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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

DEPARTAMENTO DE TEORIA E GESTÃO DA INFORMAÇÃO


DISCIPLINAS DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO

DISCIPLINA CÓDIGO
Arte e Museus no Brasil APL176
PROFESSOR AULAS
Carolina Ruoso 60

DEPARTAMENTO UNIDADE
Artes Plásticas Escola de Belas Artes

CARGA HORÁRIA TEÓRICA PRÁTICA TOTAL CRÉDITOS


60 0 60 4

ANO LETIVO PERÍODO


2023.2 Quinto

CURSOS PARA O QUAL É MINISTRADA CLASSIFICAÇÃO


Obrigatória
Museologia

Objetivos:

Estudar através dos produtos elaborados pelos trabalhadores de museus, através de diferentes metodologias que
cabem aos trabalhos da memória, a construção de um patrimônio artístico cultural nos museus brasileiros. Arte e
Museus no Brasil, nesta disciplina estudaremos a construção da História da Arte como Patrimônio Cultural no
Brasil, desde a formação das coleções e a constituição dos colecionadores até as formas de circulação de artistas,
saberes e obras de arte no Brasil. Estudaremos: História das Coleções e Colecionadores de Arte no Brasil, A
História da Formação dos Museus de Arte Brasileiros e a sua relação com experiencias internacionais, História das
Exposições de Arte, dos Catálogos e a partir das Fotografias de Vista de Exposição, analisaremos experiencias
curatoriais e práticas dos visitantes em museus de arte.

Ementa:
Introdução à arte pré-histórica brasileira; arte colonial e modernidade; e a formação dos acervos museológicos.

Métodos Didáticos:

Aulas com debates realizadas a partir da leitura dirigida de artigos que abordem os temas das disciplinas.
Aulas expositivas de conteúdo com uso de dispositivos como apresentação de slides.
Exercícios de análise e interpretação de fontes para a História dos Museus de Arte no Brasil.
Avaliação sistemática das aulas.

Conteúdo Programático:
Estudaremos ao longo do semestre a formação das coleções e dos museus de arte brasileiros. Conheceremos a
experiência de diálogo do Brasil com o MoMA e o Centro Georges Pompidou, procuraremos compreender de que
maneira estas instituições trouxeram contribuições para a museologia praticada nos museus de arte.
Conheceremos como as exposições de arte elaboraram narrativas para Histórias da Arte Brasileira, aprenderemos
a respeito de circulação de obras de arte através da leitura de catálogos de exposição e poderemos analisar as
diferentes práticas de visitantes ao interpretar as fotografias de vista de exposição. Realizaremos estudos de
casos que trataram de temas específicos da história da arte como a produção de conteúdo relacionado à arte pré-
histórica brasileira; arte colonial e moderna, conforme indicado na ementa do curso.
Referências Bibliográficas:

Bibliografia Básica

LORENTE, Jesús-Pedro. Manual de Historia de la Museología. Gijón: Ediciones Trea. 2012


POULOT, Dominique. Museu e museologia / Dominique Poulot ; tradução Guilherme. João de Freitas Teixeira. -
Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.
LORENTE, Jesús Pedro. Los museos de arte contemporáneo: noción y desarrollo histórico. JP Lorente. Trea, 2008.
54, 2008
MALRAUX, André. O Museu Imaginário: Lisboa: Edições 70; Arte & Comunicação, 2000.

Bibliografia Complementar:

Aula 01
LORENTE, Jesús-Pedro. Manual de Historia de la Museología. Gijón: Ediciones Trea. 2012
POULOT, Dominique. Museu e museologia / Dominique Poulot ; tradução Guilherme. João de Freitas Teixeira. -
Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013.
DUARTE CÂNDIDO, Manuelina Maria. Ondas do Pensamento Museológico Brasileiro. Lisboa: ULHT, 2003
RIBEIRO, Marilia Andrés. Novas Abordagens na História da Arte. Varia História, Belo Horizonte, v. 2, 1993

Aula 02
POULOT, Dominique. Une histoire des musées de France , Paris, La Découverte, collection “L’espace de l’histoire”,
2005, 200p. Réédition, Paris, La Découvert e, collection La Découverte/ Poche, 2008
___________. Une histoire du patrimoine en Occident, Paris, PUF, collection “Le noeud gordien”, 2006, 192 p.
Réédition en cours, PUF, collection “Quadrige”.
_______. Musée nation patrimoine - 1789-1815. Paris: Éditions Gallimard, 1997.
_____________ « Bilan et perspectives pour une histoire culturelle des musées », Publics & Musées, 2, 1992,
Presses Universitaires de Lyon, L’évolution des musées, pp. 125-145.

Aula 03
RIBEIRO, Marilia Andrés. Novas Abordagens na História da Arte. Varia História, Belo Horizonte, v. 2, 1993
Kern, M. L. B. Historiografia da arte: revisão e reflexões face à arte contemporânea. PORTO ARTE: Revista De
Artes Visuais, 13(22), 2012.
FRONER, Yacy-Ara. Historiografia da arte no Brasil: Por um regime de oposições. In. Revisão historiográfica – o
estado da questão. Campinas: IFCH, 2005.
REINALDIM, Ivair. CÂNONE(S), GLOBALIZAÇÃO E HISTORIOGRAFIA DA ARTE. ARS (São Paulo), v. 19, n. 42, p. 171–
210, maio 2021.

Aula 04
LIMA, Pedro Ernesto Freitas. “Nordestinidade”: narrativas de circulação, legitimação e institucionalização na
arte. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, Brasil, n. 76, p. 34-49, ago. 2020
WERNECK, Sylvia. ; Olhando a América Latina - a relação centro-periferia nas feiras de arte. In: III Simpósio
Internacional de Comunicação e Cultura na América Latina: Integrar para além do mercado, 2010, São Paulo.
Extraprensa (USP), 2010.
JOYEUX-PRUNEL, Béatrice. Provincializando Paris. A narrativa centro-periferia da arte moderna à luz das
abordagens quantitativa e transnacional. 19&20, Rio de Janeiro, v. XIV, n. 2, jul.-dez. 2019.
https://www.doi.org/10.52913/19e20.XIV2.01

Aula 05
LORENTE, Jesús Pedro. Los museos de arte contemporáneo: noción y desarrollo histórico. JP Lorente. Trea, 2008.
54, 2008
DIOP, Babacar Mbaye. Critique de la notion d’art africain : approches historiques, ethno-esthétiques et
philosophiques. Éditions Connaissances et savoirs, Paris, 2012.

Aula 07
LOURENÇO, Maria Cecília França. Museus acolhem moderno. São Paulo, FAUUSP, 1997
FISCHMANN, Daniel Pitta. O projeto de museus no movimento moderno: principais estratégias nas décadas 1930-
60. Dissertação de Mestrado, Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Arquitetura da Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2003.
MALRAUX, André. O Museu Imaginário: Lisboa: Edições 70; Arte & Comunicação, 2000.

Aula 08
PELAES, Maria Lúcia Wochler; STORI, Norberto. Arte contemporânea e meio ambiente no museu Inhotim.
GeoGraphos. [En línea]. Alicante: Grupo Interdisciplinario de Estudios Críticos y de América Latina (GIECRYAL) de
la Universidad de Alicante, 2 de junio de 2016, vol. 7, nº 87 (23)
FREIRE, Cristina. Museus de Arte Contemporânea: entre bancos de dados e narrativas. Arteriais - Revista do
Programa de Pós-Gradução em Artes, [S.l.], p. 57-66, mar. 2015. ISSN 2446-5356. Disponível em:
<https://periodicos.ufpa.br/index.php/ppgartes/article/view/2094>
OLIVEIRA, Emerson Dionísio de, COUTO, Maria de Fátima Morethy (orgs.); Instituições de Arte. Porto Alegre, RS:
Zouk, 2012.
OLIVEIRA, Emerson Dionísio de. Memória e arte: a (in)visibilidade dos acervos de museus de arte
contemporânea brasileiros. Tese (Doutorado em História) -Universidade de Brasília, Brasília, 2009

Aula 09
OLIVEIRA, Emerson Dionísio de. Memória e arte: a (in)visibilidade dos acervos de museus de arte
contemporânea brasileiros. Tese (Doutorado em História) -Universidade de Brasília, Brasília, 2009
VILLAS BÔAS, G.. Arte e geopolítica: a lógica das interpretações. Sociedade e Estado, v. 26, n. 3, p. 487–500, set.
2011.
ROSA, M. P. M. Cartografia imaginária e geopolítica das artes: as Bienais de São Paulo da década de 1950, Paris e
as periferias do mundo artístico.MODOS: Revista de História da Arte, Campinas, SP, v. 5, n. 2, p. 253–270, 2021.
Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/mod/article/view/8664153.
DIMITROV, Eduardo. Regional como opção, regional como prisão: trajetórias artísticas no modernismo
pernambucano. Tese de doutorado. São Paulo, USP. Orientação de Lilia Katri Moritz Schwarcz, 2013.

Aula 10
SILVA, Anderson de Sousa. O Salão de Abril em dois momentos: Sociedade Cearense de Artes Plásticas (SCAP) e
Prefeitura Municipal de Fortaleza (1944 –1970). 158 fls. Dissertação. (Mestrado em 2015), Programa de Pós-
Graduação em História Social, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2015.
RIBEIRO, Luciara. Modernismos africanos nas bienais de São Paulo (1951-1961). Dissertação (História da Arte).
Guarulhos: PPGHA-UNIFESP, 2019.
OLIVEIRA, Rita de Cássia Alves. A Bienal de São Paulo: forma histórica e produção cultural. Tese (Doutorado em
Ciências Sociais). São Paulo: Pontifícia Universidade Católica, 2001.
Collier, Bárbara Pereira. SPA das artes: memória, legitimação e afeto, Dissertação de Mestrado, PPGARTES UFPE
Recife, 2018
MELO, Renata Fernanda Lima de. IV Bienal do Sertão: arte e curadoria fora do eixo, Revista Mundaú, nº 12, 2022.
BRITO NETO, José Bezerra de. “Educar para o Belo”: arte e política nos Salões de Belas Artes de Pernambuco
(1929 -1945). Dissertação de Mestrado. Universidade Federal Rural de Pernambuco. UFRPE, 2011.
RUOSO, C.; RODRIGUES, R. L. Artistas, curadores e valores de musealidade: diversidades e branquitude na
exposição da 7a Edição do Bolsa Pampulha. PerCursos, Florianópolis, v. 20, n. 44, p. 35 - 55, 2020. Disponível em:
https://periodicos.udesc.br/index.php/percursos/article/view/1984724620442019035. Acesso em: 16 ago. 2023.

Aula 12
BARBOSA, A. M. Síntese da Arte-Educação no Brasil: duzentos anos em seis mil palavras. Revista Polyphonía,
Goiânia, v. 27, n. 2, p. 19–39, 2016. DOI: 10.5216/rp.v27i2.44693. Disponível em:
https://revistas.ufg.br/sv/article/view/44693. Acesso em: 16 ago. 2023.
BEMVENUTI, Alice. Museu e Educação - História, Metodologias e Projetos, com análises de caso: Museu de Arte
Contemporânea de São Paulo, Niterói e Rio Grande do Sul, 2004, 393p. Dissertação (Mestrado) - Programa de
Pós-Graduação em Artes Visuais, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2004. Disponível em:
https://lume.ufrgs.br/handle/10183/49164
RUOSO, Carolina. Casa de Marimbondos. Nove tempos para nove atlas. História de um museu de arte brasileiro
(1961 – 2011). Paris, Tese de doutorado em História da Arte, orientação de Dominique Poulot, Universidade de
Paris 1 Panthéon-Sorbonne. 2016. (versão em português).

Aula 13
SANTOS, Amália dos; MORESCHI, Bruno e PEREIRA, Gabriel. HISTÓRIA DA _ARTE. Projeto Rumos Itaú Cultural.
Disponível em https://historiada-rte.org/, acessado em agosto de 2017.
TEJO. Cristiana Santiago. A gênese do campo da curadoria da arte no Brasil: Aracy Amaral, Frederico Morais e
Walter Zanini. Tese (Doutorado em Sociologia) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Universidade Federal de
Pernambuco.
GONZAGA, Rodrigo. Imaginação museal e prática curatorial: a curadoria quilombista do Museu de Arte Negra.
(Dissertação de Mestrado, orientação Elisa Campos) PPGARTES UFMG, Belo Horizonte, 2022. Disponível em:
http://hdl.handle.net/1843/48234

Aula 14
BARBOSA, Delano Pessoa Carneiro. Catálogos de Exposição: a circulação das obras de Raymundo Cela. Doutorado em
Sociologia, Universidade Federal do Ceará, 2017.

Processo de Avaliação:
Prova com questão aberta, dissertativa com consulta de 30
fichamento – módulo 1
Prova com questão aberta, dissertativa com consulta de 30
fichamento – módulo 2
Prova com questão aberta, dissertativa com consulta de 40
fichamento – módulo 3
Nota total 100

01 História dos Museus e da Museologia


02 História da Arte: Museus, Nação, Patrimônio
03 Introdução à historiografia da História da Arte
04 Circulação de artistas, obras de arte e saberes
05 Museus de arte moderna e contemporânea
06 Avaliação
07 Museus de Arte Moderna no Brasil e seus acervos
08 Museus de Arte Contemporânea no Brasil e seus acervos
09 Museus de Arte e a geopolítica das artes no Brasil
10 Salões, Bienais e Residências de Arte
11 Avaliação
12 História da Arte/Educação e as práticas de visitantes no Brasil
13 História da Gênese da Curadoria de Arte no Brasil
14 Circulação e História da Arte nos catálogos de exposições e coleções brasileiras
15 Avaliação

Orientações para avaliação:

Módulo I: Prova com consulta, pode trazer livros e fichamentos. A prova apresentará duas perguntas e o
estudante poderá escolher uma para elaborar a sua resposta. Na prova a resposta deverá ser discursiva,
argumentativa o estudante deverá apresentar 5 citações diretas e citações indiretas para construir a defesa do
seu ponto de vista fundamentado nas leituras e nas aulas expositivas.

Módulo II: Prova com consulta, pode trazer livros e fichamentos. Haverá 2 perguntas. Para responder a primeira
pergunta o estudante deverá escolher três obras de arte de diferentes acervos de museus de arte do Brasil.
Estudar as três obras de arte, os artistas seu estilo artístico e circulação nos mundos da arte. Deverá estudar
também os museus onde estão localizadas às obras de arte escolhidas. Para responder a segunda pergunta o
estudante deverá escolher 2 documentos históricos relacionado às histórias das exposições: catálogos,
correspondências, cartazes de salões ou bienais de arte. As obras de arte e os documentos históricos estão
disponíveis nos links abaixo:

Catálogo MAM Bahia


https://online.flippingbook.com/view/394273/152-153/

Museu de Dona Lina Bo Bardi


https://online.flippingbook.com/view/394273/152-153/

Acervo MAM do RJ
https://mam.org.br/acervo

Blog do MAMAM Recife PE


https://blogmamam.wordpress.com/

Museu de Arte de Goiania


https://issuu.com/museudeartegoiania/docs/cat_logo
https://issuu.com/museudeartegoiania

Museu de Arte Contemporânea do Paraná


https://www.mac.pr.gov.br/Pagina/Catalogos

Museu de Arte de Belém


https://mabe.belem.pa.gov.br/acervo/

MAC USP
https://acervo.mac.usp.br/acervo/
https://issuu.com/museudeartegoiania

MAP Arte e Política


https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/fundacao-municipal-de-cultura/2020/arte-
e-politica-no-acervo-do-map.pdf

https://prefeitura.pbh.gov.br/fundacao-municipal-de-cultura/centros-culturais/bibliotecas/biblioteca-virtual

Salão de Abril
https://www.salaodeabril.com.br/catalogos-2/

Arquivo Bienal de SP
http://arquivo.bienal.org.br/pawtucket/

Módulo III
Será uma autoavaliação, que é um exercício de aprendizado para a escrita do Memorial. Como se faz um
Memorial Acadêmico? Uma relação entre vida pessoal, vida acadêmica e vida profissional. O Módulo III trata
justamente da história dos museus de arte a partir da história dos seus trabalhadores. O Memorial deverá ser
entregue digitado, impresso.

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