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Pichando a cidade:

Apropriações “impróprias” do espaço urbano


Alexandre Barbosa Pereira
Pichação
Picho Grafite
Um pichador relatou que
“atropelava” os grafites comerciais
(contratados pelos
estabelecimentos) porque, para ele,
estes são
como outdoors:
“são propagandas e
não grafites e
por isso não têm
que ser respeitados”. p. 229.
Centro Cultural São Paulo
Para Marc Augé, “o conceito de não-lugar como
um espaço que não pode ser definido nem como identitário,
nem como relacional, muito menos como histórico.
Em síntese, o não-lugar seria o contrário da noção antropológica de lugar,
de cultura localizada no tempo e no espaço. [...]
os atores sociais conseguem subverter
o uso estabelecido inicialmente para determinados locais,
criando novas formas de apropriação da cidade e seus equipamentos.” p. 232.
A sociabilidade entre os pichadores

Regras/ • Humildade de cumprimentar todos


• Vestem bermudas, calças largas, bonés, tênis de skatistas, moletom com capuz,
Scrip mochilas para as tintas sprays e troca de folhinhas (coleção de assinaturas)

• Sociabilidade construída na “quebrada”


Pedaço • Símbolos e códigos de pertencimento que são levados para o centro
• Visibilidade do centro e a construção do pedaço no centro

Percurso/ • Pichações são evidenciadas ao longo do processo


• Trajetos que ligam os points ou as quebradas e o centro não são aleatórias, são
Trajetos representativas para os atores

• Bares, ruas, rolês, festas, música, bebidas etc...


Cenário • Sociabilidade e comunicação entre os grafiteiros

• Pichadores
Atores • Grafiteiros

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