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Vila Galvão
2023
CLAUDIA FIGUEIREDO SILVA
Vila Galvão
2023
CLAUDIA FIGUEIREDO SILVA
Aprovado em:
DEDICATÓRIA
.
AGRADECIMENTOS
FOLHA DE EPÍGRAFE
SUMÁRIO
Resumo......................................................................................................................1
I. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3
II. CAPÍTULO 1 – Origem e o Papel Social e Econômico do Museu......................................5
III. CAPÍTULO 2 – Arte-Educação no Contexto Museológico..............................................10
RESUMO
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ABSTRACT
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I. INTRODUÇÃO
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espaço com estímulos. O objetivo dessa monografia é justamente conhecer a
realidade de um público que enfrenta barreiras culturais para acessar a arte de
forma consolidada, e como o aluno pode se beneficiar de uma visita ao museu
através da disciplina de Artes, que pode ser construtiva para criar pensamento
crítico e social. Como aponta Ana Mae Barbosa, “uma sociedade só é artisticamente
desenvolvida quando ao lado de uma produção artística de alta qualidade há
também uma alta capacidade de entendimento desta produção pelo público” (2004,
p. 13). E propriamente, não há, e nesse sentido o trabalho apresenta investigações
e possíveis soluções para a questão.
No primeiro capítulo, disserta-se sobre a história dos museus, desde a origem, seu
significado e função social, bem como os seus aspectos estéticos na
contemporaneidade, e, através de revistas e artigos, demonstram-se dados acerca
da desigualdade econômica para acesso dessas instituições. O segundo capítulo
aborda a Arte-Educação e o contexto museológico, sendo este capaz de capacitar
jovens a construir um olhar sensível, crítico e observador, com finalidade de torná-
los cidadãos ativos na sociedade em que vivem, para que possam refletir como um
espaço rico em diversidade acaba se tornando obsoleto para a classe que possui
menos poder aquisitivo.
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O termo museu vem da Grécia Antiga, com a palavra mouseion, significando o
Templo das Musas. Na mitologia grega, Zeus e Mnemosine tiveram 9 filhas, as
musas que carregavam o saber científico e artístico, como a dança, astronomia,
história e poesia lírica, e esse templo foi uma casa para elas: nela os gregos se
reuniam para agradar as musas e buscar por inspiração, sendo em sua maioria,
filósofos e estudiosos. Esse museu tinha função de adorar aos deuses, não se
assemelha ao museu contemporâneo pois não havia uma coleção de objetos
destinados a informar a história e estudá-los.
Foi criado, então, o Museu de Alexandria, como aponta Gaspar (1993, p.12), uma
instituição que agrupava itens como estátuas de filósofos, peles de animais, trombas
de elefantes e instrumentos cirúrgicos, mas de nada tinha a ver com o museu como
se conhece hoje, era, essencialmente, um lugar destinado a pesquisas e estudo,
além de possuir uma biblioteca com um tutor. O museu adquire um novo significado
a partir da Idade Média com o Renascimento, trazendo o Gabinete de Curiosidades,
um museu organizado pela burguesia e para a burguesia para armazenar objetos
raros e que vinham de lugares distantes, como animais empalhados, esqueletos,
obras de arte e insetos. Nota-se que na Antiguidade havia restrição para atender a
todos os públicos, atualmente os museus estão abertos a todos, mas mesmo no
Renascimento os objetos estavam focados na quantidade, não conceituava a
palavra museu como um espaço de saber para o povo.
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atividades com objetos que, de alguma forma, fazem parte da vida dos
alunos e professores (RAMOS, 2004, p. 37).
A construção de um cidadão formado em ler imagens está além da sala de aula, ele
deve ter contato com instituições destinadas a este fim. Estar constantemente em
contato com imagens não significa que se pode analisá-las e entendê-las, e é isso
que falta no ensino: um currículo escolar capaz de capacitar o aluno a interpretar
códigos. O museu tem uma variedade de signos que, desde o momento em que o
visitante entra no local, exige uma interpretação da instalação, do acervo e até
mesmo das descrições presentes na obra. Se não há um conhecimento acerca
dessa leitura, o contato com esses ambientes se torna impraticável. Barbosa (2009,
p. 34) enfatiza que a leitura de imagem deve partir de uma alfabetização das obras
de arte como imagens fixas, e, para que a criança possa desenvolver a competência
de interpretá-las através do cinema e da televisão, dá-se a capacitação para
imagens em movimento. Na cultura contemporânea imagens em movimento estão
por toda parte, e deste modo, a arte é transferência, inclusive nos museus.
A partir disso, aprende-se que a arte pode sim ser para todos. A educação em
museus pode vir da escola, mas também no cotidiano com a família, pois os pais
são responsáveis pela educação não formal dos seus filhos, e desse modo, cria-se
o hábito de frequentar esses locais e a criança passa a se sentir à vontade para
observar e interagir com essas peças, e além disso, exercitar a expressão e
interpretação das imagens. O aluno deve ser incentivado desde pequeno a se
expressar e demonstrar suas ideias, pois desse modo constrói-se um cidadão
criativo e observador.
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museus que não recebem uma reforma e ficam abandonados pelo Estado, como
aconteceu em 2018 com um incêndio no Museu Nacional – 20 milhões de itens
foram queimados, perdidos na eternidade, e o mesmo aconteceu com o Museu da
Língua Portuguesa. A população fica com a impressão de que são lugares
descuidados. Como aponta uma pesquisa realizada pelo instituto Oi Futuro, os
participantes da pesquisa relatam que o Brasil não sabe conservar os acervos,
portanto não há interesse em visitá-los, pois estão velhos e desgastados.
Igualmente, a população não conhece a programação da cidade e não sabe quando
os museus apresentam um acervo temporário, acreditam que museus são estáticos
até mesmo nas suas programações.
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III. CAPÍTULO 2 – Arte-Educação no Contexto Museológico
A educação não formal tem como foco principal ser centrada no aluno, o que
significa que é adaptada às necessidades e interesses específicos do discente. É
conveniente para indivíduos que podem não ter acesso à educação formal devido a
barreiras econômicas, sociais ou geográficas. Não só no ambiente escolar que o
aprendiz desenvolve a capacidade de criar, ler e contextualizar, mas no seu
cotidiano também, estando em contato com diversas possibilidades artísticas, como
o museu. A sala de aula é importante para que o jovem aprenda acerca da teoria,
desenvolva pensamento crítico e exercite o convívio com os seus pares, mas não é
a única forma de exercer o saber. Libâneo (2005, p.31) define a educação formal
como, “a educação formal compreenderia instâncias de formação, escolares ou não,
onde há objetivos educativos explícitos e uma ação intencional institucionalizada,
estruturada, sistemática”, portanto, é evidente que há uma norma e um cronograma
que regem a aprendizagem, tornando difícil a flexibilização para além dos muros da
escola. É papel da instituição promover ações didáticas que aproximem os
indivíduos para o seu meio, a fim de capacitá-los para agir positivamente para sua
mudança.
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perspectivas que tem que sair do papel para capacitar discentes no cotidiano, como
aponta Soto (2001, p. 259), “a possibilidade de realizarmos a educação não-formal
está aí, o desafio é fazê-la de tal modo que ela possa tornar-se uma ferramenta
transformadora das estruturas sociais, para que a mudança social já não esteja
mais no plano de utopia”.
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REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte. São Paulo: Perspectiva, 2004.
G1. Exposiçao imersiva Van Gogh & Impressionistas alcança 20 mil ingressos
vendidos, 2023. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-
publicitario/lightland/noticia/2023/02/28/exposicao-imersiva-van-gogh-and-
impressionistas-alcanca-20-mil-ingressos-vendidos.ghtml>. Acesso em 23 de março
de 2023.
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RAMOS, Francisco Régis Lopes. A danação do objeto: o museu no ensino de
História. Chapecó: Argos, 2004.
GOMES, Karina Sérgio. Museu das Favelas é inaugurado hoje em São Paulo,
2022. Disponível em: <https://www.metropoles.com/sao-paulo/roteiro-sp/exposicoes-
sp/museu-das-favelas-e-inaugurado-hoje-em-sao-paulo>. Acesso em 31 de março
de 2023.
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DPRF. Diretoria de Planejamento de Rede Física de Minas Gerais. Disponível
em: Acesso em 31 de março de 2023.
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