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UM RAIO NA BASÍLICA
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PARTE I – UMA GAIVOTA NA CHAMINÉ
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Assim explicou mais tarde em sua entrevista com o Pe. Antonio Spadaro:
“...quando tomei posse do apartamento pontifício, dentro de mim senti
claramente um ‘não’”1.
Mas dali para a frente, o papado não seria mais o mesmo, pois
Bergoglio queria sentir-se apenas o padre Jorge das periferias argentinas,
sem majestade alguma, sem solenidade, e de modo algum se sentir um
soberano monárquico, “sem querer usar os títulos pontifícios de Príncipe
dos bispos, Pai dos reis, Soberano do Estado do Vaticano, Patriarca do
Ocidente, Vigário de Cristo... apenas Francisco, sem a numeração ordinal
própria dos reis e, até agora, também dos papas” 5 Desde o primeiro
instante, quando se apresentou ao mundo como Francisco, logo após o
cardeal Jean Louis Tauran anunciar o “Habemus Papam” 6, Bergoglio
manifestou um certo voluntarismo, contrastando com a imagem de
humildade que procurava expressar, em ações de impacto midiático.
5
Ainda naqueles primeiros instantes, seu discurso e suas atitudes
traduziam uma disposição de ruptura, de novidade, de imposição de um
estilo muito diferente ao que se esperava. Pela primeira vez na história
bimilenar da Igreja, um sucessor de Pedro assumiu o nome de Francisco.
De imediato, recordei-me do livro de Leonardo Boff: “E a Igreja se fez
Povo”, de 1986. No capítulo XI daquele livro, Boff apresentava São
Francisco de Assis como “patrono da opção pelos pobres”7, cuja libertação
deveria ir “além das reformas sociais” 8, “em vista de uma sociedade mais
circular e igualitária”9. Seria este o “caminho” que Bergoglio, na sacada,
indicou estar disposto a iniciar, ao se curvar ao povo?
Para Boff, seria preciso mais do que uma revolução social, mas uma
mudança profunda de paradigma – ético e religioso – expresso, por
exemplo, no ecologismo, difundido mais intensamente a partir das
grandes conferências internacionais promovidas pela ONU, nos anos 90.
Ecologismo este que emergiu escancaradamente na encíclica Laudato Si, e
que também passou a ser disseminado por Marcelo Sanchez Sorondo, na
Pontifícia Academia das Ciências, muito em sintonia com o que a ONU, há
muitos anos se empenhava em impor ao mundo. Isso me fez lembrar
também de um outro livro, “Poder Global e Religião Universal”, escrito por
monsenhor Juan Cláudio Sanahuja, em que dizia que o ecologismo de
Leonardo Boff, na verdade, oculta as intenções de “um projeto de poder
global, um projeto de poder totalitário”15.
8
No mesmo dia da renúncia de Bento XVI, Leonardo Boff foi
entrevistado por uma emissora de televisão24 e disse que o seu candidato
preferido a papa seria o cardeal hondurenho Óscar Andrés Rodríguez
Maradiaga, SDB, arcebispo de Tegucigalpa. Este sim, segundo Boff, amigo
da “Teologia da Libertação” e seu próprio amigo. Maradiaga foi escolhido
pelo papa Francisco para ser o Coordenador do Conselho de Cardeais para
realizar a chamada “reforma da Cúria Romana”. Em entrevista divulgada
na Info Católica, o prelado declarou que as reflexões da comissão
encabeçada por ele conduzirão a “algo muito interessante”25 para a
Cúria. Nas confidências, hoje pacificamente aceitas como autênticas, de
Francisco a um grupo de líderes religiosas latino-americanas podemos ler:
“A reforma da Cúria romana é algo que pedimos quase todos os cardeais
nas congregações anteriores ao Conclave. Eu também a pedi. A reforma
não posso fazer eu, estes assuntos de gestão… Eu sou muito
desorganizado, nunca fui bom nisso. Mas os cardeais da comissão a
levarão adiante. Aí estão Rodríguez Maradiaga, que é latino-americano,
que está na dianteira…”26
O amigo de Leonardo Boff, preferido por ele para ser o papa latino-
americano, foi escolhido por Francisco para coordenar a reforma da cúria
romana, mostrando assim o alto grau de confiança de Jorge Mário
Bergoglio em Rodriguez Maradiaga. A posição dessas personagens no
complexo tabuleiro político do Vaticano, após a renúncia de Bento XVI,
trouxe muitas interrogações sobre o que teria levado Ratzinger a abdicar,
e por que o grupo que havia feito oposição a ele no conclave de 2005,
emergiu com todo o poder em 2013?
9
IV – Um plano anunciado doze meses antes da renúncia, um raio
na Basílica de São Pedro no dia da abdicação, e o pálio sobre a urna de
São Celestino V
10
conclave de 2013, pouco antes do mundo ser surpreendido com a
afirmação de Tauran de que Bergoglio havia sido eleito papa, com o nome
de Francisco.
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momento exato em que a cúpula da Basílica de São Pedro fora atingida
por um impressionante raio34.
Somente 598 anos antes dele, o papa Gregório XII havia sido
forçado a renunciar, em 1415, em meio ao Grande Cisma do Ocidente. De
maneira que, desde aquele período de gravíssima crise na história da
Igreja, a renúncia papal estava associada a um tempo de cisma. Daí o
trauma causado. Ao ser convocado o Concílio de Constança (1414-1418),
havia três papas em litígio, até ser eleito Martinho V, em 11 de novembro
de 1417. Foi também naquela época, de muita conturbação, que Jan Huss
(precursor do protestantismo), fora condenado à fogueira, em 6 de julho
de 1415.
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tirou o pálio que estava em seus ombros e depositou em cima da urna de
vidro, num gesto de forte valor simbólico, que impactou ainda mais
quando fez o seu comunicado de renúncia.
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“Caríssimos Irmãos, convoquei-vos para este Consistório não só por causa das
três canonizações, mas também para vos comunicar uma decisão de grande
importância para a vida da Igreja. Depois de ter examinado repetidamente a minha
consciência diante de Deus, cheguei à certeza de que as minhas forças, devido à idade
avançada, já não são idôneas para exercer adequadamente o ministério petrino. Estou
bem consciente de que este ministério, pela sua essência espiritual, deve ser cumprido
não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente sofrendo e rezando.
Todavia, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de
grande relevância para a vida da fé, para governar a barca de São Pedro e anunciar o
Evangelho, é necessário também o vigor quer do corpo quer do espírito; vigor este,
que, nos últimos meses, foi diminuindo de tal modo em mim que tenho de reconhecer a
minha incapacidade para administrar bem o ministério que me foi confiado. Por isso,
bem consciente da gravidade deste ato, com plena liberdade, declaro que renuncio ao
ministério de Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, que me foi confiado pela mão dos
Cardeais em 19 de Abril de 2005, pelo que, a partir de 28 de Fevereiro de 2013, às
20,00 horas, a sede de Roma, a sede de São Pedro, ficará vacante e deverá ser
convocado, por aqueles a quem tal compete, o Conclave para a eleição do novo Sumo
Pontífice. Caríssimos Irmãos, verdadeiramente de coração vos agradeço por todo o
amor e a fadiga com que carregastes comigo o peso do meu ministério, e peço perdão
por todos os meus defeitos. Agora confiemos a Santa Igreja à solicitude do seu Pastor
Supremo, Nosso Senhor Jesus Cristo, e peçamos a Maria, sua Mãe Santíssima, que
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assista, com a sua bondade materna, os Padres Cardeais na eleição do novo Sumo
Pontífice. Pelo que me diz respeito, nomeadamente no futuro, quero servir de todo o
coração, com uma vida consagrada à oração, a Santa Igreja de Deus. Vaticano, 10 de
fevereiro de 2013”37.
15
as formas, com todas as astúcias e ardilosidades, para que um número cada vez maior
de pessoas, inclusive os fiéis, leigos e religiosos, aceitem a necessidade de
transformação da Igreja, de alargamento ainda mais de aggiornamento, de
flexibilização da moral católica, de menos restrições e mais condescendência, pois
muitos até duvidam da eternidade e querem mesmo uma Igreja adaptada às
novidades do mundo, para aqui e agora, darem conta de uma felicidade possível,
apenas possível, com a mais ampla liberdade.
16
conteúdo e não a aparência” 47. O caso de Regensburg foi um massacre midiático, do
qual Bento XVI se viu mais isolado ainda. “Os políticos experientes dos Estados Unidos
estão certos de que alguém preparou deliberadamente uma armadilha para o papa,
em Regensburg”48. A instrumentalização do caso pela mídia internacional foi
crudelíssima, e muitos, inclusive próximos dele, se deliciaram em ver como ele sofria
com tudo aquilo, e nada fizeram para lhe aliviar a dor. Pior ainda: usavam aqueles
dardos lançados contra ele, para justificar, entre muitos altos prelados, de que ele era
incompetente para o cargo. Disso sou testemunha in loco. Eu estava, em 2007,
durante um jantar na CNBB, em Brasília, quando alguns assessores da CNBB riam de
tudo aquilo, e disseram: “Coitado do Bentinho!” Aquilo doeu, fundo, em meu coração.
Naquela mesma noite, enquanto conversava com um amigo, no 1º andar, era possível
ver a recepção, de onde alguém me disse: “Veja! É o José Dirceu!” Ao que ele entrou,
abraçou um bispo e adentrou para as dependências da Casa.
“Joseph Ratzinger escreveu durante toda a sua vida, explicando sempre sobre a
doutrina da Igreja Católica”49, mas muitos não queriam mais saber de doutrina. Um
seminarista havia me procurado para dizer que estava deixando o seminário. Com
tristeza falei que ele era um talento promissor, e lhe indaguei; “Você chegou a ler, a
estudar, a fundo, o Catecismo da Igreja Católica?” Ao que ele me respondeu: “Não li,
acho muito complicado. A Igreja precisa de menos doutrina e ser mais povo!” Até hoje,
sinceramente, nunca entendi essa resposta. Semanas depois ele estava comissionado
no gabinete de um parlamentar do PT.
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com o colarinho clerical, mesmo em ocasiões formais, como coletivas de imprensa” 50.
Simpatizante do new age, Fitzgerald não recebeu o barrete vermelho. Como também
Walter Kasper teve de recuar diante de posicionamentos muito liberais, por exigência
de Bento XVI. Esses e outros foram se avolumando até o ponto em que perceberam
que só havia um jeito de agirem mais livremente: aprisionando Bento XVI. Não
queriam um papa preocupado em escrever sobre “Jesus de Nazaré”, para que o cristão
possa voltar a ser compreendido, mas que o papa fosse mais espetacular para agradar
mais ao mundo. E então, Englisch, em seu livro, “Francisco – O Papa dos Humildes”,
reconhece que diante de toda pressão sofrida por Bento XVI, em seu pontificado, pelas
forças progressistas que tudo fizeram para debelar todo esforço pela Tradição, de que
“só havia uma possibilidade: Joseph Ratzinger tinha que se acostumar à ideia de que
seu pesadelo se cumpriria, ou seja, que seria obrigado a passar o resto de seus dias
numa, prisão, porque só assim, com a destruição de todas as suas esperanças, com o
abandono de todos os seus sonhos e abrindo mão do último resquício de consolo, ele
podia garantir a seu sucessor que jamais se intrometeria. Ele tinha que se tornar um
prisioneiro”51.
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VI - Uma despedida em lágrimas - Não haveria mesmo outra forma
de ver um papa deixar o trono de São Pedro, senão subindo aos céus.
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janelas de Castel Gandolfo. Ficou lá por três meses, retornando ao
Vaticano, para recolher-se no Mosteiro Matter Eclesiae, de onde
acompanharia o pontificado de Francisco, no silêncio e na oração.
Por que ele abdicou do seu direito legítimo de governar a Igreja até
o final de seus dias, como quase todos os seus antepassados fizeram,
ininterruptamente nos últimos 600 anos? Assim, como São Celestino V,
tornava-se um eremita, entregue à oração e ao sofrimento, também ele
decidiu se recolher. E para tranquilizar a todos os católicos, ele escrevera
em sua carta de renúncia que fizera tal ato “com plena liberdade” 53. Ele
como papa não poderia mentir aos católicos. Dissera de modo enfático,
não apenas no pronunciamento de renúncia, mas também a Peter
Seewald, que o entrevistara tantas vezes, e também em seu recolhimento
no Matter Eclesiae. Não deixou de aparecer publicamente ao lado de
Francisco, quando foi solicitada a sua presença, para tranquilizar os
católicos e evitar qualquer movimento que especulasse os motivos de sua
renúncia, se havia tido ou não alguma pressão.
Ninguém saberia responder. Por que ele teria dito também naquela
carta, que continuaria o seu ministério, “sofrendo e rezando” 54. Em suas
mãos não haveria mais o anel do pescador, pois as chaves seriam
entregues no dia seguinte: “Não abandono a cruz, mas fico de uma forma
nova junto do Senhor Crucificado”55.
23
um sol levíssimo, pelas oito horas da manhã. Depois o tempo fechou,
choveu, e as nuvens se adensaram. As imagens do papa ficaram
impregnadas com seus acenos tímidos e um sorriso tocante e comovente.
O restante do dia ficou então interrogativo.
24
sobrevoar o Coliseu, e fazer um percurso panorâmico sobre Roma, feita
“da harmonia de múltiplos séculos”64, no dizer de Afonso Arinos. E assim
Ratzinger chegou naquele dia histórico, ao entardecer, em Castel
Gandolfo, às 17h37. Houve quem disse que não chegava mais como um
pai, mas como um avô querido, da grande família do Ocidente. Ainda uma
nova despedida na sacada, para os agradecimentos, como “um peregrino
que inicia a última etapa da sua peregrinação nesta terra” 65. E após entrar
de volta para os aposentos, um vento fez tremular a bandeira escarlate
com o brasão pontifício. Mais tarde, às 16h (20 horas em Castel Gandolfo),
houve a troca da Guarda Suíça, ao som de sinos e de “Viva ao Papa!”
Bento XVI afirmou, por escrito, que o ato de renúncia foi feito “com
plena liberdade”66 (“huius actus plena libertate”), e nunca ninguém jamais
saberá, de fato, as razões que o levaram a isso, “bem consciente da
gravidade deste ato”67, ressaltou. “Ninguém tentou me chantagear. Eu
não teria ainda permitido [...]. Também não é verdade que fiquei
desapontado ou algo assim. Na verdade, graças a Deus, eu estava no
humor calmo das pessoas com mais dificuldade” 68, foi o que declarou a
Peter Seewald, em seu livro “Últimas Conversas”. No mesmo dia da
renúncia, o porta-voz do Vaticano, padre jesuíta Federico Lombardi,
corroborou as palavras da declaração do papa, dizendo que “nos últimos
meses ele tem observado um declínio em seu vigor tanto de corpo quanto
de espírito"69. E acrescentou: "Foi uma decisão pessoal dele, tomada com
total liberdade, que merece total respeito”70.
É certo que o ato decidido “com plena liberdade” 71, não foi privado
de sofrimento, pois na própria declaração de renúncia, Bento XVI afirmara
25
que o ministério petrino, “pela sua essência espiritual, deve ser cumprido
não só com as obras e com as palavras, mas também e igualmente
sofrendo e rezando”72 (“sed non minus patiendo et orando”). Os dois
verbos destacados não foram expressos no indicativo, mas no gerúndio; e
o verbo referido ao sofrimento veio antes da referência da oração, o que
significou que ele não somente estivesse realmente sofrendo, mas que
continuaria “sofrendo e rezando”73, no tempo futuro que ainda lhe
restava, sabendo que “o manancial é Cristo acreditado e amado, com
nossa débil mas sincera fé, apesar de nossa fragilidade” 74. Nesse sentido,
comoveram ainda mais as suas palavras de despedida, no balcão central
do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo: “Mas quero ainda, com o meu
coração, o meu amor, com a minha oração, a minha reflexão, com todas
as minhas forças interiores, trabalhar para o bem comum, o bem da Igreja
e da humanidade.”75
O que teria acontecido então para ele dizer: não posso, não dá
mais?
“Assim, no final mais não pude fazer do que dizer sim. Confio no
Senhor, e confio em vós, queridos amigos. Um cristão nunca está
sozinho”85.
28
Gottfried Daneels fez questão de não estar presente. “Seria isso um sinal
de revolta, tão logo após a eleição?” 86, indagou Andreas English. E
observou: “Por acaso, o novo papa tinha inimigos implacáveis no Colégio
dos Cardeais, homens que o odiassem? Mas de onde vinha esse ódio?
Ratzinger era apenas um teólogo, que sempre se manteve afastado das
brigas de poder. Quem estava contra ele e por qual motivo?”87
29
tornando conservador cada vez mais, num crescente, desde os tempos de
professor na Universidade de Regensburg, especialmente no campo da
liturgia. E mais: Rauber havia sido denunciado quatro vezes por Ratzinger
à Secretaria de Estado (quando ele era prefeito da Congregação para a
Doutrina da Fé, por Rauber defender abertamente o fim do celibato. O
vaticanista Sandro Magister contou em seu blog, que Rauber ficara muito
irado com a escolha de Dom Leonard, “que não estava na lista de três
nomes que ele, como núncio na Bélgica, enviara a Roma” 91. O fato é que
Bento XVI, tendo conhecimento dos graves problemas existentes em
Bruxelas, sob a administração de Daneels, nomeou Dom Léonard para
estancá-los, especialmente porque era uma das dioceses mais abaladas
por denúncias de pedofilia no clero. Em 2010, houve uma crise
diplomática entre Vaticano e governo da Bélgica, por conta de tais
denúncias. Policiais chegaram a revistar a casa do cardeal Daneels, em
busca de documentos relacionados a abusos sexuais. Chegaram inclusive a
procurar material a respeito dos crimes cometidos, em duas tumbas na
cripta da catedral Saint-Rombut, em Malines.
Mais tais abusos ocorreram várias vezes, por vários anos, sem que
Daneels tivesse tomado providências. E também as dos outros casos que
chocaram a opinião publica. Mais de 500 pessoas testemunharam ter sido
30
vítimas de abusos sexuais na Bélgica, o que levou a Igreja, ao final das
contas, a ter de pagar pesadas indenizações às famílias das vítimas, num
total de aproximadamente 4,13 milhões de euros. As posições públicas d
primaz da Bélgica, sobre aborto, eutanásia e homossexualidade eram
ambíguas e controversas. Com isso, recaiu sobre Daneels também a
suspeita de que ele sabia e acobertara Vangheluwe. E então Bento XVI
recusou nomear Josef De Kesel, e ordenara, em novembro de 2010, que
fosse feita uma investigaçao sobre Vangheluwe, que obrigou-o a ter de
deixar a arquidiocese. Por isso, Rauber e Vangueluwe odiaram Bento XVI,
que passou a ser mais odiado ainda e mais ainda era odiado por Godfried
Daneels.
IX – O fator Martini
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finalmente a vez do primeiro papa do continente americano? Nas últimas
décadas, havia surgido o plano ousado de escolher um homem do Novo
Mundo. (...) Um homem estava pronto para assumir essa empreitada: o
argentino Jorge Mário Bergoglio”99.
Que manobra teria sido esta para derrubar Martini e Ratzinger por
um cardeal mais rastejante da Cúria? 107 E por que o ultraprogressista
Martini teria votado e transferido votos para Ratinger? Se Martini era o
nome mais cotado entre os cardeais opositores a Ratzinger, por que
34
Bergoglio obtivera 40 votos no conclave, naquela ocasião? Se Fausti
afirmara que Martini “deslocou os seus consensos para Ratzinger” 108, por
que o também jesuíta Martini não teria apoiado Bergoglio no conclave de
2005? Teria sido por isso que Bergoglio recuara e desistira da sua
candidatura, tendo em vista que Martini deslocara votos para Ratzinger”?
35
para Ratzinger”110, que alcançou 84 votos, ao todo, apenas oito a mais do
que precisava, e assim foi eleito o sucessor de São João Paulo II.
36
“Primeira votação, 18 abril à tarde:
J. Ratzinger: 47 votos.
J. M. Bergoglio: 10.
C. M. Martini: 9.
C. Ruini: 6.
Angelo Sodano: 4.
O. R. Maradiaga: 3.
D. Tettamanzi: 2.
J. Ratzinger: 65 votos.
J. M. Bergoglio: 35.
C. M. Martini: 0.
C. Ruini: 0.
Angelo Sodano: 4.
D. Tettamanzi: 2..
J. Ratzinger: 72 votos.
J. M. Bergoglio: 40.
37
D. Castrillón: 1.
J. Ratzinger: 84 votos.
J. M. Bergoglio: 26.
C. Schönborn: 1.
G. Biffi: 1.
B. Law: 1.”114
38
elegera Bento XVI, Cláudio Hummes tornara-se mais cada vez mais
próximo de Bergoglio, que juntos redigiram o “Documento de
Aparecida”117, ao qual receberiam, no Brasil, Bento XVI, na histórica V
Assembleia do CELAM. Aproximação esta que foi se estreitando, ao ponto
do próprio Bergoglio reconhecer posteriormente que foi Cláudio Hummes
quem lhe indicara o nome de Francisco, assim que fora eleito papa, em
2013. Tanto Hummes quanto Daneels tiveram lugar de destaque, ao lado
de Bergoglio, quando Tauran anunciou o Habemus Papam.
39
XI – Em 2005, “Bergoglio não era uma escolha segura”121
Sendo jesuíta, Martini sabia disso? E por que o padre jesuíta Jeffrey
Klaiber teria dito que “em toda a América Latina os jesuítas rosnaram
quando souberam quem tinha sido o eleito” 126, em 2013? Ainda ressalta
Piqué, por ocasião do Habemus Papam, que “entre muitos dos 20 mil
40
jesuítas que há no mundo reina o estupor, o espanto. O seu passado como
provincial da Argentina em tempos turbulentos faz com que muitos não
gostem dele”127.
O fato é que Bergoglio teve que recuar em 2005, pelas sombras que
pairavam em seu passado, especialmente à sua posição em relação à
ditadura argentina, ao tempo em que foi provincial jesuíta. Para Andreas
Englisch, “Bergoglio não era uma escolha segura” 128, no conclave de 2005,
justamente pelas suspeitas de que ele teria sido cúmplice da ditadura,
como afirmou, por exemplo, Graciela Yorio, irmã do sacerdote jesuíta
Orlando Yorio, que foi torturado na prisão, juntamente com o húngaro-
argentino Francisco Jalics. Para ela, Bergoglio entregou seu irmão aos
militares, como também Jalics, delatando-os. “Meu irmão não tinha
dúvidas sobre isso – declarou Graciela – E eu acredito em meu irmão”129.
41
Esquivel, Prêmio Nobel da Paz de 1980, veio a público defender Bergoglio
e negar que ele não fora responsável pela prisão de Yorio e Jalics. “Ele
preferiu uma diplomacia discreta, perguntar sobre os desaparecidos,
sobre os oprimidos. Não há provas de que ele foi um cúmplice porque ele
nunca foi um cúmplice. Disso tenho certeza” 132, afirmou Esquivel. O
episódio foi explorado por Horácio Verbitsky, em seu livro “O Silêncio”
(2005), aonde ele defende que houve cumplicidade da hierarquia
eclesiástica com a ditadura militar argentina, e aborda a participação de
Bergoglio no sequestro dos dois jesuítas 133. Jalics, no entanto, chegou a
tornar pública uma nota inocentando Bergoglio, dizendo que “ele não
denunciou a Orlando Yorio nem a mim”134.
O fato é que, no contexto dessa pressão por mais voz e vez aos
latino-americanos, Jorge Mário Bergoglio, Cláudio Hummes e Oscar
Rodriguez Maradiaga receberam o barrete cardinalício no consistório de
2001, aonde foram nomeados cardeais o maior número até então de
43
latino-americanos. “Foi o momento em que a Europa perdeu o seu lugar
dominante no Colégio Cardinalício. Os europeus ainda eram o maior bloco
de eleitores (65), mas foram superados, pela primeira vez, pelo conjunto
dos membros não europeus. E entre estes os latino-americanos eram, de
longe, o maior bloco: 27 barretes vermelhos na sequência do consistório
de fevereiro de 2001, enquanto a América do Norte, a África e a Ásia
tinhas 13 cada, com a Oceania possuindo apenas 4” 143. No mesmo
consistório havia sido nomeado cardeal o argentino Jorge María Mejía,
grande amigo de Bergoglio (arquivista e bibliotecário dos Arquivos
Secretos do Vaticano e da Biblioteca Vaticana, secretário do
departamento de Ecumenismo do CELAM, desde 1967), que fora decisivo
para fazer dele bispo em 1992. Mejía sofreu um ataque cardíaco no
mesmo dia em que Bergoglio fora eleito papa, falecendo em dezembro do
ano seguinte. Bergoglio fez questão de visitá-lo, logo após assumir o
pontificado. E ainda, dentre os europeus, foram nomeados cardeais
Walter Kasper e Karl Lehman, aliados de Bergoglio não apenas no
conclave de 2013, mas também no controverso Sínodo das Famílias, em
2014-2015.
45
XII – Das conversas com Frei Betto, no convento dos dominicanos
46
Eram duas aulas no mesmo dia, uma no começo e outra no final da manhã,
ficando, portanto com um intervalo de quase uma hora e meia, em que eu ficava
aguardando na biblioteca do convento. Foi lá que tomei contato, mais profundamente,
com toda a literatura marxista que já grassava dentro da Igreja, nos seminários,
faculdades, etc., teses de doutorado e mestrado, as obras de Gustavo Gutierrez,
Joseph Comblin, Leonardo Boff et caterva.
Enquanto lia aquilo tudo, com uma certa tristeza, constatava que não tinha
nada a ver com o Catecismo da Igreja Católica, era um outro conteúdo, uma
deturpação, uma corrosão e um desvio de doutrina, com todos os reducionismos e
equívocos que fariam da ideologização da fé um dos piores efeitos da Teologia da
Libertação e do relativismo.
Como frequentei a biblioteca por alguns meses, nos intervalos das aulas de
grego, Frei Betto passava por lá, conversava com quem lá estava, trocava ideias, e, em
alguns momentos, conversamos sobre toda aquela literatura, a crise da Igreja pós
Vaticano II, sendo ele um ardoroso defensor da democratização da Igreja, do
sacerdócio feminino, do celibato opcional, etc. Ele então, de bom grado, aceitou que
gravássemos as conversas, que eu pretendia transcrevê-las para estudo e publicação,
com todos os questionamentos que eu desejava fazer, mesmo ainda sem ter grande
conhecimento do quanto tudo aquilo destoava da sã doutrina católica.
Somente agora, vinte anos depois, revendo aquelas fitas, pude entender o que
estava acontecendo, o que ocorreu nos anos 70-80-90 na vida da Igreja, especialmente
no Brasil e na América Latina. E o que conversei com Frei Betto, nas conversas
gravadas e informais, confirma que havia, sim, um projeto de poder regional (a Pátria
Grande), como expressão do internacionalismo de esquerda, especialmente após a
criação do Foro de São Paulo, em 1990. E o aparelhamento da Igreja foi fundamental
para a expansão desse projeto de poder, com Lula como uma das lideranças-chaves
desse projeto de poder, concebido para ser duradouro, um projeto totalitário, com a
retórica da democracia como método revolucionário. O biógrafo de Lula estava tão
convencido do sucesso desse projeto de poder pela capacidade de organização do PT e
de sua extraordinária eficácia na captação de recursos e da mobilização das bases (das
OnGs e movimentos criados para dar suporte ao PT), tudo isso possível pelo
47
aparelhamento das instituições, da imprensa, dos meios acadêmicos, especialmente
da Igreja. Disse-me que os movimentos populares (e também o PT) tinham muitos
bispos e até cardeais trabalhando, em silêncio, nos bastidores, para a concretização do
projeto de poder das esquerdas, dos movimentos populares, etc. E que esse
aparelhamento fazia a força do PT, e o tornava quase que imbatível. E chegando ao
poder (o que para ele era inevitável), fariam a revolução, dando poder aos conselhos
populares, etc.
Mas o que mais me impressionou daquelas conversas, já, naquela época, foram
duas convicções de Frei Betto, naquele distante ano de 1996:
1. Eles fariam Lula Presidente da República, sem dúvida alguma, ele estava
absolutamente convencido disso (estávamos ainda no primeiro mandato de
Fernando Henrique Cardoso);
E dentre os bispos que estavam trabalhando para isso, eles podiam contar com
D. Cláudio Hummes, na época, arcebispo de Fortaleza146.
48
muitos bispos quiseram eleger Cláudio Hummes presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, dada a sua proximidade com
Lula, que chegou a ir pessoalmente em Itaici para influenciar os bispos a
votarem em Cláudio Hummes. Mesmo sem ser candidato, Hummes
recebeu 64 votos, tendo sido eleito Geraldo Magella Agnelo, com 207
votos. Amaury Castanho, bispo de Jundiaí, enfatizou aos colegas que havia
“uma ponte excelente”148 entre Hummes e Lula. Dias antes da assembleia
da CNBB, Hummes celebrou a missa do Dia do Trabalho em São Bernardo
do Campo e “pediu aos presentes que saudassem a chegada de Lula com
‘vivas’”149. Foi Hummes quem conseguiu viabilizar o encontro de Lula com
o papa João Paulo II, no Brasil, aonde Lula esperou duas horas, sob chuva,
pelo encontro, antes do papa dar início à celebração no estádio do
Morumbi, em São Paulo.
49
As conversas com Frei Betto impactaram não apenas pela convicção
de que eles fariam (o grupo deles) Lula presidente, mas também um papa
latino-americano, com Cláudio Hummes como uma peça chave para
chegarem a esse propósito, atuando e ocupando postos de decisão nos
discatérios romanos , com mais intensidade no período em que João Paulo
II estava cada vez mais doente, e com as forças físicas diminuídas . É claro
que Hummes estava integrado não apenas num grupo, mas num
movimento, que logo após o Grande Jubileu do ano 2000, estava
determinado a fazer um papa latino-americano e uma revolução profunda
na Igreja, como a que Leonardo Boff indicou nos capítulos VI e VII capítulo
de seu livro escrito em 1985: “E a Igreja se fez povo”. Não apenas o que
estava contido naqueles dois capítulos, mas também retomando as
conversas com Frei Betto, vinte anos depois, pude verificar que havia, si,
todo um programa, de uma “outra Igreja”, já pronto nos anos 80-90, e que
começou a ser implementado por Bergoglio, a partir do momento em que
surgiu na loggia da basílica de São Pedro, em 13 de março de 2013,
curvando-se ao povo, e dizendo que ali começava um novo caminho.
50
“(...) Mas quem é Óscar Andrés Rodríguez Maradiaga, predileto de Boff e a
pessoa de confiança de Francisco?
Maradiaga teve um braço de ferro com Bento XVI, em maio de 2011, quando
este se opôs que Lesley-Anne Knight fosse reeleita secretária-geral da Cáritas
Internacional153. Maradiaga, então, presidia a instituição que, na visão de Bento XVI,
havia perdido sua identidade católica. Atesta este fato o que recordamos, de
passagem: a Caritas brasileira é financiada nada mais nada menos que pela abortista
Fundação Ford154.
Com o veto de Bento XVI, Lesley-Anne Knight foi acolhida para secretariar
o grupo “The Elders”155, que reúne 12 líderes mundiais anciãos, presidido por Nelson
Mandela e do qual faz parte Fernando Henrique Cardoso. A entidade propõe, entre
outras coisas, como explica Monsenhor argentino Juan Claudio Sanahuja, “o acesso
das mulheres ao ministério sagrado das denominações cristãs” 156. Seus membros são
financiados pela Open Society, de Georges Soros. Poder-se-ia depreender, dessas
ligações, algumas das motivações pelas quais nossos pastores atualmente preferem
não se apresentar como “obcecados” por temas morais?
51
precisão: “Sim, devo acrescentar, no entanto, uma coisa: quando entrego uma coisa a
uma pessoa, confio totalmente nessa pessoa”160.
Cardeal da Santa Igreja Romana faça parte dos quadros de similar organização? 163
52
Na mesma entrevista, Maradiaga se diz um entusiasta defensor da
integração latino-americana, não somente econômica, mas política 166, e
tanto Maradiaga (candidato preferido de Leonardo Boff, como ele mesmo
expressou no programa de televisão, no dia da renúncia de Bento XVI),
quanto Bergoglio (eleito papa em 2013) eram defensores da integração
latino-americana, do bloco regional conhecido por “Pátria Grande”,
ideologicamente alinhado com o internacionalismo de esquerda. Sobre
essa questão, também escrevi o seguinte artigo:
Conta Carlos Peñalosa que Fidel Castro, desde jovem, ainda quando era
estudante de direito da Universidade de Havana, já tinha em mente retomar e colocar
em prática a ideia e o projeto de poder totalitário da “Pátria Grande”, conceito este
que veio não de Bolívar, mas de Francisco de Miranda, e que servia aos propósitos e
interesses do internacionalismo socialista (das forças de esquerda). Com o Foro de São
Paulo, a partir dos anos 90, Fidel Castro, Hugo Chávez, Lula e tantos outros tiranetes
sul-americanos se encantaram com o discurso sedutor de Fidel, que via no projeto da
“Pátria Grande” a forma de concretizar a extensão da revolução cubana para toda
América Latina. Mas, para que tal projeto se consolidasse, depois de um bem sucedido
processo gramscista de tomada de postos e aparelhamento das instituições, o próprio
Fidel se convenceu de que era preciso instrumentalizar a Igreja Católica para tais fins,
entendendo o fenômeno religioso como dado sociológico. E nesse sentido, a teologia
da libertação desempenhou um papel relevante no processo de ganhar padres e
bispos para a causa da “Pátria Grande” socialista. Como explica Miguel Ángel Barrios,
53
de la Teología de la Liberación, acentúa el tema de la religiosidad popular, de los
pobres y la cultura, y la de la revalorización de la historia latinoamericana, de la Patria
Grande”167.
Foi em 1985 que Fidel Castro resolveu aproximar-se dos bispos cubanos para
atrai-los, aos poucos, em sua estratégia. E houve anuência e colaboração de muitos
nesse sentido. Fidel já havia realizado encontros com “os Cristãos pelo Socialismo”,
inclusive em outros países latinoamericanos, como no Chile, em 1972. Ele próprio dizia
que “esse movimento brotou em diversos lugares da América Latina após o triunfo da
Revolução Cubana”. Com a aproximação com o clero cubano, Fidel Castro buscou
intensificar sua aposta dos “cristãos pelo socialismo”.
Em 1986, foi realizado o Encontro Nacional Eclesial Cubano (ENEC), que o então
Cardeal Pirônio chamou de “um verdadeiro Pentecostes para a Igreja de Cuba” 168. No
mesmo ano, o Comitê Central do Partido Comunista de Cuba chamou François Houtart
para dar um curso acelerado de sociologia da religião, e como explica o próprio
Houtart:
“A razão foi que intelectuais marxistas de Cuba, que estavam em contato com
Nicarágua, El Salvador, Guatemala, e com muitos cristãos comprometidos com a ação
revolucionária e também com a Teologia da Libertação não podiam mais aceitar que a
religião era necessariamente o ópio do povo. E se vocês são realmente marxistas, não
podem ser dogmáticos”169.
E a partir dessa tônica, padres e bispos foram sendo “catequizados” pela “nova
teologia” libertária, preparando assim uma ressignificação dos conteúdos da fé, para
que padres e até bispos se tornassem apóstolos dóceis da nova utopia da “Pátria
Grande”, ajudando a construir a nova realidade geopolítica e cultural no continente
54
latino-americano. Poucos anos depois, em 1993, os bispos cubanos publicaram uma
“Carta Pastoral”171, abertos ao diálogo, tratando o regime de Fidel Castro como se
fosse democrático e legitimamente constituído. Com a visita do Papa São João Paulo II
a Cuba, o terreno estava aplainado e o processo de cooptação de padres e bispos se
intensificou, por parte dos comunistas cubanos, sob o comando de Fidel Castro. O
próprio Mario Jorge Bergoglio, que coordenou a edição do livro “Diálogo entre João
Paulo II e Fidel Castro”172, destaca na obra que “Fidel propôs aliança entre marxistas e
cristãos”173. “A nossa presença no meio deles – escreveu Leonardo Boff – não deve ser
tanto como agentes que vêm da grande tradição” 174, reconhecendo que, naqueles
anos 80-90, já haviam “franciscanos cardeais, bispos, sacerdotes e leigos” 175 dispostos
à esta “liberdade para a utopia” 176, à utopia revolucionária, tão bem expressa no
projeto de poder da “Pátria Grande”. O próprio Lula reconheceu, em reunião do Foro
de São Paulo177, dever muito aos cubanos o esforço por viabilizar a integração latino-
americana da “Pátria Grande”, e fez o apelo para isso, para que as forças
revolucionárias estejam cada vez mais envolvidas neste projeto de poder, projeto
este convergente com interesses do internacionalismo de esquerda, favorecendo
inclusive potências de fora da América Latina, como a China, por exemplo, que tanto
tem se beneficiado ideológica e economicamente, com tal projeto de poder.
Mas o avanço da “Pátria Grande” não teria sido possível sem os setores da
Igreja imbuídos de teologia da libertação e movidos pelos interesses políticos do
internacionalismo de esquerda, setores esses que ocuparam postos de decisão dentro
da Igreja e estão hoje inclusive dentro do Vaticano, agindo para intensificar a
instrumentalização da Igreja para os fins políticos da “Pátria Grande”, fins estes que
contrariam os princípios e valores da sã doutrina católica. A Igreja vive, portanto, nesse
momento, uma tensão sem precedentes, tomada pelas forças revolucionárias — as
forças modernistas que São Pio X tão bem definiu como “síntese de todas as
heresias”178 –, e não se sabe como a verdadeira Igreja de Cristo conseguirá se libertar
de tais forças, alinhadas também com uma agenda globalista inumana e anticristã. O
fato é que tais forças estão minando, por dentro, a sagrada doutrina. Padres e bispos
(e também leigos) dispostos a defender a sã doutrina católica padecem o martírio
cotidiano das retaliações, perseguições, coações e pressões, para que ninguém fale
55
nada, e todos aceitem a ressignificação da “nova teologia” a sustentar
ideologicamente a panaceia da “Pátria Grande”.
“La sola lectura del pensamiento del Cardenal Bergoglio demuestra que
solamente desde el prejuicio, la ignorancia o la mala fe, puede afirmarse que el
Cardenal Bergoglio ha sido elegido Papa para obstaculizar el actual proceso de
integración política suramericano y para destruir el proyecto de construir la Gran
Patria Grande con que soñaron los libertadores Simón Bolívar y José de San Martín. El
ahora Papa Francisco será, muy por el contrario, el “apóstol de la unidad”, de la Patria
Grande”185.
56
Barrios, autor de “El Latinoamericanismo en el pensamiento político de Manuel
Ugarte”186, com ênfase:
E ainda:
Como anécdota personal, muy simple, de las infinitas que se han contado en
estos días, contaré algo que me atañe, y tiene que ver, con este sentido de esperanza.
Mi tesis doctoral en Ciencia Política presentada en la USAL bajo la dirección de Alberto
Methol Ferré – al cual Bergoglio admiraba y presento su libro “La América Latina del
Siglo XXI – fue “El Latinoamericanismo en el Pensamiento Político de Manuel Ugarte”,
publicado en el 2007. Un día, me sorprendió una llamada breve del Cardenal Bergoglio,
diciéndome ‘ha llegado la hora de la Patria Grande’, en relación al libro” 191.
57
Não só Bergoglio, mas também o Cardeal Maradiaga [o chefe do Conselho de
Cardeais para a reforma da cúria romana – C8] também prefaciou o livro de Carriquiry,
“Uma Aposta pela América Latina”192. Cabe lembrar que Maradiaga presidiu por muitos
anos a Cáritas internacional, tendo então sérios problemas com Bento XVI, e
recentemente uma reportagem na Alemanha critica a ideologia marxista impregnada
na Cáritas193.
58
Todos sabem que Bergoglio secretariou e influiu na redação final do
Documento de Aparecida. Foi então incluído no item 525, o conceito de “Pátria
Grande”:
E o mais grave não são as consequências políticas, mas acima de tudo,
espirituais, pois está evidente que as forças de esquerda que agem no seio da Igreja
querem substituir a “teologia católica” de sempre pela “nova teologia”, que visa a
subversão da sã doutrina. O apoio à “Pátria Grande” por altos prelados da Igreja causa
grande apreensão. Os católicos sabem que só estarão seguros e salvos ancorados na sã
doutrina de sempre, ensinada e testemunhada por Nosso Senhor Jesus Cristo, que deu
vigor à Igreja, em sua história bimilenar. E dará o vigor até o final dos tempos.
59
A exemplo do que ocorreu com o arianismo, no séc. IV, poucos são os que
percebem a gravidade da situação no momento e muito menos ainda estão dispostos
a denunciar o erro, por amor à verdade e à Igreja. Temem as retaliações e
perseguições, inclusive dos próprios setores da Igreja comprometidos com os enganos
desse novo utopismo. A ideologia e o projeto de poder da “Pátria Grande”, de
interesse do internacionalismo de esquerda, ao ser defendido e irradiado pelo próprio
Vaticano, traz muitas apreensões. Não parece tratar-se de uma aposta com realismo. E
a doutrina social da Igreja é profundamente realista, por isso a Igreja é “perita em
humanidade”. A utopia da “Pátria Grande” trata-se de um novo idealismo político, com
os riscos já conhecidos de sombras totalitárias.
Carlos Peñalosa diz que Fidel Castro sempre foi mais que um líder político, mas
um homem de ideias e de sonhos, e justamente tal “idealismo”, como a história já
confirmou tantas vezes, conduz a soluções políticas perigosas por justamente faltar o
senso da realidade. A Igreja, na sua força sobrenatural de “comunhão dos santos”,
deve estar orante e vigilante, fiel à sã doutrina, com a convicção da promessa de Nosso
Senhor Jesus Cristo de que as portas do inferno não irão prevalecer201.
63
A descentralização do governo da Igreja trouxe preocupações entre
os católicos, especialmente ao final do Sínodo da Família. Ainda em Roma,
em 2015, escrevi sobre estas apreensões, em meu artigo “Uma questão de
método”:
64
início todo o propósito do seu pontificado 217. “Começamos aqui um novo caminho”218,
proferiu à multidão de fiéis na Praça, naquela noite fria e chuvosa.
Da Via della Conciliazione era possível ver, ao longe, o castelo de Santo Angelo,
com a imagem de São Miguel Arcanjo, no cume da histórica edificação.
“Eles não teriam como fazer isso, ao menos como muitos querem, há décadas.
Então, se utilizam de artifícios e estratégias, muito bem calculadas, como num jogo
político. Enquanto muitos dizem que não irão alterar a doutrina, abrem brechas para
flexibilizações e permissividades, muitas delas justificando aceitar o que era até então
inimaginável. ‘Mas os tempos mudaram, as coisas evoluem, e a Igreja não é museu’,
repetem com empolgação. Antes, o relativismo não tinha como avançar, quando o sim
era sim, e o não era não, com inteira clareza. Agora, os tempos são outros, mais leves,
com ‘o espírito e o método’ de um Igreja mais horizontal e igualitária.”
65
E prosseguiu o prelado com as suas considerações:
66
certa forma, já ocorre, em muitos casos e em muitas regiões, mas não com o
beneplácito explícito de quem deve ser o primeiro e principal guardião da fé. Isso
realmente preocupa”.
Tendo chegado ao início da Via della Conciliazone, quase à esquina da Via S. Pio
X, entrando no lungotevere, com vista do rio Tibre, continuamos a conversar.
Lembrei a ele que no Brasil, por exemplo, isso já ocorre, tendo em vista que
muitos conselhos paroquiais e diocesanos estão aparelhados ideologicamente,
tendentes às muitas expressões da Teologia da Libertação, com padres que apoiam
descaradamente partidos políticos abortistas, etc., e, de fato, por estarem aparelhados
muitos desses conselhos223, a fé ideologizada passa a desconsiderar muitos aspectos
essenciais da sã doutrina.
67
base”226. O prelado chamou-me a atenção sobre isso, de que aqui havia o problema, a
lógica da “pirâmide invertida”227 que coloca a instituição do papado “abaixo da
base”228, em que “só na medida em que estes organismos permanecerem ligados a
‘baixo’ e partirem do povo, dos problemas do dia-a-dia, é que pode começar a tomar
forma uma Igreja sinodal”229.
68
para os bispos locais ou para as conferências dos bispos” 233, sinalizou
assim a disposição efetiva de Jorge Mário Bergoglio pela descentralização
do governo da Igreja.
70
Boff defendia, naquela época, “uma encarnação da Igreja e do Protestantismo
no mundo dos pobres, para ajudar em uma transformação profunda e global, uma
verdadeira “libertação dos oprimidos”242. E ainda destaca:
E completa:
E explica que:
Por isso Lutero “insurge-se contra o que ele – tantas vezes – chama de ‘tirania
do papa’”246, rebelde que era (“ele se sublevou, em nome do Evangelho, contra a
prepotência do poder sacro”247; e por isso Francisco recusou as insígnias papais,
quando eleito, apresentou-se no balcão da Basílica de São Pedro, curvando-se para o
povo, e dizendo: “começamos hoje um novo caminho”248.
71
“Para nós, que vivemos na América Latina, o Evangelho necessita ser vivido de
forma libertadora, a fé como produtora de um compromisso com os mais necessitados
a partir da experiência da misericórdia primeira de Deus e da renovação espiritual
como uma mística que uma fé e política e construa a comunidade a partir de baixo, dos
mais humildes”250.
O fato é que Boff acredita piamente nisso. E Francisco, a seu modo, também.
Ambos estão convencidos disso. Enquanto o primeiro é ideólogo, o segundo é
executor, alçado ao mais alto posto da Igreja, para cumprir esse programa libertador. E
com esse ímpeto, exortou os jovens na Jornada Mundial da Juventude, no Rio de
Janeiro, com o apelo: “sejam revolucionários”251.
72
Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, para que chegasse ao Papa, por
diversos meios, o apelo para que se posicionasse firmemente contra o aborto, como
fez Bento XVI, em sua visita de 2007, ou João Paulo II, em suas viagens apostólicas à
Terra de Santa Cruz.
Mas, dessa vez, o que vimos foi uma quase unanimidade em evitar a todo custo
a pauta do aborto na JMJ. No sábado de manhã, no Teatro Municipal, esbarrei nos
corredores com o babalaô Ivani dos Santos, que dizia exultante: “Enfim,
conseguimos!”, após encontrar-se com o papa e receber afagos 254.
“Sejam revolucionários!”
73
papamóvel, na saída, para a aflição dos seguranças. Enquanto isso, todo o Riocentro
ouvia: “Somos a juventude do papa!” Na entrevista com Gerson Camaroti, Bergoglio
voltou a dizer: “jovem que não protesta, não me agrada!” 255 E não apenas fez a
apologia de uma revolução, como associou-a com a felicidade, pois após pedir aos
jovens para serem revolucionários, completou: “Sejam felizes!”
O discurso mais contundente do Papa talvez tenha sido o que fez aos bispos do
CELAM256, ainda no domingo à tarde, antes de ir para o encontro com os voluntários.
Jamil Chade, no jornal O Estado de São Paulo afirma que “Bergoglio tornou-se
Francisco em Roma, mas virou Papa no Rio” 257. E acrescenta: “o ‘governo’ de Bento XVI
acabou e são as ideias de Francisco que vão marcar o ritmo agora da Santa Sé” 258. Com
a garantia da espetacular popularidade, Francisco se sentiu à vontade em suprimir a
menção que faria a Bento XVI, prevista no texto oficial distribuído à imprensa, em sua
fala no Teatro Municipal. Estive presente e testemunhei, no entanto, também o jornal
O Globo notou a omissão259. Tratou-se apenas de um lapso?
E por que lembrou aos jornalistas em sua entrevista, no avião, de que Bento
XVI, em 28 de fevereiro, dissera aos cardeais de que o novo Papa estava presente
entre eles e prometia obediência? 260 O fato é que enquanto Bento XVI, bem como João
Paulo II, se manifestavam publicamente com inteireza cristalina sobre a posição da
Igreja de modo especial em relação aos “valores inegociáveis”, Francisco opta pela
estratégia “do encontro”, que seria melhor qualificada como “da ambiguidade”, em
algumas vezes não de modo simples, como se parece numa primeira impressão, mas
sibilino. Foi o que fez, silenciando completamente sobre a questão do aborto na
Jornada Mundial da Juventude, e não se expressando tão precisamente como
esperado na resposta que deu sobre os gays261. De fato, Jesus não condenou a mulher
adúltera, porque naquele caso ela estava arrependida, e o Mestre exortou-a a não
mais pecar. Tem-se a impressão de que Bergoglio teme os inimigos que deve
enfrentar, ou crê que não deve haver enfrentamento algum, por isso recorre à retórica
74
do “diálogo, diálogo, diálogo”262, como ressaltou no Teatro Municipal, no Rio de
Janeiro.
75
falam em hemorragia) vinha ocorrendo por conta do afrouxamento moral e doutrinal.
Por isso, a questão do aborto, por exemplo (ponta de iceberg explicitada com ênfase
na Evangelium Vitae) vinha agregando fiéis católicos com solidez doutrinal e, por isso,
com força para fazer frente a “conjura contra a vida” 268 denunciada corajosamente por
São João Paulo II na referida encíclica. Mas Bento XVI ficou cada vez mais isolado no
combate ao relativismo, até onde está hoje, abandonado. Pois foi o que me dissera um
dos peregrinos da JMJ: “O que mais entristeceu Bento XVI foram três coisas: 1. A
desobediência dos bispos; 2. A questão da pedofilia; e 3. A hipocrisia religiosa.”
É certo que não se deve nunca engessar o Espírito Santo, pois a história da
Igreja sempre foi dinâmica. Francisco sabe que a crise da Igreja é grave, gravíssima. E
como timoneiro da barca de São Pedro, reconhece que o “discipulado missionário”
“acontece em um ‘hoje’, mas “em tensão” 269. Reconhece ainda as pressões de todos os
lados, e sobre algumas até já foi categórico em dizer o que não fará, como a questão
da ordenação de mulheres, lembrando a posição definitiva tomada na Ordinatio
Sacerdotalis270, etc. E sabe também que o campo da fé de hoje está muitas vezes
tomado por espinhos e pedras, como bem acentuou em sua homilia na Missa de envio,
ressaltando que deve haver um cantinho bom por onde a semente haverá de
encontrar a boa terra e germinar para o bom fruto. Acreditamos, neste Ano da Fé, que
neste cantinho bom o Espírito Santo haverá de atuar para evitar novos enganos.
Mas o afã de reforma parece querer mais e deseja acentuar ainda mais um
processo já iniciado, mas até então contido, de protestantização da Igreja Católica. Na
contramão disso, quis Bento XVI reforçar a identidade católica da Igreja, daí seu zelo
litúrgico, o apreço pelo rito romano, até mesmo pelo latim — pois enganam-se os que
consideram tais aspectos como parte de “estruturas caducas” 271, já que o Evangelho
não teria chegado até o século XXI e a todas as nações sem tais contributos, de
fecunda “capacidade significativa”272.
76
encontra mais sentido e unidade no que parece estar arcaico. Há nisso uma voragem
pelo risco: daí deixar-se ficar vulnerável em meio ao trânsito de uma via pública, num
carro popular, de vidro aberto, numa cidade marcada pela violência urbana. E tudo no
contexto da sociedade midiática e da cultura do espetáculo.
77
XX – Das declarações ambíguas e polêmicas
As questões polêmicas não causaram inquietação nos que estão fora da Igreja,
pelo contrário, seus conhecidos adversários ficaram satisfeitíssimos com a abordagem
de tais declarações, comemoram até, e imediatamente publicaram em seus blogs,
78
jornais e demais periódicos, editoriais elogiosos. A devastação é causada dentro da
Igreja, em que, por durante dias consecutivos permanece a discussão sobre o que ele
quis dizer exatamente com isso ou aquilo, até que a maioria dos jornais e sites
católicos acomodam a situação, buscando de todas as formas dar razão ao que, em
certos casos, fica muito difícil defender, especialmente por nós, católicos apostólicos
romanos que amamos a Igreja. E então, foi doloroso ter visto a sua declaração, no
retorno do México à Itália, quando afirmou uma imprecisão histórica ao falar sobre
contraceptivos, dando a entender que Paulo VI havia aprovado o uso de
anticoncepcionais, no caso das freiras violentadas no Congo Belga, quando, na
verdade, o papa Montini jamais fizera aquilo e, pelo contrário, foi categórico em
condenar os contraceptivos na Humanae Vitae, alguns anos depois284. O engano
histórico, tantos dias depois, ainda não foi reparado pela sempre ágil (quando convém)
Sala de Imprensa da Santa Sé. E mais: de ter feito questão de se encontrar com o
Patriarca Ortodoxo Russo, em Cuba (dias depois, a presidente Dilma Roussef disse ter
se sentido honrada com a sua presença no Palácio do Planalto 285), em que, juntamente
com Kiril, reforçou a estratégia geopolítica de Putin (o eixo russo-chinês, do qual a
“Pátria Grande” está alinhada, com o internacionalismo de esquerda), isolando ainda
mais os greco-católicos ucranianos, e mesmo os católicos russos, afirmando ainda na
mesma entrevista que agora seu maior sonho é visitar a China.
79
rezamos por Francisco e nos empenhamos em compreender tudo o que está
acontecendo. E mesmo assim vieram tantos outros questionamentos. O sacerdote
confidenciou que tem sido muito difícil explicar aos fiéis sobre tantas coisas, e que os
próprios fiéis, muitos deles bastante simples, sentem que alguma coisa não bate, não
encaixa, mas eles não sabem dizer o que afinal acontece. “O fato é – disse-me ele –
que a revolução em curso é inevitável, e não sabemos que efeitos terá”. E as
declarações dadas “em contas gotas” 286 vão diluindo toda e qualquer resistência,
porque esta e outras estratégias, como as apresentadas por Chomsky, dão “mais
tempo ao público para acostumar-se com a ideia de mudança e de aceitá-la com
resignação quando chegue o momento”287 E prosseguiu: “Pois mudanças estão sendo
preparadas, desde o primeiro dia, e muitos trabalhando com afoiteza, para que no
momento oportuno, os próprios católicos estejam prontos para aceitá-las. Por isso, as
declarações ambíguas não parecem ser tão espontâneas assim, mas calculadas, como
uma estratégia de gradação, a preparar a revolução, que ninguém sabe exatamente
para onde querem levar a Igreja.”
Enquanto isso, continuaremos rezando pelo papa Francisco, como ele nos
pediu, desde o primeiro instante.
82
aonde reside como leigo, com voto de pobreza, na Comunidade Família de
Belém, criada em Assis, nos anos 80 291. Coppo ficou o dia todo ajoelhado,
em alguns momentos debaixo de chuva, rezando pelo papa que seria
escolhido no conclave. Disse aos jornalistas, que viera a pé, de Assis, e
que rezava “por um novo pontífice para os pobres” 292. Também naquele
mesmo dia, outro polêmico franciscano, Leonardo Boff, se exultava
dizendo, numa reportagem do jornal O estado de São Paulo: “Eu já fiz a
profecia no twitter, há uma semana, que o futuro papa ia se chamar
Francisco”293. E acrescentado: “Porque Francisco não é um nome, é todo
um programa de Igreja, uma igreja simples, sem poder, ligada aos pobres,
com uma relação totalmente diferente com a natureza”294.
85
A Igreja da América Latina estava pronta, as comunidades eclesiais de base
estimuladas por Dom Paulo, vivendo o carisma franciscano, como o “amigo do
povo”301, pois assim ele queria ser chamado por todos, com seu sorriso largo (inspirado
no amigo Dom Hélder Câmara), dentre tantos que lutavam por “uma Igreja pobre e
para os pobres”302. Estávamos no pátio do Instituto Dom Bosco, no Bom Retiro, quando
os sinos tocaram e fomos rezar na igreja Nossa Senhora Auxiliadora. Havia sido eleito o
italiano Albino Luciani, que adotou o nome composto de João Paulo I. Percebíamos as
movimentações de lideranças, indo e vindo, nas dependências dos salesianos, muitas
delas dizendo que era a hora de Dom Paulo. Apenas 33 dias depois, fomos todos
surpreendidos pelos sinos da Igreja, anunciando a precoce morte de Albino Luciani, e
novamente se voltaram para o novo conclave, e o que se ouvia pelos corredores
“agora, sim, seria eleito o primeiro papa da América Latina”, e dom Arns seria o
primeiro papa brasileiro. Não queriam mais italianos. E então, parte do desejo deles
havia sido atendido, e os cardeais elegeram, em 16 de outubro de 1978, o polonês
Karol Wojtila, com o nome de João Paulo II.
“Talvez em 1978 ainda não se podia fazer em todas as partes aquilo que Paulo
E. Arns queria, pois muitas Igrejas não haviam aceitado o espírito e a caminhada do
Vaticano II (1962-1965), apesar de que uma parte considerável da Igreja da América
86
Latina, a partir de Medellín (1968) e de Paulo VI (Evangelii Nuntiandi, 1975), havia
assumido um caminho de libertação e de transformação eclesial que parecia
impossível de ser detido, como sabia na Espanha o cardeal Tarancón. Muitos cristãos
queriam então que a Igreja promovesse verdadeiramente o surgimento de espaços de
libertação humana (inclusive econômica e social) para que os pobres e oprimidos do
continente pudessem viver e se desenvolver; muitos queriam uma Igreja libertada, em
sintonia radical com o Evangelho. Mas o conjunto da Igreja oficial sentiu medo.
— Esse medo expressou-se nos 35 longos e duros anos de João Paulo II e Bento
XVI (1978-2013). Certamente, esses anos tiveram muitas coisas boas, mas, com efeito,
em chave eclesial, o balanço foi negativo. Estamos pior que em 1978, com mais feridas
e receios, com mais medos e descréditos; os mais idosos perdemos parte da nossa
esperança e os jovens se sentem manipulados (muitos preferem ser manipulados!). Em
1978, era, talvez, muito cedo para a grande travessia. Agora (2013), com o Papa
Bergoglio pode ser muito tarde, a não ser que o Espírito sopre forte, pois temos
pressa”305.
87
paróquias, nos seminários, e tudo mais. Muito se lamentou dele não ter sido papa em
1978, porque, a partir de então o Vaticano se empenharia em colocar freio ao projeto
de poder dos padres e bispos de esquerda.
No primeiro encontro que tive com Dom Paulo Evaristo Arns, em 1993, em sua
residência episcopal, para uma longa entrevista (publicada no meu livro “Encontros &
Idéias – que reúne as entrevistas feitas para Jornal da Tarde, no período de 1988 a
2002), dom Paulo contou-me do período em que viveu na França (de 1947 a 1952),
preparando a sua tese sobre São Jerônimo, disse que teve a oportunidade de conhecer
grandes intelectuais franceses (Claudel, Mauriac, Albert Camus e o próprio Jean Paul
Sartre, a quem ele assistiu suas conferências. Não só a Sorbonne o encantou, como
mais tarde o ecumenismo, dizendo-me, que teve “a oportunidade de participar duas
vezes na reunião das grandes religiões, num esforço de encontrar um novo
caminho”308. E disse: “As nações agora estão unindo suas culturas e encontrando
outras expressões para criar um tempo novo”309. E mais: “Lembro-me que um dos
temas dessas reuniões era a paz. Lá estavam cristãos, budistas, muçulmanos e judeus.
Estavam representantes de todas as grandes religiões do mundo, cada qual podia se
exprimir livremente, fazer orações em comum, em grupos. Debatíamos todos os
grandes problemas da Terra. (…) No caso de uma das reuniões o tema foi a paz, depois
88
o pensamento foi em torno da fome no mundo. É assim que eu penso que as coisas
funcionarão: em torno de ideias. Só um grande pensamento poderá unir a
humanidade e conduzi-la ao bem comum que todos desejamos”310.
Dom Paulo nutria admiração por Fidel Castro, a quem chegou a escrever uma
carta publicada no jornal Granma: “Querido Fidel (…) A fé cristã descobre nas
conquistas da Revolução os sinais do Reino de Deus (…) Tenho-o presente diariamente
em minhas orações, e peço ao Pai que lhe conceda sempre a graça de conduzir o
destino de sua pátria. (…) Fraternalmente, Paulo Evaristo, cardeal Arns” 311.
Havia entre ambos muitas afinidades, também biográficas. Fidel Castro contou
a Frei Betto (descrito em seu livro “Fidel e a Revolução”): “Através das reuniões com os
futuros combatentes, com quem eu partilhava ideias e instruções, fomos criando uma
organização, disciplinada e decidida, com gente jovem e saudável e com ideias
patrísticas e progressistas. Organizávamo-nos para lutar contra a ditadura” 312.
Derrubado Fulgêncio Batista, o que se viu foi a instalação de outra ditadura, que até
hoje penaliza o povo cubano.
Mas as palavras de Fidel Castro poderiam ser ditas também por dom Paulo,
preservando o mesmo espírito de preparar e organizar os movimentos populares.
Contou-me também, nas entrevistas que tivemos, que participou em Paris (no tempo
em que frequentou também a Sorbonne), de “Semana de Intelectuais Católicos” 313,
nem tanto para debater e refletir sobre o catolicismo, mas para buscar um
pensamento capaz de unir a todos, um novo caminho. Seria esse “novo caminho” 314
anunciado por Bergoglio, ao curvar-se ao povo, em sua primeira aparição como papa?
Assim como Fidel Castro, Dom Paulo Evaristo Arns teve também uma vida
longeva. Poucos dias após a morte de Fidel Castro, os movimentos populares de
esquerda perdem Dom Paulo, que fez questão de colocar o boné do MST nas
comemorações de seus 95 anos, no teatro da PUC-SP, tendo sido saudado por João
Pedro Stédile.
89
No encontro de 1993, Dom Paulo fez um bilhete me apresentando a Dom
Geraldo Majella Agnelo, que, na época trabalhava como Secretário-Geral da
Congregação do Culto Divino e dos Sacramentos. Assim que cheguei a Roma pude
constatar que o preferido dos progressistas, que queriam papa, em 1978, ainda exercia
influência, fazendo aqui e ali indicações, contatos, etc. E somente hoje pude
compreender as palavras de Xavier Pikaza: “Em 1978, era, talvez, muito cedo para a
grande travessia. Agora (2013), com o Papa Bergoglio pode ser muito tarde, a não ser
que o Espírito sopre forte, pois temos pressa”315.
90
Além de Boff, o cardeal Arns também contava com uma estima
muito profunda de Frei Betto, e das conversas que tive com Frei Betto, na
biblioteca do convento dos dominicanos, em 1996, pude perceber o
quanto essa afeição era realmente grande, e como Arns exercia uma
liderança efetiva entre leigos e religiosos, que trabalhavam
incansavelmente por uma “outra Igreja” 317, que não aquela que Joseph
Ratzinger quis preservar em seu pontificado. Essa tensão de
posicionamentos foi muito patente no Concílio Vaticano II, como bem
descreve Roberto de Mattei, em seu livro sobre o tema318.
91
A teologia da libertação (dentre outros movimentos que passaram a
atuar dentro da Igreja) convergiria também com outras correntes de
pensamento e estratégias de grupos e organismos internacionais que
visavam, há muito tempo, instrumentalizar as religiões para um poder
com objetivos políticos de domínio global. Não se tratava de uma
“teologia da libertação”, mas uma variedade de movimentos, como
destacou Ratzinger:
92
disso, e como pode (e quando pode) se empenhou em preservar a
identidade católica da Igreja.
93
Pequim, que deixam transparecer uma filosofia do homem novo e do
mundo novo, ao quererem traçar os caminhos que aí conduzam.
94
Em 2010, com o Monsenhor Michel Schoooyans,
professor de bioética, no curso de pós-graduação da PUC-RJ.
96
homem que caracteriza a época moderna e que é tão importante e tão
positiva em numerosos aspectos, sofre desde o princípio por estar
fundamentada apenas no homem e, portanto, na sua capacidade e na
vontade que tem de concretizar o reconhecimento geral desses direitos. Se
é certo que, a princípio, o reflexo da luminosa imagem cristã do homem
ainda protegeu a universalidade dos direitos, à medida que essa imagem
empalidece novas questões vão surgindo. Como haviam de ser respeitados
e promovidos os direitos dos mais humildes, quando a nossa concepção do
homem tantas vezes tem por fundo, como diz o Autor, ‘a inveja, a
angústia, o medo, e até o ódio? Como é que uma ideologia lúgubre, que
recomenda, como preço de um pan-sexualismo desenfreado, a
esterilização, o aborto, a contracepção sistemática, e a própria eutanásia,
havia de poder dar aos homens a alegria de viver e de amar?’ (cap. VI)
97
Quando se pensou, num primeiro momento, após a queda do muro
de Berlim (1989) e da URSS (Natal de 1991), na débâcle das ideologias, na
verdade o que houve foi um breve interregno, em meio a nevoeiro do
relativismo. A nova imagem do homem e o novo mundo da agenda
gestada nas conferências internacionais da ONU, nos anos 90, prepararam
as condições para a perversão e a subversão dos direitos humanos, em
nome de tais direitos transmutados, uma nova imagem do homem foi
sendo imposta, por meio sutil e sofisticado, através de eufemismos, numa
revolução que começou pela dimensão semântica, visando atingir o
âmago dos conceitos civilizacionais. Refazer as religiões fez parte desse
projeto de poder global, com a ideologização da fé, buscando ressignificar
as religiões, e transformar as ideologias em credo religioso,
instrumentalizando igrejas (a partir dos setores progressistas da Igreja
Católica), para os fins de um globalismo, que tornou mais intensa a
dificuldade de viver, numa sociedade em que foi se deteriorando cada vez
mais os valores cristãos, tornando assim mais difícil compreender e viver a
fé católica, pois “o objetivo do cristianismo é a vida eterna e não a
integração num grupo no qual se pode exercer poder” 330, ainda mais grave
se quando se trata de um poder global totalitário.
99
denunciada e condenada por Michel Schooyans e Sanahuja, com o apoio
de Ratzinger. Nesse sentido, Sanahuja muito bem sintetizara: “O disfarce
espiritualista do ecologismo permite que aquilo que para alguns pode
parecer um espaço de diálogo inter-religioso responda, na verdade, à
tentativa de impor um dogma da nova religião sincrética universal. Com o
afã de encontrar pontos de interesse comum chega-se a uma mixórdia na
qual se perde a própria identidade das religiões”333.
Por que Laudato Sii se tornou uma encíclica tão aguardada, causando também
apreensão? Talvez só mesmo, no passado recente, a Humanae Vitae tenha suscitado
tanta expectativa. E evidentemente se decepcionaram os que esperavam na encíclica
de Paulo VI uma flexbilização da moral católica, para atender os que queriam
mudanças.
100
“uma nova fase na recepção e atualização do Concílio Vaticano II até agora não
cumpridas”339.
101
Bergoglio que “denuncia o capitalismo selvagem” 349 – como ressalta Piqué – tom esse
que reaparece agora em sua encíclica ecológica.
É evidente que tudo isso preocupa, porque o Papa Bergoglio parece mesmo
disposto a permitir a execução daquele programa. A mesma “ética do cuidado”, que
aparece no subtítulo da Encíclica, é mencionada sutilmente em sua homilia
inaugural351. Seriam suas palavras e gestos, manifestadas até agora em seu pontificado,
uma simpatia pela utopia revolucionária de Leonardo Boff? A encíclica ecológica tem a
ver com essa simpatia? Até que ponto Bergoglio está comprometido – consciente ou
inconscientemente – com o que Boff, Stédile, Sachs ou Gutierrez desejam? Certamente
a encíclica sinaliza o grau desse comprometimento.
102
Sanahuja ainda ressalta que “a legítima preocupação com o meio ambiente,
que faz parte da doutrina católica – expressa, entre muitos outros documentos, nas
Encíclicas Sollicitudo Rei Socialis e Centesimus Annus, nada tem a ver com o paradigma
ecologista da nova ética ou religião universal, no qual se entrelaçam o relativismo
moral, o sincretismo religioso e o panteísmo” 355, contidos na Carta da Terra. E que “o
disfarce espiritualista do ecologismo permite que aquilo que para alguns pode parecer
um espaço de diálogo inter-religioso responda, na verdade, à tentativa de impor um
dogma da nova religião sincrética universal”356.
Mas, Boff – um dos mais ardorosos defensores da Carta da Terra [ver vídeo
abaixo360] chegando inclusive a defendê-la na assembleia geral da ONU 361 — está
convencido de que a encíclica ecológica reforça a disposição de Bergoglio em permitir
aspectos do que vislumbrou em seu programa de 1986, exposto em “E a Igreja se fez
Povo”.
103
Parlamento das Religiões do Mundo, a sua ética planetária, definida por
ele como “uma síntese de superação de todas as religiões do mundo” 362.
105
ele, quanto Boff sonhavam, no pontificado de Bento XVI. E Kung elencou
as oportunidades perdidas por Ratzinger:
107
- Promove por todos os meios a medieval massa tridentina e
ocasionalmente celebra a eucaristia em latim de costas para a
congregação.
O Papa Bento XVI parece estar cada vez mais afastado da grande
maioria dos membros da Igreja, que cada vez têm menos consideração
por Roma e, na melhor das hipóteses, apenas se identificam com a sua
paróquia e o seu bispo”375.
108
E acusa Ratzinger, ao tempo em que foi Prefeito da Congregação
para a Doutrina da Fé, pela proliferação dos escândalos de crimes sexuais
que atingiu a Igreja:
109
admitiram. Numerosos pastores e educadores inocentes e empenhados
estão a sofrer debaixo do estigma de suspeição que agora cobre a Igreja.
Vós, reverendos bispos, deveis enfrentar a questão: o que acontecerá à
nossa Igreja e à vossa diocese no futuro?”377.
110
que ela funciona no momento; nós não colaboraremos! Isto é impossível!
Impossível! Porque nós trabalhamos em direções diametralmente opostas.
Você trabalha para a descristianização da sociedade, do ser humano e da
Igreja. E nós trabalhamos para a Cristianização! Isto é lógico: Roma
perdeu a Fé meus senhores amigos! Roma se encontra em Apostasia. Isso
não são palavras vãs, apenas digo-lhes a verdade. Roma está em
apostasia! Já não se pode confiar neles! Eles abandonaram a Igreja! Eles
abandonaram a Igreja! Eles abandonaram a Igreja! Isso é absolutamente
certo”379. Mas Ratzinger, mesmo assim, empenhou-se por uma
reconciliação com a FSSPX, tendo revogado, em 2009, as excomunhões de
quatro bispos consagrados pelo Arcebispo Marcelo Lefébvre, e também
dois anos antes, com o Summorum Pontificum, houve um crescente
interesse (especialmente por jovens) pela missa de rito romano . “Poderá
deixar-nos totalmente indiferentes uma comunidade onde se encontram
491 sacerdotes, 215 seminaristas, 6 seminários, 88 escolas, 2 institutos
universitários, 117 irmãos, 164 irmãs e milhares de fiéis?
Verdadeiramente devemos com toda a tranquilidade deixá-los andar à
deriva longe da Igreja?”380, escreveu Bento XVI, em 10 de março de 2009,
aos bispos de toda a Igreja, para explicar a remissão da excomunhão dos
bispos lefebvrianos. Mas o pomo da discórdia continuaria sendo ainda a
questão do ecumenismo e o da liberdade religiosa, que não apenas
suscitou muitas controvérsias após o Concílio Vaticano II, como ainda por
essa via, permitiu que os progressistas alargassem a agenda do Religions
for Peace, com os efeitos denunciados pelo monsenhor Juan Cláudio
Sanahuja.
111
“Acho que não precisamos de provas. É claramente evidente! A
maçonaria quer introduzir a noção falsa de Liberdade Religiosa na Igreja
para destruir a Verdade da Igreja. Por que razão foram perseguidos Pedro,
Paulo e todos os mártires? Porque eram cristãos, porque eram chamados
cristãos. Ou seja, eram discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo. E por que
estes discípulos de Nosso Senhor Jesus Cristo e esta religião afirmam ter a
única verdade. Eles tinham como objetivo converter todos os ‘discípulos’
das ‘religiões’ falsas, das ‘divindades’ pagãs e de todos os cultos falsos.
Tinham como objetivo converte-los para a única religião verdadeira, a
religião de Nosso Senhor Jesus Cristo. E por isso eram chamados cristãos
os discípulos desta verdadeira religião. E os protetores destas ‘religiões’
falsas, perseguiam todos os cristãos que exclamavam: ‘nós somos a única
verdadeira religião!’ e se ‘querem ir para o céu e salvar as vossas almas,
terão de se converter para Nosso Senhor Jesus Cristo!’ Esta é a primeira
verdade elementar que Nosso Senhor Jesus Cristo ensinou... e porque Jesus
Cristo é Deus. Eis a nossa religião! Eis a nossa verdade! Eis o que cria as
nossas dificuldades com Roma, meus queridos irmãos... E vocês
perguntam: ‘Por que? Por que continuam estas dificuldades com Roma?
Porque recusamos o ecumenismo, porque recusamos a liberdade de todas
as ‘religiões’, pois que temos um Deus, um só Deus, Nosso Senhor Jesus
Cristo!”381
113
Vaticano II), tradicionalistas acusam Ratzinger de ter favorecido o
ecumenismo383, com os efeitos posteriores de crescente descatolização da
Igreja. Roberto de Mattei explica que “o pastor Wilhelm Schmidt,
observador protestante ao Concílio, afirma em carta ao Padre Mathias
Gaudron, de 3 de agosto de 2000, ter sugerido a fórmula ao Padre
Ratzinger, que a terá transmitido ao Card. Frings (Le Sel de la terre, 49
(2004), p. 40)”384. E também lembra que “com maior autoridade se
exprimiu a Congregação para a Doutrina da Fé sobre o tema na declaração
Dominus Iesu, onde esclareceu que o Concílio Vaticano II tinha usado a
expressão ‘subsistit in’ para afirmar que ‘existe portanto uma única Igreja
de Cristo, que subsiste na Igreja Católica, governada pelo sucessor de
Pedro e pelos bispos em comunhão com ele, ainda que existam elementos
de santificação e de verdade fora da sua composição” 385. De Mattei
ressalta ainda o que disse Mons. Fernando Ocáriz na apresentação
documento: “A única Igreja susiste [subsistit] na Igreja Católica, presidida
pelo sucessor de Pedro e pelos outros bispos’. Com esta afirmação, o
Vaticano II pretende dizer que a única Igreja de Jesus Cristo continua a
existir, mau grado as divisões entre os cristãos; e, mais precisamente, que
apenas na Igreja Católica subsiste a Igreja de Cristo em toda a sua
plenitude, enquanto fora da sua composição visível existem ‘elementos de
santificação e de verdade’ próprios da mesma Igreja (cf. 17)” 386. Para
esclarecer esta e algumas outras questões relacionadas 387, no pontificado
de Bento XVI, a Congregação para a Doutrina da Fé, deu a seguinte
resposta em relação à controvérsia do nº 8, da Lumen Gentium,
especialmente às questões 2 e 3: “Cristo "constituiu sobre a terra" uma
única Igreja e instituiu-a como "grupo visível e comunidade espiritual", que
desde a sua origem e no curso da história sempre existe e existirá, e na
114
qual só permaneceram e permanecerão todos os elementos por Ele
instituídos. "Esta é a única Igreja de Cristo, que no Símbolo professamos
como sendo una, santa, católica e apostólica […]. Esta Igreja, como
sociedade constituída e organizada neste mundo, subsiste na Igreja
Católica, governada pelo Sucessor de Pedro e pelos Bispos em comunhão
com ele".
117
dos meios de comunicação atuais, isto é, fora da fé, com uma
hermenêutica diferente. Era uma hermenêuticos política: para os mass
media, o Concílio era uma luta política, uma luta de poder entre diversas
correntes da Igreja. Era óbvio que os meios de comunicação tomariam
posição por aquela parte que se lhes apresentava mais condizente com o
seu mundo. Havia aqueles que pretendiam a descentralização da Igreja, o
poder para os Bispos e depois, valendo-se da expressão ‘Povo de Deus’, o
poder do povo, dos leigos. Existia esta tripla questão: o poder do Papa, em
seguida transferido para o poder dos bispos e para o poder de todos, a
soberania popular. Para eles, naturalmente, esta era a parte que devia ser
aprovada, promulgada, apoiada. E o mesmo se passava com a liturgia:
não interessava a liturgia como ato da fé, mas como algo onde se fazem
coisas compreensíveis, algo de atividade da comunidade, algo profano. E
sabemos que havia uma tendência – invocava mesmo um fundamento na
história – para se dizer: A sacralidade é uma coisa pagã, eventualmente
do próprio Antigo Testamento. No Novo, conta apenas que Cristo morreu
fora: fora das portas, isto é, no mundo profano. Portanto há que acabar
com a sacralidade, o próprio culto deve ser profano: o culto não é culto,
mas um ato do todo, da participação comum, e deste modo a participação
vista como atividade. Estas traduções, banalizações da ideia do Concílio,
foram virulentas na prática da aplicação da reforma litúrgica; nasceram
numa visão do Concílio fora da sua chave própria de interpretação, da
fé”393.
118
participado, juntamente com João Paulo II dos debates conciliares. O papa
Wojtila então exortou um debate mais aprofundado sobre tais efeitos, no
Sínodo dos Bispos, de 1985. No entanto, um novo embate de posições
havia feito emergir céticos e otimistas, e o desejo de revisão de certas
questões. Naquele momento, coube o direcionamento dos trabalhos do
Sínodo aos futuros oponentes de Bento XVI: os cardeais Gotfried Daneels
e Walter Kasper (o secretário do Sínodo), que redigiram o documento
final. Mesmo assim, prevaleceu “um claro desenvolvimento na questão ad
extra (ensino social, ecumenismo, diálogo inter-religioso) e uma
abordagem mais conservadora às questões ad intra”395.
119
“A Igreja, quer antes quer depois do Concílio, é a mesma Igreja una,
santa, católica e apostólica...”397
120
Tanto na Mensagem de Natal à Cúria romana (2005), quanto à
exposição que fez ao clero romano (em 14 de fevereiro de 2013), Bento
XVI permaneceu convicto de que as incompreensões do Concílio Vaticano
II se deram pelo modo como os mass media estimularam e se
simpatizaram por “uma hermenêutica da descontinuidade e da
ruptura”399, causando confusão, “e também de uma parte da teologia
moderna”400. Talvez esteja aqui, nessa colocação, o que aproxima e o que
distancia Ratzinger do grupo que elegeu Bergoglio, em 2013. Isso porque
certos tradicionalistas dizem que tanto Ratzinger, quanto Bergoglio estão
em sintonia com a mesma visão modernista de Igreja, a diferença está
apenas no grau, sendo que Bergoglio mostrou-se disposto, desde o início a
pisar no acelerador, por uma revolução sem precedentes, como um novo
João XXIII.
121
mass media e também por “uma parte da teologia moderna” 402. Desse
modo, retomou o que já havia escrito em 1984, em sua “Instrução sobre
alguns aspectos da teologia da libertação” 403, pontuando os seus
equívocos, dentre outros fatores, da concepção que “deriva
inevitavelmente uma politização radical das afirmações da fé e dos juízos
teológicos”404, equívocos não somente “das teologias da libertação” 405,
mas das demais correntes do pensamento modernista (somadas às
teologias da libertação) se impregnaram no seio da Igreja, em diversas
expressões, causando assim tantas “divisões no corpo eclesial” 406,
especialmente depois do Concílio Vaticano II. Com isso deixou evidente de
que a sua posição (principalmente em seu pontificado) não correspondia
inteiramente a esta “teologia moderna”407 que ele destacou como parte
da causa de tantas dissensões internas, ad intra.
122
Desse modo, as teologias da libertação contribuíram para acentuar
cada vez mais uma ideologização da fé413, instrumentalizando setores
progressistas da Igreja para fins políticos, muitas vezes em dissonância
com os princípios e valores da sã doutrina moral e social católica. Isso
porque “os a priori ideológicos”414 tornaram-se “pressupostos para a
leitura da realidade social”415, com reducionismos e simplificações, e
consequências danosas, em vários aspectos.
Não apenas a sua obra intelectual, mas também a sua vida pessoal
foi marcada por rebeldia, incoerência e soberba. O próprio Boff
reconheceu a importância de Lutero no seu pensamento como teólogo da
libertação e também na sua atitude como revolucionário. Para Boff,
Lutero “é um dos pais do espírito emancipatório moderno e um dos
doutores comuns do cristianismo. Nele há inegavelmente uma aura
libertária e uma coragem para o protesto que têm a ver diretamente com
a teologia latino-americana de libertação”418.
123
XXIX – Quando Leonardo Boff foi punido por Ratzinger
124
apoiado pelos amigos e defensores Paulo Evaristo Arns e Ivo Lorscheiter
(na época, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Meses depois de Ratzinger ter afirmado que as suas opções colocavam
“em perigo a sã doutrina da fé” 422, Boff publicou “E a Igreja se Fez povo”,
dedicando um capítulo inteiro a Martinho Lutero, que exigiu “conversão e
Reforma de toda a Igreja”423.
125
XXX – Boff: o mais implacável inimigo de Ratzinger
126
velho sonho meu quando fui estudar na Europa – conquistar a igreja para
o povo, a libertação vai entrar por aqui, no Brasil’. E incentivava tudo o
que ia nesta linha de libertação, inclusive levando diretamente para as
máquinas meus textos”426.
127
“A escolha desta obra como representativa da recepção de Lutero
em Leonardo Boff se deve a algumas razões. A primeira é que é
representativa do período seguinte à condenação. No livro, ele está
soerguendo-se, exausto e desgastado do processo jurídico-teológico, em
moldes romanos e com a força institucional à mostra na sumariedade do
rito, com a mesma instância na acusação, na defesa de um advocatus
proautore – com o qual não pode ter contato – e na sentença, executada
pela instituição, com a pompa e circunstância da época em que detinha os
poderes espiritual e temporal”428.
128
Alguns anos depois, em dezembro de 1993, fiz a minha primeira
viagem à Roma, e ainda sem informações maiores sobre a grave crise que
havia dentro da Igreja, já percebia os efeitos da teologia da libertação,
especialmente nos grupos de jovens, na catequese, na preparação para a
crisma, etc., e também no relativismo que já grassava principalmente no
meio acadêmico.
129
obediência à lei divina, mas apenas mediante essa obediência, ela
permanece na verdade e é conforme à dignidade do homem” 430. E numa
das conversas, naquela época, haviam me chamado a atenção à
desobediência e à soberba de Leonardo Boff, e o quanto ele odiava Joseph
Ratzinger, pelo que fizera com ele, exigindo o “silêncio obsequioso” depois
que escreveu “Igreja, Carisma e Poder”.
131
Logo de manhã, bem cedo, no domingo, 25 de outubro, ao chegar
na Praça de São Pedro, vi muitas bandeirinhas brasileiras erguidas por
fiéis, especialmente jovens. No dia seguinte, eu havia visitado novamente
Dom Geraldo, que me presentara com um exemplar da encíclica Fides et
Ratio. Na época, eu era editor de uma revista católica, em São Paulo, e
havia programado entrevistar alguns religiosos, numa casa que ficava a
algumas quadras dos discatérios romanos. Antes, havia passado pelo
Museu do Purgatório, pois também estava estudando aquele tema.
Chegando na casa dos MSC, depois de esperar um bom tempo no jardim,
aonde haviam belíssimas imagens sacras, fiquei chocado quando um dos
religiosos me disse que aguardava com ansiedade já um novo pontificado,
pois – para ele – João Paulo II dificilmente chegaria ao Grande Jubileu.
Voltei a dizer que, sim, que o grande papa polonês teria força para
132
celebrar o ano 2000. E então, ficou evidente na fala deles, e também na
expressão de seus rostos, o ressentimento que tinham pelo papa (que eles
consideravam retrógrado), principalmente por ele ter combatido a
teologia da libertação, pelo que Ratzinger fizera com Leonardo Boff. “A
esperança da Igreja está na América Latina”, afirmaram. O mesmo me
haviam dito em Paris, em 1989, o que comprovou como Boff tinha
influência no exterior. Do mesmo modo que Frei Betto, eles tinham
também a convicção de que a Igreja de Helder Câmara, Paulo Evaristo
Arns e Leonardo Boff teria ainda um dia (e muito brevemente) espaço nas
instâncias decisórias do Vaticano. Mas isso – para eles – só seria possível
depois do pontificado de João Paulo II.
133
um homem sem preconceitos e, em princípio, disposto a falar com todo
mundo. Ele respeita a todos e nunca ataca pessoas, apenas ideias que
considere erradas. Evita brigas; prefere convidar um adversário para
comer com ele para explicar, com calma e em detalhes, onde reside o erro
em sua opinião. Isso tudo acontece de uma forma tranquila, amigável e
modesta, sem que ninguém se sinta ferido ou agredido.
134
ele celebra a missa com um fervor real – é um verdadeiro padre’, confiou-
me o mesmo colaborador”435.
135
XXXII – A gaivota e a pomba
136
antes, Bento XVI, juntamente com também soltou duas pombas, que se
recusaram a voar, uma delas voltando para os seu quarto, aonde o papa
estava com duas crianças. Mas a cena de 27 de janeiro, da pomba atacada
pela gaivota, quinze dias antes da sua renúncia, foi bastante impactante.
137
Foi então que me recordei da cena de 27 de janeiro, da pomba
atacada pela gaivota. O que poderia significar aquilo? Como o raio que
atingiu a Basílica de São Pedro, no dia da renúncia de Bento XVI. O fato é
que me identifiquei profundamente com a pomba, cada vez mais frágil eu
me sentia.
***
138
3 – O anti-Ratzinger no conclave de 2005
9 – O fator Martini
14 – O fator Maradiaga
21 – Sentimentos de apreensão
139
22 – Movimentos de esquerda (que Dom Paulo Evaristo Arns ajudou a
organizar) queriam vê-lo Papa
32 – A gaivota e a pomba
NOTAS:
140
4. ENGLISCH, Andreas, Francisco, O Papa dos Humildes, p. 22, Universo dos Livros, 2013,
São Paulo.
5. VIDAL, José Manuel e Jesus Bastante, Francisco, O Novo João XXIII – Jorge Mário
Bergoglio, o primeiro pontífice americano para uma nova primavera da Igreja, p. 15,
Editora Vozes, 2013, Petrópolis – Rio de Janeiro.
6. L'ANNUNCIO: "HABEMUS PAPAM" 2013. Publicado em 13 de março de 2013.
https://www.youtube.com/watch?v=M0rCMd8S5nY
7. BOFF, Leonardo, E a Igreja se fez Povo – Eclesiogênese: a Igreja que nasce da fé do
povo, p. 165, Círculo do Livro S.A., 1986, São Paulo.
8. Ibidem.
9. Ibidem.
10. Ibidem.
11. Ibidem.
12. Ib. p. 169.
13. Ib. p. 170.
14. TOSATTI, Marco, “Boff: Ajudei o papa a escrever a ‘Laudato Si’. Haverá uma grande
surpresa. Talvez padres casados ou mulheres diáconos. 27 de dezembro de 2016.
Tradução: André Sampaio. https://fratresinunum.com/2017/01/02/boff-ajudei-o-
papa-a-escrever-a-laudato-si-havera-uma-grande-surpresa-talvez-padres-casados-ou-
mulheres-diaconos/
15. SANAHUJA, Juan Cláudio, Poder Global e Religião Universal, p. 27, Editora Ecclesiae,
2012, Campinas – São Paulo.
16. Ib. p. 30.
17. Ib. p. 49.
18. Ib. p. 56.
19. Ib. pp. 52-53.
20. Ib. 53.
21. Ib. p. 57.
22. Ib. p. 58.
23. ENGLISCH, Andreas, Francisco, O Papa dos Humildes, p. 194, Universo dos Livros, 2013,
São Paulo.
24. Leonardo Boff comenta renúncia de Bento XVI - Repórter Brasil (noite), TV Brasil,
publicado em 11 de fevereiro de 2013.https://www.youtube.com/watch?
v=QAJVh1vnYek
25. CardenalMaradiaga: “hay um deseomuy grande de agilizar La Curia”, Declaracionesdel
purpurado a ACIPRENSA, Infocatólica, 26 de setembro de 2013.
http://infocatolica.com/?t=noticia&cod=18601
141
26. Reflexión y Liberación, “As confidências de Francisco à CLAR: grupos
‘restauracionistas’, vida religiosa e comunhão, reforma da Cúria, ‘lobby gay’ no
Vaticano. Tradução: Fratres in Unum. 11 de junho de 2013.
https://fratresinunum.com/2013/06/11/as-confidencias-de-francisco-a-clar-grupos-
restauracionistas-vida-religisoa-e-comunhao-reforma-da-curia/
27. LILLO, Marco, “Complottocontro Benedetto XVI
entro 12 mesimorirà”, IlFattoCotidiano.it/Cronaca, 10 de fevereiro de
2012.http://www.ilfattoquotidiano.it/2012/02/10/complotto-di-morte-benedetto-
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suposto-complo-para-matar-o-papa-bento-xvi.html
28. Ibidem.
29. “Complô contra o Papa? O documento na íntegra e alguns comentários.”
FratresinUnum.com, 10 de fevereiro de 2012.
https://fratresinunum.com/2012/02/10/complo-contra-o-papa-o-documento-na-
integra-e-alguns-comentarios/
30. Ibidem.
31. Bento XVI, Declaratio,11 de fevereiro de 2013.http://w2.vatican.va/content/benedict-
xvi/pt/speeches/2013/february/documents/hf_ben-
xvi_spe_20130211_declaratio.html
32. Ibidem.
33. “Raio atinge Basílica de São Pedro no dia em que Papa anuncia a renúncia", Do G1, em
São Paulo, 11 de fevereiro de 2013. http://g1.globo.com/mundo/renuncia-sucessao-
papa-bento-xvi/noticia/2013/02/raio-atinge-basilica-de-sao-pedro-apos-papa-
anunciar-que-vai-renunciar.html
34. “João Paulo II ‘não desceu da cruz’, diz ex-assistente”, ANSA, UOL notícias, 11 de
fevereiro de 2013.https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/ansa/2013/02/11/joao-
paulo-ii-nao-desceu-da-cruz-diz-ex-assistente.htm
35. NERY, Hermes Rodrigues, “Este ministério deve ser cumprido igualmente sofrendo e
rezando”, Fratres in Unum, 12 de fevereiro de 2014.
https://fratresinunum.com/2014/02/12/este-ministerio-deve-ser-cumprido-
igualmente-sofrendo-e-rezando/
36. Bento XVI, Declaratio, 11 de fevereiro de 2013.http://w2.vatican.va/content/benedict-
xvi/pt/speeches/2013/february/documents/hf_ben-
xvi_spe_20130211_declaratio.html
37. Ibidem.
38. Ibidem.
39. Ibidem.
40. BENTO XVI, Audiência Geral, 27 de fevereiro de
2013.http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/audiences/2013/documents/
hf_ben-xvi_aud_20130227.html
142
41. Ibidem.
42. Ibidem.
43. ENGLISCH, Andreas, Francisco, O Homem Que Não Queria Ser Papa, p. 132, Universo
dos Livros, 2013, São Paulo.
44. Ib. p .133.
45. Ib. p. 111.
46. Ibidem.
47. Ib. p. 223.
48. Ib. p. 143.
49. Ib. pp. 147-148.
50. ENGLISCH, Andreas, Francisco, O Papa dos Humildes, p. 99, Universo dos Livros, 2013,
São Paulo.
51. Bento XVI, Declaratio, 11 de fevereiro de 2013.http://w2.vatican.va/content/benedict-
xvi/pt/speeches/2013/february/documents/hf_ben-
xvi_spe_20130211_declaratio.html
52. Ibidem.
53. Ibidem.
54. BENTO XVI, Audiência Geral, 27 de fevereiro de
2013.http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/audiences/2013/documents/
hf_ben-xvi_aud_20130227.html
55. Ibidem.
56. Emoção na despedida do papa Bento XVI, Canal “Lançai as Redes”, 28 de setembro de
2013. https://www.youtube.com/watch?v=kpD1S-TXGQk
57. BENTO XVI, Audiência Geral, 27 de fevereiro de
2013.http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/audiences/2013/documents/
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60. RATZINGER, Joseph , A Mensagem de Fátima, Congregação para a Doutrina da Fé, 26
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61. BENTO XVI, Audiência Geral, 27 de fevereiro de
2013.http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/audiences/2013/documents/
hf_ben-xvi_aud_20130227.html
143
62. https://www.youtube.com/watch?v=bQ6E6Yzzjpc
63. FRANCO, Afonso Arinos de Mello Franco, Amor a Roma,
64. BENTO XVI, Breve saudação aos fiéis da Diocese de Albano, no balcão central do
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65. BENTO XVI, Declaratio, 11 de fevereiro de 2013.
http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2013/february/documents/
hf_ben-xvi_spe_20130211_declaratio.html
66. Ibidem.
67. Ibidem.
68. “Conheça cinco curiosidades que o Papa Emérito conta no livro “Bento XVI: últimas
conversas”, Redação A12, em 19 de setembro de 2016.http://www.a12.com/santo-
padre/noticias/detalhes/conheca-5-curiosidades-que-o-papa-emerito-conta-no-livro-
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noticias/2013/02/11/vaticano-nega-que-doenca-e-diz-que-bento-16-nao-sofreu-
pressao-para-renunciar.htm
70. Ibidem.
71. BENTO XVI, Declaratio, 11 de fevereiro de
2013.http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2013/february/
documents/hf_ben-xvi_spe_20130211_declaratio.html
72. Ibidem.
73. Ibidem.
74. (Os apóstolos, p. 51)
75. BENTO XVI, Breve saudação aos fiéis da Diocese de Albano, no balcão central do
Palácio Apostólico de CastelGandolfo, 28 de fevereiro de
2013.http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2013/february/
documents/hf_ben-xvi_spe_20130228_fedeli-albano.html
76. “Conheça cinco curiosidades que o Papa Emérito conta no livro “Bento XVI: últimas
conversas”, Redação A12, em 19 de setembro de 2016.http://www.a12.com/santo-
padre/noticias/detalhes/conheca-5-curiosidades-que-o-papa-emerito-conta-no-livro-
bento-xvi-ultimas-conversas
77. BENTO XVI, Declaratio, 11 de fevereiro de
2013.http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2013/february/
documents/hf_ben-xvi_spe_20130211_declaratio.html
78. Ibidem.
79. Ibidem.
144
80. BENTO XVI, Benção Apostólica “Urbi et Orbi”, Primeira Saudação, 19 de abril de 2005.
http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2005/april/documents/
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81. Ibidem.
82. BENTO XVI, Discurso aos membros do Colégio Cardinalício, no encontro na Sala
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http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2005/april/documents/
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83. Ibidem.
84. BENTO XVI, Discurso às Delegações e Peregrinos de língua alemã, que vieram à Roma,
por ocasião da eleição, 25 de abril de 2005. http://w2.vatican.va/content/benedict-
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85. Ibidem.
86. ENGLISCH, Andreas, O Homem que Não Queria Ser Papa”, p. 33, Universo dos Livros,
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87. Ibidem.
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95. TOSATTI, Marco, “Máfia Eclesiástica”, La Stampa – Tradução: Gercione Lima –
FratresinUnum.com, 24 de setembro de 2015.
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96. Ibidem.
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98. ENGLISCH, Andreas, O Homem que Não Queria Ser Papa”, p. 9, Universo dos Livros,
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101. Ibidem.
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http://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2005/04/050418_eleicaomla.sht
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103. Ibidem.
104. ibidem.
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106. Ibidem.
107. Ibidem.
108. Ibidem.
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120. Ibidem.
121. Ibidem.
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125. Ibidem.
126. Ibidem.
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128. Ibidem.
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Cara-de-Papa-Francisco?
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%2C+Ltd.&content=10079&irgwc=1&keyword=ft750noi&medium=affiliate&source=im
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America Latina em Movimientoonline, 18 de março de 2013.
http://www.alainet.org/es/active/62518
169. LOCALIZAR
170. HOUTART, François, Programa 167 – Teología de laLiberación, Escuela de
Cuadros, publicado em 4 de fevereiro de 2015. https://www.youtube.com/watch?
v=zvdpH9b1JIc#t=214, trecho de 13:28 a 14:07.
171. CARACCIOLLO, Lucio, “Bergoglio, herdeiro de Símon Bolívar. Entrevista com
Francisco Mele”, Instituto Humanas Unisinos, 23 de agosto de 2013.
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/522993-bergoglio-herdeiro-de-simon-bolivar-
entrevista-com-francisco-mele
172. CUBAENCUENTROS documentos, “Carta Pastoral ‘El amor todo lo espera’,
Mensaje de la Conferencia de Obispos Católicos de Cuba, dado a conocerenseptiembre
de 1993”. http://www.cubaencuentro.com/documentos/carta-pastoral-el-amor-todo-
lo-espera-117949
173. Livraria da Folha, “Fidel propôs aliança entre marxistas e cristãos, diz livro do
novo papa”, 13 de março de 2013.
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/1245791-fidel-propos-alianca-entre-
marxistas-e-cristaos-diz-livro-de-novo-papa.shtml
174. Ibidem.
175. BOFF, Leonardo, E a Igreja se fez Povo – Eclesiogênese: a Igreja que nasce da fé
do povo, p. 180, Círculo do Livro S.A., 1986, São Paulo.
176. Ib. p. 179.
177. Ib. p. 177.
178. “Lula defende a unidade latino-americana ‘Pátria Grande’, no Foro de São
Paulo”, canal do youtube de Percival Puggina, publicado em 14 de novembro de 2014.
https://www.youtube.com/watch?v=LHyvJFtG7k0
179. São Pio X, Carta Encíclica PascendiDominiciGregis
[http://w2.vatican.va/content/pius-x/pt/encyclicals/documents/hf_p-
150
x_enc_19070908_pascendi-dominici-gregis.html, Iª parte, Exposição do sistema e sua
divisão; crítica geral do sistema).
180. LOCALIZAR [Carriquiry, coletivo de Francisco]
181. LifeSize, UVC Video Center, Conferencia Magistral del Dr. GusmánCarriquiry,
Lecour, 29 de março de 2012. http://190.210.75.139/videos/video/140/
182. CARRIQUIRY, Gusman, El Bicentenario de laIndependencia de Los Países
Latinoamericanos, Prólogo delCardenal Jorge Mário Bergoglio, BolsilloEncuentro,
2011. https://books.google.com.br/books?id=daU2JJzkIKsC&pg=PP1&lpg=PP1&dq=pr
%C3%B3logo+de+Bergoglio+carriquiry+bicenten
%C3%A1rio&source=bl&ots=wbTd_OkH3P&sig=NRFKKVDwjql41OrTn7NNFMsF9Ns&hl
=pt-
BR&sa=X&ei=ImyMVOKjAsWYgwSxhoHgDg&ved=0CEIQ6AEwBQ#v=onepage&q=pr
%C3%B3logo%20de%20Bergoglio%20carriquiry%20bicenten%C3%A1rio&f=false
183. GULLO, Marcelo, “El pensamiento geopolítico del Papa Francisco”, Revista
Mundorama, 18 de março de 2013. https://www.mundorama.net/?p=11010 /
http://www.dossiergeopolitico.com/2013/03/el-papa-francisco-y-el-destino-de-la-
patria-grande.html
184. Ibidem.
185. Ibidem.
186. Ibidem.
187. BARRIOS, Miguel Ángel, El latinoamericanismo em elpensamiento político de
Manuel Ugarte, Editorial Biblos, 2007. https://books.google.com.br/books?
id=hzLr768tRuwC&pg=PA23&lpg=PA23&dq=Miguel+Angel+Barrios+
%C3%89+o+que+diz+Miguel+%C3%81ngel+Barrios,+autor+de+
%E2%80%9CEl+Latinoamericanismo+en+el+pensamiento+pol
%C3%ADtico+de+Manuel+Ugarte&source=bl&ots=9qnRcAR-
lL&sig=U3YQCHXEgdrW9RSJbLFj5VX0gHM&hl=pt-
BR&sa=X&ved=0ahUKEwiLjdjV7fDVAhVGhpAKHeD1AgcQ6AEIMDAB#v=onepage&q=M
iguel%20Angel%20Barrios%20%C3%89%20o%20que%20diz%20Miguel
%20%C3%81ngel%20Barrios%2C%20autor%20de%20%E2%80%9CEl
%20Latinoamericanismo%20en%20el%20pensamiento%20pol%C3%ADtico%20de
%20Manuel%20Ugarte&f=false
188. BARRIOS, Miguel Ángel, La Iglesia, el Papa y lanación latino-americana, 18 de
março de 2013. https://www.alainet.org/es/active/62518
189. Ibidem.
190. “La unidad, clave entransformacionessociales: Evo Morales”, TeleSUR TV,
publicado em 28 de outubro de 2014.https://www.youtube.com/watch?
v=siSOUbsoHMc
191. Epoch Times em português, “Pátria Grande: Unasul cria a unidade para
cooperação eleitoral e militar”, publicado em 7 de dezembro de 2014.
https://www.youtube.com/watch?v=AGsNYAtDFXU
192. BARRIOS, Miguel Ángel, La Iglesia, el Papa y lanación latino-americana, 18 de
março de 2013. https://www.alainet.org/es/active/62518
151
193. MARADIAGA, Oscar Rodríguez, “A Nossa Aposta”, apresentação do livro de
Guzmán Carriquiry, 30 Dias, Na Igreja e no mundo, Amperica Latina, número 05, 2003.
http://www.30giorni.it/articoli_id_970_l6.htm
194. KATHOLISCHES, Die Caritas und das marxisticheWeltsozialforum, 15 de
outubro de 2014. http://www.katholisches.info/2014/10/die-caritas-und-das-
marxistische-weltsozialforum/
195. CARACCIOLLO, Lucio, “Bergoglio, herdeiro de Símon Bolívar. Entrevista com
Francisco Mele”, Instituto Humanas Unisinos, 23 de agosto de 2013.
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/522993-bergoglio-herdeiro-de-simon-bolivar-
entrevista-com-francisco-mele
196. Ibidem.
197. Rádio Vaticano, “Discurso do papa aos movimentos populares (texto integral),
Bolívia, Santa Cruz, Expo Feira, 9 de julho de 2015.
http://pt.radiovaticana.va/news/2015/07/10/discurso_do_papa_aos_movimentos_po
pulares_(texto_integral)/1157336
198. CUBADEBATE, “Papa Francisco pide construir laPatria Grande de Bolívar y San
Martín, 29 de novembro de 2013.
http://www.cubadebate.cu/noticias/2013/11/29/papa-francisco-pide-construir-la-
patria-grande-se-bolivar-y-san-martin/#.VJw6h14DA
199. Entrevista al Papa Francisco, por Pino Solanas, Cinesur SA., publicado em 27 de
novembro de 2013. https://www.youtube.com/embed/k1DyLbmOBSU
200. V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, Aparecida,
13-31 de maio de 2007, Documento Final.
http://www.dhnet.org.br/direitos/cjp/a_pdf/cnbb_2007_documento_de_aparecida.p
df
201. BAUER, Francisco, “Aportes para Descolonizar el Saber Eurocentrista”.
http://www.manuelugarte.org/modulos/biblioteca/b/bauer/aportes_para_descoloniz
ar_el_saber_eurocentrista.html
202. NERY, Hermes Rodrigues, “Internacionalismo de esquerda instrumentaliza
Igreja para a utopia da Pátria Grande”, FratresinUnum.com, 24 de julho de 2015.
https://fratresinunum.com/2015/07/24/internacionalismo-de-esquerda-
instrumentaliza-igreja-para-utopia-da-patria-grande/
203. Entrevista al Cardenal Rodríguez Maradiaga, 02/03/2005, Canal SurTelevisión:
https://www.youtube.com/watch?v=84C7wVrjHvg; Cardinal Óscar Rodríguez
Maradiaga – Witness: https://www.youtube.com/watch?v=qOoRp7meNPk; Cardinal
Oscar Rodriguez (Spanish): https://www.youtube.com/watch?v=hfI0Hv-q2r4; Cardinal
Oscar Rodriguez (English): https://www.youtube.com/watch?v=LWLtY2tKxSM; Conel
papa Francisco entra aire fresco enel Vaticano: este vídeo no te dejarán
indiferente: https://www.youtube.com/watch?v=9oE0X-
XcT5M&index=8&list=RDbGqQX_SqgGs; Entrevista exclusiva delCardenal Bergoglio,
hoy Papa Francisco, con EWTN: https://www.youtube.com/watch?v=NZ1ZczyyKwM;
Jorge Bergoglio, Papa Francisco declara ante lajusticia argentina por secuestro
sacerdotes: https://www.youtube.com/watch?v=u8EoFlIbDPw
152
204. Pittaro, Esteban, Aleteia, “A ‘Teologia do Povo’ no Papa Francisco, 29 de
janeiro de 2014: https://pt.aleteia.org/2014/01/29/a-teologia-do-povo-no-papa-
francisco/
205. Ibidem.
206. Boff, Leonardo, “O Papa Francisco, chamado a restaurar a Igreja”, site pessoal,
14 de março de 2013: https://leonardoboff.wordpress.com/2013/03/14/o-papa-
francisco-chamado-a-restaurar-a-igreja/
207. Gigliotti, Amanda, Papa Francisco irá descentralizar o governo da igreja, diz
Leonardo Boff, The Christian Post, 20 de março de 2013:
http://portugues.christianpost.com/news/papa-francisco-ira-descentralizar-o-
governo-da-igreja-diz-leonardo-boff-15269/
208. Ibidem.
209. Ibidem.
210. Ibidem.
211. Igreja e Sociedade segundo Dom Damasceno, Fratres in Unum, 4 de março de
2015: https://fratresinunum.com/2015/03/06/igreja-e-sociedade-atual-segundo-dom-
damasceno/
212. Ibidem.
213. Ibidem.
214. Ibidem.
215. Ibidem.
216. FRANCISCO, Exort. ap. Evangelii gaudium, 32 [
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-
francesco_esortazione-ap_20131124_evangelii-gaudium.html ];
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2015/october/documents/papa-
francesco_20151017_50-anniversario-sinodo.html
217. Ibidem [ “Neste sentido, sinto a necessidade de proceder a uma salutar
“descentralização””.[25] ]
218. NERY, Hermes Rodrigues, “Gaivota e a Pomba”, FratresinUnum.com, 13 de
abril de 2013. https://fratresinunum.com/2013/04/13/a-gaivota-e-a-pomba/
219. VATICAN_ARCHIVE, Habemus Papam, Franciscus, publicado em 13 de março
de 2013. https://www.youtube.com/watch?v=fd5kNiBp1Lg
220. PIQUÉ, Elisabetta, Papa Francisco – Vida e Revolução, p. 107, Editora Leya,
2014, São Paulo.
221. Ibidem.
222. Ibidem.
223. Ib. p. 132.
224. NERY, Hermes Rodrigues, “Ouviremos os Conselhos”, Midia Sem Máscara, 29
de junho de 2014. http://midiasemmascara.org/arquivos/qouviremos-os-conselhosq/
153
225. Mt 16, 18
226. Jo 15, 1-5
227. FRANCISCO, Discurso de Comemoração do Cinquentenário da Instituição do
Sínodo dos Bispos, 17 de outubro de 2015.
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2015/october/documents/papa-
francesco_20151017_50-anniversario-sinodo.html
228. Ibidem.
229. Ibidem
230. Ibidem.
231. Ibidem.
232. EWTNespanol, Habemus Papam 2013 completo, publicado em 18 de março de
2013. https://www.youtube.com/watch?v=Mc7s9mKipSk
233. BOFF, O Papa Francisco chamado a restaurar a Igreja, 14 de março de 2013.
https://leonardoboff.wordpress.com/2013/03/14/o-papa-francisco-chamado-a-
restaurar-a-igreja/
234. Cardeais propõem descentralização de alguns aspectos do governo da Igreja,
Canção Nova, com Agência Ecclesia, 14 de junho de 2017,
https://noticias.cancaonova.com/especiais/pontificado/francisco/cardeais-propoe-
descentralizacao-de-alguns-aspectos-governo-da-igreja/
235. Caritas Internacional: em conjunto com os luteranos, Radio Vaticano, Rádio
Vaticano, 4 de novembro de
2016:http://br.radiovaticana.va/news/2016/11/04/caritas_internacional_em_conjunt
o_com_os_luteranos/1270083
236. https://fratresinunum.com/2016/11/10/o-pensamento-de-boff-sobre-lutero-
e-a-praxis-de-francisco/
237. 2016.10.31 Papa Francisco na Suécia - Encontro Ecumênico com a Federação
Luterana Mundial, The Vatican – Português, transmitido ao vivo em 31 de outubro de
2016. https://www.youtube.com/watch?v=aycxMOvpdTs
238. BOFF, Leonardo, E a Igreja se fez Povo – Eclesiogênese: a Igreja que nasce da fé
do povo, p. 183, Círculo do Livro S.A., 1986, São Paulo.
239. “Movimentos Populares se reúnem no Vaticano para terceira edição”, Rádio
Vaticano, 29 de outubro de 2016.
http://br.radiovaticana.va/news/2016/10/29/iii_encontro_mundial_dos_movimentos_
populares/1268651
240. BOFF, Leonardo, E a Igreja se fez Povo – Eclesiogênese: a Igreja que nasce da fé
do povo, p. 185, Círculo do Livro S.A., 1986, São Paulo.
241. Ib. p. 186 [Boff destaca: “José MíguelBonino formula de modo consciente a
seguinte tese: ‘poderá o protestantismo superar a sua crise de identidade e missão se
– e na medida em que conseguir recuperar o papel subversivo que realizou no
passado, mas na situação radicalmente distinta em que hoje nos encontramos”.
154
242. “O Projeto Esfera – Carta Humanitária e Normas Mínimas de Resposta
Humanitária em Situação de Desastre”. https://books.google.com.br/books?id=V-
8m9p-77GYC&pg=RA1-PT222&dq=Servi%C3%A7o+Mundial+Luterano+Funda
%C3%A7%C3%A3o+Ford&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwirirHDpIbQAhVKi5AKHQ-
YCDcQ6AEIJzAA#v=onepage&q=Servi%C3%A7o%20Mundial%20Luterano%20Funda
%C3%A7%C3%A3o%20Ford&f=false
243. Ib. p. 186 [Boff destaca: “Júlio de Santa Ana, ex-membro do Conselho Mundial
de Igrejas (CMI) e secretário geral do CESEP (São Paulo), postula uma encarnação da
Igreja e do Protestantismo no mundo dos pobres, para ajudar em uma transformação
profunda e global, uma verdadeira libertação dos oprimidos”.
244. Ib. pp. 186-187.
245. Ib. p. 187.
246. Ib. p. 188.
247. Ib. p. 190.
248. Ib. p. 198.
249. Habemus Papam 2013 completo:https://www.youtube.com/watch?
v=Mc7s9mKipSk
250. http://www.leonardoboff.com/site/biblio_pesq.pdf
251. BOFF, Leonardo, E a Igreja se fez Povo – Eclesiogênese: a Igreja que nasce da fé
do povo, pp. 199-200, Círculo do Livro S.A., 1986, São Paulo.
252. FRANCISCO, Discurso no Encontro com os Voluntários da XXVIII Jornada
Mundial da Juventude, Rio de Janeiro, 28 de julho de 2013.
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-
francesco_20130728_gmg-rio-volontari.html
253. NERY, Hermes Rodrigues, “Que Revolução Quer Francisco?”,
FratresinUnum.com, 1° de agosto de 2013.
https://fratresinunum.com/2013/08/01/que-revolucao-quer-francisco/
254. BRASIL, Cristina Índio do, “EBC, Agência Brasil, “Casal pede interferência do
papa contra lei que permite aborto de fetos com má-formação”, 27 de julho de 2013.
http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/2013/07/casal-pede-interferencia-do-papa-
contra-lei-que-permite-aborto-de-fetos-com
255. “Papa Francisco recebe representante do candomblé babalaô Ivani dos Santos,
no Teatro Municipal do Rio, 29 de julho de 2013.
http://gatpiaui.blogspot.com.br/2013/07/papa-francisco-recebe-representante-
do.html
256. “Globo News exibe versão completa da entrevista com o Papa Francisco”.
InterMirifica.net, publicado em 30 de julho de 2013.
https://www.youtube.com/watch?v=DO9HnYLYVqE
257. FRANCISCO, Discurso aos Bispos responsáveis do Conselho Episcopal Latino-
Americano (C.E.L.A.M.), por ocasião da reunião geral de coordenação, durante a XXVIII
Jornada Mundial da Juventude, no Auditório do Centro de Estudos do Sumaré, Rio de
Janeiro, 28 de julho de 2013.
155
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-
francesco_20130728_gmg-celam-rio.html
258. CHADE, Jamil, “Bergoglio tornou-se Francisco em Roma, mas virou papa no
Rio”, O Estado de São Paulo, 28 de julho de 2013.
http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,bergoglio-tornou-se-francisco-em-roma-
mas-virou-papa-no-rio,1058309
259. Ibidem.
260. “Um ponto curioso sobre o discurso do Pontífice foi a exclusão da frase em que
ele citaria seu antecessor. Na versão do pronunciamento enviada à imprensa na
manhã de ontem, constava uma citação ao "amado Papa Bento XVI". Seria uma
referência ao discurso que o Papa emérito fez em 2007 em Aparecida (SP), mas o
comentário não foi ouvido no Municipal. Francisco, porém, citou o pensador católico
progressista Alceu Amoroso Lima”. [http://gilvanmelo.blogspot.com.br/2013/07/papa-
prega-dialogo-contra-protestos.html#access]
261. “Há uma coisa que não sei se vocês a sabem, eu acho que sim, mas não tenho
a certeza: quando ele nos falou, no discurso de despedida, em 28 de fevereiro, disse-
nos: ‘Entre vós, está o próximo Papa: eu lhe prometo obediência’”
[http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-
francesco_20130728_gmg-conferenza-stampa.html]
262. Ibidem. [“Se uma pessoa é gay e procura o Senhor e tem boa vontade, quem
sou eu para a julgar?”, resposta do papa Francisco à jornalista IlzeScamparini sobre “a
questão da lobby gay”.]
263. “Quando os líderes dos diferentes setores me pedem um conselho, a minha
resposta é sempre é a mesma: diálogo, diálogo, diálogo”.
[http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-
francesco_20130727_gmg-classe-dirigente-rio.html]
264. FRANCISCO, Discurso aos Bispos responsáveis do Conselho Episcopal Latino-
Americano (C.E.L.A.M.), por ocasião da reunião geral de coordenação, durante a XXVIII
Jornada Mundial da Juventude, no Auditório do Centro de Estudos do Sumaré, Rio de
Janeiro, 28 de julho de 2013.
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-
francesco_20130728_gmg-celam-rio.html.
265. Ibidem [ “A proposta dos grupos bíblicos, das comunidades eclesiais de base e
dos Conselhos pastorais se colocam na linha de superação do clericalismo e de um
crescimento da responsabilidade laical”.]
266. Ibidem. [“A proposta pelagiana. Aparece fundamentalmente sob a forma de
restauração. Perante os males da Igreja, busca-se uma solução apenas disciplinar, na
restauração de condutas e formas superadas que nem mesmo culturalmente tem
capacidade de ser significativas. Na América Latina, verifica-se em pequenos grupos,
em algumas novas Congregações Religiosas, em tendências exageradas para a
‘segurança’ doutrinal ou disciplinar. Fundamentalmente é estática, embora possa
prometer uma dinâmica ad intra: regride. Procura “recuperar” o passado perdido.”]
267. Ibidem.
268. Ibidem.
156
269. JOÃO PAULO II, Encíclica Evangelium Vitae, 25 de março de
1995[http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/encyclicals/documents/hf_jp-
ii_enc_25031995_evangelium-vitae.html]
270. FRANCISCO, Discurso aos Bispos responsáveis do Conselho Episcopal Latino-
Americano (C.E.L.A.M.), por ocasião da reunião geral de coordenação, durante a XXVIII
Jornada Mundial da Juventude, no Auditório do Centro de Estudos do Sumaré, Rio de
Janeiro, 28 de julho de 2013.
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-
francesco_20130728_gmg-celam-rio.html
271. JOÃO PAULO II, Carta Apostólica OrdinatioSacerdotalis, sobre a ordenação
sacerdotal reservada somente para homens, Vaticano, 22 de maio de 1994.
https://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/apost_letters/1994/documents/hf_jp-
ii_apl_19940522_ordinatio-sacerdotalis.html
272. FRANCISCO, Discurso aos Bispos responsáveis do Conselho Episcopal Latino-
Americano (C.E.L.A.M.), por ocasião da reunião geral de coordenação, durante a XXVIII
Jornada Mundial da Juventude, no Auditório do Centro de Estudos do Sumaré, Rio de
Janeiro, 28 de julho de 2013.
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-
francesco_20130728_gmg-celam-rio.html [“O que derruba as estruturas caducas, o
que leva a mudar os corações dos cristãos é justamente a missionariedade. Daqui a
importância da missão paradigmática.”]
273. Ibidem.
274. LOCALIZAR (Celam RJ)
275. LOCALIZAR (Celam RJ)
276. FRANCISCO, Discurso aos Bispos responsáveis do Conselho Episcopal Latino-
Americano (C.E.L.A.M.), por ocasião da reunião geral de coordenação, durante a XXVIII
Jornada Mundial da Juventude, no Auditório do Centro de Estudos do Sumaré, Rio de
Janeiro, 28 de julho de 2013.
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-
francesco_20130728_gmg-celam-rio.html
277. Ibidem.
278. NERY, Natuza, “Dilma vai sancionar lei que garante atendimento a vítimas de
estupro”, Folha de São Paulo, 01 de agosto de 2013.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2013/08/1320029-dilma-vai-sancionar-lei-
que-garante-atendimento-a-vitimas-de-estupro.shtml
279. NERY, Hermes Rodrigues, “Apelo a Dom Raymundo Damasceno Assis,
Presidente da CNBB”, Presidente da CNBB, 15 de julho de 2013.
https://fratresinunum.com/2013/07/15/apelo-a-dom-raymundo-damasceno-assis-
presidente-da-cnbb/
280. FRANCISCO, “Encontro com os jornalistas durante o vôo de regresso”, por
ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude, 28 de julho de 2013.
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-
francesco_20130728_gmg-conferenza-stampa.html
157
281. CHOMSKY, Noam, “As dez estratégias da mídia para manipular as massas”,
Portal Vermelho, 14 de outubro de 2012. http://vermelho.org.br/noticia/195907-6
282. Ibidem.
283. FRANCISCO, “Encontro com os jornalistas durante o vôo de regresso”, por
ocasião da XXVIII Jornada Mundial da Juventude, 28 de julho de 2013.
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/july/documents/papa-
francesco_20130728_gmg-conferenza-stampa.html
284. SPADARO, Pe. Antonio, Entrevista ao Papa Francisco, Casa Santa Marta, 19 de
agosto de
2013.https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/september/
documents/papa-francesco_20130921_intervista-spadaro.html
285. PETERS, Dr. Edward, “A confusão sobre os (supostos) casos de contracepção no
Congo, tradução de Gercione Lima. fratresinUnum.com, 2 de março de 2016.
https://fratresinunum.com/2016/03/02/a-confusao-sobre-os-supostos-casos-de-
contracepcao-no-congo/
286. “Presidente Dilma Roussef recebe o Patriarca da Igreja Ortodoxa Russa,
Pensador Independente, publicado em 20 de fevereiro de 2016.
https://www.youtube.com/watch?v=NDijIMLp_ak
287. CHOMSKY, Noam, “As dez estratégias da mídia para manipular as massas”,
Portal Vermelho, 14 de outubro de 2012. http://vermelho.org.br/noticia/195907-6
288. VIDAL, José Manuel e Jesus Bastante, Francisco, O Novo João XXIII – Jorge
Mário Bergoglio, o primeiro pontífice americano para uma nova primavera da Igreja, p.
39, Editora Vozes, 2013, Petrópolis – Rio de Janeiro.
289. Ibidem.
290. Ibidem.
291. BERDEJO, Eduardo, “Vídeo: Massimo, o ‘mendigo misterioso’ do Conclave,
reapareceu na Praça de São Pedro”, ACIDigital, 5 de novembro de 2015.
http://www.acidigital.com/noticias/video-massimo-o-mendigo-misterioso-do-
conclave-reapareceu-na-praca-de-sao-pedro-39773/
292. GINÉS, Pablo J., “Era ésteelmismíssimo San Francisco que rezaba em San Pedro
esperando al Papa Francisco?”, ReligiónenLibertad, 14 de março de 2013.
http://www.religionenlibertad.com/era-este-el-mismisimo-san-francisco-que-rezaba-
en-san-pedro-28190.htm
293. STURN, Heloisa Aruth, “Francisco não é um nome, é todo um programa de
Igreja, diz teólogo”, O Estado de São Paulo, 13 de março de 2013.
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,francisco-nao-e-um-nome-e-todo-um-
programa-de-igreja-diz-teologo,1008313
294. Ibidem.
295. FRANCISCO, “Discurso no encontro com os representantes dos meios de
comunicação social”, Vaticano, Sala Paulo VI, 16 de março de 2013.
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/march/documents/papa-
francesco_20130316_rappresentanti-media.html
158
296. BOFF, Leonardo, “Dom Paulo Evaristo Arns, por Leonardo Boff”, Pragmatismo
Político, 15 de dezembro de 2016.
https://www.pragmatismopolitico.com.br/2016/12/dom-paulo-evaristo-arns-
leonardo-boff.html
297. Ibidem.
298. Ibidem.
299. NERY, Hermes Rodrigues, “Movimentos de Esquerda (que Dom Paulo Evaristo
Arns ajudou a organizar) queriam vê-lo papa”, FratresinUnum, 15 de dezembro de
2016. https://fratresinunum.com/2016/12/15/o-paulo-que-nao-foi-pedro/
300. PIKAZA, Xavier, “Com Paulo Evaristo Arns, uma grande esperança”, Instituto
HumanitasUnisinos, tradução de André Langer, 13 de agosto de 2013.
http://www.ihu.unisinos.br/522694-com-paulo-evaristo-arns-uma-grande-esperanca
301. Twiter de Eduardo MattarazzoSuplicy, em 14 de dezembro de 2016, referindo-
se a Dom Paulo Evaristo como ele gostava de ser chamado: “o amigo do povo”.
https://twitter.com/esuplicy/status/809090654513037313.
302. FRANCISCO, “Quero uma Igreja pobre e para os pobres”, Rádio Vaticano, 16 de
março de 2013.
http://br.radiovaticana.va/storico/2013/03/16/francisco_quero_uma_igreja_pobre_e_
para_os%20pobres/bra-673943 [“E assim surgiu o nome no meu coração: Francisco de
Assis. Para mim, é o homem da pobreza, o homem da paz, o homem que ama e
preserva a criação; neste tempo, também a nossa relação com a criação não é muito
boa, pois não? [Francisco] é o homem que nos dá este espírito de paz, o homem
pobre... Ah, como eu queria uma Igreja pobre e para os
pobres!”http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/march/
documents/papa-francesco_20130316_rappresentanti-media.html].
303. PIKAZA, Xavier, “Com Paulo Evaristo Arns, uma grande esperança”, Instituto
HumanitasUnisinos, tradução de André Langer, 13 de agosto de 2013.
http://www.ihu.unisinos.br/522694-com-paulo-evaristo-arns-uma-grande-esperanca
304. Ibidem.
305. Ibidem.
306. BRASIL DE FATO, “95 anos: vida de Dom Paulo Evaristo Arns é celebrada em
São Paulo”, Instituto HumanitasUnisinos, 26 de outubro de 2016.
http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/561615-95-anos-vida-de-dom-paulo-evaristo-
arns-e-celebrada-em-sao-paulo
307. FRANCISCO, “Quero uma Igreja pobre e para os pobres”, Rádio Vaticano, 16 de
março de 2013.
http://br.radiovaticana.va/storico/2013/03/16/francisco_quero_uma_igreja_pobre_e_
para_os%20pobres/bra-673943
308. NERY, Hermes Rodrigues Nery, Encontros & Ideias – entrevistas publicadas no
Jornal da Tarde e O Estado de São Paulo, de 1988 a 2002.
309. Ibidem.
310. Ibidem.
159
311. http://radiovox.org/2016/12/12/a-amizade-de-dois-comunistas-paulo-
evaristo-arns-e-fidel-castro/
312. BETTO, Frei, Fidel e a Revolução, Ed. Círculo do Livro, 1986, p. 132.
313. NERY, Hermes Rodrigues Nery, Encontros & Ideias – entrevistas publicadas no
Jornal da Tarde e O Estado de São Paulo, de 1988 a 2002.
314. Habemus Papam 2013 completo: https://www.youtube.com/watch?
v=Mc7s9mKipSk
315. PIKAZA, Xavier, “Com Paulo Evaristo Arns, uma grande esperança”, Instituto
HumanitasUnisinos, tradução de André Langer, 13 de agosto de 2013.
http://www.ihu.unisinos.br/522694-com-paulo-evaristo-arns-uma-grande-esperanca
316. Mt 7,16.
317. https://fratresinunum.com/2013/11/14/aquela-nao-e-a-nossa-igreja/
318. MATTEI, Roberto de, OConcílio Vaticano II – Uma história nunca Escrita”,
Roberto de Mattei, Caminhos Romanos, Porto, 2012.
319. http://www.ihu.unisinos.br/532411-ratzinger-a-biblia-e-eu-artigo-de-hans-
kueng [“Ratzinger, a Bíblia e eu”. Artigo de Hans Küng: “No fim de julho ou início de
agosto de 1969, Floss fez uma visita a Joseph Ratzinger em Tübingen, que o acolheu
com cordialidade, mas logo lhe confiou ao seu assistente Martin Trimpe, que passou a
noite com ele. Pouco depois da meia-noite, em um mirante sobre a Tübingen noturna,
segundo o relato de Floss, ocorreu uma conversa enigmática na qual Trimpe lhe
comunicou que a cooperação entre Ratzinger e Küng tinha acabado. Tinham que se
separar por motivos salutares para ambos. Dado que não se podia continuar
trabalhando com um homem como Küng, Ratzinger e os seus colaboradores não
deviam se enfurecer totalmente. Küng se fazia notar cada vez mais como um hábil
jornalista do que, dali a 20 ou 30 anos, ninguém mais saberia de nada. Floss perguntou
a Trimpe onde ele queria chegar, e este respondeu que Ratzinger iria para Regensburg,
onde o bispo Graber pretendia lhe fornecer todo o necessário para continuar
trabalhando em total tranquilidade. Para Floss, é o segundo choque da noite, porque
ele sabia que, junto de Graber, procurariam asilo todas aquelas forças conservadoras
que, também na Tchecoslováquia, estavam assustadas com as consequências do
Concílio e que se opunham particularmente à renúncia do tomismo rigoroso”.]
320. http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/
rc_con_cfaith_doc_19840806_theology-liberation_po.html
321. RATZINGER, Joseph, O Sal da Terra, pp. 107-108, Ed. Imago, 1997.
322. RATZINGER, Joseph, Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, Instrução
sobre alguns aspectos da “Teologia da Libertação”, Vaticano, 6 de agosto de 1984.
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_
doc_19840806_theology-liberation_po.html, 5; “As 'teologias da libertação', a que
aqui nos referimos, porém, entendem por Igreja do povo a Igreja da luta libertadora
organizada. O povo assim entendido chega mesmo a tornar-se, para alguns, objeto de
fé. A partir de semelhante concepção da Igreja do povo, elabora-se uma crítica das
próprias estruturas da Igreja. Não se trata apenas de uma correção fraterna dirigida
aos pastores da Igreja, cujo comportamento não reflita o espírito evangélico de serviço
e se apegue a sinais anacrônicos de autoridade que escandalizam os pobres. Trata-se,
160
sim, de pôr em xeque a estrutura sacramental e hierárquica da Igreja, tal como a quis o
próprio Senhor”. [12, 13]
323. SCHOOYANS, Michel, “O Evangelho perante a Desordem Mundial”, prefácio do
Cardeal Joseph Ratzinger, Editora Grifo, Lisboa,
2000.http://michel-schooyans.org/images/publications/LivrosPT/2000EvangelhoPeran
teDesordemMundial.pdf
324. RATZINGER, Joseph, O Sal da Terra, p. 108. Ed. Imago, 1997.
325. Ibidem.
326. Ibidem.
327. SCHOOYANS, Michel, “O Evangelho perante a Desordem Mundial”, prefácio do
Cardeal Joseph Ratzinger, Editora Grifo, Lisboa, 2000.
http://michel-schooyans.org/images/publications/LivrosPT/2000EvangelhoPeranteDes
ordemMundial.pdf
328. RATZINGER, Joseph, O Sal da Terra, p. 209, Ed. Imago, 1997.
329. SCHOOYANS, Michel, “O Evangelho perante a Desordem Mundial”, prefácio do
Cardeal Joseph Ratzinger, Editora Grifo, Lisboa,
2000.http://michel-schooyans.org/images/publications/LivrosPT/2000EvangelhoPeran
teDesordemMundial.pdf
330. Ratzinger, Joseph, O Sal da Terra, p. 169, Ed. Imago, 1997.
331. SCHOOYANS, Michel, “O Evangelho perante a Desordem Mundial”, prefácio do
Cardeal Joseph Ratzinger, Editora Grifo, Lisboa, 2000.
http://michel-schooyans.org/images/publications/LivrosPT/2000EvangelhoPeranteDes
ordemMundial.pdf
332. TOSATTI, Marco, “Boff: Ajudei o papa a escrever a Laudato Si. Haverá uma
grande surpresa. Talvez padres casados ou mulheres diáconos.”, FratresinUnum.com,
tradução de André Sampaio, 27 de dezembro de 2016.
https://fratresinunum.com/2017/01/02/boff-ajudei-o-papa-a-escrever-a-laudato-si-
havera-uma-grande-surpresa-talvez-padres-casados-ou-mulheres-diaconos/
333. SANAHUJA, Juan Cláudio, Poder Global e Religião Universal, p. 53, Editora
Ecclesiae, 2012, Campinas – São Paulo.
334. NERY, Hermes Rodrigues, “Carta da Terra é mencionada na Laudato Si’”,
FratresinUnum.com, 18 de junho de 2015.
https://fratresinunum.com/2015/06/18/carta-da-terra-e-mencionada-em-laudato-si/
335. SANAHUJA, Juan Cláudio, Poder Global e Religião Universal, p. 57, Editora
Ecclesiae, 2012, Campinas – São Paulo.
336. BENTO XVI, Declaratio, Vaticano, 11 de fevereiro de 2013.
https://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2013/february/documents/
hf_ben-xvi_spe_20130211_declaratio.html
337. ELIZABETA PIQUÉ LOCALIZAR
338. ELIZABETA PIQUÉ LOCALIZAR
339. Ibidem.
161
340. “De Francisco, coelhos e irresponsabilidades. A íntegra do que disse o Papa”,
FratresinUnum.com, 20 de janeiro de 2015.
https://fratresinunum.com/2015/01/20/de-francisco-coelhos-e-irresponsabilidades-a-
integra-do-que-disse-o-papa/
341. TVI24, “Papa Francisco volta a comover o mundo com abraço a homem
desfigurado”, 7 de novembro de 2013.
http://www.tvi24.iol.pt/internacional/neurofibromatose/papa-francisco-volta-a-
comover-o-mundo-com-abraco-a-homem-desfigurado
342. SPADARO, Pe. Antonio, Entrevista ao Papa Francisco, Casa Santa Marta, 19 de
agosto de 2013.
https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2013/september/documents/
papa-francesco_20130921_intervista-spadaro.html
343. ELIZABETA PIQUÉ LOCALIZAR
344. Ibidem.
345. BOFF, E a Igreja se fez Povo, LOCALIZAR
346. BOFF, LOCALIZAR
347. BOFF, LOCALIZAR
348. BOFF, LOCALIZAR
349. PIQUÉ LOCALIZAR
350. SANAHUJA, Juan Cláudio, Poder Global e Religião Universal, p. 52, Editora
Ecclesiae, 2012, Campinas – São Paulo.
351. FRANCISCO, Homilia na Santa Missa de Imposição do Pálio e Entrega do Anel
do Pescador para o Início do Ministério Petrino do Bispo de Roma”, Praça de São
Pedro, 19 de março de 2013.
https://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2013/documents/papa-
francesco_20130319_omelia-inizio-pontificato.html: “Mas, para ‘guardar’, devemos
também cuidar de nós mesmos”. Santa Missa, imposição do Pálio e entrega do anel do
pescador para o início do ministério petrino do bispo de Roma, homilia do papa
Francisco, Praça de São Pedro, terça-feira, 19 de março de 2013, Solenidade de São
José.
352. SANAHUJA, Juan Cláudio, Poder Global e Religião Universal, p. 27, Editora
Ecclesiae, 2012, Campinas – São Paulo.
353. Ib. p. 30.
354. Ib. p. 49.
355. Ib. pp. 52-53.
356. Ib. p. 53.
357. Ib. p. 55.
358. Ib. p. 57.
359. Ib. p. 58.
162
360. BOFF, Leonardo, “Carta da Terra”, Instituto Akatu, publicado em 5 de outubro
de 2011. https://www.youtube.com/watch?v=EJ6NVNGxuMc
361. BOFF, Leonardo, Discurso na Assembleia Geral da ONU, 22 de abril de 2009.
http://www.hortaviva.com.br/midiateca/bg_polenizando/msg_ler.asp?ID_MSG=163;
[Ib. p. 63]
362. SANAHUJA, Juan Cláudio, Poder Global e Religião Universal, p. 68, Editora
Ecclesiae, 2012, Campinas – São Paulo.
363. KUNG, Hans, Igreja Católica, p. 16.
364. SANAHUJA, Juan Cláudio, Poder Global e Religião Universal, p. 69, Editora
Ecclesiae, 2012, Campinas – São Paulo.
365. NERY, Hermes Rodrigues, “Aquela não é a nossa Igreja”, FratresinUnum.com,
14 de novembro de 2013. https://fratresinunum.com/2013/11/14/aquela-nao-e-a-
nossa-igreja/
366. SANAHUJA, Juan Cláudio, Poder Global e Religião Universal, p. 70, Editora
Ecclesiae, 2012, Campinas – São Paulo.
367. Ib. p. 68.
368. KUSCHE, Karl-Josef, “BentoXVI e Hans Kung – Contexto e perspectivas do
encontro em CastelGandolfo”, Cadernos de Teologia Pública, Ano III, Nº 21,
Universidade do Vale do Rio do Rio dos Sinos, Instituto HumanitasUnisinos, 2006.
http://www.ihu.unisinos.br/images/stories/cadernos/teopublica/021cadernosteologia
publica.pdf.
369. Ibidem.
370. Ibidem.
371. Ibidem.
372. KUNG, Hans, “Carta aberta aos cardeais na eleição de um novo papa”,
Paróquias de Portugal, 19 de abril de 2005. http://www.paroquias.org/noticias.php?
n=5119
373. https://www.publico.pt/temas/jornal/carta-aberta-de-hans-kung-aos-bispos-
de-todo-o-mundo-19259609
374. Ibidem.
375. Ibidem.
376. Ibidem.
377. Ibidem.
378. ENGLISCH, Andreas, O Homem que Não Queria Ser Papa”, p. 132, Universo
dos Livros, 2013, São Paulo.
379. “Monsenhor Lefebvre: resumo ao Cardeal Ratzinger”, Missão Cristo Rei,
publicado em 29 de outubro de 2015. https://www.youtube.com/watch?
v=y_6smG5cWuU
380. BENTO XVI, Carta aos Bispos da Igreja Católica, a Propósito da Remissão da
Excomunhão aos Quatro Bispos Consagrados pelo Arcebispo Lefebvre”, Vaticano, 10
163
de março de 2009.
https://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/letters/2009/documents/hf_ben-
xvi_let_20090310_remissione-scomunica.html
381. LEFBVRE, Marcel, “Mons Lefebvre Sobre a Crise na Igreja”, Dalve00, publicado
em 20 de novembro de 2015. https://www.youtube.com/watch?v=9EHeSjoDTU8
382. LEFEBVRE, Marcel, “A Contra-Igreja Conciliar”, Pedro Henrique, publicado em
12 de julho de 2017. https://www.youtube.com/watch?v=it45rA1SBDY
383. QUEIROZ, Rafael, “A verdade sobre o papa Francisco e o ecumenismo com os
protestantes”, Via Romana, publicado em 1 de novembro de 2016.
https://www.youtube.com/watch?v=dFqivBnzRYo
384. MATTEI, Roberto de, O Concílio Vaticano II – Uma História nunca escrita”, p.
384, Caminhos Romanos, Porto, 2012.
385. Ib. p. 385.
386. p. 385
387. LEVADA, Cardeal William, “Respostas a Questões Relativas a Alguns Aspectos
da Doutrina sobre a Igreja”, Congregação para a Doutrina da Fé, Vaticano, 29 de junho
de 2007.
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_
doc_20070629_responsa-quaestiones_po.html
388. Ibidem.
389. BENTO XVI, “Discurso no Encontro e Celebração das Vésperas com os Bispos do
Brasil”, na viagem apostólica ao Brasil, por ocasião da V Conferência Geral do
Episcopado da América Latina e do Caribe”, Catedral da Sé, São Paulo, 11 de maio de
2007.
https://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2007/may/documents/
hf_ben-xvi_spe_20070511_bishops-brazil.html
390. KUNG, Hans, “Carta aberta de Hans Kung aos bispos de todo o mundo”,
Público/The New York Times. Tradução de: Eurico Monchique, 24 de abril de
2010.https://www.publico.pt/temas/jornal/carta-aberta-de-hans-kung-aos-bispos-de-
todo-o-mundo-19259609
391. BENTO XVI, “Encontro com o Clero de Roma”, Vaticano, Sala Paulo VI, 14 de
fevereiro de 2013.
http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2013/february/documents/
hf_ben-xvi_spe_20130214_clero-roma.html
392. Ibidem.
393. Ibidem.
394. LOCALIZAR - Vinte anos após o encerramento do Concílio Vaticano II, o papa S.
João Paulo II entendeu que era preciso “demonstrar os limites da recepção do
Vaticano II”394
395. CALDEIRA, Rodrigo Coppe, “Vaticano II: a batalha pelo significado. Uma análise
de Rodrigo Coppe Caldeira” sobre a obra de Massimo Faggioli, Instituto
HumanitasUnisinos, 7 de julho de 2012. http://www.ihu.unisinos.br/511178-vaticano-
ii-a-batalha-pelo-significado-uma-analise-de-rodrigo-coppe-caldeira
164
396. SCHNEIDER, Dom Athanasius, “A Interpretação do Concílio Vaticano II e a sua
relação com a crise atual da Igreja”, FratresinUnum.com, 23 de julho de 2017.
https://fratresinunum.com/2017/07/23/a-interpretacao-do-concilio-vaticano-ii-e-a-
sua-relacao-com-a-crise-atual-da-igreja/
397. BENTO XVI, “Discurso aos Cardeais, Arcebispos e Prelados da Cúria Romana, na
apresentação dos votos de Natal”, Vaticano, 22 de dezembro de 2005.
http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2005/december/documents/
hf_ben_xvi_spe_20051222_roman-curia.html
398. Ibidem.
399. Ibidem.
400. Ibidem.
401. Ibidem.
402. Ibidem.
403. http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/
rc_con_cfaith_doc_19840806_theology-liberation_po.html
404. RATZINGER, Cardeal Joseph, “Instrução sobre alguns aspectos da ‘Teologia da
Libertação’”, Vaticano, Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 6 de agosto de
1984.
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_
doc_19840806_theology-liberation_po.html, IX - TRADUÇÃO « TEOLÓGICA » DESTE
NÚCLEO IDEOLÓGICO, 6.
405. Ibidem.
406. BENTO XVI, “Homilia na Santa Missa, Benção e Imposição das Cinzas”, Basílica
de São Pedro, 13 de fevereiro de 2013.
http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/homilies/2013/documents/hf_ben-
xvi_hom_20130213_ceneri.html
407. BENTO XVI, “Discurso aos Cardeais, Arcebispos e Prelados da Cúria Romana, na
apresentação dos votos de Natal”, Vaticano, 22 de dezembro de 2005.
http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/speeches/2005/december/documents/
hf_ben_xvi_spe_20051222_roman-curia.html
408. RATZINGER, Cardeal Joseph, “Instrução sobre alguns aspectos da ‘Teologia da
Libertação’”, Vaticano, Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 6 de agosto de
1984.
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_
doc_19840806_theology-liberation_po.html
409. Ibidem.
410. Ibidem. [ VI –Uma nova interpretação do Cristianismo, 8]
411. Ibidem. [VII, A análise marxista, 9]
412. Ibidem. [VI – uma nova interpretação do Cristianismo, 9]
413. NERY, Hermes Rodrigues, Ideologização da fé, Revista Verbum.
165
414. RATZINGER, Cardeal Joseph, “Instrução sobre alguns aspectos da ‘Teologia da
Libertação’”, Vaticano, Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, 6 de agosto de
1984.http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/
rc_con_cfaith_doc_19840806_theology-liberation_po.html[VII, A análise marxista, 6]
415. Ibidem.
416. RATZINGER, Cardeal Joseph, “Notificação sobre o livro ‘Igreja, Carisma e Poder.
Ensaios de Eclesiologia Militante’, de Frei Leonardo Boff, O.F.M.”, Vaticano,
Congregação para a Doutrina da Fé, 11 de março de 1985.
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_
doc_19850311_notif-boff_po.html
417. Ibidem.
418. SINNER, Rudolf von, “Leonardo Boff – um católico protestante”, Estudos
Teológicos, v. 46, n. 1, p. 152-173, 2006.
http://www3.est.edu.br/publicacoes/estudos_teologicos/vol4601_2006/et2006-
1jrvsinner.pdf
419. RATZINGER, Cardeal Joseph, “Notificação sobre o livro ‘Igreja, Carisma e Poder.
Ensaios de Eclesiologia Militante’, de Frei Leonardo Boff, O.F.M.”, Vaticano,
Congregação para a Doutrina da Fé, 11 de março de 1985.
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_
doc_19850311_notif-boff_po.html
420. RIBEIRO, Antonio Carlos, “Boff: Diálogo com Lutero”, Horizonte, v. 7, n. 13, p.
183-215, Belo Horizonte, 2008. https://pt.scribd.com/document/318431902/Boff-
dialogo-com-Lutero
421. Ibidem.
422. RATZINGER, Cardeal Joseph, “Notificação sobre o livro ‘Igreja, Carisma e Poder.
Ensaios de Eclesiologia Militante’, de Frei Leonardo Boff, O.F.M.”, Vaticano,
Congregação para a Doutrina da Fé, 11 de março de 1985.
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_
doc_19850311_notif-boff_po.html
423. BOFF, Leonardo, E a Igreja se fez Povo – Eclesiogênese: a Igreja que nasce da
fé do povo, p. 194, Círculo do Livro S.A., 1986, São Paulo.
424. BOFF, Leonardo, currículo acadêmico e de publicações, 2010.
http://leonardoboff.eco.br/site/bio/cv.htm[verificar pdf da tese]
425. SILVA, Bruno Marques, Fé, razão e conflito. A trajetória intelectual de Leonardo
Boff, http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2007_SILVA_Bruno_Marques-
S.pdf
426. Entrevista de Leonardo Boff a Revista Memória e Caminhada. Op. cit., p. 24.
http://www.historia.uff.br/stricto/teses/Dissert-2007_SILVA_Bruno_Marques-S.pdf.
427. RIBEIRO, Antonio Carlos, “Boff: Diálogo com Lutero”, Horizonte, v. 7, n. 13, p.
183-215, Belo Horizonte, 2008. https://pt.scribd.com/document/318431902/Boff-
dialogo-com-Lutero
428. Ibidem.
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429. MORELLI, Mauro, prefácio ao livro “E a Igreja se Fez povo – Eclesiogênese: a
Igreja que nasce da fé do povo”, Círculo do Livro S.A., 1986, São Paulo.
430. VeritatisSplendor, 42 [
http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/encyclicals/documents/hf_jp-
ii_enc_06081993_veritatis-splendor.html]
431. MAJELLA, GERALDO AGNELO, João Paulo II, O Gigante da Fé, 30 Dias, na Igreja
e no Mundo, Recordando João Paulo II, as recordações de 20 Cardeais, n°. 4, 2005.
http://www.30giorni.it/articoli_id_8498_l6.htm
432. “A luta de São João Paulo II e Bento XVI contra a Teologia da Libertação”,
Sanctus Angele Domini II, publicado em 28 de setembro de 2016.
https://www.youtube.com/watch?v=fzKNY2FXZAE
433. NERY, Hermes Rodrigues, “Aquela não é a nossa Igreja”, FratresinUnum.com,
14 de novembro de 2013. https://fratresinunum.com/2013/11/14/aquela-nao-e-a-
nossa-igreja/
434. BETTO, Frei, “O amigo Lula: Frei Betto narra a transformação do líder sindical
do ABC em presidente”, O Globo, 4 de novembro de 2011, artigo publicado em 2002.
https://oglobo.globo.com/politica/o-amigo-lula-frei-betto-narra-transformacao-do-
lider-sindical-do-abc-em-presidente-2910790
435. RATZINGER, Georg Ratzinger, “Meu Irmão, o Papa, Ed. Europa, pp. 216-217.
436. STURM, Heloísa Aruth, “Francisco não é um nome, é todo um programa de
Igreja, diz teólogo”, O Estado de São Paulo, 13 de março de 2013.
http://www.estadao.com.br/noticias/geral,francisco-nao-e-um-nome-e-todo-um-
programa-de-igreja-diz-teologo,1008313
437. Ibidem.
438. Ibidem.
439. “Gaivota ataca pomba da paz do papa Bento XVI”, G1, em São Paulo, 30 de
janeiro de 2013. http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/01/gaivota-ataca-pomba-
da-paz-do-papa-bento-xvi.html
440. Ibidem.
441. BENTO XVI, Angelus, Vaticano, 27 de janeiro de 2013.
http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/angelus/2013/documents/hf_ben-
xvi_ang_20130127.html
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