇒ arctan = x + C1
2u2 + 8 2 2
u
arctan = 2x + 2C1 ⇒ u = 2 tan(4x + C)
2
Portanto, 8x + 2y + 1 = 2 tan(4x + C)
Exercı́cio 2.2.8.
dy
Determine a solução da equação = y · |Lny|α com α > 0 que satisfaz a condição
dx
inicial y(0) = 0, para que valores de α tem solução única?
Solução.
dy 1
De = y · |Lny|α segue dy = dx ⇒
dx y · |Lny|α
∫ ∫
1 1
dy = dx + C ⇒ |Lny|1−α = x + C
y · |Lny|α 1−α
Dos dados iniciais, quando x = 0 segue y → 0+ , logo |Lny| → +∞, assim 1 − α > 0,
logo α < 1.
1
A solução geral da equação é |Lny|1−α = x + C quando 0 < α < 1.
1−α
A solução será única quando C = 0.
96 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 2.2.9.
Diga se as seguintes equações diferenciais são homogêneas.
x
x+y
′ ′ y2 ′2xye y
1. y = 2. y = 3. y = 2
x x x + y 5 sen( xy )
x2 + y xy 2
4. y ′ = 5. y′ = 6. y 2 y ′ = x2
x3 x2 y + y 3
Solução.
x+y αx + αy
1. y′ = = f (x, y) ⇒ f (αx, αy) = = f (x, y) para α ∈ R, α ̸= 0
x αx
Portanto, sim é homogênea.
y2 (αy)2
2. y′ = = f (x, y) ⇒ f (αx, αy) = = αf (x, y) para α ∈ R, α ̸= 0
x αx
Portanto, não é homogênea.
x αx
2xye y (2αx)(αy)e αy
3. y′ = 2 = f (x, y) ⇒ f (αx, αy) =
x + y 5 sen( xy ) (αx)2 + (αy)5 sen( αx
αy
)
x x
α2 (2xy)e y 2xye y
f (αx, αy) = 2 2 = ̸= f (x, y)
α (x + α3 y 5 sen( xy )) x2 + α3 y 5 sen( xy )
2 ′ x2′
6. y y =x 2
⇒ y = 2 = f (x, y) ⇒
y
2
(αx)
f (αx, αy) = = f (x, y) para α ∈ R, α ̸= 0.
(αy)2
Portanto, sim é homogênea.
Exercı́cio 2.2.10.
Suponha que M (x, y)dx + N (x, y)dy = 0 seja uma equação homogênea. Mostre que a
substituição x = uy transforma a equação em uma com variáveis separáveis.
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 97
Solução.
1. 4x − 3y + y ′ (2y − 3x) = 0.
dy du
Seja y = ux ⇒ =u+x .
dx dx
y du y
4x − 3y + y ′ (2y − 3x) = 0 ⇒
4 − 3 + (u + x )(2 − 3) = 0 ⇒
x dx x
∫ ∫
dx 2u − 3
(2u − 6u + 4)dx + x(2u − 3)du = 0 ⇒
2
+ du = C1
x 2u − 6u + 4
2
1 1
Lnx + Ln(2u2 − 6u + 4) = LnC1 ⇒ Ln(2y 2 − 6xy + 4x2 ) = LnC1
2 2
Portanto, 2y 2 − 6xy + 4x2 = C é a solução geral.
√
2. xy ′ = y + y 2 − x2 .
dy du
Seja y = ux ⇒ =u+x .
dx dx
√ du √
xy ′ = y + y 2 − x2 ⇒ x(u + x ) = ux + u2 x2 − x2 ⇒
dx
√ ∫ ∫
du dx 1
u+x =u+ u −1 ⇒
2 − √ du = C1
dx x u2 − 1
√ x
Lnx − Ln(u + u2 − 1) = LnC ⇒ √ =C
u + u2 − 1
√
Portanto, x2 = C(y + y 2 − x2 ) é a solução geral.
98 Christian José Quintana Pinedo
u2 + 2u − 5 2 3 5
Do fato = + − ⇒
u − u − 4u + 4
3 2 3(u − 1) 4(u − 2) 12(u + 2)
∫ ∫ ∫ ∫
dx 2 3 5
+ du + du − du = LnC1 ⇒
x 3(u − 1) 4(u − 2) 12(u + 2)
6. 4x2 − xy + y 2 + y ′ (x2 − xy + 4y 2 ) = 0
dy du
Seja y = ux ⇒ =u+x .
dx dx
du
4x2 −xy+y 2 +y ′ (x2 −xy+4y 2 ) = 0 ⇒ 4−u+u2 +(u+x )(1−u+4u2 ) = 0 ⇒
dx
∫ ∫
dx 1 4u2 − u + 1
(4u3 + 4)dx + x(4u2 − u + 1)du = 0 ⇒ + du = C1
x 4 u3 + 1
∫ ∫ ∫
dx 1 3u2 1 1
⇒ + 3
du+ du = C1 ⇒ Ln[x4 (u3 +1)(u+1)] = 4C1
x 4 u +1 4 u+1
Portanto, (y 3 + x3 )(y + x) = C é a solução geral.
√
7. xy ′ = y 2 − x2 .
√
Tem-se (y − xy ′ )2 = x2 + y 2 ⇒ xy ′ = y − x2 + y 2
dy du
Seja y = ux ⇒ =u+x .
dx dx
√ du √
xy ′ = y − x2 + y 2 ⇒ x(u + x ) = ux − x2 + u2 x2
dx
du √ 1 1
x = − 1 + u2 ⇒ dx + √ du
dx x 1 + u2
∫ ∫ √
dx 1
+ √ du = C1 ⇒ Lnx + Ln(u + 1 + u2 ) = LnC
x 1 + u2
√ √
Ln(xu + x 1 + u2 ) = LnC ⇒ y + x2 + y 2 = C
√
Portanto, y + x2 + y 2 = C é a solução geral.
9. y 3 dx + 2(x3 − xy 2 )dy = 0
dx du
Seja x = uy ⇒ =u+y
dy dy
dx du
u3 y 3 + 2(u3 x3 − xu3 y 2 ) = 0 ⇒ x3 (u + y ) + 2(u3 x3 − ux3 ) = 0
dy dy
du du
u+y+ 2(u3 − u) = 0 ⇒ y + 2u3 − u = 0 ⇒
dy dy
∫ ∫ ∫ [ ]
1 1 1 1 1
dy − du + √ √ +√ du = LnC1 ⇒
y u 2 2u − 1 2u + 1
[ 2 2 ]
y (2u − 1)
Lny − Lnu + Ln(2u − 1) = LnC1 ⇒ Ln
2 2 2 2
= LnC12 = Ln
u2
y 2 (2u2 − 1) y 2 (2u2 y 2 − y 2 )
⇒ =C ⇒ =C
u2 u2 y 2
11. 3x + y − 2 + y ′ (x − 1) = 0
Ela não é homogênea porém podemos transforma-la em homogênea.
Suponhamos 3x + y − 2 = 0 e x − 1 = 0 resolvendo o sistema resulta que x = 1 e
y = −1.
Consideremos s = x − 1 e t = y + 1 então dy = dt e dx = ds, logo substituindo
dt
na equação original resulta 3s + t + s = 0, esta equação homogênea.
ds
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 101
dt du du
Seja t = us ⇒
= u + s , assim temos 3s + us + s(u + s ) = 0.
ds ds ds
∫ ∫
ds 1 ds 1
(3+2u)ds+sdu = 0 ⇒ + du = 0 ⇒ + du = C1 ⇒
s 2u + 3 s 2u + 3
12. 2x + 2y − 1 + y ′ (3x − 7y − 3) = 0
Ela não é homogênea porém podemos transforma-la em homogênea.
Suponhamos 2x + 2y − 1 = 0 e 3x − 7y − 3 = 0 resolvendo o sistema resulta que
13 3
x= e y=− .
20 20
13 3
Consideremos s = x − e t = y+ então dy = dt e dx = ds, logo substituindo
20 20
dt
na equação original resulta 2s + 2t + (3s − 7t) = 0, esta equação homogênea.
ds
dt du
Seja t = us ⇒ = u + s , assim temos.
ds ds
du
2s + 2us + (u + s )(3s − 7us) = 0 ⇒ (7u2 − 5u − 2)ds + (7u − 3)du = 0
ds
∫ ∫ [ ]
ds (7u − 3) ds 1 35 4
+ 2 du = 0 ⇒ + + du = C1 ⇒
s 7u − 5u − 2 s 9 7u + 2 u − 1
9Lns + 5Ln(7u + 2) + 4Ln(u − 1) = LnC ⇒ s9 (7u + 2)5 (u − 1)4 = C
⇒ (7t + 2s)5 (t − s)4 = C
1 4
Portanto, (7y + 2x − )5 (y − x + )4 = C é a solução geral.
4 5
13. (y − xy ′ )2 = x2 + y 2
√
Tem-se (y − xy ′ )2 = x2 + y 2 ⇒ xy ′ = y − x2 + y 2
dy du
Seja y = ux ⇒ =u+x .
dx dx
√ du √
xy ′ = y − x2 + y 2 ⇒ x(u + x ) = ux − x2 + u2 x2
dx
du √ 1 1
x = − 1 + u2 ⇒ dx + √ du
dx x 1 + u2
∫ ∫ √
dx 1
+ √ du = C1 ⇒ Lnx + Ln(u + 1 + u2 ) = LnC
x 1 + u2
√ √
Ln(xu + x 1 + u2 ) = LnC ⇒ y + x2 + y 2 = C
√
Portanto, y + x2 + y 2 = C é a solução geral.
102 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 2.2.12.
Suponha que M (x, y)dx + N (x, y)dy = 0 seja uma equação homogênea. Mostre
que a substituição x = r cos θ, y = rsenθ transforma a equação em uma com variáveis
separáveis.
Solução.
Exercı́cio 2.2.13.
Suponha que M (x, y)dx + N (x, y)dy = 0 seja uma equação homogênea. Mostre que a
dy x
equação pode ser escrita na forma = G( ).
dx y
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 103
M (x, y) dy
Dado M (x, y)dx + N (x, y)dy = 0 então + = 0 de onde pelo fato ser
N (x, y) dx
homogênea
dy M (x, y) y β · M ( xy , 1) M ( xy , 1) x
=− =− β = − = G( ), β∈R
dx N (x, y) y · N ( y , 1)
x x
N ( y , 1) y
Exercı́cio 2.2.14.
Prove que uma equação diferencial de variáveis separáveis é sempre exata.
Solução.
Seja A(x)dx + B(y)dy = 0 uma equação de variáveis separáveis.
∂A ∂B ∂A ∂B
Temos = 0 e = 0 então = , satisfaz a condição para se uma
∂y ∂x ∂y ∂x
equação exata.
Portanto, A(x)dx + B(y)dy = 0 é exata.
Exercı́cio 2.2.15.
Determine quais das seguintes equações diferenciais são exatas.
1. 3x2 ydx + (y + x3 )dy = 0 2. (5y − 2x)y ′ − 2y = 0 3. xydx + y 2 dy
2x x2 2y
4. xy 2 dx + (x2 y + y 2 )dy = 0 5. dx − 2 dy = 0 6. y ′ = −
y y x
dx
7. (1 − 2x2 − 2y) = 4x3 + 4xy
dy
Solução.
1. Na equação 3x2 ydx+(y+x3 )dy = 0 considere-se M (x, y) = 3x2 y e N (x, y) = y+x3 ,
temos
∂M ∂N
= 3x2 , = 3x2
∂y ∂x
Portanto, sim é uma equação diferencial exata.
2. Na equação (5y − 2x)y ′ − 2y = 0 considere-se M (x, y) = −2y e N (x, y) = 5y − 2x,
temos
∂M ∂N
= −2, = −2
∂y ∂x
Portanto, sim é uma equação diferencial exata.
3. Na equação xydx + y 2 dy considere-se M (x, y) = xy e N (x, y) = y 2 , temos
∂M ∂N
= x, =0
∂y ∂x
2x x2 2x x2
5. Na equação dx − 2 dy = 0 consideremos M (x, y) = e N (x, y) = − 2 , temos
y y y y
∂M 2x ∂N 2x
= − 2, =− 2
∂y y ∂x y
Portanto, sim é uma equação diferencial exata.
2y 1 1 1
6. Na equação y′ = − ⇒ dx + dy = 0 considere-se M (x, y) = e
x x 2y x
1
N (x, y) = , temos
2y
∂M ∂N
= 0, =0
∂y ∂x
Portanto, sim é uma equação diferencial exata.
dx
7. Na equação (1 − 2x2 − 2y) = 4x3 + 4xy considere-se M (x, y) = 1 − 2x2 − 2y e
dy
N (x, y) = −(4x3 + 4xy), temos
∂M ∂N
= −2, = −12x2 − 4y
∂y ∂x
Portanto, não é uma equação diferencial exata.
Exercı́cio 2.2.16.
Para cada uma das equações, determine o valor da constante k para que a equação
seja exata.
1. (y 3 + kxy 4 − 2x)dx + (3xy 2 + 20x2 y 3 )dy = 0
2. (2xy 2 + yex )dx + (2x2 y + kex − 1)dy = 0
3. (2x − ysenxy + ky 4 )dx − (20xy 3 + xsenxy)dy = 0
4. (6xy 3 + cos y)dx + (kx2 y 2 − xseny)dy = 0
Solução.
1. (y 3 + kxy 4 − 2x)dx + (3xy 2 + 20x2 y 3 )dy = 0
Temos M (x, y) = y 3 + kxy 4 − 2x, N (x, y) = 3xy 2 + 20x2 y 3 , então
∂M ∂N
= 3y 2 + 4kxy 3 , = 3y 2 + 40xy 3 ⇒ 3y 2 + 4kxy 3 = 3y 2 + 40xy 3
∂y ∂x
Para ser exata k = 10.
2. (2xy 2 + yex )dx + (2x2 y + kex − 1)dy = 0
Temos M (x, y) = 2xy 2 + yex , N (x, y) = 2x2 y + kex − 1, então
∂M ∂N
= 4xy + ex , = 4xy + kex ⇒ 4xy + ex = 4xy + kex
∂y ∂x
Para ser exata k = 1.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 105
∂M ∂N
= −senxy − yx cos xy + 4ky 3 , = −20y 3 − senxy − xy cos xy
∂y ∂x
∂M ∂N
= 18xy 2 − seny, = 2kxy 2 − seny
∂y ∂x
Exercı́cio 2.2.17.
Verifique se as seguintes equações diferenciais são exatas, e resolva as que forem.
Solução.
∂F
Por outro lado, (x, y) = N (x, y) então
∂y
∂F 1
(x, y) = x2 + u′ (y) = x2 + y ⇒ u(y) = y 2
∂y 2
1 1
Portanto, a solução geral da equação é x2 y + x2 + y 2 = C.
2 2
106 Christian José Quintana Pinedo
∂F
Por outro lado, (x, y) = N (x, y) então
∂y
∂F
(x, y) = x + 3x2 y 2 + u′ (y) = 1 + 3x2 y 2 + x ⇒ u(y) = y
∂y
∂F
Por outro lado, (x, y) = N (x, y) então
∂y
∂F
(x, y) = xexy + u′ (y) = xexy ⇒ u(y) = C1
∂y
∂F
Por outro lado, (x, y) = N (x, y) então
∂y
∂F
(x, y) = 2x3 y + u′ (y) = 2x3 y + 4y 3 ⇒ u′ (y) = 4y 3
∂y
∂F
Por outro lado, (x, y) = N (x, y) então
∂y
∂F 1
(x, y) = x2 y + u′ (y) = yx2 + 2y 3 ⇒ u(y) = y 4
∂y 2
∂F
Por outro lado, (x, y) = N (x, y) então
∂y
∂F
(x, y) = xsenx + u′ (y) = xsenx + 1 ⇒ u(y) = y
∂y
∂M ∂N
9. ydx + xdy = 0. Temos M (x, y) = y, N (x, y) = x, então = 1, = 1.
∂y ∂x
Sim, é exata e podemos escrever
∫
ydx + xdy = 0 ⇒ d(xy) = 0 ⇒ d(xy) = C ⇒ xy = C
10. (3x2 + 6xy 2 )dx + (6x2 y + 4y 3 )dy = 0. Temos M (x, y) = 3x2 + 6xy 2 , N (x, y) =
∂M ∂N
6x2 y + 4y 3 , então = 12xy, = 12xy.
∂y ∂x
∂F
Sim, é exata. Seja (x, y) = M (x, y) então
∂x
∫
F (x, y) = (3x2 + 6xy 2 )dx = x3 + 3x2 y 2 + u(y)
∂F
Por outro lado, (x, y) = N (x, y) então
∂y
∂F
(x, y) = 6x2 y + u′ (y) = 6x2 y + 4y 3 ⇒ u(y) = y 4
∂y
Exercı́cio 2.2.18.
Suponha a, m, n, d constantes. Quais são as condições para que a equação (ax +
by)dx + (mx + ny)dy = 0 seja exata?. Resolver a equação.
Solução.
∂M ∂N
Sejam M (x, y) = ax + by e N (x, y) = mx + ny, para ser exata = então
∂y ∂x
b = m. Para ser exata∫tem que ser b = m.
a ∂F
Tem-se F (x, y) = (ax + by)dx + v(y) = x2 + bxy + v(y), logo = bx + v ′ (y) =
2 ∂y
n
bx + ny assim, v ′ (y) = ny ⇒ v(y) = y 2 .
2
a 2 n
Portanto, a solução geral é x + bxy + y 2 = C.
2 2
Exercı́cio 2.2.19.
Quais são as condições para que a equação [f (x) + g(y)]dx + [h(x) + p(y)]dy = 0 seja
exata?
Solução.
∂M ∂N
Sejam M (x, y) = f (x) + g(y) e N (x, y) = h(x) + p(y), para ser exata =
∂y ∂x
então
∫ ∫
′ ′ ′
g (y) = h (x) ⇒ g (y)dy = h′ (x)dx + C ⇒ g(y) = h(x) + C
Exercı́cio 2.2.20.
Quais são as condições para que a equação f (x, y)dx + g(x) · h(x)dy = 0 seja exata?
Solução.
∂M ∂N
Sejam M (x, y) = f (x, y) e N (x, y) = g(x) · h(x), para ser exata = então
∂y ∂x
∂f
= g ′ (x) · h(x) + g(x) · h′ (x)
∂y
∂f
Para ser exata tem que ser (x, y) = g ′ (x) · h(x) + g(x) · h′ (x).
∂y
Exercı́cio 2.2.21.
Para os seguintes exercı́cios, determine a solução das equações que satisfazem as con-
dições dadas.
Solução.
1 1 √ √ −
∫ 1
√
√
y ′ − √ y = − √ [sen x + cos x] = e−
dx
⇒ u(x) = e 2 x x
2 x 2 x
∫ √
√
− x e− x √ √ √ √
logo ye =− √ [sen x + cos x]dx + C = e− x sen x + C
2 x
√ √
y = sen x + Ce− x
√
Para y função limitada quando x → +∞ então C = 0, logo y = sen x.
logo y = 2senx + C · 2x .
Para y função limitada quando x → +∞ então C = 0, logo y = y = 2senx .
1 1 3 ∫ 1
y′ − − 2x
1
y = cos x − 2 senx ⇒ µ(x) = e dx
=√
2x x 2x x
∫
1 1 3
y√ = [ √ cos x − √ senx]dx + C ⇒
x x 3 2 x5
∫ ∫
1 1 3 1 3
y √ = √ senx + √ senxdx − √ senxdx + C ⇒
x x3 2 x5 2 x5
[ ]
√ 1
logo, y = x √ senx + C , para y → 0 quando x → +∞ então C = 0.
x3
senx
Portanto a solução que satisfaz é y = .
x
sen2 x
5. y ′ senx − y cos x = − , onde y → 0 quando x → ∞.
x2
senx ∫
y ′ − y cot x = − 2
⇒ µ(x) = e − cot xdx
= csc x
x
∫
senx 1
y csc x = − csc x · 2 dx + C = + C
x x
senx
logo, y= + Csenx, para y → 0 quando x → +∞ então C = 0.
x
senx
Portanto a solução que satisfaz é y = .
x
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 111
π
6. (1+x2 )Ln(1+x2 )y ′ −2xy = Ln(1+x2 )−2x arctan x, onde y → − quando x → −∞.
2
∫
− 2x
dx 1
= e−Ln(Ln(1+x
2 ))
O fator de integrante é e (1+x2 )Ln(1+x2 ) = , logo
Ln(1 + x2 )
d 1 1 2x arctan x
[y · ]= − ⇒
dx 2
Ln(1 + x ) (1 + x )Ln(1 + x ) (1 + x2 )Ln2 (1 + x2 )
2 2
∫ ∫
1 1 2x arctan x
y· = dx − dx + C (2.1)
Ln(1 + x )2 2 2
(1 + x )Ln(1 + x ) (1 + x2 )Ln2 (1 + x2 )
2x
Na integração por partes consideremos u = arctan x e dv = dx
(1 + x2 )Ln2 (1 + x2 )
1 1
então segue v = − 2
e du = dx.
Ln(1 + x ) 1 + x2
∫ ∫
2x arctan x arctan x dx
2 dx = − +
(1 + x2 )Ln (1 + x2 ) Ln(1 + x2 ) (1 + x2 )Ln(1 + x2 )
assim
∫ ∫
arctan x dx 2x arctan x
= − dx
Ln(1 + x2 ) (1 + x )Ln(1 + x2 )
2
(1 + x2 )Ln2 (1 + x2 )
Substituindo em (2.1)
1 arctan x
y· 2
= ⇒
Ln(1 + x ) Ln(x2 + 1)
1 arctan x
y· = +C ⇒ y = CLn(x2 + 1) + arctan x
Ln(1 + x2 ) Ln(x2 + 1)
π
Para y → − quando x → −∞ então C = 0.
2
Portanto, y = arctan x é solução particular da equação.
1 1 1
7. y ′ − ex y =2
sen − ex cos , onde y → 2 quando x → −∞.
x x x
1 1 1 d 1 1
Temos y ′ − 2 sen = ex y − ex cos ⇒ [y − cos ] = ex [y − cos ] ⇒
x x x dx x x
∫ ∫
1 1 1
d[y − cos ] = ex dx + C1 ⇒ Ln[y − cos ] = ex + C1 ⇒
1 x x
[y − cos ]
x
1 x 1 x
y − cos = Cee ⇒ y(x) = − cos + Cee
x x
1
Quando x → −∞ temos que ee → e0 = 1 e cos →0 ⇒
x
C = 2.
x
1
y(x) = − cos
x
Portanto a solução da equação é + 2ee .
x
112 Christian José Quintana Pinedo
∫
d x −x x −x −x
[e x y] = −e x · (1 + 2Lnx)x ⇒ e x y = ex x−2x (1 + 2Lnx)dx + C
x −x
dx
Exercı́cios 2-3
Exercı́cio 2.3.1.
Determine a função M (x, y) para que a equação
( 1)
M (x, y)dx + xex y + 2xy + dy = 0
x
seja exata.
Solução.
1 ∂N 1
Seja N (x, y) = xex y + 2xy + , então = ex y + xex y + 2y − 2 , logo
x ∂x x
∂M 1 1 y
= ex y + xex y + 2y − 2 ⇒ M (x, y) = [(1 + x)ex + 2]y 2 − 2
∂y x 2 x
1 y
Portanto, M (x, y) = [(1 + x)ex + 2]y 2 − 2 + u(x) onde u(x) é função só de x.
2 x
Exercı́cio 2.3.2.
Determine a função N (x, y) para que a equação
(√ √ x )
y· x + 2
−1 dx + N (x, y)dy = 0
x +y
seja exata.
Solução.
√ x √ ∂M 1 x
Seja M (x, y) = y· x−1 +
, então = √ − 2 , logo
+y x2
∂y 2 xy (x + y)2
√
∂N 1 x x 1
= √ − 2 2
⇒ N (x, y) = √ + 2
+ h(y)
∂x 2 xy (x + y) y 2(x + y)
√
x 1 2
Portanto, N (x, y) = + (x + y)−1 + h(y) onde h(y) é função só de y.
y 2
Exercı́cio 2.3.3.
My − Nx ∫t
Mostre, se = R(xy) então e R(s)ds é um fator integrante, onde t = xy.
yN − xM
Solução.
Seja a equação linear de primeira ordem M (x, y)dx + N (x, y)dy = 0 e µ(x, y) um
fator integrante, pela Propriedade 2.4, temos
∂ ∂
[µ(x, y)M (x, y)] = [µ(x, y)N (x, y)]
∂y ∂x
114 Christian José Quintana Pinedo
de onde
[ ]
∂µ ∂µ ∂M ∂N
M (x, y) (x, y) − N (x, y) (x, y) = − (x, y) − (x, y) µ(x, y)
∂y ∂x ∂y ∂x
My − Nx
Da hipótese = R(xy) então My − Nx = (yN − xM ) · R(xy) logo
yN − xM
∂µ ∂µ
M (x, y) (x, y) − N (x, y) (x, y) = −[(yN − xM ) · R(xy)]µ(x, y)
∂y ∂x
[ ] [ ]
N (x, y) ∂µ M (x, y) ∂µ
µ(x, y) · R(xy) = · − ·
yN − xM ∂x yN − xM ∂y
Seja s = xy ⇒
ds = (ydx + xdy) assim temos:
[ ] [ ]
N (x, y) ∂µ M (x, y) ∂µ
µ(x, y) · R(s)d(s) = · · (ydx + xdy) − · · (ydx + xdy)
yN − xM ∂x yN − xM ∂y
[ ]
N (x, y) ∂µ ∂µ
µ(x, y) · R(s)d(s) = · (y dx + x dy)−
yN − xM ∂x ∂x
[ ]
M (x, y) ∂µ ∂µ
− · (y dx + x dy)
yN − xM ∂y ∂y
[ ] [ ]
yN ∂µ xM ∂µ
µ(x, y) · R(s)d(s) = dx − dy+
yN − xM ∂x yN − xM ∂y
[ ] [ ]
xN ∂µ yM ∂µ
+ dy − dx
yN − xM ∂x yN − xM ∂y
Como M (x, y)dx = −N (x, y)dy segue:
[ ] [ ]
yN ∂µ xM ∂µ
µ(x, y) · R(s)d(s) = dx − dy+
yN − xM ∂x yN − xM ∂y
[ ] [ ]
−xM ∂µ yN ∂µ
+ dx + dy
yN − xM ∂x yN − xM ∂y
[ ] [ ]
yN − xM ∂µ yN − xM ∂µ
µ(x, y) · R(s)d(s) = dx + dy
yN − xM ∂x yN − xM ∂y
( ∂µ
∂µ ) dµ(x, y)
µ(x, y) · R(s)d(s) = dy ⇒
dx + = R(s)d(s)
∂x ∂y µ(x, y)
∫ ∫
dµ(x, y)
Logo, Ln[µ(x, y)] = = R(s)d(s).
µ(x, y)
∫t
R(s)ds
Portanto, µ(x, y) = e é um fator integrante, onde t = xy.
Exercı́cio 2.3.4.
Quais são as condições para que M dx + N dy = 0 tenha um fator integrante da forma
µ(x + y)?
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 115
Seja a equação linear de primeira ordem M (x, y)dx + N (x, y)dy = 0 e µ(x, y) um
fator integrante, pela Propriedade 2.4, temos
∂ ∂
[µ(x, y)M (x, y)] = [µ(x, y)N (x, y)]
∂y ∂y
de onde
[ ]
∂µ ∂µ ∂M ∂N
M (x, y) (x, y) − N (x, y) (x, y) = − (x, y) − (x, y) µ(x, y) (2.2)
∂y ∂x ∂y ∂x
∂µ ∂µ
Se tiver um fator integrante da forma µ = µ(x + y) então (x, y) = (x, y)
∂x ∂y
∂µ ∂µ ∂µ
⇒ dµ = dx + dy = (dx + dy)
∂x ∂y ∂x
em (2.2), logo multiplicando por (dx + dy):
[ ]
∂µ ∂M ∂N
[M (x, y) − N (x, y)] (x, y) · (dx + dy) = − (x, y) − (x, y) µ(x, y) · (dx + dy)
∂x ∂y ∂x
[ ]
dµ My − Nx
(x, y) = − · (dx + dy)
µ M −N
N
Como M (x, y)dx = −N (x, y)dy ⇒ dx = − dy segue:
M
[ ]
dµ My − Nx N
(x, y) = − · (− dy + dy) = −(My − Nx )dy
µ M −N M
∫
µ = µ(x, y) = e− (My −Nx )dy
= µ(x + y)
Para que∫M dx + N dy = 0 tenha um fator integrante da forma µ(x + y) tem que
acontecer − (My − Nx )dy = g(x + y).
Exercı́cio 2.3.5.
1
Verificar que, se M dx + N dy = 0 é homogênea então µ(x, y) = é um
xM + yN
fator integrante.
Solução.
Sabemos que M (x, y)dx + N (x, y)dy = 0 e é homogenea, logo M (x, y) e N (x, y)
são homogêneas do mesmo grau. Suponhamos λ ∈ R seja o grau de homogenidade.
O Teorema de Euler para funções homogêneas diz que se f = f (x, y, z) é homogênea
de grau n então cumpre a igualdade
∂f ∂f ∂f
x· (x, y, z) + y · (x, y, z) + z · (x, y, z) = n · f (x, y, z)
∂x ∂y ∂z
Em particular M (x, y) e N (x, y) como são homogêneas do mesmo grau λ. Logo
cumpre
∂M ∂M ∂N ∂N
x· (x, y)+y · (x, y) = λ·M (x, y) x· (x, y)+y · (x, y) = λ·N (x, y) (2.3)
∂x ∂y ∂x ∂y
116 Christian José Quintana Pinedo
1
Suponhamsos µ(x, y) = seja um fator integrante para equação homogênea
xM + yN
M (x, y)dx + N (x, y)dy = 0.
M (x, y) N (x, y)
A verificar que a equação dx + dy = 0 é
xM (x, y) + yN (x, y) xM (x, y) + yN (x, y)
exata. Com efeito,
[ ] ∂M [ ∂M ∂N ]
[ ]
xM (x, y) + yN (x, y) −M x +N +y
∂ M (x, y) ∂y ∂y ∂y
= 2
∂y xM (x, y) + yN (x, y) [xM (x, y) + yN (x, y)]
∂M ∂N
[ ] yN (x, y) − M N − yM
∂ M (x, y) ∂y ∂y
= (2.4)
∂y xM (x, y) + yN (x, y) [xM (x, y) + yN (x, y)]2
Por outro lado
[ ] ∂N [ ∂M ∂N ]
[ xM ]
(x, y) + yN (x, y) − N x + M + y
∂ N (x, y) ∂x ∂x ∂x
=
∂x xM (x, y) + yN (x, y) [xM (x, y) + yN (x, y)]2
[ ] xM (x, y) ∂N − M N − xN ∂M
∂ N (x, y) ∂x ∂x
= (2.5)
∂x xM (x, y) + yN (x, y) [xM (x, y) + yN (x, y)]2
De (2.4) e (2.5) segue:
[ ] [ ]
∂ M (x, y) ∂ N (x, y)
− =
∂y xM (x, y) + yN (x, y) ∂x xM (x, y) + yN (x, y)
∂M ∂N ∂N ∂M
yN (x, y) − M N − yM xM (x, y) − M N − xN
∂y ∂y ∂x ∂x
= −
[xM (x, y) + yN (x, y)]2 [xM (x, y) + yN (x, y)]2
[ ∂M ∂M ] [ ∂N ∂N ]
N x +y −M x +y
∂x ∂y ∂x ∂y
= 2
[xM (x, y) + yN (x, y)]
da igualdade (2.3)
[ ] [ ]
∂ M (x, y) ∂ N (x, y) (N λM ) − (M λN )
− = =0
∂y xM (x, y) + yN (x, y) ∂x xM (x, y) + yN (x, y) [xM (x, y) + yN (x, y)]2
1
Portanto, verifica-se que µ(x, y) = é um fator integrante.
xM + yN
Exercı́cio 2.3.6.
Para cada um dos seguintes exercı́cios, determine um fator integrante apropriado para
cada equação, e resolva-a.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 117
1. (y + 1)dx − xdy = 0.
Primeira solução : Podemos escrever
dy 1 1 ∫ 1
y′ − y = e−
1
(y + 1) − x =0 ⇒ ⇒ x
dx
=
dx x x x
1
Portanto o fator integrante é µ(x) = .
x
A solução da equação é:
[ ] [ ] ∫
1 ′ 1 1 d 1 1 1 1
y − y= ⇒ y· = 2 ⇒ y· = dx
x x x dx x x x x2
1 1
⇒ y· =− +C ⇒ y = Cx − 1
x x
A solução geral é y = Cx − 1.
Segunda solução : Sejam M (x, y) = y + 1, N (x, y) = −x.
∂M ∂N 1 ∂M ∂N 2
Como = 1 ̸= = −1. Pela Observação 2.11 temos ( − )= =
∂y ∂x N ∂y ∂x −x
∫ 1
g(x) um fator integrante é µ(x, y) = e g(x)dx = 2 .
x
1
Multiplicando a equação (y + 1)dx − xdy = 0 pelo fator integrante resulta
x2
1 f = 1 (y + 1) e N e = −1 ⇒
2
[(y + 1)dx − xdy = 0] ⇒ M 2
x x x
∫
dF f 1 1
= M ⇒ F (x, y) = 2
(y + 1)dx + g(y) = − (y + 1) + g(y) ⇒
dx x x
dF 1 e = −1
= − + g ′ (y) = N ⇒ g(y) = C2
dy x x
1
Como F (x, y) = − (y + 1) + C2 = C1 ⇒ y = Cx − 1
x
118 Christian José Quintana Pinedo
A solução geral é y = Cx − 1.
Terceira solução : A equação (y + 1)dx − xdy = 0 podemos escrever na forma
1
ydx − xdy + dx = 0 um fator integrante é − 2
x
ydx − xdy 1 y 1
⇒ − 2
− 2 dx = 0 ⇒ d( ) − 2 dx = 0
x x x x
∫ ∫
y 1 y 1
d( ) − 2
dx = C ⇒ + =C
x x x x
Portanto, a solução geral é y = Cx − 1.
2. ydx + (1 − x)dy = 0
Esta equação podemos escrever na forma ydx − xdy + dy = 0, um fator integrante
1 ydx − xdy 1 x 1
é 2
, logo 2
+ 2 dy = 0 ⇒ d( ) + 2 dy = 0 ⇒
y y y y y
∫ ∫
x 1 x 1
d( ) + 2
dy = C ⇒ − =C
y y y y
4. (y + x2 y 3 )dx + xdy = 0
Podemos escrever na forma ydx + xdy + x2 y 3 dx = 0 logo
ydx + xdy 1 1 1 1
3 3
+ dx = 0 ⇒ − d( 2
) + dx = 0 ⇒
xy x 2 (xy) x
∫ ∫
1 1 1 1
− d( 2
)+ dx = C ⇒ − + Lnx = C
2 (xy) x 2(xy)2
5. (y + x4 y 2 )dx + xdy = 0
Sejam M (x, y) = y + x4 y 2 , N (x, y) = x.
∂M ∂N ∂M ∂N
Como = 1 + 2x4 y, = 1, então − = 2x4 y
∂y ∂x ∂y ∂x
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 119
= e−
2 1
R(s)ds ds
e s = (xy)2
é o fator integrante procurado.
Logo será exata quando multiplicando pelo fator integrante a equação original
1 1
( 2
+ x2 )dx + 2 dy = 0 (2.6)
xy xy
∂F 1
Logo, = 2 + u′ (x) de onde
∂x xy
∂F 1 1 f 1
= 2 + u′ (x) = 2 + x2 = M ⇒ u′ (x) = x2 ⇒ u(x) = x3
∂x xy xy 3
1 1
Assim F (x, y) = − + x3 = C.
xy 3
1 1
Portanto, a solução geral da equação é − + x3 = C.
xy 3
6. (3x2 y − x2 )dx + dy = 0
∂M ∂N
Sejam M (x, y) = 3x2 y − x2 , N (x, y) = 1. Como = 3x2 , = 0, então
∂y ∂x
∂M ∂N
− = 3x2
∂y ∂x
Seja I = µ(x, y) um fator integrante, pela Propriedade 2.4 − (1) temos
1 ( ∂M ∂N ) ∫
3x2 dx 3
− ≡ g(x) = 3x2 ⇒ I=e = ex
N ∂y ∂x
Logo será exata quando multiplicando pelo fator integrante a equação original
3 3
ex (3x2 y − x2 )dx + ex dy = 0 (2.7)
∂F
= 3x2 ex y + u′ (x) de onde
3
Logo,
∂x
∂F f ⇒ u′ (x) = −x2 ex3
= 3x2 ex y + u′ (x) = ex (3x2 y − x2 ) = M
3 3
∂x
∫
3 1 3 1 3
Assim, u(x) = − x2 ex dx = − ex , logo F (x, y) = ex y − ex = C.
3
3 3
1
Portanto, a solução geral da equação é ex y − ex = C.
3 3
3
7. dx − 2xydy = 0
Sejam M (x, y) = 1, N (x, y) = −2xy.
∂M ∂N ∂M ∂N
Como = 0, = −2y, então − = 2y
∂y ∂x ∂y ∂x
Seja I = µ(x, y) um fator integrante, pela Propriedade 2.4 temos
1 ( ∂M ∂N ) 1 ∫ 1 1
− ≡ g(x) = − ⇒ I = e− x dx =
N ∂y ∂x x x
1
logo dx − 2ydy = 0 é exata
x
A solução geral é y 2 = Lnx + C.
8. 2xydx + y 2 dy = 0. Sejam M (x, y) = 2xy, N (x, y) = y 2 .
∂M ∂N ∂M ∂N
Como = 2x, = 0, então ̸ = .
∂y ∂x ∂y ∂x
[ ]
∂M ∂N 1 ∂M ∂N 2x 1
Segue − = 2x, por outro lado, − = = .
∂y ∂x M ∂y ∂x 2xy y
∫ 1
Pela Observação 2.11 − 2, temos que o fator integrante é µ(x, y) = e−
1
dy
y = .
y
Multiplicando pelo fator integrante a equação original temos
1( ) 1
2xydx + y 2 dy = 0 ⇒ 2xdx + ydy = 0 ⇒ x2 + y 2 = C
y 2
f(x, y) = 2xy 4 + x,
Sejam M e (x, y) = 4x2 y 3 .
N
Resolvendo pelo método da exatas (2.8).
∫
∂F e (x, y)
=N ⇒ F (x, y) = 4x2 y 3 dy + u(x) = x2 y 4 + u(x)
∂y
∂F
Logo, = 2xy 4 + u′ (x) de onde
∂x
∂F f 1
= 2xy 4 + u′ (x) = 2xy 4 + x = M ⇒ u(x) = x
∂x 2
1
Logo F (x, y) = x2 y 4 + x2 = C.
2
1
Portanto, a solução geral da equação é x2 y 4 + x2 = C.
2
11. xy 2 dx + (x2 y 2 + x2 y)dy = 0
Sejam M (x, y) = xy 2 , N (x, y) = x2 y 2 + x2 y.
∂M ∂N ∂M ∂N
Como = 2xy, = 2xy 2 + 2xy, então ̸ = .
∂y ∂x ∂y ∂x
[ ]
∂M ∂N 1 ∂M ∂N −2xy 2
Segue − = −2xy , por outro lado,
2
− = = −2.
∂y ∂x M ∂y ∂x xy 2
∫
Pela Observação 2.11 − 2, temos que o fator integrante é µ(x, y) = e− −2dy
= e2y .
Multiplicando pelo fator integrante a equação original temos
f(x, y) = e2y xy 2 ,
Sejam M e (x, y) = e2y (x2 y 2 + x2 y).
N
Resolvendo pelo método da exatas (2.9).
∫
∂F f 1
= M (x, y) ⇒ F (x, y) = e2y xy 2 dx + u(y) = e2y x2 y 2 + u(y)
∂x 2
122 Christian José Quintana Pinedo
∂F
Logo, = e2y (x2 y 2 + x2 y) + u′ (y) de onde
∂y
∂F e
= e2y (x2 y 2 + x2 y) + u′ (y) = e2y (x2 y 2 + x2 y) = N ⇒ u′ (y) = 0
∂y
1
Assim, u(y) = C1 , logo F (x, y) = e2y x2 y 2 + C1 = C2
2
Portanto, a solução geral da equação é e2y x2 y 2 = C.
12. xy 2 dx + x2 ydy = 0.
Podemos escrever xy(ydx + xdy) = 0 ⇒ xy · d(xy) = 0 ⇒ d(xy) = 0,
isto pelo fato x ̸= 0, y ̸= 0.
∫
Logo d(xy) = C ⇒ xy = C.
isto é
∫ (∫ ∫ )
−
s(t) = e cot tdt
[1 − (t + 2) cot t]e cot t
ds + C ⇒
(∫ )
s(t) = sent [1 − (t + 2) cot t] csc tdt + C ⇒
(1 t 1 t )
resolvendo a integral s(t) = sent t cot + 2 csc t + t tan + C . simplificando
2 2 2 2
s(t) = (2 + t) csc tsent + Csent.
Portanto a solução da equação diferencial é s(t) = t + 2 + Csent.
Exercı́cio 2.3.7.
Para cada um dos seguintes exercı́cios, achar o fator integrante e resolver pelo método
da exatas.
2y 3 3y 2
5. (3x2 tan y − )dx + (x3
sec2
y + 4y 3
+ )dy = 0
x3 x2
124 Christian José Quintana Pinedo
[ ]
x2 + y 2 x2 + y 2
6. 2x + dx = dy
x2 y xy 2
[ ]
sen2x sen2 x
7. + x dx + (y − )dy = 0
y y2
Solução.
∂F
Logo, = cos(2y) cos x + u′ (x) de onde
∂x
∂F f ⇒
= cos(2y) cos x + u′ (x) = cos x(cos 2y − senx) = M
∂x
1 1
u′ (x) = − cos xsenx = cos2 x ⇒ F (x, y) = cos(2y)senx + cos2 x = C
2 2
1
Portanto, a solução da equação é senx cos(2y) + cos2 x = C.
2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 125
f
∂M
f(x, y) = x(3xy 3 + 4y),
Sejam M e (x, y) = x(3x2 y 2 + 2x), observe que .
N =
∂y
∂N e
9x2 y 2 + 4x, = 9x2 y 2 + 4x, então é exata.
∂x
Resolvendo pelo método da exatas (2.11).
∫
∂F e
= N (x, y) ⇒ F (x, y) = x(3x2 y 2 + 2x)dy + u(x) ⇒
∂y
F (x, y) = x3 y 3 + 2x2 y + u(x)
∂F
Logo, = 3x2 y 3 + 4xy + u′ (x) de onde
∂x
∂F f ⇒ u′ (x) = 0
= 3x2 y 3 + 4xy + u′ (x) = 3x2 y 3 + 4xy = M
∂x
u(x) = C1 ⇒ F (x, y) = x3 y 3 + 2x2 y = C
1√ 2
Portanto, a solução da equação é: x2 Lny +
(y + 1)3 = C.
3
[ ] ( )
x 1 1 y 1 x
4. √ + + dx + √ + − 2 dy = 0
2
x +y 2 x y 2
x +y 2 y y
x 1 1 x 1 x
Sejam M (x, y) = √ + + , N (x, y) = √ + − 2 . Então
x2 + y2 x y x2 + y2 y y
∂M xy 1 ∂N xy 1
= −√ − 2, = −√ − 2 ⇒
∂y 2 2
(x + y )3 y ∂x 2 2
(x + y )3 y
∂M ∂N
− =0
∂y ∂x
Resolvendo pelo método da exatas.
∫ [ ]
∂F x 1 1
= M (x, y) ⇒ F (x, y) = √ + + dx + u(y) =
∂x x2 + y 2 x y
√ x
F (x, y) = x2 + y 2 + Lnx + + u(y)
y
∂F y x
Logo, =√ − 2 + u′ (y) de onde
∂y x2 + y 2 y
∂F y x y 1 x
=√ − 2 + u′ (y) = √ + − 2 =N ⇒
∂y x2 + y 2 y x2 + y 2 y y
1
u′ (y) = ⇒ u(y) = Lny
y
√ x
assim F (x, y) = x2 + y 2 + Lnx + + Lny = C.
y
√ x
Portanto, a solução geral da equação é x2 + y 2 + Ln(xy) + = C.
y
2y 3 3y 2
5. (3x2 tan y − )dx + (x 3
sec 2
y + 4y 3
+ )dy = 0
x3 x2
2y 3 3y 2
Sejam M (x, y) = 3x tan y − 3 ,
2 3 2 3
N (x, y) = x sec y + 4y + 2 . Então
x x
∂M 6y 2 ∂N 6y 2 ∂M ∂N
= 3x sec y − 3 ,
2 2
= 3x sec y − 3
2 2
⇒ − =0
∂y x ∂x x ∂y ∂x
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 127
y3 ∂F 3y 2
F (x, y) = x3 tan y + + u(y) ⇒ = x3 sec2 y + 2 + u′ (y)
x2 ∂y x
de onde
∂F 3y 2 3y 2
= x3 sec2 y + 2 + u′ (y) = x3 sec2 y + 4y 3 + 2 = N ⇒
∂y x x
u′ (y) = 4y 3 ⇒ u(y) = y 4
y3
assim F (x, y) = x3 tan y + 2
+ y 4 = C,
x
y3
Portanto, a solução geral da equação é x tan y + 2 + y 4 = C.
3
x
[ ]
x2 + y 2 x2 + y 2
6. 2x + dx = dy
x2 y xy 2
x2 + y 2 x2 + y 2
Sejam M (x, y) = 2x + , N (x, y) = − . Então
x2 y xy 2
∂M 1 1 ∂N 1 1 ∂M ∂N
= − 2 + 2, =− 2 + 2 ⇒ − =0
∂y y x ∂x y x ∂y ∂x
cos 2x x2 ∂F cos 2x
F (x, y) = − + + u(y) ⇒ = + u′ (y)
2y 2 ∂y 2y 2
de onde
∂F cos 2x ′ sen2 x 1 cos2 x
= + u (y) = y − =N ⇒ u(y) = y 2 +
∂y 2y 2 y2 2 2y
x2 cos 2x 1 2 cos2 x
assim F (x, y) = − + y + = C.
2 2y 2 2y
x2 cos 2x 1 2 cos2 x
Portanto, a solução geral da equação é − + y + = C.
2 2y 2 2y
8. (3x2 − 2x − y)dx + (2y − x + 3y 2 )dy = 0
Sejam M (x, y) = 3x2 − 2x − y, N (x, y) = 2y − x + 3y 2 . Então
∂M ∂N ∂M ∂N
= −1, = −1 ⇒ − =0
∂y ∂x ∂y ∂x
∂F √
Logo, = 1 + x2 + 2xy − Lnx + u′ (y) de onde
∂y
∂F √ √
= 1 + x2 + 2xy − Lnx + u′ (y) = 1 + x2 + x2 − Lnx = N ⇒
∂y
Suponhamos n ̸= 0
Sejam M (x, y) = xn y n+1 + ay, N (x, y) = xn+1 y n + bx então
∂M ∂N ∂M ∂N
= (n + 1)xn y n + a, = (n + 1)xn y n + b ⇒ − =a−b
∂y ∂x ∂y ∂x
Por outro lado, xM − yN = x(xn y n+1 + ay) − y(xn+1 y n + bx) = xy(a − b) então como
My − Nx (a − b) 1
= = = R(xy)
yN − xM −xy(a − b) −xy
∫t
pelo Exercı́cio (2.3.3) temos que µ(x, y) = e R(s)
ds = (xy)−1 é um fator integrante
A equação exata a resolver é
∂F
Seja = (xy)−1 (xn y n+1 + ay) então
∂x
∫ ∫
−1 n n+1
F (x, y) = (xy) (x y + ay)dx + u(y) = (xn−1 y n + ax−1 )dx + u(y) ⇒
1 n n
F (x, y) = x y + aLnx + u(y) (2.13)
n
Derivando respeito de y temos
∂F
= xn y n−1 + u′ (y) = (xy)−1 (xn+1 y n + bx) ⇒
∂y
1 n n
F (x, y) = x y + aLnx + bLny = C1
n
1 n n
x y = C − aLnx − bLny ⇒ xn y n = n · Ln[Cx−a y −b ]
n
Portanto, se n ̸= 0 então xn y n = n · Ln[Cx−a y −b ] é a solução geral.
Se n = 0 temos (y + ay)dx + (x + bx)dy = 0, neste caso temos que o fator integrante
podemos calcular de
My − Nx (a − b) 1
= = = R(xy)
yN − xM −xy(a − b) −xy
∫t
pelo Exercı́cio (2.3.3) temos que µ(x, y) = e R(s)
ds = (xy)−1 é um fator integrante
A equação exata a resolver é
∂F
Seja = (xy)−1 (y + ay) então
∂x
∫ ∫
F (x, y) = (xy) (y + ay)dx + u(y) = (1 + a)x−1 dx + u(y)
−1
⇒
∂F
= u′ (y) = (xy)−1 (x + bx) ⇒ u′ (y) = (1 + b)y −1 ⇒ u(y) = (1 + b)Lny
∂y
Na igualdade (2.14)
Exercı́cio 2.3.10.
Mostre que a solução geral da equação
é da forma {
(n − 1)(xy)n−1 (x2 + y 2 − C) = 2a, se n ̸= 1
x2 + y 2 − C = −2aLn(xy), se n = 1
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 133
Suponhamos n ̸= 1
Sejam M (x, y) = xn+1 y n + ay, N (x, y) = xn y n+1 + ax então
∂M ∂N ∂M ∂N
= ny n−1 xn+1 + a, = nxn−1 y n+1 + a ⇒ − = nxn−1 y n−1 (x2 − y 2 )
∂y ∂x ∂y ∂x
Por outro lado, xM − yN = x(xn+1 y n + ay) − y(xn y n+1 + ax) = xn y n (x2 − y 2 ) então
como
My − Nx nxn−1 y n−1 (x2 − y 2 ) n
= = = R(xy)
yN − xM −x y (x − y )
n n 2 2 −xy
∫t
pelo Exercı́cio (2.3.3) temos que µ(x, y) = e R(s)
ds = (xy)−n é um fator integrante
A equação exata a resolver é
(xy)−n (xn+1 y n + ay)dx + (xy)−n (xn y n+1 + ax)dy = 0
∂F
Seja = (xy)−n (xn+1 y n + ay) então
∂x
∫ ∫
F (x, y) = (xy) (x y + ay)dx + u(y) = (x + ax−n y −n+1 )dx + u(y)
−n n+1 n
⇒
1 a
F (x, y) = x2 + x1−n y −n+1 + u(y) (2.15)
2 1−n
Derivando respeito de y temos
∂F
= ax−n+1 y −n + u′ (y) = (xy)−n (xn y n+1 + ax) ⇒
∂y
1
ax−n+1 y −n + u′ (y) = y + ax−n+1 y −n ⇒ u(y) = y 2
2
Na igualdade (2.15)
1 a 1
F (x, y) = x2 + x−n+1 y −n+1 + y 2 = C
2 1−n 2
1 2 a
(x + y 2 ) − C1 = x−n+1 y −n+1 ⇒ (n − 1)[(x2 + y 2 ) − C] = 2ax−n+1 y −n+1
2 n−1
Portanto, se n ̸= 1 então (n − 1)(xy)n−1 (x2 + y 2 − C) = 2a é a solução geral.
Se n = 1 temos (x2 y+ay)dx+(xy 2 +ax)dy = 0, neste caso temos que o fator integrante
é calculado de
My − Nx (x2 − y 2 ) 1
= = = R(xy)
yN − xM −xy(x2 − y 2 ) −xy
∫t
pelo Exercı́cio (2.3.3) temos que µ(x, y) = e R(s)
ds = (xy)−1 é um fator integrante.
A equação exata a resolver é
(xy)−1 (x2 y + ay)dx + (xy)−1 (xy 2 + ax)dy = 0
∂F
Seja = (xy)−1 (x2 y + ay) então
∂x
∫ ∫
F (x, y) = (xy) (x y + ay)dx + u(y) = (x + ax−1 )dx + u(y)
−1 2
⇒
134 Christian José Quintana Pinedo
1
F (x, y) = x2 + aLnx + u(y) (2.16)
2
Derivando respeito de y temos
∂F 1
= u′ (y) = (xy)−1 (xy 2 + ax) ⇒ u′ (y) = y + ay −1 ⇒ u(y) = y 2 + aLny
∂y 2
Na igualdade (2.16)
1 1
F (x, y) = x2 + aLnx + y 2 + aLny = C
2 2
Portanto, se n = 1 então (x + y − C) = −2aLnx é a solução geral.
2 2
Exercı́cio 2.3.11.
Determine se possı́vel a solução geral das equações diferenciais.
dy 1 + y2
1. (x − 1)dy − ydx = 0 =2.
dx (1 + x2 )xy
3. (x − y )dx − 2xydy = 0
2 2
4. (x + y 2 )dx − xydy = 0
2
∂F 3x2 y 2 − 3x2
derivando em relação a y resulta = − 4 + g ′ (y) = ⇒
∂y y y4
∫
1 1 1
g ′ (y) = ⇒ g(y) = dy ⇒ g(y) = −
y2 y 2 y
x2 x2 1
de onde F (x, y) = + g(y) = C ⇒ − = C.
y3 y3 y
x2 1
Portanto, a solução geral é − = C.
y3 y
dy 2x + y − 4
8. = , y(2) = 2
dx x−y+1
{
2x + y − 4 = 0
Da solução do sistema resulta x = 1, y = 2.
x−y+1 = 0
Consideremos x = s + 1 e y = t + 2, substituindo na equação original, resulta
numa equqação homogênea
dt 2s + t
= (2.17)
ds s−t
Consideremos a mudança t = us, então dt = sdu + uds, na igualdade (2.17) temos.
du 2+u
s· +u=
ds 1−u
separando as variáveis desta equação
1−u ds √ u
· du = ⇒ 2 arctan √ = Ln[Cs2 (2 + u2 )]
2 + u2 s 2
Exercı́cio 2.3.12.
Mostre que as equações abaixo não são exatas mas tornam-se exatas quando multipli-
cadas pelo fator integrante dado ao lado. Portanto resolva as equações.
1
1. x2 y 3 dx + x(1 + y 2 )dy = 0, µ(x, y) =
xy 3
( seny ) [ −x
]
cos y + 2e cos x
2. − 2e−x senx dx + dy = 0, µ(x, y) = yex
y y
Solução. 1.
1
Tem-se x2 y 3 dx + x(1 + y 2 )dy = 0, µ(x, y) =
xy 3
∂M ∂N
Temos M (x, y) = x2 y 3 e N (x, y) = x(1 + y 2 ) logo = 3x2 y 2 e = 1 + y2,
∂y ∂x
∂M ∂N
como ̸= logo a equação x2 y 3 dx + x(1 + y 2 )dy = 0 não é exata.
∂y ∂x
1
Multiplicando a equação pelo fator integrante µ(x, y) = 3 resulta
xy
1 1 1 1
3
· x2 y 3 dx + 3 · x(1 + y 2 )dy = 0 ⇔ xdx + ( 3
+ )dy = 0
xy xy y y
1 1 ∂M
Nesta última igualdade temos M (x, y) = x e N (x, y) = 3
+ logo =0 e
y y ∂y
∂N ∂M ∂N 1 1
= 0, como = logo a equação xdx + ( 3 + )dy = 0 é exata.
∂x ∂y ∂x y y
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 139
Exercı́cio 2.3.13.
Sabe-se que a lei de variação de temperatura de Newton afirma que:
A taxa de variação de temperatura T (t) de um corpo é proporcional diferença de
temperatura T (t) entre o corpo e o meio ambiente Tm (t).
dT
Isto é = −K(T − Tm ), onde a constante de proporcionalidade K > 0.
dt
1. Coloca-se uma barra de metal, à temperatura de 100o F em um quarto com temperatura
constante 0o F . se após 20 minutos a temperatura da barra chega à temperatura de
50o F , determine: (a) O tempo necessária para a barra chegar à temperatura de
25o F (b) A temperatura da barra após 10 minutos.
2. Um corpo com temperatura desconhecida é colocado em uma geladeira mantido à tem-
peratura constante de 0o F . se após 20 minutos a temperatura do corpo é 40o F e
após 40 minutos é 20o F , determine a temperatura inicial do corpo.
3. Coloca-se um corpo temperatura de 0o F em um quarto mantido à temperatura constante
de 100o F . Se após 10 minutos a temperatura do corpo é 25o F , determine: (a) O
tempo necessária para a temperatura do corpo atingir 50o F (b) A temperatura do
corpo após 20 minutos.
Solução. 1.
dT
Pelos dados do problema temos que (t) = −K(T (t) − Tm (t))
dt
Para um instante donde t = 0 temos T (0) = 100o F , depois de 20 minutos T (20) =
o
50 F .
Como Tm = 0o F é a temperatura do ambiente, da lei do resfriamento segue.
∫ ∫
dT 1
= −K(T − Tm ) ⇒ − = K · dr ⇒ −Ln(T ) = Kt + C
dt T −0
⇒ T (t) = Ae−Kt
Quando t = 0 ⇒ T (0) = 100 ⇒ 100 = A, assim T (t) = 100e−Kt .
1
Quando t = 20 ⇒ T (20) = 50 ⇒ 100e−20K = 50 ⇒ K = Ln2 logo
20
K ≈ 0, 0347. Assim, T (t) = 100e−0,0347t .
a) Seja t∗ o tempo para ficar a temperatura em 25o F , então T (t∗ ) = 25o F de onde
∗ 1
25 = 100e−0,0347t ⇒ t∗ = Ln4 ≈ 39, 9 min
0, 0347
Portanto, o tempo necessário para a barra chegar a 25o F é de 39, 9 min
b) Quando t = 10 temos T (10) = 100e−0,347 = 70, 60 F.
Solução. 2.
Seja T (t) a temperatura do corpo em qualquer instante, no instante t = 0 temos
T (0) = X temperatura desconhecida, a temperatura do meio ambiente (geladeira) diz
dT
que es constante logo Tm = 0o F . Como (t) = −K(T (t) − Tm (t)), então
dt
∫ ∫
dT 1
= −K(T − Tm ) ⇒ − = K · dr ⇒ −Ln(T ) = Kt + C
dt T −0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 141
∗ 1
50 = 100 − 100e−0,029t ⇒ t∗ = Ln2 ≈ 23, 9 min
0, 029
Portanto, o tempo necessário para a barra chegar a 50o F é de 23, 9 min
b) Quando t = 20 temos T (20) = 100 − 100e−0,58 = 440 F.
Exercı́cio 2.3.14.
Seja N (t) a quantidade de uma substância. Sabe-se que a lei de crescimento ou de-
crescimento de uma substância afirma que:
“A taxa de variação da substância N (t) é proporcional à quantidade de substância
presente”.
dN (t)
Isto é = KN (t), onde a constante de proporcionalidade K ∈ R.
dt
1. Sabe-se que a população de Patópolis cresce a uma taxa proporcional ao número da
habitantes existentes, se após dois anos a população é o dobro da população inicial,
e após três anos é de 20.000 habitantes, determine a população inicial.
Solução. 1.
dN (t) dN
Sabemos que = KN (t), então = kdt, logo LnN (t) = kt + C1 , assim
dt N
N (t) = Cekt .
Quando do inı́cio da observação t = 0 suponhamos x0 habitantes, então para t = 2 a
população é o dobro da original, isto é 2x0 habitantes. √
Assim, N (0) = C = x0 , N (2) = x0 e2k = 2x0 , logo k = Ln 2. Quando t = 3 segue
√ √ 20000
N (3) = 20000 = x0 e3Ln 2 , isto é 20000 = x0 ( 2)3 assim x0 = √ ≈ 7071, 06.
8
Estima-se que a população no inı́cio da observação era de aproximadamente 7072
habitantes.
Solução. 2.
Pela parte (1.) sabemos que a função N (t) = Cekt descreve o fenômeno.
Para uma quantidade inicial de substância de 100 miligramas, então t = 0 e N (0) =
100, logo 100 = Ce0·k ⇒ C = 100 assim, N (t) = 100ekt
Quando temos um decrescimento de 5% após dois anos, segue que quando t = 2 então
N (2) = 95, assim :95 = 100e2k ⇒ k = −0, 026.
a) Uma expressão para a quantidade restante no tempo t é N (t) = 100e−0,026t .
Solução. b)
O tempo necessário para uma redução de 10% da quantidade inicial, então estamos
pensando em 90 miligramas. Seja t∗ o tempo necessário para atingir 90 miligramas, então
∗ 1 10
90 = 100e−0,026t ⇒ t∗ = Ln ≈ 4, 014
0, 026 9
Exercı́cio 2.3.15.
Um corpo de 1, 2 quilogramas cai à terra com velocidade inicial v0 desde uma deter-
minada altura. Na medida em que o corpo cai, a resistência do ar atua sobre o corpo.
Suponha que esta resistência em quilogramas equivale numéricamente ao dobro da velo-
cidade em metros por segundo. 1.) Determine a velocidade e a distância da queda com
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 143
1
respeito ao tempo. 2.) Qual deve ser o valor de v0 ao término de Ln2 segundos para
8
que a velocidade se duplique? Considere g = 4.8m/s2 .
Solução.
dv
Pela segunda Lei de Newton temos m = F1 + F2 , onde:
dt
W peso 1, 2
• m= = = = 0, 25
g g 4, 8
• F1 = força da queda = m · g = 1, 2
dv dv
assim temos a equação 0, 25 = 1, 2 − 2v ⇒ 0, 25 = 2dt, integrando
dt 0, 6 − v
∫ ∫
dv
0, 25 =2 dt ⇒ Ln(1, 2 − v) = −8t + C ⇒ e−8t · eC = 1, 2 − v
0, 6 − v
1
Portanto, x(t) = 1, 2t + (1, 2 − v0 )(e−8t − 1)
8
1
2. Para calcular v0 tal que v( Ln2) = 2v0 , temos que resolver
8
1 1
v( Ln2) = 1, 2 − (1, 2 − v0 )e−8 8 Ln2 = 2v0
1
⇒ 1, 2 − (1, 2 − v0 ) = 2v0
8 2
Exercı́cio 2.3.16.
Um tubo em forma de U está cheio (Figura (2.1)) com um lı́quido homogêneo, que
é levemente comprimido em um dos lados do pistão. O pistão é removido e o nı́vel do
lı́quido em cada ramo oscila. Determine a altura do nı́vel do lı́quido em um dos ramos
em função do tempo.
Solução.
144 Christian José Quintana Pinedo
50mm
Figura 2.1:
△p = 2ρgy
F = −A△p = 2ρAgy
d2 y d2 y 2ρAg
m = −2ρAgy ⇒ + y=0
dt2 dt2 m
mas,
2ρAg 2ρAg 2ρAg 2g
= = =
m ρV ρAℓ ℓ
dai
d2 y 2g
+ y=0
dt2 ℓ
onde ℓ e o comprimento total da coluna lı́quida e m = ρV e√ a massa total de lı́quido.
2g 2g
A equação caracterı́stica é r2 + = 0 de onde r = ± i, logo
ℓ ℓ
√
iωt −iωt 2g
y(t) = C1 e + C2 e onde ω =
ℓ
Ainda podemos escrever
onde
C1 + C2 + A cos ϕ e C1 − C2 = −Asenϕ
√
2g
Portanto, y(t) = A cos( t + ϕ).
ℓ
146 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cios 2-4
Exercı́cio 2.4.1.
Com transformações adequadas, reduzir à forma linear e resolver as mesma.
1. y ′ + y = y 2 2. y ′ cos x + seny = 2
x
3. y ′ + y = 4. y ′ − 1 = e−y senx
y
5. (ey + x)y ′ = 1 6. y ′ (senh(3y) − 2xy) = y 2
′
7. 3y + y = (1 − 2x)y 4
8. ydx + (1 − yex )dy = 0
9. 2xy ′ = 10x3 y 5 + y 10. y ′ senx + 2seny = 2
Solução.
du dy
1. y′ + y = y2 ⇒ y −2 y ′ + y −1 = 1, seja u = y −1 então = y −2 , assim:
dx dx
du 1
+u=1 ⇒ du + dx = 0 ⇒ Ln(u − 1) + x = C
dx u−1
então u − 1 = ex+C , logo y −1 = ex+C + 1.
Portanto, a solução geral é: 1 = y(C1 ex + 1).
1
Portanto, a solução geral é: y 2 = (2x − 1) + Ce−2x .
4
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 147
1
Portanto, a solução geral é: x · y2 = cosh(3y) + C.
3
du dy
7. 3y ′ +y = (1−2x)y 4 ⇒ 3y −4 y ′ +y −3 = 1−2x, seja u = y −3 então − = 3y −4 ,
dx dx
assim:
du d
− + u = 1 − 2x ⇒ [ue−x ] = e−x (2x − 1) ⇒ u = (3 − 2x) + Cex
dx dx
u−1 ( du − (u − 1)dx )
dx + u ex = 0 ⇒
ex ex
(u − 1 − u(u − 1))dx + udu = 0 ⇒ (u − 1)(1 − u)dx + udu = 0 ⇒
148 Christian José Quintana Pinedo
u
−(u − 1)2 dx + udu = 0 ⇒ dx = du ⇒
(u − 1)2
∫ ( )
1 1 1
x= + du ⇒ x = Ln(u − 1) − +C
u − 1 (u − 1)2 u−1
1
Portanto, a solução geral é: x = Ln(yex ) − + C.
yex
1 −4 du dy
9. 2xy ′ = 10x3 y 5 + y ⇒ y −5 y ′ − y = 5x2 , seja u = y −4 então − = 4y −5 ,
2x dx dx
1 du 1 du 2 d ∫ 2 ∫ 2
− − u = 5x2 ⇒ + u = −20x2 ⇒ [ue x dx ] = −20e x
dx
x2
4 dx 2x dx x dx
∫
ux = −20 x4 dx + C ⇒ u = 4x3 + Cx−2
2
Exercı́cio 2.4.2.
Resolver as seguintes equações diferenciais. Indique quais são equações de Bernoulli.
1. y ′ + 2y = x2 + 2x 2. (x2 + 2x − 1)y ′ − (x + 1)y = x + 1
3. xLnx · y ′ + y = x3 (3Lnx − 1) 4. (a2 − x2 )y ′ + xy = a2
5. (x + 1)dy − [2y + (x + 1)4 ]dx = 0 6. 2xy ′ − y = 3x2
xy ′ = y + x2 senx y ′ − 2xy = 2xex
2
7. 8.
1
9. 3xy ′ − 2y = x3 y 2 10. 8xy ′ + y = − 3 √
y x+1
11. (xy + x2 y 3 )y ′ = 1 12. ′
y − y = 2xe x+x2
1 2xy
13. y ′ = 14. y′ = 2
xseny + 2sen2y x − y 2 − a2
y 3x2
15. y ′ = 16. ′
y = 3
2yLny + y − x x +y+1
17. y ′ + y cos x = senx cos x 18. y ′ − y tan x = sec x
∫
19. 2xy ′ + y = x4 20. φ(αx)dα = nφ(x)
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 149
1. y ′ + 2y = x2 + 2x
∫
Não é equação de Bernoulli. O fator integrante é e 2dx = e2x , logo
∫ ∫
2x ′ d 2x
e (y + 2y) = e (x + 2x) ⇔
2x 2
(e · y) = e2x (x2 + 2x)dx + C ⇔
dx
[1 2 1 1]
⇔ e2y · y = x + x − e2x + C
2 2 4
1 1 1
Portanto, a solução geral é y = x2 + x − + Ce−2x .
2 2 4
2. (x2 + 2x − 1)y ′ − (x + 1)y = x + 1
∫
x+1
dx 1 −
Não é equação de Bernoulli. O fator integrante é e x2 +2x−1 = √ ,
[ ] x + 2x − 1
2
d 1 1 x+1
logo y·√ =√ · 2 ⇔
dx x2 + 2x − 1 x2 + 2x − 1 x + 2x − 1
∫
1 x+1
y·√ = √ · dx + C ⇔
x2 + 2x − 1 (x2 + 2x − 1)3
1 1
y·√ = −√ +C
x2 + 2x − 1 x2 + 2x − 1
√
Portanto, a solução geral é y = C x2 + 2x − 1 − 1.
1 x3
3. xLnx · y ′ + y = x3 (3Lnx − 1) ⇒ y′ +
y= (3Lnx − 1)
xLnx xLnx
∫ 1
Não é equação de Bernoulli. O fator integrante é e xLnx dx = Lnx, logo
[ ] [ 2 ]
′ 1 x
Lnx y − y = Lnx (3Lnx − 1)
xLnx Lnx
∫ ∫ 2 ∫
d x Lnx
(y ·Lnx) = (3Lnx−1)dx+C ⇔ y ·Lnx = (3x2 Lnx−x2 )dx+C
dx Lnx
∫
1 3 1 1 1 1 1
y · Lnx = 3[ x Lnx − x2 dx] + x3 + C = 3[ x3 Lnx − x3 ] + x3 + C
3 3 3 3 9 3
Portanto, a solução geral é y = x3 + C(Lnx)−1 .
x a2
4. (a2 − x2 )y ′ + xy = a2 ⇒ y′ + y = .
a2 − x2 a2 − x2
∫ x
dx 1
Não é equação de Bernoulli. O fator integrante é e (a2 −x2 ) =√ , logo
a − x2
2
1 x 1 a2
√ (y ′ + 2 ) = √ ( ) ⇔
a2 − x2 a − x2 a2 − x2 a2 − x2
∫ ∫
d 1 a2 1 x
(√ ·y)dx = √ dx+C ⇔ √ ·y = √ +C
dx a2 − x2 ( a2 − x2 )3 a2 − x2 a2 − x2
√
Portanto, a solução geral é y = x + C a2 − x2 .
150 Christian José Quintana Pinedo
2
5. (x + 1)dy − [2y + (x + 1)4 ]dx = 0 ⇒ y′ − y = (x + 1)3 .
x+1
∫ 1
e−
2
dx
Não é equação de Bernoulli. O fator integrante é x+1 = , logo
(x + 1)2
[ ]
1 ′ 2 1
2
y − y = 2
· (x + 1)3 ⇔
(x + 1) x+1 (x + 1)
∫ [ ] ∫
d 1 (x + 1)3 1 1
2
· y = 2
dx + C ⇔ 2
· y = (x + 1)2 + C
dx (x + 1) (x + 1) (x + 1) 2
1
Portanto, a solução geral é y = (x + 1)4 + C(x + 1)2 .
2
1 3
6. 2xy ′ − y = 3x2 ⇒ y′ − y = x
2x 2
∫ 1
e−
1
Não é equação de Bernoulli. O fator integrante é 2x
dx
= √ , logo
x
∫ √
1 1 3
y√ = √ · xdx + C = x3 + C
x x 2
√
Portanto, a solução geral é y = x2 + xC.
1
7. xy ′ = y + x2 senx ⇒ y ′ − y = xsenx
x
∫ 1 1
Não é equação de Bernoulli. O fator integrante é e− x dx = , logo
x
∫
1 1
y = · xsenxdx + C = − cos x + C
x x
Portanto, a solução geral é y = −x cos x + xC.
y ′ − 2xy = 2xex .
2
8.
∫
e− = e−x , logo
2xdx 2
Não é equação de Bernoulli. O fator integrante é
e−x [y ′ − 2xy] = e−x · 2xex
2 2 2
⇔
∫ ∫
d −x2
· y] = 2e−x · xex dx + C ⇔ ye−x = x2 + C
2 2 2
[e
dx
2
Portanto, a solução geral é y = ex (x2 + C).
2 1
9. 3xy ′ − 2y = x3 y 2 ⇒y −2 y ′ − x−1 y −1 = x2 .
3 3
Sim é de Bernoulli. Seja z = y então dz = −y −2 dy, logo
−1
dz 2 −1 1 2 d ( ∫ 2 x−1 dx ) 1 ∫ 2 −1
+ x z=− x ⇒ e 3 · z = − x2 e 3 x dx
dx 3 3 dz 3
∫
1 1 C − x11/3
x2/3 · z = − x8/3 dx + C1 = − x11/3 + C1 ⇒ z =
3 11 x2/3
x2/3
Portanto, y= .
C − x11/3
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 151
1 1
10. 8xy ′ + y = − ⇒ 8xy 3 y ′ + y 4 = − √
√ .
x+1 y3 x+1
Sim é de Bernoulli. Seja z = y 4 então dz = 4y 3 dy então:
dz 1 dz 1 −1 1 1
2x + z = −√ + x z=− · √
⇒
dx x+1 dx 2 2 x x+1
∫ 1 −1 √ √
O fator integrante é e 2 x dx = eLn x = x logo:
d ( ∫ 1 x−1 dx ) 1 1 ∫ 1 −1 d (√ ) 1 1 √
e 2 ·z = − · √ ·e 2
x dx
⇒ x· z = − · √ · x
dx 2 x x+1 dx 2 x x+1
∫ ∫
√ 1 1 dx
x·z =− √ √ dx + C seja I = √ √ +C
2 x· x+1 x· x+1
∫ [√ √ ] ∫ [√ √ ]
x+1 x x+1 x
I= √ −√ dx ⇒ I = − dx
x x+1 x x+1
x+1 1 1 2udu
Seja u2 = =1+ ⇒ x= 2 ⇒ dx = − 2 ⇒
x x u −1 (u − 1)2
∫ ∫ [ ] [√ √ ]
du 1 1 u+1 x+1+ x
I = −2 = − du = Ln( ) = Ln √ √
(u2 − 1) u+1 u−1 u−1 x+1− x
[√ √ ]
√ 1 x+1+ x
Assim temos x · z = − Ln √ √ + C.
2 x+1− x
[√ √ ]
√ 1 x+1+ x
Portanto, x · y = − Ln √
4
√ + C.
2 x+1− x
dx dx
11. (xy + x2 y 3 )y ′ = 1 ⇒ − xy = x2 y 3 logo, x−2 − x−1 y = y 3 .
dy dy
du
Sim é equação de Bernoulli. Seja u = x−1 ⇒ −du = x−2 dx ⇒ − −uy =
dy
du
y 3 , isto é + uy = −y 3
dy
∫ 1 2 d 1 2 1 2
O fator integrante é e ydy
= e 2 y , logo [ue 2 y ] = −e 2 y y 3 ⇒
dy
∫
1 2 1 2 1 2 1 2
ue 2
y
=− e 2 y y 3 dy + C ⇔ ue 2 y = −e 2 y (y 2 − 2) + C
u = Ce− 2 y − (y 2 − 2)
1 2
dx
2 +x
Portanto, a solução geral é y = ex + Cex .
152 Christian José Quintana Pinedo
1 dy 1 dx
13. y′ = ⇒ = ⇒ = xseny + 2sen2y
xseny + 2sen2y dx xseny + 2sen2y dy
logo, x′ − xseny = 2sen(2y)
∫
Não é equação de Bernoulli. O fator integrante é e− senydy = ecos y , logo
∫
d
[xe ] = 2e sen(2y) ⇔ xe
cos y cos y cos y
= 2ecos y sen(2y)dy + C ⇔
dy
2xy dx x2 − y 2 − a2
14. y′ = ⇒ =
x − y 2 − a2
2 dy 2xy
dx x y 2 + a2 −1 dx 1
Sim é equação de Bernoulli. Logo − =− ·x de onde x· − ·x2 =
dy 2y 2y dy 2y
y 2 + a2
− .
2y
1 du dx
Suponhamos u = x2 , logo = x · , substituindo segue
2 dy dy
1 du 1 y 2 + a2 du 1 y 2 + a2
− ·u=− ⇒ − ·u=−
2 dy 2y 2y dy y y
∫
− y1 dy
o fator integrante é e = y −1 assim temos
∫
d y 2 + a2 y 2 + a2
(u · y −1 ) = − ⇒ u·y −1
=− dy + C
dy y2 y2
isto é x · y = y 2 Lny + C .
Portanto, a solução geral é x = yLny + C · y −1 .
3x2 dx x3 + y + 1 1 1
16. y′ = 3
⇒ = 2
, logo x′ − x = (y + 1)x−2 , isto
x +y+1 dy 3x 3 3
dx 1 3 1
é x2 − x = (y + 1).
dy 3 3
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 153
dz dx
Sim é equação de Bernuolli, seja z = x3 ⇒ = 3x2 , de onde substituindo
dy dy
na última igualdade
dz d −y
− z = (y + 1) ⇒ [e z] = e−y (y + 1) ⇒ z = −(2 + y) + Cey
dy dy
17. y ′ + y cos x = senx cos x. Não é equação de Bernoulli. O fator integrante é esenx ,
logo
d
[yesenx ] = esenx cos xsenx ⇒ yesenx = esenx (senx − 1) + C
dx
∫
cos x(y ′ − y tan x) = cos x · sec x ⇔ y · cos x = dx + C
1 1
19. 2xy ′ + y = x4 ⇒ y′ + y = x3
2x 2
∫ 1 √
Não é equação de Bernoulli. O fator integrante é e 2x dx = x, logo
∫
√ √ 1 3 1√ 9
y x= x · x dx + C = x +C
2 9
1 C
Portanto, a solução geral é y = x4 + √ .
9 x
∫1
20. φ(αx)dα = nφ(x). Não é equação de Bernoulli.
0
du
Seja u = αx ⇒ = dα, se α = 0, u = 0 e; se α = 1 x = 1 assim:
x
∫1 ∫1
1
φ(αx)dα = nφ(x) ⇒ φ(u)du = nφ(x)
x
0 0
∫1
1 φ(x) dφ 1 dφ
Derivando − 2 φ(u)du + = n (x) ⇒ φ(αx) = n (x).
x x dx x dx
0
154 Christian José Quintana Pinedo
∫1
1 φ(x) dφ
Como φ(u)du = nxφ(x) ⇒ − 2
[nxφ(x)] + = n (x).
x x dx
0
(1 − n) dφ φ′ (x) 1−n
· φ(x) = n (x) ⇒ =
x dx φ(x) nx
(1 − n) 1−n
Integrando Ln(φ(x)) = · Lnx + LnC = Ln(Cx n )
n
1−n
Portanto, a solução geral é φ(x) = Cx n .
Exercı́cio 2.4.3.
Resolva as seguintes equações diferenciais de Bernoulli.
1. 2x3 y ′ = y(y 2 + 3x2 ) 2. 2x2 + 2xyy ′ = x2 + y 2
dy y x 2 √
3. = + 4. xy ′ + 6y = 3x 3 y 4
dx 2x 2y
5. y 2 y ′ + 2xy 3 = 6x 6. y 2 dx + (2xy − 5x3 )dy = 0
7. (1 − x2 )y ′ − xy = 7xy 2 8. y 3 y ′ + 4xy 4 = 8x
1
9. (yLnx − 2)ydx = xdy 10. y ′ (x2 y 3 + xy) =
2
′ 1 1 2 ′
11. y + y = − (x + 1) y
3 2
12. x y + 2x y = y (1 + 2x2 )
3 2
x+1 2
1 x3
13. 8xy ′ − y = − 3 √ 14. 3xy ′ − 2y = 2
y x+1 y
√ y
15. y ′ − 2xy = 4x y 16. xy ′ − = y2
2Lnx
4y √
17. y ′ = +x y
x
Solução.
1. 2x3 y ′ = y(y 2 + 3x2 )
3 −2 1
Podemos escrever na forma 2x3 y ′ − 3x2 y = y 3 , logo y −3 y ′ −
y = 3.
2x 2x
1 du dy du 3 1
Seja u = y −2 então − = y −3 , logo + u = − 3 de onde o fator
∫ 3
2 dx dx dx x x
dx
integrante é e x = x3 assim temos:
∫
d 1 1 1
(u · x ) = x · 3 ⇒ u · x =
3 3 3
dx + C = x + C ⇒
dx 2x 3 3
1 C 1 C
u = 2 + 3 ⇒ y −2 = 2 + 3
3x x 3x x
Portanto a solução geral da equação diferencial é 3x3 = y 2 [x + C].
1
2. 2x2 + 2xyy ′ = x2 + y 2 2yy ′ − y 2 = −x
⇒
x
du dy du 1
Seja u = y 2 então = 2y , logo − u = −x de onde o fator integrante é
∫
dx dx dx x
− x1 dx 1
e = assim temos:
x
∫
d 1 1 1
(u · ) = −x · ⇒ u · = − 1dx + C = −x + C ⇒
dx x x x
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 155
x3 √
Portanto a solução geral da equação diferencial é y2 = + xC.
5
√
4. xy ′ + 6y = 3x 3 y 4
√ 6 1
xy ′ + 6y = 3x 3 y 4 , logo y − 3 y ′ + y − 3 = 3.
4
Podemos escrever na forma
x
du 4 dy du 2
Seja u = y − 3 então −3 = y − 3 , logo
1
− u = −1 de onde o fator integrante
∫
dx dx dx x
− x2 dx 1
é e = 2 assim temos
x
∫
d 1 1 1 1
(u · 2 ) = − 2 ⇒ u · 2 = − dx + C ⇒
dx x x x x2
1 1
y− 3 =
1
u= + x2 C ⇒ + x2 C
x x
[ ]
√ 1 2
Portanto a solução geral da equação diferencial é 1= 3
y +x C .
x
5. y 2 y ′ + 2xy 3 = 6x
1 du dy 1 du
Seja u = y 3 então = y 2 , logo + 2xu = 6x de onde o fator integrante é
∫ 2
3 dx dx 3 dx
e6 xdx
= e3x assim temos
∫
d 3x2 3x2 3x2 2
(u · e ) = 18xe ⇒ u · e = 18 xe3x dx + C ⇒
dx
u = 3 + Ce−3x
2 2 2
u · e3x = 3e3x + C ⇒
y 3 = 3 + Ce−3x .
2
Portanto a solução geral da equação diferencial é
156 Christian José Quintana Pinedo
dx 1 10
6. y 2 dx + (2xy − 5x3 )dy = 0 ⇒ −2x−3 − 4 x−2 = − 2
dy y y
dz dx ∫ 1
= −2x−3 , de onde o fator integrante é e−4
1
Seja z = x−2 ⇒ y
dx
=
dy dy y4
assim temos substituindo na última igualdade
dz 1 10 d 1 10 1 2
−4 z =− 2 ⇒ [z · 4 ] = − 6 + C ⇒ z· 4
= 5 +C
dy y y dy y y y y
7. (1 − x2 )y ′ − xy = 7xy 2
x x x x
Tem-se y ′ − y=7 y 2 , logo y −2 y ′ − y −1 = 7 .
(1 − x )
2 (1 − x )
2 (1 − x )
2 (1 − x2 )
du dy du x x
Seja u = y −1 então − = y −2 , logo − 2 u = −7 2 de onde o fator
∫ x
dx dx dx x − 1 x − 1
− dx 1
integrante é e x2 −1 = √ assim temos
x −1
2
∫
d 1 1 7x 1 7x
(u· √ ) = −√ · 2 ⇒ u· √ =− √ dx+C ⇒
dx x −1
2 x −1 x −1
2 x −1
2 (x2 − 1)3
1 7 √
u· √ =√ dx + C ⇒ u = 7 + C x2 − 1
x −1
2 x −1
2
[ √ ]
Portanto a solução geral da equação diferencial é 1 = y 7 + C x2 − 1 .
8. y 3 y ′ + 4xy 4 = 8x
dy dy
Podemos escrever na forma + 4xy = 8xy −3 , logo y 3 + 4xy 4 = 8x
dx dx
1 du dy 1 du
Seja u = y 4 então = y 3 , logo + 4xu = 8x de onde o fator integrante é
∫ 2
4 dx dx 4 dx
e16 xdx = e8x assim temos
∫
d 8x2 8x2 8x2 2
(u · e ) = 32xe ⇒ u · e = 32 xe8x dx + C ⇒
dx
u = 2 + Ce−8x
2 2 2
u · e8x = 2e8x + C ⇒
y 4 = 2 + Ce−8x .
2
Portanto a solução geral da equação diferencial é
1 1
u = (Lnx + ) + x2 C
2 2
1 1
Portanto a solução geral da equação diferencial é 1 = y[ (Lnx + ) + x2 C].
2 2
1
10. y ′ (x2 y 3 + xy) =
2
1 dx
Podemos escrever a equação y ′ (x2 y 3 + xy) = na forma − 2xy = 2x2 y 3 , logo
2 dy
x−2 x′ − 2x−1 y = 2y 3 ,
dz dx
Seja z = x−1 ⇒ = −x−2 , de onde substituindo na última igualdade
dy dy
dz d y2
z = (1 − y 2 ) + Ce−y
2 2
+ 2zy = −2y 3 ⇒ [e z] = −2ey y 3 ⇒
dy dy
x(y 2 − 1) = Cxe−y .
2
Portanto, a solução geral é
1 1
11. y′ + y = − (x + 1)3 y 2
x+1 2
1 −1 1 du
Podemos escrever y −2 y ′ + y = − (x + 1)3 , fazendo u = y −1 segue − +
x+1 2 dx
1 1 ∫
u = − (x + 1)3 então o fator integrante é µ(x) = e− x+1 dx = (x + 1)−1
1
x+1 2
∫
−1 1 1
u · (x + 1) = (x + 1)2 dx + C ⇒ u = (x + 1)4 + C(x + 1)
2 6
1 1
Portanto, a solução geral da equação proposta é = (x + 1)4 + C(x + 1).
y 6
12. x2 y ′ + 2x3 y = y 2 (1 + 2x2 )
Tem-se
2x3 1 + 2x2 2
x2 y ′ + 2x3 y = y 2 (1 + 2x2 ) ⇒ y′ + y = y
x2 x2
1 + 2x2
y −2 y ′ + 2xy −1 = , seja u = y −1 ⇒ −u′ = y −2 y ′ , logo
x2
1 + 2x2 ∫
u′ − 2xu = − − 2xdx
= e−x
2
2
⇒ µ(x) = e
x
∫
−x2 1 + 2x2
= − e−x ·
2
ue dx + C ⇒
x2
[ ]
x2 1 −x2 1 2
u=e ·e + C = + Cex
x x
1 1 2
Portanto, = + Cex .
y x
158 Christian José Quintana Pinedo
1
13. 8xy ′ − y = − √
y3 x+1
Tem-se
1 1 1
8xy ′ − y = − √ ⇒ y′ − y=− √
y3 x + 1 8x 8xy 3 x + 1
1 4 1 1 ′
y3y′ − y =− √ , seja u = y 4 ⇒ u = y 3 y ′ , logo
8x 8x x + 1 4
1 1 ∫ 1 1
u′ − u=− √ ⇒ µ(x) = e− 2x dx = √
2x 2x x + 1 x
∫
1 1 1
u√ = − √ · √ dx + C
x x 2x x + 1
1 1
Seja z 2 = 1 + ⇒ 2zdz = − dx, logo
x x2
∫ √ ∫
1 x 1 1
u√ = − √ · 2 dx + C = · 2zdz + C = z + C
x 2 x+1 x 2z
[√ ]
√ x+1 √ √
⇒ u= x √ +C = x+1+C x
x
√ √
Portanto, y 4 = x + 1 + C x.
x3
14. 3xy ′ − 2y =
y2
Tem-se
x3 2 x2
3xy ′ − 2y = ⇒ y′ − y= 2
y2 3x 3y
2 3 x2 1 ′
y2y′ − y = , seja u = y3 ⇒ u = y 2 y ′ , logo
3x 3 3
2 ∫ 2 1
u′ − u = x2 ⇒ µ(x) = e− x dx = 2
x x
∫
1 1
u 2 = 2
· x2 dx + C ⇒ u = x3 + Cx2
x x
Portanto, y 3 = x3 + Cx2 .
√
15. y ′ − 2xy = 4x y.
1 √ √ du dy
Podemos escrever √ y ′ − 2x y = 4x, fazendo u = y segue 2 = √1y então
y dx dx
[∫ ]
x2 −x2 x2
′
u − xu = 2x ⇒ u(x) = e 2 −2e 2 dx + C = Ce 2 − 2
( x2 )2
Portanto, a solução geral da equação de Bernoulli proposta é y(x) = Ce 2 − 2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 159
y
16. xy ′ − = y2.
2Lnx
1 1 du dy
Podemos escrever y −2 y ′ − y −1 = , fazendo u = y −1 segue − = y −2
2xLnx x dx dx
então
[∫ ] √
′ 1 1 − xLnx
dx
− xLnx
dx 1 C − 2 Ln3 x
u + u=− ⇒ u(x) = −e e · +C = √
2xLnx x x 3 Lnx
√
3 Lnx
Portanto, a solução geral da equação de Bernoulli proposta é y(x) = √ .
C − 2 Ln3 x
4y √
17. y′ = + x y.
x
1 4√ √ du dy
Podemos escrever √ y ′ − y = x, fazendo u = y segue 2 = √1y então
y x dx dx
[∫ ]
′ 2 x 1 1
u − u= ⇒ u(x) = x 2
dx + C = x2 ( Lnx + C)
x 2 2x 2
( )2
1
Portanto, a solução geral da equação de Bernoulli proposta é y(x) = x4 2
Lnx+C
Exercı́cio 2.4.4.
Resolva as seguintes equações diferenciais de Lagrange.
1. y = xy ′ − (y ′ )3 2. y = xy ′ − tan y ′
( dy )2
3. y − xy ′ = Lny ′ 4. + (x + α)y ′ − y = 0, α constante
dx
5. y = 2xy ′ − 2y ′ + 1 6. y(y ′ )2 + (2x − 1)y ′ = y
7. y = −x(y ′ )2 + (y ′ )2 + 1 8. y = (y ′ − 1)x + ay ′ + b
9. y = mxy ′ + ay ′ + b 10. y + xy ′ = (y ′ )2
11. (y ′ )3 − xy ′ + 2y = 0 12. 2(y ′ )2 + xy ′ − 2y = 0
13. 2(y ′ )3 + xy ′ − 2y = 0 14. y = xy ′ + (y ′ )2
1
15. y = xy ′ − 3(y ′ )3 16. y = xy ′ + ′
y
ay ′ √
17. y = xy ′ + √ 18. y = xy ′ + a 1 + (y ′ )2
1 + (y ′ )2
a
19. y = xy ′ + ′ 2 20. y = xy ′ + seny ′
(y )
√
21. y = Ln(xy ′ − y)
′
22. y = xy ′ + 1 − (y ′ )2
Solução.
1. y = xy ′ − (y ′ )3 .
Suponhamos y ′ = t, então y = xt − t3 , derivando em relação a x:
dy dt dt dt dt
= x + t − 3t2 ⇒ 0=x − 3t2
dx dx dx dx dx
160 Christian José Quintana Pinedo
dt
de onde (x − 3t2 ) = 0, isto é t = C.
dx
Portanto, a solução geral é y = xC − C 3 .
dy dx dy dx dx
= t + x − 3t2 ⇒ = t + x − 3t2 ⇒ x = 3t2
dt dt dx dt dt
( x )3
de onde y = (3t2 )t − t3 , isto é y = 2t3 ⇒ y 2 = 4t6 = 4 .
3
Portanto, a solução geral é 27y 2 = 4x3 .
2. y = xy ′ − tan y ′
Suponhamos y ′ = z, então y = xz − tan z, derivando em relação a x:
dy dz dz dz
= x + z − sec2 z · ⇒ (x − sec2 z) =0
dx dx dx dx
dz
de onde = 0, isto é z = C.
dx
Portanto, a solução geral é y = xC − tan C.
3. y − xy ′ = Lny ′
Suponhamos y ′ = t, então y − xt = Lnt, derivando em relação a x:
dy dt 1 dt 1 dt dt
−x −t= ⇒ 0= +x
dx dx t dx t dx dx
1 dt
de onde ( + x) = 0, isto é t = C.
t dx
dt dt dy dt dt
2t + (x + α) + t − =0 ⇒ 2t + (x + α) =0
dx dx dx dx dx
dt
de onde (2t + x + α) = 0, isto é t = C.
dx
Portanto, a solução geral é y = C[C + (x + α)].
5. y = 2xy ′ − 2y ′ + 1
Suponhamos y ′ = t, então y = 2xt − 2t + 1. Usando diferenciais
dx dx dx 2 2
de onde t = 2t + 2x − 2, isto é + x= ⇒ t2 (x − 1) = C1 .
dt dt dt t t
C1
y = 2xt − 2t + 1 ⇒ (y − 1)2 = (2x − 2)2 t2 = (2x − 2)2 = 4C1 (x − 1)
x−1
t(2x − 1)
De y(y ′ )2 + (2x − 1)y ′ = y então y=
1 − t2
[ ]
t(2x − 1) dt 2t2 dt
t − 2t − t = [2t
3
+ (2x − 1)] ⇒ −t − t = (2x − 1)
3
+1
1−t 2 dx 1−t 2 dx
] [ ] [
t2 + 1 dt 1 dt
⇒ −t(t + 1) = (2x − 1)
2
⇒ −t = (2x − 1)
1 − t2 dx 1 − t dx
2
[ ]
1 1 t 1
dx = 2 )dt = 2 − dt
2x − 1 t(t − 1) t −1 t
integrando
1 1 1 t2 − 1
Ln(2x − 1) + LnC = Ln(t2 − 1) − Lnt ⇒ C(2x − 1) =
2 2 2 t2
1
1 = t2 [1 − C(2x − 1)] ⇒ t2 =
1 − C(2x − 1)
[ ] [ ]
1 1
Na equação original y + (2x − 1) √ =y ⇒
1 − C(2x − 1) 1 − C(2x − 1)
[ ] [ ] [ ]
(2x − 1) 1 C(2x − 1)
√ =y 1− = −y ⇒
1 − C(2x − 1) 1 − C(2x − 1) 1 − C(2x − 1)
√
1 − C(2x − 1) = −yC ⇒ y 2 C 2 = [1 − C(2x − 1)]
7. y = −x(y ′ )2 + (y ′ )2 + 1
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = −xt2 + t2 + 1, derivando em relação a x:
dy dt dt dt dt
= −t2 − 2xt + 2t ⇒ t = −t2 − 2xt + 2t
dx dx dx dx dx
1 1
dx = 2 dt ⇒ LnC 2 − Ln(1 − x) = Ln(1 + t)2
(1 − x) (1 + t)
√ √
logo, (1 + t)2 (1 − x) = C 2 ⇒ t (1 − x) = C − (1 − x).√ Por outro lado,
como y = −x(y ′ )2 + (y ′ )2 + 1 segue y = (1 − x)t + 1 = (C − (1 − x)) + 1.
2 2
√
Portanto a solução geral é y = 1 + (C − 1 − x)2 .
8. y = (y ′ − 1)x + ay ′ + b
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = (t − 1)x + at + b, derivando em relação a x:
dy dt dt dt
=t−1+x +a ⇒ 1 = (x + a) ⇒ Ln(x + a) + C = t
dx dx dx dx
logo, t = Ln(x + a) + C. Por outro lado, como y = (y ′ − 1)x + ay ′ + b segue
y = (x + a)t − x + b.
Portanto a solução geral é y = (x + a)Ln(x + a) + C − x + b.
9. y = mxy ′ + ay ′ + b
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = mxt + at + b, derivando em relação a x:
dy dt dt dt
= mx + mt + a ⇒ t − mt = (mx + a)
dx dx dx dx
1 1 1−m
(1 − m) dx = dt ⇒ Ln(mx + a) + LnC = Lnt
(mx + a) t m
1−m
logo, t = C(mx + a) m . Por outro lado, como y = mxy ′ + ay ′ + b segue y−b =
1−m 1
(mx + a)C(mx + a) m = C(mx + a) m .
1
Portanto a solução geral é y − b = C(mx + a) m .
10. y + xy ′ = (y ′ )2
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y + xt = t2 , aplicando diferenciais:
dy dt dt dt dt dx
+t+x = 2t ⇒ 2t + x = 2t ⇒ 2t + x = 2t
dx dx dx dx dx dt
dx
∫ 1 √
logo, dt
+ 2t1 x = 1, o fator integrante é e 2t dt = t.
∫ √
d √ √ √ 2√ 3
(x · t) = t ⇒ x · t = tdt + C = t +C ⇒
dt 3
2 C
Assim, x= t+ √
3 t
2t C
Portanto a solução paramétrica geral é x= +√ , y = −xt + t2 .
3 t
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 163
11. (y ′ )3 − xy ′ + 2y = 0.
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ t3 − xt + 2y = 0, aplicando diferenciais:
dx dx 1
3t2 dt − tdx − xdt + 2tdx = 0 ⇒ 3t2 − x + t =0 ⇒ − x = −3t
dt dt t
∫
∫
− 1
Lnt−1 1 1 1
e =e t
dt
⇒ x · = − 3t · dt + C = −3t + C
=
t t t
dx
logo, x = t(C − 3t). Por outro lado, como = C − 6t segue
dt
dy dy dt dy 1 dy
t= = · ⇒ t= · ⇒ = tC − 6t2
dx dt dx dt C − 6t dt
1
logo, y = t2 [C − 4t].
2
1
Portanto a solução paramétrica geral é x = t(C − 3t), y = t2 [C − 4t].
2
12. 2(y ′ )2 + xy ′ − 2y = 0.
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ 2t2 + xt − 2y = 0, derivando em relação a x:
dt dt dy
4t +t+x −2 =0 ⇒ tdx − (4t + x)dt = 0
dx dx dx
x x 1
tdx − xdt − 4tdt = 0 ⇒ t2 · d( ) − 4tdt = 0 ⇒ d( ) − 4 dt = 0
t t t
∫ ∫
x 1 x
d( ) − 4 dt = C ⇒ − 4Lnt = C1 ⇒ x = tC + 4tLnt ⇒
t t t
consideremos C1 = 4LnC então x = 4tLn(Ct)
14. y = xy ′ + (y ′ )2 .
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = xt + t2 , derivando em relação a x:
dt dt dt dt dt
t=t+x + 2t ⇒ x + 2t =0 ⇒ [x + 2t] = 0
dx dx dx dx dx
dt
logo, = 0 ⇒ t = C = y′.
dx
Portanto a solução geral é y = Cx + C 2 .
15. y = xy ′ − 3(y ′ )3
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = xt − 3t3 , derivando em relação a x:
dt dt dt dt dt
t=t+x − 9t2 ⇒ 0=x − 9t2 ⇒ [x − 9t2 ] = 0
dx dx dx dx dx
dt
logo, = 0 ⇒ t = C = y′.
dx
Portanto a solução geral é y = Cx − 3C 3 .
1
16. y = xy ′ +
y′
1
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = xt + , derivando em relação a x:
t
dt 1 dt dt 1 dt dt 1
y′ = t + x − 2 ⇒ 0=x − 2 ⇒ [x − 2 ] = 0
dx t dx dx t dx dx t
dt
logo, =0 ⇒ t = C = y′.
dx
1
Portanto a solução geral é y = Cx + .
C
ay ′
17. y = xy ′ + √
1 + (y ′ )2
a tan t
Seja y ′ = tan t ⇒ dy = tan tdx ⇒ y = x tan t + = x tan t + asent,
sec t
derivando em relação a x:
dy dt dt dt
= tan t + x sec2 t + a cos t ⇒ 0 = (x sec2 t + a cos t)
dx dx dx dx
dt
logo, =0 ⇒ t = C1 ⇒ y ′ = tan C1 = C.
dx
ay ′ aC
Por outro lado, como y = xy ′ + √ segue y = xC + √ .
1 + (y ′ )2 1 + C2
aC
Portanto a solução geral é y = xC + √ .
1 + C2
√
3
√ √3
Ainda mais, mostrar que x2 + 3 y 2 = a2 é exercı́cio para o leitor.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 165
√
18. y = xy ′ + a 1 + (y ′ )2 .
dy √
Seja y ′ = tan t ⇒ = tan t ⇒ y = x tan t + a 1 + (tan t)2 = x tan t +
dx
a sec t, derivando em relação a x
dy dt dt dt
= tan t + x sec2 t · + a sec t tan t · ⇒ 0 = sec2 t(x + asent)
dx dx dx dx
dt
logo, = 0 ⇒ t = C1 ⇒ y ′ = tan C1 = C.
dx
√
Portanto a solução geral é y = xC + a 1 + C 2 .
Ainda mais, mostrar que x2 + y 2 = a2 é exercı́cio para o leitor.
a
19. y = xy ′ + ′ 2
(y )
a
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = xt + , derivando em relação a x:
t2
dy dt 2a dt 2a dt
=t+x − 3 ⇒ 0 = (x − )
dx dx t dx t3 dx
dt
logo, =0 ⇒ t = C = y′.
dx
a
Portanto a solução geral é y = xC + .
C2
20. y = xy ′ + seny ′
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = xt + sent, derivando em relação a x:
dy dt dt dt
= t + x + cos t · ⇒ 0 = (x + cos t)
dx dx dx dx
dt
logo, = 0 ⇒ t = C = y′.
dx
Portanto a solução geral é y = Cx + senC.
21. y ′ = Ln(xy ′ − y)
dy
Seja y ′ = et ⇒ =t ⇒ et = xt − y, derivando em relação a x:
dx
dt dt dy dt dt dt dt
et =t−x − ⇒ et =t−x −t ⇒ et = −x
dx dx dx dx dx dx dx
dt
logo, = 0 ⇒ t = C = y′.
dx
Portanto a solução geral é y = xC − eC .
√
22. y = xy ′ + 1 − (y ′ )2 .
dy √
Seja y ′ = sent ⇒ = sent ⇒ y = xsent + 1 − sen2 t = xsent + cos t,
dx
derivando em relação a x:
dy dt dt dt
= sent + x cos t · − sent · ⇒ 0 = (x cos t − sent)
dx dx dx dx
166 Christian José Quintana Pinedo
dt
logo, =0 ⇒ t = C1 ⇒y ′ = senC1 = C.
dx
√
Portanto a solução geral é y = xC + 1 − C 2 .
Exercı́cio 2.4.5.
Integrar as seguintes equações diferenciais.
1
São soluções gerais da equação y = − x2 + C ou y = 1 − x + C · e−x .
2
2. x(y ′ )2 + 2xy ′ − y = 0
√ √
′ −2x ±
(2x)2 + 4xy x+y
Resolvendo obtemos y = de onde y ′ = −1 + √ ou
√ 2 x
′ x+y dt
y = −1 − √ dz
. Seja z 2 = x + y então 2z dx =1+ de onde:
x dx
dz z dz z dx
2z − 1 = −1 ± √ ⇒ 2z = ±√ ⇒ 2dz = ± √
dx x dx x x
√ √ √ √
z =± x+C ⇒ x+y =± x+C ⇒ x + y = x + C 2 + 2C x
√
Portanto, a solução geral é y = C 2 + 2C x.
3. 4(y ′ )2 − 9x = 0
√ √ √
3 x
′ ′ 3 x ′ 3 x 3
Resolvendo obtemos y = ± de onde y = ou y = − logo y = x 2 + C
3
2 2 2
ou y = −x 2 + C.
3 3
São soluções gerais da equação y = x 2 + C e y = −x 2 + C.
4. (y ′ )2 − 2yy ′ = y 2 (ex − 1)
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 167
√
2y ± (−2y)2 − 4y 2 (ex − 1) √
Resolvendo obtemos y ′ = de onde y ′ = y(1+ 2 − ex )
√ 2
ou y ′ = y(1 − 2 − ex ) logo
∫ ∫
√ √
Lny = (1 − 2 − ex )dx + C ou Lny = − (1 − 2 − ex )dx + C
tem-se
2u
u2 = 2 − ex ⇒ 2udu = −ex dx ⇒ − 2 du = dx
u −2
∫ ∫ ∫
√ 2u 2
− 4 + 4 4
( 2 − ex )dx = − du = −[ (2 + 2 )du]
u −2
2 u −2
√ [ √ √ ]
√ u− 2 √ √ 2 − e x− 2
= −[2u + 2Ln √ ] = − 2 2 − ex + 2Ln √ √
u+ 2 2−e + 2
x
logo
∫ [ √ √ ]
√ √ √ 2 − ex− 2
Lny = x − ( 2 − ex )dx + C = x + 2 2 − ex + 2Ln √ √ +C
2 − ex + 2
5. x2 (y ′ )2 + 3xyy ′ + 2y 2 = 0
√
−3xy ±
(−3xy)2 − 8x2 y 2 y −2y
Resolvendo obtemos y ′ = 2
de onde y ′ = − ou y ′ =
2x x x
logo Lny = −Lnx + LnC ou Lny = −2Lnx + LnC.
Portanto, a solução geral é xy = C ou x2 y = C.
6. x(y ′ )2 − 2yy ′ + x = 0
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ xt2 + x = 2yt, derivando em relação a x:
dt dt dy dt dt
t2 + 2xt + 1 = 2y + 2t ⇒ 2xt2 + t = 2yt + t3
dx dx dx dx dx
substituindo 2yt
dt dt dt
2xt2 + t = (xt2 + x) + t3 ⇒ (2xt2 − xt2 − x) = t3 − t
dx dx dx
x(t2 −)dt = t(t2 − 1)dx ⇒ Lnt = LnxC ⇒ t = xC ⇒
y ′ = t = xC ⇒ xt2 + x = 2yt ⇒ x2 C 2 + 1 = 2yC
Cx2 1
Assim, y = + , observe, quando y = ±x também satisfaz a equação.
2 2C
Cx2 1
Portanto a solução geral é y = + , y = ±x.
2 2C
168 Christian José Quintana Pinedo
7. (y ′ )2 − 2xy ′ − 8x2 = 0
√
2x ± (−2x)2 + 32x2
Resolvendo obtemos y ′ = de onde y ′ = 4x ou y ′ = −2x logo
2
y = 2x2 + C ou y = −x2 + C.
Portanto, a solução geral é y = 2x2 + C ou y = −x2 + C.
8. (y ′ )3 + (x + 2)ey = 0
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ t3 + (x + 2)ey = 0 ⇒ (x + 2)ey = −t3 ,
derivando em relação a x:
dt dy dt t3
3t2 + ey + (x + 2)ey =0 ⇒ 3t2 − + t(−t3 ) = 0
dx dx dx (x + 2)
dt 1 1 dt 1 1
− t = t2 ⇒ t−2 − t−1 =
dx 3(x + 2) 3 dx 3(x + 2) 3
du dt du 1 1
Seja u = t−1 ⇒ − = t−2 ⇒ + u = − , o fator integrante
√ dx dx dx 3(x + 2) 3
3
é µ = (x + 2), logo
√ ∫ √ √
13 1√
u (x + 2) = −
3
(x + 2)dx+C ⇒ u 3 (x + 2) = − 3 (x + 2)4 +C ⇒
3 4
supondo C = 0
√ 1√ 4
t−1 3
(x + 2) = − 3 (x + 2)4 ⇒ − =t
4 (x + 2)
4 √ 4
−( )3 + (x + 2)ey = 0 ⇒ 3
(x + 2)ey/3 =
(x + 2) (x + 2)
√
Portanto uma solução é 4e−y/3 = 3 (x + 2)4 .
Exercı́cio 2.4.6.
Escolha um valor adequando para n ∈ Z, com a mudança y = zxn verificar que as
equações diferenciais seguintes podem ser transformadas em equações de variáveis sepa-
ráveis e resolver-las:
dy y + xy 2 dy 2y y
1. = 2. −x= + x · sec 2
dx x + x2 y dx x x
Solução.
dy y + xy 2
1. = 2
. Seja y = zxn ⇒ y ′ = z ′ xn + nzxn−1 , logo
dx x+x y
dz n zxn − xz 2 x2n dz n zxn (1 − n)[1 + xzxn ]
x + nzxn−1 = x = ⇒
dx x + x2 zxn dx x(1 + xzxn )
∫ ∫
dz z(1 − n) dz (1 − n)
= ⇒ = dx ⇒
dx x z x
y
Lnz = (1 − n)Lnx + LnC ⇒ z = x1−n + C ⇒ = x1−n + C
xn
Portanto, y = x + xn C.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 169
dy 2y y
2. −x= + x · sec 2 . Seja y = zx2 ⇒ y ′ = z ′ x2 + 2zx, logo
dx x x
dz 2 2zx2 zx2 dz
x + 2zx = + x + x · sec 2 ⇒ x = 1 + sec z
dx x x dx
1 1 1 + sec z 1
dz = dx ⇒ dz = dx ⇒
1 + sec z x 1 − sec z
2 x
∫
Lnx = − (csc2 z − 1 + cot z csc z)dz + C ⇒ Lnx = cot z + z + csc z + C
y y y
Portanto, Lnx = 2
+ cot 2 + csc 2 + C.
x x x
Exercı́cio 2.4.7.
Resolver as seguintes equações diferenciais com mudança de variável apropriada.
dy dy
1. = sen(x + y) 2. + x + y + 1 = (x + y)2 e3x
dx dx
dy dy
3. = 1 + ey−x+5 4. + 1 = e−(x+y) senx
dx dx
dy dy
5. = (x + y)2 6. = sen2 (x − y + 1)
dx dx
Solução.
dy
1. = sen(x + y). Seja u = x + y ⇒ u′ = y ′ + 1, logo
dx
∫ ∫
du 1
− 1 = senu ⇒ du = 1dx + C ⇒
dx 1 + senu
∫
1 − senu
du = x + C ⇒ tan u − sec u = x + C
cos2 u
dy
2. + x + y + 1 = (x + y)2 e3x . Seja u = x + y ⇒ u′ = y ′ + 1, logo
dx
du du
− 1 + u + 1 = u2 e3x ⇒ u−2 + u−1 = e3x
dx dx
dz du dz
Seja z = u−1 ⇒ − = u−2 ⇒ − z = −e3x
dx dx dx
∫
−x 1 1
ze =− e2x dx + C = − e2x + C ⇒ u−1 = − e3x + Cex
2 2
1
Portanto, 1 = (x + y)(Cex − e3x ).
2
170 Christian José Quintana Pinedo
dy
3. = 1 + ey−x+5 . Seja u = y − x + 5 ⇒ u′ = y ′ − 1, logo
dx
∫ ∫
du
+1=1+e u
⇒ e du = dx + C ⇒ e−u = −x + C
−u
dx
Portanto, tan(x − y + 1) = x + C.
Exercı́cio 2.4.8.
Resolver as seguintes equações diferenciais. São do caso 1.
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 171
dy
⇒ − senx = 0 ⇒ dy = senxdx ⇒ y = − cos x + C
dx
ϕ1 (x, y, C) = 0 = y + cos x − C
Para o fator y ′ + 2x = 0 ⇒
dy
− 2x = 0 ⇒ dy = −2xdx ⇒ y = −x2 + C ⇒
dx
ϕ2 (x, y, C) = 0 = y + x2 + C
ϕ3 (x, y, C) = 0 = y − xLnx + x − C
dy 2 dy
2. 6x2 ( ) − 13xy − 5y 2 = 0 ⇒ (2xy ′ − 5y)(3xy ′ + y) = 0.
dx dx
dy 5 dx 5
Para o fator 2xy ′ − 5y = 0 ⇒ − · =0 ⇒ Lny = Lnx + LnC
y 2 x 2
ϕ1 (x, y, C) = 0 = y − Cx5/2
dy 1 1
Para o fator 3xy ′ + y = 0 ⇒ + =0 ⇒ Lny = Lnx + LnC de onde
dx 3x 3
ϕ2 (x, y, C) = 0 = y − Cx1/3
3. (y ′ )3 − y(y ′ )2 − x2 y ′ + x2 y = 0
Podemos escrever (y ′ )2 (y ′ − y) − x2 (y ′ − y) = 0 ⇒ (y ′ − y)[(y ′ )2 − x2 ] = 0 de
1 1
onde y ′ − y = 0 ⇒ Lny = x + C ou y = x2 + C ou y = − x2 + C.
2 2
1 1
São soluções gerais da equação y = Cex ou y = x2 + C ou y = − x2 + C.
2 2
2 2
x x
Portanto, a solução geral é (x + Ln|y| + C)(y + − C)(y − − C) = 0.
2 2
dy
4. n2 ρ2 − x2n = 0, onde n ̸= 0, e = ρ = y′
dx
Tem-se (nρ − xn )(nρ + xn ) = 0.
1 1
Se (nρ − xn ) = 0 ⇒ dy = xn dx ⇒ y = xn+1 + C
n n(n + 1)
1 1
Se (nρ + xn ) = 0 ⇒ dy = − xn dx ⇒ y = − xn+1 + C
n n(n + 1)
xn+1 xn+1
Portanto, (y + − C)(y − − C) = 0.
n(n + 1) n(n + 1)
5. x2 (y ′ )2 + 2xyy ′ + y 2 = xy
√ √ √ √
Tem-se (xy ′ + y)2 = xy ⇒ (xy ′ + y − x y)(xy ′ + y + x y) = 0.
√ √ 1 √ √
Se xy ′ + y − x y = 0 ⇒ x √ y ′ + y = x.
y
√ du 1 dy du 1 1
Seja u = y ⇒ = √ · + u= √ .
substituindo
dx 2 y dx dx 2x 2 x
√
∫ 1 √ d √ x √
O fator integrante é e 2x dx = x ⇒ (u x) = √ ⇒ u x =
dx 2 x
1 1√ C √ 1√ C
x + C, logo u = x+ √ ⇒ y= x+ √ .
2 2 x 2 x
√ √ 1 √ √
Por outro lado, se xy ′ + y + x y = 0 ⇒ x √ y ′ + y = − x.
y
√ dv 1 dy dv 1 1
Seja v = y ⇒ = √ · + v=− √ .
substituindo
dx 2 y dx dx 2x 2 x
√
∫ 1 √ d √ x √
O fator integrante é e 2x dx = x ⇒ (v x) = − √ ⇒ v x =
dx 2 x
1 1√ C √ 1√ C
− x + C, logo v = − x+ √ ⇒ y=− x+ √ .
2 2 x 2 x
√ 1√ C √ 1√ C
Portanto, ( y − x − √ )( y + x − √ ) = 0.
2 x 2 x
Exercı́cio 2.4.9.
Denotando por P qualquer ponto na curva C e T o ponto da interseção de uma tangente
a ela com o eixo-y. Determine a equação da curva C, se P T = k.
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 173
x2
1. y = (ρx + x )Lnx + (ρx + x ) −
2 2 2
2
x2 dy ∂f ∂f dρ
Seja f (x, ρ) = (ρx+x )Lnx+(ρx+x ) − , sabe-se que
2 2 2
=ρ= + · ,
2 dx ∂x ∂ρ dx
assim
1 dρ
ρ = (ρ + 2x)Lnx + (ρx + x2 ) + 2(ρx + x2 )(ρ + 2x) − x + [xLnx + 2(ρx + x2 )x]
x dx
dρ
ρ = (ρ + 2x)Lnx + (ρ + x) + 2(ρx + x2 )(ρ + 2x) − x + [xLnx + 2(ρx + x2 )x]
dx
dρ
0 = (ρ + 2x)Lnx + 2(ρx + x2 )(ρ + 2x) + [xLnx + 2x2 (ρ + x)]
dx
dρ
0 = (ρ + 2x)[Lnx + 2x(ρ + x)] + x[Lnx + 2x(ρ + x)]
dx
dρ
0 = [Lnx + 2x(ρ + x)][(ρ + 2x) + x ] ⇒ 0 = h(x, ρ) · Φ(x, ρ, ρ′ )
dx
174 Christian José Quintana Pinedo
dρ dρ
Parte 1. Se Φ(x, ρ, ρ′ ) = (ρ + 2x) + x =0 ⇒ x + ρ = −2x supondo
dx dx
dρ ρ
x ̸= 0 segue + = −2 é uma equação linear
dx x
dρ ρ ∫ −1 ∫ −1
( + ) · e x dx = −2e x dx
dx x
de onde ρ = −x + Cx−1 .
Logo, substituindo na equação original temos
x2
y = (ρx + x2 )Lnx + (ρx + x2 )2 − ⇒
2
x2
y = [(−x + Cx−1 )x + x2 ]Lnx + [(−x + Cx−1 )x + x2 ] − ⇒
2
x2
Portanto, a solução geral é y = CLnx + C 2 − .
2
Parte 2. Suponhamos h(x, ρ) = Lnx+2x(ρ+x) = 0 ⇒ 0 = Lnx+2xρ+2x2 ,
Lnx − 2x2
logo 2xρ = −Lnx − 2x2 , assim ρx = −
2
Logo, substituindo na equação original temos
x2
y = (ρx + x2 )Lnx + (ρx + x2 )2 − ⇒
2
[( ] [( ]2
Lnx − 2x2 ) Lnx − 2x2 ) x2
y= − 2
x + x Lnx + − x+x2
− ⇒
2 2 2
Ln2 x Ln2 x x2
y=− + −
2 4 2
2 2
Ln x x
Portanto, a solução singular é y = − −
2 2
xρ 3x
2. xρ2 − 2yρ + 3x = 0 ⇒ y = + . Derivando em relação a x
2 2ρ
( ) ( )
dy 1 dρ 3 ρ − x dx dρ
dρ 3 x dρ
= ρ+x + 2
⇒ ρ=x + −3 2 ⇒
dx 2 dx 2 ρ dx ρ ρ dx
dρ dρ dρ
ρ3 = xρ2 + 3ρ − 3x ⇒ ρ(ρ2 − 3) = x(ρ2 − 3) ⇒
dx dx dx
Se (ρ2 − 3) ̸= 0
dρ 1 1
ρ=x ⇒ dx = dρ ⇒ ρ = xC
dx x ρ
ρ 3 xC 3
Assim, y = x + x ⇒ y= x+ x ⇒ 2Cy = x2 C 2 + 3
2 2ρ 2 2xC
√ √ √
Se (ρ2 − 3) = 0 ⇒ ρ = ± 3 ⇒ dy = ± 3dx ⇒ y = ± 3x. Assim
y 2 = 3x2 .
Portanto, 2Cy = C 2 x2 + 3, y 2 = 3x2 são soluções gerais.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 175
dρ 1 1 C
Se [Lnx + 2ρx] ̸= 0 ⇒
x+ρ=0 ⇒ dρ = − dx ⇒ ρ =
dx ρ x x
[ ]2
C C
Assim, y = · xLnx + x2 ⇒ y = CLnx + C 2
x x
1 1
Se [Lnx + 2ρx] = 0 ⇒ ρ = − Lnx ⇒ dy = − Lnxdx ⇒ y =
2x 2x
1 2 1 2
− Ln x. Assim y = − Ln x.
4 4
1
Portanto, y = CLnx + C 2 , y = − Ln2 x são soluções gerais.
4
4. ρ2 x4 = y + ρx
dy
Tem-se y = ρ2 x4 − ρx seja ρ = então y = ρ2 x4 − ρx ⇒
dx
dy dρ dρ dρ
= 4x3 ρ2 + 2ρx4 −ρ−x = (4x3 ρ2 − ρ) + (2ρx4 − x) ⇒
dx dx dx dx
dρ dρ
ρ = (4x3 ρ2 − ρ) + (2ρx4 − x) ⇒ 0 = 2ρ(2x3 ρ − 1) + x(2ρx3 − 1)
dx dx
dρ 1 1 1
0 = (2x3 ρ − 1)(2ρ + x ) ⇒ ρ= e 2 dx + dρ = 0
dx 2x3 x ρ
dy 1 1 C
=ρ= 3 ⇒ y=− e Ln(x2 ρ) = LnC ⇒ ρ=
dx 2x 4x2 x2
1
Portanto, y = C 2 − Cx−1 , y=−
4x2
5. 2y = 8xρ + 4x2 + 3ρ2 . Derivando em relação a x
dy dρ dρ dρ
2 = 8ρ + 8x + 8x + 6ρ ⇒ 0 = (6ρ + 8x) + (8x + 6ρ) ⇒
dx dx dx dx
dρ
Se [6ρ + 8x] ̸= 0 ⇒
x + 1 = 0 ⇒ dρ = −dx ⇒ ρ = C − x. Assim
dx
2y = 8x(C − x) + 4x + 3(C − x)2 .
2
4 2
Se [6ρ + 8x] = 0 ⇒ ρ = − x ⇒ y = − x2
3 3
2x2
Portanto, 2y = 3(C − x)2 + 8(C − x)x + 4x2 , y = − são soluções gerais.
3
176 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 2.4.11.
dy
Resolver as seguintes equações diferenciais, considere ρ = . São do caso 3.
dx
dβ dβ
1. cos2 β( )3 − 2α + 2 tan β = 0
dα α
3. 2ρx = 2 tan y + ρ3 cos2 y 2. x = yLnρ
5. 4ρx − 2y = ρ3 y 2 4. 4ρ2 = 25
Solução.
dβ 3 dβ
1. cos2 β( ) − 2α + 2 tan β = 0
dα α
dβ
Seja ρ = , então
dα
cos2 β · ρ3 + 2 tan β cos2 β · ρ2 tan β
α= = + = g(β, ρ)
2ρ r ρ
dα 1 ∂g ∂g ∂ρ
Sabe-se que = = + · então
dβ ρ ∂β ∂ρ ∂β
1 sec2 β [ ] dρ
= − cos βsenβ · ρ2 + + ρ · cos2
ρ ρ dβ
2 2
como sec β = 1 + tan β então
[ ]
1 1 tan2 β tan β dρ
= − cos βsenβ · ρ + +
2
+ ρ · cos − 2
2
ρ ρ ρ ρ dβ
[ ]
tan2 β tan β dρ
0 = − cos βsenβ · ρ +
2
+ ρ · cos2 − 2
ρ ρ dβ
[ ] [ ]
tan β 1 2 tan β dρ
0 = − tan β ρ cos β −
2 2
+ ρ cos β −
2
ρ ρ ρ dβ
[ ][ ]
tan β 1 dρ
0 = ρ2 cos2 β − − tan β + ·
ρ ρ dβ
dβ dρ
0 = h(β, ρ) · Φ(β, ρ, ρ′ ), onde ρ = , ρ′ =
dα dβ
1 dρ dρ
Caso 1. Suponhamos Φ(β, ρ, ρ′ ) = − tan β + · =0 ⇒ = tan βdβ
ρ dβ ρ
resolvendo
C
Lnρ = − ln | cos β| + ln C ⇒ ρ=
cos β
Substituindo na equação diferencial original
3
C3 αC
cos β ·ρ −2αρ+2 tan β = 0
3
⇒ cos β · 3
−2 +2 tan β = 0 ⇒
cos β cos β
C 3 + 2senβ
α=
2C
2
C senβ
Portanto, a solução geral é α= + ; c ̸= 0
2 C
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 177
tan β tan β
caso 2. Suponhamos h(β, ρ) = ρ2 cos2 β − =0 ⇒ ρ2 · cos2 β −
ρ ρ
resolvendo √ √ √
3
tan β senβ senβ
ρ= 3
= 3
⇒ ρ=
cos2 β cos3 β cos β
5. 4ρx − 2y = ρ3 y 2
x C3 √
Resposta 4C − 2y = , 4x = 3 3 y 4
y y
Exercı́cio 2.4.12.
Resolver as seguintes equações diferenciais.
′
√
1. y = (y ′ )2 ey 2. x = (y ′ )2 − 2y ′ + 2 3. y ′ = ey′
y
√
12. x [1 + (y ′ )2 ]3 = a 13. y = arcseny ′ + Ln[1 + (y ′ )2 ]
Solução.
178 Christian José Quintana Pinedo
′
1. y = (y ′ )2 ey . Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = t2 et , aplicando diferenciais.
dy
= 2tet + t2 et ⇒ tdx = (2tet + t2 et )dt
dt
∫
t
dx = (2e + te )dt t
⇒ x= (2et + tet )dt + C = et (1 + t) + C
{
x = et (1 + t) + C
Portanto, a solução paramétrica é: .
y = t2 et
2. x = (y ′ )2 − 2y ′ + 2.
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ x = (t − 1)2 + 1, aplicando diferenciais. Por
1
outro lado y ′ = t ⇒ y = t2 + C
2
{
x = (t − 1)2 + C
Portanto, a solução paramétrica é: 1 2 .
y = t +C
2
√ √ t
y ′ = ey′ . Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ t = y et ⇒ y =
y
3. , aplicando
Lnt
diferenciais.
dy Lnt − 1 Lnt − 1
= 2 ⇒ tdx = dt
dt Ln t Ln2 t
[ ] ∫ [ ]
1 1 1 1
dx = − dt ⇒ x = − dt + C
tLnt Lnt tLnt tLn2 t
x = Ln(Lnt) + 1 + C
Portanto, a solução paramétrica é: Lnt .
y =
1
Lnt
4. y = y ′ Lny ′ . Seja y ′ = et ⇒ dy = et dx ⇒ y = tet , aplicando diferenciais.
dy dt dt 1
= (et + tet ) ⇒ et = (et + tet ) ⇒ x = (1 + t)2
dx dx dx 2
{
x = 12 (1 + t)2 + C
Portanto, a solução paramétrica é: .
y = tet + C
1
dx = ( + 2 cos t + tsent)dt ⇒ x = Lnt + sent + t cos t + C
t
{
x = Lnt + sent + t cos t + C
Portanto, a solução paramétrica é: .
y = t(1 + t cos t)
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 179
′ ′ ′
6. [ + seny]. Seja y = t ⇒ dy = tdx ⇒ x = Lnt + sent. Derivando
x = Lny
1
dx = + cos t dt
t
[ ]
t
Assim, dy = + t cos t dt = [1 + t cos t] dt. Logo y = t + tsent + cos t.
t
{
x = Lnt + sent + C
Portanto, a solução paramétrica é: .
y = t + tsent + cos t + C
√
y′
1√ 1 1
7. (y ′ )2 x =
e. Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ x = 2 t e = 2 e t .
t t
[ ] [ ]
2 1 1 1 2 1 1 1
Assim, dx = − 3 e t − 4 e t dt ⇒ dy = − 2 e t − 3 e t dt. Logo
t t t t
1 1 1 1 1 1 1
y = 2e t + e t − e t = e t + e t
t t
1 1
x = 2et + C
Portanto, a solução paramétrica é: t .
y = e 1t + 1 e 1t + C
t
t2 2t5 + 2t
y − yt4 − t2 = 0 ⇒ y= ⇒ dy = dt (2.19)
1 − t4 (1 − t4 )2
P
Seja P = yt ⇒ y=
t
P P3 t3
( )4 − P 4 − =0 ⇒ P = (2.20)
t t 1 − t4
t3 2t5 + 2t
dx = dt ⇒
1 − t4 (1 − t4 )2
∫ [ ]
A B C D Et + F
x = −2 + 2+ + + 2 + dt
t t t+1 t−1 t +1
2 t+1
x = − + Ln[ ] − 2 arctan t + C
Portanto, a solução paramétrica é: t t − 1 .
y = t2
+ C
1 − t4
dy
9. x(1 + (y ′ )2 ) = 1. Seja =t ⇒ dy = tdx ⇒ x(1 + t2 ) = 1, derivando em
dx
relação a x.
dt 2t
x(1 + t2 ) + 2tx =0 ⇒ dx + dt = 0 ⇒ x + Ln(1 + t2 ) = C
dx (1 + t2 )
180 Christian José Quintana Pinedo
dy 2t
Por outro lado, como = t ⇒ dy = tdx = −t dt assim,
dx (1 + t2 )
[ ]
2t2 dt 2
dy = − = − 2 dt ⇒ y = 2 arctan t − 2t + C
(1 + t2 ) (1 + t2 )
{
x = C − Ln(1 + t2 )
Portanto, a solução paramétrica é: .
y = 2 arctan t − 2t + C
′ dy
10. y = (y ′ − 1)ey . Seja =t ⇒ dy = tdx ⇒ y = (t − 1)et , derivando em
dx
relação a x.
dt dt dt
t = et + (t − 1)et ⇒ t = tet ⇒ x = et + C
dx dx dx
{
x = et + C
Portanto, a solução paramétrica é: .
y = (t − 1)et + C
√ √ √ √
11. 5
y 2 + 5 (y ′ )2 = 5 a2 . Seja y ′ = a cos5 t ⇒ dy = a cos5 tdx ⇒ 5
y2 =
√ √
a2 − a2 cos2 t, isto é y = asen5 t, aplicando diferenciais.
5 5
sen4 t 5
dx = dt ⇒ x= tan3 t − 5 tan t + 5t + C
cos4 t 3
{ 5
x = tan3 t − 5 tan t + 5t + C
Portanto, a solução paramétrica é: 3 .
y = asen5 t
√
12. x [1 + (y ′ )2 ]3 = a.
dx a
Seja = tan t ⇒ dx = tdy ⇒ x= √ = a cos3 t, derivando
dy 2
[tan t + 1] 3
em relação a y.
dx dt dt
= −3a cos2 tsent · ⇒ tan t = −3a cos2 tsent ·
dy dy dy
∫
1
y − C = −3a cos t(1 − sen2 t)dt = −3a[sent − sen3 t]
3
{
x = a · cos3 t
Portanto, a solução paramétrica é:
y = a · sent(sen2 t − 3) + C
dy
13. y = arcseny ′ + Ln[1 + (y ′ )2 ]. Seja =t ⇒ dy = tdx ⇒ y = arcsent +
dx
2
Ln[1 + t ], derivando em relação a x.
dy 1 2t dt 1 2
= [√ dt + ] ⇒ dx = [ √ dt + ]dt
dx 1 − t2 1 + t2 dx t 1 − t2 1 + t2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 181
∫ [ √ ]
1 2 1 − 1 − t2
x= [ √ dt + ]dt = Ln + 2 arctan t + C
t 1 − t2 1 + t2 t
[ √ ]
1 − 1 − t2
x = Ln + 2 arctan t + C
Portanto, a solução paramétrica é: t
y = arcsent + Ln[1 + t2 ]
Exercı́cio 2.4.13.
Resolver as seguintes equações diferenciais.
Solução.
2dy = tdx + xdt + (Lnt + 1)dt ⇒ 2tdx = tdx + xdt + (Lnt + 1)dt
∫
dx 1 1 1 1 1
− x = (Lnt + 1) ⇒ x= (Lnt + 1)dt + C = Ln2 t + Lnt + C
dt t t t t 2
1
x = tLn2 t + tLnt + tC
Portanto, 2 é solução paramétrica da equação.
y = 1
(xt + tLnt)
2
2. y = 2xy ′ + Lny ′
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = 2xt + Lnt, aplicando diferenciais.
1 1
dy = 2tdx + 2xdt + dt ⇒ tdx = 2tdx + 2xdt + dt
t t
∫
dx 2 1
+ x=− 2 ⇒ x = −t−2 dt + Ct−2 = −t−1 + Ct−2
dt t t
{
x = −t−1 + Ct−2
Portanto, é solução paramétrica da equação.
y = 2xt + Lnt
3. y = xy ′ + (y ′ )2
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = xt + t2 , aplicando diferenciais.
dx dx
dy = tdx + xdt + 2tdt ⇒ t = t + x + 2t
dt dt
182 Christian José Quintana Pinedo
dy x x2
x + 2t = 0 ⇒ t= =− ⇒ y=− +C
dx 2 4
x2
Portanto, y=− + C é solução da equação.
4
4. y = x(1 + y ′ ) + (y ′ )2 .
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = x(1 + t) + t2 , aplicando diferenciais.
dy = (1 + t)dx + xdt + 2tdt ⇒ tdx = (1 + t)dx + xdt + 2tdt
∫
dx
+ x = −2t ⇒ x = −2e−t tet dt + Ce−t = −2(t − 1) + Ce−t
dt
{
x = −2(t − 1) + Ce−t
Portanto, é solução paramétrica da equação.
y = x(1 + t) + t2
5. y = xy ′ + seny ′
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = xt + sent, aplicando diferenciais.
dt
dy = tdx + xdt + cos t · dt ⇒ 0 = (x + cos t)
dx
logo cos t = −x ⇒ x = − cos t.
{
x = − cos t
Portanto, é solução paramétrica da equação.
y = −t · cos t + sent
a
6. y = xy ′ +
(y ′ )2
a
Seja y ′ = t ⇒ dy = tdx ⇒ y = xt + , aplicando diferenciais.
t2
2a 2a dt
dy = tdx + xdt − · dt ⇒ 0 = (x − 3 )
t3 t dx
2a 2a a
logo x = ⇒ y = t · 3 + 2.
t3 t t
2a
x = 3
Portanto, t é solução paramétrica da equação.
3a
y = 2
t
ay ′
7. y = xy ′ + √
1 + (y ′ )2
dy a tan t
Seja = tan t ⇒ dy = tan t · dx ⇒ y = x tan t + √ , podemos
dx 1 + tan t2
escrever na forma y = x tan t + a · sent, derivando em relação a x.
dy dt dt dt
= tan t + x sec2 t + a cos t · ⇒ 0 = [x sec2 t + a cos t] ⇒
dx dx dx dx
cos t
x sec2 t + a cos t = 0 ⇒ x = −a 2 = −a cos3 t.
sec t
{
x = −a · cos t3
Portanto, é solução paramétrica da equação.
y = a · sen3 t
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 183
3 ′
8. y = xy ′ + ey
2
dy 3
Seja =t ⇒ dy = t · dx ⇒ y = xt + et , derivando em relação a x.
dx 2
dy 3 3 dt dt dt dt [ ] dt
= t + x + et ⇒ 0 = t + 3x + 2et ⇒ −t = 3x + 2et
dx 2 2 dx dx dx dx dx
dx 3 2
tdx = −(3x + 2et )dt ⇒ + x = − et
dt t t
∫ 3 d 2
o fator integrante é: e t
dt
= t3 ⇒ [x · t3 ] = − t3 et ⇒
dt t
∫
C 2 1 2
x · t = −2
3
t2 et dt = −2t2 et − 4tet + 4et + C ⇒ x= 3
+ 2et [ 3 − − 2 ]
t t t t
3 C 2 1 2
Por outro lado, y = t[ 3 + 2et [ 3 − − 2 ]] + et .
2 t t t t
[ ]
C
− 2e t 1
− +
2 2
x =
t3 t t2 t3
Portanto, [ ] é solução paramétrica da equação.
3C 3 3
y = − 2e 1 − + 2
t
2t2 t t
1
9. y = x(y ′ )2 −
y′
dy 1
Seja =t ⇒ dy = t · dx ⇒ y = xt2 − , derivando em relação a x.
dx t
dt 1 dt 1 dt
y ′ = t2 + 2xt + 2 ⇒ t = t2 + [2xt + ] ⇒
dx t dx t2 dx
1 dt dx 1
t − t2 = [2xt + 2
] ⇒ (t − t2 ) − 2xt = 2 ⇒
t dx dt t
dx 2 1 d [ ] (t − 1)2
+ x= 3 ⇒ x · (t − 1)2 = 3
dt (t − 1) t (1 − t) dt t (1 − t)
∫
t−1 1 1 2t − 1 + 2t2 C
x · (t − 1)2 = − dt + C = − + C ⇒ x =
t3 t 2t2 2t2 (t − 1)2
1 2t − 1 + 2t2 C 1
Por outro lado, y = xt2 − ⇒ y= −
t 2(t − 1)2 t
2t − 1 + 2t2 C
x =
2t2 (t − 1)2
Portanto, é solução paramétrica da equação.
2t − 1 + 2t2 C 1
y = −
2(t − 1)2 t
10. x(y ′ )2 − yy ′ − y ′ + 1 = 0 ⇒ x(y ′ )2 − y ′ [y + 1] + 1 = 0 ⇒
x(y ′ )2 − yy ′ − y ′ + 1 = 0 ⇒ xt2 − ty − t − 1 = 0 ⇒
184 Christian José Quintana Pinedo
dt dt dt dt
t2 + 2xt −y − t2 − =0 ⇒ [2xt − y − 1] =0
dx dx dx dx
dt dt
Se, 2xt − y − 1 = 0 ⇒ 2t + 2x − y ′ = 0 ⇒ 2x = −t ⇒ LntC = −Lnx.
dx dx
1
Assim, x =
tC
1
Do fato x(y ′ )2 − yy ′ − y ′ + 1 = 0 ⇒ xt2 − yt − t + 1 = 0 ⇒ xt − 1 + = y
t
1
x =
Portanto, tC é solução paramétrica da equação.
y = 1 −1+ 1
C t
y 1 xt − 1 1 (xt − 1) 1
11. yx = ′
+ ′ 2 ⇒ y[ ]= 2 ⇒ y= ⇒ y =x−
y (y ) t t t t
Derivando em relação a x.
∫
′ 1 dt 1 dx 1
y =1+ 2 ⇒ = ⇒ x= dt + C
t dx t (t − 1)
2 dt t2 (t − 1)
∫
1 1 1
x= [ − 2 ]dt + C = Ln(t − 1) + + C
(t − 1) t t
{
x = Ln(t − 1) + 1t + C
Portanto, é solução paramétrica da equação.
y = Ln(t − 1) + C
√
12. y = xy ′ + a 1 + (y ′ )2 .
dy √
Seja = tan t ⇒ dy = tan t · dx ⇒ y = x tan t + a 1 + tan2 t, podemos
dx
escrever na forma y = x tan t + a sec t, derivando em relação a x.
dy dt dt dt
= tan t + x sec2 t + a sec t tan t ⇒ 0 = sec t[x sec t + a tan t] ⇒
dx dx dx dx
π
sec t = 0 ⇒ t= , x sec t + a tan t = 0 ⇒ x = −asent
2
{
x = −asent
Portanto, é solução paramétrica da equação.
y = a cos t
Exercı́cio 2.4.14.
Sendo f (x) ̸= g(x) considere a equação diferencial yf (xy)dx + xg(xy)dy = 0.
1
1. Mostre que µ(x, y) = é um fator integrante para a equação.
xy[f (xy) − g(xy)]
2. Utilizar a parte (1.) para achar a solução geral implı́cita da equação diferencial
(xy 2 + 2y)dx + (3x2 y − 4x)dy = 0.
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 185
1
1. Multiplicando a equação por µ(x, y) = resulta
xy[f (xy) − g(xy)]
f (xy) g(xy)
dx + dy = 0
x[f (xy) − g(xy)] y[f (xy) − g(xy)]
f (xy) g(xy)
Considerando M (x, y) = e N (x, y) = resulta
x[f (xy) − g(xy)] y[f (xy) − g(xy)]
∂M x2 f ′ (xy)[f (xy) − g(xy)] − f (xy)x2 [f ′ (xy) − g ′ (xy)]
(x, y) = =
∂y x2 [f (xy) − g(xy)]2
−f ′ (xy)g(xy) + f (xy)g ′ (xy)
=
[f (xy) − g(xy)]2
∂N y 2 g ′ (xy)[f (xy) − g(xy)] − g(xy)y 2 [f ′ (xy) − g ′ (xy)]
(x, y) = =
∂x y 2 [f (xy) − g(xy)]2
g ′ (xy)f (xy) − g(xy)f ′ (xy)
=
[f (xy) − g(xy)]2
∂M ∂N
Assim, obtivemos que (x, y) = (x, y) o que mostra que µ(x, y) =
∂y ∂x
1
é um fator integrante.
xy[f (xy) − g(xy)]
2. A equação é da forma (1.) com f (xy) = xy + 2 e g(xy) = 3xy − 4. Pela parte (1.)
1
sabemos que o fator integrante é µ(x, y) = sendo a equação exata
xy(6 − 2xy)
(xy + 2) (3xy − 4)
dx + dy = 0
x(6 − 2xy) y(6 − 2xy)
1 ( x2 )
Assim, v(y) = − 23 Lny assim, F (x, y) = Ln (3−xy)5 y4
6
x2
Portanto a solução implı́cita é = C.
(3 − xy)5 y 4
186 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 2.4.15.
Resolver o seguinte:
Solução.
dz dy
1. Considerando z = g(y) segue que = g ′ (y) e substituindo na equação obtem-se
dx dx
dz
g ′ (y)y ′ + p(x)g(y) = f (x) ⇔ + p(x)z) = f (x)
dx
é uma equação linear de primeira ordem.
( 2) 1
2. Observe que ey 2yy ′ +
2
= 2 é da forma
x x
dz 2
+ p(x)z) = f (x) onde g(y) = ey
dx
2 dz 2 1
. considerando a mudança z = ey obtemos a equação linear + z = 2.
dx x x
1 C
A solução desta equação é z = + 2.
x x
2 1 C
Portanto, a solução geral implı́cita da equação é ey = + 2.
x x
2 1 C √
3. Substituindo na solução geral implı́cita ey = + 2 os valores x = 2 e y = Ln2
x x
segue:
√ 2 1 C 1 C
e( Ln2) = + 2 ⇔ 2 = + ⇒ C=6
2 2 2 4
√
x+6 √√
Portanto, a solução particular é y = ± Ln 2 . Como y = − Ln2 é nega-
√ x
x+6
tivo, ficamos com y = − Ln 2 .
x
Para determinar o maior intervalo onde esta solução está definida, observamos que a
x+6 x+6
expressão Ln 2 tem que ser positiva, o que implica > 1 de onde x ∈ (−2, 0)
x x2
ou x ∈ (0, 3), este último intervalo contêm x = 2.
Portanto o intervalo procurado é (0, 3).
Capı́tulo 3
Exercı́cios 3-1
Exercı́cio 3.1.1.
Resolver as seguintes equações diferenciais.
d2 x d2 y
1. 2
= t2 2. = xe−x , y(0) = 1, y ′ (0) = 0
dt dx2 ′
3. y ′′ = 2senx cos2 x − sen3 x 4. y = y tan x − (y ′ )2 sec2 x
5. xyy ′′ − x(y ′ )2 − yy ′′ = 0 6. x2 yy ′′ = (y − xy ′ )2
d3 y
7. xyy ′′ + x(y ′ )2 = 2yy ′ 8. = x + senx
dx3
d2 y a + bx d2 y
9. 2
= 10. x 2 = 1 + x2
dx x dx
(y ′ )2
11. 2y 2 y ′′ + 2y(y ′ )2 = 1 12. x−1 y ′ + = y ′′
( √ x )
13. y ′ y 2 + yy ′′ − (y ′ )2 = 0 14. 3x (1 + x)3 − y ′ + y ′′ = x2 y ′
y y3
15. y 2 y ′′′ − 3yy ′ y ′′ + 2(y ′ )3 + (yy ′′ − (y ′ )2 ) = 2
x x
1 1
16. y (iv) = cos2 x, y(0) = , y ′ (0) = y ′′ (0) = , y ′′′ (0) = 0
32 8
17. 4x2 yy ′ = 9xy 2 + 6x + 54y 6 + 108y 4 + 72y 2 + 16
Solução.
∫ ∫
d2 x dx 1 1
1. = t2 ⇒ = t dt + C = t3 + C1 ⇒ x(t) =
2
( t3 + C1 )dt + C2
dt2 dt 3 3
1
Portanto, a solução geral é x(t) = t4 + C1 t + C2 .
12
187
188 Christian José Quintana Pinedo
d2 y
2. = xe−x , y(0) = 1, y ′ (0) = 0
dx2
d2 y dy
Temos 2 = xe−x ⇒ = −xe−x −e−x +C ⇒ y = xe−x +2e−x +xC +C1
dx dx
}
1 = y(0) = 2 + C1 ⇒ C1 = −1
dy ⇒ y = xe−x + 2e−x + x − 1
0= (0) = −1 + C ⇒ C=1
dx
Portanto, a solução do pvi é y = xe−x + 2e−x + x − 1.
∫
3. y ′′ = 2senx cos2 x − sen3 x ′
⇒ y = [2senx cos2 x − sen3 x]dx + C1 ⇒
∫
′
y = senx[2 cos2 x − (1 − cos2 x)]dx + C1 = cos x(1 − cos2 x) + C1
∫
1
y= [cos x(1 − cos2 x) + C1 ]dx + C2 = sen3 x + C1 x + C2
3
1
Portanto, a solução geral da equação é y = sen3 x + C1 x + C2 .
3
4. y = y ′ tan x − (y ′ )2 sec2 x
dz dz dx
Suponhamos que z = senx seja uma função de variável y, então z ′ = = · =
dy dx dy
dx
cos x · , isto é z ′ = (cos x) · x′ . Substituindo na equação original
dy
1 z ′ 1 2 x′ 2 z 1
y= [ x ] − [ ][ ] ⇒ y= − ′ 2 ⇒
x′ z ′ x′ z ′ z ′ (z )
y(z ′ )2 − zz ′ + 1 = 0
dz
Seja u = z ′ = , então
dy
y(u)2 − zu + 1 = 0 (3.1)
derivando em relação a y
du du dz du du
u2 + 2yu −z −u =0 ⇒ u2 + 2yu −z − u2 = 0
dy dy dy dy dy
du du
(2yu − z) = 0 ⇒ = 0 ⇒ u = C1 ⇒
dy dy
z = C1 y + C2 ⇒ senx = C1 y + C2
em (3.1) segue C12 y = C1 senx − 1.
z dz dy 1
Se 2yu − z = 0 ⇒ u = ⇒ = logo Lnz = Lny + LnC3 assim,
√ 2y z 2y 2
z = C3 y
Portanto sen2 x = C3 y.
A solução da equação diferencial é C1 y = senx − C2 ou y = C4 sen2 x.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 189
5. xyy ′′ − x(y ′ )2 − yy ′′ = 0
Suponhamos que y ′ = yz seja uma função de variável y, então y ′′ = y ′ z + yz ′ =
yz 2 + yz ′ . Substituindo na equação original
xy 2 (z 2 + z ′ ) − xy 2 z 3 − y 2 z = 0 = 0 ⇒ xz 3 + xz ′ − xz 2 − z = 0 ⇒
dz dx
xz ′ − x = 0 ⇒ − =0 ⇒ Lnz − Lnx = C ⇒ z = xC
z x
y′ y′ 1
Como z = ⇒ = xC integrando Lny = x2 C + C1
y y 2
2
Portanto y = CeCx .
6. x2 yy ′′ = (y − xy ′ )2
Suponhamos que y ′ = yz seja uma função de variável y, então y ′′ = y ′ z + yz ′ =
yz 2 + yz ′ . Substituindo na equação original:
2 1
x2 z 2 + x2 z ′ = 1 − 2xz + x2 z 2 ⇒ z′ + z = 2 ⇒
x x
∫
1
2
zx = x2 · dx + C = x + C ⇒ y ′ = zy = yx−1 + Cx−2 ⇒
x2
∫ ′ ∫
y C
= [x−1 + Cx−2 ]dx ⇒ Lny = Lnx − + C1
y x
y(x) = xC1 e− x .
C
Portanto, a solução geral é
2
xyy ′′ + x(y ′ )2 = 2yy ′ ⇒ xy(yz 2 + yz ′ ) + x(yz)2 = 2y 2 z ⇒ z −2 z ′ − z −1 = 2
x
du dz
Seja u = z −1 então = −z −2 , logo
dx dx
∫
du 2 2 3
+ u = 2 ⇒ ux = 2x2 dx
2
⇒ ux2 = x3 ⇒ z=
dx x 3 2x
logo ∫ ∫
y′ 3 3 1
= dx ⇒ Lny = Lnx + LnC
y 2x 2 2
√
Portanto, a solução geral é y(x) = Cx3 .
190 Christian José Quintana Pinedo
∫
d3 y d2 y d2 y 1
8. 3
= x + senx ⇒ 2
= (x + senx)dx + C 1 ⇒ 2
= x2 − cos x + C1 ,
dx dx dx 2
1 1 1
logo y ′ (x) = x3 − senx + C1 x + C2 ⇒ y(x) = x4 − cos x + C1 x2 + C2 x + C3
6 24 2
1 1
Portanto, a solução geral é y(x) = x4 − cos x + C1 x2 + C2 x + C3 .
24 2
∫
d2 y a + bx d2 y a ′ a
9. 2
= ⇒ 2
= +b ⇒ y (x) = ( + b)dx + C1 , isto é
dx x dx x x
′ 1 2
y (x) = aLnx + bx + C1 ⇒ y(x) = ax(Lnx − 1) + bx + C1 x + C2
2
1 2
Portanto, a solução geral é: y(x) = ax(Lnx − 1) + bx + C1 x + C2 .
2
∫
d2 y d2 y 1 ′ 1
10. x 2 = 1+x 2
⇒ 2
= + x ⇒ y (x) = ( + x)dx + C1 , isto é
dx dx x ∫ x
1 1
y ′ (x) = Lnx + x2 + C1 ⇒ y(x) = (Lnx + x2 + C1 )dx + C2
2 2
1
Portanto, a solução geral é: y(x) = x(Lnx − 1) + x3 + C1 x + C2 .
6
11. 2y 2 y ′′ + 2y(y ′ )2 = 1
dy d dy dt dt dy dt
Seja =t ⇒ y ′′ = ( )= = · = t · , substituindo na equação
dx dx dx dx dy dx dy
dt dt 1 t−1 dt 1 2 1
2y 2 t · + 2yt2 = 1 ⇒ + t= 2 ⇒ t + t = 2
dy dy y 2y dy y 2y
du dt du 2 1
Seja u = t2 ⇒ 2
= t , substituindo na equação 2 + u = 2 o fator
dy
∫ 2
dy dy y y
dx 2
integrante é µ(x) = e y = y logo
∫
d [ ] 1
u·y = 2 ·y
2 2
⇒ u · y = 1dy + C ⇒ uy 2 = y + C ⇒
2
dy y
√ ∫
dy y+C y y
t= = ⇒ dx = √ dy ⇒ x= √ dy + C1
dx y y+C y+C
2√ √
Portanto, a solução geral é: x = (y + C)3 − 2C (y + C) + C1 .
3
(y ′ )2
12. x−1 y ′ + = y ′′
x
dy d dy dt
Seja =t ⇒ y ′′ = ( )= , substituindo na equação
dx dx dx dx
t2 dt dt 1 t2 dt 1 1
x−1 t + = ⇒ − t= ⇒ t−2 − t−1 =
x dx dx x x dx x x
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 191
du dt du 1 1
Seja u = t−1 ⇒ = t−2 , substituindo na equação
− + u = − o fator
∫ dx
1
dx dx x x
integrante é µ(x) = e x dx = x logo
∫
d [ −1 ] 1 1
t ·x =− ·x ⇒ t·x=− xdx + C ⇒ t−1 x = −x + C
dx x x
∫
dy C C
=− ⇒ y=− ( )dx + C1 = −x − Ln(x − C) + C1
dx C −x C −x
Portanto, a solução geral é: y = −x − Ln(x − C) + C1 .
13. y ′ y 2 + yy ′′ − (y ′ )2 = 0
dy d dy dt dt dy dt
Seja = t ⇒ y ′′ = ( )= = · = t · , substituindo na equação
dx dx dx dx dy dx dy
dt dt 1
ty 2 + yt − (t)2 = 0 ⇒ − t = −y
dy dy y
∫ 1
o fator integrante é µ(y) = e−
1
dy
y = logo
y
[ ] ∫
d 1 1 1
t· = − · y ⇒ t · = − dy + C ⇒ t = Cy − y 2
dy y y y
∫ [∫ ∫ ] [ ]
1 1 1 1 1 y
x= dy = dy + dy = Ln
Cy − y 2 C Cy C −y C C −y
[ ]
1 y
Portanto, a solução geral é: x = Ln + C1 .
C C −y
( √ )
14. 3x (1 + x)3 − y ′ + y ′′ = x2 y ′
dy dz d2 y
Seja z = = y′ = 2 = y ′′ substituindo:
⇒
dx dx dx
( √ ) √
3x (1 + x)3 − z + z ′ = x2 z ⇒ 3x (1 + x)3 − z + z ′ (1 − x2 ) = 0 ⇒
√ ∫ 1
√
′ 1 3x (1 + x)3 − x−1
z − z=− o fator integrante é µ(x) = e 1−x = √
2
1−x 2 1−x 2
x+1
√ ∫ [ √ √ ] ∫ [ ]
x−1 3x (1 + x)3 x−1 3x
z√ =− ·√ dx + C3 = √ dx + C3
x+1 1 − x2 x+1 x−1
√
x−1 √ √
z√ = 6 x − 1 + 2 (x − 1)3 + C3 ⇒
x+1
√
√ √ x+1
z = 6 x + 1 + 2 x + 1(x − 1) + C3 √ ⇒
x−1
∫ [ √ ]
√ √ x+1
y= 6 x + 1 + 2 x + 1(x − 1) + C3 √ dx + C4 ⇒
x−1
192 Christian José Quintana Pinedo
√ 8√ 4√ √ √
y=4 (x + 1)3 + (x + 1)3 − (x + 1)5 + CLn|x + x2 − 1| − C x2 − 1
3 5
Portanto a solução geral é:
20 √ 4√ √ √
y= (x + 1)3 − (x + 1)5 + CLn|x + x2 − 1| − C x2 − 1 + C1
3 5
y y3
15. y 2 y ′′′ − 3yy ′ y ′′ + 2(y ′ )3 + (yy ′′ − (y ′ )2 ) = 2
x x
∫ ∫ ∫ ∫
′
Seja y =∫ e z(x)dx
∫ ⇒ y = ∫ z(x)e
z(x)dx
∫ ⇒ y ′′ = z ′ e zdx + z 2 e zdx , logo
y ′′′ = z ′′ e zdx + zz ′ e zdx + 2ze zdx z ′ + z 3 e zdx . Substituindo na equação original
∫ ∫ ∫ ∫ ∫
[e z(x)dx ]2 [z ′′ e zdx∫ + zz ′ e zdx∫ + 2ze ∫zdx z ′ + z 3 e∫ zdx ]−
′
∫
−3[e zdx
][z(x)e zdx
][z e zdx
+z e 2 zdx
] + 2[z(x)e zdx 3
]+
y ∫ ∫ ∫ ∫ y3
+ ([e zdx ][z ′ e zdx + z 2 e zdx ] − [ze zdx ]2 ) = 2
x x
∫ ∫ }
e3 zdx [z ′′ + 3zz ′ + z 3 ] − e3 zdx [3zz ′ + 3z∫3 + 2z 3 ]+ ∫
+e3 zdx [x−1 (z ′ + z 2 ) − z 2 ] = x−2 e3 zdx
∫ ∫
e3 zdx
[z ′′ + 3zz ′ + z 3 − 3zz ′ + 2z 3 + x−1 z ′ + x−1 z 2 + x−1 z 2 = x−2 e3 zdx
⇒
1
z ′′ + z ′ = x−2
x
1
Seja u = z ′ ⇒ u′ = z ′′ , a equação diferencial é da forma u′ + u = x−2 e o
∫ 1
x
dx
fator integrante é e x = x, assim
∫
′ −1 d 1
xu + u = x ⇒ (xu) = x−1 ⇒ xu = dx + C1 = Lnx + C1
dx x
∫
1 1 1 1 1 1
u= Lnx + C1 ⇒ z′ = Lnx + C1 ⇒ z = [ Lnx + C1 ]dx
x x x x x x
1
z = Ln2 x + C1 Lnx + C2
2
∫
√
Portanto a solução é y = exp{ [2Ln2 x + C1 Lnx + C2 ]dx}.
1 1
16. y (iv) = cos2 x, y(0) = , y ′ (0) = y ′′ (0) = , y ′′′ (0) = 0
32 8
∫
1 ′′′ 1
y (iv) = cos2 x ⇒ y (iv) = (1 + cos(2x)) ⇒ y = (1 + cos(2x))dx + C1
2 2
′′′ 1 ′′ 1
y = (2x + sen(2x)) + C1 ⇒ y = (2x2 − cos(2x)) + C1 x + C2
4 8
1 1
y ′ = (4x3 − 3sen(2x)) + C1 x2 + C2 x + C3
48 2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 193
1 4 3 1 1
y= (x + cos(2x)) + C1 x3 + C2 x2 + C3 x + C4
48 2 6 2
1 1 1 3
y(0) = ⇒ = ( ) + C4 ⇒ C4 = 0
32 32 48 2
1 1 1 1
y ′ (0) = = C3 , y ′′ (0) = = − + C2 ⇒ C2 =
8 8 8 4
′′′
y (0) = 0 = C1
1 4 1
Portanto, a solução da equação diferencial é y= (x + 6x2 + 6x) + cos(2x).
48 32
17. 4x2 yy ′ = 9xy 2 + 6x + 54y 6 + 108y 4 + 72y 2 + 16
Tem-se
Exercı́cio 3.1.2.
Obter o Wronskiano para as seguintes funções indicadas, onde m, n ∈ Z, m ̸= n.
Solução.
x xex
1. x, xe x
⇒ ω= = ex [x(1 + x) − x2 ] = xex .
x ex (1 + x)
senhx cosh x
2. senhx, cosh x ⇒ ω = = senh2 x − cosh2 x = 1.
cosh x senhx
mx
e e nx
3. e , e ; ⇒ ω =
mx nx = e(m+n)x (n − m).
memx nenx
−x
e xe −x
4. −x
e , xe −x
⇒ ω = −x −x
−x = e
−2x
.
−e e − xe
ex
senx ex
cos x
5. e senx, e cos x ⇒ ω = x
x x = −e2x .
e (senx + cos x) e (cos x − senx)
x
194 Christian José Quintana Pinedo
6. 1, x, x2 , · · · , xn n>1
1 x x2 ··· xn
0 1 2x ··· nxn−1
··· n(n − 1)xn−2
ω= 0 0 2 = (2!)(3!)(4!) · · · (n!) ̸= 0
.. .. .. ..
. . . ··· .
0 0 0 ··· n!
7. ex , 2ex , e−x x
e 2ex e−x 1 2 1
ω = ex 2ex −e−x = ex 1 2 −1 = 0
ex 2ex e−x 1 2 1
8. cos2 x, 1 + cos 2x
cos2 x 1 + cos 2x cos2 x 2 cos2 4x
ω = =
−sen2x −2sen2x
= 2sen2x(cos2 4x − cos2 2x)
−sen2x −2sen2x
Exercı́cio 3.1.3.
Mediante o Wronskiano, determine se cada um dos seguintes conjuntos são linear-
mente independentes.
√ √
1. 1, ex , 2e2x 2. Lnx, xLnx 3. x, 3 x
x−1
4. 4, x 5. Ln ,1 6. 1, sen2 x, 1 − cos x
√ x + 1
x
7. 1 − x2 , x 8. sen , cos2 x 9. x, aloga x ; (x < 0)
2
10. ex , xax , x2 ex 11. x2 , x4 , x8 12. eax senbx, eax cos bx; b ̸= 0
Solução.
1 ex 2e2x x
2x
1. x
1, e , 2e 2x
⇒ ω = 0 ex 4e2x = 2 ex 2e2x = 4e3x ̸= 0.
e 4e
0 ex 8e2x
Logo, pela Propriedade 3.2 o conjunto é linearmente independente ∀ x ∈ R.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 195
Lnx xLnx
2. Lnx, xLnx ⇒ ω = 1 = Ln2 x.
1 + Lnx
x
São linearmente independentes ∀ x ∈ (0, +∞).
√ √
x 3
x √ √
√ √ 6
x3 6
x2 1
3. x, x ⇒ ω = 1
3
1 = √ − √ =− √ .
2√x 3√
6 6
3 3 x 4 2 x 3 6 6
x
x2
São linearmente independentes ∀ x ∈ R − {0}.
4 x
4. 4, x ⇒ ω = = 4.
0 1
São linearmente independentes ∀ x ∈ R.
x−1
x−1 Ln 1
x+1 2
5. Ln , 1 ⇒ ω= 2 =− 2 .
x+1 x −1
2 0
x −1
São linearmente independentes ∀ x ∈ R − {1, −1}.
6. 1, sen2 x, 1 − cos x
1 sen2 x 1 − cos x
sen2x senx
ω = 0 sen2x senx = 3
2 cos 2x cos x = 2sen x
0 2 cos 2x cos x
{ }
(1 + Lnx) x
2x ax
ω = 2e x
a −1 − (x + 1) ⇒
x + a(1 + Lnx)2 2x + 1
[ ]
ω = 2e2x xax (x + 1)[a(2 + Lnx) − 1] + ax(1 + Lnx)2 ̸= 0
11. x 2 , x 4 , x8 .
2
x x4 x8 1 x2 x2
ω = 2x 4x 3
8x7 = 4x 1 2x 4x
8
= 8x9 (x2 − 11x + 16) ̸= 0
2 12x2 56x6 1 6 28
ω = e2ax [(asenbx cos bx − bsen2 bx) − (a cos bxsenbx + b cos2 bx)] = −be2ax ̸= 0
Exercı́cio 3.1.4.
Verificar que o sistema de funções {eαx senβx, eαx cos βx} onde β ̸= 0 é linearmente
independente em R. Determine os valores de C1 e C2 de modo que se cumpra a identidade
C1 eαx senβx + C2 eαx cos βx = 0.
Solução.
Exercı́cio 3.1.5.
Suponha que y1 = ex e y2 = e−x sejam duas soluções de uma equação diferencial
linear homogênea. Explicar porque y3 = cos hx e y4 = senhx são também soluções da
equação.
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 197
x
e e−x
Observamos que ω = x = −2 ̸= 0, logo y1 = ex e y2 = e−x são linearmente
e −e−x
independentes e são soluções de uma equação diferencial linear homogênea.
Sabemos que
ex + e−x 1 ex − e−x 1
cosh x = = (y1 + y2 ) também senhx = = (y1 − y2 )
2 2 2 2
e como qualquer combinação linear de y1 e y2 também será solução da mesma equação
diferencial, então y3 = cos hx e y4 = senhx são também soluções da equação diferencial.
Exercı́cio 3.1.6.
Determine se as funções dadas são linearmente independentes em seu campo de defi-
nição.
Solução.
2. senx, cos x, cos(2x). Estas funções estão definidas em todo R, por outro lado
senx cos x cos(2x)
ω = cos x −senx −2sen(2x) = 3 cos(2x) ⇒ ω = 0
−senx − cos x −4 cos(2x)
(2k + 1)π
quando x = , k ∈ Z.
4
Assim, o conjunto não é linearmente independente em seu conjunto de definição.
(2k + 1)π
Portanto o conjunto é linearmente em R − { }, k ∈ Z.
4
3. 1, senx, cos(2x). Estas funções estão definidas em todo R, por outro lado
1 senx cos(2x)
ω = 0 cos x −2sen(2x) = −4 cos3 x ⇒ ω = 0
0 −senx −4 cos(2x)
198 Christian José Quintana Pinedo
(2k + 1)π
quando x = , k ∈ Z.
2
Assim, o conjunto não é linearmente independente em seu conjunto de definição.
(2k + 1)π
Portanto o conjunto é linearmente em R−{ }, k ∈ Z.
2
5. 5, cos2 x, sen2 x. Estas funções estão definidas em todo R, por outro lado
5 cos2 x sen2 x
ω = 0 −sen(2x) sen(2x) = 0 ⇒ ω = 0
0 −2 cos(2x) 2 cos(2x)
6. 1, arcsenx, arccos x. Estas funções estão definidas em todo R, por outro lado
1 arcsenx arccos x
1 1
0 √ −√
ω= 1−x 2 1 − x2 =0 ⇒ ω = 0, ∀ x ∈ R − {±1}
x x
0 √ −√
(1 − x )
2 3 (1 − x2 )3
8. 5, arctan x, arccotx. Estas funções estão definidas em todo R, por outro lado
5 arctan x arccotx
1 1
0 −
ω= 1 + x2 1 + x 2 = 0 ⇒ ω = 0, ∀ x ∈ R
0 − 2x 2x
(1 + x ) (1 + x )
2 2 2 2
Exercı́cio 3.1.7.
Determine o Wronskiano para os seguintes sistemas de funções.
1 π
1. 1, x 2. x, 3. senx, sen(x + )
x 4
4. e−x , xe−x 5. ex , 2ex , e−x 6. 2, cos x, cos(2x)
x x
7. 1, 2, x2 8. arccos , arcsen 9. π, arcsenx, arccos x
π π
10. 4, sen2 x, cos(2x) 11. x, Lnx 12. e−3x sen(2x), e−3x cos(2x)
1 1 π π
13. ex senx, ex cos x 14. , ex 15. sen( − x), cos( − x)
x 4 4
Solução.
1 x
1. 1, x. Então ω = = 1.
0 1
1
x
1 x 2
2. x, . Então ω = =− .
x 1 x
1 − 2
x
senx sen(x + π )
π 4 = cos(2x + π ).
3. senx, sen(x + ). Então ω = π
4 cos x cos(x + ) 4
4
−x
e xe −x
4. e−x , xe−x . Então ω = = e−2x .
−e−x (1 − x)e−x
x
e 2ex e−x
5. ex , 2ex , e−x . Então ω = ex 2ex −e−x = 0.
ex 2ex e−x
2 cos x cos(2x)
ω = 0 −senx −2sen(2x) = 2[4senx cos(2x) − 2sen(2x) cos x] = −8sen3 x
0 − cos x −4 cos(2x)
1 2 x2
7. 1, 2, x2 . Então ω = 0 0 2x = 0.
0 0 2
x x
arccos arcsen
x x π π
8. arccos , arcsen . Então ω = =.
π π −√ π √
π
π 2 − x2 π 2 − x2
π x x π2
=√ [arccos + arcsen ] = √
π 2 − x2 π π 2 π 2 − x2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 201
π arcsenx arccos x
1 1
0 √ −√
9. π, arcsenx, arccos x. Então ω = 1−x 2 1 − x2 = 0.
x x
0 √ −√
(1 − x2 )3 (1 − x2 )3
4 sen2 x cos(2x)
10. 4, sen2 x, cos(2x). Então ω = 0 sen(2x) −2sen(2x) = 0.
0 2 cos(2x) −4 cos(2x)
x Lnx
11. x, Lnx. Então ω = 1 = 1 − Lnx.
1
x
12. e−3x sen(2x), e−3x cos(2x). Então
e−3x sen(2x) e−3x cos(2x)
ω = −3x = −2e−6x
e [2 cos(2x) − 3sen(2x)] −e−3x [2sen(2x) + 3 cos(2x)]
1
1
ex
1 1 x 1 1 1 1 1 1
14. , e x . Então ω= = − 3 e x + 2 e x = 3 (x − 1)e x .
x 1 1 1 x x x
− 2 − 2 ex
x x
sen( π − x) cos( π − x)
π π
15. sen( − x), cos( − x). Então ω = 4
π
4
π
= 1.
4 4 − cos( − x) sen( − x)
4 4
Exercı́cio 3.1.8.
O conjunto {x2 , x, 1} é linearmente independente em (−∞, +∞) ?
Solução.
2
x x 1
Tem-se para todo x ∈ R com x ̸= 0, x ̸= 1: ω = 2x 1 0 = 2 ̸= 0.
2 0 0
Portanto, o conjunto {x , x, 1} é linearmente independente em (−∞, +∞) − {0, 1}
2
Exercı́cio 3.1.9.
Determine se o conjunto {1 − x, 1 + x, 1 − 3x} é linearmente independente em
(−∞, +∞).
Solução.
1 − x 1 + x 1 − 3x
Tem-se para todo x ∈ R com x ̸= 0: ω = −1 1 −3 = 0.
0 0 0
Assim, o conjunto {1 − x, 1 + x, 1 − 3x} é linearmente dependente em (−∞, +∞).
202 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 3.1.10.
Determine se o conjunto {x3 , |x3 |} é linearmente dependente em [−1, 1].
Solução.
dy 3|x|2 x
A derivada de y = |x|3 é = = 3x|x|. Sejam α, β ∈ R tal que αx3 +β|x|3 = 0,
dx |x|
logo temos o sistema {
αx3 + β|x|3 = 0
3αx2 + 3βx|x| = 0
3
x |x3
|
O determinante do sistema é: ω = 2 = 3x4 |x| − 3x2 |x|3 = 0.
3x 3x|x|
Assim, o conjunto {x3 , |x3 |} é linearmente dependente em [−1, 1].
Exercı́cio 3.1.11.
Calcular W (x3 , |x3 |) em [−1, 1].
Solução.
Exercı́cio 3.1.12.
Os resultados dos exercı́cios (3.1.10) e (3.1.11) contradizem a Propriedade 3.4?
Solução.
Não. Como o Wronskiano das duas funções é nula, decorre da Propriedade 3.4 que
não são ambas soluções da mesma equação diferencial homogênea.
Exercı́cio 3.1.13.
Mediante o método do determinante de Gram, determine se as funções do exercı́cio
(3.1.7) se são linearmente dependentes.
Solução.
∫1 ∫1
1 1 1 1
Temos que < y1 , y1 >= x2 dx = , < y2 , y2 >= dx = − não existe
3 x2 x 0
0 0
∫1
por último < y1 , y2 >=< y2 , y1 >= 1 · dx = 1, logo Γ(y1 , y2 ) não existe.
0
π π
3. Para o conjunto { senx, sen(x + ) } consideremos y1 = senx e y2 = sen(x + )
4 4
∫1
1 1
Temos que < y1 , y1 >= sen2 xdx = − sen2, por outro lado tem-se o produto
2 4
0
∫1
π 1 1 π 3 1
interno < y2 , y2 >= sen2 (x + )dx = − sen(2 + ) = − cos 2. Por
4 2 4 2 4 4
0
último o produto interno
∫1 √ ∫1
π 2 [ ]
< y1 , y2 >=< y2 , y1 >= senx · sen(x + )dx = 2sen2 x + sen2x dx =
4 4
0 0
√ √
2 1 1 2
= [(1 − sen2) − (cos 2 − 1)] = [3 − sen2 − cos 2]
4 2 2 8
√
1 2
(1 − sen2) [3 − sen2 − cos 2]
logo Γ(y1 , y2 ) = √ 4 8 ̸= 0, consequen-
2 1
[3 − sen2 − cos 2] (3 − cos 2)
8 4
temente, as funções y1 (x) e y2 (x) são linearmente independentes.
∫1
3 1
Por último o produto interno < y1 , y2 >= xe−2x = − e−2 + , por outro lado
4 4
0
tem-se o produto interno < y2 , y1 >=< y1 , y2 >.
1 −2 1 3 −2 1 1 −2 3 −2
− e + − e + − e +2 − e
4 = 2
Logo Γ(y1 , y2 ) = 2 2 4 4 ̸= 0,
3 −2 1 5 −2 1 3 −2 5 −2
− e + − e + − e − e
4 4 4 4 4 4
−x −x
Portanto, as funções y1 (x) = e e y2 (x) = xe são linearmente independentes.
∫1 ∫1
1
Assim, < y1 , y1 >= e2x dx = (e2 −1) < y2 , y2 >= 4e2x dx = 2(e2 −1), <
2
0 0
∫1
1
y3 , y3 >= e−2x dx = − (e−2 − 1).
2
0
6. 2, cos x, cos(2x)
⇕
9. π, arcsenx, arccos x
⇕
∫1
1
Temos que < y1 , y1 >= x2 dx = , por outro lado tem-se o produto interno
3
0
∫1
< y2 , y2 >= (Lnx)2 dx =.
0
∫1
1 1
Por último o produto interno < y1 , y2 >= xLnx = x2 Lnx − , por outro lado
2 4
0
tem-se o produto interno < y2 , y1 >=< y1 , y2 >.
1 1 2 1
x Lnx −
3 2 4 ̸= 0,
Logo Γ(y1 , y2 ) =
1 1
x2 Lnx − (Lnx)2
2 4
Portanto, as funções y1 (x) = e−x e y2 (x) = xe−x são linearmente independentes.
1 1
14. , ex
x
⇕
206 Christian José Quintana Pinedo
π π
15. sen( − x), cos( − x)
4 4
π π π
Para o conjunto { sen( − x), cos( − x) } consideremos y1 = sen( − x) e
4 4 4
π
y2 = cos( − x)
4
∫1 ∫1
π 1 π
Temos que < y1 , y1 >= sen ( − x)dx =
2
(1 − cos( − 2x))dx
4 2 2
0 0
∫1
1 1
= (1 − sen2x))dx = (1 + cos 2)
2 4
0
∫1
π
Por outro lado tem-se o produto interno < y2 , y2 >= cos2 ( − x)dx =.
4
0
∫1 ∫1
1 π 1 3 1
= (1 + cos( − 2x))dx = (1 + sen2x))dx = − cos 2
2 2 2 4 4
0 0
∫1
1 1
cos(2x)dx = sen2
=
2 4
0
1 1
(1 + cos 2) sen2
4
logo Γ(y1 , y2 ) = 4 ̸= 0, consequentemente, as funções
1 1
−
sen2 (3 cos 2)
4 4
y1 (x) e y2 (x) são linearmente independentes.
Exercı́cio 3.1.14.
Verificar que as os seguintes pares de funções são linearmente independentes e seu
Wronskiano é zero, construir o gráfico das funções num mesmo sistema de coordenadas.
{ {
0 se 0 < x < 2 (x − 2)2 se 0 < x < 2
1. y1 (x) = ; y (x) =
(x − 2)2 se 2 < x < 4 2
0 se 2 < x < 4
{ 3 {
x se − 2 < x < 0 0 se − 2 < x < 0
2. y1 (x) = ; y2 (x) = 2
0 se 0 < x < 2 x se 0 < x < 2
Exercı́cios 3-2
Exercı́cio 3.2.1.
Determine se as funções dadas são linearmente dependentes ou linearmente indepen-
dentes no intervalo (−∞, +∞): f1 (x) = 2 + x, f2 (x) = 2 + |x|
Solução.
Exercı́cio 3.2.2.
Determine se as funções dadas são linearmente dependentes ou linearmente indepen-
dentes no intervalo (−∞, +∞): f1 (x) = 1 + x, f2 (x) = x, f3 (x)x2
Solução.
Exercı́cio 3.2.3.
Formar as equações diferenciais lineares homogêneas dadas que se conhecem sua equa-
ções caracterı́sticas.
Solução.
1. λ2 + 3λ + 2 = 0 ⇒ Resp. y ′′ + 3y ′ + 2y = 0
2. 2λ2 − 3λ − 5 = 0 ⇒ Resp. 2y ′′ − 3y ′ − 5y = 0
5. λ3 = 0 ⇒ Resp. y ′′′ = 0
6. λ2 + 5λ + 6 = 0 ⇒ Resp. y ′′ + 5y ′ + 6y = 0
Exercı́cio 3.2.4.
Determine as equações diferenciais lineares homogêneas dado que se conhecem as raı́zes
da equação caracterı́stica. Escrever suas soluções gerais.
1. λ1 = 1, λ2 = 2 2. λ1 = 1, λ1 = 1 3. λ1 = 3 − 2i, λ2 = 3 + 2i
Solução.
210 Christian José Quintana Pinedo
1. Primeira solução
Dadas as raı́zes da equação caracterı́sticas associado à equação λ1 = 1, λ2 = 2,
sua solução geral é da forma y(x) = C1 ex + C2 e2x .
A equação é de segunda ordem. Por outro lado derivando segue
Segunda solução
Dadas as raı́zes da equação caracterı́sticas associado à equação λ1 = 1, λ2 = 2,
escrevendo a equação que ela representa (λ − 1)(λ − 2) = 0 ⇒ λ2 − 3λ + 2 = 0.
Portanto, y ′′ − 3y ′ + 2y = 0 é a equação procurada.
Exercı́cio 3.2.5.
Forme as equações diferenciais lineares homogêneas, se se conhece o conjunto funda-
mental de soluções.
Solução.
2. 1, ex ⇒ Resp. y(x) = C1 + C2 ex
5. 1, x ⇒ Resp. y(x) = C1 + C2 x
Exercı́cio 3.2.6.
Determine a forma da solução particular da equação linear não homogênea, se se
conhecem as raı́zes da equação caracterı́stica e o segundo membro b(x).
1. λ1 = 1, λ2 = 2; b(x) = Ax2 + Bx + C
2. λ1 = 0, λ2 = 1; b(x) = Ax2 + Bx + C
3. λ1 = 0, λ2 = 0; b(x) = Ax2 + Bx + C
Solução.
Exercı́cio 3.2.7.
Resolver as seguintes equações diferenciais homogêneas:
1. y ′′ − y = 0 2. 3y ′′ − 2y ′ − 8y = 0
3. y ′′′ − 3y ′′ + 3y ′ − y = 0 4. y ′′ − 2y ′ − 2y = 0
5. y (vi) + 2y (v) + y (iv) = 0 6. y ′′′ + 6y ′′ + 11y ′ + 6y = 0
7. 2y ′′′ − 3y ′′ + y ′ = 0 8. y ′′′ − 3y ′ − 2y = 0
9. y (v) = 0 10. y ′′′ − 2y ′′ + 2y ′ = 0
11. y ′′′ + 2y ′′ − y ′ − 2y = 0 12. y ′′ − 2y ′ + 3y = 0
Solução.
1. y ′′ − y = 0
A equação caracterı́stica é λ2 − 1 = 0 de onde as raı́zes são λ1 = 1 e λ2 = −1.
Portanto, a solução geral da equação homogênea é yh = C1 ex + C2 e−x .
2. 3y ′′ − 2y ′ − 8y = 0
4
A equação caracterı́stica é 3λ2 − 2λ − 8 = 0 de onde as raı́zes são λ1 = 2 e λ2 = − .
3
− 4
x
Portanto, a solução geral da equação homogênea é yh = C1 e2x + C2 e 3 .
3. y ′′′ − 3y ′′ + 3y ′ − y = 0
A equação caracterı́stica é (λ − 1)3 = 0, as raı́zes são λ1 = 1, λ2 = 1 e λ3 = 1.
Portanto, a solução geral da equação homogênea é yh = C1 ex + C2 xex + C3 x2 ex .
4. y ′′ − 2y ′ − 2y = 0
√
√ caracterı́stica é λ − 2λ − 2 = 0 de onde as raı́zes são λ1 = 1 +
2
A equação 3 e
λ2 = 1 − 3.
√ √
Portanto, a solução geral da equação homogênea é yh = C1 e(1+ 3)x
+ C2 e(1− 3)x
.
6. y ′′′ + 6y ′′ + 11y ′ + 6y = 0
A equação caracterı́stica é λ3 +6λ2 +11λ+6 = 0 de onde as raı́zes são λ1 = −1, λ2 =
−2 e λ3 = −3.
Portanto, a solução geral da equação homogênea é yh = C1 e−x + C2 e−2x + C3 e−3x .
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 213
7. 2y ′′′ − 3y ′′ + y ′ = 0
1
A equação caracterı́stica é 2λ3 − 3λ2 + λ = 0, as raı́zes são λ1 = 0, λ2 = e λ3 = 1.
2
1
Portanto, a solução geral da equação homogênea é yh = C1 + C2 e 2 x + C3 ex .
8. y ′′′ − 3y ′ − 2y = 0
A equação caracterı́stica é λ3 − 3λ2 − 2λ = 0, as raı́zes são λ1 = −1, λ2 = −1 e
λ3 = 2.
Portanto, a solução geral da equação homogênea é yh = C1 e−x + C2 xe−x + C3 e2x .
9. y (v) = 0
A equação caracterı́stica é λ5 = 0, as raı́zes são λ1 = 0, λ2 = 0, λ3 = 0, λ4 = 0 e
λ5 = 0.
Portanto, a solução geral da equação homogênea é yh = C1 + xC2 + x2 C3 + x3 C4 +
x4 C5 .
10. y ′′′ − 2y ′′ + 2y ′ = 0
A equação caracterı́stica é λ3 − 2λ2 + 2λ = 0 de onde as raı́zes são λ1 = 0, λ2 = 1 + i
e λ3 = 1 − i.
Portanto, a solução geral da equação homogênea é yh = C1 + ex (C2 cos x + C3 senx).
11. y ′′′ + 2y ′′ − y ′ − 2y = 0
A equação caracterı́stica é λ3 + 2λ2 − λ − 2 = 0, as raı́zes são λ1 = 1, λ2 = −1 e
λ3 = −2.
Portanto, a solução geral da equação homogênea é yh = C1 ex + C2 e−x + C3 e−2x .
12. y ′′ − 2y ′ + 3y = 0
√
A equação
√ caracterı́stica é λ 2
− 2λ + 3 = 0 de onde as raı́zes são λ 1 = 1 + 2i e
λ2 = 1 − 2i.
√ √
Portanto, a solução geral da equação homogênea é yh = ex (C1 cos( 2x)+C2 sen( 2x)).
Exercı́cio 3.2.8.
Resolver as seguintes equações diferenciais lineares não homogêneas pelo método dos
coeficientes indeterminados.
1. y ′′ + 3y ′ = 3 2. y ′′ − 7y ′ = (x − i)2
3. y ′′ + 3y ′ = e3 4. y ′′ + 7y ′ = e−7x
5. y ′′ − 8y ′ + 16y√= (x − 1)e4x 6. y ′′ − 10y ′ + 25y = e5x
4y ′′ − 3y ′ = x e3x y ′′ − y ′ − 2y = ex + e−2x
4
7. 8.
9. y ′′ − 4y ′ = xe4x 10. y ′′ + 25y = cos(5x)
11. y ′′ + y = senx − cos x 12. y ′′ + 4y ′ + 8y = e2x (sen(2x) + cos(2x))
13. y ′′ + 16y = sen(4x + α) 14. y ′′ − 4y ′ + 8y = e2x (sen(2x) − cos(2x))
15. y ′′ + 6y ′ + 13y = e−3x cos(2x) 16. y ′′ + k 2 y = ksen(kx + α)
17. y ′′ + k 2 y = k 18. y ′′ + 4y = senxsen(2x)
Solução.
214 Christian José Quintana Pinedo
1. y ′′ + 3y ′ = 3.
A equação caracterı́stica é λ2 + 3λ = 0 ⇒ λ = 0 e λ = −3 são raı́zes.
−3x
A solução geral da homogênea é yh = C1 + C2 e
Como λ = 0 é raiz de multiplicidade s = 1, a solução particular é da forma yp = Ax,
de onde yp′ = A e yp′′ = 0. Assim 0 + 3A = 3 ⇒ A = 1 ⇒ yp = x.
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 + C2 e−3x + x.
2. y ′′ − 7y ′ = (x − i)2
A solução geral da homogênea é yh = C1 + C2 e7x
Como λ = 0 é raiz de multiplicidade s = 1, a solução particular é da forma yp =
x[Ax2 + Bx + D], de onde yp′ = 3Ax2 + 2Bx + D e yp′′ = 6Ax + 2B.
1
Assim −21A = 1. 6A − 14B = −2i, 2B − 7D = −1 ⇒ A = − , B=
21
1 1 1 ( 47 )
− + i, D = + 2i . Portanto, a solução geral da equação é
49 7 49 7
1 (1 1 ) 1 ( 47 )
y = C1 + C2 e7x − x3 − − i x2 − + 2i x
21 49 7 49 7
3. y ′′ + 3y ′ = e3
A solução geral da homogênea é yh = C1 + C2 e−3x
Como λ = 0 é raiz de multiplicidade s = 1, a solução particular é da forma yp = Ax,
e3
de onde yp′ = A e yp′′ = 0. Assim 3A = e3 ⇒ A = .
3
e3
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 + C2 e−3x + x.
3
4. y ′′ + 7y ′ = e−7x
A solução geral da homogênea é yh = C1 + C2 e−7x
Como λ = −7 é raiz de multiplicidade s = 1, a solução particular é da forma
yp = Axe−7x , de onde yp′ = Ae−7x − 7Axe−7x e yp′′ = −14Ae−7x + 49Axe−7x .
1
Assim −7A = 1 ⇒ A=− .
7
1
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 + C2 e−7x − xe−7x .
7
5. y ′′ − 8y ′ + 16y = (x − 1)e4x
A equação caracterı́stica é λ2 − 8λ + 16 = 0 ⇒ λ1 = 4 e λ2 = 4 são raı́zes.
Desde que λ = 4 é raiz de multiplicidade s = 2 a solução geral da homogênea é da
forma yh = C1 e4x + C2 xe4x
Como λ = 4 é potência do exponencial e como raiz é de multiplicidade s = 2, a
solução particular é da forma yp = x2 (Ax + B)e4x , de onde yp′ = (4Ax3 + 4Bx2 +
3Ax2 + 2Bx)e4x e yp′′ = (16Ax3 + x2 (24A + 16B) + x(6A + 16B) + 2B)e4x . Assim
1 1
A= e B=− .
6 2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 215
1 1
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 e4x + C2 xe4x + x2 ( x − 1)e4x .
2 3
6. y ′′ − 10y ′ + 25y = e5x .
A equação caracterı́stica é λ2 − 10λ + 25 = 0 ⇒ λ1 = 5 e λ2 = 5 são raı́zes.
A solução geral da homogênea é yh = C1 e5x + C2 xe5x
Como λ = 5 é raiz de multiplicidade s = 2, a solução particular é da forma yp =
x2 e5x A, de onde yp′ = Ae5x (5x2 + 2x) e yp′′ = Ae5x (25x2 + 20x + 2). Assim
1
Ae5x (25x2 + 20x + 2) − 10Ae5x (5x2 + 2x) + 25x2 e5x A = e5x ⇒ A = .
2
2
x
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 e5x + C2 xe5x + e5x .
2
√
4y ′′ − 3y ′ = x e3x
4
7.
3
A equação caracterı́stica é 4λ2 − 3λ = 0 ⇒ λ1 = 0 e λ2 = são raı́zes.
4
3
x
A solução geral da homogênea é yh = C1 + C2 e 4 .
3
Como λ = é raiz de multiplicidade s = 1, a solução particular é da forma yp =
3
4
xe 4 x (Ax + B), de onde
3 3 9 9 3
yp′ = e 4 x [ x2 A+x( B +2A)+B] e yp′′ = e 4 x [ x2 A+x( B +3A)+( B +2A)]
3 3
4 4 16 16 2
3 √ 4 1
9 2 9
B + 3A) + ( 32 B + 2A)] = x e3x ⇒ B=−
4
Assim e 4 x [ 16 x A + x( 16 e A= .
9 6
3 3 1 4
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 + C2 e 4 x + xe 4 x ( x − ).
6 9
8. y ′′ − y ′ − 2y = ex + e−2x
A equação caracterı́stica é λ2 − λ − 2 = 0 ⇒ λ1 = 2 e λ2 = −1 são raı́zes.
A solução geral da homogênea é yh = C1 e2x + C2 e−x .
Como nenhuma das raı́zes é potência dos exponenciais, a solução particular é da
forma yp = Aex + Be−2x , de onde
yp′ = e4x [4Ax2 + x(4B + 2A) + B] e yp′′ = e4x [16Ax2 + x(16B + 16A) + (8B + 2A)]
Assim e4x [16Ax2 + x(16B + 16A) + (8B + 2A)] − 4e4x [4Ax2 + x(4B + 2A) + B] =
1 1
xe4x ⇒ A = e B=− .
8 16
1 1
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 + C2 e4x + x( x − )e4x .
8 16
10. y ′′ + 25y = cos(5x)
A equação caracterı́stica é λ2 + 25 = 0 ⇒ λ1 = 5i e λ2 = −5i são raı́zes.
A solução geral da homogênea é yh = C1 cos(5x) + C2 sen(5x).
Como λ = ±5i é raiz de multiplicidade s = 1, a solução particular é da forma
yp = x(A cos(5x) + Bsen(5x)), de onde yp′ = (A + 5Bx) cos(5x) + (B − 5Ax)sen(5x)
e yp′′ = (10B − 25Ax) cos(5x) + (−25Bx − 10A)sen(5x). Assim
(10B − 25Ax) cos(5x) + (−25Bx − 10A)sen(5x)) + 25x(A cos(5x) + Bsen(5x)) =
= cos(5x)
1 1
De onde A = 0 e B = , logo a solução particular é yh = xsen(5x).
10 10
1
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 cos(5x) + C2 sen(5x) + xsen(5x).
10
11. y ′′ + y = senx − cos x
A equação caracterı́stica é λ2 + 1 = 0 ⇒ λ1 = i e λ2 = −i são raı́zes, a
solução geral é da forma yh = C1 cos x + C2 senx.
Como λ = ±i é raiz de multiplicidade s = 1, a solução particular é da forma
yp = x(A cos x + Bsenx).
De onde yp′ = (A + Bx) cos x + (B − Ax)senx e yp′′ = (2B − Ax) cos x + (−Bx −
2A)senx. Assim
[(2B − Ax) cos x + (−Bx − 2A)senx] + x(A cos x + Bsenx) = − cos x + senx
1 1 1
De onde A = − e B = − , logo a solução particular é y = − x(senx + cos x).
2 2 2
1
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 cos x + C2 senx − x(senx + cos x).
2
12. y ′′ + 4y ′ + 8y = e2x (sen(2x) + cos(2x))
A equação caracterı́stica é λ2 + 4λ + 8 = 0 ⇒ λ1 = −2 + 2i e λ2 = −2 − 2i
são raı́zes.
A solução geral da homogênea é yh = C1 e−2x cos(2x) + C2 e−2x sen(2x).
A solução particular é da forma yp = e2x (A cos(2x) + Bsen(2x)), de onde
1
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 cos(4x)+C2 sen(4x)− x cos(4x+α).
8
14. y ′′ − 4y ′ + 8y = e2x (sen(2x) − cos(2x))
A equação caracterı́stica é λ2 − 4λ + 8 = 0 ⇒ λ1 = 2 + 2i e λ2 = 2 − 2i são
raı́zes.
A solução geral da homogênea é yh = e2x [C1 cos(2x) + C2 sen(2x)].
A solução particular é da forma yp = xe2x (A cos(2x) + Bsen(2x)), de onde
yp′′ − 4yp′ + 8yp = e2x [2A + 2B] cos(2x) + e2x [−2A − 2B + 8Bx − 8Ax]sen(2x)
218 Christian José Quintana Pinedo
1
Assim A = B = − .
4
1
Portanto, a solução geral é y = e2x [C1 cos(2x) + C2 sen(2x)] − xe2x [cos(2x) +
4
sen(2x)].
1
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 cos(kx)+C2 sen(kx)− x cos(kx+α).
2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 219
17. y ′′ + k 2 y = k
A equação caracterı́stica é λ2 + k 2 = 0 ⇒ λ1 = ki e λ2 = −ki são raı́zes.
A solução geral da homogênea é yh = C1 cos(kx) + C2 sen(kx).
A solução particular é da forma yp = A, de onde yp′ = 0 e yp′′ = 0. Assim
1
k2A = k ⇒ A =
k
1
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 cos(kx) + C2 sen(kx) + .
k
18. y ′′ + 4y = senxsen(2x)
1 1
Podemos escrever a equação na forma y ′′ + 4y = cos(2x − x) − cos(2x + x)
2 2
A equação caracterı́stica é λ2 + 4 = 0 ⇒ λ1 = 2i e λ2 = −2i são raı́zes.
A solução geral da homogênea é yh = C1 cos(2x) + C2 sen(2x).
Como λ = ±2i é raiz de multiplicidade s = 1, a solução particular é da forma
yp = x(A cos(2x) + Bsen(2x)) + (C cos(x) + Dsen(x)), de onde
1. y ′′ − 4y ′ + 4y = x2 2. y ′′ + 8y ′ = 8x
3. y ′′ + 4y ′ + 4y = 8e−2x 4. y ′′ − 2ky ′ + k 2 y = ex , (k ̸= 1)
5. y ′′ + 4y ′ + 3y = 9e−3x 6. 7y ′′ − y ′ = 14x
7. y ′′ + 3y ′ = 3xe−3x 8. y ′′ + 5y ′ + 6y = 10(1 − x)e−2x
9. y ′′ + 2y ′ + 2y = 1 + x 10. y ′′ + y ′ + y = (x + x2 )ex
11. y ′′ + 4y ′ − 2y = 8sen(2x) 12. y ′′ + y = 4x cos x
13. y ′′ − 2my ′ + m2 y = sen(mx) 14. y ′′ + 2y ′ + 5y = e−x sen(2x)
15. y ′′ − y ′ = ex senx 16. y ′′ + a2 y = 2 cos(mx) + 3sen(mx) m ̸= a
Solução.
220 Christian José Quintana Pinedo
1. y ′′ − 4y ′ + 4y = x2 .
Pelo método de variação de parâmetros.
A equação caracterı́stica é λ2 − 4λ + 4 = 0 de onde as raı́zes são λ1 = 2 e λ2 = 2.
A solução geral da homogênea é yh = C1 e2x + C2 xe2x .
Supondo y1 (x) = e2x e y2 (x) = xe2x , da solução particular yp = u1 (x)e2x +
u2 (x)xe2x , temos que resolver o sistema
{
u′1 (x)e2x + u′2 (x)xe2x = 0
⇒ ω(x) = W (y1 , y2 ) = e4x ̸= 0
2u1 (x)e + u′2 (x)e2x (2x + 1) = x2
′ 2x
1 1 1 1 1 1
A solução particular é: yp = x2 − e8x [x − ]e−8x = x2 − x + .
2 8 8 2 8 64
1 1 1
Portanto, a solução geral da equação é: y = C1 + C2 e−8x + x2 − x + .
2 8 64
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 221
3. y ′′ + 4y ′ + 4y = 8e−2x
Pelo método de variação de parâmetros.
A equação caracterı́stica é λ2 + 4λ + 4 = 0 de onde as raı́zes são λ1 = −2 e λ2 = −2.
A solução geral da homogênea é yh = C1 e−2x + C2 xe−2x .
Supondo y1 (x) = e−2x e y2 (x) = xe−2x , da solução particular yp = u1 (x)e−2x +
u2 (x)xe−2x , temos que resolver o sistema
{
u′1 (x)e−2x + u′2 (x)xe−2x = 0
′ −2x ⇒ ω(x) = W (y1 , y2 ) = e−4x ̸= 0
−2u1 (x)e + u′2 (x)e−2x (1 − 2x) = 8e−2x
4. y ′′ − 2ky ′ + k 2 y = ex , (k ̸= 1)
Pelo método de variação de parâmetros.
A equação caracterı́stica é λ2 − 2λk + k 2 = 0 de onde as raı́zes são λ1 = λ2 = k. A
solução geral da homogênea é yh = C1 ekx + C2 xekx .
Supondo y1 (x) = ekx e y2 (x) = xekx , da solução particular yp = u1 (x)ekx +
u2 (x)xekx , temos que resolver o sistema
{
u′1 (x)ekx + u′2 (x)xekx = 0
⇒ ω(x) = W (y1 , y2 ) = e2kx ̸= 0
ku′1 (x)ekx + u′2 (x)ekx (1 + kx) = ex
1
Portanto, a solução geral da equação é: y = C1 ekx + C2 xekx + ex .
(1 − k)2
222 Christian José Quintana Pinedo
5. y ′′ + 4y ′ + 3y = 9e−3x
Pelo método de variação de parâmetros.
A equação caracterı́stica é λ2 + 4λ + 3 = 0 de onde as raı́zes são λ1 = −3 e λ2 = −1.
A solução geral da homogênea é yh = C1 e−x + C2 e−3x .
Supondo y1 (x) = e−x e y2 (x) = e−3x , da solução particular yp = u1 (x)e−x +
u2 (x)e−3x , temos que resolver o sistema
{
u′1 (x)e−x + u′2 (x)e−3x = 0
⇒ ω(x) = W (y1 , y2 ) = −2e−4x ̸= 0
−u′1 (x)e−x − 3u′2 (x)e−3x = 9e−3x
9 9 9
yp = (− e−2x )e−x + (− x)e−3x ⇒ yp = − e−3x (1 + 2x)
4 2 4
9
Portanto, a solução geral da equação é: y = C1 e−x + C2 e−3x − e−3x (1 + 2x).
4
6. 7y ′′ − y ′ = 14x
Pelo método de variação de parâmetros.
1
A equação caracterı́stica é 7λ2 − λ = 0 de onde as raı́zes são λ1 = 0 e λ2 = .
7
1 1
A solução geral da homogênea é yh = C1 +C2 e 7 x . Supondo y1 (x) = 1 e y2 (x) = e 7 x ,
1
da solução particular yp = u1 (x) + u2 (x)e 7 x temos que resolver o sistema
u′1 (x) + u′2 (x)e 7 x = 0
1
1 1
1 ′ ⇒ ω(x) = W (y1 , y2 ) = e 7 x ̸= 0
u1 (x) · 0 + u2 (x)e
′ 1
x 7
7 = 14x
7
1
Portanto, a solução geral da equação é: y = C1 + C2 e 7 x − 7x2 − 686(x + 7).
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 223
7. y ′′ + 3y ′ = 3xe−3x
Pelo método dos coeficientes indeterminados.
A equação caracterı́stica é λ2 + 3λ = 0 ⇒ λ1 = 0 e λ2 = −3 são raı́zes.
A solução geral da homogênea é yh = C1 + C2 e−3x .
Como λ = −3 é raiz de multiplicidade s = 1, a solução particular é da forma
yp = xe−3x (Ax + B), de onde
Assim e−3x [(9x2 A + x(9B − 12A) + (2A − 6B)) + 3(−3x2 A + x(2A − 3B) + B)] =
1 1
3xe−3x ⇒ A = − e B = − .
2 3
1 1
Logo a solução particular é yp == −e−3x ( x2 + x).
2 3
1 1
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 + C2 e−3x − e−3x ( x2 + x).
2 3
8. y ′′ + 5y ′ + 6y = 10(1 − x)e−2x
Pelo método dos coeficientes indeterminados.
A equação caracterı́stica é λ2 + 5λ − 6 = 0 ⇒ λ1 = −2 e λ2 = −3 são raı́zes.
A solução geral da homogênea é yh = C1 e−2x + C2 e−3x .
Como λ = −2 é raiz de multiplicidade s = 1, a solução particular é da forma
yp = xe−2x (Ax + B), de onde
yp′ = e−2x [−2x2 A + x(2A − 2B) + B] e yp′′ = e−2x [4x2 A + x(4B − 8A) + (2A − 4B)]
1 52
Assim e−2x [2Ax + (2A + B)] = 10(1 − x)e−2x ⇒ A=− e B= .
5 5
1
Logo a solução particular é yp = − e−2x (x2 − 52x).
5
1
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 e−2x + C2 e−3x − e−2x (x2 − 52x).
5
9. y ′′ + 2y ′ + 2y = 1 + x
Pelo método de variação de parâmetros.
A equação caracterı́stica é λ2 + 2λ + 2 = 0 de onde as raı́zes são λ1 = −1 + i e
λ2 = −1 − i. A solução geral da homogênea é yh = C1 e−x cos x + C2 e−x senx.
Supondo y1 (x) = e−x cos x e y2 (x) = e−x senx, da solução particular yp = u1 (x)e−x cos x+
u2 (x)e−x senx temos que resolver o sistema
{
u′1 (x)e−x cos x + u′2 (x)e−x senx = 0
⇒ ω(x) = e−2x ̸= 0
u′1 (x)e−x (cos x − senx) + u′2 (x)e−x (cos x + senx) = 1 + x
224 Christian José Quintana Pinedo
1
= ex (cos x + isenx)((x + 1) − i) = 21 e−x [(x + 1) cos x + xsenx]
2
1
+i ex [(x + 1)senx − x cos x]
2
de onde nas equações (3.6) e (3.7) considerando parte real e imaginária respectiva-
mente segue que
1
u1 (x) = − ex [(x + 1)senx − x cos x]
2
1
u2 (x) = e−x [(x + 1) cos x + xsenx]
2
A solução particular é:
[ 1 ] [1 ]
yp = − ex [(x + 1)senx − x cos x] e−x cos x + e−x [(x + 1) cos x + xsenx] e−x senx
2 2
1[ ] 1
yp = − [(x + 1)senx − x cos x] cos x − (x + 1) cos x + xsenx] senx = x
2 2
1
Portanto, a solução geral da equação é: y = C1 e−x cos x + C2 e−x senx + x.
2
10. y ′′ + y ′ + y = (x + x2 )ex
Pelo método dos coeficientes indeterminados.
√ √
1 3 1 3
A equação caracterı́stica é λ +λ+1 = 0 ⇒ λ1 = − +
2
i e λ2 = − − i
2 2 2 2
são raı́zes.
√ √
− 12 x 3 3
A solução geral da homogênea é yh = e [C1 cos( x) + C2 sen( x)].
2 2
Como nenhuma das raı́zes é potência dos exponenciais, a solução particular é da
forma yp = ex (Ax2 + Bx + C), de onde
1 1
Assim ex [(3Ax2 +x(3B+6A)+3C +3B+2A)] = (x+x2 )ex ⇒ A = ,B = −
3 3
1
e C= .
9
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 225
1 1 1
Logo a solução particular é yp = ex ( x2 − x + ).
3 3 9
Portanto, a solução geral da equação é
√ √
− 12 x 3 3 1 1 1
y = e [C1 cos( x) + C2 sen( x)] + ex ( x2 − x + )
2 2 3 3 9
11. y ′′ + 4y ′ − 2y = 8sen(2x)
Pelo método dos coeficientes indeterminados.
√ √
A equação caracterı́stica é λ2 + 4λ − 2 = 0 ⇒ λ1 = −2 + 6 e λ2 = −2 − 6
são raı́zes.
√ √
A solução geral da homogênea é yh = e−2x (C1 e 6x
+ C2 e− 6x
).
A solução particular é da forma yp = A cos(2x)+Bsen(2x), de onde yp′ = 2B cos(2x)−
2Asen(2x) e yp′′ = −4A cos(2x) − 4Bsen(2x). Assim
[−4A cos(2x) − 4Bsen(2x)] + 4(2B cos(2x) − 2Asen(2x))−
−2(A cos(2x) + Bsen(2x)) = 8sen(2x)
16 12
De onde A = − e B = − , logo a solução particular é
25 25
16 12
yp = − cos(2x) − sen(2x)
25 25
12. y ′′ + y = 4x cos x
Pelo método de variação de parâmetros.
A equação caracterı́stica λ2 + 1 = 0 tem como raı́zes λ = i e λ = −i. A solução
da equação homogênea correspondente é yh = C1 cos x + C2 senx.
Supondo y1 (x) = cos x e y2 (x) = senx, e a solução particular yp = u1 (x) cos x +
u2 (x)senx
Pelo método da variação dos parâmetros segue
{
u′1 (x) cos x + u′2 (x)senx = 0
⇒ ω(x) = W (y1 , y2 ) = 1 ̸= 0
−u′1 (x)senx + u′2 (x) cos x = 4x cos x
1 1
I= e(i−1)mx [mx(i − 1) − 1] = − 2 e(i−1)mx [mx + i(mx + 1)] =
(i − 1) m
2 2 2m
de onde ∫
u1 (x) = −Im(I) = − (x · e−mx sen(mx))dx =
1 −mx
u1 (x) = e [(mx + 1) cos(mx) + mxsen(mx)]
2m2
Por outro lado
∫
1 −mx
u2 (x) = e−mx sen(mx)dx = − e (cos(mx) + sen(mx))
2m
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 227
15. y ′′ − y ′ = ex senx
Método da variação do parâmetros
A equação caracterı́stica λ2 − λ = 0 tem como raı́zes λ = 0 e λ = 1. A solução
da equação homogênea correspondente é yh = C1 + C2 ex . Supondo y1 (x) = 1 e
y2 (x) = ex , e a solução particular yp = u1 (x) + u2 (x)ex
Pelo método da variação dos parâmetros segue
{ ′
u1 (x) + u′2 (x)ex = 0
⇒ ω(x) = W (y1 , y2 ) = ex ̸= 0
0 + u′2 (x)ex = ex senx
Sejam C1 e C2 constantes.
Exercı́cios 3-3
Exercı́cio 3.3.1.
Determine a solução particular da equação linear não homogênea, se se conhecem as
raı́zes da equação caracterı́stica e o segundo membro b(x).
1. λ1 = λ2 = λ3 = 1; b(x) = Ax2 + Bx + C
2. λ1 = 0, λ2 = 1, λ= 2; b(x) = Ax2 + Bx + C.
Solução.
1
2. y ′′ + y ′ + y = ex (sen3x − cos 3x) ⇒ 4y ′′ + 4y ′ + y = 4ex (sen3x − cos 3x)
4
1 1
A equação caracterı́stica é 4r2 + 4r + 1 = 0 ⇒ (r + )(r + ) = 0 e as
2 2
1 1
raı́zes são r = − e r = − . A solução geral da equação homogênea é yh =
2 2
C1 e− 2 x + C2 xe− 2 x .
1 1
Como b(x) = 4ex (sen3x − cos 3x) considerar a solução particular da forma yp =
Aex cos(3x) + Bex sen(3x), logo yp′ = (A + 3B)ex cos(3x) + (B − 3A)ex sen(3x)
1 1
y ′′ + 4y = cos2 x = + cos(2x) ⇒
2 2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 233
1 1
[4(B−xA) cos(2x)−4(A−xB)sen(2x)]+4D+4x[A cos(2x)+Bsen(2x)] = + cos(2x)
2 2
1 1 1
4D + 4B cos(2x) − 4Bsen(2x) = + cos(2x) ⇒ A = 0, B = D =
2 2 8
1 x
Portanto a solução geral da equação é y = C1 cos(2x) + C2 sen(2x) + + sen(2x).
8 8
5. y ′′ + y ′ + y = xsenx
√ √
1 3 1 3
A equação caracterı́stica é r + r + 1 = 0 ⇒
2
(r + − i)(r + + i) = 0 e
√ √ 2 2 2 2
1 3 1 3
as raı́zes são r = − − ier=− + i. A solução geral da equação homogênea
1
2 √ 2 √2 2
é yh = e 2 x [C1 cos( 23 x) + C2 sen( 23 x)].
Como b(x) = xsenx considerar a solução particular da forma yp = (Ax + B) cos(x) +
(Cx + D)sen(x), logo yp′ = (A + D + Cx) cos(x) + (C − B − Ax)sen(x)
6. y ′′ − y = 3xex cos 2x
A equação caracterı́stica é r2 +1 = 0 ⇒ (r+i)(r−i) = 0 e as raı́zes são r = −i
e r = i. A solução geral da equação homogênea é yh = [C1 cos(x) + C2 sen(x)].
Como b(x) = 3xex cos 2x considerar a solução particular da forma yp = (Ax +
B)ex cos(x) + (Cx + D)ex sen(x), logo
⇒ 2A + 2C + 2D − B = 0, 2C − 2B − 2A − D = 0, (2C − A) = 3, C=0
6 18
logo A = −3 então D = , B = −
5 5
A solução geral da equação é
18 x 6
y = C1 cos(x) + C2 sen(x) + (−3x − )e cos(x) + ex sen(x)
5 5
234 Christian José Quintana Pinedo
7. y ′′ + 25y = 6senx.
A equação caracterı́stica é r2 + 25 = 0 ⇒ (r + 5i)(r − 5i) = 0 e as raı́zes são
r = −5i e r = 5i. A solução geral da equação homogênea é yh = [C1 cos(5x) +
C2 sen(5x)].
Como b(x) = 6senx considerar a solução particular da forma yp = A cos(x) +
Bsen(x), logo yp′ = B cos(x) − Asen(x), yp′′ = −A cos(x) − Bsen(x), então,
yp′′ + 25yp = [−A cos(x) − Bsen(x)] + 25[A cos(x) + Bsen(x)] ⇒
11. y ′′ + 3y = −48x2 ex
√ √
A equação caracterı́stica
√ é λ 2
+
√ 3 = 0 ⇒ (λ − 3i)(λ + 3i) = 0 e as
raı́zes são λ√
1 = 3i e λ√2 = − 3i. A solução geral da equação homogênea é
yh = C1 cos( 3x) + C2 sen( 3x).
Como b(x) = −48x2 ex , temos a considerar a solução particular da forma yp =
(Ax2 + Bx + C)ex , logo yp′ = [Ax2 + (B + 2A)x + C + B]ex
12. 4y ′′ + 4y ′ − 3y = cos 2x
1 3
A equação caracterı́stica é 4r2 +4r−3 = 0 ⇒ (r− )(r+ ) = 0 e as raı́zes são
2 2
3 1
r = − e r = . A solução geral da equação homogênea é yh = C1 e 2 x + C2 e− 2 x .
1 3
2 2
Como b(x) = cos 2x considerar a solução particular da forma yp = A cos(2x) +
Bsen(2x), logo yp′ = 2B cos(2x)−2Asen(2x) yp′′ = −4A cos(2x)−4Bsen(2x) ⇒
yp′′ − 5yp′ = (12Ax2 + 6Bx + 2C) − 5(4Ax3 + 3Bx2 + 2Cx + D) = 2x3 − 4x2 − x + 6
1
yp′′ − 16yp = (16Ax + 8A)e4x − 16Axe4x = (16x + 32)e4x ⇒ A=
4
1
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 e4x + C2 e−4x + xe4x .
4
15. y ′′ + 2y ′ − 24y = 16(x + 2)e4x
A equação caracterı́stica é λ2 +2λ−24 = 0 ⇒ (λ−4)(λ+6) = 0 e as raı́zes são
λ = 4 e λ = −6. A solução geral da equação homogênea é yh = C1 e4x + C2 e−6x .
Como b(x) = 16(x + 2)e4x e λ = 4 é raiz temos a considerar a solução particular da
forma yp = x(Ax + B)e4x , logo yp′ = (4Ax2 + (4B + 2A)x + B)e4x
4 18
yp′′ + 2yp′ − 24yp = [20Ax + (8B + 4A)]e4x = (16x + 32)e4x ⇒ A= , B=
5 5
1
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 e4x + C2 e−6x + (4x2 + 18x)e4x .
4
16. y ′′′ − 2y ′′ − 4y ′ + 8y = 6xe2x
A equação caracterı́stica é λ3 − 2λ2 − 4λ + 8 = 0 ⇒ (λ − 2)(λ − 2)(λ + 2) = 0
e as raı́zes são λ = 2, λ = −2 e λ = 2. A solução geral da equação homogênea é
yh = C1 e2x + C2 xe2x + C3 e−2x .
Como b(x) = 6xe2x e λ = 2 é raiz de multiplicidade 2 logo temos a considerar a
solução particular da forma yp = x2 (Ax + B)e2x , logo
x2
y = C1 e2x + C2 xe2x + C3 e−2x + (4x − 3)e2x
16
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 237
Exercı́cio 3.3.4.
Resolver as seguintes equações:
1. y ′′ + 2y ′ = −2 2. y ′′ + 2y ′ + y = −2 3. 5y ′′′ − 7y ′′ − 3 = 0
4. y ′′′ + y ′′ = 1 5. y ′′ + 9y − 9 = 0 6. y (iv) − 6y ′′′ + 6 = 0
7. 3y (iv) + y ′′′ = 2 8. y ′′ = y ′ [(y ′ )2 + 1] 9. y (iv) − 2y ′′′ + 2y ′′ − 2y ′ + y = 1
Solução.
1. y ′′ + 2y ′ = −2
A equação caracterı́stica é λ2 + 2λ = 0 ⇒ λ1 = 0 e λ2 = −2 são raı́zes.
A solução geral da homogênea é yh = C1 + C2 e−2x .
Como raiz λ = 0 é de multiplicidade s = 1, a solução particular é da forma yp = xA,
de onde yp′ = A e yp′′ = 0. Assim 0 + 2A = −2 ⇒ A = −1.
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 + C2 e−2x − x.
2. y ′′ + 2y ′ + y = −2
A equação caracterı́stica é λ2 + 2λ + 1 = 0 ⇒ λ1 = −1 e λ2 = −1 são raı́zes.
A solução geral da homogênea é yh = C1 e−x + C2 xe−x .
A solução particular é da forma yp = A, de onde yp′ = 0 e yp′′ = 0. Assim
A = −2.
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 e−x + C2 xe−x − 2.
3. 5y ′′′ − 7y ′′ − 3 = 0
7
A equação caracterı́stica é 5λ3 − 7λ2 = 0 ⇒ λ1 = 0, λ2 = 0 e λ3 = são
5
raı́zes.
7
A solução geral da homogênea é yh = C1 + C2 x + C3 e 5 x .
A solução particular é da forma yp = Ax2 , de onde yp′ = 2Ax, yp′′ = 2A e yp′′′ =
3
0. Assim 5(0) − 7(2A) − 3 = 0 assim A = − .
14
7 3 2
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 + C2 x + C3 e 5 x − x.
14
4. y ′′′ + y ′′ = 1.
d2 y du d ∫ ∫
Suponhamos u = y ′′ = , então + u = 1, logo (ue 1dx
) = e 1dx
então
dx2 dx dx
∫
(uex ) = ex dx + C = ex + C. Assim, u = 1 + Ce−x então
1
y ′′ = 1 + Ce−x ⇒ y ′ = x − Ce−x + C1 ⇒ y = x2 + Ce−x + C1 x + C2
2
1
Portanto, a solução da equação é y = x2 + Ce−x + C1 x + C2 .
2
238 Christian José Quintana Pinedo
5. y ′′ + 9y − 9 = 0
A equação caracterı́stica é λ2 + 9 = 0 ⇒ λ1 = 3i e λ2 = −3i são raı́zes. A
solução geral da homogênea é yh = C1 cos(3x) + C2 sen(3x) .
A solução particular é da forma yp = A, de onde yp′ = 0 e yp′′ = 0. Assim
A = 9.
Portanto, a solução da equação é y = C1 cos(3x) + C2 sen(3x) + 9.
6. y (iv) − 6y ′′′ + 6 = 0
d3 y du d ∫ ∫
Suponhamos u = y ′′′ = 3
, então − 6u = −6, logo (ue− 6dx ) = −6e− 6dx
dx dx dx
∫
então (ue−6x ) = −6 e−6x dx + C = e−6x + C. Assim, u = 1 + Ce6x então
1 1 1
y ′′′ = 1 + Ce6x y ′′ = x + Ce6x + C1 ⇒ y ′ = x2 + Ce6x + C1 x + C2
⇒
6 2 36
1 1 1
⇒ y = x3 + Ce6x + C1 x2 + C2 x + C3
6 216 2
1 1
Portanto, a solução da equação é y = x3 + Ce6x + 12 C1 x2 + C2 x + C3 .
6 216
7. 3y (iv) + y ′′′ = 2
d3 y du 1 d ∫ 1 ∫
Suponhamos u = y ′′′ = 3 , então
1
+ u = 2, logo (ue 3 dx ) = 2e 3
dx
então
dx dx 3 dx
∫
1 1 1 1
(ue 3 x ) = 2 e 3 x dx + C = 6e 3 x + C. Assim, u = 6 + Ce 3 x então
9. y (iv) − 2y ′′′ + 2y ′′ − 2y ′ + y = 1
A equação caracterı́stica é λ4 − 2λ3 + 2λ2 − 2λ + 1 = 0 ⇒ λ1 = λ2 = 1, λ3 = i
e λ4 = −i, são raı́zes.
A solução geral da homogênea é yh = C1 ex + C2 xex + C3 senx + C4 cos x.
Como nenhuma das raı́zes é potência da função b(x) = 1, a solução particular é da
forma yp = A. Sendo as derivadas desta função nulas, obtemos a solução.
Portanto, a solução geral da equação é y = C1 ex + C2 xex + C3 senx + C4 cos x + 1.
Exercı́cio 3.3.5.
Para cada uma das seguintes equações determine as soluções particulares para os dados
iniciais.
Solução.
1 1
Das condições iniciais y(0) = C2 + = 0 e y ′ (0) = 3C1 + 1 = 0 então C1 = −
3 3
1
e C2 = −
3
Portanto, a solução particular da equação que satisfaz as condições iniciais é
1 [ 3x ]
y= e − sen(3x) − cos(3x)
3
yp′ = ex [Ax2 + x(B + 2A) + (B + C)]; yp′′ = ex [Ax2 + x(B + 4A) + (2A + 2B + C)]
3 4
Das condições iniciais y(0) = C1 − = 0 e y ′ (0) = −3C1 + C2 + = 0 então
5 5
3
C1 = e C2 = 1.
5
Portanto, a solução particular da equação que satisfaz as condições iniciais é y =
1 [ −3x ]
e (3 + 5x) + 4senx − 3 cos x .
5
5. y ′′ + y = 2 cos x; y(0) = 1, y ′ (0) = 0
A equação caracterı́stica é λ2 + 1 = 0 ⇒ λ1 = i e λ2 = −i são raı́zes.
A equação homogênea tem como solução yh = C1 cos x + C2 senx.
A raiz ±i é de multiplicidade um, logo solução particular é da forma yp =
x(A cos x + Bsenx) de onde yp′ = (A + Bx) cos x + (B − Ax)senx e yp′′ = (2B −
Ax) cos x + (−2A − Bx)senx;
Substituindo na equação inicial
1
Logo a solução geral da equação é y = C1 e2x + C2 xe2x + x2 e2x .
2
′
Das condições iniciais y(0) = C1 = 2 e y (0) = 2C1 + C2 = 8 então C2 = 4.
1
Portanto, a solução que satisfaz as condições iniciais é y = 2e2x + 4xe2x + x2 e2x .
2
9. y ′′ + 4y = 4(sen(2x) + cos(2x)); y(π) = y ′ (π) = 2π
A equação homogênea tem como solução yh = C1 cos(2x) + C2 sen(2x).
A solução particular é da forma yp = x[A cos(2x) + Bsen(2x)] de onde yp′ = (A +
2Bx) cos(2x)+(B −2Ax)sen(2x) e yp′′ = (4B −4Ax) cos(2x)+(−4A−4Bx)sen(2x).
Substituindo na equação inicial
observe ∫ ∫
−2x 1 −2x 1
e cos xdx = − e cos x − e−2x senxdx
2 2
∫ ∫
−2x 1 −2x 1
e senxdx = − e senx + e−2x cos xdx
2 2
de onde ∫
−5 e−2x [cos x + senx]dx = 3e−2x cos x + e−2x senx
assim em (3.8)
y(0) = C1 + C2 + C3 = 1, y ′ (0) = C1 − C2 + C4 + 2 = 0
√ √
′ 1 −1x √ 3 1 −1x √ 3
y = C0 e − e 2 [C1 − 3C2 ] cos(
x
x) − e 2 [C2 + 3C1 ]sen( x) − 2
2 2 2 2
√
′′ 1 1x √ √ 3 1x √ √
y = C0 e + e 2 [C1 + 3C2 ] cos( 2 x) −
x 3
e 2 [C1 + 3C2 ]sen( 23 x)+
4 4
√
1 1x √ √ 3 1x √ √
+ e 2 [C2 − 3C1 ]sen( 2 x) +
3
e 2 [C2 − 3C1 ] cos( 23 x)
4 4
1 √
Segue, y(0) = C0 + C1 = 0, y ′ (0) = C0 + [C1 + 3C2 ] − 2 = 0, por último
√ 2 √
1 3 3
y ′′ (0) = C0 − C1 + C2 = 2 ⇒ C0 = −1, C1 = 1, C3 =
2 2 3
[ √ √ √ ]
1 3 3 3
Portanto, a solução particular é y = −ex + e 2 x cos( x) + sen( x) − 2x.
2 3 2
246 Christian José Quintana Pinedo
y(0) = C1 + C2 + C3 = 0, y ′ (0) = C1 − C2 + C4 + 2 = 2
Exercı́cio 3.3.6.
Resolver as equações mediante variação de parâmetros.
1. y ′′ + y = cot x 2. y ′′ + y = x cos x
3. y ′′ + y = sec x 4. y ′′′ − y ′ = x
5. y ′′ + 4y = 4 cot(2x) 6. y ′′′ − 2y ′′ − 3y ′ = 9(x + 1)
7. y ′′′ + y ′′ − y ′ − y = senhx 8. y ′′′ + 2y ′′ − y ′ = cosh x
9. y ′′′ + 3y ′′ − y ′ − 3y = ex + e−3x 10. y ′′′ − 2y ′′ − y ′ + 2y = (x + 1)2
11. y ′′′ + y ′′ − 4y ′ − 4y = 3ex − 4x − 6 12. y ′′′ + 3y ′′ − y ′ − 3y = ex + 1
13. y ′′′ − 2y ′′ = 4(x + 1) 14. y ′′ − y = e−2x sen(e−x )
Solução.
1. y ′′ + y = cot x
A equação caracterı́stica λ2 +1 = 0 tem como raı́zes λ = i e λ = −i. A solução da
equação homogênea correspondente é yh = C1 cos x+C2 senx. Supondo y1 (x) = cos x
e y2 (x) = senx, e a solução particular yp = u1 (x) cos x + u2 (x)senx .
Pelo método da variação dos parâmetros segue
{
u′1 (x) cos x + u′2 (x)senx = 0
⇒ ω(x) = W (y1 , y2 ) = 1 ̸= 0
−u′1 (x)senx + u′2 (x) cos x = cot x
2. y ′′ + y = x cos x
A equação caracterı́stica λ2 +1 = 0 tem como raı́zes λ = i e λ = −i. A solução da
equação homogênea correspondente é yh = C1 cos x+C2 senx. Supondo y1 (x) = cos x
e y2 (x) = senx, e a solução particular yp = u1 (x) cos x + u2 (x)senx .
Pelo método da variação dos parâmetros segue
{
u′1 (x) cos x + u′2 (x)senx = 0
⇒ ω(x) = W (y1 , y2 ) = 1 ̸= 0
−u′1 (x)senx + u′2 (x) cos x = x cos x
4. y ′′′ − y ′ = x
A equação caracterı́stica λ3 − λ = 0 tem como raı́zes λ1 = 0, λ2 = 1 e λ3 = −1. A
solução da equação homogênea correspondente é yh = C1 + C2 ex + C3 e−x . Supondo
y1 (x) = 1 y2 (x) = ex e y3 (x) = e−x , e a solução particular yp = u1 (x) + u2 (x)ex +
u3 (x)e−x .
Pelo método da variação dos parâmetros segue
u′1 (x) · 1 + u′2 (x)ex + u′3 e−x = 0
′ ′ ′ −x
u (x) · 0 + u2 (x)e − u3 (x)e
x
= 0 ⇒ ω(x) = 2 ̸= 0
1′ ′ ′ −x
u1 (x) · 0 + u2 (x)e + u3 (x)e
x
= x
1 1 1
Logo, yp = x2 + x2 ex + x2 e−x .
2 4 4
1 1 1
A solução da equação diferencial é y = C1 + C2 ex + C3 e−x + x2 + x2 ex + x2 e−x .
2 4 4
Mediante coeficientes indeterminados chegamos a esta solução: y = C1 + C2 ex +
−x x2
C3 e − . Determine o Porqué? desta divergencia de respostas.
2
5. y ′′ + 4y = 4 cot(2x)
A equação caracterı́stica λ2 + 4 = 0 tem como raı́zes λ = 2i e λ = −2i. A solução
da equação homogênea correspondente é yh = C1 cos(2x) + C2 sen(2x). Supondo
y1 (x) = cos(2x) e y2 (x) = sen(2x), e a solução particular yp = u1 (x) cos(2x) +
u2 (x)sen(2x) .
Pelo método da variação dos parâmetros segue
{
u′1 (x) cos(2x) + u′2 (x)sen(2x) = 0
⇒ ω(x) = W (y1 , y2 ) = 2 ̸= 0
−2u′1 (x)sen(2x) + 2u′2 (x) cos(2x) = cot(2x)
6. y ′′′ − 2y ′′ − 3y ′ = 9(x + 1)
A equação caracterı́stica λ3 − 2λ2 − 3λ = 0 tem como raı́zes λ = 0, λ = 3 e
λ = −1. A solução da equação homogênea correspondente é yh = C1 + C2 e3x +
C3 e−x . Supondo y1 (x) = 1, y2 (x) = e3x e y3 (x) = e−x , e a solução particular
yp = u1 (x) + u2 (x)e3x + u3 (x)e−x .
Pelo método da variação dos parâmetros segue:
′
u1 (x) + u′2 (x)e3x + u′3 (x)e−x = 0
3u′2 (x)e3x − u′3 (x)e−x = 0 ⇒ ω(x) = 12e2x ̸= 0
9u′2 (x)e3x + u′3 (x)e−x = 9(x + 1)
1 1 1
Logo, yp = e−x [x − e2x − x2 + xe2x ] + xe−x [x − e2x ] + 81 ex [x + 12 e−2x ].
8 4 2
A solução da equação diferencial é
1 1
y = C1 e−x + C2 xe−x + C3 ex + [xe−x − ex + x2 e−x + xex + e−x ]
8 2
x
isto é y = C1 e−x + C2 ex + C3 xe−x + (ex + xe−x ).
8
8. y ′′′ + 3y ′′ − y ′ − 3y = cosh x
A equação caracterı́stica λ3 + 3λ2 − λ − 3 = 0 tem como raı́zes λ = 1, λ = −1 e
λ = −3. A solução da equação homogênea correspondente é yh = C1 ex + C2 e−x +
C3 e−3x . Supondo y1 (x) = ex , y2 (x) = e−x e y3 (x) = e−3x , e a solução particular
yp = u1 (x)ex + u2 (x)e−x + u3 (x)e−3x .
Pelo método da variação dos parâmetros segue
′
u1 (x)ex + u′2 (x)e−x + u′3 (x)e−3x = 0
u′ (x)ex − u′2 (x)e−x − 3u′3 (x)e−3x = 0 ⇒ ω(x) = −16e−3x ̸= 0
1′
u1 (x)ex + u′2 (x)e−x + 9u′3 (x)e−3x = cosh x
1 1 1
Logo, yp = [2x − e−2x ]ex − [e2x + 2x]e−x + [e4x + 2e2x ]e−3x .
32 16 32
1 1 1
yp = [2xex − e−x ] − [2ex + 4xe−x ] + [ex + 2e−x ]
32 32 32
1 [ x ]
yp = 2xe − e−x − 2ex − 4xe−x + ex + 2e−x
32
[ ]
2 x 4 −x 1 x 1 −x
yp = xe − xe − e + e
32 32 32 32
9. y ′′′ + 3y ′′ − y ′ − 3y = ex + e−3x
A equação caracterı́stica λ3 + 3λ2 − λ − 3 = 0 tem como raı́zes λ = −1, λ = 1 e
λ = −3. A solução da equação homogênea correspondente é yh = C1 e−x + C2 ex +
C3 e−3x . Supondo y1 (x) = e−x , y2 (x) = ex e y3 (x) = e−3x , e a solução particular
yp = u1 (x)e−x + u2 (x)ex + u3 (x)e−3x .
Pelo método da variação dos parâmetros segue
u′1 (x)e−x + u′2 (x)ex + u′3 (x)e−3x = 0
−u′1 (x)e−x + u′2 (x)ex − 3u′3 (x)e−3x = 0 ⇒ ω(x) = 16e−3x ̸= 0
u′1 (x)e−x + u′2 (x)ex + 9u′3 (x)e−3x = ex + e−3x
1 1 1 1 1
Assim, yp = − [e2x − e−2x ]e−x + [x − e−4x ]ex + [ e4x + x]e−3x .
8 8 4 8 4
[ ]
1 3 3
Logo, yp = − ex + e−3x + x(ex + e−3x ) .
8 4 4
Podemos escrever a solução geral na forma:
[ ]
−x −3x 1 3 x 3 −3x −3x
x
y(x) = C1 e + C2 e + C3 e + − e + e x
+ x(e + e )
8 4 4
1
y = D1 e−x + D2 ex + D3 e−3x + x(ex + e−3x )
8
12ex ]e−x .
1
Logo, yp = [23 + 48x − 20ex ].
24
Podemos escrever a solução geral na forma:
1
y(x) = C1 e2x + C2 e−2x + C3 e−x + [23 + 48x − 20ex ]
24
12. y ′′′ + 3y ′′ − y ′ − 3y = ex + 1
A equação caracterı́stica λ3 + 3λ2 − λ − 3 = 0 tem como raı́zes λ = −1, λ = 1 e
λ = −3. A solução da equação homogênea correspondente é yh = C1 e−x + C2 ex +
C3 e−3x . Supondo y1 (x) = e−x , y2 (x) = ex e y3 (x) = e−3x , e a solução particular
yp = u1 (x)e−x + u2 (x)ex + u3 (x)e−3x .
Pelo método da variação dos parâmetros segue
u′1 (x)e−x + u′2 (x)ex + u′3 (x)e−3x = 0
−u′1 (x)e−x + u′2 (x)ex − 3u′3 (x)e−3x = 0 ⇒ ω(x) = 16e−3x ̸= 0
u′1 (x)e−x + u′2 (x)ex + 9u′3 (x)e−3x = ex + 1
1 1 1
Assim, yp = − [e2x + 2ex ]e−x + [x − e−x ]ex + [3e4x + 4e3x ]e−3x .
8 4 96
17 1 4 1
=− + ex − ex + xex
24 32 32 4
17 3 1
Logo, yp = − − ex + xex .
24 32 2
Podemos escrever a solução geral na forma:
17 3 1
y(x) = C1 e−x + C2 ex + C3 e−3x − − ex + xex
24 32 2
3
Logo, vp = −(x2 + 2x) − xe−2x − e−2x , assim tem-se que:
2
3
y ′ = v = C1 + C2 e2x − (x2 + 2x) + [−xe−2x − e−2x ]e2x
2
. ∫
3
y= [C1 + C2 e2x − x2 − 3x − ]dx
2
.
( 3 2 )
A solução da equação diferencial é: e2 e2x − x + 3x + 3x .
y = C1 x + C
3 2 2
14. y ′′ − y = e−2x sen(e−x )
A equação caracterı́stica λ2 − 1 = 0 tem como raı́zes λ = 1 e λ = −1. A solução
da equação homogênea correspondente é yh = C1 ex + C2 e−x . Supondo y1 (x) = ex e
y2 (x) = e−x , e a solução particular yp = u1 (x)ex + u2 (x)e−x .
Pelo método da variação dos parâmetros segue
{ ′
u1 (x)ex + u′2 (x)e−x = 0
⇒ ω(x) = W (y1 , y2 ) = −2 ̸= 0
u′1 (x)ex − u′2 (x)e−x = e−2x sen(e−x )
1
Logo, yp = [−e−2x cos(e−x ) + 2e−x sen(e−x ) + 2 cos(e−x )] ex − e−x cos(e−x ), isto é
2
3 −x −x −x −x
yp = yp = − e cos(e ) + 2sen(e ) + 2e cos(e ).
x
2
A solução da equação diferencial é
3
y = C1 ex + C2 e−x − e−x cos(e−x ) + 2sen(e−x ) + 2ex cos(e−x )
2
Exercı́cio 3.3.7.
Resolver as seguintes equações pelo método de variação de parâmetros.
ex
1. y ′′ + y ′ = sec x 2. y ′′ − 2y ′ + y =
x
3. y ′′ − y ′ − y = e3x 4. xy ′ + 4y = x4
5. x2 y ′′ − 2x2 y ′ + x2 y = ex 6. y ′′ + 4y = sen2 2x
7. y ′′ + y = −x−2 senx + 2x−1 cos x 8. y ′′ + 5y ′ + 6y = e−2x sec2 x(1 + 2 tan x)
9. y ′′ + 2y ′ + y = e−x Lnx 10. y ′′ − 3y ′ + 2y = cos(e−x )
11. y ′′ + 4y = 4 sec2 x 12. y ′′ + y = csc x cot x
e2x
13. y ′′ − 3y ′ + 2y = 14. y ′′ − 2y ′ + y = e2x (ex + 1)−2
1 + e2x
Solução.
1. y ′′ + y ′ = sec x
A equação caracterı́stica é r2 + r = 0 ⇒ r(r + 1) = 0 e as raı́zes são r = −1 e
r = 0. A solução geral da equação homogênea é y = C1 + C2 e−x . Para a solução
particular yp = u1 (x) · 1 + u2 (x)e−x , temos que resolver o sistema:
{
u′1 (x) + u′2 (x)e−x = 0
(3.9)
−u′1 (x)0 − u′2 (x)e−x = sec x
∫
u′1 (x) = sec x ⇒ u1 (x) = sec xdx = Ln(tan x + sec x)
∫
−x −x
A solução geral é: y = C1 + C2 e + Ln(tan x + sec x) − e · ex sec xdx
ex
2. y ′′ − 2y ′ + y =
x
A equação caracterı́stica é r2 − 2r + 1 = 0 ⇒ (r − 1)2 = 0 e as raı́zes são
r = 1 e r = 1. A solução geral da equação homogênea é y = C1 ex + C2 xex . Para
a solução particular yp = u1 (x) · ex + u2 (x)xex , temos que resolver o sistema
{
u′1 (x)ex + u′2 (x)xex = 0
ex (3.10)
u′1 (x)ex + u′2 (x)[x + 1]ex =
x
256 Christian José Quintana Pinedo
∫
ex
u′1 (x) =− x ⇒ u1 (x) = − 1dx = −x
e
∫ 1
ex
u′2 (x) =− x ⇒ u2 (x) = ex
dx = Lnx
xe ex
A solução geral é: y = ex [C1 + xC2 − x + xLnx].
3. y ′′ − y ′ − y = e3x
1 3
A equação caracterı́stica é r2 − r − 1 = 0 ⇒ (r − )2 = e as raı́zes são r =
√ √ 2 4
√
1 3 1 3 1 3
+ er= − . A solução geral da equação homogênea é y = C1 e( 2 + 2 )x +
2 2√ 2 2 √ √
( 12 − 23 )x
. Para a solução particular yp = u1 (x) · e( 2 + 2 )x + u2 (x)e( 2 − 2 )x , temos
1 3 1 3
C2 e
que resolver o sistema
{ √ √
′ ( 12 + 23 )x ′ ( 21 − 23 )x
u1 (x)e + u√2 (x)e = 0
√ √ √ (3.11)
′ ( 12 + 23 )x 1 ′ ( 12 − 23 )x 1
u1 (x)e 3
( 2 + 2 ) + u2 (x)e ( 2 − 2 ) = e3x
3
( 12 −
√
3 ∫ √
−e [e
3x 2
)x
1 √
2 3 √
63
4. xy ′ + 4y = x4
4
Podemos escrever na forma y ′ + y = x3 .
x
4 y′ 4
A equação homogênea é y ′ + y = x3 ⇒ =− ⇒ yh = C1 x−4 .
x y x
Uma solução particular é da forma yp = u′1 (x)x−4 , onde u′1 (x)x−4 = x3 .
1 1
Logo u1 = x8 , assim yp = u′1 (x)x−4 = x4
8 8
1
Portanto, a solução geral é: y = C1 x−4 + x4 .
8
5. x2 y ′′ − 2x2 y ′ + x2 y = ex
ex
Podemos escrever na forma y ′′ − 2y ′ + y = .
x2
A equação caracterı́stica é r2 − 2r + 1 = 0 ⇒ (r − 1)2 = 0 e as raı́zes são
r = 1 e r = 1.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 257
6. y ′′ + 4y = sen2 2x
A equação caracterı́stica é r2 + 4 = 0 então r = ±2i.
A solução geral da equação homogênea a é yh = C1 cos(2x) + C2 sen(2x).
Para a solução particular yp = u1 (x) · cos(2x) + u2 (x) · sen(2x), temos que resolver
o sistema: {
u′1 (x) cos(2x) + u′2 (x)sen(2x) = 0
(3.13)
−2u′1 (x)sen(2x) + 2u′2 (x) cos(2x) = sen2 (2x)
O determinante do sistema é 2.
∫
1 1
u′1 (x) = − · sen3 (2x) ⇒ u1 (x) = − [sen(2x) − sen(2x) cos2 (2x)]dx ⇒
2 2
1 1
u1 (x) = cos(2x) − cos3 (2x)
4 12
1 1
u′2 (x) =
· sen2 (2x) cos(2x) ⇒ u2 (x) = sen3 (2x)
2 12
1 1 1
logo, yp = [ cos(2x) − cos3 (2x)] cos(2x) + sen3 (2x) · sen(2x), isto é
4 12 12
1 1 1 1 1
yp = cos2 (2x) − cos4 (2x) + sen4 (2x) = cos2 (2x) + sen2 (2x)
4 12 12 6 12
1 1 1 1
yp = cos2 (2x) + = + cos(4x)
12 12 8 24
1 1
Portanto, y = C1 cos(2x) + C2 sen(2x) + + cos(4x).
8 24
258 Christian José Quintana Pinedo
∫ ∫
u1 (x) = −x sen x + 2 x senx cos xdx − 2 x−1 senx cos xdx = −x−1 sen2 x
−1 2 −1
∫ ∫ ∫
−1 −1 1
u2 (x) = x dx − x cos(2x)dx − x−2 sen(2x)dx = Lnx + x−1 senx cos x
2
logo, yp = −x−1 sen2 x · cos x + (Lnx + x−1 senx cos x)senx
Portanto, y = C1 cos x + C2 senx + senx · Lnx.
8. y ′′ + 5y ′ + 6y = e−2x sec2 x(1 + 2 tan x)
A equação caracterı́stica é r2 + 5r + 6 = 0 ⇒ (r + 2)(r + 3) = 0 e as raı́zes são
r = −3 e r = −2. A solução geral da equação homogênea é yh = C1 e−3x +C2 e−2x .
Para a solução particular yp = u1 (t) · e−3x + u2 (t)e−2x , temos que resolver o sistema:
{
u′1 (x)e−3x + u′2 (x)e−2x = 0
(3.15)
−3u′1 (x)e−3x − 2u′2 (x)e−2x = e−2x sec2 x(1 + 2 tan x)
∫ ∫
u1 (x) = −[e sec x − e sec xdx + ex sec2 xdx] = −ex sec2 x
x 2 x 2
9. y ′′ + 2y ′ + y = e−x Lnx
A equação caracterı́stica é r2 + 2r + 1 = 0 ⇒ (r + 1)(r + 1) = 0 e as
raı́zes são r = −1 de multiplicidade dois. A solução geral da equação homogênea é
y = C1 e−x + C2 xe−x . Para a solução particular yp = u1 (t) · e−x + u2 (t)xe−x , temos
que resolver o sistema:
{
u′1 (x)e−x + u′2 (x)xe−x = 0
(3.16)
−u1 (x)e + u2 (x)e (1 − x) = e−x Lnx
′ −x ′ −x
∫
′ −x −x
u2 (x)e = e Lnx ⇒ u2 (x) = Lnxdx = x(Lnx − 1)
10. y ′′ − 3y ′ + 2y = cos(e−x )
A equação caracterı́stica é r2 − 3r + 2 = 0 ⇒ (r − 2)(r − 1) = 0 e as raı́zes
são r = 1 e r = 2. A solução geral da equação homogênea é yh = C1 ex + C2 e2x .
Para a solução particular yp = u1 (t) · ex + u2 (t)e2x , temos que resolver o sistema:
{ ′
u1 (x)ex + u′2 (x)e2x = 0
(3.17)
u′1 (x)ex + 2u′2 (x)e2x = cos(e−x )
e2x cos(e−x )
u′1 (x) = − = −e−x cos(e−x ) ⇒ u1 (x) = sen(e−x )
e3x
ex cos(e−x )
u′2 (x) = 3x
= e−2x cos(e−x ) ⇒ u2 (x) = −[e−x sen(e−x ) + cos(e−x )]
e
logo, yp = e · sen(e−x ) − e2x [e−x sen(e−x ) + cos(e−x )] = −e2x cos(e−x )
x
11. y ′′ + 4y = 4 sec2 x
A equação caracterı́stica é r2 + 4 = 0 ⇒ (r + 2i)(r − 2i) = 0 e as raı́zes são
r = 2i e r = −2i. A solução geral da equação homogênea é y = C1 cos(2x) +
C2 sen(2x). Para a solução particular yp = u1 (t) · cos(2x) + u2 (t)sen(2x), temos que
resolver o sistema:
{
u′1 (x) cos(2x) + u′2 (x)sen(2x) = 0
(3.18)
−2u′1 (x)sen(2x) + 2u′2 (x) cos(2x) = 4 sec2 x
4 sec2 xsen(2x)
u′1 (x) = = 4 tan(x) ⇒ u1 (x) = −4Ln(cos x)
2
260 Christian José Quintana Pinedo
4 sec2 x cos(2x)
u′2 (x) = = 2(2 − sec2 x) ⇒ u2 (x) = 2(2x − tan x)
2
Portanto, a solução geral da equação é:
e2x
13. y ′′ − 3y ′ + 2y =
1 + e2x
A equação caracterı́stica é r2 − 3r + 2 = 0 ⇒ (r − 2)(r − 1) = 0 e as raı́zes
são r = 1 e r = 2. A solução geral da equação homogênea é y = C1 ex + C2 e2x .
Para a solução particular yp = u1 (t) · ex + u2 (t)e2x , temos que resolver o sistema
′
u1 (x)ex + u′2 (x)e2x = 0
e2x (3.20)
u′1 (x)ex + 2u′2 (x)e2x = 2x 2
(1 + e )
0 e 2x
1 x
u′1 (x) = 3x e2x ⇒ u′1 (x) = − e ⇒ u1 (x) = − arctan(ex )
2x 2x + 1
e 2e e
1 + e2x
x
′ 1 e 0
1 e−2x 1
u2 (x) = 3x x e 2x
= 2x
= −2x ⇒ u2 (x) = − Ln(e−2x + 1)
e e 1+e e +1 2
1 + e2x
A solução geral da equação é:
1
y = C1 ex + C2 e2x − ex · arctan(ex ) − e2x Ln(e−2x + 1)
2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 261
Exercı́cio 3.3.8.
Resolva os problemas de valores iniciais:
1. y ′′ + y ′ − 2y = t2 + 3, y(0) = 0, y ′ (0) = 0
1. y ′′ + y ′ − 2y = t2 + 3, y(0) = 0, y ′ (0) = 0
A resolver y ′′ + y ′ − 2y = 0 ⇒ λ2 + λ − 2 = 0 ⇒ λ = −2, λ = 1. A
solução geral da homogênea é yh = C1 e−2t + C2 et .
Uma solução particular é da forma yp = A1 t2 + A2 t + A3 então y ′ = 2A1 t + A2 e
y ′′ = 2A1 , assim (2A1 ) + (2A1 t) − 2(A1 t2 + A2 t + A3 ) = t2 + 3 ⇒
1
t2 (−2A1 ) + t(2A1 − 2A2 ) + (2A1 − 2A3 ) = t2 + 3 ⇒ A1 = A2 = − , A3 = −1
2
1 1
y = C1 e−2t + C2 et − t2 − t − 1, sendo sua
Logo a solução geral da equação é
2 2
′ −2t 1
derivada y = −2C2 e + C2 e − t −
t
2
262 Christian José Quintana Pinedo
1
Das condições iniciais y(0) = C1 + C2 − 1 = 0 e y ′ (0) = −2C1 + C2 − =
2
1 5
0 ⇒ C1 = , C2 = .
6 6
1 5 1 1
Portanto, y = e−2t + et − t2 − t − 1 é a solução particular do pvi.
6 6 2 2
2. y ′′ + 2y ′ + y = 3sen(2t), y(0) = 0, y ′ (0) = 0
A equação caracterı́stica é λ2 + 2λ + 1 = 0 ⇒ λ1 = −1, λ2 = −1. A solução
geral da homogênea é yh = C1 e−t + C2 te−t .
Uma solução particular é da forma yp = A1 cos(2t) + A2 sen(2t) então
yp′ = −2A1 sen(2t) + 2A2 cos(2t) ⇒ yp′′ = −4A1 cos(2t) − 4A2 sen(2t)
yp′′ + 2yp′ + yp = (4A2 − 3A1 ) cos(2t) − (3A2 + 4A1 )sen(2t) = 0 · cos(2t) + 3sen(2t)
12 9
⇒ 4A2 − 3A1 = 0, 3A2 + 4A1 = −3 ⇒ A1 = − , A2 = −
25 25
12 9
Assim, a solução particular é da forma yp = − cos(2t) − sen(2t)
25 25
12 9
Logo, a solução geral da equação é y = C1 e−t + C2 te−t − cos(2t) − sen(2t).
25 25
12 18
Das condições iniciais y(0) = C1 − =0 e y ′ (0) = −C1 + C2 − =0 ⇒
25 25
12 6
C 1 = , C2 = .
25 25
12 −t 6 12 9
Portanto, y = e + te−t − cos(2t) − sen(2t) é a solução particular do
25 25 25 25
pvi.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 263
3.4 Aplicações
Exercı́cios 3-4
Exercı́cio 3.4.1.
Resolver as seguintes equações homogêneas de Euler.
1. x2 y ′′ + xy ′ − y = 0 2. xy ′′ + y ′ = 0
3. x2 y ′′ + 2xy ′ − 6y = 0 4. x3 y ′′′ + 2x2 y ′′ − 10xy ′ − 8y = 0
5. xy ′′′ = 2y ′ 6. (2x + 1)2 y ′′ − 2(2x + 1)y ′ + 4y = 0
7. x2 y ′′′ − 3xy ′′ + 3y ′ = 0 8. (x + 2)2 y ′′ + 3(x + 2)y ′ − 3y = 0
9. (x + 1)2 y ′′′ − 12y ′ = 0 10. (2x + 1)2 y ′′′ + 2(2x + 1)y ′′ + y ′ = 0
11. x2 y ′′ + 3xy ′ + y = 0 12. (2x + 1)2 y ′′′ − 2(2x + 1)y ′′ + 4y ′ = 0
13. (x + 1)2 y ′′′ − 12y ′ = 0 14. (2x + 1)2 y ′′′ + 2(2x + 1)y ′′ + y ′ = 0
15. x3 y ′′′ − x2 y ′′ − 6xy ′ + 18y = 0
Solução.
1. x2 y ′′ + xy ′ − y = 0
dy dy
Consideremos x = et , então y ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dy d −t dy dt dy d2 y dt ( d2 y dy )
y ′′ = ( )= (e ) = −e−t + e−t 2 = e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
substituindo na equação x2 y ′′ + xy ′ − y = 0 segue
( d2 y dy ) dy d2 y
(et )2 e−2t 2
− + (et )e−t − y = 0 ⇒ −y =0
dt dt dt dt2
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = −1 e λ2 = 1, e a equação geral da
última equação é y = C1 e−t + C2 et . Substituindo x = et resulta y = C1 x−1 + C2 x.
C1
Portanto, y = + C2 x é a solução procurada.
x
Observe que x = 0 é um ponto singular para está equação. Qualquer solução para
a equação está definida para x ∈ R − {0}.
2. xy ′′ + y ′ = 0
dy dy
Seja x = et , então y ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dy d −t dy 2 ( 2 dy )
′′ −t dt dy −t d y dt −2t d y
y = ( )= (e ) = −e +e =e −
dx dx dx dt dx dt dt2 dx dt2 dt
substituindo na equação xy ′′ + y ′ = 0 segue
( d2 y dy ) dy d2 y dy
(et )e−2t 2
− + e−t =0 ⇒ =0 ⇒ = C1
dt dt dt dt2 dt
264 Christian José Quintana Pinedo
3. x2 y ′′ + 2xy ′ − 6y = 0
dy dy
Seja x = et , então y ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dy d −t dy 2 ( 2 dy )
′′ −t dt dy −t d y dt −2t d y
y = ( )= (e ) = −e +e =e −
dx dx dx dt dx dt dt2 dx dt2 dt
d2 y dy dy d2 y dy
2
− + 2 − 6y = 0 ⇒ + − 6y = 0
dt dt dt dt2 dt
d dy d −t dy 2 ( 2 dy )
′′ −t dt dy −t d y dt −2t d y
y = ( )= (e ) = −e +e =e −
dx dx dx dt dx dt dt2 dx dt2 dt
[ 2 ] [ 3 ] [ 3 ]
′′′ d3 y −3t d y dy −3t d y d2 y −3t d y d2 y dy
y = 3 = −2e − +e − 2 =e −3 2 +2
dx dt2 dt dt3 dt dt3 dt dt
substituindo na equação
[ 3 ] ( 2
3t −3t d y d2 y dy 2t −2t d y dy ) t −t dy
e e − 3 + 2 + 2e e − − 10e e − 8y = 0
dt3 dt2 dt dt2 dt dt
d3 y d2 y dy
3
− 2 − 10 − 8y = 0 ⇒ λ1 = −1, λ2 = 4, λ3 = −2
dt dt dt
y = C1 e−t = C2 e4t + C3 e−2t
5. xy ′′′ = 2y ′ ⇒ x2 z ′′ = 2z
dz dz
Seja x = et , então z ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dz d −t dz dt dz d2 z dt ( d2 z dz )
z ′′ = ( )= (e ) = −e−t + e−t 2 = e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
substituindo na equação x2 z ′′ = 2z segue
( 2 dz ) d2 z dz d2 z
t −2t d z −t dz dz dz
(e )e 2
− = 2e ⇒ 2
− =2 ⇒ 2
−3 =0
dt dt dt dt dt dt dt dt
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = 0 e λ2 = 3, e a equação geral da última
equação é z = C1 + C2 e3t . Substituindo x = et resulta z = C1 + C2 x3 ⇒
∫
x4
y = [C1 + C2 x3 ]dx + C3 ⇒ y = C1 x + C2 + C3
4
x4
Portanto, y = C1 x + C2 + C3 é a solução procurada.
4
Observe que x = 0 é um ponto singular para está equação. Qualquer solução para
a equação está definida para x ∈ R − {0}.
6. (2x + 1)2 y ′′ − 2(2x + 1)y ′ + 4y = 0
dy dy
Seja 2x + 1 = et , então y ′ = = 2e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dy d dy dt dy d2 y dt ( d2 y dy )
y ′′ = ( )= (2e−t ) = −2e−t + 2e−t 2 = 4e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
substituindo na equação (2x + 1)2 y ′′ − 2(2x + 1)y ′ + 4y = 0 segue
( 2 dy )
t 2 −2t d y dy
4(e ) e 2
− − 4(et )e−t + 4y = 0 ⇒
dt dt dt
d2 y dy dy d2 y dy
4( 2
− ) − 4 + 4y = 0 ⇒ 2
−2 +y =0
dt dt dt dt dt
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = 1 e λ2 = 1, e a equação geral da última
equação é y = C1 et + C2 tet . Substituindo 2x + 1 = et resulta y = C1 (2x + 1) +
C2 (2x + 1)Ln(2x + 1).
Portanto, y = C1 (2x + 1) + C2 (2x + 1)Ln(2x + 1) é a solução procurada.
1
Observe que x = é um ponto singular para está equação. Qualquer solução para
2
1
a equação está definida para x ∈ R − { }.
2
7. x2 y ′′′ − 3xy ′′ + 3y ′ = 0⇒ x2 z ′′ − 3xz ′ + 3z = 0
dz dz
Seja x = et , então z ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dz d −t dz dt dz d2 z dt ( d2 z dz )
z ′′ = ( )= (e ) = −e−t + e−t 2 = e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
266 Christian José Quintana Pinedo
x4 x2
Portanto, y= C1 + C2 + C3 é a solução procurada.
4 2
Observe que x = 0 é um ponto singular para está equação. Qualquer solução para
a equação está definida para x ∈ R.
8. (x + 2)2 y ′′ + 3(x + 2)y ′ − 3y = 0
dy dy
Seja x + 2 = et , então y ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dy d −t dy dt dy d2 y dt ( d2 y dy )
y ′′ = ( )= (e ) = −e−t + e−t 2 = e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
substituindo na equação (x + 2)2 y ′′ + 3(x + 2)y ′ − 3y = 0 segue
( d2 y dy ) dy
(et )2 e−2t − + 3(et )e−t − 3y = 0 ⇒
dt2 dt dt
d2 y dy dy d2 y dy
− + 3 − 3y = 0 ⇒ + 2 − 3y = 0
dt2 dt dt dt2 dt
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = −3 e λ2 = 1, e a equação geral
da última equação é y = C1 e−3t + C2 et . Substituindo x + 2 = et resulta y =
C1 (x + 2)−3 + C2 (x + 2)1 .
C1
Portanto, y = + C2 (x + 2) é a solução procurada.
(x + 2)3
Observe que x = −2 é um ponto singular para está equação. Qualquer solução para
a equação está definida para x ∈ R − {−2}.
9. (x + 1)2 y ′′′ − 12y ′ = 0 (x + 1)2 z ′′ − 12z = 0
⇒
dz dz
Seja x + 1 = et , então z ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dz d dz dt dz d2 z dt ( d2 z dz )
z ′′ = ( )= (2e−t ) = −2e−t + 2e−t 2 = 4e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
substituindo na equação (x + 1)2 z ′′ − 12z = 0 segue
( d2 z dz ) d2 z dz
4(et )2 e−2t − − 12z = 0 ⇒ − − 3z = 0
dt2 dt dt2 dt
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 267
√ √
1+
13 1 − 13
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = e λ2 = , e a equação
√ 2 √ 2
1+ 13 1− 13
geral da última equação √é z = C1 e( 2 )t + √
C2 e( 2 )t . Substituindo x + 1 = et
1+ 13 1− 13
resulta z = C1 (x + 1)( 2 ) + C2 (x + 1)( 2 )
∫ √ √
( 1+2 13 ) ( 1−2 13 )
y = [C1 (x + 1) + C2 (x + 1) ]dx + C3 ⇒
√ √
2 ( 3+2 13 ) 2 ( 3−2 13 )
y= √ (x + 1) C1 + √ (x + 1) C2 + C3
3 + 13 3 − 13
√ √ √ √
3+ 13 3− 13
Portanto, y = − (3−2 13) (x + 1)( 2
)
C1 − (3+2 13) (x + 1)( 2
)
C2 + C3 é a solução
procurada.
Observe que x = −1 é um ponto singular para está equação. Qualquer solução para
a equação está definida para x ∈ R − {−1}.
10. (2x + 1)2 y ′′′ + 2(2x + 1)y ′′ + y ′ = 0 ⇒ (2x + 1)2 z ′′ + 2(2x + 1)z ′ + z = 0
dz dz
Seja 2x + 1 = et , então z ′ = = 2e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dz d 2 ( 2 dz )
′′ −t dz −t dt dz −t d z dt −2t d z
z = ( )= (2e ) = −2e + 2e = 4e −
dx dx dx dt dx dt dt2 dx dt2 dt
substituindo na equação (2x + 1)2 z ′′ + 2(2x + 1)z ′ + z = 0 segue
( d2 z dz ) dz
t 2 −2t
4(e ) e 2
− + 2(et )e−t + z = 0 ⇒
dt dt dt
d2 z dz dz d2 y dy
4( − ) + 2 +z =0 −⇒2 4
+y =0
dt2 dt dt dt2 dt
√ √
As raı́zes da equação caracterı́stica são√λ1 = 1 − i √3 e λ2 = 1 + i 3, e a equação
geral da última equação é z = C1 et ei 3t + C2 et e−i 3t . Substituindo 2x + 1 = et
resulta:
√ √
z = C1 (2x + 1)ei 3Ln(2x+1) + C2 (2x + 1)e−i 3Ln(2x+1) ⇒
∫ √ √
y = [C1 (2x + 1)1−i 3 + C2 (2x + 1)1+i 3 ]dx + C3
√ √
C1 (2 + i 3) √ C2 (2 − i 3) √
y= (2x + 1)2−i 3 + (2x + 1)2+i 3 + C3
7 7
(2x + 1)2 [ √ √ √ √ ]
Portanto, y = C1 (2 + i 3)(2x + 1)−i 3 + C2 (2 − i 3)(2x + 1)i 3 +
7
C3 é a solução procurada.
1
Observe que x = é um ponto singular para está equação. Qualquer solução para
2
1
a equação está definida para x ∈ R − { }.
2
268 Christian José Quintana Pinedo
11. x2 y ′′ + 3xy ′ + y = 0
dy dy
Seja x = et , então y ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dy d −t dy dt dy d2 y dt ( d2 y dy )
y ′′ = ( )= (e ) = −e−t + e−t 2 = e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
substituindo na equação x2 y ′′ + 3xy ′ + y = 0 segue
( 2 dy )
t 2 −2t d y dy
(e ) e 2
− + 3(et )e−t + y = 0 ⇒
dt dt dt
2
d y dy dy d2 y dy
2
− + 3 + y = 0 ⇒ 2
+2 +y =0
dt dt dt dt dt
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = −1 e λ2 = −1, e a equação geral da
última equação é y = C1 e−t + C2 te−t . Substituindo x = et resulta y = C1 x−1 +
C2 x−1 Lnx.
1
Portanto, y = [C1 + C2 Lnx] é a solução procurada.
x
Observe que x = 0 é um ponto singular para está equação. Qualquer solução para
a equação está definida para x ∈ R desde que x > 0.
12. (2x + 1)2 y ′′′ − 2(2x + 1)y ′′ + 4y ′ = 0
dt dy dy
Seja 2x + 1 = et , então = 2e−t por outro lado y ′ = = 2e−t e a derivada
dx dx dt
segunda é
d dy d dy dt dy d2 y dt ( d2 y dy )
y ′′ = ( ) = 2 (e−t ) = −2e−t + 2e−t 2 = 4e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
a derivada terceira é
[ 2 ] [ 3 ] [ 3 ]
′′′ d3 y −3t d y dy −3t d y d2 y −3t d y d2 y dy
y = 3 = −8e − + 8e − 2 = 8e −3 2 +2
dx dt2 dt dt3 dt dt3 dt dt
substituindo na equação (2x + 1)2 y ′′′ − 2(2x + 1)y ′′ + 4y ′ = 0 segue
[ 3 ] ( 2
2t −3t d y d2 y dy t −2t d y dy ) dy
e 8e 3
−3 2 +2 − 2e 4e 2
− + 8e−t =0 ⇒
dt dt dt dt dt dt
[ 3 ] ( 2
−t d y d2 y dy −t d y dy ) dy
8e 3
− 3 2
+ 2 − 8e 2
− + 8e−t =0 ⇒
dt dt dt dt dt dt
d3 y d2 y dy
3
− 4 2
+ 4 = 0 ⇒ λ3 − 4λ2 + 4λ = 0
dt dt dt
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = 0, λ2 = 2 e λ3 = 2, e a equação geral
da última equação homogênea é y = C1 + C2 e2t + C3 te2t .
1
Observe que x = − é um ponto singular para esta equação. Qualquer solução para
2
1
a equação esta definida para x ∈ R desde que x > − .
2
Portanto, a solução geral da equação dada é:
y = C1 + C2 (2x + 1)2 + C3 (2x + 1)2 Ln(2x + 1)]
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 269
d dy d −t dy 2 ( 2 dy )
′′ −t dt dy −t d y dt −2t d y
y = ( ) = 2 (e ) = −2e + 2e = 4e −
dx dx dx dt dx dt dt2 dx dt2 dt
a derivada terceira é
[ 2 ] [ 3 ] [ 3 ]
′′′ d3 y −3t d y dy −3t d y d2 y −3t d y d2 y dy
y = 3 = −8e − + 8e − 2 = 8e −3 2 +2
dx dt2 dt dt3 dt dt3 dt dt
+ C3 (2x + 1)−
3 13 13
y = C1 + (2x + 1) 2 [C2 (2x + 1) 2 2 ]
d dy d −t dy 2 ( 2 dy )
′′ −t dt dy −t d y dt −2t d y
y = ( ) = 2 (e ) = −2e + 2e = 4e −
dx dx dx dt dx dt dt2 dx dt2 dt
a derivada terceira é
[ 2 ] [ 3 ] [ 3 ]
′′′ d3 y −3t d y dy −3t d y d2 y −3t d y d2 y dy
y = 3 = −8e − + 8e − 2 = 8e −3 2 +2
dx dt2 dt dt3 dt dt3 dt dt
Exercı́cio 3.4.2.
Resolver as seguintes equações pelo método de Frobenius.
1. x2 y ′′ + xy ′ − y = 0 2. x2 y ′′ − 5xy ′ + 6y = 0
′′ ′
3. xy + y = 0 4. xy ′′′ = 2y ′
2 ′′ ′
5. (2x + 1) y − 2(2x + 1)y + 4y = 0 6. x2 y ′′′ − 3xy ′′ + 3y ′ = 0
2 ′′ ′
7. (x + 2) y + 3(x + 2)y − 3y = 0 8. (x + 1)2 y ′′′ − 12y ′ = 0
2 ′′′ ′′ ′
9. (2x + 1) y + 2(2x + 1)y + y = 0 10. x2 y ′′ + 3xy ′ + y = 0
Solução.
1. x2 y ′′ + xy ′ − y = 0
Seja y = xλ , então y ′ = λxλ−1 , y ′′ = λ(λ − 1)xλ−2 substituindo na equação homo-
gênea associada ao problema.
2. x2 y ′′ − 5xy ′ + 6y = 0
Seja y = xλ , então y ′ = λxλ−1 , y ′′ = λ(λ − 1)xλ−2 substituindo na equação homo-
gênea associada ao problema.
3. xy ′′ + y ′ = 0
4. xy ′′′ = 2y ′
6. x2 y ′′′ − 3xy ′′ + 3y ′ = 0
dv d2 v
Seja v(x) = y ′ (x) então = y ′′ , = y ′′′ .
dx dx2
Suponhamos v(t) = xλ , então v ′ = λxλ−1 , v ′′ = λ(λ − 1)xλ−2 substituindo na
equação homogênea associada ao problema.
1 1
Logo, a equação caracterı́stica é 4λ(λ−1)+4λ+1 = 0 de onde λ1 = i, λ2 = − i
2 2
são as raı́zes.
1 1
Assim, v(t) = C1 cos( Lnt) + C2 cos( Lnt).
2 2
1 1
Logo y ′ (x) = v(x) = C1 cos( Ln(2x + 1)) + C2 cos( Ln(2x + 1))
2 2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 273
∫ ∫
1 1
Portanto, a solução y é y(x) = C1 cos( Ln(2x + 1))dx + C2 sen( Ln(2x +
2 2
1))dx + C3 .
10. x2 y ′′ + 3xy ′ + y = 0
Exercı́cio 3.4.3.
Resolver as seguintes equações não homogêneas de Euler.
1. x2 y ′′ + xy ′ + y = x(6 − Lnx) 2. x2 y ′′ − xy ′ + y = 2x
16Lnx
3. x2 y ′′ − xy ′ − 3y = − 4. x2 y ′′ − 2xy ′ + 2y = x2 − 2x + 2
x
5. x2 y ′′ + xy ′ − y = xm , |m| ̸= 1 6. x2 y ′′ + 4xy ′ + 2y = 2Ln2 x + 12x
7. x3 y ′′′ − 3x2 y ′′ + 6xy ′ − 6y = x 8. x3 y ′′′ − x2 y ′′ − 6xy ′ + 18y = 5x
3 ′′′ 2 ′′ ′
9. x y − x y + 2xy − 2y = x 3
10. x3 y ′′′ − 4x2 y ′′ + 8xy ′ − 8y = 4Lnx
Solução.
1. x2 y ′′ + xy ′ + y = x(6 − Lnx)
Procuremos a solução da homogênea.
dy dy
Seja x = et , então y ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dy d −t dy dt dy d2 y dt ( d2 y dy )
y ′′ = ( )= (e ) = −e−t + e−t 2 = e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
substituindo na equação x2 y ′′ + 2xy ′ + 6y = 0 segue
( d2 y dy ) dy
t 2 −2t
(e ) e 2
− + (et )e−t + y = 0 ⇒
dt dt dt
d2 y dy dy d2 y
− + +y =0 ⇒ +y =0
dt2 dt dt dt2
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = i e λ2 = −i, e a solução geral da
última equação homogênea é yh = C1 cos(t) + C2 sen(t).
Procuremos uma solução particular.
Tem-se que b(x) = x(6 − Lnx) ⇒ b(et ) = et (6 − t)
Uma solução particular é da forma yp = et (At + B). Esta solução particular na
equação original modificada fornece
1 7
et (At + 2A + B) + et (At + B) = et (6 − t) ⇒ A=− e B=
2 2
1 7
logo a solução geral da equação modificada é y = C1 cos(t) + C2 sen(t) − t + .
2 2
Observe que x = 0 é um ponto singular para esta equação. Qualquer solução para
a equação está definida para x ∈ R desde que x > 0.
Portanto, a solução geral da equação dada é:
1 7
y = C1 cos(Lnx) + C2 sen(Lnx) − Lnx +
2 2
274 Christian José Quintana Pinedo
2. x2 y ′′ − xy ′ + y = 2x
Procuremos a solução da homogênea.
dy dy
Seja x = et , então y ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dy d −t dy dt dy d2 y dt ( d2 y dy )
y ′′ = ( )= (e ) = −e−t + e−t 2 = e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
substituindo na equação x2 y ′′ − xy ′ + y = 2x segue
( d2 y dy ) dy
t 2 −2t
(e ) e 2
− − (et )e−t + y = 0 ⇒
dt dt dt
d2 y dy dy d2 y dy
− − +y =0 ⇒ −2 +y =0
dt2 dt dt dt 2 dt
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = 1 e λ2 = 1, e a solução geral da última
equação homogênea é yh = C1 et + C2 tet .
Procuremos uma solução particular.
Tem-se que b(x) = 2x ⇒ b(et ) = 2et
Uma solução particular é da forma yp = t2 et A, isto pelo fato ser λ = 1 raiz de
multiplicidade s = 2. Observe que yp′ = Aet (t2 + 2t) e yp′′ = Aet (t2 + 4t + 2). Esta
solução particular na equação original modificada fornece
5. x2 y ′′ + xy ′ − y = xm
Procuremos a solução da homogênea.
dy dy
Seja x = et , então y ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dy d −t dy dt dy d2 y dt ( d2 y dy )
y ′′ = ( )= (e ) = −e−t + e−t 2 = e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
substituindo na equação x2 y ′′ + xy ′ − y = xm segue
( d2 y dy ) dy
t 2 −2t
(e ) e 2
− + (et )e−t − y = 0 ⇒
dt dt dt
d2 y dy dy d2 y
− + −y =0 ⇒ −y =0
dt2 dt dt dt2
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = 1 e λ2 = −1, e a solução geral da
última equação homogênea é yh = C1 et + C2 e−t .
Procuremos uma solução particular.
d2 y
Tem-se que b(x) = xm ⇒ b(et ) = emt , a equação modificada é
+ y = emt
dt2
Uma solução particular é da forma yp = Aemt . Esta solução particular na equação
1
modificada fornece emt [Am2 − A] = emt ⇒ A = 2 , |m| = ̸ 1. Logo a
m −1
1
solução geral da equação modificada é y = C1 et + C2 e−t + 2 emt .
m −1
Observe que x = 0 é um ponto singular para esta equação. Qualquer solução para
a equação está definida para x ∈ R desde que x > 0.
1 xm
Portanto, a solução geral da equação dada é: y = xC1 + C2 + 2 .
x m −1
6. x2 y ′′ + 4xy ′ + 2y = 2Ln2 x + 12x
Procuremos a solução da homogênea.
dy dy
Seja x = et , então y ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dy d −t dy dt dy d2 y dt ( d2 y dy )
y ′′ = ( )= (e ) = −e−t + e−t 2 = e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
substituindo na equação x2 y ′′ + 2xy ′ + 6y = 0 segue
( d2 y dy ) dy
t 2 −2t
(e ) e 2
− + 4(et )e−t + 2y = 0 ⇒
dt dt dt
d2 y dy dy d2 y dy
( 2
− ) + 4 + 2y = 0 ⇒ 2
+ 3 + 2y = 0
dt dt dt dt dt
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = −2 e λ2 = −1, e a solução geral da
última equação homogênea é yh = C1 e−2t + C2 e−t .
Procuremos uma solução particular.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 277
1
logo a solução geral da equação modificada é y = C1 et + C2 e2t + C3 e3t + tet .
2
Observe que x = 0 é um ponto singular para esta equação. Qualquer solução para
a equação está definida para x ∈ R desde que x > 0.
1
Portanto, a solução geral da equação dada é:y = C1 x + C2 x2 + C3 x3 + xLnx.
2
8. x3 y ′′′ − x2 y ′′ − 6xy ′ + 18y = 5x
⇕
9. x3 y ′′′ − x2 y ′′ + 2xy ′ − 2y = x3
dy dy
Seja x = et , então y ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dy d −t dy dt dy d2 y dt ( d2 y dy )
y ′′ = ( )= (e ) = −e−t + e−t 2 = e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
a derivada terceira é
[ 2 ] [ 3 ] [ 3 ]
d3 y
′′′ −3t d y dy −3t d y d2 y −3t d y d2 y dy
y = 3 = −2e − +e − 2 =e −3 2 +2
dx dt2 dt dt3 dt dt3 dt dt
substituindo na equação x3 y ′′′ − x2 y ′′ + 2xy ′ − 2y = x3 segue
[ 3 ] ( 2
3t −3t d y d2 y dy 2t −2t d y dy ) dy
e e 3
− 3 2
+ 2 − e e 2
− + 2et e−t − 2y = e3t
dt dt dt dt dt dt
d3 y d2 y dy d2 y dy dy
3
− 3 2
+ 2 − 2 + + 2 − 2y = e3t
dt dt dt dt dt dt
3 2
dy dy dy
3
− 4 2 + 5 − 2y = e3t ⇒ λ3 − 4λ2 + 5λ − 2 = 0
dt dt dt
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = 1, λ2 = 1 e λ3 = 2, e a equação geral
da última equação homogênea é y = C1 et + C2 tet + C3 e2t .
A solução particular é da forma yp = Ae3t , logo yp′ = 3Ae3t , yp′′ = 9Ae3t , yp′′′ =
27Ae3t então
d3 y d2 y dy
3
− 4 2
+ 5 − 2y = e3t ⇒ 27Ae3t − 4(9Ae3t ) + 5(3Ae3t ) − 2Ae3t = e3t
dt dt dt
1
⇒ 42Ae3t − 38Ae3t = e3t ⇒ A=
4
1 1
logo yp = e3t . A solução geral da equação dada é: y = C1 et + C2 tet + C3 e2t + e3t .
4 4
1
Isto é y = C1 x + C2 xLnx + C3 x2 − x3 .
4
10. x3 y ′′′ − 4x2 y ′′ + 8xy ′ − 8y = 4Lnx
dy dy
Seja x = et , então y ′ = = e−t e a derivada segunda é
dx dt
d dy d −t dy dt dy d2 y dt ( d2 y dy )
y ′′ = ( )= (e ) = −e−t + e−t 2 = e−2t −
dx dx dx dt dx dt dt dx dt2 dt
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 279
a derivada terceira é
[ 2 ] [ 3 ] [ 3 ]
d3 y
′′′ −3t d y dy −3t d y d2 y −3t d y d2 y dy
y = 3 = −2e − +e − 2 =e −3 2 +2
dx dt2 dt dt3 dt dt3 dt dt
substituindo na equação x3 y ′′′ − 4x2 y ′′ + 8xy ′ − 8y = 4Lnx segue
[ 3 ] ( 2
3t −3t d y d2 y dy 2t −2t d y dy ) dy
e e 3
−3 2 +2 − 4e e 2
− + 8et e−t − 8y = 4t
dt dt dt dt dt dt
[ 3 ] ( d2 y dy )
dy d2 y dy dy
3
−3 2 +2 −4 2
− + 8 − 8y = 4t
dt dt dt dt dt dt
d3 y d2 y dy
3
− 7 2 + 14 − 8y = 4t ⇒ λ3 − 7λ2 + 14λ − 8 = 0
dt dt dt
As raı́zes da equação caracterı́stica são λ1 = 1, λ2 = 2 e λ3 = 4, e a equação geral
da última equação homogênea é y = C1 et + C2 e2t + C3 e4t .
A solução particular é da forma yp = At + B, logo yp′ = A, yp′′ = 0 então
d3 y d2 y dy
3
− 7 2
+ 14 − 8y = 4t ⇒ 0 − 7(0) + 14A − 8(At + B) = 4t
dt dt dt
1 7
(14A − 8B) − 8At = 4t ⇒ A=− , B=−
2 8
1 7
logo yp = − t − .
2 8
1 7
A solução geral da equação dada é: y = C1 et + C2 e2t + C3 e4t − t − .
2 8
1 7
Isto é y = C1 x + C2 x2 + C3 x4 − Lnx − .
2 8
Exercı́cio 3.4.4.
Resolver as seguintes equações pelo método de redução de ordem dado que y1 é uma
solução da equação.
1. y ′′ − 9y = 0; y1 = e3x 2. x2 y ′′ + xy ′ + y = 0; y1 = cos Lnx
′′
3. y + y = 0; y1 = cos x 4. (1 − x2 )y ′′ − 2xy ′ + 2y = 0; y1 = x
5. x2 y ′′ + 2xy ′ − 6y = 0; y1 = x2 6. x3 y ′′ + x2 y ′ + xy = 0; y1 = sen(Lnx)
2 ′′ ′
7. x y + xy = 0; y1 = 1 8. x2 y ′′ − 4xy ′ + 6y = 0; y1 = x2
9. x2 y ′′ + 3xy ′ = 0; y1 = 1 10. x2 y ′′ − 2xy ′ + 2y = 0; y1 = x
11. x2 y ′′ + 2xy ′ − 1 = 0; y1 = Lnx
12. 2(x + 1)2 y ′′ − 4(x + 1)y ′ + 4y = 0; y1 = (x + 1)2
Solução.
1. y ′′ − 9y = 0; y1 = e3x
Verifiquemos que y1 = e3x é a solução da equação. Com efeito, y1′ = 3e3x ; y1′′ =
9e3x , substituindo resulta: 9e3x − 9(e3x ) = 0. Seja y2 (x) = y1 (x)v(x) outra solução,
então
y2′′ (x) = y1′′ (x)v(x) + 2y1′ (x)v ′ (x) + y1 (x)v ′′ (x), y2 (x) = y1 (x)v(x)
280 Christian José Quintana Pinedo
isto é: 6e3x v ′ (x) + e3x v ′′ (x) = 0 ⇒ v ′′ (x) + 6v ′ (x) = 0 ⇒ Lnv ′ = −6x ⇒
1 1
v(x) = − e−6x logo y2 (x) = − e−3x .
6 6
1
Portanto, a solução geral da equação em R é y = C1 e3x − C2 e−3x .
6
2. x2 y ′′ + xy ′ + y = 0; y1 = cos(Lnx)
1
Verifiquemos que cos(Lnx) é a solução da equação. Com efeito, y1′ = − · sen(Lnx);
x
′′ 1 1 2 ′′ ′
y1 = 2 · sen(Lnx) − 2 · cos(Lnx), substituindo em x y + xy + y = 0 resulta:
x x
1 1 1
x2 [ 2 · sen(Lnx) − 2 · cos(Lnx)] + x[− · sen(Lnx)] + [cos(Lnx)] = 0.
x x x
Seja y2 (x) = y1 (x)v(x) outra solução, então
y2′′ (x) = y1′′ (x)v(x) + 2y1′ (x)v ′ (x) + y1 (x)v ′′ (x), y2′ (x) = y1′ (x)v(x) + y1 (x)v ′ (x)
3. y ′′ + y = 0; y1 = cos x
Verifiquemos que y1 = cos x é a solução da equação. Com efeito, y1′ = −senx; y1′′ =
− cos x, substituindo resulta: − cos x + cos x = 0. Seja y2 (x) = y1 (x)v(x) outra
solução, então
y2′′ (x) = y1′′ (x)v(x) + 2y1′ (x)v ′ (x) + y1 (x)v ′′ (x), y2 (x) = y1 (x)v(x)
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 281
4. (1 − x2 )y ′′ − 2xy ′ + 2y = 0; y1 = x
É imediato que y1 = x seja solução da equação.
Seja y2 (x) = y1 (x)v(x) = xv(x) outra solução, então
x2 [y1 v ′′ + 2y1′ v ′ + y1′′ v] + 2x[y1 v ′ + y1′ v] − 6y1 v = 0 ⇒ v[x2 y1′′ + 2xy1′ − 6y1 ] = 0
1
v ′′ x + 6v ′ = 0 ⇒ Lnv ′ = −6Lnx ⇒ v ′ = x−6 ⇒ v(x) = − x−5
5
1
logo y2 (x) = − x−5 x2
5
1
Portanto, a solução geral da equação em (0, +∞) é y = C1 x2 − C2 x−3 .
5
282 Christian José Quintana Pinedo
6. x3 y ′′ + x2 y ′ + xy = 0; y1 = sen(Lnx)
1
Verifiquemos que sen(Lnx) é a solução da equação. Com efeito, y1′ = · cos(Lnx);
x
1 1
y1′′ = − 2 · cos(Lnx) − 2 · sen(Lnx), substituindo em x3 y ′′ + x2 y ′ + xy = 0 resulta:
x x
1 1 1
x3 [− 2 · cos(Lnx) − 2 · sen(Lnx)] + x2 [ · cos(Lnx)] + x[sen(Lnx)] = 0.
x x x
Seja y2 (x) = y1 (x)v(x) outra solução, então
y2′′ (x) = y1′′ (x)v(x) + 2y1′ (x)v ′ (x) + y1 (x)v ′′ (x), y2′ (x) = y1′ (x)v(x) + y1 (x)v ′ (x)
7. x2 y ′′ + xy ′ = 0; y1 = 1
É imediato que y1 = 1 seja solução da equação.
Seja y2 (x) = y1 (x)v(x) = v(x) outra solução, então y2′′ (x) = y1 (x)v ′′ (x), y2′ (x) =
y1 (x)v ′ (x).
Substituindo as expressões y ′ e y ′′ e simplificando resulta
v ′′ (x) 1 1
′
=− ⇒ Ln[v ′ (x)] = −Lnx ⇒ v ′ (x) = ⇒ v(x) = Lnx
v (x) x x
logo y2 (x) = Lnx.
Portanto, a solução geral da equação em R é y = C1 + C2 Lnx.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 283
8. x2 y ′′ − 4xy ′ + 6y = 0; y1 = x2
É imediato que y1 = x2 seja solução da equação.
Seja y2 (x) = y1 (x)v(x) = x2 v(x) outra solução, então
y2′′ (x) = 2v(x) + 4xv ′ (x) + x2 v ′′ (x), y2′ (x) = 2xv(x) + x2 v ′ (x)
9. x2 y ′′ + 3xy ′ = 0; y1 = 1
É imediato que y1 = 1 seja solução da equação.
Seja y2 (x) = y1 (x)v(x) = v(x) outra solução, então y2′′ (x) = y1 (x)v ′′ (x), y2′ (x) =
y1 (x)v ′ (x).
Substituindo as expressões y ′ e y ′′ e simplificando resulta
v ′′ (x) 3 1 1
′
=− ⇒ Ln[v ′ (x)] = −3Lnx ⇒ v ′ (x) = ⇒ v(x) = −
v (x) x x3 2x2
1
logo y2 (x) = − .
2x2
1
Portanto, a solução geral da equação em R, x > 0 é y = C1 − C2 .
2x2
10. x2 y ′′ − 2xy ′ + 2y = 0; y1 = x
É imediato que y1 = x seja solução da equação.
Seja y2 (x) = y1 (x)v(x) = xv(x) outra solução, então
v[2(x + 1)2 y1′′ − 4(x + 1)y1′ + 4y1 ] + 2(x + 1)2 y1 v ′′ + 2y1′ v ′ 2(x + 1)2 − 4(x + 1)y1 v ′ = 0
dv ′ 2 1
(x + 1)v ′′ + 2v ′ = 0 ⇒ ′
=− dx ⇒ v=−
v (x + 1) (x + 1)
1
logo y2 (x) = − (x + 1)2 = −(x + 1)
(x + 1)
Portanto, a solução geral da equação em (−1, +∞) é y = C1 (x + 1)2 − C2 (x + 1).
Exercı́cio 3.4.5.
√ √
Se y1 = x−1 cos x e y2 = x−1 senx formam un conjunto linearmente independente
1
e são soluções de x2 y ′′ + xy ′ + (x2 − )y = 0. Achar a solução geral para x2 y ′′ + xy ′ +
4
1 √
(x − )y = x .
2 3
4
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 285
1 1
A equação na forma canônica é y ′′ + y ′ + (1 − 2 )y = 0.
√ x√ 4x
Verifiquemos se y1 = x−1 cos x e y2 = x−1 senx formam un conjunto linearmente
independente. Então:
√ √
x−1 cos x x−1 senx
√ √ √
ω = 1 −3 1 √ −3 = x−1 ̸= 0
− x cos x − x−1 senx x−1 cos x − x senx
2 2
y2 · b(x) y1 · b(x)
Sabemos que u′1 (x) = − e u′2 (x) = então
ω ω
√ √
y · b(x) x−1 senx · x3
u′1 (x) = −
2
=− = −x2 senx
ω x−1
√ √
′ y1 · b(x) x−1 cos x · x3
u2 (x) = = −1
= x2 cos x
ω x
∫
u1 (x) = − x2 senxdx = x2 cos x − 2xsenx − 2 cos x
∫
u2 (x) = x2 cos xdx = x2 senx + 2x cos x − 2senx
√
A solução particular
√ é: yp = [x2
cos
√ x − 2xsenx
√ − 2 cos x] x−1 cos x + [x2 senx +
2x cos x − 2senx] x−1 senx] isto é yp = x2 x−1 − 2 x−1 √ √
Portanto, a solução geral é y(x) = C1 x−1/2 cos x + C2 senx + x2 x−1 − 2 x−1 .
Exercı́cio 3.4.6.
Se y1 = x e y2 = ex formam un conjunto linearmente independente e são soluções da
homogênea associada à ED (x − 1)y ′′ + xy ′ − y = 2(x − 1)2 e−x ; 0 < x < 1. Achar a
solução geral.[12]
Solução.
x 1
A equação na forma canônica é y′ −y ′′ + y = 2(x − 1)e−x .
(x − 1) (x − 1)
Verifiquemos se y1 = x e y2 = ex formam un conjunto linearmente independente.
Então:
x ex
ω = = (x − 1)ex ̸= 0
1 ex
y2 · b(x) y1 · b(x)
Sabemos que u′1 (x) = − e u′2 (x) = então
ω ω
y2 · b(x) ex · 2(x − 1)e−x
u′1 (x) = − =− = −2e−x ⇒ u1 (x) = 2e−x
ω (x − 1)ex
y1 · b(x) x · 2(x − 1)e−x 1
u′2 (x) = = = 2xe−2x u2 (x) = −xe−2x − e−2x
⇒
ω (x − 1)ex 2
1 1
A solução particular é: yp = x · 2e−x + ex [−xe−2x − e−2x isto é yp = xe−x − e−x ]
2 2
−x 1 −x
Portanto, a solução geral é y(x) = C1 x + C2 e + xe − e .
x
2
286 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 3.4.7.
Para x > 1 considere a seguinte equação diferencial
(x − 1)2
(x4 − x3 )y ′′ + (2x3 − 2x2 − x)y ′ − y =
x
1. Achar a solução geral da homogênea sabendo que uma de suas soluções é y1 = e1/x
Solução.
1 1/x
1. Verifiquemos que y1 = e1/x é a solução da equação. Com efeito, y1′ = − e ; y1′′ =
x2
2x4 + x3
e1/x ( ), substituindo em resulta:
x3 x4
2x4 + x3 1
(x4 − x3 )e1/x ( 3 4
) − (2x3 − 2x2 − x) 2 e1/x − e1/x =
xx x
[ 4 ]
1/x (x − x )(2x + x )
3 4 3
1
=e − (2x − 2x − x) 2 − 1 =
3 2
x3 x4 x
[ ]
= e1/x (2x8 − x7 − x6 ) − (2x3 − 2x2 − x)x5 − x3 x4 = 0
1
Lnv ′ = −Ln(x3 − x2 ) + Ln(x) − + 2Ln(x − 1) − 2Ln(x)
x
(x − 1)2 (x − 1) 1 1 1
Lnv ′ = Ln ⇒ v′ = = e−1/x ( 2 − 3 ) ⇒ v = − e−1/x
e1/x (x4 − x3 ) 1/x
e x 3 x x x
1 1
logo y2 (x) = −e1/x · e−1/x = − .
x x
1
Portanto, a solução geral da equação em R − {0} é y = e1/x C1 − C2 .
x
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 287
(x − 1)2 [2x2 − 4x + 1] ′ x − 1
(x4 − x3 )v ′′ + [2x3 − 4x2 + x]v ′ = ⇒ v ′′ + v =
x x2 (x − 1) x4
1
A solução da equação homogênea correspondente é yh = e1/x C1 − C2 . Sabemos
x
1 1
que y1 (x) = e1/x
e y2 (x) = − , e a solução particular yp = u1 (x)e − u2 (x) .
1/x
x x
Pelo método da variação dos parâmetros quando x ̸= 1 segue
1
u′1 (x)e1/x − u′2 (x) = 0
1/x x (x − 1)
2
x
x−1 ⇒ ω(x) = e ̸= 0
1
−u′1 (x) e1/x + u′2 (x)
1
= x5
x2 x2 x4
∫ ∫
e1/x x−1
x4 1
u2 (x) = 2 dx = dx = Ln(x)
e1/x x (x−1)
x5
x
∫
e−1/x 1
Logo, vp = e 1/x
dx − Ln(x).
x x
∫
e−1/x 1
Assim, y2 (x) = y1 (x)v(x) = e 1/x
dx − Ln(x)].
[e 1/x
x x
Portanto, a solução da equação diferencial é:
[ ∫ −1/x ]
e 1
1/x
y = e C1 + C2 e [e 1/x 1/x
dx − Ln(x)]
x x
Exercı́cio 3.4.8.
Um peso de 24 libras preso à extremidade de uma mola que se estende 4 polegadas.
Encontre a equação do movimento se o peso em repouso, é liberado a partir de um ponto
que é de 3 polegadas. na posição de equilı́brio.
Solução.
⇕
1 √
Rpta x(t) = − cos 4 6t.
4
288 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 3.4.9.
Encontrou-se num experimento que um corpo de 4 lb estica uma mola 6 polegadas. O
meio oferece uma resistência ao movimento do corpo numericamente igual a 2, 5 vezes a
velocidade instantânea. Determine a equação do movimento sabendo que o peso está se
desplazando 4 polegadas por baixo da posição de equilı́brio e é solta.
Solução.
Exercı́cio 3.4.10.
Um peso de 32lb estica uma mola 6 polegadas. O peso se move em um ambiente que se
opõe a uma força de amortecimento numericamente igual a β vezes a velocidade instan-
tânea. Determine os valores de β para que o sistema mostre um movimento oscilatório.
Solução.
⇕
Rpta. 0 < β < 16
Exercı́cio 3.4.11.
Uma massa de uma libra, está sujeita a uma mola cuja constante é 9 lb/pie. O meio
oferece resistência ao movimento numericamente igual a 6 vezes a velocidade instantânea.
A massa é liberada desde um ponto que está a 8 polegadas sobre a posição de equilı́brio.
Determinar os valores de v0 a fim de que posteriormente a massa passe a posição de
equilı́brio.
Solução.
⇕
Rta. v0 > 2 pies/sg.
Exercı́cio 3.4.12.
8
Um peso 16 lb estica uma mola em f t. Inicialmente peso a partir do repouso de
3
um ponto que é de 2 f t abaixo da posição de equilı́brio e o movimento posterior é feito
1
em um ambiente que se opõe uma força de amortecimento numericamente igual a da
2
velocidade instantânea. Encontre a equação do movimento se o peso é impulsionado por
uma força externa igual a f (t) = 10 cos 3t
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 289
⇕
√
4 √ 64 47 10
Rpta x(t) = et/2 [− cos 247 t − √ sen t] + (cos 3t + sen3t).
3 3 47 2 3
Exercı́cio 3.4.13.
Uma massa pesa de 4 lb está pendurada no extremo de numa mola. Se a mola se
estica 2 polegadas por causa do peso da massa para em seguida, se mover 6 polegadas
da posição de equilı́brio e ser lançada com uma velocidade inicial de zero, encontrar a
equações diferencial do sistema, considerar que o meio ambiente oferece uma resistência
ao movimento de 6 lb quando a massa tem uma velocidade de 3 f t/s.
Solução.
4 lb 1
A massa m = 2
= slug
32 f t/s 8
F 4 lb
O coeficiente de recuperação k = = = 24(lb/f t)
δ (1/6) f t
6 lb
O coeficiente de fricção b = = 2( lb − s/f t)
3 f t/s
A equação diferencial é
1 ′′
y + 2y ′ + 24y = 0
8
√ √
y(t) = e−8t [C1 cos 128t + C2 sen 128t]
1
Pelas condições iniciais, y(0) = , y ′ (0) = 0 a solução procurada é
2
1 √
y(t) = e−8t cos( 128t + ϕ)
2
Exercı́cio 3.4.14.
Um bloco de 4, 0 Kg está suspenso de uma certa mola, estendendo-a a 16, 0 cm além
de sua posição de repouso. 1. Qual a constante da mola? 2. O bloco é removido e um
corpo de 0, 5 Kg é suspenso da mesma mola. Se está mola for então puxada e solta, qual
o perı́odo de oscilação?
Solução.
⇕
290 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cios 3-5
Exercı́cio 3.5.1.
∑
+∞ ∑
+∞
n−1
Na seguinte expressão de somatória nan x +2 an xn = 0 encontre uma lei de
n=1 n=0
recorrência que relacione o coeficiente an com o primeiro elemento a0 diferente de zero.
Solução.
Para obter uma lei de recorrência que inclua an , será escolhido na expressão da soma-
tória uma potência que a contenha. Pode-se observar que an encontra-se, por exemplo,
no coeficiente de xn−1 .
O coeficiente de xn−1 em toda a expressão é o seguinte:
O primeiro da somatória corresponde a potência xn−1 e o coeficiente é nan . O segundo
coeficiente da somatória da mesma potência xn−1 é 2an−1 .
Portanto, o coeficiente de xn−1 igualado a zero é:
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
nan xn−1 + 2 an x n = 0 ⇔ nan xn−1 + 2 am−1 xm−1 = 0 ⇔
n=1 n=0 n=1 m=1
∑
+∞
2 2
[nan xn−1 + 2an−1 xn−1 ] = 0 ⇒ an = − an−1 ⇒ a1 = − a0 ⇒
n=1
n 1
2 22 23 2n
a2 = − a1 = − a0 ⇒ a3 = (−1)3 a0 ⇒ an = (−1)n a0
2 2! 3! n!
n
2
Portanto, an = (−1)n a0 , ∀n ∈ N.
n!
Exercı́cio 3.5.2.
Determine os pontos singulares das seguintes equações diferenciais.
a) (x − 1)y ′′ − 2y ′ + x2 y = 0
b) xy ′′ + (senx)y = 0
c) xy ′′ + x(x − 1)−1 y ′ + (senx)y = 0
Solução.
a) (x − 1)y ′′ − 2y ′ + x2 y = 0
A equação na forma normalizada y ′′ + p(x)y ′ + q(x) = 0 é:
2 x2
y ′′ − y′ + y=0
(x − 1) (x − 1)
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 291
2
Os coeficientes p(x) = − (x−1)
2 x
e q(x) = (x−1) são funções que estão definidas e são
analı́ticas em x ∈ R exceto nos pontos onde se anula o denominador.
Portanto todos os pontos são ordinários exceto x = 1 que é um ponto singular.
Sendo (x − 1)p(x) = −2 e (x − 1)q (x) = x2 (x − 1) funções analı́ticas em x = 1,
este ponto é singular regular.
b) xy ′′ + (senx)y = 0
A equação na forma normalizada é y ′′ + senx
x
y = 0, onde a expressão senx
x
é uma
função analı́tica mesmo que o denominador se anule em x = 0, já que se elimina ao
estabelecer a série de Taylor
Exercı́cio 3.5.3.
Resolver os seguintes exercı́cios no ponto ordinário x = 0
1. (x + 1)y ′′ − 6y = 0 2. y ′′ − xy = 0
5. (x − 1)y ′′ + y ′ = 0 6. (1 + x2 )y ′′ + 2xy ′ − 2y = 0
Solução.
∑
+∞
′′
1. (x + 1)y − 6y = 0. Em torno de x = 0, supondo y = an xn uma solução, temos
n=0
∑
+∞ ∑
∞
y′ = nan xn−1 , y ′′ = n(n − 1)an xn−2 , substituindo na equação
n=1 n=2
∑
+∞ ∑
+∞
(x + 1)y ′′ − 6y = 0 ⇔ (x + 1) n(n − 1)an xn−2 − 6 an xn = 0 ⇔
n=2 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
n(n − 1)an xn−1 + n(n − 1)an xn−2 − 6 an xn = 0 ⇔
n=2 n=2 n=0
292 Christian José Quintana Pinedo
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
n(n − 1)an x n−1
+ (m + 2)(m + 1)a(m+2) x − 6 m
an xn = 0 ⇔
n=2 m=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞
[ ]
m(m + 1)am+1 x + (n + 2)(n + 1)a(n+2) − 6an xn = 0
m
⇔
m=1 n=0
∑
+∞
[ ]
2a2 − 6a0 + n(n + 1)an+1 + (n + 2)(n + 1)a(n+2) − 6an xn
n=1
n = 4 20a5 +30a6 −6a4 = 0 ⇒ 30a6 = 4a0 −a1 −20a5 ⇒ 10a6 = 17a0 −5a1
3 17 1 3 1
y = a0 [1 + 3x2 − x3 + 2x4 − x5 + x6 + · · · ] + a1 [x − x4 + x5 − x6 + · · · ]
2 10 2 5 2
∑
+∞
′′
2. y − xy = 0. Em torno de x = 0, supondo y = an xn uma solução, temos
n=0
∑
+∞ ∑
+∞
y′ = nan xn−1 , y ′′ = n(n − 1)an xn−2 , substituindo na equação
n=1 n=2
∑
+∞ ∑
+∞
′′
y − xy = 0 ⇔ n(n − 1)an x n−2
−x an xn = 0 ⇔
n=2 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
n(n−1)an xn−2 − an xn+1 = 0 ⇔ (m+3)(m+2)am+3 xm+1 − an xn+1 = 0
n=2 n=0 m=−1 n=0
∑
+∞
an
2a2 + [(n + 3)(n + 2)an+3 − an ]xn+1 = 0 ⇔ an+3 = , a2 = 0
n=0
(n + 3)(n + 2)
a0 a1 a3 1 a0 a4 1 a1
a3 = , a4 = , a5 = 0, a6 = = · , a7 = = ·
3·2 4·3 6·5 6·5 3·2 7·6 7·6 4·3
1 1 a0 1 1 a1
a8 = 0, a9 = · · , a10 = · ·
9·8 6·5 3·2 10 · 9 7 · 6 4 · 3
1 3 1 1 6 1 1 1 9
A solução da equação é y = a0 (1 + x + · x + · · x +
3·2 6·5 3·2 9·8 6·5 3·2
1 4 1 1 7 1 1 1 10
· · · ) + a1 (x + x + · x + · · x + · · · ).
4·3 7·6 4·3 10 · 9 7 · 6 4 · 3
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 293
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
′′ ′
(x +1)y +6xy +6y = 0 ⇔ (x +1)
2 2
n(n−1)an x n−2
+6x nan x n−1
+6 an xn = 0
n=2 n=1 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
n(n − 1)an xn−2 + n(n − 1)an xn + 6nan xn + 6an xn = 0 ⇔
n=2 n=2 n=1 n=0
∑
∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
∞
(m + 2)(m + 1)am+2 x + m
n(n − 1)an x + n
6nan x + n
6an xn = 0 ⇔
m=0 n=2 n=1 n=0
∑
+∞
2(a2 + 3a0 ) + 6x(a3 + 2a1 ) + [(n + 2)(n + 1)an+2 + [n(n − 1) + 6n + 6]an ]xn = 0
n=2
n+3
a3 = −2a1 , a2 = −3a0 , an+2 = − an , n = 2, 3, 4, . . .
n+1
5 6 7 8
a4 = − a2 = 5a0 , a5 = − a3 = 3a1 , a6 = − a4 = −7a0 , a7 = − a5 = −4a1
3 4 5 6
10
a8 = 9a0 , a9 = − a7 = 5a1 , a10 = −11a0 , a11 = −6a1 , a12 = 13a0
8
Assim, a2n = (−1)n (2n + 1)a0 , a2n+1 = (−1)n (n + 1)a1 , n = 0, 1, 2, 3, . . .
Portanto, a solução da equação diferencial é:
∑
+∞ ∑
+∞
n 2n
y = a0 (−1) (2n + 1)x + a1 (−1)n (n + 1)x2n+1
n=0 n
4. y ′′ − xy ′ − y = 0
∑
+∞ ∑
+∞
n ′
Em torno de x = 0, supondo y = an x uma solução, temos y = nan xn−1 ,
n=0 n=1
∑
+∞
y ′′ = n(n − 1)an xn−2 , substituindo na equação inicial
n=2
∑
+∞ ∑
∞ ∑
+∞
′′ ′
y − xy − y = 0 ⇔ n(n − 1)an x n−2
−x nan x n−1
− an xn = 0
n=2 n=1 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
n(n − 1)an xn−2 − nan xn − an xn = 0 ⇔
n=2 n=1 n=0
294 Christian José Quintana Pinedo
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
(m + 2)(m + 1)am+2 x − m
nan x −n
an xn = 0 ⇔
m=0 n=1 n=0
∑
+∞
[ ]
2a2 − a0 + (n + 2)(n + 1)an+2 − nan − an xn = 0 ⇒
n=1
1
a1 = a0 , (n + 2)an+2 = an , n = 1, 2, 3, 4, . . .
2
1 1 1 1 1
a3 = a1 , a 4 = a2 = a0 , a5 = a3 = a1 ,
3 4 2×4 5 5×3
1 1 1
a6 = a4 = a0 , a7 = a1 ⇒
6 2×4×6 3×5×7
1 1 1 1 1
an = ··· an−2(j+1) , n ≥ 2(j + 1)
(n) (n − 2) (n − 4) (n − 6) (n − 2j)
∑
+∞ 1 ∑
+∞ 1
Portanto, y = a0 x2n + a1 x2n+1
n=0 2.4.6. · · · (2n) n=0 1.3.5. · · · (2n + 1)
∑
+∞
′′ ′
5. (x − 1)y + y = 0. Em torno de x = 0, supondo y = an xn uma solução, temos:
n=0
∑
+∞ ∑
∞
′ ′′
y = nan x n−1
, y = n(n − 1)an xn−2
n=1 n=2
∑
+∞ ∑
+∞
′′ ′
(x − 1)y + y = 0 ⇔ (x − 1) n(n − 1)an x n−2
+ nan xn−1 = 0
n=2 n=1
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
n(n − 1)an x n−1
− n(n − 1)an x n−2
+ nan xn−1 = 0
n=2 n=2 n=1
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
m(m + 1)am+1 x − m
(m + 2)(m + 1)am+2 x + m
(m + 1)am+1 xm = 0
m=1 m=0 m=0
∑
+∞
[ ]
a1 − 2a2 + (m + 1)2 am+1 − (m + 2)(m + 1)am+2 xm = 0
m=1
logo
(m + 1) 2 1
a1 = 2a2 e am+2 = am+1 , m = 1, 2, 3, · · · ⇒ a3 = a2 = a1
(m + 2) 3 3
3 1 4 1 1 1
a4 = a3 = a1 , a5 = a4 = a1 , a6 = a1 , · · · an = a1
4 4 5 5 6 n
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 295
∑
∞
1 1 1 1
Assim y = an xn = a0 + a1 x + x2 + x3 + x4 + · · · + xn + · · · =
n=0
2 3 4 n
∑
∞ ∫ ∑
∞ ∫
1 1
y = a0 +a1 xn+1 = a0 +a1 n
x = a0 +a1 dx = a0 +a1 Ln|x−1|
n=0
n+1 n=0
1−x
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
n(n − 1)an xn−2 + n(n − 1)an xn + 2 nan xn − 2 an xn = 0
n=2 n=2 n=1 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
(m + 2)(m + 1)an+2 x + m
n(n − 1)an x + 2 n
nan x − 2
n
an xn = 0
m=0 n=2 n=1 n=0
∑
+∞
2a2 −2a0 +6a3 x+2a1 x−2a1 x+ [(n+2)(n+1)an+2 +n(n−1)an +2nan −2an ]xn = 0
m=2
∑
+∞
2(a2 − a0 ) + 6a3 x + [(n + 2)(n + 1)an+2 + (n + 2)(n − 1)an ]xn = 0
n=2
(n − 1)
(n + 2)(n + 1)an+2 + (n + 2)(n − 1)an = 0 ⇒ an+2 = − an
(n + 1)
1 1 2 31 3 531
a4 = − a2 = − a0 , a5 = − a3 , a6 = a0 , a7 = − a5 , a8 = − a0
3 3 4 53 6 753
63 7531 1
a9 = a5 , a10 = a0 ⇒ a2n = a0 , a2n+1 = 0
86 9753 2n − 1
A solução da equação é
1 3 1 6 5 3 1 8 7 5 3 1 10 (−1)n 2n+2
y = a0 (1 + x2 − x4 + x − x + x + +··· + x + ···
3 53 753 9753 2n + 1
1 ∑ ∞ ∑∞
(−1)n 2n+1
= (−1)n x2n ⇒ arctan x = x
1 + x2 n=0 n=0
2n + 1
x2 x3 x4 x5 11x6 x3 x4 x5 6
Rpta y = a0 (1 − 2
+ 6
− 12
− 40
+ 6!
· · · ) + a1 (x − 6
+ 12
− 60
− + 360
x
···)
Exercı́cio 3.5.4.
Resolver y ′′ − xy ′ = e−x em torno de x = 0.
Solução.
∑
+∞
Em torno de x = 0, supondo y = an xn uma solução, temos
n=0
∑
+∞ ∑
+∞
′ ′′
y = nan x n−1
, y = n(n − 1)an xn−2
n=1 n=2
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
(−1)n
′′ ′ −x
y − xy = e ⇔ n(n − 1)an x n−2
−x nan x n−1
= xn
n=2 n=1 n=0
n!
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
(−1)n
(m + 2)(m + 1)am+2 x − m
nan x = n
xn
m=0 n=1 n=0
n!
∑
+∞ ∑
+∞
(−1)n n
2a2 + [an+2 (n + 2)(n + 1) − nan ]x = 1 +
n
x
n=1 n=1
n!
(−1)n
2a2 = 1 e an+2 (n + 2)(n + 1) − nan =
n!
logo
1 n (−1)n
a2 = e an+2 = an +
2 (n + 2)(n + 1) n!(n + 2)(n + 1)
1 1 2 1 1 3 1 1 1
a3 = a1 − , a4 =
a2 + = , a5 = a3 − = a1 −
6 6 12 24 8 20 120 40 30
4 1 4 1 13
a6 = a4 + = + = ,
30 30 × 4! 30 × 8 30 × 4! 30 × 4!
∑
+∞
Assim y = an xn = a0 + a1 x + a2 x2 + a3 x3 + a4 x4 + · · · + an xn + · · · =
n=0
( ) ( )
1 1 1 1 1 1
y = a0 + a1 x + x2 + a1 − x + x4 +
3
a1 − x5 + · · · +
2 6 6 8 40 30
Exercı́cio 3.5.5.
Dada a equação diferencial y ′′ + xy ′ + y = 0.
1. Determine duas soluções linearmente independentes y1 (x) e y2 (x)
1.
2.
3.
4.
x2 x4 x6 x3 x5 x7
Rpta y1 (x) = 1 − 2!
+ 2.4
− 2.4.6
+ ···, y2 (x) = x − 3
+ 3.5
− 3.5.7
+ ···
Exercı́cio 3.5.6.
Resolver o pvi y ′′ + xy ′ + (2x − 1)y = 0; y(−1) = 2, y ′ (−1) = −2, mediante séries
de Taylor.
Solução.
∑
+∞
Em torno de x = −1, supondo y = an (x+1)n uma solução, consideremos t = x+1,
n=0
dy dy d2 y d2 y ∑ ∑ +∞ +∞
n
logo = , = assim, temos y = a n (x + 1) = an tn
dx dt dx2 dt2 n=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞
y′ = nan tn−1 , y ′′ = n(n − 1)an tn−2
n=1 n=2
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
′′ ′
y +xy +(2x−1)y = 0 ⇔ n(n−1)an t n−2
+(t−1) nan t n−1
+(2t−3) an tn = 0
n=2 n=1 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
n(n − 1)an t n−2
+ nan t −
n
nan t n−1
+ 2an t n+1
− 3an tn = 0
n=2 n=1 n=1 n=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
(k + 2)(k + 1)ak+2 t + k
nan t −
n
(k + 1)ak+1 t + k
2ak−1 t − k
3an tn = 0
k=0 n=1 k=0 k=1 n=0
∑
+∞
2a2 − a1 − 3a0 + [(n + 2)(n + 1)an+2 + nan − (n + 1)an+1 + 2an−1 − 3an ]tn = 0
n=1
1 1 1 3 1
n=1 ⇒
a3 = a2 + a1 − a0 = a1 + a0
3 3 3 6 6
6a3 − 4a1 + 2a2 3a1 + a0 − 4a1 + a1 + 3a0 1
n=2 ⇒ a4 = = = a0
24 24 8
6a4 − 2a2 + a3 9 61
n = 3 ⇒ a5 = =− a1 − a0
20 120 250
∑
+∞
Assim y = an tn = a0 + a1 t + a2 t2 + a3 t3 + a4 t4 + · · · + an tn + · · ·
n=0
[ ] [ ] [ ]
1 3 3 1 1
y = a0 + a1 t + a1 + a0 t + a1 + a0 t + a0 t4 + a5 t5 + · · ·
2 3
2 2 6 6 8
3 1 1 61 5 1 3 9 5
y(t) = a0 [1 + t2 + t3 + t4 − t + · · · ] + a1 [t + t2 + t3 − t ] + ···
2 6 8 250 2 6 120
Quando x = −1 ⇒ t = 0
y(0) = a0 [1 + 0] + a1 [0] = 2 ⇒ a0 = 2
1 1 61 3 9
y ′ (t) = a0 [3t + t2 + t3 − t4 + · · · ] + a1 [1 + t + t2 − t4 ] + · · ·
2 2 50 2 24
y ′ (0) = a0 [0] + a1 [1 + 0] = −2 ⇒ a1 = −2
Portanto, a solução da equação diferencial é:
3 1 1 61
y(t) = 2[1 + (x + 1)2 + (x + 1)3 + (x + 1)4 − (x + 1)5 + · · · ]−
2 6 8 250
1 3 9
−2[(x + 1) + (x + 1)2 + (x + 1)3 − (x + 1)5 ] + · · ·
2 6 120
Exercı́cio 3.5.7.
Resolvendo mediante séries, mostre que a solução de (x−1)y ′′ −xy ′ +y = 0; y(0) =
−2, y ′ (0) = 6 é y = 8x − 2ex
Solução.
Exercı́cio 3.5.8.
Resolver (x2 − 1)y ′′ + 3xy ′ + xy = 0, y(0) = 4; y ′ (0) = 6.
Solução.
∑
+∞
Em torno de x = 0, supondo y = an xn uma solução, temos
n=0
∑
+∞ ∑
+∞
y′ = nan xn−1 , y ′′ = n(n − 1)an xn−2
n=1 n=2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 299
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
(x2 − 1) n(n − 1)an xn−2 + 3x nan xn−1 + x an xn = 0
n=2 n=1 n=0
]
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
n(n − 1)an x − n
n(n − 1)an xn−2
+3 n
nan x + an xn+1 = 0
n=2 n=2 n=1 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
n(n − 1)an x − n k
(k + 2)(k + 1)ak+2 x + 3 nan x +n
ak−1 xk = 0
n=2 k=0 n=1 k=1
∑
+∞
−2a2 − 6a3 x + 3a1 x + a0 x + [n(n + 2)an − (n + 2)(n + 1)an+2 + an−1 ]xn ⇒
n=2
] [ [ ] [ ]
1 1 1 3 1
3
2
y(x) = a0 + a1 x + (0)x + a1 + a0 x + a1 x + a1 + a0 x5 + · · ·
4
2 6 12 8 8
[ ] [ ]
x3 x5 x3 x4 3x5
y(x) = a0 1+ + + · · · + a1 x + + + + ···
6 8 2 12 8
Pelos dados iniciais:
∑
+∞
Em torno de x = 0, supondo y = an xn uma solução, temos
n=0
∑
+∞ ∑
+∞
′ ′′
y = nan x n−1
, y = n(n − 1)an xn−2
n=1 n=2
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
(x2 − 1) n(n − 1)an xn−2 + 4x nan xn−1 + 2 an xn = 0
n=2 n=1 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
n(n − 1)an x − n
n(n − 1)an x n−2
+4 n
nan x + 2 an xn = 0
n=2 n=2 n=1 n=0
∑
+∞
2[a0 − a2 ] + [6a1 − 6a3 ]x + [n(n − 1)an − (n + 2)(n + 1)an+2 + 4nan + 2an ]xn = 0
n=2
∑
+∞
2[a0 − a2 ] + [6a1 − 6a3 ]x + [(n + 2)(n + 1)an − (n + 2)(n + 1)an+2 ]xn = 0
n=2
∑
+∞ ∑
+∞
a0 a1 x
2n
y(x) = a0 x + a1 x2n+1 = +
n=0 n=0
1−x 2 1 − x2
Exercı́cio 3.5.10.
Resolver o pvi (t2 − 2t − 3)y ′′ + 3(t − 1)y ′ + y = 0; y(1) = 4, y ′ (1) = 1.
Solução.
d2 y dy
(x2 − 4) 2
+ 3x + y = 0, ; y(0) = 4, y ′ (0) = 1
dx dt
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 301
∑
+∞ ∑
∞ ∑
∞ ∑
∞
an (n − 1)x + 3
n n
an nx + an x − 4
n
an+2 (n + 1)(n + 2)xn = 0
n=0 n=0 n=0 n=0
Note-se que foram integrados os fatores dentro dos somatórios antes de mexer-se com
os ı́ndices. A relação de recorrência que se obtém é
(n + 1)
an+2 = an , n≥0
4(n + 2)
Podemos observar que tanto a0 quanto a1 ficam livres para poder introduzir as condi-
ções iniciais. Podemos então obter as soluções linearmente independentes.
Para obter y1 , suponhamos a0 = 1 e a1 = 0, logo a2n+1 = 0 de onde
1 3 4 5 6
y1 = 1 + x2 + x + x + ...
8 128 1024
Para obter y2 , suponhamos a0 = 0 e a1 = 1, logo a2n = 0 de onde
1 1 1 7
y2 = x + x 3 + x 5 + x + ...
6 30 140
A solução geral é y = C1 y1 + C2 y2 . Para as condições iniciais tem-se
1 1 3
y = 4y1 + y2 = 4 + x + x2 + x3 + x4 + . . .
2 6 32
retornando à variável t, como x = t − 1 segue que a solução é
1 1 3
y(t) = 4 + (t − 1) + (t − 1)2 + (t − 1)3 + (t − 1)4 + . . .
2 6 32
Exercı́cio 3.5.11.
Resolver o pvi y ′′ − xy = 0; y(0) = 0, y ′ (0) = 1 mediante série de potências.
Solução.
Exercı́cio 3.5.12.
Usar o método de Frobenius para determinar a solução da equação de Bessel de ordem
s
x2 y ′′ + xy ′ + (x2 − s2 )y = 0
Solução.
Exercı́cio 3.5.13.
Determine a solução da equação de Bessel de ordem zero x2 y ′′ + xy ′ + x2 y = 0.
Solução.
302 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 3.5.14.
∫∞
e−x dx como uma função gamma.
2
Exprima
0
Solução.
Exercı́cio 3.5.15.
A equação de Legendre de ordem α é: (1 − x2 )y ′′ − 2xy ′ + α(α + 1)y = 0; α > 1.
Mostrar que:
1. Mostrar que as fórmulas de recorrência são:
(−1)n α(α − 2)(α − 4) . . . (α − 2n + 2)(α + 1)(α + 3) . . . (α + 2n − 1)
a2n = a0
(2n)!
(−1)n (α − 1)(α − 3) . . . (α − 2n + 1)(α + 2)(α + 4) . . . (α + 2n)
a2n+1 = a1
(2n + 1)!
2. As soluções linearmente independentes são
∑
∞ ∑
∞
n 2n
y1 = a 0 (−1) a2n x e y2 = a1 (−1)n a2n+1 x2n+1
n=0 n=0
onde a2n e a2n+1 são as frações determinadas na parte primeira sem (−1)n .
3. Se α é um inteiro não negativo e par então a2n = 0 para 2n > k; mostrar que y1 é um
polinômio de grau k e y2 é uma série infinita. Se alpha é um inteiro não negativo
e ı́mpar então a2n+1 = 0 para 2n + 1 > k; mostrar que y2 é um polinômio de grau k
e y1 é uma série infinita.
4. É costume considerar a constante arbitrária (a0 ou a1 segundo seja o caso) de tal modo
(2n)!
que o coeficiente de xn no polinômioy1 ou y2 (segundo seja o caso) seja e é
2(n!)2
chamado de polinômios de Legendre Pn (x).Mostrar que
∑
N
(−1)k (2n − 2k)! n
Pn (x) = xn−2k onde N = [| |]
k=0
2n k!(n − k)!(n − 2k)! 2
1. x2 y ′′ + xy ′ − y = 0
Tem-se p(x) = x2 , q(x) = x, r(x) = −1, por outro lado
xq(x) x2 x2 r(x) x2 (−1)
lim = lim 2 = 1 e lim = lim = −1
x→0 p(x) x→0 x x→0 p(x) x→0 x2
segue que x = 0 é um ponto singular regular de modo que, existe uma solução tipo
Frobenius.
∑
+∞
s
O método de Frobenius afirma que existe um solução da forma: y(x) = x an x n ,
n=0
onde s é um número a determinar. Derivando em relação a x
∑
+∞ ∑
+∞
′ ′′
y (x) = (n + s)an x n+s−1
e y (x) = (n + s − 1)(n + s)an xn+s−2
n=0 n=0
∑
+∞
[(n + s − 1)(n + s) + (n + s) − 1] an xn+s = 0
n=0
∑
+∞
(s − 1)a0 x +
2 s
[n2 + 2ns + s2 − 1]an xn+s = 0
n=1
.
O polinômio indicial é (s2 − 1) = I(s), é quadrático em s, como a0 ̸= 0 segue que
s = 1 e s = −1 são raizes indiciais. Consideremos a raiz s = 1.
Como, [n2 + 2n]an = 0 ⇒ an = 0 se n ≥ 1, logo nossa primeira solução geral é
∑
+∞ ∑
+∞
y1 = x1 an xn = a0 x e y2 = y1 Lnx + x−1 an xn = a0 xLn(x) + a0 x−1 .
n=0 n=0
−1
Portanto, y = a0 x + a0 xLn(x) + a0 x é a solução procurada.
2. x2 y ′′ − 5xy ′ + 6y = 0
O ponto x = 0 é um ponto singular e, portanto, não pode ser usado o método das
séries. Para determinar se x = 0 é ponto singular regular, como p(x) = x2 , q(x) =
−5x, r(x) = 6, calculámos:
xq(x) −5x2 x2 r(x) 6x2
lim = lim = −5 e lim = lim 2 = 6
x→0 p(x) x→0 x2 x→0 p(x) x→0 x
segue que x = 0 é um ponto singular regular de modo que, existe uma solução tipo
∑
+∞
s
Frobenius da forma y = x an xn . Derivando em relação a x
n=0
∑
+∞ ∑
+∞
y ′ (x) = (n + s)an xn+s−1 e y ′′ (x) = (n + s − 1)(n + s)an xn+s−2
n=0 n=0
304 Christian José Quintana Pinedo
∑
+∞
[(n + s − 1)(n + s) − 5(n + s) + 6]an xn+s = 0
n=0
∑
+∞
(s2 − 5s + 6)a0 xs + [(n + s − 1)(n + s) − 5(n + s) + 6]an xn+s = 0
n=1
.
O polinômio indicial é (s2 − 5s + 6) = I(s), é quadrático em s, como a0 ̸= 0 segue
que λ1 = 2 e λ2 = 3 são raizes da equação indicial.
∑
+∞ ∑
+∞
2 n
Com λ1 = 2 nossa primeira solução geral é y1 = x an x = an xn+2 . Assim,
n=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞
y1′ = an (n + 2)xn+1 e y1′′ = an (n + 2)(n + 1)xn .
n=0 n=0
Assim, substituindo na equação:
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
x 2
an (n + 2)(n + 1)x − 5x
n
an (n + 2)x n+1
+6 an xn+2 = 0
n=0 n=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
an (n + 2)(n + 1)xn+2 − 5 an (n + 2)xn+2 + 6 an xn+2 = 0
n=0 n=0 n=0
∑
+∞
[(n + 2)(n + 1) − 5(n + 2) + 6]an xn+2 = 0
n=0
a fórmula de recorrência para n = 0, 1, 2, 3, · · · é:
[(n + 2)(n + 1) − 5(n + 2) + 6]an = 0 ⇔ [n2 − 2n − 2]an = 0 ⇒ an = 0, n ≥ 1
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
bn (n + 3)(n + 2)x n+3
−5 bn (n + 3)x n+3
+6 bn xn+3 = 0
n=0 n=0 n=0
∑
+∞
[(n + 3)(n + 2) − 5(n + 3) + 6]bn xn+3 = 0
n=0
1
m=4 ⇒ [3a0 − a2 − 3a4 ]x = 0
a4 = a0 − a2 ⇒
3
1
m = 5 ⇒ [a1 − 3a5 ]x2 = 0 ⇒ a5 = a1
3
1 1 1
m = 6 ⇒ [a4 − 3a6 ]x3 = 0 ⇒ a6 = a4 = a0 − a2
3 3 9
2 2
m = 7 ⇒ [2a5 − 3a7 ]x4 = 0 ⇒ a7 = a5 = a1
3 9
1 2 2
m = 8 ⇒ [a4 + 3a6 − 3a8 ]x5 = 0 ⇒ a8 = a6 + a4 = a0 − a2
3 3 9
4 14
m = 9 ⇒ [3a5 + 4a7 − 3a9 ]x6 = 0 ⇒ a9 = a5 + a7 = a1
3 27
m = 10 ⇒ [6a6 + 5a8 − 3a10 ]x7 = 0
aaaaaaaaaaa
zzzzzzzzzzzzzzzz
∑
+∞
Portanto, y = C1 a0 x2 + C2 bn xn−3 + C2 a0 x2 · Lnx é a solução geral pelo método
n=0
de Frobenius.
3. xy ′′ + y ′ = 0
ffffffffffff
⇕
306 Christian José Quintana Pinedo
xq(x) x x2 r(x) x2 · 0
lim = lim = 1 e lim = lim =0
x→0 p(x) x→0 x x→0 p(x) x→0 x
segue que x = 0 é um ponto singular regular de modo que, existe uma solução tipo
∑
+∞
Frobenius da forma y = xs an xn . Derivando em relação a x
n=0
∑
+∞ ∑
+∞
′ ′′
y (x) = (n + s)an x n+s−1
e y (x) = (n + s − 1)(n + s)an xn+s−2
n=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞
x (n + s − 1)(n + s)an x n+s−2
+ (n + s)an xn+s−1 = 0
n=0 n=0
∑
+∞
[(n + s − 1)(n + s) + (n + s)]an xn+s−1 = 0
n=0
∑
+∞
s−1 s
[(s−1)s+s)]a0 x +[s(1+s)+(1+s)]a1 x + [(n+s−1)(n+s)+(n+s)]an xn+s−1 = 0
n=2
∑
+∞
(s2 + s + 6)a0 xs + [(n + s − 1)(n + s) + 2(n + s) + 6]an xn+s = 0
n=1
4. xy ′′′ = 2y ′
6. x2 y ′′′ − 3xy ′′ + 3y ′ = 0
10. x2 y ′′ + 3xy ′ + y = 0
Tem-se p(x) = x2 , q(x) = 3x, r(x) = 1, por outro lado
segue que x = 0 é um ponto singular regular de modo que, existe uma solução tipo
∑
+∞
s
Frobenius da forma y = x an xn . Derivando em relação a x
n=0
∑
+∞ ∑
+∞
y ′ (x) = (n + s)an xn+s−1 e y ′′ (x) = (n + s − 1)(n + s)an xn+s−2
n=0 n=0
∑
+∞
[(n + s − 1)(n + s) + 3(n + s) + 1]an xn+s = 0
n=0
∑
+∞
2
(s + 2s + 1)a0 x + [(n + s − 1)(n + s) + 3(n + s) + 1]an xn+s = 0
s
n=1
.
O polinômio indicial é (s2 + 2s + 1) = I(s), é quadrático em s, como a0 ̸= 0 segue
que s = −1 é raiz indicial dupla.
Como, [(n + s − 1)(n + s) + 3(n + s) + 1]an = 0 ⇒ n2 a n = 0 ⇒ an = 0 se
∑
+∞
−1
n ≥ 1, logo nossa primeira solução geral é y1 = x an xn = a0 x−1 .
n=0
∑
+∞
Sendo as raizes iguais, segue y2 = y1 Lnx + x−1 an xn = a0 x−1 Lnx + x−1 a0
n=0
1
Portanto, y= [2a0 + a0 Lnx] é a solução geral pelo método de Frobenius.
x
Exercı́cio 3.5.17.
x2 + 2 ′ (x2 + 2)
Dada a equação y ′′ + y − y=0
x x2
a) Encontre uma solução analı́tica em x = 0.
b) Encontre outra solução analı́tica em x = 0 linearmente independente da anterior re-
duzindo o pedido.
Exercı́cio 3.5.18.
Dada a equação diferencial xy ′ + y ′ − 4y = 0, determine o desenvolvimento em série
de potências de x de uma solução y1 (x) da mesma. Utilizando o método da redução da
ordem, achar os primeiros termos de uma segunda solução linearmente independente com
a primeira.
Solução.
⇕
308 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 3.5.19.
1
Resolver a equação (x2 − 1)y ′′ + 4xy ′ + 2y = em torno de x = 0. Determine as
x
soluções homogêneas desta equação em termos de séries . Para achar a solução particular
utilizar variação de parâmetros.
Solução.
Exercı́cio 3.5.20.
Mediante o método de Bessel resolva as seguintes equações:
1
a) 4x2 y ′′ + 4xy ′ + (x2 − 3)y = 0 b) y ′′ + y ′ + y = 0
x
Solução.
Exercı́cio 3.5.21.
Dada a equação diferencial x2 y ′′ + xy ′ + (x4 − 1)y = 0 verifique que a mudança
de variável t = x2 transforma numa equação de Bessel, e expresse sua solução geral em
termos de funções de Bessel.
Solução.
Exercı́cio 3.5.22.
A fórmula de Rodriguez para calcular o polinômio de Legendre de grau n é dada por
1 dn 2
Pn (x) = n
· n
(x − 1)n
n!2 dx
1. Mostrar que u = (x2 − 1)n satisfaz a equação diferencial (1 − x2 )u′ + 2nxu = 0.
Derivar ambos os lados para obter (1 − x2 ) + 2(n − 1)xu′ + 2nu = 0
(2n)!
3. Mostre que o coeficiente de xn em v é
n!
Solução.
du du
1. Seja u = (x2 − 1)n ⇒ = 2xn(x2 − 1)n−1 ⇒ −(1 − x2 ) = 2xn(x2 − 1)n .
dx dx
Por outro lado se u = (x2 − 1)n ⇒ 2xnu = 2xn(x2 − 1)n . Somando estas duas
du
igualdades segue (1 − x2 ) + 2xn(x2 − 1)n = 0. Assim
dx
(1 − x2 )u′ + 2xn(x2 − 1)n = 0 (3.23)
d2 u
Também = 2n(x2 − 1)n−1 + 4x2 n(n − 1)(x2 − 1)n−2 .
dx2
Derivando (3.23)
2.
3.
4.
Exercı́cio 3.5.23.
A equação diferencial y ′′ − 2xy ′ + 2αy = 0 é chamada de equação de Hermite de
ordem α.
1. Mostre que as duas soluções em série de potências são:
∑
∞
n 2 α(α − 2) . . . (α − 2n + 2) 2n
n
y1 = 1 + (−1) x
n=1
∑
∞
2n (α − 1)(α − 3) . . . (α − 2n + 1)
y2 = x + (−1)n x2n+1
n=1
310 Christian José Quintana Pinedo
3. O polinômio desta segunda parte denota-se por Hn (x) e é chamado polinômio de Her-
mite quando o coeficiente de xn seja 2n
Solução.
1.
2.
3.
4.
Exercı́cio 3.5.24.
Para as seguintes equações diferenciais, determine a equação indicial e os expoentes
da singularidade (raı́zes indiciais), correspondentes aos pontos singulares regulares que
em cada caso existam.
a) x2 y ′′ + x(x + 1)y ′ − 4y = 0
b) x2 y ′′ + x(senx)y ′ − y = 0
c) (x + 2)x2 y ′′ − xy ′ + (1 + x)y = 0
Solução.
Exercı́cio 3.5.25.
Dada a equação diferencial 2x2 y ′′ − (3x − 2x2 )y ′ − (x + 1)y = 0
Solução.
⇕
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 311
Exercı́cio 3.5.26.
Determine a solução particular da EDO de Ayry, em torno do ponto ordinário x = 1:
′′
y − xy = 0; y(1) = 1, y ′ (1) = 0.
Solução.
do ponto ordinário x = 1: y ′′ − xy = 0; y(1) = 1, y ′ (1) = 0 Rpta
2 3 4 5
y = 1 + (x−1)
2!
+ ()3! + (x−1)
4!
+ 4(x−1)
5!
+ ···
Exercı́cio 3.5.27.
1. Encontre a solução geral da equação y ′′ + 2y ′ + αy = 0 para α > 1, para α = 1
e para α < 1. 2. Determine√ a forma adequada para uma solução particular da equação
′′ ′ −t
y +2y +αy = te sen(t α − 1) para α > 1. 3. Para quais valores de α todas as soluções
tendem a zero quando t → ∞.
Solução.
√
Temos y ′′ + 2y ′ + αy = 0 ⇒ λ2 + 2λ + α = 0 ⇒ λ = −1 ± 1 − α.
Se α > 1, então a solução geral da homogênea é
√ √
yh = C1 e−t cos(t α − 1) + C2 e−t sen(t α − 1)
Se α = 1, então a solução geral da homogênea é yh = C1 e−t + C2 te−t .
Se α < 1, então a solução geral da homogênea é
√ √
yh = C1 e(−1− 1−α)t
+ C2 e(−1+ 1−α)t
Solução. 2.
A forma adequada para uma solução particular quando α > 1 é
√ √
yp = t[(A0 + A1 t)e−t cos(t α − 1) + (B0 + B1 t)e−t sen(t α − 1)]
Solução. 3.
Quando t −→ ∞. √ √
Se α > 1, então y(t) → 0, observemos que cos(t α − 1) e sen(t α − 1) são limitadas,
e e−t → 0
Se α = 1, então y(t) → 0, observe que e−t → 0 e te−t → 0.
Se 0 < α < 1, então y(t) → 0, observe que as duas raı́zes são menores que zero.
Portanto, se α > 0 temos y(t) → 0 quando t → +∞. Para o caso α < 0 nunca
y(t) → 0.
Exercı́cio 3.5.28.
Uma massa de 100 gramas estica uma mola 10 centı́metros. A massa está presa a um
amortecedor viscoso. Suponha que a aceleração da gravidade seja de 103 centı́metros por
segundo ao quadrado. 1. Para quais valores da constante de amortecimento γ o sistema
é super-amortecido, tem um amortecimento crı́tico e é sub-amortecido. 2. Suponha que
o amortecedor exerce uma força de 104 dinas (=gramas × centı́metros por segundos2 )
quando a velocidade é de 10 centı́metros por segundo. Se a massa é puxada para baixo 2
centı́metros e depois é solta, determine a posição x(t) em função do tempo t e faça um
esboço do seu gráfico. Qual o valor do quase perı́odo?
Solução.
⇕
312 Christian José Quintana Pinedo
Miscelânea 3-1
Miscelãnea 3.1.1.
Demonstre que, se um conjunto de funções { y1 (x), y2 (x), y3 (x), . . . , yn−1 (x), yn (x) }
é linearmente dependente num intervalo [a, b] ⊆ R, então seu Wronskiano é identicamente
nulo em [a, b].
Solução.
Sendo {y1 (x), y2 (x), y3 (x), . . . , yn−1 (x), yn (x)} é linearmente dependente num intervalo
[a, b] ⊆ R, podemos supor por exemplo que
α2 y2 (x) + α3 y3 (x) + . . . + αn yn (x) y2 (x) y3 (x) . . . yn−1 (x) yn (x)
α2 y2′ (x) + α3 y3′ (x) + . . . + αn yn′ (x) y2′ (x) y3′ (x) . . . yn−1 ′
(x) yn′ (x)
′′ ′′ ′′ ′′ ′′ ′′ ′′
W = α2 y2 (x) + α3 y3 (x) + . . . + αn yn (x) y2 (x) y3 (x) . . . yn−1 (x) yn (x)
.. .. .. .. .. ..
. . . . . .
α2 y2 (n)(x) + . . . + αn yn (n)(x)
(n) (n)
y2 (x) y3 (x) . . . yn−1 (x) yn (x)
(n) (n)
y2 (x) y (x) y (x) . . . y (x) y (x)
2 3 n−1 n
y2 (x)′
y ′
(x) y ′
(x) . . . y ′
(x) y ′
(x)
2 3 n−1 n
y2′′ (x) y2 (x) y3 (x) . . . yn−1 (x) yn (x) +
′′ ′′ ′′ ′′
W = α2
.. .. .. .. .. ..
. . . . . .
y2 (n)(x) y2(n) (x) y3(n) (x) . . . yn−1 (n)
(x) yn (x)
(n)
y3 (x) y2 (x) y3 (x) . . . yn−1 (x) yn (x)
′
y3 (x) y2′ (x) y3′ (x) . . . yn−1 ′
(x) y ′
(x)
′′ n
y3 (x) y2′′ (x) y3′′ (x) . . . yn−1 ′′
(x) yn (x) + · · · +
′′
+α3
.. .. .. .. .. ..
. . . . . .
(n)
y3 (x) y2(n) (x) y3(n) (x) . . . yn−1 (n)
(x) yn (x)
(n)
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 313
yn (x) y2 (x) y3 (x)
. . . yn−1 (x) yn (x)
yn′ (x) y2′ (x) y3′ (x)
′
. . . yn−1 (x) yn′ (x)
yn′′ (x) y2′′ (x) y3′′ (x)
′′
. . . yn−1 (x) yn′′ (x)
+αn
.. .. .. ..
.. ..
. . . .. .
(n) (n) (n) (n) (n)
yn (x) y2 (x) y3 (x) . . . yn−1 (x) yn (x)
estes determinates têm cada um deles duas colunas iguais, logo cada um deles é zero.
Assim
W = α2 · (0) + α3 · (0) + α4 · (0) + · · · + αn · (0) = 0
Miscelãnea 3.1.2.
Demonstre que, para que o conjunto de funções y1 (x), y2 (x), y3 (x), . . . , yn (x) defini-
das em [a, b] seja linearmente dependente é necessário e suficiente que seu determinante
de Gram seja zero.
Solução.
y1 · (α2 y2 + α3 y3 + . . . + αn yn ) y1 · y2 ··· y1 · yn−1 y1 · yn
y2 · (α2 y2 + α3 y3 + . . . + αn yn ) y2 · y2 ··· y2 · yn−1 y2 · yn
Γ = ..
.
..
.
..
.
..
.
..
.
⇒
yn−1 · (α2 y2 + α3 y3 + . . . + αn yn ) yn−1 · y2 ··· yn−1 · yn−1 yn−1 · yn
yn · (α2 y2 + α3 y3 + . . . + αn yn ) yn · y2 ··· yn · yn−1 yn · yn
α2 y1 · y2 y1 · y2 ··· y1 · yn−1 y1 · yn
α2 y2 · y2 y2 · y2 ··· y2 · yn−1 y2 · yn
Γ = ..
.
..
.
..
.
..
.
..
. +
α2 yn−1 · y2 yn−1 · y2 ··· yn−1 · yn−1 yn−1 · yn
α2 yn · y2 yn · y2 ··· yn · yn−1 yn · yn
314 Christian José Quintana Pinedo
α3 y1 · y3 y1 · y2 · · · y1 · yn−1 y1 · yn
α3 y2 · y3 y2 · y2 · · · y2 · yn−1 y2 · yn
+ ..
.
..
.
..
.
..
.
..
. + ···+
α3 yn−1 · y3 yn−1 · y2 · · · yn−1 · yn−1 yn−1 · yn
α 3 yn · y3 yn · y2 · · · yn · yn−1 yn · yn
α n y1 · yn y1 · y2 ··· y1 · yn−1 y1 · yn
α y ·y y2 · y2 ··· y2 · yn−1 y2 · yn
n 2 n
+ .
.. ..
.
..
.
..
.
..
.
αn yn−1 · yn yn−1 · y2 ··· yn−1 · yn−1 yn−1 · yn
αn yn · yn yn · y2 ··· yn · yn−1 yn · yn
então segue que y2 (x) = βy1 (x) e portanto o conjunto de funções y1 (x), y2 (x), y3 (x), . . . , yn (x)
definidas em [a, b] seja linearmente dependente
Miscelãnea 3.1.3.
Sejam an ̸= 0, an−1 , an−2 , · · · , a2 , a1 , a0 constantes e y1 , y2 , · · · , yn soluções da
equação
an y (n) + an−1 y (n−1) + · · · + a2 y ′′ + a1 y ′ + a0 y = 0
definidas num intervalo I ⊆ R. Demonstre que, uma condição necessária e suficiente
para que as y1 , y2 , · · · , yn sejam linearmente independentes, é que seu Wronskiano seja
não nulo em I.
Solução.
Miscelãnea 3.1.4.
Seja {2x2 + 3x + 1, −x2 + ax + 2, 2x2 + 3x + a − 5} um conjunto de funções. Mediante
o determinante de Gram-Schmidt, determine valores a ∈ R para que o conjunto seja
linearmente independente.
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 315
⇕
⇕
⇕
⇕
Miscelãnea 3.1.5.
Seja {x3 − 4x2 + 2x + 3, x3 + 2x2 − 4x + 1, 2x3 − x2 + 3x − 5} um conjunto de funções.
Mediante o determinante de Gram-Schmidt, determine se o conjunto seja linearmente
independente em R.
Solução.
∫1
71
< y2 , y2 >= (x3 + 2x2 − 4x + 1)(x3 + 2x2 − 4x + 1)dx = ;
105
0
∫1
2591
< y3 , y3 >= (2x3 − x2 + 3x − 5)(2x3 − x2 + 3x − 5)dx =
210
0
∫1
187
< y1 , y2 >=< y2 , y1 >= (x3 + 2x2 − 4x + 1)(x3 − 4x2 + 2x + 3)dx = − ;
210
0
∫1
4541
< y1 , y3 >=< y3 , y1 >= (x3 − 4x2 + 2x + 3)(2x3 − x2 + 3x − 5)dx = −
440
0
∫1
59
< y2 , y3 >=< y3 , y2 >= (x3 + 2x2 − 4x + 1)(2x3 − x2 + 3x − 5)dx = −
210
0
logo
95 187 4541
− −
7 210 440
187 71 59
Γ(y1 , y2 , y3 ) = − − ̸= 0
210 105 210
4541
− −
59 2591
440 210 210
consequentemente, as funções y1 (x), y2 e y3 (x) são linearmente independentes.
Miscelãnea 3.1.6.
Determine a solução geral de cada uma das equações diferenciais.
1. y ′′ − 3y ′ − 2y = 0 2. y ′′ − 3y ′ + 2y = 0 3. 12y ′′ − 5y ′ − 2y = 0
′′′ ′′
4. y + 5y = 0 5. y ′′ + 3y ′ − 5y = 0 6. 8y ′′ + 2y ′ − y = 0
′′ ′
7. 3y + 2y + y = 0 8. 4y ′′′ + 4y ′′ + y ′ = 0 9. y ′′′ − 4y ′′ + 5y = 0
′′′ ′′
10. y + 5y = 0
Solução.
y = e− 2 x [C1 e + C2 e−
3 29 29
x x
A solução geral é 2 2 ].
6. 8y ′′ + 2y ′ − y = 0 ⇒ 8λ2 + 2λ − 1 = 0, resolvendo as raı́zes da equação
1 1
caracterı́stica são λ = e λ = − .
4 2
A solução geral é y = C1 e 4 + C2 e− 2 x .
1 1
x
7. 3y ′′ + 2y ′ + y = 0 ⇒ 3λ 2
√ + 2λ + 1 = √ 0, resolvendo as raı́zes da equação
−1 + i 2 −1 − i 2
caracterı́stica são λ = eλ= .
3 3
√ √
A solução geral é y = C1 e− 3 x cos 23 x + C2 e− 3 x sen 23 x.
1 1
8. 4y ′′′ + 4y ′′ + y ′ = 0 ⇒
4λ3 + 4λ2 + λ = 0, resolvendo as raı́zes da equação
1 1
caracterı́stica são λ = 0, λ = − e λ = − .
2 2
− 12 x
+ C3 xe− 2 x .
1
A solução geral é y = C1 + C2 e
9. y ′′′ − 4y ′′ + 5y = 0 ⇒
λ3 − 4λ 2
√ + 5 = 0, √ resolvendo as raı́zes da equação
5+ 5 5− 5
caracterı́stica são λ = −1, λ = eλ= .
2 2
√ √
y = C1 e−x + C2 e
5+ 5 5− 5
x x
A solução geral é 2 + C3 e 2 .
10. y ′′′ +5y ′′ = 0 ⇒ λ2 (λ+5) = 0, resolvendo as raı́zes da equação caracterı́stica
são λ1 = λ2 = 0 e λ3 = −5.
A solução geral é y = C1 + C2 x + C3 e−5x .
Miscelãnea 3.1.7.
Dada a equação diferencial y ′′ + y = 0. Mediante identificação dos coeficientes,
e supondo sua convergência encontre duas soluções linearmente independente da forma
∑
+∞
y = an xn e logo ache sua solução geral. Expressar a solução geral em termos de
n=0
funções analı́ticas elementares.
Solução.
∑
+∞
A solução a procurar é da forma y= an xn , derivando:
n=0
∑
+∞ ∑
+∞
′ ′′
y = nan x n−1
, y = n(n − 1)an xn−2
n=1 n=2
∑
+∞
1
⇔ [(n + 2)(n + 1)an+2 + an ]xn = 0 ⇒ an+2 = − an , n≥0
n=0
(n + 2)(n + 1)
1
Se n-par, então n = 2m e a2m+2 = − a2m logo
(2m + 2)(2m + 1)
1 1 1 1
a2 = − a0 , a4 = − a2 = (−1)2 a0 = (−1)2 a0
(2)(1) (4)(3) (4)(3)(2)(1) 4!
(−1)n
em geral verifica-se que a2n = a0
(2n)!
1
Se n-ı́mpar, então n = 2m + 1 e a2m+3 = − a2m+1 logo
(2m + 3)(2m + 2)
1 1 1 1
a3 = − a1 , a5 = − a3 = (−1)2 a1 = (−1)2 a1
(3)(1) (5)(4) (5)(4)(3)(1) 5!
(−1)n
em geral verifica-se que a2n+1 = a1
(2n + 1)!
Assim a solução geral da equação é:
∑
+∞
(−1)n ∑
+∞
(−1)n 2n+1
y = a0 x2n + a1 x
n=0
(2n)! n=0
(2n + 1)!
1 1
y ′ = 2C1 e2t + 2C2 te2t + C2 e2t − e−t ⇒ y ′ (0) = 2C1 + C2 − =0 ⇒ C2 = 1
3 3
1 1
Portanto, y = − e2t + te2t + e−t é a solução do pvi.
3 3
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 319
4. 2y ′′ + 2y ′ + y = t2 , y(0) = 0, y ′ (0) = 0
1 1
A resolver 2y ′′ + 2y ′ + y = 0 ⇒ 2λ2 + 2λ + 1 = 0 ⇒ λ = − + i, λ=
2 2
1 1
− − i.
2 2
1 1
A solução geral da homogênea é yh = C1 e− 2 t cos( t) + C2 e− 2 t sen( t).
1 1
2 2
Uma solução particular é da forma yp = A1 t + A2 t + A3 então y ′ = 2A1 t + A2 e
2
1 1
Logo a solução geral da equação é : y = C1 e− 2 t cos( t)+C2 e− 2 t sen( t)+t2 −4t+4.
1 1
2 2
sendo sua derivada
1 1 1 1 1
y ′ = − cos( t)e− 2 t (C1 − C2 ) − e− 2 t sen( t)(C1 + C2 ) + 2t − 4
1
2 2 2 2
1
Das condições iniciais y(0) = C1 +4 = 0 e y ′ (0) = − (C1 −C2 )−4 = 0, C1 =
2
−4, C2 = 4.
1 1
Portanto, y = −4e− 2 t cos( t) + 4e− 2 t sen( t) + t2 − 4t + 4 é a solução particular
1 1
2 2
do pvi.
Miscelãnea 3.1.9.
Resolver as seguintes equações diferenciais:
1. y ′′′ + 3y ′′ + 2y ′ = x2 + 4x + 8
3. y ′′′ + y ′ = csc x
4. 2y ′′′ = xLnx
Solução.
e2 e−x + 1 x3 + 1 x2 + 11 x + C3 .
e1 e−2x + C
Portanto, y(x) = C
6 4 3
2. y ′′′ − y ′′ − 4y ′ + 4y = 2x3 − 4x − 1 + 2x2 e2x + 5xe2x + e2x
A equação caracterı́stica é λ3 − λ2 − 4λ + 4 = 0 ⇒ (λ − 1)(λ − 2)(λ + 2) = 0
A equação homogênea tem como solução yh = C1 e + C2 e2x + c3 e−2x .
x
Para determinar a solução particular zp = u1 (x) · ex + u2 (x) · e2x + u3 (x) · e−2x , temos
que resolver o sistema:
′
u1 (x)ex + u′2 (x)e2x + u′3 (x)e−2x = 0
′ ′ ′ −2x
u (x)e + 2u2 (x)e − 2u3 (x)e
x 2x
= 0
1′ ′ ′ −2x
x 2x
u1 (x)e + 4u2 (x)e + 4u3 (x)e = 2x3 − 4x − 1 + (2x2 + 5x + 1)e2x
(3.25)
O determinante do sistema é:
x
e e 2x
e −2x 1 0 0
x
e 2e2x −2e−2x = ex 1 1 −3 = 12ex
x
e 4e2x 4e−2x 1 3 3
0 e2x e−2x
′ 1
=
u1 (x) = 0 2e2x −2e−2x
12ex 3
2x − 4x − 1 + (2x + 5x + 1)e
2 2x
4e2x 4e−2x
1
u′1 (x) = [e−x (2x3 − 4x − 1) + (2x2 + 5x + 1)ex ]
3
∫
1
u′1 (x) = [e−x (2x3 − 4x − 1) + (2x2 + 5x + 1)ex ]dx
3
u′1 (x) = −e−x (2x3 −4x−1)+(2x2 +5x+1)ex −e−x (6x2 −4)−(4x+5)ex −e−x (12x)+(4)ex −12e−x
1 1
u1 (x) = − e−x [(2x3 −4x−1)−(6x2 −4)−(12x)−12]+ ex [(2x2 +5x+1)−(4x+5)+(4)]
3 3
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 321
1[ x 2 ]
u1 (x) = e [2x + x] − e−x [2x3 + 6x2 + 8x + 7]
3
x
e 0 e−2x
1
u′2 (x) = ex 0 −2e−2x =
12ex x
e 2x − 4x − 1 + (2x + 5x + 1)e
3 2 2x
4e2x
1
u′2 (x) = [(2x3 − 4x − 1)e−2x + (2x2 + 5x + 1)] =
4
∫
1
u2 (x) = [(2x3 − 4x − 1)e−2x + (2x2 + 5x + 1)]dx =
4
∫
1 2 5
u2 (x) = [ (2x3 − 4x − 1)e−2x dx + ( x3 + x2 + x)] =
4 3 2
1 3 1 3 2 5
u2 (x) = [(−x3 − x2 + x + )e−2x + ( x3 + x2 + x)]
4 2 2 4 3 2
x
e e 2x
0
′ 1 x 2x
=
u3 (x) = e 2e 0
12ex x 2x
e 4e 2x
2x − 4x − 1 + (2x + 5x + 1)e
3 2
∫ ∫
1
u3 (x) = [ (2x − 4x − 1)e dx + (2x2 + 5x + 1)e4x dx]
3 2x
12
1 1 1 1
u3 (x) = [ (2x3 − 3x2 − x − )e2x + ( x2 + x)e4x ]
12 2 2 2
1 1
u3 (x) = [(2x3 − 3x2 − x − )e2x + (x2 + 2x)e4x ]
24 2
A equação homogênea tem como solução
1 1
yh = [32x2 + 16x + 4x3 ]e2x − [20x3 + 60x2 + 62x + 52]
24 24
3. y ′′ − y = 1; y é limitada para x → ∞
4. y ′′ − 2y ′ + y = 4e−x ; y → 3 para x → +∞
6. y ′′ + 4y ′ + 3y = 8ex + 9; y → 0 para x → −∞
1
7. y ′′ − y ′ − 5y = 1; y→− para x → +∞
5
8. y ′′ + 4y ′ + 4y = 2ex (senx + 7 cos x); y → 0 para x → −∞
1
⇒ 4A − 4B = 0, 4A + 4B = 1 ⇒ A=B=
8
1 1
Logo a solução geral da equação é y = C1 e2x cos x + C2 e2x senx + cos x + senx.
8 8
Da condição y é limitada para x → +∞, temos C1 = C2 = 0.
1 1
Portanto, a solução y = cos x + senx satisfaz as condições do problema.
8 8
2. y ′′ + 2y ′ + 5y = 4 cos(2x) + sen(2x); y é limitada para x → −∞
A equação homogênea tem como solução yh = C1 e−x cos(2x) + C2 e−x sen(2x).
A solução particular é da forma yp = A cos(2x)+Bsen(2x) de onde yp′ = −2Asen(2x)+
2B cos(2x) e yp′′ = −4A cos(2x) − 4Bsen(2x); Substituindo na equação inicial:
= 4 cos(2x) + sen(2x) ⇒
⇒ 4B + A = 4, B − 4A = 1 ⇒ B = 1, A = 0
3. y ′′ − y = 1; y é limitada para x → +∞
A equação homogênea tem como solução yh = C1 ex + C2 e−x .
A solução particular é da forma yp = A de onde yp′ = 0 e yp′′ = 0; Substituindo
na equação inicial segue que A = −1
Logo a solução geral da equação é y = C1 ex + C2 e−x − 1.
Da condição y é limitada para x → +∞, temos C1 = 0.
Portanto, a solução y = C2 e−x − 1 satisfaz as condições do problema.
4. y ′′ − 2y ′ + y = 4e−x ; y → 0 para x → +∞
A equação homogênea tem como solução yh = C1 ex + C2 xex .
A solução particular é da forma yp = Ae−x de onde yp′ = −Ae−x e yp′′ = Ae−x ;
substituindo na equação inicial:
A − 2(−A) + A = 4 ⇒ A=1
3
Logo a solução geral da equação é y = C1 e−2x + C2 xe−2x + ex cos(x) + ex sen(x).
4
Da condição y é limitada para x → −∞, temos C1 = C2 = 0.
3
Portanto, a solução y = ex cos(x) + ex sen(x) satisfaz as condições do problema.
4
9. y ′′ − 5y ′ + 6y = 2e−2x (9sen(2x) + 4 cos(2x)); y → 0 para x → +∞
A equação homogênea tem como solução yh = C1 e2x + C2 xe3x .
A solução particular é da forma yp = e−2x (Asen(2x) + B cos(2x)) de onde yp′ =
e−2x [(+2A−2B) cos(2x)−(2B+2A)sen(2x)] e yp′′ = e−2x [−8A cos(2x)+8B)sen(2x)].
Substituindo na equação inicial:
12 16
(B − 2A + Ax − 4A + 4B + 4Ax + 4Ax + 4B = (4x + 8) ⇒ A= ,B=
27 27
1
Logo a solução geral da equação é y = C1 e2x + C2 xe2x + (12x + 16)e−x .
27
Da condição y → 0 para x → +∞, temos C1 = C2 = 0.
1
Portanto, a solução y = (12x + 16)e−x satisfaz as condições do problema.
27
326 Christian José Quintana Pinedo
Miscelãnea 3.1.11.
Demonstre que a equação diferencial x2 y ′′ + αxy ′ + βy = 0, onde α, β ∈ R pode
ser transformada em uma equação diferencial de coeficientes constantes com a mudança
x = et . Logo resolver x2 y ′′ + 2xy ′ + 4y = 4sen(Lnx) + 5e2Lnx .
Solução.
dt 1 dy dy dt dy 1
Se x = et então t = Lnx, logo = , assim y ′ = = · = · . Por outro
dx x dx dt dx dt x
lado, [ ] [ ] [ ]
′′ d2 y d dy d dy 1 dt d2 y 1 dy 1
y = 2 = = · = · 2 − 2x ·
dx dx dx dx dt x dx dt x dt x
Substituı́ndo em x2 y ′′ + αxy ′ + βy = 0 segue
[[ ] ] [[ ] ]
dt d2 y 1 dy 1 dt d2 y 1 dy 1
x2
· 2 − 2x · + αx · 2 − 2x · + βy = 0
dx dt x dt x dx dt x dt x
[ ] [ ]
1 d2 y 1 dy 1 dy
x2
· − 2· + αx · + βy = 0 ⇒
x2 dt2 x dt x dt
d2 y dy dy
2
− + α + βy = 0
dt dt dt
2
dy dy
Portanto, + (α − 1) + βy = 0.
dt2 dt
Para a solução da equação x2 y ′′ + 2xy ′ + 4y = 4sen(Lnx) + e2Lnx , com a mudança
d2 y dy
x = e obtemos 2 + (2 − 1) + 4y = 4sent + 5e2t . As raı́zes da equação caracterı́stica
t
√
dt dt
1 15
são: λ = − ± i.
2 2 √ √
A solução da homogênea é yh = C1 e−t/2 cos( 215 t) + C2 e−t/2 sen( 215 t).
A solução particular é da forma yp = A cos t + Bsent + Ce2t
d2 y dy
substituindo em + (2 − 1) + 4y = 4sent + 5e2t segue
dt2 dt
[−A cos t − Bsent + 4Ce2t ] + [−Asent + B cos t + 2Ce2t ] + 4[A cos t + Bsent + Ce2t ] =
= 4sent + 5e2t
2 6 1
[3A + B] cos t + [3B − A]sent + 10Ce2t = 4sent + 5e2t ⇒ A=− , B= , C=
5 5 2
2 6 1
logo, yp = − cos t + sent + e2t .
5 5 √2 √
1 15 15 2 6 x2
Portanto, y = √ [C1 cos( Lnx)+C2 sen( Lnx)]− cos(Lnx)+ sen(Lnx)+
x 2 2 5 5 2
é a solução geral da equação.
Miscelãnea 3.1.12.
Resolver as equações com as mudanças de variável indicadas:
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 327
2. x2 y ′′ + xy ′ + 9y = 3 tan(3Lnx), considere x = et .
Solução.
dt 1 dy dy dt
Se x − 2 = et então t = Ln(x − 2), logo = , assim y ′ = = · =
dx x−2 dx dt dx
dy 1
· . Por outro lado,
dt x − 2
[ ] [ ] [ ]
′′ d2 y d dy d dy 1 dt d2 y 1 dy 1
y = 2 = = · = · 2 − (x − 2) ·
dx dx dx dx dt x − 2 dx dt (x − 2) 2 dt (x − 2)
d2 y dy
substituindo em 2
+ 2 + y = t2 − 5t + 6 segue
dt dt
2A + 2[2At + B] + [At2 + Bt + C] = t2 − 5t + 6 ⇒ A = 1, B = −9, C = 22
1
Portanto, y = [C1 + C2 Ln(x − 2)] + Ln2 (x − 2) − 9Ln(x − 2) + 22.
x−2
2. x2 y ′′ + xy ′ + 9y = 3 tan(3Lnx), considere x = et .
dt 1 dy dy dt dy 1
Se x = et então t = Lnx, logo = , assim y ′ = = · = · . Por outro
dx x dx dt dx dt x
lado, [ ] [ ] [ ]
′′ d2 y d dy d dy 1 dt d2 y 1 dy 1
y = 2 = = · = · 2 − 2x ·
dx dx dx dx dt x dx dt x dt x
Substituı́ndo em x2 y ′′ + xy ′ + 9y = 3 tan(3Lnx) segue
[ ]
dt d2 y 1 dy 1 dy 1
2
x[ · 2 − 2x · ] + x[ · ] + 9y = 3 tan(3Lnx)
dx dt x dt x dt x
328 Christian José Quintana Pinedo
[ ]
1 d2 y 1 dy 1 dy
x2
[ · 2 − 2x ] · + + 9y = 3 tan(3Lnx)
x dt x dt x dt
d2 y dy dy d2 y
− + + 9y = 3 tan(3t) ⇒ + 9y = 3 tan(3t)
dt2 dt dt dt2
As raı́zes da equação caracterı́stica são: λ = 3i e λ = −3i, a solução da homogênea
é yh = C1 cos(3t) + C2 sen(3t).
Para determinar a solução particular yp = u1 (t) · cos(3t) + u2 (t)sen(3t), temos que
resolver o sistema
{
u′1 (x) cos(3t) + u′2 (x)sen(3t) = 0
(3.27)
−3u′1 (x)sen(3t) + 3u′2 (x) cos(3t) = 3 tan(3t)
1
7. y ′′ − 2xy − 2y = x; y(0) = 1, y ′ (0) = −
4
Solução.
Rpta y = 1 − 2x2
1
Rpta y =
1−x
1
5. y ′′ − 2xy ′ − 2y = x; y(0) = 1, y ′ (0) =
4
Rpta y = ex −
2 x
4
Rpta y = 2 + 3x + x2 − 12 x3 − 7 4
12
x − 11 5
120
x − ···
1
7. y ′′ − 2xy − 2y = x; y(0) = 1, y ′ (0) = −
4
x
Rpta y = − + ex
2
4
330 Christian José Quintana Pinedo
Miscelãnea 3.1.14.
Verificar que o ponto x = 0 é um ponto ordinário da equação diferencial y ′′ −xy ′ +y =
0 e encontrar o desenvolvimento em série de potências de x. Determine duas soluções
linearmente independentes , assim como a solução geral em torno desse ponto ordinário.
Solução.
⇕
⇕
Miscelãnea 3.1.15.
Dada a equação diferencial x2 y ′′ + (x2 − 3x)y ′ + 3y = 0, mediante o método de
Frobenius resolva em série de potências de x de uma solução particular, e verificar que
esta solução é da forma xn e−x para um determinado número natural n a determinar.
Solução.
Miscelãnea 3.1.16.
Resolver as seguintes equações pelo método de Frobenius
1. 8x2 y ′′ + 10xy ′ + (x − 1)y = 0 2. x2 y ′′ − x(x + 3)y ′ + 2x2 y = 0
3. x2 y ′′ + (x2 − 2x)y ′ + 2y = 0 4. 4xy ′′ − 2y ′ + y = 0
5. 2xy ′′ + (1 + x)y ′ − 2y = 0 6. 2xy ′′ + (1 + 2x)y ′ + 4y = 0
7. x2 y ′′ + 3xy ′ + (1 − 2x)y = 0 8. xy ′′ − (4 + y)y ′ + 2y = 0
Solução.
10 1
p0 = lim x · p(x) = , q0 = lim x2 · q(x) = −
x→0 8 x→0 8
assim, a equação indicial e suas raı́zes são:
10 1 1 1
r(r − 1) + r − = 0, r1 = , r2 = −
8 8 4 2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 331
∑
+∞
r
A calcular uma solução da forma y=x an xn
n=0
∑
+∞ ∑
+∞
′ ′′
y = (n + r)an x(n+r−1)
, y = (n + r)(n + r − 1)an x(n+r−2)
n=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞
[8(n + r)(n + r − 1) + 10(n + r) − 1]an x(n+r) + an xn+r+1 = 0
n=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞
r (n+r)
[8r(r−1)+10r−1]a0 x + [8(n+r)(n+r−1)+10(n+r)−1]an x + am−1 xm+r = 0
n=1 m=1
⇕
332 Christian José Quintana Pinedo
r(r − 1) − 3r = 0, r1 = 4, r2 = 0
∑
+∞
A calcular uma solução da forma y = xr an xn
n=0
∑
+∞ ∑
+∞
′ ′′
y = (n + r)an x (n+r−1)
, y = (n + r)(n + r − 1)an x(n+r−2)
n=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
(n + r)(n + r − 1)an x (n+r)
− (x + 3) (n + r)an x(n+r)
+2 an xn+r+2 = 0
n=0 n=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
(n + r)[(n + r − 1) − 3]an x(n+r) − (n + r)an xn+r+1 + 2 an xn+r+2 = 0
n=0 n=0 n=0
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
(n + r)(n + r − 4)an xn+r − (m − 1 + r)am−1 xm+r + 2 am−2 xm+r = 0
n=0 m=1 m=2
∑
+∞
r(r − 4)a0 xr + (1 + r)(r − 3)a1 x1+r + (n + r)(n + r − 4)an x(n+r) −
n=2
∑
+∞ ∑
+∞
−ra0 x r+1
− (n − 1 + r)an−1 x n+r
+2 am−2 xm+r = 0
n=2 m=2
∑
+∞
+ [(n + r)(n + r − 4)an − (n − 1 + r)an−1 + 2an−2 ] x(n+r) = 0
n=2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 333
Como r(r −4) = 0 para as raı́zes, do coeficiente de xr segue (1+r)(r −3)a1 −ra0 = 0
e para coeficientes de xn+r tem-se
r (n − 1 + r)an−1 2an−2
a1 = a0 , an = − = 0, n≥2
(1 + r)(r − 3) (n + r)(n − 4 + r) (n + r)(n − 4 + r)
4 n−3 2
a1 = a0 , an = an−1 − an−2
(5)(1) n(n + 4) n(n + 4)
[ ]
−1 2 14
n=2 ⇒ a2 = a1 − a0 = − a0
(2)(6) (2)(6) (2)(6)(5)(1)
0 2 8
n=3 ⇒ a3 = a2 − a1 = − a0
(3)(7) (3)(7) (3)(7)(5)(1)
[ ]
1 2 36
n=4 ⇒ a4 = a3 − a2 = a0 =
(4)(8) (4)(8 (3)(4)(8)(2)(6)(5)(1)
2 2 2
n=5 ⇒ a5 = a4 − a3 = [a4 − a3 ]
(5)(9) (5)(9) (5)(9)
−1 2
n=6 ⇒ a6 = a5 − a4 =
(2)(6) (2)(6)
3. x2 y ′′ + (x2 − 2x)y ′ + 2y = 0
334 Christian José Quintana Pinedo
4. 4xy ′′ − 2y ′ + y = 0
O ponto x = 0 é um ponto singular e, portanto, não pode ser usado o método das
séries. Para determinar se x = 0 é ponto singular regular, calculamos
2x 1 x2
A = lim = B = lim =0
x→0 4x 2 x→0 4x
∑
+∞
[4n(n + 1)an+1 − 2(n + 1)an+1 + an ] xn − 2a1 + a0 = 0
n=1
assim, a fórmula de recorrência quando n ≥ 1 é
4n(n + 1)an+1 − 2(n + 1)an+1 + an = 0
1 (−1)n
Supondo a0 = 1 então a1 = − a0 e tem-se an = a0 , logo a série de potências
2 (2n)!
da primeira solução particular é
∑
+∞
(−1)n √
y1 (x) = = cos x
0
(2n)!
1
Usando a segunda raiz da equação indicial r = a série de potências da segunda
2
solução é:
∑
+∞ ∑
+∞
1 ∑
+∞
1
′ ′′
y= an x n+1/2
, y = (n + )an xn−1/2 , y = (n2 − )an xn−3/2
n=0 n=1
2 n=2
4
∑
+∞ ∑
+∞ ∑
+∞
(4(n + 1) − 1)an+1 x
2 n+1/2
− (2n + 3)an+1 x n+1/2
+ an xn+1/2 = 0
n=1 n=0 n=0
∑
+∞
[ ]
(4(n + 1)2 − 1)an+1 − (2n + 3)an+1 + an xn+1/2 + 3a1 x1/2 + a0 x1/2 = 0
n=1
os soma dos termos quando n = 0 é igual a zero, e as três séries podem ser agrupadas
na forma
∑
+∞
[(4n2 + 8n + 3)an+1 − (2n + 3)an+1 + an ]xn+1/2 = 0
n=1
a fórmula de recorrência é
(−1)n
Supondo a0 = 1 obtém-se an = a0 , logo a série de potências da primeira
(2n + 1)!
solução particular é
∑
+∞
(−1)n √
y2 (x) = = sen x
n=0
(2n + 1)!
√ √
A solução geral é y(x) = C1 cos x + C2 sen x.
5. 2xy ′′ + (1 + x)y ′ − 2y = 0
6. 2xy ′′ + (1 + 2x)y ′ + 4y = 0
7. x2 y ′′ + 3xy ′ + (1 − 2x)y = 0
8. xy ′′ − (4 + y)y ′ + 2y = 0
Miscelãnea 3.1.17.
Dada a equação diferencial 4xy ′′ + 2y ′ + y com x ≥ 0, determine os pontos singulares.
Resolva em série de potências de x de duas soluções linearmente independentes, e apre-
sente a solução geral em termos de funções elementares.
Solução.
Miscelãnea 3.1.18.
Encontre duas soluções linearmente independentes na solução em séries de potências
de x da equação diferencial y ′′ − xy ′ + qy = 0; (q ∈ R). Verificar que se p ∈ Z+ , uma
das soluções é finita.
Determine as soluções para q = 2 e q = 3.Solução.
336 Christian José Quintana Pinedo
Miscelãnea 3.1.19.
Seja y1 (t) uma solução não trivial da equação linear homogênea y ′′ +p(t)y ′ +q(t)y = 0
a) Verificar mediante o método da redução de ordem, ∫que uma segunda solução y2 (t),
∫ − p(t)dt
e
linearmente independente é y2 (t) = y1 (t) · dt
[y1 (t)]2
b) Aplicar o item a) para resolver a equação ty ′′ − (t + 1)y ′ + y = 0 onde uma solução
é y1 (t) − et .
Solução.
Miscelãnea 3.1.20.
Da seguinte equação (x + 1)2 y ′′ + (x2 − 1)y ′ + 2y = 0
Solução.
Miscelãnea 3.1.21.
Da seguinte equação xy ′′ + (2 + x)y ′ + 2y = 0
c) Quantas soluções linearmente independentes existem da forma xr u(x) com u(x) ana-
lı́tica em x = 0?
Miscelãnea 3.1.22.
Determine a solução geral de y ′′ −y = 2senx, sabendo que yp = −senx é uma solução
particular.
Solução.
Miscelãnea 3.1.23.
Duas soluções de y ′′ − 2y ′ + y = 0 são ex e 5ex . Pergunta-se: y = C1 ex + C2 5ex
é a solução geral?
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 337
Miscelãnea 3.1.24.
Determine a solução geral de y ′′ + y = x2 , sabendo que uma solução particular é
y = x2 − 2, e que duas soluções da equação y ′′ + y = 0 são senx e cos x.
Solução.
Miscelãnea 3.1.25.
Determine a solução geral de y ′′ − 2y ′ + y = x2 , sabendo que uma solução particular
é y = x2 + 4x + 6, e que duas soluções da equação homogênea associada são ex e xex .
Solução.
Miscelãnea 3.1.26.
Determine a solução geral de y ′′ − y = x2 , sabendo que uma solução particular é
y = −x2 − 2, e que duas soluções da equação homogênea associada são ex e 3ex .
Solução.
As funções ex e 3ex são linearmente dependentes, logo não podem ser soluções da
equação homogênea associada.
Em verdade ex e e−x são duas soluções da equação homogênea y ′′ − y = 0 assim
yg = C1 ex + C2 e−x é a solução geral da homogênea.
Portanto a solução geral de y ′′ − y = x2 é y = C1 ex + C2 e−x − x2 − 2.
Miscelãnea 3.1.27.
Determine a solução geral de y ′′′ − y ′′ − y + 1 = 5, sabendo que uma solução particular
é y = −4, e que três soluções da equação homogênea associada são ex , e−x e xex .
Solução.
Miscelãnea 3.1.28.
Mostre que:
d s+1
a) [x Js+1 (x)] = xs+1 Js (x)
dx
338 Christian José Quintana Pinedo
d −(s+1)
b) [x Js+1 (x)] = −x−(s+1) Js+2 (x)
dx
Solução.
a) 0
b)
Miscelãnea 3.1.29.
Resolver a equação de Hermite y ′′ − 2xy ′ + λy = 0 utilizando série de potências.
Solução.
Miscelãnea 3.1.30.
Resolver a equação de Ayre y ′′ ± k 2 xy = 0.
Solução.
Miscelãnea 3.1.31.
1 1
Se y1 = √ cos x, y2 = √ senx formam um conjunto linearmente independentes e
x x
1
são soluções de x2 y ′′ + xy ′ + (x2 − )y = 0. Achar uma solução particular para x2 y ′′ +
4
1 √
′
xy + (x − )y = x , se y( 2 ) = 0, y ′ (π) = 0.
2 3 π
4
Solução.
1 1
Como y1 = √ cos x, y2 = √ senx formam um conjunto linearmente independentes
x x
1
e são soluções de x2 y ′′ + xy ′ + (x2 − )y = 0 então a solução da homogênea é yh =
4
1 1
C1 √ cos x + C2 √ senx.
x x
1 √
Para achar uma solução particular para x2 y ′′ + xy ′ + (x2 − )y = x3 aplicamos
4
variação de parâmetros.
1 √ 1 1 1
x2 y ′′ + xy ′ + (x2 − )y = x3 ⇔ y ′′ + y ′ + (1 − 2 )y = √
4 x 4x x
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 339
1 1
Para determinar a solução particular yp = u1 (t) · √ cos x + u2 (t) √ senx, temos que
x x
resolver o sistema
1 1
u′1 (x) √ cos x + u′2 (x) √ senx = 0
x x (3.28)
1 1 1 1
u′1 (x)[− √ senx − 2 √ cos x] + u′2 (x)[ √ cos x − 2 √ senx] = √
1 1 1
x x3 x x3 x
O determinante do sistema é:
1 1
√ cos x √ senx 1
x x
=
− √ senx − √ cos x √ cos x − √ senx x
1 1 1 1 1 1
x 2 x3 x 2 x3
1
0 √ senx
′ 1 x
u1 (x) = 1
1 ⇒ u′1 (x) = −senx ⇒ u1 (x) = cos x
√ cos x − √ senx
1 1 1
√
x x x 2 x3
1
√ cos x 0
1 x
u′2 (x) = 1 = cos x ⇒ u2 (x) = senx
1 1 1 1
− √ senx − √ 3 cos x √
x x 2 x x
1 1 1
A solução particular yp = cos x · √ cos x + senx · √ senx = √ .
x x x
1 1 1
A solução geral da equação é: y = C1 √ cos x + C2 √ senx + √ . Observe que
x x x
′ 1 1 1 1 1 1 1 1
y = C1 [− √ senx − √ cos x] + C2 [ √ cos x − √ senx] − √
x 2 x3 x 2 x3 2 x3
√ √
π 2 2
y( ) = C2 √ + √ = 0 ⇒ C2 = −1
2 π π
1 1 1 1 1
y ′ (π) =
√ C1 − √ C2 − √ = 0 ⇒ C1 = 1 − 2π
2 π 3 π 2 π3
1 1 1
Portanto, y = (1 − 2π) √ cos x − √ senx + √ .
x x x
Miscelãnea 3.1.32.
Encontre a corrente I em função do tempo t (em segundos), dado que I satisfaz a
equação diferencial:
dI
L· + RI = sen2t ,
dt
onde R e L são constantes não nulas.
Solução.
A forma padrão da equação diferencial dada é:
dI R 1
+ I = sen2t
dt L L
340 Christian José Quintana Pinedo
R ∫ R
Então P (t) = , de modo que e P (t)·dt = e L t , sabe-se que:
L
∫
R 1 R
I · eL =
t
e L t sen2t · dt
L
R
R eLt
I ·e = L
t
· (Rsen2t − 2L cos 2t) + C1
4L2 + R2
Logo a corrente em função do tempo está dada por
[ R
]
t
e L
I = e− L t ·
R
· (Rsen2t − 2L cos 2t) + C1
4L2 + R2
Miscelãnea 3.1.33.
Um circuito possui um capacitor de 0, 125 × 10−1 F , um resistor de 60 Ω e um indutor
de 10 H, em série. A carga inicial no capacitor é zero. No instante t = 0 conecta-se
o circuito a uma bateria cuja tensão é de 12 V e o circuito é fechado. 1. Determine a
carga no capacitor em qualquer instante t > 0. 2. Determine a carga no capacitor quando
t → ∞. 3. Esboce o gráfico da solução obtida.
Solução.
Miscelãnea 3.1.34.
Um circuito possui um capacitor de 0, 5 × 10−1 F , um resistor de 25 Ω e um indutor de
5H, em série. O capacitor se encontra descarregado. No instante t = 0 conecta-se esse
circuito a uma bateria cuja tensão é de 10e−t/4 V , e o circuito é fechado.
Solução.
Miscelãnea 3.1.35.
Determinar a carga do capacitor num circuito em série LRC em t = 0, 01s, L = 0, 05h,
R = 2Ω, C = 0, 01 f , E(t) = 0 V , q(0) = 5 C e i(O) = 0 A. Encontre o primeiro momento
em que a carga no capacitor é zero.
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 341
⇕
⇕
⇕
342 Christian José Quintana Pinedo
Capı́tulo 4
Transformada de Laplace
Exercı́cios 4-1
Exercı́cio 4.1.1.
Calcular as seguintes integrais:
∫1 ∫
+∞ ∫
+∞
x · Lnx x · Lnx dx
1. I = · dx 2. J= · dx 3. J=
(x2 + 1)2 (x2 + 1)2 1 + x2
0 0 −∞
Solução.
∫1
Lnx 1 dx
1. Mediante integração por partes, I = − + ; estas duas expres-
2(x2 + 1) 0 2x(x2 + 1)
0
sões não têm sentido para x = 0; calculando a última integral temos:
[ ] [ 2 ]
Lnx 1 x2 1 x · Lnx 1 1
I= − + Ln( ) = − Ln(x2
+ 1) ⇒
2(x2 + 1) 4 x2 + 1 0 2(x2 + 1) 4 0
[ 1 ] 1
1 1
I = lim x
− Ln(x + 1) = − Ln2
2
x→0 2(0 − 3 )
2
4 0 4
x
1
Portanto, I = − Ln2
4
[ ]
Lnx 1 x2 + ∞
2. Pelo descrito acima segue: J = − + Ln( ) aplicando L’Hospital
2(x2 + 1) 4 x2 + 1 0
obtemos que J = 0.
∫
+∞
x · Lnx
Portanto, J = · dx = 0.
(x2 + 1)2
0
343
344 Christian José Quintana Pinedo
∫0 ∫
+∞
dx dx
3. Podemos escrever: J = +
1 + x2 1 + x2
−∞ 0
∫t ∫0
dx dx
Logo, temos: J = lim + lim =
t→+∞ 1 + x2 s→−∞ 1 + x2
0 s
[ ] [ ]
= lim arctan(t) − arctan 0 + arctan 0 − lim arctan(s) =
t→+∞ s→−∞
π π
=( − 0) + (0 − (− )) = π
2 2
∫
+∞
dx
Portanto, J = = π converge para π.
1 + x2
−∞
Exercı́cio 4.1.2.
∫
+∞
dx
Mostre que a integral imprópria J= converge se p > 1, e diverge se p ≤ 1.
xp
1
Solução.
∫t t [ ]
dx x1−p 1 1
Para qualquer p ̸= 1, temos = = − 1 ; logo quando
xp 1 − p 1 1 − p tp−1
1
∫t
dx 1
p > 1 e t → + ∞ vem → , logo a integral converge.
xp p−1
1
∫t
dx
Por outro lado, se p < 1 e t → +∞ segue → +∞ (a integral diverge).
xp
1
∫t
dx
Se p = 1 e t → + ∞ vem = Lnt → + ∞.
x1
1
∫
+∞
1
dx , se p > 1 converge
Portanto, J = = p−1
xp + ∞, se p ≤ 1 diverge
1
Exercı́cio 4.1.3.
∫+∞ √ ∫+∞
cos x · dx π senx · dx
Se √ = , determine se existe o valor de J = √ .
x 2 x3
0 0
Solução.
Seja u2 = x, como x ∈ (0, +∞) ⇒ u ∈ (0, +∞), logo
√ ∫+∞ ∫+∞ ∫+∞ ∫+∞
π cos x · dx cos u2 · du2 2u cos u2 · du
= √ = = =2 cos u2 du
2 x u u
0 0 0 0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 345
logo
∫+∞ √
1 π
cos u du = ·
2
(4.1)
2 2
0
Por outro lado, integrando por partes a integral J, seja U = senx e dV = x−3/2 , então
dU = cos xdx e V = −2x−1/2 .
∫+∞ ∫+∞ ∫+∞
senx · dx 2senx +∞ cos x · dx cos x
J= √ =− √ +2 √ =0+2 √ dx
x3 x 0 x x
0 0 0
∫+∞
senx · dx √
Portanto, J= √ = 2π.
x3
0
Exercı́cio 4.1.4.
∫+∞ ∫+∞ 2
senx · dx π sen x · dx
Sabendo que = , calcular o valor de J = .
x 2 x2
0 0
Solução.
Tem-se
∫+∞ ∫+∞ ∫+∞
sen2 x · dx sen2 x ∞ 2senx · cos x · dx sen(2x)
J= 2
=− + = dx
x x 0 x x
0 0 0
∫+∞
sen2 x · dx π
Portanto, J= 2
= .
x 2
0
Exercı́cio 4.1.5.
∫+∞
dx
Se H(a) = , determine H(0), H(1) e H(2).
(1 + xa )(1 + x2 )
0
Solução.
346 Christian José Quintana Pinedo
∫+∞ ∫+∞ +∞ π
dx 1 dx 1
1. Se x ̸= 0 ⇒ H(0) = 0 2
= 2
= arctan x = .
(1 + x )(1 + x ) 2 1+x 2 0 4
0 0
∫+∞ ∫+∞
dx
Se x = 0 segue H(a) = = dx então
(1 + 0a )(1 + 02 )
0 0
∫+∞ +∞
H(0) = dx = x = +∞
0
0
∫+∞ ∫+∞[ ]
dx 1 1 x 1
2. H(1) = 2
= − + dx =
(1 + x)(1 + x ) 2 (x + 1) (x2 + 1) (x2 + 1)
0 0
[ ]
1 2x 1 +∞ π
H(1) = Ln[1 + 2 ] + arctan x =
4 x +1 2 0 4
∫+∞
dx x
3. H(2) = . Seja x = tan t ⇒ sent = √
(1 + x2 )(1 + x2 ) 1 + x2
0
∫+∞
dx 1 2x +∞ π
logo H(2) = = [arctan x + ] = .
(1 + x2 )(1 + x2 ) 2 1 + x2 0 4
0
π
Portanto, quando x ̸= 0 tem-se, H(0) = H(1) = H(2) = .
4
Exercı́cio 4.1.6.
{ ∫+∞
mx2 , se | x |≤ 3
Seja f (x) = , determine m de modo que f (x) · dx = 1.
0, se | x |> 3
−∞
Solução.
∫−3 ∫3 ∫+∞ 3
1
= 0 · dx + mx · dx +
2
0 · dx = mx3 = 18m = 1
3 −3
−∞ −3 3
1
Portanto, m = .
18
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 347
Exercı́cio 4.1.7.
Determine valores de a e s para que cada uma das integrais seja convergente:
∫+∞ ∫ +∞ ∫+∞
4x · dx −sx ax · dx
1. J(a) = 2. K = e dx 3. H =
x4 − 1 0 x2 + 1
a −∞
Solução.
∫+∞ ∫+∞
4x · dx 2x 2x
1. Temos J(a) = = [ 2 − 2 ]dx ⇒
x4 − 1 x −1 x +1
a a
[ +∞ ]
J(a) = Ln(x − 1) − Ln(x + 1)
2
∈R 2
a
[ ] [
[ 2 ] ]
m2 − 1 a2 − 1 a −1
J(a) = lim Ln − Ln 2 = Ln1 − Ln 2 ∈R
m→+∞ m2 + 1 a +1 a +1
se e somente se a2 > 1.
Portanto,a > 1.
∫ +∞ +∞
1 e−sm 1
2. Temos K = e−sx dx = − e−sx = − lim + .
0 s 0 m→+∞ s s
1
Quando s > 0 temos K = , converge. Quando s ≤ 0 temos K, diverge.
s
∫+∞ +∞ a [ 2 ]
ax · dx a m +1
3. Temos H = = · Ln(x + 1)
2
= · m→+∞
lim Ln este limite não
x2 + 1 2 −∞ 2 n→−∞ n2 + 1
−∞
existe, porque não sabemos a relação de grandeza de m e n.
No cálculo em geral, integrais impróprias no intervalo (−∞, +∞) são definidas por
∫+∞ ∫m
f (x)dx = lim f (x)dx
m→+∞
−∞ −m
[ 2 ]
a m +1
Assim, H = · lim Ln = 0 converge quando a ∈ R.
2 m→+∞ m2 + 1
Exercı́cio 4.1.8.
Mostre que se f (t) e g(t) são de ordem exponencial quando t → +∞, então f (t) · g(t)
e f (t) + g(t) também são de ordem exponencial quando t → +∞.
Solução.
• Como f (t) e g(t) são de ordem exponencial quando t → +∞, então existem números
reais α, β, C1 e C2 positivos, tais que |f (t)| ≤ C1 eαt e |g(t)| ≤ C2 eβt , ∀ t ≥ 0,
então
|f (t) · g(t)| ≤ |f (t)| · |g(t)| ≤ C1 eαt · C2 eβt = C1 C2 e(α+β)t , ∀t≥0
|f (t) · g(t)|
Disto temos que existe α + β > 0 tal que lim = 0.
t→+∞ e(α+β)t
Portanto, f (t) · g(t) também é de ordem exponencial.
348 Christian José Quintana Pinedo
• Como f (t) e g(t) são de ordem exponencial quando t → +∞, então existem números
reais α, β, C1 e C2 positivos, tais que |f (t)| ≤ C1 eαt e |g(t)| ≤ C2 eβt , ∀ t ≥ 0,
então
e C = C1 + C2 .
|f (t) + g(t)|
Disto temos que existe γ > 0 tal que lim = 0.
t→+∞ eγt
Portanto, f (t) + g(t) também é de ordem exponencial.
Exercı́cio 4.1.9.
Mostre que se f (t) e g(t) são de classe A, então f (t) · g(t) e f (t) + g(t) também são
de classe A.
Solução.
Sendo f (t) e g(t) são de classe A, logo elas são de ordem exponencial, pelo exercı́cio
(4.1.2) temos que f (t) · g(t) e f (t) + g(t) também são de ordem exponencial.
Por outro lado, suponhamos que f (t) e g(t) sejam seccionalmente contı́nuas em A
tais que, para α, β ∈ A com α ̸= β, a função f seja somente descontı́nua em α e g seja
somente descontı́nua em β, logo existem f (β) , g(α) e os limites
também
Exercı́cio 4.1.10.
Mostre que se f (t) es de classe A em [0, +∞], então L[f (t)] existe.
Solução.
Sendo f (t) es de classe A em [0, +∞], logo é de ordem exponencial, então existem
números reais α, C e positivos, tais que |f (t)| ≤ Ceαt , ∀ t ≥ 0 assim
∫+∞
e−x dx
2
Suponhamos I = ⇒
0
+∞ +∞
∫ ∫ ∫+∞ ∫+∞ ∫+∞ ∫+∞
I = I · I = e dx e dy =
−x −y −x 2 −y 2
e−(x +y ) dxdy
2 2 2 2 2
e e dxdy =
0 0 0 0 0 0
π π
∫+∞ ∫+∞ ∫2 ∫+∞ ∫2
−(x +y )
2 2 −r2 1 −r2 +∞ π
2
I = e dxdy = e drdθ = − e dθ =
2 0 4
0 0 0 0 0
√
π
assim, I = , logo em (4.2).
2 √ √
′ 2 π π
Portanto, existe L[f (t)] = L[F (t)] = √ = .
s 2 s
Exercı́cio 4.1.12.
Determine quais das seguintes funções são de classe A, n ∈ N, t ≥ 0, k ∈ R.
6. Sabemos que a função f (t) = ekt é de classe A, pela parte 5. deste exercı́cio a funções
tn é de classe A, pelo Exercı́cio (4.1.4) temos que tn ekt também é de classe A.
Tem-se assim, que a função f˜ é seccionalmente contı́nua em [0, +∞), pois f˜(0)
existe.
sen(kt)
Observe que ≤ 1 ≤ M eαt , ∀ t > 0 e algum α, M ∈ R. Quando t = 0
t t
segue |f (0) = k| ≤ M1 e para algum β, M1 ∈ R logo f˜ é de ordem exponencial.
˜ βt
Portanto, f˜ é de classe A.
1 − cos(kt)
12. Para a função g(t) =
t
A função não é seccionalmente contı́nua em [0, +∞), pois f (0) não existe. Portanto
não é de classe A
352 Christian José Quintana Pinedo
1 − cos(kt)
Porém como lim+ = 0 podemos redefinir a função assim:
t→0 t
{
1 − cos(kt)
g̃(t) = se t > 0
t
0 se t = 0
Tem-se assim, que a função g̃ é seccionalmente contı́nua em [0, +∞), pois g̃(0)
existe.
1 − cos(kt) 2
Observe que ≤ ≤ M eαt , ∀ t ≥ 0 e algum α, M ∈ R. Quando t = 0
t t
segue |g̃(0) = 0| ≤ M1 e para algum β, M1 ∈ R logo g̃ é de ordem exponencial.
βt
Portanto, g̃ é de classe A.
1 − e−t
13. Para a função h(t) =
t
A função não é seccionalmente contı́nua em [0, +∞), pois h(0) não existe. Portanto
não é de classe A
1 − e−t
Porém como lim+ = 1 podemos redefinir a função assim:
t→0 t
1 − e−t
h̃(t) = se t > 0
1 t
se t = 0
Tem-se assim, que a função h̃ é seccionalmente contı́nua em [0, +∞), pois h̃(0)
existe. Por outro lado, aplicando L’Hospital:
1 − e−t
h̃(t) t 1 − e−t 1
lim at = lim = lim = lim =0
t→+∞ e t→+∞ eat t→+∞ teat t→+∞ e(1+a)t (1 + at)
1 − e−t
seja s(t) =
t
Por outro lado, aplicando L’Hospital, considerando a > 1:
et − 1
s(t) t et − 1 1
lim at = lim at
= lim at
= lim (a−1)t =0
t→+∞ e t→+∞ e t→+∞ te t→+∞ e (1 + at)
∫+∞
2. Utilizando a parte (1.) calcular te−2t cos tdt.
0
Solução.
d
1. Sabemos a propriedade L[t · f (t)](s) = − [(L[f (t)])(s)] = −F ′ (s) sempre que F (s)
ds
seja a transformada de Laplace de f (t).
s
A transformada de f (t) = cos t é F (s) = 2 , logo a transformada de t cos t é
s +1
s2 + 1 − s(2s) s2 − 1
L[t · f (t)](s) = −F ′ (s) = − =
(s2 + 1)2 (s2 + 1)2
s2 − 1
Portanto, L[f (t)] = L[t cos t] = .
(s2 + 1)2
∫+∞
s2 − 1
2. Observe que como te−st cos tdt = 2 então
(s + 1)2
0
∫+∞
22 − 1 3
te−2t cos tdt = 2 2
=
(2 + 1) 25
0
∫+∞
3
Portanto, te−2t cos tdt = .
25
0
354 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 4.1.14.
Determine a transformada de Laplace para as seguintes funções:
Solução.
∫+∞
1. Dado f (t) = sen2t + cos 2t ⇒ L[f (t)] = e−st (sen2t + cos 2t)dt
0
∫+∞ ∫+∞
−st
L[f (t)] = e sen2tdt + e−st cos 2tdt
0 0
+∞ 2 ∫∞ +∞ 2 ∫+∞
1 −st −st 1 −st
L[f (t)] = − e sen2t + e cos 2tdt − e cos 2t − e−st sen2tdt
s 0 s s 0 s
0 0
∫+∞ ∫+∞
2 1 2
L[f (t)] = e−st cos 2tdt + − e−st sen2tdt
s s s
0 0
2+s 4 s+2
L[f (t)] = − L[f (t)] ⇒ L[f (t)] =
s2 s2 s2 + 2 2
s+2
Portanto, L[f (t)] = 2 .
s + 22
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 355
∑
2
2!
2. Dado f (t) = (1 + e ) 2t 2
⇒ f (t) = 1(2−k)t e2tk ⇒
k=0
k!(2 − k)!
∑
2 ∫+∞ ∑
2 ∫+∞
2! 2!
L[f (t)] = e−st (e2tk )dt = e−(s−2k)t dt =
k=0
k!(2 − k)! k=0
k!(2 − k)!
0 0
[ ]
∑ e−(s−2k)t +∞
2
2!
L[f (t)] = − =
k=0
k!(2 − k)! (s − 2k) 0
1 2 1
Portanto, L[f (t)] = + + .
s s−2 s−4
∑5
(−1)i 5! (5−i)t −it
−t 5
3. Dado f (t) = (e − e )
t
⇒ f (t) = e e ⇒
i=0
i!(5 − i)!
∑5 ∫+∞ ∑5 ∫+∞
(−1)i 5! (−1) i
5!
L[f (t)] = e−st (e(5−i)t e−it )dt = e−(s−5+2i)t dt =
i=0
i!(5 − i)! i=0
i!(5 − i)!
0 0
[ ]
∑ e−(s−5+2i)t +∞
5
(−1)i 5!
L[f (t)] = − =
i=0
i!(5 − i)! (s − 5 + 2i) 0
1 5 10 10 5 1
L[f (t)] = − + − + −
s−5 s−3 s−1 s+1 s+3 s+5
10 30 20
L[f (t)] = 2 − 2 + 2
s −5 2 s −3 2 s − 12
10 30 20
Portanto, L[f (t)] = 2 − 2 + 2 .
s −5 2 s −3 2 s − 12
∫+∞
4. Dado f (t) = t2 − 2t + 2 ⇒ L[f (t)] = e−st (t2 − 2t + 2)dt
0
[ ] ∫+∞ ∫+∞
1 −st 2 +∞ 2
L[f (t)] = − e t + −2 e−st tdt + 2 e−st dt
s 0 s
0 0
[ ][ ]
2 1 −st +∞ 1 −st +∞ 1 +∞
L[f (t)] = 0 + − 2 − e t − 2e − 2 e−st
s s 0 s 0 s 0
[ ][ ]
2 1 1 2 2 2
L[f (t)] = 0 + −2 0+ 2 +2 ⇒ L[f (t)] = 3 − 2 +
s s s s s s
2 2 2
Portanto, L[f (t)] = 3
− 2+ .
s s s
356 Christian José Quintana Pinedo
+∞ 1 ∫+∞
1 −st 3
L[f (t)] = − e (t + 4t + 4t)
2
+ e−st (3t2 + 8t + 4)dt
s 0 s
0
+∞ ∫+∞
1 −st 2 1
L[f (t)] = 0 − 2 e (3t + 8t + 4) + 2 e−st (6t + 8)dt
s 0 s
0
+∞ ∫+∞
4 1 −st 1
L[f (t)] = 2 − 3 e (6t + 8) + 3 e−st (6)dt
s s 0 s
0
+∞
4 8 6
L[f (t)] = 2 + 3 − 4 e−st
s s s 0
6 8 4
Portanto, L[f (t)] = 4 + 3 + 2
s s s
6. f (t) = (t − 2)3 (t + 2) = t4 − 4t3 + 16t − 16. Aplicando tabela de fórmulas.
24 24 16 16
Portanto, L[f (t)] = − 4 + 2 − .
s5 s s s
+∞ 1 ∫+∞
1 −st 4
L[f (t)] = − e (t − 4t + 16t − 16)
3
+ e−st (4t3 − 12t2 + 16)dt
s 0 s
0
+∞ ∫+∞
16 1 −st 3 1
L[f (t)] = − − 2 e (4t − 12t2 + 16) + 2 e−st (12t2 − 24t)dt
s s 0 s
0
+∞ ∫+∞
16 16 1 −st 1
L[f (t)] = − + 2 − 3 e (12t − 24t)
2
+ 3 e−st (24t − 24)dt
s s s 0 s
0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 357
+∞ ∫+∞
16 16 1 −st 1
L[f (t)] = − + 2 − 4 e (24t − 24) + 4 e−st (24)dt
s s s 0 s
0
+∞
16 16 24 1
L[f (t)] = − + 2 − 4 − 5 e−st (24)
s s s s 0
24 24 16 16
Portanto, L[f (t)] = 5 − 4 + 2 − .
s s s s
∫+∞ ∫+∞
7. Dado f (t) = te−at ⇒ L[f (t)] = e−st (te−at )dt = e−(s+a)t tdt
0 0
+∞ +∞
1 −(s+a)t 1 −(s+a)t
L[f (t)] = − e t − e
(s + a) 0 (s + a)2 0
1
Portanto, L[f (t)] = L[te−at ] = .
(s + a)2
∫+∞ ∫+∞
8. f (t) = (t + 2)tet ⇒ L[f (t)] = e−st ((t + 2)tet )dt = e−(s−1)t (t2 + 2t)dt
0 0
+∞ ∫+∞
1 1
L[f (t)] = − e−(s+a)t (t2 + 2t) + e−(s−1)t (2t + 2)dt
(s − 1) 0 (s − 1)
0
+∞ ∫+∞
1 2
L[f (t)] = 0 − e−(s+a)t (2t + 2) + e−(s−1)t dt
(s − 1)2 0 (s − 1)2
0
+∞
2 2 −(s−1)t
L[f (t)] = − e
(s − 1) 2 (s − 1) 3 0
2 2
Portanto, L[f (t)] = L[(t + 2)tet ] = + .
(s − 1)2 (s − 1)3
1 1
9. f (t) = cosh2 at ⇒ f (t) = + cosh(2t)
2 2
∫+∞ [ ] ∫+∞
−st 1 1 1 1
L[f (t)] = e + cosh(2t) dt = + e−st cosh(2t)dt
2 2 2s 2
0 0
1 s
Portanto, L[f (t)] = L[cosh2 at] = + .
2s 2(s − 22 )
2
∫+∞
10. f (t) = tsent ⇒ L[f (t)] = e−st tsentdt
0
+∞ 1 ∫+∞
1 −st
L[f (t)] = − e tsent + e−st (t cos t + sent)dt ⇒
s 0 s
0
358 Christian José Quintana Pinedo
∫+∞
1 1 +∞ 1 1
L[f (t)] = − e−st t cos t + e−st (cos t − tsent)dt + L[sent]
s s 0 s s
0
s2 + 1 1 1 1 s 1 1
( 2
)L[f (t)] = 2 L[cos t] + L[sent] = 2 · 2 + · 2
s s s s s +1 s s +1
s s 2s
L[f (t)] = 2 2
+ 2 2
= 2
(s + 1) (s + 1) (s + 1)2
sent 1 ∑ (−1)n
1 +∞ ∑ (−1)n
+∞
11. f (t) = = · sent = · · t2n+1 = · t2n
t t t n=0 (2n + 1)! n=0 (2n + 1)!
∑
+∞ ∫+∞ ∑
+∞
(−1)n −st 2n (−1)n (2n)!
L[f (t)] = · e t dt = · 2n+1 =
n=0
(2n + 1)! n=0
(2n + 1)! s
0
∑
+∞
(−1)n 1
Portanto, L[f (t)] = = arctan .
n=0
(2n + 1)s2n+1 s
1 1
12. f (t) = sen2 2t ⇒ f (t) = − cos(4t)
2 2
∫+∞ [1 1 ] ∫+∞
1 1
L[f (t)] = e−st − cos(4t) dt = − e−st cos(4t)dt
2 2 2s 2
0 0
1 s
Portanto, L[f (t)] = L[sen2 2t] = − .
2s 2(s2 + 42 )
{
1 se, t ≥ 0
13. Dado f (t) = Heaviside
0 se, t < 0
∫+∞ ∫+∞ +∞ 1
1
L[f (t)] = f (t)e−st dt = 1 · e−st dt = − e−st =
s 0 s
0 0
1
Portanto, L[f (t)] = .
s
∫+∞
14. Dado αt
g(t) = e f (t) ⇒ αt
L[g(t)] = L[e f (t)] = f (t)e−(s−α)t dt = F (s − α).
0
Portanto, L[f (t)] = F (s − α).
{
4 se, 0 < t < 1
15. Dado h(t) =
3 se, t > 1
∫ +∞ ∫1 ∫+∞
−st −st
L[f (t)] = f (t)e dt = 4·e dt + 3 · e−st dt =
0
0 1
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 359
4 −st 1 3 −st +∞ 4 3
L[f (t)] = − e − e = (1 − e−s ) + e−s
s 0 s 1 s s
4 3
Portanto, L[f (t)] = (1 − e−s ) + e−s .
s s
{
1 se, 0 < t < 2
16. Dado φ(t) =
t se, t > 2
∫+∞ ∫ 2 ∫+∞
−st
L[φ(t)] = φ(t)e dt = 1 · e−st dt + t · e−st dt =
0
0 2
[ ]
1 −st 2 1 1 −st +∞ 1 1 −2s 1
L[φ(t)] = − e − t + 2 e ⇒ L[φ(t)] = + e + 2 e−2s
s 0 s s 2 s s s
[ ]
1 1 1 −2s
Portanto, L[φ(t)] = + + e
s s s2
{
sen(2t) se, 0 < t < π
17. Dado ψ(t) =
0 se, t > π
∫+∞ ∫ π ∫+∞ ∫π
−st
L[ψ(t)] = ψ(t)e dt = sen(2t) · e−st dt + 0 · e−st dt = sen(2t) · e−st dt
0
0 π 0
∫π π s ∫ π
−st 1 −st
L[ψ(t)] = sen(2t) · e dt = − cos(2t)e − e−st cos(2t)dt ⇒
2 0 2 0
0
π s2 ∫ π
1 −sπ s −st
L[ψ(t)] = (1 − e ) − sen(2t)e + sen(2t) · e−st dt ⇒
2 4 0 4 0
2
L[ψ(t)] = 2 (1 − e−sπ )
2 −s 2
2
Portanto, L[f (t)] = (1 − e−sπ ).
22 +s2
0 se 0 < t < 1
18. Dado ϕ(t) = t se 1 < t < 2
0 se t > 2
∫+∞ ∫1 ∫2 ∫+∞
−st −st −st
L[ϕ(t)] = ϕ(t)e dt = 0 · e dt + t · e dt + 0 · e−st dt =
0 0 1 2
∫2
t −st 2 1 1 −s 1 −st 2 1 −s 1
=− e + e dt = (e −2e )− 2 e = (e −2e−2s )− 2 (e−2s −e−s )
−st −2s
s 1 s s s 1 s s
1
1
Portanto, L[ϕ(t)] = (se−s − 2se−2s − e−2s + e−s )
s2
360 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 4.1.15.
Aplicando a definição da transformada de Laplace calcular:
1. L[e−3t ](s) 2. L[senh(kt)](s) 3. L[eat sen(bt)](s)
Solução.
∫+∞ ∫+∞
1 −(s+3)t +∞ 1
1. Tem-se L[e−3t ] = e−st e−3t dt = e−(s+3)t dt = e =
s+3 0 s+3
0 0
1
Portanto, L[e−3t ] = , s > −3.
s+3
∫+∞ ∫+∞
−st 1
2. Tem-se L[senh(kt)] = e senh(kt)dt = [e−(s−k)t − e−(s+k)t ]dt =
2
0 0
1 1 −(s−k)t 1 −(s+k)t +∞ k
= [− e + e ] = 2
2 s−k s+k 0 s − k2
k
Portanto, L[senh(kt)] = , s > k.
s2 − k2
∫+∞ ∫+∞
3. Tem-se L[eat sen(bt)] = e−st eat sen(bt)dt = Im[e−(s−(a+ib))t ]dt =.
0 0
[ ] [ ]
e−(s−(a+ib))t +∞ (s − a) + ib b
= −Im = Im =
s − (a + ib) 0 (s − a)2 + b2 (s − a)2 + b2
b
Portanto, L[eat sen(bt)] = .
(s − a)2 + b2
Exercı́cio 4.1.16.
s − a + ib
Da definição da transformada de Laplace verificar que: L[e(a+bi)t ](s) =
√ (s − a)2 + b2
onde a, b ∈ R e i = −1.
Solução.
∫+∞
−st (a+bi)t e−(s−(a+bi))t +∞
L[f (t)] = e e dt = − =
s − (a + bi) 0
0
1 1 (s − a) + bi
= = =
[s − (a + bi)] [(s − a) − bi] [(s − a)2 + b2 ]
s − a + ib √
Portanto, L[e(a+bi)t ] = onde a, b ∈ R e i = −1.
(s − a)2 + b2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 361
Exercı́cio 4.1.17.
b−a
Mostre que, L[e−at − e−bt ] = onde s > max{ −a, −b }.
(s + a)(s + b)
Solução.
∫+∞ ∫+∞
−at −bt −st −at −bt
L[e −e ]= e [e − e ]dt = [e−(s+a)t − e−(s+b)t ]dt =
0 0
b−a
Portanto, se s > max{ −a, −b }, temos L[e−at − e−bt ] = .
(s + a)(s + b)
Exercı́cio 4.1.18.
Aplicando propriedade da linearidade, achar a transformada de Laplace para as fun-
ções:
1. sen3 t 2. sen2 (kt) 3. sen(kt) cos(kt)
Solução.
3. f (t) = sen(kt) cos(kt), f ′ (t) = k cos2 (kt) − ksen2 (kt), f (0) = 0, f ′ (0) = k
k
Portanto, L[f (t)] = L[sen(kt) cos(kt)] = .
s2 + 4k 2
Exercı́cio 4.1.19.
Verifique as seguintes igualdades:
s+9 2 3 5
1. L[2e3t − e−3t ] = , s>3 2. L[t2 − 3t + 5] = 3 − 2 + , s > 0
s2 − 9 s s s
s 1 3 3 2 1
3. L[cosh(kt)] = 2 , s > |k| 4. L[ t + t − 1] = 4 + 3 − , s > 0
2
s − k2 2 s s s
k 2(2s + 7)
5. L[senh(kt)] = 2 , s > |k| 6. L[e−4t + 3e−2t ] = , s > −4
s − k2 (s + 2)(s + 4)
Solução.
s+9
1. L[2e3t − e−3t ] = , s>3
s2 − 9
∫+∞ −st +∞ 3 ∫+∞
e
L[2e3t −e−3t ] = e−st [2e3t −e−3t ]dt = − [2e3t −e−3t ] + e−st [2e3t +e−3t ]dt
s 0 s
0 0
−st ∫+∞
1 3 e +∞ 3
L[2e3t − e−3t ] = + − [2e3t + e−3t ] + e−st [2e3t − e−3t ]dt
s s s 0 s
0
1 9 9 s+9
L[2e3t − e−3t ] = + 2 + 2 L[2e3t − e−3t ] ⇒ L[2e3t − e−3t ] =
s s s s2 − 9
2 3 5
2. L[t2 − 3t + 5] = 3
− 2+ , s>0
s s s
e−st 2 +∞ 1 ∫+∞
L[t − 3t + 5] = −
2
[t − 3t + 5] + e−st [2t − 3]dt
s 0 s
0
−st ∫
+∞
5 1 e +∞ 1
L[t2 − 3t + 5] = + − [2t − 3] + e−st [2]dt
s s s 0 s
0
[ ]
5 1 3 2 5 3 2
L[t2 − 3t + 5] = + − + ⇒ L[t2 − 3t + 5] = − 2+ 3
s s s s s s s
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 363
s
3. L[cosh(kt)] = , s > |k|
s2 − k2
∫+∞ −st +∞ 1 ∫+∞
e
L[cosh(kt)] = e−st cosh(kt)dt = − cosh(kt) + e−st senh(kt)dt
s 0 s
0 0
∫
+∞
−st
1 k e +∞ k
L[cosh(kt)] = + − senh(kt) − e−st cosh(kt)dt , s > |k|
s s s 0 s
0
k2 1 s
(1 − )L[cosh(kt)] = ⇒ L[cosh(kt)] = , s > |k|
s 2 s s2 − k2
1 3 2 1
4. L[ t3 + t2 − 1] = 4 + 3 − , s>0
2 s s s
−st +∞ 1 ∫+∞
1 3 e 1 3
L[ t + t2 − 1] = − [ t3 + t2 − 1] + e−st [ t2 + 2t]dt
2 s 2 0 s 2
0
∫
+∞
−st
1 1 1 e 3 +∞ 1
L[ t3 + t2 − 1] = − + − [ t2 + 2t] + e−st [3t + 2]dt
2 s s s 2 0 s
0
∫
+∞
−st
1 1 1 e +∞ 3
L[ t3 + t2 − 1] = − + 2 − [3t + 2] + e−st dt
2 s s s 0 s
0
[ ]
1 1 1 2 3 1 3 2 1
L[ t3 + t2 − 1] = − + 2 + 2 ⇒ L[ t3 + t2 − 1] = 4 + 3 −
2 s s s s 2 s s s
k
5. L[senh(kt)] = , s > |k|
s2 − k2
∫+∞ ∫+∞
1 1
L[senh(kt)] = L[ (ekt − e−kt )] = [ −st kt
e e dt − e−st e−kt dt]
2 2
0 0
[ −(s−k)t ] 1[ 1 ]
1 e +∞ e−(s+k)t +∞ 1
L[senh(kt)] = − + = −
2 (s − k) 0 (s + k) 0 2 s−k s+k
k
Portanto, L[senh(kt)] = , s > |k| .
s2 − k2
2(2s + 7)
6. L[e−4t + 3e−2t ] = , s > −4
(s + 2)(s + 4)
-1
6y
6y
1 .. .. .. 1 .. .. ..
.. .. .. ..@ ..@ ..@
.. .. .. -
t @
@ .. @ .. @ .. @-t
.. .. .
1 2 3 4 5 6 @
1 2.. @3 .. 4 @5 ... 6 @ @
@ .. @ .. @ ..
Solução.
• Para o gráfico da função da Figura (4.3) segue:
{
t se 0 < t < π
A função podemos escrever na forma f (t) = , além
2π − t, se π < t < 2π
disso f (t + 2π) = f (t), logo
∫ 2π ∫ π ∫ 2π
−st −st
L[f (t)] = f (t)e dt = f (t)e dt + f (t)e−st dt ⇒
0 0 π
∫ 2π ∫ π ∫ 2π
L[f (t)] = f (t)e−st dt = e−st tdt + e−st (2π − t)dt ⇒
0 0 π
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 365
6y
π
@ @ @
@@ @
@ @@ -
t
π 2π 3π 4π 5π 6π
Figura 4.3
[ ] [ ]
1 −st 1 −st π 1 −st 1 −st 2π
L[f (t)] = − e t + 2 e − e (2π − t) − 2 e ⇒
s s 0 s s π
1 1 1 1 1 1
L[f (t)] = − e−sπ π − 2 e−sπ + 2 + 2 e−2sπ + e−sπ π − 2 e−sπ ⇒
s s s s s s
1 2 −sπ 1 −2sπ
L[f (t)] = 2 − 2 e + 2e ⇒
s s s
1 1
L[f (t)] = 2 (1 − 2e−sπ + e−2sπ ) = 2 (1 − e−sπ )2 ⇒
s s
Sabe-se que se uma função f (t) é de perı́odo K, então a transformada de Laplace; e:
∫K
0
f (t)e−st dt
L[f (t)] =
1 − e−Ks
Substituindo nesta expressão:
(1 − e−sπ )2
s2 (1 − e−sπ )2 1 − e−sπ 1 sπ
L[f (t)] = = = = 2 tanh
1−e −2sπ s (1 − e
2 −2sπ ) 2 −sπ
s (1 + e ) s 2
1 sπ
Portanto, L[f (t)] =
2
tanh .
s 2
• Para o gráfico da função da Figura (4.4) segue:
{
1 se 0 < t < T
A função f (t) = , onde f (t + 2T ) = f (t), logo a trans-
−1, se T < t < 2T
formada de Laplace um perı́odo da função é
∫ 2T ∫ T ∫ 2T
−st −st
L[f (t)] = f (t)e dt = f (t)e dt + f (t)e−st dt ⇒
0 0 T
f (t)
6
1
t-
T 2T 3T 4T
−1
Figura 4.4
366 Christian José Quintana Pinedo
Isto e:
∫ T 2T
e−st e−st
2T
L[f (t)] = f (t)e −st
dt = − = 1 [(e−sT − 1) − (e−2sT ) − e−sT ]
0 −s 0 −s
T −s
∫ 2T
1 (1 − e−sT )2
L[f (t)] = f (t)e−st dt = [e−2sT − 2e−sT + 1] =
0 s s
Sabe-se que se uma função f (t) é de perı́odo K, então a transformada de Laplace; e:
∫K
0
f (t)e−st dt
L[f (t)] =
1 − e−Ks
Substituindo nesta expressão:
(1 − e−sT )2
s (1 − e−sT )2 1 − e−sT 1 Ts
L[f (t)] = = = = tanh
1−e −2T s s(1 − e −2T s ) −sT
s(1 + e ) s 2
[ ]
1 Ts
Portanto, a transformada pedida é L[f (t)] = tanh .
s 2
• Para o gráfico da função da Figura (4.5) segue:
{
t se 0 < t < 1
A função f (t) = , onde f (t + 2) = f (t), logo a transformada
1, se 1 < t < 2
de Laplace um perı́odo da função é
6y
1 .. .. ..
.. .. ..
.. .. .. -t
1 2 3 4 5 6
Figura 4.5
∫ 2 ∫ 1 ∫ 2
−st −st
L[f (t)] = f (t)e dt = f (t)e dt + f (t)e−st dt ⇒
0 0 1
∫ ∫ ∫ ∫ 2
1
−st 1 −st 1 1 1 −st
2
−st
L[f (t)] = te dt + e dt = − te + e dt + e−st dt ⇒
0 1 s 0 s 0 1
1 1 1 1 2 1 1 1
L[f (t)] = − e−s − 2 e−st − e−st = − 2 e−s + 2 − e−2s
s s 0 s 1 s s s
Sabe-se que se uma função f (t) é de perı́odo K, então a transformada de Laplace; e:
∫K
f (t)e−st dt
L[f (t)] = 0
1 − e−Ks
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 367
Logo,
1 −s 1 1
− 2
e + 2 − e−2s 1 − e−s − se−2s
L[f (t)] = s s s =
1 − e−2s s2 (1 − e−2s )
1 − e−s − se−2s
Portanto, a transformada pedida é L[f (t)] = .
s2 (1 − e−2s )
Figura 4.6
∫ 2 ∫ 2
−st
L[f (t)] = f (t)e dt = (1 − t)e−st dt ⇒
0 0
2 2 s + 1
1 1
L[f (t)] = − (1 − t)e−st + 2 e−st = 2 (e−2s − 1)
s 0 s 0 s
Sabe-se que se uma função f (t) é de perı́odo K, então a transformada de Laplace; e:
∫K
0
f (t)e−st dt
L[f (t)] =
1 − e−Ks
Logo,
s + 1 −2s
2
(e − 1) 1 1
L[f (t)] = s =− − 2
1−e −2s s s
1 1
Portanto, a transformada pedida é L[f (t)] = − − 2 .
s s
Exercı́cio 4.1.21.
Determine a transformada de Laplace para as funções f (t) e f ′ (t):
Solução.
368 Christian José Quintana Pinedo
(s − α)2 − β 2
Observe que: L[teαt cos(βt)] = L[Re[te(α+iβ)t ]] =
[(s − α)2 + β 2 ]2
2β(s − α)
L[teαt sen(βt)] = L[Im[te(α+iβ)t ]] =
[(s − α)2 + β 2 ]2
(s − α)2 − β 2
Portanto, L[f (t)] = L[teαt cos(βt)] = .
[(s − α)2 + β 2 ]2
Por outro lado, f ′ (t) = eαt cos(βt) + αteαt cos(βt) − βteαt sen(βt).
∫+∞ ∫+∞
• L[eαt cos(βt)] = e−st eαt cos(βt)dt = Re[e−(s−(α+iβ))t ]dt =.
0 0
[ ] [ ]
e−(s−(α+iβ))t +∞ (s − α) + iβ s−α
= −Re = Re =
s − (α + iβ) 0 (s − α) + β
2 2 (s − α)2 + β 2
∫+∞
α[(s − α)2 − β 2 ]
• αt
L[αte cos(βt)] = αe−st teαt cos(βt)dt = .
[(s − α)2 + β 2 ]2
0
∫+∞
2β 2 (s − α)
• L[βteαt sen(βt)] = βe−st teαt sen(βt)dt = .
[(s − α)2 + β 2 ]2
0
s(s − α)2 − sβ 2
Portanto, L[f ′ (t)](s) = L[teαt cos(βt)] = .
[(s − α)2 + β 2 ]2
Outra solução
Aplicando a fórmula L[f ′ (t)](s) = sF (s) − f (0).
Tem-se L[f ′ (t)](s) = sL[f (t)](s) − f (0) ⇒
(s − α)2 − β 2
L[f ′ (t)](s) = L[teαt cos(βt)] = s · −0
[(s − α)2 + β 2 ]2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 369
s(s − α)2 − sβ 2
Portanto, L[f ′ (t)](s) = L[teαt cos(βt)] = .
[(s − α)2 + β 2 ]2
2. f (t) = senh3 t, f ′ (t) = 3senh2 t cosh t, f (0) = 0, f ′ (0) = 0
∫+∞
2αβ(s − α)
• αt
L[αte sen(βt)] = αe−st teαt sen(βt)dt = .
[(s − α)2 + β 2 ]2
0
∫+∞
β[(s − α)2 − β 2 ]
• αt
L[βte cos(βt)] = βe−st teαt cos(βt)dt = .
[(s − α)2 + β 2 ]2
0
1 s + ai s a
L[f (t)] = L[cos t + isent] = = 2 = + i
s − ai s + a2 s2 + a2 s2 + a2
A derivada de f (t) é f ′ (t) = i cos t − sent, pela primeira parte deste exercı́cio segue
a s
L[f ′ (t)] = L[−sent + i cos t] = − +i 2
s2 +a2 s + a2
1
6. f (t) = cosh tsent = (et + e−t )sent
2
∫∞ ∫+∞ ∫+∞
1 −st −t 1 −st t 1
L[f (t)] = e t
(e + e )sentdt = e e sentdt + e−st e−t sentdt ⇒
2 2 2
0 0 0
[ ]
1 1 1
L[f (t)] = +
2 (s − 1)2 + 12 (s + 1)2 + 12
∫∞ ∫+∞ ∫+∞
L[f (t)] = e−st [sent − t cos t]dt = e−st sentdt − e−st t cos tdt ⇒
0 0 0
∫
+∞
1 ∞ 1
L[f (t)] = L[sent] − − e−st t cos t + e−st [cos t − tsent]dt ⇒
s 0 s
0
∫
+∞
1 1 +∞ 1
L[f (t)] = L[sent]− − e−st [cos t − tsent] + e−st [−2sent − t cos t]dt ⇒
s s 0 s
0
+∞
∫ ∫+∞
1
L[f (t)] = L[sent] − 2 e−st [−3sent]dt + e−st [(sent − t cos t)]dt ⇒
s
0 0
s2 + 3 s2 + 3 1
L[f (t)] = L[sent] ⇒ L[f (t)] = · 2
s2 + 1 2
s +1 s +1
Por outro lado f ′ (t) = cos t − cos t + tsent ⇒ L[f ′ (t)] = L[tsent] ⇒
∫+∞ +∞ 1 ∫+∞
′ −st 1 −st
L[f (t)] = e tsentdt = − e tsent + e−st [sent + t cos t]dt
s 0 s
0 0
∫+∞
1 1 +∞ 1
L[f ′ (t)] = − e−st (sent + t cos t) + e−st [2 cos t − tsent]dt
s s 0 s
0
s2 + 1 2 s 2s
2
L[f ′ (t)] = 2 · 2 ⇒ L[f ′ (t)] =
s s s +1 (s2 + 1)2
s2 + 3 2s
Portanto, L[sent − t cos t] = , L[f ′ (t)] = .
(s2 + 1)2 (s2 + 1)2
1
8. f (t) = e−t sen2 t = e−t (1 − cos(2t))
2
[ ]
1 [ −t −t
] 1 1 (s + 1)
L[f (t)] = L[e ] − L[e cos(2t)] = −
2 2 s + 1 (s + 1)2 + 22
372 Christian José Quintana Pinedo
[ ]
1 1 s+1
Assim, L[f (t)] = − .
2 s + 1 (s + 1)2 + 22
A derivada f ′ (t) = −e−t sen2 t + e−t sen(2t)
1 s + ia s a
F (s) + iH(s) = = 2 2
= 2 2
+i 2
s + ai s +a s +a s + a2
Na igualdade das partes reais e as partes imaginárias concluı́mos que
s a
F (s) = L[cos(at)] = , H(s) = L[sen(at)] = , s>a
s2 + a2 s2 + a2
Exercı́cio 4.1.23.
∫t
senτ
Determine a transformada de Laplace para a função “seno integral” f (t) = dτ .
τ
0
Solução.
∫+∞ ∫t ∫+∞ ∫t
1 ∑ (−1)n
+∞
−st senτ −st
Sabemos que L[f (t)] = e dτ dt = e · · τ 2n+1 dτ dt
τ τ n=0 (2n + 1)!
0 0 0 0
∑
+∞ ∫+∞ ∫t ∑
+∞ ∫+∞
(−1)n −st (−1)n 1
L[f (t)] = · e 2n
τ dτ dt = · e−st t2n+1 dt =
n=0
(2n + 1)! n=0
(2n + 1)! (2n + 1)
0 0 0
∑
+∞
(−1)n 1 (2n + 1)! 1 ∑ (−1)n
+∞
1
L[f (t)] = · 2n+2
= · 2n+1
n=0
(2n + 1)! (2n + 1) s s n=0 (2n + 1) s
∫t
senτ 1 1
Portanto, L[f (t)] = L[ dτ ] = arctan .
τ s s
0
Exercı́cio 4.1.24.
∫+∞ [ ] ∫+∞
f (t)
Mostre que, se L[f (t)]ds converge, então L = L[f (t)]ds.
t
p p
Solução.
∫+∞ ∫+∞ ∫+∞ ∫+∞ ∫+∞
Sabe-se que L[f (t)]ds = e−st f (t)dt ds = e−st ds · f (t) dt então
p p 0 0 p
∫+∞
Como L[f (t)]ds converge a igualdade é válida e esta bem definida, além disso a
p
variável p pode ser qualquer outra exceto t.
[ ] ∫+∞
f (t)
Portanto, L = L[f (t)]ds.
t
p
Exercı́cio 4.1.25.
∫+∞
sent π
Utilizar a exercı́cio (4.1.24) para mostrar que dt =
t 2
0
Solução.
∫+∞ ∫+∞ ∫+∞ ∫+∞
1
Seja f (t) = sent, sabe-se que L[f (t)]ds = e−st sentdtds = ds, logo
s2 +1
p p 0 p
∫+∞
pelo exercı́cio (4.1.23) segue que L[f (t)]ds converge, logo pelo mesmo exercı́cio (4.1.24)
p
segue
[ ] ∫+∞ ∫+∞ ∫+∞ +∞ π
f (t) sent 1
L = L[f (t)]ds ⇒ dt = 2
ds = arctan s =
t t s +1 0 2
p 0 p
∫+∞
sent π
Portanto, dt = .
t 2
0
Exercı́cio 4.1.26.
Mostre que a função f (t) = 1/t2 não tem transformada de Laplace. Sugestão: Aplique
∫1
a definição da integral imprópria para mostrar que e−st f (t)dt não existe.
0
Solução.
Pela definição
[ ] ∫+∞ ∫1 ∫+∞
1 −st 1 −st 1 1
L 2 = e · 2 dt = e · 2 dt + e−st · 2 dt
t t t t
0 0 1
∫1
e−st
Para a primeira integral, dt temos:
t2
0
e−st ∫1
t2 1
Pelo critério de comparação, como lim+ 1 = 1, s > 0 e dt diverge, então
t→0
t2
t2
0
∫1 −st
e
dt diverge.
t2
0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 375
∫+∞
1 e−st 1
A segunda integral e−st · 2 dt existe, pois sendo s > 0 tem-se 2 < 2 .
t t t
1
∫+∞
1 1 +∞
Observe que dt = − =1
t2 t 1
1[ ]
1
Portanto, L 2 não existe.
t
Exercı́cio 4.1.27.
Mostre que se a ∈ R, então L[eat f (t)](s) = L[f (t)](s − a) = F (s − a).
Solução.
∫+∞
Sabemos que F (s) = L[f (t)](s) = e−st f (t)dt, por outro lado
0
∫+∞ ∫+∞
−(s−a)t
F (s − a) = e f (t)dt = e−st [eat f (t)]dt = L[eat f (t)](s)
0 0
Exercı́cio 4.1.28.
Usando a propriedade do deslocamento, determine uma função f (t) sabendo que sua
transformada de Laplace é
s−2
F (s) = 2
2s + 2s + 2
Solução.
[ ]
s−2 1 s−2
Temos F (s) = 2 = √ ⇒
2s + 2s + 2 2 (s + 1 )2 + ( 3 )2
2 2
[ ]
1 s + 12 5
F (s) = √ − 2
√ − =
2 (s + 1 )2 + ( 3 )2 (s + 1 )2 + ( 3 )2
2 2 2 2
[ √ ]
3
1 s + 12 10
F (s) = √ − √ · 2
√ − =
2 (s + 1 )2 + ( 3 )2 2 3 (s + 1 )2 + ( 3 )2
2 2 2 2
Observando a Tabelas, usando o propriedade do deslocamento e o Teorema da Linea-
ridade vemos que a função cuja transformada de Laplace é F (s) é dada por:
√ √
1 − 1 t[ ( 3 ) 10 ( 3 )]
f (t)) = e 2 cos t − √ sen t
2 2 2 3 2
376 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 4.1.29.
Use a propriedade do deslocamento para determinar:
a) L[e5t t3 ] b) L[e−2t cos(4t)] c) L[e−6t cosh(4t)]
Solução.
3!
a) Tem-se L[e5t t3 ](s) = L[t3 ](s − 5) =
(s − 5)4
6
Portanto, L[e5t t3 ] =
(s − 5)4
(s + 2)
b) Tem-se L[e−2t cos(4t)](s) = L[cos(4t)](s + 2) =
(s + 2)2 + 42
s+2
Portanto, L[e−2t cos(4t)] =
(s + 2)2 + 16
(s + 6)
c) Tem-se L[e−6t cosh(4t)](s) = L[cosh(4t)](s + 6) =
(s + 6)2 − 42
s+6
Portanto, c) L[e−6t cosh(4t)] = .
(s + 6)2 − 42
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 377
Exercı́cios 4-2
Exercı́cio 4.2.1.
Mediante a transformada de Laplace determine o cálculo das seguintes integrais:
∫+∞ ∫+∞ ∫+∞ −t
−2t sent e − e−3t
1. te cos tdt 2. dt 3. dt
t t
0 0 0
Solução.
∫+∞
1. te−2t cos tdt = L[f (t)] com s = 2 e f (t) = t · cos t.
0
∫+∞
r2 − 1 3
te−2t cos tdt = L[f (t)] = 2 2
=
s=2 (r + 1) s=2 25
0
∫+∞ ∫+∞ [ ]
sent −st sent sent π
π
2. dt = e dt = L[ ] = − arctan s =
t t s=0 t s=0 2 s=0 2
0 0
∫+∞[ ] [ ]
1 1 r + 1 +∞ s+3
= dr − dr = Ln[ ] = Ln[ ] = Ln3
r+1 r+3 s=0 r+3 s s=0 s+1
s
Exercı́cio 4.2.2.
Sabendo que y(0) = 3 e y ′ (0) = −1, aplicando a propriedade da transformada da
derivada, simplificar L[y ′′ (t) + 3y ′ (t) − 4y(t)].
Solução.
Exercı́cio 4.2.3.
Mostre que se f (t), f ′ (t), f ′′ (t), · · · , f (n−1) (t) são contı́nuas de ordem exponencial, e
f (n) (t) seccionalmente contı́nua em [0, +∞), então
L[f n (t)] = sn L[f (t)] − sn−1 f (0) − sn−2 f ′ (0) − · · · − sf (n−2) (0) − f (n−1) (0), s>0
Solução.
ı́sto é
∫ +∞
1 1
L[f (t)] = e−st f (t)dt = f (0) + L[f ′ (t)] ⇒ L[f ′ (t)] = sL[f (t)] − f (0)
0 s s
Suponhamos que, para n = h seja verdadeira a igualdade a mostrar.Logo para n =
h
∫ +∞1, sendo e f
+ (h)
é seccionalmente contı́nua, existe a seguinte integral L[f ′ (t)] =
e−st f (h+1) (t)dt para s > 0.
0
Integrando por partes
∫ +∞ ∫
−st (h) 1 −st (h) +∞ 1 +∞ −st (h+1)
(h)
L[f (t)] = e f (t)dt = − e f (t) + e f (t)dt
0 s 0 s 0
∑
h
L[f (h+1)(t)
]=s h+1
L[f (t)] − sh−k f (k) (0)
k=0
Exercı́cio 4.2.4.
Calcular as transformadas de Laplace das funções f (t) = cos at e senat calculando a
transformada de Laplace da função h(t) = eiat , i2 = −1.
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 379
1 s + ai s a
L[g(t)] = L[cos(at) + isen(at)] = = 2 = + i
s − ai s + a2 s2 + a2 s2 + a2
s a
Portanto, L[cos(at)] = , L[sen(at)] = 2 s > 0.
s2 + a2 s + a2
Exercı́cio 4.2.5.
Seja n um inteiro positivo. Calcular a transformada de Laplace da função fn :
[0, ∞) −→ R dada por fn (t) = tn , para n = 0, 1, 2, . . ..
Solução.
Quando: ∫ +∞
1
n = 0 temos f0 (t) = 1, logo L[f0 (t)] = e−st dt = , s>0
∫ 0+∞ s ∫
−st e−st t +∞ 1 +∞ −st
n = 1 temos f1 (t) = t, logo L[f1 (t)] = e tdt = − + e dt
0 s 0 s 0
e−st +∞ 1
L[f1 (t)] = −
2
= 2
s 0 s
∫ +∞ ∫
−st 2 e−st t2 +∞ 2 +∞ −st
2
n = 2 temos f2 (t) = t , logo L[f2 (t)] = e t dt = − + e tdt
0 s 0 s 0
∫
2 +∞ −st 2 2
L[f2 (t)] = e tdt = L[f1 (t)] = 3
s 0 s s
∫ +∞ ∫
−st 3 e−st t3 +∞ 3 +∞ −st 2
3
n = 3 temos f3 (t) = t , logo L[f3 (t)] = e t dt = − + e t dt
0 s 0 s 0
∫
3 +∞ −st 2 3 3×2 3!
L[f3 (t)] = e t dt = L[f2 (t)] = 4
= 4
s 0 s s s
∫ +∞
h!
Suponhamos que para n = h seja L[fh (t)] = e−st th dt = h+1 , s > 0
∫ +∞ s ∫
0
1 −st h+1 +∞ h + 1 ∞ −st h
−st h+1
n = h + 1 temos L[fh+1 (t)] = e t dt = − e t + e t dt
0 s 0 s 0
∫ +∞
h+1 h + 1 h!
L[fh+1 (t)] = e−st th+1 dt = L[fh (t)] = · h+1
0 s s s
n!
Portanto, L[fn (t)] = , s > 0, n = 0, 1, 2, . . .
sn+1
Exercı́cio 4.2.6.
Mediante a derivada da transformada determine L[t2 sen(2t)].
Solução.
380 Christian José Quintana Pinedo
Para aplicar esta propriedade temos que escrever a expressão em termos de s+4, assim
temos
[ ] [ ] [ ]
−1 5s −1 5(s + 4) − 20 −4t −1 5s − 20
L =L =e L
(s + 4)3 (s + 4)3 s3
[ ] [ ] [ ]
−1 5s −4t −1 1 −4t −1 1
L = 5e L − 20e L = 5e−4t (t − 2t2 )
(s + 4)3 s2 s3
[ ]
5s
Portanto, L−1 = 5te−4t (1 − 2t).
(s + 4)3
Exercı́cio 4.2.8.
Aplicando a transformada de Laplace da derivada, verificar que, se f (t) = t cos(at)
s2 − as
então L[f ](s) = 2
(s + a2 )2
Solução.
Seja f (t) = t cos(at) então f ′ (t) = cos(at) − tasen(at) ⇒ f ′′ (t) = −ta2 cos(at) −
2asen(at)
L[f ′′ (t)] = −a2 L[t cos(at)] − 2aL[sen(at)]
s2 L[f (t)] − sf (0) − f ′ (0) = −a2 L[f (t)] − 2aL[sen(at)]
a s2 − a2
(s2 + a2 )L[f (t)] = 1 − 2aL[sen(at)] ⇒ (s2 + a2 )L[f (t)] = 1 − 2a =
s2 + a2 s2 + a2
s2 − as
Portanto, L[f ](s) = .
(s2 + a2 )2
Exercı́cio 4.2.9.
[ ]
−1 1
Aplicando a propriedade da transformada da integral determine L .
s(s2 + 4)
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 381
F (s) 1 1
Para aplicar a propriedade escrevemos = 2
, logo F (s) = 2 . Apli-
s s(s + 4) s +4
cando a propriedade da transformada da integral
∫t ∫t t
1 1 1 1 1
L−1 [ 2 ]= L−1 [ 2 ]dx = sen(2x)dx = − cos(2x) = (1 − cos(2t))
s(s + 4) s +4 2 4 0 4
0 0
[ ]
1 1
Portanto, L−1 = (1 − cos(2t)).
s(s2+ 4) 4
Exercı́cio 4.2.10.
Sem calcular a integral, determine as transformadas de laplace.
[ ∫t ] [ ∫t ] [ ∫t ]
1. L ex dx 2. L cos xdx 3. L senx cos(t − x)dx
0 0 0
[ ∫t ] [ ∫t ] [ ∫t ]
4. L xet−x dx 5. L e−x senxdx 6. L t · senxdx
0 0 0
[ ∫t ] [ ∫t ] [ ∫t ]
−x −x
7. L e dx 8. L xsenxdx 9. L t · xe dx
0 0 0
Solução.
1. Pela Propriedade 4.9 temos
[ ∫t ] 1 1 1 1 1 1
L e dx = L[et ] = ·
x
= = − , s>1
s s s−1 s(s − 1) s−1 s
0
Outra solução
[ ∫t ] ∫+∞ ∫ t
No caso de calcular as integrais temos: L x
e dx = [ ex dx]e−st ds =
0 0 0
∫t +∞ ∫+∞
1 −st 1 1 1 1
= − [ e dx]e ds +
x
et e−st ds = = − , s>1
s 0 s s(s − 1) s−1 s
0 0
[ ∫t ] 1 1 s 1
L cos xdx = L[cos t] = · 2 2
= 2 , s>0
s s s +1 s + 12
0
Outra solução
[ ∫t ] ∫+∞ ∫ t
No caso de calcular as integrais temos: L cos xdx = [ cos xdx]e−st ds =
0 0 0
∫t +∞ +∞
1 1 1 1
=− [ cos xdx]e−st ds + [· (sent − s cos t)e−st ] = 2 , s>0
s 0 s 1−s 0 s + 12
0
382 Christian José Quintana Pinedo
[ ∫t ]
3. L senx cos(t − x)dx
0
1
Sejam f (x) = senx, g(x) = cos x, então F (s) = L[senx](s) = 2 , e G(s) =
s + 12
s
L[cos t](s) = 2 .
s + 12
∫t
Lembrando que L[ f (t − x)g(x)dx](s) = F (s)G(s) então
0
∫t ∫t
L[ g(t − x)f (x)dx](s) = L[ cos(t − x)senxdx](s) = G(s)F (s) ⇒
0 0
∫t [ ][ ]
s 1 s
L[ cos(t − x)senxdx](s) = 2 =
s + 12 s2 + 12 (s2 + 1)2
0
∫t
s
Portanto, L[ senx cos(t − x)dx](s) = .
(s2 + 1)2
0
[ ∫t ] [ ∫t ] [ ]
L xe dx = L et · xe−x dx = L et · f (t) = F (s − 1)
t−x
(4.3)
0 0
∫t
onde f (t) = xe−x dx e F (s) = L[f (t)](s).
0
∫t
1
A calcular F (s) = L[ xe−x dx](s) ⇒ F (s) = L[xe−x ](s)
s
0
n! 1 1
Sabe-se que L[tn eat ](s) = , s > a, logo F (s) = L[xe−x ](s) = .
(s − a)n+1 s (s + 1)2
Assim, em (4.3)
[ ∫t ] 1 1
L xet−x dx = = 2
((s − 1) + 1) 2 s
0
[ ∫t ] 1
t−x
Portanto, L xe dx = 2 .
s
0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 383
[ ∫t ] 1 1
5. Pela Propriedade 4.9 temos L e−x senxdx = L[e−x senx] = L[sent](s+1) ⇒
s s
0
[ ∫t ] 1
−x 1 A Bs + C
L e senxdx = · 2
= + 2
s (s + 1) + 1 s s + 2s + 2
0
1 1
1 = A((s + 1)2 + 1) + (Bs + C)s ⇒ A= ⇒ B=− ⇒ C = −1
2 2
[ ∫t ] 1 s+2
Portanto, L e−x senxdx = − 2 .
2s s + 2s + 2
0
[ ∫t ] d [
∫t ] d 1 d 1 1
6. Tem-se L t · senxdx = − L · senxdx = − [ L[senx]] = − [ · 2 ]
ds ds s ds s s + 1
0 0
[ ∫t ] 3s2 + 1
L t · senxdx =
s2 (s2 + 1)2
0
[ ∫t ] 3s2 + 1
Portanto, L t · senxdx = .
s2 (s2 + 1)2
0
∫
1
7. Pela Propriedade 4.9 e lembrando que L[ f (t)dt](s) = F (s), tem-se:
s
[ ∫t ] 1 1 1
L e dx = L[e−x ] = ·
−x
s s s+1
0
[ ∫t ] 1
−x
Portanto, L e dx = .
s(s + 1)
0
[ ∫t ] 1
8. Pela Propriedade 4.9 temos L xsenxdx = L[xsenx] ⇒
s
0
[ ∫t ] 1{ d }
1 d 1 2
L xsenxdx = − L[sent](s) = − [ 2
]= 2
s ds s ds s + 1 (s + 1)2
0
[ ∫t ] 2
Portanto, L xsenxdx = .
(s2 + 1)2
0
384 Christian José Quintana Pinedo
[ ∫t ] d [ ∫t ] d 1 d 1 1
9. Tem-se L t · xe−x dx = − L xe−x dx = − [ L[xe−x ]] = − [ · ]
ds ds s ds s (s + 1)2
0 0
[ ∫t ] 1−s
L t · xe−x dx =
s2 (s
+ 1)3
0
[ ∫t ] 1−s
−x
Portanto, L t · xe dx = .
s2 (s+ 1)3
0
Exercı́cio 4.2.11.
No Capı́tulo 3 usamos a função gama solução da equação de Bessel. Uma definição
∫+∞
dessa função é dada pela integral imprópria Γ(α) = tα−1 e−t dt, α > 0.
0
Γ(α + 1)
Portanto, L[tα ] = , α > 0.
sα+1
3. Pelas hipóteses para esta questão, e dos items 1. e 2. temos:
Γ( 21 + 1) 1 1 1 1 1 1 √
a) L[f (t)] = L[t 1/2
]= 1 = 3 Γ( + 1) = 3 · Γ( ) = 3 · π
s 2
+1
s
2 2 s2 2 2 2s 2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 385
−1/2 Γ(− 12 + 1)
1 1 √ 1
b) L[f (t)] = L[t ]= Γ( ) = 1 · π
− 12 +1
= 1
s s 2 s2 2
3
Γ( + 1) 1 3 3 1 3
c) L[f (t)] = L[t3/2 ] = 23 +1 = 3 +1 Γ( + 1) = · 5 Γ( ) ⇒
s2 s2 2 2 s2 2
3 1 1 1 3 1 1 3 √
L[f (t)] = · 5 Γ( + 1) = · · 5 Γ( ) = 5 π
2 s2 2 2 2 s2 2 4s 2
Exercı́cio 4.2.12.
Decomponha em frações parciais:
2s + 3 s2 + 1 1
1. 2. 3.
s + 3s − 10
2 s3 − 4s s2 − 3s + 2
s 2s − 1 s
4. 5. 6.
s +s−6
2 s2 − 4 2
(s + 1)(s + 5s + 6)
3s + 5 1 s3 + 2s2 − 3s + 1
7. 8. 9.
2s + 12s2 + 10s
3 4
s +1 s2 + 2s − 8
s2 + 1 s+1 s2 + 1
10. 11. 12.
(s − 3)(s2 + 4s + 3) s2 (s + 1) (s + 1)2 (s − 1)
s−3 2s + 5 s+7
13. 14. 15.
s − 4s + 4
2 s + 3s2 − 4
3 (s + 1)(s2 − 4s + 3)
s−1 1 s2
16. 17. 18.
2
s(s + 2s + 4) (s + 1)(s2 + 1) (s2 − 3s + 2)2
Solução.
2s + 3 2s + 3 2s + 3 A B
1. ⇒ ⇒ = +
s2 + 3s − 10 (s − 2)(s + 5) (s − 2)(s + 5) s+5 s−2
2s + 3 = A(s − 2) + B(s + 5) ⇒ A=B=1
2s + 3 1 1
Portanto, = + .
(s − 2)(s + 5) s+5 s−2
s2 + 1 s2 + 1 A B C
2. ⇒ = + +
s3 − 4s s(s + 2)(s − 2) s−2 s s+2
5 1
s2 + 1 = As(s + 2) + B(s + 2)(s − 2) + Cs(s − 2) ⇒ A=C= , B=−
8 4
1 1 1 1
3. ⇒ = −
s2 − 3s + 2 (s − 2)(s − 1) s−2 s−1
s s A B
4. ⇒ = +
s2 + s − 6 (s + 3)(s − 2) s+3 s−2
3 2
s = A(s − 2) + B(s + 3) ⇒ A= , B=
5 5
386 Christian José Quintana Pinedo
2s − 1 2s − 1 A B
5. ⇒ = +
s2 − 4 (s + 2)(s − 2) s−2 s+2
3 5
2s − 1 = A(s + 2) + B(s − 2) ⇒ A= , B=
4 4
s s A B C
6. ⇒ = + +
(s + 1)(s2+ 5s + 6) (s + 1)(s + 2)(s + 3) s+1 s+2 s+3
1 3
s = A(s+2)(s+3)+B(s+1)(s+3)+C(s+1)(s+2) ⇒ A = − , B = 2, C = −
2 2
s 1 2 3
Portanto, = − + − .
(s + 1)(s2 + 5s + 6) 2(s + 1) s + 2 2(s + 3)
3s + 5 3s + 5 A B C
7. ⇒ = + +
2s3 + 12s2 + 10s 2s(s + 5)(s + 1) 2s s + 5 s + 1
1
3s + 5 = A(s + 5)(s + 1) + 2Bs(s + 1) + 2Cs(s + 5) ⇒ A = 1, B = C = −
4
3s + 5 1 1 1
Portanto, = − − .
2s3 2
+ 12s + 10s 2s 4(s + 5) 4(s + 2)
1 1 1 1
8. ⇒ = = √ √
s4 + 1 s4 + 1 (s2 + 1)2 − 2s2 [s2 − 2s + 1][s2 + 2s + 1]
1 As + B Cs + D
= √ + √ ⇒
s4
+1 s − 2s + 1 s + 2s + 1
2 2
√ √
1 = (As + B)(s2 + 2s + 1) + (Cs + D)(s2 − 2s + 1) ⇒
√ √
s=0 ⇒ B + D = 1, s = 1 ⇒ 1 = (A + B)(2 + 2) + (C + D)(2 − 2)
√ √
s = −1 ⇒ 1 = (B − A)(2 − 2) + (D − C)(2 + 2)
somando estas duas últimas igualdades e de B + D = 1 segue:
√ √
2 = (A + B + D − C)(2 + 2) + (C + D + B − A)(2 − 2) ⇒
√ √
2 = 4(B + D) + 2 2(A − C) ⇒ −1 = 2(A − C)
de modo análogo restando, duas últimas igualdades segue:
√ √
0 = (A + B − D + C)(2 + 2) + (C + D − B + A)(2 − 2) ⇒
√
0 = 2(A + C) + (B − D) ⇒
√
2 1
de onde A = −C = − , B=D=
4 2
√ √
1 2 − 2s 2s + 2
Portanto, = √ + √ .
4
s +1 4(s2 − 2s + 1) 4(s2 + 2s + 1)
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 387
s3 + 2s2 − 3s + 1
9.
s2 + 2s − 8
s3 + 2s2 − 3s + 1 (s3 + 2s2 − 8s) + (5s + 1)
Observe =
s2 + 2s − 8 s2 + 2s − 8
s3 + 2s2 − 3s + 1 5s + 1 A B
=s+ =s+ + ⇒
s + 2s − 8
2 (s + 4)(s − 2) s+4 s−2
5s + 1 = A(s − 2) + B(s + 4) ⇒
11 19
s = 2 ⇒ B = , s = −4 ⇒ A =
6 6
s3 + 2s2 − 3s + 1 5s + 1 19 11
Portanto, =s+ =s+ + .
s + 2s − 8
2 (s + 4)(s − 2) 6(s + 4) 6(s − 2)
s2 + 1 s2 + 1 A B C
10. ⇒ = + +
(s − 3)(s2 + 4s + 3) (s − 3)(s + 3)(s + 1) (s − 3) (s + 3) (s + 1)
5 5 1
s2 +1 = A(s+3)(s+1)+B(s−3)(s+1)+C(s−3)(s+3) ⇒ A= ,B = ,C = −
12 6 4
s2 + 1 5 5 1
Portanto, = + − .
(s − 3)(s + 4s + 3)
2 12(s − 3) 6(s + 3) 4(s + 1)
s+1
11.
s2 (s
+ 1)
⇕
⇕
⇕
s2 + 1 (s2 − 1) + 2
12. = =
(s + 1)2 (s − 1) (s + 1)2 (s − 1)
(s2 − 1) 2 1 2
+ = + (4.4)
(s + 1) (s − 1) (s + 1) (s − 1)
2 2 s + 1 (s + 1)2 (s − 1)
2 A B C
Por outro lado, = + + ⇒
(s + 1)2 (s − 1) (s + 1) (s + 1)2 (s − 1)
2 = A(s + 1)(s − 1) + B(s − 1) + C(s + 1)2 ⇒
1
Se s = 1 ⇒ 2 = 4C C = , se s = −1 ⇒ 2 = −2B ⇒
⇒ B = −1
2
1
Se s = 0 ⇒ 2 = −A − B + C ⇒ A = −
2
2
(s + 1) 1 1 1 1
Em (4.5) = − − +
(s + 1) (s − 1)
2 s + 1 2(s + 1) (s + 1) 2 2(s − 1)
(s2 + 1) 1 1 1
Portanto, = − +
(s + 1)2 (s − 1) 2(s + 1) (s + 1)2 2(s − 1)
388 Christian José Quintana Pinedo
s−3 (s − 2) − 1
13. =
s2− 4s + 4 (s − 2)2
s−3 1 1
Portanto, = −
s2 − 4s + 4 (s − 2) (s − 2)2
2s + 5
14.
s3 + 3s2 − 4
2s + 5 2s + 5 A B C
= = + +
s3 + 3s − 4
2 (s − 1)(s + 4s + 4)
2 s − 1 s + 2 (s + 2)2
2s + 5 = A(s + 2)2 + B(s − 1)(s + 2) + C(s − 1)
1 7 7
s = −2 ⇒ C=− , A= , B=−
3 9 9
2s + 5 7 7 1
Portanto, = − − .
s3 + 3s2 − 4 9(s − 1) 9(s + 2) 3(s + 2)2
s+7 s+7
15. =
(s + 1)(s − 4s + 3)
2 (s + 1)(s − 1)(s − 3)
s+7 A B C
= + +
(s + 1)(s − 1)(s − 3) (s + 1) (s − 1) (s − 3)
s + 7 = A(s − 1)(s − 3) + B(s + 1)(s − 3) + C(s + 1)(s − 1) ⇒
3
Se s = 1 ⇒ 8 = −4B ⇒ B = −2, se s = −1 ⇒ 6 = 8A ⇒ A=
4
4
Se s = 3 ⇒ 10 = 8C ⇒ C=
5
s+7 3 2 4
Portanto, = − + .
(s + 1)(s − 4s + 3)
2 4(s + 1) (s − 1) 5(s − 3)
s−1 s−1 A B C
16. ⇒ = + +
s(s2 + 2s + 4) s(s + 2) 2 s s + 2 (s + 2)2
1 1 3
s − 1 = A(s + 2)2 + Bs(s + 2) + Cs ⇒ A=− , B= , C=
4 4 2
s−1 1 1 3
Portanto, =− + + .
s(s2 + 2s + 4) 4s 4(s + 2) 2(s + 2)2
1 1 A Bs + C
17. ⇒ = + 2 ⇒
(s + 1)(s2 + 1) 2
(s + 1)(s + 1) s + 1 (s + 1)
1 1
1 = A(s2 + 1) + (Bs + C)(s + 1) ⇒ A= , C=
2 2
1 3 1
s=2 ⇒ 1 = (5) + 6B + , B=−
2 2 2
1 1 s−1
Portanto, = − .
(s + 1)(s2 + 1) 2(s + 1) 2(s2 + 1)
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 389
s2 s2 A B C D
18. = = + + +
(s − 3s + 2)
2 2 (s − 2) (s − 1)
2 2 (s − 2) (s − 2)2 (s − 1) (s − 1)2
s2 4 4 4 1
Portanto, =− + + + .
(s − 3s + 2)
2 2 s − 2 (s − 2) 2 s − 1 (s − 1)2
Exercı́cio 4.2.13.
[ ]
−1 s2 + 6s + 9
Calcule L .
(s − 2)(s − 1)(s + 4)
Solução.
⇕
⇕
Exercı́cio 4.2.14.
[ ( )]
−1 s−1
Determine L Ln .
s+1
Solução.
Tem-se
[ s2 + 2 ] [ s2 + 2 ] [ ] [ ]
−1 −1 −1 1 −1 2
L =L =L −L =
s(s2 + 2s + 2) s[(s + 1)2 + 1] s [(s + 1)2 + 1]
[ s2 + 2 ]
Portanto, L−1 = 1 − 2e−t sent.
s(s2 + 2s + 2)
Exercı́cio 4.2.16.
1
Determine a transformada Inversa de Laplace de F (s) = .
s4 −9
Solução.
390 Christian José Quintana Pinedo
Em frações parciais
[ ] [ [ ] ]
1 1 1 1 1 1 1 1 1
= − = √ √ − √ − 2
s4 − 9 6 s2 − 3 s2 + 3 6 2 3 s− 3 s+ 3 s +3
[ 1 ] 1[ 1 [ √ √ ] 1 √
]
−1 − 3s
L = √ e 3s
−e − √ sen( 3t)
s4 − 9 6 2 3 3
[ 1 ] √3 √ √
Portanto, L−1 4 = [senh( 3t) − sen( 3t)].
s −9 18
Exercı́cio 4.2.17.
Determine a transformada inversa de Laplace para as funções:
2s − 5 s s e−s e−2s
1. 2. 3. − −
2
s(s + s + 12) 4
s +4 s4 + 4 s2 s2 − 1
5s + 3 1 1
4. 5. 6.
(s + 1)(s + 2)(s + 3) s (1 − e−2s )
3 2
s(s + 4)
Solução.
Observe que:
[ ]
1 −1 1 1 1
• L − = · (et − e−t )sen(t)
4 (s − 1) + 1 (s + 1) + 1
2 2 4
e−s
• L−1 [ ] = u1 (t)(t − 1) = t − 1 se t > 1.
s2
[ ]
1 −1 −2s 1 1 1 1
• L [e · − ] = u2 (t)[et−2 − e−(t−2) ] = [et−2 − e−(t−2) ] se
2 s−1 s+1 2 2
t > 2.
[ s e−s e−2s ] 1 t −t 1
Portanto, L−1 4 − 2 − 2 = ·(e −e )sen(t)−(t−1)− [et−2 −e−(t−2) ]
s +4 s s −1 4 2
sempre que t > 2.
[ 1 ] [ ∑ e−2ns ] ∑
+∞ [ −2ns ] ∑
+∞ +∞
−1 −1 −1 e
L = L = L = u2n (t)f (t − 2n)
s3 (1 − e−2s ) n=0
s3 n=0
s3 n=0
[1]
t2 (t − 2n)2
onde f (t) = L−1 =
então f (t − 2n) = .
s3 2 2
[ 1 ] ∑ +∞
(t − 2n)2
−1
Portanto, quad L = se t > 2n.
s3 (1 − e−2s ) n=0
2
[ ]
1 1 1 s
6. Pelo método das frações parciais, obtemos = − .
s(s2 + 4) 4 s s2 + 4
[ ] [ ] [ ]
−1 1 1 −1 1 1 −1 s 1 1
Assim, L = L − L = − cos 2x.
s(s2 + 4) 4 s 4 s2 + 4 4 4
392 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 4.2.18.
Considere L[f ](s) = F (s), determine f (t).
2 1 3
1. F (s) = + 2. F (s) = .
s2 (s + 2)(s − 1) (s + 2)(s − 1) (s − 1)(s2 + 4)
Solução. 1.
2 1
Temos a transformada F (s) = + , é imediato que
s2 (s + 2)(s − 1) (s + 2)(s − 1)
1 1 1
= − , por outro lado:
(s + 2)(s − 1) 3(s − 1) 3(s + 2)
2 A B C D
= + 2+ + ⇒
s (s + 2)(s − 1)
2 s s s+2 s−1
2 = As(s + 2)(s − 1) + B(s + 2)(s − 1) + Cs2 (s − 1) + Ds2 (s + 2) ⇒ s = 0 ⇒ B = −1
2 1 1
s = 1 ⇒ D = , s = −2 ⇒ C = − , s = −1 ⇒ A = −
[ 3 ] 6[ ]2
1 1 1 2 1 1
logo F (s) = − − 2 − + + − .
2s s 6(s + 2) 3(s − 1) 3(s − 1) 3(s + 2)
1 1 1 1 1 1
F (s) = − − 2 − + ⇒ f (t) = − − t − e−2t + et
2s s 2(s + 2) s − 1 2 2
1 1
Portanto, f (t) = − − t − e−2t + et
2 2
Solução. 2.
3
Temos a transformada F (s) = , é imediato que:
(s − 1)(s2 + 4)
[ ]
3 3 1 s−1
F (s) = = −
(s − 1)(s2 + 4) 5 s − 1 s2 + 22
[ ]
3 −1 1 s s
logo f (t) = L − + ⇒
5 s − 1 s2 + 22 ) s2 + 22
[ ] [ ] [ ]
3 −1 1 3 −1 s 3 −1 1
f (t) = L − L + L s>1
5 s−1 5 s2 + 22 5 s2 + 22
3 3 3
Portanto, f (t) = et − cos(2t) + sen(2t).
5 5 10
Exercı́cio 4.2.19.
Determine:
[( 3 1 )2 ] [ 1 ] [1]
1. L−1 − 3 2. L−1 2 3. L−1 4
[ s s1 1] [ s s+−s 2− 6 ] [s 64 ]
−1 1 −1 −1 1
4. L − + 5. L 6. L −
s2 s − 2 s s2 (s2 + 4) s2 s5
[ s ] [ 3 ] [ 12s ]
7. L−1 8. L−1 9. L−1
(s − 1)(s − 2)(s − 3) (s − 1)(s2 + 4) s2 + 9
[ s−5 ] [ 6s + 3 ] [ 1 ]
10. L−1 √ √ 11. L−1 2 12. L−1
(s + 5)(s − 5) (s + 1)(s2 + 4) s4 − 16
2
s + 6s + 9 [ 1 ]
13. L−1 [ ] 14. L−1 2
(s − 2)(s − 1)(s + 4) (s + 9)(s2 + 4)
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 393
[( 3 1 )2 ] [ ] [ ] [ ]
−1 9 −1 6 −1 1
1. L−1 − = L − L + L
s s3 s2 s4 s6
[( 3 1 2) ] 1 5
Portanto, L−1 − 3 = 9t − t3 + t.
s s 120
[ 1 ] [ 1 ] [ 1 1 ]
−1 −1 −1
2. L =L =L − ⇒
s2 + s − 6 (s + 3)(s − 2) 5(s − 2) 5(s + 3)
[ 1 ] 1 1
−1
L = e2t − e−3t
s +s−6
2 5 5
[ 1 ] 1 1 −3t
−1
Portanto, L = e2t
− e .
s2 + s − 6 5 5
[ ] t3
−1 1
3. É imediato, ver tabela L =
s4 3!
[1 1 1 ] [ 1 ] [ 1 ] [1]
4. L−1 2 − + = L−1 2 − L−1 + L−1
s s−2 s s s−2 s
[1 1 1 ]
Portanto, L−1 2 − + = t − e2t + 1.
s s−2 s
[ s−2 ] 1 [ ] 1 [ ] 1 [ s ] 1 [ 2 ]
−1 −1 s −1 2 −1 −1
5. L = L − L − L + L
s2 (s2 + 4) 4 s2 4 s2 4 s2 + 4 4 s2 + 4
1 1 1 1
= − (2t) − cos(2t) + sen(2t)
4 4 4 4
1
Portanto, f (t) = [1 − 2t − cos(2t) + sen(2t)].
4
[1 64 ] [ ] [ ] [ ] 64 [ ]
−1 −1 1 −1 64 −1 1 −1 4!
6. L − 5 =L −L =L − L
s2 s s2 s5 s2 4! s5
[1 64 ] 8
Portanto, L−1 2 − 5 = t − t4 .
s s 3
[ s ] [ A ] [ B ] [ C ]
−1 −1 −1 −1
7. L =L +L +L
(s − 1)(s − 2)(s − 3) s−1 s−2 s−3
1 3
s = A(s−2)(s−3)+B(s−1)(s−3)+C(s−1)(s−2) ⇒
A = , B = −2, C =
2 2
[ s ] [ 1 ] [ 2 ] [ 3 ]
L−1 = L−1 − L−1 + L−1
(s − 1)(s − 2)(s − 3) 2(s − 1) s−2 2(s − 3)
[ s ] 1 3
−1
Portanto, L = et − 2e2t + e3t .
(s − 1)(s − 2)(s − 3) 2 2
[ 3 ]
8. L−1
(s − 1)(s2 + 4)
3
Temos a transformada F (s) = , é imediato que
(s − 1)(s2 + 4)
[ ]
3 3 1 s
F (s) = = −
(s − 1)(s2 + 4) 5 s − 1 s2 + 22 )
394 Christian José Quintana Pinedo
logo
[3 [ 1 ]
s + 1 ] 3 −1
[
1
]
3 −1
[
s
]
3 −1
[
1
]
−1
f (t) = L − = L − L − L
5 s − 1 s2 + 22 ) 5 s−1 5 s2 + 22 ) 5 s2 + 22 )
3 3 3
Portanto, f (t) = et − cos(2t) − sen(2t), s > 1.
5 5 5
[ 12s ]
−1
9. É imediato, ver tabela L = 12 cos(3t)
s2 + 9
[ s−5 ] [ 1 ] √ [ 1 ]
10. L−1 √ √ = L−1 √ − (5 + 5) · L−1 √ √
(s + 5)(s − 5) s− 5 (s + 5)(s − 5)
[ 1 ] (5 + 5) √ [ [ 1 ] [ 1 ]]
−1 −1 −1
=L √ − √ · L √ −L √
s− 5 2 5 s− 5 s+ 5
[ s−5 ] √ √ √
Portanto, L−1 √ √ = e 5t − (1 + 5)senh( 5t).
(s + 5)(s − 5)
[ s−5 ] [ 1 ] √ [ 1 ]
7. L−1 √ √ = L−1 √ − (5 + 5) · L−1 √ √
(s + 5)(s − 5) s− 5 (s + 5)(s − 5)
[ 1 ] (5 + 5) [ √ [ 1 ] [ 1 ]]
−1 −1 −1
=L √ − √ · L √ −L √
s− 5 2 5 s− 5 s+ 5
[ s−5 ] √ √ √
Portanto, L−1 √ √ = e 5t − (1 + 5)senh( 5t).
(s + 5)(s − 5)
[ 6s + 3 ] [ ] [ ]
−1 −1 As + B −1 Cs + D
11. L =L +L
(s2 + 1)(s2 + 4) s2 + 1 s2 + 4
6s + 3 = (As + B)(s2 + 4) + (Cs + D)(s2 + 1)
s=0 ⇒ 3 = 4B + D, s=1 ⇒ 9 = 5(A + B) + 2(C + D)
s = −1 ⇒ −3 = 5(−A + B) + 2(−C + D) ⇒ 3 = 5B + 2D
s=2 ⇒ 15 = 8(2A + B) + 5(2C + D), B = 1, D = −1, A = 2, C = −2
[ 6s + 3 ] [ ] [ ]
−1 2s + 1 −1 2s + 1
L−1 2 = L − L
(s + 1)(s2 + 4) s2 + 1 s2 + 4
[ s ] [ 1 ] [ s ] [ 1 ]
−1 −1 −1 −1
= 2L +L − 2L −L
s2 + 1 s2 + 1 s2 + 4 s2 + 4
[ 6s + 3 ]
Portanto, L−1 2 = 2(cos t − cos(2t)) + sent − sen(2t).
(s + 1)(s2 + 4)
[ 1 ] [ [ 1 ] [ 1 ]] 1 [ 1 ]
−1 1 −1 −1 −1
12. L = L − L − L
s4 − 16 32 s−2 s+2 8 s2 + 22
1 2t 1 1
f (t) = [e − e−2t ] − · sen(2t)
32 8 2
1 2t
Portanto, f (t) = [e − e−2t − 2sen(2t)].
32
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 395
s2 + 6s + 9 A B C
= + + ⇒
(s − 2)(s − 1)(s + 4) s−2 s−1 s+4
a s2 − a2 2a3
L[h(t)] = − a · =
s2 + a2 (s2 + a2 )2 (s2 + a2 )2
2a3
Portanto, L[h(t)] = .
(s2 + a2 )2
Exercı́cio 4.2.21.
s+1
Determine a função cuja transformada de Laplace é , s >0
s2 (s+ 2)3
Solução.
Temos que:
s+1 A B C D E
= + 2+ + +
s2 (s
+ 2) 3 s s (s + 2) (s + 2) 2 (s + 2)3
1 [ s2 ( 2 )] 2 −1 [ 1 ]
f (t) = − L−1 − = L
t 1 + s2 s3 t s(s2 + 1)
2 [1 s ] 2[ [1] [ s ]]
f (t) = L−1 − 2 = L−1 − L−1 2
t s (s + 1) t s (s + 1)
2
f (t) = (1 − cos t)
t
2
Portanto, f (t) = (1 − cos t).
t
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 397
Exercı́cio 4.2.24.
k k
Mostre que se 0 ≤ x < b ≤ ≤ 1 ou 0 ≤ ≤ b < x ≤ 1, então
n n
Solução.
k k
x n (1 − x)1− n
≤ e−2(x−b) .
2
A mostrar que k k
b (1 − b)
n
1− n
Definimos a função:
[ k k
]
x n (1 − x)1− n
F (x) = Ln k k + 2(x − b)2
b (1 − b)
n
1− n
k k [ k k
]
F (x) = · Lnx + (1 − )Ln(1 − x) + Ln b (1 − b) n
1− n
+ 2(x − b)2
n n
k
Suponhamos 0 ≤ ≤ b < x ≤ 1, quando x → b+ segue que F (b) = 0.
n [ k k
]
Como b < 1 é fixo, então Ln b (1 − b)
n
1− n
é positivo fixo e
[ ]
k k
lim · Lnx + (1 − )Ln(1 − x) = −∞
x→1− n n
de onde
x n (1 − x)1− n ≤ e−2(x−b) b n (1 − b)1− n
k k 2 k k
k
Por outro lado, se x = 0 a desigualdade é imediata, suponhamos 0<x<b≤ ≤ 1,
n
quando x → b− segue que F (b) =
[ 0. ]
k k
Como b < 1 é fixo, então Ln b n (1 − b)1− n é positivo fixo e
[ ]
k k
lim · Lnx + (1 − )Ln(1 − x) = −∞
x→0+ n n
de onde
x n (1 − x)1− n ≤ e−2(x−b) b n (1 − b)1− n
k k 2 k k
398 Christian José Quintana Pinedo
Sabendo que
∑( n ) n (
∑ n
)
x (1 − x)
k n−k
≤ xk (1 − x)n−k = 1 (4.5)
k k
k∈A k=0
k k
x n (1 − x)1− n ≤ e−2(x−b) b n (1 − b)1− n
k k 2 k k
b2 ≤ ≤ 1 ou 0 ≤ ≤ b1 ⇒ (4.7)
n n
Das relações (4.5), (4.6) e (4.7) tem-se
( ) ( )
∑n ∑
n
n k n
|fˆ(x) − p̂(x)| = fˆ(x) xk (1 − x)n−k − fˆ( ) xk (1 − x)n−k ≤
k n k
k=0 k=0
∑n ( )
k
≤ fˆ(x) − fˆ( ) n xk (1 − x)n−k ≤
n k
k=0
( )
ϵ ∑ k n
≤ + ˆ ˆ
f (x) − f ( n ) k x (1 − x)
k n−k
2 k
| n −x|>δ
ϵ ∑( n ) ∑( n )
≤ + 2M x (1 − x)
k n−k
+ 2M xk (1 − x)n−k
2 k k
k
n
≥b2 k
n
≤b1
1
Sergey Natanovich Bernstein (1880 − 1968) foi um matemático ucraniano. Sua tese de doutorado,
defendida em 1904 na Sorbonne, resolveu o décimo-nono problema de Hilbert sobre a solução analı́tica
de equações diferenciais elı́pticas. Publicou diversos trabalhos em teoria da probabilidade, fundamentos
matemáticos da genética entre outros.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 399
ϵ ∑( n ) ∑( n )
−2δ 2 n −2δ 2 n
≤ + 2M e b2 (1 − b2 )
k n−k
+ 2M e bk1 (1 − b1 )n−k
2 k k
k
n
≥b2 k
n
≤b1
ϵ
+ 4M e−2δ n ≤ ϵ
2
≤
2
Portanto, se f : [a, b] −→ R é uma função contı́nua, então para todo ϵ > 0, existe um
polinômio p(t) tal que |f (t) − p(t)| < ϵ, para todo t ∈ [a, b].
Exercı́cio 4.2.26.
A função de Bessel de primeira espécie de ordem zero J0 tem como série de Taylor
∑+∞
(−1)n t2n
J0 (t) = . Supondo que as transformadas de Laplace a seguir possam ser
n=0
22n (n!)2
calculadas termo a termo, verifique que:
1
1. L[J0 (t)] = √ , s>1
s2 + 1
√ 1
2. L[J0 ( t)] = e−1/4s , s>0
s
Solução.
∑
+∞
(−1)n t2n t2 t4 t6 t8
1. Tem-se J0 (t) = =1− + − + − ···.
n=0
22n (n!)2 22 24 (2!)2 26 (3!)2 28 (4!)2
t2 t4 t6 t8 t10
J0 (t) = 1 − + − + − + ···
22 22 42 22 42 62 22 42 62 82 22 42 62 82 102
t2 t4 t6 t8 t10
L[J0 (t)] = L[1] − L[ 2 ] + L[ 2 2 ] − L[ 2 2 2 ] + L[ 2 2 2 2 ] − L[ 2 2 2 2 2 ] + · · ·
2 24 246 2468 2 4 6 8 10
1 2! 4! 6! 8! 10!
L[J0 (t)] = − 2 3 + 2 2 5 − 2 2 2 7 + 2 2 2 2 9 − 2 2 2 2 2 11 + · · ·
s[ 2 s 24s 246s 2468s 2 4 6 8 10 s ]
[ ]2 [ ]4 [ ]6 [ ]8
1 1 1 1·3 1 1·3·5 1 1·3·5·7 1
L[J0 (t)] = 1− + − + − ···
s 2 s 2·4 s 2·4·6 s 2·4·6·8 s
1 1 1
L[J0 (t)] = ·√ =√
s 1+ 1 2
s +1
s2
1
Portanto, L[J0 (t)] = √ , s > 1.
s2 + 1
√
√ ∑ (−1)n ( t)2n
+∞ ∑ (−1)n
+∞ √ 2n
2. Tem-se L[J0 ( t)] = L[ ] = L[( t) ] ⇒
n=0 22n (n!)2 2n
n=0 2 (n!)
2
√ ∑
+∞
(−1)n ∑
+∞
(−1)n n! 1 ∑ (−1)n 1
+∞
L[J0 ( t)] = n
L[t ] = · = · ⇒
n=0
22n (n!)2 n=0
22n (n!)2 sn+1 s n=0 4n (n!) sn
[ ]n
√ 1∑ 1
+∞
−1 1
L[J0 ( t)] = · = e−1/4s , s>0
s n=0 (n!) 4s s
√ 1
Portanto, L[J0 ( t)] = e−1/4s , s>0
s
400 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 4.2.27.
∫+∞
Mostre que, se f é de classe A, e supondo exista s0 ∈ R e e−st f (t)dt = 0 para
0
todo s > s0 exceto um número finito de pontos de descontinuidade, então f (t) = 0 para
todo t > 0 exceto em possivelmente em seus pontos de descontinuidade.
Solução.
Sendo se f é de classe A ela é seccionalmente contı́nua e de ordem exponencial.
∑
+∞
Consideremos qualquer polinômio de coeficientes reais p(x) = ak xk então
k=0
∫+∞ ∫+∞ ∑
+∞ ∑
+∞ ∫+∞
e−st p(e−t )f (t)dt = e−st ak (e−t )k f (t)dt = ak e−t(s+k) f (t)dt = ⇒
0 0 k=0 k=0 0
∫+∞ ∑
+∞
−st −t
e p(e )f (t)dt = ak · 0 = 0
0 k=0
isto completa a definição de G(x) com G(0) = 0, logo, tem-se que G(x) = xs−1 f (−Lnx)
é contı́nua em x = 0.
Por outro lado, G(x) é função limitada em 0 ≤ x ≤ 1 seccionalmente contı́nua e
satisfaz a condição
∫1
G(x) · p(x)dx = 0
0
Para cada polinômio p(x), isto implica que G(x) = 0 em 0 ≤ x ≤ 1 exceto possivel-
mente nos pontos da descontinuidade.
Quando escolhemos uma base ortogonal completa {pi (x)}i∈N de polinômios definidos
em [0, 1]. Podemos garantir que se g(x) é uma função seccionalmente contı́nua em [0, 1]
∫1
e ortogonal a cada polinômio pi (x), i = 1, 2, 3, · · · , isto é se g(x) · pi (x)dx = 0, então
0
g(x) = 0 em [0, 1] xceto eventualmente nos pontos da descontinuidade de g(x).
Esta teória amplia o caso em que g(x) for seccionalmente contı́nua com uma infinidade
(enumerável) de descontinuidades.
Exercı́cio 4.2.29.
Mostre as seguintes propriedades para a função delta de Dirac.
∫+∞
2. δ(t − a)dt = 1
0
( esa − e−sϵ )
3. L[δϵ (t − a)](s) = e−sϵ
2ϵs
5. Se a = 0 então L[δ(t)](s) = 1
∫+∞ ∫+∞
6. f (t)δ(t − a)dt = f (a), em particular f (t)δ(t − a)dt = f (a)
0 0
Solução.
402 Christian José Quintana Pinedo
0 se 0 ≤ t < a − ϵ
1
Seja a função δϵ (t − a) = se a − ϵ ≤ t < a + ϵ ϵ > 0, a > 0.
2ϵ
0 se t ≥ a + ϵ
Para pequenos valores de ϵ, δϵ (t − a) é essencialmente uma função constante de grande
magnitude que está “ligada” por um curto perı́odo em torno de t = a.
Por definição a função Delta de Dirac é
δ(t − a) = lim δϵ (t − a)
ϵ→0
A última expressão, que na verdade não é uma função, pode ser caracterizada por
duas propriedades
{ ∫+∞
+∞ se t = a
i) δ(t − a) = ii) δ(t − a)dt = 1
0 ̸ a
se t =
0
∫+∞
δ(t − a)dt =
0
0
4. Como esta última expressão tem a forma indeterminada quando ϵ → 0 aplicamos
0
regra de L´Hospital
( esϵ − e−sϵ )
−sa
L[δ(t − a)] = lim L[δϵ (t − a)] = e lim = e−sa
ϵ→0 ϵ→0 2sϵ
6.
7.
404 Christian José Quintana Pinedo
4.3 Aplicações
Exercı́cios 4-3
Exercı́cio 4.3.1.
2
Mostrar que não existe transformada de Laplace para a função f (t) = et , para nenhum
valor de s.
Solução.
∫+∞
t2
e−st · et dt
2
L[e ] =
0
2
Com efeito, desde que ev > ev em (1, +∞), então. se s > 0
∫+∞ ∫+∞
e(t−s/2) · e−s /4 dt = e−s /4
2 2 2 2
= e(t−s/2) dt
0 0
Considerando v = t − s/2
∫+∞
t2 −s2 /4 2
L[e ] = e e(t−s/2) dt =
0
∫∞ ∫1 ∫+∞
= e−s ev dv = e−s
2 /4 2 2 /4 2 2
ev dv + ev dv
−s/2 −s/2 1
1
∫ ∫+∞ ∫+∞ ∫+∞
≥ e−s /4 ev dv + ev dv ≥ e−s /4 ev dv ≥ e−s /4
2 2 2 2 2 2
ev dv = +∞
0 1 1 1
Exercı́cio 4.3.2.
tan t π
se 0≤t<
Mostre que a função f (t) =
0 π 2 não admite transformada de
se t≥
2
laplace.
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 405
Suponhamos m(s) = minπ {e−st } = min{1, e−sπ/2 }, então como a função tangente
0≤t≤ 2
tem assı́ntota em π/2
∫π/2 ∫R
= m(s) tan tdt = m(s) limπ tan tdt
R→ 2
0 0
Exercı́cio 4.3.3.
Aplicando Transformada de Laplace, resolva as equações:
1. y ′ + y = e−t , y(0) = 5
2. y ′ + 3y = 13sen(2t); y(0) = 6.
1. y ′ + y = e−t , y(0) = 5
Aplicamos a Transformada de Laplace a esta EDO Linear para obter:
L[y ′ + y] = L[e−t ]
1
pelas propriedades enunciadas segue que L[y ′ + y] = . Usando a fórmula da
s+1
1
transformada da derivada, obtemos sY (s) − y(0) + Y (s) = ⇒
s+1
1 1 5
sY (s) − 5 + Y (s) = ⇒ Y (s) = 2
+
s+1 (s + 1) s+1
2. y ′ + 3y = 13sen(2t); y(0) = 6.
26
pelas propriedades enunciadas segue que sY (s) − y(0) + 3Y (s) = ⇒
s2 + 22
26 26 6
(s + 3)Y (s) = + 6 ⇒ Y (s) = +
s2
+2 2 2 2
(s + 3)(s + 2 ) (s + 3)
[ ]
1 s 3 6
Y (s) = 2 − 2 2
+ 2 2
+
s+3 s +2 s +2 (s + 3)
2 2 s2 − 3s + 1
(s3 −3s2 +3s−1)Y (s)−s2 +3s−1 = ⇒ Y (s) = +
(s − 1)3 (s − 1)6 (s − 1)3
1 1 1 2
Y (s) = − − + ⇒
s − 1 (s − 1) 2 (s − 1) 3 (s − 1)6
[ ] [ ] [ ] [ ]
−1 1 −1 1 −1 1 −1 2
y(t) = L −L −L +L
s−1 (s − 1)2 (s − 1)3 (s − 1)6
1 1
Portanto, y(t) = et − tet − t2 et + t5 et .
2 60
Exercı́cio 4.3.4.
∫t
Achar f (t) da seguinte igualdade f (t) + f (r)dr = 1.
0
Solução.
∫t ∫t
Tem-se L[f (t) + f (r)dr](s) = L[f (t)](s) + L[ f (r)dr](s) = L[1](s)
0 0
1 1 1
F (s) + F (s) = ⇒ F (s) = ⇒ f (t) = e−t
s s s+1
Portanto, f (t) = e−t .
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 407
Exercı́cio 4.3.5.
Escreva cada uma das funções em termos de funções de grau unitário. Ache a trans-
formada de Laplace da função dada:
{ 1 se 0≤t<4
2 se 0 ≤ t < 3
1. f (t) = 2. f (t) = 0 se 4≤t<5
−2 se 3 ≤ t
{ { 1 se 5≤t
0 se 0 ≤ t < 1 0 se 0 ≤ t < 3π
2
3. f (t) = 4. f (t) =
{ t 2
se 1 ≤ t { sent se 3π
2
≤ t
t se 0 ≤ t < 2 sent se 0 ≤ t < 2π
5. f (t) = 6. f (t) =
0 se 2 ≤ t 0 se 2π ≤ t
Solução.
A transformada de Laplace: L[f (t)] = L[1] + L[(0 − 1)u4 (t)] + L[(1 − 0)u5 (t)]
1 1 −4s 1 5s
Portanto, L[f (t)] = − e + e .
s s s
3. Em termos da função de Heaviside, f (t) = u1 (t)t2 .
Sua transformada de Laplace é:
2 −s 1 1
Portanto, L[f (t)] = 3
e + 2 2 e−s + e−s .
s s s
4. Em termos da função de Heaviside, f (t) = u 3π (t)sent.
2
3π 3π 3π 3π 3π 3π
sent = sen[(t − )+ = sen(t − ) cos( ) + sen( ) cos(t − )
2 2 2 2 2 2
3π
L[f (t)] = L[u 3π (t)sent] = −L[cos(t − )u 3π (t)]
2 2 2
s
e− 2 s .
3π
Portanto, L[u 3π (t)sent] = −
2 s2 +1
408 Christian José Quintana Pinedo
1 1 −2s 2 −2s
Portanto, L[t − u2 (t)t] = − e − e .
s2 s2 s
6. Em termos da função de Heaviside, f (t) = sent − u2π (t)sent.
Sua transformada de Laplace é L[f (t)] = L[sent] − L[u2π (t)sent]
1 1
Portanto, L[f (t)] = − 2 e−2πs .
s2 +1 s +1
Exercı́cio 4.3.6.
Achar as transformadas de Laplace para as seguintes funções
1 −s
1. Sua transformada de Laplace é L[(t − 1) · u(t − 1)] = e
s2
2 −s
2. Sua transformada de Laplace é L[(t − 1)2 · u(t − 1)] = e
s3
3. Para a função: L[(t − 1)u(t − π) · cos t], podemos escrever:
2 2
[ ]
e− 2 s s2 − 1
π
π π
Portanto, L[(t − 1)u(t − ) · sent] = 2 + ( − 1)s .
2 s + 1 s2 + 1 2
7. Sua transformada de Laplace é
1 1 1
L[et · u(t − )] = e− 2 L[e(t− 2 ) · u(t − )] = e− 2 · e− 2 s
1 1 1 1
1
2 2 s+ 2
1 2
L[et · u(t − )] = e− 2 (1+s)
1
Portanto, .
2 2s + 1
1 1
8. Sua transformada de Laplace é L[u(t − 1) · cosh t] = L[u(t − 1) · et ] + L[u(t − 1)e−t
2 2
1 1 −1 −(t−1) 1 −s 1 1 −1 s 1
= eL[u(t − 1) · e ] + e L[u(t − 1)e
t−1
= e·e + e ·e .
2 2 2 s−1 2 s+1
1 1
Portanto, L[u(t − 1) · cosh t] = · e1−s + · e−(1−s) .
2(s − 1) 2(s + 1)
Exercı́cio 4.3.7.
Seja a uma constante positiva. Se a transformada de Laplace da função f : [0, +∞] −→
R é F (s). Mostre que a transformada de Laplace da função g(t) = ua (t) · f (t − a) é
G(s) = e−as F (s) para s > a.
Solução.
410 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 4.3.8.
Determine a transformada de Laplace das seguintes funções:
1. f (t) = (t − 2)3 u(t − 2)
2. f (t) = (t − 1)2 u(t − 1)e1−t
3. f (t) = eλ(α−t) sen(t − α)u(t − α)
Solução.
6 −2s
1. Sua transformada de Laplace é L[f (t)] = L[(t − 2)3 u(t − 2)] = e .
s4
6 −2s
Portanto, L[(t − 2)3 u(t − 2)] = e .
s4
2. f (t) = (t − 1)2 u(t − 1)e1−t = u(t − 1)(t − 1)2 e−(t−1)
Lebrar: L[ua (t)f (t − a)](s) = e−as F (s), s>a
2
Portanto, L[u(t − 1)(t − 1)2 e1−t ] = e−s L[t2 e−t ] = e−s .
(s + 1)3
3. f (t) = eλ(α−t) sen(t − α)u(t − α) = u(t − α)e−λ(t−α) sen(t − α)
1
Portanto, L[eλ(α−t) sen(t − α)u(t − α)] = e−αt .
(s + λ)2 + 1
Exercı́cio 4.3.9.
Determine a{transformada de Laplace para as funções: {
0 se 0 ≤ t < 1 sent se 0≤t<π
1. f (t) = 2. f (t) =
(t − 1) se 1 ≤ t t≥π
2
0 se
0 se 0 ≤ t < 1
3. f (t) = 2 se 1 ≤ t < 2 4. f (t) =
0 se t ≥ 2
Solução.
{
0 se 0 ≤ t < 1
1. f (t) =
(t − 1)2 se 1 ≤ t
Esta função escrita em termos da função de Heaviside como f (t) = (t − 1)2 · u1 (t).
2
Portanto, L[f (t)] = L[(t − 1)2 · u1 (t)] = e−s 3 .
s
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 411
{
sent se 0 ≤ t < π
2. f (t) =
0 se t ≥ π
Esta função pode ser escrita em termos da função de Heaviside como f (t) = sent −
uπ (t)sent.
Para usarmos a propriedade do deslocamento em t escrevemos assim
sent = sen(t − π + π) = sen(t − π) cos π + senπ cos(t − π) = −sen(t − π)
logo f (t) = sent − uπ (t)sent = sent + uπ (t)sen(t − π)
1 1
Portanto, L[f (t)] = 2 + e−πs 2 .
s +1 s +1
3. Podemos escrever
0 se 0 ≤ t < 1
f (t) = 2 se 1 ≤ t < 2 = 0 + (2 − 0)u1 (t) + (0 − 2)u2 (t) ⇒
0 se t ≥ 2
2e−s 2e−2s
L[f (t)] = 2L[u1 (t)] − 2L[u2 (t)] = −
s s
2
Portanto, L[f (t)] = [e−s − e−2s ].
s
Exercı́cio 4.3.10.
{ t2
ke se t<B
Mostre que a função f (t) = admite transformada de laplace,
10 M
se t≥B
onde k, M e B são constantes.
Solução.
Pela definição da transformada de Laplace tem-se
∫∞ ∫B ∫∞
L[f (t)] = e−st f (t)dt = e−st · ke dt +
t2
e−st · 10M dt
0 0 B
∫B ∫R
−st+t2
L[f (t)] = k e dt + 10M lim e−st dt
R→∞
0 B
∫R ∫B
e−st dt + ke−s
2 /4 2
= 10M lim e(t−s/2) dt
R→∞
B 0
O valor obtido assim, será finito e bem definido, sem importar quais grandes sejam
M , B ou k, para qualquer s > 0. A última integral, em verdade não podemos calcular
mediante funções elementares, não obstante podemos limitar assim. Seja m(s) = max(t −
s 2
) para 0 ≤ t ≤ B, então
2
∫B ∫B
2
et−s/2) dt ≤ em(s) dt = em(s) B
0 0
Exercı́cio 4.3.11.
Resolver as seguintes equações diferenciais de pvi.
{ ′′ { ′′
f (t) − f (t) = 1 f (t) + f (t) = 0
1. ′ 2. ′
f
′′(0) = 0, f (0) = 1 f (0)′ = 1, f (0) = 0
f (t) + ωf (t) = 0 Lf (t) + Rf (t) = E
3. f (0) = A, f ′ (0) = 0 4. f (0) = 0
ω e A constantes L, R e E são constantes
Solução.
Portanto, f (t) = et − 1.
1
[1 − e− L ].
R
Portanto, f (t) =
R
Exercı́cio 4.3.12.
Resolver cada um dos pvis.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 413
4. y ′′ − 2y ′ + y = et + t; y(0) = 1, y ′ (0) = 0
Solução.
1. y ′ − 3y = e2t , y(0) = 1
Calculamos primeiramente a transformada de cada membro da equação diferencial
dada:
L[y ′ ] − 3L[y] = L[e2t ]
1
Dai, L[y ′ ] = sY (s) − y(0) = sY (s) − 1 e L[e2t ] = .
s−2
1 s−1
Resolvendo: sY (s) − 1 − 3Y (s) = ⇒ Y (s) =
s−2 (s − 2)(s − 3)
s−1 A B
Usando frações parciais = + o que implica
(s − 2)(s − 3) s−2 s−3
s − 1 = A(s − 3) + B(s − 2)
2. y ′ + y = e−t , y(0) = 5
Aplicamos a Transformada de Laplace a esta EDO Linear para obter:
L[y ′ + y] = L[e−t ]
1
pelas propriedades enunciadas segue que L[y ′ + y] = . Usando a fórmula da
s+1
1
transformada da derivada, obtemos sY (s) − y(0) + Y (s) = ⇒
s+1
1 1 5
sY (s) − 5 + Y (s) = ⇒ Y (s) = +
s+1 (s + 1)2 s + 1
1 1 1 1
L[y] = + − + 2 (4.8)
(s − 1)3 (s − 1) (s − 1)2 s (s − 1)2
1 A B C D
= + + + ⇒
s2 (s − 1)2 s s2 (s − 1) (s − 1)2
1 = As(s − 1)2 + B(s − 1)2 + Cs2 (s − 1) + Ds2 ⇒ D = 1, B=1
s=2 ⇒ A + 2C = −2, s = −1 ⇒ 2A + C = 2 ⇒ C = −2, A=2
em (4.8)
1 1 1 2 1 2 1
L[y] = + − + + 2− + ⇒
(s − 1)3 (s − 1) (s − 1)2 s s (s − 1) (s − 1)2
1 2! 2 1 1
L[y] = · + + 2−
2! (s − 1) 3 s s (s − 1)
1 2 t
Portanto, f (t) = · t e + 2 + t − et .
2!
5. y ′′ + 2y ′ + 5y = 4e−t cos 2t;y(0) = 1, y ′ (0) = 0
4(s + 1)
Temos L[y ′′ + 2y ′ + 5y] = L[4e−t cos 2t] = ⇒
(s + 1)2 + 22
[ 2 ] 4(s + 1)
s Y (s) − sy(0) − y ′ (0) + 2 [sY (s) − y(0)] + 5Y (s) =
(s + 1)2 + 22
[ 2 ] 4(s + 1)
s Y (s) − s + 2 [sY (s) − 1] + 5Y (s) =
(s + 1)2 + 22
4(s + 1)
[s2 + 2s + 5]Y (s) = +s+2
(s − 1)2 + 22
4(s + 1) s+2
Y (s) = 2 2 2
+
[(s + 1) + 2 ] (s + 1)2 + 22
4(s + 1) s+1 1
Y (s) = + +
[(s + 1)2 + 22 ]2 (s + 1)2 + 22 (s + 1)2 + 22
1
Portanto, f (t) = tsen(2t) + cos(2t) + sen(2t).
2
6. y ′′ + 4y = t2 + 3et ;y(0) = 0, y ′ (0) = 2
2! 3
Temos L[y ′′ + 4y] = L[t2 + 3et ] = 3 + ⇒
s s−1
[ 2 ] 2! 3
s Y (s) − sy(0) − y ′ (0) + 4Y (s) = 3 +
s s−1
2! 3 2! 2s + 1
(s2 + 4)Y (s) = + + sy(0) + 2 ⇒ Y (s) = +
s3 s−1 s3 (s2 + 4) (s − 1)(s2 + 4)
por outro lado
2! A B C Ds + E
= + + + ⇒
s3 (s2 + 4) s s2 s3 s2 + 4
416 Christian José Quintana Pinedo
De modo análogo
2s + 1 A Bs + C
= + 2
(s − 1)(s + 4)
2 (s − 1) (s + 4)
24 7 3
s = 2, 5= + 2B + ⇒ − =B
5 5 5
assim
2s + 1 3 3s 7
= − +
(s − 1)(s2 + 4) 5(s − 1) 5(s2 + 4) 5(s2 + 4)
A transformada inversa
s 1 1 3 3s 7
Y (s) = − + 3+ − +
8(s2 + 4) 8s 2s 5(s − 1) 5(s + 4) 5(s + 4)
2 2
7(2) 19s 1 2! 3
Y (s) = − − + 3+
2 2
10(s + 4) 40(s + 4) 8s 4s 5(s − 1)
7 19 1 1 3
Portanto, y(t) = sen(2t) − cos(2t) − + t2 + et .
10 40 8 4 5
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 417
3 13
Portanto, y(t) = 2 cos(2t) − t cos(2t) − sen(2t).
4 16
10. y ′′ + 4y = et ; y(0) = 0, y ′ (0) = 0.
Aplicando transformada de Laplace
1
s2 L[y] − sy(0) − y ′ (0) + 4L[y] = L[et ] = ⇒
s−1
[ ]
1 1 1 s 1
L[y] = 2 = − − ⇒
(s + 4)(s − 1) 5 (s − 1) (s2 + 4) (s2 + 4)
Pelas fórmulas da tabela:
[ ]
1 t 1
f (t) = e − cos(2t) − sen(2t)
5 2
1
Portanto, f (t) = [2et − 2 cos(2t) − sen(2t)].
10
11. y ′′ − 2y ′ + y = e2t ; y(0) = 0, y ′ (0) = 0.
Aplicando transformada de Laplace
1
s2 L[y] − sy(0) − y ′ (0) − 2sL[y] − 2y(0) + L[y] = L[e2t ] = ⇒
s−2
1 1
(s + 1)2 L[y] = ⇒ L[y] =
s−2 (s − 2)(s + 1)2
1 A B C
= + + ⇒
(s − 2)(s + 1)2 (s − 2) (s + 1) (s + 1)2
1 1 3
1 = A(s + 1)2 + B(s − 2)(s + 1) + C(s − 2) ⇒ A = , B = − , C=−
9 9 9
1 1 3
F (s) = − −
9(s − 2) 9(s + 1) 9(s + 1)2
1
Portanto, f (t) = [e2t − e−t − 3te−t ].
9
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 419
1 2 3 + 3(s + 1)
L[y] = ⇒ L[y] = −
((s + 1)2 + 1)(s − 1) 5(s − 1) 10((s + 1)2 + 1)
2 3(s + 1) 3
L[y] = − −
5(s − 1) 10((s + 1) + 1) 10((s + 1)2 + 1)
2
1
Portanto, f (t) = [4et − 3e−t cos t − 3e−t sent].
10
13. 3y ′′ − 12y ′ + 12y = 4e2x sen(2x), y(0) = C1 , y ′ (0) = C2 onde C1 e C2 cons-
tantes. Temos
2
L[e2x sen(2x)] =
(s − 2)2 + 4
a transformada da equação diferencial é
8
3s2 Y (s) − 3C1 s − 3C2 − 2sY (s) + 12C1 + 12Y (s) =
(s − 2)2 + 4
Esta equação é uma equação algébrica que pode ser simplificada, issolando Y (s) na
forma
3C1 s + 3C2 − 12C1 8
Y (s) = + ⇒
3s − 12s + 12
2 [(s − 2) + 4](3s2 − 12s + 12)
2
C1 s + C2 − 4C1 8
Y (s) = + ⇒
s2 − 4s + 4 3[(s − 2)2 + 4](s2 − 4s + 4)
C1 s + C2 − 4C1 8
Y (s) = + ⇒
(s − 2)2 3[(s − 2)2 + 4](s − 2)2
C1 C2 − 2C1 8
Y (s) = + + ⇒
s−2 (s − 2)2 3[(s − 2)2 + 4](s − 2)2
assim
C1 C2 − 2C1 2 2
Y (s) = + + − ⇒
s−2 (s − 2)2 3(s − 2)2 3[(s − 2)2 + 4]
420 Christian José Quintana Pinedo
2
C1 C2 − 2C1 + 2
3
Y (s) = + 3
−
s−2 (s − 2)2 (s − 2)2 + 4
A transformada inversa de cada uma das frações parciais identificamos usando as
transformadas calculadas em secções anteriores.
2 1
y(t) = C1 e2t + (C2 − 2C1 + )te2t − e2t sen(2t)
3 3
[ ]
′ 2 1
Portanto, y(t) = e y(0)(1 − 2t) + y (0) · t + t − sen(2t) .
2t
3 3
14. y ′′ + 4y ′ + 13y = 2t + 3e−2t cos3t, y(0) = 0, y ′ (0) = −1.
Aplicando transformada de Laplace:
L[y ′′ + 4y ′ + 13y] = L[2t + 3e−2t cos3t]
2 3(s + 2)
[s2 Y (s) − y(0)s − y ′ (0)] + 4[sY (s) − y(0)] + 13Y (s) = 2
+
s (s + 2)2 + 9
2 3(s + 2)
(s2 + 4s + 13)Y (s) + 1 = 2
+
s (s + 2)2 + 9
2 3(s + 2) 1
Y (s) = + −
s2 ((s + 2)2 + 9) ((s + 2)2 + 9)2 (s + 2)2 + 9
Por outro lado,
2 A B C(s + 2) + D
= + 2+
s2 [(s 2
+ 2) + 9] s s [(s + 2)2 + 9]
8 26 8 10
onde A=− , B= , C= , D=− . logo
169 169 169 169
( ) ( 8 ) ( 26 )
−1 2 −1 − 169 −1 169
L (t) = L (t) + L (t)+
s2 [(s + 2)2 + 9] s s2
( + 2) )
8
(s ( − 169
10 )
−1 169 −1
+L (t) + L (t)
[(s + 2)2 + 9] [(s + 2)2 + 9]
( 2 ) 8 2 8 −2t 10 −2t
L−1 2 2
(t) = − + t+ e cos(3t) − e sen(3t)
s [(s + 2) + 9] 169 13 169 507
Finalmente, como
3(s + 2) 3 d( 1 ) 1 d( 3 )
=− · =− ·
[(s + 2)2 + 9]2 2 ds (s + 2)2 + 9 2 ds (s + 2)2 + 9
tem-se que
3(s + 2) 1
2 2
= te−2t sen(3t)
[(s + 2) + 9] 2
Portanto, de todos estes resultados tem-se a solução do pvi
8 2 8 179 1
y(t) = − + t + e−2t [ cos(3t) − sen(3t) − tsen(3t)]
169 13 169 507 2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 421
1
L[y ′′ − 2y ′ + y] = L[f (t)] ⇒ L[y(t)] = F (s) ⇒
(s − 1)2
∫t
t
y(t) = te ⋆ F (s) = xex f (t − x)dx
0
∫t
Portanto, y(t) = xex f (t − x)dx.
0
Exercı́cio 4.3.13.
Use a fórmula do deslocamento para determinar:
1 s
a) L−1 [ e−2s ] b) L−1 [ 2 e−πs/2 ] c) L−1 [3]
4 s +9
1
d) L−1 [ e−s ]
s(s + 1)
Solução.
4. Lembrar: L[ua (t)f (t − a)](s) = e−as F (s), s > a ⇒ L−1 [e−as F (s)] = ua (t)f (t − a)
1 1 1 −s
L−1 [ e−s ] = L−1 [ e−s ] − L−1 [ e ] = u1 (t) − u1 (t)e−(t−1)
s(s + 1) s s+1
Exercı́cio 4.3.14.
Resolver o problema de contorno dado:
1. y ′′ + 2y ′ + y = 0; y(1) = 2 y ′ (0) = 2.
Solução.
422 Christian José Quintana Pinedo
1. y ′′ + 2y ′ + y = 0; y(1) = 2 y ′ (0) = 2.
Temos L[y ′′ ](s) + 2L[y ′ ](s) + L[y](s) = 0
Exercı́cio 4.3.15.
Resolver o pvi:
π π π π
1. y ′′ + y = 2t, y( ) = , y′( ) = .
4 2 4 2
2. y ′′ − 2y ′ + y = et−1 ; y(1) = 0, y ′ (1) = 5.
π π π √
3. y ′′ + y = 2t; y( ) = , y ′ ( ) = 2 − 2.
4 2 4
π 13 π 3π
4. y ′′ + 4y = 3sen(2t), y( ) = − , y′( ) = − 4, .
4 16 4 8
Solução.
Resolver o pvi:
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 423
2
s2 F (s) − sy(0) − y ′ (0) + F (s) =
s2
2 2 s 1
[s2 +1]F (s) = +sy(0)+y ′ (0) ⇒ F (s) = + 2 y(0)+y ′ (0) 2
s2 s2 (s2 + 1) (s + 1) (s + 1)
1 1 s 1
F (s) = 2[ 2
− 2 ]+ 2 y(0) + y ′ (0) 2
s s +1 (s + 1) (s + 1)
y(t) = 2[t − sent] + y(0) cos t + y ′ (0)sent = 2t + y(0) cos t + [y ′ (0) − 2]sent
∫+∞
[s2 F (s) − sy(0) − y ′ (0)] − 2[sF (s) − y(0)] + F (s) = e−1 e−(s−1)t dt ⇒
0
e−1 −(s−1)t +∞
(s − 1)2 F (s) = y(0)[s − 2] + y ′ (0) − e ⇒
(s − 1) 0
s−2 ′ 1 e−1
F (s) = y(0) · + y (0) · +
(s − 1)2 (s − 1)2 (s − 1)3
1 1 e−1
F (s) = y(0) · + [y ′ (0) − y(0)] · +
(s − 1) (s − 1)2 (s − 1)3
1
y(t) = Aet + Btet + t2 et e−1
2
1 1
y(1) = Ae1 + Be1 + e1 e−1 = 0 ⇒ A + B = − e−1
2 2
1 9
y ′ (1) = Ae + 2Be + 1 + =5 ⇒ A = − e−1 , B = 4e−1
2 2
1
Portanto, y(t) = 5(t − 1)et−1 + (t − 1)2 et−1 .
2
424 Christian José Quintana Pinedo
[ ] 6
s2 L[y] − sA − B) + 4L[y] = ⇒
s2 + 22
6
(s2 + 4)L[y] = sA + B + ⇒
s2 + 2 2
s B 6
L[y] = A 2 + 2 + 2 ⇒
(s + 4) (s + 4) (s + 22 )2
Pelas fórmulas da tabela:
B 6
y(t) = A cos(2t) + sen(2t) + [sen(2t) − 2t cos(2t)]
2 16
π B 6 13 19
y( ) = + =− ⇒ B=−
4 2 16 16 8
6
y ′ (t) = −2Asen(2t) + B cos(2t) + [2 cos(2t) − 2 cos(2t) + 4tsen(2t)]
16
π 24 π 3π
y ′ ( ) = −2A + = −4 + ⇒ A=2
4 16 4 8
assim
19 6
y(t) = 2 cos(2t) − sen(2t) + [sen(2t) − 2t cos(2t)]
8 16
3
Portanto, y(t) = 2 cos(2t) − t cos(2t) − 2sen(2t).
4
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 425
Exercı́cio 4.3.16.
Resolver o seguinte pvi por três métodos estudados e compare as soluções.
Solução.
2 1 1 1
A solução particular é: yp = (− e−t [t + 1])et + (− e2t [t − ])e−2t = −t − .
3 3 2 2
1
A solução geral da equação é: y = C1 et + C2 e−2t − − t.
2
1
Observe que y ′ = C1 et − 2C2 e−2t − 1, dos dados iniciais y(0) = C1 + C2 − = 0
2
1
e y ′ (0) = C1 − 2C2 − 1 = 1 segue que C1 = 1 e C2 = − .
2
1 1
Portanto, a solução particular é y(t) = et − − t − e−2t .
2 2
426 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 4.3.17.
Determine a solução de:
2. ty ′′ − y ′ = t2 ; y(0) = 0.
3. ty ′′ + y = 0; y(0) = 0.
3!
(s2 L[y] − sy(0) − y ′ (0)) − 4(sL[y] − y(0)) + 4L[y] = ⇒
(s − 2)4
3! 1 5! 1
⇒ L[y] = = · = t5 e2t
(s − 2)6 20 (s − 2) 6 20
1 5 2t
Portanto, a solução particular é y(t) = te .
20
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 427
2. ty ′′ − y ′ = t2 ;
y(0) = 0.
1 ∫ 1
Podemos escrever z ′ − z = t onde z = y ′ , o fator integrante é µ(t) = e − t dt =
t
−Lnt 1
e =
t ∫
1 1
z· = · tdt + C = t + C ⇒ y ′ = t2 + Ct
t t
Aplicamos a Transformada de Laplace a esta EDO Linear para obter: obtemos
2 1
L[y ′ ] = L[t2 ] − L[Ct] = L[t2 ] ⇒ sL[y] − y(0) = + C
s3 s2
2 1 2 3 1 2
L[y] = 4
+ 3C ⇒ y= t + tC
s s 3! 2
2 3 1 2
Portanto, a solução particular é y(t) = t + t C.
3! 2
Outra solução
Aplicamos a Transformada de Laplace a esta EDO Linear para e obtemos:
d 2!
L[ty ′′ − y ′ ] = L[ty ′′ ] − L[y ′ ] = L[t2 ] ⇒ (−1) L[y ′′ ] − L[y ′ ] = 3
ds s
d 2 2!
(−1) [s F (s) − sy(0) − y ′ (0)] − [sF (s) − y(0)] = 3
ds s
da condição inicial segue
2! 3 2!
−2sF (s) − s2 F ′ (s) − sF (s) = ⇒ F ′ (s) + F (s) = − 5
s3 s s
∫ 3 3
o fator integrante para esta equação linear é µ(t) = e s ds = eLns = s3 .
∫
2! 3 2 2 C
F (s) · s = −
3
· s ds + C = + C ⇒ F (s) = +
s5 s s4 s3
2 C 2 3 1 2
L−1 [F (s)] = L−1 [ 4
] + L−1 [ 3 ] ⇒ y= t + tC
s s 3! 2
2 3 1 2
Portanto, a solução particular é y(t) = t + t C.
3! 2
3. ty ′′ + y = 0; y(0) = 0.
Aplicamos a Transformada de Laplace a esta EDO Linear para e obtemos:
d
L[ty ′′ + y] = L[ty ′′ ] + L[y] = L[0] ⇒ (−1) L[y ′′ ] + L[y] = 0
ds
d 2
(−1) [s F (s) − sy(0) − y ′ (0)] + F (s) = 0
ds
da condição inicial segue
F ′ (s) 2s − 1
−2sF (s) − s2 F ′ (s) + F (s) = 0 ⇒ =− 2 ⇒
F (s) s
428 Christian José Quintana Pinedo
1 1
LnF (s) = + 2Lns + LnC ⇒ F (s) = Cs2 e s ⇒
s
1 [ 11 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ]
F (s) = C 2 1 − + − + − + · · ·
s 1! s 2! s2 3! s3 4! s4 5! s5 6! s6
[1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 ]
F (s) = C 2 − + − + − + · · ·
s 1! s3 2! s4 3! s5 4! s6 5! s7 6! s8
como y(t) = L−1 [F (s)] segue
[t 1 t2 1 t3 1 t4 1 t5 1 t6 1 t7 (−1)n tn+1
y(t) = C − + − + − + + ··· +
1! 1! 2! 2! 3! 3! 4! 4! 5! 5! 6! 6! 7! n! (n + 1)!
∑
+∞
(−1)n tn+1
Portanto, a solução particular é y(t) = .
n=0
n! (n + 1)!
2!
(s2 L[y] − sy(0) − y ′ (0)) − 6(sL[y] − y(0)) + 9L[y] = ⇒
(s − 3)3
2! 1 1 4! 1 1
⇒ L[y] = +2 = · +2 = t4 e3t + 2e3t
(s − 3) 5 (s − 3) 12 (s − 3)5 (s − 3) 12
1 4 3t
Portanto, a solução particular é y(t) = t e + 2e3t .
12
√ π
5. y ′′ + y = 8 2sen(t + ); y(0) = 0, y ′ (0) = −4.
4
Aplicamos a Transformada de Laplace a esta EDO Linear para obter:
√ π √ π π
L[y ′′ + y] = L[8 2sen(t + )] = 8 2L[sent cos + sen cos t]
4 4 4
pelas propriedades enunciadas segue que:
[√ √ ]
√ 2 2
(s2 L[y] − sy(0) − y ′ (0)) + L[y] = 8 2 L[sent] + L[cos t]
2 2
[ ] [ ]
1+s 1 s 4
2
(s + 1)L[y] = 8 − 4 ⇒ L[y] = 8 + −
(s2 + 1) (s2 + 1)2 (s2 + 1)2 (s2 + 1)
[ ]
1 1
y(t) = 8 (sent − t cos t) + tsent − 4sent
2 2
Exercı́cio 4.3.18.
Resolver cada um dos pvis.
Solução.
1 e−2πs
L[y] = + = senht + u2π (t)senh(t − 2π)
(s2 − 1) (s2 − 1)
s+1 1
L[y] = 2
− e−3πs ⇒
(s + 1) + 1 (s + 1)2 + 1
1
y(t) = e−t cos t − L−1 [e−3πs 2
] = e−t cos t − et−3π sen(t − 3π) · u3π (t)
(s + 1) + 1
Portanto, a solução particular é y(t) = e−t cos t − et−3π sen(t − 3π) · u(t − 3π).
430 Christian José Quintana Pinedo
1 1
s2 L[y] + L[y] = e−2πs cos π + 1 ⇒ L[y] = − e−2πs + 2 ⇒
s2 +1 s +1
1
y(t) = −L−1 [ e−πs ] + sent = −uπ (t)sen(t − π) + sent
s2 +1
1
(s2 + 4s + 5)L[y] = e−2πs ⇒ L[y] = e−2πs ·
(s + 2)2 + 1
L[y] = e−2(t−2π) sen(t − 2π)u2π (t) = e−2(t−π) sent · u2π (t)
5e−2s 5e−4s
L[z(t)] = 5L[u2 (t)] − 5L[u4 (t)] = −
s s
432 Christian José Quintana Pinedo
L[y ′′ + 2y ′ + y] = L[z(t)]
2. ty ′′ − y ′ = t2 ; y(0) = 0.
Tem-se L[ty ′′ ](s) − L[y ′ ](s) = L[t2 ](s)
d 2!
L[y ′′ ](s) − (sF (s) − y(0)) = 3
(−1)
ds s
d 2! d 2!
− [s2 F (s) − sy(0)) − y ′ (0)] − sF (s) = 3 ⇒ − s2 F (s) − sF (s) = 3
ds s ds s
2! 3 2
−(s2 F ′ (s) + 2sF (s)) − sF (s) = 3 ⇒ F ′ (s) + F (s) = − 5
s s s
2 C
Resolvendo esta equação linear de primeira ordem F (s) = 4
+ 3 ⇒
s s
2 −1 1 2t3 t2 C
y(t) = L−1 [F (s)] = L−1 [ ] + CL [ ] = +
s4 s3 3! 2!
2t3 t2 C
Portanto, y(t) = + .
3! 2!
3. ty ′′ + y = 0; y(0) = 0.
d
Tem-se L[ty ′′ ](s) + L[y](s) = 0 ⇒ L[y ′′ ](s) + F (s) = 0
(−1)
ds
d d
− [s2 F (s) − sy(0) − y ′ (0)] + F (s) = 0 ⇒ − s2 F (s) + F (s) = 0
ds ds
( )
2 ′ ′ 2s − 1
−s F (s) − 2sF (s) + F (s) = 0 ⇒ F (s) + F (s) = 0
s2
1
Resolvendo esta equação diferencial segue F (s) = Ce−1/s , isto é
s2
( )
1 1 1 1 1 1 1 (−1)n 1
F (s) = C 2 1 − · + · 2 − · 3 + ··· + · n + ···
s 1! s 2! s 3! s n! s
Portanto,
( )
−1 t 1 t2 1 t3 1 t4 (−1)n tn+1
y(t) = L [F (s)] = C − · + · − · + ··· + · + ···
1! 1! 2! 2! 3! 3! 4! n! (n + 1)!
1 s 1 2
L[y] = e−1 + y(0) + y ′ (0) − y(0)
(s − 1)3 (s − 1) 2 (s − 1) 2 (s − 1)2
1 (s − 1) + 1 1 2
L[y] = e−1 + y(0) + y ′ (0) − y(0)
(s − 1)3 (s − 1) 2 (s − 1) 2 (s − 1)2
supondo A = y(0), B = y ′ (0) segue
1 1 1 1
L[y] = e−1 + A+ B− A ⇒
(s − 1)3 (s − 1) (s − 1)2 (s − 1)2
1 2 t−1 1
y(t) = t e + Aet + (B − A)tet , ⇒ B = − e−1
2! 2
1 2 t−1 9
y ′ (t) =t e + tet−1 + Aet + (B − A)tet + (B − A)et , ⇒ A = − e−1
2! 2
[ ]
1 2 9 t−1
Portanto, y(t) = t − 4t − e .
2 2
6. y ′′ + 4y ′ + 13y = 2t + 3e−2t cos(3t); y(0) = 0, y ′ (0) = −1
Seja F (s) = L[f (t)](s), aplicando a transformada de Laplace a nossa equação temos
1 1 3
Por outro lado, = · , assim
s2 + 4s + 13 3 (s + 2)2 + 32
−1 1
L−1 [ ] = e−2t sen(3t)
s2 + 4s + 13 3
2 A B Cs + D 8
Ademais, = + + de onde A=− ,
s2 (s2 + 4s + 13) s s2 s2 + 4s + 13 169
2 8 10
B= ,C= e D=− , assim
13 169 169
2 8 2 8s + 6
= − + +
s2 (s2 + 4s + 13) 169s 13s2 169
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 435
2 8 2 8 −2t 10 2t
L−1 [ ]=− + t+ e cos(3t) − e sen(3t)
s2 (s2 + 4s + 13) 169 13 169 507
3(s + 2) 1 3
Finalmente, como =− , obtemos
(s2 + 4s + 13) 2 3 (s + 2)2 + 32
3(s + 2) 1 −2t
L−1 [ ] = te sen(3t)
(s2 + 4s + 13)2 2
∫t ∫t
1. f (t) + f (x)dx = 1 2. f (t) + (t − x)f (x)dx = t
0 0
∫t ∫t
3. f (t) + 4 senxf (t − x)dx = 2t 4. f (t) = tet + xf (t − x)dx
0 0
∫t ∫t
5. f (t) + f (x)dx = et 6. f (t) + f (x)dx = t
0 0
Solução.
∫t
1. f (t) + f (x)dx = 1
0
∫t ∫t
Tem-se L[f (t) + f (x)dx](s) = L[f (t)](s) + L[ f (x)dx](s) = L[1](s)
0 0
1 1 1
F (s) + F (s) = ⇒ F (s) = ⇒ f (t) = e−t
s s s+1
1 1
L[f (t)] + L[x ⋆ f (t)](s) = L[t](s) ⇒ F (s) + 2
F (s) = 2
s s
1
F (s) =
s2 +1
Portanto, f (t) = sent.
436 Christian José Quintana Pinedo
∫t
3. f (t) + 4 senx · f (t − x)dx = 2t. Tem-se
0
∫t
L[f (t)](s) + 4L[ senx · f (t − x)dx](s) = L[2t](s)
0
∫t
L[f (t)](s) = L[te ](s) + L[ xf (t − x)dx](s)
t
(4.12)
0
Aplicando convolução:
1
L[f (t)](s) = L[tet ](s) + L[x ⋆ f (t)](s) = L[tet ](s) + · L[f (t)](s)
s2
1 1 s2
F (s) = + 2 · F (s) ⇒ F (s) =
(s − 1)2 s (s − 1)3 (s + 1)
s2 A B C D
F (s) = = + + +
(s − 1) (s + 1)
3 s − 1 (s − 1) 2 (s − 1)3 s+1
s2 1 1 6 1 1 1 1 1
F (s) = = · + · + · − ·
(s − 1)3 (s + 1) 8 s − 1 8 (s − 1)2 2 (s − 1)3 8 s + 1
1 3 1 1
Portanto, f (t) = et + tet + t2 et − e−t .
8 4 4 8
∫t
5. f (t) + f (x)dx = et
0
∫t ∫t
Temos L[f (t) + f (x)dx](s) = L[f (t)](s) + L[ f (x)dx](s) = L[et ](s)
0 0
[ ]
1 1 s 1 1 1
F (s) + F (s) = ⇒ F (s) = 2 = +
s s−1 s −1 2 s+1 s−1
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 437
1 1
Portanto, f (t) = et + e−t .
2 2
∫t
6. f (t) + f (x)dx = t
0
∫t ∫t
Temos L[f (t) + f (x)dx](s) = L[f (t)](s) + L[ f (x)dx](s) = L[t](s)
0 0
1 1 1 1 1
F (s) + F (s) = 2 ⇒ F (s) = = −
s s s(s + 1) s s+1
Exercı́cio 4.3.22.
Mostre as seguintes propriedades da convolução:
1. f ⋆ g = g ⋆ f 2. f ⋆ (g ⋆ h) = (f ⋆ g) ⋆ h
3. f ⋆ 0 = 0 4. f ⋆ (g + h) = f ⋆ g + f ⋆ h
∫t
1. Aplicando a definição (f ⋆ g)(t) = f (t − x)g(x)dx. Fazendo mudança de variáveis
0
u=t−x
∫0 ∫t
(f ⋆ g)(t) = − f (u)g(t − u)du = g(t − u)f (u)du = (g ⋆ f )(t)
t 0
Portanto, f ⋆ g = g ⋆ f.
∫t
2. Aplicando a definição ((f ⋆ (g ⋆ h))(t) = f (s)[g ⋆ h](t − s)ds] ⇒ 0≤s≤t
0
∫t ∫t−s
= f (s)[ g(t − s − x)h(x)dx]ds ⇒ 0≤x≤t−s
0 0
∫ t ∫t−s
= f (s)g(t − s − x)h(x)dxds ⇒ −x + s ≤ s ≤ t − x
0 0
t−x
∫t ∫
= f (s)g(t − x − s)ds h(x)dx ⇒ 0≤s≤t−x
0 0
438 Christian José Quintana Pinedo
∫t
= (f ⋆ g)(t − x)h(x)dx = ((f ⋆ g) ⋆ h)(t)
0
Portanto, f ⋆ (g ⋆ h) = (f ⋆ g) ⋆ h.
∫t ∫t
3. Aplicando a definição (f ⋆ 0)(t) = f (t − x)0(x)dx = f (t − x) · 0dx = 0.
0 0
4. Aplicando a definição
∫t ∫t ∫t
(f ⋆ (g + h))(t) = f (t − x)[g(x) + h(x)]dx = f (t − x)g(x)dx + f (t − x)h(x)dx
0 0 0
Portanto, f ⋆ (g + h) = (f ⋆ g) + (f ⋆ h).
5.
Exercı́cio 4.3.23.
Resolver as equações integrais:
∫t
′′ ′
1. y + y − 4y − 4 y(x)dx = 6et − 4t − 6; y(0) = y ′ (0) = 0
0
∫t
2. y ′ = 1 − sent − y(x)dx; y(0) = 0.
0
∫t
′
3. y + 6y + 9 y(x)dx = 1; y(0) = 0
0
Solução.
∫t
′′ ′
1. y + y − 4y − 4 y(x)dx = 6et − 4t − 6; y(0) = y ′ (0) = 0
0
∫t
Tem-se: y ′′ + y ′ − 4y − 4 y(x)dx = 6et − 4t − 6; y(0) = y ′ (0) = 0.
0
Calculando a transformada de Laplace para cada uma das partes da igualdade do
problema.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 439
∫t
• L[y ′′ + y ′ − 4y − 4 y(x)dx] =
0
4
= (s2 L[y] − sy(0) − y ′ (0)) + (sL[y] − y(0)) − 4L[y] − L[y]
s
4 (s + 1)(s2 − 4)
= (s2 + s − 4 − )L[y] − sy(0) − y ′ (0) − y(0) = L[y]
s s
6 4 6 2s + 4
• L[6et − 4t − 6] = − 2− = 2
s−1 s s s (s − 1)
∫t
′′ ′
Aplicando Laplace à equação y + y − 4y − 4 y(x)dx = 6et − 4t − 6 segue:
0
(s + 1)(s2 − 4) 2s + 4
L[y] = 2 ⇒
s s (s − 1)
2s + 4
L[y] = (4.13)
s(s − 1)(s + 1)(s − 2)(s + 2)
Aplicando frações parciais:
2s + 4 A B C D E
= + + + +
s(s − 1)(s + 1)(s − 4)
2 s s−1 s+1 s−2 s+2
1 1 s
y = L−1 [ 2 ] − L−1 [ 2 · 2 ] ⇒ y(t) = sent − sent ⋆ cos t
s +1 s +1 s +1
∫ ∫
y = sent − sent ⋆ cos(t − x)dx = sent − sent ⋆ (cos t cos x + sentsenx)dx
1 1 1
y= cos tsen2 t − tsent + sentsen2t
2 2 4
1
Portanto, a solução particular é y(t) = sent(sen2t − t).
2
∫t
′
3. y + 6y + 9 y(x)dx = 1; y(0) = 0
0
∫t
Aplicando Laplace à equação y ′ + 6y + 9 y(x)dx = 1; y(0) = 0 segue:
0
∫t
L[y ′ + 6y + 9 y(x)dx] = L[1]
0
9 (s2 + 6s + 9) 1
(sL[y] − y(0)) + 6L[y] + L[y] = L[1] ⇒ L[y] =
s s s
1
L[y] = ⇒ y(t) = te−3t
(s + 3)2
Miscelânea 4-1
Miscelãnea 4.1.1.
Mediante Transformada de Laplace, resolver a equação integral de valores iniciais:
∫t
′′ ′ π π
4y + y + 4y − y(x)dx = 2 cos x − 2senx − 1; y( ) = 1, y ′ ( ) = −1
2 2
0
Solução.
⇕
⇕
Miscelãnea 4.1.2.
A equação diferencial que descreve um sistema de massa-mola não amortecida é dada
por:
d2 y
m · 2 + k · y = f (t)
dt
Onde m é a massa, k é a constante da mola, f (t) é a força motriz e y(t) a posição
do corpo pendurado na mola.
Solução.
⇕
⇕
Miscelãnea 4.1.3.
Aplicando Transformada de Laplace, resolva o seguinte PVI:
Solução.
⇕
⇕
442 Christian José Quintana Pinedo
Miscelãnea 4.1.4.
Mediante Transformada de Laplace, resolver a equação integral de valores iniciais:
∫t
′′ ′ π π
y ′ ( ) = 5e 2 − 6
π π
y − y + 9y − 9 y(x)dx = 21; y( ) = 5e 2 − 8,
2 2
0
Solução.
⇕
⇕
Miscelãnea 4.1.5.
Calcular cada convolução indicada:
1. u2 (t) = (u ⋆ u)(t) onde u = u(t) é a função de grau unitário.
2. un (t) = (u ⋆ u ⋆ . . . ⋆ u)(t) (n-vezes).
3. f ⋆g sendo f (t) = eat e g(t) = ebt .
4. f ⋆g sendo f (t) = eat e g(t) = u(t)
Solução.
1. u2 (t) = (u ⋆ u)(t) onde u = u(t) é a função de grau unitário.
2. un (t) = (u ⋆ u ⋆ . . . ∗ u)(t) (n-vezes).
3. f ⋆g sendo f (t) = eat e g(t) = ebt .
Aplicando Transformada de Laplace.
∫t
L[f ⋆ g] = L[eat ∗ ebt ] = L[ eax eb(t−x) dx](s) =
0
∫t [ ]
1 1 1 1 1
L[f ⋆ g] = L[ eax eb(t−x) dx](s) = · = −
s−a s−b a−b s−a s−b
0
1 [ at ]
Portanto, f ⋆ g = eat ⋆ ebt = e − ebt .
a−b
4. f ⋆g sendo f (t) = eat e g(t) = u(t)
Aplicando Transformada de Laplace.
∫t
L[f ⋆ g] = L[e ∗ u(t)] = L[ eax · u(t − x)dx](s) =
at
0
[ ]
1 1 1 1 1
L[f ⋆ g] = L[e ] · L[u(t)] =
at
· = −
s−a s a s−a s
1 [ at ]
Portanto, f ⋆ g = eat ⋆ u(t) = e −1 .
a
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 443
Miscelãnea 4.1.6.
Seja y(t) a solução da equação de Bessel de ordem zero ty ′′ + y ′ + ty = 0, tal que
y(0) = 1 e y ′ (0) = 0. Mostre que
1
1. L[y(t)](s) = L[J0 (t)](s) = √
2
s +1
∫+∞
2. J0 (t)dt = 1
0
∫π
1
3. J0 (y) = cos(y cos t)dt.
π
0
Solução.
1. Tem-se L[ty ′′ +y ′ +ty] = L[0] = 0 ⇒ L[ty ′′ ]+L[y ′ ]+L[ty] = 0. Seja L[y] = F (s)
d 2 d
− [s L[y] − sy(0) − y ′ (0)] + [sL[y] − y(0)] − [L[y]] = 0
ds ds
−2sF (s)−s2 F ′ (s)+y(0)+sF (s)−y(0)−F ′ (s) = 0 ⇒ [s2 +1]F ′ (s)+sF (s) = 0 ⇒
F ′ (s) s 1
+ 2 = −0 ⇒ Ln[F (s)] + Ln[s2 + 1] = LnC
F (s) s +1 2
1
F (s) = C · √ ⇒ y(t) = C · J0 (t)
s2 + 1
Para determinar C observe-se que y(0) = C · J0 (0) = C = 1
1
Portanto, L[y(t)](s) = L[J0 (t)](s) = √ .
2
s +1
∫+∞
1
2. Da parte 1 deste exercı́cio tem-se L[J0 (t)](s) = e−st J0 (t)dt = √ , logo
s2 + 1
0
∫+∞
1
lim+ e−st J0 (t)dt = lim+ √ =1
s→0 s→0 s2 + 1
0
∫+∞
Portanto, J0 (t)dt = 1.
0
π
∫π ∫2
1 2
3. Suponhamos f (t) = cos(t cos α)dα ⇒ f (t) = cos(t cos α)dα aplicando a
π π
0 0
transformada de Laplace
π π
∫2 ∫2
2 2 s
L[f (t)](s) = L[cos(t cos α)]dα = dα ⇒
π π s2 + cos2 α
0 0
444 Christian José Quintana Pinedo
π π
∫2 ∫2
2 s 2 s sec2 α
L[f (t)](s) = 2 2 2
dα = √ dα ⇒
π cos α(s sec α + 1) π (s tan α)2 + ( s2 + 1)2
0 0
] [
2 s tan α π2 2 π
L[f (t)](s) = √ arctan √ = √ 2 [ − 0] = J0 (t)
2
π s +1 2
s +1 0 π s +1 2
∫π
1
Portanto, J0 (t) = cos(t cos α)dα.
π
0
Miscelãnea 4.1.7.
Usando a transformada de Laplace e convolução, resolva o problema de valores iniciais.
{ t
′′ ′ e se 0 ≤ t < π
y + 2y + 2y = f (t) = −π , y(0) = 1, y ′ (0) = 0
t
e (1 + e ) se t ≥ π
Solução.
1 e−πs
Como f (t) = et + et−π u(t − π) ⇒ L[f (t)](s) =
+ .
s−1 s−1
Considerando Y (s) = L[f (t)](s) e aplicando a transformada de laplace à equação
obtém-se
1 e−πs
((s + 1)2 + 1)Y (s) = s + 2 + +
s−1 s−1
logo
s+2 1 1 1 1
Y (s) = + · + e−πs ·
(s + 1) + 1 s − 1 (s + 1) + 1
2 2 s − 1 (s + 1)2 + 1
s+1 1 1 1 1 1
= + + · + e−πs ·
(s + 1) + 1 (s + 1) + 1 s − 1 (s + 1) + 1
2 2 2 s − 1 (s + 1)2 + 1
= L[e−t cos t](s) + L[e−t sent](s) + L[et ∗ e−t cos t](s) + e−πs L[et ∗ e−t cos t](s)
= L[e−t (cos t + sent)](s) + L[et ∗ e−t cos t](s) + L[[(et−πs ∗ e−t+π sen(t − π)]u(t − π)](s)
e nossa solução é
y(t) = e−t cos t + e−t sent + et ∗ e−t sent + [et−π ∗ e−t+π sent]u(t − π)
−t e−t e−t
y(t) = e (cos t + sent) + [1 − cos t − 2sent] + [1 − sent − 2sent]u(t − π)
5 5
Miscelãnea 4.1.8. {
′′ t se 0≤t<π
Resolver o pvi y + y = f (t) = , y(0) = 0, y ′ (0) = 1.
cos(2t) se t≥π
Solução.
Tem-se L[y ′′ + y] = L[f (t)] = L[t(u0 (t) − uπ (t)) + uπ (t) cos(2t)]
s2 L[y] − sy(0) − y ′ (0) + L[y] = L[t · u0 (t)] − L[t · uπ (t))] + L[uπ (t) cos(2t)]
1
(s2 + 1)L[y] = 1 + − L[t · uπ (t))] + L[uπ (t) cos(2t)]
s2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 445
1 1 1 s
y(t) = L−1 [ 2
]+L−1 [e−πs · 2 2 ]+πL−1 [e−πs · 2 ]+L−1 [e−πs · 2 ]
s s (s + 1) s(s + 1) (s + 4)(s2 + 1)
1 1 s
f2 (t) = L−1 [ ] = L−1 [ ] − L−1 [ 2 ] = 1 − cos t
s(s2 + 1) s s +1
s 1 s 1 s 1
f3 (t) = L−1 [ ] = L−1 [ 2 ] − L−1 [ 2 ] = [cos t − cos(2t)]
(s2 2
+ 4)(s + 1) 3 s +1 3 s +4 3
De onde resulta
1
y(t) = t + [(t − π) − sen(t − π) + π[1 − cos(t − π)] + [cos(t − π) − cos(2(t − π))]]uπ (t) ⇒
3
3π − 1 1
y(t) = t + [t − sent + cos t + cos(2t)]uπ (t) ⇒
3 3
3π − 1 1
Portanto, y(t) = t(u0 (t) − uπ (t)) + [2t − sent + cos t + cos(2t)]uπ (t).
3 3
Também podemos escrever.
{
t se 0 ≤ t < π
Portanto, y(t) = 3π − 1 1 .
2t − sent + cos t + cos(2t) se t ≥ π
3 3
Miscelãnea 4.1.9.
Utilizando a transformada de Laplace, verifique a igualdade
c b−a
eat ∗ ebt sen(ct) = [e at
− ebt
cos(ct)] + ebt sen(ct)
c + (b − a)
2 2 c + (b − a)
2 2
Solução.
446 Christian José Quintana Pinedo
∫t ∫t
L[eat ∗ ebt sen(ct)] = L[ eax · eb(t−x) sen(c(t − x))dx] = L[ ea(t−x) · ebx sen(cx)dx] =
0 0
1 c
L[eat ∗ ebt sen(ct)] = L[eat ] · L[ebt sen(ct)] = · (4.14)
s − a (s − b)2 + c2
1 1 A Bs + D
Por outro lado, · = + ⇒ .
s − a (s − b) + c
2 2 s − a (s − b)2 + c2
1 1 2b − a
A= , B=− , D=
(a − b)2 + c2 (a − b)2 + c2 (a − b)2 + c2
Logo, em (4.14) segue
[ ]
1 c c 1 (s − b) + (a − b)
· = −
s − a (s − b)2 + c2 (a − b)2 + c2 s − a (s − b)2 + c2
assim,
[ ]
c 1 s−b b−a
L[e ∗ e sen(ct)] =
at bt
− +
(a − b)2 + c2 s − a (s − b)2 + c2 (s − b)2 + c2
[ ]
c −1 1 s−b b−a
e ∗ e sen(ct) =
at bt
L − +
(a − b)2 + c2 s − a (s − b)2 + c2 (s − b)2 + c2
[ ]
c b − a bt
⇒ e ∗ e sen(ct) =
at bt
e − e cos(ct) +
at bt
e sen(ct)
(a − b)2 + c2 c
[ ]
c b − a bt
Portanto, e ∗ e sen(ct) =
at bt
e − e cos(ct) +
at bt
e sen(ct) .
(a − b)2 + c2 c
Miscelãnea 4.1.10.
Mediante convolução ache a transformada inversa de:
Solução.
1 1
1. H(s) = 2. F (s) =
s2 (s2 + a2 ) (s2
+ s + 1)2
2 2
s +a 1
3. F (s) = 4. F (s) =
(s2 − a2 )2 s(s2 + 1)
1 1 1
1. A transformada H(s) = podemos escrever na forma H(s) = · =
s2 (s2 + a2 ) s2 (s2 + a2 )
1 1
G(s) · Y (s) onde G(s) = 2 e Y (s) = 2 . Assim temos
s s + a2
1 1 1
g(t) = L−1 [G(s)] = L−1 [ 2
] = t e h(t) = L−1 [Y (s)] = L−1 [ 2 2
] = · sen(at)
s s +a a
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 447
1
Aplicando o teorema da convolução L−1 [ ] = L−1 [G(s) · Y (s)] = g ⋆ h
s2 (s2 + a2 )
∫t
1 1 1 1
g⋆h= · (t − x)sen(ax)dx = 2
t − 3 · sen(at) = 3 (at − sen(at))
a a a a
0
1 1
Portanto, L−1 [ ] = 3 (at − sen(at)).
s2 (s2 2
+a ) a
1 1
2. A transformada F (s) = podemos escrever na forma F (s) = 2 ·
+ s + 1) 2 (s2 (s + s + 1)
1 1 1
2
= G(s) · Y (s) onde G(s) = 2 e Y (s) = 2 . Assim
(s + s + 1) (s + s + 1) (s + s + 1)
temos
√
−1 −1 1 − 2t 3
g(t) = L [G(s)] = L [ 2 ] = e sen( t) = h(t) = L−1 [Y (s)]
(s + s + 1) 2
1
Aplicando o teorema da convolução L−1 [ ] = L−1 [G(s) · Y (s)] = g ⋆ h
(s2 + s + 1) 2
∫t √ √ t
− 2t 3 −t−u 3
g⋆h= e sen( t) · e 2 sen( (t − u))dx = − cos x = 1 − cos t
2 2 0
0
√ √ √
4 3 −t 3 2 3
g⋆h= e 2 sen( t) − t cos( t)
9 2 3te− 2 2
√ √ √
−1 1 4 3 −t 3 2 −t 3
Portanto, L [ 2 2
]= e 2 · sen( t) − te 2 · cos( t).
(s + s + 1) 9 2 3 2
s2 + a2
3. F (s) = .
(s2 − a2 )2
s2 + a2 1
A transformada F (s) = podemos escrever na forma F (s) = 2 +
(s − a )
2 2 2 s − a2
2a2
(s2 − a2 )2
Aplicando o teorema da convolução
s2 + a2
−1 −1 1 2a2
L [ 2 ]=L [ 2 + ] = t cosh(at)
(s − a2 )2 s − a2 (s2 − a2 )2
s2 + a2
Portanto, L−1 [ ] = t cosh(at).
(s2 − a2 )2
448 Christian José Quintana Pinedo
1 1 1
4. A transformada F (s) = podemos escrever na forma F (s) = · 2 =
+ 1) s(s2 s s +1
1 1
G(s) · Y (s) onde G(s) = e Y (s) = 2 . Assim temos
s s +1
1 1
g(t) = L−1 [G(s)] = L−1 [ ] = 1 e h(t) = L−1 [Y (s)] = L−1 [ 2 ] = sent
s s +1
1
Aplicando o teorema da convolução L−1 [ ] = L−1 [G(s) · Y (s)] = g ⋆ h
s(s2+ 1)
∫t t
g⋆h= senx · 1dx = − cos x = 1 − cos t
0
0
1
Portanto, L−1 [ ] = 1 − cos t.
s(s2 + 1)
Miscelãnea 4.1.11.
Resolver as equações integrais:
∫t
1. y ′ − 6y + 9 y(x)dx = t; y(0) = 0
0
∫t
′
2. y + 6y + 9 y(x)dx = t; y(0) = 0
0
∫t
′
3. y = cos t + y(x) cos(t − x)dx; y(0) = 1.
0
Solução.
∫t
′
1. y − 6y + 9 y(x)dx = t; y(0) = 0
0
∫t
Aplicando Laplace à equação y ′ − 6y + 9 y(x)dx = t; y(0) = 0 segue:
0
∫t
L[y ′ − 6y + 9 y(x)dx] = L[t]
0
9 (s2 − 6s + 9) 1
(sL[y] − y(0)) − 6L[y] + L[y] = L[t] ⇒ L[y] = 2
s s s
1 1 1 1 1 1 1
L[y] = = − + ⇒ y(t) = − e3t + te3t
s(s − 3) 2 9s 9(s − 3) 3(s − 3) 2 9 9 3
1 1 3t 1 3t
Portanto, a solução particular é y(t) = − e + te .
9 9 3
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 449
∫t
2. y ′ + 6y + 9 y(x)dx = t; y(0) = 0
0
∫t
′
Aplicando Laplace à equação y + 6y + 9 y(x)dx = t; y(0) = 0 segue:
0
∫t
′
L[y + 6y + 9 y(x)dx] = L[t]
0
9 (s2 + 6s + 9) 1
(sL[y] − y(0)) + 6L[y] + L[y] = L[t] ⇒ L[y] = 2
s s s
1 1 1 1 1 1 1
L[y] = 2
= − − 2
= ⇒ y(t) = − e−3t − te−3t
s(s + 3) 9s 9(s + 3) 3(s + 3) 9 9 3
1 1 −3t 1 −3t
Portanto, a solução particular é y(t) = − e − te .
9 9 3
∫t
′
3. y = cos t + y(x) cos(t − x)dx; y(0) = 1.
0
∫t
Aplicando Laplace à equação y ′ = cos t + y(x) cos(t − x)dx; y(0) = 1 segue:
0
∫t
L[y ′ ] = L[cos t + y(x) cos(t − x)dx]
0
∫t
s
(sL[y] − y(0)) = 2 + L[ y(x) cos(t − x)dx]
s +1
0
∫t
s
sL[y] − 1 = 2 + L[ y(x) cos(t − x)dx]
s +1
0
s s s s
sL[y] − 1 = 2 + L[y] · 2 ⇒ sL[y] − L[y] · 2 = 2 +1
s +1 s +1 s +1 s +1
[ ] [ 3 ]
s s s s
L[y] s − 2 = 2 + 1 ⇒ L[y] 2 = 2 +1
s +1 s +1 s +1 s +1
s(s2 + 1) s2 + 1 1 1 1
L[y] = + ( ) ⇒ L[y] = + + 3
s3 (s2 + 1) s3 s2 s s
1
Portanto, a solução particular é y(t) = 1 + t + t2 .
2
450 Christian José Quintana Pinedo
Capı́tulo 5
Série de Fourier
Exercı́cios 5-1
Exercı́cio 5.1.1.
∑
n
Determinar uma série da forma α+ sen(kt), considerando a diferença dos cos-
k=1
senos.
Solução.
t ∑
n
1 t
cos[(n + )t] − cos( ) = −2sen( ) sen(kt)
2 2 2 k=1
451
452 Christian José Quintana Pinedo
t
Suponhamos sen( ) ̸= 0, logo t ̸= 2kπ, ∀ k ∈ Z.
2
∑
n
cos( 2t ) cos[(n + 12 )t]
sen(kt) = − (5.1)
k=1
2sen( 2t ) 2sen( 2t )
1
Estudemos o caso sen( t) = 0. Quando t se aproximar indefinidamente a 2kπ tem-se
2
o limite aplicando L’Hospital
[ ] [ 1 ]
cos( 2t ) − cos[(n + 12 )t] − 2 sen( 2t ) + (n + 12 )sen[(n + 12 )t]
lim = lim =0
t→2kπ 2sen( 2t ) t→2kπ cos( 2t )
∑
n
Portanto, sen(kt) está bem definido para todo t ∈ R, e podemos considerar
k=1
∑
n
cos( 2t ) cos[(n + 12 )t]
sen(kt) = −
k=1
2sen( 2t ) 2sen( 2t )
Exercı́cio 5.1.2.
Determine se cada uma das funções a seguir é ou não periódica. Caso seja determine
seu perı́odo fundamental e sua frequência fundamental.
1. y = cos(πx) 2. y = cos(nx)
3. y = tan(πx) 4. y = sen(nπx)
5. y = x 2
6. y = sen( πx
P
)
7. y = sen(5x) 8. y = cos(3x) + cos(4x) + cos(5x)
9. y = cos(3πx) 10. y = sen( x3 ) + sen( x5 ) + sen( x7 ) + sen( x9 )
Solução.
1. y = f (x) = cos(πx)
Sabemos que a função cosseno tem domı́nio em todos os números reais e é de perı́odo
2π, isto é cos(θ + 2πk) = cos θ para todo k ∈ Z.
Logo, podemos supor que f (x + P ) = cos(π(x + P )) = cos(πx) = f (x) de onde
πP = 2πm , para algum m ∈ Z ⇒ P = 2m.
Portanto, o perı́odo da função f (x) é 2.
2. y = f (x) = cos(nx)
Seja n fixo, idem ao exercı́cio anterior, neste caso podemos supor que f (x + P ) =
cos(n(x + P )) = cos(nx) = f (x) de onde nP = 2πm , para algum m ∈ Z ⇒
2πm
P = , como m tem que ser o menor inteiro positivo então m = 1.
n
2π
Portanto, o perı́odo da função f (x) é .
n
3. y = tan(πx)
Sabemos que a função tangente é de perı́odo π.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 453
4. y = sen(nπx)
Seja n fixo, neste caso podemos supor que f (x+P ) = sen(nπ(x+P )) = sen(nπx) =
2m
f (x) de onde nP π = 2πm , para algum m ∈ Z ⇒ P = , aqui m = 1.
n
2
Portanto, o perı́odo da função f (x) é .
n
5. y = x2
Suponhamos que o perı́odo seja P , então f (x + P ) = (x + P )2 = x2 = f (x) então
2xP + P 2 = 0 ⇒ P (P + 2x) = 0.
Observe que P ̸= −2x pois P tem que ser um número fixo. Logo P = 0.
Portanto, o perı́odo da função f (x) é zero, isto é a função não é periódica.
πx
6. y = sen( )
P
π(x + T )
Suponhamos que o perı́odo seja T , então f (x + P ) = sen( ) = f (x) então
P
π(x + T ) πx πT
sen( ) = sen( ) ⇒ = 2πm para algum m ∈ Z. Assim, T = 2mP ,
P P P
sendo m o menor inteiro.
Portanto, o perı́odo da função f (x) é 2P .
7. y = sen(5x)
Suponhamos que o perı́odo seja P , então f (x+P ) = sen5(x+P ) = sen(5x) = f (x),
2πm
de onde 5P = 2πm , para algum m ∈ Z ⇒ P = , como m tem que ser o
5
menor inteiro positivo aqui m = 1, logo P = 0, 4π .
Portanto, o perı́odo da função f (x) é 0, 4π.
9. y = cos(3πx)
Suponhamos que o perı́odo seja P , então f (x + P ) = cos(3π(x + P )) = cos(3πx) =
2m
f (x) de onde 3πP = 2πm , para algum m ∈ Z ⇒ P = , aqui m = 1.
3
2
Portanto, o perı́odo da função f (x) é .
3
10. y = sen( x3 ) + sen( x5 ) + sen( x7 ) + sen( x9 )
Sabemos que as funções seno e cosseno têm domı́nio em todos os números reais e
são de perı́odo 2π.
Suponhamos que:
de onde P = 630π.
Portanto, o perı́odo da função f (x) é 630π.
Exercı́cio 5.1.3.
Mostre que se f é uma função periódica de perı́odo P , então: (1.) f (ax), a ̸= 0,
P x
é periódica de perı́odo ; (2.) f ( ), a ̸= 0, é periódica de perı́odo aP .
a a
Solução. 1.
Exercı́cio 5.1.4.
Sejam f1 e f2 funções periódicas de mesmo perı́odo P , α1 e α2 duas constantes reais
quaisquer. A função h definida por h(x) = α1 f1 (x) + α2 f2 (x) também é periódica de
perı́odo P .
Solução.
Aqui a prova é muito simples e pode ser obtida diretamente:
h(x + P ) = α1 f1 (x + P ) + α2 f2 (x + P ) = α1 f1 (x) + α2 f2 (x) = h(x)
Exercı́cio 5.1.5.
Mostre que, se f : R −→ R é função periódica de perı́odo P , então:
∫
a+P/2 ∫P/2
1. f (t)dt = f (t)dt onde a ∈ R.
a−P/2 −P/2
∫P +l ∫l
2. f (t)dt = f (t)dt.
P 0
Solução.
∫
a+P/2 ∫P/2
1. f (t)dt = f (t)dt onde a ∈ R.
a−P/2 −P/2
Sabe-se que:
∫
a+P/2 ∫
−P/2 ∫
a+P/2
∫l ∫P +l
2. Em (5.3), se α = 0 e β = l, então (5.3) segue f (t)dt = f (t)dt.
0 P
Exercı́cio 5.1.6.
Determine o perı́odo para as seguintes funções:
2πt
1. f (t) = 2sen(4t) 2. f (t) = sen(2t) + cos(3t − 2) 3. f (t) = sen( )
b−a
t
4. f (t) = −3 cos + 3 5. f (t) = tan(2t + 5) + cot(3t) 6. f (t) = 102 cos2 t
3
Solução.
1 f (t) = 2sen(4t). Sabemos que a função seno tem domı́nio em todos os números reais
e é de perı́odo 2π, isto é sen(θ + 2πk) = senθ para todo k ∈ Z. Logo, podemos supor
que f (t + P ) = 2sen(4(t + P )) = 2sen(4t) = f (t) de onde 4P = 2πm , para algum
m ∈ Z.
1
Portanto, o perı́odo da função f (t) é π.
2
2 f (t) = sen(2t) + cos(3t − 2). Sabemos que a função cosseno tem domı́nio em todos os
números reais e é de perı́odo 2π, isto é cos(θ + 2πk) = cos θ para todo k ∈ Z. Logo,
podemos supor que
t
4 f (t) = −3 cos +3. Sabemos que a função cosseno tem domı́nio em todos os números
3
(t + P )
reais e é de perı́odo 2π. Logo, podemos supor que f (t + P ) = −3 cos +3 =
3
t P
−3 cos + 3 = f (t) de onde = 2πm , para algum m ∈ Z.
3 3
Portanto, o perı́odo da função f (t) é 6π.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 457
Exercı́cio 5.1.7.
t t
Determine o perı́odo da função g(t) = sent + sen + sen .
3 5
Solução.
1 1 1 1
Tem-se: g(t) = sent+sen t+sen t = sen(t+P )+sen (t+P )+sen (t+P ) = g(t+P )
3 5 3 5
o perı́odo da função seno é 2π, então
1 1
P = 2mπ, P = 2nπ, P = 2kπ ⇒ P = 2mπ, P = 6nπ, P = 10kπ
3 5
logo m = 3n = 5k ⇒ n = 5α, k = 3α, m = 15α ⇒ P = 30απ
Portanto o perı́odo é P = 30π
Exercı́cio 5.1.8.
1 1
Determine o perı́odo da função g(t) = sent + sen3t + sen5t.
3 5
Solução.
Suponhamos:
1 1 1 1
g(t) = sent + sen3t + sen5t = sen(t + P ) + sen3(t + P ) + sen5(t + P ) = g(t + P )
3 5 3 5
o perı́odo da função seno é 2π, então
2nπ 2kπ
P = 2mπ = = ⇒ 30αmπ = 10αnπ = 6αkπ, α∈N
3 5
logo 15m = 5n = 3k ⇒ n = 9, m = 3, k = 15 ⇒
Portanto o perı́odo é 6π.
Exercı́cio 5.1.9.
Para cada função a seguir esboce seu gráfico para alguns valores de n. Observando
este gráfico determine se a função é ou não periódica. Caso seja determine seu perı́odo
fundamental e sua frequência fundamental.
458 Christian José Quintana Pinedo
{
0 se 2n − 1 ≤ t < 2n
1. f (t) = , n = 0, ±1, ±2, · · ·
1 se 2n ≤ t < 2n + 1
{
(−1)n se 2n − 1 ≤ t < 2n
2. f (t) = , n = 0, ±1, ±2, · · ·
1 se 2n ≤ t < 2n + 1
Solução.
{
0 se − 5 ≤ t < −4
1. Se n = −2 ⇒ f (t) =
1 se − 4 ≤ t < −3
{
0 se − 3 ≤ t < −2
Se n = −1 ⇒ f (t) =
1 se − 2 ≤ t < −1
{
0 se − 1 ≤ t < 0
Se n = 0 ⇒ f (t) =
1 se 0 ≤ t < 1
{
0 se 1 ≤ t < 2
Se n = 1 ⇒ f (t) =
1 se 2 ≤ t < 3
{
0 se 3 ≤ t < 4
Se n = 2 ⇒ f (t) =
1 se 4 ≤ t < 5
{
0 se 5 ≤ t < 6
Se n = 3 ⇒ f (t) =
1 se 6 ≤ t < 7
{
0 se 2n − 1 ≤ t + P < 2n ⇔ 2n − P − 1 ≤ t < 2n − P
f (t + P ) = =
1 se 2n ≤ t + P < 2n + 1 ⇔ 2n − P ≤ t < 2n + 1 − P
quando P = 2 segue
{
0 se 2(n − 1) − 1 ≤ t < 2(n − 1)
f (t + P ) = = f (t)
1 se 2(n − 1) ≤ t < 2(n − 1) + 1
Portanto, o perı́odo é P = 2.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 459
Portanto, o perı́odo é P = 4.
Exercı́cio 5.1.10.
Mostre o seguinte:
∫a ∫a
1. Se f é função par, temos f (x)dx = 2 f (x)dx, a ∈ R.
−a 0
∫a
2. Se f é função ı́mpar, temos f (x)dx = 0, a ∈ R.
−a
Solução.
460 Christian José Quintana Pinedo
1. Geometricamente a proposição é óbvia, uma vez que sendo f par a área sob a curva no
intervalo [−a, 0] é igual à área sob a curva no intervalo [0, a]. Formalmente temos:
∫a ∫0 ∫a
f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx
−a −a 0
2. Geometricamente a proposição é óbvia, uma vez que sendo f ı́mpar a área sob a curva
no intervalo [−a, 0] é igual à área sob a curva no intervalo [0, a], porém como tais
áreas têm sinais contrários a soma se cancela. Formalmente temos:
∫a ∫0 ∫a
f (x)dx = f (x)dx + f (x)dx
−a −a 0
∫a
Se f é função ı́mpar, temos f (x)dx = 0, a ∈ R.
−a
Exercı́cio 5.1.11.
Determine se a função é par ou ı́mpar.
Solução.
Exercı́cio 5.1.12.
1 1 1 1
Mostre que o conjunto { √ , √ cos x, √ cos 2x, √ cos 3x, . . . } é ortonormal em
2π π π π
[−π, π].
Solução.
1 1
Com efeito, se definimos ϕ0 (x) = √ e ϕn (x) = √ cos(nx), n = 1, 2, 3, . . ., temos
2π π
∫π ∫π π
1 1 1
< ϕ0 (x), ϕn (x) >= ϕ0 (x) · ϕn (x)dx = √ · √ cos(nx)dx = √ · sen(nx) = 0
2π π nπ 2 −π
−π −π
Para m ̸= n temos
∫π ∫π
1
< ϕm (x), ϕn (x) >= ϕm (x) · ϕn (x)dx = cos(mx) cos(nx)dx =
π
−π −π
∫π [ ]
1 1 sen(m + n)x sen(m − n)x π
= [cos(m + n)x + cos(m − n)x]dx = − =0
2π 2π m+n m−n −π
−π
∫π
1
∥ ϕn (x) ∥ =2
cos2 (nx)dx = 1 ⇒ ∥ ϕn (x) ∥= 1
π
−π
Exercı́cio 5.1.13.
Mostre que cada conjunto é ortogonal no intervalo dado. Calcular a norma de cada
função no intervalo dado.
π
1. { senx. sen3x, sen5x, . . . } intervalo [0, ]
2
π
2. { cos x. cos 3x, cos 5x, . . . } intervalo [0, ]
2
3. { sen(nx), n = 1, 2, 3, . . . } intervalo [0, π]
nπ
4. { sen x, n = 1, 2, 3, . . . } intervalo [0, p]
p
nπ
5. { 1, cos x, 1, 2, 3, . . . } intervalo [0, p]
p
Solução.
∫π
1
=− [cos((m + n)x) − cos((m − n)x)]dx =
2
0
[ ]
1 sen((m + n)x) sen((m − n)x) π
=− − =0
2 m+n m−n 0
∫p
1 mπ nπ mπ nπ
= [cos([ − ]x) − cos([ + ]x)]dx =
2 p p p p
0
[ ]
1 p mπ nπ p mπ nπ p
= sen([ − ]x) − sen([ + ]x) = 0
2 (m − n)π p p (m + n)π p p 0
464 Christian José Quintana Pinedo
∫p
1 mπ nπ mπ nπ
= [cos([ − ]x) + cos([ + ]x)]dx =
2 p p p p
0
[ ]
1 p mπ nπ p mπ nπ p
= sen([ − ]x) + sen([ + ]x) = 0
2 (m − n)π p p (m + n)π p p 0
∫p
nπ p nπ p
Por outro lado, < ϕ0 (x), ϕn (x) >= cos( x)dx = sen( x) = 0.
p nπ p 0
0
Cálculo das normas
∫p √
nπ p 2p
∥ ϕn (x) ∥ = 2 2
cos ( x)dx = ⇒ ∥ ϕn (x) ∥=
p 2 2
0
√
2p
assim, para todo n ≥ 1, ∥ ϕn (x) ∥=
2
∫p
√
Por outro lado, ∥ ϕ0 (x) ∥ = dx = p ⇒ ∥ ϕn (x) ∥= p.
2
Exercı́cio 5.1.14.
∫t ∫P/2
1 2
Seja f (t + P ) = f (t) e F (t) = f (x)dx − a0 t onde a0 = f (t)dt. Mostre que
2 P
0 −P/2
F (t + P ) = F (t).
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 465
∫t
1
Desde que F (t) = f (x)dx − a0 t ⇒
2
0
∫
t+P ∫P ∫
t+P
1 1 1
F (t + P ) = f (x)dx − a0 (t + P ) = f (x)dx + f (x)dx − a0 t − a0 P
2 2 2
0 0 P
P t+P
∫ ∫
1 1
F (t + P ) = f (x)dx − a0 P + f (x)dx − a0 t (5.4)
2 2
0 P
∫
t+P ∫t
Pelo Exercı́cio (5.1.5) f (x)dx = f (x)dx.
P 0
∫P ∫P/2
1
Também, f (x)dx = f (x)dx = a0 P então em (5.4)
2
0 −P/2
t
[ ∫ ]
1 1 1
F (t + P ) = a0 P − a0 P + f (x)dx − a0 t
2 2 2
0
Portanto, F (t + P ) = F (t).
466 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cios 5-2
Exercı́cio 5.2.1.
0 se −π <t<0
π π
Determinar os coeficientes de Fourier, da função f (t) = se 0<t≤ .
2 2
0 π
se <t<π
2
Solução.
2π
Tem-se o perı́odo P = 2π e a frequência ω0 = = 1. Os coeficientes são:
2π
π
∫π ∫2
1 1 π π
a0 = f (t)dt = dt =
π π 2 4
−π 0
π
∫π ∫2
1 1 π 1 nπ
an = f (t) cos(nω0 t)dt = cos(nt)dt = sen( )
π π 2 2n 2
−π 0
0 se n par
1
an = se n = 1, 5, 9, 13 · · ·
2n
−1 se n = 3, 7, 11, · · ·
2n
π
∫π ∫2
1 1 π 1 nπ
bn = f (t)sen(nω0 t)dt = sen(nt)dt = [1 − cos( )] ⇒
π π 2 2n 2
−π 0
1
se n ı́mpar
2n
bn = 1
se n = 4α − 2, α∈N
n
0 se n = 4α, α∈N
Exercı́cio 5.2.2.
A função f (t) satisfaz a condição f (t + π) = −f (t). Demonstrar que todos os
coeficientes pares de Fourier são iguais a zero (a0 = a2 = b2 = a4 = b4 = . . . = 0).
Solução.
∫π ∫π ∫π
1 1 1
a0 = f (t)dt = − f (s)ds + f (t)dt = 0
π π π
−π 0 0
como f (s − π) = −f (s)
π
∫ ∫π
1
an = − f (s) cos(n(s − π))ds + f (t) cos(nt)dt ⇒
π
0 0
∫π ∫π
1
an = − cos(nπ) f (s) cos(ns)ds + f (t) cos(nt)dt ⇒
π
0 0
∫π
2
Assim, an = 0 se n = par, e an = f (t) cos(nt)dt se n = ı́mpar.
π
0
Cálculo dos bn , se n ≥ 1, então
0
∫π ∫ ∫π
1 1
bn = f (t)sen(nt)dt = f (t)sen(nt)dt + f (t)sen(nt)dt
π π
−π −π 0
468 Christian José Quintana Pinedo
como f (s − π) = −f (s)
π
∫ ∫π
1
bn = − f (s)sen(n(s − π))ds + f (t)sen(nt)dt ⇒
π
0 0
∫π ∫π
1
bn = − cos(nπ) f (s)sen(ns)ds + f (t)sen(nt)dt ⇒
π
0 0
∫π
2
Assim, bn = 0 se n = par, e bn = f (t)sen(nt)dt se n = ı́mpar.
π
0
Portanto, se a função f (t) satisfaz f (t + π) = −f (t), todos os coeficientes pares de
Fourier são iguais a zero, isto é a0 = a2 = b2 = a4 = b4 = . . . = 0.
Exercı́cio 5.2.3.
A função f (t) satisfaz a condição f (t + π) = f (t). Demonstrar que todos os coefici-
entes ı́mpares de Fourier são iguais a zero.
Solução.
Tem-se f (t) = f (t + π) ⇒ f (t) = f (t + π) = f (t + 2π). Podemos considerar
a função com perı́odo P = 2π. Seja −π < t < π, sendo P = 2π então a frequência
2π
ω0 = = 1.
P
Por outro lado, se n ≥ 0.
0
∫π ∫ ∫π
2 1
an = f (t) cos(nt)dt = f (t) cos(nt)dt + f (t) cos(nt)dt
2π π
−π −π 0
∫π
2
Assim, an = f (t) cos(nt)dt se n = par, e an = 0 se n = ı́mpar.
π
0
Cálculo dos bn 0
∫π ∫ ∫π
2 1
Seja n ≥ 1 ⇒ bn = f (t)sen(nt)dt = f (t)sen(nt)dt + f (t)sen(nt)dt.
2π π
−π −π 0
Considerando t = s − π ⇒ 0 < s < π, em f (t) = f (t + 2π)
∫π
2
Assim, bn = f (t)sen(nt)dt se n = par, e bn = 0 se n = ı́mpar.
π
0
Portanto, se a função f (t) satisfaz f (t + π) = −f (t), todos os coeficientes ı́mpares de
Fourier são iguais a zero, isto é a1 = a3 = b3 = a5 = b5 = . . . = 0.
Exercı́cio 5.2.4.
A função f (t) satisfaz as condições f (−t) = f (t) e f (t + π) = −f (t). Demonstrar
que b1 = b2 = b3 = . . . = 0, a0 = a2 = a4 = . . . = 0.
Solução.
∫π ∫0 ∫π
2 1 1
a0 = f (t)dt = f (t)dt + f (t)dt ⇒
2π π π
−π −π 0
∫π ∫π ∫π
2 1 1
a0 = f (t)dt = − f (s)ds + f (t)dt = 0 ⇒
2π π π
−π 0 0
470 Christian José Quintana Pinedo
∫π
2
Assim, an = 0 se n = par, e an = f (t) cos(nt)dt se n = ı́mpar.
π
0
Cálculo dos bn
Temos que f (−t) = f (t) logo a função f é par, assim temos que f (t)sen(nt) é função
ı́mpar, de onde para todo n ∈ N
∫π
1
bn = − f (s)sen(ns)ds = 0
π
−π
Portanto, b1 = b2 = b3 = . . . = 0, a0 = a2 = a4 = . . . = 0.
Observe que, para o caso an com n-ı́mpar não podemos afirmar nada.
Exercı́cio 5.2.5.
Determine
{ 2 a série trigonométrica de Fourier para a função periódica definida por:
t se 0 < x < 2
f (t) = .
f (t + 2)
Solução.
2π
Observe que o perı́odo é P = 2 então a frequência ω0 = = π.
P
∫2 ∫2
2 1 3 2 8
Logo, a0 = f (t)dt = t2 dt = t = .
P 3 0 3
0 0
∫2 ∫2
2
an = f (t) cos(nω0 t)dt = t2 cos(nπt)dt ⇒
P
0 0
2
1
an = 3 3
[2nπt cos(nπt) − 2sen(nπt) + n2 2 2
π t sen(nπt)] ⇒
nπ 0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 471
1 4
an = [2π cos(2nπ) − 2sen(2nπ) + 4n2 π 2 sen(2π)] =
n3 π 3 n2 π 2
∫2 ∫2
2
Por outro lado, bn = f (t)sen(nω0 t)dt = t2 sen(nπt)dt ⇒
P
0 0
2
1
bn = [2nπtsen(nπt) + 2 cos(nπt) − n 2 2 2
π t cos(nπt)] ⇒
n3 π 3 0
1 1
bn = [4πsen(2nπ) + 2 cos(2nπ) − 4n2 π 2 cos(2π) − 2] = −
n3 π 3 nπ
+∞ [ ]
4 ∑ 4 1
Portanto, f (t) = + cos(nπt) − sen(nπt) .
3 n=1 n2 π 2 nπ
Exercı́cio 5.2.6.
A função f (t) satisfaz as condições:
i) f (−t) = f (t) e f (t + π) = f (t)
i) Sendo f (−t) = f (t), logo f é função par. Por outro lado, f é de perı́odo P = 2π, pois
f (t) = f (t+π) ⇒ f (t+π) = f ((t+π)+π) = f (t+2π) ⇒ f (t) = f (t+2π).
Por outro lado, se n ≥ 0.
0
∫π ∫ ∫π
2 1
an = f (t) cos(nt)dt = f (t) cos(nt)dt + f (t) cos(nt)dt
2π π
−π −π 0
∫π
2
Assim, an = f (t) cos(nt)dt se n = par, e an = 0 se n = ı́mpar.
π
0
472 Christian José Quintana Pinedo
Cálculo dos bn .
Tem-se que f (−t) = f (t) logo a função f é par, assim temos que f (t)sen(nt) é
função ı́mpar, de onde para todo n ∈ N
∫π
1
bn = − f (s)sen(ns)ds = 0
π
−π
Portanto, b1 = b2 = b3 = b4 = . . . = 0, a1 = a3 = a5 = a7 = . . . = 0.
ii) Sendo f (−t) = −f (t), logo f é função ı́mpar. Por outro lado, f é de perı́odo P = 2π,
pois f (t) = f (t + π) ⇒ f (t + π) = f ((t + π) + π) = f (t + 2π) ⇒ f (t) =
f (t + 2π).
Tem-se que f (−t) = −f (t) logo a função f é ı́mpar, assim temos que f (t) cos(nt) é
∫π
1
função ı́mpar, de onde para todo n ∈ N an = f (s) cos(ns)ds = 0.
π
−π
∫π
2
Assim, bn = f (t)sen(nt)dt se n = par, e bn = 0 se n = ı́mpar.
π
0
Portanto, a0 = a1 = a2 = a3 = a4 = . . . = 0, b1 = b3 = b5 = b7 = . . . = 0.
Exercı́cio 5.2.7.
Seja f (x) = 0 no intervalo −1 ≤ x < 0 e f (x) = 1 para 0 ≤ x ≤ 1. Determine a série
de Fourier de f no intervalo −1 ≤ x ≤ 1.
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 473
2π
Tem-se que o perı́odo é P = 2 então a frequência ω0 = = π logo
2
∫1 ∫1
2
a0 = f (t)dt = dt = 1
2
−1 −1
∫1 ∫1
2
an = f (t) cos(nπt)dt = cos(nπt)dt = 0, n≥1
2
−1 0
∫1 ∫1
2
bn = f (t)sen(nπt)dt = sen(nπt)dt ⇒
2
−1 0
1 1 − (−1)n
[1 − cos(nπ)] =
bn = , n≥1
nπ nπ
1 ∑
+∞
sen[(2n − 1)π]
Portanto a série de Fourier é f (t) = + 2 .
2 n=1
(2n − 1)π
Observe que a função f (t) converge a zero se −1 < t < 0, e f (t) converge a 1 se
0 < t < 1.
1
Quando x = −1 ou 0 ou 1 , a série se reduz ao ponto singular .
2
Exercı́cio 5.2.8.
{
π+t se −π <t<0
Determine a série de Fourier da função f (t) = .
t se 0≤t<π
Solução.
2π
Observe que P = 2π a frequência ω0 = = 1. Os coeficientes são:
P
∫π ∫0 ∫π
1 1 1
a0 = f (t)dt = (π + t)dt + tdt = π
π π π
−π −π 0
0
∫π ∫ ∫π
2 1
an = f (t) cos(nt)dt = (π + t) cos(nt)dt + t cos(nt)dt ⇒
2π π
−π −π 0
0
∫ ∫π [ ]
1 2 1 1 π
an = π cos(nt)dt + t cos(nt)dt = t · sen(nt) + 2 cos(nt) = 0
π π n n 0
−π −π
π ∑
+∞
cos(2n − 1)t
Portanto, f (t) = − 2 .
2 n=1
(2n − 1)2
Exercı́cio 5.2.9.
{
0 se −π <x<0
Desenvolver a função f (x) = em uma série de Fourier.
π−x se 0≤x<π
Solução.
∫π ∫0 ∫π
1 1 1 π
Tem-se a0 = f (x)dx = 0dx + (π − x)dx =
π π π 2
−π −π 0
∫π ∫0 ∫π
1 1 1
an = f (x)dx = 0dx + (π − x) cos nxdx =
π π π
−π −π 0
∫π
1 sennx π 1 2
= (π − x) + sennxdx = 2 n − ı́mpar
π n 0 n nπ
0
∫π
1 1
De modo análogo segue que bn = (π − x)sennxdx = .
π n
∞ [ ]
0
π ∑ 2 cos(2n − 1)x sennx
Portanto, f (x) = + + .
4 n=1 (2n − 1)2 π n
Exercı́cio 5.2.10.
π
1 se 0≤x<
Dada a função periódica definida por: f (t) = π 2 .
2 se ≤x<π
2
1. Desenvolver a função f (t) em série de cossenos.
π π
2. Calcular a soma da série nos intervalos (0, ), ( , π) e nos pontos 0 e π.
2 2
∑
+∞ (−1)n
3. Calcular a soma da série .
n=1 (2n − 1)
Solução.
Figura 5.3:
π π
considerando que a extensão periódica seja igual a 1 em (− , 0) e 2 em (−π, − ),
2 2
neste caso de modo natural o perı́odo é 2π.
No gráfico, as linhas grossas indicam a função original, a as linhas pontilhadas são
os pontos do gráfico da extensão periódica. Para calcular os coeficientes convém
π 3π
considerar o intervalo (− , ). É bom lembrar que bn = 0 pois estamos a calcular
2 2
an dado que a função é par, assim: É imediato que a0 = 3.
3π
π 3π
∫2 ∫2 ∫2 3nπ
1 1 2sen( 2 )
an = f (t)dt = 1 · cos(nt)dt + 2 cos(nt)dt =
π π nπ
− π2 − π2 π
2
3 ∑ 2sen( 3nπ
+∞
)
Portanto, S(t) = + 2
· cos(nt) é a série de cossenos pedida.
2 n=1 nπ
2. Para calcular a série pedida, observe que S(0) = 1 (coincide com o valor da função que
e contı́nua no ponto zero, e cos(nt) é 1 no mesmo ponto). Assim temos
3 ∑ 2sen( 3nπ
+∞
2
)
S(0) = 1 = +
2 n=1 nπ
3nπ
3. Sabemos que sen( ) nessa somatória vale 0 para n-par e alterna entre −1 e 1 para
2
n-ı́mpar, isto é vale (−1)n para n = 2k − 1. Deste modo
3 ∑ 2(−1)n ∑
+∞ +∞
2(−1)n 1
S(0) = 1 = + ⇒ =−
2 n=1 (2n − 1)π n=1
(2n − 1)π 2
∑
+∞
(−1)n π
Portanto a soma da série =− .
n=1
(2n − 1) 4
Exercı́cio 5.2.11.
π t
Desenvolver a função f (t) = − em série de senos no intervalo (0, π).
4 2
Solução.
476 Christian José Quintana Pinedo
π
−t se 0 ≤ t ≤ π
Consideremos a extensão ı́mpar fb(t) = 4 2 .
−π − t se − π ≤ t ≤ 0
4 2
2π
Aqui a0 = 0, an = 0, P = 2π, ω0 = = 1.
2π
∫π ∫π
2 2
bn = fb(t) · sen(nt)dt = f (t) · sen(nt)dt =
2π π
−π 0
∫π
2 1 π t π 1
bn = − ( − ) · cos(nt) − cos(nt)dt =
π n 4 2 0 2n
0
1 1
Logo, bn = [cos(nπ) + 1] = se n-par; e bn = 0 se n-ı́mpar.
2n n
∑
+∞
1 ∑
+∞
1
Portanto, S(t) = · sen(kt) = · sen(2nt) é a série de senos pedida.
k=par
k n=1
(2n)
Outra solução
Sabe-se que {sen(nω0 x)}n∈N é um conjunto ortogonal de funções em [0, π]. Observe
2π
que P = π, ω0 = =2
π
∫π π ∫π
π t 1 π t 1 π
( − ) · sen(2kt)dt = − ( − ) · cos(2kt) − cos(2kt)dt =
4 2 2k 4 2 0 4k 4k
0 0
∫π ∫π π π
1 1 1
sen(2kt)sen(2kt)dt = (1 − cos(4kt))dt = (t − sen(4kt)) =
2 2 4k 0 2
0 0
Tem-se que
∫π
π t
( − ) · sen(kt)dt
π
4 2
1
Ck = ∫π 0
= 4k
π = 2k
sen(kt)sen(kt)dt 2
0
∑
+∞
1 ∑ 1 +∞
Portanto, S(t) = · sen(kt) = · sen[(2n)t] é a série de senos pedida.
k=par
k n=1
(2n)
Outra solução
2π
Estendemos ao intervalo (−π, π). Seja t = mx + n, ω0 = = 1.
2π
}
0 = −mπ + n 1 1 1 1
⇒ n = π, m= , t = x + π, x = 2t − π
π = mπ + n 2 2 2 2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 477
π t π 1 1 1 π 1 1 1
f (t) = − = − ( x + π) = − x − π = − x
4 2 4 2 2 2 4 4 4 4
Sabe-se que {sen(nx)}n∈N é um conjunto ortogonal de funções em [−π, π]. Observe
∫π [ ]
1 x 1 π π
− x · sen(kx)dt = · cos(kx) − 2 sen(kt) = · cos(πk)
4 4k 4k −π 2k
−π
∫π ∫π π
1 1 1
sen(kx)sen(kx)dt = (1 − cos(2kx))dt = (x − sen(2xk)) = π
2 2 2k −π
−π −π
∫π
1
x · sen(kx)dt π
4 · cos(πk)
−π 1 1
Ck = ∫π = 2k = · cos(πk) = · (−1)n ⇒
π 2k 2k
sen(kt)sen(kt)dt
−π
∑
+∞
1
S(x) = · (−1)n · sen(kx)
k=1
2k
∑
+∞
1
S(2t − π) = · (−1)n · sen(2tk)(−1)n
k=1
2k
∑
+∞
1
Portanto, f (t) = · sen(2nt).
n=1
2n
Exercı́cio 5.2.12.
π t
Desenvolver a função f (t) = − em série de cossenos no intervalo (0, π).
4 2
Solução.
π
−t se 0 ≤ t ≤ π
Consideremos a extensão par Fc (t) = 4 2 .
π+t se − π ≤ t ≤ 0
4 2
2π
Aqui bn = 0, P = 2π, ω0 = = 1.
2π
∫π ∫π
2 b 2 π t
a0 = f (t)dt = ( − )dt = 0
2π π 4 2
−π 0
∫π ∫π
2 2
an = fb(t) · cos(nt)dt = f (t) · cos(nt)dt =
2π π
−π 0
π ∫π π
2 1 π t 1 1
an = ( − ) · sen(nt) + sen(nt)dt = − 2 cos(nt)
π n 4 2 0 2n πn 0
0
478 Christian José Quintana Pinedo
1 2
Logo, an = 2
[1 − cos(nπ)] = se n-ı́mpar; e an = 0 se n-par.
πn πn2
Portanto,
∑
+∞
2 2∑
+∞
1
S(t) = · cos(nt) = · cos[(2n − 1)t]
πn 2 π n=1 (2n − 1)2
n=ı́mpar
é a série de cossenos pedida.
Outra solução
∫π ∫π π π
1 1 1
cos(kt) cos(kt)dt = (1 + cos(2kt))dt = (t + sen(2kt)) =
2 2 2k 0 2
0 0
∫π
π t
( − ) · cos(kt)dt
1
4 2
2
[1 − cos(kπ)]
Tem-se que Ck = ∫π 0
= 2k π ⇒
cos(kt) cos(kt)dt 2
0
2
1 , se k ı́mpar
Ck = 2 [1 − cos(kπ)] = k2π
k π
0, se k par
∑
+∞
2 2∑
+∞
1
Portanto, f (t) = · cos(kt) = · cos[(2k − 1)t].
2
=,hboxmpar k π π k=1 (2k − 1)2 π
Exercı́cio 5.2.13.
Seja a função f (t) = t.
1. Expandir a função f (t) = t em série de senos no intervalo 0 < t < π.
2. Expandir a função f (t) = t em série de cossenos no intervalo 0 < t < π.
Solução.
{
t se 0 ≤ t ≤ π
1. Consideremos a extensão ı́mpar Fs (t) = .
−(−t) se − π ≤ t ≤ 0
2π
Aqui a0 = 0, an = 0, P = 2π, ω0 = = 1.
2π
∫π ∫π
2 2
bn = Fs (t) · sen(nt)dt = f (t) · sen(nt)dt =
2π π
−π 0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 479
∫π
2 1 π 1 2 2(−1)n+1
bn = − t · cos(nt) − cos(nt)dt = − cos(nπ) =
π n 0 2n n n
0
∑
+∞
(−1)n+1
Portanto, Fs (t) = 2 sen(nt).
n=1
n
Outra solução
Sabe-se que {sen(nx)}n∈N é um conjunto ortogonal de funções em [0, π]. Observe
∫π π
1
1 · sen(nt)dt = − cos(nt)
n 0
0
∫π ∫π
1 π
Por outro lado, sen(nt)sen(nt)dt = (1 − cos(2nt))dt =
2 2
0 0
Tem-se que
∫π
1 · sen(nt)dt
1
[1 − cos(nπ)] 2
Cn = ∫π 0
= n π = [1 − cos(nπ)] ⇒
nπ
sen(nt)sen(nt)dt 2
0
2 0 se n − par
Cn = [1 − cos(nπ)] = 4
nπ se n − ı́mpar
nπ
4 ∑ sen[(2n − 1)t]
+∞
Portanto, f (t) = 1 = , 0 < t < π.
π n=1 2n − 1
{
t se 0 ≤ t ≤ π
2. Consideremos a extensão par Fc (t) = .
−t se − π ≤ t ≤ 0
2π
Aqui bn = 0, P = 2π, ω0 = = 1.
2π
∫π ∫π
2 2 1 2 π
a0 = Fc (t)dt = tdt = t =π
2π π π 0
−π 0
∫π ∫π
2 2
an = Fc (t) · cos(nt)dt = f (t) · cos(nt)dt =
2π π
−π 0
π 1 ∫π
2 1 2
an = t · sen(nt) − sen(nt)dt = [cos(nπ) − 1]
π n 0 n πn2
0
480 Christian José Quintana Pinedo
2 4
Logo, an = 2
[cos(nπ) − 1] = − 2 se n-ı́mpar; e an = 0 se n-par.
πn πn
4∑
+∞
π 1
Portanto, Fc (t) = − cos((2n − 1)t).
2 π n=1 (2n − 1)2
Exercı́cio 5.2.14.
Desenvolver a função f (t) = t2 em série de senos no intervalo (0, π).
Solução.
{ 2
t se 0 ≤ t ≤ π
Consideremos a extensão ı́mpar Fs (t) = .
−(−t) 2
se − π ≤ t ≤ 0
2π
Aqui a0 = 0, an = 0, P = 2π, ω0 = = 1.
2π
∫π ∫π
2 2
bn = Fs (t) · sen(nt)dt = f (t) · sen(nt)dt =
2π π
−π 0
[ ]
2 1 2 2t 2 π
bn = − t · cos(nt) + 2 sen(nt) + 3 cos(nt)
π n n n 0
[ ]
2 2 1 2
bn = 3
cos(nπ) − π 2 · cos(nπ) − 3
π n n n
2π
− se n − par
bn = n
2π − 8 se n − ı́mpar
n πn3
∑
+∞
2π 8 ∑+∞
2π
Logo S(t) = [ − ]sen((2n − 1)t) + − sen((2n)t).
n=1
(2n − 1) π(2n − 1)3
n=1
(2n)
+∞ [
∑ ] ∑
+∞
π 4 1
Portanto, S(t) = 2 − sen((2n − 1)t) − π sen(2nt).
n=1
(2n − 1) π(2n − 1)3
n=1
n
Outra solução
Sabe-se que {sen(nx)}n∈N é um conjunto ortogonal de funções em [0, π]. Observe
∫π π 2 ∫π
1
t2 · sen(kt)dt = − t2 · cos(kt) + t · cos(kt)dt =
k 0 k
0 0
π 2 1 π 1 ∫π
1 2
= − t · cos(kt) + [ t · sen(kt) − sen(kt)dt] ⇒
k 0 k k 0 k
0
∫π
1 2
t2 · sen(kt)dt = 3
[2 − k 2 π 2 ] cos(πk) − 3
k k
0
∫π ∫π
1 π
Por outro lado, sen(kt)sen(kt)dt = (1 − cos(2kt))dt =
2 2
0 0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 481
Tem-se que
∫π
t2 · sen(kt)dt
1 2
3
[2 − k 2 2
π ] cos(πk) −
Ck = ∫π0 = k k3 ⇒
π
sen(kt)sen(kt)dt 2
0
2[(2 − k 2 π 2 ) cos(πk) − 2]
Ck =
k3π
2
− π se k par
Ck = k
2 [k 2 π 2 − 4] se k ı́mpar
πk 3
∑
+∞ ∑
+∞
2 ∑
+∞
2 2 2
f (t) = t2 = Ck sen(kω0 t) = − πsen(kω0 t) + 3
[k π − 4]sen(kω0 t)
k=1 k=par
k k=impar
πk
[ +∞ ]
2 ∑ ∑
+∞
1 1
f (t) = [(2k + 1)2 π 2 − 4]sen((2k + 1)ω0 t) − π 2 sen(2kω0 t)
π k=0 (2k + 1)3 k=1
2k
[ ]
2 ∑
+∞
π2 2
Portanto, f (t) = t2 = (−1)n+1 + 3 [(−1)n − 1] sen(kt).
π k k
k=1
Exercı́cio 5.2.15.
Desenvolver a função f (t) = et em série de cossenos no intervalo (0, 1).
Solução.
{ t
e se 0 ≤ t ≤ 1
Consideremos a extensão par Fc (t) = −t .
e se − 1 ≤ t ≤ 0
2π
Aqui bn = 0, P = 2, ω0 = = π.
2
∫1 ∫1
2
an = Fc · cos(πnt)dt = 2 f (t) · cos(πnt)dt =
2
−1 0
∫1 1
et
an = 2 et · cos(πnt)dt = 2 [πn · sen(πnt) + cos(πnt)]
1 + n2 π 2 0
0
[ ] [ ]
e 1
an = 2 [πn · sen(πn) + cos(πn)] − 2 [1]
1 + n2 π 2 1 + n2 π 2
2e 2 2
an = 2 2
cos(πn) − 2 2
= (e · cos(πn) − 1)
1+n π 1+n π 1 + n2 π 2
2
(e − 1) se n − par
1 + n2 π 2
an =
2
− (e + 1) se n − ı́mpar
1 + n2 π 2
482 Christian José Quintana Pinedo
∫1 ∫1 1
2
Cálculo de a0 : a0 = Fc (t)dt = 2 et dt = 2et = 2(e − 1).
2 0
−1 0
∑
+∞
(e + 1) ∑
+∞
(e − 1)
S(t) = (e − 1) − 2 cos((2n − 1)t) + 2 cos((2n)t)
n=1
1 + (2n − 1)2 π 2 n=1
1 + (2n)2π2
Portanto,
+∞ [
∑ ]
(e + 1) (e − 1)
S(t) = (e − 1) − 2 cos((2n − 1)t) + cos(2nt)
n=1
1 + (2n − 1)2 π 2 1 + 4n2 π 2
Outra solução
2π
Tem-se o perı́odo T = 1 e a frequência ω0 = = 2π. Sabe-se que {cos(nω0 x)}n∈N é
1
∑
+∞
t
um conjunto ortogonal de funções em (0, 1). Queremos f (t) = e = Cn cos(nω0 t) ⇒
n=1
∫1 ∫1
et cos(nω0 t)dt = Cn cos(nω0 t) · cos(nω0 t)dt
0 0
∫1 ∫1
Re[ eet inω0 t
dt] = Cn cos(nω0 t) · cos(nω0 t)dt
0 0
∫1 ∫1
1
Re[ e(1+inω0 )t dt] = Cn · (1 + cos(2nω0 t))dt
2
0 0
1 1
1 1 1
Re[ · e(1+inω0 )t ] = Cn · (t + sen(2nω0 t))
(1 + inω0 ) 0 2 2n 0
Exercı́cio 5.2.16.
Mostre que a série de Fourier de uma função:
nπx
1. Par inclue somente a função cosseno; isto é não contêm termos da forma sen .
ρ
nπx
2. Ímpar inclue somente a função seno; isto é não contêm termos da forma cos .
ρ
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 483
1. Suponhamos f (t) função par nas condições para escrever em série de Fourier no inter-
valo [−π, π] então P = 2π.
Tem-se que f (t)sen(nω0 t) é função ı́mpar, logo pela Propriedade 5.3
∫π
2
bn = f (t)sen(nω0 t)dt = 0
P
−π
nπx
Portanto, a série de Fourier de f (t) não contêm termos da forma sen .
ρ
nπx
2. Ímpar inclue somente a função seno; isto é não contêm termos da forma cos .
ρ
Exercı́cio 5.2.17.
Determine a série de Fourier para cada função que satisfaz:
2. f (t) = t2 , 0 < t < π. Do modo em que está definida, com perı́odo 2π.
Solução. 1.
Função: f (t) = t, 0 < t < 1. Do modo em que está definida, com perı́odo 2.
[ ]
t 1 1 1
an = sen(nω0 t) + 2 2 cos(nω0 t) = 2 2 [cos(nπ) − 1] =
nω0 n ω0 0 nπ
∫1 [ ]
2 t 1 1
bn = t · sen(nω0 t)dt = − cos(nω0 t) + 2 2 sen(nω0 t) =
2 nω0 n ω0 0
0
1 (−1)n+1
bn = − cos(nω0 ) =
nω0 nπ
484 Christian José Quintana Pinedo
logo
+∞ [ ] ∑+∞ [ ]
1 1 ∑ 1 (−1)n+1
f (t) = t = · + [cos(nπ) − 1] cos(nπt) + sen(nπt)
2 2 n=1 n2 π 2 n=1
nπ
+∞ [ ]
1 1 ∑ 2 cos[(2n − 1)πt] (−1)n
Portanto, f (t) = t = − + sen(nπt) .
4 π n=1 (2n − 1)2 π n
∫1
2[(−1)n − 1]
Aqui P = 1, então a0 = 1 e: an = 2 t cos(nπt)dt = .
n2 π 2
0
4
Logo a2n = 0 e a2n−1 = − e a série dos cossenos é
π 2 (2n − 1)2
1 ∑
+∞
4
S[Fc (t)] = S(t) = − cos[(2n − 1)πt]
2 n=1 π (2n − 1)2
2
∑
+∞
2(−1)n+1
Logo, a série dos senos de f é S[Fs (t)] = S(t) = sen(nπt).
n=1
πn
Solução. 2.
Função: f (t) = t2 , 0 < t < π. Do modo em que está definida, com perı́odo 2π.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 485
π 2 ∑ 4(−1)n+1
+∞
S[Fc (t)] = S(t) = − cos(nt)
3 n=1
n2
P = π, então :
∫π
2 2 2[−2 + (−1)n+1 (2 − n2 π 2 )]
bn = t sen(nt)dt =
π n3 π
0
∑
+∞
2[−2 + (−1)n+1 (2 − n2 π 2 )]
S[Fs (t)] = S(t) = sen(nπt)
n=1
n3 π
Solução. 3.
Função: f (t) = t2 , 0 < t < P . Do modo em que está definida, com perı́odo 2P .
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 487
∫P
1 2πnt P2
an = P
t2 cos( )dt = 2 2
2
P nπ
0
∫P
1 2πnt P2
bn = P
t2 sen( )dt =
2
P nπ
0
1 2 P2 ∑ 1
+∞
2πnt 1 2πnt
f (t) = P + [ 2 cos( ) + sen( )
3 π n=1 n π P n P
∫P
1 2
a0 = P
t2 dt = P 2
2
3
0
∫P
2 2 πnt 4P 2 (−1)n
an = t cos( )dt =
P P n2 π 2
0
488 Christian José Quintana Pinedo
Os bn são nulos neste caso, como sabı́amos, por ser una função par. Com isto a série
de Fourier resulta:
1 2 4P 2 ∑ (−1)n
+∞
πnt
Fc (t) = P + 2 [ 2 cos( )
3 π n=1 n P
∫P
2 πnt 2P 2 (−1)n+1 4P 2 [(−1)n − 1]
bn = t2 sen( )dt = +
P P nπ n2 π 3
0
Exercı́cio 5.2.18.
Determine a expressão matemática de fp , fi e esboce os gráficos de fp e fi para cada
uma das seguintes funções:
1. f (t) = 2t, t ∈ [0, 1] 2. f (t) = t2 + 1, t ∈ [0, 1]
3. f (t) = et , t ∈ [0, 1] 4. f (t) = t2 − t + 1, t ∈ [0, 1]
5. f (t) = cos(πt), t ∈ [0, 1] 6. f (t) = senh(t), t ∈ [0, 1]
7. f (t) = t3 , t ∈ [0, 1] 8. f (t) = cosh(t), t ∈ [0, 1]
Solução.
Lembre que se f (t) é função definida em [0, b], podemos obter as extensões:
{ {
f (t) se 0 < t ≤ b f (t) se 0 < t ≤ b
fp (t) = , fi (t) =
f (−t) se − b ≤ t < 0 −f (−t) se − b ≤ t < 0
2. f (t) = t2 + 1, t ∈ [0, 1]
{ 2 {
t + 1 se 0 ≤ t ≤ 1 t2 + 1 se 0 ≤ t ≤ 1
fp (t) = , fi (t) =
t2 + 1 se − 1 ≤ t ≤ 0 −t2 − 1 se − 1 ≤ t ≤ 0
3. f (t) = et , t ∈ [0, 1]
{ {
et se 0 ≤ t ≤ 1 et se 0 ≤ t ≤ 1
fp (t) = , fi (t) =
e−t se − 1 ≤ t ≤ 0 −e−t se − 1 ≤ t ≤ 0
4. f (t) = t2 − t + 1, t ∈ [0, 1]
{ 2 {
t − t + 1 se 0 ≤ t ≤ 1 t2 − t + 1 se 0 ≤ t ≤ 1
fp (t) = , fi (t) =
t2 + t + 1 se − 1 ≤ t ≤ 0 t − t2 + 1 se − 1 ≤ t ≤ 0
7. f (t) = t3 , t ∈ [0, 1]
{ 3 {
t se 0 ≤ t ≤ 1 t3 se 0 ≤ t ≤ 1
fp (t) = , fi (t) =
−t 3
se − 1 ≤ t ≤ 0 t3 se − 1 ≤ t ≤ 0
490 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 5.2.19.
Sejam a > 0 e f : [0, a] −→ R tal que
a
0 se 0≤t≤
f (t) = a 2
1 se <t≤a
2
Determine a série de Fourier da expansão par de f .
Solução.
2π
Observe que P = a a frequência ω0 = .
a
∫a ∫a ∫a
1 1 2 1 1 1 a 1
a0 = · f (t)dt = f (t)dt = dt = (a − ) =
2 2 P a a a 2 2
0 0 a
2
Se k ≥ 1, então
∫a
2 kπt 2 kπt a 2 kπ
ak = cos( )dt = sen( ) = − sen( )
a a kπ a a/2 kπ 2
a/2
0 se k − par
2 kπ
Logo ak = − sen( ), isto é ak = 2(−1)m
kπ 2 − se k = 2m + 1
(2m + 1)π
1 2 ∑ 2(−1)m
+∞
Portanto, a extensão par de f é − cos((2m + 1)π/a).
2 π m=0 (2m + 1)π
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 491
Exercı́cios 5-3
Exercı́cio 5.3.1.
Seja f (t) = et , 0 ≤ t ≤ 2. Obter a série de Fourier da g(t), função par de perı́odo
P = 8 tal que g(t) = f (t) em 0 ≤ t ≤ 2.
Solução.
{ t g(t) como a extensão da função f (t) estendida ao intervalo 0 ≤ t ≤ 4.
Consideremos
e se 0 ≤ t ≤ 2
Logo g(t) = .
0 se 2 < t ≤ 4
Queremos uma extensão par de f (t) (é a mesma de g(t), então consideremos a função
par: {
g(−t) se − 4 < t ≤ 0
Fc (t) =
g(t) se 0 ≤ t ≤ 4
0 se − 4 < t ≤ −2
−t
e se − 2 < t ≤ 0
Fc (t) =
et
se 0 < t ≤ 2
0 se 2 < t ≤ 4
2π π
consideremos Fc (t + 8) = Fc (t), aqui o perı́odo é P = 8 e tem-se ω0 = = logo
8 4
podemos calcular sua série de Fourier
1 ∑
+∞
nπ nπ
Fc (t) = a0 + [an cos( t) + bn sen( t)]
2 n=1
4 4
Cálculo dos coeficientes:
∫4 ∫0 ∫2
2 1
a0 = Fc (t)dt = [ e−t dt + et dt] = (e2 − 1)
4 2
−4 −2 0
∫4 ∫0 ∫2
2 nπ 1 −t nπ nπ
an = Fc (t) cos( t)dt = [ e cos( t)dt + et cos( t)dt] ⇒
4 4 2 4 4
−4 −2 0
32 [ 2 nπ nπ nπ ]
an = 2 e sen( ) + e 2
cos( ) − 1
4 + n2 π 2 4 2 2
2
32 nπe
[ − 1] se n = 4k + 1
2
16 + n π 2 4
32
2 2
[e2 − 1] se n = 4k + 2
an = 16 + n π , k∈N
32 nπe2
− [ + 1] se n = 4k + 3
16 + n2 π 2 4
32
[e2 − 1] se n = 4k + 4
16 + n2 π 2
492 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 5.3.2.
{
t se 0 ≤ t < π
Dada a função f (t) =
π se π ≤ t < 2π
1. Esboce o gráfico de sua expansão periódica (perı́odo P = 2π) no intervalo [−6π, 6π] e
encontre sua representação em Série de Fourier;
2. Esboce o gráfico de sua expansão periódica par (perı́odo P = 4π) no intervalo [−6π, 6π]
e encontre sua representação em Série de Fourier;
3. Esboce o gráfico de sua expansão periódica ı́mpar (perı́odo P = 4π) no intervalo
[−6π, 6π] e encontre sua representação em Série de Fourier
Solução.
{
π se − π ≤ t < 0
1. Podemos trabalhar com a função f (t) = , f (t+2π) = f (t).
t se 0 ≤ t < π
O gráfico mostra-se na Figura (5.11)
Figura 5.11:
2π
Observe que P = 2π a frequência ω0 = = 1.
P
∫π ∫0 ∫π
2 1 1 0 1 π 3
a0 = f (t)dt = [ πdt + tdt] = [πt + t2 ] = π
P π π −π 2 0 2
−π −π 0
∫π ∫0 ∫π
2 1
an = f (t) cos(nω0 t)dt = [ π cos(nω0 t)dt + t cos(nω0 t)dt] =
P π
−π −π 0
0 [ ]
1 π t 1 π
an = [ sen(nω0 t) + sen(nω0 t) + 2 2 cos(nω0 t) ] =
π nω0 −π nω0 n ω0 0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 493
{ 2
1 − se, n − ı́mpar
an = [cos(nπ) − 1] = πn2
πn2 0 se, n − par
∫π ∫0 ∫π
2 1
bn = f (t)sen(nω0 t)dt = [ πsen(nω0 t)dt + tsen(nω0 t)dt] =
P π
−π −π 0
0 [ ]
1 π t 1 π
bn = [− cos(nω0 t) + − cos(ω0 t) + 2 sen(ω0 t)
π nω0 −π ω0 ω0 0
1 π π π 1
bn = [ cos(nπ) − − cos(nπ)] = −
π n n n n
3 ∑
+∞
2 ∑
+∞
1
Assim, quad f (t) = π + − cos(nt) + − sen(nt).
4 πn2 n=1
n
n=ı́mpar
+∞ [
∑ ]
3 2 1
Portanto, f (t) = π − cos((2n + 1)t) + sen(nt) no intervalo
4 n=0
π(2n + 1)2 n
(−π, π).
2. Consideremos g(t)
como a extensão da função f (t) estendida ao intervalo 0 ≤ t ≤ 4π.
0 se − 2π ≤ t < 0
Logo g(t) = t se 0≤t<π .
π se π ≤ t < 2π
Queremos uma extensão par de f (t) (é a mesma de g(t), então consideremos a função
par:
{
g(−t) se − 2π < t ≤ 0
Fc (t) =
g(t) se 0 ≤ t ≤ 2π
π se − 2π < t ≤ −π
−t se − π < t ≤ 0
Fc (t) =
t se 0 < t ≤ π
π se π ≤ t ≤ 2π
Figura 5.12:
494 Christian José Quintana Pinedo
2π 1
Consideremos Fc (t + 4π) = Fc (t), aqui o perı́odo é P = 4π e tem-se ω0 = =
4π 2
logo podemos calcular sua série de Fourier
1 ∑
+∞
nπ
Fc (t) = a0 + [an cos( t)]
2 n=1
4
∫2π
2
an = Fc (t) cos(nω0 t)dt =
P
−2π
∫−π ∫0 ∫π ∫2π
1
= [ π cos(nω0 t)dt− t cos(nω0 t)dt+ t cos(nω0 t)dt+ π cos(nω0 t)dt] ⇒
2π
−2π −π 0 π
∫π ∫2π
1
an = [ t cos(nω0 t)dt + π cos(nω0 t)dt] ⇒
π
0 π
[ ]
1 2π nπ 4 nπ 4 2π nπ
an = sen( ) + 2 cos( ) − 2 − sen( )
π n 2 n 2 n n 2
4
− 2 se, n = 4k + 1
πn
4 nπ − 8 se, n = 4k + 2
an = [cos( ) − 1] = πn 2
πn2 2
4
− 2 se, n = 4k + 3
πn
0 se, n = 4k + 4
Sendo Fc (t) função par, os bn = 0.
Portanto, a série de Fourier pedida é:
3 ∑
+∞
1 (4n + 1)π
Fc (t) = π − 4 2
cos( t)−
4 n=0
π(4n + 1) 2
+∞ [
∑ ]
2 (4n + 2)π 1 (4n + 3)π
−4 cos( t) + cos( t)
n=0
π(4n + 2)2 2 π(4n + 3)2 2
3. Consideremos g(t)
como a extensão da função f (t) estendida ao intervalo 0 ≤ t ≤ 4π.
0 se − 2π ≤ t < 0
Logo g(t) = t se 0≤t<π .
π se π ≤ t < 2π
Queremos uma extensão ı́mpar de f (t) (é a mesma de g(t), então consideremos a
função par: {
−g(−t) se − 2π < t ≤ 0
Fs (t) =
g(t) se 0 ≤ t ≤ 2π
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 495
−π se − 2π < t ≤ −π
−(−t) se − π < t ≤ 0
Fs (t) =
t se 0 < t ≤ π
π se π ≤ t ≤ 2π
Figura 5.13:
2π 1
Consideremos Fs (t + 4π) = Fs (t), aqui o perı́odo é P = 4π e tem-se ω0 = =
4π 2
∑
+∞
nπ
logo podemos calcular sua série de Fourier Fs (t) = [bn sen( t)]. Cálculo dos
n=1
4
coeficientes:
Sendo Fs (t) função ı́mpar, os an = 0, n ≥ 0. Por outro lado:
2
− se, n = 4k
n
4 2
4 nπ 2 2
+ se, n = 4k + 1
bn = 2 sen( ) − cos(nπ) = πn n
nπ 2 n
2
− se, n = 4k + 2
n
− 4 −2 se, n = 4k + 3
πn2 n
Portanto, a série de Fourier pedida é:
+∞ [
∑ ]
4 2 (4n + 1)π 1
g(t) = [ + ]sen( t) − sen(4(n + 1)πt)
n=0
π(4n + 1)2 (4n + 1) 2 2(n + 1)
∑+∞ [ ]
1 4 2 (4n + 3)π
− sen((2n + 1)πt) + [ 2
+ ]sen( t)
n=0
(2n + 1) π(4n + 3) (4n + 3) 2
Exercı́cio 5.3.3.
{
1 se 0≤t<1
Dada a função f (t) =
2−t se 1≤t<2
Figura 5.14:
2π
Observe que P = 2 a frequência ω0 = = π.
P
∫1 ∫0 ∫1 0 1
2 1 2 7
a0 = f (t)dt = (2 − t)dt + dt = [− (2 − t) + t ] =
P 2 −1 0 2
−1 −1 0
∫1 ∫0 ∫1
2
an = f (t) cos(nω0 t)dt = (2 − t) cos(nω0 t)dt + cos(nω0 t)dt] =
P
−1 −1 0
(2 − t) 0 0 1
1 1
an = sen(nπt) − 2 2 cos(nπt) + sen(nπt)] =
nπ −1 nπ −1 nπ 0
{ 2
1 − 2 2 se, n − ı́mpar
an = 2 2 [cos(nπ) − 1] = π n
nπ 0 se, n − par
7 ∑
+∞
2 3 ∑
+∞
1
Assim, quad f (t) = + [− 2 2 cos(nπt)− sen(nπt)]+ sen(nπt).
4 π n πn n=par
πn
n=ı́mpar
+∞ [ ]
7 ∑ 2 cos((2n − 1)πt) 3sen((2n − 1)πt) sen(2nπt)
Portanto, f (t) = − + − .
4 n=1 π 2 (2n − 1)2 π(2n − 1) 2πn
Figura 5.15:
2π π
Consideremos Fc (t + 4) = Fc (t), aqui o perı́odo é P = 4 e tem-se ω0 = = logo
4 2
1 ∑
+∞
nπ
podemos calcular sua série de Fourier Fc (t) = a0 + [an cos( t)]. Cálculo dos
2 n=1
4
coeficientes:
∫2 ∫−1 ∫0 ∫1 ∫2
2 1 3
a0 = Fc (t)dt = [ (2 + t)dt + dt + dt + (2 − t)dt] =
P 2 2
−2 −2 −1 0 1
∫2
2
an = Fc (t) cos(nω0 t)dt =
P
−2
∫−1 ∫0 ∫1 ∫2
1
an = [ (2+t) cos(nω0 t)dt+ cos(nω0 t)dt+ cos(nω0 t)dt+ (2−t) cos(nω0 t)dt] ⇒
2
−2 −1 0 1
498 Christian José Quintana Pinedo
∫−1 ∫2 ∫2
1
an = [ (1 + t) cos(nω0 t)dt + cos(nω0 t)dt + (1 − t) cos(nω0 t)dt] ⇒
2
−2 −2 1
4
se, n = 4k + 1
n π2
2
4 [ nπ ] − 8 se, n = 4k + 2
an = 2 2 cos( ) − cos(nπ) = n2 π 2
nπ 2
4
se, n = 4k + 3
nπ
2 2
0 se, n = 4k + 4
Figura 5.16:
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 499
2π π
Consideremos Fs (t + 4) = Fs (t), aqui o perı́odo é P = 4 e tem-se ω0 = =
4 2
∑
+∞
nπ
logo podemos calcular sua série de Fourier Fs (t) = t)]. Cálculo dos
[bn sen(
n=1
2
coeficientes: Sendo Fs (t) função ı́mpar, os an = 0, n ≥ 0. Por outro lado:
∫2 ∫−1 ∫0
2 1
bn = Fs (t)dt = [− (2 + t)sen(nω0 t)dt − sen(nω0 t)dt+
P 2
−2 −2 −1
∫1 ∫2
+ sen(nω0 t)dt + (2 − t)sen(nω0 t)dt] ⇒
0 1
[ ]
1 4 nπ 2 nπ 4 nπ
bn = (1 − cos( )) + 2[ cos( ) + 2 2 sen( )] ⇒
2 nπ 2 nπ 2 nπ 2
2
se, n = par
nπ
2 4 nπ 2 4
bn = [ + 2 2 sen( )] = + 2 2 se, n = 4k + 1
nπ n π 2
nπ n π
2 4
− 2 2 se, n = 4k + 3
nπ n π
Portanto, a série de Fourier pedida é:
+∞ [ ]
∑ sen((n + 1)πt) [ 2 4 ] (4n + 1)π
Fs (t) = + + sen( t) +
n=0
(n + 1)π (4n + 1)π (4n + 1)2 π 2 2
+∞ [
∑ 2 4 (4n + 3)π ]
+ − 2 2 ]sen( t)
n=0
nπ n π 2
Exercı́cio 5.3.4.
Desenvolver em série de Fourier a função f (t) = |sent| entre −π e π.
Solução.
{
sent se, 0 < t < π
Sabemos que |sent| = .
−sent se, − π < t < 0
2π
Observe que P = 2π a frequência ω0 = = 1, por outro lado
2π
∫π
2 a0 2
a0 = sentdt ⇒ =
π 2 π
0
∫π [ ]
2 1 1 − cos[(n + 1)π] cos[(n − 1)π] − 1
an = sent cos(nt)dt = +
π π n+1 n−1
0
− 4
se, n − par
an = π(n − 1)
2
0 se, n − ı́mpar
500 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 5.3.5.
Desenvolver a função f (t) = −1 em série de Fourier no intervalo (−π, 0), e f (t) = 1
no intervalo (0, π).
Solução.
2π
Observe que P = 2π a frequência ω0 = = 1.
P
∫π ∫0 ∫π
2 1 1
a0 = f (t)dt = [ (−1)dt + 1 · dt] = [−π + π] = 0
P π π
−π −π 0
∫π ∫0 ∫π
2 1
an = f (t) cos(nω0 t)dt = [ (−1) cos(nω0 t)dt + 1 · cos(nω0 t))dt] =
P π
−π −π 0
0 π
1
an = [−sen(nω0 t) + sen(nω0 t) ] = 0
πnω0 −π 0
∫π ∫0 ∫π
2 1
bn = f (t)sen(nω0 t)dt = [ (−1)sen(nω0 t)dt + 1 · sen(nω0 t))dt] =
P π
−π −π 0
0 π
1 2
bn = [cos(nω0 t) − cos(nω0 t) ] = [1 − cos(nπ)]
πnω0 −π 0 πn
{
0 se n − par
bn = 4
se n − ı́mpar
πn
∑
+∞
4 4 ∑ sen[(2n + 1)t]
+∞
Portanto, f (t) = · sen(nt) = .
πn π n=0 (2n + 1)
n=ı́mpar
Exercı́cio 5.3.6.
Desenvolver a função f (t) = t2 em série de Fourier:
1. No intervalo (−π, π) 2. No intervalo (0, 2π) 3. No intervalo (0, π)
Solução.
2π
1. Observe que P = 2π a frequência ω0 = = 1.
P
∫π ∫π
2 1 1 3 2
a0 = f (t)dt = t2 dt = [π + π 3 ] = π 2
P π 3π 3
−π −π
∫π ∫π ∫π
2 1 2 2
an = f (t) cos(nω0 t)dt = t cos(nω0 t)dt = t2 cos(nω0 t)dt =
P π π
−π −π 0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 501
[ ]
2 1 2 2t 2 π
an = t sen(nω0 t) + 2
cos(nω0 t) − 3
sen(nω0 t)
π nω0 (nω0 ) (nω0 ) 0
2 2π 4
an = 2
cos(nω0 π) = 2 (−1)n
π (nω0 ) n
Por outro lado, para os bn na integral, t2 sen(nω0 t) é função ı́mpar, logo
∫π ∫π
2 1
bn = f (t)sen(nω0 t)dt = t2 sen(nω0 t)dt = 0
P π
−π −π
[ ] ∑
+∞
1 2 2
2 (−1)n cos(nt)
Assim obtivemos f (t) = t = π +4 2
.
2 3 n=0
n
1 ∑
+∞
(−1)n cos(nt)
Portanto, f (t) = t2 = π 2 + 4 no intervalo (−π, π).
3 n=0
n2
2π
2. Observe que P = 2π a frequência ω0 = = 1.
P
∫2π ∫2π
2 1 1 8
a0 = f (t)dt = t2 dt = [8π 3 − 0] = π 2
P π 3π 3
0 0
∫2π ∫2π
2 1
an = f (t) cos(nω0 t)dt = t2 cos(nω0 t)dt =
P π
0 0
∫2π 2π ∫2π
t2 2
Por outro lado 2
t cos(nω0 t)dt = sen(nω0 t) − t · sen(nω0 t)dt
nω0 0 nω0
0 0
∫2π ∫2π
2 1 2π
t2 cos(nω0 t)dt = − − t · cos(nω0 t) + cos(nω0 t)
nω0 nω0 0
0 0
∫2π
4π
t2 cos(nω0 t)dt = · cos(nω0 2π)
(nω0 )2
0
4 4
logo an = 2
· cos(2πn) = 2
n n
∫2π ∫2π
2 1
Cálculo dos bn . Sabemos que bn = f (t)sen(nω0 t)dt = t2 sen(nω0 t)dt =
P π
0 0
∫2π 2π ∫2π
t2 2
Por outro lado t sen(nω0 t)dt = −
2
cos(nω0 t) + t · cos(nω0 t)dt
nω0 0 nω0
0 0
∫2π 2 2π ∫2π
4π 2 1
t2 sen(nω0 t)dt = − cos(2πnω0 ) + t · sen(nω0 t) − sen(nω0 t)
nω0 nω0 nω0 0
0 0
502 Christian José Quintana Pinedo
4π 4π
logo bn = − · cos(2πn) = −
n n
4 2 ∑
+∞
cos(nt) ∑
+∞
sen(nt)
Portanto, 2
f (t) = t = π + 4 2
− 4π no intervalo (0, 2π).
3 n=0
n n=0
n
2π
3. Observe que P = π a frequência ω0 = = 2.
P
∫π ∫π
2 2 2 3 2
a0 = f (t)dt = t2 dt = [π − 0] = π 2
P π 3π 3
0 0
∫π ∫π
2 2
an = f (t) cos(nω0 t)dt = t2 cos(nω0 t)dt =
P π
0 0
∫π π ∫π
t2 2
Por outro lado 2
t cos(nω0 t)dt = sen(nω0 t) − t · sen(nω0 t)dt
nω0 0 nω0
0 0
∫π ∫π
2 1 π
t2 cos(nω0 t)dt = − − t · cos(nω0 t) + cos(nω0 t)
nω0 nω0 0
0 0
∫π
2π
t2 cos(nω0 t)dt = · cos(nω0 2π)
(nω0 )2
0
4 4 1
logo an = 2
· cos(πnω0 ) = 2 · cos(2πn) , isto é an =
(nω0 ) 4n n2
∫π ∫2π
2 2
Cálculo dos bn . Sabemos que bn = f (t)sen(nω0 t)dt = t2 sen(nω0 t)dt =
P π
0 0
∫π 2 ∫π
π 2 1 π
t2 sen(nω0 t)dt = − cos(πnω0 ) + t · sen(nω0 t) − sen(nω0 t)
nω0 nω0 nω0 0
0 0
4π 2π
logo bn = − · cos(2πn) = −
2n n
1 2 ∑ cos(nt) ∑
+∞ +∞
sen(nt)
Portanto, 2
f (t) = t = π + 2
− 2π no intervalo (0, π).
3 n=0
n n=0
n
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 503
Exercı́cio 5.3.7.
{
0 se − π < x < − π2
Calcular a série de Fourier da Função f (x) =
1 se − π2 < x < π
Solução.
∫π
1 3
Pela definição dos coeficientes de Fourier a0 = dx = e para n ≥ 1
π 2
− π2
1
se n = 1, 5, 9, · · ·
∫π
1 sen(nx) π sen( 2 ) nπ
nπ
1
an = cos(nx)dx = π = = − se n = 3, 7, 11, · · ·
π nπ −2 nπ
− π2
nπ
0 se n é par
1
se n é ı́mpar
nπ
bn = 2
− se n = 2, 6, · · ·
nπ
0 se n = 4, 8, 12, · · ·
A série de Fourier de f é:
∞ [ ]
3 1∑ 1 1
+ cos[(4n − 3)x] − cos[(4n − 1)x]
4 π n=1 (4n − 3) (4n − 1)
∞ [ ]
1∑ 1 2
+ sen[(2n − 1)x] − sen[(4n − 2)x]
π n=1 (2n − 1) (4n − 2)π
Portanto a série de Fourier de f é:
∞ [ ]
3 1∑ 1 1
+ cos[(4n − 3)x] − cos[(4n − 1)x]
4 π n=1 (4n − 3) (4n − 1)
1∑
∞
1
+ {sen[(2n − 1)x] − sen[(4n − 2)x]}
π n=1 (2n − 1)
Exercı́cio 5.3.8.
{
1 se 4<x≤5
Seja f : [4, 6] −→ R definida por f (x) = . Determine a série de
2 se 5<x≤6
Fourier de f (x).
Solução.
2π
Tem-se que P = 2 e ω0 = = π. Pela definição dos coeficientes de Fourier segue que
2
504 Christian José Quintana Pinedo
∫5 ∫6
a0 = dx + 2dx = 3 e para n ≥ 1
4 5
∫5 ∫6
an = 1 · cos(nπx)dx + 2 · cos(nπx)dx = 0
4 5
3 2∑ 1
+∞
− sen[(2n − 1)πx)]
2 π n=1 2n − 1
Exercı́cio 5.3.9.
Determine a série de Fourier para cada uma das funções periódicas nos intervalos
indicadas;.
∫1
2 4(−1)n
an = (t2 + 2t) cos(nπt)dtdt =
2 π 2 n2
−1
∫1
4(−1)n+1
bn = (t2 + 2t)sen(nπt)dt =
πn
−1
[ ]
1 4∑
+∞
n+1 cos(nπt) sen(nπt)
Portanto, Sf = S(t) = + (−1) +
3 π n=1 n2 n
∫π
2 4
an = (t2 + t) cos(nt)dt = 2
(−1)n+1 =
2π n
−π
∫π
2 2 2(−1)n+1
bn = (t + t)sen(nt)dt =
2π n
−π
∑
+∞ [ ]
π2 n+1 2 cos(nt) sen(nt)
Portanto, Sf = S(t) = +2 (−1) 2
+
3 n=1
n n
P
3. f (t) = − |t|, t ∈ [−P, P ] com f (t + 2P ) = f (t).
2
2π π
O perı́odo é 2P , ω0 = = .
2P P
Seja g(t) = |t|, t ∈ [−P, P ] é tal que f (t + 2P ) = f (t); sabemos que sua série de
Fourier é:
P ∑ 4P cos[(2n − 1) Pπ t]
+∞
Sg = S(t) = −
2 n=1
π 2 (2n − 1)2
P P
a0 (f ) = a0 [ − |t|] = a0 − a0 (g) = P − P = 0
2 2
P P
an (f ) = an [ − |t|] = a1 − a0 (g) = −an (g), n = 0, 1, 2, 3, · · ·
2 2
bn (f ) = bn [1 − |t|] = 1 = −bn (g) = 0, n = 1, 2, 3, · · ·
∑
+∞
4P cos[(2n − 1) Pπ t]
Sf = S(t) =
n=1
π 2 (2n − 1)2
∫P
4 2
a0 = t2 dt = P 2 , bn = 0, n = 1, 2, 3, · · ·
2P 3
0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 507
∫P
4 4P 2 (−1)n
an = t2 cos(nπt)dt = , n = 1, 2, 3, · · ·
2P n2 π 2
0
Por outro lado, seja g(t) = t, t ∈ [−P, P ] e tal que g(t + 2P ) = g(t); sabemos que
∑
+∞
2P (−1)n+1 sen(nπt)
g é ı́mpar e sua série de Fourier é: Sg = S(t) = .
n=1
nπ
2P 2
Então: a0 (f ) = a0 (h) − 2a0 (g) = a0 (h) = .
3
8P 2 (−1)n
an (f ) = an (h) − 2an (g) = 2an (h) = , n = 0, 1, 2, 3, · · ·
n2 π 2
4P (−1)n+1 4P (−1)n
bn (f ) = bn (h) − 2bn (g) = −2bn (g) = − = , n = 1, 2, 3, · · ·
nπ nπ
P2 ∑
+∞
(−1)n ∑
+∞
(−1)n
Logo, f (t) = + 8P 2 2π2
cos(nω0 t) + 4P sen(nω0 t).
3 n=1
n n=1
nπ
tem-se
∫1 ∫1
2 4
a0 = |sen(πt)|dt = 2 sen(πt)dt =
2 π
−1 0
∫1 ∫1
2
an = |sen(πt)| cos(nπt)dtdt = 2 sen(nt) cos(nπt)dt ⇒
2
−1 0
∫1
2[(−1)n + 1]
an = [sen[(n + 1)πt] + sen[(n − 1)πt]dt = −
(n2 − 1)π
0
508 Christian José Quintana Pinedo
∫1
Se n ̸= 1, calculando diretamente a1 = 2 sen(t) cos(πt)dt = 0.
0
4
Por outro lado, a2n+1 = 0 e a2n = − , logo a série de Fourier pedida é
π(1 − 4n2 )
2 ∑
+∞
4
S(t) = − cos(2nπt)
π n=1 π(1 − 4n2 )
∫1 1
2 et
an = et cos(nπt)dt = [nπsen(nπt) + cos(nπt)] =
2 1 + n2 π 2 −1
−1
e e−1 (−1)n
an = (−1) n
− (−1)n
= (e − e−1 )
1 + n2 π 2 1 + n2 π 2 1 + n2 π 2
∫1 1
et nπ(−1)n
bn = t
e sen(nπt)dt = 2 2
[sen(nπt) − nπ cos(nπt)] = − 2 2
(e − e−1 )
1+n π −1 1+n π
−1
Logo:
1 ∑
+∞
(−1)n
Sf = S(t) = (e − e−1 ) + (e − e−1 ) 2π2
[cos(nπt) − nπsen(nπt)]
2 n=1
1 + n
Como senh(t) cos(nπt) é ı́mpar então an = 0. Por outro lado, senh(t)sen(nπt) é par
então:
∫1 ∫1 ∫1
2 2 2
bn = senh(t)sen(nπt)dt = e sen(nπt)dt −
t
e−t sen(nπt)dt =
2 2 2
−1 0 0
et 1 e−t 1
bn = 2 2
[sen(nπt) − nπ cos(nπt)] − 2 2
[−sen(nπt) + nπ cos(nπt)]
(1 + n π ) 0 (1 + n π ) 0
nπ nπ
bn = 2 2
(1 − e cos(nπ) + 2 2
(1 − e−1 cos(nπ))
(1 + n π ) (1 + n π )
nπ [ −1
]
bn = (1 − e cos(nπ) + (1 − e cos(nπ))
(1 + n2 π 2 )
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 509
nπ [ ]
bn = 2 2
2 − (e − e−1 ) cos(nπ))
(1 + n π )
nπ
− (e 2 − e− 2 )2
1 1
se par
2
(1 + n π ) 2
bn = nπ
(e 2 + e− 2 )2
1 1
se ı́mpar
2
(1 + n π )2
Logo:
∑
+∞
(2n − 1)sen((2n − 1)πt) ∑
+∞
nsen(2nπt)
1
− 21 2 1
− 12 2
Sf = π(e + e 2 ) − 2π(e − e
2 )
n=1
(1 + (2n − 1)2 π 2 ) n=1
(1 + 4n2 π 2 )
∫π ∫π
2 1
an = [1 + cos(2t)] cos(nt)dt = [2 cos(nt) + 2 cos(2t) cos(nt)]dt
2π 2π
−π −π
∫π
1
an = [2 cos(nt) + cos((2 + n)t) + cos((2 − n)t)]dt
2π
−π
∫π
1
Se n = 2 segue a2 = [2 cos(2t) + cos(4t) + 1]dt = 1, se n ̸= 2 ⇒ an = 0
2π
−π
∫π ∫π
2 1
bn = [1 + cos(2t)]sen(nt)dt = [2sen(nt) + 2 cos(2t)sen(nt)]dt
2π 2π
−π −π
∫π
1
bn = [2 cos(nt) + sen((2 + n)t) − sen((2 − n)t)]dt
2π
−π
∫π
1
Se n = 2 segue b2 = [2 cos(2t) + sen(4t)]dt = 0. Se n ̸= 2 ⇒ bn = 0
2π
−π
Se n ̸= 3
∫π ∫π
2 1
an = cos(3t) · cos(nω0 t)dt = [cos(3 + n)t + cos(3 − n)t]dt
2π π
−π 0
[ ]
1 1 1 π
an = sen(3 + n)t + sen(3 − n)t = 0
π 3+n 3−n 0
Se n = 3
∫π ∫π
2 1
a3 = cos(3t) · cos(3ω0 t)dt = [1 + cos(6t)]dt
2π 2π
−π −π
π
1 1
a3 = [t + sen(6t)] = 1
2π 6 −π
Se n ̸= 3
∫π ∫π
2 1
bn = cos(3t) · sen(nω0 t)dt = [sen(n + 3)t + sen(n − 3)t]dt
2π 2π
−π −π
[ ]
1 1 1 π
bn = − cos(n + 3)t − cos(n − 3)t = 0
π n+3 n−3 −π
Se n = 3
∫π ∫π π
2 1 1
bn = cos(3t) · sen(3ω0 t)dt = sen(6t)dt = − cos(6t) = 0
2π 2π 12π −π
−π −π
Pelo item anterior deste exemplo a série de Fourier de h(t) = 2 cos2 (t) é h(t) =
1 + cos(2t).
1
Portanto, a série de Fourier de f (t) = 1 · cos(3t) + [1 + cos(2t)].
2
10. f (t) = at + b, t ∈ [−P, P ] com f (t + 2P ) = f (t).
2π π
O perı́odo é 2P , ω0 = = .
2P P
Pela linearidade dos coeficientes de Fourier, devemos calcular a série de Fourier de
h(t) = at, t ∈ [−P, P ] e tal que h(t + 2P ) = h(t) e h é ı́mpar, logo a0 = 0 e como
t cos(nω0 t) é ı́mpar então an = 0, n = 1, 2, 3, · · · ,
∫P [ ]
2a 2a t 1 P
bn = tsen(nω0 t)dt = − cos(nω0 t) + 2 2 sen(nω0 t) =
2P P nω0 n ω0 0
−P
[ ]
2a P 2a 2bP (−1)n+1
bn = − cos(nω0 P ) = − cos(nπ) = , n = 1, 2, 3, · · ·
P nω0 nω0 nπ
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 511
Por outro lado, seja g(t) = b, t ∈ [−P, P ] e tal que g(t + 2P ) = g(t); sabemos que
g é par então bn = 0, n = 1, 2, 3, · · ·
∫P
2 2b
a0 = bdt = P = 2b
2P P
−P
∫P [ P ]
2 2b 1
an = b · cos(nω0 t)dt = sen(nω0 t) = 0 n = 1, 2, 3, · · ·
2P P nω0 0
−P
Por último, seja m(t) = c, t ∈ [−P, P ] e tal que m(t + 2P ) = m(t); sabemos que
m é par então bn = 0, n = 1, 2, 3, · · ·
∫P
2 2c
a0 = cdt = P = 2c
2P P
−P
∫P [ P ]
2 2c 1
an = c · cos(nω0 t)dt = sen(nω0 t) = 0 n = 1, 2, 3, · · ·
2P P nω0 0
−P
2
Então: a0 (f ) = a0 (h) + a0 (g) + a0 (m) = aP 2 + 0 + 2c.
3
4aP 2 (−1)n
Também, an (f ) = an (h) + an (g) + an (m) = + 0 + 0, n = 1, 2, 3, · · ·
n2 π 2
2bP (−1)n+1
Por último, bn (f ) = bn (h) + bn (g) + bn (m) = 0 + + 0, n = 1, 2, 3, · · ·
nπ
1 2 ∑
+∞
(−1)n ∑
+∞
(−1)n+1 sen(nω0 t)
2 2 2
Portanto, f (t) = aP +c+4aP (nω0 t)n π +2bP .
3 n=1
cos n=1
nπ
{
0 se − π ≤ t < 0
12. f (t) = , com f (t + 2π) = f (t)
t2 se 0 ≤ t < π
2π
O perı́odo é 2π, ω0 = = 1.
2π
∫π ∫π
2 1 1 3 π π 2
a0 = f (t)dt = t2 dt = t =
2π π 3π 0 3
−π 0
∫π ∫π
2 1
an = f (t) cos(nω0 t)dt = t2 cos(nω0 t)dt =
2π π
−π 0
[ ]
1 t2 2t 2 π
an = sen(nω0 t) + 2 2 cos(nω0 t) − 3 3 sen(nω0 t) =
π nω0 n ω0 n ω0 0
[ ]
1 2π 2(−1)n
an = cos(nπ) = , n = 1, 2, 3, · · ·
π n2 n2
∫π ∫π
2 1
bn = f (t)sen(nω0 t)dt = t2 sen(nω0 t)dt =
2π π
−π 0
[ ]
1 t2 2t 2 π
bn = − cos(nω0 t) + 2 2 sen(nω0 t) + 3 3 cos(nω0 t) =
π nω0 n ω0 n ω0 0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 513
{[ 2 ] } π 4
1 π 2 2 − se n é ı́mpar
bn = − + 3 cos(nπ) − 3 = n n3 π
π n n n π
− se n é par
n
π 2 ∑ 2(−1)n ∑
+∞ +∞
sen(2nt)
f (t) = + 2
cos(nt)n π − π
2 2
+
6 n=1
n n=1
2n
∑
+∞ [ π 4 ]
+ − sen((2n − 1)t).
n=1 (2n − 1) (2n − 1) π
3
{
−t + π se − π ≤ t < 0
13. f (t) = , com f (t + 2π) = f (t)
t se 0 < t < π
2π
Observe que P = 2π a frequência ω0 = = 1.
2π
0
∫π ∫ ∫π
2 1
a0 = f (t)dt = (π − t)dt + tdt = 2π
P π
−π −π 0
∫0 ∫π
1 1
an = − t cos(nω0 t)dt + t cos(nω0 t)dt
π π
−π 0
0 π
t 1 t 1
an = −[ sen(nω0 t) + 2 2 cos(nω0 t)] + [ sen(nω0 t) + 2 2 cos(nω0 t)]
nω0 n ω0 −π nω0 n ω0 0
2 −4 se n é ı́mpar
an = 2 [cos(nπ) − 1] = n2
n 0 se n é par
∫0 ∫0 ∫π
1 1 1
bn = πsen(nω0 t)dt − tsen(nω0 t)dt + tsen(nω0 t)dt
π π π
−π −π 0
0 [ ] ∫π
1 1 t 1 0 1
bn = cos(nt) − − cos(nt) + 2 sen(nt) + tsen(nω0 t)dt
n −π π n n −π π
0
2
1 − se n é par
bn = [1 − 3 cos(nπ)] = n
n
4
se n é ı́mpar
n
+∞ [
∑ ] ∑+∞
cos((2n − 1)t) sen((2n − 1)t) 1
Portanto, f (t) = π − 4 − − sen(2nt).
n=1
(2n − 1)2 (2n − 1) n=1
n
514 Christian José Quintana Pinedo
0 se − 3π ≤ t < π
14. f (t) = 1 se π ≤ t < 2π , com f (t + 6π) = f (t)
2 se 2π ≤ t < 3π
2π 1
Observe que P = 6π a frequência ω0 = = .
6π 3
2π
∫3π ∫ ∫3π
2 1
a0 = f (t)dt = dt + 2dt = 1
P 3π
−3π π 2π
∫2π ∫3π [ ]
2 2 1 n 2π n 3π
an = cos(nω0 t)dt + 2 cos(nω0 t)dt = sen( t) + 2sen( t) =
6π 6π 3nω0 3 π 3 2π
π 2π
[ ]
1 2πn πn 3πn 2πn
an = sen( ) − sen( ) + 2sen( ) − 2sen( ) =
3nω0 3 3 3 3
[ ]
1 πn 2πn
an = −sen( ) − sen( ) =
3nω0 3 3
∫2π ∫3π [ ]
2 2 1 n 2π n 3π
bn = sen(nω0 t)dt+ 2sen(nω0 t)dt = − cos( t) + 2 cos( t) =
6π 6π 3nω0 3 π 3 2π
π 2π
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 515
[ ]
1 nπ 2πn
bn = − − cos( ) + 2 cos(πn) − cos( )
3nω0 3 3
Seja n = 3k, n = 3k + 1, n = 3k + 2 para todo k ∈ Z, então:
[ ]
1 (3k)π 2π(3k)
b3k = − − cos( ) + 2 cos(π(3k)) − cos( )
3(3k)ω0 3 3
{
1 0 se k − par
b3k = [1 − cos(kπ)] = 2
3k se k − ı́mpar
3k
2
b6α−3 = , ∀α∈Z
6α − 3
[ ]
1 (3k + 1)π 2π(3k + 1)
b3k+1 = − − cos( ) + 2 cos(π(3k + 1)) − cos( )
3(3k + 1)ω0 3 3
[ ]
1 π 2π
b3k+1 = − − cos(kπ + ) + 2 cos(π(3k + 1)) − cos(2πk + )
3k + 1 3 3
2
se k − par
b3k+1 = 3k + 1
− 3 se k − ı́mpar
3k + 1
2 3
b6α+1 = , b6α−2 = − ∀α∈Z
6α + 1 6α − 2
[ ]
1 (3k + 2)π 2π(3k + 2)
b3k+2 = − − cos( ) + 2 cos(π(3k + 2)) − cos( )
3(3k + 2)ω0 3 3
[ ]
1 2π 4π
b3k+2 = − − cos(kπ + ) + 2 cos(π(3k + 2)) − cos(2πk + )
3(3k + 2)ω0 3 3
3
1 − se k − par
b3k+2 = − [5 cos(kπ) + 1] = 3k + 2
2(3k + 2)
2
se k − ı́mpar
3k + 1
3 3
b6α+2 = − , b6α−1 = − ∀α∈Z
6α + 2 6α − 1
Assim: √ √
3 3
a6α+1 =− , a6α−1 = , ∀α∈Z
6α + 1 6α − 1
2 2 3
b6α−3 = , b6α+1 = , b6α−2 = − ∀α∈Z
6α − 3 6α + 1 6α − 2
3 3
b6α+2 = − , b6α−1 = − ∀α∈Z
6α + 2 6α − 1
A série de Fourier pedida é:
1 ∑
+∞
S(t) = + [an cos(nω0 t) + bn sen(nω0 t)] =
2 n=1
516 Christian José Quintana Pinedo
1 ∑
+∞
1 1
S(t) = + [a6α−3 cos( (6α − 3)t) + b6α−3 sen( (6α − 3)t)]+
2 α=1 3 3
∑
+∞
1 1
+ [a6α−2 cos( (6α − 2)t) + b6α−2 sen( (6α − 2)t)]+
α=1
3 3
∑
+∞
1 1
+ [a6α−1 cos( (6α − 1)t) + b6α−1 sen( (6α − 1)t)]+
α=1
3 3
√
∑
+∞
3 1 1
+ [− cos( (6α + 1)t) + b6α+1 sen( (6α + 1)t)]
α=1
6α + 1 3 3
∑
+∞
1 1
+ [a6α+2 cos( (6α + 2)t) + b6α+3 sen( (6α + 2)t)] =
α=1
3 3
1 ∑
+∞
Substituindo S(t) = + [an cos(nω0 t) + bn sen(nω0 t)].
2 n=1
Portanto,
+∞ [ ]
1 ∑ 2 3 1
S(t) = + sen((2α − 1)t) − sen( (6α − 2)t) +
2 α=1 6α − 3 6α − 2 3
[ √ ]
∑
+∞
3 1 3 1
+ cos( (6α − 1)t) − sen( (6α − 1)t) +
α=1
6α − 1 3 6α − 1 3
[ √ ]
∑
+∞
3 1 2 1 3 1
− cos( (6α + 1)t) − sen( (6α + 1)t) + sen( (6α + 2)t) .
α=1
6α + 1 3 6α + 1 3 6α + 2 3
0 se − 3 ≤ t < −1
15. f (t) = 1 se − 1 ≤ t < 1 , com f (t + 6) = f (t)
0 se 1 ≤ t < 3
∫3 ∫1
2π π 2 1 2
Observe que P = 6 a frequência ω0 = = , a0 = f (t)dt = dt = .
6 3 P 3 3
−3 −1
∫3 ∫1 1
2 1 1 2 nπ
an = cos(nω0 t)dt = cos(nω0 t)dt = sen(nω0 ) = sen( )
P 3 3nω0 −1 nπ 3
−3 −1
√
3
se n = 1, 2, 7, 8
2 nπ 2
logo an = sen( ) isto é an = 0 se n = 3, 6, 9
nπ 3 √
3
− se n = 4, 5, 10, 11
2
Cálculo dos bn . Sabemos que sen(nω0 t) é função ı́mpar.
∫3 ∫1
2 1
bn = f (t)sen(nω0 t)dt = sen(nω0 t)dt = 0
P 3
−3 −1
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 517
π ∑
+∞
2 nπ nπt
assim S(t) = + sen( ) cos( ).
6 nπ 3 3
n=1
√ [ ]
π 3 πt 1 2πt 1 4πt 1 5πt
Portanto, S(t) = + cos( ) + cos( ) − cos( ) − cos( ) + ··· .
6 π 3 2 3 4 3 5 3
Exercı́cio 5.3.10.
Achar a série de Fourier da função f (t) = cos2 t no intervalo [−π, π].
Solução.
2π
Observe que o perı́odo é P = 2π então a frequência ω0 = = 1.
2π
Temos que f (t) é uma função par, logo f (t) · sen(nt) é ı́mpar, assim bn = 0 e
∫π ∫π π
2 2 1
a0 = 2
cos tdt = (1 + cos(2t))dt = (t + sen(2t)) = 1
2π 2π π 0
−π 0
Se n = 2
∫π ∫π
1 2 2 1 1
a2 = cos t cos(2t)dt = [cos(2t) + (1 + cos(4t))]dt =
π 2π 2 2
−π 0
1 cos(2t)
Portanto a série de Fourier é f (t) = cos2 t = + .
2 2
Exercı́cio 5.3.11.
Achar a série de Fourier da função f (t) = | cos t| no intervalo (0, 2π).
Solução.
π π
O intervalo de repetição é − < x < . Podemos transformar esse intervalo no
2 2
intervalo −π < t < π, para isto acontecer utilizamos a transformação lineal x = mt + n
onde m, n ∈ R.
π
− = m(−π) + n 1 t
π2 ⇒ m= , n=0 ⇒ x=
= m(π) + n 2 2
2
t
Temos a desenvolver a função cos , no intervalo −π < t < π. Sendo todos os valores
2
positivos, não é necessário colocar barras de valor absoluto. Por ser função par segue que
518 Christian José Quintana Pinedo
2π
bn = 0. Observe que P = 2π e ω0 = .
2π
∫π ∫π
2 t 2 t 4 t π 4
a0 = cos dt = cos dt = sen =
2π 2 π 2 π 2 0 π
−π 0
∫π ∫π
2 t 2 t
an = f (t) cos dt = cos cos(nt)dt ⇒
2π 2 π 2
−π 0
[ ]
1 2 ( 1) 2 ( 1)
an = sen n + π + sen n − π
π 2n + 1 2 2n − 1 2
4
− se n − par
π(4n2 − 1) 4(−1)n+1
an = ⇒ an =
4
se n − ı́mpar π(4n2 − 1)
π(4n2 − 1)
logo
4 ∑ (−1)n+1 cos(nt)
+∞
t 2
cos = + , −π < t < π
2 π π n=1 (4n2 − 1)
retornando à variável x segue que t = 2x,
4 ∑ (−1)n+1 cos(2xn)
+∞
2
Portanto, f (t) = | cos t| = + , 0 < x < 2π.
π π n=1 (4n2 − 1)
Exercı́cio 5.3.12.
Determine a série de Fourier da função f (t) = t + π no intervalo [−π, 0].
Solução.
Mudemos o intervalo [−π, 0] para o intervalo [−π, π] mediante a transformação linear
2π
x = mt + n onde m, n ∈ R. Observe que P = 2π e ω0 =
2π
}
−π = m(−π) + n 1 π t+π
⇒ m= , n= ⇒ x=
0 = m(π) + n 2 2 2
∫π π
2 t+π 1 2
a0 = dt = (t + π) = π
2π 2 4π −π
−π
∫π
2 t+π
an = cos(nt)dt = 0
2π 2
−π
∫π
2 t+π 1 (−1)n+1
bn = sen(nt)dt = − cos(nt) =
2π 2 n n
−π
logo
π ∑ (−1)n+1 sen(nt)
+∞
t+π
= + , −π < t < π
2 2 n=1 n
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 519
π ∑ (−1)n+1 sen(2xn)
+∞
Portanto, f (t) = x + π = + , −π < x < 0.
2 n=1 n
Exercı́cio 5.3.13.
Seja f (x) = 1 no intervalo −2 ≤ x < 0 e f (x) = x para 0 ≤ x ≤ 2. Determine a série
de Fourier de f no intervalo −2 ≤ x ≤ 2.
Solução.
2π π
O perı́odo é P = 4 então a frequência ω0 = = assim:
4 2
∫2 ∫0 ∫2
2 1
a0 = f (t)dt = dt + tdt = 4
4 2
−2 −2 0
0
∫2 ∫ ∫2
2 nπt 1 nπt nπt 2
an = f (t) cos dt = cos dt + t cos dt = [cos(nπ) − 1]
4 2 2 2 2 (nπ)2
−2 −2 0
0
∫2 ∫ ∫2
1 nπt 1 nπt nπt 2
bn = f (t)sen dt = sen dt + tsen dt = − [1 + cos(nπ)]
2 2 2 2 2 nπ
−2 −2 0
4 2
Note que an = 0 se n-par; an = − 2 2 se n-ı́mpar; bn = 0 se n-ı́mpar; bn = − se
nπ nπ
n-par; [ ]
(2n + 1)tπ
+∞ cos
4 ∑ 4 ∑ sen(2n π2 t)
+∞
2
Portanto a série de Fourier é f (t) = 2 − 2 −
π n=0 (2n + 1)2 π n=0 2n
.
Observe que esta série converge para 1 se −2 < t < 0; converge para t se 0 < t < 2;
1 3
para se t = 0 e para se t = ±2.
2 2
Quando t = 0 a série de Fourier é
[ ]
4 1 1 1 1 1
0 = 2 − 2 2 + 2 + 2 + 2 + ··· + + ···
π 1 3 5 7 (2n + 1)2
ou
π2 1 1 1 1 1
= 2 + 2 + 2 + 2 + ··· + + ···
2 1 3 5 7 (2n + 1)2
Exercı́cio 5.3.14.
Seja f (t) = |sent|:
1. Determine o perı́odo. 2. Verifique que é par.
520 Christian José Quintana Pinedo
π π
3. Escreva sua série de Fourier no intervalo [− , ].
2 2
Solução.
1. O perı́odo é P = π pois, |sen(t+π)| = |sent cos π+senπ cos t| = |−sent| = |sent| = f (t)
π
∫2
2 2n
= [sen(t + 2nt) + sen(t − 2nt)]dt =
π π(4n − 1)
0
5.4 Aplicações
Exercı́cios 5-4
Exercı́cio 5.4.1.
{
−π se − π < x < 0
Seja a função f (t) = .
t se 0 < x < π
3. Calcular a soma dos recı́procos dos quadrados de todos os inteiros ı́mpares positivos.
Solução.
2π
1. Observe que o perı́odo é P = 2π então a frequência ω0 = = 1.
2π
∫π ∫0 ∫π
2 1 1 π
Logo, a0 = f (t)dt = − πdt + tdt = − .
P π π 2
−π −π 0
∫π ∫0 ∫π
2 1 1
an = f (t) cos(nω0 t)dt = − π cos(nt)dt + t cos(nt)dt ⇒
P π π
−π −π 0
sen(nπ) 1 1 1
an = − − 2 + 2 [cos(nπ) + nπsen(nπ)] = 2 (cos(nπ) − 1)
n nπ nπ nπ
por outro lado
∫π ∫0 ∫π
2 1 1
bn = f (t)sen(nω0 t)dt = − πsen(nt)dt + tsen(nt)dt ⇒
P π π
−π −π 0
1 cos(nπ) 1 1
bn = − + 2 [sen(nπ) − nπ cos(nπ)] = (1 − 2 cos(nπ))
n n nπ n
+∞ [ ]
π ∑ 1 1
Portanto, f (t) = − + (cos(nπ) − 1) cos(nt) + (1 − 2 cos(nπ)sen(nt) .
4 n=1 n2 π n
2. Lembre que o gráfico da soma desta série coincide con o gráfico da função f (t) nos
pontos onde esta é continua. e converge à semi-soma dos limites laterais nos pontos
da descontinuidade. Em particular o gráfico da soma dessa série no intervalo [−4, 4]
é:
522 Christian José Quintana Pinedo
Figura 5.19:
3. Para calcular a soma dos recı́procos dos quadrados de todos os inteiros ı́mpares posi-
tivos, observe que quando t = 0 obtemos
+∞ [ ]
π ∑ 1 1
f (0) = − + (cos(2nπ) − 1) + [cos((2n − 1)π) − 1]
4 n=1 (2n)2 π (2n − 1)2 π
f (0− ) + f (0+ ) π
Como f (0) = ⇒ f (0) = − , assim
2 2
1∑ ∑
+∞ +∞
π π 2 1 π2
− =− − ⇒ =
2 4 π n=1 (2n − 1)2 n=1
(2n − 1)2 8
1 1 1 1 1 π2
Portanto, + + + + · · · + + · · · = .
12 32 52 72 (2n + 1)2 8
Exercı́cio 5.4.2.
Suponha que f é periódica de perı́odo 2P , derivável e tal que sua derivada f ′ seja
integrável e absolutamente integrável. Use integração por partes para mostrar que a′n =
nπ nπ
bn e b′n = − an onde a′n e b′n são os coeficientes de Fourier da derivada de f .
P P
Solução.
∫P
2 nπt
Da definição de an segue que an = f (t) cos( )dt.
2P P
−P
Como f é derivável podemos integrar por partes para obter:
∫P ( )
1 P d nπt
an = · f (t) sen( ) dt ⇒
P nπ dt P
−P
∫P ∫P
1 nπt P ′ nπt 1 nπt
an = f (t)sen( ) − f (t)sen( )dt = − f ′ (t)sen( )dt ⇒
nπ P −P P nπ P
−P −P
∫P
P 2 nπt P nπ
an = − · f ′ (t)sen( )dt = − b′n ⇒ b′n = − an
nπ 2P P nπ P
−P
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 523
∫P
2 nπt
Por outro lado, definição de bn segue que bn = f (t)sen( )dt.
2P P
−P
∫P ( )
1 P d nπt
bn = − · f (t) cos( ) dt ⇒
P nπ dt P
−P
∫P
1 nπt P nπt
bn = − f (t) cos( ) − f ′ (t) cos( )dt ⇒
nπ P −P P
−P
∫P
1 nπP nπP nπt
bn = − f (P ) cos( ) − f (−P ) cos(− )− f ′ (t) cos( )dt ⇒
nπ P P P
−P
∫P
1 nπt
bn = − f (P ) cos(nπ) − f (−P ) cos(nπ) − f ′ (t) cos( )dt ⇒
nπ P
−P
nπ nπ
Portanto, a′n = bn e b′n = − an .
P P
Exercı́cio 5.4.3.
Utilize a série de Fourier de f (t) = et , t ∈ [−π, π] tal que f (t) = f (t + 2π) para
∑
+∞
(−1)n
achar o valor da série: 2+1
.
n=1
n
Solução.
2π
Aqui P = 2π, ω0 = = 1. Calculemos sua série de Fourier:
2π
∫π
2 1 t π 1
a0 = et dt = e = (eπ − e−π )
2π π −π π
−π
∫π ∫π
2 1
an = f (t) cos(nω0 t)dt = et cos(nt)dt ⇒
2π π
−π −π
et π (−1)n
an = [n · sen(nt) + cos(nt)] = (eπ − e−π )
π(1 + n2 ) −π π(1 + n2 )
∫π ∫π
2 1
bn = f (t)sen(nω0 t)dt = et sen(nt)dt
2π π
−π −π
524 Christian José Quintana Pinedo
[ ]
1 et π (−1)n+1 n π
bn = [sen(nt) − n cos(nt)] = (e − e−π )
π 1 + n2 −π π(1 + n2 )
logo a série de Fourier é:
+∞ [
∑ ]
1 π −π −π (−1)n (−1)n+1 n
t
f (t) = e = (e − e ) + (e − e )
π
2)
cos(nt) + 2)
sen(nt)
2π n=1
π(1 + n π(1 + n
[ ]
∑+∞
(−1) n
2πet = (eπ − e−π ) 1 + 2 2)
[cos(nt) − n · sen(nt)]
n=1
(1 + n
[ ]
2π ∑
+∞
(−1)n
= 1+2
(eπ − e−π ) n=1
(1 + n2 )
∑
+∞
(−1)n π 1
Portanto, = π − .
n=1
2
(1 + n ) (e − e ) 2
−π
Exercı́cio 5.4.4.
Utilize a série de Fourier de f (t) = t2 , t ∈ [−π, π] tal que f (t) = f (t + 2π) para
achar o valor da série:.
∑
+∞
1 π2 ∑
+∞
(−1)n+1 π2 ∑
+∞
1 π2
1. = 2. = 3. =
n=1
n2 6 n=1
n2 12 n=1
(2n − 1)2 48
Solução.
2π
Aqui P = 2π, ω0 = = 1. Calculemos sua série de Fourier:
2π
∫π ∫π
2 2 2 3 2 2
a0 = t2 dt = t2 dt = π = π
2π π 3π 3
−π 0
∫π ∫π
2 2
an = 2
t cos(nω0 t)dt = t2 cos(nt)dt ⇒
2π π
−π 0
[ ]
2 t2 2t 2 π 4
an = sen(nt) + 2 cos(nt) − 3 sen(nt) = 2 (−1)n
π n n n 0 n
∫π
2
bn = t2 sen(nω0 t)dt = 0
2π
−π
1 ∑
+∞
(−1)n
logo série de Fourier é f (t) = t2 = π 2 + 4 2
cos(nt).
3 n=1
n
1 2 ∑ (−1)n ∑
+∞ +∞
1 2 (−1)n
1. Quando 2
t = π segue π = π +4 cos(nπ) ⇒ π =2 (−1)n .
3 n=1
n2 3 n=1
n2
∑
+∞
1 π2
Portanto, 2
= .
n=1
n 6
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 525
1 2 ∑
+∞
(−1)n 1 2 ∑
+∞
(−1)n
2. Quando 2
t = 0 segue 0 = π + 4 2
cos(n0) ⇒ π = −4 2
.
3 n=1
n 3 n=1
n
∑
+∞
(−1)n+1 π2
Portanto, = .
n=1
n2 12
3. Podemos escrever
1 2 ∑
+∞
1 ∑
+∞
(−1)2n−1
2
f (t) = t = π + 4 cos(2nt) + 4 cos((2n − 1)t)
3 n=1
4n 2
n=1
(2n − 1)2
π
Quando t= segue
2
π 2 1 2 ∑
+∞
1 π ∑
+∞
(−1)2n−1 π
( ) = π +4 cos(2n( )) + 4 cos((2n − 1)( ))
2 3 n=1
4n 2 2 n=1
(2n − 1) 2 2
π2 1 ∑
+∞
1 ∑
+∞
1
usando a parte (1.) segue = π2 − 4 + 4 ⇒
4 3 n=1
4n2 n=1
(2n − 1)2
π2 1 π2 ∑
+∞
1 ∑
+∞
1
= π2 − +4 ⇒ 3π 2 = 4π 2 − 2π 2 + 48
4 3 6 n=1
(2n − 1)2 n=1
(2n − 1)2
∑
+∞
1 π2
Portanto, = .
n=1
(2n − 1)2 48
Exercı́cio 5.4.5.
Seja f (t) = cos(αt), −π < t < π, onde α é uma constante não inteira. Verificar
que, a partir de sua série de Fourier podemos obter
( )
π 1 1 1 1
= 2α − + − + ···
senαπ 2α2 α2 − 1 α2 − 22 α2 − 32
Solução.
Temos que f (t) é uma função par, logo f (t) · sen(nt) é ı́mpar, assim bn = 0 e
∫π
1 2
a0 = cos(αt)dt = sen(απ)
π απ
−π
Exercı́cio 5.4.6.
π
Seja f (t) = cos at, onde a não é número inteiro.
2asen(aπ)
1. Obtenha a série de Fourier de f no intervalo [−π, π].
π
2. Demonstrar que a série converge em x = π para cot(πa).
2a
3. Utilizar o resultado anterior, para obter o valor da soma da série
1 1 1
+ 2 + 2 + ...
12 −a 2 2 −a 2 3 − a2
Solução.
1. Temos que f (t) é uma função par, logo f (t) · sen(nt) é ı́mpar, assim bn = 0 e
∫π π
1 π cos at 1 1
a0 = dt = 2 · sen(at) = 2
π 2asen(aπ) 2a sen(aπ) −π a
−π
( )
(−1)n sen(aπ) 1 1 2(−1)n
an = + =
asen(aπ) a+n a−n a 2 − n2
π 1 ∑ 2(−1)n +∞
f (t) = cos(at) = 2 + cos nt
2asen(aπ) a a2 − n2
n=1
π 1 ∑ 2(−1)n +∞
Portanto, f (t) = cos(at) = 2 − cos(nt).
2asen(aπ) a n2 − a2
n=1
π cos(aπ) 1 ∑ 2(−1)n +∞
2. Quando x = π segue: f (π) = = 2− cos(nπ).
2asen(aπ) a n2 − a2
n=1
π
Isto é, quando x = π a série converge para cot(πa).
2a
π 1 ∑ (−1)n +∞
3. Quando x = 0 segue: f (0) = = 2 −2 ⇒
2asen(aπ) a n2 − a2
n=1
1 1 1 1 π
+ 2 + 2 + ... = 2 −
12 −a2 2 −a 2 3 −a 2 2a 4asen(aπ)
Exercı́cio 5.4.7.
Verificar a identidade de Parseval:
∫P
a20 ∑ 2
+∞
1
f 2 (t)dt = + (an + b2n )
P 2 n=1
−P
Solução.
∫P ∫P
1
a0 = f (t)dt ⇒ f (t)dt = a0 P
P
−P −P
∫P ∫P
1
an = f (t) cos(nω0 t)dt ⇒ f (t) cos(nω0 t)dt = an P
P
−P −P
∫P ∫P
1
bn = f (t)sen(nω0 t)dt ⇒ f (t)sen(nω0 t)dt = an P
P
−P −P
528 Christian José Quintana Pinedo
a0 ∑
+∞
Desta forma, multiplicando a série f (t) = + [an cos(nω0 t) + bn sen(nω0 t)] por
2 n=1
a0 ∑
+∞
f (t) obtemos [f (t)]2 = + [an f (t) cos(nω0 t) + bn f (t)sen(nω0 t)], logo integrando de
2 n=1
−P a P segue
∫P ∫P ∑
+∞ ∫P ∫P
a0 an
[f (t)]2 dt = f (t)dt + f (t) cos(nω0 t)dt + bn f (t)sen(nω0 t)dt
2 n=1
−P −P −P −P
∫P ∑ +∞
a0
isto é [f (t)]2 dt = · a0 P + [an · an P + bn · bn P ].
2 n=1
−P
∫P
a2 ∑ 2
+∞
1
Portanto, [f (t)] dt = 0 +
2
(an + b2n ).
P 2 n=1
−P
Exercı́cio 5.4.8.
{ Determine a identidade de Parseval correspondente à série de Fourier de f (x) =
−x se − 2 < x < 0
, onde f (x + 4) = f (x).
x se 0 < x < 2
Solução.
2π π
A função f é par, logo bn = 0, o perı́odo é P = 4 e a frequência ω0 = = .
4 2
∫2 ∫0 ∫2
2 1 1
Se n = 0 a0 = f (t)dt = − tdt + tdt = 2.
4 2 2
−2 −2 0
Por outro lado, se n ≥ 1 segue
∫2 ∫0 ∫2
2 1 nπ 1 nπ
an = f (t) cos(nω0 t)dt = − t cos( t)dt + t cos( t)dt ⇒
4 2 2 2 2
−2 −2 0
∫0 ∫2
2 nπ 0 2 nπ 2 nπ 2 2 nπ
an = − tsen( t) + sen( t)dt+ tsen( t) − sen( t)dt ⇒
2nπ 2 −2 2nπ 2 2nπ 2 0 2nπ 2
−2 0
2 nπ 0 2 nπ 2
an = − 2 2 cos( t) + 2 2 cos( t) ⇒
nπ 2 −2 nπ 2 0
2 2 4 8
an = − 2 2 (1−cos(πn))+ 2 2 (cos(πn)−1) = 2 2 (cos(πn)−1) = − ⇒
nπ nπ nπ (2n − 1)2 π 2
∫L
a2 ∑ 2
+∞
1
A identidade de Parseval diz: [f (t)] dt = 0 +
2
(a + b2n ). Então para nossos
L 2 n=1 n
−L
∫2 +∞ [
∑ ]2 ∑
+∞
1 22 8 1 16 64
dados 2
t dt = + − ⇒ · =2+ .
2 2 n=1
(2n + 1)2 π 2 2 3 n=1
π 4 (2n − 1) 4
−2
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 529
∑
+∞
1 π4
Portanto, = .
n=1
(2n − 1)4 96
Exercı́cio 5.4.9.
Usando o desenvolvimento em série de Fourier para a função de perı́odo 1 dada por
f (t) = t onde 0 ≤ t < 1 e f (t + 1) = f (t) para todo t ∈ R, justificar a igualdade
∑
+∞
(−1)n π ∑ ∞
1 π2
= . Utilizar a identidade de Parseval para deduzir que = .
n=0
2n + 1 4 n=1
n2 6
Solução.
2π 1 1
Observe que o perı́odo P = 1 a frequência ω0 = = 2π. Seja − < t < .
1 2 2
Tem-se que f (−t) = −t = −f (t) logo a função f é ı́mpar, assim temos que f (t) cos(nω0 t)
é função ı́mpar, de onde para todo n ≥ 0
1
∫2
2
an = f (s) cos(nω0 s)ds = 0
1
− 12
1 1
∫2 ∫2
2
Por outro lado, bn = f (t)sen(2πnt)dt = 4 tsen(2πnt)dt ⇒
1
− 12 0
1
1 ∫2
4 2 4 2 (−1)n+1
bn = − t cos(2πnt) + cos(2πnt)dt = − cos(nπ) =
2πn 0 2πn 2nπ πn
0
∑
+∞ (−1)n+1 sen(2πnt)
Assim, f (t) = t = .
n=1 πn
1 1 1 +∞∑ (−1)n+1 sen( π2 n)
Quando t = ⇒ f( ) = = isto é
4 4 4 n=1 πn
∫L
a20 ∑ 2
+∞
1
A identidade de Parseval diz: [f (t)]2 dt = + (a + b2n ). Então para nossos
L 2 n=1 n
−L
1
∫ ∑ 4 1 ∑ 1
2 +∞ +∞
1 (−1)n+1 2
dados 1
2
t dt = 0 + (0 + ( )) ⇒ · =
2 n=1
πn 3 8 n=1 π 2 n2
− 12
∑
+∞
1 π2
Portanto, 2
= .
n=1
n 6
530 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 5.4.10.
Usando o desenvolvimento em série de Fourier para a função de perı́odo 2π dada por
f (t) = t2 onde −π ≤ t < π e f (t + 2π) = f (t) para todo t ∈ R, justificar a igualdade
∑
+∞
(−1)n+1 π2
2
= .
n=1
n 12
Solução.
2π
Observe que P = 2π a frequência ω0 = = 1.
2π
∫π ∫π
2 1 1 3 π 2
a0 = f (t)dt = t2 dt = t = π2
2π π 3π −π 3
−π −π
∫π ∫π ∫π
2 1 2 2
an = f (t) cos(nω0 t)dt = t cos(nt)dt = t2 cos(nt)dt
2π π π
−π −π 0
[ ]
2 1 2 2 2 π 4(−1)n
an = (t − 2 )sen(nt) + 2 t cos(nt) = , n≥1
π n n n 0 n2
Cálculo dos bn . Sabemos que t2 sen(nt) é ı́mpar, logo bn = 0, n ≥ 1.
2 2 ∑ 4(−1)n
∞
Assim a série de Fourier é f (t) ≈ S(t) = π + cos(nt)
3 n=1
n2
1 2 2 ∑ ∞
(−1)(n+1)
Quando t = 0 então 0 = · π − 4
2
2 3 n=1
n2
∑
+∞
(−1)(n+1) π2
Portanto, 2
= .
n=1
n 12
Exercı́cio 5.4.11.
Usando o desenvolvimento em série de Fourier para a função de perı́odo 2 dada por
f (t) = |t| onde −1 ≤ t ≤ 1 e f (t + 2) = f (t) para todo t ∈ R, justificar a igualdade
∑
+∞
1 π2
= .
n=1
(2n − 1)2 8
Solução.
2π
Observe que P = 2 a frequência ω0 = = π.
2
∫1 ∫0 ∫1
2
a0 = f (t)dt = − tdt + tdt = 1
2
−1 −1 0
∫1 ∫0 ∫1 ∫π
2 2
an = f (t) cos(nω0 t)dt = − t cos(nπt)dt + t cos(nπt)dt = t2 cos(nt)dt
2 π
−1 −1 0 0
[ 0 1 ]
1 1 1 1
an = − [tsen(nπt) + cos(nπt)] + [(tsen(nπt) + cos(nπt)] =
nπ nπ −1 nπ nπ 0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 531
{ 4
2 − se n−mpar
an = 2 2 [cos(nπ) − 1] = n2 π 2 , n≥1
nπ 0 se n−par
Cálculo dos bn . Sabemos que |t|sen(nπt) é ı́mpar, logo bn = 0, n ≥ 1.
1 ∑
+∞
4
Assim a série de Fourier é f (t) = |t| ≈ S(t) = + cos((2n − 1)πt)
2 n=1 (2n − 1)2 π 2
1 ∑
+∞
(−1)
Quando t = 1 então 1 = + 4
2 n=1
(2n − 1)2 π 2
∑
+∞
1 π2
Portanto, = .
n=1
(2n − 1)2 8
Exercı́cio 5.4.12.
Seja f : R −→ C uma função 2π-periódica e integrável em [−π, π] e definimos F (x) =
∫x
f (t)dt para todo x ∈ R. Mostre que a função G : R −→ C definida por G(x) = F (x) −
0
fˆ(0)x é 2π-periódica e expresse os coeficientes de Fourier em termos dos coeficientes de
f.
Solução.
{
−f (−x) se − π < x < 0 f (0+ ) + f (0− )
Tem-se fˆ(x) = fˆ(0) =
f (x) se 0 < x < π 2
∫
x+2π
∫
x+2π
∫2π ∫
x+2π
∫
x+2π ∫x
Pelo Exercı́cio (5.1.5) f (t)dt = f (t)dt então .
2π 0
2π x
∫ ∫
G(x + 2π) = f (t)dt − 2π · fˆ(0) + f (t)dt − x · fˆ(0)
0 0
G(x + 2π) = F (2π) − 2π · fˆ(0) + F (x) − x · fˆ(0) = F (2π) − 2π · fˆ(0) + G(x) (5.5)
532 Christian José Quintana Pinedo
∫π
1
F (2π) = f (t)dt = a0 · π = a0 · 2π = 2π fˆ(0)
2
−π
∫2 ∫0 ∫2
2 1 1
an = f (t) cos(nω0 t)dt = −t cos(nω0 t)dt + t cos(nω0 t)dt =
P 2 2
−2 −2 0
∫2 2 2
t 1 1
sen(nω0 t) + 2 2 cos(nω0 t) = 2 2 [cos(nπ) − 1]
t cos(nω0 t)dt =
nω0 0 n ω0 0 n ω0
0
4 0 se n − par
logo an = [cos(nπ) − 1], isto é an = 8
(nπ)2 − se n − ı́mpar
(nπ)2
Cálculo dos bn . Sabemos que
∫2 ∫0 ∫2
2 1 1
bn = f (t)sen(nω0 t)dt = −tsen(nω0 t)dt + tsen(nω0 t)dt =
P 2 2
−2 −2 0
∫2 2 2
t 1 1
tsen(nω0 t)dt = − cos(nω0 t) − 2 2 cos(nω0 t) = [−2 cos(nπ)]
nω0 0 n ω0 0 nω0
0
logo bn = 0.
8 ∑ cos( 2 )
+∞ (2n−1)πt
Portanto, f (t) = 1 − .
π2 (2n − 1)2
n=1
Exercı́cio 5.4.14.
Suponha que f tem uma série de Fourier em senos
∑
+∞
nπt
f (t) = bn sen( ), 0≤t≤P
P
n=1
∫P ∑
+∞
2 2
1. Mostre que [f (t)] dt = b2n .
P
0 n=1
2. Aplicar o resultado 1. para mostrar que
π2 1 1 1 ∑ 1 +∞
= 1 + 2 + 2 + 2 + ··· =
6 2 3 4 n=1
n2
Solução.
1. Assumimos que a série de Fourier correspondente a f (t) converge uniformemente para
2π
f (t) em (0, P ) e ω0 = , assim:
P
∫P ∫P
2 2
a0 = f (t)dt = 0, an = f (t) cos(nω0 t)dt = 0
P P
0 0
∫P ∫P
2 P
bn = f (t)sen(nω0 t)dt ⇒ f (t)sen(nω0 t)dt = bn
P 2
0 0
∑
+∞
nπt
Desta forma, multiplicando a série f (t) = bn sen( ) por f (t) obtemos
P
n=1
∑
+∞
2
[f (t)] = bn f (t)sen(nω0 t)
n=1
∫P ∑
+∞
2 2
Portanto, [f (t)] dt = b2n .
P n=1
0
534 Christian José Quintana Pinedo
2. Suponhamos f (t) = t 0 ≤ t ≤ π,
{
f (t) se 0 ≤ t ≤ π
Seja fb(t) = ⇒ fb(t) = t se −π ≤ t ≤ π uma
−f (−t) se − π ≤ t ≤ 0
2π
extensão ı́mpar de f (t), logo o perı́odo é P = 2π e ω0 = = 1. Como f é ı́mpar
2π
segue que an = 0 para n ∈ N com n ≥ 0, aqui . Logo
∫π π
2 2 1 1
bn = t · sen(nω0 t)dt = [− t · cos(nω0 t) + 2 2 sen(nω0 t)] ⇒
2π π nω0 n ω0 0
−π
[ ]
2 1 2
bn = − π · cos(nπ) = − (−1)n
π n n
∫π +∞ [
∑ ]2
2 3 ∑ 4
+∞
2 2
Assim temos 2
t dt = − (−1) , então
n
π = .
2π n=1
n 3π n=1
n2
−π
π2 1 1 1 ∑ 1 +∞
Portanto, = 1 + 2 + 2 + 2 + ··· = .
6 2 3 4 n=1
n2
Exercı́cio 5.4.15.
Seja x ∈ R e f (t) = cos(xsent)
3. Provar que, para a0 (x) verifica a equação diferencial xa′′0 + a′0 + xa0 = 0
Solução.
1. Tem-se para todo t ∈ R, sabendo que seno é ı́mpar e cosseno par o seguinte:
2π
2. Como ω0 = = 2, os coeficientes de Fourier são:
π
∫π ∫π
2 2
a0 = f (t)dt = cos(xsent)dt
π π
0 0
∫π ∫π
2 2
an = f (t) cos(2nt)dt = cos(xsent) cos(2nt)dt
π π
0 0
∫π ∫π
2 2
bn = f (t)sen(2nt)dt = cos(xsent)sen(2nt)dt
π π
0 0
∫π
2
3. Sendo a0 = a0 (x) = cos(xsent)dt então:
π
0
∫π
da0 (x) 2
a′0 (x) = =− sen(xsent)sentdt
dx π
0
∫π
d2 a0 (x) 2
a′′0 (x) = 2
=− cos(xsent)sen2 tdt
dx π
0
Assim:
∫π ∫π ∫π
2x 2 2x
xa′′0 +a′0 +xa0 =− cos(xsent)sen tdt−2
sen(xsent)sentdt+ cos(xsent)dt
π π π
0 0 0
∫π
2
xa′′0 + a′0 + xa0 = [(1 − sen2 t)x cos(xsent) − sen(xsent)sent]dt
π
0
∫π
2
xa′′0 + a′0 + xa0 = [x cos2 t cos(xsent) − sen(xsent)sent]dt
π
0
∫π ∫π
I= sen(xsent)sentdt = x cos2 t cos(xsent)dt]
0 0
Portanto, a0 (x) verifica a equação diferencial xa′′0 (x) + a′0 (x) + xa0 (x) = 0.
536 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 5.4.16.
Mostre que, se an e bn são os coeficientes de Fourier para f (t), então lim an = 0 e
n→+∞
lim bn = 0.
n→+∞
Solução.
lim an = 0 e lim bn = 0
n→+∞ n→+∞
Exercı́cio 5.4.17.
Utilizar a série de Fourier para demonstrar a seguinte identidade trigonométrica
3 1
sen3 t = senx − sen(3t)
4 4
Solução.
Calculemos a série de Fourier de f (t) = sen3 (t) en [−π, π]. Como f (t) é ı́mpar e
2π
ω0 = = 1, a série será da forma:
2π
∑
+∞ ∫π
1
bn sen(nt) onde bn = sen3 (t)sen(nt)dt
n=1
π
−π
Em geral
∫π π ∫π
2 2 6
bn = sen3 (t)sen(nt)dt = − sen3 (t) cos(nt) + sen2 (t) cos(t) cos(nt)dt
π nπ 0 nπ
0 0
1
Da relação cos(t) cos(nt) = [cos(n − 1)t − cos(n + 1)t] segue:
2
∫π
3
bn = sen2 (t)[cos(n − 1)t + cos(n + 1)t]dt
nπ
0
∫π ∫π
3 3
Se n = 1 então b1 = 2
sen (t)[1 + cos(2t)]dt = [1 − cos2 (2t)]dt
π 2π
0 0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 537
∫π [ ]
3 1 3 1 1 π 3
b1 = [1 − (1 + cos(4t))]dt = t − sen(4t) =
2π 2 2π 2 8 0 4
0
Para n > 1
π ∫π
3 sen(n − 1)t sen(n + 1)t 3 sen(n − 1)t sen(n + 1)t
bn = sen2 (t)[ + ] − sen(2t)[ + ]dt
nπ n−1 n+1 0 nπ n−1 n+1
0
∫π ∫π
3 3
bn = − sen(2t)sen(n − 1)tdt − sen(2t)sen(n + 1)tdt
n(n − 1)π n(n + 1)π
0 0
∫π
3
bn = − [cos(n + 1)t − cos(n − 3)t]dt−
2n(n − 1)π
0
∫π
3
− [cos(n − 3)t − cos(n + 1)t]tdt
2n(n + 1)π
0
Observe que bn = 0 para n > 1, n ̸= 3. Para n = 3
∫π ∫π
3 3
b3 = − [cos(4t) − 1]dt − [1 − cos(4t)]tdt
12π 24π
0 0
[ ] [ ]
3 1 π 3 1 π 3 3 1
b3 = − sen(4t) − t − t − sen(4t) = − =
12π 4 0 24π 4 0 12 24 4
3 1
Portanto, sen3 t = sent − sen(3t).
4 4
Exercı́cio 5.4.18.
Determinar a representação em Série de Fourier para a função
{
0 se − π < t < 0
f (t) =
t se 0 ≤ t < π
π2 ∑
+∞
1
Mostre que = .
8 n=1
(2n − 1)2
Solução.
∫π
2π 1 π
O perı́odo é P = 2π então a frequência ω0 = = 1. Tem-se a0 = tdt = .
2π π 2
0
∫π {
1 1 0 se n par
an = t cos(nt)dt = (cos(nπ) − 1) = 2
π πn2 − 2 se n ı́mpar
0 πn
∫π
1 1
bn = tsen(nt)dt = (−1)n+1
π n
0
538 Christian José Quintana Pinedo
+∞ [ ]
π 2 ∑ cos[(2n − 1)t] (−1)n
A representação é f (t) = − + sen(nt) .
4 π n=1 (2n − 1)2 2n
2∑ π2 ∑
+∞ +∞
π 1 1
Por outro lado, f (0) = 0 = − ⇒ = .
4 π n=1 (2n − 1)2 8 n=1
(2n − 1)2
Exercı́cio 5.4.19.
Seja f uma função seccionalmente suave em [−P, P ] com série de Fourier
+∞ [
∑ ( nπt ) ( nπt )]
1
f (t) = a0 + an cos + bn sen
2 n=1
P P
∫t [ ( nπt ) [ ( nπt ) ]]
P ∑1
+∞
1
f (x)dx = a0 (t + P ) + an sen − bn cos − cos(nπ)
2 π n=1 n P P
−P
Solução.
∫x
1
Seja F (x) = f (t)dt − a0 x assim definida para todo x ∈ [−P, P ], por outro lado
2
−P
∫−P
1 1
F (−P ) = f (t)dt − a0 (−P ) = a0 P
2 2
−P
∫P
1 1 1
F (P ) = f (t)dt − a0 P = a0 P − a0 P = a0 P
2 2 2
−P
1 1
De onde F (−P ) = F (P ) = a0 P e F ′ (x) = f (x) − a0 para todo x ∈ [−P, P ] de
2 2
2π π
donde f é contı́nua de perı́odo 2P e ω0 = = . Então podemos afirmar que F ′ é
2P P
seccionalmente contı́nua en [−P, P ] e pelo teorema da convergência temos que
+∞ [
1 ∑ nπx nπ ]
F (x) = A0 + An cos( ) + Bn sen( ) (5.6)
2 n=1
P P
+∞ [
∑ ]
1 P nπx P nπx
Logo F (x) = A0 + − bn cos( )+ an sen( ) ⇒
2 n=1
nπ P nπ P
+∞ [
∑ ] +∞ [ ]
1 1 P 1 1 P ∑ 1
F (P ) = a0 P = A0 − bn cos(nπ) ⇒ A0 = a0 P + bn cos(nπ)
2 2 n=1
nπ 2 2 π n=1 n
assim
+∞ [ ] ∑+∞ [ ]
1 P ∑ 1 P nπx P nπx
F (x) = a0 P + bn cos(nπ) + − bn cos( )+ an sen( )
2 π n=1 n n=1
nπ P nπ P
P ∑1[ ( nπx )]
+∞
1 nπx
F (x) = a0 P + an sen( ) + bn cos(nπ) − cos( )
2 π n=1 n P P
∫x
P ∑1[ ( nπx )]
+∞
1 1 nπx
f (t)dt − a0 x = a0 P + an sen( ) + bn cos(nπ) − cos( )
2 2 π n=1 n P P
−P
∫x
P ∑1[ ( )]
+∞
1 nπx nπx
Portanto, f (t)dt = a0 (P +x)+ an sen( ) − bn cos( ) − cos(nπ) .
2 π n=1 n P P
−P
540 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 5.4.20.
Mostre que se f : R −→ R é uma função periódica de perı́odo 2π, seccionalmente
1 ∑
+∞
suave em [0, 2π] com série de Fourier a0 + an cos(nt) + bn sen(nt) então,
2 n=1
∫b ∑
+∞
1 an [sen(nb) − sen(na) − bn [cos(nb) − cos(na)
f (t)dt = a0 (b − a) + ]
2 n=1
n
a
Solução.
∫t [
a0 ]
Definimos a função F (t) = f (x) − dx, esta função e contı́nua em cada ponto
2
0
∫ [ a0 ]
t+2π
∫t [ ∫ [
a0 ] a0 ]
t+2π
∫2π [ ∫2π
a0 ]
F (t + 2π) = F (t) + f (x) − dx = F (t) + f (x)dx − a0 π
2
0 0
∫2π
2
como f (x)dx = a0 então F (t + 2π) = F (t). Portanto, F tem perı́odo 2π.
2π
0
Como F satisfaz as condições de Dirichlet então a série de Fourier de F converge a F
em cada ponto t ∈ R, logo se An e Bn são os coeficientes de Fourier de F , tem-se para
cada ponto t ∈ R
1 ∑
+∞
F (t) = A0 + An cos(nt) + Bn sen(nt)
2 n=1
onde para n ≥ 1
∫2π 2π 1 ∫2π
2 1 1 a0 bn
An = F (x) cos(nx)dx = [ F (x)sen(nx) − (f (x) − )dx = −
2π π n 0 π 2 n
0 0
an
de modo análogo se obtém Bn =
n
1 ∑
+∞
bn an
Portanto, F (t) = A0 + − cos(nt) + sen(nt). De onde
2 n=1
n n
∫t ∑
+∞
1 1 an sen(nt) − bn cos(nt)
f (x)dx = a0 t + A0 +
2 2 n=1
n
0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 541
∫b ∑
+∞
1 1 an sen(nb) − bn cos(nb)
Quando t = b ⇒ f (x)dx = a0 b + A0 + .
2 2 n=1
n
0
∫a ∑
+∞
1 1 an sen(na) − bn cos(na)
Quando t = a ⇒ f (x)dx = a0 a + A0 + .
2 2 n=1
n
0
∫b ∑
+∞
a0 an [sen(nb) − sen(na)] − bn [cos(nb) − cos(na)]
Portanto, f (x)dx = (b−a)+ .
2 n=1
n
a
Exercı́cio 5.4.21.
Para cada função periódica a seguir esboce seu gráfico em um intervalo de três perı́odos
e encontre sua representação em Série de Fourier Complexa.
{
0 se − 1 ≤ t < 0
1. f (t) = , f (t + 2) = f (t)
1 se 0 ≤ t < 1
{
0 se − π ≤ t < 0
2. f (t) = , f (t + 2π) = f (t)
t se 0 ≤ t < π
{
−3 − t se − 3 ≤ t < 0
3. f (t) = , f (t + 6) = f (t)
3−t se 0 ≤ t < 3
Solução.
{
0 se − 1 ≤ t < 0
1. f (t) = , f (t + 2) = f (t)
1 se 0 ≤ t < 1
2π
A função é periódica de perı́odo P = 2, logo ω0 = = π. Pelo estudado na Seção
2
5.8 a série de Fourier da função f (t) na sua forma complexa é:
P
∑
+∞ ∫2
1
f (t) = Cn einω0 t onde Cn = f (t)e−inω0 t dt, ∀n∈Z
n=−∞
P
− P2
∫1 ∫0 ∫1
1 −inπt 1 −inπt 1
Assim temos Cn = f (t)e dt = f (t)e dt + f (t)e−inπt dt então
2 2 2
−1 −1 0
∫1
1 −inπt 1 −inπt 1 i
Cn = e dt = − e = (e−inπ − 1)
2 2inπ 0 2nπ
0
∑
+∞
i
Portanto, f (t) = (e−inπ − 1)einπt .
n=−∞
2nπ
{
0 se − π ≤ t < 0
2. f (t) = , f (t + 2π) = f (t)
t se 0 ≤ t < π
2π
A função é periódica de perı́odo P = 2π, logo ω0 = = 1.
2π
542 Christian José Quintana Pinedo
∫π ∫0
∫π
1 1 1
Assim temos Cn = f (t)e−int dt =
f (t)e−int dt + f (t)e−int dt então
2π 2π 2π
−π −π 0
∫π ∫ π
1 1 1 −int 1 1
Cn = te−int dt = − te + e−int dt ⇒
2π 2π in 0 in
0 0
[ ]
1 1 1 1 [ ]
Cn = − e−in − 2
(e−inπ − 1) = 2 ine−in + (e−inπ − 1)
2π in (in) 2n π
1 ∑ 1 [ −in ]
+∞
Portanto, f (t) = 2
ine + (e−inπ − 1) einπt .
2π n=−∞ n
{
−3 − t se − 3 ≤ t < 0
3. f (t) = , f (t + 6) = f (t)
3−t se 0 ≤ t < 3
2π π
A função é periódica de perı́odo P = 6, logo ω0 = = .
6 3
∫3 ∫0 ∫3
1 −inω0 t 1 −inω0 t 1
Assim, Cn = f (t)e dt = f (t)e dt + f (t)e−inω0 t dt então
6 6 6
−3 −3 0
∫0 ∫3
1 −inω0 t 1
Cn = − (t + 3)e dt + (3 − t)e−inω0 t dt ⇒
6 6
−3 0
1 1 3
Cn = + 2 2 (e3inω0 − e−3inω0 ) = 2 2 [(einπ − e−inπ ) − 2inπ]
inω0 6n ω0 2n π
3 ∑ 1 inπ
+∞
Portanto, f (t) = [(e − e−inπ ) − 2inπ]einω0 t .
2π 2 n=−∞ n2
Exercı́cio 5.4.22.
Desenvolver em série complexa de Fourier f (t) = e−αt , −π < t < π, logo calcule
∑
+∞
(−1)n
com este resultado a soma 2 + n2
.
−∞
α
Solução.
A calcular os coeficientes:
∫π ∫π π
1 αt −int 1 1 (α−in)t
cn = e e dt = e(α−in)t
dt = e ⇒
2π 2π 2π(α − in) −π
−π −π
1 1
cn = [e(α−in)π − e−(α−in)π ] = (eαπ − e−απ ) cos(nπ)
2π(α − in) 2π(α − in)
∑
+∞ ∑
+∞
1
Logo, f (t) = cn e inπt
= (eαπ − e−απ ) cos(nπ)einπt .
−∞ −∞
2π(α − in)
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 543
∑
+∞
(α + in)
Portanto, f (t) = 2 + n2 )
(eαπ − e−απ ) cos(nπ)einπt .
−∞
2π(α
Esta igualdade é válida em todos os pontos de continuidade de f , em particular em
t = 0, lembrando que ein0 = 1 segue
∑
+∞
(α + in)
f (0) = 1 = 2 2
(eαπ − e−απ ) cos(nπ)
−∞
2π(α + n )
Observe que os termos in com n positivo se anulam com os que têm n negativo, de
modo que podemos escrever
∑
+∞
α(eαπ − e−απ ) ∑
+∞
α(eαπ − e−απ )
1= cos(nπ) = (−1)n
−∞
2π(α2 + n2 ) −∞
2π(α2 + n2 )
∑
+∞
(−1)n 2π
Portanto, = .
−∞
2
(α + n )2 α(e − e−απ )
απ
Exercı́cio 5.4.23.
Utilizar a forma exponencial complexa do seno e cosseno, para escrever a função
f (x) = e−x , −π < x < π como uma série na forma complexa.
Solução.
1 ∑
+∞
1 1
f (t) = a0 + [ an (einω0 t + e−inω0 t ) − ibn (einω0 t − e−inω0 t )]
2 n=1
2 2
1 ∑
+∞
1 1
f (t) = a0 + [ (an − ibn )einω0 t + (an + ibn )e−inω0 t ] (5.7)
2 n=1
2 2
1 1 1
Considerando C0 = a0 , Cn = (an − ibn ), C−n = (an + ibn ) tem-se que
2 2 2
an = Cn + C−n e bn = i(Cn − C−n ) além disso, a equação (5.7) resulta
∑
+∞ ∑
+∞
inω0 t
f (t) = C0 + Cn e + C−n ei(−n)ω0 t
n=1 n=1
∑
+∞ ∑
−∞
Considere-se m = −n, então C−n ei(−n)ω0 t = Cm eimω0 t .
n=1 m=−1
Logo podemos escrever
∑
+∞ ∑
−1 ∑
+∞
inω0 t inω0 t
f (t) = C0 + Cn e + Cn e = Cn einω0 t
n=1 n=−∞ n=−∞
544 Christian José Quintana Pinedo
∑
+∞
f (t) = Cn einω0 t (5.8)
n=−∞
Lembrar que
∫P/2 ∫P/2
1 1 2 1
Cn = (an − ibn ) = f (t)[cos(nω0 t) − isen(nω0 t)]dt = f (t)e−inω0 t dt
2 2 P P
−P/2 −P/2
∫P/2
1
de onde Cn = f (t)e−inω0 t dt, ∀ n ∈ Z.
P
−P/2
Quando f (t) = e−t , −π < x < π então P = 2π e ω0 = 1
∫π ∫π π
1 −t −inω0 t 1 −(1+inω0 )t 1 −(1+inω0 )t
Cn = e ·e dt = e dt = e
2π 2π −2π(1 + inω0 ) −π
−π −π
1 [ −π −inω0 π ]
Cn = − e ·e − eπ · einω0 π =
2π(1 + inω0 )
1 [ −π ]
Cn = − e [cos(nω0 π) − isen(nω0 π)] − eπ [cos(nω0 π) + isen(nω0 π)] =
2π(1 + inω0 )
1 [ −π ]
Cn = − [e − eπ ] cos(nω0 π) − i[e−π + eπ ]sen(nω0 π)] =
2π(1 + inω0 )
(1 − in) (−1)n (1 − in)
Cn = senh(π) cos(nω 0 π) = senh(π)
π(1 + n2 ) π(1 + n2 )
Exercı́cio 5.4.24.
Determine a série de Fourier complexa para as seguintes funções:
Solução.
2π
Com efeito, o perı́odo P = 2π e ω0 = =1
P
∫π ∫π
1 1 π2
C0 = f (t)dt = t2 dt =
2π π 3
−π 0
∫π ∫π
1 −int 1
Cn = f (t)e dt = t2 e−int dt =
2π 2π
−π −π
∫π ( ) ∫π
1 1
Cn = t2 cos(nt) − it2 sen(nt) dt = t2 cos(nt)dt + 0 ⇒
2π π
−π 0
π 2 cos(nπ)
1 22
Cn = 3 [n t sen(nt) − 2sen(nt) + 2nt cos(nt)] =
nπ 0 n2
π2 ∑
+∞
2 cos(nπ) nit
2
Logo a série de Fourier pedida é: t = + e .
3 n=−∞
n2
n̸=0
π2 ∑
−1
2 cos(nπ) ∑
+∞
2 cos(nπ)
2
t = + 2
cos(nt) + cos(nt)
3 n=−∞
n n=1
n2
π 2 ∑ 4 cos(nπ)
+∞
2
t = + 2
cos(nt), −π < t < π
3 n=1
n
π 2 ∑ 4 cos(nπ)
+∞
Portanto, 2
t = + cos(nt), −π < t < π é a série de Fourier real.
3 n=1
n2
∫π ∫π ∫π
1 −int 1 t −int 1
Cn = f (t)e dt = ee dt = e(1−in)t dt =
2π 2π 2π
−π −π −π
π
1 1 + in
Cn = e(1−in)t = [e(1−in)π − e−(1−in)π ]
2π(1 − in) −π 2π(1 + n2 )
1 + in
Cn = [eπ cos(nπ) − e−π cos(nπ) − ieπ sen(nπ) − ie−π sen(nπ)]
2π(1 + n2 )
1 + in 1 + in
Cn = senh(π) cos(nπ) = senh(π)(−1)n
π(1 + n2 ) π(1 + n2 )
546 Christian José Quintana Pinedo
∫2 ∫2 ∫2
1 −int 1 −inω0 t 1
Cn = f (t)e dt = cos t · e dt = cos t[cos(nω0 t) + isen(nω0 t)]dt ⇒
2 2 2
0 0 0
∫2 ∫2
1 1
Cn = [cos(nω0 + 1)t + cos(nω0 − 1)t] + i [sen(nω0 + 1)t + sen(nω0 − 1)t]dt ⇒
4 4
0 0
[ ]
1 1 1 1 1
Cn = −i e 2i(nπ+1)
−i e 2(nπ−1)
+i +
4(nπ + 1) 4(nπ − 1) 4 (nπ + 1) (nπ − 1)
1 1
Cn = −i [e2i(nπ+1) − 1] − i [e2i(nπ−1) − 1]
4(nπ + 1) 4(nπ − 1)
ei(nπ+1) ei(nπ−1)
Cn = [ei(nπ+1) − e−i(nπ+1) ] + [ei(nπ−1) − e−i(nπ−1) ]
4i(nπ + 1) 4i(nπ − 1)
ei(nπ+1) ei(nπ−1)
Cn = sen(nπ + 1) + sen(nπ − 1)
2(nπ + 1) 2(nπ − 1)
Logo a série de Fourier pedida é:
1 ∑ ei(nπ+1)
+∞
1 ei(nπ−1)
cos t = sen2 + [ sen(nπ + 1) + sen(nπ − 1)]enit
2 2 n=−∞ (nπ + 1) (nπ − 1)
n̸=0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 547
Exercı́cio 5.4.25.
Mediante séries de Fourier resolver a equação diferencial
1 ′′
y (t) + 4y(t) = f (t)
16
onde f (t) = πt, −1 ≤ t ≤ 1, f (t + 2) = f (t).
Solução.
∑
+∞
2(−1)n+1
f (t) = sen(nπt)
n=1
n
1 ′′ ∑ 2(−1)n+1
+∞
y (t) + 4y(t) = sen(nπt)
16 n=1
n
Se desenvolve a função incógnita em termos de Fourier do mesmo tipo que a f (t), isto
é:
∑
+∞
y(t) = bn sen(nπt)
n=1
1 ∑ ∑ ∑
+∞ +∞ +∞
2(−1)n+1
− bn n2 π 2 sen(nπt) + 4 bn sen(nπt) = sen(nπt)
16 n=1 n=1 n=1
n
1 2 2 2(−1)n+1 32(−1)n+1
[− n π + 4]bn = ⇒ bn =
16 n n(64 − n2 π 2 )
∑
+∞
32(−1)n+1
Portanto, a solução é y(t) = sen(nπt).
n=1
n(64 − n 2π2)
548 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 5.4.26.
Mediante série de Fourier, determine a solução da equação y ′′ + 9y = f (t) onde
f (t) = |t|, −π ≤ t ≤ π, f (t + 2π) = f (t).
Solução.
O primeiro a se fazer é achar o desenvolvimento em série de Fourier da função f (t).
Observe que f é função par.
2π
O perı́odo é P = 2π de onde ω0 = = 1.
2π
∫π ∫π
2 2
a0 = |t|dt = π, an = |t| cos(nt)dt = 0
2π 2π
−π −π
∫π ∫π [ ]
2 2 2 1 1 π
an = |t|dt = t · cos(nt)dt = t · sen(nt) + 2 cos(nt)
2π π π n n 0
−π 0
[ ] [ ]
2 1 1 2 1 1
an = π · sen(nπ) + 2 cos(nπ) − 0 · sen(n0) + 2 cos(n0)
π n n π n n
{
2 0 se n − par
an = 2 [cos(nπ) − 1] = 4
nπ − 2 se n − ı́mpar
nπ
1 ∑
+∞
4
A série de Fourier de f (t) = |t| = π − cos((2n − 1)t)
2 n=1
(2n − 1) 2π
1 ∑
+∞
4
f (t) = π − cos((2n − 1)t)
2 n=1
(2n − 1)2 π
1 ∑
+∞
4
′′
y + 9y = π − cos((2n − 1)t)
2 n=1
(2n − 1) 2π
Se desenvolve a função incógnita em termos de Fourier do mesmo tipo que a f (t), isto
é:
∑
+∞
y(t) = a0 + a(2n−1) cos((2n − 1)t)
n=1
de onde sustituindo na equação [ ]
∑
+∞ ∑
+∞
− a(2n−1) (2n − 1)2 cos((2n − 1)t) + 9 a0 + a(2n−1) cos((2n − 1)t) =
n=1 n=1
1 ∑
+∞
4
π− cos((2n − 1)t)
2 n=1
(2n − 1) 2π
∑
+∞
1 ∑
+∞
4
9a0 + a(2n−1) [−(2n − 1)2 + 9] cos((2n − 1)t) = π − cos((2n − 1)t)
n=1
2 n=1
(2n − 1) 2π
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 549
1 4
9a0 = π, a(2n−1) [−(2n − 1)2 + 9] = −
2 (2n − 1)2 π
1 1
a0 = π, a(2n−1) =
18 (n − 2)(n + 1)(2n − 1)2 π
1∑
+∞
1 cos((2n − 1)t)
Portanto, a solução é y(t) = π + .
18 π n=1 (2 − n)(n + 1)(2n − 1)2
Exercı́cio 5.4.27.
Resolver mediante séries de Fourier y ′′ + 4y = f (x). onde f (x) = 1 − 2sen2 x, −π ≤
x ≤ π, f (x + 2π) = f (x)..
Solução.
É imediato que a série de Fourier de 1 − 2sen2 x é cos(2x), logo a solução em série de
∑
+∞
(2x)2n
Fourier é da forma y(x) = a2n (−1)n
n=0
(2n)!
∑
+∞
(2x)2n−1 ∑
+∞
(2x)2n−2
y ′ (x) = 2(2n)a2n (−1)n , y ′′ (x) = 4(2n)(2n − 1)a2n (−1)n
n=1
(2n)! n=1
(2n)!
∑
+∞
(2x)2k ∑
+∞ 2n ∑
+∞
(2x)2n
k+1 n (2x)
4(2k + 2)(2k + 1)a2k+2 (−1) +4 a2n (−1) = (−1)n
k=0
(2(k + 1))! n=0
(2n)! n=0
(2n)!
∑
+∞
1 1 ∑ (2x)2n
+∞
n
[−4(2n + 2)(2n + 1)a2n+2 (−1) + 4a2n (−1)n ](2x)2n = (−1)n
n=0
(2(n + 1))! (2n)! n=0
(2n)!
1 1 1
[−4(2n + 2)(2n + 1)a2n+2 (−1)n + 4a2n (−1)n ] = (−1)n
(2(n + 1))! (2n)! (2n)!
1 1 1
[−4(2n + 2)(2n + 1)a2n+2 + 4a2n ]=
(2(n + 1))! (2n)! (2n)!
1 1 1
[−4a2n+2 + 4a2n ]=
(2n)! (2n)! (2n)!
1
−4a2n+2 + 4a2n = 1 ⇒ a2n+2 = a2n −
4
[ ] [ ] [ ]
1 1 1 1 1
a2 = a0 − , a4 = a2 − = a0 − 2 , a6 = a4 − = a0 − 3
4 4 4 4 4
[ ] [ ] [ ]
1 1 1 1
a8 = a6 − = a0 − 4 , a10 = a0 − 5 , a2n = a0 − n
4 4 4 4
∑ ( [ ])
(2x)2n ∑
+∞ +∞
1 (2x)2n
y= a2n (−1)n = a0 − n (−1)n
n=0
(2n)! n=0
4 (2n)!
550 Christian José Quintana Pinedo
∑
+∞
1∑
2n +∞
(2x)2n
n (2x)
y = a0 (−1) − n(−1)n
n=0
(2n)! 4 n=0 (2n)!
1∑
+∞
(2x)2n
Portanto, y = a0 cos(2x) − n(−1)n é solução da equação.
4 n=0 (2n)!
Capı́tulo 6
Transformada de Fourier
Exercı́cios 6-1
Exercı́cio 6.1.1.
Represente por uma integral de Fourier as funções:
{ −t { −t
e se t > 0 e se t>0
1. f (t) = 2. f (t) =
et se t < 0 −et se t<0
0 se t < 0 t se 0 < t < 1
1
3. f (t) = se t = 0 4. f (t) = 2−t se 1 < t < 2
2−t
e se t > 0 0 se t > 2
Solução.
{ {
et se −t>0 et se t < 0
1. Observe que f (−t) = = = f (t)
e−t se −t<0 e−t se t > 0
A função f (t) é par no intervalo (−∞, +∞), temos que os coeficientes da integral
de Fourier são:
∫+∞
• B(β) = f (t)sen(βt)dt = 0
−∞
∫+∞ ∫0 ∫+∞
• A(β) = f (t) cos(βt)dt = t
e cos(βt)dt + e−t cos(βt)dt ⇒
−∞ −∞ 0
et 0 e−t +∞
2
= 2
[β · sen(βt) + cos(βt)] + 2
[β · sen(βt) − cos(βt)] =
1+β −∞ 1+β 0 1 + β2
551
552 Christian José Quintana Pinedo
∫+∞
1 2
A integral de Fourier fica determinado por f (t) = · cos(βt)dβ.
π 1 + β2
0
∫+∞
2 cos(βt)
Portanto, f (t) = dβ.
π β2 + 1
0
{ {
et se −t>0 −et se t < 0
2. Observe que f (−t) = =− = −f (t)
−e−t se −t<0 e−t se t > 0
A função f (t) é ı́mpar no intervalo (−∞, +∞), temos que os coeficientes da integral
de Fourier são:
∫+∞
• A(β) = f (t) cos(βt)dt = 0
−∞
∫+∞ ∫0 ∫+∞
• B(β) = f (t)sen(βt)dt = − t
e sen(βt)dt + e−t sen(βt)dt ⇒
−∞ −∞ 0
et 0 e−t +∞
2β
B(β) = − [sen(βt)−β·cos(βt)] + [sen(βt)−β·cos(βt)] =
1 + β2 −∞ 1 + β 2 0 1 + β2
∫+∞
1 2β
A integral de Fourier fica determinado por f (t) = · sen(βt)dβ.
π 1 + β2
0
∫+∞
2β sen(βt)
Portanto, f (t) = dβ.
π β2 + 1
0
0 se t < 0
1
3. Para a função f (t) = se t = 0 calculemos os coeficientes da integral de
2
e−t se t > 0
Fourier:
∫+∞ ∫+∞
A(β) = f (u) cos(βu)du e B(β) = f (u)sen(βu)du
−∞ −∞
∫+∞ ∫+∞
A(β) = f (t) cos(βt)dt = e−t cos(βt)dt ⇒
−∞ 0
e−t +∞
1
A(β) = 2
[β · sen(βt) − cos(βt)] =
1+β 0 1 + β2
∫+∞ ∫+∞
B(β) = f (t)sen(βt)dt = e−t sen(βt)dt ⇒
−∞ 0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 553
e−t +∞
β
B(β) = 2
[−β · cos(βt) − sen(βt)] =
1+β 0 1 + β2
logo a integral de Fourier fica determinada por
∫+∞
1 β
f (t) = [βsen(βt) + cos(βt)]dβ
π 1 + β2
0
∫+∞
π β
Se x = 0 então = dβ.
2 1 + β2
0
t se 0 < t < 1
4. Para a função f (t) = 2−t se 1 < t < 2
0 se t > 2
Consideremos a função estendida :
t se − 1 ≤ |t| < 1
F (t) = 2−t se − 2 < t < −1 ou 1 < t < 2
0 se |t| > 2
A calcular os coeficientes da integral de Fourier:
∫+∞ ∫+∞
A(β) = f (t) cos(βt)dt e B(β) = f (t)sen(βt)dt
−∞ −∞
∫+∞ ∫1 ∫2
A(β) = f (t) cos(βt)dt = 2 t cos(βt)dt + 2 (2 − t)t cos(βt)dt ⇒
−∞ 0 1
{ }
2 cos(β) − cos(2β) − 1
A(β) = 2
β2
Por outro lado
∫+∞ ∫1 ∫2
B(β) = f (t)sen(βt)dt = 2 tsen(βt)dt + 2 (2 − t)sen(βt)dt ⇒
−∞ 0 1
[ ] [ ]
t 1 1 (2 − t) 1 2
B(β) = 2 − cos(βt) + 2 sen(βt) + 2 − cos(βt) − 2 sen(βu)
β β 0 β β 1
2 2 2 2 2 2
B(β) = − cos(β) + 2 sen(β) − 2 sen(2β) + cos(β) + 2 sen(β) = 2 sen(β)
β β β β β β
∫+∞
2 1
Portanto, F (t) = {[2 cos(β) − cos(2β) − 1] cos(βt) + sen(β)sen(βt)} dβ
π β2
0
corresponde a f (t) se t ∈ (0, 2).
554 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 6.1.2.
{
0 se t < 0 ou t > 2
Verificar que a integral de Fourier da função f (t) = é
1 se 0<t<2
∫+∞
4 sen(β) cos[(t − 1)β]
dada por f (t) = dβ.
π β
0
Solução.
∫+∞ ∫+∞
A(β) = f (t) cos(βt)dt e B(β) = f (t)sen(βt)dt
−∞ −∞
∫+∞ ∫2
sen(2β)
A(β) = f (t) cos(βt)dt = cos(βt)dt =
β
−∞ 0
∫+∞
2 1
Então, f (t) = {sen(2β) cos(βt) + [1 − cos(2β)]sen(βt)} dβ, ainda podemos
π β
0
escrever na forma
∫+∞ ∫+∞
2 1 2 1
f (t) = {sen((2−t)β)+sen(βt)}dβ = {sen[β(t−1)+β]−sen[(t−1)β −β]}dβ
π β π β
0 0
∫+∞
4 1
⇒ f (t) = {sen(β) cos[(t − 1)β]}dβ
π β
0
∫+∞
4 1
Portanto, f (t) = {sen(β) cos[(t − 1)β]}dβ.
π β
0
Exercı́cio 6.1.3.
{
1 se |t| < a
Prove que a integral de Fourier que representa a função f (t) = é
0 se |t| > a
∫+∞
2 sen(aβ) cos(βt)
dado por f (t) = dβ.
π β
0
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 555
{ {
1 se | − t| < a 1 se |t| < a
Observe que f (−t) = = = f (t)
0 se | − t| > a 0 se |t| > a
A função f (t) é par no intervalo (−∞, +∞), temos que os coeficientes da integral de
Fourier são:
∫+∞
• B(β) = f (t)sen(βt)dt = 0
−∞
∫+∞ ∫a
2sen(aβ)
• A(β) = f (t) cos(βt)dt = cos(βt)dt =
β
−∞ −a
∫+∞
1 2sen(aβ)
A integral de Fourier fica determinado por f (t) = · cos(βt)dβ.
π β
0
∫+∞
2 sen(aβ) cos(βt)
Portanto, f (t) = dβ
π β
0
Exercı́cio 6.1.4.
1
se 0 ≤ t < 1
∫+∞
2
1 sen(β) 1
Verificar que cos(βt)dβ = f (t) = .
π β
se t = 1
0 4
0 se t > 1
Solução.
A integral corresponde
a uma função par logo B(β) = 0. Consideremos a função
1
se − 1 ≤ t < 1
2
estendida par: fp (t) = 1
se t = 1
4
0 se |t| > 1
Assim,
∫+∞ ∫1
1 sen(β)
A(β) = f (u) cos(βu)du = 2 cos(βu)du =
2 β
−∞ 0
∫+∞
1 sen(β) cos(βt)
Portanto, fp (t) = dβ corresponde a f (t) se t ∈ (0, 1).
π β
0
Exercı́cio 6.1.5.
∫+∞ 1 sent
1 sen(πβ) se t<π
Verificar que sen(βt)dβ = f (t) = 2 .
π 1 − β2 0 se t>π
0
Solução.
556 Christian José Quintana Pinedo
∫+∞ ∫π
1
B(β) = f (t)sen(βt)dt = sentsen(βt)dt ⇒
2
−∞ −π
∫π
1
B(β) = [cos[(1 − β)t] − cos[(1 + β)t]]dt
2
0
{ }
1 1 1 π sen(βπ)
B(β) = sen[(1 − β)t] − sen[(1 + β)t] =
2 1−β 1+β 0 1 − β2
∫+∞
1 sen(βπ)sen(βt)
Portanto, fi (t) = dβ corresponde a f (t) se t ∈ (0, π).
π 1 − β2
0
Exercı́cio 6.1.6.
Achar uma representação da integral de Fourier da função f (t) = e−at se t > 0,
considerando uma extensão par de f (t) e estude a convergência em R.
Solução.
{ −αt
e se t > 0
Seja fp (t) = , assim definida é uma função par, logo
eαt se t < 0
∫+∞ ∫+∞
A(β) = 2 f (t) cos(βt)dt = 2 e−αt cos(βt)dt ⇒
0 0
∫b [ ]
−αt e−αb b
= 2 lim e cos(βt)dt = 2 lim [−α cos(βt) + βsen(βt)]
b→+∞ b→+∞ α2 + β 2 0
0
[ ]
e−αb α 2α
= 2 lim 2 2
[−α cos(βb) + βsen(βb)] + 2 2
= 2
b→+∞ α +β α +β α + β2
Então a integral de Fourier de f (t) é
∫+∞ ∫+∞
1 2α 2α cos(βt)
2 2
cos(βt)dβ = dβ
π α +β π α2 + β 2
0 0
Exercı́cio 6.1.7.
∫+∞
1
Seja f (t) é uma função par com sua integral f (t) = A(β) cos(βt)dβ. Verificar:
π
0
∫+∞
1 ∗ ∗ d2 A(β)
1. 2
t f (t) = A (β) cos(βt)dβ onde A (β) = − .
π dβ 2
0
∫+∞
1 dA dA(β)
2. tf (t) = − (β) · sen(βt)dβ onde A∗ (β) = − ..
π dβ dβ
0
Solução.
∫+∞
1
1. Como 2
t f (t) = A∗ (β) cos(βt)dβ é função par, então
π
0
∫+∞
2
A∗ (β) = t2 f (t) cos(βt)dt (6.1)
π
0
∫+∞ ∫+∞
1
Por outro lado, como f (t) = A(β) cos(βt)dβ com A(β) = 2 f (t) cos(βt)dt,
π
0 0
∫+∞
dA(β)
derivando em relação à variável β segue = −2 tf (t)sen(βt)dt. Este último
dβ
0
resultado derivando novamente respeito de β
∫+∞
d2 A(β) 2
2
=− t2 f (t) cos(βt)dt (6.2)
dβ π
0
d2 A(β)
Portanto, comparando (6.1) com (6.2) tem-se A∗ (β) = − .
dβ 2
∫+∞
1
2. Como tf (t) = A∗ (β) cos(βt)dβ é função ı́mpar, então
π
0
∫+∞
∗ 2
A (β) = tf (t)sen(βt)dt (6.3)
π
0
558 Christian José Quintana Pinedo
∫+∞ ∫+∞
1
Por outro lado, como f (t) = A(β) cos(βt)dβ com A(β) = 2 f (t) cos(βt)dt,
π
0 0
derivando em relação à variável β segue
∫+∞
dA(β) 2
= tf (t) cos(βt)dt (6.4)
dβ π
0
dA(β)
Portanto, comparando (6.3) com (6.4) tem-se A∗ (β) = .
dβ
Exercı́cio 6.1.8.
{
t2 se 0 ≤ t ≤ 10
Achar a integral de Fourier de f (t) = ,
0 se t > 10
1. Considerando uma extensão par de f (t).
2. Considerando uma extensão ı́mpar de f (t).
3. Em ambos os casos, determinar as convergências dessas integrais.
Solução.
Exercı́cio 6.1.9.
∫+∞
1
Seja f (t) = B(β)sen(βt)dβ. Achar a integral de Fourier da função g(t) =
π
0
f (t)sent.
Solução.
Como f (t) é uma função ı́mpar, logo g(t) é função par, assim a transformada de Fourier
∫+∞
1
da função g(t) é da forma A(β) cos(βt)dβ.
π
0
∫+∞ ∫+∞
A(β) = 2 g(t) cos(βt)dt = 2 f (t)sent cos(βt)dt ⇒
0 0
∫+∞
A(β) = f (t)[sen(1 + β)t + sen(1 − β)t]dt ⇒
0
∫+∞ ∫+∞
1
A(β) = f (t)sen(1 + β)tdt + f (t)sen(1 − β)t]dt = [B(1 + β) + B(1 − β)]
2
0 0
∫+∞
1
Portanto, g(t) = [B(1 + β) + B(1 − β)] cos(βt)dβ, logo é suficiente conhecer o
2
0
coeficiente B(β).
Exercı́cio 6.1.10.
∫+∞[ ]
2 sen(βπ) π cos(βπ)
Verificar que t= − sen(βt)dβ, onde 0 < t < π.
π β2 β
0
Solução.
{
t se |t| < π
Podemos apreciar que a função f (t) = é ı́mpar, logo os A(β) = 0
0 se |t| > π
Por outro lado
∫+∞ ∫+∞
B(β) = f (t)sen(βt)dt = 2 tsen(βt)dt ⇒
−∞ 0
2π 2
B(β) = − cos(βt) + 2 sen(βt)
β β
∫+∞[ ]
2 sen(βπ) π cos(βπ)
Portanto, f (t) = t = − sen(βt)dβ.
π β2 β
0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 561
Exercı́cio 6.1.11.
∫+∞
0 se t < 0 ou t > 2
sen(β) cos[(t − 1)β] π
Dado que dβ = se 0 < t < 2 .
β 2
π
0 se t = 0 ou t = 2
4
Para quais valores a integral de Fourier converge em t = 0 e t = 2 ?
Solução.
0 se t < 0 ou t > 2
π
Tem-se f (t) = se 0 < t < 2 , ainda mais:
2
π
se t = 0 ou t = 2
4
∫+∞ ∫2 ∫π
π π
f (t)dt = dt = dt = π
2 2
−∞ 0 −π
∫+∞
π 1
f (t) = = [A(β) cos(βt) + B(β)sen(βt)]dβ, t ∈ (−∞, +∞)
2 π
0
onde
∫+∞
A(β) = f (t) cos(βt)dt = 0, f é função ı́mpar
−∞
∫+∞ ∫2
π π
B(β) = f (t)sen(βt)dt = · sen(βt)dt = [1 − cos(2β)]
2 2β
−∞ 0
assim
∫+∞[ ]
π 1 π
f (t) = = [1 − cos(2β)] sen(βt)]dβ
2 π 2β
0
⇕
⇕
⇕
⇕
∫+∞
π 1 1 1
f (t) = sent = [ + ]sen(πβ)sen(βt)dβ
2 2 1−β 1+β
0
⇕
562 Christian José Quintana Pinedo
⇕
Exercı́cio 6.1.12.
∫+∞ ∫+∞
sen(β) π sen(β)
Prove que dβ = e dβ = π.
β 2 β
0 −∞
Solução.
⇕
Exercı́cio 6.1.13.
Usando a representação integral de Fourier, mostre que:
∫+∞ { π
sen(πβ)sen(βt) sent se |t| < π
1. dβ = 2
1−β 2
0 se |t| > π
0
π π
∫+∞ cos t se |t| <
cos( πβ
2
) cos(βt) 2 2
2. dβ = π
1 − β2 0 se |t| >
0 2
Solução.
{ π
sent se |t| < π
1. Tem-se f (t) = 2 , ainda mais:
0 se |t| > π
∫+∞ ∫+π ∫π
π π
f (t)dt = sentdt = sentdt = 0
2 2
−∞ −π −π
onde
∫+∞
A(β) = f (t) cos(βt)dt = 0, f é função ı́mpar
−∞
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 563
∫+∞ ∫π ∫π
π
B(β) = f (t)sen(βt)dt = sent · sen(βt)dt = π sent · sen(βt)dt ⇒
2
−∞ −π 0
∫π π
π π 1 1
B(β) = [cos t(1 − β) − cos t(1 + β)]dt = [ sent(1 − β) − sent(1 + β)]
2 2 1−β 1+β 0
0
[ ]
π 1 1
B(β) = senπ(1 − β) − senπ(1 + β)
2 1−β 1+β
assim
∫+∞[ ]
π 1 π 1 1
f (t) = sent = [ senπ(1 − β) − senπ(1 + β) sen(βt)]dβ
2 π 2 1−β 1+β
0
∫+∞
π 1 1 1
f (t) = sent = [ + ]sen(πβ)sen(βt)dβ
2 2 1−β 1+β
0
∫+∞
π sen(πβ)sen(βt)
Portanto, f (t) = sent = dβ se |t| < π.
2 1 − β2
0
π π
cos t se |t| <
2. Tem-se g(t) = 2 2
0 π , ainda mais:
se |t| >
2
π
∫+∞ ∫2 π
π π 2
g(t)dt = cos tdt = sent π = π
2 2 −2
−∞ − π2
∫+∞
π 1
f (t) = cos t = [A(β) cos(βt) + B(β)sen(βt)]dβ, t ∈ (−∞, +∞)
2 π
0
onde
π π
∫+∞ ∫2 ∫2
π
A(β) = f (t) cos(βt)dt = cos t · cos(βt)dt = π cos t · cos(βt)dt ⇒
2
−∞ − π2 0
π
∫2 π
π π 1 1 2
A(β) = [cos t(1 − β) + cos t(1 + β)]dt = [ sent(1 − β) + sent(1 + β)]
2 2 1−β 1+β 0
0
[ ]
π 1 π 1 π
A(β) = sen (1 − β) + sen (1 + β)
2 1−β 2 1+β 2
564 Christian José Quintana Pinedo
∫+∞
B(β) = f (t)sen(βt)dt = 0, f é função par
−∞
assim
∫+∞[ ]
π 1 π 1 π 1 π
f (t) = cos t = [ sen (1 − β) + sen (1 + β) cos(βt)]dβ
2 π 2 1−β 2 1+β 2
0
∫+∞
π 1 1 1 π
f (t) = cos t = [ + ] cos( β) cos(βt)dβ
2 2 1−β 1+β 2
0
∫+∞
π cos( π2 β) cos(βt) π
Portanto, f (t) = cos t = dβ se |t| < .
2 1 − β2 2
0
Exercı́cio 6.1.14.
Calcular a transformada de Fourier para as seguintes funções:
A
se − b ≤ t ≤ −a
b − a (t + b)
1. f (t) = A se − a ≤ t ≤ a
A
(t − b) se a ≤ t ≤ b
a−b
{
A(t + 1) se − 1 ≤ t ≤ 0
2. f (t) =
A(t − 4) se 0 ≤ t ≤ 4
− A (t + 1) se − 3 ≤ t ≤ −1
3. f (t) = 2
A
− (t − 3) se 1 ≤ t ≤ 3
2
{
cos(20t) se |t| ≤ π/5
4. f (t) =
0 se |t| > π/5
Solução.
A
− b ≤ t ≤ −a
(t + b) se
b−a
1. Tem-se f (t) = A se −a≤t≤a , pela definição segue:
A
(t − b) se a ≤ t ≤ b
a−b
∫+∞ ∫b
F[f (t)] = f (t)e−iβt dt = f (t)e−iβt dt
−∞ −b
∫−a ∫a ∫b
A −iβt A
F[f (t)] = (t + b)e dt + A e−iβt dt + (t − b)e−iβt dt
b−a a−b
−b −a a
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 565
[ ]
A 1 −iβt 1 −iβt −a 1 −iβt a
F[f (t)] = (t + b)e − e + A e +
b − a −iβ (iβ)2 −b −iβ −a
[ ]
A 1 −iβt 1 −iβt b
+ (t − b)e − e
a − b −iβ (iβ)2 a
[ ]
A 1 1 iβa 1 iβb 1 −iβa
F[f (t)] = (b − a)eiβa − e + e +A [e − eiβa ]+
b − a −iβ (iβ) 2 (iβ) 2 −iβ
[ ]
A 1 −iβb 1 −iβa 1 −iβa
+ − e − (a − b)e + e
a−b (iβ)2 −iβ (iβ)2
[ ]
A 1 iβa 1 −iβa 1 iβb 1 −iβb
F[f (t)] = e + 2e − 2e − 2e
b − a β2 β β β
[ ]
A cos(aβ) − cos(bβ)
Portanto, F[f (t)] = .
b−a β2
{
A(t + 1) se − 1 ≤ t ≤ 0
2. Tem-se f (t) = , pela definição segue:
A(t − 4) se 0 ≤ t ≤ 4
∫+∞ ∫4
−iβt
F[f (t)] = f (t)e dt = f (t)e−iβt dt
−∞ −1
∫0 ∫4
−iβt
F[f (t)] = A (t + 1)e dt + A (t − 4)e−iβt dt
−1 0
[ ] [ ]
1 −iβt 1 −iβt 0 1 −iβt 1 −iβt 4
F[f (t)] = A (t + 1)e − e +A (t − 4)e − e
−iβ (iβ)2 −1 −iβ (iβ)2 0
[ ]
1 1 1 iβ 1 −4iβ 4 1
F[f (t)] = A − + e − e + +
−iβ (iβ) 2 (iβ) 2 (iβ)2 −iβ (iβ)2
[ ]
1 1 iβ 1 −4iβ 4
F[f (t)] = A − − 2 e + 2 e −
iβ β β iβ
A [ ]
F[f (t)] = 2 iβ − eiβ + e−4iβ + 4iβ
β
A [ −4iβ
]
Portanto, F[f (t)] = 5iβ − eiβ
+ e .
β2
A
− 2 (t + 1)
se − 3 ≤ t ≤ −1
3. Tem-se f (t) = 0 se |t| < 1, |t| > 3 , pela definição segue:
A
− (t − 3) se 1 ≤ t ≤ 3
2
∫+∞ ∫3
−iβt
F[f (t)] = f (t)e dt = f (t)e−iβt dt
−∞ −3
566 Christian José Quintana Pinedo
∫−1 ∫3
A A
F[f (t)] = − (t + 1)e−iβt dt − (t − 3)e−iβt dt
2 2
−3 1
[ ] [ ]
A 1 −iβt 1 −iβt −1 A 1 −iβt 1 −iβt 3
F[f (t)] = − (t + 1)e − e − (t − 3)e − e
2 −iβ (iβ)2 −3 2 −iβ (iβ)2 1
[ ]
A 1 iβ 2 1 3iβ 1 −3iβ 2 1 −iβ
F[f (t)] = − − 2
e − e3iβ + 2
e − 2
e − e−iβ + e
2 (iβ) iβ (iβ) (iβ) iβ (iβ)2
[ ]
A 1 iβ 2 3iβ 1 3iβ 1 −3iβ 2 −iβ 1 −iβ
F[f (t)] = − − e − e + e − e − e + e
2 (iβ)2 iβ (iβ)2 (iβ)2 iβ (iβ)2
A 2i
F[f (t)] = − [[sen(β) − sen(3β)] + β[cos(3β) + cos(β)] + iβ[sen(3β) − sen(β)]]
2 β2
2Ai
Portanto, F[f (t)] = cos(2β) [sen(β) − β[cos(β) + isen(β)]].
β2
{
cos(20t) se |t| ≤ π/5
4. Tem-se f (t) = , pela definição segue:
0 se |t| > π/5
π
∫+∞ ∫5
−iβt
F[f (t)] = f (t)e dt = f (t)e−iβt dt
−∞ − π5
π
∫5 π
−iβt e−iβt 5
F[f (t)] = e cos(20t)dt = 2 [20.sen(20t) − iβ. cos(20t)] π
20 − β 2 −5
− π5
[ πβ πβ
]
2i ei 5 − e−i 5 2β. πβ
F[f (t)] = 2 iβ. cos(4π) = 2 sen( )
20 − β 2 2i β − 20 2 5
2β
Portanto, F[f (t)] = · sen( πβ ).
β2 − 202 5
Exercı́cio 6.1.15.
Seja α > 0, determine a transformada de Fourier para a função f (t) definida por:
{
e−αt se, t > 0
f (t) =
0 se, t < 0.
Solução.
∫+∞
F (β) = F[f (t)] = f (t)e−iβt dt
−∞
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 567
∫+∞
F (β) = e−(α+iβ)t dt
0
+∞
1
−(α+iβ)t 1
De onde, F (β) = e =
−(α + iβ) 0 α + iβ
1
Portanto, a transformada de Fourier de f (t) é F (β) = .
α + iβ
Exercı́cio 6.1.16.
cos(πt)
Calcular a transformada de Fourier de f (t) = .
t3 − t2 + 4t − 4
Solução.
Exercı́cio 6.1.17.
Em cada caso, verificar que a transformada de Fourier é a função indicada:
√
−at2 π −β 2 /4
1. f (t) = be , a > 0, então F[f (t)] = b e
a
{ −t
e se 0 ≤ t 1
2. f (t) = , então F[f (t)] =
0 se t < 0 1 + iβ
2iβ
3. f (t) = e−a|t| , a > 0, então F[f (t)] =
a2+ β2
{
k se |t| ≤ a sen(aβ)
4. f (t) = , então F[f (t)] = 2k · , β ̸= 0.
0 se |t| > a β
√
1 2 −β
5. f (t) = , então F[f (t)] = ·e
1 + t2 π
568 Christian José Quintana Pinedo
{
1 se |t| < a 2sen(aβ)
6. f (t) = , então F[f (t)] = , β ̸= 0
0 se |t| > a β
Solução.
∫+∞
−at2
−at2
e−at e−iβt
2
1.(primeira solução) Como f (t) = be , então F[be ]=b ⇒
−∞
∫+∞
−at2
e−at (cos(βt) − isen(βt))dt
2
F[be ]=b
−∞
∫+∞
dF 1 +∞ 1 bβ
(β) = b e−at · sen(βt) βe−at · cos(βt)dt = − F (β)
2 2
−
dβ 2a −∞ 2a 2a
−∞
β2
Esta igualdade é uma equação diferencial, resolvendo F (β) = C · e− 4a .
Em (6.5) quando β = 0 segue1 :
∫+∞ ∫+∞ √
−at2 b √ b √
e−( at) d( at) = √ π = C
2
F (0) = b e dt = √
a a
−∞ −∞
1
Portanto, F[f (t)] = .
1 + iβ
∫
+∞
(∫
+∞
)( ∫
+∞
) ∫
+∞ ∫
+∞
e−x dx −x2 −y 2
e−(x +y ) dxdy
2 2 2
1
Tem-se: I= ⇒ I = 2
e dx e dy =
−∞ −∞ −∞ −∞ −∞
Fazendo x = r cos θ, y = rsenθ com r ≥ 0, θ ∈ [0, 2π] segue
∫
+∞∫2π ∫ e−r +∞
+∞
√
2
2 2π
−r 2
I = 2
e rdθdr = re−r θ dr = −2π ⇒ I= π
0 2 0
0 0 0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 569
1. (segunda solução)
∫+∞ ∫+∞
β2 β2
−at2 −at2 −iβt
−at2
e−(at +iβt) e− 4a e 4a dt
2
Como f (t) = be , então F[be ]=b e e dt = ⇒
−∞ −∞
∫+∞ ∫+∞ √ ∫+∞
b β2 β2 −( β
√ 2 β2 β2 2 du
F[be−at ] = √ e−(at +iβt− 4a ) e 4a dt = b e− 4a dt = e− 4a e−u √
2 2 at+i )
e 2 a
( a a
−∞ −∞ −∞
√
onde u = at + i 2√β a assim, sendo a > 0:
∫+∞ √
−u2 du π − β2
2
−at2 − β4
F[be ] = be e √ =b ·e 4
a a
−∞
√
−at2 π −β 2 /4
Portanto, se f (t) = be , então F[f (t)] = b e
a
{
e−t se 0 ≤ t
2. f (t) = .
0 se t < 0
∫+∞ ∫+∞
−t −iβt 1
Tem-se F[f (t)] = e e dt = e−t(1+iβ) dt =
1 + iβ
−∞ 0
1
Portanto, F[f (t)] = .
1 + iβ
3. Seja f (t) = e−a|t| , a > 0.
∫+∞ ∫0 ∫+∞
−|a|t −iβt at −iβt
Tem-se F[f (t)] = e e dt = e e dt + e−at e−iβt dt ⇒
−∞ −∞ 0
∫0 ∫+∞
1 1 2iβ
F[f (t)] = et(a−iβ)
dt + e−t(a+iβ) dt = − = 2
a − iβ a + iβ a + β2
−∞ 0
2iβ
Portanto, se f (t) = e−a|t| , então F[f (t)] =
a2 + β2
{
k se |t| ≤ a
4. Seja f (t) = .
0 se |t| > a
∫+∞ ∫a
−iβt k
Tem-se F[f (t)] = f (t)e dt = k · e−iβt dt = − [e−aiβ − eaiβ ] ⇒
iβ
−∞ −a
2k
F[f (t)] = sen(aβ)
β
sen(aβ)
Portanto, F[f (t)] = 2k ·
β
570 Christian José Quintana Pinedo
∫+∞
1 1
5. Seja f (t) = , então F[f (t)] = · e−iβt dt =
1 + t2 1 + t2
−∞
∫+∞ ∫+∞ 2
t
F[f (t)] = e−iβt dt − · e−iβt dt =
1 + t2
−∞ −∞
∫
+∞ β2 β2
e−(at e− 4a e 4a dt ⇒
2 +iβt)
−∞
fffff
√
2 −β
então F[f (t)] = ·e
π
⇕
{
1 se |t| < a
6. Seja f (t) =
0 se |t| > a
∫+∞
Tem-se que F[f (t)] = f (t)e−iβt dt ⇒
−∞
∫a
1 −iaβ 2
F[f (t)] = e−iβt dt = − [e − eiβ ] = sen(aβ)
iβ β
−a
2sen(aβ)
Portanto, é verdade que F[f (t)] = , β ̸= 0.
β
Exercı́cio 6.1.18.
∫+∞
sen(aβ)sen(βt)
Calcule dβ.
β
−∞
Solução.
⇕
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 571
⇕
π se |t| < a
Resposta π
se |t| = a
2
0 se |t| > a
Exercı́cio 6.1.19.
∫+∞
Resolva a equação integral f (t) cos(βt)dt = e−|β| .
0
Solução.
Suponhamos f (t) admita transformada de Fourier, então:
∫+∞
F[f (t)] = F (β) = f (t)e−iβt dt ⇒
−∞
∫+∞
F[f (t)] = F (β) = f (t)[cos(βt) − isen(βt)]dt = e−|β|
−∞
então
∫+∞ ∫+∞
F (β) = f (t) cos(βt)dt − i f (t)sen(βt)dt = e−|β| + i · 0
−∞ −∞
como a integral da parte imaginaria é nula, então f (t) é função par, logo
∫+∞ ∫+∞
F (β) = f (t) cos(βt)dt = 2 f (t) cos(βt)dt = 2e−|β|
−∞ 0
Sabe-se que
∫+∞ ∫+∞
−1 1 2
f (t) = F [F (β)] = iβt
F (β)e dβ = e−|β| · eiβt dβ ⇒
2π 2π
−∞ −∞
∫+∞ ∫+∞
1 i
f (t) = e−|β| · cos(βt)dβ + e−|β| · sen(βt)dβ
π π
−∞ −∞
A segunda integral se anula por se tratar da integral de uma função ı́mpar, a primeira
integral por paridade resulta:
∫+∞ ∫+∞
2 −|β| 2 2
f (t) = e · cos(βt)dβ = e−β · cos(βt)dβ = 2
π π π(t + 1)
0 0
2
Portanto, f (t) = é a solução da equação integral.
π(t2 + 1)
572 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 6.1.20.
Resolva o seguinte:
{
1 − t2 se |t| < 1
1. Determine a transformada cosseno de Fourier de f (t) = .
0 se |t| > 1
∫+∞[ ]
sent − t cos t t 3π
2. Mostre que cos dt = .
t3 2 16
0
Solução.
∫+∞ ∫1
Fc [f (t)] = Fc (β) = f (t)cos(βt)dt = (1 − t2 ) cos(βt)dt ⇒
0 0
1 t2 1
1 2t 2
Fc [f (t)] = Fc (β) = sen(βt) − [ sen(βt) + 2 cos(βt) − 3 sen(βt)]
β 0 β β β 0
2
Fc [f (t)] = Fc (β) = [sen(β) − β cos(β)]
β3
2
Portanto, Fc [f (t)] = [sen(β) − β cos(β)], β ̸= 0.
β3
∫+∞[ ]
sent − t cos t t 3π
2. Mostre que 3
cos dt = .
t 2 16
0
∫+∞ ∫1
−iβt
F[f (t)](β) = f (t)e dt = e−iβt (1 − t2 )dt = F (β) ⇒
−∞ −1
[ ]
1 2 −iβt 2 −iβt 2 −iβt 1 −iβt 1
F[f (t)](β) = te + te + e − e
iβ (iβ)2 (iβ)3 iβ −1
2 iβ −iβ 2 iβ
F (β) = F[f (t)](β) = 3
[e − e ] − 2
[e + e−iβ ]
iβ β
4 [eiβ − e−iβ 4β [eiβ + e−iβ ] 4
F (β) = F[f (t)](β) = 3
] − 3
= 3 [senβ − β cos β]
β 2i β 2 β
Sabe-se que
∫+∞ ∫+∞
−1 1 1 4
f (t) = F [F (β)] = iβt
F (β)e dβ = [senβ − β cos β]eiβt dβ ⇒
2π 2π β3
−∞ −∞
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 573
∫+∞ ∫+∞
2 [senβ − β cos β] iβt s 2 [senβ − β cos β] iβ s
f (t) = e dβ ⇒ f( ) = e 2 dβ
π β3 2 π β3
−∞ −∞
s
fazendo t = , −1 < t < 1 ⇒ −2 < s < 2, assim:
2
∫+∞ ∫+∞
s 2 [senx − x cos x] i x s 2 [senx − x cos x] xs xs
f( ) = 3
e 2 dx = 3
[cos( )+isen( )]dx ⇒
2 π x π x 2 2
−∞ −∞
∫+∞ ∫+∞
π s [senx − x cos x] xs [senx − x cos x] xs
· f( ) = 3
cos( )dx + i 3
sen( )dx
2 2 x 2 x 2
−∞ −∞
s 3
Quando s = 1 segue que f ( ) = então
2 4
∫+∞ ∫+∞
π 3 [senx − x cos x] x [senx − x cos x] x
· = cos( )dx + i sen( )dx ⇒
2 4 x3 2 x3 2
−∞ −∞
∫+∞ ∫+∞
3π [senx − x cos x] x [senx − x cos x] x
+0·i= 3
cos( )dx + i 3
sen( )dx ⇒
8 x 2 x 2
−∞ −∞
da parte real desses números complexos e do fato ser função par segue que:
∫+∞
3π [senx − x cos x] x
=2 cos( )dx
8 x3 2
0
∫+∞
[sent − t cos t] t 3π
Portanto, 3
cos( )dt = .
t 2 16
0
Exercı́cio 6.1.21.
Dada a função f (t) = te−t , t ≥ 0:
Solução.
∫+∞
com A(β) = 2 te−t cos(βt)dt.
0
Agora, consideremos a extensão ı́mpar
{ ∫+∞
te−t se t ≥ 0 1
fi (t) = ⇒ fi (t) ∼ B(β)sen(βt)dβ
tet se t < 0 π
0
∫+∞
com B(β) = 2 te−t sen(βt)dt.
0
Podemos calcular os coeficientes A(β) e B(β) integrando por partes.
∫+∞
A(β) = 2 te−t cos(βt)dt ⇒
0
[ ]
te−t (− cos(βt) + βsen(βt)) e−t [(1 − β) cos(βt) − 2βsen(βt)] +∞
A(β) = 2 −
(1 + β 2 ) (1 + β 2 )2 0
[ ]
1 − β2
A(β) = 2
(1 + β 2 )2
∫+∞
B(β) = 2 te−t sen(βt)dt ⇒
0
[ ]
te (−sen(βt) − β cos(βt)) e−t [(1 − β 2 )sen(βt) + 2β cos(βt)] +∞
−t
B(β) = 2 −
(1 + β 2 ) (1 + β 2 )2 0
[ ]
2β
B(β) = 2
(1 + β 2 )2
Calculando as respectivas integrais de Fourier e aplicando o teorema da convergência,
desde que f é seccionalmente contı́nua para todo t ≥ 0, tem-se que:
∫+∞[ ]
−t 2 1 − β2
te = cos(βt)dβ
π (1 + β 2 )2
0
∫+∞[ ]
−t 2 2β
te = sen(βt)dβ
π (1 + β 2 )2
0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 575
∫+∞ ∫+∞
1 β2
Portanto, dβ = dβ.
(1 + β 2 )2 (1 + β 2 )2
0 0
Exercı́cio 6.1.22.
Ache a representação da integral de Fourier da função f (t) = te−|t| se t ∈ (−∞, +∞)
e estude sua convergência em R.
Solução.
Exercı́cio 6.1.23.
Se, z, w ∈ C, demonstrar que:
[ ] [ ] [ ] [ ]
z w z w
1. Re + Re =1 2. Im + Im =0
z+w z+w z+w z+w
Solução.
576 Christian José Quintana Pinedo
A = (z + z)(z 2 + z 2 )(z 3 + z 3 ) · · · (z n + z n ) ⇒
Exercı́cio 6.1.25.
Demonstre as seguintes desigualdades:
1. |z −1−i| ≤ |Arg(z)| 2. |z −1|+|z +1| ≤ ||z|−1|+|z||Arg(z)|
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 577
Exercı́cio 6.1.26.
| | w | ·z+ | z | ·w| 2 | w || z | |
Se z, w ∈ C, mostre que ≤ .
|z + w| |z|+|w|
Solução.
| | w | ·z+ | z | ·w| · (| z | + | w |) ≤ 2 | w || z | |z + w|
| | w | ·z+ | z | ·w| 2 | w || z | |
Portanto, ≤ .
|z + w| |z|+|w|
578 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cios 6-2
Exercı́cio 6.2.1.
t2
Mostre que f (t) = e− 2 é sua própria transformada de Fourier.
Solução.
t2
Como f (t) = e− 2 é par sua transformada de Fourier está dado por
∫+∞ 2
e− 2 cos(tβ)dt
t
F[f (t)] =
0
√
Fazemos t = 2u,
∫+∞ 2 √ ∫+∞ √
e− 2 cos(tβ)dt = 2 e−u cos( 2uβ)du
t 2
F[f (t)] =
0 0
2
⇕
⇕
⇕
⇕
∫+∞ √
2 −u2
√ 2 2 − u2
√ e cos(β 2u)du = √ · e 2
2 2 2
0
Exercı́cio 6.2.2.
Mostre que, se F[f (t)] = F (β) e F[g(t)] = G(β); então é válida a equação de Parseval:
∫∞ ∫∞
f (x)G(x)dx = F (x)g(x)dx
−∞ −∞
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 579
podemos escrever
∫+∞ ∫∞
F[f (t)] = F (y) = f (x)e−ixy dx e F[g(t)] = G(x) = g(y)e−iyx dy
−∞ −∞
+∞
∫+∞ ∫+∞ ∫
Então: f (x)G(x)dx = f (x) g(y)e−ixy dy dx.
−∞ −∞ −∞
Fazendo mudança na ordem de integração segue que
+∞
∫+∞ ∫+∞ ∫ ∫+∞
f (x)G(x)dx = g(y) f (x)e−ixy dx dy = g(y)F (y)dy
−∞ −∞ −∞ −∞
Exercı́cio 6.2.3.
Sejam f : R −→ C uma função diferenciável absolutamente integrável e f ′ uma função
absolutamente integrável. Como f (t) → 0 quando t → ±∞, mostre que:
1. Fc [f ′ (t)] = βFs [f (t)] − f (0) = βFs (β) − f (0).
2. Fs [f ′ (t)] = −βFc [f (t)] = −βFc (β).
Solução.
Exercı́cio 6.2.4.
Suponhamos que uma função f , seja absolutamente integrável em todo o eixo real, e
tem n ∈ N derivadas absolutamente integráveis e contı́nuas em todo R. Demonstre que
F[f (k) (t)] = (iβ)k F[f (t)], k = 1, 2, 3, · · · , n
M
e existe uma constante M > 0 tal que |F[f (t)]| ≤ .
|β n |
Solução.
Exercı́cio 6.2.5.
Suponhamos que a função f seja contı́nua e absolutamente integrável e sejam as fun-
ções f (t), tf (t), t2 f (t), · · · , tn f (t) absolutamente integráveis.Demonstre que, a transfor-
mada de Fourier da função f é uma função n vezes derivável em toda a reta R, e
dk
F[f (t)] = F(k) [f (t)] = (−i)k F[tk f (t)], k = 1, 2, 3, · · · , n
dβ k
Solução.
580 Christian José Quintana Pinedo
Exercı́cio 6.2.6.
Seja u(t) a função pulso unitário. Determine a transformada de Fourier para cada
uma das seguintes funções:
Solução.
Exercı́cio 6.2.7.
Seja f (t) = te−at u(t), onde u(t) é a função unitária de Heaviside e a > 0. Determine:
Solução.
Exercı́cio 6.2.8.
iβ
Sendo que F[g(t)] = G(β) = , calcule:
−β 2 + 5iβ + 6
1. F[g(2t)] 2. F[g(t − 2)] 3. F[e−100it g(t)]
Solução.
1 β iβ
Respostas 1. F[g(2t)] = G( ) =
2 2 −β + 10iβ + 24
2
iβ
2. F[g(t − 2)] = e2iβ G(β) = e2iβ
−β + 5iβ + 6
2
i(β − 100)
3. F[e−100it g(t)] = G(β − 100) =
= (β − 100)2 + 5i(β − 100) + 6
Exercı́cio 6.2.9.
Determine as funções f : R −→ C cujas transformadas de Fourier são dadas, considere
a > 0 e b ∈ R:
iβ 1
1. F(β) = 2
2. F(β) =
1+β (1 + iβ)2
1 1
3. F(β) = 4. F(β) =
(2 + iβ)(3 + iβ) a + ib − iβ
1 1
5. F(β) = 2 6. F(β) =
β +β+1 4 − β + 2iβ
2
1
7. F(β) =
a + ib + iβ
Solução.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 581
√
1 2π −|t|
1. Seja G(β) = então g(t) = e .
1 + iβ 2 2
√
−1 ′ 2πte−|t|
f (t) = F (iβG(β))(t) = g (t) = −
2|t|
√
2πte−|t|
Portanto, f (t) = − .
2|t|
1 dG i
2. Seja G(β) = então (β) = −
1 + iβ dβ (1 + iβ)2
( dG )
−1
Logo, f (t) = F i (β) (t) = t · g(t).
dβ
√
Portanto, f (t) = 2πte−t u0 (t).
1 1 1
3. F(β) = ⇒ F(β) = − ⇒
(2 + iβ)(3 + iβ) (2 + iβ) (3 + iβ)
√
Portanto, f (t) = 2π(e−2t − e−3t )u0 (t).
1 1
4. F(β) = ⇒ F(β) = ⇒
a + ib − iβ a − i(β − b)
√
f (t) = eibt · 2πeat u0 (−t)
√
Portanto, f (t) = 2πe(a+ib)t u0 (−t).
1 1
5. F(β) = ⇒ F(β) = √
β2 +β+1 (β + 1 2
) +( 3 2
)
2 2
√ √
2|t|
2πe− 2
i 12 t
Logo f (t) = e · √
e
√ √
2|t|+it
2πe− 2
Portanto, f (t) = √ .
3
1 i [ ]
6. F(β) = F(β) = ⇒√ √1
− 1
√
4 − β 2 + 2iβ 2 3 i(β+ 3)+1 i(β− 3)+1
√
i 6π ( −(1+√3i)t √ )
Portanto, f (t) = e − e−(1− 3i)t u0 (t).
6
1 1
7. F(β) = ⇒ F(β) =
a + ib + iβ a + i(b + β)
Exercı́cio 6.2.10.
Seja f : R −→ C uma função absolutamente integrável, com a propriedade da trans-
lação no tempo, demonstre o seguinte:
então
∫∞ ∫∞ ∫∞ ∫∞
−iωt −iωs
F[f (t)] = f (t)e dt g(s)e ds = f (t)g(s)e−iω(t+s) dtds (6.8)
−∞ −∞ −∞ −∞
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 583
∂(t, s)
Consideremos t + s = x, Por cálculo avançado conhecemos que dtds = dtdx de
∂(t, x)
onde o Jacobiano da transformação é dado por
∂t ∂t
∂(t, s) ∂t ∂x
1 0
=1
= =
∂(t, x) ∂s ∂s 0 1
∂t ∂x
∫∞ ∫∞ ∫∞ ∫∞
−iωt −iωs
Então em (6.8) F[f (t)] = f (t)e dt g(s)e ds = f (t)g(x − t)e−iωx dtdx
−∞ −∞ −∞ −∞
∫∞ ∫∞ ∫∞
= e−iωx f (t)g(x − t)dt dx = F[ f (t)g(x − t)dt = F[f (t) ∗ g(t)]
−∞ −∞ −∞
∫+∞
√
e−u du = π.
2
Portanto, I=
−∞
√ √ √
1 2 +∞
(f ⋆ g)(t) = t ⋆ e−t = t π + e−u
2
=t π+0=t π
2 −∞
Exercı́cio 6.2.15.
Achar a transformada de Fourier de cos(at) e sen(at) .
Solução.
584 Christian José Quintana Pinedo
1
Sejacos(at) = (eiat + e−iat ), logo
2
1 1 1
F[cos(at)] = F[ (eiat + e−iat )] = F[eiat ] + F[e−iat ]
2 2 2
F[cos(at)] = πδ(β − a) + πδ(β + a)
1
Analogamente, sendo sen(at) = (eiat − e−iat ), logo
2i
1 1 1
F[sen(at)] = F[ (eiat − e−iat )] = F[eiat ] − F[e−iat ]
2i 2i 2i
1
F[sen(at)] = [2πδ(β − a) + 2πδ(β + a)] = −iπδ(β − a) + iπδ(β + a)
2i
Exercı́cio 6.2.16.
∫+∞
Mostre que f (t) ⋆ u(t) = f (s)ds, onde u(t) é a função de Heaviside.
−∞
Solução.
Exercı́cio 6.2.17.
at2 1 β2
Seja a > 0, mostre que F[e− 2 ](β) = √ e− 2a .
a
Solução.
Exercı́cio 6.2.18.
Resolver 3y ′′ (t) + 5y ′ (t) + 2y(t) = f (t).
Solução.
Exercı́cio 6.2.19.
d2
Resolver −D 2
y(t) + k 2 Dy(t) = Qδ(t) onde D, k 2 , k > 0 e Q são constantes.
dt
Solução.
Exercı́cio 6.2.20.
∫
+∞
Resolver a equação integral: y(t) = g(t) + y(u)r(t − u)du onde g(t) e r(t) são
−∞
funções dadas.
Solução.
Suponha que as transformadas de Fourier de y(t), g(t) e r(t) existam, e denotamos
por Y (β), G(β) e R(β) , respectivamente. Então, tomando a transformada de Fourier
de ambos os lados da dada equação integral, temos Pelo teorema da convolução
√ G(β)
Y (β) = G(β) + 2πY (β)R(β) ⇒ Y (β) = √
1 − 2πR(β)
logo
[ ] ∫+∞
−1 G(β) 1 G(β)
y(t) = F √ =√ √ e−iβt dβ
1 − 2πR(β) 2π 1 − 2πR(β)
−∞
assumindo que a integral exista.
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 585
Exercı́cio 6.2.21.
d2 y(t)
Resolver a equação diferencial − y(t) = e−|t| .
dt2
Solução.
∫+∞ ∫0 ∫+∞
1 1 1
F (β) = e−|t| eiβt dt = et eiβt dt + e−t eiβt dt
2π 2π 2π
−∞ −∞ 0
1 { et(1+iβ) 0 e−t(1−iβ) +∞ } 1
= − =
2π 1 + iβ −∞ 1 − iβ 0 π(1 + β 2 )
A transformada de Fourier da derivada da uma função g(t) é obtida integrando por
partes
∫+∞ +∞ ∫+∞
1 1 1
g ′ (t)e−iβt dt = g(t)e−iβt + iβ g(t)e−iβt dt
2π 2π −∞ 2π
−∞ −∞
∫+∞ ∫+∞
1 ′ −iβt 1
g (t)e dt = iβ g(t)e−iβt dt = iβG(β)
2π 2π
−∞ −∞
onde G(t) é a transformada de Fourier de g(t) . No final vamos verificar que a solução da
equação verifica esta condição quanto a estes limites.
Aplicando a transformada de Fourier a ambos os membros da equação diferencial,
temos
1
(iβ)2 Y (β) − Y (β) =
π(1 + β 2 )
1
em que Y (β) é a transformada de Fourier de y(t). Logo Y (β) = − de onde
π(1 + β 2 )2
∫+∞
1 eitβ
y(t) = − dβ
π π(1 + β 2 )2
−∞
1
Dado que −→ 0 (quando β → 0) esta integral podemos calcular pelo
π(1 + β 2 )2
método dos resı́duos. Para t > 0, consideramos um contorno fechado C, percorrido no
sentido positivo, constituı́do pelo intervalo [−r, r] e pela semi-circunferência Γ+ centrada
na origem e de raio r.
Faz-se tender r para infinito e calcula-se o resı́duo em z = i:
∫ ∫+∞ ∫
eitz eitβ eitz
lim dz = dβ + lim dz
r→∞ (1 + z 2 )2 (1 + β 2 )2 r→∞ (1 + z 2 )2
C −∞ Γ+
586 Christian José Quintana Pinedo
π
∫ ∫ itr(cos θ+isenθ)
e itz
e
Fazendo z = reiθ temos dz dz = ire iθ
dθ de onde
(1 + z 2 )2 (1 + r2 e2iθ )2
Γ+ 0
∫π
1 −isenθ
≤ e rdθ −→ 0 quando r → 0
(1 + r2 e2iθ )2
0
∫ [ ( ]
1 eitz 1 d eitz (z − i)2 )
logo y(t) = − dz = − (2πi)
π Ct (1 + z 2 )2 π dz (z + i)2 (z − 1)2 z=i
[ ]
d ( eitz ) t + 1 −t
= −2π =− e
dz (z + i)2 z=1 2
Exercı́cio 6.2.22.
∂ 2T ∂2T
Resolva a equação de Laplace + = 0 para as seguintes condições fronteira:
∂x2 ∂y 2
∂T ∂T
(0, y) = u(1 − y), (x, 0) = 0, T (2, y) = 0, T (x, 2) = 0
∂x ∂y
Solução.
A equação pode ser resolvida usando a transformada de Fourier de T (x, y). em ordem
ay
∫2
tn = ⟨T (x, y), ϕn (y)⟩ = T (x, y), ϕn (y)dy (6.9)
0
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 587
2 ∫2
= λn T sen(λn y) . − λ2n T cos(λn y)dy = −λ2n tn
0
0
A transformada de Fourier da equação de Laplace é
d2 tn
− λ2n tn = 0 (6.13)
dx2
esta é uma equação diferencial ordinária, linear, de coeficientes constantes. As duas
raı́zes do polinômio caracterı́stico são n e -n, e a solução geral é
tn = An eλn x + Bn e−λn x (6.14)
As condições fronteira para tn obtém-se a partir das transformadas de Fourier das
condições fronteira do problema:
tn (2) = ⟨T (2, y), ϕn (y)⟩ = 0 (6.15)
∫1
dtn (0) senλn
= ⟨(1 − y), ϕn (y)⟩ = cos(λn y)dy = (6.16)
dx λn
0
Exercı́cio 6.2.23.
A voltagem de entrada ao circuito RC, de duas fontes, que se mostra na Figura (6.1),
é a série infinita de Fourier:
Solução.
Desde que a fonte é:
∫ t [ ]
1 1
vi (t) = Ri(t) + i(t)dt = R + i(t) (6.19)
C −∞ pC
a resposta é:
∫ t
1 1
vo (t) = i(t)dt = i(t) (6.20)
C −∞ pC
Exercı́cio 6.2.24.
Use uma transformada de Fourier conhecida e as propriedades operacionais para cal-
cular a transformada de Fourier das funções a seguir.
1. f (t) = te−t 2. f (t) = t2 e−|t|
2
Apêndice
A1. Fórmulas elementares de integração
∫ 8
√ 2 √
46. u a + bu · du = [(3bu − 2a) (a + bu)3 ] + C
∫ 15b2
√
u 2
47. √ · du = 2 (bu − 2a) a + bu + C
∫ √a + bu 3b ∫
a + bu √ du
48. · du = 2 a + bu + a √ +C
∫ u u a∫+ bu
1 n−1
49. senn u · du = − senn−1 cos u + senn−2 u.du
∫ n n ∫
1 n − 1
50. cosn u · du = cosn−1 usenu + cosn−2 u.du
∫ n n ∫
n 1 n−2 n−2
51. sec u.du = tan u sec u+ secn−2 u.du
∫ n−1 n − 1∫
−1 n−2
52. cscn u.du = cot u cscn−2 u + cscn−2 u.du
∫ n−1 n−1
sen(a − b)u sen(a + b)u
53. sen(au)sen(bu) · du = − +C
2(a − b) 2(a + b)
∫
sen(a + b)u sen(a − b)u
54. cos(au) cos(bu) · du = − +C
2(a + b) 2(a − b)
∫
cos(a − b)u cos(a + b)u
55. sen(au) cos(bu) · du = − − +C
∫ 2(a − b) 2(a + b)
u 1
56. u · cos(au)du = sen(au) + 2 cos(au) + C
∫ a a
u 1
57. u · sen(au)du = − cos(au) + 2 sen(au) + C
∫ a a
2
u 2u 2
58. u2 · cos(au)du = sen(au) + 2 cos(au) − 3 sen(au) + C
a a a
∫ 2
u 2u 2
59. u2 · sen(au)du = − cos(au) + 2 sen(au) + 3 cos(au) + C
∫ a ∫ a a
60. un senu.du = −un cos u + n un−1 cos u.du
∫
eau
61. eau senbu.du =
2 + b2
(asenbu − b. cos bu) + C
∫ a
eau
62. eau cos bu.du = 2 (b.senbu + a. cos bu) + C
a + b2
592 Christian José Quintana Pinedo
∫+∞ ∫t
f (t)
23. L[ ](s) = F (r)dr 24. L[ f (t − x)g(x)dx](s) = F (s)G(s)
t
s 0
t
25. L[f ( )](s) = aF (as), s>a 26. L[ua (t)f (t − a)](s) = e−as F (s), s>a
a
27. L[δ(t − a)](s) = e−as , s>a
Suplemento de Calculo IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16/12/2021 593
[ ]
s − a
15. L−1 = eat cos(kt), s > a
(s − a)2 + k 2
[ ]
−1 1 1
16. L = [eat sen(kt)] , s > a
(s − a) + k
2 2 k
[ ]
1 1
17. L−1 = [sen(kt) − kt cos(kt)]
(s2 + k 2 )2 2k 3
[ ]
−1 s2 1
18. L = [sen(kt) + kt cos(kt)]
(s2 + k 2 )2 2k
19 L−1 [e−as F (s)] = ua (t)f (t − a), s>a
594 Christian José Quintana Pinedo
Referências
[1] Becerril Espinosa J.V. & Elizarraras M. D.- Equaciones Diferenciales Técnicas
de Solucion y Aplicaciones. Universidad Autónoma Metropolitana. Mexico. 2004
[4] Bugrov Ya S. & Nikolski S. M.- Matematicas Superiores. Vol III. Editorial Mir
Moscou. 1985.
[6] Dennis G.Zill. A First Course in Differential Equations with Modeling Ap-
plications. 7a Edição. International Thomson Editores.
[13] Felipe Alvarez, et all . Cálculo Avanzado y Aplicaciones. Apuntes para el curso
MA2A2. Departamento de Ingenierı́a Matemática. Facultad de Ciencias Fı́sicas y
Matemáticas UNIVERSIDAD DE CHILE. 2009
595
596 Christian José Quintana Pinedo
[16] Kreider D.& Kuller R. & Ostberg. Ecuaciones Diferenciales. Fondo Educativo
Interamericano S.A. Mexico. 1773.
[17] Marivaldo P. Matos.- Séries e Equações Diferenciais.- Prentince Hall. São Paolo
2002.
[18] Makarenko G & Krasnov M. & Kiselion A.- Problemas de Ecuaciones Diferen-
ciales Ordinárias. Editorial Mir Moscou. 1979.
Condição de
Cauchy, 2
Critério de
Cauchy, 12
comparação, 6
D’Alembert’s, 11
Leibniz, 10
Fórmulas
de integração, 590
Intervalo de
convergência, 19
Série
p, 3
absolutamente convergente, 9
alternada, 9
Séries de
potências, 16
Teorema
aproximação de Weierstrass, 398
de Lerch, 401
Teste de
Comparação, 3
597
598
No Brasil, atuou nas universidades: (1) Unioeste (Cascavel), (2) Tecnológica Federal
do Paraná (Pato Branco) e (3) Universidade Federal do Tocantins - UFT.
É professor associado da Fundação Universidade Federal do Tocantins e Coordenador
do Curso da Licenciatura em Matemática EAD/UAB/UFT.
Desde 2005 pertence ao Banco de avaliadores do Instituto Nacional de Estudos e Pes-
quisas Educacionais Anı́sio Teixeira - Inep. Tem experiência na área de Educação, com
ênfase em Educação Permanente, atuando principalmente nos seguintes temas: educação
matemática, matemática, história da matemática, equações diferenciais e educação.
É membro do Conselho Editorial da IES Claretiano, em São Paulo, e da Universidade
Federal do Tocantins - UFT (perı́odo 2012 − 2014). Christian tem trabalhos publicados na
área de equações diferenciais em derivadas parciais, história da matemática e outros; suas
linhas de pesquisa são: História da Matemática, Filosofia da Matemática, Epistemologia
da Matemática e Equações Diferenciais em Derivadas Parciais.
599
DO MESMO AUTOR
Livros Páginas
• Teoria da Demonstração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
Notas de Aula
14 Manual do Estudante. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50