ARTES

Artes Visuais - Mediação Artística e História do Ensino de Arte no Brasil

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ARTES VISUAIS - MEDIAÇÃO ARTÍSTICA E HISTÓRIA DO ENSINO DE

ARTE NO BRASIL

DIRETO DO CONCURSO
1. (SEDUC-AM/FGV/2014/MEDIAÇÃO ARTÍSTICA) Nos museus dedicados às artes plás-
ticas, é cada vez mais comum a presença de um profissional capaz de atuar como inter-
mediador das diversas instâncias de significação suscitadas pelas obras de arte junto
ao público visitante. Este profissional, mediante propostas pedagógicas cria situações
onde o encontro com a arte amplia a leitura e a compreensão do mundo e estimula a
percepção de como outros homens e mulheres expressaram seus sonhos, seus dese-
jos e suas culturas.
Assinale a opção que indica corretamente a que profissional o texto acima se refere.
a. Um guia de museu, que orienta a visita a percursos guiados, do começo ao fim.
b. Um tradutor cultural, que explica os códigos próprios das linguagens artísticas a um
público leigo.
c. Um produtor cultural, que atua em grandes eventos elaborando projetos para as leis
de incentivo fiscal.
d. Um mediador cultural, que potencializa a visita a uma exposição.
e. Um gestor cultural, que administra as políticas culturais implementadas pelo município.

COMENTÁRIO
Antigamente, o mediador era chamado de guia, de instrutor – é aquele profissional que fica
nas galerias, nos museus e explica sobre as obras de arte.
Atualmente é o mediador artístico e cultural e há faculdades voltadas para a formação des-
ses profissionais, que também podem se formar em cursos técnicos.
Ele agora não está apenas nos museus levando as pessoas e lhes explicando algumas
curiosidades, ele agora vai trazer contextos, dinâmicas de maneira a envolver o público
com aquilo que estão vendo. É o profissional que faz a intervenção entre o público e as
obras expostas e traz uma proposta pedagógica, explicativa, informativa.
5m
d. Um mediador cultural, que potencializa a visita a uma exposição.
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2. (PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO AMARANTE-RN/IBFC/2021/ARTE EDUCADOR)

“A mediação cultural, como a compreendemos, quer gerar experiências que afetam
cada um que a partilha, começando por nós mesmos, obriga-nos, assim, a sair do papel
de quem sabe para viver a experiência de quem convive com a Arte.”
(Miriam Celeste Martins 2012)
A mediação cultural é uma prática encontrada em diversos museus. Partindo dessa
afirmativa, assinale a alternativa correta.
Partindo dessa afirmativa, assinale a alternativa correta.
a. O espaço do museu pode ser considerado um lugar relacional, em que a educação
não formal se potencializa, construindo relações entre o espectador, o espaço e a Arte
b. O espaço do museu pode ser considerado um campo estéreo para a aprendizagem,
pois não é uma instituição escolar
c. O museu é, por excelência, o local de salva e guarda de peças que, presentes no
acervo de obras, devem ser resguardadas do público
d. O museu é o local onde a mediação cultural acontece de forma unilateral, pois o prin-
cipal agente presente nessa relação é o objeto de arte, que deve ser mantido em seu
real significado. O espectador somente absorve aquilo que lhe é explicado no espaço
mantendo-se neutro

COMENTÁRIO
a. O espaço do museu pode ser considerado um lugar relacional, em que a educação não
formal (aquela que está fora das escolas) se potencializa, construindo relações entre o es-
pectador, o espaço e a Arte. Ele vai intermediar, ele é a ponte entre a obra e o observador.
10m
b. O espaço do museu não pode ser considerado um campo estéreo (engessado, rígido)
para a aprendizagem. É flexível e agregador.
c. O museu é, por excelência, o local de salva e guarda de peças que, presentes no acervo
de obras, não devem ser resguardadas do público.
d. O mediador vai tentar trazer reflexões, fazer com que o observador interaja.
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3. (PREFEITURA PRESIDENTE PRUDENTE-SP/VUNESP/2016/ARTE EDUCADOR) No

contexto da educação não formal em museus e instituições culturais, partindo da pers-
pectiva de arte/educação como mediação cultural, o papel do educador e/ou do media-
dor em um museu de arte é o de
a. determinar o percurso da visita.
b. estimular o público a estabelecer sua própria relação com a exposição.
c. explicar as obras e o conceito da exposição.
d. fornecer informações sobre a obra.
e. interpretar a obra.

COMENTÁRIO
b. Estimular o público a estabelecer sua própria relação com a exposição.
e. Interpretar a obra é função do observador. A interpretação é pessoal.

HISTÓRIA DO ENSINO DE ARTE NO BRASIL

COLONIZAÇÃO

Brasil colônia

• Entre os séculos XVI e XVII, as criações artísticas no Brasil estavam atreladas direta-
mente à Igreja Católica.
• O modelo de educação atendia às intenções de catequização.
15m
• Primeiro relato de ensino de atividade artística no Brasil vem da adoção de um regi-
mento elaborado por D. João III. Voltado para as edificações, chegou ao Brasil com a
expedição de Tomé de Souza, por volta de 1549.

Há conceitos que tentam negar que já existia um pensamento, um padrão de ensino dos
nativos, que possuíam uma forma de passar os seus conhecimentos, de ensinar.
Para os estudos, a base é a visão eurocêntrica, como se o ensino só tivesse acontecido
com a chegada dos portugueses.
Nessa expedição de Tomé de Souza vieram os jesuítas e mestres que vão ensinar
os ofícios.
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• Desse modo, houve uma formação didática que valorizava a habilidade dos pedreiros,
oleiros e carpinteiros.
• Surge, assim, o primeiro ofício em Artes no Brasil na área de edificações, que também
exigia conhecimento de técnicas e materiais adequados, imaginação, criatividade e
sensibilidades – fazer artístico.
• Com o desbravamento das terras brasileiras houve a influência dos jesuítas nas ativi-
dades artísticas, religiosas e educacionais ocidentais.

O Brasil é estruturado nos moldes europeus e a primeira mudança visual é no pensa-

mento arquitetônico, quando tentam fazer igrejas barrocas no Brasil, depois de terem trazido
o pensamento clássico.
Em 1549 já ocorre a transição entre o clássico e o barroco.
20m
Ourivesaria – Era feita com a supervisão de especialistas vindos da corte e ensinada
aos artesãos das nossas terras, transformando-se em tradição de algumas famílias, sempre
ligadas às orientações da Igreja
Essa peculiar tradição não comportava um modelo de ensino aprendizagem, mas nos
apontou indícios da correlação entre a produção artística e a função pragmática da arte.
É um ensino mais voltado para o esforço braçal, para a produção, para a manufatura,
sempre para atender a igreja.

DIRETO DO CONCURSO
88. (SEDUES/CESPE/2012) As primeiras influências educacionais no Brasil ocorreram no
período colonial, decorrentes da atuação dos jesuítas, que introduziram a dicotomia
entre as artes liberais e a dos ofícios manuais.
25m

COMENTÁRIO
As influências educacionais sob o prisma pedagógico têm a visão eurocêntrica no sentido
de educar e não no sentido de gerar comércio, produzir ou fazer construções – é no sentido
de educar.
De certo modo, os jesuítas trouxeram esse pensamento mais reflexivo, cognitivo e, quando
posteriormente foram expulsos, foi pela constatação de que se envolviam demasiadamen-
te com os nativos, transmitindo conhecimentos. A Coroa portuguesa não queria que os
locais pensassem.
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Os jesuítas também têm aquele lado negativo de terem destruído a cultura dos nativos, de
não respeitarem porque impuseram uma condição por meio da catequização.

89. (SEDUES/CESPE/2012) O barroco é considerado o primeiro produto cultural brasileiro

de origem erudita, ensinado nas oficinas sob a orientação de um mestre.

COMENTÁRIO
Este é o pensamento mais pedagógico, sob a ótica eurocêntrica, mas voltada para a ótica
cultural, para as edificações, para a arquitetura.
30m
Todo esse pensamento acadêmico que era colocado nas igrejas, tanto nas pinturas quanto
na arquitetura, foi trazido e repassado para aqueles que queriam trabalhar e frequentavam
as oficinas sob a orientação dos mestres portugueses.

GABARITO

A numeração é aleatória o obedece à ordem dada pelo professor Tahian Dessano.

1. d
2. a
3. b
88. C
89. C

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Tahian Dessano.
�A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
ANOTAÇÕES

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