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PAULO CESAR BARBOSA DE JESUS – RA 230604

Estágio Supervisionado em arquivos, museus,


centros de documentação, de memórias e informação.

ESTUDO DE CASO

Em 2013 uma pesquisa realizada pelo Ministério da Cultura demonstrou que 75%
dos brasileiros ou não frequentam ou nunca foram a um museu. Entre os diversos
motivos, destaca-se que muitos dos entrevistados afirmam não se sentir
pertencentes à expressão cultural oferecida por eles. Deste modo, a inclusão
cultural depende não só da formação de um público consumidor, mas também da
redefinição dos valores enraiado. Desta forma, a desigualdade cultural pode ser
causada tanto pela repartição assimétrica do patrimônio, quanto pela carência de
um público. O museu é muito mais que um local de acumulação de objetos, sua
função é conservar, estudar, valorizar e expor ao público elementos da vida social
que estejam ligados de formas diversas à história e à memória. Os museus são
fontes de conhecimento, pois materializam um contexto histórico e através de
objetos e de outras maneiras preservam a realidade de uma época, de um
costume, de uma utilidade, enfim daquilo que foi, pois, a partir do momento da
entrada de um objeto em um museu ele deixa de exercer sua função original e
passa a ser conservado para fins de preservação de memória. Enquanto novo (a)
gestor (a) do Museu José Bonifácio, e com o objetivo de aproximar a comunidade
escolar e o Museu, não somente ampliaria a oferta de eventos e espaços voltados
para atividades culturais, mas também aumentaria os estímulos para que os
cidadãos e a comunidade escolar os frequentem. Exemplo: Propor visitas
agendadas da comunidade escolar, na prefeitura, buscar apoio da secretaria da
Cultura, em parceria com a mídia local, para fomentar campanhas de
sensibilização para a adesão ao Vale -Cultura, programa de benefício concedido
aos trabalhadores, e sua família, para custear serviços culturais, tais como idas aos
museus, tornando o museu um espaço mais populado pela comunidade em geral.
É necessário reconhecer a importância fundamental dos espaços culturais, entre
eles escolas e museus, na formação artística e cultural das crianças e dos
profissionais envolvidos através de diferentes situações, afirmando a necessidade
dessas instituições estarem comprometidas com a cidadania e a democracia e ter
como esteio a formação cultural de todos os cidadãos. A primordial proposta dessa
parceria educativa entre escola e museu, ou seja, a relação social entre essas duas
instituições de ensino, uma formal e a outra não-formal, é diversificar os métodos
de aprendizagem para um atendimento de qualidade as necessidades dos alunos.
Levando em consideração, que no diálogo entre educação e cultura é importante
formular diretrizes e estratégias, bem como reafirmar o compromisso com a
construção da cidadania e com o desenvolvimento da aprendizagem. Portanto, o
trabalho educativo realizado dentro do museu é um caminho viável para a
diminuição dessa falta de consciência. O ponto chave para se estabelecer uma
consciência de fato da história, da memória e da identidade é a educação.
Devemos aproveitar o espaço e o público que o frequenta, sejam escolas ou
visitantes comuns, para junto deles, efetivar projetos educativos que ao mesmo
tempo desmistifiquem visões arcaicas a respeito do museu e o transforme em um
espaço de socialização e conhecimento.

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