cultural de arte urbana no bairro do Parque Vitória / São Luís.
WÉVINE SARAH MAIA RIBEIRO
Onde há pessoas também há cultura. Expressões artísticas de todos os modos, comunicação por meio da música, teatro, dança, fotografia, literatura… e pintura. O contexto urbano nas grandes cidades viu surgir o graffiti, a pichação e formas de expressão que utilizam dos muros da cidade como tela, trazendo para os muros da cidade a cultura, justificativa
a vivência do jovem, a voz das regiões periféricas, dentre tantas outras
mensagens, além de fazer modificações na paisagem urbana. A arte urbana se desenvolve de forma quase intrínseca à comunidade, trazendo a cultura das pessoas em evidência, e ajudando a moldar a visão das pessoas na cidade, em especial as crianças. Dessa forma, é relevante que sejam propostas formas de incentivar a produção e apreciação da arte urbana de formas contemporâneas em nossas comunidades. “A arte urbana informal é parte do património das cidades contemporâneas. Um património não-oficial, associado à cultura popular e à criatividade vernacular, que tem um papel relevante na paisagem visual das cidades. (...) Em termos metafóricos, a rua simboliza o espaço da produção popular, informal, espontânea, vernacular e menorizada, quando a galeria representa o formal, o canónico, o erudito, o legitimado, o valorizado.” (CAMPOS, Ricardo, 2018) Nesse contexto, o trabalho mostrará como um centro cultural justificativa
voltado para a comunidade pode ser feito para expor e produzir
expressões culturais através da arte contemporânea. Um complexo que contenha os elementos centrais do graffiti e outras formas de expressão artística urbana, valorizando a cultura da região e criando um sentimento de identificação da comunidade com o acolhimento da arte popular, oferecendo espaços abertos para exposições permanentes e temporárias, salas para cursos diversos, dentre outros espaços. A proposta deste espaço é que a comunidade se sinta acolhida para utilizar as galerias, que tenha um caráter colaborativo, com exposições artísticas, cursos para diversas idades, de forma a incentivar a cultura da arte contemporânea no contexto da cidade. Objetivo geral
Desenvolver projeto arquitetônico de um centro cultural que ofereça estrutura
objetivos
eficiente para a produção e incentivo de manifestações artísticas por meio da
arte urbana contemporânea - em especial, o graffiti - no bairro do Parque Vitória / São Luís - MA.
Objetivos específicos
Propor projeto Atribuir novo uso a área Incentivar a produção de
arquitetônico de centro desmatada na APA do arte, conhecimento e cultural de importância Itapiracó, propondo cultura através do graffiti para a comunidade. ambientes de integração e outras manifestações sociocultural através da artísticas arte urbana. contemporâneas. Pesquisa de referenciais téorico: estudo de autores do tema; Metodologia
Estudo de legislação acerca da ocupação
em APA (Área de preservação ambiental); Levantamento do terreno: documentação fotográfica e de mapas; Estudo de caso de projetos de centros culturais; Elaboração de projeto: croquis, partido arquitetônico, pranchas de implantação, planta baixa, cortes, fachadas e desenvolvimento de maquete eletrônica. GADOTTI, M. Educação com qualidade social: projeto, implantação e desafios dos Centros Educacionais Unificados (CEUs). São Paulo: Instituto Paulo Freire, 2000. ANDRÉ, escritório. Centro de Artes de Águeda. Metodologia
Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/
br/906089/centro-de-artes-de-agueda-and-re? ad_source=search&ad_medium=projects_tab>. Acesso em: 13/02/2023. Ricardo Campos, «O espaço e o tempo do graffiti e da street art», Cidades [Online], 34 | 2017, posto online no dia 12 setembro 2018, consultado o 12 fevereiro 2023. URL: http://journals.openedition.org/cidades/402 Campos, R. (2010) Porque pintamos a cidade? Uma abordagem etnográfica do graffiti urbano. Lisboa: Fim de Século.