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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO


DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO INTERDISCIPLINAR - 2019


PLANO DE TRABALHO

CENTRO DE ARTE: ESTUDO, PRODUÇÃO E EXPOSIÇÃO


ARTÍSTICA.
LONDRINA - PR

ORIENTADOR: Marcelo Puppi


DISCENTE: Nathália Momesso de Menezes
Nº MATRÍCULA: 201500530457
EMAIL: natmomesso@gmail.com
CONTATO: (44) 9 9907 6027

LONDRINA - 2019
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
CENTRO DE TECNOLOGIA E URBANISMO
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO

1. TÍTULO PROVISÓRIO
Centro de Arte: estudo, produção e exposição artística.

2. TEMÁTICA
O Centro de Arte se apresenta como um complexo cultural voltado para o
estudo, discussão, exposição e produção interdisciplinar de arte, vinculado à
Universidade Estadual de Londrina.

3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral:
O objetivo deste trabalho final de graduação é o projeto de um Centro de Arte
para Londrina, vinculado à Universidade Estadual de Londrina, que visa oferecer
espaços de estudo, discussão, exposição e produção artística. Pretende-se estudar a
relação entre arte, arquitetura e cidade, envolvendo questões teóricas das respectivas
áreas.

3.2. Objetivos Específicos:


Aprofundar os conhecimentos sobre a relação entre arte, arquitetura e cidade.
Analisar as relações entre arte e arquitetura nos museus, galerias ou centros de arte.
Estudar a relação entre arquitetura e monumento. Abordar questões que envolvem a
arte brasileira em um panorama geral e suas necessidades. Trabalhar com a
interdisciplinaridade das artes em algumas de suas vertentes, como pintura, escultura,
arquitetura, urbanismo, literatura e design. Empenhar-se na aproximação da
população, não acadêmica, com a arte, buscando mostrar que não deve haver
distinção de público para esta, além de explorar a relação da educação em espaços
artísticos e museológicos.

4. JUSTIFICATIVA
A iniciativa de realizar esse tema surgiu com a intenção de unir a arte popular
com a arte erudita, além de proporcionar um espaço que permita a troca de
experiências entre as diversas vertentes da arte. Tem-se como objetivo a criação de

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espaços de convivência, estudo, produção e exposição artística nos quais coexistam


manifestações de diversos tipos.
A proposta do projeto estaria vinculada à Universidade Estadual de Londrina,
uma vez que esta seria responsável por realizar a ponte entre o conhecimento
acadêmico e a arte popular. Levando em consideração o interesse em ressaltar que
o edifício busca quebrar qualquer tipo de distinção de público, este não poderia se
localizar dentro da Universidade, uma vez que a delimitação do campus acaba por
inibir a participação da população não acadêmica no geral. Portanto, foi escolhido um
terreno que segue a curva da Avenida Juscelino Kubitschek, localizado entre as Ruas
Canudos e Paranaguá (figura 1). Em frente ao terreno escolhido se situa uma praça
em formato triangular, que terá grande apelo na realização do projeto, principalmente
no sentido de fazer a ligação do edifício com a cidade. Ainda sobre arte, a presença
da praça levantará discussão e o estudo sobre a apropriação de espaços públicos por
meio de representações artísticas.

Fonte: Google Maps. Acesso: março 2019. (modificado pela autora)

A universidade já possui algumas Divisões artísticas, como a DaP (Divisão de


Artes Plásticas) e a Divisão de Música, porém, o Centro de Arte estaria disponível

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como um ateliê para os cursos ofertados pela UEL, complementando ainda mais o
ensino da universidade, e o integrando à cidade e à população.
Outro aspecto importante do Centro de Arte, é a relação do espaço expositivo
de museus com práticas pedagógicas do ensino de arte destinado à crianças e
adolescentes. O projeto, sendo um espaço de acesso público, valorizaria estas
práticas e as tornaria acessíveis para a cidade de Londrina.

5. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fundamentação teórica do presente trabalho se apresentará basicamente em
três frentes principais. Primeiramente, a fim de introduzir a temática da proposta, o
trabalho propõe-se a estudar conceitos fundamentais da história da arte - através de
autores clássicos e teóricos da arte, como Giulio Carlo Argan, Ernst Gombrich, Henrich
Wölfflin e Jorge Coli -, conceitos relacionados à arquitetura - monumentalidade,
complexidade, ambivalência, entre outros, a partir de arquitetos e teóricos da
arquitetura, como Robert Venturi, Carlos Eduardo Comas, Hal Foster, etc. -, e a
relação entre arte, arquitetura e cidade.
A segunda frente baseia-se em análises históricas. A partir da fundamentação
teórica, deve-se elaborar uma pesquisa histórica sobre a evolução dos museus,
abordando seus espaços expositivos, a relação arte-arquitetura, a arquitetura como
obra de arte, entre outros. Nesta etapa será realizado também uma historiografia da
arquitetura e arte brasileira, para que se possa entender as relações existentes no
nosso contexto.
Por fim, a terceira frente, consiste nas análises de correlatos, através de
conceitos e teorias apresentadas por arquitetos e teóricos da arquitetura, como Josep
Maria Montaner, Rafael Moneo, etc.

6. METODOLOGIA
1. Levantamento bibliográfico específico e geral sobre o tema do projeto em
questão.
2. Aprofundamento no tema e em questões relativas à arte, arquitetura e cidade.

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3. Análises históricas relacionadas com o tema e com os assuntos abordados no


trabalho.
4. Fichamento e análise do levantamento bibliográfico.
5. Delimitação do programa do projeto.
6. Análise das obras correlatas escolhidas, que a princípio são: Macro Museo,
Roma; Praça das Artes, São Paulo; Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre; e
por fim, a realização de uma avaliação pós-ocupação de um correlato da região,
a Divisão de Artes Plásticas (DaP), em Londrina.
7. Análise de correlatos estéticos.
8. Análise estética e conceitual do projeto.
9. Análise do contexto onde será inserido o projeto.
10. Delimitação da área do projeto relacionado à análise do terreno e do programa.
11. Desenvolvimento de fluxogramas e setorização.
12. Estudo da volumetria.
13. Pré-dimensionamento e quadro de áreas.
14. Desenvolvimento do estudo preliminar.
15. Desenvolvimento do anteprojeto.
16. Desenvolvimento em paralelo do caderno teórico e conceitual do projeto.

7. PROPOSTA DE SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
2. A RELAÇÃO ARTE, ARQUITETURA E CIDADE
2.1. Arte e suas vertentes
2.2. Arquitetura e monumento
2.3. Apropriação dos espaços públicos por meio de manifestações
artísticas
3. HISTORIOGRAFIA
3.1. O desenvolvimento e evolução dos museus
3.2. A educação em espaços artísticos e museológicos
3.3. Arte e arquitetura brasileira
4. ANÁLISE DE CORRELATOS
4.1. MACRO MUSEO, Roma

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4.2. Praça das Artes, São Paulo


4.3. Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre
4.4. Divisão de Artes Plásticas UEL, Londrina
5. LEVANTAMENTO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO
5.1. Evolução Urbana
5.2. Relação cidade e arte
5.3. O terreno e o entorno
5.4. Análise de potencialidades
6. MEMORIAL JUSTIFICATIVO
6.1. Conceito
6.2. Partido Arquitetônico
6.3. Programa de necessidades
6.4. Concepção estética
6.5. Concepção volumétrica
6.6. Setorização
6.7. Uso de materiais
6.8. Concepção estrutural
7. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS
9. ANEXOS

8. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

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9. BIBLIOGRAFIA BÁSICA PRELIMINAR

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ARGAN, Giulio Carlo. História da arte como história da cidade. Tradução por Pier
Luigi Cabra. 5ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

ARGAN, Giulio Carlo. Projeto e Destino. São Paulo: Editora Ática, 2004.

BOURDIEU, Pierre. O amor pela arte: os museus de arte na Europa e seu público.
Tradução de Guilherme João de Freitas Teixeira. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo; Porto Alegre: Zouk, 2007.

COLI, Jorge. O que é Arte. 15ª edição. São Paulo: Editora Brasiliense, 1995.

COMAS, Carlos Eduardo Dias. Precisões brasileiras: sobre um estado passado


da arquitetura e urbanismo modernos: a partir dos projetos e obras de Lúcio
Costa, Oscar Niemeyer, MMM Roberto, Affonso Reidy, Jorge Moreira & Cia.,
1936-45. Tese Doutorado. Universidade de Paris VIII, Saint-Denis, 2002.

FOSTER, Hal. O complexo arte-arquitetura. Tradução por Célia Euvaldo. São Paulo:
Ubu Editora, 2017.

GOMBRICH, Ernst. A história da arte. 16ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

MONEO, Rafael. Inquietação Teórica e Estratégia Projetual. São Paulo: Cosac &
Naify, 2008.

MONTANER, Josep Maria. Depois do movimento moderno: Arquitetura da


metade do século XX. Traduzido por Maria Beatriz da Costa Mattos. 7ª edição.
Barcelona: Gustavo Gilli, 2015.

MONTANER, Josep Maria. Museus para o século XXI. Tradução por Eliana Aguiar.
Barcelona: Editorial Gustavo Gilli, 2003.

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NESBITT, Kate (organização). Uma Nova Agenda para a arquitetura: antologia


teórica 1965-1995. 2ª edição. São Paulo: Cosac & Naify, 2008.

ROSSI, Aldo. A arquitetura da cidade. 2ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

VENTURI, Robert. Complexidade e contradição em arquitetura. 2ª edição. São


Paulo: Martins Fontes, 2004.

VENTURI, Robert; BROWN, Denise Scott; IZENOUR, Steven. Aprendendo com Las
Vegas: o simbolismo (esquecido) da forma arquitetônica. São Paulo: Cosac &
Naify, 2003.

WÖLFFLIN, Heinrich. Conceitos Fundamentais da História da Arte. 4ª edição. São


Paulo: Martins Fontes, 2015.

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